TFG: Centro de Incubadora de Empresas

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CENTRO

DE INCUBADORA DE EMPRESAS DE RIBEIRÃO PRETO

ARTHUR CAMILLO


CENTRO DE INCUBADORA DE EMPRESAS DE RIBEIRÃO PRETO Centro Universitário Barão de Mauá Arquitetura e Urbanismo

Aluno Arthur Andersen Padula Camillo Orientador Prof. Dr. José Carlos F. Bezzon

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso superior de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista.

Ribeirão Preto / SP Novembro de 2016


“O bom trabalho resulta do casamento da arte com a tecnologia. Não é só o equipamento, nem só o talento.” Mario Amaya


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho, primeiramente, a todos que de alguma forma contribuíram para este grande momento. Dedico também à minha família, pelo apoio, suporte, compreensão e paciência, os quais foram fundamentais na minha caminhada até aqui. A minha mãe, que enquanto em vida me mostrou o verdadeiro significado de amor, e a importância que o termo filho carrega para a vida das mães. A todos os meus amigos dentro e fora da universidade. Aos que fiz durante a jornada da faculdade, vai o meu agradecimento pela troca de experiências, trabalhos realizados, noites mal dormidas, conversas, e também meu crescimento intelectual e crítico, fundamentais para esta carreira. Aos meus amigos Ítalo Batizoco, Antônio Carlos Lazarinni e outros, pela sincera amizade e pelas horas compartilhadas entre estudos e diversão. A todos os meus professores, em especial ao meu orientador, por me darem suporte e as ferramentas necessárias para esta conquista.


SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 1.1 Objetivos 1.2 Justificativa 1.3 Metodologia

04 04 06

2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 2.1 2.2 2.3 2.4

Atual problema econômico do País Parques Tecnológicos e Incubadora de Empresas Incubadora de Empresas Proposta para Ribeirão Preto

07 07 08 10

3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7

Área de estudo Principais vias, transportes e serviços Acessos Uso do solo Entorno Legislação Urbana Terreno

12 13 14 15 16 17 17

4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.1 Tecnocentro - Centro de Pesquisas e Incubadora de Empresas - Bahia 4.2 Pólo Tecnológico La Matanza - Buenos Aires 4.3 Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle

18 20 22

5. PROPOSTA 5.1 Diretrizes 5.2 Programa 5.3 Conceito 5.4 Partido 5.5 Fluxograma 5.6 Estudos / Croquis 5.7 Estrutura 5.8 Materiais 5.9 Estudo climático do projeto 5.10 Memorial Descritivo 5.11 Projeto

25 26 27 27 28 29 30 30 31 32 33

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

52


RESUMO

Este trabalho tem como objetivo à apresentação das etapas percorridas para a elaboração de um Centro de Incubadora de Empresas, que tem como principal função a criação de micro e pequenas empresas e o desenvolvimento sócio-econômico da região de Ribeirão Preto. Trata-se das diretrizes para o desenvolvimento de um mecanismo dinamizador na região, que buscando os conceitos de flexibilidade e sustentabilidade, possibilite que micro e pequenas empresas locais possam usar este espaço para a realização de estudos, pesquisas e trabalhos da sua área de atuação, através de apoio administrativo e assistência tecnológica, visando o desenvolvimento econômico, tecnológico e social. O objeto Edifício Institucional de Apoio as Empresas busca viabilizar ao máximo os recursos necessários para o funcionamento adequado de uma Incubadora de Empresas, abrigando espaços físicos individualizados, compartilhados; secretaria; serviços; além de possuir área para a demonstração de produtos. Palavras Chave: Incubadora de Empresas, desenvolvimento, micro e pequenas empresas, empreendedorismo e inovação.

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1. INTRODUÇÃO

Toda nação, estado ou região necessita de instrumentos que permitam o sucesso e progresso do local. Como um dos principais destes instrumentos temos o empreendedorismo, que assume papel significativo no que diz respeito à geração de riquezas e renda para um determinado local ou país em desenvolvimento. Desse modo, discussões relacionadas a este assunto dizem que a globalização vem exigindo cada vez mais que as empresas busquem, através de melhores práticas administrativas e novas tecnologias, uma maior competitividade e avanços contínuos. Para competirem entre as demais e não perderem o seu reconhecimento e acarretar miséria e desemprego ao invés de prosperidade, principalmente em momentos de crise, estas empresas precisam inovar e alavancar o seu poderio tecnológico. No entanto, é observado que quanto menor o porte da empresa, pior se demonstra esta nova realidade, uma vez que as barreiras de acesso a recursos e novas tecnologias tendem a aumentar em comparação a situação vivida pelas grandes empresas. Por este motivo, estas empresas não devem assumir este papel sozinhas, elas necessitam de incentivo, auxílio e de estruturas como os centros de pesquisas, incubadora de empresas, parques tecnológicos, entre outros. Há muito tempo pode-se comprovar a importância das micro e pequenas empresas no Brasil, segundo dados do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas. De acordo com esses dados, as micro e pequenas empresas do país geram cerca de 38% do

volume de riquezas geradas dentro do Brasil, empregando aproximadamente 56,1% da população economicamente ativa. Mesmo a partir desta extrema importância, as taxas de mortalidade destas empresas de pequeno porte continuam em alta, levando cerca de 59,9% destes empreendimentos a falência com até quatro anos de existência (SEBRAE, 2004). É exatamente neste contexto, de acordo com Anholon, et al.(2005), que mecanismos conhecidos como incubadoras de empresas tornam-se relevantes, ao passo que, oferecendo auxílio administrativo e transmitindo conhecimentos às empresas incubadas, as chances de sobrevivência dos empreendimentos são aumentadas consideravelmente e, em consequência disto, acabam contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do país. Objetivando essa reflexão para dentro da região de Ribeirão Preto, região forte economicamente, e que possui muitas empresas já consolidadas e muitas com extremo potencial de crescimento, este TFG se complementa pelo tema Centro de Incubadora de Empresas, que agrega importância à estes fatores destacados anteriormente, com a importância deste tema para o desenvolvimento regional.

equipamento que possa trazer perspectivas para as micro e pequenas empresas da região, sejam estas da área de prestação de serviços, base tecnológica, indústria, dentre outras, mas que possuam grande potencial e vontade de gerar riqueza, mão-de-obra e desenvolvimento tecnológico. O principal papel desse empreendimento visa buscar ferramentas que possam servir para uma transformação econômica e social na região, através do desenvolvimento ocasional de uma nova geração de empreendedores de sucesso e em tecnologia. Como foco principal, o projeto se apresenta como uma Incubadora conhecida como Incubadora Mista, isto é, abrigará tanto empresas as quais os produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia simboliza alto valor agregado, como também empresas voltadas aos setores tradicionais da economia, as quais detêm tecnologia amplamente difundida e visam agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços por meio de um desenvolvimento no nível tecnológico empregado. Basicamente, na Incubadora Mista, as empresas devem estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias.

Sendo assim, este trabalho estrutura o tema para a realização de um projeto arquitetônico que atinja estes interesses. Com isso, é apresentado o projeto “Centro de Incubadora de Empresas”. O

objetivo

deste

trabalho

é

criar

um

03


INTRODUÇÃO 1.1 Objetivos Os objetivos contidos no Centro Incubadora de empresas, além dos basicamente contidos na maioria das Incubadoras existentes, as quais são destacadas por Dornelas (2002), e valem para o mesmo projeto apresentado, além dos objetivos quanto a composição arquitetônica da Incubadora. Dentre eles: Promover auxiliar empresas

o empreendedorismo local e no desenvolvimento de novas

Colaborar com a revitalização econômica da região Adotar materiais e soluções sustentáveis Adquirir soluções para o desenvolvimento de um espaço flexível e funcional, tanto de trabalho quanto de convívio Acelerar o desenvolvimento baseado na pesquisa científica e em novas tecnologias

A ideia é que o Centro de Incubadora de Empresas seja um ambiente de convivência e que possua conexão direta com universidades, associações, através da participação dos poderes públicos e privado e as empresas que buscam se consolidar e alcançar o seu lugar no mercado, através de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Para atingir este objetivo, serão traçados estudos e levantamentos, que no final devem propor um projeto elementar, e que

traduza o significado do tema. O objetivo é compor neste projeto os mais importantes espaços que possam oferecer conforto, produtividade e inspiração para os que usufruirão destes. Serviços e facilidades, tais como: espaços individualizados para a instalação de escritórios e laboratórios de cada empresa admitida, auditório, secretaria, salas de coworking e treinamento, sala de reunião compartilhada, área de alimentação, entre outros. Visa também, produzir um cenário atrativo para a visitação de futuros clientes, por meio de espaços para a demonstração dos produtos criados pelas empresas. Agrupando todos estes elementos, devidamente embasados em projetos de referência, é esperado que o projeto atenda as necessidades das quais ele se destina, buscando conhecimento, inovação tecnológica e inspiração, para a geração de frutos futuros para Ribeirão Preto e região.

1.2 Justificativa Atualmente no Brasil, são gerados a cada ano, mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais, e deste total, cerca de 99% são micro e pequenas empresas e os famosos Empreendedores Individuais (SEBRAE, 2011). Responsáveis pela maioria dos empregos com carteira assinada no Brasil considera-se, que as micro e pequenas empresas assumem dois terços do total das ocupações existentes no setor privado da economia.

A sobrevivência desses empreendimentos e o desenvolvimento de novas tecnologias são indispensáveis para o País. Exatamente por isso, servindo como base para a criação e consolidação dessas empresas de pequeno porte,que existem os Parques Tecnológicos e, mais especificamente para ajudar empresas, as Incubadoras de Empresas, as quais utilizando de sua estrutura e capacidade de dar suporte a esses empreendedores ajudam para que eles possam desenvolver ideias inovadoras e transformá-las em empreendimentos de sucesso. De acordo com o MCTI (2015), Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas necessitam ser percebidos e aproveitados pelo poder público como organismos de desenvolvimento regional e elementos fundamentais dos Ecossistemas de Inovação. No caso das Incubadoras de Empresas, elas não são algo novo, porém, para a região, é algo que ainda precisa se estabelecer e mostrar o seu valor de importância. Em termos de produção de conhecimento, vale ressaltar que o Brasil, hoje, possui destaqueneste quesito, ocupando a 13ª Posição na Produção Indexada Mundial em 2003 (Thonson/ISI citado em MCTI, 2015), e sendo apontado, portanto, por 2,5% do total global, de acordo com o Scimago Journal & Country Rank, citado no estudo “Propostas de Políticas Públicas para Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas” do MCTI (2015). Porém, transformar este conhecimento em inovação ainda é um desafio para o País que, em

04


INTRODUÇÃO

2014, estava apenas na 61ª posição no Índice Global de Inovação (CORNELL UNIVERSITY; INSEAD; WIPO, 2014, extraído do MCTI, 2015). Para demonstrar as vantagens do programa de incubação, tendo como base os primeiros anos de existência de uma empresa, vale ressaltar uma pesquisa feita pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia com 365 empresas graduadas (MCT, 2001). Através desta pesquisa, observaram-se os resultados como mostrado no quadro abaixo:

Vantagens do Programa de Incubação É drasticamente menor a taxa de mortalidade entre empresas que passaram pelo processo de incubação em comparação com as empresas que nasceram fora deste tipo de processo;

Maior preocupação em relação à competitividade e qualidade dos produtos é demonstrada pelas empresas que passaram pelo processo de incubação;

Alegação por parte da maioria dos micro ou pequenos empresários com passagem pela incubadora, de inegável contribuição para capacitação e complementação de suas formações em áreas voltadas para o empreendedorismo e negócios.

O principal intuito deste projeto esta em conceber o desenvolvimento econômico e tecnológico da região. As incubadoras têm, cada vez mais, mostradas o papel delas na ajuda que exercem sobre fatores como: infraestrutura de alta tecnologia; investimento de capital de risco; ideias criativas e cultura empreendedora focada na paixão pelos negócios. Fatores estes que promovem overdose de inovação tecnológica e a criação de empresas de sucesso que buscarão este desenvolvimento esperado da região (Dornelas & Tiffin, 2002). Do mesmo modo, os setores da saúde e o da agroindústria acompanham a região no seu reconhecimento, sendo estes dois, juntamente com o empreendedorismo, os principais precursores de valorização da região. Uma pesquisa realizada pela Orban Systems em 2015, e publicada pela revista EXAME, fez uma análise com 700 municípios, considerando 70 indicadores de 11 áreas de gestão pública, visando definir as cidades mais inteligentes do Brasil. Dentre as áreas analisadas estão: Economia, Educação, Empreendedorismo, Energia,Governança, Meio Ambiente, Mobilidade, Planejamento Urbano, Saúde, Segurança, Tecnologia e Inovação. Ribeirão Preto ficou muito bem colocada, ocupando a posição de 14ª dentre todas as cidades avaliadas (EXAME, 2015), o que mostra o seu potencial atrativo para investimentos na cidade.

região da USP, o SUPERA PARQUE, o qual possui uma Incubadora na sua estrutura e já concebe pesquisas e concentra empresas, especialmente para a área da saúde e de TI, e com perspectiva de novas unidades. Isto já mostra o interesse e preocupação em aprimorar as pesquisas tecnológicas e ajudar as empresas destas áreas. A FIPASE e sua Incubadora de Empresas já são um exemplo de dinamização que Ribeirão proporciona, e reforça ainda mais a idéia de se promover incentivos às empresas e pesquisas para aprimoramentos de produtos e serviços, uma vez que atrai e investidores para a região. Estas e outras informações justificam o grande potencial regional em termos de desenvolvimento. Ribeirão Preto e região contêm as características essenciais para o empreendedorismo de sucesso, tais como universidades de renome, as quais formam profissionais de qualidade a cada ano; mão-deobra qualificada; empresas já estabelecidas e que buscam inovação e crescimento. Idealizando esta justificativa, o TFG: Centro de Incubadora de Empresas apresentará todas as características do contexto em questão. O local pretendido também conversará com a proposta, sendo implementado em área de fácil acesso e que possua conforto e peculiaridades agregativas de valores ao projeto.

É valido ressaltar que atualmente Ribeirão Preto já conta com um projeto de Parque Tecnológico que está instalado na

05


INTRODUÇÃO 1.3 Metodologia O processo de elaboração pelo qual o projeto se dá, é feito por algumas etapas, como: levantamentos do local a ser implantado e diagnósticos; pesquisas bibliográficas e referências; estudos sobre o tema e desenvolvimento projetual. Uma das primeiras etapas foi a visita técnica na SUPERA – Incubadora de Empresas da FIPASE em Ribeirão Preto, que teve o intuito de analisar o funcionamento de uma estrutura semelhante à do projeto a ser concebido. Outras possíveis visitas técnicas poderão ocorrer para o aprimoramento do projeto. Juntamente nesta etapa, entrevistas á administradores e/ou consultores e empresas incubadas também poderão ser realizadas para se ter o maior conhecimento das funcionalidades do local de trabalho.

similares e respectivas normas técnicas, pesquisas relacionadas ao tema e o objeto proposto, analisando materialidade, técnicas construtivas, partidos, conceitos. Baseando-se nas etapas anteriores, a última etapa visa analisar a área a qual o projeto será implantado, assim como a legislação pertinente e, sequentemente, fazer a elaboração do projeto, formas de layout, técnicas construtivas a serem usadas, além de se pensar na sustentabilidade do edifício.

A segunda etapa, conta com a caracterização da área, análise de dados e levantamento, para que se possa compreender os problemas e identificar as potencialidades da mesma. O recurso de coleta de imagens, mapas e fotos particulares do local também se encontra nesta etapa. A partir disto, direcionar osparâmetros levantados para o próximo passo. Outro ponto importante no desenvolvimento deste trabalho, foi a leitura de referências projetuais nos temas de incubadora de empresas, parques tecnológicos, polos de pesquisas tecnológicas; analisando projetos com as necessidades espaciais

06


2. CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 2.1 Atual problema econômico do País

2.2 Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas

De acordo com prognósticos, o século XXI significará o do fim dos empregos e do nascimento de novas e precárias relações de trabalho, principalmente, pela nova lógica empresarial fundamentada na redução dos custos de produção e com o emprego de sofisticadas tecnologias e uma apropriada revolução nas técnicas de gerenciamento dos processos de trabalho (Silva, 2009). Esta nova lógica intensifica a atividade dos trabalhadores que ainda se constituem como necessários e diminui consideravelmente os níveis de contratação de outros.

Esses dois preceitos nada mais são do que estruturas fundamentais para a Política Integrada de Desenvolvimento e Inovação de determinado País. Os Parques Tecnológicos assumem o papel de difundir a inovação e tecnologia gerada a partir da interação entre os mais diversos meios de desenvolvimento de um certo local. Já as incubadoras de empresas desempenham a função de fortalecer o empreendedorismo e ajudar na criação de empresas com novas tecnologias e produtos inovadores. Para os dois mecanismos é fundamental o apoio e evolução da políticas públicas no Brasil.

Em face às tantas mudanças ocorridas a partir da reestruturação produtiva, “os trabalhadores têm buscado opções à falta de perspectivas de inclusão e da inércia condicionante das forças do mercado” diz Silva (2009). Assim como os trabalhadores, as empresas também necessitam garantir competitividade no mercado, tanto para sobreviverem quanto para continuarem garantindo renda aos seus trabalhadores e os governos. Elas sabem que irão transformar sua realidade de país emergente somente se investirem na geração de conhecimento tecnológico, o que já tem sido feito pelos países desenvolvidos. Desse cenário traçado, foi que emergiram a idéia de Parques Tecnológicos e as Incubadoras de Empresas.

A ideia de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas se deu na década de 40, com o surgimento do primeiro parque tecnológico na cidade de Palo Alto - CA, nos Estados Unidos, hoje conhecido como ‘’Vale do Silício’’ (Figura 01). Este foi estruturado a partir do estreito relacionamento com a Universidade de Stanford, na qual os estudantes graduados iniciariam empreendimentos na região. A partir daí, o modelo criado passou a servir como modelo para diversos outros países que viram o grande potencial de desenvolvimento que um parque tecnológico poderia trazer para suas regiões (Dornelas, 2002). Á exemplo de outro pólo tecnológico bastante conhecido nos dias de hoje, temos a ’’Route 128’’, no estado de Massachusetts, apoiado pelo MIT ( Massachusetts Institute) .

Figura 01: Mapa do Vale do Silício nos EUA. Fonte: www15.uta.fi /2016.

No caso do Brasil, somos um pouco atrasados quanto a utilização de parques tecnológicos em nossa estrutura de desenvolvimento. Somente a partir de 1984, através de incentivos e convênios com o CNPq que algumas instituições brasileiras começaram a implantar os seus parques tecnológicos, com o objetivo de criar empresas de base tecnológica. Dentre as cidades precursoras de parques tecnológicos temos São Carlos – SP, Joinvile – SC, Manaus – AM, entre outras (Medeiros & Atas, 1995, citado em Dornelas, 2002), e mais tarde, difundindo as iniciativas em outras regiões do país.

07


CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA Com esses parques aflorando no Brasil, houve a necessidade da concepção de espaços onde as empresas de base tecnológica pudessem desenvolver seus negócios e se consolidar mais rapidamente no mercado, fazendo com que o fenômeno das incubadoras de empresas naturalmente viessem a surgir dentro ou até mesmo fora dos parques.

2.3 As Incubadoras de Empresas De modo geral, as incubadoras de empresas se apresentam como: sem fins lucrativos ou com fins lucrativos. As sem fins lucrativos (mais antigas), têm prevalecido na maioria dos países, sendo programas de auxílio aos empreendedores na fase inicial de criação e na fase de crescimento de seu negócio. A primeira incubadora desta categoria foi concebida no final da década de 1950, em Nova York, e foi efeito atrelado à proliferação dos parques tecnológicos nos EUA, segundo McKee (citado em Dornelas 2002).

Brasil, o que mostra um extremo crescimento em torno desses últimos anos. No quadro a seguir pode-se identificar o crescimento das incubadoras ao longo do ano. De acordo com Dornelas (2002), o fluxo de incubadoras de empresas esteve sempre atrelado ao fluxo de empreendedorismo em todas as nações onde a criação de empresas e o suporte aos empreendedores têm sido destacados. Com isso, é natural que o apoio às empresas, prestado pelas Incubadoras venha a crescer aceleradamente, especialmente devido ao rápido crescimento do movimento do empreendedorismo no País.

as incubadoras promovem a transferência de tecnologia provindas das universidades e centros de pesquisa para a sociedade. Outro ponto importante é apontado por Chan e Lau (2005), eles afirmam que o baixo custo operacional, no início dos empreendimentos, para participar das incubadoras vem a ser um dos principais atrativos para as empresas participarem do processo de incubação, haja vista a dificuldade de recursos financeiros das empresas nascentes. É necessário entender o valor do empreendedorismo, ligado ao desenvolvimento tecnológico, para tratar do sistema de incubação. Para Dolabela et al. (1999) as incubadoras são as precursoras da geração de novos postos de trabalho, lucro e de novas tecnologias, via empreendedorismo (veja os números a seguir).

Quantidade de Incubadoras no Brasil 400

Já no Brasil, a primeira incubadora de empresas foi aparecer apenas em 1985, em São Carlos no interior de São Paulo (veja figura 02). Até 1990, o número de incubadoras brasileiras ainda era baixo, em torno de apenas 7; em 1995 já havia aumentado para 27 incubadoras segundo pesquisa da Anprotec (2000). Em uma das últimas pesquisas, feita em 2011 pela mesma associação, indicou a existência de 384 incubadoras de empresas no

Figura 02: Empreendedores trabalhando em uma incubadora. Fonte: desconhecida /2016.

350 300

Neste panorama, as incubadoras de empresas desempenham um papel fundamental, por possuir qualidade gerencial, técnica, administrativa, além de dotar de toda uma estrutura de suporte a empresas de pequeno porte, em especial, as advindas de projetos de pesquisa ou desenvolvimento tecnológico, ou seja, as empresas inovadoras (SILVA, 2009). Deste modo,

250 200 150 100 50 0

Fonte: CEIA, 2006. Adpatado pelo autor

08


CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA Incubadora em números no Brasil 384

2.640

incubadoras

empresas incubadoras

2.509

empresas graduadas

1.124

empresas associadas

16.394

postos de trabalho nas empresas incubadas

29.205

postos de trabalho nas empresas graduadas

533 milhões

4,1 bilhões

em faturamento de empresas incubadas

em faturamento de empresas graduadas

Definição e características É difícil encontrar uma definição exata para uma incubadora, devido as aos diversos tipos existentes atualmente. No entanto, todas se apresentam como uma instituição que é capaz de oferecer facilidades às empresas, as quais não são encontradas no mercado competitivo atual (Ceia, 2006). Dentre as facilidades encontradas em uma incubadora, temos: infraestrutura para a instalação das empresas incubadas, salas para treinamento, compartilhamento de salas de reunião, coworking, acessoria jurídica, de mercado, entre outras. De forma a definir de forma geral uma incubadora, temos a definição feita por Lalkaka e Bishop (1996, p.15, citado em Ceia, 2006).

’’Um ambiente de trabalho controlado, projetado para auxiliar no crescimento de novas empresas emergentes. Esse ambiente possui características particulares que visam criar um clima cooperativo para o treinamento, suporte e desenvolvimento de pequenas empresas e empreendedores. Essas características incluem a seleção adequada de empresas em fase inicial de desenvolvimento com grande potencial de desenvolvimento; espaços físicos projetados para abrigar cada empresas incubada; equipamentos e estruturas necessárias de suporte compartilhadas, como telefonia, fax, internet e suporte administrativo; uma pequena equipe gerencial responsável por acessorar, treinar e ajudar os empreendedores na resolução de problemas; acesso facilitado das empresas incubadas a serviços de terceiros selecionados, como acessoria jurídica, contábil, de marketing, vendas etc; preços de aluguel e taxas de serviços convidativos e graduação da empresa incubada após três a quatro anos de permanência da incubadora’’.

tipos, de forma a estabelecer as características de cada uma, como Dornelas (2002), destaca em seu artigo, e a seguir podemos conferir no gráfico a porcentagem de cada uma, assim como outras de menor destaque: Ÿ Incubadora de Empresas de Base Tecnológica:

É a incubadora que abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia representa alto valor agregado. Ÿ Incubadora

de Empresas dos Setores Tradicionais: É a incubadora que abriga empresas ligadas aos setores tradicionais da economia, as quais detêm tecnologia largamente difundida e queiram agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços por meio de um incremento no nível tecnológico empregado. Devem estar comprometidas com a absorção ou o desenvolvimento de novas tecnologias.

Ÿ Incubadora de Empresas Mista: É a incubadora

que abriga empresas dos anteriormente descritos.

dois

tipos

SERVIÇOS AGROINDUSTRIAL SOCIAL CULTURAL MISTA TRADICIONAL

Fonte: ANPROTEC, 2012. Adpatado pelo autor com base no estudo: Estudo, Análise e proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil.

TECNOLOGIA

Apesar de possuir os mesmo objetivos, a produção de empresas de sucesso, podemos classificar as Incubadoras de empresas em três

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Fonte: ANPROTEC, 2012. Adpatado pelo autor

09


CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA Incubadoras como agentes de desenvolvimento econômico regional Tão importante quanto qualquer outro mecanismo que promova o desenvolvimento de uma certa região, as Incubadoras de empresas se destacam por servirem como ponte entre a concepção e crescimento de uma empresa até a sua consolidação no mercado. Isto significa que elas atuam diretamente como participantes em todo o processo da formação das empresas e dos novos empreendedores, cita Dornelas (2002). Outro relevante ponto neste tema, é que a maioria das empresas graduadas em uma incubadora e que adquiriram sucesso, muito dificilmente teriam chegado a esto topo sozinhas, ou seja, sem a ajuda das incubadoras de empresas. Norteando todo esse sucesso e desenvolvimento promovidos especialmente pelas incubadoras de empresas é de se dedicar tudo isso a inovação, ou inovação tecnológica. De acordo com Dertouzos (1999), a inovação tecnológica que permeia uma incubadora de empresas se baseia em quatro pilares, sendo estes: Ÿ Investimento de capital de risco Ÿ Infraestrutura de alta tecnologia Ÿ Ideias criativas Ÿ Cultura empreendedora focada na paixão

pelos negócios

Baseando-se nesses 4 pilares, fica fácil identificar a importância das incubadoras na promoção de desenvolvimento em uma determinada região, pois agrega em seu programa todos os itens citados anteriormente, juntamente com a determinação das empresas para crescerem saudáveis e com sucesso. Além disso, as incubadoras podem ser um importante meio de conexão entre os empreendedores e a produção e comercialização de seus produtos e serviços.

2.4 Proposta para Ribeirão Preto Hoje é visto, através de dados do IBGE, que Ribeirão Preto acumula aproximadamente 650 mil habitantes, o que representa sua economia

UF

CIDADE

consolidada e de destaque. Esta economia regional atualmente se mostra em grande parte representada por micro e pequenas empresas, as quais são frutos do crescimento regional e demanda por produtos e serviços, além de muitas se desenvolverem por meio dos profissionais formados pelas universidades próximas. Um importante dado para reflexão desse cenário é o das micro e pequenas empresas em Ribeirão Preto. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de empresas ativas na cidade era de 68,4 mil (1,96% do total em SP) em 2014, montante que coloca a cidade como a 4ª maior concentração de MPEs do estado. Segue os dados da pesquisa abaixo.

Quantidade de MPEs

Ranking

Representati vidade

1.165.458

1

33,46%

101.527

2

2,91%

SP

SÃO PAULO

SP

CAMPINAS

SP

GUARULHOS

82.550

3

2,37%

SP

RIBEIRÃO PRETO

68.367

4

1,96%

SP

SÃO BERNARDO DO CAMPO

55.872

5

1,60%

SP

SOROCABA

51.654

6

1,48%

SP

SANTO ANDRE

51.482

7

1,48%

SP

SÃO JOSE DOS CAMPOS

47.940

8

1,38%

SP

SÃO JOSE DO RIO PRETO

46.899

9

1,35%

SP

OSASCO

45.901

10

1,32%

SP

SANTOS

39.488

11

1,13%

SP

BAURU

34.348

12

0,99%

SP

FRANCA

33.237

13

0,95%

SP

JUNDIAI

28.992

14

0,83%

SP

PIRACICABA

28.718

15

0,82%

Fonte: Empresômetro, MPE /2016. Adpatado pelo autor com base no Ranking das cidades com o maior número de MPEs no Brasil em 2014.

10


CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA Atualmente esse número já passa dos 79 mil, o que corresponde a mais de 10% da população da cidade, ou seja, são muitas empresas surgindo e poucas, ainda, são as iniciativas que visam acompanhar esse crescimento e oferecer suporte de qualidade para que estas empresas cresçam saudáveis, estabeleçam o seu mercado, por conseguinte, gerem emprego e renda a toda população. Outro importante exemplo que relata o potencial empreendedor de Ribeirão Preto está em um estudo realizado pela Urban System, que mostra a cidade entre as mais inteligentes do Brasil, divulgado pela revista Exame. Em 14º lugar no ranking geral, Ribeirão Preto é a quinta cidade do estado a aparecer no ranking. A cidade aparece em segundo lugar em planejamento urbano, atrás apenas de Maringá, no Paraná. O objetivo deste estudo foi o de identificar as cidades que têm o maior potencial de desenvolvimento. A pesquisa mostra como Ribeirão Preto está no caminho certo no que diz respeito ao empreendedorismo, investindo em seus talentos e contribuindo para o fortalecimento de um ecossistema empreendedor e para o desenvolvimento tecnológico. Exemplo disso, como já foi citado anteriormente, Ribeirão Preto já conta com um recém-inaugurado Parque Tecnológico e uma das incubadoras mais atuantes do país, que figura entre as melhores da América Latina (Figura 03). Entre incubadora e centro de negócios, já são 50 as empresas instaladas no Parque, atuantes nas áreas: de biotecnologia, medicina

humana e veterinária, tecnologia da informação, além de empresas no ramo de equipamentos médico-hospitalares, odontológicos e instrumentação. Além disso, Ribeirão se destaca pelo percentual de trabalhadores com ensino superior.

parceria com o Centro de Incubadora Empresas que é a proposta deste trabalho. Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Figura 03: Edifício do Parque Tecnológico da USP, a SUPERA Incubadora Fonte: http://www.baguete.com.br/ 2016.

A cidade de Ribeirão Preto possui hoje os recursos substanciais para ajudar suas PMEs (Pequenas e Micro Empresas) e gerar inovação. Existem organizações prontas a assessorar o setor em várias áreas,como Sebrae, CNpQ, Fapesp, Finep, Capes etc. A ideia do projeto é fazer uso destes recursos, além de parcerias com as mais diversas instituições da cidade e região, para que os futuros profissionais advindos delas possam materializar suas ideias e ingressar no mercado de trabalho com ajuda profissional e técnica. A seguir é possível ver as principais universidades existentes na cidade de Ribeirão Preto e com potencial de

de

FUNDACE MBA USP Ribeirão Preto Centro Universitário Barão de Mauá Centro Universitário ESTÁCIO UNISEB Centro Universitário Moura Lacerda FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado Faculdades Anhanguera Ribeirão Preto Faculdades Reges Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto UNIESP UNIP -Universidade Paulista USP - Ribeirão Preto Faculdade Bandeirantes - FABAN Instituto de Ensino Superior Coc COC

A principal ideia, então, parte deste pressuposto local e regional, da criação de uma Incubadora de Empresas como fomentadora dessa iniciativa que deve impulsionar o desenvolvimento empresarial e tecnológico da região, incentivando a prosperidade das empresas, tendo como foco principal colaborar com a revitalização econômica, diversificar o mercado e impulsionar o desenvolvimento da região.

11


3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.1 Área de estudo A partir de análises foi feito um estudo para a escolha de um local que melhor se adequa as aptidões do projeto. O local pretendido também conversará com a proposta, sendo implementado em área de fácil acesso e que possua conforto e peculiaridades agregativas de valores ao projeto. É possível dizer a importância que o local de uma Incubadora de Empresas proporciona para o seu adequado funcionamento. Apesar da proximidade desta com universidades e centros de pesquisas ter relevado importância, esta não se caracteriza como uma determinante exclusiva da transferência de conhecimento destas para as empresas incubadas, diz Ceia (2006) em seu estudo. Isto está mais relacionado as políticas públicas em aproximar as instituições das incubadoras e fortalecer os seus laços. Em outro estudo realizado pelo MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia (2000), relata que uma incubadora necessita da comercialização dos produtos gerados pelas empresas incubadas, o que interfere diretamente no local da implantação de uma incubadora. O ideal é que esta se localize próxima à malhas rodoviárias e ferroviárias, e que possibilite o fácil escoamento da produção; assim como também

Ribeirão Preto Brasil

São Paulo

xa

ei

us

a

a

id

n ve

A

i ar

de

d on

C

s Je

M

Área 9120m²

Mapa 01: Localização do projeto Fonte: Elaborado pelo autor

N 100m

desfrute de uma infraestrutura de serviços de telecomunicações. Seguindo esses preceitos a área proposta foi localizada na Avenida Maria de Jesus Condeixa. O grande terreno atualmente se encontra vazio próximo á uma extensa área vazia no miolo central da cidade de Ribeirão Preto (Veja mapa 01).

12


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.2 Principais vias, transporte e serviços A análise dos equipamentos que constituem a área proposta também auxiliou na escolha da área de implantação do empreendimento, obviamente que em conjunto com os demais levantamentos. O entorno possui imediato possui grandes concessionárias de automóveis e também recentes empreendimentos que agregam valor a área, como um edifício misto. Além destes, há também duas universidades próximas, restaurantes, um estádio de futebol e um grande hotel na proximidade, com importância de servir de dormitórios para visitantes da incubadora de Empresas, e um grande parque urbano próximo. (Esses equipamentos podem ser vistos no mapa 2).

1

JARDIM PAULISTA 2

2

VILA SEIXAS

1

JARDIM PALMA TRAVASSOS

LEGENDA Localização do projeto 1

Vias estruturais Córrego dos Catetos Linhas de transporte público

JARDIM SÃO LUIS

1

Lazer 1 Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali 2 Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos

Serviços Públicos

Mapa 02: Principais vias e serviços Fonte: Elaborado pelo autor

N

1 Receita Federal

Utilidades 1

Hotel Araucária Plaza

Educação 1 2

Centro Universitário Barão de Mauá Barão de Mauá - Unidade Camilo

13


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.3 Acessos

ra Av. F

De forma estratégica, a área do projeto também se insere em um ponto central entre todas as universidades existentes, estando quase que em um ponto equidistante dos mesmos. Isto também facilita a área de atuação da incubadora em parceria com as universidades, localizando-se ao centro do perímetro urbano e em local de fácil acesso aos usuários (veja mapa 03 sobre acessos). Neste caso, a área foi escolhida justamente em uma área referenciar a Incubadora.

de Jesus

a

Condeix

a

queir

o Jun

ncisc

ia Av. Mar

LEGENDA

Localização do projeto Sentido das vias

Pontos de ônibus

Av.

e 9d

ho

Jul

Mapa 03: Acessos Fonte: Elaborado pelo autor

N

14


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.4 Uso do Solo No mapa 04 é possível verificar o uso do solo, que ilustra as atividades preponderantes no entorno da área proposta. Nota-se que o entorno possui uma mescla relativa entre os usos residencial e comercial da cidade, mas com predominância do comércio e serviços sempre voltados para as vias principais. Á leste e sul do terreno se identifica a extensa área vazia da cidade, assim como alguns verdes e o Parque Curupira.

LEGENDA Local do Projeto Residencial Institucional Áreas livres / Espaços Abertos Áreas verdes Comércio / Serviços

N

Mapa 04: Uso do solo Fonte: Elaborado pelo autor

500m

15


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.5 Entorno 01.

08

08.

07 05 04 01 03

02.

02

07.

06

04. 03.

01 - Concessionária Honda

05. 06.

03 - Atria Fiat á esquerda e início da Av. Maria de Jesus Condeixa

05 - Concessionária de carros Quase Zero

04 - Concessionária Hyundai HB20

06 - Parque Público Municipa Curupira

02 - Concessionária Pegeout

07 - Edifício Muntifuncional NEO 08 - Estádio do Comercial FC

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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3.6 Legislação

3.7 Terreno

Área do Terreno = 9120m²

Segundo a Lei Complementar 2505 de 17 de janeiro de 2012, do Plano Diretor de Ribeirão Preto, esta define algumas diretrizes para elaboração do projeto. No caso deste TFG, podemos mencionar importantes características como:

90m

Ÿ A

0m 10

área pertence, em termos de macrozoneamento, à região classificada como ZUP (Zona de Urbanização Preferencial);

estacionamento igual ou superior a 100 (cem) ou aquelas cuja demanda de veículos seja igual ou superior a 50 (cinquenta) unidades, calculada com base na ocupação do imóvel;

76m

Ÿ Edificações que possuam número de vagas de

A

A

Ÿ Em relação ao gabarito, pode ultrapassar os

10 m do gabarito básico, se houver um recuo de no mínimo 30 m da testada e é lindeiro à Via Expressa. No entanto, necessita-se de uma marginal projetada; edificações com gabarito superior ao básico, os recuos laterais e de fundo serão calculados pela seguinte fórmula R = H/6, maior ou igual a 2 m, onde: R é a dimensão dos recuos em metros lineares. E H é o gabarito do edifício, em metros lineares, conforme definido no artigo 41 da respectiva lei anteriormente mencionada.

Planta

N

Ÿ Em

150m

50m

8.00

8.00

0.00

0.00

Corte AA

50m

Indicadores Urbanos Taxa de permeabilidade

15%

Taxa de ocupação

80%

Coeficiente de Aproveitamento 5 Testada da via

Av. Maria de Jesus Condeixa

20m

Frente do terreno

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4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.1 Tecnocentro_bahia Sotero Arquitetos O projeto engloba os mais diversos equipamentos necessários para que o Tecnocentro funcione de forma harmoniosa e que promova á interatividade entre os espaços. No piso térreo do edifício, esta a área livre da edificação, que possui livre acesso ao público por todos os lados. Neste se encontra ainda os equipamentos como restaurante, café e um auditório para que o público possa acessalo facilmente. Já nos demais pisos são onde se encontram as áreas dos laboratórios, incubadoras de empresas, secretarias, ou seja, a parte mais privada do edifício. Acessos verticais, como escadas para serviços se apresenta nos dois extremos do complexo, e um uma grande caixa circular abriga os elevadores e acesso vertical principal. A garagem se encontro no subsolo.

Figura 05: Vista para a lateral do edifício com os elementos de controle solar - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Figura 06: Vista para a fachada principal do edifício - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Definições projetuais A partir das análises deste projeto, foi possível definir algumas referências a serem utilizadas no projeto proposto, agregando valores tantos funcionais como estéticos, é o caso da solução adotada para a incidência solar nas fachadas, com a utilização de brises metálicos e também de cerâmica ventilada, que proporciona maior climatização do prédio; a estrutura em concreto armado, que ao mesmo tempo conversa com as características da forma

adotada; as aberturas horizontais, especialmente nas salas dispostas para a instalação das empresas incubadas, possibilitando maior iluminação dos locais de trabalho; a cobertura superior em metal, que facilita a ventilação para o interior das instalações, e por fim o pátio no térreo criando um local de convívio e interação entre os usários.

Cobertura metálica Brises Metálicos Fachada ventilada em cerâmica Aberturas horizontais Pilares e estrutura em Concreto Pátio criando uma área de convívio Figura 04: Esquema de ventilação e insolação no edifício - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Figura 07: Esquema de ventilação e insolação no edifício - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS Setorização e espaços Auditório

Salas e áreas privativas

Áreas livres

Circulação horizontal

Circulação Vertical

Lanchonete

Sanitários

Acessos

Figura 08: Pavimento Térreo - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Figura 10: Fachada 01 - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Figura 09: Pavimento Tipo - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

Figura 11: Fachada 02 - Tecnocentro-BH Fonte: Autor do projeto

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.2 Polo Tecnológico La Matanza_Buenos Aires Matías Beccar Varela e Jano de la Vega Este projeto foi fruto do concurso de ideias para o Polo Tecnológico La Matanza, cujo objetivo era incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a capacitação científica e tecnológica orientada para equipamentos hospitalares, e foi premiado com o primeiro lugar.

Figura 12: Perspectiva do Polo Tecnologico La Matanza Fonte: Archidaily / 2016

Partindo da pré-existência de um Hospital, os arquitetos decidiram localizar a extremidade do conjunto o mais próximo possível deste. O restante do terreno foi resolvido como um parque para a comunidade, projetado de forma a poder absorver o futuro crescimento do Polo. A praça existente é tomada como ponto de inflexão com o pequeno bairro adjacente e frente a ela se localiza a nova praça, conectando o bairro com este percurso e reconstruindo um eixo verde que favorece a integração com o resto da cidade. O projeto do edifício em si se desenvolve em duas partes claramente distintas: A primeira é denominada Edificio Cabecera, edificação desenvolvida em três níveis e em claro diálogo com o Hospital Balestrini. A segunda parte se desenvolve na porção mais estreita do terreno e abriga as incubadoras de empresas.

Figura 13: Corredor para as salas das incubadoras Fonte: Archidaily / 2016

O edifício aproveita a orientação Nordeste, ideal para o aproveitamento do sol já que permite o controle da incidência solar no verão e no inverno. Além disso, o grande volume necessário para o programa se dissolve para evitar plantas muito profundas, permitir um correto isolamento de todos os setores e receber a brisa fresca do verão.

20


REFERÊNCIAS PROJETUAIS Setorização e espaços

Definições projetuais

Figura 14: Pavimento Térreo - Polo Tecnologico La Matanza Fonte: Archidaily / 2016

Circulação e Convivência

Incubadoras Individuais

Salas de uso compartilhado

Refeitório

Auditório

Sanitários

Estacionamento

Acessos

Figura 15 e 16: 1º e 2º Pavimentos - Polo Tecnologico La Matanza Fonte: Archidaily / 2016

O levantamento desta referência mostrou algumas características importantes que serviram especialmente para a relação do edifício proposto com o terreno escolhido para sua concepção. Neste projeto é possível notar a presença de uma área delimitada para uma futura expansão, assim como preservação de área verde existe, mostrando respeito aos termos de sustentabilidade. Módulos únicos para cada empresa que adentra a estrutura da incubadora também leva autonomia e praticidade para os usuários. No edifício central, o uso de espaços de convivência entre os corredores centrais mostra a preocupação em aumentar a interatividade do edifício. Assim como na primeira referência apresentada o Tecnocentro, esse Polo Tecnologico também possui uma praça aberta que envolve os passantes para dentro do local, não individualizando a construção em realção ao seu entorno. Áreas de ligação com espaços de convivência

Proteção de áreas verdes aos fundos do terreno

Figura 17: Corte - Polo Tecnologico La Matanza Fonte: Archidaily / 2016

Praça de acesso

21


REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.3 Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle_Rennes, França PERIPHERIQUES Architectes Segundo o arquiteto, a concepção da Incubadora surgiu com a ideia deixar o edifício implantado no terreno ao redor de um átrio central, e também dar maior expressão arquitetônica ao conjunto. O projeto pretende preservar a confidencialidade das empresas e, ao mesmo tempo, proporcionar um bom isolamento da fachada. A partir dessa decisão, a proposta foi a organização em torno de um patio (átrio) parcialmente situado no primeiro nível. Dada a boa orientação, este espaço seria ao mesmo tempo um acesso, um local para relaxar e uma abertura para a recepção. A grande escadaria conecta o pátio ao térreo e ao estacionamento. Este pátio é o espaço de referência do projeto. No exterior, a fachada é coberta por um brisésoleil, que com sua estrutura sinusoidal e sobreposições produz um efeito de rega dinâmico. Este projeto consiste basicamente em dois níveis principais e um terraço técnico recuado, organizado em torno do centro do átrio. Os interiores são totalmente flexíveis e racionais. O edifício baseia-se numa armação de 1,55 m de espaçamento que determina a estrutura, as fachadas, as subdivisões, etc. A ideia é que o projeto seja perfeitamente racional. Esta organização permite uma total flexibilidade na montagem interior a serviço das futuras empresas em fase de criação.

Figura 18: Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily /2016

Figura 19: Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

22


REFERÊNCIAS PROJETUAIS Setorização e espaços Circulação e Convivência

Circulação e Convivência

Laboratórios 1 Laboratórios 2

Sala de equipamentos e lavanderia

Estacionamento

Escritórios

Acessos Laboratórios 3

Laboratórios Sanitários Acessos

Figura 20: Pavimento Térreo - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

Figura 21: 1º Pavimento - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

Circulação e Convivência Escritórios Laboratórios Sanitários Pátio Central

Laboratórios Acessos

Figura 22: Corte - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

Figura 23: 2º Pavimento - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

23


REFERÊNCIAS PROJETUAIS Definições projetuais As principais referências tomadas através desse projeto, foi principalmente a concepção dos espaços destinados ás empresas incubadas. Ao mesmo tempo em que o edifício se mostra aberto para todo o entorno ele preserva a confidencialidade das empresas, especialmente pelo uso de um brise sinusoidal que ao mesmo tempo controla a iluminação e esconde esses espaços. O que foi possível notar nas três referências escolhidas e apontadas aqui, foi a observância de pátios e áreas de convívio em todas as concepções, o que revela a importância de ter estes espaços de forma a aumentar a interação entre os usuários, trocas de experiência, networking etc.

Figura 25: Laboratório comum Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: www.periphriquesarchitectes.com.br /2016

Uso do brise como controlador de luz e preservação da confidenciabilidade das salas

Forro metálico perfilado

Espaços de convívio aberto aos usuários

Figura 26: Fachada com brisé-soleil sinusoidal - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily / 2016

Figura 24: Espaço para convívio - Incubadora de Empresas de Biotecnologia Biopôle Fonte: Archidaily

24


5. PROPOSTA 5.1 Diretrizes O intuito do Centro de Incubadora de Empresas é oferecer um ambiente de inovação que proporcione a transferência de conhecimento em diversos tipos de atividades. A ideia é que o projeto seja responsável por atrair e reter empresas tecnológicas ou com potencial inovador dos mais diversos segmentos. A incubadora também oferecerá apoio para a criação de novos negócios, através de uma infraestrutura básica para o empreendimento, assessoria, capacitação e networking. O propósito a ser seguido é a criação de um edifício que abrigará empresas selecionadas a partir de um processo seletivo, e que estas demonstrem responsabilidade com a instituição que visa buscar os meios necessários para alavancar as ideias e produção das mesmas.

Para isso, o Centro de Incubadora de Empresas irá contar um espaço restritivo á essas empresas, e este, sendo um espaço flexível poderá abrigar simultaneamente de 12 á 22 empresas. Este número varia de acordo com o porte da empresa instalada, se esta já possuir uma estrutura profissional um pouco elevada, esta poderá utilizar até dois módulos, caso contrário a disponibilizarão básica é de um módulo por empresa. Além das empresas incubadas, outras empresas terão a chance de se associar e usufruir das utilidades e acessoria da Incubadora. Dentro ainda do programa da Incubadora, há também salas de treinamento para que profissionais possam orientar e treinar os profissionais das empresas incubadas, salas de informática, salas de coworking, salas de reunião, restaurante, além de outras

facilidades e administrativa.

acessoria

da

equipe

A intenção é que após um período de permanência das empresas, que vai até 36 meses para as emprresas residentes e 12 meses para empresas associadas, estas estejam graduadas a aptas a entrar no mercado sozinhas e competindo entre as demais. O sistema da página seguinte, mostra o fluxo relacionado para edifício, entre usuários que trabalham continuamente no local e usuários que frequentarão o mesmo e farão uso das facilidades, além de dias em que haverá eventos.

Até 22 empresas Treinamento Rede informatizada

Coworking

Associados

Suporte Centro de Incubadora de Empresas Facilidades

25


PROPOSTA 5.2 Programa Os espaços destinados ao projeto aderem a parâmetros de multifuncionalidade, ou seja, contempla ao mesmo tempo conceitos de sustentabilidade e flexibilidade, podendo ser multi-uso ou adstritos a uma determinada empresa. Além desses espaços próprios para as empresas trabalharem, denominado setor privado, o programa também possui os espaços os quais são compartilhados entre os associados da incubadora, principalmente as salas de coworking. Dentre outros, o edifício multifuncional visará atender os mais diversos usuários e necessidades. O programa de necessidades referido se encontra na tabela ao lado, assim como suas respectivas áreas e setores delimitados. A ideia de subdividir em setores o programa, garante melhor visualização das necessidades e percepção do elo entre cada um deles. De forma a justificar o programa proposto, este foi baseado no escopo básico das mais diversas incubadoras existentes e destacados nos artigos e estudos sobre incubadoras, assim como novos espaços inseridos com o intuito de trazer maior convivência ao edifício. FLUXO PRIMÁRIO DA INCUBADORA 22 Empresas Incubadas x 4 empregados por empresas 88 Funcionários / Administradores 15 TOTAL 103

FLUXO SECUNDÁRIO DA INCUBADORA Auditório (capacidade para 154 pessoas) 20 Empresas Associadas x 4 pessoas por empresa Restaurante ( capacidade para 84 pessoas) Café (capacidade para 24 pessoas) TOTAL

TOTAL

154 80 84 32 350

453

30% de Circulação e Paredes (m²)

Área de Construção (m²)

Programa

Área útil (m²)

Setor Privado Salas Individuais (22 x 40m²) ou (10 x 80m² e 2 x 40m²) Área útil do setor

880 880

264

1144

Setor Compartilhado Salas de Coworking (2x 90m²) Salas de Reunião(6 x 18m²) Sala Multiuso (2 x 15m²) Laboratórios de Informática (2 x 44m²) Showroom (2) Auditório Salas de Treinamento (2 x 52m²) Biblioteca Área útil do setor

180 108 30 88 210 190 104 160 1070

321

1391

Setor Administrativo Diretoria Coordenação Arquivo Sala de espera Secretaria Sala de administração Sala de reunião Espaço Coffee Break (Copa) Sanitários Área útil do setor

20 20 32 32 32 36 32 36 36 276

83

369

Setor de Convivência Sanitário e vestiário Café Restaurante Varanda de descanço (semi-aberta) Área útil do setor

132 90 300 98 620

186

806

Área útil total

2245

674

3710

26


5. PROJETO PROPOSTA 5.3 Conceito

5.4 Partido

O conceito levado em conta nesse projeto, parte do pressuposto de o edifício integrar-se autonomamente. Da criação de espaços que permitem os usuários a se encontrarem e se sociabilizar entre os demais, o que confronta direto com uma das intenções de uma Incubadora: integração entre os empresários.

Para a concepção do projeto um grande bloco monolítico foi disposto no terreno de forma que nesse continha todas as necessidades para o projeto e os espaços pensados. A partir desse bloco, pôde se moldar a forma do edifício de modo a setorizar os espaços e ao mesmo tempo integrá-los. O uso de uma figura geométrica regular foi uma ideia de tentar transformar

Distância da APP 50m

Área do terreno

uma figura simples de quatro lados em uma unidade tecnológica com traços mais atuais. Outro mecanismo foi fazer uso de uma praça de entrada na parte frontal do terreno que da acesso ao edifício, de forma a integrar não só os empresários entre si, mas estes com a cidade.

Bloco Monolítico Área de ocupação

N

Testada para à avenida

Repartição do bloco Área de descanso aberta Vazados da edificação Área aberta Restaurante

Cobertura projetada com painéis solares Acesso principal Acesso para veículos

Área verde a ser preservada Abertura para a entrada

Cobertura com painéis solares Divisão dos pavimentos Característica tecnológica Cobertura vazada para iluminação natural

27


5. PROJETO PROPOSTA 5.5 Fluxograma

Salas de Informática Salas de Reunião

Direção Coordenação Secretaria Acessoria

Acesso Principal

Circulação Vertical

Salas de Treinamento

Incubadora

Coworking

Sala de Reunião

Auditório

Sanitários

Salas Multiuso

Recepção

Arquivo

Sanitários Salão Central

Espaço Coffee Break (Copa) Sanitários

Salão Central

Circulação Vertical

1º e 2º Pavimento Café

Acesso Estacionamento

Terraço Restaurante

Área de descanso

N

Estacionamento

Pav. Térreo

Setor de Convívio

Restaurante

Sanitários Salão Central

Setor Compartilhado Setor Administrativo

Biblioteca

Circulação Vertical

Showroom

Setor Privado Estacionamento

3º Pavimento

28


5. PROJETO PROPOSTA 5.6 Estudos / Croquis

29


5. PROJETO PROPOSTA 5.7 Estrutura

5.8 Materiais

A estrutura adotada para o projeto apresenta sistema de pilares e vigas préfabricados de concreto armado protendido, com distanciamento adequado para a concepção dos módulos projetados internamente. A escolha do concreto é devida a sua alta durabilidade e da composição plástica que este elemento, juntamente com o vidro, traz para o edifício. para os pisos do pavimentos foi escolhido o uso da lajes alveolares , também pré-fabricadas e com dimensões moduladas de acordo com o espaçamento entre as vigas de apoio.

Basicamente a materialidade se compará dos seguintes elementos:

Para a cobertura, a escolha foi de um fechamento em methalon com uma estrutura metálica para o a sustentação dos painéis solares que serão instalados no telhado e também sustentação da caixa d’água. Escondido dentro do telhado, as vigas invertidas de concreto dão travamento a estrutura e sustentação da estrutura metálica.

Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Concreto Aço Vidro Lajes moldadas in loco Sistema de proteção solar

Forro removível, em placas moduladas de PVC, com elevado índice de isolamento acústico e absorção sonora.

Divisórias Drywall, em estrutura metálica e com alto índice de isolamento acústico e térmico.

Divisórias modulares com estrutura em alumínio e painéis em vidro.

Figura 27: Materialidade Fonte: Elaborado pelo autor

Fechamento da cobertura em methalon Estrutura metálica da dentro da cobertura Vigas em concreto armado

Pilar em concreto armado Laje alveolar pré-fabricada Cobertura moldada em concreto engastada na laje Figura 28: Estrutura Fonte: Elaborado pelo autor

30


5. PROJETO PROPOSTA 5.9 Estudo climático do projeto

Corte bioclimático

Instalações eficientes Águas pluviais Captação pela cobertura do edifício Filtragem Reservatório Reutilização de água captada Vasos sanitários Irrigação dos jardins e áreas verdes Lavagem de calçadas, fachada, pisos e veículos Painéis solares fotovoltáicos Utilização de painéis solares fotovoltáicos na cobertura com o objetivo de aproveitar os altos índices de incidência solar em Ribeirão Preto e alimentar uma parcela do consumo de energia da edificação Brises na fachada Uso de brises controláveis na fachada, com o objetivo de controlar a entrada de luz e calor no edifício, reduzindo assim os gastos com arcondicionado

31


5. PROJETO PROPOSTA 5.10 Memorial Descritivo

contendo recursos de mídia impressora e outras utilidades.

A área proposta para o projeto, Centro de Incubadora de Empresas está localizada na Avenida Maria de Jesus Condeixa, o grande terreno atualmente se encontra em um vazio próximo a uma extensa área vazia na região central da cidade de Ribeirão Preto e também próximo a ao Córrego dos Catetos. Área total do lote é de 9.120 M² e o local foi escolhido exatamente por estar inserido em um ponto estratégico da cidade de Ribeirão Preto devido ao fácil acesso pelas importantes vias : Avenida Francisco Junqueira e a Avenida Castelo Branco. A área total construída do edifico é 3710m² , sendo 22 salas de salas individuais 40m2 ou 10 salas de 80 m2 com mais duas salas 40m2, 02 salas de coworking, 06 salas reunião, 02 salas multiuso, 02 laboratórios informática, 02 salas para showroom, auditório, 02 salas de treinamento e biblioteca.

de de de de de um 01

Para o setor administrativo serão : 01 sala de Diretoria, coordenação, 01 arquivo, sala de espera, 01 secretaria, 01 sala administrativa, 01 sala de reunião, 01 espaço para Coffe Break, 01 e 01 sanitário. O setor de convivência conta com sanitários, café, restaurante e varanda semiaberta.

como

fax,

O edifício contém 4 pavimentos sendo térreo mais 3. O acesso ao edifício se dá através de uma grande praça na qual se dá acesso a recepção, sendo esta uma área aberta. Neste mesmo pavimento se encontra administração com todo o suporte necessário para as empresas que irão se adentrar na incubadora além de um café aberto criando um espaço receptivo e acolhedor para convivência de seus usuários. O primeiro e o segundo pavimento serão destinados para locais de trabalho, sendo este, um espaço compartilhado tanto para as empresas incubadas quanto para as empresas associadas para que possam utilizar os recursos oferecidos pela incubadora. No último pavimento se encontra um restaurante aberto ao público, ou seja, qualquer pessoa poderá frequenta-lo. O espaço também contempla uma biblioteca de suporte aos usuários, além de duas salas de showroom para exposição dos produtos gerados pelas empresas incubadas, conta também com uma área de descanso que serve como geradora de ideias e de interação entre as pessoas. A cobertura do edifício foi pensada de forma a criar um átrio na praça de acesso, possibilitando iluminação natural, além de traduzir o aspecto tecnológico do edifício.

O projeto partiu de um bloco monolítico que foi dividido em dois, para melhor se adequar ao terreno e as especificações do programa. A ideia de repartir o edifício foi motivada para setorizar duas áreas distintas do prédio, porem que se relacionam, sendo de um lado a área privada das empresas incubadas e do outro lado a área de recursos compartilhados como sala de reuniões, Coworking, sala de treinamento especializado e sala de

32


5. PROJETO PROPOSTA 5.11 Projeto

33


5. PROJETO PROPOSTA SITUAÇÃO

IMPLANTAÇÃO 1. PRAÇA DE ENTRADA 2. ESTACIONAMENTO

co

cis

an

3. EDIFÍCIO INCUBADORA DE EMPRESAS

. Av

r .F Dr

a

eir

qu

n Ju

4. RAMPA DE ACESSO VEÍCULOS 5. CARGA E DESCARGA

N Av. M

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4

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5 DA

NI

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1 3

XA

2

Fg

Esc. 0 1 2

5

34


5. PROJETO PROPOSTA

35


5. PROJETO PROPOSTA

36


5. PROJETO PROPOSTA

37


5. PROJETO PROPOSTA

ENTRADA

38


5. PROJETO PROPOSTA

ESTACIONAMENTO + LANCHONETE

39


5. PROJETO PROPOSTA

3,00

caixa d'água

0,60 0,20

+ 10,50

forro técnico

2,70

3º PAVIMENTO

0,60 0,20

+ 7,00 2º PAVIMENTO

forro técnico

3,30

3,80

2,50

3,30

1º PAVIMENTO

3,30

0,20

+ 3,50

3,30

2,70

Termobrise vertical

+ 0,0 TÉRREO

CORTE AA Esc. 0 1 2

5

+ 10,50

forro técnico

+ 7,00

forro técnico

Termobrise vertical

forro técnico

2,80

0,20

+ 3,50 1º PAVIMENTO

0,50

2,70

2º PAVIMENTO

0,60 0,20

2,70

3º PAVIMENTO

0,60 0,20

3,00

1,00

caixa d'água

+ 0,0 TÉRREO

CORTE BB Esc. 0 1 2

5

40


5. PROJETO PROPOSTA

41


5. PROJETO PROPOSTA

FACHADA NORTE Esc. 0 1 2

5

FACHADA SUL Esc. 0 1 2

5

42


5. PROJETO PROPOSTA

FACHADA OESTE Esc. 0 1 2

5

FACHADA LESTE Esc. 0 1 2

5

43


5. PROJETO PROPOSTA

PRAÇA DE ENTRADA

44


5. PROJETO PROPOSTA

ACESSO PRINCIPAL

45


5. PROJETO PROPOSTA

AUDITÓRIO

46


5. PROJETO PROPOSTA

COWORKING + SALAS DE REUNIÃO

SALA DE TREINAMENTO SALA DE REUNIÃO

47


5. PROJETO PROPOSTA

RECEPÇÃO

ADMINISTRAÇÃO

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5. PROJETO PROPOSTA

HALL DE CONVIVÊNCIA + SETOR DAS INCUBADORAS

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PROPOSTA

BIBLIOTECA

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PROPOSTA

RESTAURANTE

VARANDA RESTAURANTE

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS Livros + Artigos ANHOLON, Rosley; ZOQUI, Eugênio José; PINTO, Jefferson de Souza. Levantamento dos mecanismos utilizados pelas incubadoras brasileiras para auxiliarem MPEs In: EGEPE – ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS. 4. 2005, Curitiba, Anais... Curitiba, 2005, p. 64-78. BOGOSSIAN, F. Inovação tecnológica e competitividade no Brasil. Artigo publicado no Correio Braziliense do dia (31), 2010. CEIA, A. M. Avaliação da Implantação do Modelo de Gestão da ReINC nas Incubadoras de Base tecnológica Fluminenes. Dissertação (Mestrado) Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, 2006. CHAN, F. K.; LAU, T. Assessing technology incubator programs in the science park: the good, the bad and the ugly. Technovation, v. 25, p. 1215-1228, 2005. DOLABELA, F., PRADO, A. e NETO, F. (1999). Uma

Sites FURLAN, F. Esperteza Urbana: As cidades mais inteligentes do Brasil. [Editorial]. EXAME, Ed. 1094, n.14, p. 34-44, ago., 2015 MCTI. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Parques & Incubadoras para o Desenvolvimento do Brasil: Propostas de Políticas Públicas para Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas - Brasília: MCTI, 2015. SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa. Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil – 2011. SILVA, Silvana Alves. A relevância das incubadoras de empresas no mundo contemporâneo. Ponto-e-vírgula, 6: 235-251 2009.

ANPROTEC – Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (2000). Pesquisa Anprotec. www.anprotec.org.br (25/out.). FIPASE 2010, Histórico. “Atuação”. Acessado em 02 de Abril de 2016. <http://fipase.com.br/pt/index.php?option=com _content&view=article&id=28&Itemid=22> MCT. Ministério da Ciência e Tecnologia. Empresas Graduadas nas incubadoras brasileiras - 2001. Disponível em: <http://www.iel.cni.org.br/html/downloads/in cubadoras/catalogo.pdf>. Acesso em: 01 de Abril de 2016. 107 pgs. SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa. Fatores Condicionantes e Taxa de Mortalidade de Empresas - 2004. Disponível e m <http://www.sebrae.com.br/br/mortalidade_emp resas/index.asp>. Acesso em: 28 de Março de 2016.

incubação sem incubadora: como induzir parcerias entre empresas de base tecnológica. O caso Squadra – Doctor Sys, 3rd International Conference on Technology, innovation, and Policy- Global Knowledge Partnerships: creating Value for the 21st Century, August 30-September 2. Austin, Texas. DORNELAS, J.C.A. Planejando incubadoras de empresas: como desenvolver um plano de negócios para incubadoras/José Carlos Assis Dornelas. – Rio de Janeiro: Campus, 2002.

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