Universidade de Vigo Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação Memória de Investigação para a Obtenção do Grau de Doutor
A Importância da Comunicação na Atribuição, Preservação e Divulgação do Título de Património Mundial No Âmbito da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos. Artur Filipe dos Santos Orientadora: Professora Doutora Aurora García González
Pontevedra, 2012
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Índice I. Introdução
II.
As
..…………................................6
Ciências
da
Comunicação na atribuição e preservação
do
Património
Título
Mundial
de da
UNESCO
II.1 Fundamentos Teóricos
.............................................21
II.2 Campanhas de Comunicação Pública
e
o
Património ………………………...……………54
Mundial da UNESCO
II.3
O
testemunho
Autoridades quanto
das
Oficiais
ao
papel
Comunicação
da nas
questões do Património ………………………………………69
Mundial
III.
O
media
Interesse na
dos
divulgação
mass do
Património Mundial
III.1 O Património Mundial nos jornais, nas rádios e nas Televisões
……………………………….......101
III.2 O Património Mundial nas
Ar t ur F il ip e do s San t os
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páginas web institucionais, nas páginas web pessoais …………………………………….137
e nos blogues
III.3 O Património Mundial em campanhas de publicidade
…………………………………….165
IV. Estudo comparativo entre os
periódicos
Jornal
de
Notícias e La Voz de Galicia .
IV.1
Desenvolvimento
do …………………………………….179
Projecto
IV.2
Exposição
Trabalho
V. Conclusões
VI. Bibliografia
VII. Anexos
Ar t ur F il ip e do s San t os
do .……………………………………188 …………………………………….198 …………………………………….213
…………………………………….235
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A Deus
Por toda a inspiração que me deu em tempos de escuridão intelectual. Pela iluminação da sapiência que me guiou no caminho incerto da acção investigadora Por viver…
À minha Esposa e minha filha Pelas noites seguidas a ver o marido e o pai ao longe Escondido atrás daquele ecrã negro Horas e horas a fio Obrigado Marta e Maria
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Agradecimentos À Professora Doutora Aurora García González, por toda a sua “generosidade” nas aulas que ministrou, na orientação deste trabalho, na simpatia e a mizade demonstradas ao longo do tempo. À
Professora
Doutora
Mercedes
Román
Portas,
da
Universidade de Vigo, pela simpatia demonstrada no decurso do desenvolvimento desta tese de doutoramento. Aos professores da Universidade de Vigo, aqueles que sempre tive ram uma palavra de incentivo na hora de maior “nevoeiro” intelectual. A Koshiro Matsura, ex. Director Geral da UNESCO Ao Centro do Património Mundial, Paris França, Ao Comité Português da UNESCO Tino Nóvoa, responsável pelo arquivo de La Voz de Galicia Serviços da Biblioteca Central da Universidade de Vigo, Campus de As Lagoas Marcosende e serviços da Biblioteca Central do Campus de Pontevedra.
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I. Introdução O património cultural edificado é um bem essencial para perceber a herança histórica da Humanidade e é um suporte essencial para legitimar o nosso caminho em direcção ao futuro, já que, como no passado, as gerações futuras, irão julgar os nossos actos, se soubemos preservar ou não o caminho que trilhamos até ao nosso presente. Serve inclusivamente para proteger um outro bem, também inestimável, o património imaterial, hoje em dia muito em voga, e que começa a dar a dar os primeiros passos na sua salvaguarda: é a nossa gastronomia, é o nosso cancioneiro escrito e cantado, são as nossas lendas, o vestuári o típico e ancestral, entre outros, que escrevem na “pele” a história que urge preservar. Inserido na linha de investigação “Comunicação de Serviço Público”, este trabalho, elaborado com o intuito de obter o Doutoramento em Comunicação, Relações Públicas, Publicidade e Protocolo, pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, tem como objectivo estudar a importância da Comunicação na atribuição do título de “Património Mundial”, sob a égide do Centro do Patr imónio Mundial da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) aos centros históricos urbanos, e o contributo da mesma para a promoção do património classificado com vista à sua preservação e exploração do potencial económico. Esta obra tem como finalidade uma maior fundamentação teórica, necessária para reforçar a importância da Comunicação Interna e Externa, das Relações Públicas, das campanhas de comunicação pública, bem como o papel dos mass media, das novas plataformas on-line e a publicidade como mecanismos essenciais para a transmissão da ideia de importância de se preservar o património, alcançar, através da união de esforços Ar t ur F il ip e do s San t os
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entre várias instituições públicas e privadas, a classificação de Património Mundial para o espól io histórico edificado do centro histórico de uma cidade, sem esquecer a vertente economicista, ao ter em conta os benefícios turísticos desse legado secular e de apresentação de um trabalho de campo, expondo um estudo comparativo entre dois periódicos diá rios, um português e outro o galego, Jornal de Notícias e La Voz de Galicia , jornais de relevo para
as
cidades
respectivamente, arquitectónica
do urbes
são
Porto que
exemplos
e
de
pela
Santiago sua
de
beleza
extraordinários
de
Compostela histórica
e
patrim ónio
universal, fazendo ambas parte da restrita Lista do Património Mundial da UNESCO, e que servirão como base a este estudo comparativo que terá como amostras as publicações destes dois jornais desde 2000 até 2004, depois de uma pesquisa efectuada aos arquivos e hemerotecas destes dois órgãos de comunicação, com o objectivo essencial de perceber qual a importância e destaque que os dois diários dão às temáticas relacionadas com o património mundial em geral mas sobretudo com o património presente nos cent ros históricos de cada uma das cidades em particular. A recolha de fundamentação teórica foi elaborada tendo em conta autores que expressam a importância da comunicação no desenvolvimento das empresas e das instituições e do contacto destas com a sociedad e. José Maria la Porte, com a sua obra Entusiasmar a la propia institución. Gestión y comunicación interna en las organizaciones sin Ánimo de Lucro e La Comunicación Global del Património Cultural, de Mateos Rusillo, foram dois dos autores preponderantes p ara o estudo da importância das ciências de comunicação para sensibilizar à preservação do espólio de um centro histórico, para a construção de um melhor e mais completo dossier de candidatura ao Título de Património Mundial, bem como
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outros autores signif icativos e obras preponderantes, descritas na bibliografia. Com o intuito de demonstrar que as questões relacionadas com a comunicação podem de sobremaneira contribuir para o desenvolvimento de uma maior sensibilização e consciencialização para a preservação do património, como legado para as gerações de hoje e do amanhã, mas acima de tudo, contribuir para a organização do dossier de candidatura ao título de Património Mundial no âmbito da UNESCO a um centro histórico de uma cidade, ajudando a desenvolver i niciativas que demonstrem ao Centro do Património Mundial de que a classificação dos bens a candidatar será uma mais -valia cultural, sociológica, económica e, claro, turística, com promoção do património cultural. Este projecto de investigação debruçou -se na procura de uma fundamentação capaz de comprovar essa mesma utilidade, bem como apresentar um estudo comparativo entre dois jornais do noroeste peninsular como prova ou não de que os meios de comunicação estão atentos a este tipo de matérias e que a sua audiência é receptível a este tipo de temáticas. Desenvolvido com o convencimento de busca incessante de evoluir no campo científico das ciências da comunicação, este trabalho mune -se de tremenda importância ao ligar dois pólos (o das Ciências da Comunica ção e o estudo da História), de interesse e extraordinária necessidade para a compreensão da sociedade contemporânea, com a consciência também de ajudar a elucidar técnicos de comunicação, responsáveis autárquicos e operadores turísticos,
entre
outros
prof issionais,
para
o
contributo
da
comunicação para todos os processos que dinamizam a promoção do
património
arquitectónico,
podendo -o
tornar
um
valor
acrescentado, passível de ser explorado, não só a nível, claro está, cultural, histórico e sociológico, mas também económico,
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essencial na maioria da vezes até para a preservação do próprio património em causa. Este projecto foi desenvolvido em três anos e dois meses, investigação
que
foi
desenvolvida
a
meias
com
todas
as
responsabilidades profissionais enquant o professor universitário e director pedagógico de uma instituição de ensino “maior”, e ainda, até há bem pouco tempo, como jornalista, não esquecendo as obrigações sempre essenciais de pai de família. No
que
relativamente fundamentação
concerne fácil
às
dificuldades
encontrar
teórica,
já
bibliografia que,
com
metodológicas, de
a
suporte
eminente
foi
para
a
ajuda
e
“generosidade” da minha directora de tese, a Professora Doutora Aurora
García
González,
rapidamente
se
elaborou
uma
lista
bibliográfica relevant e tendo em vista a fundamentação teórica das várias temáticas da comunicação em estudo neste trabalho. No que à ligação entre a comunicação e o património diz respeito, a obra de pesquisa fundamental foi “ La Comunicación Global del Património Cultural ”, de Santos M. Mateos Rusillo, mas não foi de todo fácil encontrar qualquer obra de estudo que focasse tão-somente a importância da comunicação para todo o processo de candidatura de um bem a Património Mundial, a sua divulgação e o auxílio da comunicação para a divulgação dos bens classificados pelo Centro do Património Mundial (em Portugal também se usa a expressão Comité para o Património Mundial), apesar
deste
organismo
da
UNESCO
ter
uma
boa
rede
de
comunicação interna e externa, apoiada em fortes campanhas internacionais de educação e preservação para a temática do património
cultural e
natural,
parcerias
com
grandes marcas
internacionais, como a Samsung, a American Express entre outras, para desenvolvimento de iniciativas de salvaguarda e divulgação de património em risco, assim como uma vasta colecção de obras publicadas sobre o património da Humanidade espalhado por todo
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o mundo. Esta organização já dispõe no entanto de uma boa bibliografia
que
candidatura
e
permite
compreender
classifi cação
mas
todo
o
sobretudo
processo num
de
contexto
organizativo e jurídico, à luz do direito internacional de protecção dos bens naturais e culturais, abordando muito sucintamente, em alguns aspectos relacionados com a promoção de um bem já classificado,
a
importância
de
um a
estratégia
concertada
de
comunicação para uma efectiva chamada de atenção e divulgação do património a nível local, nacional e internacional. Com a evolução das novas plataformas web, como sendo os sítios e os blogues foi possível mais facilmente procu rar e analisar informação
relativa
à
comunicação
e
a
sua
relação
com
o
património classificado, facto que não foi tão fácil aquando da feitura da tese para obtenção do Diploma de Estudos Avançados deste mesmo plano de estudos, dada a escassez, na altura, d e informação compilada por cibernautas particulares. Agora já existem em Portugal cursos de Pós -graduação em Comunicação e Património, tendo eu próprio leccionado num desses cursos, no Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas, o que veio dar mais um passo no estudo não só da temática da comunicação e do património mas da ideia de que o turismo cultural é uma alínea cada vez mais essencial no seio da indústria do turismo em Portugal. Foi
sobretudo
mais
difícil
obter
os
exemplares
nas
hemerotecas dos d ois periódicos investigados para o estudo comparativo entre o Jornal de Notícias e La Vo z de Galicia . O primeiro por que a grande maioria dos exemplares ainda estavam em papel e mesmo os que estavam em formato informático apresentavam uma dificuldade acres cida dada a complexidade do programa de arquivo, o segundo teve como principal dificuldade o tempo e as distâncias, já que a procura de matéria foi bastante acessível, dada a excelente organização tanto da hemeroteca
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interna de La Vo z de Galicia , com sede em A Coruña, como dos arquivos da
biblioteca
central da
Universidade
Vigo,
em
As
Lagoas, Marcosende, Vigo. Foram gastos cerca de 920 horas a escrever a tese, 345 na procura de citações bibliográficas e 129 na procura de material relacionado com o estudo c omparativo, anexos, suportes web e multimédia. Todo este percurso conduziu à elaboração desta tese que se organizou da seguinte forma:
No
primeiro
capítulo
procurou -se
indagar
sobre
a
fundamentação teórica relacionada directamente com as ciências da comunicação na atribuição, preservação e divulgação do título de
Património
Mundial
da
UNESCO,
sendo
primeiramente
apresentado os principais factos históricos que levaram à criação da Convenção do Património Mundial de 1972, bem como uma citação de André Desva llés, Conservador Geral Honorário do Património que destaca o espírito que preside à Convenção para a Protecção do Património Cultura e Natural de 1972 e o que este esforço conjunto de preservação do património cultural representa enquanto empresa, ao apre sentar uma definição de empresa elaborada pelo economista Pierre Lousel, bem como um conceito de empresa por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, apresentando estes autores uma fundamentação social de empresa, presente neste mesmo capítulo. Procura-se,
de
seguida,
fazer
um
paralelismo
entre
Património Mundial, candidatura, classificação, divulgação e a definição de empresa desenvolvida por Pierre Louzel, sobretudo no que concerne à sua vertente de utilidade de utilidade pública, salientando o exemplo do cent ro histórico do Porto, mas alvitrando também
a
importância
desenvolvimento
do
económico
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lucro de
como uma
essencial
comunidade,
para
o
focando
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concretamente a definição de empresa apresentada por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, Neste capítulo apresenta -se a fundamentação teórico -prática do papel dos meios de comunicação social na divulgação dos assuntos do património classificado, do sue interesse do apoio do media às autoridades para a promoção do património edificado classificado, apresentando o exemp lo do Jornal de Notícias, o segundo jornal mais vendido em Portugal, uma das “bandeiras” regionalistas da cidade do Porto, apresentando ainda o lobby económico e político que rodeia o património classificado.
O segundo capítulo desta obra de investigação aborda as campanhas de comunicação pública, o seu contexto no âmbito da comunicação e do Património Mudial da UNESCO. Este capítulo procura aprofundar um pouco mais os factos que levaram à assinatura
da
Convenção
de
1972
relativa
à
Protecção
do
Património mas essencialmente visa reflectir sobre a temática do património classificado, o seu espaço no universo das ciências da comunicação, a sua definição e o contributo das campanhas de comunicação pública em todo o processo que levou à criação do Centro do Pat rimónio Mundial, aos processos de candidatura e classificação dos bens culturais edificados. Martín Algarra, docente e investigador da Universidade de Vigo, é um dos autores particularmente citados neste capítulo ao sublinhar
de
campanhas
forma de
categórica
comunicação
a
importâ ncia
pública,
desta
do feita
estudo
das
aliado
à
investigação de um outro tema de domínio público, o da saúde, ao estudar contributo das campanhas de comunicação pública como meio para a veiculação de valores, alterações e comporta mento ou divulgação
de
informação,
alíneas
que
podem
muito
bem
assemelhar-se à causa do património cultural, já que este para ser defendido deve-se munir de forte valor histórico e identitário,
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necessidade
de
mudanças
de
comportamento
com
vista
à
protecção da traça original do monumento do espaço envolvente ao bem classificado ou ainda o dar a conhecer que esse bem existe, para bem da comunidade local. O mesmo autor identifica ainda o papel dos meios de comunicação e os seus condicionalismos bem como o espa ço que as campanhas de comunicação pública podem ocupar. Neste capítulo são ainda apontados exemplos de campanhas desenvolvidas pela UNESCO em conjunto com autoridades locais, governos regionais, nacionais e organizações.
O terceiro capítulo foca -se no testemunho das autoridades oficiais
quanto
ao
papel
Património Mundial,
da
comunicação
nas
questões
do
desde logo apresentando -se exemplos de
várias autoridades oficiais nacionais, como governos, autoridades regionais e locais, instituições académicas, como a Universidade de Coimbra e autoridades supra -nacionais, sendo os exemplos maiores a UNESCO e o ICOMOS, não esquecendo as organizações internacionais que representam a indústria da actividade turística, todas em conjunto com citações e exemplos que fazem a apologia tanto da comunicação como do contributo dos média e da utilidade das novas plataformas de comunicação web como veículos de difusão
de
projectos
que
tenham
a
ver
com
o
património
classificado, a sua promoção na opinião pública, sendo ainda identificados
exemplos
estratégias
de
cooperação
entre
instituições, fruto de uma comunicação institucional forte. Desta forma, procura -se demonstrar a importância que os mais variados organismos institucionais internacionais e nacionais imputam ao património classificado, atribuindo à comunicação uma cota parte da responsabilidade no que concerne à necessidade de classificação, preservação e divulgação do património classificado como bem universal.
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No grupo III desta tese, que procura avalaliar o real inter esse dos média na divulgação do Património Mundial,
o primeiro
capítulo aborda o Património Mundial enquanto notícia presente nos jornais, rádios e televisões. Este capítulo começa com uma introdução às razões que levaram a que os meios de comunicação soci al prestassem, actualmente, como é sabido e aceite, a atenção que até tempos mais recentes não haviam feito. Através da compreensão da definição de turismo cultural procurou -se fazer uma ponte entre a importância socioeconómica do património e a relevância dos bens classificados e explorados pela indústria do turismo para os média. Assim foram apresentados exemplos de organismos estatais que atentam para o facto dom turismo cultural ser cada vez mais uma indústria de massas, capaz de gerar grandes receitas, facto que não passa despercebido aos grandes grupos de comunicação. É apresentado, mais à frente neste capítulo, exemplos de reportagens
publicadas
em
importância
económica
do
periódicos turismo
onde
cultural,
é
abordada
a
em
especial
o
património classif icado pela UNESCO. Ao longo do capítulo do capítulo são apresentados exemplos de programas televisivos, enunciando os canais portugueses Rádio e Televisão de Portugal (RTP), de serviço público, SIC e TVI (ambos
privados)
e
radiofónicos
(desenvolvidos
por
r ádios
portuguesas com a TSF, Rádio Renascença ou Antena 1 ou ainda as espanholas Radio y Televisión de España , Cadena Ser, Onda Cero ou ainda a Cadena COPE) relacionados com o património sobretudo classificado, documentários, reportagens televisivas, radiofónicas, reportagens publicadas em jornais e em revistas, colunas de opinião periódicas, em síntese, a partir do momento em que o património classificado se tornou parte de uma indústria que
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gera lucros consideráveis, sendo alvo de interesse por parte da opinião pública, esta matéria já não se encontra confinada ao simples programa cultural fora de horas mas que tem já honras de exposição mediática muitas vezes em pleno horário nobre.
No capítulo seguinte deste grupo, o sexto desta tese, que evidencia o Património Mundial nas páginas web institucionais, nas páginas web pessoais e nos blogues, fazendo o panegírico, isto é o
elogio
das
plataformas
web
como
algumas
das
melhores
ferramentas da actualidade no que diz respeito à promoção do património classifica do, seja numa perspectiva fundamentalmente institucional ou já no panorama da indústria do turismo e dos mais variados sectores cultural,
não
que
militam
esquecendo
a
à voz
volta cada
sobretudo activa
do
dos
turismo cidadãos
anónimos, ciosos em preservar o s testemunhos palpáveis da sua história “debitam”, dia após dia, em páginas pessoais, em blogues ou em fotoblogues, testemunhos, críticas, histórias contadas na primeira pessoa, imagens impares, para fazer ver que existe uma larga massa on -line preocupada e atenta sempre ao património, cliente assídua do turismo cultural a ter em conta pelos operadores e pelos organismos do sector. Assim
sendo,
são
apresentados
variados
exemplos
de
páginas web institucionais, pessoais e blogues, portugueses e espanhóis. São também referidos autores que fazem a apologia das plataformas
web
como
motor
de
transformação
das
próprias
instituições como por exemplo César Carreras Monfort. De referir que ao abordar os exemplos das várias páginas institucionais pesquisadas é feita uma análise, chegando -se à conclusão que, actualmente, muitos sítios dispõem já de páginas dedicadas seja ao contacto com os média propriamente dito, com newsletters periódicas, para desta forma se “alimentem” os meios
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de
comunicação
classificado
social
em
com
questão,
notícias
mas
a cerca
também
do
páginas
património
dedicadas
a
investigadores, promotores de eventos, operadores turísticos e, claro
está,
sem
esquecer
o
cidadão
comum
que
procura
informações relevantes acerca do património cultural em questão . Um dos exemplos de páginas web institucionais portuguesas é a página do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), cuja página serve de melhor exemplo no que diz respeito à melhor divulgação sobre o que de melhor se projecta em Portugal quanto à defesa e promoção do património classificado, seja na perspectiva pública, seja no aspecto turístico, identificando as principais valências desta página web. No
que
respeita
a
exemplos
e
páginas
web
institucionais espanholas, um dos melhores exem plos apontados é a página web do Ayntamiento de Santiago de Compostela, que exibe uma página exclusiva ao Património Mundial, apresentando uma
descrição
cronológica
de
todos
os
factos,
episódios
e
acontecimentos que levaram a que o centro histórico da “cid ade do apóstolo”
fosse
primeiro
considerado
conjunto
histórico
de
interesse nacional, em 1941 e finalmente a ser coroado com o título
de
Património
relacionados
com
da
demais
Humanidade, bens
entre
espanhóis
outros
exemplos
classificados
pela
UNESCO. Urgia necessariamente apresentar o sítio web do Centro do Património Mundial da UNESCO neste capitulo, já que, quase por obrigação, esta é o sítio mais completo que existe on -line acerca de todos os esforços de defesa e preservação do património classificado, de investigação, de comunicação e divulgação do património cultural e também natural dos bens considerados património da Humanidade, referindo os mais variados aspectos do sítio, explicando o que faz deste local o mais completo de toda a
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web para quem quer descobrir o que há conhecer acerca do património classificado pela UNESCO. O capítulo continua com exemplos oriundos de páginas pessoais e de blogues de investigadores, defensores e simples entusiastas do património, crentes na capacidade das novas plataformas web em espalhar o entusiasmo pela defesa e interesse de conhecimento pelo património.
O sétimo capítulo da tese trata o Património Mundial em campanhas de
comunicação,
para
desta
forma
produzir uma
análise da indispensabilidade de promover o patri mónio cultural classificado em campanhas de publicidade partindo da perspectiva da própria definição de campanha de publicidade, buscando várias fontes onde se enunciam exemplos de definição deste conceito, como é o caso da citação retirada do Código da Pu blicidade do Estado Português ou ainda uma citação mais relacionada com o campo teórico das ciências da comunicação, do investigador da Universidade Federal de Minas Gerais e autor da obra Princípios da
Publicidade,
relacionadas com sublinhando
Gilmar a
ainda
Santos,
definição no
facto
de de
entre
outras
referências
campanhas de publicidade, se
examinar
o
património
classificado como um produto passível de ser publicitado, sendo desta forma necessário construir com o património uma marca forte, capaz de se posicionar entre as demais marcas do sector, como advoga Gabriel Diaz Meyer, professor do Departamento de Comunicação Corporativa da Universidade de Vic, Espanha. Mateos Rusillo, foi um dos autores essenciais para este capítulo, já que este investigador, t ambém da Universidade de Vic, aponta passos, num artigo científico da sua autoria, que devem ser levados em conta antes de se levar a cabo quaisquer formas de campanhas de divulgação do património cultural .
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Neste capítulo procura-se ainda reflectir sobre q uais as principais instituições que solicitam a produção de campanhas de publicidade, a que público se destinam essas mesmas campanhas e, claro está, quais os formatos mais comuns dessas campanhas e as mensagens que se procuram transmitir.
O quarto grupo deste trabalho é inteiramente dedicado ao estudo comparativo entre os periódicos Jornal de Noticias e La Vo z de Galicia. O primeiro capítulo deste grupo, o oitavo da tese retrata o desenvolvimento do projecto, formulando desde logo a questão de se, efectivamente, os meios de comunicação social se interessam pelas questões do património e se disponibilizam tempo de antena ou
folhas
realmente
de
jornais
assumirem
suficientemente
que
na
realidade
preponderantes as
matérias
para
que
se
relacionam com o patrimón io cultural edificado são alvo de uma cuidada escuta pelos média. Ou talvez não. Assim, partindo de uma análise comparativa entre dois importantes periódicos - o Jornal de Notícias, diário português de expressão nacional, contudo muito ligado à cidade que o viu nascer, a cidade do Porto e o diário galego La Vo z de Galicia, relacionado,
entre
outras,
com
a
cidade
de
Santiago
de
Compostela – são elaboradas um conjunto de hipóteses a que estudo procurará descobrir qual ou quais as hipóteses que estes meios de comunicação estudados mais se encaixam. O objectivo deste estudo comparativo não é desvendar as respostas a todas estas hipóteses, mas sim auxiliar na construção de uma ideia introdutória de quanta relevância poderão dar os média, partindo do exemplo deste s dois importantes periódicos como são o Jornal de Notícias e a La Voz de Galicia, no sentido de este estudo ser uma veia iniciática para a criação de novos estudos comparativos no seio desta matéria.
Ar t ur F il ip e do s San t os
18
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Os média porventura vêm no património temática capaz de granjear audiência para valer a pena a criação de reportagens, peças jornalísticas intimamente ligadas ao património e assim retirarem dividendos. Sendo assim é porque têm público afecto a este tipo de assuntos. É porque as audiências interessam -se pelos vários assuntos que respeitam não só à preservação de um bem que
é
de
todos,
que
é
reflexo
da
história
e
da
ideia
de
nacionalidade de cada país ou simplesmente de uma localidade.
O nono capítulo, exposição do trabalho, procura apresentar, através de factos estatísticos, os resultados obtidos através da compilação dos dados de todos os jornais lidos, tendo sido consultadas o seguinte número de notícias: Na procura de dados relacionados com o Jornal de Notícias foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital, bem como os arquivos da Biblioteca Municipal da Cidade do Porto, numa recolha iniciada a 20 de Novembro de 2005 e terminada a 15 de Dezembro desse mesmo ano, com um total de horas
despendidas
de
73,
num
universo
de
1.447
notícias
consultadas. Na procura de dados relacionados com a La Voz de Galicia foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital compilada em cd -roms, examinados na biblioteca central da Universidade de Vigo, em As Lagoas Marcosende, no pólo de Vig o, numa recolha iniciada a 16 de Dezembro de 2005 e terminada a 18 de Janeiro de 2006, com um total de horas despendidas de 82, num universo de 1729 notícias consultadas. Os dados obtidos em todo este estudo estão presentes em quatro
tabelas,
duas
tabelas
para
cada
um
dos
periódicos
estudados. De seguida, apresenta -se ainda neste capítulo uma reflexão sobre a razão para alguns dos mais variados resultados apurados
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
no decurso do desenvolvimento do projecto, referindo, em tom de enquadramento o carisma e um p ouco do percurso histórico das duas publicações estudadas, assim como as duas cidades e a estes ligadas, a cidade do Porto ao Jornal de Notícias e Santiago de Compostela a La Voz de Galicia.
Finalmente, no último capítulo da tese serão apresentadas as conclusões relativas aos objectivos propostos por esta tese que é o de estudar a importância da Comunicação na atribuição do título de “Património Mundial”, sob a égide do Centro do Património Mundial da UNESCO aos centros históricos urbanos o contributo da mesma para a promoção do património classificado com vista à sua
preservação
e
exploração
do
potencial
económico,
as
parcerias público -privadas em torno do património classificado, exemplos de campanhas de comunicação pública e de publicidade, sempre em torno dos bens classificados. Para além das conclusões, no final serão apresentados os futuros projectos de investigação a levar a cabo dentro da temática da comunicação e do património.
Ar t ur F il ip e do s San t os
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II.
As
Ciências
preservação
do
da
Comunicação
Título
de
na
Património
atribuição Mundial
e da
UNESCO
II.1 Fundamentos Teóricos Não é de agora que a Humanidade sentiu no âmago a vontade e a importância de preservar o seu legado, a sua obra feita no presente e no passado e defendê -la, para que um dia as gerações do futuro pud essem testemunhar a história, a que se toca, e assim conhecer, por intermédio dos monumentos, do património erigido, muito daquilo que os antepassados foram e criaram: “Os nossos antepassados sabiam talvez que os jardins de Kahor e, as mesquitas do Cair o , a Catedral de Amiens e os hipogeus
de
Malt a
eram
monumentos
sumptuosos,
raros,
estranhos. Por vezes mostravam -se sensíveis ao esplendor de uma montanha, de um grande rio e até de uma selva povoada de animais selvagens e chegavam a admitir que estes eleme ntos pudessem f azer o or gulho de um povo e testemunhar a nobreza da sua
história
ou
que
estes
acidentes
geográf icos
pudessem
simbolizar uma nação, suas aventuras e suas desventuras. Mas não lhes ter ia ocor rido a ideia de que isso tivesse um «valor universa l»” UNESCO 1
De acordo com os registos históricos da UNESCO, a ideia de criar
uma
organização
internacional
que
“batalhasse”
pela
preservação do património cultural bem como o património natural,
1
UN E SC O , C om is s ã o N ac i o n al ( 1 99 2),
O qu e é : A Pr ot ec ç ão do
P atr i mó n i o Mu n d i al , C u lt ur a l e Na tur a l . Lis b oa : C. N. U N E SCO , p . 3.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
surgiu no final da Primeira Guerra Mundial, por altura da Cr iação da Sociedade das Nações, organização que antecedeu a actual Nações Unidas. Apesar da vontade de vários estados -membros dessa extinta organização se sentirem sensibilizados para a criação
de
um
organismo
que
tutelasse
a
preservação
do
património histó rico-cultural universal, essa ideia não vingou, caindo lentamente no esquecimento. O acontecimento que despertou o interesse internacional por esta problemática foi, afirma a UNESCO “a decisão de construir a barragem de Aswan, no Egipto, o qual inundaria o vale que contém os templos de Abu Simbel, um tesouro da antiga civilização egípcia. Em 1959, após um apelo dos governos do Egipto e do Sudão, a UNESCO decidiu lançar uma campanha internacional de protecção. A pesquisa arqueológica nas áreas a serem inunda das foi acelerada. Sobretudo, os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados, movidos para terra seca e remontados” 2. Esta campanha custou, segundo os mesmos registos, 80 milhões de dólares americanos, com metade desta quantia a ser doada por cerca de 50 países. O sucesso desta iniciativa levou a novas campanhas em Veneza (Itália), Moenjodaro (Paquistão) e Borobodur (Indonésia), entre outras. Com a ajuda do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) 3, a UNESCO leva a cabo tentativas par a a criação de uma convenção que tutelasse, a nível mundial, as matérias
2
em
UNESCO, W orld Heritage Centre (2005), Brief History . Extraído 13
de
Fever eir o
de
2005
do
sít io
da
UNESCO:
http://whc.unesco.or g/pg.cfm?cid=169. Trad. 3
T ítu lo or ig i n al da or g an i za ç ão em lín gu a in g les a: I n ter n at i o na l C ou nc i l
on Mo n um ents a n d S i t es ( ICO MO S) .
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relacionadas
com
a
preservação
do
património
cultural
e
o
património natural universal. Assim, foi em 1972 que a Organização das Nações Unidas, no
âmbito
da
UNESCO,
criou
a
“ Convention
concerning
the
Protection of the World Cultural and Natural Heritage ” 4, convenção elaborada com o intuito de, citando a UNESCO “garantir, quanto possível, a adequada identificação, protecção, conservação e apresentação do património insubstituível do Mundo” 5. Objectivo colossal na tentativa de preservar um património que está, afirma a UNESCO “entre as possessões mais preciosas e insubstituíveis, não só de cada nação, mas também da humanidade como um todo”, já que declara esta organização das Nações U nidas 6 “a perda
por
deterioração
ou
desaparecimento
destas
mesmas
preciosas possessões constitui um empobrecimento da herança das pessoas de todo o mundo” 7. E urge defender o património, raiz que nos liga à terra onde nascemos, e que se encontra em perigo , como desabafa André Desvallées, Conservador Geral Honorário do Património: “Desde há pelo menos duzent os anos, e particularmente com a
aplicação
do
espír ito
das
Luzes,
pelos
protagonist as
da
Revolução Francesa, tornou -se consciência do f acto de que o qu e era propr iedade pessoal poderia tornar - se, ao menos moralmente, património colectivo , de início nacional ou comunitário, em seguida universal (com o estabelecimento pela UNESCO, em 1972, da Convenção para a protecção do patr imónio mundial cultural e 4
T r ad: C o n ve nç ão R el at i v a à Pr ot ec ç ão Un i v ers a l d o P at rim ón i o Cu l tur a l
e Na t ura l . 5
UN E SC O , W or ld H er i ta g e C en tr e ( 20 0 5), W orld H eri t ag e, I ntr o d uc t i on .
Ex t ra íd o
em
13
de
Fe v er e iro
de
20 0 5
do
s i te
da
UN E SC O :
ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / pg .c f m ?c id = 2 64 6
U NE S CO , W or ld H er it ag e C en tr e ( 2 00 5) , Id e m . T rad.
7
U NE S CO , W or ld H er it ag e C en tr e ( 2 00 5) , Ib i dem . T ra d.
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natural). No últ imo século, o património cultural converteu - se num dos dom ínios mais importantes da cultura. Mas, ao mesmo tempo, um
duplo
per igo
começou,
ou
continuou,
a
ameaçar
este
património: por um lado, o da sua degradação f ísica, podendo conduzir
ao seu
desapar ecim ento;
por
outro lado,
o da sua
transf ormação em mercador ia” 8.
Sendo
nos dias
de
hoje
o
património
mais do
que
o
testemunho da nossa história, os bens culturais edificados são exemplos de uma moral social que é essencial defender, uma cultura por vezes ancestral que é importante manter viva como forma de explicar a nossa própria vivência actual. Na opinião de Paulo de Carvalho, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra: “ O património, enquanto conjunto de valores, estrutura de mediação entre o passado e o pr esente, matriz de explicitação das linguagens de estrut uração dos territ órios e das paisagens, assume hoje f oros de quadro privilegiado de ref lexão conceptual no âmbito da temática do desenvolvimento (…) Noutros casos, é a di nâmica interna
e
o
papel
dos
actores
locais
que
enf atiza
o
valor
pedagógico do patr imónio, ident if icando -o e aproximando - o dos cidadãos. Em qualquer dos exemplos, as lições do passado e o contexto histórico, projectados no cam po do patr imónio cultural, conf iguram
um
especif icidade
recurso dos
singular
territórios.
e
alicerçam
Rot as,
a
circuit os,
matriz
de
itinerários,
convocando sít ios e lugares como pontos de uma rede, desenhados em
dif erentes
escalas
espaciais,
ancorados
ao
patr im ónio
e
f requentemente ao t urismo cult ural, r epr esentam caminhos validos para a construção de marcas de ident idade territor ial, e são um
8
Des v a l lés , A n dr é ( 20 0 3). Q u e Fu tur o par a os Mus e us e par a o
P atr i mó n i o Cu l tur a l n a A ur or a do T erc e iro Mi l én i o , em L u gar em Ab ert o , 1, 4 7
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est ímulo
para
a
articulação
entre
as
dif erentes
peças
e
a
construção de um sentido de pertença ao conjunto” . 9
Todos os esforços desenvolvidos em prole da preservação do património cultural da Humanidade nunca teriam a expressão obtida se não se tivesse dado a conhecer a nível internacional, se não se divulgassem as várias medidas levadas a cabo pelas instituições internacionais em prole de um obje ctivo comum, que é o de preservar o testemunho tangível da nossa História. Assim, com um esforço consertado dos vários organismos em desenvolverem chegou
aos
uma
dias
comunicação
de
hoje
com
institucional referências
concertada
se
bibliográficas
e
documentos de enorme importância para se perceber não só os objectivos concretos de preservação do património, mas o facto de esses mesmos documentos existirem são a prova física de que efectivamente as várias instituições envolvidas praticaram uma política de com unicação. Porque
o
que
estas
institucionais
promovem
é
uma
“empresa”, na sua definição enquanto desígnio, objectivo não lucrativo, e como afirma o economista Pierre Louzel: “Uma empresa é um conjunto de pessoas, um agrupamento humano hier arquizado, que m otiva e mobiliza meios humanos, materiais e f inanceir os com o object ivo, transf ormar, transportar e distr ibuir
produtos
ou
pr estar
ser viços
e
que,
atendendo
a
objectivos def inidos por uma dir ecção, f az inter vir nos diver sos
9
Car v a l ho , P a ul o ( s / d) . Pa tr im ó n io e Terr i tór i o: d os L u gar es às R ed e s .
Ex t ra íd o em 1 8 de A gos t o de 2 0 11 do s í t i o da Soc i e da d e P ort ug u es a d e Es t u dos R ur a is ht t p: // ww w.s pe r . pt / VC H ER /P df s / Pa u lo _ Car v a l ho . pd f
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
escalões hier árquicos as motivaç ões do lucro e da utilidade social (satisf ação da das necessidades da com unidade)” . 10
Alfonso Nieto e Francisco Iglesias apresentam um conceito profundo de empresa, nos seus mais diversos aspectos: “Entendemos que empresa es conjunto de organizado de actividades
personales,
medios
económicos
y
mater iales,
y
relaciones comerciales, con pr opósito de obtener benef icios, para la consecución de una idea de producción de bienes o prestación de ser vicios con destino al mercado.” 11
Os mesmos autores introduzem t ambém uma fundamentação social de empresa: “La organización de la idea empr esar ial implica considerar las car encias y las necesidades de las personas y el modo de satisf acerlas. La empresa no pr oduce para el autoconsumo, sino para satisf acer necesidades a jenas.; debe perseguir la realización de una idea social t anto en el ámbito intraempresar ial como en el extraempresar ial. Por una parte, ref erido al conjunto de personas que trabajan en la empresa y a las que se integran en ella aportando capital a la ent idad jur ídica que sea su titular; por otra, en relación con los proveedores y los destinatar ios del pr oducto que mantienen con la empresa relaciones comerciales de cualquier tipo. Con la acept ación casi universal de la econom ía de mercado, la mayor ía de lo s ciudadanos realizan su quehacer labor al en
10
J an e ir o
L ou ze l P i er r e ( 20 0 8) . D ef i n iç ã o d e E m pres a . Ex tr a íd o em 31 d e de
2 00 9
do
s ít i o
Ma l ha
A t l ân t ic a :
ht tp :/ / www.m a l h at l an t i c a. pt / lm n/d ef i n ic ao _ e m pres a. h tm 11
Ni et o , A lf o ns o e Ig l e s i as , Fr a nc is c o ( 20 0 0 ). L a Em pr es a In f orm at iv a . B arc e l o na : E d it or i al Ar i el , p . 16 .
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empresas que const ituyen, después de la f amilia, las sedes más importantes de relación interpersonal. En nuestro t iempo la pr áctica totalidad de las relaciones comerciales tienen su origen en la empresa, f uente primaria de mediación social” 12.
E quando se fala em “empresa” Património Mundial fala -se, na prática em “empresa”, candidatura ao título de Património Mundial,
“empresa”
classificação
da
UNESCO,
“empresa”
divulgação e, por último, “empresa” preservação, e nquadrando, na definição apresentada por Pierre Louzel, como sendo empresa de utilidade social, na medida em que a classificação e preservação de um centro histórico de uma cidade tem um efeito sociológico importante, na medida em que os centros históricos das cidades europeias são na sua larga maioria espaços velhos, em estado avançado de degradação, com uma população muita envelhecida e carente, muitas vezes, de condições de higiene básicas. Um dos exemplos que se aponta nesta tese é precisamente o centro histórico do Porto, cujo o esforço de recuperação, classificação, preservação e divulgação do centro histórico veio revitalizar um espaço considerado como um “cancro”, nas palavras do antigo presidente da Câmara do Porto e um dos mentores da candidatura a Património Mundial, Fernando Gomes, já que esta parte da cidade se encontrava em estado avançado de degradação física e social. Contudo, e focando concretamente a definição de empresa apresentada por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, não se pode esquecer que obviamente o objectivo da classificação de um espaço tem também um ânimo de lucro, obter benefícios e criar relações comerciais com clientes e assegurar parcerias, já que a vinda
12
assegurada
de
mais
turistas
representa
um
encaixe
N i et o, Alf ons o e I g les i as , Fr anc is c o ( 2 00 0) . Id em . p . 1 3.
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financeiro significat ivo, não esquecendo a fundamentação social da empresa enunciada por estes dois autores, já que os vários colaboradores que fazem das várias vertentes de vida o seu modo de vida, não podemos esquecer que a indústria do turismo, da preservação e divulgação d o património, hotelaria, entre outras actividades, empregam, só em Portugal, cerca de 25 por cento da população activa da sociedade, de acordo com os Censos de 2011. No ponto de vista sociológico e da manutenção dos laços histórico sociais, estas empresas ligadas ao património e às actividades turísticas assumem um grande papel na propagação da identidade cultural, dos saberes, tradições e costumes de uma aldeia, cidade ou país além fronteiras ou simplesmente “dentro de portas”, fazendo alusão a uma express ão “Vá para fora cá dentro” que surgiu em campanhas públicas de comunicação da Secretaria de Estado do Turismo de Portugal, transmitidos simultaneamente na Rádio, na Televisão e nos jornais, auxiliando assim um impulso da procura turística dos cidadão port ugueses no seio do próprio país. Os meios de comunicação social são espectadores atentos e exploram a indústria turística em busca de reportagens relevantes, como esta publicada no Jornal de Notícias, o mais importante jornal português e cuja sede é n a cidade do Porto, tornando este periódico uma das bandeiras regionalistas da “cidade invicta”: “Porto é Património Cultural da Humanidade mas o tur ista só o sabe se ler os guias. A dois dias da f esta “Eu Importo -me”, que celebra os 11 anos da classif icaç ão da zona histór ica, o Jor nal de Not ícias palmilhou a Ribeir a e ouviu aqueles que nos visit am. Hanz é um per igoso “f anático” pelos monumentos históricos. Não mudava rigorosamente nada no Porto Património Mundial – “Adoro a vossa autenticidade suja e cinze nta”, conf essou. Jochen e Constanze, turistas holandeses, espantaram -se com o relaxamento, mas não per cebem porque é que não damos mais Ar t ur F il ip e do s San t os
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visibilidade
ao
Pat rimónio.
Grace
diz
ainda
que
som os
mais
amigáveis que os de Lisboa mas irrit ou -se por não encontrar a Casa do Inf ante. Depois de amanhã, o Porto f az 11 anos como Património Cultural da Humanidade. Os turistas são muitos, mas não f azem ideia dos f estejos” 13
Todavia falta ainda uma alínea, um ponto que necessita indubitavelmente da comunicação e em concreto dos média, que é o do lobby económico e político, já que estas questões do Património
servem
muitas
vezes
como
arma
de
arremesso,
principalmente nas cidades com um património mais vasto e classificado com o mais alto galardão que se pode atribuir a um centro histórico que é o título de Património Mundial da UNESCO. Veja-se este exemplo, publicado também no Jornal de Notícias, que apresenta a especulação económica e política do património classificado: “Padre
Jardim
denuncia
pressão
im obiliár ia
no
Centr o
Hist órico. Pároco de S. Nicolau crit ica ext inção do CRUARB e da Fundação e lembra que nas r uas só vivem dez pessoas. PS (Partido
Socialista)
e
CDU
(Coligação
Democrát ica
Unitár ia)
acusam Câmar a de não investir naquele núcleo. SRU tem visão mais opt imist a e conf ia no investimento privado. O
t ítulo
da
UNESCO
f oi
honroso
e,
em
1996,
houve
champanhe e f oguetório. Onze anos depois muitos port uenses lamentam a oportunidade perdida e a apressada ext inção do Comissariado para a Renovação da Área Urbana da Ribeira Barredo ( CRUARB) e da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica (FDZHP).
13
G as p ar , J os é M ig u e l ( 20 0 7, D e zem br o 2). G os t o q ue o P or to n ã o s ej a
fa m os o . J or na l d e N ot í c i as , p . 3 4
Ar t ur F il ip e do s San t os
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“As casas estão muito degradadas. Está tudo ao Deus dar á”, lamentou ao JN (Jornal de Not ícias) o Padre Jardim Moreira, da Paróquia de S. Nicolau e Vitória: “Na rua do Inf ante já só vivem lá dez pessoas e os mais velhos estão a ser assediados par a vender as casas. A pressão das imobiliárias é enorme”, conf essa o também President e dada Rede Europeia Anti -Pobreza. O socialista Miguel Von Haff e pref ere aludir à “mudança de paradigma” para manif estar as dif erenças polít icas entre o passado e a chegada de Rui Rio à Câmar a do Porto” 14
E a partir do momento e que existem interesses por trás da classificação do Património os média atingem uma importância não só de entidade informativa mas também de reguladora e aferidora da opinião pública quanto a apoiar ou a desapoiar uma causa como a da classificação e preservação do património, já que, como afirmam Ana Cristina Monteiro, Joaquim Caetano e Humberto Marques “os média têm como função princ ipal a regulação social, são
eles
os
responsáveis,
como
defende
Lasswell,
pela
manutenção da coesão interna da sociedade e o seu apoio a uma causa” 15. E
se
a
opinião
pública
tem
importância
na
defesa
e
divulgação do património há que criar uma “acção sobre a opinião pública” 16 como podemos ler em Jaime de Urzaíz e Fernandez del Castillo. E, como defendem estes autores se a opinião pública
14
V i tor i n o,
M a nu e l
( 20 0 7,
N o v em bro
3 0) .
P adr e
J ar d im
de n unc i a
pres s ã o. J o r n a l d e No t íc i as , p. 2 8 15
Mo n te ir o, A n a Cr is t i na , C a et an o , J o a qu i m , Marq u es , Hum b er to e
Lo ur e nç o ,
J o ão
( 20 0 6) .
F un d a me nt os
da
Co m u n ic aç ã o .
Lis b oa :
E d iç ões
Sí l a bo , p. 23 9 16
De Ur zá i z y F er n á nd e z d e l C as t i l l o, J aim e (19 9 7). D e las Re l ac i on es
P úb l ic as
a
la
C o mu n ic ac ió n
S oc ia l
I nt e gra l ,
Una
N u ev a
Es tra t eg i a
Co m un ic at iv a p ar a las e m pr es as y I ns t i tuc i o nes . M ad ri d : E di t or ia l S an M ar t in , S. L ., p . 8 7
Ar t ur F il ip e do s San t os
30
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
consiste “na manifestação de atitudes colectivas que predominam na sociedade, no que diz respeito ao s problemas de intere sse geral”, também o mesmo se pode suceder com o “problema” 17 do património, isto é, tornar a importância da sua preservação num “problema de interesse geral” para a opinião pública. Em todo o caso, toda a informação relativa ao esforço levado a cabo pela UNESCO e pelas cidades classificadas no sentido de preservar o valioso espólio histórico e natural universal está presente aos olhos de todos os que desejem consultá -la, à disposição do escrutínio da opinião pública e encontra -se patente em vários suportes, desde o livro, ao “website”, com recursos a vídeos, sons e manifestos, não só para pessoas comuns mas sobretudo para investigadores, organismos públicos e privados e população escolar, são o exemplo da política de comunicação desenvolvida pela UNESCO, o q ue nos dias de hoje, se torna essencial no que respeita à difusão das actividades organizadas, mas sobretudo na construção de um espírito de sensibilização acerca destas matérias, contribuindo para uma maior credibilidade e valorização aos olhos da opinião pública, mas também como um bom “folheto publicitário” para aqueles que desejam descobrir novos destinos. Carlos Sotelo Enríquez aposta na proposição de que: “A polít ica de comunicação inst itucional, de acordo com um a f ilosof ia integrador a, leva -se cabo nos âmbitos int erno y ext erno. É um processo simult âneo, e por tant o, não sucede pr imeiro no inter ior da organização, para depois dif undir -se no exterior, tal como pretendiam algumas doutrinas. Reconhecer a part icipação de outras
pessoas
inst ituição,
17
no
f ísicas
e
jur ídic as,
desenvolvimento
da
além
dos
identidade,
membros supõe
abrir
da a
D e Ur za í z y F er ná n de z d e l Cas t i ll o , J a im e, Í dem .
Ar t ur F il ip e do s San t os
31
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
organização a outr as relaciones inf ormativas que ocorrem ao mesmo tempo”
18
.
É através deste pressuposto defendido por Sotelo Enríquez que se defende que uma instituiç ão, seja de carácter público ou privado não pode viver enclausurada em si mesmo, e que essa mesma questão mais se põe quando falamos de uma organização cujo fundamental objectivo é a defesa de algo e da sua divulgação, nesta caso do património, não se trat ando, na sua génese da venda de um produto, mas sobretudo para a sensibilização de conteúdo histórico -cultural. Especialmente porque vivemos na era da sociedade da informação, onde para a empresa ter sucesso, seja que tipo de organização for, tem de abando nar o arquétipos instalados e partir definitivamente
para
a
modernidade,
especialmente
quando
falamos da sua imagem em relação a essa mesma sociedade, como defende António Lucas Marin: “Estamos assistindo nos últimos anos a mudanças indubitáveis nas f ormas de vida que levaram a pensar na apar ição de um novo tipo de sociedade, denominada Sociedade de Inf ormação. Com ef eito, alguns
modos
de
convivência
das
sociedades
tradicionais
e
inclusivamente as indústrias mais avançadas estão sendo abandonados. É necessár io portant o, uma ref lexão em prof undidade sobre as grandes tendências que se vão impondo”. 19
Impõe-se que as empresas e organismos que orbitam o património classificado desenvolvam um plano de comunicação
18
So te l o
Enr í qu e z,
C ar los
( 20 0 1).
In tr od u c c i ón
a l a C om u n ic ac ió n
Ins t it uc io n al . B ar c e lo n a: Ed i tor i a l Ar i e l. , p. 1 87 . T ra d. 19
M ar í n, An tó n i o L uc as ( 1 99 7) . L a C om u n ic a c i ón e n l a Em pr es a y en l as
O rg an i za c io n es . Bar c e l on a: Bos c h C as a E di t or ia l . T ra d.
Ar t ur F il ip e do s San t os
32
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
como forma de melhor apresentar toda e qualquer i nformação a nível
interno
e
externo.
Antonieta
Rebeil
Corella
e
Célia
Ruizsandoval exultam a importância de um plano de comunicação para as empresas: “El plan gener al de comunicación de una empresa es el esf uerzo conscient e y f ormal de esta por generar in f ormación relevante y útil a sus públicos ext ernos (cliente, consum idor es, proveedores, interm ediarios o associados de negocio, bancos, agencias
gobernam entales,
comunicación
social,
secretar ías
cámaras
de
Estado,
industriales
o
medios del
de
sector,
asociaciones prof esionales , organismos cúpula, la comunidad, la competencia, jubilados,
etc)
públicos
decapacitados
especiales
por
un
(accionistas,
accidente
de
sindicatos,
trabajo
en
la
empresa, f amilia de los empleados, etc) y los públicos internos”. 20
Estas autoras explicam que um plano de comunicação de uma empresa, “com os seus diferentes públicos, contem entre outros os seguintes pontos” 21: (2)
Una
auditoria
de
necesidades
y
expectat ivas
de
inf ormación de cada público: (3) el desarrollo de acciones y m edios de retroalimentación por parte de los públicos para que ésta evalúe su ef ectividad con aquellos y (4) el desarrollo de acciones y procesos de mejor a cont inua para innovar y crear novedosas f ormas de vinculación de la empresa con sus públicos, gener ar con ello benef icios compartidos y justamente repartidos, y pr ocurar cult ivar dicha relación ganar -ganar permanentement e” 22
20
Re be i l Cor e l la , Ma . A nt on i et a y Ru i zs a nd o va l , C é l ia (1 9 98) . E l P od er
de la C o m un ic ac ió n . M éx ic o : P l a za y V a ld e z E di t ores , p . 88 , 8 9 21
Re b e il C or el l a , M a . A nt o ni e ta y R u i zs a n do v a l, Cé l i a ( 19 9 8). O p . Ci t. p .
22
R eb e i l Co r e l l a, M a . A nt o ni e ta y Ru i zs a nd o v a l, C é li a (1 9 98) . Í dem .
89 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
33
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Essa mesma opção de utilizar a comunicação como forma de se dar a conhecer no exterior servem muito bem para atingir resultados e object ivos no seio da empresa ou organismo em si mesmo, quer dizer, este tipo de organizações devem “falar”, no sentido de motivar aqueles que trabalham ou colaboram para estes organismos e, de seguida, evocar o contacto com quem orbita à volta ou fora mesmo des te tipo de organizações. E muito do que se produz para difundir para o exterior, começa bem no coração da empresa. José Maria La Porte defende que: “Es
cierto
que
campañas
publicitar ias
dest inadas
a
los
públicos exter nos pueden también – de hecho es así – inf luir en los empleados, al igual que pueden ser inf luidos desde f uera de la empresa,
por
ejemplo,
como
consecuencia
de
un
pr ograma
f ilantrópico que ésta ha puesto en marcha en una ciudad: un centro educat ivo, un museo, una muestra o cualquier otra inici at iva.”
23
Todos aqueles que exercem as suas funções em instituições e organismos públicos e privados que se dedicam à preservação e divulgação do património classificado devem estar cientes dos objectivos
do
mentalizados
organismo “para
o
em
papel
que
trabalham
fundamental
que
mas
também
desempenha
a
comunicação” 24 no seio da organização e com o exterior, como suporta Amaia Arribas, da Universidad del Pais Vasco. 23
La Por t e, J os é Mar i a (2 0 01) . E n tus i as ma r a l a Pr ó pr ia Ins t it u c i ón .
G es t i ó n y C o mu n ic ac i on I nt er na e n las O rg an i za c io n es S in Á n i m o d e L uc ro . Ma dr i d: Ed ic i on es I nt e r nac i o na l es U n i v ers i ta ri as , p . 3 7 24
an t e
Ur r u t ia , Am ai a ( 20 0 8) . Nu ev os R e tos C o mu n ic at iv os e n l a Em pres a
las
N u ev as
T e c no l o gi as
de
la
Co mu n ic ac ió n .
Ex tr aí d o
em
12
de
No v em br o d e 2 00 9 d o s ít i o d a B ib l i ot ec a O n l in e d e Ci ê nc ias d a C om un ic aç ã o, da
U n i ver s i da d e
da
B e ira
In t eri or :
ht tp :/ / www. b oc c .u b i. p t /p a g/ _t ex t o .p h p? htm l 2 = urr ut i a - am a ia- n ue v os - ret os .h tm l
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Se
pegarmos
no
exemplo
de
que
possivelmente
os
funcionários correm alguns riscos, e não poucas vezes, quando são solicitados pela UNESCO a estudar este ou aquele património que por se encontrar em perigo obriga a que esses mesmos funcionários se desloquem a locais onde decorrem conflitos. Tome se o exemplo dos necessários estudos de restauração que uma dezena de especialistas teve que desenvolver aquando da quase irreparável destruição que os elementos do regime talibã, no Afeganistão
influíram
nas
milenares
e
gigantescas
estátuas,
cravadas em montanha, de Buda. Como é sabido o Afeganistão encontra-se numa região do globo de extrema “fricção” política e estratégica a que a sociedade ocidental não fica indiferente. Pensarem os funcionários que todo o trabalho elaborado, bem como o risco vivido será em vão, e ao não verem o seu trabalho reconhecido provocará de certeza um misto de sentimentos de frustração e desilusão. Toda a divulgação do êxito obtido pelos técnicos do “W orld Heritage Center” (W HC) da UNESCO na preservação desse património não só serviu para difundir a importância da existência deste ti po de organizações que se dedicam à preservação e conservação do património histórico mas também motiva os próprios funcionário a não desistirem e a não virarem a cara quando outro cenário semelhante lhes fizer frente. Explicado que estão os fundamentos qu e dizem respeito à explicação da classificação do título de Património Mundial no âmbito da UNESCO e no sentido de aprofundar ainda mais este trabalho, dando -lhe uma fundamentação teórica estruturada, é necessário apresentar uma definição de comunicação co rporativa, focando
sobretudo
a
definição
de
comunicação
interna
e,
e
essencialmente também de comunicação externa, honrando a perspectiva das instituições de carácter não lucrativo como é, em si mesma, a UNESCO, sem esquecer a perspectiva da divulgação
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das suas actividades ou missões tendo em conta as questões das relações públicas e mesmo do marketing. Francisco Viana expõe acerca da Comunicação Corporativa: “A Comunicação Corporativa é encarada como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização, funcionando como um vínculo entre a comunidade e o mercado. E uma Comunicação eficaz transporta resultados que podem ser medidos na facturação da empresa.”25
É nesse sentido que Francisco Viana avalia: “Quando uma empresa faz um plano de Comunicação ela se dispõe a olhar para ela mesma, os concorrentes e o contexto em que actua. Com o tempo, sob a pressão dos concorrentes e as exigências do público, ela se torna outra empresa para si mesma. Isso é que irá determinar sua renovação ou envelhecimento.26
Porquê abordar neste projecto a ideia de “comunicação interna”, se para muitos o que se aborda é a importância de estratégias concertadas das organizações que se interessam pelas questões
relacionadas
com
o
património
classifi cado
e
da
divulgação deste. A resposta é simples: Para que haja uma organização concertada entre instituições é necessário primeiro que todos aqueles que trabalham no interior da organização sintam o património como parte de si, da sua cultura, da sua raiz enquanto cidadão de uma cidade, de um país que se orgulha de preservar e projectar o seu “relicário” histórico, vendo na obra organizada pela instituição como um benefício para si mesmo,
25
V ia n a,
Fr a nc is c o
( 20 0 1) . D e
c ara
c om
a
M íd i a
/
Com un i c aç ã o
c orp or at i v a, r e lac i on a m ento e c id a d an i a . Sã o P au l o: N e g óc i o E d i t ora . p . 23 26
V i a na , Fr a nc is c o ( 20 0 1) . O p. C it ., p. 2 4
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porque tem o objectivo de manter “vivo” uma parte de si e da sua história como elemento integrante de uma sociedade que preza a cultura e a identidade histórica presente no património edificado. Como podem as instituições, por elas mesmas ou em conjunto com outras
defender
funcionários
não
a
divulgação
estão
do
património
sensibilizados
para
se
esta
os
seus
matéria
É
necessário que aqueles que colaboram com estas organizações, algumas de âmbito não lucrativo, outras de espírito puramente empresarial, vejam para além da ideia de elaborar algo que seja apenas esquemático e or ganizativo. Tem que haver um sentimento, uma ideia de “vestir a camisola” face ao património da sua terra, do seu lugar, fazendo com o defender do seu património seja uma forma de mais se identificar com a sua cidade, com o seu país, mas sobretudo com a or ganização que proporcionou para a preservação do património em causa, levando a uma espécie de “agradecimento perpétuo” 27, como escreve Saramago, por parte do funcionário da instituição. E esse sentimento só pode ser difundido através da estruturação cuidad a de comunicação interna. A comunicação interna surgiu, como explica Júlio César Barbosa, professor de Relações Públicas na Faculdade Cásper Libero, São Paulo, Brasil, “na Inglaterra, no século XIX, no cenário da Revolução Industrial, quando a mecanização da industria têxtil, posteriormente aperfeiçoada pela tecnologia do vapor, determina que as relações entre empregado e empregador passem a ser formais. Estes trabalhadores vinham do sistema artesanal para o formal, em que se tornavam apenas um número. Com o intuito de estreitar a relação entre os operários e a empresa, foram criados
27
Sa r am ag o , J os é ( 1 9 90) . Me m or ia l do Co nv e n to . L is bo a : C am inh o - O
Cam po d a Pa l a vr a. , p. 6 8
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jornais e revistas internas que, ao informar seus funcionários, os familiarizavam com o ambiente e a política da instituição.” 28 O mesmo autor sublinha a importância da comunica ção interna
nos
dias
de
hoje
como
“ferramenta
de
resultados,
indispensável a partir da globalização, quando se inicia a alta competitividade e, ao mesmo tempo, responsabilidade social” e que o ponto forte da comunicação interna é “o fortalecimento e construção de relacionamentos, permitindo abrir os canais de comunicação entre a organização e seu pessoal, para que todos saibam a respeito dos objectivos, estratégias, metas e formas de actuação; só assim é possível compreender e melhor atender os clientes externos, diminuindo custos, tempo e proporcionando um clima interno mais harmónico no qual todos compartilhem do mesmo senso de direcção e de prioridades. Vejamos então de que forma é que essa comunicação pode ser desenvolvida através da explicação de algun s dos principais investigadores nesta matéria. La Porte define esta alínea da comunicação institucional da seguinte forma: “La comunicación interna f avorece el f uncionam iento y el éxito de una instit ución porque f omenta el espírit u de equipo; desarrolla la atmósf era de trabajo. Favorece a la circulación de inf ormación valiosa; cohesiona y reduce las posibilidades de un conf licto; f avorece la circulación de inf ormación valiosa; cohesiona y redúcelas posibilidades de un conf licto; f avorece la creat ividad y hace que cada empleado sea consciente de su lugar en el conjunto
28
B ar b os a, J ú l io
C és ar
( 20 0 6). O
q ue
é
a C om un ic aç ã o I n t ern a .
P ub l ic aç ã o I n ter n a d a C oo r d e na d or ia de Re l aç õ es P úb l ic as d a Fac u l da d e Cás p er L ib er o. An o 3 , nº 2 , 2
Ar t ur F il ip e do s San t os
38
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y de la aportación que él hace a la empr esa o inst itución sin ánimo de lucro.”
29
Tomás Alvarez e Mercedes Caballero defendem, ainda no âmbito da comunicação interna que: “Comunicación inter n a es un departamento que está aún en estado embrionar io en muchas organizaciones, pero que se revela como absolutamente necesar io en una estructura moderna, habida cuanta de su capacidad para dinamizar el entramado social de la entidad, dotándolo de una f i losof ía de acción, una ident ificación con la dirección, y logrando canalizar las energ ías inter ior es de cada
uno
de
los
competit ividad.”
integrantes
para
una
mayor
ef icacia
y
30
Estes dois autores expõem ainda que: “El objetivo básico es el de conseguir l a implicación de los dist intos component es de la empresa o inst itución en una f ilosof ía global de la misma. El éxit o de la dir ección de la ident idad depende de la capacidad de motivar a las personas, logrando con ello incorporar
la
cr eat ividad,
el
compromi so,
el
talent o
de
cada
individuo. Este enf oque parte de una base: el descubr imiento del valor de los r ecursos humanos del colect ivo, y conf orma a la comunicación interna como el agente de un contrato social entre el individuo y la ident idad.”
29 30
31
La Porte, José Mar ia (2001). Op. Cit., p. 42 Álvar ez, Tomás & Caballero, Mercedes (1998). Vendedor es de
Imagen.Los retos de los nuevos Gabinet es de Comunicación. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica 31
Álvar ez, T & Caballero M. Idém
Ar t ur F il ip e do s San t os
39
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Fernando Martín Martin apresenta uma concreta definição de comunicação interna: “Conjunto organización,
de
para
actividades la
creación
ef ectuadas y
por
mantenim iento
cualquier de
buenas
relaciones con y ent re sus miembros, a t ravés del uso de dif erentes medios
de
comunicación,
que
los
mantengan
inf ormados,
integrados y mot ivados, par a contribuir con su trabajo al logro de los objetivos organizacionales.”
32
Falar desta temática de agregar um conjunto de instituições públicas e privadas em torno de um objectivo comu m que é o de preservar e divulgar turisticamente um património classificado pela UNESCO
é
sobretudo
abordar
a
teoria
relacionada
com
a
comunicação externa e com as relações públicas. Senão vejamos: Se, por exemplo, uma Câmara Municipal, ciente de que o cen tro histórico da sua cidade possui um património de “valor universal”, avalizado
por
historiadores,
arquitectos
e
especialistas
em
arqueologia, deseja candidatar esse mesmo centro a Património Mundial o que deve fazer, com quem deve falar, quem apoiará est a mesma candidatura, será apenas o executivo camarário a desejar essa classificação, são algumas das questões que se podem levantar. É essencial apurar qual a opinião das forças vivas da cidade, que impacto é que essa classificação terá na economia local. E o que tem o sector privado a dizer sobre isso. Só através de uma estratégia concertada, iniciada por uma instituição e finalizada num conjunto mais ou menos homogéneo é que se verão, talvez, estas questões respondidas. Tudo graças a uma construção minuci osa da ideia de comunicação externa, para as empresas e mesmo para a população da cidade, que por verem as 32
Mart ín Mart ín, Fe r nando (1998). Comunicación Empresar ial e
Institucional. Madr id: Editor ial Universit as, p. 28 Ar t ur F il ip e do s San t os
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instituições unidas num desígnio de prestígio, aumentam os níveis de confiança em relação a essas mesmas organizações. No que concerne à teoria rela cionada com a comunicação externa Fernando Martín Martín advoga que “sem a comunicação interna nunca poderia existir uma boa comunicação externa, e que antes de difundir uma informação ao exterior, há que conhecer, coordenar
e
canalizar
um
determinado
plan o
estratégico
comunicação, assim como a sua cultura corporativa”
de
33
, referindo
ainda que “a comunicação interna é o suporte prévio e básico da comunicação
externa
e
que
a
comunicação
externa
é
uma
extensão da comunicação interna”, explicando, citando Hor ácio Andrade, que: “ Com unicación Exter na: «Conjunto de mensajes em itidos por cualquier organización hacia sus dif erentes públicos ext ernos, encam inados a mantener o mejorar sus relaciones con ellos, a proyectar una imagen f avorable o a promover sus act ivi dades, productos o ser vicios».” 34
Para Carlos G. Ramos Padilla a comunicação externa “é a que se origina entre um ou vários dos membros da organização com as pessoas que não pertencem a ela. Esta comunicação pode efectuar-se dentro ou fora das instituições da organização. Como exemplos
pode
citar -se
a
edição
de
revistas
promocionais,
comunicados de imprensa, campanhas de publicidade, convites pessoais ou grupais, projecções audiovisuais, etc.”
35
Para Benigno Sanabria toda a instituição deve -se dar a conhecer à sociedade em que se insere: 33
Mart ín Mart ín, Fer nando (1998). Op. Cit . M p. 29. Trad.
34
Mart ín Mart ín, Fer nando (1998). Op. Cit . , p.28 -29
35
Ramos Padilla, Car los G. (1991). La Comunicación : Un punt o de
Vista Organi zacional. México: Editor ial Trillas. , pp. 29 -30. Trad. Ar t ur F il ip e do s San t os
41
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“Toda inst itución, cualquiera que sea su objetivo (comercial, inst itucional, gubernamental, de producción, ser vicios, educacional, etc.) es creada par a satisf acer necesidades sent idas, creadas o reales de una comunidad; y s ea cual f uere la situación económica, polít ica o social imperante, la inst itución necesit a detectar cuáles son los escenar ios en que la comunidad se esta moviendo, para crear
las
bases
motivacionales
a
proyectar,
con
el
f in
de
mantenerse allí en un espacio , un posicionamiento o un nicho product ivo. La dinámica es una sola: la organización requiere amoldarse a las condiciones exist entes en la comunidad, sin ver hacia atrás, sólo hacia el f uturo.”
36
Se lembrarmos o último trecho desta citação da obra de Carlos G. Ramos Padilla, reparamos na ideia de divulgação das actividades da organização através de publicações e forma de publicidade, vemos que esta seria a forma ideal de divulgar os conteúdos relacionados com o património classificado no sentido de para ele atrair não só mais turismo, bem como, que por arrasto mais negócio, no sentido a que o património se auto -f inanciasse, visto que a preservação de qualquer património edificado custa muito dinheiro, dinheiro esse que muitas vezes as Câmaras Municipais não
dispõem, os países muitas
vezes não estão
sensibilizados para estes temas e que as organizações, que sobre o património orbitam, não têm capacidade de captar. Prova -se assim a importância da comunicação, a todos os espectros, para o desenvolvimento das ca pacidades respeitantes à manutenção do património, bem como a divulgação da sua classificação.
36
Sanabria, Benigno E.. Alicea (2003). Comuicación Empresaria l
Ejecutiva. Porto Rico: Centro de Competências da Comunicação da Universidade de Port o Rico., p. 7 Ar t ur F il ip e do s San t os
42
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
A demonstrar os cuidados com a informação e comunicação, não é por acaso que a UNESCO reuniu em 1969, na cidade de Montreal, como referem Sarah Núñez de Prado, A lfonso Braojos, Enrique
Rios
e
Elena
Real
“um
grupo
de
especialistas
da
comunicação com o fim de estudar esses problemas e o seu relatório de 1970 constata a dependência cultural dos países não desenvolvidos,
a
centralização
das
fontes
e
a
distribuição
informativa em alguns poucos países desenvolvidos” 37. Foram assim desenvolvidos por esta organização internacional uma série de estudos que culminou com a aceitação da UNESCO, em 1979, de criar o Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação. Quanto aos fundamentos teóricos que dizem respeito às relações públicas, estas podem ser definidas, refere Padilla, “como um conjunto de elementos coordenados entre si, cujo propósito é influir na opinião pública. Em outras palavras é a arte ou técnica de
expressar
os
argumentos
essenciais
a
uma
audiência
específica, através de um meio adequado, com a maior frequência possível”. 38 Este autor refere ainda, num po nto de vista mais profundo, que: “La función primordial de las relaciones públicas radica en ejercer una influencia favorable en la opinión pública mediante
una
actividad
aceptable
y
ejerciendo
una
comunicación recíproca.
37
Elena
Núñez de Pr ado, Sarah, Braojos, Alf onso, Rios, Enrique & Real, ( 1993).
Comunicación
Social
y
Poder .
Madr id:
Editorial
Universitas., p. 360. Trad. 38
Ramos Padilla, Carlos G. (1991). Op. Cit ., p. 45. Trad.
Ar t ur F il ip e do s San t os
43
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Si es necesario, las relaciones públicas pueden valerse de variadas aplicaciones publicitarias
y medios impresos
(prensa) con el in mediato interés de obtener una respuesta, una comunicación en ambos sentido.” 39
A ideia que diz respeito às aplicações publicitárias e aos meios impressos cobre -se de suma importância no caso do estudo da
importância
da
comunicação
na
atribuição
do
título
de
Património Mundial, visto que esta é uma das perspectivas que se tenta provar, isto é, de que forma a divulgação do património e o desejo deste ser classificado com tal marca certificada, através de meios publicitários ou por intermédio da publicação de notícias referentes a este tema pode influir na decisão final da UNESCO, já que esta perspectiva de divulgação nunca pode ser apanágio de uma só organização. Para além de dispendioso, seria estruturar uma candidatura pouco sólida, já que é necessário, de forma a cumprir todos os pressupostos da candidatura, de um saber conjunto que só a união de várias organizações num só objectivo poderia alcançar. Ainda aprofundando a matéria que diz respeito às relações públicas, Padilla “interpreta” esta da seguinte fo rma: “Es una actividad, función o técnica que estima y aprecia las actividades y actitudes públicas; identifica las normas, políticas
y
procedimientos
de
un
individuo
o
de
una
organización con interés público, y crea o formula programas de acción para obt ener la aceptación pública y beneficiarse con ella.”
40
39
Ramos Padilla, C. G.. Ídem
40
Ramos Padilla, C. G. Ibd., p. 46
Ar t ur F il ip e do s San t os
44
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Analisando esta ideia à luz do tema desenvolvido neste projecto significa que para se divulgar o património que perfaz o centro histórico de uma cidade é necessário que a organização ou o conjunto de organizações que pretendem essa mesma promoção, nem que seja primeiro para fins de obter a classificação da UNESCO mas para depois angariar fundos por via da industria do turismo têm que criar projectos, formas de acção concertada para desta forma “obter a aceitação pública”. Só credibilizando a iniciativa de promover o património, desviando de qualquer ideia propagandística, colada a um partido político de poder autárquico ou a empresas que apenas se interessem por lucros rápidos, é que se ganha o apoio d o público para a causa da defesa do património. Este facto aconteceu com o exemplo da candidatura da cidade do Porto a Património Mundial. Foram organizadas várias palestras
com
alguns
dos
mais
prestigiados
e
renomados
especialistas em História (Germano Si lva, Hélder Pacheco, José Hermano Saraiva), Arquitectura (Fernando Távora, Sisa Vieira), Arqueologia (Domingos Pinho Brandão), o executivo camarário portuense aderiu em massa para motivar e informar a cidade quanto à importância de classificar o centro his tórico da cidade invicta, foram levadas campanhas de sensibilização nas principais escolas do “burgo”. Em suma, as forças vivas da cidade uniram -se para então “obter a aceitação pública” da população e do sector comercial e empresarial. Na continuação da f undamentação teórica da reflexão do que são as relações públicas, Carlos Sotelo Enríquez
apresenta
uma
explicação
para
as
origens
deste
conceito: “Si bien se datan sus or ígenes entre f inales del siglo XVIII y comienzos del XIX, es un f enómeno cuyo despegu e y consolidación ha acontecido a lo largo de la presente centuria. Al contrario de la propaganda
–
cuyo discurr ir
Ar t ur F il ip e do s San t os
simultáneo
dentro de sistemas
45
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
polít ico- inf ormativos dispares ha causado controversia en torno a sus caracter íst icas - la relaciones públicas han per vivido sujetas a regímenes en los cuales exist ía libertad de inf ormación, tant o par a dif undir
y
recibir
inf ormativas.”
inf ormaciones
como
para
crear
empresas
41
Como em qualquer actividade ou organização, as relações públicas tornam -se parte preponde rante na execução de qualquer projecto que se mova no seio de um grupo ou sociedade. No sentido de emitir (passível ou não de filtragem) informações a essa sociedade, é necessário que se o faça com cuidado mas sobretudo com a dinâmica que se impõe quando s e tem por objectivo passar uma mensagem que se deseja “banhar -se” de credibilidade. Uma das premissas é cogitar se será esta “ferramenta da comunicação” 42 a melhor forma para persuadir uma população a aderir à “causa” do património. Fernández del Castillo a credita que sim e refere as instituições passíveis de utilizar esta técnica: “ Mientras bastante g ente comprende lo q ue es la Publicidad, muy pocas personas son conscientes de que las Relaciones Públicas son una herramient a mucho más poderosa. El arte de persuadir a otros, especialmente se trata de masas, es hoy inevitable
en
cualquier
organización
sea
est a
comer cial
o
inst itucional. Todos, absolutamente todos necesitamos Relaciones Públicas.
Pequeñas
municipios, abogados, Públicas
empresas
orga nizaciones médicos,
las
los
necesitan.
de
y
caridad,
propios La
gigantescas
f uncionar ios,
hombres
necesidad
multinacionales,
de
polít icos,
de
las
la
técnica
41
Sotelo Enr iquéz, Carlos (2001). Op. Cit. , p. 8 1
42
Del Castillo, Jaime de Ur záiz
Relaciones de
las
y Fernández (1997). Op. Cit., p.
137. Trad. Ar t ur F il ip e do s San t os
46
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Relaciones Públicas se ha extendido a todos los r incones de la sociedad moderna.”
43
Philip Kotler, especialista em marketing aponta também o papel fundamental do técnico de relações públicas no contexto da promoção da imagem corporativa de uma empresa, em detrimento até da propaganda: “As relações públicas podem ter um forte impacto sobre a percepção
do
público,
por
um
custo
muito
inf erior
ao
da
propaganda. A empresa não paga por espaço ou tempo nos média; paga para que uma equipa de relações públicas desenvolva e divulgue inf ormações e gerencie eventos. Se a empresa desenvolve uma história int eressante, essa histór ia pode ser escolhida por vár ios
médias
dif erentes,
tendo
o
mesmo
ef eito
que
uma
propaganda de milhões de dólares. E teria mais credibilidade do que a propaganda. Os resultados do tr abalho de RP podem ser f antásticos”. 44
Mas mesmo nas questões da preservação e divulgação do património, seja com o intuito de ver este classificado, seja por apenas alcançar lucros provenientes do turismo, são necessárias desenvolverem-se
medidas
que
propiciem
alcançar
um
largo
espectro de possíveis “clie ntes”, na medida em que é necessário criarem-se estratégias de marketing que possibilitem atrair essa “clientela”. Serão as campanhas de marketing ideais para este tipo de actividade. Vejamos os fundamentos que teorizam a noção do
43
Ur za í z y Fe r n a nd e z d e Cas t i ll o , J a im e, Id é m
44
K ot l er , P h i l ip ( 1 99 5) . Ma rk e t in g par a o s éc u l o XX I . S ã o Pa u l o: F u tur a.
p. 6 2
Ar t ur F il ip e do s San t os
47
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
marketing, no sentido de se apurar a sua efectiva utilidade nas questões da divulgação do património. Fernández del Castillo assinala que “o marketing ocupa -se de tudo o que ajuda à colocação do produto no mercado”
45
.
Tomás Alvarez e Mercedes Caballero colocam comunicação e marketing em desafio: “Qué está primero? Una visión anticuada de la empresa (o cualquier tipo de inst itución
productora
de
bienes,
ser vicios
o
ideas)
tenderá,
inevitablemente, a situar la labor comunicativa por debajo del marketing, como un element o más de ést e y subordinado
en
propiedades y t iempo. En est e análisis, la entidad, como en un acto bíblico del Génesis, da a luz un producto, una idea o un ser vicio, y luego comunica su existencia a la sociedad. La comunicación depende y es derivado del pr oceso produ ctivo. Será como el paso f inal de una cadena productivo -comercial, el últ imo acto. Primero se
decide
qué
se
hace,
luego
se
hace
y
se
comunica.
La
comunicación se reduce a eso, la gestión de la imagen de los productos o ser vicios: una liturgia f inal.”
46
Reforçando ainda mais esta ideia surge Pascale W eil que expõe: “La Pr imacía del marketing sobre la com unicación r eposa en una visión materialista de la empresa. Pero para innovar, el mercado necesita valor ar la inteligencia, las ideas y los hombres,
45
Ur zá i z
46
Álvar ez, Tomás & Caballero, Mer cedes (1998). Op Cit., p. 73
y F er n a n de z d e l Cas t il l o, J aim e d e ( 1 99 7). O p. C it ., p. 1 25 .
T rad.
Ar t ur F il ip e do s San t os
48
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elementos que dem andan la comunicación y en el moment o de la concepción del pr oducto.”
Partindo
da
47
definição
de
Tomás
Alvarez
e
Mercedes
Caballero será então de pensar que para melhor promover será necessário um misto do melhor que estas ferramentas têm: É necessário divulgar, promove r, dar a conhecer à sociedade os aspectos
que
se
querem
transmitir
acerca
do
património,
executando uma consciente e funcional campanha de marketing, mas também não deixa de ser necessário prosseguir com uma boa gestão da imagem do s conteúdos relacionados com o património, que se conseguiu alcançar por mérito dessa mesma campanha de marketing. Surge-nos a questão de se o património será um produto passível ou terá produtos com perspectiva de serem vendidos. Cees Van Riel específica que “a comunicação de marketing inclui
a
publicidade,
promoção
de
vendas,
direct -mail,
sponsorizações, venda pessoal e elementos promocionais.”
48
No caso concreto da divulgação do património, isso acontece na prática mas muitas vezes sem se pensar que se e stá a desenvolver uma efectiva estratégia de marketing. Se sempre que formos à cidade de Piza, na Itália, e trazemos uma miniatura da famosa torre tombada, aqui aparece -nos automaticamente um ícone que nos remete para esse património que é a torre, por si valendo não sói como uma recordação como outra qualquer mas sobretudo se cria o efeito que se pretende: publicitar o património. Desde os mais vulgares postais, passando pelas visitas e passeios que se organizam, patrocínio de um qualquer banco ou empresa 47
W eil, Pascale (1992). La Comunicación Global. Comunicación
Institucional y de Gestión . Barcelona: Ediciones Paidós Ibér ica 48
V an
R i e l,
C e es
( 1 99 5) .
Pr i nc ip l es
of
Cor p ora t e
Co m m un ic at i on .
Hem ps t e ad : Pr e nt ic e Ha l l, p. 8 . T ra d.
Ar t ur F il ip e do s San t os
49
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
presente em “outdoor” numa fachada de um edifício classificado que esteja a ser restaurado. Tudo isto são manobras de marketing que
visam não só promover o património
como também as
organizações que eventualmente as apoiem. Não esqueçamos as inúmeras vezes que os executivos camarários colocam “outdoors” informativos sobre a preservação do património no sentido de dar ao eleitor a perspectiva de que a Câmara faz trabalho, induzindo no cidadão a credibilidade que se necessita para ganhar votos. Estes exemplos demonstram a importância de tratar o Património como uma marca, vendável e com identidade própria, já que a “identidade da marca é a base na qual se sustenta toda a comunicação e a finalidade da comunicação é construir uma imagem relativa a essa identidad e” 49 como observa Ruth Peralta Vásques, docente da Pontifícia Universidad Católica del Peru. Essa
marca,
estruturada
e
assente
sobre
uma
politica
de
comunicação permitirá um conhecimento mais eficaz por parte da opinião pública acerca do património em causa . Cedo se conclui que as organizações devem -se agrupar no sentido
de
comunicação
que
juntas
interna
e
possam de
encetar
comunicação
uma externa
estratégia
de
assente
em
projectos de relações públicas, de marketing, para que possam alcançar os intentos a qu e se propõem. João Paulo Sacadura e Rui Cunha, acreditam que a cidade do Porto, é, para já, no contexto da tentativa de preservação e divulgação, exemplo a seguir: “O Porto não f icou de mãos a abanar; se já havia a Fundação para o Desenvolvimento da Zona
Histórica, apostada na sua
requalif icação urbana e social, logo após a classif icação constituiu se a Associação Porto Histórico, que visa promover o t urismo na 49
Pe r a l ta
V á zq u e z,
Ru th
( 2 00 7) .
“I de n ti da d e
de
Marc a,
G e s tã o
e
Com un ic aç ão” . O r g a ni c om , 7 , 20 7
Ar t ur F il ip e do s San t os
50
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
mesma zona. Um exem plo a seguir, a bem do património e das gentes que o habitam.”
50
A UNESCO privilegia também a comunicação e destaca -a dedicando no seio da organização um sector autónomo para esta área:
“Embora o C de Comunicação não f aça parte da sigla da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) , o sector da Comunicação e da Inf ormação é desde há muito um sector autónomo, com uma estrutur a idêntica aos restant es sect ores da Organização. Os seus programas emanam directamente do Acto Const it utivo da UNESCO que af irma que esta deve promover a livr e circulação das ideias através das palavras e da imagem. Est e sector é talvez o mais transversal de todos, uma vez que a comunicação e a inf ormação possibilitam a divulgação do saber e o livre intercâmbio de ideias, f acilit ando assim a compreensão e o conhecimento mútuo ent re os povos São
tendo vastas
comunicação
em as e
vista
a
justiça,
actividades da
da
inf ormação,
a
liberdade
UNESCO
no
salientando -se
e
a
paz.
dom ínio no
da
entanto
a
promoção do acesso universal às tecnologias da inf ormação e da comunicação (TIC) atrav és de acções destinadas a autonomizar os indivíduos de f orma a poderem não só aceder à inf ormação mas
também
contr ibuir
para
o
f luxo
de
inf ormação
e
de
conhecimento. Desenvolve programas de educação para os media e de alf abet ização digital. Est imula a prod ução de conteúdos, ponto essencial par a a sociedade do conheciment o. Pr omove a liberdade de expressão, a liber dade de imprensa, a ind ependência e
o
plur alismo
capacidades 50
das
dos
média.
instituições
Apoia da
o
área
desenvolvimento da
comunicação
das para
S ac ad ur a, J o ã o & C un h a, R u i ( 20 0 6). Pa t ri mó n i o da H u ma n i da de e m
P ort u ga l . V o l I I. Lis b o a: Ed i tor i a l V er bo , p. 19 5 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
51
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
melhor arem
a
f ormação
dos
prof issionais
dos
mé dia
e
sensibilizarem o público para a importância da utilização dos meios de comunicação.” 51
Se pensarmos em todo o potencial económico, toda a importância para a explicação da identidade histórica do passado e herança para as gerações futuras que o património poderá conter, é fundamental que se tenha em atenção todas alíneas referentes à comunicação, no sentido de se aliarem esforços no exercício da compreensão
do
desenvolvimento
da
comunicação
nestas
temáticas, tendo como alicerces os antecedentes destas questões, bom como no esforço futuro de compreensão e desenvolvimento, em prole de um bem superior que é a preservação da nossa história e a rentabilização do testemunho tangível em favor das populações. Vivemos numa era em que, como advogam Ana Cristina Monteiro, Joaquim Caetano e Humberto Marques, “a comunicação é o aparelho circulatório da vida organizacional. Para aferirmos a sua saúde, algumas indagações podem ser gizadas: qual o nível de esclerose? O sangue chega a todas as partes do organismo? Qual o vigor do coração? E como funcionam os restantes sistemas do corpo organizacional?” 52 É neste contexto que os esforços de divulgação cultural, institucional e turística do Património classificado se concentram no sentido de explorar o potencial dos exemplares culturais classificados,
questionando -se
os
vários agentes activos
que
rodeiam os bens pertencentes à Lista do Património Mundial da 51
UN E S CO , C om is s ã o Nac i on a l ( 2 01 0) . Mi s s ão / O b j ec t iv os . Ex tr aí do em
20 d e J a n e ir o d e 2 0 1 0 d o s í t i o d a C om is s ã o N ac io n a l d a U N E SC O , Por tu g a l: ht tp :/ / www. u n es c o. pt /c g i - b i n/c om un ic ac a o / c o m unic ac a o .p h p 52
Mo n te ir o, A n a Cr is t i na , C a et an o , J o a qu i m , Marq u es , Hum b er to e
Lo ur e nç o ,
J o ão
( 20 0 6) .
F un d a me nt os
da
Co mu n ic aç ã o .
Lis b oa :
E d iç ões
Sí l a bo , p. 34 2
Ar t ur F il ip e do s San t os
52
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UNESCO se a mensagem chega efectivamente à opinião pública, e se chega será que esta mensagem é a correcta para motivar e até mesmo fidelizar públicos para a temática do Património ou se os profissionais têm consciência da necessidade de uma organização multidisciplinar ou pluri -sectorial que permita a que os vários agentes entrem em acção de imediato no caso de sempre que haja necessidade de preservação, divulgação e manutenção do bem cultural como factor de desenvolvimento económico e social.
Ar t ur F il ip e do s San t os
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II.2 Campanhas de Comunicação Pública. A Comunicação e o Património Mundial a UNESCO Quando a UNESCO criou o Centro do Património Mundial, esta organização abraçava os seguintes objectivos: “The
United
Nations
Educational,
Scientif ic
and
Cultural
Organization (UNESCO) seek to encourage the identif icat ion, protection and preser vation of c ultural and natur al her itage around the wor ld considered to be of outstanding value to humanit y.” 53
Até 1965, além da cooperação internacional em torno da preservação do valioso espólio de Abu Simbel (1959), herança da civilização egípcia e ainda a protecç ão de bens em perigo na Itália, na Indonésia e no Paquistão, pouco se investiu na cooperação internacional de salvaguarda seja de bens culturais, seja de bens naturais, à excepção de países ciosos do seu património histórico cultural e paisagístico como o Reino Unido, os Estados Unidos, a França, entre outros. É verdade que ainda antes da II Guerra Mundial, a Sociedade das Nações (fundada em 1919, extinta em 1946) procurou um consenso no concerto das nações no que se refere à protecção do legado da Humanida de, mas a politização da organização bem como o seu objectivo (falhado) de evitar futuros conflitos globais não permitiram grande margem para uma concertação á volta da defesa
do
património,
contudo
foi
obtido
em
sede
desta
organização a chamada “Carta de Atenas”, datada de 1933, que visava o compromisso de criação de um organismo que auxiliasse os Estados a melhor tutelarem os seus monumentos, bem como
53
UN ES CO ( 20 0 9) . W or l d He ri t ge I nf or m at i o n K i t . Par is : W orld He rit a ge
Ce nt er , p. 3 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
54
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
apoiar os mesmos no restauro dos bens culturais e históricos edificados, sendo redigida, bem como assinad a por alguns dos maiores arquitectos, urbanistas e historiadores da época, dos quais se destaca o nome do arquitecto francês Le Courbusier, um dos artífices daquela que viria a ser a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. A Carta de Atenas, redigida como mote de conclusão
do
IV
Congresso
Internacional
de
Arquitectos
e
Técnicos de Monumentos Históricos, que teve lugar precisamente em Atenas, na Grécia, em Outubro de 1931, sobre o auspício da Sociedade das Nações, tinha como objectivos a preservação das características arquitectónicas dos monumentos, a protecção da caracterização cultural e social do espaço onde o monumento se insere,
a
protecção
dos
monumentos
contra
a
especulação
económica e a utilização dos monumentos para fins educativos, sociais e culturais, criando uma espécie de lei de bases sobre o urbanismo moderno a adoptar pelos Estados, no conjunto dos países e as autoridades das cidades em particular. Assim, já antes de surgir a organização que irá lançar o desafio da criação da classificação de b em cultural universal, a UNESCO, no âmbito da Organização das Nações Unidas, já vários países
procuravam,
preservação
dos
amiúde,
espólios
congregarem
históricos
e
esforços
culturais,
para
numa
a
clara
organização de campanhas de comunicação pública. Reflicta-se sobre esta temática, o seu espaço no universo das ciências da comunicação, a sua definição e o contributo das campanhas de comunicação pública em todo o processo que levou à criação do Centro do Património Mundial, aos processos de candidatura e cla ssificação dos bens culturais edificados. Manuel Martin Algarra aponta a importância do estudo sobre as campanhas de comunicação pública, num artigo desta feita dedicado ao estudo das campanhas de comunicação pública no campo da promoção da saúde:
Ar t ur F il ip e do s San t os
55
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“La
invest igación
sobre
campañas
de
comunicación
pública
plantea cuest iones de gran interés teór ico en el desarrollo de la ciencia de la comunicación.” 54
Martín
Algarra
estuda
o
contributo
das
campanhas
de
comunicação pública como veículo essencial para a promoçã o de valores,
mudanças
comportamentais
ou
simplesmente
na
divulgação de informações relativas à temática social da saúde, sendo uma alternativa credível aos meios de comunicação social”: “La salud, entendida como algo más que la sanidad, es un
problema
socialmente
importante.
Cuando
surge
la
necesidad de fomentar determinados conocimientos, actitudes o comportamientos para mantener o mejorar la salud, los medios de comunicación, por las razones ya mencionadas, no siempre son capaces de convertirse en pr omotores de esos cambios. Son otros, fundamentalmente instituciones privadas y públicas,
los
que
deben
emplearse
para
alcanzar
esos
objetivos, y las campañas de comunicación son un instrumento adecuado para ello.” 55
Narasimha
Reddi,
professor
de
Rela ções
Públicas
da
Universidade de Camberra, Austrália e ex -presidente da Sociedade Indiana
para
o
Estudo
das
Relações
Públicas,
define
primeiramente a comunicação pública da seguinte forma:
54
M ar t i n
A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,
Las
C a mp a ñas
de C o mu n ic ac ió n
P úb l ic a, . L a C om u n ic a c i ón y S a l ud c o m o C a mp o d e Es t u di o , em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1. 55
M ar ti n A l g ar r a, M a nu e l ( 19 9 7). Í d em
Ar t ur F il ip e do s San t os
56
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“Public Communicat ion is the conscious attempt to change or modif y the belief s, attitudes, values and behaviours of an audience in the public arena through symbolic manipulation of the of the senses. intended
Communication f or
the
that
benef it
of
emanates the
f rom
communit y
public is
aut horit ies
called
public
communicati on” 56
No que a definição de campanhas de comunicação pública diz respeito, W illiam J. Paisley aborda esta temática, à luz da experiência americana: “Public communication campaigns are a f amiliar and essent ial of American civil culture. Campaign topics ran ge f rom personal issues such as health to social issues such as equal opportunit y, energy conser vation, and environmental protection. Campaigns are regarded as public service programs if their goal are widel y supported by the public and policym akers, If th eir goals are controversial, however, then campaigns are regarded as advocacy strategy” 57.
Se
pensarmos
na
definição
de
campanha
pública
de
comunicação, concluímos que os governos dos Estados, ao terem a necessidade de sensibilizar, divulgar ou mesmo apela rem a uma mudança de comportamento, a nível educativo, social e mesmo económico-turísitico com vista à preservação e promoção do património,
promovem
campanhas
de
comunicação
pública,
ocupando um espaço próprio na senda mediática, diferente do lugar ocupado pelos meios de comunicação social, como afirma
56
Re d d i, C. V . N ar as im ha (2 0 09) . E ff ec t iv e P ub l ic Re l at i o ns a n d Me d i a
Str a te gy . No v a D el i : P r en t ic e H a l l of In d ia , p . 11 . 57
J . Pa is l e y, W ill iam ( 20 0 1), P u b li c C o mm un ic at i o n C a mp a i gns : Th e
A mer ic a n
Ex p er ie nc e
em
E.
R ic e,
R o na l d
e
K.
A tk in ,
C har l es ,
Pu b l ic
Co m mu n ic at i on C a mp a ig ns . T ho us a nd O ak s : S ag e P u b lic a ti o ns , 3 ª Ed ., p . 3 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
57
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Martín Algarra, mais uma vez relacionando as campanhas de comunicação pública com o campo da saúde: “El papel de los medios Como todo tema de interés general, la salud ocupa un lugar – cada
vez
más
importa nte
y
amplio
–
en
los
medios
de
comunicación. Sin embargo, éstos no siempre dan con los modos y contenidos más adecuados para lograr una sociedad más sana, más consciente de la importancia de la salud, más conocedora de lo que debe hacer para mantener la e incrementarla y más proclive a los comportamient os que puedan hacer a los individuos sentirse mejor. Por otra par te, los medios de comunicación no sólo no ejercen una tarea pr omotora de la salud, sino que, ya sea por los condicionamientos económ icos de su dependencia de la publicidad, por los que impone la espectacular ización de la comunicación pública, o ya sea por f alta de calidad prof esional, los medios son en muchos casos dif usores de la conf usión y promotor es de comportamientos y actitudes insano”. 58
Quando a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) foi fundada, em 1945, este organismo tinha como principais objectivos a promoção da educação, da ciência e da cultura como pilares essenciais para a paz no mundo. Desenvolvendo
campanhas
de
promoção
do
conhecimento científico e cultural a nível global, sobretudo no países menos industrializados, a UNESCO procurou apoiar os estados
58
e
as
autoridades
locais
M ar t i n A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,
Las
para
a
C a mp a ñas
organização
de
de C o mu n ic ac ió n
P úb l ic a, . La C o mu n ic a c i ón y Sa l u d c om o C a mp o d e Es tu d io em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1.
Ar t ur F il ip e do s San t os
58
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
iniciativas que permitissem diminuir o nível de il iteracia nas populações mais carenciadas. Mas foi em 1959 que a UNESCO lançou a sua primeira campanha de comunicação pública respeitante ao património cultural e histórico ao lançar uma campanha internacional de salvaguarda do templo de Abu Simbel, no Egip to, em perigo iminente por via da construção da barragem de Aswan, obra essencial para o desenvolvimento da produção energética deste país:
The event that aroused particular international concern was the decision to build the Aswan High Dam in Egypt, whic h would have f looded the valley containing the Abu Simbel tem ples, a treasure of ancient Egypt ian civilizat ion. In 1959, af ter an appeal f rom the governments of Egypt and Sudan, UNESCO launched an international saf eguarding campaign. Archaeological researc h in the areas to be f looded was acceler ated. Above all, the Abu Simbel and Philae temples were dismant led, moved to dr y ground and reassembled.” 59
Apesar do sucesso desta iniciativa, a par de outras levadas a cabo em Itália, na Indonésia e no Paquistão, não existia, contudo, no conserto das nações um organismo supra -nacional que zelasse exclusivamente pela preservação tanto de bens culturais como naturais,
existindo
apenas
no
seio
da
UNESCO
o
ICOMOS
(International Counsil on Monuments and Sites), desde 1 965, fundado na cidade de Varsóvia, aquando do segundo congresso de Arquitectos e Técnicos de Monumentos Históricos, sendo este um organismo consultor no seio da UNESCO.
59
UN ES CO ( 20 0 9) . W or l d He ri t ge I nf or m at i o n K i t . Par is : W orld He rit a ge
Ce nt er , p. 7 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
59
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No mesmo ano (1965) uma conferência, em W ashington, marca uma viragem no universo da p reservação dos bens culturais e naturais da Humanidade: “The idea of combining conser vation of cultural sites wit h those of nature comes f rom the United States of America. A W hite House Conf erence in W ashington, D.C, in 1965 called f or a “W orld Herit age T rust” that would stimulate international cooper ation t o protect “the wor ld’s superb natural and scenic ar eas and histor ic sites f or the present and the f uture of the entire world cit izenr y”. 60
Depois
de
uma
campanha
de
comunicação
pública
desenvolvida pela UNESCO junto dos membros desta organização e junto dos embaixadores dos vários países com assento na Assembleia –Geral das Nações Unidas, eis que a 16 de Novembro de
1972
é
assinado
em
Estocolmo
a
convenção
relativa
à
protecção do património (ou herança) mundial cultural e natural. A UNESCO, ao lançar uma campanha de comunicação pública junto dos vários membros desta instituição e junto dos membros da Organização das Nações Unidas conseguiu criar uma projecção global para a importância do património globa l da humanidade,
contribuindo
assim
para
criar
um
novo
espaço
mediático que os meios de comunicação à época nunca poderiam ocupar, por não terem essa dimensão ou sobretudo porque esse não é simplesmente nem o carisma nem o objectivo dos meios de comunicação social. No entanto, esses meios de comunicação não deixaram de ser um suporte essencial como veículo de muita da informação
criada
pelas
campanhas
de
comunicação
pública
organizada pela UNESCO, com o objectivo de criar uma instituição vocacionada
para
de fesa
da
herança
cultural
e
natural
da
Humanidade. 60
U NE S CO ( 2 0 09) . I dé m .
Ar t ur F il ip e do s San t os
60
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Ainda hoje, o Centro do Património Mundial, fiel depositário das conclusões da convenção de 1972, desenvolve campanhas de comunicação pública, em parceria com os Estados -membros desta organização, autoridad es regionais, com universidades, escolas, organismos públicos, entidades privadas, promovendo programas de informação com o objectivo essencial de sensibilizar para a preservação e divulgação do património, não esquecendo de alimentar continuamente uma con sciência colectiva de pensar o património como legado histórico e natural de todos. Pensemos comunicação
no
facto
de
têm
a
social
que
nem
capacidade
sempre de
os
meios
de
propagação
da
informação de interesse público como o é a defesa e divulgação do património de uma forma eficiente, pois muitas vezes a matéria não é bem tratada, incorrendo em erros, deixando muitas vezes de fora o que é relevante em detrimento do acessório, consoante a estratégia ou simplesmente porque os meios de comunicação social se encontram amarrados aos condicionalismos impostos pela dependência face à indústria publicitária, como defende Manuel Martin Algarra, num paralelismo com a temática da saúde: “Los medios de comunicación no sólo no ejercen una tarea promotora de la salud, si no que, ya sea por los condicionamientos económ icos de su dependencia de la publicidad, por los que impone la espectacular ización de la comunicación pública, o ya sea por f alta de calidad prof esional, los medios son en muchos casos dif usores de la conf usió n y promot ores de comportamientos y actitudes insanos.” 61
61
M ar t i n A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,
Las
C a mp a ñas
de C o mu n ic ac ió n
P úb l ic a, . La C o mu n ic a c i ón y Sa l u d c om o C a mp o d e Es tu d io em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1.
Ar t ur F il ip e do s San t os
61
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Um dos exemplos de campanhas de comunicação pública, que o Centro do Património Mundial lança, em conjunto com autoridades estatais e regionais foi a de salvaguarda de bens culturais na Etiópia, a p ar de campanhas de preservação e restauro: “Ethiopia-International
Campaign
to
Safeguard
the
Principal Monuments and Sites of Ethiopia The area of Africa that is present -day Ethiopia has a long history rich in tradition; its sites and monuments bear witne ss to the civilizations that have had their roots in this territory for more than 2,700 years. The buildings and monuments of Aksum, Gondar,
Harar and Tiya reflect periods of great
influence, growth and prosperity, while the churches and mosques of Lalibela, Lake Tana, Harar and Adadi Maryam testif y to the ingenuity and faith that has given strength to the people of Ethiopia in times of adversity. Considering that these riches are part of the cultural heritage of all humankind, the General
Conference
of
UNE SCO
Organization's participation in
has
support of
approved
the
an International
Campaign to Safeguard the Principal Monuments and Sites of Ethiopia. W ith the help of UNESCO, the Ethiopian Government has initiated and organized a campaign to preserve, res tore and present six important sites, four of which are registered on the W orld Heritage List. W ith the assistance of the international community and public opinions and through technical and financial
organizations
and
the
family
of
United
Nations
agencies, the people of Ethiopia are now in a position to achieve their praiseworthy aims. It is my hope that the peoples of the world will continue to show solidarity by contributing the necessary technical equipment, supplies, training and funds
Ar t ur F il ip e do s San t os
62
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
that are necessary to restore and preserve these sites and so ensure the success of the Ethiopian campaign. (…) In Ethiopia, the main instrument for cultural heritage preservation and training is the Centre for Research and Conservation of the Cultural Heritage of the Mi nistry of Culture and Sports which is mobilizing the resources of Ethiopia and of the world community for these activities. The campaign is being implemented by the Government of
Ethiopia
guided
by
the
National
Committee
for
the
Preservation of Historical Sites and Monuments. The Director of the Centre for Research and Conservation acting under the Committee will administer and implement the promotional and preservation activities of the campaign. UNESCO and the United Nations Development Programme have ind icated their support for the campaign, in the form of assistance and advice.” 62
Outro
exemplo
prende -se
com
campanhas
de
comunicação vocacionadas para a Educação, com a promoção da temática do património junto dos públicos mais jovens: “The UNESCO progr am me that gives young people a chance to voice their concer ns and to become involved in the protection of the wor ld's nat ural and cultural her itage. W orld Heritage Education The UNESCO
Young
People's
World
Herit age
Education
Programme (W HE Programme) seeks t o encourage and enable
62
UN ES CO ( 2 01 1) . E t h i op i a - I nt er n at i on a l C am p a ig n t o S af e gu ar d th e
Pr i nc i p a l Mo n um e nts an d S it es of E t hi o p ia . Ex t ra íd o a 5 d e A g os t o d o s ít i o do Ce ntr o d o P a tr im óni o Mu n d ia l : ht t p:/ / whc .u n es c o . org /e n /ac t i v it i es / 15 5 /
Ar t ur F il ip e do s San t os
63
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
tomorrow's decision - makers to participat e in heritage conservat ion and to respond to the continuing threats f acing our heritage. Launched in 1994, the W HE Programme provides young people
with
the
necessar y
knowledge,
skills,
net wor k
and
commitment to become involved in her itage protection f rom local to global
levels.
New
pedagogical
approaches
are
developed
to
mobilize young people to participate actively in the pr omotion of W orld Heritage. Young people learn about W orld Herit age site s, about the histor y and tradit ions of their own and other cultur es, about ecology and the importance of protecting biodiversit y. They become aware of the threats f acing the sites and lear n how common international cooper ation can help save herit age. Most important ly, they discover how
t hey
can
contribute
to
her itage
conser vation
and
make
themselves heard. Jointly
coordinated
by
the
W orld
Heritage
Centre
and
UNESCO Associated Schools, the W HE Programme has generated many dif f erent projects and act ivities su ch as: Youth Forums and summer camps National sub -regional and regional training seminars f or
teachers and educat ors Skills development and training courses f or young people Development initiat ives f or multimedia educat ional r esource
material product ion, i ncluding the production of episodes of a cartoon ser ies starring "Patr imonito", t he young W orld Heritage helper Development and publication of innovat ive educat ional and
inf ormational mater ials, among them not ably the ‘ World Herit age in Young Hands ' an educat ional resource kit f or secondar y school teachers published in over 30 national language versions The W HE Programme is one of UNESCO's most successf ul f lagship programmes f or young people. Objectives Backdrop... a little histor y Statist ics
Ar t ur F il ip e do s San t os
64
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Support f or activities
Objectives o To encourage young people t o become involved in her itage
conser vation on a local as well as on a g lobal level o To
promote
awar eness
among
young
people of
the
importance of the UNESCO 1972 W orld Herit age Convent ion and a better under standing of the interdependence of cultures amongst young people o To
methods
develop new and eff ective educational approaches , and
materials
to
introduce/r einf orce
W orld
Heritage
Education in the curricula in the vast m ajorit y of UNESCO Member States o To
create
a
new
synergy among
educators,
heritage
experts, environmental specialists, St ates Part ies, development actors and other st akeholders in the promotion of W orld Herit age Education on a national and international level.” 63
A própria convenção do patrimón io mundial cultural e natural de 1972, aponta, no artigo 27, para a necessidade de envolver os jovens na preservação e promoção do património universal: “VI. PROGRAMAS EDUCATIVOS Articulo 27 1.
Los Estados Par tes en la pr esente Convención, por todos l os
medios apropiados, y sobre todo mediante programas de educación y de inf ormación, harán todo lo posible por estimular en sus pueblos el respeto y el aprecio del patr imonio cultural y natural def inido en los art ículos l y 2 de la presente Convención.
63
20 1 1
UN E SC O ( 2 0 09 ) . W or l d H er it a ge E d uc a t io n . Ex t ra íd o a 5 d e A gos to d e do
s ít i o
do
C en tr o
do
Pa tr im ón i o
Mu n di a l:
ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ac t i v it i es / 4 79
Ar t ur F il ip e do s San t os
65
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
2.
Se
amenazas
obligarán
que
pesen
a
inf ormar
sobr e
ampliam ente
ese
patrimonio
al
público
y de
las
de
las
actividades
emprendidas en aplicación de la pr esent e Convención. ” 64
Um outro exemplo de grande importância ao nível das campanhas
de
comunicação
públi ca
relacionadas
com
o
património, e que tem uma periodicidade anual, ininterrupta desde 1999, é a iniciativa “Jornadas Europeias do Património” ou também intitulado de “European Heritage Days”. De acordo
com o sítio
web do Cons oelho da Europa,
organização promotora desta iniciativa, a “Jornadas Europeias do Património” surgiu no seguinte contexto: “ The Eur opean Herit age Days or iginated in Granada (Spain) on 3 October 1985, during the 2nd Council of Europe Conf erence of European Ministers responsible f or Ar chitectur al Heritage. On this occasion, the French Minister of Culture suggested extending to a European level the " Monuments’ Open Doors" initiat ive launched in France in 1984. Sever al European countries, such as The Netherlands, Luxem burg, Malta, Belgium , the United Kingdom (Scotland) and Sweden soon set up similar events. In 1991, the Council of European
Herit age
Days
with
Europe off icially launched the the
support
of
the
Europea n
Commission. In 1999, this initiative became a joint act ion of the Council of Europe and the European Com mission.” 65
Apesar apenas 64
com
de o
esta
iniciativa
património
não
estar
classificado
intimamente
pela
ligada
UNESCO,
esta
UN E SC O ( 1 9 72) . C onv e nc ió n s obr e l a Pr ot ec c ió n de l P atr i mo n i o
Mu n d ia l , c u lt ur al y n at ur a l . P ar is : U N E SCO , p. 1 3 . 65
Co ns e l h o d a Eur o pa ( 20 1 1). His t ory o f t h e E ur o pe a n H er it a ge Day s .
Ex t ra íd o a 2 8 d e S et em br o d e 2 01 1 d o s ít i o d o Co nc e lh o da Eu ro p a: ht tp :/ / www. c oe . in t/ t/ d g 4/c u lt ur eh er it a ge / her i t ag e /E HD / His t ori q u e_ e n. as p
Ar t ur F il ip e do s San t os
66
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
organização pertencente à Nações Unidas é muitas vezes parceira desta iniciativa que tem como principa l objectivo sensibilizar os cidadãos europeus para a importância da defesa do património como salvaguarda da cultura europeia para as futuras gerações: “ Throughout Eur ope, during the weekends of September, the European Heritage Days open the door s of nume rous monuments and sites, many of them usually closed to the public, allowing Europe’s citizens to enjoy and learn about their shared cultural heritage and encour aging them to become actively involved in the saf eguard and enhancement of this heritage f or p resent and f uture generations. Today, the Eur opean Heritage Days can be considered an essent ial
instrument
f or
f ostering
a
tangible
exper ience
of
European culture and histor y in addition to raising the awareness of the public about the many values of our c ommon her itage and the continuous need f or its protect ion. All 49 States part ies to the European Cultur al Convent ion actively take part in the initiative and the number of annual visitors is now estimated to be ar ound 20 million at more than 30,000 partici pating monuments and sites. The European
Her itage
Days
have
succeeded
in
stim ulating
civil
societ y’s participation, the specif ic involvem ent of youth, voluntar y work and cross -bor der cooper ation, thereby promot ing the core principles
of
intercultural
dialo gue,
partnership
and
civic
responsibilit y” 66
Em 2011, as Jornadas Europeias do Património têm, de acordo com a página web do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) de Portugal, o seguinte lema: “ O tema de 2011 é “PATRI MÓ N IO e PAISAGEM URBANA” , pretendendo-se sensibilizar os cidadãos para a necessidade de 66
C ons e l ho d a Eur o pa ( 20 1 1). I d em .
Ar t ur F il ip e do s San t os
67
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
proteger e valor izar as caracter ísticas da paisagem nas cidades, vilas e aglomerados urbanos, entendida no seu sent ido mais amplo. O património e a paisagem ur bana são ind issociáveis, a partir
do
momento
em
que
a
ideia
de
paisagem
urbana
é
abrangente e ref lect e todos os valores sociais, naturais, cult urais, urbaníst icos, arquitectónicos e arqueológicos que aí se encontram. O
património
e
a
paisagem
urbana,
nas
suas
m últ ipla s
manif estações, documentando a histór ia e o desenvolvimento da sociedade, contribuem, decisivamente, para a dif erenciação de identidades. As cidades, vilas e aglomer ados urbanos são recursos únicos que têm de ser protegidos e valorizados, apesar dos problemas que lhes são inerentes por serem organismos em constant e
transf ormação,
histór icos
e
como
tradicionais
e
a a
desertif icação t endência
dos
para
centros a
sua
67
descaracterização” .
Conclui-se que, à semelhança do que acontece com várias outras temáticas de carácter social e ou cultural, também os agentes públicos que militam na esfera do património vêm -se na necessidade de criação de campanhas de comunicação no sentido de informar a opinião pública, motivar as franjas mais jovens da sociedade para a impo rtância de uma educação sustentada na necessidade da preservação e divulgação do património, bem como sensibilizar as várias áreas da sociedade, sem esquecer o sector empresarial, para a defesa do património mundial enquanto herança e também enquanto valor económico-social à disposição dos países.
67
IG E S PA R ( 2 01 1) . J o r na d as E uro p e ias d o P atr i mó n i o 2 0 1 1 - 23 , 24 e
25 de S et em br o d e 2 01 1 - P at ri m ón i o e P a is a g em U rb a na . Ex tr aí d o a 2 9 d e S et em br o
de
20 1 1
do
s ít i o
do
IG ES P A R:
ht tp :/ / www. i g es pa r . pt / pt /n e ws / 9/ 2 06 0/
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
II.3 O testemunho das Autoridades Oficiais quanto ao papel da Comunicação nas questões do Património Mundial Actualmente, as várias entidades institucionais que laboram na esfera das candidaturas , na classificação, promoção e defesa do Património da Humanidade são peremptórios ao afirmar a importância da comunicação, do trabalho dos média e da utilização das
novas
plataformas
de
comunicação
como
difusores
do s
projectos relacionados com o património classificado na opinião pública, bem como uma cuidada estratégia de cooperação entre organismos, com base numa boa comunicação institucional. E são variados os exemplos apresentados ora em forma de documentos institucionais seja em forma de opinião emitida por responsá veis de entidades. Importa identificar as de entidades institucionais que se relacionam
com
a
candidatura,
classificação,
preservação
e
promoção cultural e turística do Património Mundial internacionais, nacionais e locais, públicas ou privadas, cada vez m ais cientes da importância
da
comunicação.
Os
organismos
supranacionais,
instituições internacionais incumbidas de classificar o património, sendo a UNESCO, sedeada em Paris, a organização -chave, o Centro do Património Mundial e o ICOMOS (International Cou nsil on
Monuments
and
Sites ),
sendo
estas
duas
entidades
organismos/departamentos pertencentes à UNESCO. No questões
que
concerne
relacionadas
à
esfera
com
a
nacional
tomam
classificação
do
parte
das
património
organismos da mais alta esfera do poder esta tal como os próprios governos nacionais, entidades estatais que tutelam a cultura e preservação do património 68, governos regionais e as próprias 68
A t ít u lo d e ex em pl o o or ga n is m o n ac i on a l qu e tu t el a o P a tri m óni o
Mu n d ia l em P or t u ga l é o M in is té ri o d a C u lt ur a, m a is c onc r e tam en te o Ins t it ut o
Ar t ur F il ip e do s San t os
69
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
comissões nacionais da UNESCO, enquanto a nível local as câmaras municipais e instituições académicas que de al guma forma se dedicam ao estudo do património classificado, tanto mais que já existem cursos, sobretudo pós -graduações, cujo objectivo se centra na especialização em matérias da comunicação ligada ao património, bem como ciclos de conferências ora centrado s em exclusivo na importância, por exemplo, da comunicação social na divulgação e promoção do património classificado ora colóquios, conferências ou palestras dedicadas ao património em particular mas
que
se
sente
a
necessidade
de
abordar
as
questões
relacionadas com o património. Tome-se
como
exemplo
do
testemunho
de
instituições
internacionais quanto à afirmação da importância da comunicação relacionada com o património classif icado o seminário relativo à discussão destas matérias relacionadas com o pat rimónio mundial que
foi
o
“VI
Encuentro
para
la
Promoción
y
Difusión
del
Patrimonio Inmaterial de los Países Andinos ”, que decorreu na cidade colombiana de Medellín, de quatro a dez de Setembro de 2005. Um seminário de tal forma relevante que suscitou uma comunicação de apoio do ex -Director-Geral da UNESCO, Koishiro Matsuura quanto à necessidade de desenvolver este tipo de iniciativas, como são os seminários, importantes espaços de divulgação e reflexão sobre o património: “La UNESCO está convencida de la valiosa y signif icativa contribución que podr ía const ituir tal encuentro para pr omover la diversidad cultural y f omentar la salvaguarda del patrimonio cultural
de G es t ã o d o P atr i m óni o Ar q ui t ec t ón ic o e Arq u e ol ó g ic o (I G E S P AR) . Em Es pa n ha o or g an is m o nac i o na l qu e s u p er in t en d e o pa tr im ón io c l a s s if ic a do é o “Ins t it ut o d e l Pa tr im on io C u lt ur al d e Es p añ a”. D e r ef er ir a i nd a q ue Por t ug a l as s in o u a C o n ve nç ão do P atr im ón i o M un d i a l a 3 0 de S et em bro de 19 7 2 e Es pa n ha ad er i u a q ua t r o d e M ai o d e 1 98 2 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
70
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
intangible, me complace, por lo tanto, acordar el patrocinio de la UNESCO a este importante even to.”
69
Responsável máximo da UNESCO até há bem pouco tempo, Koishiro Matsuura, substituído em 2009 no cargo pela búlgara Irina Georgieva Bokova, havia já feito anteriormente uma comunicação, por alturas do Seminário Internacional de Meios de Comunicação e Património Imaterial, que teve lugar desta feita a Cartagena das Índias, também na Colômbia, entre dois e
quatro
de 2002,
destacando a importância do diálogo constante acerca destas temáticas da comunicação e do património: “Uno de los desaf íos impuest os por la mundialización es, sin duda alguna, la preser vación de la diversidad cultur al, pues los riesgos de unif ormización de la cultur a y de la pérdida de las identidades
cult urales
son
inm inentes.
La
UNESCO,
única
organización del sistema de las Nacione s Unidas que t iene en su ámbito de competencia la responsabilidad de or ientar la acción de la comunidad internacional para la preser vación de la diversidad cultural desempeña un papel de gran importancia en esta labor f undamental. Aunque la Convención de la UNESCO para la Pr otección del Patrimonio Mundial Cultural y Natural de 1972 ha demostrado durante casi treint a años toda su ut ilidad y pert inencia, este instrumento no cobija las f ormas de expresión culturales que constit uyen el patrim onio inmaterial, f uente esencial de la identidad de los pueblos. Por lo tanto, persist ía un desequilibr io geográf ico en la Lista del Pat rimonio Mundial que consist ía en una mayor represent ación de las cult uras de los países desarrollados con respecto
69
a
las
culturas
de
los
p aíses
en
desarrollo,
más
VI Enc u en tr o pa r a la Pr om oc i ón y D if us i ón de l Pa tr im on io Inm at er i al de
l os Pa ís es A nd i no ( 20 0 5) . Ex tr aí d o a 22 d e Ma rç o d e 2 00 6 do s í t io d a Un i v ers id a de de An t io qu i a: ht tp :/ / in ter n ac io n a l. ud e a. e du .c o / pro g 20 05f in a l. p df
Ar t ur F il ip e do s San t os
71
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
represent ativas
del
patrimonio
inmat erial.
Este
desequilibrio
denotaba cierta f ragilidad en nuestro dispositivo de salvaguardia del
patr imonio
cultural,
que
se
concentraba
en
proteger
el
patrimonio mater ial en detrimento del inmate rial. La UNESCO no podía entonces cumplir cabalmente con su misión de aport ar una respuest a equilibrada y ef icaz a la preser vación del pat rimonio cultural sin tener en cuenta estos dos aspectos: el patrimonio material y el inmaterial. En los últimos años, el patrimonio cultural inmater ial ha alcanzado reconocimiento internacional como f actor vital para la reaf irmación de la ident idad de los pueblos. Por eso la UNESCO le ha otorgado especial importancia. El patrimonio cultur al inmater ial es un f actor f undam ental en la def ensa de la diversidad cultur al. Su salvaguardia depende de la acción ef icaz de t odos los implicados en esta t area: gobiernos, organismos
inter nacionales,
medios
de
comunicación,
asociaciones, gestores culturales, comunidades locales y públic o en general. Teniendo en cuenta el poder oso papel que desempeñan los medios de com unicación en la construcción de la conciencia social y colect iva, la UNESCO consideró pertinente suscit ar una ref lexión sobr e el tema y convocar una reunión de expertos internacionales y pr of esionales de dichos medios, que aportar ía los instrumentos para def inir pautas de dif usión y promoción de esta vulnerable f orma de patrimonio.”
70
Têm já surgido bons exemplos, principalmente organizados pelo Centro do Património Mundial, de colóquios e seminários que referem a importância da gestão, preservação e divulgação do património arquitectónico dos centros históricos, iniciativas essas a cargo na maiorias das vezes de entidades oficiais estatais: 70
M in is ter i o de Cu l tu r a de l a R e pu b l ic a d e C o lom b ia ( 2 00 2) . I nf or me d e l
S em i n ar io I nt er nac i on a l d e Me d i os d e C o m un ic ac ió n y Pa tr im o n i o I n m at er ia l . Ex t ra íd o
a
23
de
Març o
de
2 0 06 :
ht tp :/ / www1 .m i nc ul t ur a. g o v.c o/ p atr im on i o/ p a tr im on i o inm at er i al /s e c c i on es / d es c arg as /d oc um ent os _m in is t er io /s em ina ri o _m ed ios _ pa tr im on io _ i nm ater ia l .p df
Ar t ur F il ip e do s San t os
72
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“ MEXICO CITY, MEX ICO
6 to 8 November 2002
Herit age Management of Historic Cities: Planning f or Mixed Use
and Social Equit y Among the 104 W orld Heritage sit es in the Latin American
and Car ibbean Region, 32 are histor ic cities, including 9 in Mexico. W hile conser ving the “outstanding u niversal value” f or which these cities were inscribed, they must also cat er to the modern needs of their
inhabitants
and
the
growing
number
of
visitors.
Local
author ities and investors have a decisive role to play in deter mining the f uture of these cities, which depend on the choice of the development strateg y. Tour ism pr essures and propert y speculat ion have of ten resulted in the marginalization of the poor inhabitants, notably through their displacements f rom their tradit ional homes. Other pressing problem s are depopulation of historic cit y centres, the ever-increasing numbers of street vendors and the deter iorating secur it y situation. To retain the lively character of these historic cities,
which
rehabilitat ion
cannot p olicies
be
separated
should
f ocus
on
from
their
inhabitants,
participator y processes
aiming f or mixed use, mixed tenur e and social equit y. All of these questions were discussed in the context of a Hist oric Cities Heritage W eek in Mexico Cit y. This week of activities was made up of two main e vents, the f irst being a workshop entitled Valoración del Patrimonio del Centro Hist órico de la Ciudad de México: La integración del Patr imonio en el Desarrollo Económico y Social ( Mexico Cit y 4 to 6 November 2002). The event took place at the Nat ional Mus eum of Cultures in the Histor ic Centre of Mexico Cit y. The case of Mexico Cit y is emblematic in Latin America for the mere
dimension
and
complexit y
of
the
challenge
that
the
revitalizat ion of the Hist oric Centre poses. The aim of the workshop was to create a platf orm f or discussion f or the members of the Fideicomiso del Centro Histórico de la Ciudad de México , six Ar t ur F il ip e do s San t os
73
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
international experts and stakeholders of the Histor ic Centre. At the beginning of this year the Cit y Government dedicated substantial f unds f or the revitalizat ion of the Historic Centre. The Fideicomiso is the ent it y coor dinating
and executing
the ext ensive
works
undertaken to impr ove the Histor ic Centres inf rastructure and image. The present ations of comparable exper iences f rom Quito (Equator), Lima ( Per u), Havana ( Cuba), Santo Dom ingo (Dominican Republic) and f rom several sit es in Brazil ser ved as input for the considerat ion
of
small
working -groups.
The
results
of
the
discussions in the groups were presented to the Fideicomiso f or deliberation. T he workshop ended at lunch -tim e on W ednesday 6 November 2002. In the af ternoon of the same day the Mexico Cit y Virtual Congress event started. There the overall results of the workshop were presented to the participants of the Virtual Congress and ser ved as background f or all f urther discussions. The regional meet ing in Mexico Cit y intended to demonstrate the usef ulness of new t echnologies in int egrated urban development planning. Organized by I NAH (National Institute of Anthropology and Histor y), the Mex ican Association of W orld Heritage Cit ies, the Ministry of Education of Mexico, the UNESCO Mexico Off ice and the UNESCO W orld Her itage Centre, this three -day conf erence looks specif ically at case studies that highlight the possibilit ies new technologies of f er in the context
of
Herit age Management of
Hist oric Cit ies e.g. in the elaboration of heritage inventories, virtual museums, cartography, education or planning.”
Ainda
pelo
Centro
do
Património
71
Mundial
da
UNESCO
apresenta-se este exemplo extraído do b oletim informativo da United Nations Business Focal Point, que aborda a necessidade de 71
V ir tu a l W or ld H er it a g e ( 20 0 2). H er it a ge Ma na g em e nt o f His t oric Ci t ies :
P la n n in g f or Mi x e d U s e an d S oc i al Eq u ity . Ex tr aí do a 1 2 d e N o vem br o de 20 0 6: ht tp :/ / www. v i r t u a l wor l dh er it a g e. org / in d ex .c f m ?pg = E ve n ts &s =M ex i c o% 20 C it y& d = De ta i ls & l = en
Ar t ur F il ip e do s San t os
74
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se construírem boas práticas de comunicação institucional através da criação de parcerias institucionais, bem como a importância da divulgação
do
património
classificado
e
das
boas
práticas
desenvolvidas em prole da defesa do espólio classificado: “Today, more and more sit es are better preser ved thanks to partnerships developed thr ough the pr ivate sector, f oundations, research inst itutions, the media, and individual dono rs. Uniting with internationally recognized inst itut ions and companies f or better outreach is a crucial component in saf eguarding W orld Heritage. Established in 1992 to act as a f ocal point and coordinator on matters related to W orld Her itage, the W orld H eritage Centre recently
launched
a
partnership
with the
French
not -f or-prof it
organizat ion, ‘Vocat ions Patrimoine, l’Héritage du f utur’. Funded by two
French
companies,
AXA
and
the
MAZARS
Group, this
partnership collabor ates with the Univer sit y College Dub lin ( Ireland) and
Brandenburg
provide
Technical
scholarships
in
Universit y
W orld
Cottbus
Heritage
site
(Germany)
to
management. The
partnership of f ers early - or mid-career prof essionals the necessar y skills
to
become
heritage. Last
eff icient
year ,
f ive
managers recipients
of
cultur al
and
natu ral
f rom, China, Ireland,
The
Nether lands, Ukraine and the United Republic of Tanzania were awarded scholarships. This year, f ive new f ellowships will be granted, with pr ior it y given to
applicants
f rom
low income
count ries
and to
those
prof essionals already working in site management. Fellowships cover tuit ion f ees, a monthly stipend, health insurance and limited travel
expenses.
This
innovative
part nership
puts
theory
into
practice. Potential prize - winners subm it an or iginal proposal f or research on a site management issue. The f ellowship includes a period of up to one year to research the proposed project. “This particular partnership ref lects a current trend in publicprivate partnerships: the involvement of many act ors f or greater resource management” says Francesco Bandarin, Director of the
Ar t ur F il ip e do s San t os
75
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W orld Her itage Centre.
“W hat
is especially promising
in this
programme is its approach to building sustainable site management practices. Site managers and f uture site managers c an immediately adapt the met hods t hey learn to the unique diversit y of each site. This is essent ial f or eff ective site management capacit y and will ensure that W orld Herit age can be transf erred f rom generation to generation”. The partners of the W orld Her itage Centre practice values and principles that ref lect UNESCO’s mandate and uphold the W orld Heritage Convention (…). In 2002, dur ing the 30 t h anniversar y of the W orld Heritage Convention, the Partnerships f or Conservation Init iat ive ( PACT) was launched. PACT responds to the ever -increasing needs and threats placed on W orld Heritage sites by cultivating a platf orm f or partnerships with non -governm ental actors. Its principal objective is to sensit ize and mobilize civil society on better conservat ion practices. Herit age
Partners
support
conser vation
by
act ivities
providing
associated
technical
wit h
W orld
assistance
and
expertise, valuable communication and educat ional outreach, and by mobilizing much -needed resources f or capacit y -building. For example, the W orld Herit age Centre has also partnered with the French tour operator, Jet tour s, to strengthen the W orld Herit age Comm ittee’s Sustainable Tourism programme. Jet tours currently supports two f ield projects to promote preser vation and awareness thr ough responsible tour ism at the Clif f s of Bandiagara in the Land of the Dogons, Mali and in Angkor, Cambodia. The f ormer
project
willdirect ly
contr ibut e
to
reinf orcing
site
management, protecting the local ecosystem as well as building awareness
among
In Angkor, Cambodia,
the the
loca l project
communit y will
and
concentrate
visitors.
primar ily on
conser vation measures f or preser ving t he Srah Srang basin. The latter, when completed, will alleviate some pressure on other locations within the site. The benef its o f these partnerships ar e numerous: they help strengthen
the
credibilit y
Ar t ur F il ip e do s San t os
of
the
W orld
Herit age
List,
ensure
76
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
eff ective preser vation practices, help develop sustainable capacity building measur es and promote public awareness and involvement in support f or W or ld Her itage sites. In short, they contr ibute to protecting the outstanding universal value of W orld Heritage” 72.
Também do ICOMOS (International Council on Monuments and
Sites)
se
encontram
disponíveis
exemplos
credíveis
da
importância dos variados aspecto s da comunicação para esta instituição que emite os pareceres para a UNESCO quanto à importância “Universal” do património candidato. Uma das provas essenciais da importância que o ICOMOS atribui à comunicação institucional, à necessidade de criação de parcerias e ao diálogo entre as várias instituições encontra -se patente
na
“Carta
de
Turismo
Cultural”,
publicada
por
esta
organização em 1976: “1) Por uma parte as entidades representativas do sect or tur ístico e, por out ra, as de protecção do património na tural e cultural,
prof undam ente convencidas de que a preser vação e
promoção do património cultural par a o benef ício da maior ia somente se pode cumprir dentro de uma ordem pelo qual se integram os valores culturais e os object ivos sociais e económicos que f ormam parte da planif icação dos recursos dos Estados, regionais e municípios; 2)
Tomam
nota,
com
o
maior
interesse,
das
medidas
f ormuladas nos apêndices desta declar ação, que cada um deles está dispost o a dotar em sua esf era de inf luência; 3) Fazem um ch amamento aos Estados para que estes assegurem
72
uma
rápida
e
enérgica
aplicação
da
Convenção
Hic k e y, G abr i e l le ( 20 07) . U N ES CO W orl d H er it ag e C e ntr e P ar tn er s h ips
He l p Pr es er v e W or ld Her i ta g e. Ex tr aí d o a 1 5 d e O u tu br o d e 2 00 9 do s í ti o d a Un i te d
N at i ons
B us i n es s
Fo c a l
Po i nt :
ht tp :/ / www. e n e ws b u il d er . n et /f oc a l p o in t/ e _ar t ic le 0 00 8 04 5 6 7.c f m ?x = b1 1 ,0 , w
Ar t ur F il ip e do s San t os
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Internacional para a Protecção do Patr imónio Mundial, Cult ural e Natural a dot ada em 16 de Novembro de 1972, assim como da Recomendação de Nairobi; 4) Conf iam em qu e a Organização Mundial de Turismo, em cumpriment o de seus f ins, e a UNESCO, no marco da mencionada Convenção, realizem o maior esf orço possível, em colaboração com os organismos signatários, e com todos aqueles que no f uturo se adir ão,
par a assegurar
a ap licação
da política que as
ditas
entidades têm def inido como a única capaz de proteger o género humano dos ef eitos do incremento de um turismo anárquico cujo resultado é a negação de seus própr ios objectivos; 5) Expressam seu desejo de que os Estados, por meio de suas estruturas administrativas, as organizações de operadores de turismo e as associações de consum idores e usuários a dotem todas
as
medidas
apropr iadas
para
f acilitar
a
inf ormação
e
f ormação das pessoas que planejam viajar com f ins tur ísticos dentro e f ora de seu país; 6) Conscientes da extrema necessidade de modif icar a actual atitude
do
público
em
geral
sobre
os
grandes
f enómenos
desencadeados pelo desenvolvimento massivo do tur ismo, desejam que, desde a idade escolar, as crianças e os adoles cent es sejam educados em conhecimento e em respeito pelos monumentos e sítios e o património cultur al, e que todos os meios de comunicação escrita, f alada ou visual exponham ao público os componentes deste problema, com o qual contr ibuam de uma f orma efect iva à f ormação de uma consciência universal”. 73
Outro exemplo com a chancela do ICOMOS extraído de um estudo
sobre
a
importância
económica
do
Património
da
Humanidade, realizado pela Rebanks Consulting Ltd and Trend
73
Pr im o,
J u di t e
( 1 9 99) .
Mus eo l o g ia
e
Pa tr im ó n io :
D oc u me n tos
Fu nd a me n ta is - O r g an i za ç ã o e A pr es e n taç ã o. Ca d ern os de S oc io mus e o lo g i a . L is b o a: U LHT , p . 1 54 , 15 5 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
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Business Research Ltd para o ICOMOS e p ara a Universidade de Cumbria, Reino Unido: “The genius of Völklingen lies in t he way that its management has
created
somet hing
that
is
mor e
than
simply
a
heritage
attraction. The scale of the site and investment required to m aintain it on an ongoing basi s necessitate a signif icant f ootf all of paying visitors. And in the 1990s the key Saarland stakeholders m ade a strategic decision t o make Völklingen a marriage of industrial heritage and art. They established ‘The W orld Cult ural Her it age Site Völklingen
Ir onworks,
European
Centr e
f or
Art
and
Industrial
Herit age’. The f ocus of the site since that time has been an intriguing mixture of industrial her itage and contemporar y cultural and creative act ivit ies. The purpose of this organisation is to preser ve and de velop the Völklingen I ronworks and t o integrate industrial her itage into the f ields of art, theatre and societ y, as well as stimulat ing int ensive public communication in this area. In practice, this means that a number of projects and exhibit ions have been delivered which have changed t he way that the site is perceived both locally and with visitors. The site has invested heavily in its branding and communication, and also in cr eative projects. (…), The much-admired programme of investment andact ions in Blaenavon can trace its roots back over a decade into the 1990s when
stakeholders
developed
the
Blaenavon
Her itage
and
Regenerat ion Strategy. This strategy addressed direct ly the or ganisat ional structur e f or
deliver y,
the
strategic
goals
of
the
programme,
the
communication of distinct iveness, the f ocus on her itage as cultural glue,
the
marriage
of
heritage
and
econom ic
development
objectives, the f ocus on the qualit y - of -lif e of residents, and the overall need f or communication of positive images of Blaenavon.” 74 74
R eb a nk s Co ns u l t in g Lt d a nd T rad e B us in e s s R es e arc h Lt d ( 2 00 9) T he
Ec on o m ic
G a in :
Res ear c h
Ar t ur F il ip e do s San t os
and
An a ly s is
of
t he
Soc i o
Ec on o m ic
I m p ac t
79
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No que concerne aos organismos estatais são variados os exemplos, desde declarações proferidas por alguns dos mais importantes dignitários do Estado, como é o caso do Estado Português, mais concretamente pelo Presidente da República Portuguesa, Cavaco S ilva, no que diz respeito à importância do Património e da necessidade da sua divulgação nos média: “Visita visa sensibilizar e promover património Cavaco Silva homenageia D. Af onso Henriques no arranque do Roteiro do Patr imónio O Presidente da República, Cavaco Silva, homenageou hoje o f undador da nacionalidade, D. Af onso Henr iques, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde depôs uma cor oa de f lor es, no arranque das II Jornadas do Roteiro do Património. O chef e de Estado visitou demoradamente todo o convento, num pér iplo em que f oi acompanhado pelo padre José Eduar d o Cout inho, que lhe tr ansmit iu toda a história do mosteiro. Cavaco Silva f oi recebido pelo bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que também o acompanhou na visita. O Presidente da República iniciou, em Coimbra, uma visita de dois dias à Beira e Douro Litoral , no âmbito das II Jor nadas do Roteiro par a o Patr imónio, para def esa, valorização e promoção do património
português.
O chef e de Estado pretende com este roteiro chamar, uma vez mais, a atenção e, como ref eriu “sensibilizar ent idades, em presas, associações, escolas e cidadãos em geral para as boas práticas polít icas e técnicas seguidas por autarq uias, associações pr ivadas e particulares e a im portância da divulgação do património histórico
P ot en t ia l o f UN E SC O W or ld H er it a ge S i t e S ta tus .. Ex tr aí d o a 8 d e J an e ir o de 20 1 0
do
s ít i o
do
ICO MO S :
ht tp :/ / ic om os .f a . ut l. p t/ doc um en tos / 2 0 0 9/W HST h eEc o n om ic G a in F in a lR ep or t. p df .
Ar t ur F il ip e do s San t os
80
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classif icado como motor da economia local e nacional” ligada ao turismo” 75
Outra declaração do Presidente da República portuguesa visou “apontar” bons exemplos de cooperação entre instituições relacionadas com o património: “Cavaco Silva elogia trabalho da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira. O Presidente da Répub lica considerou, ontem, "notável" o trabalho de recuperação do castelo de Santa Mar ia da Feir a, apontando este caso como um bom exemplo de "cooperação estratégica" entre a sociedade civíl, o poder local e o poder central. É "um bom exemplo que gostar ia de ver replicado noutros pontos do país", disse Cavaco Silva no encerramento da II jornada do Roteiro para o Património, que levou o Presidente da República a visita, durante o dia de ontem, o mosteiro de Arouca e o Castelo de Santa Mar ia da Feir a, dois monum ento nacionais de grande signif icado histór ico, como sublinhou, por estarem prof undamente ligados à f undação da nacionalidade, na companhia da esposa, Mar ia Cavaco Silva, da Ministra da Cultur a, Isabel Pires de Lima. O Most eiro de Arouca, f undado no séc. X , além de ser conhecido pela doçaria conventual (as castanhas de ovos são um exemplo), é detentor de uma das mais valiosas colecções de arte sacra do País, gerida pela Real Irmandade da Rainha Santa Maf alda ( RIRSM). Por sua vez, o castelo de Santa Maria da
Feira, cuj a
f undação r emonta igualmente ao per íodo anter ior da nacionalidade está a cargo de uma comissão de vigilância centenár ia (completa 75
Lus a ( 2 00 8) . C av a c o S ilv a h om e na g e ia D. A fo ns o H e nr iq u es n o
arr an q ue d o Ro te ir o d o Pa tr i mó n i o. Ex tra í do a 22 d e J a ne ir o de 2 00 8 d o s í t io on- l i n e
do
J or na l
O
P úb l ic o:
ht tp :/ /u l t im aho r a .p u b li c o.c l ix . p t/ no t ic ia .as px ? i d = 1 31 7 26 3 & id C an a l = 12
Ar t ur F il ip e do s San t os
81
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
cem anos em 2009), que tem sido "um motor" da recuperação f ísica da ant iga f ortaleza militar, do seu estudo e da p rojecção que tem alcançado, nos últimos anos, com a realização de uma série de eventos art íst icos e cultur ais, em colaboração com o I PPAR, a Câmara e outros actores locais, como o Europarque. Tal como na véspera, em Coimbra, Cavaco Silva chamou a at enção p ara a def esa
do
património
histórico
enquanto
"expressão
da
singularidade do País neste mundo globalizado" e alertou para a circunstância de se tratar de um património comum, de t odos os portugueses,
que
"pode
contribuir
para
o
desenvolvimento
económ ico do país". "A def esa do patrim ónio é responsabilidade de todos e não só
do
Gover no
ou
da
Ministra
da
Cultura.
Também
é
responsabilidade da sociedade civil", disse. O Presidente da República deixou ainda, bem vincado, que a preser vação e a valorização do patr imónio pode const ituir, t ambém, "uma f orma do País andar para a f rente e ganhar conf iança do f uturo", af irmou. Cavaco Silva assistiu ainda à apresentação de um livr o, "Terra de Santa Maria: Terra Mãe do Primeiro Portugal", f ruto de uma investigação históri ca de Eduardo Vera Cruz Pint o” 76.
Exemplo
entre
a
cooperação
estratégica
envolvendo
o
governo espanhol e a UNESCO é o convénio assinado a 18 de Abril
de
2002,
que
aponta
a
importância
de
cooperação
e
comunicação institucional entre o Ministério da Cultura espanhol e este organismo das Nações Unidas: “El 18 de abr il de 2002 se f irmó un Convenio de cooperación entre España y la UNESCO en materia de patrimonio con el objetivo de "promover una Estrategia Global para la elaboración de 76
M ax im in o, J os é C. ( 2 00 8 , 23 d e J a n ei ro) . PR Ap o nt a B o ns Ex e mp l os .
Cav ac o Si lv a e lo g ia tr ab a l ho d a C o m is s ã o d e V ig i l ânc i a do C as t e l o d a F e ir a . J orn a l d e N ot íc i as , p. 57 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
una Lista del Patr imonio M undial repr esentat iva y f ortalecer la gestión de los bienes culturales y naturales ya inscr itos (...)". Para ello, España se com promet ía a identif icar y promover la utilización de
los
recursos
f inancieros
y
t écnicos
disponibles
de
su
Administración, f ortal eciendo la capacidad del Centro de Patr imonio Mundial par a at ender las solicitudes de cooperación int ernacional de los Est ados Partes, encam inadas a la ejecución de la Estrategia Global y a la gestión de los bienes del Patrimonio Mundial. La ejecución de e st e Convenio se traduce en la elaboración de un Programa de carácter anual en el que se desarrollan las actividades a realizar con f inanciación del Estado español. El programa para el año 2005 pr esentó como principales novedades la duplicación de la aporta ción española, hasta alcanzar los 6 00.000€, así
como
geográf icas.
la
f inanciación Concr etamente,
de
proyect os
los
en
pr oyectos
todas
las
f inanciados
áreas con
la
aportación española han sido: Contr ibución al Proceso de Nominación del Qhapaq Ñan
(Camino Pr incipal Andino) a la Lista del Patri monio Mundial. Asistencias prepar atorias en Áf rica (Chutes de la Lobé, en
Camerún) y Estados Árabes ( Meroe, en Sudán) Reunión de la Red de Gestores de los Sitios Patrimonio
Mundial en el Pacíf ico Tropical Orient al. Cont inuación de proyectos ya iniciados en América Central
y Car ibe, como el de Arte Rupestre en el Caribe, la asistencia preparator ia para la elaboración del expediente de nominación a la Lista de Patrimonio Mundial de Granada y el Lago Nicaragua (Nicaragua) o la reunión de responsables de la con ser vación para aprobar el Plan de conser vación de Panamá Viejo. Reunión en mater ia de Arqueolog ía en Trópico Húmedo. Celebración de una reunión internacional sobre "Grandes
sitios arqueológicos y turismo", que en Granada del 19 al 23 de f ebrero de 2006. Organización de un Taller Regional de f ormación para la
elaboración de las listas indicat ivas en Pacíf ico Sur, debido a la escasez de sitios inscritos en dicha área geográf ica.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Desarrollo de act ividades de f ormación y sensibilización en
Jerusalén y en las co munidades indígenas de Amér ica Latina. Junto
a
interpr etación
ello, al
España
castellano
Patrimonio Mundial.”
f inancia, de
las
desde
el
sesiones
año del
2000,
Com ité
la de
77
Refira-se que Espanha é o Estado com maior número de bens classificados pela UNESC O: “España es el país del mundo con mayor número de bienes declarados por la Unesco como Patrimonio Mundial. El dato es elocuent e respecto a la riqueza y la variedad de la cultura española. Una cult ura, además, abierta al mundo, que no ha dejado de enr iquecerse con nuevas aportaciones a lo largo de su historia y que se ha proyectado, a su vez, sobre la otra or illa del océano: América. El repaso de todos y cada uno de los bienes españoles Patrimonio Mundial constit uye una inmejorable guía para trazar el recorrido de la cultur a española pasada y presente. Desde
Atapuerca
hasta
la
vanguardia
arquit ectónica
catalana, la cultura española of rece una r iqueza y una densidad extraordinar ias. Est e recorr ido histór ico por los bienes declarados por la Unesco com o Patri monio Mundial es el mejor testimonio posible porque, además, en torno a cada uno de estos lugares se han movido históricamente las numerosas líneas de f uer za que conf orman la actual cultura de nuestro país.” 78
77
M in is ter i o de C ul t ur a d e Es pa n ha (2 0 02) . C onv e n io d e C o op e rac i ó n
Es pa ñ a – U N E SCO e n Ma t er i a d e P atr i mó n io . Ex tr a íd o a 13 d e Fe v er ei ro d e 20 1 0
do
s ít i o
do
M in is tér i o
da
Cu l tur a
do
G o v er no
de
Es p an h a:
ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ MC / P ME /C o n v en i oC o op er ac io n .h tm l 78
M in is ter i o d e Cu l tur a de Es p an h a (1 9 99) . Rec orr i do H is t o r ic o p or e l
P atr i mo n i o Mu n di a l e n Es p a ña . Ex tr a íd o a 18 d e D e zem br o de 2 00 9 do s í ti o do
M i n is t ér i o
da
C u lt ur a
do
G o v er no
de
Es p an h a:
ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ MC / P ME /R ec r His t/ R ec orr i d oH is t or ic o. htm l
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Das autoridades regionais, municipais ou locai s encontramse muitos e variados exemplos que apontam para a opinião favorável da importância da divulgação do património classificado tendo por base a força dos meios de comunicação social como condutor de informação para a opinião pública, não esquecendo os apelos destas autoridades para a importância de se estreitarem parcerias públicas e privadas, tendo como base a comunicação institucional, para a obtenção do título de património mundial, a sua promoção e preservação. Apresenta -se de seguida um exemplo desenvolvido pelo Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), República Popular da China: “A inscr ição do Centro Histór ico de Macau representa o reconhecim ento da singularidade e valor universal do património da cidade no contexto da Histór ia da Humanidade, testemunha o legado histór ico e social da comunidade de Macau, traduz a importância impar dada pelo Gover no à sua história, cultura e património,
e
revela
a
sua
determ inação
no
conhecimento
e
divulgação das raízes cultur ais de Macau e na protecção do seu património cultural, na f irme assunção das suas r esponsabilidades na
execução
r igor osa
da
Convenção
par a
a
Protecção
do
Património Mundial, Cultural e Natural, para benef ício e f ruição das gerações vindouras. Foram aquelas as premissas que pr esidiram à decisão do Gover no da R.A.E. M em avançar com a candidatura a Pat rimónio Mundial, e continuam a ser aquelas que norteiam o Gover no na procura
de
soluções
para
as
questões
emergent es
do
desenvolvimento sócio -económ ico e ur banístico de Macau, sempre suportado no apoio do Gover no Central e da opinião pública e na consulta de per itos especializados na protecção do patr imónio cultural. (…).
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O Centro Histór ico de Macau é o 31.º sít io da Ch ina classif icado
como
património
mundial,
o
que
representa
uma
grande honr a e um prof undo orgulho para a nossa Pátria e para Macau. O
Governo
da
R.A.E. M.
tem
como
missão
sagrada
a
protecção do patrim ónio cultural de Macau, e desde sempr e tem vindo
a
honrar
rigorosamente
a
os
compromissos
Convenção
para
assumidos a
Protecção
e
a
do
r espeitar Património
Mundial, Cult ural e Natural, nomeadamente no que diz respeito às zonas de protecção e tampão. Os critérios de est abelecimento de zonas de protecção e tampão d o património inscr ito na Lista de Patrim ónio Mundial dif erem consoante os estados ou territ órios, pois são def inidos em f unção
da
sua
especif icidade,
enquadramento
geográf ico
e
realidade social. Em Macau, as act uais zonas de protecção e tampão do Centro Hi stórico f oram def inidas com base no estado de conser vação dos bens, do seu valor e enquadramento histórico, contexto social, densidade populacional e dimensão terr itorial. No decorrer do processo de candidatura a Património da Humanidade, tendo em consider ação a opinião técnica de peritos do Interior da China e de especialistas internacionais nesta área, o Gover no da RAEM empenhou -se na ampliação destas zonas, algo que
mereceu
o
r econhecimento
da
Comissão
do
Património
Mundial. O planeament o urbanístico def inido para alguns dos lot es sitos na zona per if érica à zona tampão do Farol da Guia, e o respect ivo
enquadr amento
paisag íst ico,
deram
origem
a
uma
preocupação social em Macau. A Comissão Nacional da China para a UNESCO recebeu um a carta do Dir ector do Cent ro do Patrim ónio Mundial da UNESCO, Senhor
Francesco
Bandar in,
ref erente
ao
enquadr amento
paisag íst ico do Far ol da Guia, carta essa que f oi poster iormente remetida ao Gabinete da Adm inistração Estatal do Patr imónio Cultural da China.
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O
Centro
do
Património
Mundial
da
UNESCO
já
havia
recebido uma carta de uma associação cívica de Macau, na qual se alegava
o
impacto
de
determ inadas
construções
de
grande
envergadura em cur so no enquadramento paisag íst ico do Centro Hist órico, em particular da área circundante d o Far ol da Guia, f acto este que gerou a at enção da UNESCO quanto a esta matér ia. Este assunto já havia, igualmente, merecida at enção por parte do Gover no da RAEM. Nessa
sequência,
o
Centro
do
Património
Mundial
da
UNESCO incumbiu a Comissão Nacional da Chi na para a UNESCO e,
consequentemente,
o
Governo
da
R.A.E. M.
de
apr esentar
esclarecimentos por menorizados e f acult ar toda a inf ormação sobre esta
matér ia,
e
ainda
de
promover
a
adopção
de
medidas
adequadas para pr otecção do Centro Hist órico de Macau. As reacções da população de Macau, bem como o teor da comunicação
do
Centro
do
Património
Mundial
da
UNESCO,
remetido pelo Gabinete da Administração Estatal do Pat rimónio Cultural da China, vão de encontro aos objectivos estratégicos a longo prazo da polít ica cul tural do Gover no da R.A.E. M. em matéria de protecção do Centro Histór ico de Macau. Ciente do enquadr amento paisag íst ico e ambiental do f arol da Guia, e considerando t odos os seus aspectos subjacentes, o Gover no da RAEM está empenhado em encontrar uma soluç ão viável, e oportunamente serão desencadeados contactos com o Gabinete da Administração Estat al do Património Cultural da China e a Comissão Nacional da China par a a UNESCO, e apresentados os devidos esclar ecimentos junt o do Centro do Património Mundial da UNESCO. Aquando da sua visita a Macau, especialistas da Comissão Especializada para o Patr imónio Mundial af irmaram que, desde a inscr ição do Centro Histórico de Macau na Lista do Património Mundial, todas as r egras relativas quer às zonas de pr otecção, quer às zonas tampão, têm vindo a ser rigorosamente cumpridas, não se verif icando qualquer inf racção às mesmas (…).
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Qualquer inter venção urbaníst ica nas pr oxim idades do Farol da Guia deve tomar em consider ação a r ealidade social de Macau, o respeit o pelo c um primento de contratos já assumidos, e todas as condicionantes decorrentes da escassez de terrenos, da elevada densidade
populacional,
entre
outros
aspectos,
tornando -se
necessária uma int ervenção concertada em termos jurídicos e sócio-económicos. Apesar
dos
desaf ios
que
Macau
enf renta,
o
Governo,
motivado pelo apelo público e pela necessidade da prot ecção da Cultura de Macau, continua f irmemente determinado e empenhado, em
termos
pragmáticos,
num
desenvolviment o
sustent ável
e
equilibr ado da RAEM. Neste se ntido, têm vindo a ser promovidas reuniões inter sectoriais para est udar pormenor izada e aprof undadamente um novo modelo de planeamento urbaníst ico para a zona perif érica do Farol da Guia, e realizadas consultas permanentes a peritos nesta área. Actualment e, vários ser viços públicos estão envolvidos num estudo que visa r eequacionar o plano de inter venção urbaníst ica para a zona per if érica do Farol da Guia e encontrar uma resposta viável. Acresce que os trabalhos preparatór ios da nova legislação do Patrimóni o
Cultur al
encontram -se
numa
f ase
f inal
e,
muito
brevemente, em meados de Fever eir o, proceder -se-á a consulta pública sobre este novo instrument o legal, bem como de um regulamento adm inistrativo específ ico para a gestão do Centro Hist órico de Macau. Neste contexto, liderado pelo Secretár io para os Assuntos Sociais
e
Cultura,
Doutor
Chui
Sai
On,
um
grupo
de
altos
f uncionár ios da ár ea da cultura e das obras públicas, desloca -se a Pequim, no próxim o dia 16 de Janeiro, para reuniões com o Gabinete da Administra ção Estat al do Património Cultural da China e com a Comissão Nacional da China para a UNESCO, no sentido de auscultar estas entidades e ouvir peritos de Património Mundial,
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nacionais e estrangeiros, sobre as soluções em estudo e a nova legislação.” 79
No que concerne à cidade do Porto umas das personalidades que
mais
abordou
a
temática
do
património
e
a
coligou
à
comunicação, à necessidade da construção de uma marca turística forte, com dinâmica de marketing implantada, de divulgação do espólio classificado pelos vários organismos afectos ao património, seja
do
sector
público,
seja
do
sector
privado
a
ainda
à
importância da comunicação no processo de promoção do espaço classificado
e
da
sensibilização
para
a
importância
da
classificação como motor para uma ec onomia local mais forte, assente no turismo como força potencial para a melhoria da qualidade da população da zona histórica, foi o ex -presidente da Câmara Municipal desta cidade Património Mundial, Fernando Gomes, um dos mentores, em 1993, da candidatura da zona história do burgo portuense a património classificado da UNESCO, que
escreve
um
memorando
de
defesa
da
candidatura
e
classificação do Porto a Património Mundial e a sua importância e que se encontra publicado no dossier de candidatura da “Cidade Invicta” apresentado à UNESCO em 1993 e publicado em 1996: “O Porto, cidade de granito, burgo medieval, nascido do r io Douro e berço do nascimento e f ormação de Portugal tem uma personalidade única e inigualável. No
contexto
das
grandes
cidades
europeias,
o
Centro
Hist órico da Cidade do Porto tem uma cidade e sent ido próprio,
79 G a b i n e t e d o S e c r e t a r i a d o p a r a o s A s s u n t o s S o c i a i s e
Cultura (2008).
Governo efectua estudo que visa reequacionar o plano de intervenção urbanística p a r a a zo n a p e r i f é r i c a d o f a r o l d a G u i a . E xt r a í d o a 4 d e F e ve r e i r o d e 2 0 0 8 d o s í t i o d o G a b i n e t e d e C o m u n i c a ç ã o S o c i a l d o G o ve r n o d e R e g i ã o A d m i n i s t r a t i va E s p e c i a l d e Ma c a u : h t t p : / / w w w . g c s . g o v. m o / s h o w N e ws . p h p ? D a t a U c n = 2 8 8 4 5 & P a g e L a n g = P
Ar t ur F il ip e do s San t os
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marcantes
de
uma
cult ura,
rica
na
diversidade
das
culturas
europeias e sím bolo da raiz comum que lhes deu origem. A quase intocabilidade que a zona histórica do Porto hoj e apresenta tem mais a ver com a pobreza e a estagnação da cidade durante décadas, do que com uma atitude deliberada da sua protecção. Foi esta pobreza e estagnação que evitaram que ela f osse demolida e renovada com construções modernas, como aconteceu em tantas cidades europeias. Só nos últ imos dezoito anos, consolidada a consciência da valia de todo este património, se tomar am medidas visando a sua protecção e reabilit ação. Ruas, vielas, recantos, que f ormaram a cidade medieval da borda do r io, permit em ainda agora imag inar a vivacidade e a energia do velho burgo e reconst ituir cenár ios desse passado long ínquo como f orma de promoção do lugar, a sua histór ia e identidade. A qualidade e extensão desta zona histórica tornar am -no, não só um valioso património nacional e eur o peu, mas t ambém mundial. A
reabilit ação
do
Centro
Histór ico
do
Porto,
em
desenvolvimento, é uma das taref as mais emblemát icas de entre as polít icas urbanas da cidade e da promoção e valor ização tur ística do
Porto
além-f ronteiras.
Elevá- lo
a
património
mund ial
é
reconhecer a sua autenticidade e a sua f orça como valor cultural, histór ico e económico enquanto marca passível de ser explorada pelos operador es tur ísticos nacionais e internacionais. Mas é sobretudo a co -responsabilização da reabilitação de um espaço também degradado socialmente e que deve ser tarefa desta geração e das gerações vindouras.” 80
80
Lo za ,
Ca n di d at ur a
Rui da
( 19 9 6) .
C i da de
do
P ort o
a
Pa tr i mó n i o
Mu n di a l.
P ort o
à
C la s s if ic aç ão
pe l a
P roc es s o
U N E SC O
de
c o mo
P atr i mó n i o C ul t ur a l d a H um a n id a de I V o lu me . Por to : C âm ara Mu n ic i pa l d o P ort o.
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Luís Oliveira Dias, vereador do Pelouro da Reabilitação Urbana aquando da pretensão da cidade do Porto a Património Mundial, salientou, no II Volume do dossier da Candidatura, publicado em 1997, a importância dos processos económicos que a partir da outorgação da classificação pela UNESCO, em Dezembro de
1996,
começaram
a
ser
posto
em
marcha,
naturalmente
dinamizados por factores intrinsecamente ligados à comun icação como a divulgação da nova marca turística: “Agora que o Porto é Património da Humanidade, o que par a f azer, por muit o dif ícil que seja, condensa -se em poucas palavras: melhor ar a qualidade de vida na zona, especialmente quanto à habitação e reabili t ar o património edif icado, insubstituível para a Humanidade. A avalancha de novos tur istas, em busca da cultura ou movidos pelos negócios, e o rápido incremento do trânsitos, são ef eitos
que
exigem
inf ra -estruturas,
organização
e
controlo
modernos, f ortes parcerias e contactos fortes entre organizações e empresas, ampla cobertura mediática com vista uma marca turista e empresar ial capaz de se af irmar no âmbito das grandes cidades europeias
com
compartilhados
centro e
se
histórico.
Que
compat ibilizem
estes
com
a
esf orços vida
local
sejam e
até
contribuam para a sua melhoria, tendo em conta a poderosa realidade de, numa área tão limitada, já estarem sedeadas cerca de 150 instit uições, de espant osa riqueza e diversidade. Há inúmeros object ivos parcelares que n unca podem ser esquecidos: a reabilit ação comercial, o f omento do investimento privado,
uma
estratégia
de
com unicação
concertada,
a
reorganização e desburocrat ização dos serviços, a melhor ia dos diversos meios de transporte colect ivo e das acessibilidades, a coordenação do desenvolvimento da zona com os pr ojectos da cidade, a melhor ia do ambiente e a prevenção da marginalidade.
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Na zona Histór ica tem que se f azer, do f im de cada etapa, o início da seguinte. A classif icação conferida pela UNESCO é um marco no começo da nova vida” 81
Apresentando
mais
um
exemplo
tendo
como
sujeito
novamente a Câmara Municipal, Rui Loza, arquitecto e autor do Dossier de Candidatura do Centro Histórico do Porto a Património Mundial e actual director do Instituto da Habitação e Rea bilitação Urbana e Porto Vivo, SRU , na comunicação que marcou a sua participação
no
Seminário
“Gestão
Urbana
de
uma
Cidade
Património Mundial, organizada pela edilidade portuense a quatro de Dezembro de 2009, salientou a importância de parcerias estratégicas,
da
articulação
entre
entidades,
bem
como
a
valorização e a promoção: “Plano de Gestão do Centro Histórico do Porto Patrim ónio Mundial, uma marca de qualidade. O Plano de Gestão é um document o estratégico para a construção de uma parcer ia que deve prop orcionar orientação aos agentes
inter venientes
no
Sít io
classif icado
como
Património
Mundial com vista a uma gestão coor denada e integrada deste espaço” 82
81
Lo za ,
Ca n di d at ur a
Rui da
( 19 9 7) .
C i da de
do
P ort o
a
Pa tr i mó n i o
Mu n di a l.
P ort o
à
C la s s if ic aç ão
pe l a
P roc es s o
U N E SC O
de
c o mo
P atr i mó n i o C u lt ur a l d a H u m an i da d e I I V o l um e . Por t o: C âm ara Mu n ic i pa l d o P ort o. 82
Lo za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). P la n o d e G es tã o d o Ce n tro H is tó ric o d o
P ort o P a tr im ó ni o Mu nd i a l . C om un ic aç ã o apr es e nt ad a n o s em i nár i o s o br e G es t ã o Ur b a n a de um a C id a de Pa tr im ón io M un d i al , P or to , P ort u ga l . Ex tr a íd o a 27
de
S e tem br o
de
2 01 1
do
s ít io
A
B a ix a
do
P ort o :
ht tp :/ / www. p or to .t af . n et / d oc s /p l an o CH .p df
Ar t ur F il ip e do s San t os
92
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Rui Loza aponta como eixos estratégicos de intervenção os seguintes: “Eixos transversais: valorização
do
Centro
Eixo 1
– Protecção, preser vação e
Histór ico
do
Porto
( CHP);
Eixo
2
–
Envolvimento da População. Eixos temáticos: Eixo 3 – Turismo; Eixo 4 – Indústrias Criat ivas” 83 Este
responsável
da
edilidade
portuense
apresenta
um
modelo de gestão assente na : “Articulação de Ent idades (Ser viços municipais e de outros níveis de adm inistração) Participação
de
Parceiros
(Propriet ários,
invest idores,
moradores, associações) Valorização,
protecção
e
preser vação
(com
objectivos
sociais, cultur ais, turísticos e econ ómicos) 84.
Ainda no plano autárquico, a Câmara Municipal de Angra de Heroísmo, Açores, Portugal, levou a cabo, a sete de Novembro de 2008 uma mesa redonda subordinada ao tema “"A
importância
do
Papel
da
Comunicação
Social
na
Divulgação e Promoção do Patrim ónio" e que contou com a presença dos oradores Sidónio Bettecourt (Rádio Difusão Portuguesa – RDP, Rádio Televisão de Portugal -Açores – RTP-Açores), José Lourenço (Diário Insular) e Júlio Magalhães (Televisão Independente – TVI). Esta iniciativa fez parte no Ciclo de Conferências das Comemorações dos 25 Anos da Elevação de Angra do Heroísmo a Património Mundial 85 83
L o za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). I d em .
84
L o za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). I b i dem .
85
As s oc i aç ão
Re g i on a l
de
T ur is m o
dos
Aç o res
( 2 00 8) .
Ciclo
de
Co nf er ê nc i as d as C o me m or aç õ es d os 2 5 An os d e E l ev aç ã o de A ngr a a P atr i mó n i o Mun d i al . Ex t r a íd o a 17 de D e zem br o d o s ít i o d a As s oc i aç ã o
Ar t ur F il ip e do s San t os
93
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No
que
concerne
ao
debate
que
se
desenvolvem
nas
universidades e em núcleos de investigação já existem francos exemplos da importância que as inst ituições do ensino superior auferem ao património e à comunicação como motor de protecção e divulgação. O Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas (CEPTN), organismo pertencente ao Instituto Politécnico de Tomar, Leira, Portugal, O Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas promoveu em Abril de 2006 a organização de um curso de pós gradução
em
Comunicação
e
Património,
coordenado
pela
Professora Doutora Hália Costa Santos e que, de acordo com o site informativo do CEPTN, "visa promover as estratég ias de comunicação que envolvam o património, entendido no sentido vasto e actual (diversas formas de cultura, tradições, arquitectura contemporânea/tradicional,
ambiente).
Pretende -se
dotar
os
formandos de conhecimentos teóricos e de ferramentas práticas que lhes permitam exercer funções nessa área, nomeadamente através da produção, acompanhamento e avaliação de planos de comunicação/promoção
do
património
(utilizando
suportes
do
campo das novas tecnologias e do audiovisual)" 86 Com um plano curricular que a borda temáticas que vão desde o Património Cultural, passando pelas Políticas de Comunicação e Políticas
Culturais,
incluindo
temáticas
relacionadas
com
Comunicação Institucional e Divulgação do Património.
Re g io n a l
de
T ur is m o
dos
Aç ores ,
P ort u ga l :
ht tp :/ /p t. ar ta zo r es .c om /n ot ic i as / v er. p h p? i d =1 5 86
Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orres No v as , I ns t i tu to Po l i té c n ic o
de T om ar ( 2 0 06) . C u r s o d e P ós - G r ad u aç ã o e m C o m un ic aç ã o e P at ri m ó n i o . Ex t ra íd o a s ei s d e M a r ç o de 2 00 6 d o s í t io do I ns t it u to P o l it éc nic o d e T om ar: ht tp :/ / www. c ep to n .i p t. pt /d ef a u lt .as p ?s =3 & t = 1 &i = 3
Ar t ur F il ip e do s San t os
94
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Abaixo se apresenta o plano curricular deste curs o: 87
TABELA Nº1 – Plano Curricular do Curso de Pós -Graduação em Comunicação e Património 1º
2º
T RIM EST R E
T RIM EST R E
T RIM EST R E
Património
4º
3º
Mediat izaçã
T RIM EST R E
Metodologia
Produção
Cultural
o da Cultura e do
s das Ciências da
e Def esa
Património
Comunicação
do
Comunicação
Trabalho
Plano de
Conteúdos
Comunicação e
Comunicação
Pol. Culturais
Tecnologias/
Cultural
Laborat ório NT
o com Públicos
Espec íf icos
o Institucional e
/ Laboratór io de
Divulgação do
Audiovisuais
Plano de
Polít icas de
Comunicaçã
Projecto de
Marketing
Comunicaçã
Produção de
Novas
Audiovisuais
Património
Os
público -alvos
deste
curso
foram
com
Bacharelato
profissionais
das
seguintes áreas: “Candidatos
ou
Licenciatura
(pref erencialmente nas dif erentes áreas da Comunicação e do Marketing), Té cnicos de Turismo (nas suas dif erentes vert entes),
87
Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orres No v as , I ns t i tu to Po l i té c n ic o
de T om ar ( 20 0 6) . I d e m .
Ar t ur F il ip e do s San t os
95
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Técnicos de Aut arquias, Museus e outras inst ituições de carácter cultural, ambient al ou outros.” 88.
Em Janeiro de 2010 o Instituto Polit écnico de Torres Novas iniciou dois novos cursos de pós graduação rel acionados com o património e as novas tecnologias de inf ormação e comunicação, desta f eita
o
curso
de
pós
graduação
em
Sof tware
Livr e
Aplicado
ao
Património e o curso de pós -graduação em Património Cultural, ambos os cursos com seminár ios ligados à comunic ação, contacto com os média e f ormatos on -line de divulgação do património 89.
O Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), de Vila Nova de Gaia, Porto, Portugal, desenvolveu em 31 de Maio de 2007 o ciclo de conferências intitulado “II Jornadas I nternacionais de Turismo e Património”, encontro académico onde se abordar várias questões relacionadas com o património classificado, em que muitos oradores apontaram a importância da comunicação, sobretudo
nos
aspectos
da
cooperação
institucional
entre
organismos e a comunicação social como veículo de divulgação. Um
exemplo
também
da
estreita
colaboração
das
universidades com o património é o Fórum UNESCO “Universidade e Património”, um projecto on -line que nasce da parceria entre a UNESCO e a Universidad e Politécnica de Valência, Espanha: “Forum UNESCO - Universidad y Patrimonio (FUUP) es un proyecto de la UNESCO para la r ealización de act ividades para la protección y salvaguarda del patrimonio cultur al, a través de una
88
Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic o s de T orrr es No v as , I ns ti t ut o P ol i t éc n ic o
de T om ar ( 20 0 6) . I d e m , Ib id em . 89
Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orrr es No v as , I ns ti t ut o P ol i t éc n ic o
de T om ar ( 2 0 09 ) . C ur s os de Pós - G r ad u aç ã o e Es pec i a l i zaç ã o . E x tra íd o a 2 2 de
J an e ir o
do
s íti o
do
I ns t it u to
Po l i téc n ic o
de
T om ar:
ht tp :/ /p or ta l . ip t. pt / por t a l/ por t al /c urs os / pos G r ad u ac a o
Ar t ur F il ip e do s San t os
96
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
red inf ormal de instituciones de e ducación superior. FUUP está bajo la responsabilidad común del Centro de Patrimonio Mundial de la
UNESCO
España.”
Para
y
la
Universidad
Polit écnica
de
Valencia
(UPV)
90
além
de
toda
a
organização
de
iniciativas
de
salvaguarda e protecção do património e de dinamização de seminários académicos esta iniciativa publica todos os meses um boletim
informativo
sobre
o
património,
com
uma
rubrica
exclusivamente dedicada ao Património Mundial. Actualmente
a
mais
antiga
universidade
portuguesa,
a
Universidade de Coimb ra, fundada a um de Março de 1290 pelo rei D. Dinis, encontra -se em processo de candidatura ao título de Património Mundial juntamente com a zona alta da cidade de Coimbra, procurando obter, à semelhança de outras prestigiadas universidades europeias (como a Universidade de Santiago de Compostela ou a Universidade de Sorbonne, Paris, entre outras) a mais prestigiada classificação que um bem tangível pode obter a nível internacional, na esperança de obter proveitos de ordem cultural, social e económica: “O Interesse mediático da candidatur a
Escrevia o Jornal de Not ícias a 22 de Janeiro de 208 que "A candidat ura da Coimbra universit ária a Património da Hum anidade é ambiciosa e só assim terá sucesso, per ante os apertados critérios da UNESCO. A Câmar a Municipa l de Coimbra está com a Universidade desde a primeira hora no sent ido de se chegar ao desejado estatuto de protecção, pois importa "recuperar o tecido medieval urbano da Alta e Baixa da cidade". Poderá ser mesmo 90
Un i v er s id a d e
Po l it éc n ic a
de
V a l ênc i a
(2 01 0) .
F óru m
U NE S CO
un iv ers i da dy pa tr im o n i o. n et . Ex tr a íd o a 1 5 d e Fe v er e iro d o s í ti o d o F ór um UN E SC O : h tt p: // u n i ver s i da d yp a tr im on io . ne t/ e s p/ i nd e x .h tm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
97
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
uma candidatura já ambiciosa, mas será j usta tendo em vista t odo o património
q ue
existe
em
Coimbra?
Olhando para outras cidades universitárias como Évora ou Santiago de
Compostela,
ambas
classif icadas
como
Património
da
Humanidade, são ambas cidades que, tal como Coimbra, têm Universidades com sécu los de histór ia m as que estão inscr itas pela globalidade Coimbra,
cidade
do com
seu histór ia
centro desde
a
época
histór ico. romana,
com
monumentos como o criptopórt ico romano ou o Mosteiro de Santa Clara a Velha, cidade local de cortes medievais, com f igu ras emblemát icas como Luís de Camões e I nês de Castro não dever ia aspirar a algo ainda mais ambicioso, que envolvesse de f orma mais directa a cidade? Para a (econom ia da) cidade este é um t ítulo há muit o esperado, que potencia um aumento do conhecimento da marca “Coimbr a” principalmente no estrangeiro. O mercado de turismo tem-se situado, segundo o Inst ituto Nacional de Estat íst ica, num número a rondar as 220 mil dormidas anuais no concelho de Coimbra, sem se ter verif icado uma melhoria muito signif icativa no per íodo de 1998 (223.219) a 2006 (232. 629), mesmo com o evento mediát ico que f oi o Euro 2004. Perant e este cenár io e olhando novament e para o exemplo de Évora, Coimbra poderá estar a perspect ivar para si própria o cresciment o que a cidade alentejana tem evidenciado desde 1986, altura em que f oi classif icada pela Unesco, um crescim ento relevante na ár ea do tur ismo patrimonial, inclusive com o sur gimento de unidades hoteleiras de luxo nessa cidade, uma vez q ue Coimbra, sendo uma cidade maior e com maior número de t uristas, não possui qualquer est abelecimento hoteleir o
de
5
estrelas.
Por outro lado, a classif icação da Universidade através da Unesco poderá recolocar Coimbra enquanto capital simbólica do ensino universitário em Por tugal, capitalidade que perde u com a abertura de universidades em diversas cidades, como por exemplo Aveiro, Braga, Covilhã ou Faro e o f acto de em Coimbra, em ter mos de imagem
exter ior,
Ar t ur F il ip e do s San t os
se
conf undir
f requentement e
cidade
com
98
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
universidade, f aria esta candidatur a f uncionar como pr ocess o de recuperação da identidade local f uncionando novamente a imagem da Universidade enquanto ícone de Coimbra em Portugal e no mundo. Este tipo
de acções que tentam
cr iar
uma relação de
identidade entre as grandes inter venções na cidade e os habitantes são visíveis tam bém através da toponím ica utilizada nas mais recentes pontes da cidade, a Pont e Rainha Santa Isabel e a Ponte Pedro e Inês, ambas representativas de f iguras com as quais a cidade se ident if ica (a Rainha Santa é, para 22, 2% dos inq uir idos pesso a que representa Coimbra e I nês de Castro é -o par a 8,6% dos inquir idos), tudo isto publicitado através de outdoors como na ponte pedonal em que atr avés de f otograf ias antigas de Coimbr a e suas travessias se tentava associar a pont e a algo que pertence a Coimbra e à sua população. É talvez desta f orma que se pretende que a candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial f uncione para a cidade, tentando -se que, não sendo uma candidatura da cidade, se identif ique como tal, misturando a Universidade com a história da cidade
e
com
implementando
dif erentes ao
mesmo
zonas tempo
como
a
pr ogramas
Alta de
e
a
Baixa,
r equalif icação
urbana como a SRU e até mesmo envolvendo o project o do Metro Mondego bem como a candidatura de património imater ial que se conf unde entre tradições académ icas e t radições populares.”
91
Assim se procura demonstrar importância que os mais variados organismos institucionais internacionais e nacionais imputam ao património classificado, atribuindo à comunicação uma cota parte
91
da respo nsabilidade no que concerne à
Fór um Por t u gu ês de Ar qu i tec t ura e Ur b an i s m o (200 9) . C an d i da t ura d a
Un iv ers id a de d e C oi m br a a Pa tr im ó n io Mu n d ia l . Ex tr a íd o a 14 d e J a ne ir o d e 20 1 0
do
s í ti o
do
Fór um
Po rt ug u ês
de
Arq u i tec tur a
e
Ur ba n is m o:
ht tp :/ / www. s k ys c r ap er c it y. c om /s ho wt hr ea d. p hp ? t =8 5 23 3 6
Ar t ur F il ip e do s San t os
99
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
necessidade de classificação, preservação e divulgação do património classificado como bem universal.
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 0
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III. O Interesse dos mass media na divulgação do Património Mundial III.1 O Património Mundial nos jornais, nas rádios e nas televisões Foi sobretudo o largo crescimento da indústria do turismo cultural, nos anos 90, que despertou os principais órgãos de comunicação social (jornais, rádios, televisões) para a temática do património. Para se compreender a acção dos média no c ontexto do património há que objectivamente compreender a noção do que é o turismo cultural, a sua definição e importância no ponto de vista sócio-económico da actualidade. De acordo com o Ministério de Turismo brasileiro, o seu documento de orientações bá sicas define turismo cultural como: “Turismo
Cultural
compreende
as
actividades
tur ísticas
relacionadas à vivência do conjunt o de elementos signif icat ivos do património histór ico e cultural e dos eventos culturais, valor izando os bens matér ias e imateriai s da cultur a” 92
A Revista de cultura Pensar Iberoamérica , publicada pela Organização
dos
Estados
Iberoamericanos
apresenta
uma
definição de Turismo Cultural em conjunto com a definição de turismo oficializada em 1994 pela Organização Mundial do Turismo e as diferenças do turismo cultural em relação aos meios de comunicação como meio difusor do património cultural:
92
M i nis t ér io d o T ur is m o do Bras i l ( 2 00 6) . T u ris mo C u lt ur a l, O ri e nt aç õ es
B ás ic as . Br as í l i a: M i n i s tér i o d o Br as i l, p . 1 2.
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
“Si aceptam os com o Turismo la def inición de la O MT de 1994, “el conjunt o de actividades que reali zan las per sonas durante sus viajes a lugares d istint os de su contexto habitual, por un período infer ior a un año, con propósitos de ocio, negocios y otros motivos “ nos damos cuent a de su inmensa amplit ud y, por tanto, de las enor mes potencialidades que implica. Al mismo tiempo, parece obvio que la Cu ltur a, en sentido amplio, es un pilar trascendental de la actividad tur ística, sobre todo si vamos más allá de la concepción turismo/ocio/banalización y nos acercamos más al origen del tur ismo, la curiosidad, la necesidad de descubrir y saber (Cur iosidad e n Movim iento. Bertran M. Gordon). En la exploración de las virtualidades del turism o hay una perspect iva, gener almente poco considerada, por la visión t ópica de actividad extract iva, y que tiene mucha trascendencia en la relación con la cultura, y que trat a del turismo como instrumento, como medio de dif usión, que, a dif erencia de los medios de comunicación habituales acerca el público a la not icia ( cultural, social, etc.) en lugar de llevar la noticia al público. Estamos pues ante dos conceptos amplios, d if ícilmente acotables, y con múlt iples posibilidades de interacción. Es, por tanto, dif ícil aceptar una def inición de tur ismo cultural muy precisa que, en todo caso, limitar ía muchas de las posibilidades de interacción. La opción, posiblemente, pasa por co nsider ar la perspect iva desde la amplitud en lug ar de intentar delimitar aspectos muy específ icos. 93
Esta mesma publicação refere o turismo na sua generalidade e o turismo cultural em particular como um fenómeno, uma
93
Re v is ta
Mor a gu es C or t a d a, Dam iá n ( 20 0 6). E l D i ál o go T ur is mo y C u l tur a . de
Cu l tu r a
da
O r g an i za ç ão
d os
Es t a dos
Ib er o - Am eric an o s ,
de
pu b l ic aç ã o o n - li n e. Ex tr a íd o a 25 d e J a n e ir o d e 20 1 0 d o s ít i o d a Re v is t a d e Cu l tur a
da
O r ga n i za ç ã o
d os
Es ta d os
Ib er o - Am eric an os :
ht tp :/ / www. o e i .es /p e ns ar ib er oam er ic a/r ic 08 a 02 . htm
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
indústria de massas relativamente recen te e intrinsecamente ligado às demais indústrias culturais: “El llamado fenómeno tur íst ico es relat ivamente reciente en la f orma en que hoy lo conocemos. Sus antecedentes, viajeros románticos y explor adores, tendr ían un mayor componente cultural - aunque probablemente muy elit ista - que el del turismo de hoy en día. Aún así cabr ía preguntarse si lo que llamamos hoy cult ura es lo mismo que lo que se entendía en la época de los primeros viajeros a los que aludo. En todo caso nuestra época está m arcada por
la
preem inencia
creadores
de
unos
modelos
de paraí sos prefabr icados en
tur ísticos
los
que
un
extractivos, bar niz
de
exotism o cultur al f orma parte de los componentes de la of erta. No hablamos pues de cultura sino de subproductos aparent emente culturales insert os en una amalgama de exper iencias fascinantes . Y cuando
hablamos
de
exper iencias
fascinantes,
calif icativos
que,
subproductos, etc. no
f recuentemente,
nos se
paraísos
prefabricados,
alejamos
mucho
de
los
suelen
utilizar
en
la
consideración de m uchos consu mos culturales ( TV, cine, música, lit eratura, etc.) de carácter masivo en nuestra sociedad. Hay pues una industria tur íst ica que proporciona carna za a las masas y, también, industrias en el ámbito cultural que hacen algo parecido” 94
O turismo cultural sub divide-se em duas áreas de interesse: o património material, caracterizado pelos monumentos locais ou nacionais, pelo artesanato, bem como os bens naturais, e o património imaterial, isto é tudo o que se relaciona com a cultura ancestral como a língua, tra dições centenárias, a música, a gastronomia, tudo o que representa a identidade cultural de uma comunidade ou país. O Ministério da Cultura do Brasil, país que detém nove cidades cujos centros históricos se encontram classificados como 94
M or ag u es Co r t ad a , D am iá n ( 2 00 6) . Id em .
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Património Mundia l, apresenta a seguinte definição de património material: “O
Patrimônio
Mat erial
protegido
pelo
IPHAN
(Instituto
de
Património Histórico e Art ístico Nacional), com base em legislações específ icas é composto por um conjunto de bens culturais classif icados segundo sua natur eza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisag íst ico e etnográf ico; histór ico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis (como os núcleos urbanos, sít ios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais ); e bens móveis (como coleções
arqueológicas,
bibliográf icos,
acer vos
arquivíst icos,
museológicos,
videográf icos,
documentais,
f otográf icos
e
95
cinematográf icos)” .
A Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, datada de 17 de Outubro de 2003 define, no artigo 2, o património imaterial: “Para ef eitos da presente Convenção, 1. Entende-se por “ património cultur al imaterial” as práticas, represent ações, expressões, conhecimentos e competências – bem como os instrument os, objectos, artef actos e espaços culturais que lhes
estão
associados
–
que
as
comunidades,
grupos
e,
eventualmente, indivíduos reconhecem como f azendo parte do seu património cultural. Este património cult ural imater ial, transmitido de
geração
em
geração,
é
constante mente
recr iado
pelas
comunidades e grupos em f unção do seu meio envolvent e, da sua interacção com a natureza e da sua histór ia, e conf ere -lhes um sentido de identidade e de cont inuidade, contribuindo assim para
95
M in is tér i o da C ul t ur a d o Br a s i l (2 0 10) . Pr i nc i p a is C o nc e i tos s obr e
P atr i mó n i o C u lt ur al . E x tr a íd o a 1 2 d e F e ve r e iro de 2 01 0 do s ít i o do M in is t éri o da
C u lt ur a
do
Br as i l:
ht tp :/ / www. br as i lc u l tur a .c om . br/ p atr im on i o -
c u lt ura l / pr i nc i pa is - c o n c e it os - s o br e- pa tr im on i o - c u l tu ra l /
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
promover o respeito da diversidade cultur al e a cr iat ividade humana (…). 2. O “património cultural imaterial” tal como é def inido no parágraf o
I
supra,
manif esta -se
nomeadamente
nos
seguintes
dom ínios: (a) tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultur al imaterial; (b) artes do espectáculo; (c) práticas sociais, rituais e actos f estivos; (d) conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo; (e) técnicas artesanais tradicionais.” 96
Compreendendo objecto
cimeiro
do
agora
a
cha mado
noção turismo
de
património
cultural,
é
cultural,
necessário
apresentar a razão da importância desta indústria recente e a sua relação com os media. De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), agência especializada das Nações Unidas a contribuição desta indústria para o Produto Interno Bruto mundial foi, em 2008, de 9,3 por cento 97. O Ministério do Turismo brasileiro, juntamente com o Instituto da Qualidade e Produtividade, apresenta no seu sítio on -line um estudo datado de 2008, com dados disponibilizados pelo Con selho Mundial de Viagens e Turismo:
96
UN E SC O
( 2 0 03) .
Co nv enç ã o
p ar a
a
S alv a g uar d a
do
P atr i mó n i o
Cu l tur a l I ma te r i a l . Pa r is : U N E SCO 97
R ut e, A n a ( 2 00 9) . C on tr ib u iç ão d o Tur is m o par a o P I B des c e q ua tr o
por c en to em 2 0 09 . E x tr a íd o a 1 0 d e F e v er e iro d o s ít i o d o J or na l O Pú b l ic o: ht tp :/ /ec o n om ia. p ub l ic o.c l ix . p t/ no t ic ia .as px ? i d =1 4 11 7 58
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
“O turismo hoje representa a principal atividade econômica na
geração
de
aproximadamente
emprego 10%
e
do
renda,
PIB
com
mundial.
impacto
dir eto
de
Segundo
dados
do
Conselho Mundial de Viagens e Turismo (W TTC –2007), o setor empregou 230 milhões de pessoas em todo o mundo, o que signif ica 8,3% do t otal de empregos, e impactará 12% no PIB mundial
até 2017.
Especif icamente,
uma a cada 12 pessoas
trabalha direta ou indiretamente com turismo”. 98
E no âmbito da indústria do tu rismo, o turismo cultural é o sector desta actividade que mais cresceu ao longo dos anos 90, continuando em contínuo ascendente na primeira década do séc. XXI. O jornal El País publicou em Novembro de 2006 uma reportagem relativamente extensa sobre a impor tância que a cultura nas suas mais variadas vertentes, incluindo obviamente o sector
do
turismo
cultural
e
não
deixando
de
destacar
a
importância que o património adquiriu no seio dos países que compunham a União Europeia na altura: “La cult ura deja de s er f lorero Los ministros de Cultura de la Unión Europea se reúnen hoy y mañana en Bruselas en busca de una mayor potenciación del valor económico del sector cultural y creativo. La Com isión Europea quiere que la cult ura se convierta en uno de los pilares d e la Agenda de Lisboa, junto con el económico, el social y el medioambiental, para convert ir la Europa de 2010 en la zona más competitiva del mundo. El Consejo de Ministr os de Educación, Juventud y Cultura de la UE, que se celebr ará en
98
Ins t it ut o da Q u a l id a de e d a Pro d ut i v i da d e d o Br as i l e M i n is t é ri o d o
T uris m o d o Br as i l ( 2 0 08) . O Merc a do do T u ris mo . Ex tra í do a 1 2 d e No v em bro do
s í ti o
do
I n s ti t ut o
da
Q u a l i da d e
e
da
Pr od u ti v i d ad e:
ht tp :/ / www. i b q p. or g. br /t ur is m o10 0 /? p ag =m er c ad o .
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Bruselas hoy y mañan a, analizará un estudio sobre el sector cultural y cr eativo, que representa entre el 3% y el 6% del pr oducto inter ior bruto ( PIB), con su inf luencia en el desarrollo económico y social,
el
empleo,
las
tecnolog ías
de
la
inf ormación
y
la
comunicación y el tu rismo cultural (…). El sector cultural y creativo f acturó más de 654.000 millones de euros en 2003, m ientras que la industria automovilística alcanzó los 271.000 millones en 2001 y las empresas de las tecnologías de la inf ormación y la comunicación (TIC), 541.000 millones en 2003. El sector contribuyó en un 2,6% al PIB de la Unión Europea en 2003; en el m ismo año las actividades inmobiliarias contribuyeron en un 2,1% y el sect or de la alimentación y bebidas, en un 1,9%. El estudio señala que ha tenido que e laborar def iniciones concretas, instrumentos estadísticos y recogida de datos ante la ausencia de estadísticas adecuadas y de sus cont enidos. Han entrado en los datos
de
Eurostat
y
en
la
base
Amadeus,
con
inf ormación
f inanciera sobre ocho millones de empre sas públicas y pr ivadas de 38 países europeos. Para situar el sector cultural en Europa, el estudio ha tenido en cuenta las industrias tradicionales (cine, música, libros), pero incluye los medios de comunicación (pr ensa, radio, televisión), los sectores creat ivos ( moda, diseño, arquit ectura), el tur ismo cultural, las artes escénicas y visuales y el pat rimonio cultur al. Añade el impacto del sector en el tur ismo cultural y en las TIC y analiza los vínculos entre cultura, creatividad e innovación. En la evalu ación f igura el sector cult ural, con los sector es no industr iales, bienes y ser vicios de consumo en el acto (el cam po de las artes y pat rimonio cultural) y los industriales, los bienes culturales dest inados a su reproducción, dif usión y exportación ( libr o, cine, vídeo, música). En el sector creat ivo se incluyen act ividades como el diseño, la arquitectura y la publicidad.” 99
99
S am an ie g o, Fer n an d o ( 20 0 6, N o vem bro 1 3). E l P aís . La C u lt ur a dej a
de s er F lor er o.
Ex t r aí d o a 1 7 d e J a n e i ro d o s ít i o d o J o rn a l E l Pa ís :
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Esta reportagem apresenta ainda números relacionados com o emprego que as actividades relacionadas com a cultura . O mesmo periódico pub licou em Fevereiro de 2010 uma notícia que atestava a importância do turismo cultural para o produto interno bruto desta feita da região autónoma da Galiza: “El tur ismo cultural sumó el 2,5% del PIB en 2008 El tur ismo cultural movió en Galicia 1. 424 millo nes de euros en 2008 -el 2, 5% del PIB de la comunidad - según indica un inf orme del Obser vatorio da Cultura Galega, que también señala q ue más de un millón de per sonas visitaron Galicia por este motivo, 50.000 más que en 2007. Los visitant es, españoles y ex tranjeros casi al 50%, se gastaron una media de 110 euros al día. Estos datos sitúan el impacto económico del tur ismo cultural al mismo nivel que la industria metalúrgica y la eléctrica y por encima del sector pesquero y alimentar io.” 100
O Jornal El Mundo publicou em 2008 uma reportagem com o presidente da Junta de Castilla y León a apresentar o turismo como uma clara aposta económica para a região: “ El Museo Minero de Sabero ref uerza la apuesta autonómica por el tur ismo cultur al. Juan Vicente Herr era af irm a que representa el 10% de la econom ía regional.
ht tp :/ / www. e l p a is .c om /ar t ic u lo /c ul t ura /c u l tu ra /d ej a /s er/f l or er o/ e lp p o rc u l/ 20 0 6 1 11 3 e lp e pic u l _2 /T es 100
E l tu r is m o c u lt ur al s u m ó el 2 ,5 % de l P I B en 2 00 8 ( 2 01 0 , F e ver e ir o 9).
E l P aís . Ex t r a íd o a 21 d e Fe v er e iro de 20 1 0 do s í t io d o J or na l El Pa ís : ht tp :/ / www. e l p a is .c om /ar t ic u lo /G a lic i a/ t uris m o/c u lt ur a l/s um o/2 5/ P I B /2 0 08 /e l p e p ia ut g a l/ 20 1 0 02 0 9e l pg a l_ 1 1/T es
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
El presidente avanza que llevará al Par lamento un proyect o de Ley de Museos El Museo de la Siderurgia y de la Miner ía de Cast illa y León de Sabero (León) amplía desde la red museíst ica de la comunidad, clave en el crecim iento del sector tur íst ico, que ya supone más del 10% de su econom ía. Así lo ha destacado el presidente de la Junta, Juan Vicent e Herrera, quien ha asist ido al acto de apertur a of icial de este Museo, cuya puesta en marcha ha requerido un plaz o de más de una década y una inver sión super ior a los doce millones de euros, f inanciados en gran medida con cargo al Plan del Carbón. Herrera ha destacado, en su discurso, el notable "ref uerzo" que la inauguración de este centro supone para la red de grandes museos de Cast illa y León, conf ormada por el Etnográf ico de Zamora, el de Arte Contemporáneo de León y, próximamente, por el de la Evolución Hum ana, con sede en Burgos. A juicio del presidente de la Junta, "esta lista emblemát ica, singular y de mucha c alidad const ituye un element o f undamental en la atracción de tur ismo cultural, de int erior, basado en nuestras propias raíces, que está dando unos espléndidos resultados". Herrera ha apoyado esta ref lexión en el hecho de que, en los últ imos tiem pos, Castil la y León ha registrado una af luencia media anual pr óxima a los siete m illones de visitantes, lo que ha permitido que el sect or tur ístico concentre, a día de hoy, algo más de un 10% de su act ividad económica.” 101
O Jornal Le Monde, de França, país que tem c erca de trinta bens culturais (entre centros históricos, igrejas, castelos 101 El M us e o M i n er o d e Sa b ero r ef u er za l a a pu es ta au to n óm ic a po r el tur is m o c u lt ur a l ( 2 0 08 , J u lh o 3) E l Mu n do . Ex t ra íd o a 2 5 d e J a n e iro de 2 01 0 do
s ít i o
do
J orn a l
El
Mu n do :
http://www.elmundo.es/elmundo/2008/07/02/castillayleon/12150163 96.html
Ar t ur F il ip e do s San t os
10 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
e
outros
monumentos
Património
Mundial,
históricos)
publicou
inscritos
um
texto
na que
Lista
do
refere
a
importância sectorial do turismo cultural desta feita no Egipto: “ Le tourisme, un secteur clé de l'économie Le ministre du tour isme égypt ien, Zoheir Garranah, espère que l'attentat, perpétré dans un quartier qui symbolise « le Caire histor ique », n'aura pas de conséquence négative sur le t ourisme. C'est peu probable tant le secte ur est sensible aux r emous de l'actualité. Avec 13 millions de visiteurs en 2008, le tourisme a rapporté 11 milliar ds de dollars au cours de l'année f iscale 2008 (11 % du PNB), et emploie 13 % de la population active. En 2008, les Russes ont été les pr emie rs visiteur s en Egypte (1, 8 million) suivis par les Allemands.” 102
Em
Outubro
de
2008
o
Jornal
de
Notícias,
periódico
português com maior número de tiragens (em média 133 mil exemplares, de acordo com a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Ci rculação -APCT 103) publicou um texto onde aborda a importância económica do turismo cultural, sobretudo o que visa o património classificado como Património Mundial, num país que detém oito bens culturais classificados pela UNESCO:
102
a
Le Tourisme, un Secteur clé de l'Économie (2009,Fevereiro 24). Le Monde. Extraído
16
de
Janeiro
de
2010
do
sítio
do
Jornal
Le
Monde:
http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1071715,0.html 103
As s oc iaç ã o P or t u gu es a p ar a o C o ntr o l o de T ira g em e C irc u la ç ão
(20 0 8) A n á lis e Si m p l es d as Tir a ge ns d o s Pri nc i pa is J o rn a is e Rev is t as P ort u gu es as e m 2 0 0 8 . Ex tr aí do a 1 7 de De zem bro d e 20 0 9 d o s í t io d a As s oc i aç ã o
P or t ug u e s a
pa r a
o
C o ntr o l o
de
T ir ag em
e
Circ u l aç ã o :
ht tp :/ / www. a pc t. pt / an a l is es im p les _ 00 .as px ?p ub l ic ac a os egm e nt o id = 2 &s e gs e lec i on a do = 1 3
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
“Especialistas nacionais e int ernacionais debatem papel do património cultur al na promoção tur íst ica. A importância do património cult ural na promoção tur íst ica vai estar a partir de hoje em debat e, durante um seminár io internacional que irá reunir vár ios especialistas dos dois sec tores, autarcas, histor iadores, arquitectos e associações de agências de viagens, entre outros. Um dos projectos que será apresentado hoje no "Touring and Herit age/Turismo e Património", que irá decorrer até sábado em Tomar, é o Roteiro Tur ístico do Patrim ónio Mundial, que estará disponível ao público "antes do f inal do ano", revelou à Lusa Luis Patrão, presidente do Turismo de Portugal, ent idade que organiza o seminário. Este Roteiro está integrado na promoção de it inerários na região
dos
most eiros
classif icados
como
Património
da
Humanidade, de Alcobaça, Batalha e Tomar. O 'touring' cultural e paisag íst ico já é o segundo produto mais procurado pelos turistas estrangeiros que vêm a Portugal, mas pode atrair mais visitantes, estando prevista a realização de programas de valor ização de circuitos tur ísticos, salientou Luis Patrão. Visando
concret izar
a
aposta
no
' touring'
cultural
e
paisag íst ico, Luís Patrão af irmou que será apresentado, no âmbito do
QREN
"conjunto
(Quadro de
de
pr ogramas
Ref erência de
Estratégico
natureza
cultural
Nacional), e
um
tur ística",
nomeadamente par a valorização do património existent e e de circuitos tur ísticos. Luís Patrão salient a que as estimativas existent es apontam para que "cerca de um quarto [25 por cento] dos turistas que vêm a Portugal" são atraídos pela vertente cultural, mas espera poder trazer mais visitant es para apreciar os monumentos, cult ura e tradições nacionais.” 104
104
Es p ec i a lis t as nac i on a is e i nt er nac i on a is d e ba t em pa pe l d o pa tr im ón i o
c u lt ura l na pr om oç ão tur ís t ic a ( 2 00 8, S et em bro 3 0) . J or na l d e N ot íc i as .
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
A partir do momento que o turismo é, nos dias de hoje, uma industria cada vez mais importante para o Prod uto Interno Bruto mundial,
em
que
o
turismo
cultural
se
encontra
em
franco
desenvolvimento e que o Património Mundial é uma das faces mais visíveis
deste
último
sector,
naturalmente
que
os
agentes
económicos não podiam deixar de estar atentos, o poder polí tico não fica indiferente, veja -se os seguintes exemplos, retirados de dois dos mais representantes periódicos lusos. O primeiro exemplo provém do Jornal de Notícias: “Cabo Verde: Primeiro -ministro escreve a vários países par a apoiarem candidatur a da Cida de Velha a Património Mundial O primeiro-ministro cabo- ver diano escr eveu cartas a vár ios chef es de Est ado e de Governo a pedir apoio para a candidatura da Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade, decisão que a UNESCO anunciar á segunda ou terça -f eira em Sevilha (Espanha). Numa nota de impr ensa, o gabinete do primeir o -ministro de Cabo Ver de dá conta de que José Mar ia Neves enviou cartas aos presidentes de Cuba, Peru, Estados Unidos, Brasil e Nigéria e aos primeiros-ministros
de
China,
Marr ocos,
Madagá scar,
Israel,
Quénia, Suécia, Barbados, Espanha, Canada, Maur ícias, Egipto, Jordânia, Tunísia e Bahrein, países que a partir de segunda -f eira decidem sobre a candidatura da Cidade Velha, 15 quilóm etros a oeste da Cidade da Praia. Há alguns meses, José Mari a Neves escrever a também missivas aos primeiros -ministros de Portugal, Senegal, França e Luxemburgo a pedir também apoio à candidatura daquela que f oi a
Ex t ra íd o
a
13
de
J an e ir o
de
2 0 10
do
s í t io
do
J or na l
de
N ot íc ias :
ht tp :/ /j n .s ap o. p t/ pa g i n a in ic i al / in t er ior . as px ?c on t en t_ i d = 10 3 65 4 2
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
primeira cidade port uguesa a ser erigida em território af ricano em pleno século XVI.” 105
O segundo exemp lo, publicado no diário O Público: “Governo vai apoiar ref ormulação da candidatura de Mar vão a Património Mundial “Temos condições de manobr a par a ref ormular a candidatura de Mar vão a Patrim ónio da Humanidade e o ministér io da Cultura está disposto a est a r ao lado da comissão [de candidatur a] e da Câmara Municipal de Mar vão nest e processo”, assegurou. O anúncio of icial da retir ada da candidatura de Mar vão a Património da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cult u ra) f oi f eito hoje, naquela vila do Norte Alentej ano, no f inal de uma reunião com a ministra da Cultura. Mar vão decidiu ret irar
a candidatura
para evitar
a sua
anulação, depois de o ICO MO S (Conselho Mundial de Monumentos e Sít ios), um órgão consultivo da U NESCO que propõe os bens para a classif icação de Património Cultural da Humanidade, ter dado parecer negativo. “Estão em estudo vár ias hipóteses e poderemos avançar, quando ainda não sabemos, se o Gover no português e a UNESCO mostrarem que vale a pena cont inuar a tr abalhar”, af irmou. Em
declarações aos jornalistas,
no
f inal de reunião,
a
ministra da Cultura def endeu que, agora, “o que importa é apoiar cientif icamente
essa
ref ormulação,
nomeadamente
no
q ue
diz
respeito à singularidade desta f ortif icação no q uadro europeu, não apenas peninsular”.
105
Ca bo V er d e : Pr im ei r o - m inis tro es c r e ve a v á ri os p aís es p ar a a p oi a rem
c an d i da tu r a d a Ci d a de V e lh a a P atr im ón i o M un d i al (2 0 0 9, M a io 2 0 ). J orn a l de No tíc i as . Ex tr aí d o a 1 8 d e Fe v er eir o d e 2 0 10 do s í t io do J o rn a l de N o tíc i as : ht tp :/ /j n .s ap o. p t/ P ag i n aI n ic ia l /I nt er i or. as px ? c on t en t_ i d = 12 6 80 6 9
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
“A com issão mostrou vontade em repensar a candidatur a, pois
Mar vão
apr esenta -se
como
um
caso
de
particular
singularidade no que diz respeito ao tipo de f ortif icações na península
Ibérica.
Parece -nos
que
existem
condiç ões
para
ref ormular a candidatura”, f risou. O “caminho a seguir” neste processo, segundo Isabel Pires de Lima, passa, “não pela pr essão”, mas antes “pelo estudo e nova apresentação da candidat ura de Mar vão”. 106
A partir do momento em que o poder económico e o poder
político
interessam -se
pelas
questões
do
turismo
cultural e pelo Património Mundial (muitas vezes usado com foco de pressão, de lobby político -económico) e sobretudo porque a opinião pública procura “beber” dos bens culturais classificados,
então
a
comunicação
social,
mais
concretamente os jornais, as rádios e os canais de televisão vêem no interesse pelo património mundial uma oportunidade de
negócio,
de
atingir novos públicos,
novos nichos de
mercado, consolidar audiências em franjas mais intelec tuais da sociedade e também construir uma imagem filantrópica, de causa social pela defesa do património cultural universal. Os exemplos nos variados meios de comunicação são muitos
e
variados,
ora
publicados,
ora
em
áudio
ou
televisionado e na maior parte das vezes também disponíveis nos sítios dos meios de comunicação na Internet. No que concerne a Portugal, os média lusitanos têm demonstrado, sobretudo ao longo da última década do século passado, período que culminou com a classificação da maior parte dos bens que Portugal detém na Lista do Património 106
Lus a ( 20 0 6, Ma i o 13) . “G o ver n o va i ap o ia r ref orm u laç ã o d a c an d i da tu r a d e Ma r vã o a Pa tr im ón io M u nd i a l. O Pú b l ic o . Ex tr a í do a 1 9 de Fe v ere ir o de 2 01 0 do s í t io do j or n al O Pú b l ic o : ht tp :/ / www. p u b l ic o .p t/ Cu l tur a/ g o v ern o - v a i- a po i ar - r ef orm ul ac ao - d a c an d i da tu r a - d e- m ar v a o - a - p atr im on i o - m un d ia l- 12 6 08 1 4 Ar t ur F il ip e do s San t os
11 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Mundial, mas também durante a primeira década do séc. XXI, um interesse muito particular pelo Património Mundial. Desde reportagens que reportam a factos da actualidade que se referem a candidaturas, a datas comemorativas ou a esforços de conservação de um bem classificado ou mesmo do título atribuido, como são exemplos as reportagens que se seguem.
O
primeiro
exemplo
publicado
no
periódico
de
expressão nacional Diário de Notícias, reporta acerca da candidatura
do
centro
histórico
de
Chaves
a
Património
Mundial: “Chaves: Câmara investe 4,8 ME para levar o centro histór ico a património mundial. A Câmara de Chaves anunciou hoje a construção do Museu das Termas Romanas, inserido no proj ecto "Chaves Monumental" que prevê um investimento de 4,8 milhões de euros no centro histór ico dest a cidade que a autarquia quer elevar a Património Mundial da Humanidade. A Câmar a de Chaves apresentou no Ver ão do ano passado a candidat ura da cidade a Patr imónio Mundial da Hum anida de, pelo seu património cult ural e histórico, essencialmente legado pelos romanos que constr uíram a pont e e as termas descobertas em 2008. Apenas no ano passado f oi reconhecida a existência de um balneár io termal romano, em Chaves, descoberto no decorrer d e escavações arqueológicas realizadas no largo do Arrabalde.” 107
O exemplo seguinte, também publicado no Diário de Notícias (é o quarto jornal diário com mais tiragem e volume de vendas em 107
Lus a ( 2 0 09 , Ag os t o 1 1) . Ch a v es : C âm ara In v es t e 4 ,8 M E p ar a L e v ar o
Ce ntr o H is t ór ic o a P a tr im ó ni o M u nd i a l. D i ár i o de N ot íc ias . Ex tr aí do a 19 d e Fe v ere ir o
de
2 01 0
do
s ít i o
do
Di ár i o
de
No tíc i as :
ht tp :/ /d n .s a p o. pt / in ic i o /p or t u ga l / in t eri or .as px ?c o n te nt _ i d =1 3 32 0 15
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Portugal, logo a seguir ao Jornal de Notícias, ao jornal O Público e ao O Correio da Manhã ) aborda o receio de perda do título de Património da Humanidade por parte da histórica vila de Sintra: “Classif icação Património Mundial da Unesco não esteve em causa, af irma presidente da Câmara. O presidente da câmara de Sintra co nsiderou hoje que a eleição
da
Organização
vila das
como
organizadora
Cidades
da
Património
próxima
Mundial
cim eira
em
2011
da é
o
reconhecim ento de que a classif icação da UNESCO nunca esteve em causa. A vila de Sintra f oi eleita a 14 de Setembro, no X Con gresso Mundial da Organização das Cidades Patr imónio Mundial, em Quito, Equador, a anf itriã da cimeir a de 2011, vencendo a outra candidat a, a cidade de Varsóvia, Polónia. Segundo
o
pr esidente
da
Câmara
Fernando
Sear a,
a
atribuição de Sintra como organizado ra do XI Congresso Mundial da Organização das Cidades Património Mundial demonstra que não
existiu
o
risco
da
perca
da
classif icação
da
UNESCO
(Organização das Nações Unidas par a a Educação Ciência e Cultura), como o demonstrou a últ ima reunião deste com it é, em Sevilha. "A
questão
do
r isco
são
as
questões
internas
que
normalmente ocorrem em tempo eleit oral. A UNESCO diz q ue não há perigo de entrar na lista de risco", disse o autarca durant e uma conf erência de impr ensa onde f oram explicados os contor nos da eleição de Sintra como a próxima organizador a da cimeir a das Cidades Patr imónio Mundial. Segundo o autarca, Sintra esteve em r isco de entrar para a lista de risco em 2004, altura em que o município "f ez um a dura batalha diplomát ica para que isso não se conc retizasse". Para Fernando Seara, "esta vitór ia demonstra que todos os locais patr imónio mundial, incluindo a pr ópria organização q ue tem articulação dir ecta com a UNESCO, reconhece que Sintra é um local único". Ar t ur F il ip e do s San t os
11 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
"É uma vitór ia expr essiva. Em 60 países tivem os 50 votos f avoráveis e signif ica que há a consciência de que Sintra é um dos locais únicos do patr imónio universal, que há uma responsabilidade de gestão e que há uma atractividade do conjunto das cidades que são patr imónio mundial par a Sintra", adiantou o autarca à agência Lusa. Nuno Font e, responsável da autarquia que esteve present e na votação na cidade do Quito, adiantou que agora "cabe a Sintra convidar orador es e escolher os temas e os sub -temas" da próxima cimeira que se vai r ealizar em 2011, mas c uja data ainda não f oi escolhida. A Organização das Cidades Património Mundial é uma ONG sem f ins lucrat ivos, f undada em Fez ( Marrocos) em 1993, e integra 226 cidades e vilas de todo o mundo.” 108
O terceiro exemplo, publicado desta feita no jornal O Correio da Manhã, relata a candidatura do antigo campo de concentração português do Tarrafal a Património da Humanidade: “Campo
de
concentração
passar á
a
ser
" Museu
de
Resistência" Cabo Verde: Prisão do Tarraf al será Património Mundial em 2011 Cabo Verde est á a preparar os documentos necessár ios à candidat ura do cam po de concentração do Tarraf al, localizado a norte da ilha de Santiago, a património mundial da humanidade em 2011 ou 2012. A pr oposta partiu de José Mar ia Neves, o primeiro ministro cabo - verdiano, que, em Abril de 2009, revelou a sua
108
L us a ( 20 0 9, S e tem br o 21) . C las s if ic aç ã o P atr im ón i o M un d ia l d a
Un es c o nã o es t e ve em c aus a, af irm a pr es id e nt e d a Câm ar a. No tíc i as .
Ex tr a í d o
a
22
de
Fe v ere ir o
de
Di ári o d e 2 0 10 :
ht tp :/ /d n .s a p o. pt / in ic i o /p or t u ga l / in t eri or .as px ?c o n te nt _ i d =1 3 68 0 63 &s ec c a o = S u l
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
intenção de transf ormar o Tarraf al, um conhecido "campo de morte lenta" no per íodo do Estado Novo, num "Museu de Resistência". De acordo com Car los Car valho, presidente do Inst ituto de Investigação
e
Pat rimónio
Cultural
( IIPC)
de
Cabo
Verde,
a
document ação precisa, no entanto, de 'mais trabalho' par a que a 'candidatur a tenha
muita
substância',
prevendo -se
que
sejam
ef ectuadas obras de reabilitação no espaço do Tarraf al. Após a remodelação, a candidatura será enviada para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que emitirá um par ecer sobre est e projecto. Embora o desejo de transf ormar o Tarraf al num museu tenha já vár ios anos, o projecto f oi sucessivamente adiado por alegada f alta de verb as.” 109
O Jornal de Notícias, pelo facto de ter sido criado na cidade do Porto e deter uma forte implantação regionalista, sentimento comungado por todo o norte de Portugal, sendo a cidade do Porto apelidada mesmo de “a capital do norte” e cujo o centro histórico desta cidade ostenta orgulhosamente desde 1996 o título de Património Mundial, é um periódico com variados exemplos de reportagens relacionadas directamente com a temática do bem classificado: “Recomeçar a pensar o Porto a part ir do 11º Aniversário . Classif icação atribuída em 1996 pela UNESCO ao centro histór ico é o pretext o que leva um grupo de cidadãos anónimos a repensar a cidade como Patr imónio Mundial. A data é celebr ada na próxima terça -f eira, com ext enso programa de f estas.
109
G.
J
( 2 01 0 ,
Janeiro
7).
C ab o
V er de :
Pr is ão
do
T arr af a l
s er á
P atr im ón i o M u nd i a l e m 2011 . C orr e io d a Man h ã . Ex tra íd o a 2 2 d e Fe v er e ir o de
20 1 0
do
sítio
do
C orr ei o
da
M a nh ã:
ht tp :/ / www. c m j or n al .x l .p t/ n ot ic ia . as px ?c on te nt i d =9 0 D6 8 3C 7 - F 8 10- 47 C 5- B8 B 911 3 ED 1F F6 D AF &c ha n ne l i d =0 0 00 0 0 91 - 0 00 0- 00 0 0- 00 0 0- 0 0 00 0 00 0 0 09 1
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Seria o início de um novo ciclo para o Porto. Com o Centr o Hist órico da cidade classif icado pela UNESCO como Pat rimónio Mundial da Humanidade, em 1996, adivinhavam -se grandes voos: a econom ia crescer ia, f ruto de uma maior af luência tur ística; a of erta tur ística ganharia. Qu alidade aprendendo a potenciar a sua cultura; a cultura cívica aper f eiçoaria o urbanism o e tudo junto seria motor de desenvolvimento social capaz de pr omover a auto -est ima dos cidadãos
do
Porto
e
consequente
vivência
numa
cidade
ver dadeir amente viva e cosm opolit a. No entanto, 11 nos depois de adquir ido o t ítulo, a euf oria da classif icação parece remetida para as catacumbas do esquecimento.” 110
Um
outro
exemplo
apresentado,
também
no
Jornal
de
Notícias, destaca não só a cidade do Porto: “Rota do Porto Patr im ónio Mundial do Porto até Salamanca. Douro Vinhateiro, Guimarães e Vale do Côa vão juntar -se com as duas grandes urbes par a promover a região como um todo. As cidades do Port o e de Guimarães e as r egiões do Alto Douro Vinhateiro e do Vale do Côa vão lançar , dentro de dias, “as bases
de
uma
comemorações
rot a dos
do seis
Patr imónio anos
da
Mundial,
aproveit ando
classif icação
do
Douro,
as no
próximo dia 14, numa das iniciat ivas que terá lugar em Lamego”, adiantou ontem, ao JN, o chef e de proj ecto da Unidade de Missão do Dour o, Ricardo Magalhães. Ainda segundo aquele responsável, “o objectivo é estender logo de seguida a Rota do Patr imónio Mundial à cidade espanhola de Salamanca”, também ela alvo do galardão da UNESCO” 111.
110
Da S i l va , H e le n a T ei x e ira ( 2 00 7, N o vem br o 2 9). R ec om eç ar a P ens ar
o P ort o a p ar ti r do 11 º A n i v er s ár i o . J orn a l d e N ot íc ias , p. 3 1. 111
O s ór i o, Er m e l in d a ( 2 00 7 , D e zem br o, 5) . R ot a do Pa tr im ón io M u nd i a l
do Po rt o at é S a l am anc a. J or n a l d e No tíc i as , p. 3 2 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
11 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Mais um exemplo publicado pelo Jornal de Notícias, desta feita mais recente e que diz respeito à candidatura do centro histórico de Vila Viçosa: “Vila Viçosa Candidata a Património Mundial. A localidade alentej ana de Vila Viçosa ref orçou o processo de candidat ura a Património Mundial, pela UNES CO, com um document o ref ormulado de inclusão na Lista Indicativa dos Bens Portugueses a candidatar, disse ontem f onte do município. Licínio Lampr eia, histor iador e responsável dos ser viços culturais do município, adiantou que o " Documento de Inclusão de Vila Viçosa na List a Indicativa dos Bens Portugueses Candidatos a Património Mundial" f oi já entregue, ref ormulado, na Comissão Nacional da UNESCO. O responsável, que integra a Comissão de Candidatura de Vila Viçosa a Patrim ónio Mundial, f oi o coordenador do documento que o município já editou em livro. Vila
Viçosa
pretende
candidatar
o
conjunto
urbano
da
localidade, englobando o património arq uitectónico e art ístico e a sua envolvente ambiental e paisag íst ica, ao estatuto de Património Mundial, concedido pel a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultur a (UNESCO). A candidatura, cujo processo arrancou em Fever eiro de 2002, integra-se importante
na
categoria
património
de
património
histór ico,
cultural
monumental
localidade, conhecida por "vila museu".”
com e
base
cultur al
no da
112
Um jornal também com fortes raízes regionais é o periódico “La Vo z de Galicia ”, publicação diária acostumada a publicar várias
112
V il a V iç os a Ca n d id at a a P atr im ón i o M u nd i a l (2 0 08 , M a i o 2 7). J orn a l
de No tíc i as . Ex tr a í do a 1 8 d e F e ver e ir o de 2 01 0 d o s í t io d o J orn a l d e No tíc i as : h tt p :/ /j n .s a p o. pt / pa g in a i nic i a l/ i nt er i or. as px ?c o nt en t _i d = 9 51 5 67
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
reportagens sobre o Património Mundial, não só pelo facto da região autónoma galega ter
três bens inscritos na Lista do
Património Mundial (centro histórico de Santiago de Compostela, as muralhas romanas de Lugo e a Torre de Hércules em A Coruña), bem como ter ainda mais candidaturas a decorrer, como é o caso da candidatura do centro históri co de Ferrol. É com uma reportagem sobre esta última candidatura que se apresenta o seguinte exemplo: “Ferrol lider a el mapa de candidaturas a ciudad Patrimonio de la Humanidad Los expertos destacan que la pr opuesta del Arsenal y los castillos de la r ía « destaca por su singularidad». La ciudad recupera una arquitectura «de la que apenas quedan ejemplos» La candidatura f errolana a patrimonio mundial se dist ingue claramente de sus competidoras españolas, e incluso de la mayor ía de las propuestas que optan, d esde cualquier país, a la misma dist inción de la Unesco. Así lo af irma el arquitecto e hist oriador del arte José Ramón Soraluce Blond, que desde su condición de académ ico viene a ratif icar las af irmaciones de cuantos expertos subrayar on, a lo larg o de las últ imas sem anas, las posibilidades de las Fortalezas de la Ilustración. Soraluce sostiene que la candidatur a f errolana es, ante todo, «muy novedosa», ya que no propone ni espacios nat urales, ni tampoco estructura
«cascos
histór icos
def ensiva,
«perf ectamente
erigida
conser vada».
o
edif icios en
Un
el
religiosos»,
Siglo
conj unto
de
las
heredado
sino
una
Luces de
y
unas
circunstancias históricas «de las que apenas quedan ejemplos». Coincidiendo con las tesis de invest igadores como Villasant e y de ent idades como Ferrol Metrópoli, resalta, además, que la agilidad del proceso adm inistrativo seguido por la candidatura
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
f errolana
no
admite
comparación
con
otras
propuestas
españolas.” 113
O próximo exemplo também divulgado em “ La Voz de Galicia ” destaca a cooperação tran sfronteiriça entre municípios espanhóis e portugueses: “Seis Concellos de Galicia y Portugal f irman en Lugo su participación en Atlante. El proyecto da la UE se centra en la conser vación de cascos histór icos de ciudades reconocidas por la UNESCO. Particip an Évora, Oporto, Angra, Guim arães, Santiago y el lucense. Representantes de seis ayuntam ient os de Galicia y Portugal, y el secretario general del Eixo Atlánt ico f irmaron ayer en Lugo el convenio de colaboración del proyecto Atlante, int egrado en la iniciativa comunitar ia I nterreg III B,
para mejorar
los cascos
histór icos de las ciudades participantes, todas ellas declaradas o con monumentos que son patrimonio mundial de la UNESCO. Del país
vecino
cámaras
participaron
mun icipales
Guimaraes,
Évora
y
de
presidentes Oporto
Angra
do
o
(que
representantes es
Heroísmo,
el
de
las
coordinador),
además
de
un
represent ante del G obierno regional de las Azor es. El Ayuntamiento de Sant iago estuvo r epresentado por su primera teniente de alcalde y por el de Lugo f irmó el m andatar io, con la asistencia también de la pr imera tenient e de alcalde. En la pr imera r eunión, celebrada anteayer en Oporto, los represent antes de los organismos part icipantes acordaron acometer de f orma conjunta cuatro acciones piloto. Se trata de la crea ción de una of icina virtual de turismo; una lonja virtual mediante la que se of recerán productos de artesanía y servicios como hot eles y restaurantes de las cinco ciudades. Las restantes dos iniciat ivas 113
L o ur e ir o, R ám on ( 2 0 02 , S et em bro 2 4) . k e l Ma p a d e Ca n d id at u ras a
Ci u da d Pa tr im on io d e l a Hum an i d ad . L a V o z de G a lic i a , p. L 7.
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
que desarrollar án conjuntament e serán el estudio de s oluciones a los problemas del tr áf ico en los encuent ros histór icos y la cr eación de un plan contraincendios en esos entor nos.” 114
Também o jornal Faro de Vigo, um dos mais importantes jornais diários espanhóis, tem uma extensa colecção de artigos publicados
sobre
o
Património
Mundial.
Consultando
a
rica
hemeroteca desta jornal se encontra os seguintes exemplos:
Patrimonio Mundial de la UNESCO Las obligaciones de la Torre La Unesco exige un control r iguroso y comprobará en 2011 si se han subsanado las def ici encias. Lo dif ícil no es llegar, sino mantenerse. La Unesco ha declarado la Torre de Hércules patrimonio de la humanidad, una dist inción que obligará a partir de ahor a a las administraciones a coordinarse
como
monumento.
Sus
nunca
y
técnicos
a
compr ometerse
visit arán
A
a
Coruña
conser var en
2011
el y
comprobar án que los deberes que han quedado pendient es se han realizado, como desarrollar el plan de gestión par a una mayor coordinación entre las administraciones implicadas y const ruir un centro de interpr eta ción. Además, cada seis años habr á que entregar un inf orme sobre el est ado del f aro coruñés y sobre las actuaciones organización
realizadas
par a
inter nacional
demostr ar, responsable
como de
advierte velar
por
esta el
mantenim iento de las grandes joyas del planeta, que tiene el mismo "valor excepcional universal" que el día en que se incluyó en la lista de patrimonios mundiales.” 115
114
I. B ( 2 00 3 , Ma i o 7) . S eis C o nc e l l os de G a l ic ia y P or t ug a l f irm a n en
Lu g o s u p ar t ic i pac i ó n en At l an t e. L a V o z d e G a l ic i a , p. 1 9 . 115
L as O b li g ac io n es de l a T orr e. L a Un es c o ex i ge u n c on tr o l r ig ur os o de
l a T orre a l d es i g nar l a pa tr im on i o m und i a l Ex t ra íd o
a
23
de
J an e ir o
Ar t ur F il ip e do s San t os
de
20 1 0
do
(20 0 9, J u nh o 2 9). Fa ro de V i go . s íti o
do
j or na l
F ar o
de
V i go :
12 3
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
O seguinte exemplo, também do Faro de Vigo, reporta a reunião que o anterior presidente da Xunta da Galiza, Emílio Pérez Touríño com ex-Director Geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, reportagem que aborda desta feita a riqueza do património imaterial da Galiza: “La
Unesco
insta
a
Galicia
a
presentar
pr oyectos
del
Patrimonio Inmaterial. El director general, Matsuura, recor dó al presi dente de la Xunta " la rique za gallega" en este aspect o El director general de la Unesco, Koichiro Matsuura, animó ayer a Galicia a que identif ique ejemplos de Patr imonio Inmaterial para que sean candidatos a f ormar parte de la Lista Representativa de
Patr imonio
Inmaterial
de
la
Unesco,
cuyas
primeras
designaciones tendr án lugar en septiem bre de 2009 y a la que cada Estado podrá pr esentar un aspirante. En una comparecencia tras reunirse con el jef e del Ejecut ivo gallego, Matsuura destacó que Galicia "es una tierra m uy rica desde ese punto de vista" y recordó que el nuevo convenio internacional sobre Patrimonio Inmater ial est ablece que a partir de ahora serán los Estados los que presenten un candidato cada año para f ormar parte de los bienes del Patrimonio Cu ltural I nmaterial de la Humanidad. La
f órmula
sust ituye
a
la
de
las
Obras
Maestras
del
Patrimonio Inmaterial, a la que la asociación "Ponte nas ondas" ya había presentado la candidatura del Patrimonio Inmater ial Galego Portugués, del que ayer Tour iño desta có que "es uno de los temas con un trabajo ya r ealizado", aunque señaló que también existen otros
ejemplos
que
habrá
que
estudiar.
El presidente gallego reconoció que hasta ahora apenas se había
ht tp :/ / www.f ar od e v i go . es /s ec c io n es / n ot ic i a.j s p? p Ref =2 0 09 0 6 29 0 0_ 1_ 3 43 2 25 _ _ Vi g o- U n es c o - ex i ge - c on tr ol - r i g ur os o - T or re- des i g nar l a - pa tr im on io - m und ia l
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
trabajado en la línea del patr imonio inmaterial y subrayó que la sugerencia del director general de la Unesco "es de un alt o valor", por
lo
que
anunció
que
la
Xunta
incluirá
pr opuestas
en
el
memorándum de ent endimiento que f irmará con la institución. Touriño se mostró convencido de que dicho memor ándum ser virá para "f ortalecer" la r elación entre Galicia y la Unesco "en un inmediato f uturo", en el que este organismo de la O NU deber á decidir también si elige a la Torre de Hér cules para f ormar parte de los Bienes Patrimonio de la Humanidad.” 116
Mas os jornais não são, ob viamente, os únicos meios de comunicação atentos ao fenómeno do turismo cultural em geral e ao Património Mundial em particular. Também a rádio e a televisão demonstram interesse e procuram explorar um campo cada vez mais do interesse de uma opinião públic a com cada vez mais poder de compra e ânsia de conhecimento. Abordando exemplos portugueses, refira -se que uma das principais estações de rádios lusas, a TSF, uma rádio dedicada quase em exclusivo à informação, desenvolve todas as semanas dois programas, u m dedicado à vertente do património monumental classificado, desenvolvido em parceria com o organismo estatal português
responsável
pela
preservação
do
património
arquitectónico, e o segundo programa que apesar de centrado no património imaterial, procura muitas vezes fazer a ponte entre as duas riquezas culturais como pólo de divulgação de uma região. O primeiro programa intitula -se “Encontros com o Património”: “Encontros com o Património é o espaço na antena da TSF onde se f ala de sítios com histór ia, p aisagens e pessoas, o 116
G óm e z, Mar c os ( 2 00 8 , A br il 26 ). L a Un es c o i ns t a a G al i c i a a pres e nt ar pr o yec tos d e l P a tr im on io Inm at er i a l. F ar o d e V i go . Ex tr aí d o a 2 3 d e J an e ir o de 2 01 0 do s ít i o do j or na l F ar o de Vi g o: ht tp :/ / www.f ar od e v i go . es /s ec c io n es / n ot ic i a.j s p? p Ref =2 0 08 0 4 26 0 0_ 8_ 2 19 7 02 _ _ Soc i e da d - y- Cu l tur a - U nes c o - i ns t a- G a lic i a - pr es e n tar - pr o ye c t os - Pa t rim on i o Inm at er ia l Ar t ur F il ip e do s San t os
12 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
passado e o presente. Pelo microf one do repórter Manuel Vilas Boas, e pela conversa com dif erentes especialistas, f icamos a conhecer Portugal na sua var iedade de monumentos, locais, sítios muitas vezes escondidos. Encontros com o Patr imónio é uma parceria entre a TSF e o Instituto de Gestão do Patr imónio Arq uitectónico e Arqueológico (IGESPAR), com o apoio do departament o de inventár io, estudos e divulgação. Todos
os
Sábados,
às
12h10,
com
Manuel
Vilas -Boas,
sonoplastia de Mésicles Hel in” 117.
O programa “Encontros com o Património”, para além de ser transmitido
todas
as
semanas,
aos
Sábados,
está
também
disponível em Podcast 118, na página da TSF bem como pelo programa iTunes 119, da Apple. O segundo programa desenvolvido pela TSF tem o nome d e “Terra-a-Terra”: “Semana a semana o microf one da TSF dá voz às gentes e aos sít ios que visita. No Terra -a-Terra soltam -se os sons de conversas e r eportagens que revelam as maravilhas da paisagem, o património e as histórias e personagens de todos os can t os do país.
117
a
T SF ( 2 00 9) . E nc o n tr o s c om o P a trim ó ni o . T SF R ád i o J or n al . Ex tr aí d o
16
de
F e v er e ir o
de
20 1 0
do
s í ti o
da
T S F:
ht tp :/ /ts f .s a po . pt/ Pr o gr am as /pr o gr am a.as px ? c on t en t_ i d = 91 8 07 0 118
s er
As v ár i as e d iç ões d o pr o gram a “ E nc on tr os c om o P a tr im ón io” p od em
es c ut a das
em
P odc as t
no
s e gu i nt e
en d ereç o
da
pá g in a
da
T SF :
ht tp :/ /f e eds .ts f . pt /T s f - E nc o nt r os P atr im on i o 119
As v ár i as e d iç ões d o pr o gram a “ E nc on tr os c om o P a tr im ón io” p od em
s er es c u t ad as atr a v é s d o iT un es , p e l o s e gu i nt e e nd er eç o d e a c ti v aç ão d o ref er i do p r o gr am a: it p c ://f ee ds .ts f . pt /T s f - En c on tr os Pa tr im on io
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Os saber es tradicionais, a gastronom ia, o passado e a modernidade tem espaço garantido e em directo num programa de rádio que cruza as histór ias do povo que somos. Terra-a-Terra Aos Sábados, das 09h10 at é às 11h00” 120
À semelhança do que aconte ce com o programa “Encontros com o Património” também as várias edições deste programa se encontram disponíveis em Podcast, na página on -line 121 da TSF e no Apple iTunes 122. Foram
várias
as
edições,
sobretudo
as
do
programa
“Encontros com o Património” que abo rdaram a temática do Património
Mundial,
apresentando
alguns
dos
exemplos
mais
relevantes: “Restauro da Charola do Convento de Cristo”, emitido a 24 de Dezembro de 2009; “Mosteiro da Batalha I” e Mosteiro da Batalha
II”,
emitidos
a
25
e
a
26
de
Agosto
de
2 009
respectivamente; “Cafés de Culto no Porto”, emitido a 21 de Novembro de 2009; “Entre o Porto e Gaia, as Pontes que Unem as Margens”, emitido a cinco de Dezembro de 2009; "De Algés a Cascais - um território para o Turismo”, emitido a 23 de Janeiro de 2010.
120
T SF ( 2 0 0 9) . T er r a- a- T err a. T S F R á di o J orn a l . Ex tr aí d o a 1 6 de
Fe v ere ir o
de
2 01 0
do
s í t io
da
T SF:
ht tp :/ /ts f .s a po . pt/ Pr o gr am as /pr o gr am a.as px ? c on t en t_ i d = 10 2 05 4 1 & au d i o_ i d =1 0 58 5 15 121
As v ár i as e d iç ões d o pr ogr am a “T err a - a- T err a” p o d em s er es c ut ad as
em Po dc as t n o s eg u i nt e e n de reç o d a pá g i na d a T SF: ht t p: //f e e ds . ts f .p t/T s f T erra- a- T er r a . 122
As v ár i as e d iç ões d o pr ogr am a “T err a - a- T err a” p o d em s er es c ut ad as
atr a v és do iT un es , pe l o s eg u i nt e e nd er eç o d e ac t i v aç ão d o r ef er i d o pr ogr am a: it pc ://f ee ds .ts f . pt /T s f -T er r a- a- T erra
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No que concerne a reportagens noticiosas, destaque -se a reportagem jornalista
“Porto
da
aniversário
Património
TSF
da
João
Mundial,
Paulo
classificação
10
Meneses,
da
cidade
Anos que
do
Depois”,
aborda
Porto,
do
o
com
10º uma
entrevista ao principal ar tífice da candidatura da “Cidade Invicta” , o
arquitecto
Rui
Loza.
Esta
reportagem
foi
emitida
em
16
Dezembro de 2006. Também a estação de rádio estatal portuguesa, a RDP (Rádio
Difusão
Portuguesa)
transmitiu
vários
programas
relacionados com o Património Cultural edificado e também sobre o património imaterial como “Lugar ao Sul”, “As Terras e as Gentes” mas destaca -se sobretudo a rubrica diária “Portugal Directo”, que vai para o ar de segunda a sexta -feira, das a partir das 13h 07, com a duração de uma ho ra e que, a partir dos centros regionais desta estação, transmite notícias de índole regional onde o património e a importância do turismo encontra -se muita das vezes em evidência. Este programa pode ser também ouvido em podcast na página do programa, no s ítio on-line desta estação radiofónica 123. Uma
outra
rádio
de
expressão
nacional
é
a
Rádio
Renascença, estação de rádio pertencente à Igreja Católica, que, também pelo facto de que muito do património classificado incluir vários exemplares sacros como igreja s, capelas, mosteiros ou conventos, como é o caso do centro histórico, cujo património classificado inclui ao todo cerca de nove exemplares religiosos, dá especial atenção ao património, seja em rubricas semanais seja,
123
As v ár ias e d iç õ es do pr o gram a “ P ort u g a l em D irec t o” p o de m s er
es c u t ad as
em
P odc as t
no
s eg u i nt e
e n der eç o
do
s í t io
da
An t en a
1:
ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / pr o gr a m as rtp / in d ex . p hp ? p_ i d =1 0 43 & e _ id = &c _ id = 1 & dif = rad i o & hor a = 13 : 07 & d ia = 01 - 0 320 1 0
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
sobretudo, nos mais variados espaços noticiosos, seja ainda no sitio da estação, na Internet. Como exemplo da atenção dada por esta estação estão programas como “Terra Prometida” 124 ou a rubrica semanal “Em Defesa do nosso Património” 125. Um
exemplo
de
reportagem
desenvolvida
pela
Rádio
Renascença é a que se apresenta em seguida, relacionada com a Torre de Hércules, e o Palácio de Stoclet, em Bruxelas: “Torre de Hércules e Palácio Stoclet património mundial A Torre de Hércules, na Corunha, Espanha, e o Palácio Stoclet, em Bruxelas, f oram declarad os Património da Humanidade pela UNESCO. O Comité da UNESCO, que esteve r eunido em Sevilha, anunciou que o f arol romano Torre de Hércules, construído no século II depois de Cristo - e mais antigo do mundo ainda em actividade - passa a integrar a lista dos sít ios e monumentos considerados Patrim ónio Mundial. Com este reconhecimento, Espanha conta com 41 sít ios e monumentos eleitos pela UNESCO. O comité da UNESCO (Organização das Nações Unidas par a a Educação, Ciência e Cultura), que est ará reunido em Sevilh a até ao dia 30 a avaliar novas candidaturas, declarou também que o Palácio Stoclet, em Bruxelas, construído no começo do século XX pelo arquit ecto austr íaco Josef Hoffmann, também passaria a integrar aquela cobiçada lista.
124
ed iç õ es
P ar a m ais i nf or m aç ões ac erc a d es te pr o gram a, b em c om o es c ut ar a nt er io r es
c ons u lt ar
o
s e gu i nt e
e nd er eç o
do
s ít i o
da
R ád i o
Re n as c e nç a: h tt p: // ww w.r r .p t/ pr og ram as _ d et a lh e. as px ?f id = 2 6 &d i d = 18 3 26 125
P ar a m a is i nf or m aç õ es ac erc a d es ta r ubr ic a s em an al , b em c om o p ar a
es c u t ar ed iç ões a n ter i or es em p odc as t c o n s u lt e - s e o s e g ui n te e nd er eç o d o s ít i o
da
R ád i o
Re n as c e nç a:
ht tp :/ / www. r r .p t/ Cpr o g r am as _ de ta l h e. as px ?f i d =1 2 & d id = 9 21 9 2
Ar t ur F il ip e do s San t os
12 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Esta semana f oi também anunciada a escolha da Cidade Velha, em Cabo Ver de, como Património Mundial da Humanidade e a retirada do centro histór ico de Dresden, na Alemanha, dest a lista, um estatuto que a localidade alemã perde ao f im de cinco anos.” 126
No que diz respeito a estações de rádi os espanholas, apresenta-se
o
exemplo
da
“Cadena
Ser”,
com
variadas
reportagens desenvolvidas sobre o património, com enfoque para a reportagem que se segue, em formato de artigo:
El silbo gomero, Pat rimonio de la Humanidad El Tribunal de Aguas de Valencia y el Consejo de Hombres Buenos de Murcia, aceptadas también El silbo gomero, el Tribunal de las Aguas de Valencia y el Consejo de Hombr es Buenos de Mur cia han engrosado la lista represent ativa del Patrimonio Cult ural Inmaterial de la Humanidad. El Com ité Intergubernamental de la UNESCO para la Salvaguardia del Patr imonio Cultural Inmater ial, reunido en Abu Dhabi (Emiratos Árabes Unidos), ha sido el encargado de seleccionar las ent re 111 candidat uras
presentadas.
Con
éstas,
ya
son
cuatr o
las
declaraciones c on la que cuenta España en dicha lista.” 127
Ainda com respeito à Cadena Ser,
pode -se escutar ainda
uma reportagem sonora intitulada “Jóvenes por el Património”,
126
T or r e d e H ér c ul es e P al ác i o S toc l et Pa tr im ón i o M u nd i a l ( 2 00 9, J un h o
27) . Rá d io R en as c enç a. Ex tr a i d o a 1 5 d e F e v ere ir o de 2 0 10 d o s í t i o d a Rá d io Re n as c e nç a: h tt p: // ww w.r r .p t/ i nf orm ac a o _d et a lh e. as px ?f id = 9 3 &d i d = 60 8 00 127
E l S i lb o G om er o , P a tr im ó ni o d e la H um an i da d ( 2 00 9, S e tem br o 3 0).
Ca d en a Ser . Ex tr a id o a 2 2 d e Fe v er e ir o d e 2 0 10 do s ít i o d a C ad e na S er: ht tp :/ / www. c ad e nas er . c om /c ul t ura / art ic u lo /s i l bo - g om ero- pa tr im on io hum an i d ad /c s r c s r po r / 2 00 9 09 3 0c s rc s rc u l_ 4/T es
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
produzida pela delegação de Toledo da Cadena Ser e que pode ser escutada no Youtube 128. Também a Rádio Nacional de Espanha dedica amplo espaço ao Património Mundial, visto a Espanha ter um vasto número de bens
culturais
reportagens
classificados
noticiosas
pela
UNESCO,
transmitidas
nos
sobretudo vários
em
espaços
informativos da estação, com exemplos colocados posteriormente em podcast no sítio da estação. Um
dos
melhores
exemplos
é
a
reportagem
realizada
aquando da classificação da Torre de Hércules a Património da Humanidade e transmitida rubrica semanal La Maña en Vivo e que pode ser escutada em podcast no sítio da estação: “Galicia sigue las celebraciones por la entrada de La Torre de Hércules en el patrimonio de la UNESCO. La Torre t iene dos mil años y duratne este tiempo ha ser vido de guía para las gentes del mar. En 'La Mañana en Vivo' nos hemos metido en el pleno del municipio cor uñes, hemos hablado con su alcalde Javier Losada y con el ex-ministro de Cultur a, César Antonio Molina” 129
Outros exemplos em áudio encontram -se disponíveis em podcast no sítio da Radio y Television de España , bastando para isso encetar uma procura com as variadas palavras -chave que mais identificam os bens classificados como Patrimonio Mundial ou Patrimonio de la Humanidad . Outra estação de rádio espanhola que aposta também em temas, rubricas ou reportagens relacionadas com o património classificado é a Onda Cero: 128
Es t a r e p or t a gem r ad i of ó nic a po d e s er es c ut a da atr a v és d o s e g u in te
en d er eç o : ht t p:/ / ww w. yo u t ub e.c om / watc h? v = p Ae l _ 0X 0 v S g 129
Torre de Hércules patrimonio de la UNESCO (2 00 9 , S et em bro 2 9) . Rá d io Nac i on a l d e Es pa ñ a . Ex tr ai d o a 1 6 de M arç o de 2 0 10 d o s í ti o da R á d io Nac i on a l d e Es p añ a. : ht tp :/ / www. rt v e .es /n o ti c i as / un es c o/ Ar t ur F il ip e do s San t os
13 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
“Carnavales de Tenerife El alcalde de La Laguna, Fernando Clavijo Valle, nos habla de esta ciudad tinerf eña, única patrim onio de la humanidad de Canár ias” 130.
Este exemplo, bem como o próximo exemplo, extraído d a rubrica semanal Gente Viagera, podem ser escutados em podcast no sítio da estação: “Felicitamos al alcalde de Lugo, José López Orozco, por el décimo aniversar io de la declaración de la Muralla de Lug o como Patrimonio de la Humanidad. Además Enrique Dom í nguez Uceta nos va a llevar en directo a Sanghai. José Manuel Novoa se unirá al homenaje a Hait í dándonos un paseo por los lugares t ur ísticos de est e país del Car ibe antes del terremoto. Además estar emos con la Consej era de Turismo” 131.
Também a cadeia privada Cope vê na temática do Património Mundial
objecto
de
reportagem.
Anote -se
os
dois
exemplos,
publicados no sítio da Cope, na Internet: “Ávila celebra su 25 aniversar io como Ciudad Patrimonio de la Humanidad en 2010 Ávila celebra este año el 25 aniversa rio de su declaración como Ciudad Patr imonio de la Humanidad. Una ef eméride que tendrá lugar exactamente el 6 de diciembre de 2010 y que el Ayuntam ient o abulense pr etende f estejar por todo lo alto con una serie de act ividades, que precisamente en el día de hoy centrarán
130
Car na v a les de T e ner if e (2 0 10 , Fe v er e iro 1 1). O nd a C er o . Ex tr aí do a 16 de Mar ç o de 2 01 0 do s í ti o da rá d i o O nd a Cer o : ht tp :/ / www. o n d ac er o .e s /O n d aC er o/ p la y/ A _ 9 9 33 1 30 131 G e nt e Vi a ge r a ( 2 0 10 , J a n eir o 1 8) . O nd a C e ro: Ex tr aí d o a 1 6 d e M arç o de 20 1 0 do s í t io da r á d io O nd a C ero
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
buena
parte
de
la
of erta
tur ística
que
el
consistor io
está
presentando en la Feria de Turismo Inter nacional, Fitur” 132.
Esta reportagem pode também ser escutada na integra, em podcast, no sítio da Cadena COPE. O
segundo
exemplo
apresentado
ac erca
desta
estação
refere-se a Alcalá de Henares: “Alcalá de Henares: una ciudad Patrimonio de la Humanidad Alcalá de Henares, ciudad situada en la Comunidad de Madr id, es un dest ino recomendable para conocer debido a su cultura y su arquitectura. Esta
ciudad
es
la
más
poblada
de
la
región
y
f ue
constit uida Patrimonio Mundial por la UNESCO en el año 1998. Famosa por su Universidad, Alcalá de Henares es una de las nueve ciudades españolas que esta organización ha considerado única” 133.
Quanto à atenção que o s canais de televisão dão ao tema do património, a rede estatal portuguesa, a RTP (Rádio e Televisão de Portugal) é o melhor exemplo já que desenvolve programas específicos sobre o património, onde muitas vezes são referidos os bens classificados pela UNES CO, e que são transmitidos tanto nos dois canais em sinal aberto (RTP 1 e RTP2), assim como nos
132
G ar c i a, B e atr i z ( 2 01 0, J a ne ir o 2 2). Á v i l a Ce l eb ra s u 2 5 A ni v er s ar io
c om o Ci u da d P atr im o n io de l a H um an i da d en 2 10 . C a de n a CO P E . Ex tr aí do a 17 d e M ar ç o d e 20 1 0 do s í ti o d a C a de n a C O P E: h tt p: // w ww. c o p e. es / a v i la /2 2 01- 1 0- - a v il a- c e le br a - s u- 2 5- a ni v ers ar i o - c om o - c i ud a d- p a tr im on io - h u m ani da d 20 1 0- 12 8 49 3- 2 133
Es tr a d a, P a l om a ( 2 0 09 , M arç o 7) . A lc al á d e H e na res : U n a Ci ud a d
P atr im on i o d e l a H um an i d ad . C a de n a C o pe . Ex t ra íd o a 17 d e M ar ç o d e 2 01 0 do
s ít i o
da
C a de n a
CO P E :
h tt p :// w ww. c o p e. es /c u lt ur a /0 7 - 03- 0 9- -
a lc a l a_ h en ar es _u n a_c i ud a d_ p atr im on i o_ h um an i d ad ,3 6 48 4 ,1 , no t ic i a _am p l ia d a
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 3
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
quatro canais por cabo (RTP N, RTP Memória, RTP África e RTP Internacional). Na RTP, os programas que habitualmente divulgam matérias relacionadas com o patrimó nio são: RTP 1 - “Bom Dia Portugal Fim -de-Semana”, transmitido ao Sábado e ao Domingo, a partir das oito da manhã; “Destinos.Pt”, transmitido ao Domingo, às 12h; “Portugal em Directo”, de segunda a sexta-feira, às 18h. 134. RTP 2 – “Casas com História” transm itido ao Sábado, a partir das 19h 30 135. RTP N – “Nobre Povo”, transmitido ao Sábado, pelas 11h 30, programa que se caracteriza por ser um “ Um espaço destinado ao país real, que irá revelar histórias, casos e originalidades de um Portugal
profundo.
Um programa de
reportagem
que pretende mostrar pessoas,
lugares ou situações que estão afastados da agenda noticiosa. Histórias que mostram o Portugal que não fica sentado, que inova, defende as tradições e persegue sonhos” 136. RTP Memória – “Horizontes da Memória”, de segunda a sexta-feira, pelas nove horas da manhã.
134
arq u i v o
A gr e lh a d e pr o gr am aç ã o s em a na l d a RT P 1 bem c om o ed iç õ e s em d os
p r o g r am as
c it a dos
p od em
s er
c o ns u l ta d os
em :
ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / E PG / t v /e p g - d i a. p hp ? da t ai = & d i a =1 1 - 0320 1 0 &s em = e & id i om a= &c an a l = 1& g en = & t im e= &t i t le = RT P - 1 135
arq u i v o
A gr e lh a d e pr o gr am aç ã o s em a na l d a RT P 2 bem c om o ed iç õ e s em do
pr o g r am a
c i t ad o
p od em
s er
c ons u lt a dos
em :
ht tp :/ / www. r t p .p t/ t v/r t p 2/ i nc lu d es / gu i a. p h p?s = 1 &t it l e =RT P - 2 136
s ít i o
RT P N ( 20 0 9) . No br e P ov o. Ex tra í do a 1 7 d e F e ver e ir o d e 2 0 10 d o da
RT P :
h tt p: // t v1 .rt p. pt / pro gr am as -
rtp / in d ex . p hp ? p_ i d =2 5 32 3 & e_ i d = &c _ i d = 7 &d if =t v & h or a =1 1: 3 0 &d i a = 1 3 - 0 3- 2 01 0
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
RTP Internacional: “Bom Dia Portugal Fim -de-semana” ao Sábado e Domingo, pelas oito da manhã; “A Alma e a Gente”, Sábado às 10h 30; “Destinos.Pt”, Domingo, pelas 19h. 137. Para além dos programas que compõe m as grelhas dos vários canais da RTP, têm sido variadas as reportagens noticiosas, transmitidas nos mais importantes espaços noticiosos da estação de televisão estatal lusa que se têm debruçado sobre o Património Mundial. A RTP desenvolve e comercializa t ambém documentários de vários géneros, sobretudo documentários históricos e de carácter sócio-cultural. Em 2010, esta estação encomendou à produtora Filma e Vê o documentário “Património Mundial”, realizado por Dário Simãozinho em exclusivo para o canal RT P 2 e que se econtra também dispnível no sítio on -line da RTP 2 bem como nos conteúdos Video on Demand , de uma das operadoras de televisão por cabo portuguesas, a Zon: “A série documental “Património Mundial” reúne 14 f ilmes, de 25
minutos
cada,
classif icados
pela
sobre
edi f ícios
UNESCO
e
como
paisagens Patr imónio
portugueses Mundial
da
Humanidade. Das vinhas da Ilha do Pico, nos Açores, ao Mosteiro da
Batalha,
passando,
claro,
pelos
Jerónimos
e
pelo
centro
histór ico de Guimar ães, esta sér ie cobr e parte do que de melhor existe
em
Portugal
paisagem natural”.
137
em
patr imónio
histórico
construído
e
em
138
A gr e l h a de pr o gr am aç ã o s em an a l d a RT P I nt er nac i on a l b em c om o
ed iç õ es
em
ar q u i v o
do
pr ogr am a
c i ta d o
p o dem
s er
c o ns u lt a dos
em :
ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / E PG / t v /e p g - d i a. p hp ?c an a l = 5 & ac =d &s em =e & t it l e =R T P In ter n ac io n a l 138
RT P 2 ( 20 1 0) . P atr i mó n i o Mun d i a l. O q ue d e Me lh or Ex is t e em
P ort u ga l .
Ex tr a íd o
a
17
de
Fe v er e ir o
de
20 1 0
do
sítio
da
RT P :
ht tp :/ / www. r t p .p t/ pr ogr am as - r tp / in d ex . p hp ? p _ id = 2 63 0 7 &e _ id = &c _ i d =8 & d if = t v
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Para
além
portugueses,
a
da SIC
RTP, e
a
também TVI
têm
os
dois
canais
habitualmente
privados
transmitido
reportagens acerca do património português classificado
pela
UNESCO. Em
suma,
a
partir
do
momento
em
que
o
património
classificado se tornou parte de uma indústria que gera lucros consideráveis, sendo alvo de interesse por parte da opinião pública, esta matéria já não é “ florero”, já não se encontra confinado ao simples programa cultural fora de horas mas tem já honras de exposição mediática muitas vezes em pleno horário nobre.
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
III.2 O Património Mundial nas páginas institucionais, nas páginas pessoais e nos blogues Na conjuntura actual em que o Património Mu ndial, a sua classificação, o seu estudo, preservação e divulgação depende em muito da sua capacidade de gerar proveitos económicos para a indústria do turismo cultural, é essencial a promoção do património na maior plataforma de comunicação do momento, a Internet, estandarte maior das novas tecnologias da informação e da comunicação. Neste
capítulo
institucionais,
serão
apresentado
páginas pessoais e
de
exemplos
de
páginas
blogues portugueses e
espanhóis. César Carreras Monfort advoga que “en los últimos a ños, el mundo de las instituciones patrimoniales ha sufrido cambios destacados
tanto
en
su
dimensión
social
como
en
sus
prioridades” 139, apontando as novas tecnologias da informação e da comunicação como motor dessa transformações, impulsionadas sobretudo pela necessidade de avaliação e divulgação da oferta cultural e educativa: “Es a través de est a constante evaluación de la of erta educativa de las inst ituciones de la memor ia, de los lenguajes de comunicación y la elaboración de los contenidos como el centr o podrá satisf acer poco a poco las expectat ivas de su público potencial. A toda esta problem ática, ya de por si compleja, se han venido a añadir, en los últimos años, las t ecnolog ías de la inf ormación y comunicación (TIC).
139
Estas tecnolog ías permiten
incor p orar
nuevos
Car r er as Mo nf or t, C é s ar (2 00 8) C om un ic ac i ón y E d uc ac i ó n no F orm al
en l os Ce n tr os P a tr im on i a les a nt e e l Re to de l M u nd o Di g it a l. En S an t os M. , Ma t eos R us i l lo ( C o or d.) , L a Co m u nic ac i ón G lo b al de l Pa tr i mo n i o Cu l tur a l. G ij ón : E d ic io n es T r e a, p . 2 87 .
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
medios para la com unicación de los contenidos patrimoniales al público general y, por lo tanto, el análisis de sus aplicaciones y los resultados obtenidos
por
educadores ”
ellas
pueden
resultar
de
gran
ayuda
para
los
140
.
E as instituições que dir ectamente lidam com os bens classificados e que não têm necessariamente ânimo de lucro, como organismos estatais, organizações supra -nacionais ou institutos académicos sabem da importância da Internet como plataforma privilegiada para se darem a conhecer b em como divulgar as iniciativas a favor da defesa e divulgação do património universal. A provar esta afirmação estão as várias páginas e sítios dos mais variados órgãos ligados ao património que mantém, fortalecendo cada
vez
mais,
a
sua
presença
na
rede
g lobal
com
fins
filantrópicos, académicos e também político -económicos. E nestes sítios institucionais existe na grande maioria dos exemplos uma página exclusivamente dedicada à comunicação, isto é, para além do próprio sítio ser já em si construído para da r a conhecer a dinâmica da comunicação institucional da organização, inclui uma página dedicada ao contacto com os média, com neswsletters dedicados aos meios de comunicação social mas também ao investigador das questões da comunicação e ao cidadão
comum
que
deseja
estar
a
par
das
iniciativas
desenvolvidas por este ou aquele organismo. Em Portugal, uma das instituições a apostar na criação de uma página institucional para divulgar a informação relativa às actividades da organização e à restante comunicação institucional foi exactamente o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), organismo criado em 1992 e afecto ao Ministério da
140
C ar r er as Mo nf or t, C é s ar ( 2 00 8) O p. C it ., p . 2 8 8.
Ar t ur F il ip e do s San t os
13 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Cultura e que tutela os bens portugueses classificados pela UNESCO. O IPPAR, que alterou em 2006 a sua denominação para Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) detém um completo sítio na Internet onde é possível o internauta conhecer os bens portugueses reconhecidos com o galardão de Património Mundial e onde é apontado na página da mensagem
da
Direcção
deste
organismo
a
importância
da
comunicação com o público nos mais diversos aspectos: “ A página electrónica do IGESPAR constitui uma f erramenta importante para os que, de algum modo, se r elacionam com a temática do património arquitec tónico e arqueológico. As
exigências
da
sociedade
actual
obrigam
a
que
a
inf ormação útil seja disponibilizada com rigor, cada vez mais cómoda e r apidamente, acompanhando sempre a novidade e o aconteciment o. Foi nesse sent ido que se or ientou a concepção d esta página electrónica, com o objectivo de f ormar, inf ormar e f acilit ar serviços ao cidadão; o visitante desta página poderá aceder a inf ormação permanent emente actualizada relat iva ao património arquitectónico e arqueológico classif icado e em vias de cla ssif icação, no t erritório continental de Portugal. Destaca-se, entre muitos outros conteúdos, a possibilidade de consulta aos mapas georref erenciados de património, relat ivo a Concelhos e Centros Histór icos, em permanent e actualização, projecto que está em desenvolviment o com a colaboração dos Municípios portugueses e das Direcções Regionais de Cultura, como também a pesquisa geral de património, com recurso à base de dados do Sist ema de Inf ormação do IGESPAR. Como não poderia deixar de ser, a página electr ónica do IGESPAR
é
um
f uncionalidades procurando
projecto à
medida
tornar - se
Ar t ur F il ip e do s San t os
aberto, do
seu
gradualmente
que
irá
acolhendo
novas
desenvolviment o
interno,
mais
público.
útil
ao
13 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Consideramos assim f undamental, enquanto gesto de cidadania, o seu
uso
cr ítico
e
participat ivo.
Todos
devemos
melhorar
a
comunicação entre o público e o Ser viço Público que desejamos ser, com excelência ”
141
.
Este sítio apresenta informação relativa aos mais diversos aspectos do património, podendo mesmo fazer -se uma busca por todo os espólio dos monumentos portugueses, a sua história, as intervenções desenvolvidas pelo IGESPAR na conservação do património, no sentido da facilitar o acesso da informação a estudantes, investigadores, organismos autárquicos e também a profissionais do sect or bem como uma área também centrada exclusivamente para o cidadão: “ Com o object ivo de f acilitar a ut ilização dos ser viços pelo público, o IGESPAR procur a disponibilizar on - line o maior número de
f uncionalidades;
poderá
desde
já
aceder,
entre
out ras,
a
inf ormação respeitante às condições de utilização e cedência dos monumentos que se encontram sob gestão do Inst ituto, aos KIT’s de inventar iação do património (patr imónio arquit ectónico geral, habitação unif amiliar do século XX e património industrial), às bibliotecas
e
f ormulários ”
arquivos
do
Inst ituto
e
descarregar
diversos
142
Para além destas valências, o sítio do IGESPAR na Internet inclui uma página dedicada a notícias onde a comunicação social, instituições
e
público
em
geral
podem
ficar
a
conhecer
as
actividades actuais deste organismo. No exemplo de informação 141
IG E S P AR
Fe v ere ir o
( 2 00 9) .
de
Me ns ag e m
2 01 0
da
do
D ir ec ç ão . s ít i o
Ex tra íd o do
em
18
de
IG E S PA R:
ht tp :/ / www. i g es pa r . pt / pt /a b ou t/m ens a g em / 142
IG E S P A R ( 2 0 09) . Ár ea d o C id a dã o . Ex tr aí do em 18 d e F e ve re ir o d e
20 1 0 d o s ít i o do I G ES P AR : h tt p: // ww w. i ges p ar. pt / pt /ac c o un t/
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
que se segue, retirado da página de notícias deste sítio, encontra se a distinção que o programa “Encontros com o Património”, da TSF, citado anteriormente no capítulo III.1, mereceu da parte da Sociedade Portuguesa de Autores: “ Encontros com o Património” distinguido com o Pr émio Melhor Programa de Rádio 2009, pela Sociedade Portuguesa de Autores O programa de rádio “Encontros com o Património” um a parcer ia entre o IGESPAR, I.P. e a TSF f oi o v encedor do Prémio Autores 2009, na categoria Rádio – Melhor Programa, pr omovido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). A distinção f oi recebida ontem dia 8 de Fevereiro pelo autor do Programa Manuel Vilas Boas na Gala do Prémio Autores SPA/RTP, que te ve lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa” 143.
Ainda
em
encontram-se câmaras
relação
exemplos
municipais
cujo
a
páginas
de
relevo
seu
institucionais sobretudo
centro
histórico
nos é
portuguesas, sítios
das
considerado
Património da Humanidade, como é o caso das cidades de Angra do Heroísmo (classificado em 1983), Évora (1986), o Porto (1996) e ainda a cidade de Guimarães (2001). Com sítio próprio ou com página agregada ao sítio da edilidade, encontra-se
a
informação bem
relativa
documentada,
ao à
património disposição
classificado de
demais
instituições, profissionais, público e comunicação social. Um dos melhores exemplos é o sítio da Câmara Municipal do Porto, mais concretamente do Turismo do Porto, instituição responsável pela dinamização turística d o Porto, no âmbito da edilidade portuense e que inclui uma página exclusivamente dedicada a todo o tipo de
143
IG E SP A R ( 20 0 9) . N o tíc i a s . Ex t ra íd o em 19 d e F e v er ei ro d e 2 0 10 d o
s ít i o do I G E S P A R: h tt p: // ww w. i ges p ar. p t/ pt / ne ws /
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
informações
relacionadas
com
os
bens
classificados
pela
UNESCO: “ As características singulares do centro histórico do Porto fizeram
com
que
a
UNESCO
o
classificasse
de "Património
Cultural da Humanidade" , em Dezembro de 1996. Para conhecer as etapas da classificação, a área classificada e protegida e descobrir a relação do património mundial e artístico ” 144.
Esta página apresenta em pormenor todos os co ntornos da candidatura
que
levou
o
centro
histórico
do
Porto
a
ser
considerado Património Mundial, a área classificada, bem como a área de protecção e ainda os esforços que têm sido desenvolvidos pela Sociedade de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal do Porto
e
organismos
público
e
privados,
com
informações
actualizadas dedicadas aos munícipes, ao público mas também com notas de imprensa com vista À divulgação das iniciativas que a
Câmara
Municipal
desenvolve
a
partir
dos
monumentos
classificados. Também o sítio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo apresenta uma página exclusivamente dedicado à classificação do seu
centro
histórico,
com
informações
relacionadas
com
a
classificação no âmbito da UNESCO, a legislação em vigor que regimentam toda e qualqu er intervenção na área classificada, agenda de iniciativas relacionadas com os bens classificados e ainda com links directos para o Centro do Património Mundial, para o sítio do ICOMOS, para o IGESPAR e ainda para o sítio da OVPM (Organization
144
des
Villes
du
Patrimoine
Mondial”,
organismo
T ur is m o do Por t o ( 20 0 9). Pa tr im ó n io Mu nd i a l. Ex tr aí d o em 20 de
Fe v ere ir o
de
20 1 0
do
T ur is m o
do
P ort o,
C âm ara
M un ic i pa l
do
P ort o:
ht tp :/ / www. p or to t ur is m o. pt / in d ex . p hp ?m =2
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
internacional que milita também na esfera da UNESCO e que congrega todas as cidades do mundo cujo seu centro histórico tenha sido considerado património universal. O sítio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e, em particular, a página relacionada com o património classificado dá também especial enfoque às novas plataformas de comunicação como o Twitter, o facebook e ainda o MySpace, numa clara aposta na Internet como veículo difusor da informação. A página dedicada ao Património Mundial no sítio da Câmara Municipal de Guimarães também apresenta muita informação, sobretudo com vista ao público e numa perspectiva turística, com uma clara aposta também nas redes sociais como o facebook e o Twitter,
sendo
estas
últimas
plat aformas
constantemente
actualizadas com notícias relativas ao património classificado. Também Espanha apresenta exemplos de sites on -line da responsabilidade das edilidades cujo “casco histórico” se encontra classificado pela UNESCO. O sítio web do Ayuntamiento de Santiago de Compostela apresenta
uma
página
exclusiva
ao
Património
Mundial,
apresentando uma descrição cronológica de todos os factos, episódios e acontecimentos que levaram a que o centro histórico da “cidade do apóstolo” fosse primeiro conside rado conjunto histórico de interesse nacional, em 1941 e finalmente a ser coroado com o título de Património da Humanidade 145, sendo esta opção uma inovação em relação a outras páginas investigadas. De
referir que
também
o caminho
antigo
de
Santiago,
chamado de Caminho Primitivo ou Caminho Francês foi também
145
A yu n t am ie nt o d e Sa n ti a go de Com pos t e la ( 20 0 5). P atr im ón i o M u n d ia l :
ht tp :/ / www. s an t ia g od e c om pos t e l a. org /t ur is m o/ i nt er io r. ph p ?tx t =t _ pa trim o ni o & l g =c as
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 3
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
agraciado com o título de Património Mundial, em 1993, percurso que atravessa várias cidades espanholas. No que à classificação do centro histórico da cidade de Salamanca, datada de 1988, existem dois rel evantes sítios on-line, testemunhando salmantinas
desta
em
forma
divulgar
de
o
vivo forma
esforço
das
exemplar
o
autoridades património
classificado desta cidade da província de Castela e Leão. O mais completo sítio acerca do Património Mundial “Charro” é o portal de Turismo de Salamanca 146, da responsabilidade do Ayuntamiento de Salamanca, em que apresenta um registo detalhado sobre o património desta cidade mas que apesar da vasta informação não contém neste sítio uma página dedicada ao Património Mundial e m exclusivo, tendo apenas nas demais páginas referências ao título outorgado pela UNESCO. Tal facto acontece porque um dos sítios desenvolvidos pelas autoridades de Salamanca foi desenvolvido em
especial
para
divulgar
especificamente
o
património
classificado. Este portal, intitulado “Salamanca, Património Local Património Mundial”, aborda o património classificados nos mais variados aspectos culturais e históricos, com uma lista detalhada do património protegido, contendo mesmo uma página onde se pode encontrar o dossier de avaliação do ICOMOS, aquando da apresentação da candidatura: “ El Consejo Int ernacional de Monumentos y Sit ios (ICO MOS) , como Organismo asesor de la UNESCO para la inscripción de monumentos y sitios en la List a del Patr imonio Mundial, re alizó la evaluación técnica de la Ciudad Ant igua de Salamanca.
146
A yu n tam i en to
de
S al am anc a
( 20 0 6).
T uris m o
de
S a lam a nc a :
ht tp :/ / www. s al am anc a. es
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Toda la documentación original sobre Salamanca, enviada por España a la UNESCO, se encuentra disponible en el Centro de Documentación del I CO MOS, en Paris .” 147
Também as autoridades de Córdoba, cidade cujo centro histórico foi classificado pela UNESCO em 1984, vislumbraram na Internet
uma
oportunidade
para
divulgar
o
seu
património
universal. Assim, o sítio on-line do Ayuntamiento de Córdoba 148 explora
as
várias
vertentes
do
património
numa
perspec tiva
cultural e turística, incluindo uma página exclusivamente dedicada ao Património da Humanidade, onde podem ser encontradas notícias relativas à promoção da marca do património classificado, abordando ainda alguns processos que estiveram na base da classificação. Outros exemplos dignos de relevo na aposta das autoridades locais na internet são os casos de Ávila 149, cujo espólio do seu centro histórico foi classificado em 1985, (apresentando esta cidade um projecto de divulgação
do património classificado
dedicado ao público mais jovem, intitulado Patrimonitos de Ávila , utilizando a plataforma Facebook, numa iniciativa reconhecida internacionalmente pela UNESCO) e Toledo (1986) 150.
147
Sa l am anc a
P atr i m ón i o
(2 0 10) .
S a la m anc a
P a tr im o n io
M un d i al
Ev al u ac ió n d e l ICO M O S , 19 8 8 . Ex tr aí d o e m 10 de Ma i o d e 20 10 d o s i t io S al am anc a P a tr im ó ni o : ht tp :/ / www. s al am anc ap a trim o ni o .c om /ic om os . htm 148
A yu nt am ie n to de C ór d o b a (2 01 0) . T uris m o y Pa tr im on io Mu nd i a l:
ht tp :/ / www. a yu n c or d o b a. es / t ur is m o - y- pa tr im on io - d e- la- h um an id a d. h tm l 149
20 1 0
A yu n t am ie nt o d e Á v i l a ( 20 0 9). Pa tr im on io . Ex t ra íd o em 10 d e M a i o de do
s i ti o
do
A yu nt am ie nt o
de
Cór d ob a:
ht tp :/ / www. a v i l a. es /o p enc m s /o p enc m s / AV I L/ pa g i nas / ME NU /O RG A/ M AU P H/ P A T R/P AT R. h tm l 150
A yu n t am ie nt o d e T o l ed o, Pa tr on a to M u n i c i pa l d e T ur is m o ( 20 08) .
Ci u da d P atr im o n i o. E x tr a íd o em 10 d e M a io d e 20 1 0 d o A yn t am ie nt o de
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No que diz respeito aos sítios institucionais, são várias as organizações espa nholas de carácter nacional que promovem o património espanhol na internet. O sítio do Ministério da Cultura Espanhola tem uma página dedicada exclusivamente ao Património Mundial deste país: “Son
Patrimonio
Mundial
los
lugares
de
valor
universal
excepcio nal para la humanidad que, com o tales, han sido inscritos en la Lista del Patr imonio Mundial de la UNESCO con el fin de garantizar su protección y conser vación para las gener aciones f uturas. Patrimonio
Mundial -UNESCO:
Los
contenidos
de
estas
páginas inf orm an sobre Patr imonio Mundial: qué es, cuál es el proceso de inscr ipción de bienes en la Lista del Patr imonio Mundial, qué organismos inter vienen en su gestión y cómo se garantiza su conser vación. Patrimonio Mundial en España: Bienes españoles declarados Patrimonio Mundial: cuáles son, pr óxim as candidaturas y acciones de conser vación y pr otección sobre estos bienes .” 151
Em Espanha existe mesmo uma organização que congrega todas
as
cidades
cujo
centro
histórico
é
classificado
como
Património da Humanidade, são elas as cidades de: “ Alcalá de Henares, Ávila, Cáceres, Córdoba, Cuenca, Ibiza / Eivissa, Mér ida, Salamanca, San Crist obál de La Laguna, Santiago de Compostela, Seg ovia, Tarragona, Toledo ”
T ole d o:
152
h tt p: // ww w. t o le d o - t ur is m o.c om /t ur i s m o/c on te n i do /m as - t ol ed o /t o le d o -
h is t or ia /c iu d ad - p atr im on i o. as px 151
M i n is t ér io d a C u lt ur a do G o ver n o d e Es pa n ha ( 20 1 0). Pa tr im ón i o
His t óric o , P atr i m ón i o Mu n d ia l . Ex tra í do em 21 d e Abr i l d e 2 0 10 do s í ti o d o M in is tér i o
da
Cu l t ur a
do
G o v er no
de
Es pa n ha :
ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ C E/ P atr M un d i a l/ In tro d uc c io n .h tm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Esta instituição, que goza de um estatuto internacional de elevado prestígio, contando mesmo com o apoio institucional da UNESCO,
detém
um
espaço
muito
completo
na
internet,
apresentando, à semelhança do sítio do Ministério da Cultura de Espanha,
informações
relacionadas
com
os
estatutos
de
candidatura à classificação pela UNESCO, cartas internacionais de cooperação,
informação
à
imprensa,
documentos
para
investigadores e académicos, informação dedicada aos agentes turísticos e público em geral, com o objectivo de divulgar em larga escala o rico património classificado: “La promoción, que tan importante es para lograr el objetivo de la r entabilización que se propone desde la UNESCO, constituye un gran logro de la Asociación, que ha econom izado esf uerzos y presupuesto a través del trabajo conjunto, al margen de la labor que, de manera, individual, se realiza desde cada uno de los ayuntam ientos.
Desde
el
primer
m omento
se
ha
visto
las
posibilidades que se obtenían of reciendo a los potenciales turistas, no una competencia, sino un complemento a la of erta del t urismo de Sol y Playa, pr oponiendo esta otra alternat iva del T urismo Cultural y de Calidad histór ica y art íst ica de nuestras ciudades ”
Denominador
comum
a
todos
os
sítios
153
.
institucionais
apresentados é o facto de estes apresentarem uma ligação para o
152
Ci u da d es
P a tr im oni o
de
la
Hum an i d ad
de
Es pa ñ a
(2 0 10) .
Las
Ci u da d es . Ex tr a íd o e m 12 de Ma i o d e 2 01 0 do s ít i o d o G ru po C iu d ad es P atr im on i o
de
la
Hu m ani da d
de
Es p añ a:
ht tp :/ / www. c iu d ad es pa tr im o ni o .or g /d ef a u lt .as px 153
C iu i d ad es
P a tr im o n i o
de
la
H um an i da d
de
Es pa ñ a
( 2 01 0) .
La
O rg an i za c ió n . Ex tr a íd o em 12 de M a i o de 20 1 0 d o s í t i o do G r u po C i u da d es P atr im on i o
de
la
Hu m ani da d
de
Es p añ a:
ht tp :/ / www. c iu d ad es pa tr im o ni o .or g /D es k to pD ef a ul t. as px ? t ab ID = 8 42 1
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
sítio do Centro d o Matrimónio Mundial (W orld Heritage Center), com a grande maioria dos sítios a contarem também com uma ligação
para
o
sítio
do
ICOMOS
(International
Counsil
on
Monuments and Sites). O primeiro sítio é, como não podia deixar de ser, o mais completo, bem co mo o mais complexo espaço on -line dedicado ao Património da Humanidade, já que é o Centro do Património Mundial, sedeado em Paris, a organização responsável, no âmbito da UNESCO, pelo estudo, preservação e divulgação do património universal: “Heritage is our legacy f rom the past, what we live wit h today, and what we pass on to f uture generations. Our cultur al and natural heritage are both irreplaceable sources of lif e and inspiration. Places as unique and diverse as the wilds of
East
Af rica’s
Serengeti, th e Pyr amids of Egypt, t he Great Barr ier Reef in Australia and t he Baroque cathedrals of Latin Amer ica make up our world’s her itage. W hat makes the concept of W orld Heritage except ional is its universal applicat ion. W orld Heritage sites belong to all the peo ples of the wor ld, irrespective of the territor y on which they are located. The
United
Nat ions
Educational,
Scientif ic
and
Cultural
Organization (UNESCO) seeks to encourage the ident ificat ion, protection and preservat ion of cultural and nat ural her itage ar ound the world considered to be of outstanding value to humanit y. This is embodied
in
an
concerning
the
inter national
Pr otection
of
the
treaty W orld
Herit age, adopted by UNESCO in 1972”
154
Ma i o
called
the Convent ion
Cultural
and
Natural
154
.
W or ld H er it a g e C e nt r e ( 1 99 2). W orl d He r it a ge . Ex tra í do em 1 7 de de
2 0 10
do
s í ti o
do
C e ntr o
do
Pa tr im ón i o
Mu n di a l :
ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ab o ut /
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
No sítio do Centro do Pa trimónio Mundial podemos encontrar todas as informações relacionadas com a lista do património classificado, a lista do património em risco, informações sobre futuras
candidaturas
e
classificações,
documentos
sobre
a
Convenção do Património Mundial, assina da pelos 148 países com assento neste organismo da UNESCO, informações sobre as decisões das assembleias realizadas pelo Comité do Património Mundial.
Inclui
ainda
uma
ampla
página
com
informações
destinadas aos meios de comunicação social, com comunicados de imprensa e notícias relacionadas com as iniciativas desenvolvidas pelo
Centro
do
Património
Mundial,
sendo
publicadas
periodicamente neswsletters e comunicados relacionados, entre outros, com o estado de preservação do património classificado: “ Messag e
f rom
Francesco
Bandar in,
UNESCO
Assist ant -
Director f or Culture, on f loods af f ecting European W orld Heritage sites. The news of massive f looding across Eastern Europe, and the threat that this poses to W orld Heritage sites in Poland has caused great concern to the W orld Her itage com munit y. W e deeply deplore the loss of lives in t his natur al disaster. The f loods are the worst to occur in Poland since 1997, when 55 people died and nearly 50,000 homes were f looded. In 2002, a number of W orld Her itage sites were f looded in Austria, the Czech Republic and Hungary. In particular the W orld Her itage properties of the Historic Centre of W arsaw and Cr acow' s Histor ic Centre have been r eported to be threatened this week, in addit ion to a number of other sites included on the W orld Her itage List and on national Tentat ive Lists of countries in this region ” 155
155
W or ld H er it a ge C e nt r e (2 0 10) . Mes s ag e f ro m Fra nc es c o Ba n d ar in ,
UN E SC O As s is ta nt - D i r ec t or f or C u lt ur e, on fl oo ds a ff ec ti n g E ur o pe a n W orl d Her i ta g e s it es . Ex t r a í do em 1 7 d e M ai o de 2 0 1 0 do s í t io d o C en tr o do P atr im ón i o M un d i al : h t tp :/ / whc . u nes c o .or g /e n /n e ws / 61 0
Ar t ur F il ip e do s San t os
14 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Este
sítio
disponibiliza
também
obras
de
investigação,
revistas e ainda um vasto leque de informação para académicos, investigadores, bem como para agentes culturais e turísticos, não olvidando a divulgação sempre necessária para a generalidade do público. Assim, para se ter uma ideia concreta sobre as actividades em prole da defesa do património universal da Humanidade urge conhecer este sítio, já que é um espaço de divulgação que o Centro de Património Mundial, sob a égide da UNESCO, tem continuamente vindo a apostar, tal é o manancial de informação que é disponibilizada, assim como a periodicidade da actualização da informação. No que diz respeito ao sítio do ICOMOS , organização que orbita sob a esfera da UNESCO e responsável pela aprovação da atribuição do título de Património Mundial aos espólios candidatos, este é um espaço mais específico, com informação mais técnica e vocacionada sobretudo para instituições que se dedicam ao estudo e preservação de monumentos e sítios históricos, não deixando, contudo, de conter, comunicados de imprensa relevantes e que visam sensibilizar a sociedade para o trabalho desempenhado por este organismo: “Blue Shield actions f or saf eg uarding heritage in Haiti The Blue Shield reasserts its solidar it y wit h the Haitian author ities and populat ion as well as all National and International Organisations working to help t he injured and homeless and rebuild sustainable inf rastructures vital f o r the Hait ian people’s sur vival. Culture being a core component of Hait i’s social f abric, protecting and rescuing the countr y's heritage is essent ial f or its recover y.
In
t his
Ar t ur F il ip e do s San t os
perspective,
the
Blue
Shield,
thr ough
its
15 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
constit uent organisations and its Nat i onal Committees around the world, has been t aking unprecedented action since 12 Januar y 2010 in order t o assist the Hait ian authorit ies, cultur al associations and stakeholders as well as the Haitian population in their effort to def end and r estore
Haitian
BlueShield
organisation’s
member
her itage.
Haiti can count
expertise
and
on the
suppor t
with
regard to archives, audiovisual docum ents, librar ies, monuments and museums ” 156.
Para além destas duas organizações existe também um organismo internacional que con grega a grande maioria das cidades cujo centro histórico se encontra classificado pela UNESCO, intitulada Organização das Cidades do Património Mundial, que congrega cerca de 112 cidades -membro, nas quais se destacam as cidades portuguesas e espanholas cuj o “casco histórico” se encontra classificado. Este sitio apresenta textos, documentos e notícias sobre os mais importantes aspectos que envolvem as cidades classificadas, de forma a aprofundar e divulgar as iniciativas que visam preservar e promover o espó lio histórico das cidades, informação essa apresentada na perspectiva dos profissionais, dos poderes nacionais autárquicos, fazendo sempre a ponte com o Centro do Património Mundial da UNESCO: “El programa Alcaldes@Patrimonio nos da la oportunidad de saber más sobre la gestión polít ica de una ciudad por medio de entrevistas con los alcaldes de las ciudades miembros de la Organización 156
ICO MO S
de
las
( 2 0 10) .
Ciudades
Pr es s
del
R el e as e
Patrimonio –
B lu e
Mundial.
Sh i e l d
Estas
Ac ti o ns
for
S af eg u ar di n g Her i ta g e i n H a it i . Ex tr a íd o em 1 9 d e M a io d e 20 1 0 do s í ti o d o ICO MO S: ht tp :/ / www. i n t er n a ti o n a l. ic om os .or g/ ris k / 20 1 0/ h ai t i/ 1 00 3 22 _ B lu e _ S h ie l d_ Pr es s _re l e as e . pdf
Ar t ur F il ip e do s San t os
15 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
entrevistas perm iten saber un poco más sobre la carrera política de cada alcalde y la f unción que éstos últ imos desempeñan dentro de la
protección
del
patrimonio.
general sobre su ciudad ”
Adem ás,
contienen
inf ormación
157
.
Mas não é apenas nas páginas institucionais de carácter local,
nacional
ou
mesmo
internacional
que
se
encontram
informações sobre o Património Mundial dos centros históricos das cidades. Existem centenas de páginas pessoais com muita e variada
informação
sobre
esta
temática
em
concreto,
no
esquecendo ainda o universo dos blogues. A
seguinte
página
pessoal
é
um
dos
vá rios
exemplos
encontrados: “ Fort if icações de Elvas a Patr imónio Mundial Por ser de interesse para os meus leitores, alguns dos quais são da cidade de Elvas, aqui vos deixo a not ícia da redacção do prestigiado periódico “Linhas de Elvas”. O
município
candidat ura
raian o das
de Elvas já
entregou
f ortif icações
o
dossier
de
militares
da cidade a Patr imónio Mundial à Com issão Nacional da UNESCO , revelou a ver eadora da autarquia Elsa Gr ilo. “Estamos a aguardar os desenvolvimentos do processo. A partir de agora, a candidatura vai para as instâncias internacionais que terão de se pronunciar e, eventualmente, pedir elementos
157
O r ga n i za c i ó n d e l as Ci u da d es d e l P at rim o n i o M un d i al ( 2 01 0). A lc a ld es
& P atr i mo n i o. Ex tr a íd o a 1 9 d e M ai o d e 2 01 0 do s ít i o da O rg a n i zaç ã o d as Ci d ad es
do
Pa tr i m óni o
Mu n d ia l :
ht tp :/ / www. o v pm .or g/ i nd ex .p h p?m od u l e =p a g e s e tt er &f u nc = v ie wp u b &t i d = 1 &p i d = 40 5 &m m =1 1 10
Ar t ur F il ip e do s San t os
15 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
complementares como já aconteceu em processos semelhantes”, ref eriu a autarca” 158.
Outra página pessoal mostra um cibernauta empenhado em dar a conhecer os objectivos e a finalidade da classificação da UNESCO, apresentando exemplos de espólios já outorgados com o título de Património Mundial: “ Patr imónio Mundial da Humanidade (I) Aproximar as múltiplas f acetas de um mundo complexo; contactar com u m património comum da humanidade; conhecer novas
culturas;
aprender
de
f orma
lúdica;
são
algumas
das
vertentes que as viagens nos podem proporcionar. Desde 1978, visando a protecção do que a humanidade tem de mais precioso, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para
a
Educação,
Ciência
e
Cultura)
classif icou
já
como
“humanidade, pelo seu excepcional valor, cerca de 790 locais dif erentes em 134 países – nas vertentes de ponto de int eresse natural
(paisagens
–
154),
de
ponto
de
interesse
cultural
(monumentos – 611) ou mistos (23) –, dos quais 13 em Portugal. A tomada de consciência da existência de um património mundial a preser var remonta ao f inal dos anos 50 quando, na sequência da construção da barragem de Assuão (Egipto), se tornou necessár io deslocar os templos núbios de Abu Simbel par a os salvar das águas do Nilo, um pr ojecto de 40 milhões de dólares .” 159. 158
Ca p it ã o Pa r d a l, J os é ( 20 1 0). For t if ic aç ã o de E lv as a Pa tr i m ón i o
Mu n d ia l .
Ex tr aí d o
a
12
de
Abr i l ,
20 10
de
ht tp :/ / www. j os e pa r d a l. c om /20 1 0/ 0 4/ 07 /f or tif i c ac o es - d e- e l v as - a- p a t rim on i o m und ia l / 159
V ic en t e, L eo n e l ( 2 00 5) . P atr i mó n i o Mu nd i a l da H u ma n i da d e ( I) .
Ex t ra íd o
a
16
de
Abr i l,
20 1 0
de
ht tp :/ /m em or ia v ir tu a l. n et /2 0 05 / 06 /s oc i e da d e/ pa tr im on io - m und i a l- d a hum an i d ad e - i/
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Um outro exemplo mostra a página pessoal de uma estudante de Tecnologias da Comunicação da Universidade do Minho: “Guimarães: Património Cultural da Humanidade Guimarães é uma cidade portuguesa localizada na região Norte, com uma população de 52 182 habitantes, repartidos por uma área de 23,5 km² em 20 f reguesias, com uma densidade populacional de 2 223,9 hab \km². É sede de um município com 242,85 km² de área e 159 576 habitantes (2001), subdividido em 69 f reguesias, sendo q ue a maioria da população vive na cidade e na sua zona per if érica. Uma das f ormas possíveis de abordar a cidade de Guimar ães é através da object iva do art ista, elegendo a f otograf ia - meio de expressão art íst ica - como guia, no percurso e na leitur a dos espaços citadinos, carreg ados de memória e abertos ao f uturo. Ao escolher esta via, o observador de imagens, deverá ter plena consciência de que está a ser conduzido por um itinerário escolhido pelo artista, que se baseou naturalmente em opções estéticas e em critérios subjectivos, o que, dito de outro modo, signif ica que a objectiva é ela pr ópria subjectiva. Longe
de
ser
redutora,
a
visão
f otográf ica
da
cidade
evidencia e esconde sim ult aneamente, aspectos multif acetados da realidade complexa que é a urbe: mostra -nos a cidade como espaço onde se cruzam diversos percur sos; a cidade estratif icada, resultante da sobreposição de vár ias cidades ao longo dos séculos; a cidade como ent idade v iva que concentra os prazeres, os da f esta e os das conver sas, na rua, nas esplanadas, nos bares. É vulgar dizer -se que as pedras, os objectos, f alam. Ef ectivamente, a cidade cont ém, como as linhas da m ão, o seu passado escrito nas pedras das mur alhas, n as esquinas das r uas, nos balaústres das varandas, nas grades das janelas, nas casas rotuladas ou alpendradas. Deste modo, podemos constatar que palavras juntas com as seguintes imagens completam a verdadeira essência da cidade de Guimarães, onde t udo br ilha durante o dia e à noite, a luz Ar t ur F il ip e do s San t os
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amarelada dos candeeiros beija as pedras da Cidade de Berço, onde nasceu Portug al.
"Guimarães Cidade de Berço Património Mundial É a terra das Conquistas Onde nasceu Portugal ” 160.
O próximo exemplo de uma página pessoa l encontra -se relacionado com o centro histórico classificado da cidade de Évora e apresenta vários e cuidados conteúdos acerca do património classificado, com links para itinerários históricos, mapas de informação geográfica, para instituições que tutelam o património como a edilidade local, não faltando também uma ligação para o sítio on -line do Centro do Património Mundial da UNESCO 161.
Pela importância histórica e económico e sobretudo pelo carácter regionalista das suas gentes, são muitas as páginas pessoais que abordam a cidade do Porto e o seu património classificado, desde 1986, pela UNESCO. Um dos fotógrafos amadores mais importantes da cidade do Porto, António
Amen, criou uma vasta página pessoal, na qual,
para além de expor o seu vasto espólio f otográfico acerca desta cidade
portuguesa,
classificação 160
Cu l tur a l
da
S ous a
incluiu
UNESCO,
T e ix ei r a ,
da
P atr íc ia
Hu m a n id a de .
uma
página
apresentando P er e ira
Ex tr aí d o
apenas
dedicada
à
textos
credíveis
e
(2 0 0 8).
a
5
G u i ma rã es
de
J u n ho ,
P atr i mó n i o 20 1 0
de
ht tp :/ / www2 . i lc h. um in h o. pt / por ta l d ea l u nos /es tu d os / ep / ah /tc h/ p 1/ a n a% 20 p atr ic i a/ i nd ex .h tm l 161
Ex t ra íd o
Nu n es F er r ei r a , Lu i s a Ma n ue l a ( 20 0 5). Év ora . P atr i mó n i o Mu nd i a l . a
6
de
J u nh o
de
2 01 0
de
ht tp :/ / www. a n g elf ir e.c om /am ig a2 / lu is af err e ir a
Ar t ur F il ip e do s San t os
15 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
completos acerca da classificação, bem como um conjunto de fotografias a ilustrar o património outorgado: “A 5 de Dezembro de 1996 em reunião da UNESCO, realizada na Cidade do México, o Centro Histórico da Cidade do Porto, foi classificado como Património Mundial, abrindo á Cidade Invicta novas perspectivas, integrando -a na rota dos grandes valores da Humanidade. O processo de candidatura demorou quatro anos, mas foi levado a bom termo após difíceis lutas para fazer prevalecer os argumentos da sua mais que justa pretensão. No final, o Comité da UNESCO entendeu bem essas razões, ao justificar a inclusão do Centro Históric o do Porto no Património Mundial com estas judiciosas palavras:
« Tanto como cidade como realização humana, o Centr o Hist órico do Porto constit ui uma obra - prima do génio cr iativo do homem. Interesses militares, comerciais, agrícolas e demog ráf icos convergiram neste local para abrigar uma população capaz de edif icar a cidade. O result ado é uma obra de arte altamente estética e única no seu género. Trata -se de um trabalho colect ivo, que
não
resulta
de
uma
obra
de
um
só
per íodo,
mas
de
contribuições sucessiv as.» O
Porto
Património
Mundial
estende -se
por
Quatro
f reguesias da Cidade. São elas as f reguesias da Sé, de Miragaia, de S. Nicolau e da Vitória. Apresentaremos as f otos respectivas de cada f reguesia em álbuns separados, cujas f otos contém o mais possí vel o nome da f reguesia e o local q ue ref erem ” 162.
162
Am en, An t ón i o ( 2 0 0 7) . Po rt o P at ri m ó ni o Mu n d ia l . Ex tra í do a 2 0 d e
J un h o, 2 0 10 de : ht t p: // am en. n o.s a po .p t/ P or to %2 0 Pa tr im on io % 20 M u nd i a l. htm
Ar t ur F il ip e do s San t os
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No
que
concerne
a
exemplos
de
páginas
pessoais
espanholas são muitos, variados, a maior parte de boa qualidade, outros nem por isso, e muitos já inactivos ou sem actualização. O primeiro exemplo refere -se a Ávila, com o título da página a
referir
essa
Humanidad” 163
mesma e
é
um
nomenclatura sítio
que
“Avila
Patrimonio
apresenta
de
sobretudo
la
links
relacionados com o património classificado, com ligações para museus, arqueosítios, álbuns de fotogafias antigas de Ávila e naturalmente para os sítios institucionais que regem o património. Um
excelente
exemplo,
também
relacionada
com
o
património classificado de Ávila é a página de um grupo de alunos do 2º Ano de IES Universidad Laboral de Toledo que apresenta um sítio
muito
com
capítulos
sobre
fontes
históricas,
lendas
relacionadas com Ávila, património, rotas históricas, bem como outros aspectos relacionados com a classificação da UNESCO do centro histórico desta cidade, com objectivos muito concretos: “ Hola! Somos un grupo de alumnos de 2º ESO del I ES Universidad
Labor al
de
Toledo.
Estamos
part icipando
en
el
proyecto Jóvenes por el Patrimonio y est e año la ciudad patr imonio es Ávila. En esta web recogeremos t oda la inf ormación, imágenes, vídeos y juegos elaborad os por nosotros. ¡Esperemos que te guste! Nuestro
” Proyect o
Tuenti:
Mem oria
histór ica
de
Ávila
mediante Inter net, las TIC, y las redes sociales”, parte de la base de que para la mejor dif usión de la memoria hist órica de una ciudad, en nuestro caso de Ávila , se puede hacer desde el conocimiento del mismo y extendiendo dicho conocimiento e interés al mayor número de personas. Por este motivo hemos elegido una red social como f orma de interactuar, partiendo de la base de que aunque las redes sociales son cr iti cadas continuament e por las
163
Ve n ues a , M en es es ( s /d) . Av i l a P a tri m o ni o de l a Hum a ni d ad . Ex t raí d o
a 1 8 de J un h o, 2 0 10 d e ht t p:/ / ww w. terr a .es / pers o n al /j m h0 00 0 5/ i nd ex . htm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
f unciones perniciosas de algunos usuarios, creemos que también pueden ut ilizarse con una f inalidad cultural y educativa y nos permite día a día act ualizar nuestro pr oyecto ” 164
O universo dos blogues, plataforma surgida em 1997, e stá também atenta à temática do Património Mundial desde a primeira hora até aos dias de hoje. São muitos os exemplos de blogues que abordam, de uma forma directa ou indirecta este assunto, a tal ponto que ao elaborar uma simples pesquisa nos motores de bu sca Google ou mais especificamente num dos motores especializados na pesquisa de blogues, o Technorati, utilizando “Tags”, isto é, expressões de pesquisa
como
“Património
Mundial”
ou
“Património
da
Humanidade” verifica -se que só no Google (escolhendo a opç ão avançada de pesquisa por blogues) encontram -se 810 referências a
blogues
que
apresentam
a
“tag”
“Património
Mundial”,
encontrando-se desta forma blogues utilizando a língua portuguesa (sendo
estes
maioritariamente
brasileiros)
e
outros
a
língua
castelhana (desta feita com maior predominância encontram -se os blogues espanhóis). Utilizando a “tag” “Património da Humanidade” então encontramos, utilizando novamente a pesquisa de blogues do Google, cerca de 870 referências de blogues na língua de Camões.
Mas
se
traduzirmos
esta
última
expressão
para
castelhano, para “Patrimonio de la Humanidad” encontramos cerca de 780 referências de blogues escritos na língua de Cervantes. Utilizando o motor de busca Technorati os valores que nos surgem
são
bastante
semelhant es
dada
a
cada
vez
maior
convergência entre estas duas plataformas de pesquisa.
164
Á v il a P atr im on i o d e l a H um an di d ad ( 2 01 0) . Ex tr aí d o a 2 0 d e J u nh o ,
20 1 0, d e h tt p: // ww w. a v i la p atr im on i o de l ah um an i d ad .c om
Ar t ur F il ip e do s San t os
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Dado um tão vasto número de blogues que apresentam “posts”
sobre
esta
temática,
vejamos
alguns
exemplos
em
português e em castelhano. Um
dos
bons
exemplos
é
o
blogue
“Macau
Ant igo”,
desenvolvido por João Botas, e que aborda a história e o património desta antiga colónia portuguesa, cujo centro histórico foi inscrito em 2005 na Lista do Património Mundial: “ Sinalét ica do Património Mundial São 32 as novas placas sinalét icas qu e serão erguidas por toda a cidade para acompanhar os edif ícios assinalados como património
da
Humanidade
em
Macau.
Par a
não
of uscar
os
símbolos da UNESCO estas marcas f oram concebidas com formas minimalistas complementando a sua envolvência e integrando -se em
consonância
com
os
locais
mais
visitados
Elaboradas pelo Instituto Cultural de Macau, estudo
iniciado
há
três
anos,
macaense Car los Marreiros ”
esteve
a
do
ter ritório.
a concepção, num
cargo
do
arquitecto
165
.
Também em português, mas neste caso do Bra sil, o exemplo que se segue de blogue apresenta, entre outros, um “post” onde a autora enumera e apresenta todos os bens culturais brasileiros classificados pela UNESCO: “ Patr imônio Mundial Cultural no Brasil Em 1972, a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura ( Unesco) criou a Convenção do Patr imônio Mundial. O objetivo f oi incent ivar a preser vação de bens culturais e naturais considerados signif icativos para a humanidade. 165
de
Bo tas , J o ão ( 20 1 0) . S in a l ét ic a d o P atr i m ó n io Mu n di a l . Ex t ra íd o a 15 J u lh o
de
20 10
do
bl o gu e
M ac au
A nt i go :
ht tp :/ /m ac a ua nt i g o. b lo gs p o t.c om /20 1 0/ 0 7/s i n a le t ic a - d o- p a tr im on io m und ia l .h tm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
São patrimônios culturais obras arquitet ônicas, de escultura ou de p intura monumentais de caráter arqueológico, constr uções cuja caracter ística arquitetônica tem valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência e obras isoladas ou conjugadas do homem e da natureza, com valor excepcional do ponto de vista hist órico, estét ico, etnológico ou antropológico ” 166.
Outro exemplo, em língua portuguesa, é o blogue pessoal do Ministro da Cultura do Brasil Juca Ferreira: “ 34ª Sessão do Comitê do Patr imônio Mundial da UNESCO em Brasília De 25 de julho a 3 de agosto, Brasília, no ano de seu cinquent enár io, sediará a 34ª Sessão do Comit ê do Patr imônio Mundial, encontro anual promovido pelo Centro do Pat rimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). É a segun da vez que a capital brasileira recebe a Sessão. A pr imeir a foi em 1988, um ano após o seu reconheciment o como Patrimônio Mundial. A 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Cultural Mundial ser á uma reunião de 12 dias, ocasião em que mais de 180 delegações dos países participantes vão discut ir sobre as novas candidaturas de inscrição na Lista do Patr imônio Mundial, além de analisar o estado de conser vação e de r isco daqueles que já são declarados Patrimônio da Humanidade. O ministro da Cultur a, Juca Ferreira, é o atual presidente do Comitê
166
de
do
Patr imônio
Mundial.
Estim a -se
que
cerca
de
800
K e lm in h a ( 20 1 0) . Pa t r i mó n i o Mu n d ia l C u lt u ra l no Br as i l . Ex tra í do a 1 5
J u l ho
de
2 01 0
do
Bl og u e
K elm i nh a
pe l o
M un d o:
ht tp :/ / www.k elm i nh a pe l om und o .c om /2 01 0 /0 7 / pa tr im on io - m und i a l- c u lt ur a l- n obras i l .h tm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
16 0
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
represent antes de todos os países est ejam em Brasília para a reunião ” 167.
No que diz respeito a blogues de língua castelhana, um dos melhores exemplos encontrados é o blogue do e spólio fotográfico de Francisco Curbelo, que, para além de abranger fotografias, contém também textos que enquadram as imagens em temas concretos, sendo variados os “posts” que este fotógrafo dedica ao património classificado, não olvidando também uma liga ção à Lista do Património Mundial classificado, disponibilizado pelo sítio on line do Centro do Património Mundial: “ San Cr istobal de La Laguna Patr imónio de la Humanidad. El municipio de San Cristóbal de La Laguna, no sólo es conocido por la riqueza de su paisaje natural de parte del macizo de Anaga que comparte con Santa Cruz, f ormando el Parque Rural de Anaga, sino también,
y
quizás
sea
esto
por
lo
que
más
se
le
conoce
internacionalmente: Ciudad Patrim onio de la Humanidad. Todo esto nos lleva a un 2 de diciembre de 1999, donde el Comité del
Patrimonio
Mundial
de
la
UNESCO
reunido
en
Marrakech
( Marruecos) hiciera pública su apr obación del t ítulo de Patrimonio de la Humanidad para la ciudad de San Crist óbal de La Laguna, Tenerif e ”
167
168
.
Fer r e ir a, J uc a ( 2 0 10 ) . 34 ª S es s ã o d o Co m it é d o P atr i mô n i o M un d i al
da U N ES CO e m Br as í l ia . Ex t r a íd o a 1 5 d e J u lh o do b l o gu e do J u c a F err e ira : ht tp :/ / www. b l o gd oj uc af er r eir a .c om .br / ?p = 8 58 168
Cur b el o , Fr anc is c o ( 20 1 0). S a n Cr is t ó ba l de l a L a g un a Pa tr i mó n io d e
l a H um a n id a d .
Ex tr a íd o
Fot o gr áf ic o
a 15 de
de J u l ho
de
2 01 0
do
b l og u e
El
Franc i s c o
R i nc ó n Cu r be l o:
ht tp :/ /f ot os c ur be l o. b l o gs p o t.c om /20 1 0/ 0 7/s a n - c r is t o ba l- d e- l a- l ag u n a pa tr im on io . htm l
Ar t ur F il ip e do s San t os
16 1
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
O blogue “Historia de l Arte”, dinamizado por uma professora desta disciplina, Amparo Santos, apresenta também “posts” que fazem alusão extensa ao património classificado espanhol, entre outros, com recurso a vídeos e a material didáctico. No seguinte “post” a autora aborda o c entro histórico classificado de Cuenca: Cuenca, "La Ciudad Encantada"... ésta será nuestra ruta de hoy. La ciudad de Cuenca es uno de los principales conjuntos monumentales de España, con una gran proyección internacional que hizo que f uera declarada Patr imonio de la Humanidad por la UNESCO. Las
Casas
Colgadas,
también
conocidas
como Casas
Voladas, Casas del Rey y, erróneament e, Casas Colgantes, es un conjunto de edif icios civiles situados al borde de una roca que represent an mundialmente a la ciudad de Cuenca. En el pasado era f recuente este elemento arquitectónico en el borde est e de la ciudad ant igua, situado f rente a la hoz del r ío Huécar, aunque hoy sólo per duran una pequeña parte de ellas. De t odas, las más conocidas son un conjunto de tres de estas e structuras con balcones de madera
169
.
Outro exemplo de “post” deste mesmo blogue refere -se às comemorações do décimo aniversário da classificação do centro histórico de San Cristóbal de La Laguna pela UNESCO: “La
Laguna
celebra
su
décimo
aniversario
como
Patrimonio de la Humanidad...
169
S a nt os , Am par o ( 2 01 0). C u enc a “L a C iu d a d E nc a n ta d a ”… És t a s erá
Nu es tr a Ru t a d e Hoy ” . Ex tr a íd o a 22 d e J u lh o d e 2 01 0 do b l og u e His t ori a d el Art e :
ht tp :/ /h is t ori a d el ar te -
am par os a nt os .b l o gs p o t.c om /s earc h ?q = p atr i m oni o +d e + l a +h um an i d ad
Ar t ur F il ip e do s San t os
16 2
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El municipio tinerfeño de La Laguna ha cumplido este miércoles diez años desde que la UNESCO le otorgara el reconocimiento de Ciudad Patrimonio de la Humanidad, y para conmemorar este aniversario, el alcalde de la localidad h a descubierto
una
placa
en
el
Ayuntamiento.
El programa de Canarias radio la Autonómica ‘La Alpispa’, conducido por María Doménech, en su afán por acercarse a los
acontecimientos
importantes
de
los
canarios,
se
ha
trasladado a la Ciudad de Los Adelantados para retransmitir desde el consistorio lagunero una emisión especial dedicada a esta ciudad. La celebración del décimo aniversario de La Laguna como Patrimonio de la Humanidad ha estado rodeada de diversos
actos,
entre
ellos
la
presentación
de
la
próxima Muestra de Oportunidades que se celebrará los días 6 y 7 de diciembre, y en la que participarán 30 comercios del municipio. El objetivo es el de dinamizar la actividad cultural y comercial de La Laguna con vistas a las fechas de Navidad” 170.
Em suma, e à se melhança do que já acontece no mundo do jornalismo, com a figura cada vez mais massificada do “jornalista cidadão” 171, também a opinião pública, encarnada no cidadão comum, que muitas vezes em nada se encontra ligado às questões do património, seja a nível i nstitucional ou empresarial, contribui de forma essencial para a defesa e promoção dos bens culturais, demonstrando desta forma que as comunidades desejam preservar 170
S an t os , Am par o ( 2 0 10 . La L a gu n a C e l eb ra s u D éc i mo A n iv er s ar io
c om o Pa tr im ó n io de l a Hu m a ni d ad . Ex tr ai o a 22 d e J u l ho do bl o gu e H is t or i a de l Ar t e: h tt p: // h is t or i ad e l ar t e - am par os a nt o s .b l ogs p ot .c om /2 0 09 / 1 2/ l a - la g un ac e le br a- s u - d ec im o - a n i v er s a r i o .h tm l 171
T ar gi n o , Ma ri a da s G ra ça s (2 009) . J o rn ali sm o ci dad ã o: In f o rm a
ou D ef o r ma ? B ra sí l ia: Un es c o
Ar t ur F il ip e do s San t os
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o legado do passado, utilizando para a isso a Internet, nas suas mais variadas plataformas (blogues, facebook, twitter, e -mail – envio de ficheiros em powerpoint acerca do património cultural, W indows Messenger, etc.), produzindo conteúdos próprios ou divulgando obras de terceiros, sempre com o objectivo de não deixar perder a
identidade
em
form a
de
bem
arquitectónico
cultural.
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III.3 O Património Mundial em Campanhas de Publicidade A
necessidade
classificados Humanidade ligada
à
pela em
de
abordar
UNESCO
como
campanhas
definição
do
de
que
a
é,
exposição Património
publicidade em suma,
bens
Mundial
está
uma
dos
da
intimamente
campanha
de
publicidade, quais os objectivos desta, avaliação de resultados, entre
outros,
mas
sobretudo
a
publicidade
no
contexto
da
promoção do património cultural. Apontando
primeiramente
o
conceito
de
publicidade
propriamente dito, o Código da Publicidade do Estado Português apresenta uma definição própria mas específica da noção de Publicidade: “1 - Considera-se publicidade, para ef eitos do presente diploma, qualquer forma de comunicação f eita por ent idades de natureza pública e privada, no âmbito de uma actividade com ercial, industrial, artesanal ou liberal, com o obj ectivo dir ecto ou indirecto de: a)
Promover,
comercialização
ou
com
alienação,
vista quaisquer
à bens
sua ou
ser viços. b)
Promover ideias, princípios, iniciativa s ou
inst ituições. 2 – Considera-se, t ambém, publicidade qualquer f orma de comunicação da Adm inistração Pública, não prevista no número anterior, que tenha por object ivo, directo ou indirecto, promover o f ornecim ento de bens ou ser viços” 172.
172
A lt a
A ut or i da d e
pa r a
a
Com un ic aç ão
S oc i a l
( 2 00 4) .
Có d i go
da
P ub l ic i da d e . L is bo a : E d it or a A lm ed in a , p. 4.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Gilmar Santos apresenta uma definição de publicidade, desta feita mais centrada no campo teórico das ciências da comunicação: “Publicidade: é todo o processo de planeamento, criação, produção, veiculação e avaliação de anúncios pagos e assinados por organizações específ icas (públicas, privadas ou do t erceir o sector).
Nessa
acepção,
as
mensagens
têm
a
f inalidade
de
predispor o receptor a prat icar uma acção específ ica (por exem plo comprar um produto, abrir conta em determinado banco, reciclar embalagens etc.). Essa acção tem localização no tempo e no espaço, podendo ser quantif icada.” 173
Se atentarmos ao facto de que o património cultural é um “produto” passível de ser publicitado, à semelhança de vários outros produtos ou serviços também inseridos em estratégias de publicidade - existem já em Portugal, há relativamente pouco tempo, empresas publicitarias que se dedicam exclusivamente a desenvolverem
campanhas
publicitárias
relacionadas
com
o
património cultural, criando sobretudo campanhas para museus, actividades etnográfi cas e de promoção do património edificado, sem contudo alguma vez terem tomado parte activa da divulgação de bens classificados pela UNESCO -
este deve construir a sua
mensagem publicitária alicerçada na criação de uma marca forte, que se diferencie e se destaque das restantes marcas, tornando -as únicas, apesar desta unicidade ser já muito difícil de alcançar, como defende Gabriel Diaz Meyer: “Hoy equilibr adas
en
día,
en
casi
cuanto
a
todas
las
calidad,
marcas
tienden
f uncionam iento
y
a
estar
aspectos
técnicos (un f enómeno conocido como mercado convergent e). Sin
173
S a nt os , G ilm ar ( 2 00 5). P ri nc íp i os da Pu b lic i d ad e . Be l o Hor i z on t e:
E diç õ es UF MG , p. 1 7.
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embargo, esto no descarta que una marca pueda desarrollar una personalidad que la dif erencia de sus competidor as. Construir una marca f uerte consist e en desarrollar una personalidad f uerte y bien def inida para esa marca, con a que el consumidor se sienta identif icado y a gusto.” 174
Sendo o património classificado pela UNESCO uma marca forte, por todos os factores de avaliação que a esta distinção internacional são inerentes (como sendo o caso da obri gatoriedade de este ser um bem de importância universal, atestado por personalidades
credíveis
no
campo
da
História,
Arqueologia,
Arquitectura, Cultura, Sociologia, entre outras especialidades, bem como a sua importância turística e económica), ou mesmo qu e este esteja
em
processo
de
candidatura
a
esta
classificação,
é
necessário pensar em quais as melhores estratégias de promoção da
marca-património,
quais
os
melhores
suportes
para
essa
divulgação, que objectivos, que públicos -alvo. Mateos Rusillo aponta o s passos que devem ser tidos em consideração antes de se pôr em prática quaisquer tipos de campanhas de divulgação do património cultural: “Cualquier proceso de comunicación que pretenda ser ser io y ef ectivo deber ía tener en cuenta las dos primeras etapas sine qua non: la invest igación y la planif icación estratégica. En la primer a etapa de invest igación se debe responder a tres preguntas: ¿por qué?, ¿qué? Y ¿a quien? Es decir, la justif icación de las motivaciones que argumentan la activación patrimonial, e l conocimiento prof undo del recurso que se pretende
174
Diaz Meyer, Gabriel (2008). "Aspectos de la Comunicación Visual y Gráfica en la
Comunicación
del
Patrimonio
Cultural"
en
Santos
M.
Mateos
Rusillo
(Coord.)
La
Comunicación Global del Patrimonio Cultural. Gigón: Ediciones Trea.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
activar y del público o públicos a los que se dirigen nuestros esf uerzos. 175
Apontadas as metas e os alvos, Mateos Rusillo expõe sobre o segundo passo na construção de uma estratégia de promoção do património cultural, o da planificação da divulgação: “Una vez perf ilados y consensuados los objetivos que se pretenden conseguir , seleccionados y analizados los recursos que se activarán y el público objetivo as cual se dir ige la activación, es el
momento
de
en trar
en
la
segunda
f ase
del
pr oceso:
la
planif icación estrat égica. A dif erencia de de la primera etapa del proceso, de justif icación y conocimient o, ahor a se entra en una f ase
de
ref lexión
y
toma
de
decisiones
estratégicas,
dando
respuest a a tres preguntas : ¿cómo?, ¿dondé? y ¿cuándo? En def init iva, una ref lexión basada en los datos reportados por la etapa que debe desembocar en
1)
la decisión de ut ilizar un determ inado
enf oque de dif usión cultural y el m ejor medio o medios para trasladar lo de forma ef ectiva a l público objetivo y 2)
la
determinación
de
la
estrategia
comunicat iva que permita la visualización y contact o 176
f inal entre el product o f inal y su público destinatario.
O mesmo autor reflecte ainda sobre qual a estratégia mais credível seguir para melhor d ivulgar o património cultural e assim melhor captar a atenção do público -alvo, apontando a campanha 175
de l
S an tos M ., M at eos Rus s i l o (2 0 08) . "H ac i a u n a C om un ic ac i ó n G l ob a l
Pa tr im on i o
Pr es er v ac i ón "
Cu l t ur a l , en
o
Sa nt os
c om o
P o te nc iar
M.
Ma t eos
su
Us o
R us i l lo
F om en t an d o
su
(Co or d.)
La
Co m un ic ac ió n G lo b al de l Pa tr im o n io C u lt ur a l . G i gó n: Ed ic i o nes T rea , p . 29 . 176
S a nt os M ., M a te os R u s s i lo ( 20 0 8). I d ém .
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publicitária como uma das estratégias comunicativas a ter em conta: “Qué estrategia com unicativa ser ia la más idónea para dar a conocer ese nuevo producto cultural al público objetivo, utilizando para ello unas deter minadas técnicas y acciones. Por ejemplo, una campaña de comunicación basada en la publicidad (banderolas, anuncios y cuñas publicitarias en la prensa la radio locales”
177
No que ao património c lassificado diz respeito, reflectimos sobre quais as principais instituições que solicitam a produção de campanhas de publicidade, a que público se destinam essas mesmas campanhas e, claro está, quais os formatos mais comuns dessas campanhas e as mensagens que procuram transmitir. Os primeiros organismos que surgem neste contexto são as entidades locais, neste caso, Câmaras Municipais, Associações de Turismo,
Associações
Hoteleiras,
associações
comerciais
e
federações de comércio tradicional e de seguida as autoridades regionais e nacionais, todos com o objectivo de legitimarem a importância do património local aquando da sua candidatura a bem classificado
pela
UNESCO,
bem
como
posteriormente,
como
garante de uma aposta comercial bem sucedida e uma herança com fortes alicerces para que as gerações vindouras tenham desta forma a oportunidade de conhecerem a história do local por intermédio de monumentos bem preservados. Um claro exemplo de campanha publicitária, tendo por base uma parceria entre entidades públ icas e privadas é a campanha desenvolvida, em 2007, pela secretaria de Turismo da Junta de Castilla y Leon, com o lema “Castilla y Leon es Vida”. O objectivo concreto desta campanha, fruto da parceria entre a secretaria de Turismo da Junta de Castilla y L eon, agências de 177
S a nt os M ., M a te os R u s s i lo ( 20 0 8 ). I d em , p . 30
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turismo, unidades hoteleiras e museus, foi cativar essencialmente turistas
portugueses,
tendo
para
oferecer
como
factor
preponderante de escolha turística e cultural o de esta província ser, à data desta campanha, a única região europeia c om sete bens classificados como Património Mundial. Os formatos utilizados para esta campanha foram, sobretudo, os meios audiovisuais da televisão, tendo sido transmitidos pelo menos
três
vezes
institucionais
por
dedicados
semana, a
esta
durante
um
mês,
campanha
na
RTP
anúncios (Rádio
e
Televisão de Portugal); da Internet, com informação detalhada sobre esta campanha, cujo lema ainda vigora nos dias de hoje, através do portal da secretaria de turismo de Castilla y Leon (www.turismocastillayleon.com), intitu lado “Castilla y Leon é Vida”; em
outdoors
urbanos
e
cartazes
publicados
na
imprensa
portuguesa, como é o caso do exemplo apresentado no anexo nº 1 deste trabalho, publicado a oito de Abril de 2007, no Jornal de Notícias, estando assinalado a vermelho a me nção à existência dos sete bens classificados como Património Mundial. Outro
exemplo
de
campanha
publicitária,
tendo
como
objectivo primaz o de divulgar um bem classificado enquanto marca turística é a campanha levada a cabo pela Vereação de Turismo da cidade de Guimarães, cujo o centro histórico foi incluído a 13 de Dezembro de 2001 na Lista do Património Mundial da UNESCO, campanha com o lema “Dê um pulo à Idade Média e Durma num Castelo em Guimarães”, e que foi desenvolvida tendo como principais suporte s publicitários anúncios publicados nos principais
periódicos
portugueses,
anúncios
televisivos,
conferências e colóquios relativos a todo o processo que levou à candidatura e classificação do centro histórico da cidade de Guimarães, considerada o “berço” de Portugal. De seguida apresenta -se um exemplo extraído do Diário de Notícias, de 22 de Fevereiro de 2007, relacionado com a cidade de
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Guimarães e que pode ser consultado no anexo nº 2 deste trabalho.
Actualmente, uma nova campanha publicitária encontr a-se em marcha, fruto de parcerias entre a Câmara Municipal de Guimarães, o Governo Português, através da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria de Estado do Turismo, bem como várias entidades privadas ligadas à cultura e ao turismo do norte de Portugal e que culminará com a organização, em 2012, de variadíssimos Europeia
da
eventos Cultura.
relacionados As
próprias
com
Guimarães
iniciativas
Capital
inseridas
neste
certame “Guimarães Capital Europeia da Cultura” vão incidir grande parte no patrimón io classificado, criando desta forma mais uma montra de divulgação para os monumentos considerados Património Mundial, já que a própria UESCO terá também a seu cargo algumas iniciativas de carácter informativo e científ ico. Tomando de seguida como exemplo a cidade do Porto, quando as entidades públicas e privadas se uniram para juntos formularem a candidatura do centro história a bem classificado pela UNESCO, o organismo rosto desta candidatura e posterior classificação foi o CRUARB, Comissariado para a Ren ovação Urbana Ribeira/Barredo, criado em 1974 e extinto em 2003, para dar lugar à Porto Vivo SRU – Sociedade de Reabilitação, que em 2008 publica um extenso e ambicioso “Plano de Gestão Centro Histórico do Porto Património Mundial, que englobava, para além de um contínuo esforço de reabilitação, um capítulo importante para a divulgação, desenvolvendo desta forma uma estruturada campanha publicitária, fruto de parcerias locais, nacionais e internacionais, assente em iniciativas de âmbito científico, cultural , lúdico e turístico, de forma a dar a conhecer o património classificado às próprias gentes da cidade e arredores mas também
Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
aos milhares de turistas que visitam a cidade ou que estão de passagem rumo ao Douro ou a Lisboa: “Actividade Cultural
Fotograf ia: instalação do Centro Port uguês, com um rico programa de exposições. Arquivos: reinstalação e dinamização do Arquivo Distrit al do Porto e do Arquivo Histór ico Municipal ( …). Exposições: programa vast íssimo nalguns dos centros ou ser viços culturais acima mencionados, bem como na Cooperativa Ár vore, na Escola Super ior Art ística do Porto, no Mercado Ferreira Borges, no Edif ício da Alf ândega (este já f ora da zona classif icada mas situado na área de protecção). Intercâmbio
eur opeu:
projecto
Eurom int,
f inanciad o
pela
Comissão Europeia, que reuniu parceir os do Porto, de Espanha e da
República
Checa
–
destinou-se
ao
desenvolvimento
da
cooper ação em matéria de tur ismo cultur al. Visitas à Cidade: passeios da Pr imavera – À volta da Sé (Hélder Pacheco); Mira -Gaia (Ger mano Silva); Memór ias de um Rei (Germano Silva); A caminho de S. Lázaro (Júlio Couto) ; Ver também em “Turismo” 178.
Esta é a fórmula encontrada pelos responsáveis do município nortenho para divulgar o extenso património classificado, numa estratégia
que
não
passa
tanto
por
campanhas
audiovisuais
tradicionais mas mais por um esforço contínuo de desenvolvimento de iniciativas de promoção, bem como um cuidado expresso em informar as várias unidades hoteleiras da cidade, instituições culturais e empresariais, org anismos académicos, agências de
178
P or t o V i v o SR U – S oc ie d ad e d e R e ab i l it a ç ão Ur b an a ( 2 00 8) . C en tr o
His t óric o
do
Por t o
P atr i mó n i o
Mun d i al .
P la n o
de
G es tã o
–
Vo l u me
I II
(A nex os ) . P or t o: P or t o V i v o S RU
Ar t ur F il ip e do s San t os
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turismo entre outros, da agenda de acontecimentos a decorrer durante o ano e que, neste caso, se relacionam com os bens classificados. Outro exemplo extraordinário e quase único de divulgação massiva do património classifica do é a cidade de Santiago de Compostela, por tudo o que de religioso e de simbolismo histórico representa,
englobando
ainda
os
Caminhos
de
Santiago,
assinalando sobretudo o Caminho Francês ou Primitivo. E em ciclos de seis, cinco, seis e onze anos tem luga r a celebração do Ano Santo Compostelano, ou Xacobeo, um acontecimento que é sobejamente aproveitado não só pelas autoridades e organismos públicos e privados de Compostela mas de toda a Galiza e mesmo na Espanha por onde passa o “Caminho”. E é neste ano q ue as principais campanhas publicitárias de divulgação do património classificado de Santiago mais se fazem sentir, dentro e fora de Espanha, já que esta efeméride, para além de ser uma celebração religiosa, das mais vivas expressões de fé no mundo inteiro , é também uma celebração civil, onde a história, a cultura e especial as Letras Galegas são exultadas. Logo, todos estes factos são notoriamente alvo de especulação turística, existindo mesmo, desde
1991,
a
Sociedade
de
Gestão
do
Plano
Xacobeo ,
responsáve l pela execução de projectos de promoção turística e cultural por toda a Galiza e Caminhos de Santiago: “La
S. A. de Xest ión do Plan Xacobeo es una empresa
pública dependient e de la Xunta de Galicia, destinada
a la
promoción tur ístico - cultural y a la do t ación de ser vicios de los Caminos de Santiago. Se creó en 1991 con motivo del Año Santo 1993 (Xacobeo 93) integrándose poster iormente en el organigrama de la Conseller ía de Cultura e Turismo. Las iniciativas de la S. A. de Xestión do Plan Xacobeo promueve n la dotación de ser vicios para el Camino, la r ed de albergues públicos, la recuperación patrimonial de las r utas y Ar t ur F il ip e do s San t os
17 3
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
elementos arquitect ónicos y art íst icos. A nivel internacional tiene el papel
de
promocionar
exposiciones, divulgativas,
el
Cam ino
conf erencias, así
como
el
de
Sant iago
publicaciones f omento
de
las
a
través
de
inf ormativas
y
relaciones
entre
asociaciones de amigos del Cam ino de Santiago en todo el mundo.” 179
Assim sendo, como se pode verificar nesta citação, esta sociedade material
tem
de
também
divulgação,
como não
respon sabilidade
só
institucional
ou
desenvolver de
carácter
meramente cultural, mas também de cariz publicitário, como são a criação de spots publicitários (como por exemplo o spot oficial que pode
ainda
ser
visualizado
no
Youtube,
em:
http://www.youtube.com/watch?v=n1i0KsHjk6Y&feature=player_em bedded ou outros suportes, como cartazes ou mesmo selos invocando o Xacobeo, como se pode testemunhar consultando os anexos nº 3 e nº 4 desta tese. Os correios de Espanha chegaram mesmo a emiti r durante algum
tempo
selos
evocativos
classificados
como
Património
apresentando
de
seguida
um
dos
vários
Cultural
exemplo
de
bens da selo,
espanhóis
Humanidade, desta
feita
respeitante a Santiago de Compostela que pode ser consultado no anexo nº 5 desta tese. No plano de execução de campanhas publicitárias também a UNESCO, única autoridade supranacional responsável pela criação de campanhas a nível internacional, é agente activo no que concerne à promoção dos bens por esta classificados. Mas quando estas campanhas ocorrem, as mesmas são desenvolvidas por grandes marcas internacionais, que a partir desse momento são consideradas parceiras da UNESCO, distinção que aufere a essas 179
X ac o b eo G a l ic i a ( 20 1 1) . S . A. d e X es t i ón d o P la n X ac o b eo . Ex t ra íd o a
18 de J u l i o d e 20 1 1 de h tt p: // i ns t i tuc i o na l .x a c ob e o. es / es
Ar t ur F il ip e do s San t os
17 4
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
marcas uma idoneidade e um cariz social actuante aos olhos da opinião pública. Um dos grandes exemplos de campanha publicitária levada a cabo por uma grande marca, tendo em vistas a promoção de bens classificados pela UNESCO foi a que envolveu a Panasonic: “Panasonic Promotes Green Business W ith W orld Her itage Campaign Panasonic North
America
is launching an
advertising
campaign "to highlight Panasonic's growing leadership in green business innovation looking toward 2018, the 100th anniversary of the f ounding of its parent company, Panasonic Corporat ion." In addition to pr int ads, TV commercials f eaturing British singer Sar ah Br ightman will "emphasize the importance of pursuing a sust ainable f uture and will highlight some of Panasonic's own eco initiatives." Panasonic, which has a new head of marketing and branding in North America (B etty Noonan, who joined the brand f rom Kodak), is promot ing its green initiatives to f urther reduce CO2 emissions, increase resource recycling, save and reuse water and raise environmental consciousness. Its new 30 and 60 - second commercials will air dur ing the National
Geographic
Channel's
ser ies
“The
W orld
Heritage
Special”, a monthly program which explores the wor ld's natur al and cultural
wonders
including
the
Taj
Mahal,
Machu
Picchu,
Yellowstone National Park and Stoneheng e. The Nat Geo series will run t hrough May 2012 and will be seen in mor e than 370 million homes across National Geog raphic Channel's global net work including the US. 180.
180
Br a d y, S hi r l e y ( 2 0 11 ) . Pa n as o n ic P r om ot es G re en Bus i n es s wit h W orld
Her i ta g e
C am pa ig n.
Ex t r a íd o
a
19
de
J un h o
do
s ít i o
B ra n d
C ha n ne l :
ht tp :/ / www. b r a n dc h a n ne l .c om /h om e/ pos t/ 2 0 11 / 06 /1 0 /P a n as o n ic - G ree n-W orldHer i ta g e - C am pa i gn .as px
Ar t ur F il ip e do s San t os
17 5
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
A
Panasonic,
ao
desenvolver
esta
campanha,
está
a
demonstrar à opinião pública dos países onde esta campanha foi lançada um compromisso ecológico enquanto grande empresa, num claro esforço de legitimação social e de promoção da marca. Não deixa e ser um facto, mas a realidade é de que também a UNESCO soube aproveitar esta parceria, onde não se ver obrigada a despender os montantes monetários que campanhas deste género obrigam, como também vê valorizada a sua imagem ao saber emparceirar com marcas de renome, assim como vê também os
bens
classificados
por
este
organismo
pertencente
à
Organização da Nações Unidas promovidos in ternacionalmente, o que ajuda e muito ao esforço de divulgação e conservação de exemplares únicos da história da Humanidade e da paisagem natural do planeta. Outro
exemplo
de
parceria
de
grandes
marcas
com
a
UNESCO é a campanha que juntou a marca de relógi os Jaeger – Le Coultre, o International Herald Tribune e a UNESCO numa parceria com a duração de três anos, para a promoção de campanhas, entre outras iniciativas, desta feita com vista à aquisição de fundos para a preservação de sítios classificados como Património Natural da Humanidade: “Jaeger -LeCoultre launches its second online auction f or the preser vat ion of W orld Her itage sites Af ter last year's gr oundbreaking Tides of Time campaign, Jaeger-LeCoultre's second online auct ion on March 18, 2010 will benef it
the preser vation
work
of
the UNESCO W orld Heritage
Centre. This year, the Manuf acture is of fering an iconic and unique timepiece: one of t wo vintage 1958 Geophysic Chronometers tested by prof essional climber Stephane Schaff ter and his team during their recent
Geophysic
Expedit ion
to
the
Himalayas.
Their
successf ul expedit ion culm inat ed in the off icial naming of a virgin peak, Mt Antoine LeCoultre.
Ar t ur F il ip e do s San t os
17 6
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Jaeger-LeCoultre launched its Geophysic Chronometer in 1958 and made just 1290 of them. Since then, it h as become one of the most iconic pieces in the histor y of the brand, epit omizing the values of precision, resistance and aesthetic perf ection. Jaeger-LeCoultre UNESCO W orld
has
Heritage
a
long -term
Centre
and
partnership
the
with
International
the
Herald
Tribune, made up of a 3 -year int ernat ional advertising campaign promoting a number of Mar ine W orld Herit age sites and issues aff ecting them. The goal of the partnership is to help def end and protect
outstanding
inter vent ion.
The
marine
auction
is
sites a
that
chance
require
f or
collect ors to participate in this worthy cause.”
watch
immediate lover s
and
181
Ao desenvolverem -se parcerias entre a UNESCO e estas grandes marcas internacionais, a UNESCO vê desta forma uma forma de obter fundos essenciais para o es tudo do património a classificar, para a preservação e divulgação do património cultural e natural classificado, que de outra forma lhe seria muito difícil de obter, dada a escassez de recursos financeiros tanto da UNESCO como da própria ONU no seu todo. P ara as empresas fica o benefício de emparceirarem com um organismo que goza de grande prestígio a nível global, com uma máquina de comunicação já bem montada, bem como o de verem o seu nome valorizado no meio da opinião pública e dos nichos de públicos mai s afectos às questões do património e do turismo cultural e ou natural, público esse com forte poder de compra, logo possíveis consumidores dos produtos elaborados por essas marcas. Em suma, as campanhas de publicidade são uma estratégia que as autoridades locais, nacionais ou internacionais têm nos 181
W or ld H er it ag e Ce n te r (2 01 0) . J a e ge r - L e C ou tr e L a unc h es its S e c on d
on l i ne A uc ti o n f or t h e Pr es er v a ti o n of W orld H er it a ge S i tes . Ex tr aí d o a 1 9 d e J un h o
do
s ít i o
do
C e ntr o
do
P atr im ón i o
M u nd i a l:
ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ne ws / 5 9 5
Ar t ur F il ip e do s San t os
17 7
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
dias de hoje em larga conta, tendo presente de que é uma estratégia que, apesar de não ser fácil avaliar os resultados finais dessa campanha, são a rampa para uma rápida divulgação e informação do património no seio da opinião pública, já que nem sempre o desenvolvimento de iniciativas de carácter meramente cultural ou científico, ou somente estratégias de relações públicas são o bastante para garantir a transmissão do saber da existência desse património que val e a pena visitar, que tem valor histórico, sociológico
e
turístico
e
que
vale
a
pena
potenciar
economicamente, e que só por meio da planificação de campanhas publicitárias devidamente direccionadas, com recurso a meios audiovisuais (publicidade urbana, jor nais, rádios, televisões, entre outras formas) é que a informação poderá alcançar o seu público de uma forma mais eficaz, credível e aliciante.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
IV. Estudo comparativo entre os periódicos Jornal de Notícias e La Voz de Galicia . IV.1 Desenvolvimento do Projecto Abordar
a
temática
da
preservação,
classificação
e
divulgação do património arquitectónico classificado dos centros históricos das cidades é falar de um tema que chama a atenção, neste caso - e tendo por base o estudo comparativo entre dois periódicos
-
aos
radiofónicos
ou
relacionadas
com
meios
de
televisivos. o
comunicação
social
Questiona -se
se
património
terão
impressos,
os
suficiente
assuntos
impacto
ou
notoriedade na sociedade que levem os meios de comunicação a explorar estes assuntos. Pergunta-se se o património é passível de ser objecto de destaque pelos órgãos de comunicação social, de que forma são desenvolvidos os conteúdos transmitidos pelos média, se terão uma exposição mediática assinalável no cômputo generalizado das temáticas abordada s pelos média, será uma exposição excessiva ou pelo contrário diminuta. Será
que
os
média
têm
como
objectivo
a
criação
de
programas, reportagens, peças jornalísticas intimamente ligadas ao património e se daí retiram dividendos. Se sim é porque têm público afecto a este tipo de assuntos. É porque as audiências interessam-se
pelos
assuntos
que
dizem
respeito
não
só
à
preservação de um bem público, espelho da história e da ideia de nacionalidade de cada país e de cada região. É porque as pessoas têm necessidade de beber o que é intimamente seu por herança histórico -cultural. Ou porque pensam que a classificação do centro histórico da sua cidade pela UNESCO granjeará o centro histórico da sua cidade de um título de enorme prestígio, imagem de marca
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e de qualidade certificada como é o título de Património Mundial. Ou por seu turno saberem que o simples facto de o património da cidade, por estar classificado, trará mais turistas e logo mais receitas monetárias. Ou
poderá
ser
exactamente
o
oposto.
Os
meios
de
comunicação social poderão virar costas a factos relacionados com o património, com a sua preservação, classificação e divulgação. Pensarão os média de que provavelmente estes assuntos não terão grande procura por parte da opinião pública. Que apostar na divulgação do património por intermédio da criação de conteúdos específicos não será assim tão vantajoso, nem para o meio de comunicação em causa nem mesmo para a economia da cidade, da região ou até mesmo do país. Talvez falar do património não seja suficientem ente aliciante para se desenvolver uma cobertura noticiosa, para ocupar uma página de um jornal ou nem sequer se criar uma peça radiofónica. Colocando
então
as
hipóteses
em
número
de
graus,
apresentando os dois jornais utilizados neste estudo comparativo – Jornal de Notícias e a Voz de Galicia:
Hipótese de Primeiro grau: os dois periódicos
estudados dão relevância às matérias relacionadas com o património e a classificação da UNESCO ao centro histórico das suas cidades.
Hipótese de Segundo Grau: se os jorn ais vêm na
publicação de notícias correspondentes ao Património é porque existe, na população que habitualmente compram o Jornal de Notícias e a La Vo z de Galicia a necessidade de explorar
os
factos
que
dizem
respeito
à
preservação,
classificação e promoçã o do seu património e do Património Mundial. Desta forma os jornais vêm a necessidade de saciar
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18 0
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a curiosidade dessa população com a cada vez maior aposta em publicar sobre estas matérias ao longo do tempo
Hipóteses de Terceiro Grau: havendo por parte
dos dois jornais interesse na publicação destas matérias, por via
dos
seus
exploradas
as
leitores
terem
temáticas
a
necessidade
relacionadas
com
o
de
verem
título
de
Património Mundial dos seus centros históricos, é porque existe actualmente por parte de franja s da população de Porto e de Santiago de Compostela uma consciência quanto à preservação, importância da classificação e da difusão do seu espólio arquitectónico; o facto de se comprovar que um dos periódicos publica mais artigos do que o outro é sinal que os leitores de um têm mais interesse por estas questões do
que
segundo
e
que
existe
mais
consciência
da
importância do património numa cidade do que noutra. escasso,
Hipótese nula: O número de artigos publicados é demonstrando
que
estes
periódicos
não
demonstram interesse nestas matérias, sinal de que os leitores não estão despertos para as questões do património.
O objectivo deste estudo comparativo não é desvendar as respostas a todas estas hipóteses, mas sim auxiliar na construção de uma ideia introd utória de quanta relevância poderão dar os média, partindo do exemplo destes dois importantes periódicos como são o Jornal de Notícias e a La Voz de Galicia, no sentido de este estudo ser uma veia iniciática para a criação de novos estudos comparativos no seio desta matéria. Este estudo visa elaborar uma análise comparativa entre dois periódicos: Jornal de Notícias e La Voz de Galicia . O primeiro jornal referido é português, conotado com a cidade do Porto, e na actualidade é o segundo periódico mais vendido em Portugal,
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tendo perdido o primeiro lugar para o jornal diário O Correio da Manhã em finais de 2010: “Jornal de Notícias é o diário que mais sobe O “Jornal de Notícias” ultrapassou o milhão de leitores no
segundo
trimestre
de
2011,
tornando -se
no
diário
generalista que mais subiu em audiência em relação aos três meses anteriores. O diário da Controlinveste cresceu 1,6 pontos percentuais, mais 1,2 pontos que o “ Correio da Manhã ”. Entre Abril e Junho, o JN registou uma audiência média de 12,4 pontos perce ntuais, o que se traduz numa média de um milhão e 30615 leitores diários (cresceu 132983 leitores). Em
relação
ao
trimestre
anterior,
o
diário
da
Controlinveste subiu 1,6 pontos, mais 1,2 do que o “ Correio da Manhã”, da Cofina, líder no segmento de general istas, que regista 14,4 (uma subida de 0,4). A diferença entre as duas publicações é, actualmente, de dois pontos.” 182
A segunda publicação estudada é galega, de referência para a cidade de Santiago de Compostela. Posto isto, identificamos que ambos os jo rnais se encontram ligados a duas cidades detentoras de um espólio classificado como Património Mundial pela UNESCO, ligadas uma à outra pelos laços da História, pelo Caminho de Santiago e por ambas serem membros da associação transfronteiriça de Município s do noroeste peninsular “Eixo Atlântico – Galiza – Norte de Portugal”.
182
G as p ar , An a ( 2 0 1 1, J u lh o 1 3). J orn a l d e N o tíc i as . J or n a l de N o tíc i as é
o D iár i o q u e m ais S ob e . Ex tr a í do a 26 d e J a ne ir o d o s í ti o d o J or na l de No tíc i as : ht tp :/ / www. j n . pt /P a g in aI n ic ia l /M e d ia /I nt er i or. as px ?c on t en t_ i d = 19 0 6 93 1
Ar t ur F il ip e do s San t os
18 2
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Esta análise comparativa tem como objectivo saber qual o volume, em notícias publicadas no período compreendido entre um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, da importância que estas duas publicações dão às temáticas relacionadas com o Património Mundial em geral e com o espólio classificado de cada uma das suas cidades respectivamente, em particular, bem como apurar qual dos dois jornais publica mais notícias referentes a este tema e se essa dif erença é significativa. De referir que, aquando da recolha de informação, foram tidos em conta somente as notícias que diriam respeito ao património, a preservação, divulgação, investimentos relativos ao espólio, processos de candidatura, classificação, em suma apenas matérias referentes ao assunto do património, não tendo sido levadas em contas as notícias que por uma razão ou por outra tenha
surgido
expressões
relacionadas
com
“Património
Mundial”. Assim, a recolha de informação foi des envolvida da seguinte forma:
Recolha de dados referentes a notícias publicadas
no Jornal de Notícias entre o dia um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, recorrendo à hemeroteca física presente na sede deste periódico na cidade do Porto, bem como à hemeroteca informática do referido jornal, tendo como base de busca as expressões “Património Mundial”, Património
da
Humanidade”,
“Património
Universal”
e
“Património Cultural da Humanidade” (com esta ordem exacta), enunciações comuns quando se trata de definir, em português a classificação da UNESCO. As notícias encontradas
foram
lidas
uma
a
uma,
no
sentido
de
verdadeiramente se apurar se estas diziam respeito ao tema abordado, para que a investigação não sofresse “contágio” por outras notícias que, apes ar de porventura Ar t ur F il ip e do s San t os
18 3
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
conterem uma das já referidas expressões de busca, nada tivessem a ver com o tema em estudo.
Recolha de dados referentes a notícias publicadas
em “La Voz de Galicia entre o dia um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, recorrendo à h emeroteca física presente na sede deste periódico na cidade de A Corunha, bem como à hemeroteca informática do referido jornal, presente
em
suporte
digital
na
Biblioteca
Central
da
Universidade de Vigo, no pólo Universitário de As Lagoas Marcosende, em Vigo, tendo como base de busca as expressões
“Patrimonio
Mundial”,
Patrimonio
de
la
Humanidad”, “Patrimonio Universal” e “Patrimonio Cultural de la Humanidad” (com esta ordem exacta), bem como o cruzamento das mesmas entre si (já que em vários textos surgem
por
identificação
vezes desta
uma
ou
mais
classificação,
com
expressões
ide
o
de
objectivo
aprimorar o texto jornalístico) enunciações comuns quando se trata de definir, em castelhano, a classificação da UNESCO. As notícias encontradas foram lidas uma a uma , à semelhança da realização do estudo das notícias do Jornal de Notícias, no sentido de se apurar se estas diziam respeito ao tema abordado, de forma a que a investigação não sofresse “contágio” por outras notícias que, apesar de porventura conterem uma d as já referidas expressões de busca, nada tivessem a ver com o tema em estudo.
População:
Jornal de Notícias (Cidade do Porto) La Voz de Galicia (Santiago de Compostela)
Amostra:
Notícias
publicadas
no
espaço
de
tempo
compreendido entre um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, relacionadas com o título de Património Mundial em geral, as Ar t ur F il ip e do s San t os
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
actividades desenvolvidas pela UNESCO neste âmbito e dos centros
históricos
Compostela
em
classificados particular,
do
Porto
encontradas
e
de
depois
Santiago de
de
extensiva
procura nos arquivos físicos e na hemeroteca informática das duas publicações O volume de amostra consultado no Jornal de Notícias foi de 1447 notícias, sendo 909 notícias alvos de estudo no âmbito das temáticas já referidas. O volume de amostra extraído do jornal La Vo z de Galicia foi de 1729, sendo 1505 notícias alvos de estudo no âmbito das temáticas já referidas. Nota-se uma discrepância entre o volume de amostras dos dois periódicos. A razão é a de que a hemeroteca do jornal La Voz de Galicia apresenta uma melhor organização dos conteúdos presentes no arquivo deste jornal, já que a sua facilidade de consulta permitiu um volume extenso de informação, visualizando um conjunto de “Cd -roms” cuidadosamente divididos em anos e dias de publicação , ao passo que o arquivo do Jornal de Notícias, para além de dif ícil consulta, englobada num sistema informático demasiado complexo e disperso e desactualizado. Através
da
análise
estatística
descritiva
e
estatística
indutiva, tendo como base tabelas de sé rie cronológica, com as variáveis
referentes
às
várias
expressões
que
identificam
o
Património Mundial em português e em castelhano:
- Tabela 1 (Jornal de Notícias - notícias de carácter geral,
não
relacionadas
directamente
com
o
património
classificado portuense mas com o Património Mundial na globalidade das notícias) - Património Mundial; Património da Humanidade; Património Universal; Património Cultural da Humanidade; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo.
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- Tabela 2 (Jornal de Notíc ias - notícias relacionadas apenas com o património portuense) - Património Mundial; Património da Humanidade; Património Universal; Património Cultural da Humanidade; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo. - Tabela 3 - (La Voz de Galicia - notícias de carácter geral
não
relacionadas
directamente
com
o
património
classificado compostelano mas com o Património Mundial na globalidade das notícias) - Patrimonio Mundial; Patrimonio de la Humanidad; Patrimonio Universal; Patrimonio Cultural de la Humanidad; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo. - Tabela 3 - (La Voz de Galicia - notícias relacionadas com
o
património
Património
de
la
“Santigueño”
-
Humanidad;
Patrimonio Património
Mundial; Universal;
Patrimonio Cultural de la Hum anidad; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo.
Através do estudo dos dados presentes nestas tabelas procura-se responder às seguintes questões: Qual dos dois periódicos publica mais notícias relacionadas com o título de Património Mundia l em geral, as actividades desenvolvidas pela UNESCO neste âmbito. Qual intimamente
dos
dois
jornais
relacionadas
com
publica o
mais
centro
notícias histórico
classificado da sua cidade.
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Saber, em cada um dos jornais, quais os anos que as notícias relacionadas com o Património Mundial em Geral e centros históricos classificados em particular foram publicadas em maior número e apurar as razões.
Num trabalho de campo que envolveu várias horas de pesquisa às hemerotecas dos dois jornais, com sucessivas viag ens a La Coruña e As Lagoas Marcosende, em Vigo, foram dispendidas cerca 155 horas na procura de todo o material necessário para o desenvolvimento deste projecto. Na procura de dados relacionados com o Jornal de Notícias foram consultados os arquivos dest e jornal, a sua hemeroteca digital, bem como os arquivos da Biblioteca Municipal da Cidade do Porto, numa recolha iniciada a 20 de Novembro de 2005 e terminada a 15 de Dezembro desse mesmo ano, com um total de horas
dispendidas
de
73,
num
universo
de
1.447
notícias
consultadas. Na procura de dados relacionados com a La Voz de Galicia foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital compilada em cd -roms, examinados na biblioteca central da Universidade de Vigo, em As Lagoas Marcosende, no pólo de Vigo, numa recolha iniciada a 16 de Dezembro de 2005 e terminada a 18 de Janeiro de 2006, com um total de horas dispendidas de 82, num universo de 1729 notícias consultadas. Foram
dispendidas,
com
o
intuito
de
construir
a
fundamentação teórica, na leitura da bibliografia de referência para este projecto 38 horas ao todo.
Ar t ur F il ip e do s San t os
18 7
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IV.2 Exposição do Trabalho
Dados obtidos no Jornal de Notícias
Tabela 1 Ex pr es s õ es d e Ref e r ê nc ia e Pr oc ur a d e D ad os d e No tíc i as d e Car ác t er G er a l
P at r im óni o M undial
P at r im óni o da Hum an id ade
P atr im óni o Univ er s al
P atr im óni o
T exto s q ue
Cult ur a l d a
tenh am u ma ou
Hum an id ade
ma is
20 0 0
14 5
33
0
11
ex pr e ss õe s e m 8 si mult ân eo
20 0 1
13 3
49
2
13
14
20 0 2
15 6
68
2
19
16
20 0 3
95
43
0
13
6
20 0 4
77
44
0
6
12
T otal
60 6
23 7
4
62
56
Tabela 2 Expressões de Ref erência e Procura de Dados de Not ícias relat ivas à cidade do Porto
P at r im ó nio M undial
P at r im óni o da Hum an id ad e
T exto s q ue P atr im ón
P atr im óni o
tenh am u ma ou
io
Cult ur a l d a
ma is
Univ er s al
Hum an id ade
ex pr e ss õe s e m si mult ân eo
2000
54
12
0
1
1
2001
49
23
0
0
4
2002
50
14
0
4
3
2003
45
13
0
2
4
2004
48
15
0
1
3
Ar t ur F il ip e do s San t os
18 8
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Total
246
77
0
8
15
Dados obtidos em La Voz de Galicia
Tabela 3 Expressões de Referência e Procura de Dados de Notícias de Carácter Geral T exto s q ue P at r im oni o M undial
P at r im oni o de l a Hum an id ad
P atr im oni o Univ er s al
P atr im oni o
tenh am u ma
Cult ur a l d e l a
ou m a is
Hum an id ad
ex pr e ss õe s e m si mult ân eo
2000
10
175
2
2
102
2001
16
212
13
1
42
2002
20
222
10
5
37
2003
22
212
2
1
35
2004
56
255
4
11
38
Total
124
1076
31
20
254
Tabela 4 Expressões de Referência e Procura de Dados de Notícias relativas à cidade de Santiago de Compostela T exto s q ue P at r im oni o M undial
P at r im oni o de l a Hum an id ad
P atr im oni o Univ er s al
P atr im oni o
tenh am u ma ou
Cult ur a l d e l a
ma is
Hum an id ad
ex pr e ss õe s e m si mult ân eo
2000
12
Ar t ur F il ip e do s San t os
42
3
0
29
18 9
A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
2001
21
39
1
0
19
2002
16
36
2
4
20
2003
12
22
1
0
9
2004
9
31
2
3
17
Total
70
170
9
7
94
Assim, nestas quatro tabelas temos uma distribuição de variáveis que são idênticas em todo o conjunto, diferencia ndo apenas na tradução em castelhano e ou nas várias expressões que tanto no português como no castelhano identificam o Património Mundial, para as duas tabelas relacionadas com a informação relacionada com La Voz de Galicia . Distribuídos os valores por or dem cronológica, iniciando o conjunto de tabelas em 2000 e terminado em 2004, perfazendo cinco linhas de informação, distribuindo por sua vez a informação nas
cinco
Humanidade”,
variáveis
“Património
Património
Universal”,
Mundial”,
Património
Patrimóni o
Cultural
da da
Humanidade”, expressões vulgarmente utilizadas para classificar o título nomeado pela UNESCO, a que se junta uma quinta variável “Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo”, de forma a despistar os textos que por sinal contenham, no sentido de aprimorar o “léxico jornalístico”, uma ou mais expressões de identificação do assunto em questão. De referir que esta última variável partiu sempre como primeira variável “Património Mundial” no que concerne ao Jornal de Notícias e “Património de la Humanidad” em La Voz de Galicia , utilizando como suporte as outras variáveis seguintes. Podemos mesmo começar por abordar a questão do “léxico” quando nos deparamos com o facto de que surgem no Jornal de Notícias mais notícias com a variável “Patr imónio Mundial”, 606
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
(número que contém as 246 notícias referentes ao centro histórico do Porto), ao passo que nas tabelas referentes à La Vo z de Galicia a expressão mais usual é “Património de la Humanidad”, 1.046 ao todo, não
esquecendo
de
contabilizar n este
número
as 175
notícias referentes ao centro histórico de Santiago de Compostela. Para uma procura mais abrangente é essencial contudo focalizar a razão para esta diferença no que respeita ao rótulo a adoptar pelos dois periódicos, já que esta existe. Quando a seis de Dezembro de 1985 foi decretado pela Nona Sessão do Comité do Património Mundial, em Paris, a atribuição do título de Património Mundial”, essa denominação era vulgarmente intitulada em Espanha de “Património da Humanidade”, expressão que por ser muito “humana” se adaptava à necessidade de sensibilização e consciencialização dos Estados e das populações para a conservação de um património pertencente a toda a humanidade e não só de um país. Só a partir dos anos 90 é que expressão “Património Mundial” se começou a vulgarizar em Espanha. É de salientar que estas duas expressões são as que verdadeiramente identificam esta classificação, já que ambas preenchem no conjunto das quatro tabelas o total de 2043 textos encontrados (606+237+124+1076 ), ao passo que todos os outros juntos perfazem apenas 125 ( 62+4+8 ). Mas explorando verdadeiramente o cariz deste projecto pode se
rapidamente
retirar
uma
conclusão,
depois
de
cuidada
exploração das tabelas em estudo: O periódico La Voz de Galicia foi o periódico que permitiu encontrar um maior de número de informação
relativo
à
(124+1076+31+20+254=1505 ),
temática não
do
esquecendo
património que
nestes
números estão englobados os textos relativos a Santiago de Compostela (70+170+9+7+94=350 ). A uma distância c onsiderável do primeiro periódico fica o Jornal de Notícias, com um menor
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
volume de informação ( 606+237+4+62+56=905 ), contabilizando as notícias
referentes
ao
centro
histórico
do
Porto
(246+77+0+8+15=346). Quanto à questão que diz respeito em saber quais f oram os anos
em
que
mais
se
encontram
informações
acerca
desta
temática, as tabelas dizem -nos o seguinte: Para o Jornal de Notícias 2002 foi o ano em que as matérias relacionadas com o património tiveram mais destaque com o volume de informação encontrado cifrado em 261, ao passo que o ano mais fraco, o de 2004, quedou -se por 139. No que respeita à informação focalizada no centro histórico do Porto, o ano mais “mediático” foi o de 2001. Quanto à La Voz de Galicia , o ano em que encontramos mais informação referente às variáveis relacionadas com o património em geral foi o de 2004, com 364 textos encontrados, com o pior ano a revelar ser 2003, enquanto que informação ligada ao centro histórico de Santiago tem o seu melhor ano a 2000. No que concerne ao volume total de informação encontrada no Jornal de Notícias, a média total de informação, juntando os valores de média de todos os anos perfaz cerca de 38,6 textos por ano (39,4+42,2+52,2+31,4+27,8 ), muito longe da média de “La Voz”
que
se
cifrou
em
quase
o
dobr o:
60,
2
(58,2+56,8+58,8+54,4+72,8 ). No conjunto dos dois periódicos foram identificados 1805 documentos (124+1076+31+20+254 )+(70+170+9+7+94 )=1.805. Olhando
ao
volume
de
informação
e
identificando
as
questões que estes podem levantar, notamos que a La Voz de Galicia é o periódico que mais se dedicou a divulgar a temática do Património Mundial com mais do triplo de notícias identificadas do que o Jornal de Notícias. Desvende-se então a razão dessa discrepância.
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
Identificamos também os anos mais “mediáticos e m cada um dos periódicos. Porque razão é que foram identificados mais documentos publicados em 2002 no Jornal de Notícias, enquanto que em La Vo z de Galicia 2004 foi o mais preponderante? Porque razão o centro histórico do Porto teve direito a mais “direit o de antena” em 2001 do que nos outros anos, enquanto que 2000 foi o mais importante para Santiago de Compostela, apesar de em ambos os caso a diferença não ser muita. Respondendo
à
primeira
questão,
diga -se
que
o
diário
regional La Vo z de Galicia , desde a sua fundação em 1882, por Juan Fernandez Latorre 183 (em conjunto com Antonio Prieto Puga e José Manuel Martínez Pérez) tem -se demonstrado, ao longo dos anos que compõem a sua existência, como um autêntico veículo de promoção da cultura e do
jornalismo galeg o,
como
defende
Mercedes Román Portas, ao afirmar que este periódico ocupa “um posto tão importante na imprensa galega e também no jornalismo espanhol contemporâneo”
184
.
Como exemplo dessa defesa da cultura e da especificidade galega no seio do reino de Es panha, atente-se ao exemplo histórico apresentado por Mercedes Román Portas, referente ao papel de La Vo z de Galicia , no processo de constituição do Estatuto de Autonomia da região da Galiza face ao poder central de Madrid, nos anos 30 do século passado: “A nuestro j uicio, y por muchas razones que nos dar ían materia para un largo alegato, vincularse
sino
en
La
la capitalidad de Galicia no puede
Coruña…
Hay,
aparte
los
motivos
geográf icos, sociales, culturales, comerciales y económicos que pudiéramos expon er en f avor de La Cor uña, una circunstancia que 183
Román Portas, Mer cedes ( 199 7). Histór ia de La Vo z de Galicia
(1882-1939). Vigo: Servicio de Publicacións da Universidade de Vigo 184
Román Portas, Mer cedes (1997). Idem, p. 5
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debe ser decisiva en este m omento republicano: la de ser nuestra Coruña el baluarte más f irme de la libertad en t ierras de Galicia, como lo demuestra su histor ia…” 185
Sendo assim, e porque o património edifica do ao longo dos séculos ajuda e muito a construir o retrato histórico de um povo e de uma cultura ancestral como a galega, este jornal, como “Voz”, que quer ser, dessa imensa cultura não poderia esquecer a importância
desse
espólio
de
preponderância
milena r,
se
pensarmos principalmente da importância que o centro histórico de Compostela (classificado pela UNESCO em 1985) e o Caminho de Santiago
(classificado
o
traçado
correspondente
ao
“caminho
francês” em 1993) representam para os cristãos de todo o mundo como local obrigatório de peregrinação, as muralhas romanas de Lugo (classificadas em 2000), a Torre de Hércules ou de Breogán (classificada Ilustración,
em em
2009), Ferrol,
em (esta
La
Coruña,
última
em
a
Fortaleza
fase
de
La
adiantada
de
candidatura ao título de Património Mundial, tendo este espólio sido inserido na Lista Indicativa apresentada por Espanha ao Centro do Património Mundial, em Paris, a 27 de Abril de 2007) têm para as gentes e para identidade galega. A Galiza, pelos seus monumentos e bel eza paisagista, representa um verdadeiro paradigma, um exemplo a seguir no esforço pela conservação de espaços e lugares que construíram a história galega desde as raízes celtas á actualidade. E o jornal La Voz de Galicia explora esta temática abundante, r espeitando de facto a sua condição de periódico regional. Esta é a razão porque este jornal dá tanto enfoque às questões do património. Não só porque há muito para falar na Galiza sobre este tema, mas porque explora esse mesmo cariz de periódico regional.
185
Román Portas, M. ( 1997). Ibd., p. 465
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Uma condição que o Jornal de Notícias, fundado seis anos depois de La Vo z de Galicia , em 1888, por José Diogo Arroio, José Moreira Fonseca e José Guilherme Pacheco, já deteve, ao ter sido apenas, durante muitas décadas, a voz mais visível do norte de Portugal
e
da
cidade
do
Porto
em
particular
no
panorama
jornalístico português passando depois a cotar -se como um diário verdadeiramente nacional, como afirma Oliveira Ramos: “Desde a sua f undação até ao f im da ditadura salazar ista, o Jornal de Notícias conf inava-se às estr eitas ruelas do Port o, aos subúrbios cada vez mais ent upidos desta cidade, estendia -se às vezes aos lim ites do Minho, não alcançava a gente sem let ras de Trás-os- Montes e t emia a sempre marcante f ronteira que o r io Douro sempre representou. Com o 25 de Abril de 1974, mercê do desenvolvimento da própria cidade do Porto e da necessidade da sociedade em se inf ormar, o Jor nal de Notícias , graças a invest imentos acertados e a uma polít ica de expansão sustentada pôde f inalmente galgar a “f ronteira f luvial”, para se af irmar como o mais vendido jornal português da act ualidade.”
Desta
forma
na
186
actualidade,
com
a
condição
de
ser
verdadeiramente uma “máquina de fazer dinheiro”, como disse um dia o economista Antunes Rebelo Soutinho, mantém -se ainda ligado à cidade do Porto, mas por já não ter um cariz regional, dedica-se sobretudo a temáticas relacionadas com a política e o desporto nacionais. Porém,
é
um
jornal
que
se
destaca
por
publicar
semanalmente duas rubricas que visam explorar as problemáticas relacionadas com o património portuense e a sua história (“À
186
Ramos, Luís A. De Oliveira (2000). Hist ória da Cidade do Porto .
Porto: Porto Edit ora. 3ª Edição, pp 492 -493 Ar t ur F il ip e do s San t os
19 5
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Descoberta do Porto” e “Passeio Público”), inseridos num caderno apenas publicado no Porto. Não é então de estranhar que, face aos diferentes objectivos dos dois jornais (um é diário regional, o o utro é um diário de dimensão nacional), os valores nos apareçam com discrepância relevante, por via da missão de cada um destes periódicos. Quanto à existência, no conjunto das tabelas apresentadas, de haver valores que nos mostram que houve anos em destaq ue no que respeita ao volume de informação encontrada, esse facto explica-se desta forma: O ano de 2002 foi o ano em que foram publicadas mais notícias de carácter geral, isto é, não relacionadas com a cidade do Porto, respeitantes ao património no Jornal de Notícias. Esse facto explica-se pelo facto de ter sido nesse ano que foram iniciados os estudos com vista à elaboração da nova “Lista Indicativa” portuguesa a entregar em 2004 ao Centro do Património Mundial da UNESCO, em Paris, e que estará em vigor du rante dez anos. Foram, desta feita, publicados nesse ano de 2002, vários artigos relativos ao património a estudar para possível inclusão nessa
referida
Arrábida; Descalços,
Baixa
lista,
concluída
Pombalina
Buçaco
Costa
de
com Lisboa;
Sudoeste;
os
seguintes
Cerca
dos
Fortificações
espólios: Carmelitas de
Elvas;
Palácio, Convento e Tapada de Mafra; Universidade de Coimbra. Existe uma razão plausível para que 2001 tenha sido ano em que foram publicados mais artigos relacionados com o centro histórico do Porto . 2001 foi o ano em que a cidade do Porto dividiu com a cidade holandesa de Roterdão o estatuto de Capital Europeia da Cultura, tendo por isso sido alvo de uma maior cobertura mediática, por via de várias (e intermináveis) obras realizadas
em
vários
locais
emblemáticos
da
cidade
e
da
realização de palestras e conferências ligadas ao estudo do riquíssimo património arquitectónico da cidade do Porto.
Ar t ur F il ip e do s San t os
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Para La Voz de Galicia , o ano de 2004 foi o mais notório no que concerne à publicação de notícias relativas a o património, isto porque nesse ano finalizou a “Lista Indicativa Espanhola”, onde em 23 espólios candidatos figurava apenas um exemplar (neste caso natural) galego, a Ribeira Sacra (Lugo e Ourense), tendo ficado “um amargo na boca” pela não inclusão novam ente da Torre de Hércules ou o espólio “ferrolano”. Assim, foram publicados artigos com reacções de alguns quadrantes da sociedade galega. Para Santiago de Compostela o ano de 2000 foi o que, na perspectiva do património, mais destaque teve, não só porque o centro
histórico
desta
cidade
celebrava
15
anos
desde
a
classificação outorgada pela UNESCO, mas sobretudo porque nesse ano Compostela foi Capital Europeia da Cultura.
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V. Conclusions Regarding
the research
undertaken in the
previous pages,
the following conclusions can be apointed:
Theoretical fundaments
All efforts for the preservation of mankind’s
cultural heritage
would never had the expression obtained if not have been made known at
the
international
various measures
level,
if not to
disclose the
undertaken by
institutions towards a
common
goal,
international which is
to preserve
the tangible sign of our history.
With a fixed effort of various agencies in developing a concerted institutional communication we’ve and documents of
reached the
great
objectives of heritage
present
day with references
importance to
realize not
conservation, but
the
documents are there physical
proof
that the
only the
specific
fact
that those
various
institutions
involved actually practiced a policy of communication.
It
is
essential to provide a theoretical
relationship of sphere account
the
of W orld a
various Heritage
agencies who among
profound definition,
company, being a
private
notion of are
the
active in
themselves, taking
yet focused, of
company,
notion
whether
the into of
public or
private with or nonprofit.
In
the sociological
of historic social ties,
point
of
view and
maintenance
these companies
related
to heritage and tourism activity plays a large role in the spread Ar t ur F il ip e do s San t os
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of cultural
identity,
knowledge,
traditions and
customs
of a village, city or country beyond the borders.
Given its importance, you feel the presence of economic and political lobbying, as these issu es most time Heritage often serve as
a
weapon,
economically important
especially
cities in
the
in
the most
national
context,
with a wider heritage and ranked with the most highest award that can be attributed to a historic center that is the title of UNESCO W orld Heritage Site.
From
the
moment and
the classification
there
of the
are interests behind
heritage,
the
media
reached an importance not only as an informative entity but also from regulator and gauge of public opinion to support a cause as it is the election and conservation of heritage.
Public
opinion is
dissemination value for
important
in
of heritage, from the an
entire
the preservation
and
moment a heritage is a
community, essential
to
be preserved in order to safekeep the historical legacy, an d fostering an
entire
economy based
on
flourishing
cultural
tourism.
It is
imperative
that companies and
organizations that
orbit
the W orld Heritage to develop a communication plan as a way to better
present all
employees working
information internally, in contact in
with all
these organisms, and
externally, in dialogue with other companies belonging to the area of publicity and protection of heritage.
Ar t ur F il ip e do s San t os
19 9
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The
option
of
using
known abroad fits
communication as
very
and objectives within meaning, these
well to
the
a
way
achieve
company or
organizations must
to make results
agency itself,
"talk"
in
order to
motivate those working in or for these organisms, and then call up the contact with whom orbits around or even out of such organizations. All those who perform their duties in institutions and public
and
the preservation
private
and
publicity
organizations dedicated
to
of W orld
be
Heritage should
aware of the objectives of the organism in which they work but also to focus
themselves to
the
importance
of a structured
communication within the organization, the mirror image of what transpires out of it.
It
is
imperative
to
present a definition
of corporate
communication, particularly focusing on the definition of internal communication and external also honoring
the
is, in
UNESCO,
itself,
disclosure their
communication essentially,
perspective not
activities and
of non-profit institutions as to
mention the
missions taking
it
prospect of into
account
the issues of public relations and even marketing.
It is essential to consider how the views of the prime movers of the city, what impact will the election of a site as a W orld Heritage
be in
sector has to
the say
local about
economy. And it. Only
what the
private
through a concerted
strategy, initiated by an institut ion and completed in a more or less
homogeneous it is to
see, perhaps
these questions
answered. All thanks to a careful construction of the idea of external
communication for
population, by
Ar t ur F il ip e do s San t os
seeing the
companies and institutions in
even the
city's
a united plan
20 0
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of prestige, it will increase the levels of trust in regard to those organizations at the eyes of the public opinion.
The pressing need to publicitate the contents related to W orld Heritage with the purpose to attract not only more tourism but also,
and that by
extension, more
the heritage fund itself,
since the
business,
preservation
heritage requires a substantial economic
so of
effort,
that
any built
an
effort
that often do not have town halls, countries are often not aware of these
issues
and
or ganizations,
which orbit on
the
heritage, are unable to capture. Proof is thus the importance of communication to
all spectra, for
the
development
of skills relating to the safeguarding of assets, as well as the disclosure of its classification.
The
idea with
regard
media advertising is the importance as W orld prove,
essential with
of
communication in
Heritage,
meaning,
to publicity
as
applications and print
regard to the
the
study of
election of
a
site
this is a perspective that attempts
how the
public izing
a
heritage and
to the
desire to be classified as certified brand, through advertising or through
the
publication
of news regarding
this topic
can influence the final decision of UNESCO, as this prospect of disclosure can never be a privilege of only a organization. In addition
to
expensive, would
be
to
structure a solid little application, since it is necessary in order to
meet all
the
requirements of
multidisciplinary know that
the
election of a set and
only the
union
of several organizations could achieve a single goal.
It
is
necessary
organizations who Ar t ur F il ip e do s San t os
for the
wish
organization
to promote
the
or group
heritage, even
of if
it 20 1
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is first to
obtain for the
funds
through
election of
UNESCO but after raising
the tourism
industry have
to
create projects, forms of concerted action to thus gain public acceptance. Just giving credibility to the initiative to promote the heritage, away from to a political
any idea of
party or local
propaganda, glued
power companies that
are
only
interested in quick profits, is that you gain public support for the cause of protecting the heritage.
As
with
any business or
organization,
relations become preponderant part in
the
project that
or society. In
moves within a project
public
execution
of any order to
issue (or not capable of filtering) information to that company, it is
necessary
to do
so carefully but
especially
with the
momentum that is necessary when it is intended to convey a message of credibility.
Public
Communication Campaigns. Communication
and the UNESCO World Heri tage
W hen we
think
of
the definition
of public communication campaigns, we conclude that the state governments while having the awareness, promote or
need
even appealing
to a
to raise change
in
behavior, in an educational level, or social and even economic or touristic for the preservation and promotion of heritage, developing public
communication campaigns aiming
to occupy its own space in the media path, different from the place occupied by the media. However, these media have not ceased to be an essential support as a vehicle for much of the information created Ar t ur F il ip e do s San t os
by public 20 2
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communication campaigns organized aim of
creating an institution
by
UNESCO with
dedicated to the
the
defense
of cultural and natural heritage of mankind.
Not all of the media have the capacity to spread information of public
interest as
of heritage in
a
not treated
is
the
efficiently
preservation
and
way,
often the
well, incurring
times what
is
since
into errors,
relevant to
the
dissemination matter is
leaving out many detriment of
the
accessory, according to the strategy of the media in cause or simply
because
the media is tied
up
to
the
constraints imposed by reliance on the advertising industry.
It
can
be
conclude
that, similarly
to
what happens with
several other social or cultural issues, also public officials who are active in the sphere of heritage are in the need for the creation of
communication
campaigns to
public, motivate younger fringes of of a sustained
education on
the
society need
to the
inform the importance
for preservation
and
dissemination of heritage, and sensitize the various areas of society, not to mention the business sector, to protect the W orld Heritage as a legacy but as well as a an economical-social value to countries.
The
testimony of
the
official
authoritie s on
the
role
of communication issues in the W orld Heritage
In our days, the various institutional entities that operate in the sphere
of the
protection of W orld
candidacy,
election, promotion
Heritage are adamant in
and
asserting the
importance of commun ication, the work of the media and the use of new media platforms as diffusers of projects related to Heritage
focus
Ar t ur F il ip e do s San t os
in
the public
opinion,
as
well 20 3
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as a careful strategy
of
between organizations, based
cooperation
on
a
careful institutional
communication.
W ith regard to national and non -nation bodies taking part in the issues
related
to heritage
election of
organisms highest
level of state power as their own national governments, state agencies
that
oversee the preservation
and heritage, their
own regional
of culture governments
andnational committees UNESCO,
as the local municipal
councils and academic institutionsthat somehow dedicated to the study of the heritage listed, the more courses that already exist,
especially postgraduates,
on communication expertise to heritage and conference
whose objective focuses in
matters related
cycles now focused exclusively on
the importance, for example, of the media in publicizing and promoting
the heritage
listedherein seminars,
conferences or
lectures devoted to particular heritage but who feels the need to address issues related to heritage.
W ith respect to state and supra-national organisms are several examples of statements regarding the role of communication and its importance
to the W orld Heritage, from statem ents
made by some of the most important dignitaries of state, as is the case of
the
President of
the
regard to
Portuguese State, Portuguese
the
importance
for disclosure in
the
more specifically by the
Republic,
Cavaco
of heritage and media,
Silva, with the
need such
as by ICOMOS (International Counsil of Monuments and Sites), to hold a point on
Ar t ur F il ip e do s San t os
theimportance
of
20 4
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communication Charter on Cultural
Tourism, published
by
this organization.
The World
Heritage in
new spapers, radio
and on
Televisions
It
was
mainly the
tourism in
large growth
the
of
the
industry
1990’s, which
of cultural
attracted major
media (newspapers, radio, television) to the theme of heritage.
To
understand the
action of
the
media in
the
context
of heritage it must be objectively comprehend ed the notion of what is cultural tourism, its definition and importance in the actual socio -economical point of view.
Understanding the object of cultural reason of
the
notion tourism, it
the
is
importance of
relationship From
of cultural necessary this
to present
industry and
with moment that
heritage, prime
the
the
his recent media.
tourism is, today, an increasingly
important industry for
the global
GDP, where cultural
tourism is developing
rapidly and
that
Heritage is one of
the
most
visible of
the W orld this sector, the
economic agents that could not but be aware, and political power could not remain indifferent.
From
the moment
the economical and
political
power are
interested in the issues of the cultural tourism and the W orld Heritage
(often
used to focus pressure and
political
and economical lobby) and especially because the public seeks to
discover cultural
specifically newspapers, Ar t ur F il ip e do s San t os
heritage, then radio
the media, and television 20 5
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channels see the interest in heritage a business opportunity to reach new
audiences,
new niche
consolidate hearings on the
markets,
intellectual fringes of
society
and build a philanthropic image of social cause in defense of the universal
cultural heritage. The
examples in
the
various media are many and varied, now published, either in audio
or televised,
and in most
cases also
available on
the
websites of the media on the Internet.
Relating
to Portugal,
especially over
the
the Portuguese
last decade
of
media have
last
century,
shown, a
period
that culminated in the election of most sites that Portugal has in the W orld Heritage List, but also during the first decade of the XXI Century. From stories that relate to current events that refer
to applications,
to holidays
and conservation
efforts of a well classified or elected title.
From
the moment
of an industry that
the W orld
Heritage has
become
generates substantial profits;
part
this is no
longer confined to simple cultural program after hours but has now met the media exposure often in the middle of prime time.
The World
Heritage in institutional
Web
pages,
W orld
Heritage,
web personal pages and blogs
The
institutions
that deal directly with
profitable or non-profitable
companies,
as government
agencies, supra -national organizations or academic institutions know
the
importance
of Internet
as
a privileged
platform to make themselves known and to disseminate the initiatives for the defense and promotion of W orld Heritage. To prove this
assertion
are the
various agencies connected Ar t ur F il ip e do s San t os
various with
pages and
sites of heritage 20 6
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that has, increasingly strengthening its global philanthropic, educational
presence in and
the
also political
and economic purposes.
In these institutional websites in the vast majority of examples it exists a
page dedicated
communication, including a page
exclusively to
devoted to
contact
with the
media, with newsletters dedicated to the media but also to the investigator and the ordinary citizen who wants to be aware of the initiatives by this or that organization.
There
are
hundreds
information about
of personal
W orld
webpages with
Heritage, in
both
lots
of
Portuguese
and Castilian in concrete, not forgetting even the universe of blogs.
Similar to what already happens in the world of journalism, with the increasing figure of the "citizen journalist", also the public opinion, embodied in the common people, who often is in no way linked to to issues of heritage, whether at institutional or business, makes and promotion
of
an
essential
cultural
contribution to
heritage, thus
the defense
demonstrating that
communities want to preserve the legacy of the past, using for it the Internet, in its various platforms (blogs, facebook, twitter, and email - send files in powerpoint about the cultural heritage, W indows Messenger, etc..)
producing their
own
content or disseminating works of others.
The World Heritage in Advertising Campaigns
Being a
UNESCO
brand for all evaluation Ar t ur F il ip e do s San t os
elected heritage a strong
factors that are
inherent
in this 20 7
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international
distinction or even
if
it
is in
the
process of
applying for this classification, it is necessary to consider what the
best strategies
for
promoting
best supports this disclosure,
the brand heritage , which
that objectives,
which target
audiences.
The advertising campaigns are a strategy that local, national or international have today in large account, bearing in mind that it is a strategy
which, although
outcomes of
this
not easy
campaign, are the
to assess ramp
the
to a rapid
dissemination and information of heritage within the public. Not always the scientific,
development or
ensure the
just public
transmission
of
init iatives purely cultural
relations of
strategies are
knowledge of
or
enough to
the
existence
of cultural heritage worth visit, which has historical, sociological and tourism and enhance
economic worth, and
only by planning appropriately targeted advertising using media
(urban advertising,
radios, televisions, among
that
campaigns, newspapers,
other forms) is
that
the
information you can reach your audience in a more effective, The advertising campaigns are a strategy that local, national or international are today in large account, bearing in mind that it is a strategy
which, although
outcomes of
this
not easy
campaign are the
to assess ramp
the
to a rapid
dissemination and information heritage within the public, we are not
always the
scientific,
or
ensure the
development just public
transmission
of assets worth visit, which and tourism and enhance
of
initiatives purely cultural
relations of
strategies are
knowledge of
Ar t ur F il ip e do s San t os
enough to
the
existence
has historical, sociological economic worth, and
only by planning appropriately targeted advertising using media
or
(urban advertising,
that
campaigns, newspapers, 20 8
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radios, televisions, among
other forms) is
that
the
information you can reach your audience in a more effective, credible and attractive.
Comparative study of Jornal de Notícias and La Voz de Galicia new spapers Exhibition of Work
After careful exploration present in
the
newspaper
of
the study
chapter discussed, La Voz
de
that allowed a greater the heritage theme
it
and tables that is
concluded that: the
Galicia was
number to
of remembering
are
the
daily
find information on
that these
figures are the
texts pertaining to Santiago de Compostela. At a considerable distance
from
with a smaller
the first
journal is the
volume of
information,
Jornal
de
Not ícias,
posting news related to
the historical center of Oporto.
On the question concerning of knowing what were the years that are more information about this topic, the tables tell us the following: for the Jornal de Notícias 2002 was the year that matters relating volume
to
heritage were
of encrypted information
more prominent with found in
261,
the
while the
weakest year, to 2004, fall up by 139.
As for La Voz de Galicia, the year we find more information for the
variables relating
to
heritage in
general
was that
of 2004, with 364 texts found with the turn out to be the worst year in 2003, while information related to the historic Santiago has his best years to 2000.
Ar t ur F il ip e do s San t os
20 9
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The year 2002 was the year they were published more news of a general nature, not related to the city of Oporto, relating to heritage in the Jornal de Notícias. This is explained by the fact that it was this year that studies were initiated on the drafting of the new Portuguese
"Tentative List" in 2004 to
deliver to the W orld Heritage Centre of UNESCO in Paris, and who will
be
in
effect for
time, published in 2002, several heritage study
Discalced
articles relating
for possible inclusion
following sites:
Arráb ida;
Carmelites,
of Elvas ; Palace of
ten years. W ere this
in the
to the
list, complete the
Pombaline Lisbon; Some of
Buçaco southwest Mafra Convent
the
coast;Fortifications
and Zoo,
University
of Coimbra.
2001 was the year they were published more articles related to the historical center of Oport o, and this was the year that the city of Oporto shared with the Dutch city of Rotterdam the status of European Capital of Culture and has therefore been the target of a greater media coverage, including Jornal de Notícias, by several works carried out in several emblematic places of
the
city
and conferences related
and to
the
organize study of
seminars
the architectural
heritage of the city of Oporto.
For La Voz de Galicia, the year 2004 was the most notorious in regard to the publication of news concerni ng heritage, because in that year that ended the Spanish “Tentative List" where in 23 candidates case natural ) the
one
Galician
site appeared (in
Ribeira Sacra (Lugo and
Ourense),
this having
been "a bitter taste in the mouth" again by not completing the Tower of Hercules or
Ar t ur F il ip e do s San t os
"ferrolano" heritage site. Thus, articles
21 0
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were
published with
reactions from
some
quarters of
the Galician society.
For Santiago de Compostela the year 2000 was that in view of its heritage, had more emphasis, was not only because that the historical center of this city celebrated 15 years since the election granted
by UNESCO,
because this year Compostela was
but the
especially
European
Capital of
Culture.
Looking
at the
volume
of information
and identifying the
issues that they can raise, we note that the La Voz de Galicia is the most
dedicated paper to
spread
the theme
of W orld
Heritage more than triple news identified on the same theme that the
Jornal
de
Notícias. The
reason
is mainly the
characteristics of the two papers as the Jornal de Notícias is a publication of
a
circulation, as long
general as
the La
nature and Voz de
a
Galicia
national is a regional
journal, that in spite of publishing general matters, it focuses primarily on topics of interest regional level.
The press, whether national or regional in nature, contributed to the
dissemination of heritage,
that same
heritage lights
property built by
the
and
the dissemination of
the interests
people,
who are
of
cultural
interested to know
more and want to seek a building process of identification with the historical and
cultural monument in
question,
bringing a
sense of belonging and preservation, to the point of wanting to protect
it, maintain
gains more importance thus attract investment, to
it, classif y it in achieve with
so
thatit
the tourism and tW orld
Heritage
revenues for economic development of sites. Ar t ur F il ip e do s San t os
21 1
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Upcoming Research Projects
The Application for a Historic
Centre of the W orld
Heritage W orld Title: A Real case of Communication.
The New
Platforms and Dissemination
of UNESCO
W orld
Heritage: The Heritage on Facebook and the Apple Apps.
Communication
and W orld
Heritage
Sites. The Heritage
Protection in W ar scenarios -future Postdoctoral research
Ar t ur F il ip e do s San t os
21 2
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la
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I. Anexos ANEXO Nº 1
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ANEXO Nº 2
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ANEXO Nº 3
ANEXO Nº 4
ANEXO Nº 5
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ANEXO Nº 6
REPORTAJE -
La cultura deja de ser florero FERNANDO SAMANIEGO - Madrid - 13/11/2006 – El País
Los ministros de Cultura de la Unión Europea se reúnen hoy
y
mañana
potenciación
en
del
Bruselas
valor
en
económico
busca del
de
sector
una
mayor
cultural
y
creativo La Comisión Europea quiere que la cultura se convierta en uno de los p ilares de la Agenda de Lisboa, junto con el económico, el social y el medioambiental, para convertir la Europa de 2010 en la zona más competitiva del mundo. El Consejo de Ministros de Educación, Juventud y Cultura de la UE, que se celebrará en Bruselas hoy y mañana, analizará un estudio sobre el sector cultural y creativo, que representa entre el 3% y el 6% del producto interior bruto (PIB), con su influencia en el desarrollo económico y social,
el
empleo,
las
tecnologías
de
la
información
y
la
comunicación y el turismo cultural. El estudio La economía de la cultura en Europa, elaborado por la
consultora
Kea
Ar t ur F il ip e do s San t os
European
Affairs
(www.keanet.eu)
para
la
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Dirección General de Educación y Cultura de la Comisión Europea, registra la realidad de la sociedad del conocim iento, sobre todo a partir de la digitalización del material cultural. Si la cultura deja de ser un adorno se unirá al desarrollo económico y social, la innovación y la cohesión para hacer de la Unión Europea en 2010 "la economía, basada en el conocimiento , más competitiva y dinámica
del
mundo,
capaz
de
un
crecimiento
económico
sostenible con más y mejores puestos de trabajo y mayor cohesión social". El sector cultural y creativo facturó más de 654.000 millones de euros en 2003, mientras que
la industria au tomovilística
alcanzó los 271.000 millones en 2001 y las empresas de las tecnologías de la información y la comunicación (TIC), 541.000 millones en 2003. El sector contribuyó en un 2,6% al PIB de la Unión
Europea
inmobiliarias
en
2003;
contribuyeron
en en
el
mismo
un
2,1%
año y
las
el
actividades
sector
de
la
alimentación y bebidas, en un 1,9%. El estudio señala que ha tenido
que
elaborar
definiciones
concretas,
instrumentos
estadísticos y recogida de datos ante la ausencia de estadísticas adecuadas y de su s contenidos. Han entrado en los datos de Eurostat y en la base Amadeus, con información financiera sobre ocho millones de empresas públicas y privadas de 38 países europeos. Para situar el sector cultural en Europa, el estudio ha tenido en cuenta las indu strias tradicionales (cine, música, libros), pero incluye los medios de comunicación (prensa, radio, televisión), los sectores creativos (moda, diseño, arquitectura), el turismo cultural, las artes escénicas y visuales y el patrimonio cultural. Añade el impacto del sector en el turismo cultural y en las TIC y analiza los vínculos entre cultura, creatividad e innovación. En la evaluación figura el sector cultural, con los sectores no industriales, bienes y servicios de consumo en el acto (el campo de las art es y
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patrimonio
cultural)
y
los
industriales,
los
bienes
culturales
destinados a su reproducción, difusión y exportación (libro, cine, vídeo, música). En el sector creativo se incluyen actividades como el diseño, la arquitectura y la publicidad. En el sector cultural y creativo trabajaban 5,8 millones de personas en 2004, lo que equivale al 3,1% de la población total empleada en la UE de los Veinticinco. El empleo es uno de los argumentos más claros de la repercusión de la cultura en la sociedad, así como s u formación. En estadísticas locales, en la Comunidad de Madrid el 5,2% del empleo es cultural y en Cataluña llega
al
3,9%.
Para
el
conjunto
europeo,
el
46,8%
de
los
trabajadores del sector tiene al menos un título universitario (frente al 25,7% de la cifr a total de empleo), el porcentaje de autónomos es más del doble del que existe en la cifra total de empleo
(28,8%
frente
al
14,1%)
y
se
registra
un
17%
de
trabajadores con contrato temporal (13,3% en la cifra total de empleo). Además del efecto directo y c uantificable, el estudio tiene en cuenta
los
resultados
económicos
que
se
generan
en
otros
sectores no culturales, sobre todo en el sector de las TIC y el desarrollo
local,
con
alusiones
a
la
banda
ancha,
Internet,
telefonía móvil y el turismo. No pone en duda que el desarrollo de las nuevas tecnologías depende del atractivo de su contenido creativo (según la consultora PriceW aterhouseCoopers, el gasto en contenidos relacionados con las TIC representará el 12% del incremento total del gasto global en los se ctores de ocio y medios hasta 2009). La cultura es motor para el turismo, una industria que contribuye al PIB de la UE con un 5,5% y tiene una cuota de mercado mundial del 55%, siendo Europa el destino más visitado del mundo, con 443,9 millones de llegadas internacionales en 2005, según la organización Mundial del Turismo de Naciones Unidas.
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"Es el momento clave para que la cultura no pierda el tren de los objetivos estratégicos de la Agenda de Lisboa, por sus efectos en la ciudadanía, en la identidad europ ea y la cohesión social", afirma
Fernando
Cooperación
Gómez
Cultural
Riesco,
Internacional,
subdirector del
general
Ministerio
de
de
Cultura
español. Después de la reunión de ministros de Bruselas, la Comisión
Europea
abrirá
un
procedimiento
como
base
del
documento político que se envía a la cumbre de jefes de Estado y de Gobierno en el Consejo Europeo de primavera, con Alemania en la presidencia semestral. Gómez Riesco añade que hay que definir los campos y el ámbito de la cultura, establecer criterios de referencia, objetivos europeos, hasta conseguir una acción global, en aspectos como el empleo cultural, la distribución y circulación de bienes, la política de ayudas públicas a las industrias, el mercado interior cultural europeo. fiscalidad
"La
cultura
aporta
mucho s
fondos
a
y del empleo, superiores a lo que
Presupuestos
del
Estado,
de
las
través
de
la
recibe de los
comunidades
o
de
los
ayuntamientos. Ya es un paso adelante que la cultura no se entienda hoy sólo como gasto público. Igualmente, estamos ant e una oportunidad única para que la cultura se integre con más plenitud en las políticas europeas y no sólo como una acción complementaria o de apoyo". Un análisis de la inflación de costes en los teatros de Broadway, de 1966, es la primera referencia de l os estudios que relacionan la cultura y la economía. Hoy, los expertos en este campo se reúnen cada dos años en un congreso internacional, el último celebrado el pasado mes de julio en Viena (el de 1998 tuvo a Barcelona como sede y el próximo será en Montr eal). Discuten los modelos europeo y anglosajón de la cultura y el impacto del Guggenheim economía
de
de
Bilbao
en
la
universidades
Ar t ur F il ip e do s San t os
ciudad.
Los departamentos de
españolas
(Barcelona,
Oviedo,
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Valencia,
Vitoria,
Madrid,
Valladolid,
entre
otras)
investigan
políticas e industrias culturales, economía del patrimonio, turismo cultural, y los estudios concretos abarcan el público del cine y del teatro, el Festival de Cine de Valladolid o el impacto en Salamanca cuando fue capital cultural europea. "Sin duda, éste es un campo y una opción de futuro", señala Víctor Fernández Blanco, de la Universidad de Oviedo, que ha realizado análisis económicos del cine y de los museos, aspectos de defensa de la competencia, el consumo de música clásica y popular, los presupuestos públicos y la política de cooperación exterior. Señala que en los países europeos el sector cultural representa entre el 3% y el 6% del PIB, mientras que en Estados Unidos supera el 6%, siendo la audiovisual la segunda industria exportadora. "El mundo de la cultura está relacionado con la sociedad tecnológica y el mayor tiempo dedicado al ocio, con la creatividad, la defensa de los autores y la propiedad intelectual. Debería haber un claro impulso de la Administración hacia estos estudios". Las cifras está n en las publicaciones de la Fundación Autor (de la SGAE), el Libro Blanco de las industrias culturales de Cataluña o en el Anuario de estadísticas culturales 2005, del Ministerio
de
Cultura.
Este
último
documento
señala
que
el
volumen anual de negocio de l as industrias culturales españolas se sitúa en 2004 en los 32.000 millones de euros (la alimentación mueve 77.000 millones), con el sector editorial, que suma 7.400 millones; el de las artes gráficas y reproducción de soportes grabados, con 8.200 millones; las actividades de radio y televisión, con 5.700 millones, o las de cine y de vídeo, con 3.700 millones de euros.
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ANEXO Nº 7
Jornal de noticias
Turismo/Cultura:
Especialistas
nacionais
e
internacionais debatem papel do património cultural na promoção turística - 2008-10-30 Lisboa, 31 Out (Lusa) - A importância do património cultural na promoção turística vai estar a partir de hoje em debate, durante um seminário internacional que irá reunir vários especialistas dos dois sectores, autarcas, historiadores , arquitectos e associações de agências de viagens, entre outros. Um dos projectos que será apresentado hoje no "Touring and Heritage/Turismo e Património", que irá decorrer até sábado em Tomar, é o Roteiro Turístico do Património Mundial, que estará disponível ao público "antes do final do ano", revelou à Lusa Luis Patrão, presidente do Turismo de Portugal, entidade que organiza o seminário. Este Roteiro está integrado na promoção de itinerários na região
dos
mosteiros
classificados
como
Património
da
Humanidade, de Alcobaça, Batalha e Tomar. O 'touring' cultural e paisagístico já é o segundo produto mais procurado pelos turistas estrangeiros que vêm a Portugal, mas pode atrair mais visitantes, estando prevista a realização de programas de valorização de circuitos turísticos, salientou Luis Patrão. Visando
concretizar
a
aposta
no
'touring'
cultural
e
paisagístico, Luís Patrão afirmou que será apresentado, no âmbito do
QREN
"conjunto
(Quadro de
de
programas
Referência de
Estratégico
natureza
cul tural
Nacional), e
um
turística",
nomeadamente para valorização do património existente e de circuitos turísticos. Ar t ur F il ip e do s San t os
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Luís Patrão salienta que as estimativas existentes apontam para que "cerca de um quarto [25 por cento] dos turistas que vêm a Portugal" são atraídos pela v ertente cultural, mas espera poder trazer mais visitantes para apreciar os monumentos, cultura e tradições nacionais. O turismo cultural é um produto "com força" mas mal aproveitado, sendo necessária a conjugação de esforços de várias entidades para tornar possível a sua venda nos mercados nacional e internacional, defendeu à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT). João Passos considera que o turismo cultural "tem um peso pequeno" na actividade turística em Portu gal porque "não há centralização de esforços para o tornar um produto vendível". Assim,
"é
complicado
fazer
qualquer
promoção
do
produto,
nomeadamente no mercado internacional", defendeu. O director-geral da Confederação do Turismo Português (CTP), Sérgio Palma Brito, afirmou, por seu lado, que até há um aproveitamento principalmente
turístico em
do
algumas
património regiões,
histórico
e
mas concorda
religioso, que
"tem
capacidade para se desenvolver mais". Já para o director do Instituto de Gestão do Patr imónio Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle,"o turismo cultural está a ter cada vez mais procura e esta aliança com o património é bem -vinda", observou em declarações à Agência Lusa. O responsável do IGESPAR destacou que os monumento s constituem "a parte física de um património português mais global muito
rico,
que
inclui
as
culturas
locais,
o
artesanato,
a
gastronomia, e os saberes". "É necessário saber coser estas riquezas e estimular todos os responsáveis para que o património se a proxime ao turismo", defendeu, salientando ainda que, com este seminário em Tomar,
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pela primeira vez se reúnem entidades "de uma forma concertada" para abordar o tema. "Queremos criar sinergias entre várias entidades e atrair o turismo com uma oferta de eventos que permitirão o convívio da criação contemporânea com o antigo", sustentou. Os museus "são um elemento fundamental na captação de turismo cultural" no país, defendeu também à Agência Lusa o director do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), Ma nuel Bairrão Oleiro. "Há um grande crescimento do interesse no turismo cultural em Portugal", comentou Manuel Bairrão Oleiro, admitindo que "ainda há muito trabalho a fazer para divulgar as colecções" dos 28 museus e seis palácios nacionais do país tutelad os pelo organismo que dirige.
ANEXO Nº 8
“PROGRAMA- II Jornadas Internacionais de Turismo e Património do Instituto Superior de Línguas e Administração de Vila Nova de Gaia
31 de Maio 2007 - TURISMO CULTURAL 9:30h - Recepção dos participantes 10:00h - Sessão de Abertura - Prof. Doutor António Lencastre Godinho : Director Académico do ISLA - Dr. Luís Filipe Meneses : Presidente da C.M.Gaia (por confirmar) - Dr. Mário Dorminsky: Vereador na C.M.Gaia com os pelouros do Turismo e Cultura. 11:00h - Painel I - Estratégias de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Europeu e Nacional.
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- "O PENT e o Turismo Cultural" - Dr. Joaquim Moura Assessor do Presidente do Turismo de Portugal. - "A Situação do Turismo em Angola: Perspectivas" - Dr. Paulino Domingos Baptista Vice-Ministro do Turismo de Angola - "Turismo Cultural: Evidências da sua pouca articulação em Portugal" - Prof. Doutor Carlos Costa(Docente da Universidade de Aveiro) e Mestre Rossana Santos. Painel 2 - Turismo Cultural - Vertentes e Opções - "Novos Rumos do Turismo Cultural" - Prof. Doutor Licínio Cunha Professor convidado da Universidade Lusófona - "TOW - Pequenas Histórias, Grandes Descobertas" - Dr. João Henriques Administrador da Marinha Viagens e Turismo.
01 de Junho de 2007 - P ATRIMÓNIO CULTURAL 09:00H - Recepção dos participantes 09:30H
- Paínel
1 -
Preservação
do
Património
ligado
ao
Desenvolvimento do Turismo - "Património e Desenvolvimento" - Dr. Cláudio Torres. Presidente do ICOMOS -Portugal, Arqueólogo de Mértola e Prémio Fernando Pessoa 1991. - "Togonbriga: um caso no Noroeste Peninsular" -Prof. Doutor Lino Tavares Dias; Director da Estação Arqueológica do Freixo. - "Património do Douro" - Prof.Doutor Fernando Sousa; Presidente do CEPESE e Professor Catedrático da Universidade do Porto. - "Museus e Turismo" - Dra. Maria João Vasconcelos. Directora do Museu Soares dos Reis 15:00 - Paínel 2 - A importância da dinamização do Património para fins turísticos
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- Prof. Doutor Ruben Lois Gonsalez: Director Geral de Turismo da Xunta de Galiza e Docente da Universidade de Santiago de Compostela. - "Turismo Cultura: promoção e contribuição cultural do produto turístico do Norte" - Dr. Jorge Osório Presidente da Associação de Turismo Norte de Portugal. - "Gestion del Património Arqueológico em Galicia" - Prof. Doutora Raquel Casal Garcia. Docente
e
Investigadora
da
Universidade
de
Santiago
de
Compostela. - "Reflexións sobre o Patrimonio" - Prof. Doutor Fernando Acuña Castroviejo. Docente
e
Investigador
da
Universidade
de
Santiago
de
Compostela. - "El presente eterno: turismo, modernidad y autenticidad" - Prof. Doutor Frederico Castro Morales Docente da Universidade Carlos III de Madrid.” 187
187
Ins t i tu to S up er i or d e Lí n gu as e A dm in is t raç ã o (2 0 0 7). I I J or n ad as
In ter n ac io n a is de T ur i s mo e P atr i m ón i o . Ex tra íd o a 2 7 d e M a io de 20 0 7 do s ít i o
do
I ns t i tu t o
S up er i or
de
L ín g uas
e
A dm in is tr aç ão :
h tt p: // ww w. g a ia .u n is l a. pt / in d ex . p hp ? op t io n =c om _c o nt en t &t as k = v i e w& i d =2 5 0 &I tem id = 4 2 6,
Ar t ur F il ip e do s San t os
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ANEXO Nº 9
A quatro de Abril de 2009 as IV Jornadas Internacionais de Jornalismo da Universidade Fernando Pessoa, Porto, P ortugal apresentaram uma comunicação em que o tema centrou -se na especialização jornalística na divulgação do património cultural e artístico: “SESSÕES PLENÁRIAS 09h30 Conferência Futuro
do
Presidente
de Jornalismo:
da
Controlo
mesa: José
Conferencista: Alfonso
abertura de
Qualidade
Rei
(UTAD) --*
Esteves
Sánchez-Tabernero
(Universidade
de
Navarra) Comentadores: João Paulo Faustino
(Media
XXI,
Católica
Leiria)
e
e
Instituto
Politécnico
de
Universidade
João
Palmeiro
(Associação Portuguesa de Imprensa) 11h00 Renovar
o
Ensino
do
Jornalismo
Presidente da mesa: Cristina Nobre (Instituto Politécnico de Leiria) Carlos
Duarte
Felisbela
(Jornalista; Lopes
Universidade
Fernando
(Universidade
do
Pessoa) Minho)
António Fidalgo (Universidade da Beira Interior; vice -presidente da SOPCOM) Eduardo Miguel Alberto
Meditsch Tuñez
(Universidade
(Universidade Pena
de
Federal
Santiago
(Universidade
Comentador: W lodzimierz
Józef
de
Szymaniak
Santa de
Catarina)
Compostela)
de (Universidade
Vigo) Jean
Piaget de Cabo Verde) 15h00 A Renovação das Redacções: Os Jovens Jornalistas no Mercado Presidente da Mesa: Galvão Meirinhos (Universidade de Trás -osMontes
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e
Alto
Douro)
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João
Malainho
Miguel
Conde
Marta
Velho
Coutinho
(European
jornalista José
(Jornalista (Jornalista You th
RNTV)
do Jornal
Press/Youth
do
Pereira
da de
Press
Grupo
(Universidade
de
Notícias ) Portugal
e
Renascença)
Santiago
de
Compostela)
Sara Meireles Graça (Escola Superior de Educação de Coimbra) Hélder
Bastos
Comentador: Luís
(Universidade
Miguel
Cardoso
do
(Instit uto
Porto)
Politécnico
de
Portalegre) 17h30 Renovar
o
Negócio
Jornalístico
Presidente da Mesa: Antônio Hohlfeldt (Pontifícia Universidade Católica Ana
do
Sílvia
Rio
Grande
Médola
Helena
do
Sul;
(Universidade
Sousa
presidente Estadual
da
INTERCOM)
Paulista
(Universidade
do
-
Bauru) Minho)
Carlos Eduardo Franciscato (Presidente da SBPJor/Universidade Federal Afonso
de Camões
(Administrador
Sergipe) do Jornal
de
Notícias)
Alfredo Maia (Sindicato dos Jornalistas e Jornal de Notícias) Comentador: Valério Brittos (Unisi nos) SESSÕES
PARA
COMUNICAÇÕES
DE
TEMA
LIVRE
SOBRE
JORNALISMO (em paralelo) Sessão 1: Teoria e História do Jornalismo 1 11 horas – 13 horas – Salão Nobre Presidente da mesa José
Marques
de
Melo
(Catedrático
UNESCO/Universidade
Metodista de São Paulo e Univ ersidade de São Paulo) Comentadores Xosé López García (Universidade de Santiago de Compostela) Rui Melo (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores José
Marques
de
Melo
(Catedrático
UNESCO/Universidade
Metodista de São Paulo e professor emérito da Univers idade de
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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos
São Paulo): Sesquicentenário da investigação sobre o jornalismo no Brasil Jorge Pedro Sousa (Universidade Fernando Pessoa e CIMJ), Carlos Duarte, Nair Silva, Gabriel Silva, Patrícia Teixeira e Mônica Delicato (Universidade Fernando Pessoa): O contributo de José Agostinho de Macedo para a crítica ao jornalismo em Portugal Isabel Trabucho (Universidade Aberta): A verve de Cronos – textos cronísticos de Oitocentos Roseane
Arcanjo
Pinheiro
(Universidade
Federal
do
Maranhão): Entre embates e a política no século XIX: O início do jornalismo na província do Maranhão – Brasil (1821-1823) Antônio Hohlfeldt (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul): Imprensa nas colónias de expressão portuguesa: primeira aproximação Aurora García González. (Univ ersidad de Vigo): Radio Basilé y la aparición de Radio Makuto
Sessão 2: Comunicação e Política 1 11 horas – 13 horas – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Joaquim Fidalgo (Universidade do Minho) Comentador João Paulo Meneses (TSF, Universidade de Vigo e ISLA ) Comunicadores Pedro Aquino Noleto Filho (Universidade de Brasília): Políticos e jornalistas: Imagens fora de foco? Gabriel A. Corral Velázquez (Universidad Autónoma de Querétaro – México): El análisis de las prácticas del ejercicio periodístico en un contexto de transición a la democracia: El caso de Querátaro, México
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António R. Castromil (Universidad Complutense de Madrid): O debate sobre a repercussão na qualidade da democracia do negativismo midiático Mara Regina Rodrigues Ribeiro e Gabriella Souza de Oliveira (Universidade Federal do Pampa – Unipampa): Os elementos do agir político nas campanhas eleitorais da Rádio Nacional Rui Novais (Universidade do Porto/University of Liverpool), João Pereira (Universidade do Porto) e Marta Oliveira (Universidade do Porto): A presidência dividida: os avanços e recuos da conferência UE-Africa Ana
Isabel
Martins
(Universidade
de
Coimbra): Olhares
jornalísticos sobre a primeira Cimeira UE -Brasil Joana Martinho (Universidade do Porto): Magalhães e a circum navegação Catarina
da Menezes (Escola
Superior
imprensa de
Educação
de
Leiria
e Universidade de Coimbra): Quando os media falam de ‘jovens e política’: um mês de representações no Público, Correio da Manhã e Visão
Sessão 3: Discursos e representações 1 11 horas – 13 horas – Sala 308 Presidente da mesa Manuel Pinto (Universidade do Minho) Comentador Alda Mourão (Escola Superior de Educação de Leiria) Comunicadores Francisco Rui Cádima (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa): Informação televisiva e crime violento Pedro Celso Campos (Universidade Estadual Paulista): Jornalismo e sociedade: A visibilidade do idoso nos meios de comunicação (estudo de caso: jornais El País e ABC -2007)
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Kárita
Cristina
Francisco
(Faculdade
de
Ciências
Sociais
e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa): O caso do telemóvel da
Escola
Carolina
Michaelis:
a
representação
nos
jornais
“Público” e “Correio da Manhã” Maritza
Sobrados
León
e
H.
Miluska
Sánchez
Gonzales
(Universidad de Sevilla): La construcción de la otre dad en la escuela: Nuevo desafío para los medios de comunicación Alexandre Rossato Augusti (Universidade Federal do Pampa): Os valores presentes no discurso jornalístico sobre comportamento das revistas Veja, Época e Isto É Rui Novais (CETAC.Media - Universidade do Porto/University of Liverpool) e Tatiane Hilgemberg (Universidade do Porto): Meninos de ouro? Os momentos de glória dos Jogos de Pequim em 2008
Sessão 4: Comunicação e Jornalismo On -Line 1 15 horas – 17 horas – Salão Nobre Presidente da mesa Aníbal Oliveira (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Carla Patrão (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores Eduardo Zilles Borba (Universidade Fernando Pessoa): Infografia multimédia: Reflexões sobre uma ferramenta para o jornalismo digital Luis Mañas Viniegra (Universidad Complutense de Madrid): Nuevos Hábitos de Consumo de la Televisión e Internet y su repercusión en conflictos judiciales Ricardo
Nunes
Politécnico
de
(Escola
Superior
Setúbal): Televisão
de e
Educação Internet:
do
Quando
Instituto a
Net
alberga o velho e quando o novo não se impõe
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Jorge Dias Figueiredo (Universidade da Beira Interior): A influência da
personalização
dos
conteúdos
dos
jornais
on -line
nos
Federal
de
comportamentos sociais das suas audiências Álvaro
Mozart
Brandão
Neto
(U niversidade
Alagoas): BiVolt! Reflexões da presença midiática do blog Alfonso Cuadrado Alvarado, Marina Santín Durán y Pablo R. Prieto Dávila (Universidad Rey Juan Carlos): Nuevas tecnologías, nuevos lectores: Relaciones entre información y vide ojuegos
Sessão 5: Teoria e História do Jornalismo 2 15 horas – 17 horas – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Francisco Mesquita (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Catarina Menezes (Escola Superior de Educação de Leiria) Comunicadores Arturo Merayo e Paloma del Henar Sánchez (Universidad Catolica San Antonio): La inteligencia emocional del periodista Pedro Farias Batlle e Marisol Gómez Aguilar (Universidad de Málaga): Situación
laboral
de
la
mujer
en
la
profesión
periodística. El caso español Fábio
Henrique
Pereira
(Instituto
de
Estudos
Superiores
de
Brasília, Universidade de Brasília e Réseaux d’Études sur le Journalisme): O
mundo
dos
jornalistas:
Aspectos
teóricos
e
metodológicos Maria Érica de Oliveira Lima, Bruno César Brito Viana, Emily Gonzaga de Araújo e Marilton Medeiros (Universidade Federal do Rio Grande do Norte): Foca potiguar: Os jovens jornalistas nas redacções do Diário de Natal eTribuna do Norte Zélia Leal Adghirni (Universidade de Brasília): Profissionalização e diluição do campo do jorn alismo na comunicação
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José Ricardo da Silveira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/Universidade de Brasília/Université de Rennes I): A autorepresentação
profissional
de
jornalistas
com
atuação
em
assessoria de comunicação no Brasil María
Victoria
Campos
Zabala
y
Gloria
Gómez -Escalonilla
(Universidad Rey Juan Carlos): El periodismo preventivo: un nivel en la especialización periodística
Sessão 6: Discursos e Representações 2 15 horas – 17 horas – Anfiteatro 2 Presidente da mesa Paulo Cardoso (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Andreia Galhardo (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Beatriz de
las Heras (Universidad
Carlos III
de
Madrid): Os
repórteres gráficos durante a Guerra Civil Espanhola: Madrid (1936-1939) Cássia Maria Popolin (Universidade Estadual de Londrina) e Ieda Cristina Borges (Universidade de Marília): (Re)vendo Saramago: Ensaio fotográfico sobre a cegueira Maria Zaclis Veiga Ferreira, Bernardo W olff Pacheco e Samara Vergínia
W illuweit
(Universidade
Positivo
–
Curitiba):Lentes
ingênuas: A fotografia reveladora das estruturas sociais Luís
Miguel
Cardoso
(Escola
Superior
de
Educação
de
Portalegre): Mitos, imagens e factos: O jornalista no cinema Cássia Maria Popolin, Paulo César Boni (Universidade Estadual de Londrina) e Roberto Aparecido Mancuzo Silva Júnior (Universidade do Oeste Paulista e Universidade Estadual de Londrina): O silêncio da foto e a foto do silêncio
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José
Sixto
García
(Universidade
de
Santiago
de
Compostela): Crítica y análisis de diez grandes clásicos del c ine universal
Sessão 7: Teoria e História do Jornalismo 3 15 – 17 horas – Sala 102 Presidente da mesa Ricardo Jorge Pinto (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Dina Cristo (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores João Carvalho, Sérgio M agalhães e Sílvia Dias (Universidade Fernando
Pessoa): O
novo
paradigma
do
Jornalismo
e
o
consequente “emagrecimento” das redacções Paulo Fernando de Carvalho Lopes (Universidade Federal do Piauí): Teorias
do
jornalismo:
negociando
sentidos
com Gatekeeper e Newsmaking María del Socorro Ruelas Flores (Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle): Prensa y Narco en México: la emergencia de fuentes anónimas André Seixas, Cláudio Moreira, Duarte Pernes, Filipe Loureiro e João Gonçalves (Universidade Fernando Pessoa) : Semiótica social nos mass media José Carlos Vasconcelos e Sá (Universidade Nova de Lisboa): Jornalismo, linguagem e conhecimento: Reflexões sobre a superação da crise Beatriz Dornelles (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul): O futuro do jornal
Sessão 8: Discursos e Representações 3 15 horas – 17 horas – Sala 104 Presidente da mesa: Felisbela Lopes (Universidade do Minho)
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Comentador António Cardoso (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Pedro Jerónimo (Escola Superior de Educação e C iências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria): Discurso fotojornalístico nas eleições norte -americanas: Público e Correio da Manhã Carlos Augusto de França Rocha Júnior, Francisco Laerte Juvêncio Magalhães, Fernanda Daniele Dino Soares (Universidade F ederal do
Piauí)
e
Michelly
Santos
de
Carvalho
(Universidade
do
Minho): Imagens enunciativas nas revistas semanais de informação Veja e Istoé Sebastián
Sánchez
Castillo
(Universidad
de
Valencia): La
especialización periodística en la difusión audiovisual d el Patrimonio Cultural y Artístico Luciana Fernandes, Maria do Rosário Saraiva e José M. Azevedo (CETAC.media, Universidade do Porto): Telejornal vs. Jornal da Noite: a Cenografia como Modo de Análise María
José
Pita
Hermida
(Universidad
de
Vigo): El
crite rio
económico y la creatividad en la caracterización de formatos televisivos innovadores Felisbela Lopes (Universidade do Minho): Quando a informação televisiva se faz com elites especializadas: Análise do plateau do noticiário À Noite, as Noticias (RTPN) Felisbela Lopes e Rui Couceiro (Universidade do Minho): “Nós por Cá”: uma janela aberta para uma cidadania do quotidiano
Sessão 9: Teoria e História do Jornalismo 4 15h00 – 17h00 – Sala 109 Presidente da mesa Sandra Tuna (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Elsa Simões (Universidade Fernando Pessoa)
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Comunicadores Tomás
Eon
Barreiros
(Facinter): Afogamento
num
tonel
de
chucrute – Considerações sobre a prática jornalística a partir de duas notas internacionais Francisco Sant’Anna (Réseau des Études sur le Journalisme – REJ, e do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília – NempUnB): Rádiojornalismo no Brasil: um jornalismo sem jornalistas Márcia
Eliane
Rosa
(Faculdade
Cásper
Líbero): Jornalismo
e
cultura: Uma abordagem contem porânea Rogério Eduardo Rodrigues Bazi e Duílio Fabbri Jr. (Pontifícia Universidade
Católica
de
Campinas
-
Brasil): Jornalismo
e
identidade: o fluxo da notícia regional Joana Sobral (Universidade do Porto): A concentração dos media e a homogeneização dos c onteúdos informativos H.
Miluska
Sánchez
Gonzales
e
Maritza
Sobrados
León
(Universidad de Sevilla): Significación perceptiva tecnológica del joven televidente: inteligencia emocional
Sessão 10: Comunicação e Política 2 15h00 – 17h00 – Sala 308 Presidente da mesa Pedro Reis (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Susana Borges (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores Rui Novais (CETAC.Media -Universidade do Porto/University of Liverpool) e Alice Barcellos (Universidade do Porto): O céu não é o limite! O ‘tecto’ do comentário político on -line Lidia Marôpo (Universidade Nova de Lisboa/ Universidade de Fortaleza): Sobre as notícias como contributo para a democracia – Uma proposta normativa para a cobertura da infância
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Liziane
Guazina
(Universida de
de
Brasília): Jornalismo
versus
política: Tensões entre a subcultura jornalística e a cultura política brasileira no Jornal Nacional António Teixeira de Barros e Cristiane Brum Bernardes (Câmara dos Deputados do Brasil e Instituto Universitário de Pesqu isas do Rio de Janeiro): Jornalismo no Parlamento Brasileiro: Sistema perito para ampliar a confiança na democracia? Teresa Barberena Fernández, Óscar Reboiras Loureiro e José Villanueva (Universidade de Santiago de Compostela): A campaña electoral galega d e 2009 tras a era Obama 2.0 Beatriz de las Heras (Universidad Carlos III de Madrid) e Antón R. Castromil (Universidad Complutense): A luta partidarista através de sua representação visual nos cartazes eleitorais: a transição democrática na Espanha
Sessão 11: Teoria e História do Jornalismo 5 17h30 – 20h00 – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Rui Estrada (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Aníbal Oliveira (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Michele Negrini (Universidade Federal do Pampa): Manifestações do espetáculo no jornalismo televisivo: reflexões sobre o discurso do apresentador José Luiz Datena do programa Brasil Urgente Manuel Antonio Pacheco Barrio (IE Universidad – Segovia): Las retransmissiones
futbolísticas
en
los
programas
de
la
radi o
española durante las últimas décadas Miro
Luiz
dos
Santos
Bacin
(Universidade
Federal
do
Pampa): Novas práticas do jornalismo cidadão: a fonte amadora na construção de realidades pelo telejornalismo
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Graça França Monteiro (Universidade de Brasília): A “re tracção” e a
“promoção”
como
componentes
da
lógica
da
visibilidade
institucional, em situações de rompimento da rotina produtiva de notícias Janaina
Dias
Barcelos
(Universidade
de
Coimbra): Mídia
e
cidadania: O caso da Rede Jovem António Teixeira de Barr os (Câmara de Deputados do Brasil), Jorge Pedro Sousa (Universidade Fernando Pessoa e Centro de Investigação Media & Jornalismo) e Maria Érica de Oliveira Lima (Universidade Federal do Rio Grande do Norte): Periodização da agenda ambiental nos estudos de j ornalismo: Brasil e Portugal Ana
Bellón
Rodríguez,
José
Sixto
García
(Universidade
de
Santiago de Compostela): Los diarios gratuitos de información general: un modelo de publicación que consigue captar la atención de los jóvenes españoles Alan
César
Belo
A ngeluci
(Universidade
Estadual
Paulista
–
UNESP/Brazil): The Implantation of Brazilian Digital TV System: Reviewing Telejournalism Model
Sessão
12:
Discursos e
Representações 4
(Os Jovens e
a
Renovação da Investigação em Jornalismo) 17h30 – 20h00 – Anfiteatro 2 Presidente da mesa Rui Novais (CETAC.Media - Universidade do Porto/University of Liverpool) e Alice Barcelos (Universidade do Porto) Comentadores Tatiane Hilgemberg e Joana Martinho (Universidade do Porto) Comunicadores Diana
Seabra
(Communication
Sc iences,
Faculty
of
Letras,
University of Porto): Portuguese Media and NATO’s Propaganda during peace negotiations before the war in Kosovo
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Erica Vilarinho and Helena Peixoto (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Equal or unequal? The Portuguese press coverage of the 1999 Kosovo war Cláudia Cruz e Maria João Oliveira (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): The Portuguese coverage of the peace negotiations that preceded Kosovo´s war David Pinheiro Silva e Irene Leite (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Not so "humanitarian": Media treatment of NATO's intervention in Kosovo Sara Azevedo e Ana Tulha (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Humanitarian Emergency or Deliberate Action? Portuguese Press Coverage of the conflict in Kosovo Ana Henriques e Ana Lima (Communication Sciences, Faculty of Letras,
University of
Porto): The first W eb W ar? Not in
the
Portuguese press Mariana
Albuquerque
e
Elsa
Silva
( Communication
Sciences,
Faculty of Letras, University of Porto): W hat about objectivity? The reporting of the Chinese Embassy bombing Lígia Soutinho e Olívia Justo (Communication Sciences, Faculty of Letras,
University
of
Porto): Official,
alternative
and
internet
sources in the Kosovan war Ana Margarida Moredo Pinto e Adriano José Branco Cerqueira (Universidade do Porto): Relatos noticiosos da Guerra do Kosovo pela imprensa portuguesa
Sessão 13: Comunicação e Jornalismo On -Line 2 17h30 – 20h00 – Sala 104 Presidente da mesa Xosé López García (Universidad de Santiago de Compostela) Comentador Galvão Meirinhos (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro) Comunicadores
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Galvão dos Santos Meirinhos (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro): Os mapas dos we bsites dos jornais portugueses electrónicos generalistas Mônica Delicato (Universidade Fernando Pessoa): Estudo de caso dos jornais Diário Digital e Portugal Diário face ao jornalismo de terceira geração João Simão (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Do uro): A renovação do jornalismo pelas funcionalidades web Keiny Andrade (Universidade Fernando Pessoa): Fotografia e Jornalismo Online: revisão de conceitos e perspectivas do Fotojornalismo na Web Ricardo
Nunes
(Escola
Superior
de
Educação
do
Instituto
Politécnico de Setúbal): Switch off analógico: Contributos sobre a multi-resistência ao digital Thaisa Sallum Bacco e Roberto Aparecido Mancuzo da Silva Júnior (Universidade Estadual de Londrina e Universidade do Oeste Paulista): O Jornalista enquanto sujeit o no ciberespaço Xosé López, Carlos Toural, Teresa de la Hera e Moisés Limia (Universidad
de
interactividad
en
Santiago los
de
Compostela): Modelos
cibermedios
deportivos
europeos
de de
referencia: Claves para la participación ciudadana Inês Amaral (CECS – Universidade do Minho / Instituto Superior Miguel
Torga)
e
Helena
Sousa
(CECS
–
Universidade
do
Minho): Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera Carmen
do Carvalho
(Universidade
Ciberjornalismo de
Santiago
de
Compostela): Opções de interatividade cidadã no webjornalismo brasileiro: uma análise dos webjornias A Tarde e Folha de S. Paulo
Sessão 14: Discursos e Representações 5 17h30 – 20 horas – Sala 109 Presidente da Mesa
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W lodzimierz Jósef Szymaniak (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde) Comentador Inês Aroso (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro) Comunicadores W lodzimierz Jósef Szymaniak (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde): Entrevista
no jornalismo
moderno, perigos e desafios
criativos Sónia Lamy (Escola Superior de Educaçã o de Portalegre): A representação das ONG nas notícias – O caso da AMI na imprensa Adriana
Ruschel
Duval
(Universidade
do
Vale
do
Rio
dos
Sinos): Carmen Miranda na passarela do jornalismo de moda Maria José Brites (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas d a Universidade Nova de Lisboa): Representações da delinquência juvenil nos media noticiosos Elsa Videira da Cunha Rebelo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa): Jornalismo e violência na escola. A Cobertura Jornalística da Violência na Escola na Imprensa Portuguesa (1998 -2002) Fernanda Castilho Santana (Universidade de Coimbra): Favela como espaço de identidade: Representações na telenovela Duas Caras Inês Aroso e Sandra Ribeiro (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro): Olhares sobre a saúde nos media portugueses Elza Aparecida de Oliveira Filha e Renan Colombo (Universidade Positivo): A cobertura policial e o debate em torno da redução da maioriadade penal no Brasil
Sessão 15: Teoria e História do Jornalismo 6 17h30 – 20 horas – Sala 308 Presidente da Mesa Mário Pinto (Universidade Fernando Pessoa)
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Comentador Helena Lima (Universidade do Porto) Comunicadores Francisco Cabezuelo Lorenzo e Javier Sierra Sánchez (Universidad San
Jorge
de
Zaragoza): La
renovación
de
la
doc encia
del
periodismo en el espacio europeo de educación superior (EEES): Nuevas herramientas de enseñanza -aprendizaje Ana Lúcia Prado Reis dos Santos (Universidade da Amazónia e Universidade Fernando Pessoa): O jornal laboratório nos cursos de jornalismo: estudo preliminar do jornal “Contraponto” da PUC -SP Carlos Alexandre Gruber de Castro e Patrícia Helena Rubens Pallu (Universidade Positivo): Projeto Teatro Shakespeare em Inglês: uma experiência
de ensino de Língua Inglesa em curso de
Jornalismo Carolina
Zoccolaro
(Universidade
do
Costa
Oeste
Mancuzo
Paulista): TV
e
Thaisa FACOPP
Sallum ONLINE:
Bacco uma
experiência de ensino, pesquisa e extensão Jon Murelaga Ibarra, Gotzon Toral Madariaga, Irene García Urtea, Pedro
Barea
Monje,
Ignacio
Cea
(Universidad
de l
País
Vasco): Enseñanza y aprendizaje en locución Javier Sierra Sánchez (Universitat Abat Oliba -CEU) e Francisco Cabezuelo Lorenzo (Universidad San Jorge): La formación en competencias digitales de los futuros periodistas: la experiencia curricular de la Universidad San Jorge
Sessão 16: Organizações e estratégias de comunicação 17h30 – 20h00 – Sala 102 Presidente da mesa Álvaro Cairrão (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Sofia Gaio (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores
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María
Salgueiro
Compostela): Os
Santis o medios
(Universidade de
de
comunicación
Santiago
peza
chave
de na
configuración do tecido organizativo da acción social Janaina Pucci, Lígia Isis Pinto Bernar, Lívia Maria Neves Bentes e Larissa
Latif
(Universidade
da
Amazônia): Protagonismo
e
participação juvenil na comunicação José
Octavio
Rodríguez
Nieto
e
Mercedes
Román
Portas
(Universidad de Vigo): Situación actual de las emisoras “Localia TV” en Galicia Erika Fernández Gómez (Universidad de Vigo): El cambio en la 2ª Cadena de TVE: su orientación hacia un público joven Ana Rato Jorge (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia): Consumir ou participar – Análise dos produtos mediáticos para jovens 12 -18 María José Pérez Serrano e Francisco Cabezuelo (Universidad San Jorge): Aplicación
del
marketing
colaborativo
ala
empresa
periodística: una estrategia basada en la tecnología José
W agner
Ribeiro
(Universidade
Federal
de
Alagoas): Do
marketing a Internet na IUR D Álvaro Lima Cairrão, Eva Mendes, Isabel Fidalgo, Joana Costa e Sandra
Soares
(Universidade
Fernando
Pessoa): Auditoria
de
Imagem – uma ferramenta de gestão: estudo da empresa Águas do Douro e Paiva, S.A ” 188.
188
U ni v er s i da d e F er n an do Pes s o a ( 2 00 9). I V J orn a d as I n ter n ac io n a is d e
J orn a l is mo . O s J ov en s e a R en ov aç ã o d o J orn a l is m o . Ex tra íd o a s et e d e J un h o
de
2 00 9
do
s ít i o
da
Un i v ers id a de
F er na nd o
P es s o a:
ht tp :/ /4j or na d as dej or n a lis m o. uf p .p t/ pr og _ pr o v is ori o .h tm l
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ANEXO Nº 10
http://www.brandchannel.com/home/post/2011/06/10/Pana sonic-Green-W orld-Heritage-Campaign.aspx
ANEXO Nº 11
http://www.rivistasitiunesco.it/eng/articolo.php?id_articolo=776 Ar t ur F il ip e do s San t os
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ANEXO Nº 12
http://mmdsgnr.wordpress.com/portfolio/
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ANEXO Nº 13
Carta de Turismo Cultural ICOMOS 1976 Introdução 1) ICOMOS tem como objetivo promover os meios para salvaguardar e garantir a conservação, realce e apreciação dos
monumentos
e
sítios
que
constituem
u ma
parte
privilegiada do patrimônio da humanidade. 2) Em virtude dele, sente -se diretamente concernido pelos efeitos - tanto positivos como negativos - sobre o mencionado
patrimônio
extraordinariamente
derivados
forte
das
mundo. ICOMOS é consciente
do
desenvolvimento
atividades
tur ísticas
no
de que hoje, menos que
nunca, o esforço vindo de qualquer organismo, por muito poderoso
que
seja
em
seu
âmbito,
não
pode
influir
decisivamente no curso dos acontecimentos. Por essa razão tem que se levar em conta uma r eflexão conjunta com as grandes organizações mundiais ou regionais que, de uma forma
ou
desejam
de
outra,
contribuir
dividem a
estas
aumentar
preocupações
um
esforço
e
que
universal,
coerente e eficaz. 3) Os representantes dessas entidades, reunidos em Bruxelas (Bélgica), em 8 e 9 de novembro de 1976, no Seminário
Internacional
de
Turismo
Contemporâneo
e
Humanismo, entraram em acordo no seguinte:
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Postura Básica 1) O turismo é um feito social, humano, econômico e cultural
irreversível.
Sua
influência
no
c ampo
dos
monumentos e sítios é particularmente importante e só pode
aumentar,
dados
os
conhecidos
fatores
de
desenvolvimento de tal atividade. 2) Contemplado com a perspectiva dos próximos vinte e cinco anos, dentro do contexto dos fenômenos expansivos que afronta o gênero humano e que podem produzir graves conseqüências, o turismo aparece como um dos fenômenos propícios
para
significativa
no
monumentos
e
tolerável,
a
exercer entorno
uma do
influência
homem
sítios
em
dita
influência
em
particular.
altamente
geral
Para
deve
que
ser
e
dos
result e
estudada
cuidadosamente, e ser objeto de uma política concertada e efetiva a todos os níveis. Sem pretender fazer frente a esta necessidade em todos os seus aspectos, se considera que a presente
aproximação,
limitada
ao
turismo
cultural,
constitui um elemento positivo para a solução global que se requer. 3) O turismo cultural é aquela forma de turismo que tem por objetivo, entre outros fins, o conhecimento de monumentos e sítios histórico -artísticos. Exerce um efeito realmente positivo sobre estes tanto quanto contribui - para satisfazer proteção. esforços
seus Esta que
próprios forma tal
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de
fins
-
a
turismo
manutenção
e
sua
manutenção
justifica, proteção
de
fato,
exigem
e os da
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comunidade humana, devido aos benefício s socioculturais e econômicos que comporta para toda a população implicada. 4) Sem dúvida, qualquer que seja sua motivação e os benefícios que possui, o turismo cultural não pode estar desligado dos efeitos negativos, nocivos e destrutivos que acarreta o uso massivo e descontrolado dos monumentos e dos sítios. O respeito a estes, ainda que se trate do desejo elementar de mantê -los num estado de aparência que lhes permita desempenhar seu papel como elementos de atração turística e de educação cultural, leva consigo a definição; o desenvolvimento
de
regras
que
mantenham
níveis
aceitáveis. Em todo caso, com uma perspectiva de futuro, o respeito ao patrimônio mundial, cultural e natural, é o que deve prevalecer sobre qualquer outra consideração, por muito justificada que esta se paute desde o ponto -de-vista social,
político
ou
econômico.
Tal
respeito
só
pode
assegurar -se mediante uma política dirigida à doação do equipamento
necessário
e
à
orientação
do
movimento
turístico, que tenha em conta as limitações de us o e de densidade
que
Além
mais,
do
equipamento
não é
podem preciso
turísticos
ou
ser
ignoradas
condenar de
serviços
impunemente.
toda
doação
de
entre
em
que
contradição com a primordial preocupação que há de ser o respeito devido ao patrimônio cultural exi stente. Bases de Atuação Fundamentando -se no que foi dito anteriormente: 1) Por uma parte as entidades representativas do setor turístico e, por outra, as de proteção do patrimônio natural e
cultural,
profundamente
convencidas
de
que
a
preservação e promo ção do patrimônio natural e cultural
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para o benefício da maioria somente se pode cumprir dentro de uma ordem pelo qual se integram os valores culturais e os objetivos sociais e econômicos que formam parte da planificação
dos
recursos
dos
Estados,
regionais
e
municípios; 2) Tomam nota, com o maior interesse, das medidas formuladas nos apêndices desta declaração, que cada um deles está disposto a adotar em sua esfera de influência; 3) Fazem um chamamento aos Estados para que estes assegurem uma rápida e ené rgica aplicação da Convenção Internacional
para
a
Proteção
do
Patrimônio
Mundial,
Cultural e Natural adotada em 16 de novembro de 1972, assim como da Recomendação de Nairobi; 4) Confiam em que a Organização Mundial de Turismo, em cumprimento de seus fins, e a UNESCO, no marco da mencionada Convenção, realizem o maior esforço possível, em colaboração com os organismos signatários, e com todos aqueles que no futuro se adirão, para assegurar a aplicação da política que as ditas entidades têm definido como a única capaz de proteger o gênero humano dos efeitos do incremento de um turismo anárquico cujo resultado é a negação de seus próprios objetivos; 5) Expressam seu desejo de que os Estados, por meio de
suas
estruturas
administrativas,
as
organizações
de
operadores de turismo e as associações de consumidores e usuários adotem todas as medidas apropriadas para facilitar a informação e formação das pessoas que planejam viajar com fins turísticos dentro e fora de seu país; Ar t ur F il ip e do s San t os
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6) Conscientes da extrema necessidade d e modificar a atual
atitude
do
público
em
geral
sobre
os
grandes
fenômenos desencadeados pelo desenvolvimento massivo do turismo, desejam que, desde a idade escolar, as crianças e os adolescentes sejam educados em conhecimento e em respeito pelos monumento s e sítios e o patrimônio cultural, e que todos os meios de comunicação escrita, falada ou visual
exponham
ao
público
os
componentes
deste
problema, com o qual contribuam de uma forma efetiva à formação de uma consciência universal; 7)
Unanimemente
presto s à
proteção
do
patrimônio
cultural que é a verdadeira base do turismo internacional, se comprometem a ajudar na luta iniciada em todos as frentes contra a destruição deste patrimônio por todo tipo de contaminação; e, ao efeito, se apela aos arquitetos e expertos científicos de todo o mundo para que os mais avançados recursos da moderna tecnologia sejam postos a serviço da proteção dos monumentos. 8)
Recomendam
planejar
e
levar
a
cultural
e
natural
que cabo
os o
recebam
especialistas uso uma
turístico
chamados do
formação
a
patrimônio adaptada
à
natureza multidisciplinar do problema e participem, desde seu começo, na programação e realização dos planos de desenvolvimento e equipamento turístico; 9) Declaram solenemente que sua ação tem como fim o respeito e a proteção da autenticidade e diversidade dos valores culturais, tanto nos países e regiões em vias de desenvolvimento como nos industrializados, e há que a
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sorte do patrimônio cultural da humanidade é realmente idêntica ante a perspectiva do provável de senvolvimento e expansão do turismo. Fonte:
PRIMO,
Judite.
Museologia
e
Patrimônio:
Documentos Fundamentais - Organização e Apresentação. Cadernos de Sociomuseologia/ n.º 15, Págs.153 -156; ULHT, 1999; Lisboa, Portugal. / Tradução de Judite S. Primo e Daniella Rebouças Silva.
189
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ICO MO S ( 1 9 7 6) C ar t a d o T ur is m o C u lt ur a l. Ex tra í do a 9 d e O ut u bro d e
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do
s ít i o
da
Re v is ta
M us eu :
ht tp :/ / www. r e vis t am us eu .c om .br/ l eg is l ac a o /t ur is m o/t ur_c u l tur a l. as p
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ANEXO Nº 14 Entrevista (Comissão
de
ao
arquitecto
Reabilitação
Rui
Loza,
director
Ribeira -Barredo),
do
CRUARB
aquando
da
organização do dossier de candidatura do centro histórico do Porto a Património Mundial, publicada no Jornal de Notícias, a 1 de Dezembro de 2007, por alturas do 11º aniversário da eleição outorgada pela UNESCO.
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ANEXO Nº 15
Notícia publicada no Jornal de Notícias a 29 de Novembro de 2007
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ANEXO Nº 16
Notícia publicada no Jornal de Notícias a 30 de Novembro de 2007
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ANEXO Nº 17
Notícia publicada no Jornal de Notícias a 1 de Dezembro de 2007
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ANEXO Nº 18
Notícia publicada no Jornal de Notícias a 2 de Dezembro de 2007
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ANEXO Nº 19
Notícia publicada no Jornal de Notícias a 3 de Dezemb ro de 2007
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ANEXO Nº 20 Notícia publicada no Jornal de Notícias a 11 de Novembro de 2007
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ANEXO Nº 21
ANEXO Nº 22
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ANEXO Nº 23
ANEXO Nº 25
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ANEXO Nº 26
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ANEXO Nº 27
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ANEXO Nº 27 Site Guimarães em Comunicação
ANEXO Nº 28 – Folheto de informação do ICOMOS
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ANEXO Nº 29 – Artigo publicado na Revista Turismo 2007
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ANEXO Nº 30 Artigo publicado na Revista Turismo 2007
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ANEXO Nº 31 – Cartaz publicitário de Guimarães, centro histórico Património da Humanidade e Capital Europei a da Cultura 2012
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ANEXO Nº 32 – Artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias de 17 de Agosto de 2007
ANEXO Nº 33 – Notícia publicada no Jornal de Notícias a 19 de Agosto de 2007
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ANEXO Nº 34 – Capa do Jornal O Primeiro de Janeiro , diário regional portuense, de 8 de Dezembro de 2007
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ANEXO Nº 35 - Notícia publicada no Jornal de Notícias a 24 de Março de 2007
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ANEXO Nº 35 – Revista W orld Heritage Site , do Centro do Património Mundial da UNESCO
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