Património cultural português dornes a vila dos templários artur filipe dos santos

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Professor Doutor

Artur Filipe dos Santos

Dornes A V i l a d o s Te m p l รก r i o s

Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es

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AUTOR

Artur Filipe dos Santos artur.filipe@uvigo.es www.arturfilipesantos.wix.com/arturfilipesantos www.politicsandflags.wordpress.com www.omeucaminhodesantiago.wordpress.com • •

Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista e vexilologista. Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo. Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Insttuto Piaget (Portugal).Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal. Investigador do Património Cultural e Religioso dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias instituições de ensino e em várias organizações culturais.

Artur Filipe dos Santos - artur.filipe@uvigo.es

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A Universidade Sénior Contemporânea Web: www.usc.pt Email: usc@usc.pt Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com • A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas, adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessíveis a seniores, estudantes e profissionais através de livraria online.

Universidade Sénior Contemporânea – www.usc.pt

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Dornes, sobranceira ao rio Zêzere recorda por estas paragens a estada dos cavaleiros Templários, conhecidos por protagonizarem a “Linha do Tejo”, uma rede defensiva de castelos e torres, como ~são exemplo o Castelo de Almourol e a torre pentagonal de Dornes Dornes, a Vila dos Templários

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A vila de Dornes, que é sede de uma freguesia do concelho de Ferreira do Zêzere, é uma das localidades situadas nas margens do Zêzere cuja visita se recomenda.

Dornes, a Vila dos Templários

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Fica sobre uma pequena península que é contornada pelo rio, já na parte formada pela albufeira do Castelo do Bode.

Dornes, a Vila dos Templários

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Dornes é muito antiga, é anterior à fundação da nacionalidade. Talvez já no tempo dos lusitanos tenha existido uma povoação no mesmo local, se for verdade a afirmação que alguns fazem de que a torre da vila foi construída sobre as ruínas de uma outra torre, que Sertório teria mandado construir. Dornes, a Vila dos Templários

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O Rio Zêzere, que é afluente da margem direita do Rio Tejo, é sem sombra de dúvida um dos rios mais bonitos de Portugal.

Dornes, a Vila dos Templários

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Desde a Serra da Estrela até Constância, este rio é uma ininterrupta sucessão de belíssimas paisagens e de belíssimas vilas e aldeias como é o exemplo de Dornes, uma península que entra pelo rio.

Dornes, a Vila dos Templários

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Esta beleza e a paz imensa que nas suas margens se respira fazem do Zêzere um destino turístico altamente recomendável para os dias quentes de verão.

Dornes, a Vila dos Templários

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Junto a ele, poderรก o visitante retemperar o corpo e consolar a alma.

Dornes, a Vila dos Templรกrios

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• A vila de Dornes esteve muito ligada aos Templários. A sua torre pentagonal foi mandada erigir por Gualdim Pais (1118-1195), que foi grãomestre da Ordem dos Templários em Portugal, como parte integrante de um sistema defensivo da Linha do Tejo contra os mouros, que incluía Tomar (onde estava a sede da Ordem), Almourol, etc. Dornes, a Vila dos Templários

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• Os Templários em Portugal

Dornes, a Vila dos Templários

O Ordem Militar do Templo, fundada em França, na região de Champagne, no ano de 1120 no contexto da realização do Concílio de Naplus, é uma das mais conhecidas ordens militares da Europa Cristã medieval criada para proteger os movimentos de peregrinação aos Lugares Santos do Cristianismo no médio oriente sob ascendência crescente do poderio de confissão islâmica. 14


• As ordens militares nasceram no coração da Idade Média como uma versão especializada da experiência monástica cristã institucionalizada sob o nomenclatura institucional denominada de “Ordens”, cuja ProtoOrdem europeia mais famosa e mãe de todas as ordens ocidentais foi a Ordem de São Bento. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os Templários nasceram primeiro na dependência dos Cónegos do Santo Sepulcro, vindo rapidamente a autonomizar-se com a liderança do seu primeiro Grão Mestre, Huges de Payns. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Os Templários, Freires de Cristo ou Freires do Templo de Salomão como também eram designados, associaram à sua consagração religiosa pela profissão dos conselhos evangélicos de Pobreza, Castidade e Obediência, o compromisso de entregar a sua vida em favor da proteção dos peregrinos e da defesa da Cristandade contra a ameaça do poder islâmico que afrontava os cristãos.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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A Ordem do Templo, ao lado de outras ordens militares como a de Santiago, a de Calatrava, a do Hospital e a de Avis (ramo português da Ordem de Calatrava), cooperava com os exércitos dos reis e senhores cristãos nas cruzadas contra o chamado “Infiel” tanto no Médio Oriente e como na Península Ibérica, procurando reconquistar os territórios de antigo domínio cristão, entretanto conquistados pelos muçulmanos.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• O serviço prestado por estas instituições aos monarcas cristãs, com especial destaque para a Ordem do Templo, foi largamente recompensado com a atribuição de bens, nomeadamente terras, castelos e outras regalias, que as tornaram poderosas e influentes. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Em Portugal, além do papel fundamental desempenhado pela Ordem do Templo, ao lado das suas congéneres, na reconquista cristã e, por consequência, na formação de Portugal, teve um papel relevante no povoamento e controlo do território conquistado ao Mouro. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os Cavaleiros Templários estiveram, desde os inícios das nacionalidade, um pouco por todo o território.

Castelos Templários Em Portugal, De Nuno Vilamariz Oliveira

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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O historiador André Jean Paraschi, na sua História dos Templários em Portugal, admitindo a possibilidade de doações anteriores, refere a oferta, ainda em 1126 e por parte da rainha D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), da vila de Fonte Arcada, perto de Penafiel, para além de herdades, quintas e solares ofertados por outros proprietários.

Os Templários em Portugal, de Paulo Alexandre Loução

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Dois anos volvidos, a sede dos templários muda de local e, agora sim, parece ter já um papel militar. As instalações ficam, agora, no castelo de Soure, também doado por D. Teresa. Situado na confluência de três rios (Arunca, Anços e Arão, todos afluentes do Mondego), Soure funciona como guarda avançada à cidade de Coimbra. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Por curiosidade, será às portas deste castelo que, em 1144, os templários sofrem uma das suas mais pesadas derrotas em Portugal, perante as tropas de Abu Zakaria, vizir de Santarém. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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A lista, a partir daqui, engrossa rapidamente – muito em especial após a independência e a subida ao trono da dinastia de Borgonha. Esta simpatia dos descendentes do Conde D. Henrique pela Ordem do Templo poderá estar relacionada com a proximidade entre a nobreza da Borgonha e a de Champagne – de onde vieram os templários originais – ou com o facto de o grande ideólogo do templarismo, Bernardo de Claraval, ser ele próprio um borgonhês de nobres famílias. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Enquanto a nobreza portuguesa ia dando aos templários quintas e herdades a um ritmo alucinante, contribuindo decisivamente para o enriquecimento da ordem e para o incremento das fontes de receita, D. Afonso Henriques e os seus sucessores seguiam uma estratégia distinta: Os Cavaleiros Templários em Portugal

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As suas doações, em terrenos ou fortificações, situavam-se em zonas estratégicas do País. Os reis reconheciam o poder militar dos templários e atribuíam-lhes funções de primeira linha de defesa contra possíveis ataques de muçulmanos ou castelhanos. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Mas os templรกrios nรฃo se limitavam a um papel defensivo. Na maior parte das batalhas da Reconquista, os reis de Portugal puderam contar com soldados da Ordem do Templo entre as suas forรงas. Os Cavaleiros Templรกrios em Portugal

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Até durante o cerco de Lisboa, quando um exército muçulmano tentou, a partir do exterior, romper as linhas cristãs, foram os templários que estiveram nas zonas mais quentes de combate, prestando um apoio decisivo para repelir o inimigo.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Se olharmos para o mapa de possessões templárias em Portugal no final do século XII, verificaremos não apenas a grande quantidade de propriedades, mas, sobretudo, a distribuição lógica e estratégica das suas instalações militares. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Pode dizer-se que Portugal foi, de facto, um dos primeiros locais onde o empรณrio templรกrio comeรงou a estabelecer-se.

Os Cavaleiros Templรกrios em Portugal

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Castelo de Trancoso

No entanto, e ao contrário do que aconteceu noutros países (mormente em França), as relações entre a coroa e a Ordem do Templo foram sempre muito estreitas, sem que se conheçam quaisquer situações de tensão.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Uma das mais importantes doações feitas por D. Afonso I à Ordem do Templo foi, por alturas de 1159, a do território de Nabância. Seria aqui que nasceria Tomar, considerada a mais templária de todas as cidades.

Castelo Templário de Tomar

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Com o seu magnífico castelo e com uma das mais importantes igrejas puramente templárias erigidas no Mundo (Santa Maria do Olival), Tomar terá sido, a par de Chipre, a capital oficiosa da Ordem do Templo. Igreja de Santa Maria do Olival, Tomar

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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A sua importância era de tal forma grande que mereceu estrutura defensiva própria – que incluía os castelos da Cardiga, de Bode, de Zêzere, a torre de Dornes, de Almourol e da Sertã, para além de fortificações em Pias e Domes.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Devido a vicissitudes várias e a fatores que ainda hoje carecem de explicação cabal, a Ordem do Templo foi, há sete séculos, depois de quase duzentos anos de existência, submetida a um processo trágico que levou à sua extinção. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Semelhanças houve com o que viria acontecer, mais tarde, com a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal de Portugal pela mão de Pombal, e noutras monarquias europeias no século XVIII, acabando com a sua extinção universal em 1773 pelo papa Clemente XIV. Dornes, a Vila dos Templários

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Apesar de Portugal ter sido sempre um refúgio para os templários, devido às estreitas ligações que a ordem tinha com os monarcas, a sua presença entre nós não foi sempre pacífica.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Logo durante a reconquista, o primeiro bispo cristão de Lisboa, o inglês Gilberto de Hastings, tentou convencer D. Afonso Henriques a colocar travão na autonomia templária (os seus mestres não respondiam senão perante o Papa), mas os seus intentos sairiam gorados. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Quando, a 13 de Outubro de 1307, Filipe IV, o Belo, rei de França, com a conivência do Papa Clemente V, logrou concretizar a extinção dos templários, vários monarcas europeus obedeceram às instruções papais Os Cavaleiros Templários em Portugal

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D. Dinis. O rei português exigiu, em troca, que o Vaticano o autorizasse a criar uma nova ordem militar e religiosa, que recebeu o nome de Militar Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No entanto, D. Dinis, que então presidia ao trono de Portugal, resistiu a aceitar a diretiva papal que mandava extinguir a Ordem do Templo, consciente do relevantíssimo serviço que tinha prestado e continuava a prestar na defesa e povoamento do território português.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Temendo que, caso não acedesse à solicitação do rei português, Dinis permitisse a permanência dos templários no seu território, Clemente V aceitou. Clemente V 195º papa

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Através de uma ação diplomática bem sucedida conseguiu obter do Papa uma solução para acatar a extinção, não extinguindo de facto esta Ordem de elite, cuja dispensa não convinha à estratégia política do Reino de Portugal. Dornes, a Vila dos Templários

Cruz pátea da Ordem de Cristo

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A solução passou por comutar o nome. Mantiveram-se os mesmos efetivos, os mesmos bens e a estrutura organizativa, mas mudou-se o nome da Ordem. A Ordem passou a chamar-se Ordem de Cristo. Os Cavaleiros Templårios em Portugal

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โ ข Assim, com esta jogada de diplomacia, D. Dinis salvou os Templรกrios que passaram a ser integrados na Ordem de Cristo, no fundo, o nome novo da Ordem do Tempo ou dos Cavaleiros de Cristo.

Os Cavaleiros Templรกrios em Portugal

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Sabemos hoje quão importante e decisivo foi este empenho político de D. Dinis em evitar a extinção dos Templários em Portugal.

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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โ ข Graรงas a estas medidas, Portugal manteve a capacidade militar e a cultura dos templรกrios, ainda que agora ocultas sob outro rรณtulo.

Os Cavaleiros Templรกrios em Portugal

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Seriam os templários a sugerir a plantação do Pinhal de Leiria, para drenagem das áreas pantanosas e para obter madeira para a construção de uma frota. Desenho esquemático do octógono originando o logotipo da Ordem de Cristo. É possível observar que a serifa da haste da cruz forma um ângulo de 45° com a base. As linhas que compõem o formato do desenho do logotipo da Ordem de Cristo podem ser obtidas a partir da ligação com retas dos vértices no interior do polígono octógono, associado a linhas paralelas aos lados. Fonte: Wikipedia

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Pinhal de Leiria

O Pinhal do Rei, Pinhal de El-Rei, Mata Nacional de Leiria, ou Pinhal de Leiria é uma floresta tem 11.080 ha, abrangendo as freguesias da Marinha Grande e de Vieira de Leiria, estando assim inserido única e totalmente no concelho da Marinha Grande. Em Portugal, o pinhal de Leiria marcou o início da plantação intensiva de monocultura do pinheiro bravo.

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Mais tarde, a sucedânea Ordem de Cristo liderará a promoção de uma das empresas mais importantes e significativas de toda a História de Portugal: as viagens marítimas de descobrimento.

Livro de Lisuarte de Abreu

Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Através da liderança de um dos mais famosos Grão Mestres da Ordem de Cristo, o Infante D. Henrique, Portugal ficou na história universal como o primeiro império global da humanidade e o pioneiro da construção da globalização. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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• Em 2012 assinalaram-se os 700 anos desde processo antitemplário liderado pelo Rei de França, Filipe IV, o Belo, que conseguiu a conivência do Papa de então, Clemente V, para considerar a Ordem do Templo culpada de desvios e faltas graves. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os templários e a linha do Tejo • A chamada Linha do Tejo foi uma linha defensiva raiana do reino de Portugal, entregue aos Templários pelos primeiros reis portugueses, na época da Reconquista, durante a Baixa Idade Média. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os templários e a linha do Tejo • A chamada Linha do Tejo foi uma linha defensiva raiana do reino de Portugal, entregue aos Templários pelos primeiros reis portugueses, na época da Reconquista, durante a Baixa Idade Média. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os templários e a linha do Tejo • Consistia na coordenação da defesa proporcionada pelos castelos de Almourol, Castelo Branco, Monsanto, Pombal, Tomar, Abrantes, Torres Novas e Zêzere. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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Os templários e a linha do Tejo • Com o progresso da tomada de território cristão para o sul, em direção ao Alentejo e ao Algarve, esta linha progressivamente perdeu a função. 56


De tal modo que o monarca francês logrou, embora hoje sem sabermos com certeza se com provas justas, obter do Papa a extinção desta Ordem e até a condenação das suas mais importantes lideranças, culminando com a morte na fogueira do seu último Grão-Mestre, Jacques de Molay, em 1314 e o consequente fim da Ordem do Templo. Os Cavaleiros Templários em Portugal

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A Lenda da Nossa Senhora do Pranto

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Igreja de nossa Senhora do Pranto Além da torre, a igreja matriz de Dornes também merece uma visita. Nela se encontra a imagem muito venerada de Nossa Senhora do Pranto, que é uma pietà do séc. XVII. Dornes, a Vila dos Templários

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Anteriormente a esta imagem, terá existido uma outra idêntica do séc. XIII, sobre a qual se conta a seguinte lenda: Dornes, a Vila dos Templários

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No tempo de El-Rei D. Dinis, era Senhora destas Terras a Rainha Santa Isabel. Região vastíssima e quase despovoada, vigiada – como ainda hoje- pela multissecular Torre de Dornes, que muitos consideram construída pelo heróico Sertório, Sucessor de Viriato na defesa da Pátria contra os invasores romanos. Dornes, a Vila dos Templários

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Tinha a Rainha Santa por seu Feitor nesta regiรฃo ao nobre Guilherme de Paiva, que habitava seu Paรงo numa vertente serrana prรณxima da Torre de Dornes.

Dornes, a Vila dos Templรกrios

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Durante muitas noites, a partir de certa ocasião, ouviram Guilherme de Paiva e os seus, lancinantes lamentos que lhes parecia virem das proximidades da Torre e do rio Zêzere.

Dornes, a Vila dos Templários

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Acontece que, por tal época, o fiel Feitor teve de deslocar-se a Coimbra, ao Paço Real onde estanciava a Rainha Santa Isabel, a prestar contas do seu governo e aproveitou, então, para contar-lhe o maravilhoso sucedido. Dornes, a Vila dos Templários

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NĂŁo mostrou espanto a Rainha, antes lhe confiou ter conhecimento de tudo isto, solicitando a Guilherme de Paiva que, no seu regresso, escavasse na base da Torre, onde era certo que encontraria algo. Dornes, a Vila dos TemplĂĄrios

Vortex Magazine

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Assim se fez, achando-se uma maravilhosa imagem (dizse que visigótica…) da Virgem Maria chorando a morte de Seu Santo Filho. Dornes, a Vila dos Templários

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Logo ali, no local do enternecedor achado, se construiu a Igreja e se levantou o Culto Ă Senhora do Pranto

Dornes, a Vila dos TemplĂĄrios

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Dornes teve pelo menos ocupação romana e é o que resta de uma vila que já existia no século XII, que foi respectivamente de Templários, passando destes para a comenda da Ordem de Cristo. Dom Manuel concedeu-lhe foral em 1513. Dornes, a Vila dos Templários

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Dornes é uma localidade portuguesa do concelho de Ferreira do Zêzere, com 21,91 km² de área e 594 habitantes (2011)[1]. Densidade: 27,1 hab/km².

Dornes, a Vila dos Templários

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A Vila de Dornes situa-se numa pequena península à beira-Zêzere, no concelho de Ferreira do Zêzere.

Dornes, a Vila dos Templários

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Foi sede de concelho entre 1513 e 1836. Era constituído pelas freguesias de Beco, Dornes e Paio Mendes.[2] Em 1801 tinha 2 287 habitantes e 43 km².

Dornes, a Vila dos Templários

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Dornes situa-se no extremo norte do distrito de Santarém, concelho de Ferreira do Zêzere. Eclesiasticamente pertence ao Bispado de Coimbra e turisticamente está integrada na Região de Turismo dos Templários. Dornes, a Vila dos Templários

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Dornes faz fronteira, através do rio Zêzere (Albufeira de Castelo do Bode), com a freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã e distrito de Castelo Branco.

Dornes, a Vila dos Templários

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No concelho de Ferreira do Zêzere faz fronteira com Águas Belas, Beco e Paio Mendes.

Dornes, a Vila dos Templários

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Compõem esta freguesia a Vila de Dornes, sede histórica e religiosa da freguesia e os lugares de Barrada, Cagida, Carril, Casal Ascenso Antunes, Casal da Mata, Frazoeira, Joaninho, Junqueira, Lameirancha, Macieira da Rocha, Peralfaia, Quinta da Benta, Quintas, Ribeiro da Coroa, Rio Cimeiro, Rio Fundeiro, Salão de Baixo, Salão de Cima e Vale Serrão. Dornes, a Vila dos Templários

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História de Dornes • Poderá ser, como vimos anteriormente, mesmo anterior à fundação da nacionalidade, como o atestam os monumentos e os vestígios arqueológicos que por aqui se têm encontrado. Dornes, a Vila dos Templários

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Já na primeira dinastia alguns documentos que lhe fazem referência, sendo documentada a presença de um religioso de Dornes no Foral de Arega, em inícios do século XIII.

Dornes, a Vila dos Templários

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Mais tarde, no sÊculo XV, Dornes, enquanto Comenda Mor da Ordem de Cristo teve por Comendador D. Gonçalo de Sousa, homem muito influente, da Casa do Infante D. Henrique, e que aqui mandou construir, em 1453, a Igreja de Nossa Senhora do Pranto.

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Este local de culto deu à povoação, parte da importância que esteve na origem, em 1513, da atribuição do Foral Manuelino.

Dornes, a Vila dos Templários

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Ainda no século XIII há referências à Comenda Templária de Dornes.

Dornes, a Vila dos Templários

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Aqui nasceram, um século mais tarde, muitos dos heróicos combatentes que por volta de 1650 se bateram nas fronteiras para assegurar a independência nacional.

Dornes, a Vila dos Templários

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Do "modus vivendus" das gentes de Dornes, destacaremos a produção e comercialização da madeira de castanho, tradição que já encontramos descrita desde o século XIV e que se manteve até finais do século XIX. Dornes, a Vila dos Templários

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Também no Século XIX, a reforma de Rodrigo da Fonseca, veio extinguir o concelho de Dornes, integrando-o desde 1835, no concelho de Ferreira do Zêzere. Dornes, a Vila dos Templários

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Dornes, berço da "Portuguesa“ • Do século XIX para cá, Dornes tem sido um polo de atracção turística e a sala de visitas do concelho de Ferreira do Zêzere em função das suas paisagens deslumbrantes sobre o Zêzere e também em virtude da grande carga histórica e monumental que as suas aldeias encerram. Dornes, a Vila dos Templários

Por ocasião do Ultimato Inglês de 1890, Henrique Lopes de Mendonça escreveu, com música de Alfredo Keil, a marcha A Portuguesa que, em 1910 o Governo da República adoptou como Hino Nacional. 85


De entre os visitantes ilustres, destaca-se Alfredo Keil que em 1890, estando hospedado na Estalagem dos Vales, ensaiaria com a então Sociedade Filarmónica Carrilense a primeira orquestração da marcha: "A Portuguesa", sendo por isso o Carril um dos berços do actual hino nacional de Portugal. Dornes, a Vila dos Templários

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Património • A torre é o ex-líbris da Vila de Dornes, onde se destaca ainda a Igreja de Dornes ou Igreja de Nossa Senhora do Pranto, construída no século XIII e reedificada em 1453, onde existe um órgão de tubos oitocentista, imagens de pedra de Nossa Senhora do Pranto e de Santa Catarina, um púlpito de 1544 e um quadro a óleo denominado «Descanso na Fuga para o Egipto». Dornes, a Vila dos Templários

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A torre templária de Dornes surpreende pela invulgaridade da forma, as suas cinco faces tornamna um exemplar raríssimo da arquitectura militar dos tempos da Reconquista.

Dornes, a Vila dos Templários

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Edificada por Gualdim Pais para defesa da linha do Tejo, foi construída sobre a base de antiga torre romana, garante da segurança para a exploração do ouro que aquele povo fazia no Zêzere.

Estátua de de Gualdim Pais Fundador de Tomar

Dornes, a Vila dos Templários

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Do xisto rude destacam-se os cunhais calcรกrios, onde ainda se podem descobrir as marcas dos canteiros medievais.

Dornes, a Vila dos Templรกrios

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Também de calcário é a verga da porta, aproveitamento de uma estela funerária, provavelmente visigótica, decorada com símbolos guerreiros (lanças, espadas e escudos).

Dornes, a Vila dos Templários

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No interior da torre encontram-se, intactas, várias estelas funerárias templárias, lembrando eras em que estes cavaleiros defendiam o território das investidas muçulmanas e procuravam sepulcro junto das casas de Deus. Dornes, a Vila dos Templários

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Com tempos mais pacíficos e perdida a função guerreira, a torre ficou sineira no século XVI, função que ainda hoje conserva. Dornes, a Vila dos Templários

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Lápide - Igreja de Nossa Senhora do Pranto

Dornes, a Vila dos Templários

• À sua sombra nasceu a igreja, fundada ainda no século XII e que desde o tempo da rainha Santa Isabel se encontra associada à lenda e culto da Senhora do Pranto, lenda essa que poderá estar na origem do próprio nome da vila, que começou por se chamar Vila das Dores. 94


Bibliografia • https://pt.wikipedia.org/wiki/Dornes • http://www.cm-ferreiradozezere.pt/noticias-turismo/629dornes-na-lista-das-5-vilas-mais-bonitas-de-portugal • http://www.vortexmag.net/dornes-a-mitica-terra-dostemplarios/ • http://terrasdeportugal.wikidot.com/dornes • .http://www.portugalnotavel.com/dornes-torre-templaria/ • http://www.lendarium.org/narrative/nossa-senhora-dopranto-dornes/?tag=38 • http://sp07.webnode.pt/news/possess%C3%B5es-templariasem-portugal/

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Bibliografia • http://www.cm-ferreiradozezere.pt/lendas • https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Dornes • http://amateriadotempo.blogspot.pt/2012/07/dorne s.html • https://templars.wordpress.com/os-templarios-emportugal/ • http://www.novaacropole.pt/a_rota_temparios_portugal.html • https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_dos_Templ%C3 %A1rios 96


Créditos Fotográficos • http://www.vortexmag.net/ dornes-a-mitica-terra-dostemplarios/ • Mapas de Portugal • Portugal Notável • http://4.bp.blogspot.com/r0gVZI9sQg4/UET1XsX6b1I/ AAAAAAAAMoQ/DFzbKkpd4c/s1600/DORNES+FER REIRA+DO+ZEZERE+1960s.j pg • Câmara Municipal de Sesimbra

• http://hernanicardoso.pt/vi agem/wpcontent/uploads/2015/01/c apacaravelas.jpg • Wikipédia • tó-do-nordeste • Booking.com

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