Tesis doctoral do Professor Doutor Artur Filipe dos Santos - Comunicação e Património Mundial

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Universidade de Vigo Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação Memória de Investigação para a Obtenção do Grau de Doutor

A Importância da Comunicação na Atribuição, Preservação e Divulgação do Título de Património Mundial No Âmbito da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos. Artur Filipe dos Santos Orientadora: Professora Doutora Aurora García González

Pontevedra, 2012


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Índice I. Introdução

II.

As

..…………................................6

Ciências

da

Comunicação na atribuição e preservação

do

Património

Título

Mundial

de da

UNESCO

II.1 Fundamentos Teóricos

.............................................21

II.2 Campanhas de Comunicação Pública

e

o

Património ………………………...……………54

Mundial da UNESCO

II.3

O

testemunho

Autoridades quanto

das

Oficiais

ao

papel

Comunicação

da nas

questões do Património ………………………………………69

Mundial

III.

O

media

Interesse na

dos

divulgação

mass do

Património Mundial

III.1 O Património Mundial nos jornais, nas rádios e nas Televisões

……………………………….......101

III.2 O Património Mundial nas

Ar t ur F il ip e do s San t os

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páginas web institucionais, nas páginas web pessoais …………………………………….137

e nos blogues

III.3 O Património Mundial em campanhas de publicidade

…………………………………….165

IV. Estudo comparativo entre os

periódicos

Jornal

de

Notícias e La Voz de Galicia .

IV.1

Desenvolvimento

do …………………………………….179

Projecto

IV.2

Exposição

Trabalho

V. Conclusões

VI. Bibliografia

VII. Anexos

Ar t ur F il ip e do s San t os

do .……………………………………188 …………………………………….198 …………………………………….213

…………………………………….235

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A Deus

Por toda a inspiração que me deu em tempos de escuridão intelectual. Pela iluminação da sapiência que me guiou no caminho incerto da acção investigadora Por viver…

À minha Esposa e minha filha Pelas noites seguidas a ver o marido e o pai ao longe Escondido atrás daquele ecrã negro Horas e horas a fio Obrigado Marta e Maria

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Agradecimentos À Professora Doutora Aurora García González, por toda a sua “generosidade” nas aulas que ministrou, na orientação deste trabalho, na simpatia e a mizade demonstradas ao longo do tempo. À

Professora

Doutora

Mercedes

Román

Portas,

da

Universidade de Vigo, pela simpatia demonstrada no decurso do desenvolvimento desta tese de doutoramento. Aos professores da Universidade de Vigo, aqueles que sempre tive ram uma palavra de incentivo na hora de maior “nevoeiro” intelectual. A Koshiro Matsura, ex. Director Geral da UNESCO Ao Centro do Património Mundial, Paris França, Ao Comité Português da UNESCO Tino Nóvoa, responsável pelo arquivo de La Voz de Galicia Serviços da Biblioteca Central da Universidade de Vigo, Campus de As Lagoas Marcosende e serviços da Biblioteca Central do Campus de Pontevedra.

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I. Introdução O património cultural edificado é um bem essencial para perceber a herança histórica da Humanidade e é um suporte essencial para legitimar o nosso caminho em direcção ao futuro, já que, como no passado, as gerações futuras, irão julgar os nossos actos, se soubemos preservar ou não o caminho que trilhamos até ao nosso presente. Serve inclusivamente para proteger um outro bem, também inestimável, o património imaterial, hoje em dia muito em voga, e que começa a dar a dar os primeiros passos na sua salvaguarda: é a nossa gastronomia, é o nosso cancioneiro escrito e cantado, são as nossas lendas, o vestuári o típico e ancestral, entre outros, que escrevem na “pele” a história que urge preservar. Inserido na linha de investigação “Comunicação de Serviço Público”, este trabalho, elaborado com o intuito de obter o Doutoramento em Comunicação, Relações Públicas, Publicidade e Protocolo, pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, tem como objectivo estudar a importância da Comunicação na atribuição do título de “Património Mundial”, sob a égide do Centro do Patr imónio Mundial da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) aos centros históricos urbanos, e o contributo da mesma para a promoção do património classificado com vista à sua preservação e exploração do potencial económico. Esta obra tem como finalidade uma maior fundamentação teórica, necessária para reforçar a importância da Comunicação Interna e Externa, das Relações Públicas, das campanhas de comunicação pública, bem como o papel dos mass media, das novas plataformas on-line e a publicidade como mecanismos essenciais para a transmissão da ideia de importância de se preservar o património, alcançar, através da união de esforços Ar t ur F il ip e do s San t os

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entre várias instituições públicas e privadas, a classificação de Património Mundial para o espól io histórico edificado do centro histórico de uma cidade, sem esquecer a vertente economicista, ao ter em conta os benefícios turísticos desse legado secular e de apresentação de um trabalho de campo, expondo um estudo comparativo entre dois periódicos diá rios, um português e outro o galego, Jornal de Notícias e La Voz de Galicia , jornais de relevo para

as

cidades

respectivamente, arquitectónica

do urbes

são

Porto que

exemplos

e

de

pela

Santiago sua

de

beleza

extraordinários

de

Compostela histórica

e

patrim ónio

universal, fazendo ambas parte da restrita Lista do Património Mundial da UNESCO, e que servirão como base a este estudo comparativo que terá como amostras as publicações destes dois jornais desde 2000 até 2004, depois de uma pesquisa efectuada aos arquivos e hemerotecas destes dois órgãos de comunicação, com o objectivo essencial de perceber qual a importância e destaque que os dois diários dão às temáticas relacionadas com o património mundial em geral mas sobretudo com o património presente nos cent ros históricos de cada uma das cidades em particular. A recolha de fundamentação teórica foi elaborada tendo em conta autores que expressam a importância da comunicação no desenvolvimento das empresas e das instituições e do contacto destas com a sociedad e. José Maria la Porte, com a sua obra Entusiasmar a la propia institución. Gestión y comunicación interna en las organizaciones sin Ánimo de Lucro e La Comunicación Global del Património Cultural, de Mateos Rusillo, foram dois dos autores preponderantes p ara o estudo da importância das ciências de comunicação para sensibilizar à preservação do espólio de um centro histórico, para a construção de um melhor e mais completo dossier de candidatura ao Título de Património Mundial, bem como

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outros autores signif icativos e obras preponderantes, descritas na bibliografia. Com o intuito de demonstrar que as questões relacionadas com a comunicação podem de sobremaneira contribuir para o desenvolvimento de uma maior sensibilização e consciencialização para a preservação do património, como legado para as gerações de hoje e do amanhã, mas acima de tudo, contribuir para a organização do dossier de candidatura ao título de Património Mundial no âmbito da UNESCO a um centro histórico de uma cidade, ajudando a desenvolver i niciativas que demonstrem ao Centro do Património Mundial de que a classificação dos bens a candidatar será uma mais -valia cultural, sociológica, económica e, claro, turística, com promoção do património cultural. Este projecto de investigação debruçou -se na procura de uma fundamentação capaz de comprovar essa mesma utilidade, bem como apresentar um estudo comparativo entre dois jornais do noroeste peninsular como prova ou não de que os meios de comunicação estão atentos a este tipo de matérias e que a sua audiência é receptível a este tipo de temáticas. Desenvolvido com o convencimento de busca incessante de evoluir no campo científico das ciências da comunicação, este trabalho mune -se de tremenda importância ao ligar dois pólos (o das Ciências da Comunica ção e o estudo da História), de interesse e extraordinária necessidade para a compreensão da sociedade contemporânea, com a consciência também de ajudar a elucidar técnicos de comunicação, responsáveis autárquicos e operadores turísticos,

entre

outros

prof issionais,

para

o

contributo

da

comunicação para todos os processos que dinamizam a promoção do

património

arquitectónico,

podendo -o

tornar

um

valor

acrescentado, passível de ser explorado, não só a nível, claro está, cultural, histórico e sociológico, mas também económico,

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essencial na maioria da vezes até para a preservação do próprio património em causa. Este projecto foi desenvolvido em três anos e dois meses, investigação

que

foi

desenvolvida

a

meias

com

todas

as

responsabilidades profissionais enquant o professor universitário e director pedagógico de uma instituição de ensino “maior”, e ainda, até há bem pouco tempo, como jornalista, não esquecendo as obrigações sempre essenciais de pai de família. No

que

relativamente fundamentação

concerne fácil

às

dificuldades

encontrar

teórica,

bibliografia que,

com

metodológicas, de

a

suporte

eminente

foi

para

a

ajuda

e

“generosidade” da minha directora de tese, a Professora Doutora Aurora

García

González,

rapidamente

se

elaborou

uma

lista

bibliográfica relevant e tendo em vista a fundamentação teórica das várias temáticas da comunicação em estudo neste trabalho. No que à ligação entre a comunicação e o património diz respeito, a obra de pesquisa fundamental foi “ La Comunicación Global del Património Cultural ”, de Santos M. Mateos Rusillo, mas não foi de todo fácil encontrar qualquer obra de estudo que focasse tão-somente a importância da comunicação para todo o processo de candidatura de um bem a Património Mundial, a sua divulgação e o auxílio da comunicação para a divulgação dos bens classificados pelo Centro do Património Mundial (em Portugal também se usa a expressão Comité para o Património Mundial), apesar

deste

organismo

da

UNESCO

ter

uma

boa

rede

de

comunicação interna e externa, apoiada em fortes campanhas internacionais de educação e preservação para a temática do património

cultural e

natural,

parcerias

com

grandes marcas

internacionais, como a Samsung, a American Express entre outras, para desenvolvimento de iniciativas de salvaguarda e divulgação de património em risco, assim como uma vasta colecção de obras publicadas sobre o património da Humanidade espalhado por todo

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o mundo. Esta organização já dispõe no entanto de uma boa bibliografia

que

candidatura

e

permite

compreender

classifi cação

mas

todo

o

sobretudo

processo num

de

contexto

organizativo e jurídico, à luz do direito internacional de protecção dos bens naturais e culturais, abordando muito sucintamente, em alguns aspectos relacionados com a promoção de um bem já classificado,

a

importância

de

um a

estratégia

concertada

de

comunicação para uma efectiva chamada de atenção e divulgação do património a nível local, nacional e internacional. Com a evolução das novas plataformas web, como sendo os sítios e os blogues foi possível mais facilmente procu rar e analisar informação

relativa

à

comunicação

e

a

sua

relação

com

o

património classificado, facto que não foi tão fácil aquando da feitura da tese para obtenção do Diploma de Estudos Avançados deste mesmo plano de estudos, dada a escassez, na altura, d e informação compilada por cibernautas particulares. Agora já existem em Portugal cursos de Pós -graduação em Comunicação e Património, tendo eu próprio leccionado num desses cursos, no Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas, o que veio dar mais um passo no estudo não só da temática da comunicação e do património mas da ideia de que o turismo cultural é uma alínea cada vez mais essencial no seio da indústria do turismo em Portugal. Foi

sobretudo

mais

difícil

obter

os

exemplares

nas

hemerotecas dos d ois periódicos investigados para o estudo comparativo entre o Jornal de Notícias e La Vo z de Galicia . O primeiro por que a grande maioria dos exemplares ainda estavam em papel e mesmo os que estavam em formato informático apresentavam uma dificuldade acres cida dada a complexidade do programa de arquivo, o segundo teve como principal dificuldade o tempo e as distâncias, já que a procura de matéria foi bastante acessível, dada a excelente organização tanto da hemeroteca

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interna de La Vo z de Galicia , com sede em A Coruña, como dos arquivos da

biblioteca

central da

Universidade

Vigo,

em

As

Lagoas, Marcosende, Vigo. Foram gastos cerca de 920 horas a escrever a tese, 345 na procura de citações bibliográficas e 129 na procura de material relacionado com o estudo c omparativo, anexos, suportes web e multimédia. Todo este percurso conduziu à elaboração desta tese que se organizou da seguinte forma:

No

primeiro

capítulo

procurou -se

indagar

sobre

a

fundamentação teórica relacionada directamente com as ciências da comunicação na atribuição, preservação e divulgação do título de

Património

Mundial

da

UNESCO,

sendo

primeiramente

apresentado os principais factos históricos que levaram à criação da Convenção do Património Mundial de 1972, bem como uma citação de André Desva llés, Conservador Geral Honorário do Património que destaca o espírito que preside à Convenção para a Protecção do Património Cultura e Natural de 1972 e o que este esforço conjunto de preservação do património cultural representa enquanto empresa, ao apre sentar uma definição de empresa elaborada pelo economista Pierre Lousel, bem como um conceito de empresa por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, apresentando estes autores uma fundamentação social de empresa, presente neste mesmo capítulo. Procura-se,

de

seguida,

fazer

um

paralelismo

entre

Património Mundial, candidatura, classificação, divulgação e a definição de empresa desenvolvida por Pierre Louzel, sobretudo no que concerne à sua vertente de utilidade de utilidade pública, salientando o exemplo do cent ro histórico do Porto, mas alvitrando também

a

importância

desenvolvimento

do

económico

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lucro de

como uma

essencial

comunidade,

para

o

focando

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concretamente a definição de empresa apresentada por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, Neste capítulo apresenta -se a fundamentação teórico -prática do papel dos meios de comunicação social na divulgação dos assuntos do património classificado, do sue interesse do apoio do media às autoridades para a promoção do património edificado classificado, apresentando o exemp lo do Jornal de Notícias, o segundo jornal mais vendido em Portugal, uma das “bandeiras” regionalistas da cidade do Porto, apresentando ainda o lobby económico e político que rodeia o património classificado.

O segundo capítulo desta obra de investigação aborda as campanhas de comunicação pública, o seu contexto no âmbito da comunicação e do Património Mudial da UNESCO. Este capítulo procura aprofundar um pouco mais os factos que levaram à assinatura

da

Convenção

de

1972

relativa

à

Protecção

do

Património mas essencialmente visa reflectir sobre a temática do património classificado, o seu espaço no universo das ciências da comunicação, a sua definição e o contributo das campanhas de comunicação pública em todo o processo que levou à criação do Centro do Pat rimónio Mundial, aos processos de candidatura e classificação dos bens culturais edificados. Martín Algarra, docente e investigador da Universidade de Vigo, é um dos autores particularmente citados neste capítulo ao sublinhar

de

campanhas

forma de

categórica

comunicação

a

importâ ncia

pública,

desta

do feita

estudo

das

aliado

à

investigação de um outro tema de domínio público, o da saúde, ao estudar contributo das campanhas de comunicação pública como meio para a veiculação de valores, alterações e comporta mento ou divulgação

de

informação,

alíneas

que

podem

muito

bem

assemelhar-se à causa do património cultural, já que este para ser defendido deve-se munir de forte valor histórico e identitário,

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necessidade

de

mudanças

de

comportamento

com

vista

à

protecção da traça original do monumento do espaço envolvente ao bem classificado ou ainda o dar a conhecer que esse bem existe, para bem da comunidade local. O mesmo autor identifica ainda o papel dos meios de comunicação e os seus condicionalismos bem como o espa ço que as campanhas de comunicação pública podem ocupar. Neste capítulo são ainda apontados exemplos de campanhas desenvolvidas pela UNESCO em conjunto com autoridades locais, governos regionais, nacionais e organizações.

O terceiro capítulo foca -se no testemunho das autoridades oficiais

quanto

ao

papel

Património Mundial,

da

comunicação

nas

questões

do

desde logo apresentando -se exemplos de

várias autoridades oficiais nacionais, como governos, autoridades regionais e locais, instituições académicas, como a Universidade de Coimbra e autoridades supra -nacionais, sendo os exemplos maiores a UNESCO e o ICOMOS, não esquecendo as organizações internacionais que representam a indústria da actividade turística, todas em conjunto com citações e exemplos que fazem a apologia tanto da comunicação como do contributo dos média e da utilidade das novas plataformas de comunicação web como veículos de difusão

de

projectos

que

tenham

a

ver

com

o

património

classificado, a sua promoção na opinião pública, sendo ainda identificados

exemplos

estratégias

de

cooperação

entre

instituições, fruto de uma comunicação institucional forte. Desta forma, procura -se demonstrar a importância que os mais variados organismos institucionais internacionais e nacionais imputam ao património classificado, atribuindo à comunicação uma cota parte da responsabilidade no que concerne à necessidade de classificação, preservação e divulgação do património classificado como bem universal.

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No grupo III desta tese, que procura avalaliar o real inter esse dos média na divulgação do Património Mundial,

o primeiro

capítulo aborda o Património Mundial enquanto notícia presente nos jornais, rádios e televisões. Este capítulo começa com uma introdução às razões que levaram a que os meios de comunicação soci al prestassem, actualmente, como é sabido e aceite, a atenção que até tempos mais recentes não haviam feito. Através da compreensão da definição de turismo cultural procurou -se fazer uma ponte entre a importância socioeconómica do património e a relevância dos bens classificados e explorados pela indústria do turismo para os média. Assim foram apresentados exemplos de organismos estatais que atentam para o facto dom turismo cultural ser cada vez mais uma indústria de massas, capaz de gerar grandes receitas, facto que não passa despercebido aos grandes grupos de comunicação. É apresentado, mais à frente neste capítulo, exemplos de reportagens

publicadas

em

importância

económica

do

periódicos turismo

onde

cultural,

é

abordada

a

em

especial

o

património classif icado pela UNESCO. Ao longo do capítulo do capítulo são apresentados exemplos de programas televisivos, enunciando os canais portugueses Rádio e Televisão de Portugal (RTP), de serviço público, SIC e TVI (ambos

privados)

e

radiofónicos

(desenvolvidos

por

r ádios

portuguesas com a TSF, Rádio Renascença ou Antena 1 ou ainda as espanholas Radio y Televisión de España , Cadena Ser, Onda Cero ou ainda a Cadena COPE) relacionados com o património sobretudo classificado, documentários, reportagens televisivas, radiofónicas, reportagens publicadas em jornais e em revistas, colunas de opinião periódicas, em síntese, a partir do momento em que o património classificado se tornou parte de uma indústria que

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gera lucros consideráveis, sendo alvo de interesse por parte da opinião pública, esta matéria já não se encontra confinada ao simples programa cultural fora de horas mas que tem já honras de exposição mediática muitas vezes em pleno horário nobre.

No capítulo seguinte deste grupo, o sexto desta tese, que evidencia o Património Mundial nas páginas web institucionais, nas páginas web pessoais e nos blogues, fazendo o panegírico, isto é o

elogio

das

plataformas

web

como

algumas

das

melhores

ferramentas da actualidade no que diz respeito à promoção do património classifica do, seja numa perspectiva fundamentalmente institucional ou já no panorama da indústria do turismo e dos mais variados sectores cultural,

não

que

militam

esquecendo

a

à voz

volta cada

sobretudo activa

do

dos

turismo cidadãos

anónimos, ciosos em preservar o s testemunhos palpáveis da sua história “debitam”, dia após dia, em páginas pessoais, em blogues ou em fotoblogues, testemunhos, críticas, histórias contadas na primeira pessoa, imagens impares, para fazer ver que existe uma larga massa on -line preocupada e atenta sempre ao património, cliente assídua do turismo cultural a ter em conta pelos operadores e pelos organismos do sector. Assim

sendo,

são

apresentados

variados

exemplos

de

páginas web institucionais, pessoais e blogues, portugueses e espanhóis. São também referidos autores que fazem a apologia das plataformas

web

como

motor

de

transformação

das

próprias

instituições como por exemplo César Carreras Monfort. De referir que ao abordar os exemplos das várias páginas institucionais pesquisadas é feita uma análise, chegando -se à conclusão que, actualmente, muitos sítios dispõem já de páginas dedicadas seja ao contacto com os média propriamente dito, com newsletters periódicas, para desta forma se “alimentem” os meios

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de

comunicação

classificado

social

em

com

questão,

notícias

mas

a cerca

também

do

páginas

património

dedicadas

a

investigadores, promotores de eventos, operadores turísticos e, claro

está,

sem

esquecer

o

cidadão

comum

que

procura

informações relevantes acerca do património cultural em questão . Um dos exemplos de páginas web institucionais portuguesas é a página do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico (IGESPAR), cuja página serve de melhor exemplo no que diz respeito à melhor divulgação sobre o que de melhor se projecta em Portugal quanto à defesa e promoção do património classificado, seja na perspectiva pública, seja no aspecto turístico, identificando as principais valências desta página web. No

que

respeita

a

exemplos

e

páginas

web

institucionais espanholas, um dos melhores exem plos apontados é a página web do Ayntamiento de Santiago de Compostela, que exibe uma página exclusiva ao Património Mundial, apresentando uma

descrição

cronológica

de

todos

os

factos,

episódios

e

acontecimentos que levaram a que o centro histórico da “cid ade do apóstolo”

fosse

primeiro

considerado

conjunto

histórico

de

interesse nacional, em 1941 e finalmente a ser coroado com o título

de

Património

relacionados

com

da

demais

Humanidade, bens

entre

espanhóis

outros

exemplos

classificados

pela

UNESCO. Urgia necessariamente apresentar o sítio web do Centro do Património Mundial da UNESCO neste capitulo, já que, quase por obrigação, esta é o sítio mais completo que existe on -line acerca de todos os esforços de defesa e preservação do património classificado, de investigação, de comunicação e divulgação do património cultural e também natural dos bens considerados património da Humanidade, referindo os mais variados aspectos do sítio, explicando o que faz deste local o mais completo de toda a

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web para quem quer descobrir o que há conhecer acerca do património classificado pela UNESCO. O capítulo continua com exemplos oriundos de páginas pessoais e de blogues de investigadores, defensores e simples entusiastas do património, crentes na capacidade das novas plataformas web em espalhar o entusiasmo pela defesa e interesse de conhecimento pelo património.

O sétimo capítulo da tese trata o Património Mundial em campanhas de

comunicação,

para

desta

forma

produzir uma

análise da indispensabilidade de promover o patri mónio cultural classificado em campanhas de publicidade partindo da perspectiva da própria definição de campanha de publicidade, buscando várias fontes onde se enunciam exemplos de definição deste conceito, como é o caso da citação retirada do Código da Pu blicidade do Estado Português ou ainda uma citação mais relacionada com o campo teórico das ciências da comunicação, do investigador da Universidade Federal de Minas Gerais e autor da obra Princípios da

Publicidade,

relacionadas com sublinhando

Gilmar a

ainda

Santos,

definição no

facto

de de

entre

outras

referências

campanhas de publicidade, se

examinar

o

património

classificado como um produto passível de ser publicitado, sendo desta forma necessário construir com o património uma marca forte, capaz de se posicionar entre as demais marcas do sector, como advoga Gabriel Diaz Meyer, professor do Departamento de Comunicação Corporativa da Universidade de Vic, Espanha. Mateos Rusillo, foi um dos autores essenciais para este capítulo, já que este investigador, t ambém da Universidade de Vic, aponta passos, num artigo científico da sua autoria, que devem ser levados em conta antes de se levar a cabo quaisquer formas de campanhas de divulgação do património cultural .

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Neste capítulo procura-se ainda reflectir sobre q uais as principais instituições que solicitam a produção de campanhas de publicidade, a que público se destinam essas mesmas campanhas e, claro está, quais os formatos mais comuns dessas campanhas e as mensagens que se procuram transmitir.

O quarto grupo deste trabalho é inteiramente dedicado ao estudo comparativo entre os periódicos Jornal de Noticias e La Vo z de Galicia. O primeiro capítulo deste grupo, o oitavo da tese retrata o desenvolvimento do projecto, formulando desde logo a questão de se, efectivamente, os meios de comunicação social se interessam pelas questões do património e se disponibilizam tempo de antena ou

folhas

realmente

de

jornais

assumirem

suficientemente

que

na

realidade

preponderantes as

matérias

para

que

se

relacionam com o patrimón io cultural edificado são alvo de uma cuidada escuta pelos média. Ou talvez não. Assim, partindo de uma análise comparativa entre dois importantes periódicos - o Jornal de Notícias, diário português de expressão nacional, contudo muito ligado à cidade que o viu nascer, a cidade do Porto e o diário galego La Vo z de Galicia, relacionado,

entre

outras,

com

a

cidade

de

Santiago

de

Compostela – são elaboradas um conjunto de hipóteses a que estudo procurará descobrir qual ou quais as hipóteses que estes meios de comunicação estudados mais se encaixam. O objectivo deste estudo comparativo não é desvendar as respostas a todas estas hipóteses, mas sim auxiliar na construção de uma ideia introdutória de quanta relevância poderão dar os média, partindo do exemplo deste s dois importantes periódicos como são o Jornal de Notícias e a La Voz de Galicia, no sentido de este estudo ser uma veia iniciática para a criação de novos estudos comparativos no seio desta matéria.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Os média porventura vêm no património temática capaz de granjear audiência para valer a pena a criação de reportagens, peças jornalísticas intimamente ligadas ao património e assim retirarem dividendos. Sendo assim é porque têm público afecto a este tipo de assuntos. É porque as audiências interessam -se pelos vários assuntos que respeitam não só à preservação de um bem que

é

de

todos,

que

é

reflexo

da

história

e

da

ideia

de

nacionalidade de cada país ou simplesmente de uma localidade.

O nono capítulo, exposição do trabalho, procura apresentar, através de factos estatísticos, os resultados obtidos através da compilação dos dados de todos os jornais lidos, tendo sido consultadas o seguinte número de notícias: Na procura de dados relacionados com o Jornal de Notícias foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital, bem como os arquivos da Biblioteca Municipal da Cidade do Porto, numa recolha iniciada a 20 de Novembro de 2005 e terminada a 15 de Dezembro desse mesmo ano, com um total de horas

despendidas

de

73,

num

universo

de

1.447

notícias

consultadas. Na procura de dados relacionados com a La Voz de Galicia foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital compilada em cd -roms, examinados na biblioteca central da Universidade de Vigo, em As Lagoas Marcosende, no pólo de Vig o, numa recolha iniciada a 16 de Dezembro de 2005 e terminada a 18 de Janeiro de 2006, com um total de horas despendidas de 82, num universo de 1729 notícias consultadas. Os dados obtidos em todo este estudo estão presentes em quatro

tabelas,

duas

tabelas

para

cada

um

dos

periódicos

estudados. De seguida, apresenta -se ainda neste capítulo uma reflexão sobre a razão para alguns dos mais variados resultados apurados

Ar t ur F il ip e do s San t os

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no decurso do desenvolvimento do projecto, referindo, em tom de enquadramento o carisma e um p ouco do percurso histórico das duas publicações estudadas, assim como as duas cidades e a estes ligadas, a cidade do Porto ao Jornal de Notícias e Santiago de Compostela a La Voz de Galicia.

Finalmente, no último capítulo da tese serão apresentadas as conclusões relativas aos objectivos propostos por esta tese que é o de estudar a importância da Comunicação na atribuição do título de “Património Mundial”, sob a égide do Centro do Património Mundial da UNESCO aos centros históricos urbanos o contributo da mesma para a promoção do património classificado com vista à sua

preservação

e

exploração

do

potencial

económico,

as

parcerias público -privadas em torno do património classificado, exemplos de campanhas de comunicação pública e de publicidade, sempre em torno dos bens classificados. Para além das conclusões, no final serão apresentados os futuros projectos de investigação a levar a cabo dentro da temática da comunicação e do património.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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II.

As

Ciências

preservação

do

da

Comunicação

Título

de

na

Património

atribuição Mundial

e da

UNESCO

II.1 Fundamentos Teóricos Não é de agora que a Humanidade sentiu no âmago a vontade e a importância de preservar o seu legado, a sua obra feita no presente e no passado e defendê -la, para que um dia as gerações do futuro pud essem testemunhar a história, a que se toca, e assim conhecer, por intermédio dos monumentos, do património erigido, muito daquilo que os antepassados foram e criaram: “Os nossos antepassados sabiam talvez que os jardins de Kahor e, as mesquitas do Cair o , a Catedral de Amiens e os hipogeus

de

Malt a

eram

monumentos

sumptuosos,

raros,

estranhos. Por vezes mostravam -se sensíveis ao esplendor de uma montanha, de um grande rio e até de uma selva povoada de animais selvagens e chegavam a admitir que estes eleme ntos pudessem f azer o or gulho de um povo e testemunhar a nobreza da sua

história

ou

que

estes

acidentes

geográf icos

pudessem

simbolizar uma nação, suas aventuras e suas desventuras. Mas não lhes ter ia ocor rido a ideia de que isso tivesse um «valor universa l»” UNESCO 1

De acordo com os registos históricos da UNESCO, a ideia de criar

uma

organização

internacional

que

“batalhasse”

pela

preservação do património cultural bem como o património natural,

1

UN E SC O , C om is s ã o N ac i o n al ( 1 99 2),

O qu e é : A Pr ot ec ç ão do

P atr i mó n i o Mu n d i al , C u lt ur a l e Na tur a l . Lis b oa : C. N. U N E SCO , p . 3.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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surgiu no final da Primeira Guerra Mundial, por altura da Cr iação da Sociedade das Nações, organização que antecedeu a actual Nações Unidas. Apesar da vontade de vários estados -membros dessa extinta organização se sentirem sensibilizados para a criação

de

um

organismo

que

tutelasse

a

preservação

do

património histó rico-cultural universal, essa ideia não vingou, caindo lentamente no esquecimento. O acontecimento que despertou o interesse internacional por esta problemática foi, afirma a UNESCO “a decisão de construir a barragem de Aswan, no Egipto, o qual inundaria o vale que contém os templos de Abu Simbel, um tesouro da antiga civilização egípcia. Em 1959, após um apelo dos governos do Egipto e do Sudão, a UNESCO decidiu lançar uma campanha internacional de protecção. A pesquisa arqueológica nas áreas a serem inunda das foi acelerada. Sobretudo, os templos de Abu Simbel e de Philae foram desmontados, movidos para terra seca e remontados” 2. Esta campanha custou, segundo os mesmos registos, 80 milhões de dólares americanos, com metade desta quantia a ser doada por cerca de 50 países. O sucesso desta iniciativa levou a novas campanhas em Veneza (Itália), Moenjodaro (Paquistão) e Borobodur (Indonésia), entre outras. Com a ajuda do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) 3, a UNESCO leva a cabo tentativas par a a criação de uma convenção que tutelasse, a nível mundial, as matérias

2

em

UNESCO, W orld Heritage Centre (2005), Brief History . Extraído 13

de

Fever eir o

de

2005

do

sít io

da

UNESCO:

http://whc.unesco.or g/pg.cfm?cid=169. Trad. 3

T ítu lo or ig i n al da or g an i za ç ão em lín gu a in g les a: I n ter n at i o na l C ou nc i l

on Mo n um ents a n d S i t es ( ICO MO S) .

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relacionadas

com

a

preservação

do

património

cultural

e

o

património natural universal. Assim, foi em 1972 que a Organização das Nações Unidas, no

âmbito

da

UNESCO,

criou

a

“ Convention

concerning

the

Protection of the World Cultural and Natural Heritage ” 4, convenção elaborada com o intuito de, citando a UNESCO “garantir, quanto possível, a adequada identificação, protecção, conservação e apresentação do património insubstituível do Mundo” 5. Objectivo colossal na tentativa de preservar um património que está, afirma a UNESCO “entre as possessões mais preciosas e insubstituíveis, não só de cada nação, mas também da humanidade como um todo”, já que declara esta organização das Nações U nidas 6 “a perda

por

deterioração

ou

desaparecimento

destas

mesmas

preciosas possessões constitui um empobrecimento da herança das pessoas de todo o mundo” 7. E urge defender o património, raiz que nos liga à terra onde nascemos, e que se encontra em perigo , como desabafa André Desvallées, Conservador Geral Honorário do Património: “Desde há pelo menos duzent os anos, e particularmente com a

aplicação

do

espír ito

das

Luzes,

pelos

protagonist as

da

Revolução Francesa, tornou -se consciência do f acto de que o qu e era propr iedade pessoal poderia tornar - se, ao menos moralmente, património colectivo , de início nacional ou comunitário, em seguida universal (com o estabelecimento pela UNESCO, em 1972, da Convenção para a protecção do patr imónio mundial cultural e 4

T r ad: C o n ve nç ão R el at i v a à Pr ot ec ç ão Un i v ers a l d o P at rim ón i o Cu l tur a l

e Na t ura l . 5

UN E SC O , W or ld H er i ta g e C en tr e ( 20 0 5), W orld H eri t ag e, I ntr o d uc t i on .

Ex t ra íd o

em

13

de

Fe v er e iro

de

20 0 5

do

s i te

da

UN E SC O :

ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / pg .c f m ?c id = 2 64 6

U NE S CO , W or ld H er it ag e C en tr e ( 2 00 5) , Id e m . T rad.

7

U NE S CO , W or ld H er it ag e C en tr e ( 2 00 5) , Ib i dem . T ra d.

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natural). No últ imo século, o património cultural converteu - se num dos dom ínios mais importantes da cultura. Mas, ao mesmo tempo, um

duplo

per igo

começou,

ou

continuou,

a

ameaçar

este

património: por um lado, o da sua degradação f ísica, podendo conduzir

ao seu

desapar ecim ento;

por

outro lado,

o da sua

transf ormação em mercador ia” 8.

Sendo

nos dias

de

hoje

o

património

mais do

que

o

testemunho da nossa história, os bens culturais edificados são exemplos de uma moral social que é essencial defender, uma cultura por vezes ancestral que é importante manter viva como forma de explicar a nossa própria vivência actual. Na opinião de Paulo de Carvalho, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra: “ O património, enquanto conjunto de valores, estrutura de mediação entre o passado e o pr esente, matriz de explicitação das linguagens de estrut uração dos territ órios e das paisagens, assume hoje f oros de quadro privilegiado de ref lexão conceptual no âmbito da temática do desenvolvimento (…) Noutros casos, é a di nâmica interna

e

o

papel

dos

actores

locais

que

enf atiza

o

valor

pedagógico do patr imónio, ident if icando -o e aproximando - o dos cidadãos. Em qualquer dos exemplos, as lições do passado e o contexto histórico, projectados no cam po do patr imónio cultural, conf iguram

um

especif icidade

recurso dos

singular

territórios.

e

alicerçam

Rot as,

a

circuit os,

matriz

de

itinerários,

convocando sít ios e lugares como pontos de uma rede, desenhados em

dif erentes

escalas

espaciais,

ancorados

ao

patr im ónio

e

f requentemente ao t urismo cult ural, r epr esentam caminhos validos para a construção de marcas de ident idade territor ial, e são um

8

Des v a l lés , A n dr é ( 20 0 3). Q u e Fu tur o par a os Mus e us e par a o

P atr i mó n i o Cu l tur a l n a A ur or a do T erc e iro Mi l én i o , em L u gar em Ab ert o , 1, 4 7

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est ímulo

para

a

articulação

entre

as

dif erentes

peças

e

a

construção de um sentido de pertença ao conjunto” . 9

Todos os esforços desenvolvidos em prole da preservação do património cultural da Humanidade nunca teriam a expressão obtida se não se tivesse dado a conhecer a nível internacional, se não se divulgassem as várias medidas levadas a cabo pelas instituições internacionais em prole de um obje ctivo comum, que é o de preservar o testemunho tangível da nossa História. Assim, com um esforço consertado dos vários organismos em desenvolverem chegou

aos

uma

dias

comunicação

de

hoje

com

institucional referências

concertada

se

bibliográficas

e

documentos de enorme importância para se perceber não só os objectivos concretos de preservação do património, mas o facto de esses mesmos documentos existirem são a prova física de que efectivamente as várias instituições envolvidas praticaram uma política de com unicação. Porque

o

que

estas

institucionais

promovem

é

uma

“empresa”, na sua definição enquanto desígnio, objectivo não lucrativo, e como afirma o economista Pierre Louzel: “Uma empresa é um conjunto de pessoas, um agrupamento humano hier arquizado, que m otiva e mobiliza meios humanos, materiais e f inanceir os com o object ivo, transf ormar, transportar e distr ibuir

produtos

ou

pr estar

ser viços

e

que,

atendendo

a

objectivos def inidos por uma dir ecção, f az inter vir nos diver sos

9

Car v a l ho , P a ul o ( s / d) . Pa tr im ó n io e Terr i tór i o: d os L u gar es às R ed e s .

Ex t ra íd o em 1 8 de A gos t o de 2 0 11 do s í t i o da Soc i e da d e P ort ug u es a d e Es t u dos R ur a is ht t p: // ww w.s pe r . pt / VC H ER /P df s / Pa u lo _ Car v a l ho . pd f

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escalões hier árquicos as motivaç ões do lucro e da utilidade social (satisf ação da das necessidades da com unidade)” . 10

Alfonso Nieto e Francisco Iglesias apresentam um conceito profundo de empresa, nos seus mais diversos aspectos: “Entendemos que empresa es conjunto de organizado de actividades

personales,

medios

económicos

y

mater iales,

y

relaciones comerciales, con pr opósito de obtener benef icios, para la consecución de una idea de producción de bienes o prestación de ser vicios con destino al mercado.” 11

Os mesmos autores introduzem t ambém uma fundamentação social de empresa: “La organización de la idea empr esar ial implica considerar las car encias y las necesidades de las personas y el modo de satisf acerlas. La empresa no pr oduce para el autoconsumo, sino para satisf acer necesidades a jenas.; debe perseguir la realización de una idea social t anto en el ámbito intraempresar ial como en el extraempresar ial. Por una parte, ref erido al conjunto de personas que trabajan en la empresa y a las que se integran en ella aportando capital a la ent idad jur ídica que sea su titular; por otra, en relación con los proveedores y los destinatar ios del pr oducto que mantienen con la empresa relaciones comerciales de cualquier tipo. Con la acept ación casi universal de la econom ía de mercado, la mayor ía de lo s ciudadanos realizan su quehacer labor al en

10

J an e ir o

L ou ze l P i er r e ( 20 0 8) . D ef i n iç ã o d e E m pres a . Ex tr a íd o em 31 d e de

2 00 9

do

s ít i o

Ma l ha

A t l ân t ic a :

ht tp :/ / www.m a l h at l an t i c a. pt / lm n/d ef i n ic ao _ e m pres a. h tm 11

Ni et o , A lf o ns o e Ig l e s i as , Fr a nc is c o ( 20 0 0 ). L a Em pr es a In f orm at iv a . B arc e l o na : E d it or i al Ar i el , p . 16 .

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empresas que const ituyen, después de la f amilia, las sedes más importantes de relación interpersonal. En nuestro t iempo la pr áctica totalidad de las relaciones comerciales tienen su origen en la empresa, f uente primaria de mediación social” 12.

E quando se fala em “empresa” Património Mundial fala -se, na prática em “empresa”, candidatura ao título de Património Mundial,

“empresa”

classificação

da

UNESCO,

“empresa”

divulgação e, por último, “empresa” preservação, e nquadrando, na definição apresentada por Pierre Louzel, como sendo empresa de utilidade social, na medida em que a classificação e preservação de um centro histórico de uma cidade tem um efeito sociológico importante, na medida em que os centros históricos das cidades europeias são na sua larga maioria espaços velhos, em estado avançado de degradação, com uma população muita envelhecida e carente, muitas vezes, de condições de higiene básicas. Um dos exemplos que se aponta nesta tese é precisamente o centro histórico do Porto, cujo o esforço de recuperação, classificação, preservação e divulgação do centro histórico veio revitalizar um espaço considerado como um “cancro”, nas palavras do antigo presidente da Câmara do Porto e um dos mentores da candidatura a Património Mundial, Fernando Gomes, já que esta parte da cidade se encontrava em estado avançado de degradação física e social. Contudo, e focando concretamente a definição de empresa apresentada por Alfonso Nieto e Francisco Iglesias, não se pode esquecer que obviamente o objectivo da classificação de um espaço tem também um ânimo de lucro, obter benefícios e criar relações comerciais com clientes e assegurar parcerias, já que a vinda

12

assegurada

de

mais

turistas

representa

um

encaixe

N i et o, Alf ons o e I g les i as , Fr anc is c o ( 2 00 0) . Id em . p . 1 3.

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financeiro significat ivo, não esquecendo a fundamentação social da empresa enunciada por estes dois autores, já que os vários colaboradores que fazem das várias vertentes de vida o seu modo de vida, não podemos esquecer que a indústria do turismo, da preservação e divulgação d o património, hotelaria, entre outras actividades, empregam, só em Portugal, cerca de 25 por cento da população activa da sociedade, de acordo com os Censos de 2011. No ponto de vista sociológico e da manutenção dos laços histórico sociais, estas empresas ligadas ao património e às actividades turísticas assumem um grande papel na propagação da identidade cultural, dos saberes, tradições e costumes de uma aldeia, cidade ou país além fronteiras ou simplesmente “dentro de portas”, fazendo alusão a uma express ão “Vá para fora cá dentro” que surgiu em campanhas públicas de comunicação da Secretaria de Estado do Turismo de Portugal, transmitidos simultaneamente na Rádio, na Televisão e nos jornais, auxiliando assim um impulso da procura turística dos cidadão port ugueses no seio do próprio país. Os meios de comunicação social são espectadores atentos e exploram a indústria turística em busca de reportagens relevantes, como esta publicada no Jornal de Notícias, o mais importante jornal português e cuja sede é n a cidade do Porto, tornando este periódico uma das bandeiras regionalistas da “cidade invicta”: “Porto é Património Cultural da Humanidade mas o tur ista só o sabe se ler os guias. A dois dias da f esta “Eu Importo -me”, que celebra os 11 anos da classif icaç ão da zona histór ica, o Jor nal de Not ícias palmilhou a Ribeir a e ouviu aqueles que nos visit am. Hanz é um per igoso “f anático” pelos monumentos históricos. Não mudava rigorosamente nada no Porto Património Mundial – “Adoro a vossa autenticidade suja e cinze nta”, conf essou. Jochen e Constanze, turistas holandeses, espantaram -se com o relaxamento, mas não per cebem porque é que não damos mais Ar t ur F il ip e do s San t os

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visibilidade

ao

Pat rimónio.

Grace

diz

ainda

que

som os

mais

amigáveis que os de Lisboa mas irrit ou -se por não encontrar a Casa do Inf ante. Depois de amanhã, o Porto f az 11 anos como Património Cultural da Humanidade. Os turistas são muitos, mas não f azem ideia dos f estejos” 13

Todavia falta ainda uma alínea, um ponto que necessita indubitavelmente da comunicação e em concreto dos média, que é o do lobby económico e político, já que estas questões do Património

servem

muitas

vezes

como

arma

de

arremesso,

principalmente nas cidades com um património mais vasto e classificado com o mais alto galardão que se pode atribuir a um centro histórico que é o título de Património Mundial da UNESCO. Veja-se este exemplo, publicado também no Jornal de Notícias, que apresenta a especulação económica e política do património classificado: “Padre

Jardim

denuncia

pressão

im obiliár ia

no

Centr o

Hist órico. Pároco de S. Nicolau crit ica ext inção do CRUARB e da Fundação e lembra que nas r uas só vivem dez pessoas. PS (Partido

Socialista)

e

CDU

(Coligação

Democrát ica

Unitár ia)

acusam Câmar a de não investir naquele núcleo. SRU tem visão mais opt imist a e conf ia no investimento privado. O

t ítulo

da

UNESCO

f oi

honroso

e,

em

1996,

houve

champanhe e f oguetório. Onze anos depois muitos port uenses lamentam a oportunidade perdida e a apressada ext inção do Comissariado para a Renovação da Área Urbana da Ribeira Barredo ( CRUARB) e da Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica (FDZHP).

13

G as p ar , J os é M ig u e l ( 20 0 7, D e zem br o 2). G os t o q ue o P or to n ã o s ej a

fa m os o . J or na l d e N ot í c i as , p . 3 4

Ar t ur F il ip e do s San t os

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“As casas estão muito degradadas. Está tudo ao Deus dar á”, lamentou ao JN (Jornal de Not ícias) o Padre Jardim Moreira, da Paróquia de S. Nicolau e Vitória: “Na rua do Inf ante já só vivem lá dez pessoas e os mais velhos estão a ser assediados par a vender as casas. A pressão das imobiliárias é enorme”, conf essa o também President e dada Rede Europeia Anti -Pobreza. O socialista Miguel Von Haff e pref ere aludir à “mudança de paradigma” para manif estar as dif erenças polít icas entre o passado e a chegada de Rui Rio à Câmar a do Porto” 14

E a partir do momento e que existem interesses por trás da classificação do Património os média atingem uma importância não só de entidade informativa mas também de reguladora e aferidora da opinião pública quanto a apoiar ou a desapoiar uma causa como a da classificação e preservação do património, já que, como afirmam Ana Cristina Monteiro, Joaquim Caetano e Humberto Marques “os média têm como função princ ipal a regulação social, são

eles

os

responsáveis,

como

defende

Lasswell,

pela

manutenção da coesão interna da sociedade e o seu apoio a uma causa” 15. E

se

a

opinião

pública

tem

importância

na

defesa

e

divulgação do património há que criar uma “acção sobre a opinião pública” 16 como podemos ler em Jaime de Urzaíz e Fernandez del Castillo. E, como defendem estes autores se a opinião pública

14

V i tor i n o,

M a nu e l

( 20 0 7,

N o v em bro

3 0) .

P adr e

J ar d im

de n unc i a

pres s ã o. J o r n a l d e No t íc i as , p. 2 8 15

Mo n te ir o, A n a Cr is t i na , C a et an o , J o a qu i m , Marq u es , Hum b er to e

Lo ur e nç o ,

J o ão

( 20 0 6) .

F un d a me nt os

da

Co m u n ic aç ã o .

Lis b oa :

E d iç ões

Sí l a bo , p. 23 9 16

De Ur zá i z y F er n á nd e z d e l C as t i l l o, J aim e (19 9 7). D e las Re l ac i on es

P úb l ic as

a

la

C o mu n ic ac ió n

S oc ia l

I nt e gra l ,

Una

N u ev a

Es tra t eg i a

Co m un ic at iv a p ar a las e m pr es as y I ns t i tuc i o nes . M ad ri d : E di t or ia l S an M ar t in , S. L ., p . 8 7

Ar t ur F il ip e do s San t os

30


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

consiste “na manifestação de atitudes colectivas que predominam na sociedade, no que diz respeito ao s problemas de intere sse geral”, também o mesmo se pode suceder com o “problema” 17 do património, isto é, tornar a importância da sua preservação num “problema de interesse geral” para a opinião pública. Em todo o caso, toda a informação relativa ao esforço levado a cabo pela UNESCO e pelas cidades classificadas no sentido de preservar o valioso espólio histórico e natural universal está presente aos olhos de todos os que desejem consultá -la, à disposição do escrutínio da opinião pública e encontra -se patente em vários suportes, desde o livro, ao “website”, com recursos a vídeos, sons e manifestos, não só para pessoas comuns mas sobretudo para investigadores, organismos públicos e privados e população escolar, são o exemplo da política de comunicação desenvolvida pela UNESCO, o q ue nos dias de hoje, se torna essencial no que respeita à difusão das actividades organizadas, mas sobretudo na construção de um espírito de sensibilização acerca destas matérias, contribuindo para uma maior credibilidade e valorização aos olhos da opinião pública, mas também como um bom “folheto publicitário” para aqueles que desejam descobrir novos destinos. Carlos Sotelo Enríquez aposta na proposição de que: “A polít ica de comunicação inst itucional, de acordo com um a f ilosof ia integrador a, leva -se cabo nos âmbitos int erno y ext erno. É um processo simult âneo, e por tant o, não sucede pr imeiro no inter ior da organização, para depois dif undir -se no exterior, tal como pretendiam algumas doutrinas. Reconhecer a part icipação de outras

pessoas

inst ituição,

17

no

f ísicas

e

jur ídic as,

desenvolvimento

da

além

dos

identidade,

membros supõe

abrir

da a

D e Ur za í z y F er ná n de z d e l Cas t i ll o , J a im e, Í dem .

Ar t ur F il ip e do s San t os

31


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

organização a outr as relaciones inf ormativas que ocorrem ao mesmo tempo”

18

.

É através deste pressuposto defendido por Sotelo Enríquez que se defende que uma instituiç ão, seja de carácter público ou privado não pode viver enclausurada em si mesmo, e que essa mesma questão mais se põe quando falamos de uma organização cujo fundamental objectivo é a defesa de algo e da sua divulgação, nesta caso do património, não se trat ando, na sua génese da venda de um produto, mas sobretudo para a sensibilização de conteúdo histórico -cultural. Especialmente porque vivemos na era da sociedade da informação, onde para a empresa ter sucesso, seja que tipo de organização for, tem de abando nar o arquétipos instalados e partir definitivamente

para

a

modernidade,

especialmente

quando

falamos da sua imagem em relação a essa mesma sociedade, como defende António Lucas Marin: “Estamos assistindo nos últimos anos a mudanças indubitáveis nas f ormas de vida que levaram a pensar na apar ição de um novo tipo de sociedade, denominada Sociedade de Inf ormação. Com ef eito, alguns

modos

de

convivência

das

sociedades

tradicionais

e

inclusivamente as indústrias mais avançadas estão sendo abandonados. É necessár io portant o, uma ref lexão em prof undidade sobre as grandes tendências que se vão impondo”. 19

Impõe-se que as empresas e organismos que orbitam o património classificado desenvolvam um plano de comunicação

18

So te l o

Enr í qu e z,

C ar los

( 20 0 1).

In tr od u c c i ón

a l a C om u n ic ac ió n

Ins t it uc io n al . B ar c e lo n a: Ed i tor i a l Ar i e l. , p. 1 87 . T ra d. 19

M ar í n, An tó n i o L uc as ( 1 99 7) . L a C om u n ic a c i ón e n l a Em pr es a y en l as

O rg an i za c io n es . Bar c e l on a: Bos c h C as a E di t or ia l . T ra d.

Ar t ur F il ip e do s San t os

32


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como forma de melhor apresentar toda e qualquer i nformação a nível

interno

e

externo.

Antonieta

Rebeil

Corella

e

Célia

Ruizsandoval exultam a importância de um plano de comunicação para as empresas: “El plan gener al de comunicación de una empresa es el esf uerzo conscient e y f ormal de esta por generar in f ormación relevante y útil a sus públicos ext ernos (cliente, consum idor es, proveedores, interm ediarios o associados de negocio, bancos, agencias

gobernam entales,

comunicación

social,

secretar ías

cámaras

de

Estado,

industriales

o

medios del

de

sector,

asociaciones prof esionales , organismos cúpula, la comunidad, la competencia, jubilados,

etc)

públicos

decapacitados

especiales

por

un

(accionistas,

accidente

de

sindicatos,

trabajo

en

la

empresa, f amilia de los empleados, etc) y los públicos internos”. 20

Estas autoras explicam que um plano de comunicação de uma empresa, “com os seus diferentes públicos, contem entre outros os seguintes pontos” 21: (2)

Una

auditoria

de

necesidades

y

expectat ivas

de

inf ormación de cada público: (3) el desarrollo de acciones y m edios de retroalimentación por parte de los públicos para que ésta evalúe su ef ectividad con aquellos y (4) el desarrollo de acciones y procesos de mejor a cont inua para innovar y crear novedosas f ormas de vinculación de la empresa con sus públicos, gener ar con ello benef icios compartidos y justamente repartidos, y pr ocurar cult ivar dicha relación ganar -ganar permanentement e” 22

20

Re be i l Cor e l la , Ma . A nt on i et a y Ru i zs a nd o va l , C é l ia (1 9 98) . E l P od er

de la C o m un ic ac ió n . M éx ic o : P l a za y V a ld e z E di t ores , p . 88 , 8 9 21

Re b e il C or el l a , M a . A nt o ni e ta y R u i zs a n do v a l, Cé l i a ( 19 9 8). O p . Ci t. p .

22

R eb e i l Co r e l l a, M a . A nt o ni e ta y Ru i zs a nd o v a l, C é li a (1 9 98) . Í dem .

89 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

33


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Essa mesma opção de utilizar a comunicação como forma de se dar a conhecer no exterior servem muito bem para atingir resultados e object ivos no seio da empresa ou organismo em si mesmo, quer dizer, este tipo de organizações devem “falar”, no sentido de motivar aqueles que trabalham ou colaboram para estes organismos e, de seguida, evocar o contacto com quem orbita à volta ou fora mesmo des te tipo de organizações. E muito do que se produz para difundir para o exterior, começa bem no coração da empresa. José Maria La Porte defende que: “Es

cierto

que

campañas

publicitar ias

dest inadas

a

los

públicos exter nos pueden también – de hecho es así – inf luir en los empleados, al igual que pueden ser inf luidos desde f uera de la empresa,

por

ejemplo,

como

consecuencia

de

un

pr ograma

f ilantrópico que ésta ha puesto en marcha en una ciudad: un centro educat ivo, un museo, una muestra o cualquier otra inici at iva.”

23

Todos aqueles que exercem as suas funções em instituições e organismos públicos e privados que se dedicam à preservação e divulgação do património classificado devem estar cientes dos objectivos

do

mentalizados

organismo “para

o

em

papel

que

trabalham

fundamental

que

mas

também

desempenha

a

comunicação” 24 no seio da organização e com o exterior, como suporta Amaia Arribas, da Universidad del Pais Vasco. 23

La Por t e, J os é Mar i a (2 0 01) . E n tus i as ma r a l a Pr ó pr ia Ins t it u c i ón .

G es t i ó n y C o mu n ic ac i on I nt er na e n las O rg an i za c io n es S in Á n i m o d e L uc ro . Ma dr i d: Ed ic i on es I nt e r nac i o na l es U n i v ers i ta ri as , p . 3 7 24

an t e

Ur r u t ia , Am ai a ( 20 0 8) . Nu ev os R e tos C o mu n ic at iv os e n l a Em pres a

las

N u ev as

T e c no l o gi as

de

la

Co mu n ic ac ió n .

Ex tr aí d o

em

12

de

No v em br o d e 2 00 9 d o s ít i o d a B ib l i ot ec a O n l in e d e Ci ê nc ias d a C om un ic aç ã o, da

U n i ver s i da d e

da

B e ira

In t eri or :

ht tp :/ / www. b oc c .u b i. p t /p a g/ _t ex t o .p h p? htm l 2 = urr ut i a - am a ia- n ue v os - ret os .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Se

pegarmos

no

exemplo

de

que

possivelmente

os

funcionários correm alguns riscos, e não poucas vezes, quando são solicitados pela UNESCO a estudar este ou aquele património que por se encontrar em perigo obriga a que esses mesmos funcionários se desloquem a locais onde decorrem conflitos. Tome se o exemplo dos necessários estudos de restauração que uma dezena de especialistas teve que desenvolver aquando da quase irreparável destruição que os elementos do regime talibã, no Afeganistão

influíram

nas

milenares

e

gigantescas

estátuas,

cravadas em montanha, de Buda. Como é sabido o Afeganistão encontra-se numa região do globo de extrema “fricção” política e estratégica a que a sociedade ocidental não fica indiferente. Pensarem os funcionários que todo o trabalho elaborado, bem como o risco vivido será em vão, e ao não verem o seu trabalho reconhecido provocará de certeza um misto de sentimentos de frustração e desilusão. Toda a divulgação do êxito obtido pelos técnicos do “W orld Heritage Center” (W HC) da UNESCO na preservação desse património não só serviu para difundir a importância da existência deste ti po de organizações que se dedicam à preservação e conservação do património histórico mas também motiva os próprios funcionário a não desistirem e a não virarem a cara quando outro cenário semelhante lhes fizer frente. Explicado que estão os fundamentos qu e dizem respeito à explicação da classificação do título de Património Mundial no âmbito da UNESCO e no sentido de aprofundar ainda mais este trabalho, dando -lhe uma fundamentação teórica estruturada, é necessário apresentar uma definição de comunicação co rporativa, focando

sobretudo

a

definição

de

comunicação

interna

e,

e

essencialmente também de comunicação externa, honrando a perspectiva das instituições de carácter não lucrativo como é, em si mesma, a UNESCO, sem esquecer a perspectiva da divulgação

Ar t ur F il ip e do s San t os

35


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das suas actividades ou missões tendo em conta as questões das relações públicas e mesmo do marketing. Francisco Viana expõe acerca da Comunicação Corporativa: “A Comunicação Corporativa é encarada como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer organização, funcionando como um vínculo entre a comunidade e o mercado. E uma Comunicação eficaz transporta resultados que podem ser medidos na facturação da empresa.”25

É nesse sentido que Francisco Viana avalia: “Quando uma empresa faz um plano de Comunicação ela se dispõe a olhar para ela mesma, os concorrentes e o contexto em que actua. Com o tempo, sob a pressão dos concorrentes e as exigências do público, ela se torna outra empresa para si mesma. Isso é que irá determinar sua renovação ou envelhecimento.26

Porquê abordar neste projecto a ideia de “comunicação interna”, se para muitos o que se aborda é a importância de estratégias concertadas das organizações que se interessam pelas questões

relacionadas

com

o

património

classifi cado

e

da

divulgação deste. A resposta é simples: Para que haja uma organização concertada entre instituições é necessário primeiro que todos aqueles que trabalham no interior da organização sintam o património como parte de si, da sua cultura, da sua raiz enquanto cidadão de uma cidade, de um país que se orgulha de preservar e projectar o seu “relicário” histórico, vendo na obra organizada pela instituição como um benefício para si mesmo,

25

V ia n a,

Fr a nc is c o

( 20 0 1) . D e

c ara

c om

a

M íd i a

/

Com un i c aç ã o

c orp or at i v a, r e lac i on a m ento e c id a d an i a . Sã o P au l o: N e g óc i o E d i t ora . p . 23 26

V i a na , Fr a nc is c o ( 20 0 1) . O p. C it ., p. 2 4

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porque tem o objectivo de manter “vivo” uma parte de si e da sua história como elemento integrante de uma sociedade que preza a cultura e a identidade histórica presente no património edificado. Como podem as instituições, por elas mesmas ou em conjunto com outras

defender

funcionários

não

a

divulgação

estão

do

património

sensibilizados

para

se

esta

os

seus

matéria

É

necessário que aqueles que colaboram com estas organizações, algumas de âmbito não lucrativo, outras de espírito puramente empresarial, vejam para além da ideia de elaborar algo que seja apenas esquemático e or ganizativo. Tem que haver um sentimento, uma ideia de “vestir a camisola” face ao património da sua terra, do seu lugar, fazendo com o defender do seu património seja uma forma de mais se identificar com a sua cidade, com o seu país, mas sobretudo com a or ganização que proporcionou para a preservação do património em causa, levando a uma espécie de “agradecimento perpétuo” 27, como escreve Saramago, por parte do funcionário da instituição. E esse sentimento só pode ser difundido através da estruturação cuidad a de comunicação interna. A comunicação interna surgiu, como explica Júlio César Barbosa, professor de Relações Públicas na Faculdade Cásper Libero, São Paulo, Brasil, “na Inglaterra, no século XIX, no cenário da Revolução Industrial, quando a mecanização da industria têxtil, posteriormente aperfeiçoada pela tecnologia do vapor, determina que as relações entre empregado e empregador passem a ser formais. Estes trabalhadores vinham do sistema artesanal para o formal, em que se tornavam apenas um número. Com o intuito de estreitar a relação entre os operários e a empresa, foram criados

27

Sa r am ag o , J os é ( 1 9 90) . Me m or ia l do Co nv e n to . L is bo a : C am inh o - O

Cam po d a Pa l a vr a. , p. 6 8

Ar t ur F il ip e do s San t os

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jornais e revistas internas que, ao informar seus funcionários, os familiarizavam com o ambiente e a política da instituição.” 28 O mesmo autor sublinha a importância da comunica ção interna

nos

dias

de

hoje

como

“ferramenta

de

resultados,

indispensável a partir da globalização, quando se inicia a alta competitividade e, ao mesmo tempo, responsabilidade social” e que o ponto forte da comunicação interna é “o fortalecimento e construção de relacionamentos, permitindo abrir os canais de comunicação entre a organização e seu pessoal, para que todos saibam a respeito dos objectivos, estratégias, metas e formas de actuação; só assim é possível compreender e melhor atender os clientes externos, diminuindo custos, tempo e proporcionando um clima interno mais harmónico no qual todos compartilhem do mesmo senso de direcção e de prioridades. Vejamos então de que forma é que essa comunicação pode ser desenvolvida através da explicação de algun s dos principais investigadores nesta matéria. La Porte define esta alínea da comunicação institucional da seguinte forma: “La comunicación interna f avorece el f uncionam iento y el éxito de una instit ución porque f omenta el espírit u de equipo; desarrolla la atmósf era de trabajo. Favorece a la circulación de inf ormación valiosa; cohesiona y reduce las posibilidades de un conf licto; f avorece la circulación de inf ormación valiosa; cohesiona y redúcelas posibilidades de un conf licto; f avorece la creat ividad y hace que cada empleado sea consciente de su lugar en el conjunto

28

B ar b os a, J ú l io

C és ar

( 20 0 6). O

q ue

é

a C om un ic aç ã o I n t ern a .

P ub l ic aç ã o I n ter n a d a C oo r d e na d or ia de Re l aç õ es P úb l ic as d a Fac u l da d e Cás p er L ib er o. An o 3 , nº 2 , 2

Ar t ur F il ip e do s San t os

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y de la aportación que él hace a la empr esa o inst itución sin ánimo de lucro.”

29

Tomás Alvarez e Mercedes Caballero defendem, ainda no âmbito da comunicação interna que: “Comunicación inter n a es un departamento que está aún en estado embrionar io en muchas organizaciones, pero que se revela como absolutamente necesar io en una estructura moderna, habida cuanta de su capacidad para dinamizar el entramado social de la entidad, dotándolo de una f i losof ía de acción, una ident ificación con la dirección, y logrando canalizar las energ ías inter ior es de cada

uno

de

los

competit ividad.”

integrantes

para

una

mayor

ef icacia

y

30

Estes dois autores expõem ainda que: “El objetivo básico es el de conseguir l a implicación de los dist intos component es de la empresa o inst itución en una f ilosof ía global de la misma. El éxit o de la dir ección de la ident idad depende de la capacidad de motivar a las personas, logrando con ello incorporar

la

cr eat ividad,

el

compromi so,

el

talent o

de

cada

individuo. Este enf oque parte de una base: el descubr imiento del valor de los r ecursos humanos del colect ivo, y conf orma a la comunicación interna como el agente de un contrato social entre el individuo y la ident idad.”

29 30

31

La Porte, José Mar ia (2001). Op. Cit., p. 42 Álvar ez, Tomás & Caballero, Mercedes (1998). Vendedor es de

Imagen.Los retos de los nuevos Gabinet es de Comunicación. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica 31

Álvar ez, T & Caballero M. Idém

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Fernando Martín Martin apresenta uma concreta definição de comunicação interna: “Conjunto organización,

de

para

actividades la

creación

ef ectuadas y

por

mantenim iento

cualquier de

buenas

relaciones con y ent re sus miembros, a t ravés del uso de dif erentes medios

de

comunicación,

que

los

mantengan

inf ormados,

integrados y mot ivados, par a contribuir con su trabajo al logro de los objetivos organizacionales.”

32

Falar desta temática de agregar um conjunto de instituições públicas e privadas em torno de um objectivo comu m que é o de preservar e divulgar turisticamente um património classificado pela UNESCO

é

sobretudo

abordar

a

teoria

relacionada

com

a

comunicação externa e com as relações públicas. Senão vejamos: Se, por exemplo, uma Câmara Municipal, ciente de que o cen tro histórico da sua cidade possui um património de “valor universal”, avalizado

por

historiadores,

arquitectos

e

especialistas

em

arqueologia, deseja candidatar esse mesmo centro a Património Mundial o que deve fazer, com quem deve falar, quem apoiará est a mesma candidatura, será apenas o executivo camarário a desejar essa classificação, são algumas das questões que se podem levantar. É essencial apurar qual a opinião das forças vivas da cidade, que impacto é que essa classificação terá na economia local. E o que tem o sector privado a dizer sobre isso. Só através de uma estratégia concertada, iniciada por uma instituição e finalizada num conjunto mais ou menos homogéneo é que se verão, talvez, estas questões respondidas. Tudo graças a uma construção minuci osa da ideia de comunicação externa, para as empresas e mesmo para a população da cidade, que por verem as 32

Mart ín Mart ín, Fe r nando (1998). Comunicación Empresar ial e

Institucional. Madr id: Editor ial Universit as, p. 28 Ar t ur F il ip e do s San t os

40


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instituições unidas num desígnio de prestígio, aumentam os níveis de confiança em relação a essas mesmas organizações. No que concerne à teoria rela cionada com a comunicação externa Fernando Martín Martín advoga que “sem a comunicação interna nunca poderia existir uma boa comunicação externa, e que antes de difundir uma informação ao exterior, há que conhecer, coordenar

e

canalizar

um

determinado

plan o

estratégico

comunicação, assim como a sua cultura corporativa”

de

33

, referindo

ainda que “a comunicação interna é o suporte prévio e básico da comunicação

externa

e

que

a

comunicação

externa

é

uma

extensão da comunicação interna”, explicando, citando Hor ácio Andrade, que: “ Com unicación Exter na: «Conjunto de mensajes em itidos por cualquier organización hacia sus dif erentes públicos ext ernos, encam inados a mantener o mejorar sus relaciones con ellos, a proyectar una imagen f avorable o a promover sus act ivi dades, productos o ser vicios».” 34

Para Carlos G. Ramos Padilla a comunicação externa “é a que se origina entre um ou vários dos membros da organização com as pessoas que não pertencem a ela. Esta comunicação pode efectuar-se dentro ou fora das instituições da organização. Como exemplos

pode

citar -se

a

edição

de

revistas

promocionais,

comunicados de imprensa, campanhas de publicidade, convites pessoais ou grupais, projecções audiovisuais, etc.”

35

Para Benigno Sanabria toda a instituição deve -se dar a conhecer à sociedade em que se insere: 33

Mart ín Mart ín, Fer nando (1998). Op. Cit . M p. 29. Trad.

34

Mart ín Mart ín, Fer nando (1998). Op. Cit . , p.28 -29

35

Ramos Padilla, Car los G. (1991). La Comunicación : Un punt o de

Vista Organi zacional. México: Editor ial Trillas. , pp. 29 -30. Trad. Ar t ur F il ip e do s San t os

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“Toda inst itución, cualquiera que sea su objetivo (comercial, inst itucional, gubernamental, de producción, ser vicios, educacional, etc.) es creada par a satisf acer necesidades sent idas, creadas o reales de una comunidad; y s ea cual f uere la situación económica, polít ica o social imperante, la inst itución necesit a detectar cuáles son los escenar ios en que la comunidad se esta moviendo, para crear

las

bases

motivacionales

a

proyectar,

con

el

f in

de

mantenerse allí en un espacio , un posicionamiento o un nicho product ivo. La dinámica es una sola: la organización requiere amoldarse a las condiciones exist entes en la comunidad, sin ver hacia atrás, sólo hacia el f uturo.”

36

Se lembrarmos o último trecho desta citação da obra de Carlos G. Ramos Padilla, reparamos na ideia de divulgação das actividades da organização através de publicações e forma de publicidade, vemos que esta seria a forma ideal de divulgar os conteúdos relacionados com o património classificado no sentido de para ele atrair não só mais turismo, bem como, que por arrasto mais negócio, no sentido a que o património se auto -f inanciasse, visto que a preservação de qualquer património edificado custa muito dinheiro, dinheiro esse que muitas vezes as Câmaras Municipais não

dispõem, os países muitas

vezes não estão

sensibilizados para estes temas e que as organizações, que sobre o património orbitam, não têm capacidade de captar. Prova -se assim a importância da comunicação, a todos os espectros, para o desenvolvimento das ca pacidades respeitantes à manutenção do património, bem como a divulgação da sua classificação.

36

Sanabria, Benigno E.. Alicea (2003). Comuicación Empresaria l

Ejecutiva. Porto Rico: Centro de Competências da Comunicação da Universidade de Port o Rico., p. 7 Ar t ur F il ip e do s San t os

42


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A demonstrar os cuidados com a informação e comunicação, não é por acaso que a UNESCO reuniu em 1969, na cidade de Montreal, como referem Sarah Núñez de Prado, A lfonso Braojos, Enrique

Rios

e

Elena

Real

“um

grupo

de

especialistas

da

comunicação com o fim de estudar esses problemas e o seu relatório de 1970 constata a dependência cultural dos países não desenvolvidos,

a

centralização

das

fontes

e

a

distribuição

informativa em alguns poucos países desenvolvidos” 37. Foram assim desenvolvidos por esta organização internacional uma série de estudos que culminou com a aceitação da UNESCO, em 1979, de criar o Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação. Quanto aos fundamentos teóricos que dizem respeito às relações públicas, estas podem ser definidas, refere Padilla, “como um conjunto de elementos coordenados entre si, cujo propósito é influir na opinião pública. Em outras palavras é a arte ou técnica de

expressar

os

argumentos

essenciais

a

uma

audiência

específica, através de um meio adequado, com a maior frequência possível”. 38 Este autor refere ainda, num po nto de vista mais profundo, que: “La función primordial de las relaciones públicas radica en ejercer una influencia favorable en la opinión pública mediante

una

actividad

aceptable

y

ejerciendo

una

comunicación recíproca.

37

Elena

Núñez de Pr ado, Sarah, Braojos, Alf onso, Rios, Enrique & Real, ( 1993).

Comunicación

Social

y

Poder .

Madr id:

Editorial

Universitas., p. 360. Trad. 38

Ramos Padilla, Carlos G. (1991). Op. Cit ., p. 45. Trad.

Ar t ur F il ip e do s San t os

43


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Si es necesario, las relaciones públicas pueden valerse de variadas aplicaciones publicitarias

y medios impresos

(prensa) con el in mediato interés de obtener una respuesta, una comunicación en ambos sentido.” 39

A ideia que diz respeito às aplicações publicitárias e aos meios impressos cobre -se de suma importância no caso do estudo da

importância

da

comunicação

na

atribuição

do

título

de

Património Mundial, visto que esta é uma das perspectivas que se tenta provar, isto é, de que forma a divulgação do património e o desejo deste ser classificado com tal marca certificada, através de meios publicitários ou por intermédio da publicação de notícias referentes a este tema pode influir na decisão final da UNESCO, já que esta perspectiva de divulgação nunca pode ser apanágio de uma só organização. Para além de dispendioso, seria estruturar uma candidatura pouco sólida, já que é necessário, de forma a cumprir todos os pressupostos da candidatura, de um saber conjunto que só a união de várias organizações num só objectivo poderia alcançar. Ainda aprofundando a matéria que diz respeito às relações públicas, Padilla “interpreta” esta da seguinte fo rma: “Es una actividad, función o técnica que estima y aprecia las actividades y actitudes públicas; identifica las normas, políticas

y

procedimientos

de

un

individuo

o

de

una

organización con interés público, y crea o formula programas de acción para obt ener la aceptación pública y beneficiarse con ella.”

40

39

Ramos Padilla, C. G.. Ídem

40

Ramos Padilla, C. G. Ibd., p. 46

Ar t ur F il ip e do s San t os

44


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Analisando esta ideia à luz do tema desenvolvido neste projecto significa que para se divulgar o património que perfaz o centro histórico de uma cidade é necessário que a organização ou o conjunto de organizações que pretendem essa mesma promoção, nem que seja primeiro para fins de obter a classificação da UNESCO mas para depois angariar fundos por via da industria do turismo têm que criar projectos, formas de acção concertada para desta forma “obter a aceitação pública”. Só credibilizando a iniciativa de promover o património, desviando de qualquer ideia propagandística, colada a um partido político de poder autárquico ou a empresas que apenas se interessem por lucros rápidos, é que se ganha o apoio d o público para a causa da defesa do património. Este facto aconteceu com o exemplo da candidatura da cidade do Porto a Património Mundial. Foram organizadas várias palestras

com

alguns

dos

mais

prestigiados

e

renomados

especialistas em História (Germano Si lva, Hélder Pacheco, José Hermano Saraiva), Arquitectura (Fernando Távora, Sisa Vieira), Arqueologia (Domingos Pinho Brandão), o executivo camarário portuense aderiu em massa para motivar e informar a cidade quanto à importância de classificar o centro his tórico da cidade invicta, foram levadas campanhas de sensibilização nas principais escolas do “burgo”. Em suma, as forças vivas da cidade uniram -se para então “obter a aceitação pública” da população e do sector comercial e empresarial. Na continuação da f undamentação teórica da reflexão do que são as relações públicas, Carlos Sotelo Enríquez

apresenta

uma

explicação

para

as

origens

deste

conceito: “Si bien se datan sus or ígenes entre f inales del siglo XVIII y comienzos del XIX, es un f enómeno cuyo despegu e y consolidación ha acontecido a lo largo de la presente centuria. Al contrario de la propaganda

cuyo discurr ir

Ar t ur F il ip e do s San t os

simultáneo

dentro de sistemas

45


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

polít ico- inf ormativos dispares ha causado controversia en torno a sus caracter íst icas - la relaciones públicas han per vivido sujetas a regímenes en los cuales exist ía libertad de inf ormación, tant o par a dif undir

y

recibir

inf ormativas.”

inf ormaciones

como

para

crear

empresas

41

Como em qualquer actividade ou organização, as relações públicas tornam -se parte preponde rante na execução de qualquer projecto que se mova no seio de um grupo ou sociedade. No sentido de emitir (passível ou não de filtragem) informações a essa sociedade, é necessário que se o faça com cuidado mas sobretudo com a dinâmica que se impõe quando s e tem por objectivo passar uma mensagem que se deseja “banhar -se” de credibilidade. Uma das premissas é cogitar se será esta “ferramenta da comunicação” 42 a melhor forma para persuadir uma população a aderir à “causa” do património. Fernández del Castillo a credita que sim e refere as instituições passíveis de utilizar esta técnica: “ Mientras bastante g ente comprende lo q ue es la Publicidad, muy pocas personas son conscientes de que las Relaciones Públicas son una herramient a mucho más poderosa. El arte de persuadir a otros, especialmente se trata de masas, es hoy inevitable

en

cualquier

organización

sea

est a

comer cial

o

inst itucional. Todos, absolutamente todos necesitamos Relaciones Públicas.

Pequeñas

municipios, abogados, Públicas

empresas

orga nizaciones médicos,

las

los

necesitan.

de

y

caridad,

propios La

gigantescas

f uncionar ios,

hombres

necesidad

multinacionales,

de

polít icos,

de

las

la

técnica

41

Sotelo Enr iquéz, Carlos (2001). Op. Cit. , p. 8 1

42

Del Castillo, Jaime de Ur záiz

Relaciones de

las

y Fernández (1997). Op. Cit., p.

137. Trad. Ar t ur F il ip e do s San t os

46


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Relaciones Públicas se ha extendido a todos los r incones de la sociedad moderna.”

43

Philip Kotler, especialista em marketing aponta também o papel fundamental do técnico de relações públicas no contexto da promoção da imagem corporativa de uma empresa, em detrimento até da propaganda: “As relações públicas podem ter um forte impacto sobre a percepção

do

público,

por

um

custo

muito

inf erior

ao

da

propaganda. A empresa não paga por espaço ou tempo nos média; paga para que uma equipa de relações públicas desenvolva e divulgue inf ormações e gerencie eventos. Se a empresa desenvolve uma história int eressante, essa histór ia pode ser escolhida por vár ios

médias

dif erentes,

tendo

o

mesmo

ef eito

que

uma

propaganda de milhões de dólares. E teria mais credibilidade do que a propaganda. Os resultados do tr abalho de RP podem ser f antásticos”. 44

Mas mesmo nas questões da preservação e divulgação do património, seja com o intuito de ver este classificado, seja por apenas alcançar lucros provenientes do turismo, são necessárias desenvolverem-se

medidas

que

propiciem

alcançar

um

largo

espectro de possíveis “clie ntes”, na medida em que é necessário criarem-se estratégias de marketing que possibilitem atrair essa “clientela”. Serão as campanhas de marketing ideais para este tipo de actividade. Vejamos os fundamentos que teorizam a noção do

43

Ur za í z y Fe r n a nd e z d e Cas t i ll o , J a im e, Id é m

44

K ot l er , P h i l ip ( 1 99 5) . Ma rk e t in g par a o s éc u l o XX I . S ã o Pa u l o: F u tur a.

p. 6 2

Ar t ur F il ip e do s San t os

47


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marketing, no sentido de se apurar a sua efectiva utilidade nas questões da divulgação do património. Fernández del Castillo assinala que “o marketing ocupa -se de tudo o que ajuda à colocação do produto no mercado”

45

.

Tomás Alvarez e Mercedes Caballero colocam comunicação e marketing em desafio: “Qué está primero? Una visión anticuada de la empresa (o cualquier tipo de inst itución

productora

de

bienes,

ser vicios

o

ideas)

tenderá,

inevitablemente, a situar la labor comunicativa por debajo del marketing, como un element o más de ést e y subordinado

en

propiedades y t iempo. En est e análisis, la entidad, como en un acto bíblico del Génesis, da a luz un producto, una idea o un ser vicio, y luego comunica su existencia a la sociedad. La comunicación depende y es derivado del pr oceso produ ctivo. Será como el paso f inal de una cadena productivo -comercial, el últ imo acto. Primero se

decide

qué

se

hace,

luego

se

hace

y

se

comunica.

La

comunicación se reduce a eso, la gestión de la imagen de los productos o ser vicios: una liturgia f inal.”

46

Reforçando ainda mais esta ideia surge Pascale W eil que expõe: “La Pr imacía del marketing sobre la com unicación r eposa en una visión materialista de la empresa. Pero para innovar, el mercado necesita valor ar la inteligencia, las ideas y los hombres,

45

Ur zá i z

46

Álvar ez, Tomás & Caballero, Mer cedes (1998). Op Cit., p. 73

y F er n a n de z d e l Cas t il l o, J aim e d e ( 1 99 7). O p. C it ., p. 1 25 .

T rad.

Ar t ur F il ip e do s San t os

48


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elementos que dem andan la comunicación y en el moment o de la concepción del pr oducto.”

Partindo

da

47

definição

de

Tomás

Alvarez

e

Mercedes

Caballero será então de pensar que para melhor promover será necessário um misto do melhor que estas ferramentas têm: É necessário divulgar, promove r, dar a conhecer à sociedade os aspectos

que

se

querem

transmitir

acerca

do

património,

executando uma consciente e funcional campanha de marketing, mas também não deixa de ser necessário prosseguir com uma boa gestão da imagem do s conteúdos relacionados com o património, que se conseguiu alcançar por mérito dessa mesma campanha de marketing. Surge-nos a questão de se o património será um produto passível ou terá produtos com perspectiva de serem vendidos. Cees Van Riel específica que “a comunicação de marketing inclui

a

publicidade,

promoção

de

vendas,

direct -mail,

sponsorizações, venda pessoal e elementos promocionais.”

48

No caso concreto da divulgação do património, isso acontece na prática mas muitas vezes sem se pensar que se e stá a desenvolver uma efectiva estratégia de marketing. Se sempre que formos à cidade de Piza, na Itália, e trazemos uma miniatura da famosa torre tombada, aqui aparece -nos automaticamente um ícone que nos remete para esse património que é a torre, por si valendo não sói como uma recordação como outra qualquer mas sobretudo se cria o efeito que se pretende: publicitar o património. Desde os mais vulgares postais, passando pelas visitas e passeios que se organizam, patrocínio de um qualquer banco ou empresa 47

W eil, Pascale (1992). La Comunicación Global. Comunicación

Institucional y de Gestión . Barcelona: Ediciones Paidós Ibér ica 48

V an

R i e l,

C e es

( 1 99 5) .

Pr i nc ip l es

of

Cor p ora t e

Co m m un ic at i on .

Hem ps t e ad : Pr e nt ic e Ha l l, p. 8 . T ra d.

Ar t ur F il ip e do s San t os

49


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presente em “outdoor” numa fachada de um edifício classificado que esteja a ser restaurado. Tudo isto são manobras de marketing que

visam não só promover o património

como também as

organizações que eventualmente as apoiem. Não esqueçamos as inúmeras vezes que os executivos camarários colocam “outdoors” informativos sobre a preservação do património no sentido de dar ao eleitor a perspectiva de que a Câmara faz trabalho, induzindo no cidadão a credibilidade que se necessita para ganhar votos. Estes exemplos demonstram a importância de tratar o Património como uma marca, vendável e com identidade própria, já que a “identidade da marca é a base na qual se sustenta toda a comunicação e a finalidade da comunicação é construir uma imagem relativa a essa identidad e” 49 como observa Ruth Peralta Vásques, docente da Pontifícia Universidad Católica del Peru. Essa

marca,

estruturada

e

assente

sobre

uma

politica

de

comunicação permitirá um conhecimento mais eficaz por parte da opinião pública acerca do património em causa . Cedo se conclui que as organizações devem -se agrupar no sentido

de

comunicação

que

juntas

interna

e

possam de

encetar

comunicação

uma externa

estratégia

de

assente

em

projectos de relações públicas, de marketing, para que possam alcançar os intentos a qu e se propõem. João Paulo Sacadura e Rui Cunha, acreditam que a cidade do Porto, é, para já, no contexto da tentativa de preservação e divulgação, exemplo a seguir: “O Porto não f icou de mãos a abanar; se já havia a Fundação para o Desenvolvimento da Zona

Histórica, apostada na sua

requalif icação urbana e social, logo após a classif icação constituiu se a Associação Porto Histórico, que visa promover o t urismo na 49

Pe r a l ta

V á zq u e z,

Ru th

( 2 00 7) .

“I de n ti da d e

de

Marc a,

G e s tã o

e

Com un ic aç ão” . O r g a ni c om , 7 , 20 7

Ar t ur F il ip e do s San t os

50


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mesma zona. Um exem plo a seguir, a bem do património e das gentes que o habitam.”

50

A UNESCO privilegia também a comunicação e destaca -a dedicando no seio da organização um sector autónomo para esta área:

“Embora o C de Comunicação não f aça parte da sigla da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) , o sector da Comunicação e da Inf ormação é desde há muito um sector autónomo, com uma estrutur a idêntica aos restant es sect ores da Organização. Os seus programas emanam directamente do Acto Const it utivo da UNESCO que af irma que esta deve promover a livr e circulação das ideias através das palavras e da imagem. Est e sector é talvez o mais transversal de todos, uma vez que a comunicação e a inf ormação possibilitam a divulgação do saber e o livre intercâmbio de ideias, f acilit ando assim a compreensão e o conhecimento mútuo ent re os povos São

tendo vastas

comunicação

em as e

vista

a

justiça,

actividades da

da

inf ormação,

a

liberdade

UNESCO

no

salientando -se

e

a

paz.

dom ínio no

da

entanto

a

promoção do acesso universal às tecnologias da inf ormação e da comunicação (TIC) atrav és de acções destinadas a autonomizar os indivíduos de f orma a poderem não só aceder à inf ormação mas

também

contr ibuir

para

o

f luxo

de

inf ormação

e

de

conhecimento. Desenvolve programas de educação para os media e de alf abet ização digital. Est imula a prod ução de conteúdos, ponto essencial par a a sociedade do conheciment o. Pr omove a liberdade de expressão, a liber dade de imprensa, a ind ependência e

o

plur alismo

capacidades 50

das

dos

média.

instituições

Apoia da

o

área

desenvolvimento da

comunicação

das para

S ac ad ur a, J o ã o & C un h a, R u i ( 20 0 6). Pa t ri mó n i o da H u ma n i da de e m

P ort u ga l . V o l I I. Lis b o a: Ed i tor i a l V er bo , p. 19 5 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

51


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melhor arem

a

f ormação

dos

prof issionais

dos

mé dia

e

sensibilizarem o público para a importância da utilização dos meios de comunicação.” 51

Se pensarmos em todo o potencial económico, toda a importância para a explicação da identidade histórica do passado e herança para as gerações futuras que o património poderá conter, é fundamental que se tenha em atenção todas alíneas referentes à comunicação, no sentido de se aliarem esforços no exercício da compreensão

do

desenvolvimento

da

comunicação

nestas

temáticas, tendo como alicerces os antecedentes destas questões, bom como no esforço futuro de compreensão e desenvolvimento, em prole de um bem superior que é a preservação da nossa história e a rentabilização do testemunho tangível em favor das populações. Vivemos numa era em que, como advogam Ana Cristina Monteiro, Joaquim Caetano e Humberto Marques, “a comunicação é o aparelho circulatório da vida organizacional. Para aferirmos a sua saúde, algumas indagações podem ser gizadas: qual o nível de esclerose? O sangue chega a todas as partes do organismo? Qual o vigor do coração? E como funcionam os restantes sistemas do corpo organizacional?” 52 É neste contexto que os esforços de divulgação cultural, institucional e turística do Património classificado se concentram no sentido de explorar o potencial dos exemplares culturais classificados,

questionando -se

os

vários agentes activos

que

rodeiam os bens pertencentes à Lista do Património Mundial da 51

UN E S CO , C om is s ã o Nac i on a l ( 2 01 0) . Mi s s ão / O b j ec t iv os . Ex tr aí do em

20 d e J a n e ir o d e 2 0 1 0 d o s í t i o d a C om is s ã o N ac io n a l d a U N E SC O , Por tu g a l: ht tp :/ / www. u n es c o. pt /c g i - b i n/c om un ic ac a o / c o m unic ac a o .p h p 52

Mo n te ir o, A n a Cr is t i na , C a et an o , J o a qu i m , Marq u es , Hum b er to e

Lo ur e nç o ,

J o ão

( 20 0 6) .

F un d a me nt os

da

Co mu n ic aç ã o .

Lis b oa :

E d iç ões

Sí l a bo , p. 34 2

Ar t ur F il ip e do s San t os

52


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UNESCO se a mensagem chega efectivamente à opinião pública, e se chega será que esta mensagem é a correcta para motivar e até mesmo fidelizar públicos para a temática do Património ou se os profissionais têm consciência da necessidade de uma organização multidisciplinar ou pluri -sectorial que permita a que os vários agentes entrem em acção de imediato no caso de sempre que haja necessidade de preservação, divulgação e manutenção do bem cultural como factor de desenvolvimento económico e social.

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53


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II.2 Campanhas de Comunicação Pública. A Comunicação e o Património Mundial a UNESCO Quando a UNESCO criou o Centro do Património Mundial, esta organização abraçava os seguintes objectivos: “The

United

Nations

Educational,

Scientif ic

and

Cultural

Organization (UNESCO) seek to encourage the identif icat ion, protection and preser vation of c ultural and natur al her itage around the wor ld considered to be of outstanding value to humanit y.” 53

Até 1965, além da cooperação internacional em torno da preservação do valioso espólio de Abu Simbel (1959), herança da civilização egípcia e ainda a protecç ão de bens em perigo na Itália, na Indonésia e no Paquistão, pouco se investiu na cooperação internacional de salvaguarda seja de bens culturais, seja de bens naturais, à excepção de países ciosos do seu património histórico cultural e paisagístico como o Reino Unido, os Estados Unidos, a França, entre outros. É verdade que ainda antes da II Guerra Mundial, a Sociedade das Nações (fundada em 1919, extinta em 1946) procurou um consenso no concerto das nações no que se refere à protecção do legado da Humanida de, mas a politização da organização bem como o seu objectivo (falhado) de evitar futuros conflitos globais não permitiram grande margem para uma concertação á volta da defesa

do

património,

contudo

foi

obtido

em

sede

desta

organização a chamada “Carta de Atenas”, datada de 1933, que visava o compromisso de criação de um organismo que auxiliasse os Estados a melhor tutelarem os seus monumentos, bem como

53

UN ES CO ( 20 0 9) . W or l d He ri t ge I nf or m at i o n K i t . Par is : W orld He rit a ge

Ce nt er , p. 3 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

54


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apoiar os mesmos no restauro dos bens culturais e históricos edificados, sendo redigida, bem como assinad a por alguns dos maiores arquitectos, urbanistas e historiadores da época, dos quais se destaca o nome do arquitecto francês Le Courbusier, um dos artífices daquela que viria a ser a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. A Carta de Atenas, redigida como mote de conclusão

do

IV

Congresso

Internacional

de

Arquitectos

e

Técnicos de Monumentos Históricos, que teve lugar precisamente em Atenas, na Grécia, em Outubro de 1931, sobre o auspício da Sociedade das Nações, tinha como objectivos a preservação das características arquitectónicas dos monumentos, a protecção da caracterização cultural e social do espaço onde o monumento se insere,

a

protecção

dos

monumentos

contra

a

especulação

económica e a utilização dos monumentos para fins educativos, sociais e culturais, criando uma espécie de lei de bases sobre o urbanismo moderno a adoptar pelos Estados, no conjunto dos países e as autoridades das cidades em particular. Assim, já antes de surgir a organização que irá lançar o desafio da criação da classificação de b em cultural universal, a UNESCO, no âmbito da Organização das Nações Unidas, já vários países

procuravam,

preservação

dos

amiúde,

espólios

congregarem

históricos

e

esforços

culturais,

para

numa

a

clara

organização de campanhas de comunicação pública. Reflicta-se sobre esta temática, o seu espaço no universo das ciências da comunicação, a sua definição e o contributo das campanhas de comunicação pública em todo o processo que levou à criação do Centro do Património Mundial, aos processos de candidatura e cla ssificação dos bens culturais edificados. Manuel Martin Algarra aponta a importância do estudo sobre as campanhas de comunicação pública, num artigo desta feita dedicado ao estudo das campanhas de comunicação pública no campo da promoção da saúde:

Ar t ur F il ip e do s San t os

55


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“La

invest igación

sobre

campañas

de

comunicación

pública

plantea cuest iones de gran interés teór ico en el desarrollo de la ciencia de la comunicación.” 54

Martín

Algarra

estuda

o

contributo

das

campanhas

de

comunicação pública como veículo essencial para a promoçã o de valores,

mudanças

comportamentais

ou

simplesmente

na

divulgação de informações relativas à temática social da saúde, sendo uma alternativa credível aos meios de comunicação social”: “La salud, entendida como algo más que la sanidad, es un

problema

socialmente

importante.

Cuando

surge

la

necesidad de fomentar determinados conocimientos, actitudes o comportamientos para mantener o mejorar la salud, los medios de comunicación, por las razones ya mencionadas, no siempre son capaces de convertirse en pr omotores de esos cambios. Son otros, fundamentalmente instituciones privadas y públicas,

los

que

deben

emplearse

para

alcanzar

esos

objetivos, y las campañas de comunicación son un instrumento adecuado para ello.” 55

Narasimha

Reddi,

professor

de

Rela ções

Públicas

da

Universidade de Camberra, Austrália e ex -presidente da Sociedade Indiana

para

o

Estudo

das

Relações

Públicas,

define

primeiramente a comunicação pública da seguinte forma:

54

M ar t i n

A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,

Las

C a mp a ñas

de C o mu n ic ac ió n

P úb l ic a, . L a C om u n ic a c i ón y S a l ud c o m o C a mp o d e Es t u di o , em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1. 55

M ar ti n A l g ar r a, M a nu e l ( 19 9 7). Í d em

Ar t ur F il ip e do s San t os

56


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“Public Communicat ion is the conscious attempt to change or modif y the belief s, attitudes, values and behaviours of an audience in the public arena through symbolic manipulation of the of the senses. intended

Communication f or

the

that

benef it

of

emanates the

f rom

communit y

public is

aut horit ies

called

public

communicati on” 56

No que a definição de campanhas de comunicação pública diz respeito, W illiam J. Paisley aborda esta temática, à luz da experiência americana: “Public communication campaigns are a f amiliar and essent ial of American civil culture. Campaign topics ran ge f rom personal issues such as health to social issues such as equal opportunit y, energy conser vation, and environmental protection. Campaigns are regarded as public service programs if their goal are widel y supported by the public and policym akers, If th eir goals are controversial, however, then campaigns are regarded as advocacy strategy” 57.

Se

pensarmos

na

definição

de

campanha

pública

de

comunicação, concluímos que os governos dos Estados, ao terem a necessidade de sensibilizar, divulgar ou mesmo apela rem a uma mudança de comportamento, a nível educativo, social e mesmo económico-turísitico com vista à preservação e promoção do património,

promovem

campanhas

de

comunicação

pública,

ocupando um espaço próprio na senda mediática, diferente do lugar ocupado pelos meios de comunicação social, como afirma

56

Re d d i, C. V . N ar as im ha (2 0 09) . E ff ec t iv e P ub l ic Re l at i o ns a n d Me d i a

Str a te gy . No v a D el i : P r en t ic e H a l l of In d ia , p . 11 . 57

J . Pa is l e y, W ill iam ( 20 0 1), P u b li c C o mm un ic at i o n C a mp a i gns : Th e

A mer ic a n

Ex p er ie nc e

em

E.

R ic e,

R o na l d

e

K.

A tk in ,

C har l es ,

Pu b l ic

Co m mu n ic at i on C a mp a ig ns . T ho us a nd O ak s : S ag e P u b lic a ti o ns , 3 ª Ed ., p . 3 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

57


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Martín Algarra, mais uma vez relacionando as campanhas de comunicação pública com o campo da saúde: “El papel de los medios Como todo tema de interés general, la salud ocupa un lugar – cada

vez

más

importa nte

y

amplio

en

los

medios

de

comunicación. Sin embargo, éstos no siempre dan con los modos y contenidos más adecuados para lograr una sociedad más sana, más consciente de la importancia de la salud, más conocedora de lo que debe hacer para mantener la e incrementarla y más proclive a los comportamient os que puedan hacer a los individuos sentirse mejor. Por otra par te, los medios de comunicación no sólo no ejercen una tarea pr omotora de la salud, sino que, ya sea por los condicionamientos económ icos de su dependencia de la publicidad, por los que impone la espectacular ización de la comunicación pública, o ya sea por f alta de calidad prof esional, los medios son en muchos casos dif usores de la conf usión y promotor es de comportamientos y actitudes insano”. 58

Quando a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) foi fundada, em 1945, este organismo tinha como principais objectivos a promoção da educação, da ciência e da cultura como pilares essenciais para a paz no mundo. Desenvolvendo

campanhas

de

promoção

do

conhecimento científico e cultural a nível global, sobretudo no países menos industrializados, a UNESCO procurou apoiar os estados

58

e

as

autoridades

locais

M ar t i n A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,

Las

para

a

C a mp a ñas

organização

de

de C o mu n ic ac ió n

P úb l ic a, . La C o mu n ic a c i ón y Sa l u d c om o C a mp o d e Es tu d io em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1.

Ar t ur F il ip e do s San t os

58


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

iniciativas que permitissem diminuir o nível de il iteracia nas populações mais carenciadas. Mas foi em 1959 que a UNESCO lançou a sua primeira campanha de comunicação pública respeitante ao património cultural e histórico ao lançar uma campanha internacional de salvaguarda do templo de Abu Simbel, no Egip to, em perigo iminente por via da construção da barragem de Aswan, obra essencial para o desenvolvimento da produção energética deste país:

The event that aroused particular international concern was the decision to build the Aswan High Dam in Egypt, whic h would have f looded the valley containing the Abu Simbel tem ples, a treasure of ancient Egypt ian civilizat ion. In 1959, af ter an appeal f rom the governments of Egypt and Sudan, UNESCO launched an international saf eguarding campaign. Archaeological researc h in the areas to be f looded was acceler ated. Above all, the Abu Simbel and Philae temples were dismant led, moved to dr y ground and reassembled.” 59

Apesar do sucesso desta iniciativa, a par de outras levadas a cabo em Itália, na Indonésia e no Paquistão, não existia, contudo, no conserto das nações um organismo supra -nacional que zelasse exclusivamente pela preservação tanto de bens culturais como naturais,

existindo

apenas

no

seio

da

UNESCO

o

ICOMOS

(International Counsil on Monuments and Sites), desde 1 965, fundado na cidade de Varsóvia, aquando do segundo congresso de Arquitectos e Técnicos de Monumentos Históricos, sendo este um organismo consultor no seio da UNESCO.

59

UN ES CO ( 20 0 9) . W or l d He ri t ge I nf or m at i o n K i t . Par is : W orld He rit a ge

Ce nt er , p. 7 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

59


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

No mesmo ano (1965) uma conferência, em W ashington, marca uma viragem no universo da p reservação dos bens culturais e naturais da Humanidade: “The idea of combining conser vation of cultural sites wit h those of nature comes f rom the United States of America. A W hite House Conf erence in W ashington, D.C, in 1965 called f or a “W orld Herit age T rust” that would stimulate international cooper ation t o protect “the wor ld’s superb natural and scenic ar eas and histor ic sites f or the present and the f uture of the entire world cit izenr y”. 60

Depois

de

uma

campanha

de

comunicação

pública

desenvolvida pela UNESCO junto dos membros desta organização e junto dos embaixadores dos vários países com assento na Assembleia –Geral das Nações Unidas, eis que a 16 de Novembro de

1972

é

assinado

em

Estocolmo

a

convenção

relativa

à

protecção do património (ou herança) mundial cultural e natural. A UNESCO, ao lançar uma campanha de comunicação pública junto dos vários membros desta instituição e junto dos membros da Organização das Nações Unidas conseguiu criar uma projecção global para a importância do património globa l da humanidade,

contribuindo

assim

para

criar

um

novo

espaço

mediático que os meios de comunicação à época nunca poderiam ocupar, por não terem essa dimensão ou sobretudo porque esse não é simplesmente nem o carisma nem o objectivo dos meios de comunicação social. No entanto, esses meios de comunicação não deixaram de ser um suporte essencial como veículo de muita da informação

criada

pelas

campanhas

de

comunicação

pública

organizada pela UNESCO, com o objectivo de criar uma instituição vocacionada

para

de fesa

da

herança

cultural

e

natural

da

Humanidade. 60

U NE S CO ( 2 0 09) . I dé m .

Ar t ur F il ip e do s San t os

60


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Ainda hoje, o Centro do Património Mundial, fiel depositário das conclusões da convenção de 1972, desenvolve campanhas de comunicação pública, em parceria com os Estados -membros desta organização, autoridad es regionais, com universidades, escolas, organismos públicos, entidades privadas, promovendo programas de informação com o objectivo essencial de sensibilizar para a preservação e divulgação do património, não esquecendo de alimentar continuamente uma con sciência colectiva de pensar o património como legado histórico e natural de todos. Pensemos comunicação

no

facto

de

têm

a

social

que

nem

capacidade

sempre de

os

meios

de

propagação

da

informação de interesse público como o é a defesa e divulgação do património de uma forma eficiente, pois muitas vezes a matéria não é bem tratada, incorrendo em erros, deixando muitas vezes de fora o que é relevante em detrimento do acessório, consoante a estratégia ou simplesmente porque os meios de comunicação social se encontram amarrados aos condicionalismos impostos pela dependência face à indústria publicitária, como defende Manuel Martin Algarra, num paralelismo com a temática da saúde: “Los medios de comunicación no sólo no ejercen una tarea promotora de la salud, si no que, ya sea por los condicionamientos económ icos de su dependencia de la publicidad, por los que impone la espectacular ización de la comunicación pública, o ya sea por f alta de calidad prof esional, los medios son en muchos casos dif usores de la conf usió n y promot ores de comportamientos y actitudes insanos.” 61

61

M ar t i n A l gar r a , M a nu e l ( 1 99 7) ,

Las

C a mp a ñas

de C o mu n ic ac ió n

P úb l ic a, . La C o mu n ic a c i ón y Sa l u d c om o C a mp o d e Es tu d io em C om u n ic ac i ó n y S oc i ed a d , vo l . X , nú m 1.

Ar t ur F il ip e do s San t os

61


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Um dos exemplos de campanhas de comunicação pública, que o Centro do Património Mundial lança, em conjunto com autoridades estatais e regionais foi a de salvaguarda de bens culturais na Etiópia, a p ar de campanhas de preservação e restauro: “Ethiopia-International

Campaign

to

Safeguard

the

Principal Monuments and Sites of Ethiopia The area of Africa that is present -day Ethiopia has a long history rich in tradition; its sites and monuments bear witne ss to the civilizations that have had their roots in this territory for more than 2,700 years. The buildings and monuments of Aksum, Gondar,

Harar and Tiya reflect periods of great

influence, growth and prosperity, while the churches and mosques of Lalibela, Lake Tana, Harar and Adadi Maryam testif y to the ingenuity and faith that has given strength to the people of Ethiopia in times of adversity. Considering that these riches are part of the cultural heritage of all humankind, the General

Conference

of

UNE SCO

Organization's participation in

has

support of

approved

the

an International

Campaign to Safeguard the Principal Monuments and Sites of Ethiopia. W ith the help of UNESCO, the Ethiopian Government has initiated and organized a campaign to preserve, res tore and present six important sites, four of which are registered on the W orld Heritage List. W ith the assistance of the international community and public opinions and through technical and financial

organizations

and

the

family

of

United

Nations

agencies, the people of Ethiopia are now in a position to achieve their praiseworthy aims. It is my hope that the peoples of the world will continue to show solidarity by contributing the necessary technical equipment, supplies, training and funds

Ar t ur F il ip e do s San t os

62


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

that are necessary to restore and preserve these sites and so ensure the success of the Ethiopian campaign. (…) In Ethiopia, the main instrument for cultural heritage preservation and training is the Centre for Research and Conservation of the Cultural Heritage of the Mi nistry of Culture and Sports which is mobilizing the resources of Ethiopia and of the world community for these activities. The campaign is being implemented by the Government of

Ethiopia

guided

by

the

National

Committee

for

the

Preservation of Historical Sites and Monuments. The Director of the Centre for Research and Conservation acting under the Committee will administer and implement the promotional and preservation activities of the campaign. UNESCO and the United Nations Development Programme have ind icated their support for the campaign, in the form of assistance and advice.” 62

Outro

exemplo

prende -se

com

campanhas

de

comunicação vocacionadas para a Educação, com a promoção da temática do património junto dos públicos mais jovens: “The UNESCO progr am me that gives young people a chance to voice their concer ns and to become involved in the protection of the wor ld's nat ural and cultural her itage. W orld Heritage Education The UNESCO

Young

People's

World

Herit age

Education

Programme (W HE Programme) seeks t o encourage and enable

62

UN ES CO ( 2 01 1) . E t h i op i a - I nt er n at i on a l C am p a ig n t o S af e gu ar d th e

Pr i nc i p a l Mo n um e nts an d S it es of E t hi o p ia . Ex t ra íd o a 5 d e A g os t o d o s ít i o do Ce ntr o d o P a tr im óni o Mu n d ia l : ht t p:/ / whc .u n es c o . org /e n /ac t i v it i es / 15 5 /

Ar t ur F il ip e do s San t os

63


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tomorrow's decision - makers to participat e in heritage conservat ion and to respond to the continuing threats f acing our heritage. Launched in 1994, the W HE Programme provides young people

with

the

necessar y

knowledge,

skills,

net wor k

and

commitment to become involved in her itage protection f rom local to global

levels.

New

pedagogical

approaches

are

developed

to

mobilize young people to participate actively in the pr omotion of W orld Heritage. Young people learn about W orld Herit age site s, about the histor y and tradit ions of their own and other cultur es, about ecology and the importance of protecting biodiversit y. They become aware of the threats f acing the sites and lear n how common international cooper ation can help save herit age. Most important ly, they discover how

t hey

can

contribute

to

her itage

conser vation

and

make

themselves heard. Jointly

coordinated

by

the

W orld

Heritage

Centre

and

UNESCO Associated Schools, the W HE Programme has generated many dif f erent projects and act ivities su ch as:  Youth Forums and summer camps  National sub -regional and regional training seminars f or

teachers and educat ors  Skills development and training courses f or young people  Development initiat ives f or multimedia educat ional r esource

material product ion, i ncluding the production of episodes of a cartoon ser ies starring "Patr imonito", t he young W orld Heritage helper  Development and publication of innovat ive educat ional and

inf ormational mater ials, among them not ably the ‘ World Herit age in Young Hands ' an educat ional resource kit f or secondar y school teachers published in over 30 national language versions The W HE Programme is one of UNESCO's most successf ul f lagship programmes f or young people.  Objectives  Backdrop... a little histor y  Statist ics

Ar t ur F il ip e do s San t os

64


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

 Support f or activities

Objectives o To encourage young people t o become involved in her itage

conser vation on a local as well as on a g lobal level o To

promote

awar eness

among

young

people of

the

importance of the UNESCO 1972 W orld Herit age Convent ion and a better under standing of the interdependence of cultures amongst young people o To

methods

develop new and eff ective educational approaches , and

materials

to

introduce/r einf orce

W orld

Heritage

Education in the curricula in the vast m ajorit y of UNESCO Member States o To

create

a

new

synergy among

educators,

heritage

experts, environmental specialists, St ates Part ies, development actors and other st akeholders in the promotion of W orld Herit age Education on a national and international level.” 63

A própria convenção do patrimón io mundial cultural e natural de 1972, aponta, no artigo 27, para a necessidade de envolver os jovens na preservação e promoção do património universal: “VI. PROGRAMAS EDUCATIVOS Articulo 27 1.

Los Estados Par tes en la pr esente Convención, por todos l os

medios apropiados, y sobre todo mediante programas de educación y de inf ormación, harán todo lo posible por estimular en sus pueblos el respeto y el aprecio del patr imonio cultural y natural def inido en los art ículos l y 2 de la presente Convención.

63

20 1 1

UN E SC O ( 2 0 09 ) . W or l d H er it a ge E d uc a t io n . Ex t ra íd o a 5 d e A gos to d e do

s ít i o

do

C en tr o

do

Pa tr im ón i o

Mu n di a l:

ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ac t i v it i es / 4 79

Ar t ur F il ip e do s San t os

65


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

2.

Se

amenazas

obligarán

que

pesen

a

inf ormar

sobr e

ampliam ente

ese

patrimonio

al

público

y de

las

de

las

actividades

emprendidas en aplicación de la pr esent e Convención. ” 64

Um outro exemplo de grande importância ao nível das campanhas

de

comunicação

públi ca

relacionadas

com

o

património, e que tem uma periodicidade anual, ininterrupta desde 1999, é a iniciativa “Jornadas Europeias do Património” ou também intitulado de “European Heritage Days”. De acordo

com o sítio

web do Cons oelho da Europa,

organização promotora desta iniciativa, a “Jornadas Europeias do Património” surgiu no seguinte contexto: “ The Eur opean Herit age Days or iginated in Granada (Spain) on 3 October 1985, during the 2nd Council of Europe Conf erence of European Ministers responsible f or Ar chitectur al Heritage. On this occasion, the French Minister of Culture suggested extending to a European level the " Monuments’ Open Doors" initiat ive launched in France in 1984. Sever al European countries, such as The Netherlands, Luxem burg, Malta, Belgium , the United Kingdom (Scotland) and Sweden soon set up similar events. In 1991, the Council of European

Herit age

Days

with

Europe off icially launched the the

support

of

the

Europea n

Commission. In 1999, this initiative became a joint act ion of the Council of Europe and the European Com mission.” 65

Apesar apenas 64

com

de o

esta

iniciativa

património

não

estar

classificado

intimamente

pela

ligada

UNESCO,

esta

UN E SC O ( 1 9 72) . C onv e nc ió n s obr e l a Pr ot ec c ió n de l P atr i mo n i o

Mu n d ia l , c u lt ur al y n at ur a l . P ar is : U N E SCO , p. 1 3 . 65

Co ns e l h o d a Eur o pa ( 20 1 1). His t ory o f t h e E ur o pe a n H er it a ge Day s .

Ex t ra íd o a 2 8 d e S et em br o d e 2 01 1 d o s ít i o d o Co nc e lh o da Eu ro p a: ht tp :/ / www. c oe . in t/ t/ d g 4/c u lt ur eh er it a ge / her i t ag e /E HD / His t ori q u e_ e n. as p

Ar t ur F il ip e do s San t os

66


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organização pertencente à Nações Unidas é muitas vezes parceira desta iniciativa que tem como principa l objectivo sensibilizar os cidadãos europeus para a importância da defesa do património como salvaguarda da cultura europeia para as futuras gerações: “ Throughout Eur ope, during the weekends of September, the European Heritage Days open the door s of nume rous monuments and sites, many of them usually closed to the public, allowing Europe’s citizens to enjoy and learn about their shared cultural heritage and encour aging them to become actively involved in the saf eguard and enhancement of this heritage f or p resent and f uture generations. Today, the Eur opean Heritage Days can be considered an essent ial

instrument

f or

f ostering

a

tangible

exper ience

of

European culture and histor y in addition to raising the awareness of the public about the many values of our c ommon her itage and the continuous need f or its protect ion. All 49 States part ies to the European Cultur al Convent ion actively take part in the initiative and the number of annual visitors is now estimated to be ar ound 20 million at more than 30,000 partici pating monuments and sites. The European

Her itage

Days

have

succeeded

in

stim ulating

civil

societ y’s participation, the specif ic involvem ent of youth, voluntar y work and cross -bor der cooper ation, thereby promot ing the core principles

of

intercultural

dialo gue,

partnership

and

civic

responsibilit y” 66

Em 2011, as Jornadas Europeias do Património têm, de acordo com a página web do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) de Portugal, o seguinte lema: “ O tema de 2011 é “PATRI MÓ N IO e PAISAGEM URBANA” , pretendendo-se sensibilizar os cidadãos para a necessidade de 66

C ons e l ho d a Eur o pa ( 20 1 1). I d em .

Ar t ur F il ip e do s San t os

67


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proteger e valor izar as caracter ísticas da paisagem nas cidades, vilas e aglomerados urbanos, entendida no seu sent ido mais amplo. O património e a paisagem ur bana são ind issociáveis, a partir

do

momento

em

que

a

ideia

de

paisagem

urbana

é

abrangente e ref lect e todos os valores sociais, naturais, cult urais, urbaníst icos, arquitectónicos e arqueológicos que aí se encontram. O

património

e

a

paisagem

urbana,

nas

suas

m últ ipla s

manif estações, documentando a histór ia e o desenvolvimento da sociedade, contribuem, decisivamente, para a dif erenciação de identidades. As cidades, vilas e aglomer ados urbanos são recursos únicos que têm de ser protegidos e valorizados, apesar dos problemas que lhes são inerentes por serem organismos em constant e

transf ormação,

histór icos

e

como

tradicionais

e

a a

desertif icação t endência

dos

para

centros a

sua

67

descaracterização” .

Conclui-se que, à semelhança do que acontece com várias outras temáticas de carácter social e ou cultural, também os agentes públicos que militam na esfera do património vêm -se na necessidade de criação de campanhas de comunicação no sentido de informar a opinião pública, motivar as franjas mais jovens da sociedade para a impo rtância de uma educação sustentada na necessidade da preservação e divulgação do património, bem como sensibilizar as várias áreas da sociedade, sem esquecer o sector empresarial, para a defesa do património mundial enquanto herança e também enquanto valor económico-social à disposição dos países.

67

IG E S PA R ( 2 01 1) . J o r na d as E uro p e ias d o P atr i mó n i o 2 0 1 1 - 23 , 24 e

25 de S et em br o d e 2 01 1 - P at ri m ón i o e P a is a g em U rb a na . Ex tr aí d o a 2 9 d e S et em br o

de

20 1 1

do

s ít i o

do

IG ES P A R:

ht tp :/ / www. i g es pa r . pt / pt /n e ws / 9/ 2 06 0/

Ar t ur F il ip e do s San t os

68


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

II.3 O testemunho das Autoridades Oficiais quanto ao papel da Comunicação nas questões do Património Mundial Actualmente, as várias entidades institucionais que laboram na esfera das candidaturas , na classificação, promoção e defesa do Património da Humanidade são peremptórios ao afirmar a importância da comunicação, do trabalho dos média e da utilização das

novas

plataformas

de

comunicação

como

difusores

do s

projectos relacionados com o património classificado na opinião pública, bem como uma cuidada estratégia de cooperação entre organismos, com base numa boa comunicação institucional. E são variados os exemplos apresentados ora em forma de documentos institucionais seja em forma de opinião emitida por responsá veis de entidades. Importa identificar as de entidades institucionais que se relacionam

com

a

candidatura,

classificação,

preservação

e

promoção cultural e turística do Património Mundial internacionais, nacionais e locais, públicas ou privadas, cada vez m ais cientes da importância

da

comunicação.

Os

organismos

supranacionais,

instituições internacionais incumbidas de classificar o património, sendo a UNESCO, sedeada em Paris, a organização -chave, o Centro do Património Mundial e o ICOMOS (International Cou nsil on

Monuments

and

Sites ),

sendo

estas

duas

entidades

organismos/departamentos pertencentes à UNESCO. No questões

que

concerne

relacionadas

à

esfera

com

a

nacional

tomam

classificação

do

parte

das

património

organismos da mais alta esfera do poder esta tal como os próprios governos nacionais, entidades estatais que tutelam a cultura e preservação do património 68, governos regionais e as próprias 68

A t ít u lo d e ex em pl o o or ga n is m o n ac i on a l qu e tu t el a o P a tri m óni o

Mu n d ia l em P or t u ga l é o M in is té ri o d a C u lt ur a, m a is c onc r e tam en te o Ins t it ut o

Ar t ur F il ip e do s San t os

69


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comissões nacionais da UNESCO, enquanto a nível local as câmaras municipais e instituições académicas que de al guma forma se dedicam ao estudo do património classificado, tanto mais que já existem cursos, sobretudo pós -graduações, cujo objectivo se centra na especialização em matérias da comunicação ligada ao património, bem como ciclos de conferências ora centrado s em exclusivo na importância, por exemplo, da comunicação social na divulgação e promoção do património classificado ora colóquios, conferências ou palestras dedicadas ao património em particular mas

que

se

sente

a

necessidade

de

abordar

as

questões

relacionadas com o património. Tome-se

como

exemplo

do

testemunho

de

instituições

internacionais quanto à afirmação da importância da comunicação relacionada com o património classif icado o seminário relativo à discussão destas matérias relacionadas com o pat rimónio mundial que

foi

o

“VI

Encuentro

para

la

Promoción

y

Difusión

del

Patrimonio Inmaterial de los Países Andinos ”, que decorreu na cidade colombiana de Medellín, de quatro a dez de Setembro de 2005. Um seminário de tal forma relevante que suscitou uma comunicação de apoio do ex -Director-Geral da UNESCO, Koishiro Matsuura quanto à necessidade de desenvolver este tipo de iniciativas, como são os seminários, importantes espaços de divulgação e reflexão sobre o património: “La UNESCO está convencida de la valiosa y signif icativa contribución que podr ía const ituir tal encuentro para pr omover la diversidad cultural y f omentar la salvaguarda del patrimonio cultural

de G es t ã o d o P atr i m óni o Ar q ui t ec t ón ic o e Arq u e ol ó g ic o (I G E S P AR) . Em Es pa n ha o or g an is m o nac i o na l qu e s u p er in t en d e o pa tr im ón io c l a s s if ic a do é o “Ins t it ut o d e l Pa tr im on io C u lt ur al d e Es p añ a”. D e r ef er ir a i nd a q ue Por t ug a l as s in o u a C o n ve nç ão do P atr im ón i o M un d i a l a 3 0 de S et em bro de 19 7 2 e Es pa n ha ad er i u a q ua t r o d e M ai o d e 1 98 2 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

70


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

intangible, me complace, por lo tanto, acordar el patrocinio de la UNESCO a este importante even to.”

69

Responsável máximo da UNESCO até há bem pouco tempo, Koishiro Matsuura, substituído em 2009 no cargo pela búlgara Irina Georgieva Bokova, havia já feito anteriormente uma comunicação, por alturas do Seminário Internacional de Meios de Comunicação e Património Imaterial, que teve lugar desta feita a Cartagena das Índias, também na Colômbia, entre dois e

quatro

de 2002,

destacando a importância do diálogo constante acerca destas temáticas da comunicação e do património: “Uno de los desaf íos impuest os por la mundialización es, sin duda alguna, la preser vación de la diversidad cultur al, pues los riesgos de unif ormización de la cultur a y de la pérdida de las identidades

cult urales

son

inm inentes.

La

UNESCO,

única

organización del sistema de las Nacione s Unidas que t iene en su ámbito de competencia la responsabilidad de or ientar la acción de la comunidad internacional para la preser vación de la diversidad cultural desempeña un papel de gran importancia en esta labor f undamental. Aunque la Convención de la UNESCO para la Pr otección del Patrimonio Mundial Cultural y Natural de 1972 ha demostrado durante casi treint a años toda su ut ilidad y pert inencia, este instrumento no cobija las f ormas de expresión culturales que constit uyen el patrim onio inmaterial, f uente esencial de la identidad de los pueblos. Por lo tanto, persist ía un desequilibr io geográf ico en la Lista del Pat rimonio Mundial que consist ía en una mayor represent ación de las cult uras de los países desarrollados con respecto

69

a

las

culturas

de

los

p aíses

en

desarrollo,

más

VI Enc u en tr o pa r a la Pr om oc i ón y D if us i ón de l Pa tr im on io Inm at er i al de

l os Pa ís es A nd i no ( 20 0 5) . Ex tr aí d o a 22 d e Ma rç o d e 2 00 6 do s í t io d a Un i v ers id a de de An t io qu i a: ht tp :/ / in ter n ac io n a l. ud e a. e du .c o / pro g 20 05f in a l. p df

Ar t ur F il ip e do s San t os

71


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represent ativas

del

patrimonio

inmat erial.

Este

desequilibrio

denotaba cierta f ragilidad en nuestro dispositivo de salvaguardia del

patr imonio

cultural,

que

se

concentraba

en

proteger

el

patrimonio mater ial en detrimento del inmate rial. La UNESCO no podía entonces cumplir cabalmente con su misión de aport ar una respuest a equilibrada y ef icaz a la preser vación del pat rimonio cultural sin tener en cuenta estos dos aspectos: el patrimonio material y el inmaterial. En los últimos años, el patrimonio cultural inmater ial ha alcanzado reconocimiento internacional como f actor vital para la reaf irmación de la ident idad de los pueblos. Por eso la UNESCO le ha otorgado especial importancia. El patrimonio cultur al inmater ial es un f actor f undam ental en la def ensa de la diversidad cultur al. Su salvaguardia depende de la acción ef icaz de t odos los implicados en esta t area: gobiernos, organismos

inter nacionales,

medios

de

comunicación,

asociaciones, gestores culturales, comunidades locales y públic o en general. Teniendo en cuenta el poder oso papel que desempeñan los medios de com unicación en la construcción de la conciencia social y colect iva, la UNESCO consideró pertinente suscit ar una ref lexión sobr e el tema y convocar una reunión de expertos internacionales y pr of esionales de dichos medios, que aportar ía los instrumentos para def inir pautas de dif usión y promoción de esta vulnerable f orma de patrimonio.”

70

Têm já surgido bons exemplos, principalmente organizados pelo Centro do Património Mundial, de colóquios e seminários que referem a importância da gestão, preservação e divulgação do património arquitectónico dos centros históricos, iniciativas essas a cargo na maiorias das vezes de entidades oficiais estatais: 70

M in is ter i o de Cu l tu r a de l a R e pu b l ic a d e C o lom b ia ( 2 00 2) . I nf or me d e l

S em i n ar io I nt er nac i on a l d e Me d i os d e C o m un ic ac ió n y Pa tr im o n i o I n m at er ia l . Ex t ra íd o

a

23

de

Març o

de

2 0 06 :

ht tp :/ / www1 .m i nc ul t ur a. g o v.c o/ p atr im on i o/ p a tr im on i o inm at er i al /s e c c i on es / d es c arg as /d oc um ent os _m in is t er io /s em ina ri o _m ed ios _ pa tr im on io _ i nm ater ia l .p df

Ar t ur F il ip e do s San t os

72


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“ MEXICO CITY, MEX ICO

6 to 8 November 2002

Herit age Management of Historic Cities: Planning f or Mixed Use

and Social Equit y Among the 104 W orld Heritage sit es in the Latin American

and Car ibbean Region, 32 are histor ic cities, including 9 in Mexico. W hile conser ving the “outstanding u niversal value” f or which these cities were inscribed, they must also cat er to the modern needs of their

inhabitants

and

the

growing

number

of

visitors.

Local

author ities and investors have a decisive role to play in deter mining the f uture of these cities, which depend on the choice of the development strateg y. Tour ism pr essures and propert y speculat ion have of ten resulted in the marginalization of the poor inhabitants, notably through their displacements f rom their tradit ional homes. Other pressing problem s are depopulation of historic cit y centres, the ever-increasing numbers of street vendors and the deter iorating secur it y situation. To retain the lively character of these historic cities,

which

rehabilitat ion

cannot p olicies

be

separated

should

f ocus

on

from

their

inhabitants,

participator y processes

aiming f or mixed use, mixed tenur e and social equit y. All of these questions were discussed in the context of a Hist oric Cities Heritage W eek in Mexico Cit y. This week of activities was made up of two main e vents, the f irst being a workshop entitled Valoración del Patrimonio del Centro Hist órico de la Ciudad de México: La integración del Patr imonio en el Desarrollo Económico y Social ( Mexico Cit y 4 to 6 November 2002). The event took place at the Nat ional Mus eum of Cultures in the Histor ic Centre of Mexico Cit y. The case of Mexico Cit y is emblematic in Latin America for the mere

dimension

and

complexit y

of

the

challenge

that

the

revitalizat ion of the Hist oric Centre poses. The aim of the workshop was to create a platf orm f or discussion f or the members of the Fideicomiso del Centro Histórico de la Ciudad de México , six Ar t ur F il ip e do s San t os

73


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international experts and stakeholders of the Histor ic Centre. At the beginning of this year the Cit y Government dedicated substantial f unds f or the revitalizat ion of the Historic Centre. The Fideicomiso is the ent it y coor dinating

and executing

the ext ensive

works

undertaken to impr ove the Histor ic Centres inf rastructure and image. The present ations of comparable exper iences f rom Quito (Equator), Lima ( Per u), Havana ( Cuba), Santo Dom ingo (Dominican Republic) and f rom several sit es in Brazil ser ved as input for the considerat ion

of

small

working -groups.

The

results

of

the

discussions in the groups were presented to the Fideicomiso f or deliberation. T he workshop ended at lunch -tim e on W ednesday 6 November 2002. In the af ternoon of the same day the Mexico Cit y Virtual Congress event started. There the overall results of the workshop were presented to the participants of the Virtual Congress and ser ved as background f or all f urther discussions. The regional meet ing in Mexico Cit y intended to demonstrate the usef ulness of new t echnologies in int egrated urban development planning. Organized by I NAH (National Institute of Anthropology and Histor y), the Mex ican Association of W orld Heritage Cit ies, the Ministry of Education of Mexico, the UNESCO Mexico Off ice and the UNESCO W orld Her itage Centre, this three -day conf erence looks specif ically at case studies that highlight the possibilit ies new technologies of f er in the context

of

Herit age Management of

Hist oric Cit ies e.g. in the elaboration of heritage inventories, virtual museums, cartography, education or planning.”

Ainda

pelo

Centro

do

Património

71

Mundial

da

UNESCO

apresenta-se este exemplo extraído do b oletim informativo da United Nations Business Focal Point, que aborda a necessidade de 71

V ir tu a l W or ld H er it a g e ( 20 0 2). H er it a ge Ma na g em e nt o f His t oric Ci t ies :

P la n n in g f or Mi x e d U s e an d S oc i al Eq u ity . Ex tr aí do a 1 2 d e N o vem br o de 20 0 6: ht tp :/ / www. v i r t u a l wor l dh er it a g e. org / in d ex .c f m ?pg = E ve n ts &s =M ex i c o% 20 C it y& d = De ta i ls & l = en

Ar t ur F il ip e do s San t os

74


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se construírem boas práticas de comunicação institucional através da criação de parcerias institucionais, bem como a importância da divulgação

do

património

classificado

e

das

boas

práticas

desenvolvidas em prole da defesa do espólio classificado: “Today, more and more sit es are better preser ved thanks to partnerships developed thr ough the pr ivate sector, f oundations, research inst itutions, the media, and individual dono rs. Uniting with internationally recognized inst itut ions and companies f or better outreach is a crucial component in saf eguarding W orld Heritage. Established in 1992 to act as a f ocal point and coordinator on matters related to W orld Her itage, the W orld H eritage Centre recently

launched

a

partnership

with the

French

not -f or-prof it

organizat ion, ‘Vocat ions Patrimoine, l’Héritage du f utur’. Funded by two

French

companies,

AXA

and

the

MAZARS

Group, this

partnership collabor ates with the Univer sit y College Dub lin ( Ireland) and

Brandenburg

provide

Technical

scholarships

in

Universit y

W orld

Cottbus

Heritage

site

(Germany)

to

management. The

partnership of f ers early - or mid-career prof essionals the necessar y skills

to

become

heritage. Last

eff icient

year ,

f ive

managers recipients

of

cultur al

and

natu ral

f rom, China, Ireland,

The

Nether lands, Ukraine and the United Republic of Tanzania were awarded scholarships. This year, f ive new f ellowships will be granted, with pr ior it y given to

applicants

f rom

low income

count ries

and to

those

prof essionals already working in site management. Fellowships cover tuit ion f ees, a monthly stipend, health insurance and limited travel

expenses.

This

innovative

part nership

puts

theory

into

practice. Potential prize - winners subm it an or iginal proposal f or research on a site management issue. The f ellowship includes a period of up to one year to research the proposed project. “This particular partnership ref lects a current trend in publicprivate partnerships: the involvement of many act ors f or greater resource management” says Francesco Bandarin, Director of the

Ar t ur F il ip e do s San t os

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W orld Her itage Centre.

“W hat

is especially promising

in this

programme is its approach to building sustainable site management practices. Site managers and f uture site managers c an immediately adapt the met hods t hey learn to the unique diversit y of each site. This is essent ial f or eff ective site management capacit y and will ensure that W orld Herit age can be transf erred f rom generation to generation”. The partners of the W orld Her itage Centre practice values and principles that ref lect UNESCO’s mandate and uphold the W orld Heritage Convention (…). In 2002, dur ing the 30 t h anniversar y of the W orld Heritage Convention, the Partnerships f or Conservation Init iat ive ( PACT) was launched. PACT responds to the ever -increasing needs and threats placed on W orld Heritage sites by cultivating a platf orm f or partnerships with non -governm ental actors. Its principal objective is to sensit ize and mobilize civil society on better conservat ion practices. Herit age

Partners

support

conser vation

by

act ivities

providing

associated

technical

wit h

W orld

assistance

and

expertise, valuable communication and educat ional outreach, and by mobilizing much -needed resources f or capacit y -building. For example, the W orld Herit age Centre has also partnered with the French tour operator, Jet tour s, to strengthen the W orld Herit age Comm ittee’s Sustainable Tourism programme. Jet tours currently supports two f ield projects to promote preser vation and awareness thr ough responsible tour ism at the Clif f s of Bandiagara in the Land of the Dogons, Mali and in Angkor, Cambodia. The f ormer

project

willdirect ly

contr ibut e

to

reinf orcing

site

management, protecting the local ecosystem as well as building awareness

among

In Angkor, Cambodia,

the the

loca l project

communit y will

and

concentrate

visitors.

primar ily on

conser vation measures f or preser ving t he Srah Srang basin. The latter, when completed, will alleviate some pressure on other locations within the site. The benef its o f these partnerships ar e numerous: they help strengthen

the

credibilit y

Ar t ur F il ip e do s San t os

of

the

W orld

Herit age

List,

ensure

76


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eff ective preser vation practices, help develop sustainable capacity building measur es and promote public awareness and involvement in support f or W or ld Her itage sites. In short, they contr ibute to protecting the outstanding universal value of W orld Heritage” 72.

Também do ICOMOS (International Council on Monuments and

Sites)

se

encontram

disponíveis

exemplos

credíveis

da

importância dos variados aspecto s da comunicação para esta instituição que emite os pareceres para a UNESCO quanto à importância “Universal” do património candidato. Uma das provas essenciais da importância que o ICOMOS atribui à comunicação institucional, à necessidade de criação de parcerias e ao diálogo entre as várias instituições encontra -se patente

na

“Carta

de

Turismo

Cultural”,

publicada

por

esta

organização em 1976: “1) Por uma parte as entidades representativas do sect or tur ístico e, por out ra, as de protecção do património na tural e cultural,

prof undam ente convencidas de que a preser vação e

promoção do património cultural par a o benef ício da maior ia somente se pode cumprir dentro de uma ordem pelo qual se integram os valores culturais e os object ivos sociais e económicos que f ormam parte da planif icação dos recursos dos Estados, regionais e municípios; 2)

Tomam

nota,

com

o

maior

interesse,

das

medidas

f ormuladas nos apêndices desta declar ação, que cada um deles está dispost o a dotar em sua esf era de inf luência; 3) Fazem um ch amamento aos Estados para que estes assegurem

72

uma

rápida

e

enérgica

aplicação

da

Convenção

Hic k e y, G abr i e l le ( 20 07) . U N ES CO W orl d H er it ag e C e ntr e P ar tn er s h ips

He l p Pr es er v e W or ld Her i ta g e. Ex tr aí d o a 1 5 d e O u tu br o d e 2 00 9 do s í ti o d a Un i te d

N at i ons

B us i n es s

Fo c a l

Po i nt :

ht tp :/ / www. e n e ws b u il d er . n et /f oc a l p o in t/ e _ar t ic le 0 00 8 04 5 6 7.c f m ?x = b1 1 ,0 , w

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Internacional para a Protecção do Patr imónio Mundial, Cult ural e Natural a dot ada em 16 de Novembro de 1972, assim como da Recomendação de Nairobi; 4) Conf iam em qu e a Organização Mundial de Turismo, em cumpriment o de seus f ins, e a UNESCO, no marco da mencionada Convenção, realizem o maior esf orço possível, em colaboração com os organismos signatários, e com todos aqueles que no f uturo se adir ão,

par a assegurar

a ap licação

da política que as

ditas

entidades têm def inido como a única capaz de proteger o género humano dos ef eitos do incremento de um turismo anárquico cujo resultado é a negação de seus própr ios objectivos; 5) Expressam seu desejo de que os Estados, por meio de suas estruturas administrativas, as organizações de operadores de turismo e as associações de consum idores e usuários a dotem todas

as

medidas

apropr iadas

para

f acilitar

a

inf ormação

e

f ormação das pessoas que planejam viajar com f ins tur ísticos dentro e f ora de seu país; 6) Conscientes da extrema necessidade de modif icar a actual atitude

do

público

em

geral

sobre

os

grandes

f enómenos

desencadeados pelo desenvolvimento massivo do tur ismo, desejam que, desde a idade escolar, as crianças e os adoles cent es sejam educados em conhecimento e em respeito pelos monumentos e sítios e o património cultur al, e que todos os meios de comunicação escrita, f alada ou visual exponham ao público os componentes deste problema, com o qual contr ibuam de uma f orma efect iva à f ormação de uma consciência universal”. 73

Outro exemplo com a chancela do ICOMOS extraído de um estudo

sobre

a

importância

económica

do

Património

da

Humanidade, realizado pela Rebanks Consulting Ltd and Trend

73

Pr im o,

J u di t e

( 1 9 99) .

Mus eo l o g ia

e

Pa tr im ó n io :

D oc u me n tos

Fu nd a me n ta is - O r g an i za ç ã o e A pr es e n taç ã o. Ca d ern os de S oc io mus e o lo g i a . L is b o a: U LHT , p . 1 54 , 15 5 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Business Research Ltd para o ICOMOS e p ara a Universidade de Cumbria, Reino Unido: “The genius of Völklingen lies in t he way that its management has

created

somet hing

that

is

mor e

than

simply

a

heritage

attraction. The scale of the site and investment required to m aintain it on an ongoing basi s necessitate a signif icant f ootf all of paying visitors. And in the 1990s the key Saarland stakeholders m ade a strategic decision t o make Völklingen a marriage of industrial heritage and art. They established ‘The W orld Cult ural Her it age Site Völklingen

Ir onworks,

European

Centr e

f or

Art

and

Industrial

Herit age’. The f ocus of the site since that time has been an intriguing mixture of industrial her itage and contemporar y cultural and creative act ivit ies. The purpose of this organisation is to preser ve and de velop the Völklingen I ronworks and t o integrate industrial her itage into the f ields of art, theatre and societ y, as well as stimulat ing int ensive public communication in this area. In practice, this means that a number of projects and exhibit ions have been delivered which have changed t he way that the site is perceived both locally and with visitors. The site has invested heavily in its branding and communication, and also in cr eative projects. (…), The much-admired programme of investment andact ions in Blaenavon can trace its roots back over a decade into the 1990s when

stakeholders

developed

the

Blaenavon

Her itage

and

Regenerat ion Strategy. This strategy addressed direct ly the or ganisat ional structur e f or

deliver y,

the

strategic

goals

of

the

programme,

the

communication of distinct iveness, the f ocus on her itage as cultural glue,

the

marriage

of

heritage

and

econom ic

development

objectives, the f ocus on the qualit y - of -lif e of residents, and the overall need f or communication of positive images of Blaenavon.” 74 74

R eb a nk s Co ns u l t in g Lt d a nd T rad e B us in e s s R es e arc h Lt d ( 2 00 9) T he

Ec on o m ic

G a in :

Res ear c h

Ar t ur F il ip e do s San t os

and

An a ly s is

of

t he

Soc i o

Ec on o m ic

I m p ac t

79


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No que concerne aos organismos estatais são variados os exemplos, desde declarações proferidas por alguns dos mais importantes dignitários do Estado, como é o caso do Estado Português, mais concretamente pelo Presidente da República Portuguesa, Cavaco S ilva, no que diz respeito à importância do Património e da necessidade da sua divulgação nos média: “Visita visa sensibilizar e promover património Cavaco Silva homenageia D. Af onso Henriques no arranque do Roteiro do Patr imónio O Presidente da República, Cavaco Silva, homenageou hoje o f undador da nacionalidade, D. Af onso Henr iques, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde depôs uma cor oa de f lor es, no arranque das II Jornadas do Roteiro do Património. O chef e de Estado visitou demoradamente todo o convento, num pér iplo em que f oi acompanhado pelo padre José Eduar d o Cout inho, que lhe tr ansmit iu toda a história do mosteiro. Cavaco Silva f oi recebido pelo bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, que também o acompanhou na visita. O Presidente da República iniciou, em Coimbra, uma visita de dois dias à Beira e Douro Litoral , no âmbito das II Jor nadas do Roteiro par a o Patr imónio, para def esa, valorização e promoção do património

português.

O chef e de Estado pretende com este roteiro chamar, uma vez mais, a atenção e, como ref eriu “sensibilizar ent idades, em presas, associações, escolas e cidadãos em geral para as boas práticas polít icas e técnicas seguidas por autarq uias, associações pr ivadas e particulares e a im portância da divulgação do património histórico

P ot en t ia l o f UN E SC O W or ld H er it a ge S i t e S ta tus .. Ex tr aí d o a 8 d e J an e ir o de 20 1 0

do

s ít i o

do

ICO MO S :

ht tp :/ / ic om os .f a . ut l. p t/ doc um en tos / 2 0 0 9/W HST h eEc o n om ic G a in F in a lR ep or t. p df .

Ar t ur F il ip e do s San t os

80


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classif icado como motor da economia local e nacional” ligada ao turismo” 75

Outra declaração do Presidente da República portuguesa visou “apontar” bons exemplos de cooperação entre instituições relacionadas com o património: “Cavaco Silva elogia trabalho da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira. O Presidente da Répub lica considerou, ontem, "notável" o trabalho de recuperação do castelo de Santa Mar ia da Feir a, apontando este caso como um bom exemplo de "cooperação estratégica" entre a sociedade civíl, o poder local e o poder central. É "um bom exemplo que gostar ia de ver replicado noutros pontos do país", disse Cavaco Silva no encerramento da II jornada do Roteiro para o Património, que levou o Presidente da República a visita, durante o dia de ontem, o mosteiro de Arouca e o Castelo de Santa Mar ia da Feir a, dois monum ento nacionais de grande signif icado histór ico, como sublinhou, por estarem prof undamente ligados à f undação da nacionalidade, na companhia da esposa, Mar ia Cavaco Silva, da Ministra da Cultur a, Isabel Pires de Lima. O Most eiro de Arouca, f undado no séc. X , além de ser conhecido pela doçaria conventual (as castanhas de ovos são um exemplo), é detentor de uma das mais valiosas colecções de arte sacra do País, gerida pela Real Irmandade da Rainha Santa Maf alda ( RIRSM). Por sua vez, o castelo de Santa Maria da

Feira, cuj a

f undação r emonta igualmente ao per íodo anter ior da nacionalidade está a cargo de uma comissão de vigilância centenár ia (completa 75

Lus a ( 2 00 8) . C av a c o S ilv a h om e na g e ia D. A fo ns o H e nr iq u es n o

arr an q ue d o Ro te ir o d o Pa tr i mó n i o. Ex tra í do a 22 d e J a ne ir o de 2 00 8 d o s í t io on- l i n e

do

J or na l

O

P úb l ic o:

ht tp :/ /u l t im aho r a .p u b li c o.c l ix . p t/ no t ic ia .as px ? i d = 1 31 7 26 3 & id C an a l = 12

Ar t ur F il ip e do s San t os

81


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

cem anos em 2009), que tem sido "um motor" da recuperação f ísica da ant iga f ortaleza militar, do seu estudo e da p rojecção que tem alcançado, nos últimos anos, com a realização de uma série de eventos art íst icos e cultur ais, em colaboração com o I PPAR, a Câmara e outros actores locais, como o Europarque. Tal como na véspera, em Coimbra, Cavaco Silva chamou a at enção p ara a def esa

do

património

histórico

enquanto

"expressão

da

singularidade do País neste mundo globalizado" e alertou para a circunstância de se tratar de um património comum, de t odos os portugueses,

que

"pode

contribuir

para

o

desenvolvimento

económ ico do país". "A def esa do patrim ónio é responsabilidade de todos e não só

do

Gover no

ou

da

Ministra

da

Cultura.

Também

é

responsabilidade da sociedade civil", disse. O Presidente da República deixou ainda, bem vincado, que a preser vação e a valorização do patr imónio pode const ituir, t ambém, "uma f orma do País andar para a f rente e ganhar conf iança do f uturo", af irmou. Cavaco Silva assistiu ainda à apresentação de um livr o, "Terra de Santa Maria: Terra Mãe do Primeiro Portugal", f ruto de uma investigação históri ca de Eduardo Vera Cruz Pint o” 76.

Exemplo

entre

a

cooperação

estratégica

envolvendo

o

governo espanhol e a UNESCO é o convénio assinado a 18 de Abril

de

2002,

que

aponta

a

importância

de

cooperação

e

comunicação institucional entre o Ministério da Cultura espanhol e este organismo das Nações Unidas: “El 18 de abr il de 2002 se f irmó un Convenio de cooperación entre España y la UNESCO en materia de patrimonio con el objetivo de "promover una Estrategia Global para la elaboración de 76

M ax im in o, J os é C. ( 2 00 8 , 23 d e J a n ei ro) . PR Ap o nt a B o ns Ex e mp l os .

Cav ac o Si lv a e lo g ia tr ab a l ho d a C o m is s ã o d e V ig i l ânc i a do C as t e l o d a F e ir a . J orn a l d e N ot íc i as , p. 57 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

una Lista del Patr imonio M undial repr esentat iva y f ortalecer la gestión de los bienes culturales y naturales ya inscr itos (...)". Para ello, España se com promet ía a identif icar y promover la utilización de

los

recursos

f inancieros

y

t écnicos

disponibles

de

su

Administración, f ortal eciendo la capacidad del Centro de Patr imonio Mundial par a at ender las solicitudes de cooperación int ernacional de los Est ados Partes, encam inadas a la ejecución de la Estrategia Global y a la gestión de los bienes del Patrimonio Mundial. La ejecución de e st e Convenio se traduce en la elaboración de un Programa de carácter anual en el que se desarrollan las actividades a realizar con f inanciación del Estado español. El programa para el año 2005 pr esentó como principales novedades la duplicación de la aporta ción española, hasta alcanzar los 6 00.000€, así

como

geográf icas.

la

f inanciación Concr etamente,

de

proyect os

los

en

pr oyectos

todas

las

f inanciados

áreas con

la

aportación española han sido:  Contr ibución al Proceso de Nominación del Qhapaq Ñan

(Camino Pr incipal Andino) a la Lista del Patri monio Mundial.  Asistencias prepar atorias en Áf rica (Chutes de la Lobé, en

Camerún) y Estados Árabes ( Meroe, en Sudán)  Reunión de la Red de Gestores de los Sitios Patrimonio

Mundial en el Pacíf ico Tropical Orient al.  Cont inuación de proyectos ya iniciados en América Central

y Car ibe, como el de Arte Rupestre en el Caribe, la asistencia preparator ia para la elaboración del expediente de nominación a la Lista de Patrimonio Mundial de Granada y el Lago Nicaragua (Nicaragua) o la reunión de responsables de la con ser vación para aprobar el Plan de conser vación de Panamá Viejo.  Reunión en mater ia de Arqueolog ía en Trópico Húmedo.  Celebración de una reunión internacional sobre "Grandes

sitios arqueológicos y turismo", que en Granada del 19 al 23 de f ebrero de 2006.  Organización de un Taller Regional de f ormación para la

elaboración de las listas indicat ivas en Pacíf ico Sur, debido a la escasez de sitios inscritos en dicha área geográf ica.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

 Desarrollo de act ividades de f ormación y sensibilización en

Jerusalén y en las co munidades indígenas de Amér ica Latina. Junto

a

interpr etación

ello, al

España

castellano

Patrimonio Mundial.”

f inancia, de

las

desde

el

sesiones

año del

2000,

Com ité

la de

77

Refira-se que Espanha é o Estado com maior número de bens classificados pela UNESC O: “España es el país del mundo con mayor número de bienes declarados por la Unesco como Patrimonio Mundial. El dato es elocuent e respecto a la riqueza y la variedad de la cultura española. Una cult ura, además, abierta al mundo, que no ha dejado de enr iquecerse con nuevas aportaciones a lo largo de su historia y que se ha proyectado, a su vez, sobre la otra or illa del océano: América. El repaso de todos y cada uno de los bienes españoles Patrimonio Mundial constit uye una inmejorable guía para trazar el recorrido de la cultur a española pasada y presente. Desde

Atapuerca

hasta

la

vanguardia

arquit ectónica

catalana, la cultura española of rece una r iqueza y una densidad extraordinar ias. Est e recorr ido histór ico por los bienes declarados por la Unesco com o Patri monio Mundial es el mejor testimonio posible porque, además, en torno a cada uno de estos lugares se han movido históricamente las numerosas líneas de f uer za que conf orman la actual cultura de nuestro país.” 78

77

M in is ter i o de C ul t ur a d e Es pa n ha (2 0 02) . C onv e n io d e C o op e rac i ó n

Es pa ñ a – U N E SCO e n Ma t er i a d e P atr i mó n io . Ex tr a íd o a 13 d e Fe v er ei ro d e 20 1 0

do

s ít i o

do

M in is tér i o

da

Cu l tur a

do

G o v er no

de

Es p an h a:

ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ MC / P ME /C o n v en i oC o op er ac io n .h tm l 78

M in is ter i o d e Cu l tur a de Es p an h a (1 9 99) . Rec orr i do H is t o r ic o p or e l

P atr i mo n i o Mu n di a l e n Es p a ña . Ex tr a íd o a 18 d e D e zem br o de 2 00 9 do s í ti o do

M i n is t ér i o

da

C u lt ur a

do

G o v er no

de

Es p an h a:

ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ MC / P ME /R ec r His t/ R ec orr i d oH is t or ic o. htm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Das autoridades regionais, municipais ou locai s encontramse muitos e variados exemplos que apontam para a opinião favorável da importância da divulgação do património classificado tendo por base a força dos meios de comunicação social como condutor de informação para a opinião pública, não esquecendo os apelos destas autoridades para a importância de se estreitarem parcerias públicas e privadas, tendo como base a comunicação institucional, para a obtenção do título de património mundial, a sua promoção e preservação. Apresenta -se de seguida um exemplo desenvolvido pelo Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), República Popular da China: “A inscr ição do Centro Histór ico de Macau representa o reconhecim ento da singularidade e valor universal do património da cidade no contexto da Histór ia da Humanidade, testemunha o legado histór ico e social da comunidade de Macau, traduz a importância impar dada pelo Gover no à sua história, cultura e património,

e

revela

a

sua

determ inação

no

conhecimento

e

divulgação das raízes cultur ais de Macau e na protecção do seu património cultural, na f irme assunção das suas r esponsabilidades na

execução

r igor osa

da

Convenção

par a

a

Protecção

do

Património Mundial, Cultural e Natural, para benef ício e f ruição das gerações vindouras. Foram aquelas as premissas que pr esidiram à decisão do Gover no da R.A.E. M em avançar com a candidatura a Pat rimónio Mundial, e continuam a ser aquelas que norteiam o Gover no na procura

de

soluções

para

as

questões

emergent es

do

desenvolvimento sócio -económ ico e ur banístico de Macau, sempre suportado no apoio do Gover no Central e da opinião pública e na consulta de per itos especializados na protecção do patr imónio cultural. (…).

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O Centro Histór ico de Macau é o 31.º sít io da Ch ina classif icado

como

património

mundial,

o

que

representa

uma

grande honr a e um prof undo orgulho para a nossa Pátria e para Macau. O

Governo

da

R.A.E. M.

tem

como

missão

sagrada

a

protecção do patrim ónio cultural de Macau, e desde sempr e tem vindo

a

honrar

rigorosamente

a

os

compromissos

Convenção

para

assumidos a

Protecção

e

a

do

r espeitar Património

Mundial, Cult ural e Natural, nomeadamente no que diz respeito às zonas de protecção e tampão. Os critérios de est abelecimento de zonas de protecção e tampão d o património inscr ito na Lista de Patrim ónio Mundial dif erem consoante os estados ou territ órios, pois são def inidos em f unção

da

sua

especif icidade,

enquadramento

geográf ico

e

realidade social. Em Macau, as act uais zonas de protecção e tampão do Centro Hi stórico f oram def inidas com base no estado de conser vação dos bens, do seu valor e enquadramento histórico, contexto social, densidade populacional e dimensão terr itorial. No decorrer do processo de candidatura a Património da Humanidade, tendo em consider ação a opinião técnica de peritos do Interior da China e de especialistas internacionais nesta área, o Gover no da RAEM empenhou -se na ampliação destas zonas, algo que

mereceu

o

r econhecimento

da

Comissão

do

Património

Mundial. O planeament o urbanístico def inido para alguns dos lot es sitos na zona per if érica à zona tampão do Farol da Guia, e o respect ivo

enquadr amento

paisag íst ico,

deram

origem

a

uma

preocupação social em Macau. A Comissão Nacional da China para a UNESCO recebeu um a carta do Dir ector do Cent ro do Patrim ónio Mundial da UNESCO, Senhor

Francesco

Bandar in,

ref erente

ao

enquadr amento

paisag íst ico do Far ol da Guia, carta essa que f oi poster iormente remetida ao Gabinete da Adm inistração Estatal do Patr imónio Cultural da China.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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O

Centro

do

Património

Mundial

da

UNESCO

havia

recebido uma carta de uma associação cívica de Macau, na qual se alegava

o

impacto

de

determ inadas

construções

de

grande

envergadura em cur so no enquadramento paisag íst ico do Centro Hist órico, em particular da área circundante d o Far ol da Guia, f acto este que gerou a at enção da UNESCO quanto a esta matér ia. Este assunto já havia, igualmente, merecida at enção por parte do Gover no da RAEM. Nessa

sequência,

o

Centro

do

Património

Mundial

da

UNESCO incumbiu a Comissão Nacional da Chi na para a UNESCO e,

consequentemente,

o

Governo

da

R.A.E. M.

de

apr esentar

esclarecimentos por menorizados e f acult ar toda a inf ormação sobre esta

matér ia,

e

ainda

de

promover

a

adopção

de

medidas

adequadas para pr otecção do Centro Hist órico de Macau. As reacções da população de Macau, bem como o teor da comunicação

do

Centro

do

Património

Mundial

da

UNESCO,

remetido pelo Gabinete da Administração Estatal do Pat rimónio Cultural da China, vão de encontro aos objectivos estratégicos a longo prazo da polít ica cul tural do Gover no da R.A.E. M. em matéria de protecção do Centro Histór ico de Macau. Ciente do enquadr amento paisag íst ico e ambiental do f arol da Guia, e considerando t odos os seus aspectos subjacentes, o Gover no da RAEM está empenhado em encontrar uma soluç ão viável, e oportunamente serão desencadeados contactos com o Gabinete da Administração Estat al do Património Cultural da China e a Comissão Nacional da China par a a UNESCO, e apresentados os devidos esclar ecimentos junt o do Centro do Património Mundial da UNESCO. Aquando da sua visita a Macau, especialistas da Comissão Especializada para o Patr imónio Mundial af irmaram que, desde a inscr ição do Centro Histórico de Macau na Lista do Património Mundial, todas as r egras relativas quer às zonas de pr otecção, quer às zonas tampão, têm vindo a ser rigorosamente cumpridas, não se verif icando qualquer inf racção às mesmas (…).

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Qualquer inter venção urbaníst ica nas pr oxim idades do Farol da Guia deve tomar em consider ação a r ealidade social de Macau, o respeit o pelo c um primento de contratos já assumidos, e todas as condicionantes decorrentes da escassez de terrenos, da elevada densidade

populacional,

entre

outros

aspectos,

tornando -se

necessária uma int ervenção concertada em termos jurídicos e sócio-económicos. Apesar

dos

desaf ios

que

Macau

enf renta,

o

Governo,

motivado pelo apelo público e pela necessidade da prot ecção da Cultura de Macau, continua f irmemente determinado e empenhado, em

termos

pragmáticos,

num

desenvolviment o

sustent ável

e

equilibr ado da RAEM. Neste se ntido, têm vindo a ser promovidas reuniões inter sectoriais para est udar pormenor izada e aprof undadamente um novo modelo de planeamento urbaníst ico para a zona perif érica do Farol da Guia, e realizadas consultas permanentes a peritos nesta área. Actualment e, vários ser viços públicos estão envolvidos num estudo que visa r eequacionar o plano de inter venção urbaníst ica para a zona per if érica do Farol da Guia e encontrar uma resposta viável. Acresce que os trabalhos preparatór ios da nova legislação do Patrimóni o

Cultur al

encontram -se

numa

f ase

f inal

e,

muito

brevemente, em meados de Fever eir o, proceder -se-á a consulta pública sobre este novo instrument o legal, bem como de um regulamento adm inistrativo específ ico para a gestão do Centro Hist órico de Macau. Neste contexto, liderado pelo Secretár io para os Assuntos Sociais

e

Cultura,

Doutor

Chui

Sai

On,

um

grupo

de

altos

f uncionár ios da ár ea da cultura e das obras públicas, desloca -se a Pequim, no próxim o dia 16 de Janeiro, para reuniões com o Gabinete da Administra ção Estat al do Património Cultural da China e com a Comissão Nacional da China para a UNESCO, no sentido de auscultar estas entidades e ouvir peritos de Património Mundial,

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nacionais e estrangeiros, sobre as soluções em estudo e a nova legislação.” 79

No que concerne à cidade do Porto umas das personalidades que

mais

abordou

a

temática

do

património

e

a

coligou

à

comunicação, à necessidade da construção de uma marca turística forte, com dinâmica de marketing implantada, de divulgação do espólio classificado pelos vários organismos afectos ao património, seja

do

sector

público,

seja

do

sector

privado

a

ainda

à

importância da comunicação no processo de promoção do espaço classificado

e

da

sensibilização

para

a

importância

da

classificação como motor para uma ec onomia local mais forte, assente no turismo como força potencial para a melhoria da qualidade da população da zona histórica, foi o ex -presidente da Câmara Municipal desta cidade Património Mundial, Fernando Gomes, um dos mentores, em 1993, da candidatura da zona história do burgo portuense a património classificado da UNESCO, que

escreve

um

memorando

de

defesa

da

candidatura

e

classificação do Porto a Património Mundial e a sua importância e que se encontra publicado no dossier de candidatura da “Cidade Invicta” apresentado à UNESCO em 1993 e publicado em 1996: “O Porto, cidade de granito, burgo medieval, nascido do r io Douro e berço do nascimento e f ormação de Portugal tem uma personalidade única e inigualável. No

contexto

das

grandes

cidades

europeias,

o

Centro

Hist órico da Cidade do Porto tem uma cidade e sent ido próprio,

79 G a b i n e t e d o S e c r e t a r i a d o p a r a o s A s s u n t o s S o c i a i s e

Cultura (2008).

Governo efectua estudo que visa reequacionar o plano de intervenção urbanística p a r a a zo n a p e r i f é r i c a d o f a r o l d a G u i a . E xt r a í d o a 4 d e F e ve r e i r o d e 2 0 0 8 d o s í t i o d o G a b i n e t e d e C o m u n i c a ç ã o S o c i a l d o G o ve r n o d e R e g i ã o A d m i n i s t r a t i va E s p e c i a l d e Ma c a u : h t t p : / / w w w . g c s . g o v. m o / s h o w N e ws . p h p ? D a t a U c n = 2 8 8 4 5 & P a g e L a n g = P

Ar t ur F il ip e do s San t os

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marcantes

de

uma

cult ura,

rica

na

diversidade

das

culturas

europeias e sím bolo da raiz comum que lhes deu origem. A quase intocabilidade que a zona histórica do Porto hoj e apresenta tem mais a ver com a pobreza e a estagnação da cidade durante décadas, do que com uma atitude deliberada da sua protecção. Foi esta pobreza e estagnação que evitaram que ela f osse demolida e renovada com construções modernas, como aconteceu em tantas cidades europeias. Só nos últ imos dezoito anos, consolidada a consciência da valia de todo este património, se tomar am medidas visando a sua protecção e reabilit ação. Ruas, vielas, recantos, que f ormaram a cidade medieval da borda do r io, permit em ainda agora imag inar a vivacidade e a energia do velho burgo e reconst ituir cenár ios desse passado long ínquo como f orma de promoção do lugar, a sua histór ia e identidade. A qualidade e extensão desta zona histórica tornar am -no, não só um valioso património nacional e eur o peu, mas t ambém mundial. A

reabilit ação

do

Centro

Histór ico

do

Porto,

em

desenvolvimento, é uma das taref as mais emblemát icas de entre as polít icas urbanas da cidade e da promoção e valor ização tur ística do

Porto

além-f ronteiras.

Elevá- lo

a

património

mund ial

é

reconhecer a sua autenticidade e a sua f orça como valor cultural, histór ico e económico enquanto marca passível de ser explorada pelos operador es tur ísticos nacionais e internacionais. Mas é sobretudo a co -responsabilização da reabilitação de um espaço também degradado socialmente e que deve ser tarefa desta geração e das gerações vindouras.” 80

80

Lo za ,

Ca n di d at ur a

Rui da

( 19 9 6) .

C i da de

do

P ort o

a

Pa tr i mó n i o

Mu n di a l.

P ort o

à

C la s s if ic aç ão

pe l a

P roc es s o

U N E SC O

de

c o mo

P atr i mó n i o C ul t ur a l d a H um a n id a de I V o lu me . Por to : C âm ara Mu n ic i pa l d o P ort o.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Luís Oliveira Dias, vereador do Pelouro da Reabilitação Urbana aquando da pretensão da cidade do Porto a Património Mundial, salientou, no II Volume do dossier da Candidatura, publicado em 1997, a importância dos processos económicos que a partir da outorgação da classificação pela UNESCO, em Dezembro de

1996,

começaram

a

ser

posto

em

marcha,

naturalmente

dinamizados por factores intrinsecamente ligados à comun icação como a divulgação da nova marca turística: “Agora que o Porto é Património da Humanidade, o que par a f azer, por muit o dif ícil que seja, condensa -se em poucas palavras: melhor ar a qualidade de vida na zona, especialmente quanto à habitação e reabili t ar o património edif icado, insubstituível para a Humanidade. A avalancha de novos tur istas, em busca da cultura ou movidos pelos negócios, e o rápido incremento do trânsitos, são ef eitos

que

exigem

inf ra -estruturas,

organização

e

controlo

modernos, f ortes parcerias e contactos fortes entre organizações e empresas, ampla cobertura mediática com vista uma marca turista e empresar ial capaz de se af irmar no âmbito das grandes cidades europeias

com

compartilhados

centro e

se

histórico.

Que

compat ibilizem

estes

com

a

esf orços vida

local

sejam e

até

contribuam para a sua melhoria, tendo em conta a poderosa realidade de, numa área tão limitada, já estarem sedeadas cerca de 150 instit uições, de espant osa riqueza e diversidade. Há inúmeros object ivos parcelares que n unca podem ser esquecidos: a reabilit ação comercial, o f omento do investimento privado,

uma

estratégia

de

com unicação

concertada,

a

reorganização e desburocrat ização dos serviços, a melhor ia dos diversos meios de transporte colect ivo e das acessibilidades, a coordenação do desenvolvimento da zona com os pr ojectos da cidade, a melhor ia do ambiente e a prevenção da marginalidade.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Na zona Histór ica tem que se f azer, do f im de cada etapa, o início da seguinte. A classif icação conferida pela UNESCO é um marco no começo da nova vida” 81

Apresentando

mais

um

exemplo

tendo

como

sujeito

novamente a Câmara Municipal, Rui Loza, arquitecto e autor do Dossier de Candidatura do Centro Histórico do Porto a Património Mundial e actual director do Instituto da Habitação e Rea bilitação Urbana e Porto Vivo, SRU , na comunicação que marcou a sua participação

no

Seminário

“Gestão

Urbana

de

uma

Cidade

Património Mundial, organizada pela edilidade portuense a quatro de Dezembro de 2009, salientou a importância de parcerias estratégicas,

da

articulação

entre

entidades,

bem

como

a

valorização e a promoção: “Plano de Gestão do Centro Histórico do Porto Patrim ónio Mundial, uma marca de qualidade. O Plano de Gestão é um document o estratégico para a construção de uma parcer ia que deve prop orcionar orientação aos agentes

inter venientes

no

Sít io

classif icado

como

Património

Mundial com vista a uma gestão coor denada e integrada deste espaço” 82

81

Lo za ,

Ca n di d at ur a

Rui da

( 19 9 7) .

C i da de

do

P ort o

a

Pa tr i mó n i o

Mu n di a l.

P ort o

à

C la s s if ic aç ão

pe l a

P roc es s o

U N E SC O

de

c o mo

P atr i mó n i o C u lt ur a l d a H u m an i da d e I I V o l um e . Por t o: C âm ara Mu n ic i pa l d o P ort o. 82

Lo za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). P la n o d e G es tã o d o Ce n tro H is tó ric o d o

P ort o P a tr im ó ni o Mu nd i a l . C om un ic aç ã o apr es e nt ad a n o s em i nár i o s o br e G es t ã o Ur b a n a de um a C id a de Pa tr im ón io M un d i al , P or to , P ort u ga l . Ex tr a íd o a 27

de

S e tem br o

de

2 01 1

do

s ít io

A

B a ix a

do

P ort o :

ht tp :/ / www. p or to .t af . n et / d oc s /p l an o CH .p df

Ar t ur F il ip e do s San t os

92


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Rui Loza aponta como eixos estratégicos de intervenção os seguintes: “Eixos transversais: valorização

do

Centro

Eixo 1

– Protecção, preser vação e

Histór ico

do

Porto

( CHP);

Eixo

2

Envolvimento da População. Eixos temáticos: Eixo 3 – Turismo; Eixo 4 – Indústrias Criat ivas” 83 Este

responsável

da

edilidade

portuense

apresenta

um

modelo de gestão assente na : “Articulação de Ent idades (Ser viços municipais e de outros níveis de adm inistração) Participação

de

Parceiros

(Propriet ários,

invest idores,

moradores, associações) Valorização,

protecção

e

preser vação

(com

objectivos

sociais, cultur ais, turísticos e econ ómicos) 84.

Ainda no plano autárquico, a Câmara Municipal de Angra de Heroísmo, Açores, Portugal, levou a cabo, a sete de Novembro de 2008 uma mesa redonda subordinada ao tema “"A

importância

do

Papel

da

Comunicação

Social

na

Divulgação e Promoção do Patrim ónio" e que contou com a presença dos oradores Sidónio Bettecourt (Rádio Difusão Portuguesa – RDP, Rádio Televisão de Portugal -Açores – RTP-Açores), José Lourenço (Diário Insular) e Júlio Magalhães (Televisão Independente – TVI). Esta iniciativa fez parte no Ciclo de Conferências das Comemorações dos 25 Anos da Elevação de Angra do Heroísmo a Património Mundial 85 83

L o za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). I d em .

84

L o za , R u i ( 2 00 9, D e z em bro). I b i dem .

85

As s oc i aç ão

Re g i on a l

de

T ur is m o

dos

Aç o res

( 2 00 8) .

Ciclo

de

Co nf er ê nc i as d as C o me m or aç õ es d os 2 5 An os d e E l ev aç ã o de A ngr a a P atr i mó n i o Mun d i al . Ex t r a íd o a 17 de D e zem br o d o s ít i o d a As s oc i aç ã o

Ar t ur F il ip e do s San t os

93


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

No

que

concerne

ao

debate

que

se

desenvolvem

nas

universidades e em núcleos de investigação já existem francos exemplos da importância que as inst ituições do ensino superior auferem ao património e à comunicação como motor de protecção e divulgação. O Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas (CEPTN), organismo pertencente ao Instituto Politécnico de Tomar, Leira, Portugal, O Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas promoveu em Abril de 2006 a organização de um curso de pós gradução

em

Comunicação

e

Património,

coordenado

pela

Professora Doutora Hália Costa Santos e que, de acordo com o site informativo do CEPTN, "visa promover as estratég ias de comunicação que envolvam o património, entendido no sentido vasto e actual (diversas formas de cultura, tradições, arquitectura contemporânea/tradicional,

ambiente).

Pretende -se

dotar

os

formandos de conhecimentos teóricos e de ferramentas práticas que lhes permitam exercer funções nessa área, nomeadamente através da produção, acompanhamento e avaliação de planos de comunicação/promoção

do

património

(utilizando

suportes

do

campo das novas tecnologias e do audiovisual)" 86 Com um plano curricular que a borda temáticas que vão desde o Património Cultural, passando pelas Políticas de Comunicação e Políticas

Culturais,

incluindo

temáticas

relacionadas

com

Comunicação Institucional e Divulgação do Património.

Re g io n a l

de

T ur is m o

dos

Aç ores ,

P ort u ga l :

ht tp :/ /p t. ar ta zo r es .c om /n ot ic i as / v er. p h p? i d =1 5 86

Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orres No v as , I ns t i tu to Po l i té c n ic o

de T om ar ( 2 0 06) . C u r s o d e P ós - G r ad u aç ã o e m C o m un ic aç ã o e P at ri m ó n i o . Ex t ra íd o a s ei s d e M a r ç o de 2 00 6 d o s í t io do I ns t it u to P o l it éc nic o d e T om ar: ht tp :/ / www. c ep to n .i p t. pt /d ef a u lt .as p ?s =3 & t = 1 &i = 3

Ar t ur F il ip e do s San t os

94


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Abaixo se apresenta o plano curricular deste curs o: 87

TABELA Nº1 – Plano Curricular do Curso de Pós -Graduação em Comunicação e Património 1º

T RIM EST R E

T RIM EST R E

T RIM EST R E

Património

Mediat izaçã

T RIM EST R E

Metodologia

Produção

Cultural

o da Cultura e do

s das Ciências da

e Def esa

Património

Comunicação

do

Comunicação

Trabalho

Plano de

Conteúdos

Comunicação e

Comunicação

Pol. Culturais

Tecnologias/

Cultural

Laborat ório NT

o com Públicos

Espec íf icos

o Institucional e

/ Laboratór io de

Divulgação do

Audiovisuais

Plano de

Polít icas de

Comunicaçã

Projecto de

Marketing

Comunicaçã

Produção de

Novas

Audiovisuais

Património

Os

público -alvos

deste

curso

foram

com

Bacharelato

profissionais

das

seguintes áreas: “Candidatos

ou

Licenciatura

(pref erencialmente nas dif erentes áreas da Comunicação e do Marketing), Té cnicos de Turismo (nas suas dif erentes vert entes),

87

Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orres No v as , I ns t i tu to Po l i té c n ic o

de T om ar ( 20 0 6) . I d e m .

Ar t ur F il ip e do s San t os

95


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Técnicos de Aut arquias, Museus e outras inst ituições de carácter cultural, ambient al ou outros.” 88.

Em Janeiro de 2010 o Instituto Polit écnico de Torres Novas iniciou dois novos cursos de pós graduação rel acionados com o património e as novas tecnologias de inf ormação e comunicação, desta f eita

o

curso

de

pós

graduação

em

Sof tware

Livr e

Aplicado

ao

Património e o curso de pós -graduação em Património Cultural, ambos os cursos com seminár ios ligados à comunic ação, contacto com os média e f ormatos on -line de divulgação do património 89.

O Instituto Superior de Línguas e Administração (ISLA), de Vila Nova de Gaia, Porto, Portugal, desenvolveu em 31 de Maio de 2007 o ciclo de conferências intitulado “II Jornadas I nternacionais de Turismo e Património”, encontro académico onde se abordar várias questões relacionadas com o património classificado, em que muitos oradores apontaram a importância da comunicação, sobretudo

nos

aspectos

da

cooperação

institucional

entre

organismos e a comunicação social como veículo de divulgação. Um

exemplo

também

da

estreita

colaboração

das

universidades com o património é o Fórum UNESCO “Universidade e Património”, um projecto on -line que nasce da parceria entre a UNESCO e a Universidad e Politécnica de Valência, Espanha: “Forum UNESCO - Universidad y Patrimonio (FUUP) es un proyecto de la UNESCO para la r ealización de act ividades para la protección y salvaguarda del patrimonio cultur al, a través de una

88

Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic o s de T orrr es No v as , I ns ti t ut o P ol i t éc n ic o

de T om ar ( 20 0 6) . I d e m , Ib id em . 89

Ce n tr o d e Es tu d os P o li t éc n ic os de T orrr es No v as , I ns ti t ut o P ol i t éc n ic o

de T om ar ( 2 0 09 ) . C ur s os de Pós - G r ad u aç ã o e Es pec i a l i zaç ã o . E x tra íd o a 2 2 de

J an e ir o

do

s íti o

do

I ns t it u to

Po l i téc n ic o

de

T om ar:

ht tp :/ /p or ta l . ip t. pt / por t a l/ por t al /c urs os / pos G r ad u ac a o

Ar t ur F il ip e do s San t os

96


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

red inf ormal de instituciones de e ducación superior. FUUP está bajo la responsabilidad común del Centro de Patrimonio Mundial de la

UNESCO

España.”

Para

y

la

Universidad

Polit écnica

de

Valencia

(UPV)

90

além

de

toda

a

organização

de

iniciativas

de

salvaguarda e protecção do património e de dinamização de seminários académicos esta iniciativa publica todos os meses um boletim

informativo

sobre

o

património,

com

uma

rubrica

exclusivamente dedicada ao Património Mundial. Actualmente

a

mais

antiga

universidade

portuguesa,

a

Universidade de Coimb ra, fundada a um de Março de 1290 pelo rei D. Dinis, encontra -se em processo de candidatura ao título de Património Mundial juntamente com a zona alta da cidade de Coimbra, procurando obter, à semelhança de outras prestigiadas universidades europeias (como a Universidade de Santiago de Compostela ou a Universidade de Sorbonne, Paris, entre outras) a mais prestigiada classificação que um bem tangível pode obter a nível internacional, na esperança de obter proveitos de ordem cultural, social e económica: “O Interesse mediático da candidatur a

Escrevia o Jornal de Not ícias a 22 de Janeiro de 208 que "A candidat ura da Coimbra universit ária a Património da Hum anidade é ambiciosa e só assim terá sucesso, per ante os apertados critérios da UNESCO. A Câmar a Municipa l de Coimbra está com a Universidade desde a primeira hora no sent ido de se chegar ao desejado estatuto de protecção, pois importa "recuperar o tecido medieval urbano da Alta e Baixa da cidade". Poderá ser mesmo 90

Un i v er s id a d e

Po l it éc n ic a

de

V a l ênc i a

(2 01 0) .

F óru m

U NE S CO

un iv ers i da dy pa tr im o n i o. n et . Ex tr a íd o a 1 5 d e Fe v er e iro d o s í ti o d o F ór um UN E SC O : h tt p: // u n i ver s i da d yp a tr im on io . ne t/ e s p/ i nd e x .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

97


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

uma candidatura já ambiciosa, mas será j usta tendo em vista t odo o património

q ue

existe

em

Coimbra?

Olhando para outras cidades universitárias como Évora ou Santiago de

Compostela,

ambas

classif icadas

como

Património

da

Humanidade, são ambas cidades que, tal como Coimbra, têm Universidades com sécu los de histór ia m as que estão inscr itas pela globalidade Coimbra,

cidade

do com

seu histór ia

centro desde

a

época

histór ico. romana,

com

monumentos como o criptopórt ico romano ou o Mosteiro de Santa Clara a Velha, cidade local de cortes medievais, com f igu ras emblemát icas como Luís de Camões e I nês de Castro não dever ia aspirar a algo ainda mais ambicioso, que envolvesse de f orma mais directa a cidade? Para a (econom ia da) cidade este é um t ítulo há muit o esperado, que potencia um aumento do conhecimento da marca “Coimbr a” principalmente no estrangeiro. O mercado de turismo tem-se situado, segundo o Inst ituto Nacional de Estat íst ica, num número a rondar as 220 mil dormidas anuais no concelho de Coimbra, sem se ter verif icado uma melhoria muito signif icativa no per íodo de 1998 (223.219) a 2006 (232. 629), mesmo com o evento mediát ico que f oi o Euro 2004. Perant e este cenár io e olhando novament e para o exemplo de Évora, Coimbra poderá estar a perspect ivar para si própria o cresciment o que a cidade alentejana tem evidenciado desde 1986, altura em que f oi classif icada pela Unesco, um crescim ento relevante na ár ea do tur ismo patrimonial, inclusive com o sur gimento de unidades hoteleiras de luxo nessa cidade, uma vez q ue Coimbra, sendo uma cidade maior e com maior número de t uristas, não possui qualquer est abelecimento hoteleir o

de

5

estrelas.

Por outro lado, a classif icação da Universidade através da Unesco poderá recolocar Coimbra enquanto capital simbólica do ensino universitário em Por tugal, capitalidade que perde u com a abertura de universidades em diversas cidades, como por exemplo Aveiro, Braga, Covilhã ou Faro e o f acto de em Coimbra, em ter mos de imagem

exter ior,

Ar t ur F il ip e do s San t os

se

conf undir

f requentement e

cidade

com

98


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

universidade, f aria esta candidatur a f uncionar como pr ocess o de recuperação da identidade local f uncionando novamente a imagem da Universidade enquanto ícone de Coimbra em Portugal e no mundo. Este tipo

de acções que tentam

cr iar

uma relação de

identidade entre as grandes inter venções na cidade e os habitantes são visíveis tam bém através da toponím ica utilizada nas mais recentes pontes da cidade, a Pont e Rainha Santa Isabel e a Ponte Pedro e Inês, ambas representativas de f iguras com as quais a cidade se ident if ica (a Rainha Santa é, para 22, 2% dos inq uir idos pesso a que representa Coimbra e I nês de Castro é -o par a 8,6% dos inquir idos), tudo isto publicitado através de outdoors como na ponte pedonal em que atr avés de f otograf ias antigas de Coimbr a e suas travessias se tentava associar a pont e a algo que pertence a Coimbra e à sua população. É talvez desta f orma que se pretende que a candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial f uncione para a cidade, tentando -se que, não sendo uma candidatura da cidade, se identif ique como tal, misturando a Universidade com a história da cidade

e

com

implementando

dif erentes ao

mesmo

zonas tempo

como

a

pr ogramas

Alta de

e

a

Baixa,

r equalif icação

urbana como a SRU e até mesmo envolvendo o project o do Metro Mondego bem como a candidatura de património imater ial que se conf unde entre tradições académ icas e t radições populares.”

91

Assim se procura demonstrar importância que os mais variados organismos institucionais internacionais e nacionais imputam ao património classificado, atribuindo à comunicação uma cota parte

91

da respo nsabilidade no que concerne à

Fór um Por t u gu ês de Ar qu i tec t ura e Ur b an i s m o (200 9) . C an d i da t ura d a

Un iv ers id a de d e C oi m br a a Pa tr im ó n io Mu n d ia l . Ex tr a íd o a 14 d e J a ne ir o d e 20 1 0

do

s í ti o

do

Fór um

Po rt ug u ês

de

Arq u i tec tur a

e

Ur ba n is m o:

ht tp :/ / www. s k ys c r ap er c it y. c om /s ho wt hr ea d. p hp ? t =8 5 23 3 6

Ar t ur F il ip e do s San t os

99


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

necessidade de classificação, preservação e divulgação do património classificado como bem universal.

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 0


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III. O Interesse dos mass media na divulgação do Património Mundial III.1 O Património Mundial nos jornais, nas rádios e nas televisões Foi sobretudo o largo crescimento da indústria do turismo cultural, nos anos 90, que despertou os principais órgãos de comunicação social (jornais, rádios, televisões) para a temática do património. Para se compreender a acção dos média no c ontexto do património há que objectivamente compreender a noção do que é o turismo cultural, a sua definição e importância no ponto de vista sócio-económico da actualidade. De acordo com o Ministério de Turismo brasileiro, o seu documento de orientações bá sicas define turismo cultural como: “Turismo

Cultural

compreende

as

actividades

tur ísticas

relacionadas à vivência do conjunt o de elementos signif icat ivos do património histór ico e cultural e dos eventos culturais, valor izando os bens matér ias e imateriai s da cultur a” 92

A Revista de cultura Pensar Iberoamérica , publicada pela Organização

dos

Estados

Iberoamericanos

apresenta

uma

definição de Turismo Cultural em conjunto com a definição de turismo oficializada em 1994 pela Organização Mundial do Turismo e as diferenças do turismo cultural em relação aos meios de comunicação como meio difusor do património cultural:

92

M i nis t ér io d o T ur is m o do Bras i l ( 2 00 6) . T u ris mo C u lt ur a l, O ri e nt aç õ es

B ás ic as . Br as í l i a: M i n i s tér i o d o Br as i l, p . 1 2.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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“Si aceptam os com o Turismo la def inición de la O MT de 1994, “el conjunt o de actividades que reali zan las per sonas durante sus viajes a lugares d istint os de su contexto habitual, por un período infer ior a un año, con propósitos de ocio, negocios y otros motivos “ nos damos cuent a de su inmensa amplit ud y, por tanto, de las enor mes potencialidades que implica. Al mismo tiempo, parece obvio que la Cu ltur a, en sentido amplio, es un pilar trascendental de la actividad tur ística, sobre todo si vamos más allá de la concepción turismo/ocio/banalización y nos acercamos más al origen del tur ismo, la curiosidad, la necesidad de descubrir y saber (Cur iosidad e n Movim iento. Bertran M. Gordon). En la exploración de las virtualidades del turism o hay una perspect iva, gener almente poco considerada, por la visión t ópica de actividad extract iva, y que tiene mucha trascendencia en la relación con la cultura, y que trat a del turismo como instrumento, como medio de dif usión, que, a dif erencia de los medios de comunicación habituales acerca el público a la not icia ( cultural, social, etc.) en lugar de llevar la noticia al público. Estamos pues ante dos conceptos amplios, d if ícilmente acotables, y con múlt iples posibilidades de interacción. Es, por tanto, dif ícil aceptar una def inición de tur ismo cultural muy precisa que, en todo caso, limitar ía muchas de las posibilidades de interacción. La opción, posiblemente, pasa por co nsider ar la perspect iva desde la amplitud en lug ar de intentar delimitar aspectos muy específ icos. 93

Esta mesma publicação refere o turismo na sua generalidade e o turismo cultural em particular como um fenómeno, uma

93

Re v is ta

Mor a gu es C or t a d a, Dam iá n ( 20 0 6). E l D i ál o go T ur is mo y C u l tur a . de

Cu l tu r a

da

O r g an i za ç ão

d os

Es t a dos

Ib er o - Am eric an o s ,

de

pu b l ic aç ã o o n - li n e. Ex tr a íd o a 25 d e J a n e ir o d e 20 1 0 d o s ít i o d a Re v is t a d e Cu l tur a

da

O r ga n i za ç ã o

d os

Es ta d os

Ib er o - Am eric an os :

ht tp :/ / www. o e i .es /p e ns ar ib er oam er ic a/r ic 08 a 02 . htm

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

indústria de massas relativamente recen te e intrinsecamente ligado às demais indústrias culturais: “El llamado fenómeno tur íst ico es relat ivamente reciente en la f orma en que hoy lo conocemos. Sus antecedentes, viajeros románticos y explor adores, tendr ían un mayor componente cultural - aunque probablemente muy elit ista - que el del turismo de hoy en día. Aún así cabr ía preguntarse si lo que llamamos hoy cult ura es lo mismo que lo que se entendía en la época de los primeros viajeros a los que aludo. En todo caso nuestra época está m arcada por

la

preem inencia

creadores

de

unos

modelos

de paraí sos prefabr icados en

tur ísticos

los

que

un

extractivos, bar niz

de

exotism o cultur al f orma parte de los componentes de la of erta. No hablamos pues de cultura sino de subproductos aparent emente culturales insert os en una amalgama de exper iencias fascinantes . Y cuando

hablamos

de

exper iencias

fascinantes,

calif icativos

que,

subproductos, etc. no

f recuentemente,

nos se

paraísos

prefabricados,

alejamos

mucho

de

los

suelen

utilizar

en

la

consideración de m uchos consu mos culturales ( TV, cine, música, lit eratura, etc.) de carácter masivo en nuestra sociedad. Hay pues una industria tur íst ica que proporciona carna za a las masas y, también, industrias en el ámbito cultural que hacen algo parecido” 94

O turismo cultural sub divide-se em duas áreas de interesse: o património material, caracterizado pelos monumentos locais ou nacionais, pelo artesanato, bem como os bens naturais, e o património imaterial, isto é tudo o que se relaciona com a cultura ancestral como a língua, tra dições centenárias, a música, a gastronomia, tudo o que representa a identidade cultural de uma comunidade ou país. O Ministério da Cultura do Brasil, país que detém nove cidades cujos centros históricos se encontram classificados como 94

M or ag u es Co r t ad a , D am iá n ( 2 00 6) . Id em .

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 3


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Património Mundia l, apresenta a seguinte definição de património material: “O

Patrimônio

Mat erial

protegido

pelo

IPHAN

(Instituto

de

Património Histórico e Art ístico Nacional), com base em legislações específ icas é composto por um conjunto de bens culturais classif icados segundo sua natur eza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisag íst ico e etnográf ico; histór ico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis (como os núcleos urbanos, sít ios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais ); e bens móveis (como coleções

arqueológicas,

bibliográf icos,

acer vos

arquivíst icos,

museológicos,

videográf icos,

documentais,

f otográf icos

e

95

cinematográf icos)” .

A Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, datada de 17 de Outubro de 2003 define, no artigo 2, o património imaterial: “Para ef eitos da presente Convenção, 1. Entende-se por “ património cultur al imaterial” as práticas, represent ações, expressões, conhecimentos e competências – bem como os instrument os, objectos, artef actos e espaços culturais que lhes

estão

associados

que

as

comunidades,

grupos

e,

eventualmente, indivíduos reconhecem como f azendo parte do seu património cultural. Este património cult ural imater ial, transmitido de

geração

em

geração,

é

constante mente

recr iado

pelas

comunidades e grupos em f unção do seu meio envolvent e, da sua interacção com a natureza e da sua histór ia, e conf ere -lhes um sentido de identidade e de cont inuidade, contribuindo assim para

95

M in is tér i o da C ul t ur a d o Br a s i l (2 0 10) . Pr i nc i p a is C o nc e i tos s obr e

P atr i mó n i o C u lt ur al . E x tr a íd o a 1 2 d e F e ve r e iro de 2 01 0 do s ít i o do M in is t éri o da

C u lt ur a

do

Br as i l:

ht tp :/ / www. br as i lc u l tur a .c om . br/ p atr im on i o -

c u lt ura l / pr i nc i pa is - c o n c e it os - s o br e- pa tr im on i o - c u l tu ra l /

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 4


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promover o respeito da diversidade cultur al e a cr iat ividade humana (…). 2. O “património cultural imaterial” tal como é def inido no parágraf o

I

supra,

manif esta -se

nomeadamente

nos

seguintes

dom ínios: (a) tradições e expressões orais, incluindo a língua como vector do património cultur al imaterial; (b) artes do espectáculo; (c) práticas sociais, rituais e actos f estivos; (d) conhecimentos e usos relacionados com a natureza e o universo; (e) técnicas artesanais tradicionais.” 96

Compreendendo objecto

cimeiro

do

agora

a

cha mado

noção turismo

de

património

cultural,

é

cultural,

necessário

apresentar a razão da importância desta indústria recente e a sua relação com os media. De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), agência especializada das Nações Unidas a contribuição desta indústria para o Produto Interno Bruto mundial foi, em 2008, de 9,3 por cento 97. O Ministério do Turismo brasileiro, juntamente com o Instituto da Qualidade e Produtividade, apresenta no seu sítio on -line um estudo datado de 2008, com dados disponibilizados pelo Con selho Mundial de Viagens e Turismo:

96

UN E SC O

( 2 0 03) .

Co nv enç ã o

p ar a

a

S alv a g uar d a

do

P atr i mó n i o

Cu l tur a l I ma te r i a l . Pa r is : U N E SCO 97

R ut e, A n a ( 2 00 9) . C on tr ib u iç ão d o Tur is m o par a o P I B des c e q ua tr o

por c en to em 2 0 09 . E x tr a íd o a 1 0 d e F e v er e iro d o s ít i o d o J or na l O Pú b l ic o: ht tp :/ /ec o n om ia. p ub l ic o.c l ix . p t/ no t ic ia .as px ? i d =1 4 11 7 58

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

“O turismo hoje representa a principal atividade econômica na

geração

de

aproximadamente

emprego 10%

e

do

renda,

PIB

com

mundial.

impacto

dir eto

de

Segundo

dados

do

Conselho Mundial de Viagens e Turismo (W TTC –2007), o setor empregou 230 milhões de pessoas em todo o mundo, o que signif ica 8,3% do t otal de empregos, e impactará 12% no PIB mundial

até 2017.

Especif icamente,

uma a cada 12 pessoas

trabalha direta ou indiretamente com turismo”. 98

E no âmbito da indústria do tu rismo, o turismo cultural é o sector desta actividade que mais cresceu ao longo dos anos 90, continuando em contínuo ascendente na primeira década do séc. XXI. O jornal El País publicou em Novembro de 2006 uma reportagem relativamente extensa sobre a impor tância que a cultura nas suas mais variadas vertentes, incluindo obviamente o sector

do

turismo

cultural

e

não

deixando

de

destacar

a

importância que o património adquiriu no seio dos países que compunham a União Europeia na altura: “La cult ura deja de s er f lorero Los ministros de Cultura de la Unión Europea se reúnen hoy y mañana en Bruselas en busca de una mayor potenciación del valor económico del sector cultural y creativo. La Com isión Europea quiere que la cult ura se convierta en uno de los pilares d e la Agenda de Lisboa, junto con el económico, el social y el medioambiental, para convert ir la Europa de 2010 en la zona más competitiva del mundo. El Consejo de Ministr os de Educación, Juventud y Cultura de la UE, que se celebr ará en

98

Ins t it ut o da Q u a l id a de e d a Pro d ut i v i da d e d o Br as i l e M i n is t é ri o d o

T uris m o d o Br as i l ( 2 0 08) . O Merc a do do T u ris mo . Ex tra í do a 1 2 d e No v em bro do

s í ti o

do

I n s ti t ut o

da

Q u a l i da d e

e

da

Pr od u ti v i d ad e:

ht tp :/ / www. i b q p. or g. br /t ur is m o10 0 /? p ag =m er c ad o .

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Bruselas hoy y mañan a, analizará un estudio sobre el sector cultural y cr eativo, que representa entre el 3% y el 6% del pr oducto inter ior bruto ( PIB), con su inf luencia en el desarrollo económico y social,

el

empleo,

las

tecnolog ías

de

la

inf ormación

y

la

comunicación y el tu rismo cultural (…). El sector cultural y creativo f acturó más de 654.000 millones de euros en 2003, m ientras que la industria automovilística alcanzó los 271.000 millones en 2001 y las empresas de las tecnologías de la inf ormación y la comunicación (TIC), 541.000 millones en 2003. El sector contribuyó en un 2,6% al PIB de la Unión Europea en 2003; en el m ismo año las actividades inmobiliarias contribuyeron en un 2,1% y el sect or de la alimentación y bebidas, en un 1,9%. El estudio señala que ha tenido que e laborar def iniciones concretas, instrumentos estadísticos y recogida de datos ante la ausencia de estadísticas adecuadas y de sus cont enidos. Han entrado en los datos

de

Eurostat

y

en

la

base

Amadeus,

con

inf ormación

f inanciera sobre ocho millones de empre sas públicas y pr ivadas de 38 países europeos. Para situar el sector cultural en Europa, el estudio ha tenido en cuenta las industrias tradicionales (cine, música, libros), pero incluye los medios de comunicación (pr ensa, radio, televisión), los sectores creat ivos ( moda, diseño, arquit ectura), el tur ismo cultural, las artes escénicas y visuales y el pat rimonio cultur al. Añade el impacto del sector en el tur ismo cultural y en las TIC y analiza los vínculos entre cultura, creatividad e innovación. En la evalu ación f igura el sector cult ural, con los sector es no industr iales, bienes y ser vicios de consumo en el acto (el cam po de las artes y pat rimonio cultural) y los industriales, los bienes culturales dest inados a su reproducción, dif usión y exportación ( libr o, cine, vídeo, música). En el sector creat ivo se incluyen act ividades como el diseño, la arquitectura y la publicidad.” 99

99

S am an ie g o, Fer n an d o ( 20 0 6, N o vem bro 1 3). E l P aís . La C u lt ur a dej a

de s er F lor er o.

Ex t r aí d o a 1 7 d e J a n e i ro d o s ít i o d o J o rn a l E l Pa ís :

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Esta reportagem apresenta ainda números relacionados com o emprego que as actividades relacionadas com a cultura . O mesmo periódico pub licou em Fevereiro de 2010 uma notícia que atestava a importância do turismo cultural para o produto interno bruto desta feita da região autónoma da Galiza: “El tur ismo cultural sumó el 2,5% del PIB en 2008 El tur ismo cultural movió en Galicia 1. 424 millo nes de euros en 2008 -el 2, 5% del PIB de la comunidad - según indica un inf orme del Obser vatorio da Cultura Galega, que también señala q ue más de un millón de per sonas visitaron Galicia por este motivo, 50.000 más que en 2007. Los visitant es, españoles y ex tranjeros casi al 50%, se gastaron una media de 110 euros al día. Estos datos sitúan el impacto económico del tur ismo cultural al mismo nivel que la industria metalúrgica y la eléctrica y por encima del sector pesquero y alimentar io.” 100

O Jornal El Mundo publicou em 2008 uma reportagem com o presidente da Junta de Castilla y León a apresentar o turismo como uma clara aposta económica para a região: “ El Museo Minero de Sabero ref uerza la apuesta autonómica por el tur ismo cultur al. Juan Vicente Herr era af irm a que representa el 10% de la econom ía regional.

ht tp :/ / www. e l p a is .c om /ar t ic u lo /c ul t ura /c u l tu ra /d ej a /s er/f l or er o/ e lp p o rc u l/ 20 0 6 1 11 3 e lp e pic u l _2 /T es 100

E l tu r is m o c u lt ur al s u m ó el 2 ,5 % de l P I B en 2 00 8 ( 2 01 0 , F e ver e ir o 9).

E l P aís . Ex t r a íd o a 21 d e Fe v er e iro de 20 1 0 do s í t io d o J or na l El Pa ís : ht tp :/ / www. e l p a is .c om /ar t ic u lo /G a lic i a/ t uris m o/c u lt ur a l/s um o/2 5/ P I B /2 0 08 /e l p e p ia ut g a l/ 20 1 0 02 0 9e l pg a l_ 1 1/T es

Ar t ur F il ip e do s San t os

10 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

El presidente avanza que llevará al Par lamento un proyect o de Ley de Museos El Museo de la Siderurgia y de la Miner ía de Cast illa y León de Sabero (León) amplía desde la red museíst ica de la comunidad, clave en el crecim iento del sector tur íst ico, que ya supone más del 10% de su econom ía. Así lo ha destacado el presidente de la Junta, Juan Vicent e Herrera, quien ha asist ido al acto de apertur a of icial de este Museo, cuya puesta en marcha ha requerido un plaz o de más de una década y una inver sión super ior a los doce millones de euros, f inanciados en gran medida con cargo al Plan del Carbón. Herrera ha destacado, en su discurso, el notable "ref uerzo" que la inauguración de este centro supone para la red de grandes museos de Cast illa y León, conf ormada por el Etnográf ico de Zamora, el de Arte Contemporáneo de León y, próximamente, por el de la Evolución Hum ana, con sede en Burgos. A juicio del presidente de la Junta, "esta lista emblemát ica, singular y de mucha c alidad const ituye un element o f undamental en la atracción de tur ismo cultural, de int erior, basado en nuestras propias raíces, que está dando unos espléndidos resultados". Herrera ha apoyado esta ref lexión en el hecho de que, en los últ imos tiem pos, Castil la y León ha registrado una af luencia media anual pr óxima a los siete m illones de visitantes, lo que ha permitido que el sect or tur ístico concentre, a día de hoy, algo más de un 10% de su act ividad económica.” 101

O Jornal Le Monde, de França, país que tem c erca de trinta bens culturais (entre centros históricos, igrejas, castelos 101 El M us e o M i n er o d e Sa b ero r ef u er za l a a pu es ta au to n óm ic a po r el tur is m o c u lt ur a l ( 2 0 08 , J u lh o 3) E l Mu n do . Ex t ra íd o a 2 5 d e J a n e iro de 2 01 0 do

s ít i o

do

J orn a l

El

Mu n do :

http://www.elmundo.es/elmundo/2008/07/02/castillayleon/12150163 96.html

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

e

outros

monumentos

Património

Mundial,

históricos)

publicou

inscritos

um

texto

na que

Lista

do

refere

a

importância sectorial do turismo cultural desta feita no Egipto: “ Le tourisme, un secteur clé de l'économie Le ministre du tour isme égypt ien, Zoheir Garranah, espère que l'attentat, perpétré dans un quartier qui symbolise « le Caire histor ique », n'aura pas de conséquence négative sur le t ourisme. C'est peu probable tant le secte ur est sensible aux r emous de l'actualité. Avec 13 millions de visiteurs en 2008, le tourisme a rapporté 11 milliar ds de dollars au cours de l'année f iscale 2008 (11 % du PNB), et emploie 13 % de la population active. En 2008, les Russes ont été les pr emie rs visiteur s en Egypte (1, 8 million) suivis par les Allemands.” 102

Em

Outubro

de

2008

o

Jornal

de

Notícias,

periódico

português com maior número de tiragens (em média 133 mil exemplares, de acordo com a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Ci rculação -APCT 103) publicou um texto onde aborda a importância económica do turismo cultural, sobretudo o que visa o património classificado como Património Mundial, num país que detém oito bens culturais classificados pela UNESCO:

102

a

Le Tourisme, un Secteur clé de l'Économie (2009,Fevereiro 24). Le Monde. Extraído

16

de

Janeiro

de

2010

do

sítio

do

Jornal

Le

Monde:

http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1071715,0.html 103

As s oc iaç ã o P or t u gu es a p ar a o C o ntr o l o de T ira g em e C irc u la ç ão

(20 0 8) A n á lis e Si m p l es d as Tir a ge ns d o s Pri nc i pa is J o rn a is e Rev is t as P ort u gu es as e m 2 0 0 8 . Ex tr aí do a 1 7 de De zem bro d e 20 0 9 d o s í t io d a As s oc i aç ã o

P or t ug u e s a

pa r a

o

C o ntr o l o

de

T ir ag em

e

Circ u l aç ã o :

ht tp :/ / www. a pc t. pt / an a l is es im p les _ 00 .as px ?p ub l ic ac a os egm e nt o id = 2 &s e gs e lec i on a do = 1 3

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

“Especialistas nacionais e int ernacionais debatem papel do património cultur al na promoção tur íst ica. A importância do património cult ural na promoção tur íst ica vai estar a partir de hoje em debat e, durante um seminár io internacional que irá reunir vár ios especialistas dos dois sec tores, autarcas, histor iadores, arquitectos e associações de agências de viagens, entre outros. Um dos projectos que será apresentado hoje no "Touring and Herit age/Turismo e Património", que irá decorrer até sábado em Tomar, é o Roteiro Tur ístico do Patrim ónio Mundial, que estará disponível ao público "antes do f inal do ano", revelou à Lusa Luis Patrão, presidente do Turismo de Portugal, ent idade que organiza o seminário. Este Roteiro está integrado na promoção de it inerários na região

dos

most eiros

classif icados

como

Património

da

Humanidade, de Alcobaça, Batalha e Tomar. O 'touring' cultural e paisag íst ico já é o segundo produto mais procurado pelos turistas estrangeiros que vêm a Portugal, mas pode atrair mais visitantes, estando prevista a realização de programas de valor ização de circuitos tur ísticos, salientou Luis Patrão. Visando

concret izar

a

aposta

no

' touring'

cultural

e

paisag íst ico, Luís Patrão af irmou que será apresentado, no âmbito do

QREN

"conjunto

(Quadro de

de

pr ogramas

Ref erência de

Estratégico

natureza

cultural

Nacional), e

um

tur ística",

nomeadamente par a valorização do património existent e e de circuitos tur ísticos. Luís Patrão salient a que as estimativas existent es apontam para que "cerca de um quarto [25 por cento] dos turistas que vêm a Portugal" são atraídos pela vertente cultural, mas espera poder trazer mais visitant es para apreciar os monumentos, cult ura e tradições nacionais.” 104

104

Es p ec i a lis t as nac i on a is e i nt er nac i on a is d e ba t em pa pe l d o pa tr im ón i o

c u lt ura l na pr om oç ão tur ís t ic a ( 2 00 8, S et em bro 3 0) . J or na l d e N ot íc i as .

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

A partir do momento que o turismo é, nos dias de hoje, uma industria cada vez mais importante para o Prod uto Interno Bruto mundial,

em

que

o

turismo

cultural

se

encontra

em

franco

desenvolvimento e que o Património Mundial é uma das faces mais visíveis

deste

último

sector,

naturalmente

que

os

agentes

económicos não podiam deixar de estar atentos, o poder polí tico não fica indiferente, veja -se os seguintes exemplos, retirados de dois dos mais representantes periódicos lusos. O primeiro exemplo provém do Jornal de Notícias: “Cabo Verde: Primeiro -ministro escreve a vários países par a apoiarem candidatur a da Cida de Velha a Património Mundial O primeiro-ministro cabo- ver diano escr eveu cartas a vár ios chef es de Est ado e de Governo a pedir apoio para a candidatura da Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade, decisão que a UNESCO anunciar á segunda ou terça -f eira em Sevilha (Espanha). Numa nota de impr ensa, o gabinete do primeir o -ministro de Cabo Ver de dá conta de que José Mar ia Neves enviou cartas aos presidentes de Cuba, Peru, Estados Unidos, Brasil e Nigéria e aos primeiros-ministros

de

China,

Marr ocos,

Madagá scar,

Israel,

Quénia, Suécia, Barbados, Espanha, Canada, Maur ícias, Egipto, Jordânia, Tunísia e Bahrein, países que a partir de segunda -f eira decidem sobre a candidatura da Cidade Velha, 15 quilóm etros a oeste da Cidade da Praia. Há alguns meses, José Mari a Neves escrever a também missivas aos primeiros -ministros de Portugal, Senegal, França e Luxemburgo a pedir também apoio à candidatura daquela que f oi a

Ex t ra íd o

a

13

de

J an e ir o

de

2 0 10

do

s í t io

do

J or na l

de

N ot íc ias :

ht tp :/ /j n .s ap o. p t/ pa g i n a in ic i al / in t er ior . as px ?c on t en t_ i d = 10 3 65 4 2

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

primeira cidade port uguesa a ser erigida em território af ricano em pleno século XVI.” 105

O segundo exemp lo, publicado no diário O Público: “Governo vai apoiar ref ormulação da candidatura de Mar vão a Património Mundial “Temos condições de manobr a par a ref ormular a candidatura de Mar vão a Patrim ónio da Humanidade e o ministér io da Cultura está disposto a est a r ao lado da comissão [de candidatur a] e da Câmara Municipal de Mar vão nest e processo”, assegurou. O anúncio of icial da retir ada da candidatura de Mar vão a Património da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cult u ra) f oi f eito hoje, naquela vila do Norte Alentej ano, no f inal de uma reunião com a ministra da Cultura. Mar vão decidiu ret irar

a candidatura

para evitar

a sua

anulação, depois de o ICO MO S (Conselho Mundial de Monumentos e Sít ios), um órgão consultivo da U NESCO que propõe os bens para a classif icação de Património Cultural da Humanidade, ter dado parecer negativo. “Estão em estudo vár ias hipóteses e poderemos avançar, quando ainda não sabemos, se o Gover no português e a UNESCO mostrarem que vale a pena cont inuar a tr abalhar”, af irmou. Em

declarações aos jornalistas,

no

f inal de reunião,

a

ministra da Cultura def endeu que, agora, “o que importa é apoiar cientif icamente

essa

ref ormulação,

nomeadamente

no

q ue

diz

respeito à singularidade desta f ortif icação no q uadro europeu, não apenas peninsular”.

105

Ca bo V er d e : Pr im ei r o - m inis tro es c r e ve a v á ri os p aís es p ar a a p oi a rem

c an d i da tu r a d a Ci d a de V e lh a a P atr im ón i o M un d i al (2 0 0 9, M a io 2 0 ). J orn a l de No tíc i as . Ex tr aí d o a 1 8 d e Fe v er eir o d e 2 0 10 do s í t io do J o rn a l de N o tíc i as : ht tp :/ /j n .s ap o. p t/ P ag i n aI n ic ia l /I nt er i or. as px ? c on t en t_ i d = 12 6 80 6 9

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

“A com issão mostrou vontade em repensar a candidatur a, pois

Mar vão

apr esenta -se

como

um

caso

de

particular

singularidade no que diz respeito ao tipo de f ortif icações na península

Ibérica.

Parece -nos

que

existem

condiç ões

para

ref ormular a candidatura”, f risou. O “caminho a seguir” neste processo, segundo Isabel Pires de Lima, passa, “não pela pr essão”, mas antes “pelo estudo e nova apresentação da candidat ura de Mar vão”. 106

A partir do momento em que o poder económico e o poder

político

interessam -se

pelas

questões

do

turismo

cultural e pelo Património Mundial (muitas vezes usado com foco de pressão, de lobby político -económico) e sobretudo porque a opinião pública procura “beber” dos bens culturais classificados,

então

a

comunicação

social,

mais

concretamente os jornais, as rádios e os canais de televisão vêem no interesse pelo património mundial uma oportunidade de

negócio,

de

atingir novos públicos,

novos nichos de

mercado, consolidar audiências em franjas mais intelec tuais da sociedade e também construir uma imagem filantrópica, de causa social pela defesa do património cultural universal. Os exemplos nos variados meios de comunicação são muitos

e

variados,

ora

publicados,

ora

em

áudio

ou

televisionado e na maior parte das vezes também disponíveis nos sítios dos meios de comunicação na Internet. No que concerne a Portugal, os média lusitanos têm demonstrado, sobretudo ao longo da última década do século passado, período que culminou com a classificação da maior parte dos bens que Portugal detém na Lista do Património 106

Lus a ( 20 0 6, Ma i o 13) . “G o ver n o va i ap o ia r ref orm u laç ã o d a c an d i da tu r a d e Ma r vã o a Pa tr im ón io M u nd i a l. O Pú b l ic o . Ex tr a í do a 1 9 de Fe v ere ir o de 2 01 0 do s í t io do j or n al O Pú b l ic o : ht tp :/ / www. p u b l ic o .p t/ Cu l tur a/ g o v ern o - v a i- a po i ar - r ef orm ul ac ao - d a c an d i da tu r a - d e- m ar v a o - a - p atr im on i o - m un d ia l- 12 6 08 1 4 Ar t ur F il ip e do s San t os

11 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Mundial, mas também durante a primeira década do séc. XXI, um interesse muito particular pelo Património Mundial. Desde reportagens que reportam a factos da actualidade que se referem a candidaturas, a datas comemorativas ou a esforços de conservação de um bem classificado ou mesmo do título atribuido, como são exemplos as reportagens que se seguem.

O

primeiro

exemplo

publicado

no

periódico

de

expressão nacional Diário de Notícias, reporta acerca da candidatura

do

centro

histórico

de

Chaves

a

Património

Mundial: “Chaves: Câmara investe 4,8 ME para levar o centro histór ico a património mundial. A Câmara de Chaves anunciou hoje a construção do Museu das Termas Romanas, inserido no proj ecto "Chaves Monumental" que prevê um investimento de 4,8 milhões de euros no centro histór ico dest a cidade que a autarquia quer elevar a Património Mundial da Humanidade. A Câmar a de Chaves apresentou no Ver ão do ano passado a candidat ura da cidade a Patr imónio Mundial da Hum anida de, pelo seu património cult ural e histórico, essencialmente legado pelos romanos que constr uíram a pont e e as termas descobertas em 2008. Apenas no ano passado f oi reconhecida a existência de um balneár io termal romano, em Chaves, descoberto no decorrer d e escavações arqueológicas realizadas no largo do Arrabalde.” 107

O exemplo seguinte, também publicado no Diário de Notícias (é o quarto jornal diário com mais tiragem e volume de vendas em 107

Lus a ( 2 0 09 , Ag os t o 1 1) . Ch a v es : C âm ara In v es t e 4 ,8 M E p ar a L e v ar o

Ce ntr o H is t ór ic o a P a tr im ó ni o M u nd i a l. D i ár i o de N ot íc ias . Ex tr aí do a 19 d e Fe v ere ir o

de

2 01 0

do

s ít i o

do

Di ár i o

de

No tíc i as :

ht tp :/ /d n .s a p o. pt / in ic i o /p or t u ga l / in t eri or .as px ?c o n te nt _ i d =1 3 32 0 15

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Portugal, logo a seguir ao Jornal de Notícias, ao jornal O Público e ao O Correio da Manhã ) aborda o receio de perda do título de Património da Humanidade por parte da histórica vila de Sintra: “Classif icação Património Mundial da Unesco não esteve em causa, af irma presidente da Câmara. O presidente da câmara de Sintra co nsiderou hoje que a eleição

da

Organização

vila das

como

organizadora

Cidades

da

Património

próxima

Mundial

cim eira

em

2011

da é

o

reconhecim ento de que a classif icação da UNESCO nunca esteve em causa. A vila de Sintra f oi eleita a 14 de Setembro, no X Con gresso Mundial da Organização das Cidades Patr imónio Mundial, em Quito, Equador, a anf itriã da cimeir a de 2011, vencendo a outra candidat a, a cidade de Varsóvia, Polónia. Segundo

o

pr esidente

da

Câmara

Fernando

Sear a,

a

atribuição de Sintra como organizado ra do XI Congresso Mundial da Organização das Cidades Património Mundial demonstra que não

existiu

o

risco

da

perca

da

classif icação

da

UNESCO

(Organização das Nações Unidas par a a Educação Ciência e Cultura), como o demonstrou a últ ima reunião deste com it é, em Sevilha. "A

questão

do

r isco

são

as

questões

internas

que

normalmente ocorrem em tempo eleit oral. A UNESCO diz q ue não há perigo de entrar na lista de risco", disse o autarca durant e uma conf erência de impr ensa onde f oram explicados os contor nos da eleição de Sintra como a próxima organizador a da cimeir a das Cidades Patr imónio Mundial. Segundo o autarca, Sintra esteve em r isco de entrar para a lista de risco em 2004, altura em que o município "f ez um a dura batalha diplomát ica para que isso não se conc retizasse". Para Fernando Seara, "esta vitór ia demonstra que todos os locais patr imónio mundial, incluindo a pr ópria organização q ue tem articulação dir ecta com a UNESCO, reconhece que Sintra é um local único". Ar t ur F il ip e do s San t os

11 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

"É uma vitór ia expr essiva. Em 60 países tivem os 50 votos f avoráveis e signif ica que há a consciência de que Sintra é um dos locais únicos do patr imónio universal, que há uma responsabilidade de gestão e que há uma atractividade do conjunto das cidades que são patr imónio mundial par a Sintra", adiantou o autarca à agência Lusa. Nuno Font e, responsável da autarquia que esteve present e na votação na cidade do Quito, adiantou que agora "cabe a Sintra convidar orador es e escolher os temas e os sub -temas" da próxima cimeira que se vai r ealizar em 2011, mas c uja data ainda não f oi escolhida. A Organização das Cidades Património Mundial é uma ONG sem f ins lucrat ivos, f undada em Fez ( Marrocos) em 1993, e integra 226 cidades e vilas de todo o mundo.” 108

O terceiro exemplo, publicado desta feita no jornal O Correio da Manhã, relata a candidatura do antigo campo de concentração português do Tarrafal a Património da Humanidade: “Campo

de

concentração

passar á

a

ser

" Museu

de

Resistência" Cabo Verde: Prisão do Tarraf al será Património Mundial em 2011 Cabo Verde est á a preparar os documentos necessár ios à candidat ura do cam po de concentração do Tarraf al, localizado a norte da ilha de Santiago, a património mundial da humanidade em 2011 ou 2012. A pr oposta partiu de José Mar ia Neves, o primeiro ministro cabo - verdiano, que, em Abril de 2009, revelou a sua

108

L us a ( 20 0 9, S e tem br o 21) . C las s if ic aç ã o P atr im ón i o M un d ia l d a

Un es c o nã o es t e ve em c aus a, af irm a pr es id e nt e d a Câm ar a. No tíc i as .

Ex tr a í d o

a

22

de

Fe v ere ir o

de

Di ári o d e 2 0 10 :

ht tp :/ /d n .s a p o. pt / in ic i o /p or t u ga l / in t eri or .as px ?c o n te nt _ i d =1 3 68 0 63 &s ec c a o = S u l

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

intenção de transf ormar o Tarraf al, um conhecido "campo de morte lenta" no per íodo do Estado Novo, num "Museu de Resistência". De acordo com Car los Car valho, presidente do Inst ituto de Investigação

e

Pat rimónio

Cultural

( IIPC)

de

Cabo

Verde,

a

document ação precisa, no entanto, de 'mais trabalho' par a que a 'candidatur a tenha

muita

substância',

prevendo -se

que

sejam

ef ectuadas obras de reabilitação no espaço do Tarraf al. Após a remodelação, a candidatura será enviada para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que emitirá um par ecer sobre est e projecto. Embora o desejo de transf ormar o Tarraf al num museu tenha já vár ios anos, o projecto f oi sucessivamente adiado por alegada f alta de verb as.” 109

O Jornal de Notícias, pelo facto de ter sido criado na cidade do Porto e deter uma forte implantação regionalista, sentimento comungado por todo o norte de Portugal, sendo a cidade do Porto apelidada mesmo de “a capital do norte” e cujo o centro histórico desta cidade ostenta orgulhosamente desde 1996 o título de Património Mundial, é um periódico com variados exemplos de reportagens relacionadas directamente com a temática do bem classificado: “Recomeçar a pensar o Porto a part ir do 11º Aniversário . Classif icação atribuída em 1996 pela UNESCO ao centro histór ico é o pretext o que leva um grupo de cidadãos anónimos a repensar a cidade como Patr imónio Mundial. A data é celebr ada na próxima terça -f eira, com ext enso programa de f estas.

109

G.

J

( 2 01 0 ,

Janeiro

7).

C ab o

V er de :

Pr is ão

do

T arr af a l

s er á

P atr im ón i o M u nd i a l e m 2011 . C orr e io d a Man h ã . Ex tra íd o a 2 2 d e Fe v er e ir o de

20 1 0

do

sítio

do

C orr ei o

da

M a nh ã:

ht tp :/ / www. c m j or n al .x l .p t/ n ot ic ia . as px ?c on te nt i d =9 0 D6 8 3C 7 - F 8 10- 47 C 5- B8 B 911 3 ED 1F F6 D AF &c ha n ne l i d =0 0 00 0 0 91 - 0 00 0- 00 0 0- 00 0 0- 0 0 00 0 00 0 0 09 1

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Seria o início de um novo ciclo para o Porto. Com o Centr o Hist órico da cidade classif icado pela UNESCO como Pat rimónio Mundial da Humanidade, em 1996, adivinhavam -se grandes voos: a econom ia crescer ia, f ruto de uma maior af luência tur ística; a of erta tur ística ganharia. Qu alidade aprendendo a potenciar a sua cultura; a cultura cívica aper f eiçoaria o urbanism o e tudo junto seria motor de desenvolvimento social capaz de pr omover a auto -est ima dos cidadãos

do

Porto

e

consequente

vivência

numa

cidade

ver dadeir amente viva e cosm opolit a. No entanto, 11 nos depois de adquir ido o t ítulo, a euf oria da classif icação parece remetida para as catacumbas do esquecimento.” 110

Um

outro

exemplo

apresentado,

também

no

Jornal

de

Notícias, destaca não só a cidade do Porto: “Rota do Porto Patr im ónio Mundial do Porto até Salamanca. Douro Vinhateiro, Guimarães e Vale do Côa vão juntar -se com as duas grandes urbes par a promover a região como um todo. As cidades do Port o e de Guimarães e as r egiões do Alto Douro Vinhateiro e do Vale do Côa vão lançar , dentro de dias, “as bases

de

uma

comemorações

rot a dos

do seis

Patr imónio anos

da

Mundial,

aproveit ando

classif icação

do

Douro,

as no

próximo dia 14, numa das iniciat ivas que terá lugar em Lamego”, adiantou ontem, ao JN, o chef e de proj ecto da Unidade de Missão do Dour o, Ricardo Magalhães. Ainda segundo aquele responsável, “o objectivo é estender logo de seguida a Rota do Patr imónio Mundial à cidade espanhola de Salamanca”, também ela alvo do galardão da UNESCO” 111.

110

Da S i l va , H e le n a T ei x e ira ( 2 00 7, N o vem br o 2 9). R ec om eç ar a P ens ar

o P ort o a p ar ti r do 11 º A n i v er s ár i o . J orn a l d e N ot íc ias , p. 3 1. 111

O s ór i o, Er m e l in d a ( 2 00 7 , D e zem br o, 5) . R ot a do Pa tr im ón io M u nd i a l

do Po rt o at é S a l am anc a. J or n a l d e No tíc i as , p. 3 2 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

11 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Mais um exemplo publicado pelo Jornal de Notícias, desta feita mais recente e que diz respeito à candidatura do centro histórico de Vila Viçosa: “Vila Viçosa Candidata a Património Mundial. A localidade alentej ana de Vila Viçosa ref orçou o processo de candidat ura a Património Mundial, pela UNES CO, com um document o ref ormulado de inclusão na Lista Indicativa dos Bens Portugueses a candidatar, disse ontem f onte do município. Licínio Lampr eia, histor iador e responsável dos ser viços culturais do município, adiantou que o " Documento de Inclusão de Vila Viçosa na List a Indicativa dos Bens Portugueses Candidatos a Património Mundial" f oi já entregue, ref ormulado, na Comissão Nacional da UNESCO. O responsável, que integra a Comissão de Candidatura de Vila Viçosa a Patrim ónio Mundial, f oi o coordenador do documento que o município já editou em livro. Vila

Viçosa

pretende

candidatar

o

conjunto

urbano

da

localidade, englobando o património arq uitectónico e art ístico e a sua envolvente ambiental e paisag íst ica, ao estatuto de Património Mundial, concedido pel a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultur a (UNESCO). A candidatura, cujo processo arrancou em Fever eiro de 2002, integra-se importante

na

categoria

património

de

património

histór ico,

cultural

monumental

localidade, conhecida por "vila museu".”

com e

base

cultur al

no da

112

Um jornal também com fortes raízes regionais é o periódico “La Vo z de Galicia ”, publicação diária acostumada a publicar várias

112

V il a V iç os a Ca n d id at a a P atr im ón i o M u nd i a l (2 0 08 , M a i o 2 7). J orn a l

de No tíc i as . Ex tr a í do a 1 8 d e F e ver e ir o de 2 01 0 d o s í t io d o J orn a l d e No tíc i as : h tt p :/ /j n .s a p o. pt / pa g in a i nic i a l/ i nt er i or. as px ?c o nt en t _i d = 9 51 5 67

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

reportagens sobre o Património Mundial, não só pelo facto da região autónoma galega ter

três bens inscritos na Lista do

Património Mundial (centro histórico de Santiago de Compostela, as muralhas romanas de Lugo e a Torre de Hércules em A Coruña), bem como ter ainda mais candidaturas a decorrer, como é o caso da candidatura do centro históri co de Ferrol. É com uma reportagem sobre esta última candidatura que se apresenta o seguinte exemplo: “Ferrol lider a el mapa de candidaturas a ciudad Patrimonio de la Humanidad Los expertos destacan que la pr opuesta del Arsenal y los castillos de la r ía « destaca por su singularidad». La ciudad recupera una arquitectura «de la que apenas quedan ejemplos» La candidatura f errolana a patrimonio mundial se dist ingue claramente de sus competidoras españolas, e incluso de la mayor ía de las propuestas que optan, d esde cualquier país, a la misma dist inción de la Unesco. Así lo af irma el arquitecto e hist oriador del arte José Ramón Soraluce Blond, que desde su condición de académ ico viene a ratif icar las af irmaciones de cuantos expertos subrayar on, a lo larg o de las últ imas sem anas, las posibilidades de las Fortalezas de la Ilustración. Soraluce sostiene que la candidatur a f errolana es, ante todo, «muy novedosa», ya que no propone ni espacios nat urales, ni tampoco estructura

«cascos

histór icos

def ensiva,

«perf ectamente

erigida

conser vada».

o

edif icios en

Un

el

religiosos»,

Siglo

conj unto

de

las

heredado

sino

una

Luces de

y

unas

circunstancias históricas «de las que apenas quedan ejemplos». Coincidiendo con las tesis de invest igadores como Villasant e y de ent idades como Ferrol Metrópoli, resalta, además, que la agilidad del proceso adm inistrativo seguido por la candidatura

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

f errolana

no

admite

comparación

con

otras

propuestas

españolas.” 113

O próximo exemplo também divulgado em “ La Voz de Galicia ” destaca a cooperação tran sfronteiriça entre municípios espanhóis e portugueses: “Seis Concellos de Galicia y Portugal f irman en Lugo su participación en Atlante. El proyecto da la UE se centra en la conser vación de cascos histór icos de ciudades reconocidas por la UNESCO. Particip an Évora, Oporto, Angra, Guim arães, Santiago y el lucense. Representantes de seis ayuntam ient os de Galicia y Portugal, y el secretario general del Eixo Atlánt ico f irmaron ayer en Lugo el convenio de colaboración del proyecto Atlante, int egrado en la iniciativa comunitar ia I nterreg III B,

para mejorar

los cascos

histór icos de las ciudades participantes, todas ellas declaradas o con monumentos que son patrimonio mundial de la UNESCO. Del país

vecino

cámaras

participaron

mun icipales

Guimaraes,

Évora

y

de

presidentes Oporto

Angra

do

o

(que

representantes es

Heroísmo,

el

de

las

coordinador),

además

de

un

represent ante del G obierno regional de las Azor es. El Ayuntamiento de Sant iago estuvo r epresentado por su primera teniente de alcalde y por el de Lugo f irmó el m andatar io, con la asistencia también de la pr imera tenient e de alcalde. En la pr imera r eunión, celebrada anteayer en Oporto, los represent antes de los organismos part icipantes acordaron acometer de f orma conjunta cuatro acciones piloto. Se trata de la crea ción de una of icina virtual de turismo; una lonja virtual mediante la que se of recerán productos de artesanía y servicios como hot eles y restaurantes de las cinco ciudades. Las restantes dos iniciat ivas 113

L o ur e ir o, R ám on ( 2 0 02 , S et em bro 2 4) . k e l Ma p a d e Ca n d id at u ras a

Ci u da d Pa tr im on io d e l a Hum an i d ad . L a V o z de G a lic i a , p. L 7.

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

que desarrollar án conjuntament e serán el estudio de s oluciones a los problemas del tr áf ico en los encuent ros histór icos y la cr eación de un plan contraincendios en esos entor nos.” 114

Também o jornal Faro de Vigo, um dos mais importantes jornais diários espanhóis, tem uma extensa colecção de artigos publicados

sobre

o

Património

Mundial.

Consultando

a

rica

hemeroteca desta jornal se encontra os seguintes exemplos:

Patrimonio Mundial de la UNESCO Las obligaciones de la Torre La Unesco exige un control r iguroso y comprobará en 2011 si se han subsanado las def ici encias. Lo dif ícil no es llegar, sino mantenerse. La Unesco ha declarado la Torre de Hércules patrimonio de la humanidad, una dist inción que obligará a partir de ahor a a las administraciones a coordinarse

como

monumento.

Sus

nunca

y

técnicos

a

compr ometerse

visit arán

A

a

Coruña

conser var en

2011

el y

comprobar án que los deberes que han quedado pendient es se han realizado, como desarrollar el plan de gestión par a una mayor coordinación entre las administraciones implicadas y const ruir un centro de interpr eta ción. Además, cada seis años habr á que entregar un inf orme sobre el est ado del f aro coruñés y sobre las actuaciones organización

realizadas

par a

inter nacional

demostr ar, responsable

como de

advierte velar

por

esta el

mantenim iento de las grandes joyas del planeta, que tiene el mismo "valor excepcional universal" que el día en que se incluyó en la lista de patrimonios mundiales.” 115

114

I. B ( 2 00 3 , Ma i o 7) . S eis C o nc e l l os de G a l ic ia y P or t ug a l f irm a n en

Lu g o s u p ar t ic i pac i ó n en At l an t e. L a V o z d e G a l ic i a , p. 1 9 . 115

L as O b li g ac io n es de l a T orr e. L a Un es c o ex i ge u n c on tr o l r ig ur os o de

l a T orre a l d es i g nar l a pa tr im on i o m und i a l Ex t ra íd o

a

23

de

J an e ir o

Ar t ur F il ip e do s San t os

de

20 1 0

do

(20 0 9, J u nh o 2 9). Fa ro de V i go . s íti o

do

j or na l

F ar o

de

V i go :

12 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

O seguinte exemplo, também do Faro de Vigo, reporta a reunião que o anterior presidente da Xunta da Galiza, Emílio Pérez Touríño com ex-Director Geral da UNESCO, Koichiro Matsuura, reportagem que aborda desta feita a riqueza do património imaterial da Galiza: “La

Unesco

insta

a

Galicia

a

presentar

pr oyectos

del

Patrimonio Inmaterial. El director general, Matsuura, recor dó al presi dente de la Xunta " la rique za gallega" en este aspect o El director general de la Unesco, Koichiro Matsuura, animó ayer a Galicia a que identif ique ejemplos de Patr imonio Inmaterial para que sean candidatos a f ormar parte de la Lista Representativa de

Patr imonio

Inmaterial

de

la

Unesco,

cuyas

primeras

designaciones tendr án lugar en septiem bre de 2009 y a la que cada Estado podrá pr esentar un aspirante. En una comparecencia tras reunirse con el jef e del Ejecut ivo gallego, Matsuura destacó que Galicia "es una tierra m uy rica desde ese punto de vista" y recordó que el nuevo convenio internacional sobre Patrimonio Inmater ial est ablece que a partir de ahora serán los Estados los que presenten un candidato cada año para f ormar parte de los bienes del Patrimonio Cu ltural I nmaterial de la Humanidad. La

f órmula

sust ituye

a

la

de

las

Obras

Maestras

del

Patrimonio Inmaterial, a la que la asociación "Ponte nas ondas" ya había presentado la candidatura del Patrimonio Inmater ial Galego Portugués, del que ayer Tour iño desta có que "es uno de los temas con un trabajo ya r ealizado", aunque señaló que también existen otros

ejemplos

que

habrá

que

estudiar.

El presidente gallego reconoció que hasta ahora apenas se había

ht tp :/ / www.f ar od e v i go . es /s ec c io n es / n ot ic i a.j s p? p Ref =2 0 09 0 6 29 0 0_ 1_ 3 43 2 25 _ _ Vi g o- U n es c o - ex i ge - c on tr ol - r i g ur os o - T or re- des i g nar l a - pa tr im on io - m und ia l

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

trabajado en la línea del patr imonio inmaterial y subrayó que la sugerencia del director general de la Unesco "es de un alt o valor", por

lo

que

anunció

que

la

Xunta

incluirá

pr opuestas

en

el

memorándum de ent endimiento que f irmará con la institución. Touriño se mostró convencido de que dicho memor ándum ser virá para "f ortalecer" la r elación entre Galicia y la Unesco "en un inmediato f uturo", en el que este organismo de la O NU deber á decidir también si elige a la Torre de Hér cules para f ormar parte de los Bienes Patrimonio de la Humanidad.” 116

Mas os jornais não são, ob viamente, os únicos meios de comunicação atentos ao fenómeno do turismo cultural em geral e ao Património Mundial em particular. Também a rádio e a televisão demonstram interesse e procuram explorar um campo cada vez mais do interesse de uma opinião públic a com cada vez mais poder de compra e ânsia de conhecimento. Abordando exemplos portugueses, refira -se que uma das principais estações de rádios lusas, a TSF, uma rádio dedicada quase em exclusivo à informação, desenvolve todas as semanas dois programas, u m dedicado à vertente do património monumental classificado, desenvolvido em parceria com o organismo estatal português

responsável

pela

preservação

do

património

arquitectónico, e o segundo programa que apesar de centrado no património imaterial, procura muitas vezes fazer a ponte entre as duas riquezas culturais como pólo de divulgação de uma região. O primeiro programa intitula -se “Encontros com o Património”: “Encontros com o Património é o espaço na antena da TSF onde se f ala de sítios com histór ia, p aisagens e pessoas, o 116

G óm e z, Mar c os ( 2 00 8 , A br il 26 ). L a Un es c o i ns t a a G al i c i a a pres e nt ar pr o yec tos d e l P a tr im on io Inm at er i a l. F ar o d e V i go . Ex tr aí d o a 2 3 d e J an e ir o de 2 01 0 do s ít i o do j or na l F ar o de Vi g o: ht tp :/ / www.f ar od e v i go . es /s ec c io n es / n ot ic i a.j s p? p Ref =2 0 08 0 4 26 0 0_ 8_ 2 19 7 02 _ _ Soc i e da d - y- Cu l tur a - U nes c o - i ns t a- G a lic i a - pr es e n tar - pr o ye c t os - Pa t rim on i o Inm at er ia l Ar t ur F il ip e do s San t os

12 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

passado e o presente. Pelo microf one do repórter Manuel Vilas Boas, e pela conversa com dif erentes especialistas, f icamos a conhecer Portugal na sua var iedade de monumentos, locais, sítios muitas vezes escondidos. Encontros com o Patr imónio é uma parceria entre a TSF e o Instituto de Gestão do Patr imónio Arq uitectónico e Arqueológico (IGESPAR), com o apoio do departament o de inventár io, estudos e divulgação. Todos

os

Sábados,

às

12h10,

com

Manuel

Vilas -Boas,

sonoplastia de Mésicles Hel in” 117.

O programa “Encontros com o Património”, para além de ser transmitido

todas

as

semanas,

aos

Sábados,

está

também

disponível em Podcast 118, na página da TSF bem como pelo programa iTunes 119, da Apple. O segundo programa desenvolvido pela TSF tem o nome d e “Terra-a-Terra”: “Semana a semana o microf one da TSF dá voz às gentes e aos sít ios que visita. No Terra -a-Terra soltam -se os sons de conversas e r eportagens que revelam as maravilhas da paisagem, o património e as histórias e personagens de todos os can t os do país.

117

a

T SF ( 2 00 9) . E nc o n tr o s c om o P a trim ó ni o . T SF R ád i o J or n al . Ex tr aí d o

16

de

F e v er e ir o

de

20 1 0

do

s í ti o

da

T S F:

ht tp :/ /ts f .s a po . pt/ Pr o gr am as /pr o gr am a.as px ? c on t en t_ i d = 91 8 07 0 118

s er

As v ár i as e d iç ões d o pr o gram a “ E nc on tr os c om o P a tr im ón io” p od em

es c ut a das

em

P odc as t

no

s e gu i nt e

en d ereç o

da

pá g in a

da

T SF :

ht tp :/ /f e eds .ts f . pt /T s f - E nc o nt r os P atr im on i o 119

As v ár i as e d iç ões d o pr o gram a “ E nc on tr os c om o P a tr im ón io” p od em

s er es c u t ad as atr a v é s d o iT un es , p e l o s e gu i nt e e nd er eç o d e a c ti v aç ão d o ref er i do p r o gr am a: it p c ://f ee ds .ts f . pt /T s f - En c on tr os Pa tr im on io

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Os saber es tradicionais, a gastronom ia, o passado e a modernidade tem espaço garantido e em directo num programa de rádio que cruza as histór ias do povo que somos. Terra-a-Terra Aos Sábados, das 09h10 at é às 11h00” 120

À semelhança do que aconte ce com o programa “Encontros com o Património” também as várias edições deste programa se encontram disponíveis em Podcast, na página on -line 121 da TSF e no Apple iTunes 122. Foram

várias

as

edições,

sobretudo

as

do

programa

“Encontros com o Património” que abo rdaram a temática do Património

Mundial,

apresentando

alguns

dos

exemplos

mais

relevantes: “Restauro da Charola do Convento de Cristo”, emitido a 24 de Dezembro de 2009; “Mosteiro da Batalha I” e Mosteiro da Batalha

II”,

emitidos

a

25

e

a

26

de

Agosto

de

2 009

respectivamente; “Cafés de Culto no Porto”, emitido a 21 de Novembro de 2009; “Entre o Porto e Gaia, as Pontes que Unem as Margens”, emitido a cinco de Dezembro de 2009; "De Algés a Cascais - um território para o Turismo”, emitido a 23 de Janeiro de 2010.

120

T SF ( 2 0 0 9) . T er r a- a- T err a. T S F R á di o J orn a l . Ex tr aí d o a 1 6 de

Fe v ere ir o

de

2 01 0

do

s í t io

da

T SF:

ht tp :/ /ts f .s a po . pt/ Pr o gr am as /pr o gr am a.as px ? c on t en t_ i d = 10 2 05 4 1 & au d i o_ i d =1 0 58 5 15 121

As v ár i as e d iç ões d o pr ogr am a “T err a - a- T err a” p o d em s er es c ut ad as

em Po dc as t n o s eg u i nt e e n de reç o d a pá g i na d a T SF: ht t p: //f e e ds . ts f .p t/T s f T erra- a- T er r a . 122

As v ár i as e d iç ões d o pr ogr am a “T err a - a- T err a” p o d em s er es c ut ad as

atr a v és do iT un es , pe l o s eg u i nt e e nd er eç o d e ac t i v aç ão d o r ef er i d o pr ogr am a: it pc ://f ee ds .ts f . pt /T s f -T er r a- a- T erra

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

No que concerne a reportagens noticiosas, destaque -se a reportagem jornalista

“Porto

da

aniversário

Património

TSF

da

João

Mundial,

Paulo

classificação

10

Meneses,

da

cidade

Anos que

do

Depois”,

aborda

Porto,

do

o

com

10º uma

entrevista ao principal ar tífice da candidatura da “Cidade Invicta” , o

arquitecto

Rui

Loza.

Esta

reportagem

foi

emitida

em

16

Dezembro de 2006. Também a estação de rádio estatal portuguesa, a RDP (Rádio

Difusão

Portuguesa)

transmitiu

vários

programas

relacionados com o Património Cultural edificado e também sobre o património imaterial como “Lugar ao Sul”, “As Terras e as Gentes” mas destaca -se sobretudo a rubrica diária “Portugal Directo”, que vai para o ar de segunda a sexta -feira, das a partir das 13h 07, com a duração de uma ho ra e que, a partir dos centros regionais desta estação, transmite notícias de índole regional onde o património e a importância do turismo encontra -se muita das vezes em evidência. Este programa pode ser também ouvido em podcast na página do programa, no s ítio on-line desta estação radiofónica 123. Uma

outra

rádio

de

expressão

nacional

é

a

Rádio

Renascença, estação de rádio pertencente à Igreja Católica, que, também pelo facto de que muito do património classificado incluir vários exemplares sacros como igreja s, capelas, mosteiros ou conventos, como é o caso do centro histórico, cujo património classificado inclui ao todo cerca de nove exemplares religiosos, dá especial atenção ao património, seja em rubricas semanais seja,

123

As v ár ias e d iç õ es do pr o gram a “ P ort u g a l em D irec t o” p o de m s er

es c u t ad as

em

P odc as t

no

s eg u i nt e

e n der eç o

do

s í t io

da

An t en a

1:

ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / pr o gr a m as rtp / in d ex . p hp ? p_ i d =1 0 43 & e _ id = &c _ id = 1 & dif = rad i o & hor a = 13 : 07 & d ia = 01 - 0 320 1 0

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

sobretudo, nos mais variados espaços noticiosos, seja ainda no sitio da estação, na Internet. Como exemplo da atenção dada por esta estação estão programas como “Terra Prometida” 124 ou a rubrica semanal “Em Defesa do nosso Património” 125. Um

exemplo

de

reportagem

desenvolvida

pela

Rádio

Renascença é a que se apresenta em seguida, relacionada com a Torre de Hércules, e o Palácio de Stoclet, em Bruxelas: “Torre de Hércules e Palácio Stoclet património mundial A Torre de Hércules, na Corunha, Espanha, e o Palácio Stoclet, em Bruxelas, f oram declarad os Património da Humanidade pela UNESCO. O Comité da UNESCO, que esteve r eunido em Sevilha, anunciou que o f arol romano Torre de Hércules, construído no século II depois de Cristo - e mais antigo do mundo ainda em actividade - passa a integrar a lista dos sít ios e monumentos considerados Patrim ónio Mundial. Com este reconhecimento, Espanha conta com 41 sít ios e monumentos eleitos pela UNESCO. O comité da UNESCO (Organização das Nações Unidas par a a Educação, Ciência e Cultura), que est ará reunido em Sevilh a até ao dia 30 a avaliar novas candidaturas, declarou também que o Palácio Stoclet, em Bruxelas, construído no começo do século XX pelo arquit ecto austr íaco Josef Hoffmann, também passaria a integrar aquela cobiçada lista.

124

ed iç õ es

P ar a m ais i nf or m aç ões ac erc a d es te pr o gram a, b em c om o es c ut ar a nt er io r es

c ons u lt ar

o

s e gu i nt e

e nd er eç o

do

s ít i o

da

R ád i o

Re n as c e nç a: h tt p: // ww w.r r .p t/ pr og ram as _ d et a lh e. as px ?f id = 2 6 &d i d = 18 3 26 125

P ar a m a is i nf or m aç õ es ac erc a d es ta r ubr ic a s em an al , b em c om o p ar a

es c u t ar ed iç ões a n ter i or es em p odc as t c o n s u lt e - s e o s e g ui n te e nd er eç o d o s ít i o

da

R ád i o

Re n as c e nç a:

ht tp :/ / www. r r .p t/ Cpr o g r am as _ de ta l h e. as px ?f i d =1 2 & d id = 9 21 9 2

Ar t ur F il ip e do s San t os

12 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Esta semana f oi também anunciada a escolha da Cidade Velha, em Cabo Ver de, como Património Mundial da Humanidade e a retirada do centro histór ico de Dresden, na Alemanha, dest a lista, um estatuto que a localidade alemã perde ao f im de cinco anos.” 126

No que diz respeito a estações de rádi os espanholas, apresenta-se

o

exemplo

da

“Cadena

Ser”,

com

variadas

reportagens desenvolvidas sobre o património, com enfoque para a reportagem que se segue, em formato de artigo:

El silbo gomero, Pat rimonio de la Humanidad El Tribunal de Aguas de Valencia y el Consejo de Hombres Buenos de Murcia, aceptadas también El silbo gomero, el Tribunal de las Aguas de Valencia y el Consejo de Hombr es Buenos de Mur cia han engrosado la lista represent ativa del Patrimonio Cult ural Inmaterial de la Humanidad. El Com ité Intergubernamental de la UNESCO para la Salvaguardia del Patr imonio Cultural Inmater ial, reunido en Abu Dhabi (Emiratos Árabes Unidos), ha sido el encargado de seleccionar las ent re 111 candidat uras

presentadas.

Con

éstas,

ya

son

cuatr o

las

declaraciones c on la que cuenta España en dicha lista.” 127

Ainda com respeito à Cadena Ser,

pode -se escutar ainda

uma reportagem sonora intitulada “Jóvenes por el Património”,

126

T or r e d e H ér c ul es e P al ác i o S toc l et Pa tr im ón i o M u nd i a l ( 2 00 9, J un h o

27) . Rá d io R en as c enç a. Ex tr a i d o a 1 5 d e F e v ere ir o de 2 0 10 d o s í t i o d a Rá d io Re n as c e nç a: h tt p: // ww w.r r .p t/ i nf orm ac a o _d et a lh e. as px ?f id = 9 3 &d i d = 60 8 00 127

E l S i lb o G om er o , P a tr im ó ni o d e la H um an i da d ( 2 00 9, S e tem br o 3 0).

Ca d en a Ser . Ex tr a id o a 2 2 d e Fe v er e ir o d e 2 0 10 do s ít i o d a C ad e na S er: ht tp :/ / www. c ad e nas er . c om /c ul t ura / art ic u lo /s i l bo - g om ero- pa tr im on io hum an i d ad /c s r c s r po r / 2 00 9 09 3 0c s rc s rc u l_ 4/T es

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

produzida pela delegação de Toledo da Cadena Ser e que pode ser escutada no Youtube 128. Também a Rádio Nacional de Espanha dedica amplo espaço ao Património Mundial, visto a Espanha ter um vasto número de bens

culturais

reportagens

classificados

noticiosas

pela

UNESCO,

transmitidas

nos

sobretudo vários

em

espaços

informativos da estação, com exemplos colocados posteriormente em podcast no sítio da estação. Um

dos

melhores

exemplos

é

a

reportagem

realizada

aquando da classificação da Torre de Hércules a Património da Humanidade e transmitida rubrica semanal La Maña en Vivo e que pode ser escutada em podcast no sítio da estação: “Galicia sigue las celebraciones por la entrada de La Torre de Hércules en el patrimonio de la UNESCO. La Torre t iene dos mil años y duratne este tiempo ha ser vido de guía para las gentes del mar. En 'La Mañana en Vivo' nos hemos metido en el pleno del municipio cor uñes, hemos hablado con su alcalde Javier Losada y con el ex-ministro de Cultur a, César Antonio Molina” 129

Outros exemplos em áudio encontram -se disponíveis em podcast no sítio da Radio y Television de España , bastando para isso encetar uma procura com as variadas palavras -chave que mais identificam os bens classificados como Patrimonio Mundial ou Patrimonio de la Humanidad . Outra estação de rádio espanhola que aposta também em temas, rubricas ou reportagens relacionadas com o património classificado é a Onda Cero: 128

Es t a r e p or t a gem r ad i of ó nic a po d e s er es c ut a da atr a v és d o s e g u in te

en d er eç o : ht t p:/ / ww w. yo u t ub e.c om / watc h? v = p Ae l _ 0X 0 v S g 129

Torre de Hércules patrimonio de la UNESCO (2 00 9 , S et em bro 2 9) . Rá d io Nac i on a l d e Es pa ñ a . Ex tr ai d o a 1 6 de M arç o de 2 0 10 d o s í ti o da R á d io Nac i on a l d e Es p añ a. : ht tp :/ / www. rt v e .es /n o ti c i as / un es c o/ Ar t ur F il ip e do s San t os

13 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

“Carnavales de Tenerife El alcalde de La Laguna, Fernando Clavijo Valle, nos habla de esta ciudad tinerf eña, única patrim onio de la humanidad de Canár ias” 130.

Este exemplo, bem como o próximo exemplo, extraído d a rubrica semanal Gente Viagera, podem ser escutados em podcast no sítio da estação: “Felicitamos al alcalde de Lugo, José López Orozco, por el décimo aniversar io de la declaración de la Muralla de Lug o como Patrimonio de la Humanidad. Además Enrique Dom í nguez Uceta nos va a llevar en directo a Sanghai. José Manuel Novoa se unirá al homenaje a Hait í dándonos un paseo por los lugares t ur ísticos de est e país del Car ibe antes del terremoto. Además estar emos con la Consej era de Turismo” 131.

Também a cadeia privada Cope vê na temática do Património Mundial

objecto

de

reportagem.

Anote -se

os

dois

exemplos,

publicados no sítio da Cope, na Internet: “Ávila celebra su 25 aniversar io como Ciudad Patrimonio de la Humanidad en 2010 Ávila celebra este año el 25 aniversa rio de su declaración como Ciudad Patr imonio de la Humanidad. Una ef eméride que tendrá lugar exactamente el 6 de diciembre de 2010 y que el Ayuntam ient o abulense pr etende f estejar por todo lo alto con una serie de act ividades, que precisamente en el día de hoy centrarán

130

Car na v a les de T e ner if e (2 0 10 , Fe v er e iro 1 1). O nd a C er o . Ex tr aí do a 16 de Mar ç o de 2 01 0 do s í ti o da rá d i o O nd a Cer o : ht tp :/ / www. o n d ac er o .e s /O n d aC er o/ p la y/ A _ 9 9 33 1 30 131 G e nt e Vi a ge r a ( 2 0 10 , J a n eir o 1 8) . O nd a C e ro: Ex tr aí d o a 1 6 d e M arç o de 20 1 0 do s í t io da r á d io O nd a C ero

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

buena

parte

de

la

of erta

tur ística

que

el

consistor io

está

presentando en la Feria de Turismo Inter nacional, Fitur” 132.

Esta reportagem pode também ser escutada na integra, em podcast, no sítio da Cadena COPE. O

segundo

exemplo

apresentado

ac erca

desta

estação

refere-se a Alcalá de Henares: “Alcalá de Henares: una ciudad Patrimonio de la Humanidad Alcalá de Henares, ciudad situada en la Comunidad de Madr id, es un dest ino recomendable para conocer debido a su cultura y su arquitectura. Esta

ciudad

es

la

más

poblada

de

la

región

y

f ue

constit uida Patrimonio Mundial por la UNESCO en el año 1998. Famosa por su Universidad, Alcalá de Henares es una de las nueve ciudades españolas que esta organización ha considerado única” 133.

Quanto à atenção que o s canais de televisão dão ao tema do património, a rede estatal portuguesa, a RTP (Rádio e Televisão de Portugal) é o melhor exemplo já que desenvolve programas específicos sobre o património, onde muitas vezes são referidos os bens classificados pela UNES CO, e que são transmitidos tanto nos dois canais em sinal aberto (RTP 1 e RTP2), assim como nos

132

G ar c i a, B e atr i z ( 2 01 0, J a ne ir o 2 2). Á v i l a Ce l eb ra s u 2 5 A ni v er s ar io

c om o Ci u da d P atr im o n io de l a H um an i da d en 2 10 . C a de n a CO P E . Ex tr aí do a 17 d e M ar ç o d e 20 1 0 do s í ti o d a C a de n a C O P E: h tt p: // w ww. c o p e. es / a v i la /2 2 01- 1 0- - a v il a- c e le br a - s u- 2 5- a ni v ers ar i o - c om o - c i ud a d- p a tr im on io - h u m ani da d 20 1 0- 12 8 49 3- 2 133

Es tr a d a, P a l om a ( 2 0 09 , M arç o 7) . A lc al á d e H e na res : U n a Ci ud a d

P atr im on i o d e l a H um an i d ad . C a de n a C o pe . Ex t ra íd o a 17 d e M ar ç o d e 2 01 0 do

s ít i o

da

C a de n a

CO P E :

h tt p :// w ww. c o p e. es /c u lt ur a /0 7 - 03- 0 9- -

a lc a l a_ h en ar es _u n a_c i ud a d_ p atr im on i o_ h um an i d ad ,3 6 48 4 ,1 , no t ic i a _am p l ia d a

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

quatro canais por cabo (RTP N, RTP Memória, RTP África e RTP Internacional). Na RTP, os programas que habitualmente divulgam matérias relacionadas com o patrimó nio são: RTP 1 - “Bom Dia Portugal Fim -de-Semana”, transmitido ao Sábado e ao Domingo, a partir das oito da manhã; “Destinos.Pt”, transmitido ao Domingo, às 12h; “Portugal em Directo”, de segunda a sexta-feira, às 18h. 134. RTP 2 – “Casas com História” transm itido ao Sábado, a partir das 19h 30 135. RTP N – “Nobre Povo”, transmitido ao Sábado, pelas 11h 30, programa que se caracteriza por ser um “ Um espaço destinado ao país real, que irá revelar histórias, casos e originalidades de um Portugal

profundo.

Um programa de

reportagem

que pretende mostrar pessoas,

lugares ou situações que estão afastados da agenda noticiosa. Histórias que mostram o Portugal que não fica sentado, que inova, defende as tradições e persegue sonhos” 136. RTP Memória – “Horizontes da Memória”, de segunda a sexta-feira, pelas nove horas da manhã.

134

arq u i v o

A gr e lh a d e pr o gr am aç ã o s em a na l d a RT P 1 bem c om o ed iç õ e s em d os

p r o g r am as

c it a dos

p od em

s er

c o ns u l ta d os

em :

ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / E PG / t v /e p g - d i a. p hp ? da t ai = & d i a =1 1 - 0320 1 0 &s em = e & id i om a= &c an a l = 1& g en = & t im e= &t i t le = RT P - 1 135

arq u i v o

A gr e lh a d e pr o gr am aç ã o s em a na l d a RT P 2 bem c om o ed iç õ e s em do

pr o g r am a

c i t ad o

p od em

s er

c ons u lt a dos

em :

ht tp :/ / www. r t p .p t/ t v/r t p 2/ i nc lu d es / gu i a. p h p?s = 1 &t it l e =RT P - 2 136

s ít i o

RT P N ( 20 0 9) . No br e P ov o. Ex tra í do a 1 7 d e F e ver e ir o d e 2 0 10 d o da

RT P :

h tt p: // t v1 .rt p. pt / pro gr am as -

rtp / in d ex . p hp ? p_ i d =2 5 32 3 & e_ i d = &c _ i d = 7 &d if =t v & h or a =1 1: 3 0 &d i a = 1 3 - 0 3- 2 01 0

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

RTP Internacional: “Bom Dia Portugal Fim -de-semana” ao Sábado e Domingo, pelas oito da manhã; “A Alma e a Gente”, Sábado às 10h 30; “Destinos.Pt”, Domingo, pelas 19h. 137. Para além dos programas que compõe m as grelhas dos vários canais da RTP, têm sido variadas as reportagens noticiosas, transmitidas nos mais importantes espaços noticiosos da estação de televisão estatal lusa que se têm debruçado sobre o Património Mundial. A RTP desenvolve e comercializa t ambém documentários de vários géneros, sobretudo documentários históricos e de carácter sócio-cultural. Em 2010, esta estação encomendou à produtora Filma e Vê o documentário “Património Mundial”, realizado por Dário Simãozinho em exclusivo para o canal RT P 2 e que se econtra também dispnível no sítio on -line da RTP 2 bem como nos conteúdos Video on Demand , de uma das operadoras de televisão por cabo portuguesas, a Zon: “A série documental “Património Mundial” reúne 14 f ilmes, de 25

minutos

cada,

classif icados

pela

sobre

edi f ícios

UNESCO

e

como

paisagens Patr imónio

portugueses Mundial

da

Humanidade. Das vinhas da Ilha do Pico, nos Açores, ao Mosteiro da

Batalha,

passando,

claro,

pelos

Jerónimos

e

pelo

centro

histór ico de Guimar ães, esta sér ie cobr e parte do que de melhor existe

em

Portugal

paisagem natural”.

137

em

patr imónio

histórico

construído

e

em

138

A gr e l h a de pr o gr am aç ã o s em an a l d a RT P I nt er nac i on a l b em c om o

ed iç õ es

em

ar q u i v o

do

pr ogr am a

c i ta d o

p o dem

s er

c o ns u lt a dos

em :

ht tp :/ /t v 1. r t p. pt / E PG / t v /e p g - d i a. p hp ?c an a l = 5 & ac =d &s em =e & t it l e =R T P In ter n ac io n a l 138

RT P 2 ( 20 1 0) . P atr i mó n i o Mun d i a l. O q ue d e Me lh or Ex is t e em

P ort u ga l .

Ex tr a íd o

a

17

de

Fe v er e ir o

de

20 1 0

do

sítio

da

RT P :

ht tp :/ / www. r t p .p t/ pr ogr am as - r tp / in d ex . p hp ? p _ id = 2 63 0 7 &e _ id = &c _ i d =8 & d if = t v

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Para

além

portugueses,

a

da SIC

RTP, e

a

também TVI

têm

os

dois

canais

habitualmente

privados

transmitido

reportagens acerca do património português classificado

pela

UNESCO. Em

suma,

a

partir

do

momento

em

que

o

património

classificado se tornou parte de uma indústria que gera lucros consideráveis, sendo alvo de interesse por parte da opinião pública, esta matéria já não é “ florero”, já não se encontra confinado ao simples programa cultural fora de horas mas tem já honras de exposição mediática muitas vezes em pleno horário nobre.

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

III.2 O Património Mundial nas páginas institucionais, nas páginas pessoais e nos blogues Na conjuntura actual em que o Património Mu ndial, a sua classificação, o seu estudo, preservação e divulgação depende em muito da sua capacidade de gerar proveitos económicos para a indústria do turismo cultural, é essencial a promoção do património na maior plataforma de comunicação do momento, a Internet, estandarte maior das novas tecnologias da informação e da comunicação. Neste

capítulo

institucionais,

serão

apresentado

páginas pessoais e

de

exemplos

de

páginas

blogues portugueses e

espanhóis. César Carreras Monfort advoga que “en los últimos a ños, el mundo de las instituciones patrimoniales ha sufrido cambios destacados

tanto

en

su

dimensión

social

como

en

sus

prioridades” 139, apontando as novas tecnologias da informação e da comunicação como motor dessa transformações, impulsionadas sobretudo pela necessidade de avaliação e divulgação da oferta cultural e educativa: “Es a través de est a constante evaluación de la of erta educativa de las inst ituciones de la memor ia, de los lenguajes de comunicación y la elaboración de los contenidos como el centr o podrá satisf acer poco a poco las expectat ivas de su público potencial. A toda esta problem ática, ya de por si compleja, se han venido a añadir, en los últimos años, las t ecnolog ías de la inf ormación y comunicación (TIC).

139

Estas tecnolog ías permiten

incor p orar

nuevos

Car r er as Mo nf or t, C é s ar (2 00 8) C om un ic ac i ón y E d uc ac i ó n no F orm al

en l os Ce n tr os P a tr im on i a les a nt e e l Re to de l M u nd o Di g it a l. En S an t os M. , Ma t eos R us i l lo ( C o or d.) , L a Co m u nic ac i ón G lo b al de l Pa tr i mo n i o Cu l tur a l. G ij ón : E d ic io n es T r e a, p . 2 87 .

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

medios para la com unicación de los contenidos patrimoniales al público general y, por lo tanto, el análisis de sus aplicaciones y los resultados obtenidos

por

educadores ”

ellas

pueden

resultar

de

gran

ayuda

para

los

140

.

E as instituições que dir ectamente lidam com os bens classificados e que não têm necessariamente ânimo de lucro, como organismos estatais, organizações supra -nacionais ou institutos académicos sabem da importância da Internet como plataforma privilegiada para se darem a conhecer b em como divulgar as iniciativas a favor da defesa e divulgação do património universal. A provar esta afirmação estão as várias páginas e sítios dos mais variados órgãos ligados ao património que mantém, fortalecendo cada

vez

mais,

a

sua

presença

na

rede

g lobal

com

fins

filantrópicos, académicos e também político -económicos. E nestes sítios institucionais existe na grande maioria dos exemplos uma página exclusivamente dedicada à comunicação, isto é, para além do próprio sítio ser já em si construído para da r a conhecer a dinâmica da comunicação institucional da organização, inclui uma página dedicada ao contacto com os média, com neswsletters dedicados aos meios de comunicação social mas também ao investigador das questões da comunicação e ao cidadão

comum

que

deseja

estar

a

par

das

iniciativas

desenvolvidas por este ou aquele organismo. Em Portugal, uma das instituições a apostar na criação de uma página institucional para divulgar a informação relativa às actividades da organização e à restante comunicação institucional foi exactamente o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), organismo criado em 1992 e afecto ao Ministério da

140

C ar r er as Mo nf or t, C é s ar ( 2 00 8) O p. C it ., p . 2 8 8.

Ar t ur F il ip e do s San t os

13 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Cultura e que tutela os bens portugueses classificados pela UNESCO. O IPPAR, que alterou em 2006 a sua denominação para Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) detém um completo sítio na Internet onde é possível o internauta conhecer os bens portugueses reconhecidos com o galardão de Património Mundial e onde é apontado na página da mensagem

da

Direcção

deste

organismo

a

importância

da

comunicação com o público nos mais diversos aspectos: “ A página electrónica do IGESPAR constitui uma f erramenta importante para os que, de algum modo, se r elacionam com a temática do património arquitec tónico e arqueológico. As

exigências

da

sociedade

actual

obrigam

a

que

a

inf ormação útil seja disponibilizada com rigor, cada vez mais cómoda e r apidamente, acompanhando sempre a novidade e o aconteciment o. Foi nesse sent ido que se or ientou a concepção d esta página electrónica, com o objectivo de f ormar, inf ormar e f acilit ar serviços ao cidadão; o visitante desta página poderá aceder a inf ormação permanent emente actualizada relat iva ao património arquitectónico e arqueológico classif icado e em vias de cla ssif icação, no t erritório continental de Portugal. Destaca-se, entre muitos outros conteúdos, a possibilidade de consulta aos mapas georref erenciados de património, relat ivo a Concelhos e Centros Histór icos, em permanent e actualização, projecto que está em desenvolviment o com a colaboração dos Municípios portugueses e das Direcções Regionais de Cultura, como também a pesquisa geral de património, com recurso à base de dados do Sist ema de Inf ormação do IGESPAR. Como não poderia deixar de ser, a página electr ónica do IGESPAR

é

um

f uncionalidades procurando

projecto à

medida

tornar - se

Ar t ur F il ip e do s San t os

aberto, do

seu

gradualmente

que

irá

acolhendo

novas

desenvolviment o

interno,

mais

público.

útil

ao

13 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Consideramos assim f undamental, enquanto gesto de cidadania, o seu

uso

cr ítico

e

participat ivo.

Todos

devemos

melhorar

a

comunicação entre o público e o Ser viço Público que desejamos ser, com excelência ”

141

.

Este sítio apresenta informação relativa aos mais diversos aspectos do património, podendo mesmo fazer -se uma busca por todo os espólio dos monumentos portugueses, a sua história, as intervenções desenvolvidas pelo IGESPAR na conservação do património, no sentido da facilitar o acesso da informação a estudantes, investigadores, organismos autárquicos e também a profissionais do sect or bem como uma área também centrada exclusivamente para o cidadão: “ Com o object ivo de f acilitar a ut ilização dos ser viços pelo público, o IGESPAR procur a disponibilizar on - line o maior número de

f uncionalidades;

poderá

desde

aceder,

entre

out ras,

a

inf ormação respeitante às condições de utilização e cedência dos monumentos que se encontram sob gestão do Inst ituto, aos KIT’s de inventar iação do património (patr imónio arquit ectónico geral, habitação unif amiliar do século XX e património industrial), às bibliotecas

e

f ormulários ”

arquivos

do

Inst ituto

e

descarregar

diversos

142

Para além destas valências, o sítio do IGESPAR na Internet inclui uma página dedicada a notícias onde a comunicação social, instituições

e

público

em

geral

podem

ficar

a

conhecer

as

actividades actuais deste organismo. No exemplo de informação 141

IG E S P AR

Fe v ere ir o

( 2 00 9) .

de

Me ns ag e m

2 01 0

da

do

D ir ec ç ão . s ít i o

Ex tra íd o do

em

18

de

IG E S PA R:

ht tp :/ / www. i g es pa r . pt / pt /a b ou t/m ens a g em / 142

IG E S P A R ( 2 0 09) . Ár ea d o C id a dã o . Ex tr aí do em 18 d e F e ve re ir o d e

20 1 0 d o s ít i o do I G ES P AR : h tt p: // ww w. i ges p ar. pt / pt /ac c o un t/

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

que se segue, retirado da página de notícias deste sítio, encontra se a distinção que o programa “Encontros com o Património”, da TSF, citado anteriormente no capítulo III.1, mereceu da parte da Sociedade Portuguesa de Autores: “ Encontros com o Património” distinguido com o Pr émio Melhor Programa de Rádio 2009, pela Sociedade Portuguesa de Autores O programa de rádio “Encontros com o Património” um a parcer ia entre o IGESPAR, I.P. e a TSF f oi o v encedor do Prémio Autores 2009, na categoria Rádio – Melhor Programa, pr omovido pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). A distinção f oi recebida ontem dia 8 de Fevereiro pelo autor do Programa Manuel Vilas Boas na Gala do Prémio Autores SPA/RTP, que te ve lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa” 143.

Ainda

em

encontram-se câmaras

relação

exemplos

municipais

cujo

a

páginas

de

relevo

seu

institucionais sobretudo

centro

histórico

nos é

portuguesas, sítios

das

considerado

Património da Humanidade, como é o caso das cidades de Angra do Heroísmo (classificado em 1983), Évora (1986), o Porto (1996) e ainda a cidade de Guimarães (2001). Com sítio próprio ou com página agregada ao sítio da edilidade, encontra-se

a

informação bem

relativa

documentada,

ao à

património disposição

classificado de

demais

instituições, profissionais, público e comunicação social. Um dos melhores exemplos é o sítio da Câmara Municipal do Porto, mais concretamente do Turismo do Porto, instituição responsável pela dinamização turística d o Porto, no âmbito da edilidade portuense e que inclui uma página exclusivamente dedicada a todo o tipo de

143

IG E SP A R ( 20 0 9) . N o tíc i a s . Ex t ra íd o em 19 d e F e v er ei ro d e 2 0 10 d o

s ít i o do I G E S P A R: h tt p: // ww w. i ges p ar. p t/ pt / ne ws /

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

informações

relacionadas

com

os

bens

classificados

pela

UNESCO: “ As características singulares do centro histórico do Porto fizeram

com

que

a

UNESCO

o

classificasse

de "Património

Cultural da Humanidade" , em Dezembro de 1996. Para conhecer as etapas da classificação, a área classificada e protegida e descobrir a relação do património mundial e artístico ” 144.

Esta página apresenta em pormenor todos os co ntornos da candidatura

que

levou

o

centro

histórico

do

Porto

a

ser

considerado Património Mundial, a área classificada, bem como a área de protecção e ainda os esforços que têm sido desenvolvidos pela Sociedade de Reabilitação Urbana da Câmara Municipal do Porto

e

organismos

público

e

privados,

com

informações

actualizadas dedicadas aos munícipes, ao público mas também com notas de imprensa com vista À divulgação das iniciativas que a

Câmara

Municipal

desenvolve

a

partir

dos

monumentos

classificados. Também o sítio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo apresenta uma página exclusivamente dedicado à classificação do seu

centro

histórico,

com

informações

relacionadas

com

a

classificação no âmbito da UNESCO, a legislação em vigor que regimentam toda e qualqu er intervenção na área classificada, agenda de iniciativas relacionadas com os bens classificados e ainda com links directos para o Centro do Património Mundial, para o sítio do ICOMOS, para o IGESPAR e ainda para o sítio da OVPM (Organization

144

des

Villes

du

Patrimoine

Mondial”,

organismo

T ur is m o do Por t o ( 20 0 9). Pa tr im ó n io Mu nd i a l. Ex tr aí d o em 20 de

Fe v ere ir o

de

20 1 0

do

T ur is m o

do

P ort o,

C âm ara

M un ic i pa l

do

P ort o:

ht tp :/ / www. p or to t ur is m o. pt / in d ex . p hp ?m =2

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

internacional que milita também na esfera da UNESCO e que congrega todas as cidades do mundo cujo seu centro histórico tenha sido considerado património universal. O sítio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e, em particular, a página relacionada com o património classificado dá também especial enfoque às novas plataformas de comunicação como o Twitter, o facebook e ainda o MySpace, numa clara aposta na Internet como veículo difusor da informação. A página dedicada ao Património Mundial no sítio da Câmara Municipal de Guimarães também apresenta muita informação, sobretudo com vista ao público e numa perspectiva turística, com uma clara aposta também nas redes sociais como o facebook e o Twitter,

sendo

estas

últimas

plat aformas

constantemente

actualizadas com notícias relativas ao património classificado. Também Espanha apresenta exemplos de sites on -line da responsabilidade das edilidades cujo “casco histórico” se encontra classificado pela UNESCO. O sítio web do Ayuntamiento de Santiago de Compostela apresenta

uma

página

exclusiva

ao

Património

Mundial,

apresentando uma descrição cronológica de todos os factos, episódios e acontecimentos que levaram a que o centro histórico da “cidade do apóstolo” fosse primeiro conside rado conjunto histórico de interesse nacional, em 1941 e finalmente a ser coroado com o título de Património da Humanidade 145, sendo esta opção uma inovação em relação a outras páginas investigadas. De

referir que

também

o caminho

antigo

de

Santiago,

chamado de Caminho Primitivo ou Caminho Francês foi também

145

A yu n t am ie nt o d e Sa n ti a go de Com pos t e la ( 20 0 5). P atr im ón i o M u n d ia l :

ht tp :/ / www. s an t ia g od e c om pos t e l a. org /t ur is m o/ i nt er io r. ph p ?tx t =t _ pa trim o ni o & l g =c as

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

agraciado com o título de Património Mundial, em 1993, percurso que atravessa várias cidades espanholas. No que à classificação do centro histórico da cidade de Salamanca, datada de 1988, existem dois rel evantes sítios on-line, testemunhando salmantinas

desta

em

forma

divulgar

de

o

vivo forma

esforço

das

exemplar

o

autoridades património

classificado desta cidade da província de Castela e Leão. O mais completo sítio acerca do Património Mundial “Charro” é o portal de Turismo de Salamanca 146, da responsabilidade do Ayuntamiento de Salamanca, em que apresenta um registo detalhado sobre o património desta cidade mas que apesar da vasta informação não contém neste sítio uma página dedicada ao Património Mundial e m exclusivo, tendo apenas nas demais páginas referências ao título outorgado pela UNESCO. Tal facto acontece porque um dos sítios desenvolvidos pelas autoridades de Salamanca foi desenvolvido em

especial

para

divulgar

especificamente

o

património

classificado. Este portal, intitulado “Salamanca, Património Local Património Mundial”, aborda o património classificados nos mais variados aspectos culturais e históricos, com uma lista detalhada do património protegido, contendo mesmo uma página onde se pode encontrar o dossier de avaliação do ICOMOS, aquando da apresentação da candidatura: “ El Consejo Int ernacional de Monumentos y Sit ios (ICO MOS) , como Organismo asesor de la UNESCO para la inscripción de monumentos y sitios en la List a del Patr imonio Mundial, re alizó la evaluación técnica de la Ciudad Ant igua de Salamanca.

146

A yu n tam i en to

de

S al am anc a

( 20 0 6).

T uris m o

de

S a lam a nc a :

ht tp :/ / www. s al am anc a. es

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Toda la documentación original sobre Salamanca, enviada por España a la UNESCO, se encuentra disponible en el Centro de Documentación del I CO MOS, en Paris .” 147

Também as autoridades de Córdoba, cidade cujo centro histórico foi classificado pela UNESCO em 1984, vislumbraram na Internet

uma

oportunidade

para

divulgar

o

seu

património

universal. Assim, o sítio on-line do Ayuntamiento de Córdoba 148 explora

as

várias

vertentes

do

património

numa

perspec tiva

cultural e turística, incluindo uma página exclusivamente dedicada ao Património da Humanidade, onde podem ser encontradas notícias relativas à promoção da marca do património classificado, abordando ainda alguns processos que estiveram na base da classificação. Outros exemplos dignos de relevo na aposta das autoridades locais na internet são os casos de Ávila 149, cujo espólio do seu centro histórico foi classificado em 1985, (apresentando esta cidade um projecto de divulgação

do património classificado

dedicado ao público mais jovem, intitulado Patrimonitos de Ávila , utilizando a plataforma Facebook, numa iniciativa reconhecida internacionalmente pela UNESCO) e Toledo (1986) 150.

147

Sa l am anc a

P atr i m ón i o

(2 0 10) .

S a la m anc a

P a tr im o n io

M un d i al

Ev al u ac ió n d e l ICO M O S , 19 8 8 . Ex tr aí d o e m 10 de Ma i o d e 20 10 d o s i t io S al am anc a P a tr im ó ni o : ht tp :/ / www. s al am anc ap a trim o ni o .c om /ic om os . htm 148

A yu nt am ie n to de C ór d o b a (2 01 0) . T uris m o y Pa tr im on io Mu nd i a l:

ht tp :/ / www. a yu n c or d o b a. es / t ur is m o - y- pa tr im on io - d e- la- h um an id a d. h tm l 149

20 1 0

A yu n t am ie nt o d e Á v i l a ( 20 0 9). Pa tr im on io . Ex t ra íd o em 10 d e M a i o de do

s i ti o

do

A yu nt am ie nt o

de

Cór d ob a:

ht tp :/ / www. a v i l a. es /o p enc m s /o p enc m s / AV I L/ pa g i nas / ME NU /O RG A/ M AU P H/ P A T R/P AT R. h tm l 150

A yu n t am ie nt o d e T o l ed o, Pa tr on a to M u n i c i pa l d e T ur is m o ( 20 08) .

Ci u da d P atr im o n i o. E x tr a íd o em 10 d e M a io d e 20 1 0 d o A yn t am ie nt o de

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

No que diz respeito aos sítios institucionais, são várias as organizações espa nholas de carácter nacional que promovem o património espanhol na internet. O sítio do Ministério da Cultura Espanhola tem uma página dedicada exclusivamente ao Património Mundial deste país: “Son

Patrimonio

Mundial

los

lugares

de

valor

universal

excepcio nal para la humanidad que, com o tales, han sido inscritos en la Lista del Patr imonio Mundial de la UNESCO con el fin de garantizar su protección y conser vación para las gener aciones f uturas. Patrimonio

Mundial -UNESCO:

Los

contenidos

de

estas

páginas inf orm an sobre Patr imonio Mundial: qué es, cuál es el proceso de inscr ipción de bienes en la Lista del Patr imonio Mundial, qué organismos inter vienen en su gestión y cómo se garantiza su conser vación. Patrimonio Mundial en España: Bienes españoles declarados Patrimonio Mundial: cuáles son, pr óxim as candidaturas y acciones de conser vación y pr otección sobre estos bienes .” 151

Em Espanha existe mesmo uma organização que congrega todas

as

cidades

cujo

centro

histórico

é

classificado

como

Património da Humanidade, são elas as cidades de: “ Alcalá de Henares, Ávila, Cáceres, Córdoba, Cuenca, Ibiza / Eivissa, Mér ida, Salamanca, San Crist obál de La Laguna, Santiago de Compostela, Seg ovia, Tarragona, Toledo ”

T ole d o:

152

h tt p: // ww w. t o le d o - t ur is m o.c om /t ur i s m o/c on te n i do /m as - t ol ed o /t o le d o -

h is t or ia /c iu d ad - p atr im on i o. as px 151

M i n is t ér io d a C u lt ur a do G o ver n o d e Es pa n ha ( 20 1 0). Pa tr im ón i o

His t óric o , P atr i m ón i o Mu n d ia l . Ex tra í do em 21 d e Abr i l d e 2 0 10 do s í ti o d o M in is tér i o

da

Cu l t ur a

do

G o v er no

de

Es pa n ha :

ht tp :/ / www.m c u .es / pa t r im on i o/ C E/ P atr M un d i a l/ In tro d uc c io n .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Esta instituição, que goza de um estatuto internacional de elevado prestígio, contando mesmo com o apoio institucional da UNESCO,

detém

um

espaço

muito

completo

na

internet,

apresentando, à semelhança do sítio do Ministério da Cultura de Espanha,

informações

relacionadas

com

os

estatutos

de

candidatura à classificação pela UNESCO, cartas internacionais de cooperação,

informação

à

imprensa,

documentos

para

investigadores e académicos, informação dedicada aos agentes turísticos e público em geral, com o objectivo de divulgar em larga escala o rico património classificado: “La promoción, que tan importante es para lograr el objetivo de la r entabilización que se propone desde la UNESCO, constituye un gran logro de la Asociación, que ha econom izado esf uerzos y presupuesto a través del trabajo conjunto, al margen de la labor que, de manera, individual, se realiza desde cada uno de los ayuntam ientos.

Desde

el

primer

m omento

se

ha

visto

las

posibilidades que se obtenían of reciendo a los potenciales turistas, no una competencia, sino un complemento a la of erta del t urismo de Sol y Playa, pr oponiendo esta otra alternat iva del T urismo Cultural y de Calidad histór ica y art íst ica de nuestras ciudades ”

Denominador

comum

a

todos

os

sítios

153

.

institucionais

apresentados é o facto de estes apresentarem uma ligação para o

152

Ci u da d es

P a tr im oni o

de

la

Hum an i d ad

de

Es pa ñ a

(2 0 10) .

Las

Ci u da d es . Ex tr a íd o e m 12 de Ma i o d e 2 01 0 do s ít i o d o G ru po C iu d ad es P atr im on i o

de

la

Hu m ani da d

de

Es p añ a:

ht tp :/ / www. c iu d ad es pa tr im o ni o .or g /d ef a u lt .as px 153

C iu i d ad es

P a tr im o n i o

de

la

H um an i da d

de

Es pa ñ a

( 2 01 0) .

La

O rg an i za c ió n . Ex tr a íd o em 12 de M a i o de 20 1 0 d o s í t i o do G r u po C i u da d es P atr im on i o

de

la

Hu m ani da d

de

Es p añ a:

ht tp :/ / www. c iu d ad es pa tr im o ni o .or g /D es k to pD ef a ul t. as px ? t ab ID = 8 42 1

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

sítio do Centro d o Matrimónio Mundial (W orld Heritage Center), com a grande maioria dos sítios a contarem também com uma ligação

para

o

sítio

do

ICOMOS

(International

Counsil

on

Monuments and Sites). O primeiro sítio é, como não podia deixar de ser, o mais completo, bem co mo o mais complexo espaço on -line dedicado ao Património da Humanidade, já que é o Centro do Património Mundial, sedeado em Paris, a organização responsável, no âmbito da UNESCO, pelo estudo, preservação e divulgação do património universal: “Heritage is our legacy f rom the past, what we live wit h today, and what we pass on to f uture generations. Our cultur al and natural heritage are both irreplaceable sources of lif e and inspiration. Places as unique and diverse as the wilds of

East

Af rica’s

Serengeti, th e Pyr amids of Egypt, t he Great Barr ier Reef in Australia and t he Baroque cathedrals of Latin Amer ica make up our world’s her itage. W hat makes the concept of W orld Heritage except ional is its universal applicat ion. W orld Heritage sites belong to all the peo ples of the wor ld, irrespective of the territor y on which they are located. The

United

Nat ions

Educational,

Scientif ic

and

Cultural

Organization (UNESCO) seeks to encourage the ident ificat ion, protection and preservat ion of cultural and nat ural her itage ar ound the world considered to be of outstanding value to humanit y. This is embodied

in

an

concerning

the

inter national

Pr otection

of

the

treaty W orld

Herit age, adopted by UNESCO in 1972”

154

Ma i o

called

the Convent ion

Cultural

and

Natural

154

.

W or ld H er it a g e C e nt r e ( 1 99 2). W orl d He r it a ge . Ex tra í do em 1 7 de de

2 0 10

do

s í ti o

do

C e ntr o

do

Pa tr im ón i o

Mu n di a l :

ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ab o ut /

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

No sítio do Centro do Pa trimónio Mundial podemos encontrar todas as informações relacionadas com a lista do património classificado, a lista do património em risco, informações sobre futuras

candidaturas

e

classificações,

documentos

sobre

a

Convenção do Património Mundial, assina da pelos 148 países com assento neste organismo da UNESCO, informações sobre as decisões das assembleias realizadas pelo Comité do Património Mundial.

Inclui

ainda

uma

ampla

página

com

informações

destinadas aos meios de comunicação social, com comunicados de imprensa e notícias relacionadas com as iniciativas desenvolvidas pelo

Centro

do

Património

Mundial,

sendo

publicadas

periodicamente neswsletters e comunicados relacionados, entre outros, com o estado de preservação do património classificado: “ Messag e

f rom

Francesco

Bandar in,

UNESCO

Assist ant -

Director f or Culture, on f loods af f ecting European W orld Heritage sites. The news of massive f looding across Eastern Europe, and the threat that this poses to W orld Heritage sites in Poland has caused great concern to the W orld Her itage com munit y. W e deeply deplore the loss of lives in t his natur al disaster. The f loods are the worst to occur in Poland since 1997, when 55 people died and nearly 50,000 homes were f looded. In 2002, a number of W orld Her itage sites were f looded in Austria, the Czech Republic and Hungary. In particular the W orld Her itage properties of the Historic Centre of W arsaw and Cr acow' s Histor ic Centre have been r eported to be threatened this week, in addit ion to a number of other sites included on the W orld Her itage List and on national Tentat ive Lists of countries in this region ” 155

155

W or ld H er it a ge C e nt r e (2 0 10) . Mes s ag e f ro m Fra nc es c o Ba n d ar in ,

UN E SC O As s is ta nt - D i r ec t or f or C u lt ur e, on fl oo ds a ff ec ti n g E ur o pe a n W orl d Her i ta g e s it es . Ex t r a í do em 1 7 d e M ai o de 2 0 1 0 do s í t io d o C en tr o do P atr im ón i o M un d i al : h t tp :/ / whc . u nes c o .or g /e n /n e ws / 61 0

Ar t ur F il ip e do s San t os

14 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Este

sítio

disponibiliza

também

obras

de

investigação,

revistas e ainda um vasto leque de informação para académicos, investigadores, bem como para agentes culturais e turísticos, não olvidando a divulgação sempre necessária para a generalidade do público. Assim, para se ter uma ideia concreta sobre as actividades em prole da defesa do património universal da Humanidade urge conhecer este sítio, já que é um espaço de divulgação que o Centro de Património Mundial, sob a égide da UNESCO, tem continuamente vindo a apostar, tal é o manancial de informação que é disponibilizada, assim como a periodicidade da actualização da informação. No que diz respeito ao sítio do ICOMOS , organização que orbita sob a esfera da UNESCO e responsável pela aprovação da atribuição do título de Património Mundial aos espólios candidatos, este é um espaço mais específico, com informação mais técnica e vocacionada sobretudo para instituições que se dedicam ao estudo e preservação de monumentos e sítios históricos, não deixando, contudo, de conter, comunicados de imprensa relevantes e que visam sensibilizar a sociedade para o trabalho desempenhado por este organismo: “Blue Shield actions f or saf eg uarding heritage in Haiti The Blue Shield reasserts its solidar it y wit h the Haitian author ities and populat ion as well as all National and International Organisations working to help t he injured and homeless and rebuild sustainable inf rastructures vital f o r the Hait ian people’s sur vival. Culture being a core component of Hait i’s social f abric, protecting and rescuing the countr y's heritage is essent ial f or its recover y.

In

t his

Ar t ur F il ip e do s San t os

perspective,

the

Blue

Shield,

thr ough

its

15 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

constit uent organisations and its Nat i onal Committees around the world, has been t aking unprecedented action since 12 Januar y 2010 in order t o assist the Hait ian authorit ies, cultur al associations and stakeholders as well as the Haitian population in their effort to def end and r estore

Haitian

BlueShield

organisation’s

member

her itage.

Haiti can count

expertise

and

on the

suppor t

with

regard to archives, audiovisual docum ents, librar ies, monuments and museums ” 156.

Para além destas duas organizações existe também um organismo internacional que con grega a grande maioria das cidades cujo centro histórico se encontra classificado pela UNESCO, intitulada Organização das Cidades do Património Mundial, que congrega cerca de 112 cidades -membro, nas quais se destacam as cidades portuguesas e espanholas cuj o “casco histórico” se encontra classificado. Este sitio apresenta textos, documentos e notícias sobre os mais importantes aspectos que envolvem as cidades classificadas, de forma a aprofundar e divulgar as iniciativas que visam preservar e promover o espó lio histórico das cidades, informação essa apresentada na perspectiva dos profissionais, dos poderes nacionais autárquicos, fazendo sempre a ponte com o Centro do Património Mundial da UNESCO: “El programa Alcaldes@Patrimonio nos da la oportunidad de saber más sobre la gestión polít ica de una ciudad por medio de entrevistas con los alcaldes de las ciudades miembros de la Organización 156

ICO MO S

de

las

( 2 0 10) .

Ciudades

Pr es s

del

R el e as e

Patrimonio –

B lu e

Mundial.

Sh i e l d

Estas

Ac ti o ns

for

S af eg u ar di n g Her i ta g e i n H a it i . Ex tr a íd o em 1 9 d e M a io d e 20 1 0 do s í ti o d o ICO MO S: ht tp :/ / www. i n t er n a ti o n a l. ic om os .or g/ ris k / 20 1 0/ h ai t i/ 1 00 3 22 _ B lu e _ S h ie l d_ Pr es s _re l e as e . pdf

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 1


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entrevistas perm iten saber un poco más sobre la carrera política de cada alcalde y la f unción que éstos últ imos desempeñan dentro de la

protección

del

patrimonio.

general sobre su ciudad ”

Adem ás,

contienen

inf ormación

157

.

Mas não é apenas nas páginas institucionais de carácter local,

nacional

ou

mesmo

internacional

que

se

encontram

informações sobre o Património Mundial dos centros históricos das cidades. Existem centenas de páginas pessoais com muita e variada

informação

sobre

esta

temática

em

concreto,

no

esquecendo ainda o universo dos blogues. A

seguinte

página

pessoal

é

um

dos

vá rios

exemplos

encontrados: “ Fort if icações de Elvas a Patr imónio Mundial Por ser de interesse para os meus leitores, alguns dos quais são da cidade de Elvas, aqui vos deixo a not ícia da redacção do prestigiado periódico “Linhas de Elvas”. O

município

candidat ura

raian o das

de Elvas já

entregou

f ortif icações

o

dossier

de

militares

da cidade a Patr imónio Mundial à Com issão Nacional da UNESCO , revelou a ver eadora da autarquia Elsa Gr ilo. “Estamos a aguardar os desenvolvimentos do processo. A partir de agora, a candidatura vai para as instâncias internacionais que terão de se pronunciar e, eventualmente, pedir elementos

157

O r ga n i za c i ó n d e l as Ci u da d es d e l P at rim o n i o M un d i al ( 2 01 0). A lc a ld es

& P atr i mo n i o. Ex tr a íd o a 1 9 d e M ai o d e 2 01 0 do s ít i o da O rg a n i zaç ã o d as Ci d ad es

do

Pa tr i m óni o

Mu n d ia l :

ht tp :/ / www. o v pm .or g/ i nd ex .p h p?m od u l e =p a g e s e tt er &f u nc = v ie wp u b &t i d = 1 &p i d = 40 5 &m m =1 1 10

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 2


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complementares como já aconteceu em processos semelhantes”, ref eriu a autarca” 158.

Outra página pessoal mostra um cibernauta empenhado em dar a conhecer os objectivos e a finalidade da classificação da UNESCO, apresentando exemplos de espólios já outorgados com o título de Património Mundial: “ Patr imónio Mundial da Humanidade (I) Aproximar as múltiplas f acetas de um mundo complexo; contactar com u m património comum da humanidade; conhecer novas

culturas;

aprender

de

f orma

lúdica;

são

algumas

das

vertentes que as viagens nos podem proporcionar. Desde 1978, visando a protecção do que a humanidade tem de mais precioso, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para

a

Educação,

Ciência

e

Cultura)

classif icou

como

“humanidade, pelo seu excepcional valor, cerca de 790 locais dif erentes em 134 países – nas vertentes de ponto de int eresse natural

(paisagens

154),

de

ponto

de

interesse

cultural

(monumentos – 611) ou mistos (23) –, dos quais 13 em Portugal. A tomada de consciência da existência de um património mundial a preser var remonta ao f inal dos anos 50 quando, na sequência da construção da barragem de Assuão (Egipto), se tornou necessár io deslocar os templos núbios de Abu Simbel par a os salvar das águas do Nilo, um pr ojecto de 40 milhões de dólares .” 159. 158

Ca p it ã o Pa r d a l, J os é ( 20 1 0). For t if ic aç ã o de E lv as a Pa tr i m ón i o

Mu n d ia l .

Ex tr aí d o

a

12

de

Abr i l ,

20 10

de

ht tp :/ / www. j os e pa r d a l. c om /20 1 0/ 0 4/ 07 /f or tif i c ac o es - d e- e l v as - a- p a t rim on i o m und ia l / 159

V ic en t e, L eo n e l ( 2 00 5) . P atr i mó n i o Mu nd i a l da H u ma n i da d e ( I) .

Ex t ra íd o

a

16

de

Abr i l,

20 1 0

de

ht tp :/ /m em or ia v ir tu a l. n et /2 0 05 / 06 /s oc i e da d e/ pa tr im on io - m und i a l- d a hum an i d ad e - i/

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 3


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Um outro exemplo mostra a página pessoal de uma estudante de Tecnologias da Comunicação da Universidade do Minho: “Guimarães: Património Cultural da Humanidade Guimarães é uma cidade portuguesa localizada na região Norte, com uma população de 52 182 habitantes, repartidos por uma área de 23,5 km² em 20 f reguesias, com uma densidade populacional de 2 223,9 hab \km². É sede de um município com 242,85 km² de área e 159 576 habitantes (2001), subdividido em 69 f reguesias, sendo q ue a maioria da população vive na cidade e na sua zona per if érica. Uma das f ormas possíveis de abordar a cidade de Guimar ães é através da object iva do art ista, elegendo a f otograf ia - meio de expressão art íst ica - como guia, no percurso e na leitur a dos espaços citadinos, carreg ados de memória e abertos ao f uturo. Ao escolher esta via, o observador de imagens, deverá ter plena consciência de que está a ser conduzido por um itinerário escolhido pelo artista, que se baseou naturalmente em opções estéticas e em critérios subjectivos, o que, dito de outro modo, signif ica que a objectiva é ela pr ópria subjectiva. Longe

de

ser

redutora,

a

visão

f otográf ica

da

cidade

evidencia e esconde sim ult aneamente, aspectos multif acetados da realidade complexa que é a urbe: mostra -nos a cidade como espaço onde se cruzam diversos percur sos; a cidade estratif icada, resultante da sobreposição de vár ias cidades ao longo dos séculos; a cidade como ent idade v iva que concentra os prazeres, os da f esta e os das conver sas, na rua, nas esplanadas, nos bares. É vulgar dizer -se que as pedras, os objectos, f alam. Ef ectivamente, a cidade cont ém, como as linhas da m ão, o seu passado escrito nas pedras das mur alhas, n as esquinas das r uas, nos balaústres das varandas, nas grades das janelas, nas casas rotuladas ou alpendradas. Deste modo, podemos constatar que palavras juntas com as seguintes imagens completam a verdadeira essência da cidade de Guimarães, onde t udo br ilha durante o dia e à noite, a luz Ar t ur F il ip e do s San t os

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amarelada dos candeeiros beija as pedras da Cidade de Berço, onde nasceu Portug al.

"Guimarães Cidade de Berço Património Mundial É a terra das Conquistas Onde nasceu Portugal ” 160.

O próximo exemplo de uma página pessoa l encontra -se relacionado com o centro histórico classificado da cidade de Évora e apresenta vários e cuidados conteúdos acerca do património classificado, com links para itinerários históricos, mapas de informação geográfica, para instituições que tutelam o património como a edilidade local, não faltando também uma ligação para o sítio on -line do Centro do Património Mundial da UNESCO 161.

Pela importância histórica e económico e sobretudo pelo carácter regionalista das suas gentes, são muitas as páginas pessoais que abordam a cidade do Porto e o seu património classificado, desde 1986, pela UNESCO. Um dos fotógrafos amadores mais importantes da cidade do Porto, António

Amen, criou uma vasta página pessoal, na qual,

para além de expor o seu vasto espólio f otográfico acerca desta cidade

portuguesa,

classificação 160

Cu l tur a l

da

S ous a

incluiu

UNESCO,

T e ix ei r a ,

da

P atr íc ia

Hu m a n id a de .

uma

página

apresentando P er e ira

Ex tr aí d o

apenas

dedicada

à

textos

credíveis

e

(2 0 0 8).

a

5

G u i ma rã es

de

J u n ho ,

P atr i mó n i o 20 1 0

de

ht tp :/ / www2 . i lc h. um in h o. pt / por ta l d ea l u nos /es tu d os / ep / ah /tc h/ p 1/ a n a% 20 p atr ic i a/ i nd ex .h tm l 161

Ex t ra íd o

Nu n es F er r ei r a , Lu i s a Ma n ue l a ( 20 0 5). Év ora . P atr i mó n i o Mu nd i a l . a

6

de

J u nh o

de

2 01 0

de

ht tp :/ / www. a n g elf ir e.c om /am ig a2 / lu is af err e ir a

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 5


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completos acerca da classificação, bem como um conjunto de fotografias a ilustrar o património outorgado: “A 5 de Dezembro de 1996 em reunião da UNESCO, realizada na Cidade do México, o Centro Histórico da Cidade do Porto, foi classificado como Património Mundial, abrindo á Cidade Invicta novas perspectivas, integrando -a na rota dos grandes valores da Humanidade. O processo de candidatura demorou quatro anos, mas foi levado a bom termo após difíceis lutas para fazer prevalecer os argumentos da sua mais que justa pretensão. No final, o Comité da UNESCO entendeu bem essas razões, ao justificar a inclusão do Centro Históric o do Porto no Património Mundial com estas judiciosas palavras:

« Tanto como cidade como realização humana, o Centr o Hist órico do Porto constit ui uma obra - prima do génio cr iativo do homem. Interesses militares, comerciais, agrícolas e demog ráf icos convergiram neste local para abrigar uma população capaz de edif icar a cidade. O result ado é uma obra de arte altamente estética e única no seu género. Trata -se de um trabalho colect ivo, que

não

resulta

de

uma

obra

de

um

per íodo,

mas

de

contribuições sucessiv as.» O

Porto

Património

Mundial

estende -se

por

Quatro

f reguesias da Cidade. São elas as f reguesias da Sé, de Miragaia, de S. Nicolau e da Vitória. Apresentaremos as f otos respectivas de cada f reguesia em álbuns separados, cujas f otos contém o mais possí vel o nome da f reguesia e o local q ue ref erem ” 162.

162

Am en, An t ón i o ( 2 0 0 7) . Po rt o P at ri m ó ni o Mu n d ia l . Ex tra í do a 2 0 d e

J un h o, 2 0 10 de : ht t p: // am en. n o.s a po .p t/ P or to %2 0 Pa tr im on io % 20 M u nd i a l. htm

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 6


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No

que

concerne

a

exemplos

de

páginas

pessoais

espanholas são muitos, variados, a maior parte de boa qualidade, outros nem por isso, e muitos já inactivos ou sem actualização. O primeiro exemplo refere -se a Ávila, com o título da página a

referir

essa

Humanidad” 163

mesma e

é

um

nomenclatura sítio

que

“Avila

Patrimonio

apresenta

de

sobretudo

la

links

relacionados com o património classificado, com ligações para museus, arqueosítios, álbuns de fotogafias antigas de Ávila e naturalmente para os sítios institucionais que regem o património. Um

excelente

exemplo,

também

relacionada

com

o

património classificado de Ávila é a página de um grupo de alunos do 2º Ano de IES Universidad Laboral de Toledo que apresenta um sítio

muito

com

capítulos

sobre

fontes

históricas,

lendas

relacionadas com Ávila, património, rotas históricas, bem como outros aspectos relacionados com a classificação da UNESCO do centro histórico desta cidade, com objectivos muito concretos: “ Hola! Somos un grupo de alumnos de 2º ESO del I ES Universidad

Labor al

de

Toledo.

Estamos

part icipando

en

el

proyecto Jóvenes por el Patrimonio y est e año la ciudad patr imonio es Ávila. En esta web recogeremos t oda la inf ormación, imágenes, vídeos y juegos elaborad os por nosotros. ¡Esperemos que te guste! Nuestro

” Proyect o

Tuenti:

Mem oria

histór ica

de

Ávila

mediante Inter net, las TIC, y las redes sociales”, parte de la base de que para la mejor dif usión de la memoria hist órica de una ciudad, en nuestro caso de Ávila , se puede hacer desde el conocimiento del mismo y extendiendo dicho conocimiento e interés al mayor número de personas. Por este motivo hemos elegido una red social como f orma de interactuar, partiendo de la base de que aunque las redes sociales son cr iti cadas continuament e por las

163

Ve n ues a , M en es es ( s /d) . Av i l a P a tri m o ni o de l a Hum a ni d ad . Ex t raí d o

a 1 8 de J un h o, 2 0 10 d e ht t p:/ / ww w. terr a .es / pers o n al /j m h0 00 0 5/ i nd ex . htm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 7


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f unciones perniciosas de algunos usuarios, creemos que también pueden ut ilizarse con una f inalidad cultural y educativa y nos permite día a día act ualizar nuestro pr oyecto ” 164

O universo dos blogues, plataforma surgida em 1997, e stá também atenta à temática do Património Mundial desde a primeira hora até aos dias de hoje. São muitos os exemplos de blogues que abordam, de uma forma directa ou indirecta este assunto, a tal ponto que ao elaborar uma simples pesquisa nos motores de bu sca Google ou mais especificamente num dos motores especializados na pesquisa de blogues, o Technorati, utilizando “Tags”, isto é, expressões de pesquisa

como

“Património

Mundial”

ou

“Património

da

Humanidade” verifica -se que só no Google (escolhendo a opç ão avançada de pesquisa por blogues) encontram -se 810 referências a

blogues

que

apresentam

a

“tag”

“Património

Mundial”,

encontrando-se desta forma blogues utilizando a língua portuguesa (sendo

estes

maioritariamente

brasileiros)

e

outros

a

língua

castelhana (desta feita com maior predominância encontram -se os blogues espanhóis). Utilizando a “tag” “Património da Humanidade” então encontramos, utilizando novamente a pesquisa de blogues do Google, cerca de 870 referências de blogues na língua de Camões.

Mas

se

traduzirmos

esta

última

expressão

para

castelhano, para “Patrimonio de la Humanidad” encontramos cerca de 780 referências de blogues escritos na língua de Cervantes. Utilizando o motor de busca Technorati os valores que nos surgem

são

bastante

semelhant es

dada

a

cada

vez

maior

convergência entre estas duas plataformas de pesquisa.

164

Á v il a P atr im on i o d e l a H um an di d ad ( 2 01 0) . Ex tr aí d o a 2 0 d e J u nh o ,

20 1 0, d e h tt p: // ww w. a v i la p atr im on i o de l ah um an i d ad .c om

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 8


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Dado um tão vasto número de blogues que apresentam “posts”

sobre

esta

temática,

vejamos

alguns

exemplos

em

português e em castelhano. Um

dos

bons

exemplos

é

o

blogue

“Macau

Ant igo”,

desenvolvido por João Botas, e que aborda a história e o património desta antiga colónia portuguesa, cujo centro histórico foi inscrito em 2005 na Lista do Património Mundial: “ Sinalét ica do Património Mundial São 32 as novas placas sinalét icas qu e serão erguidas por toda a cidade para acompanhar os edif ícios assinalados como património

da

Humanidade

em

Macau.

Par a

não

of uscar

os

símbolos da UNESCO estas marcas f oram concebidas com formas minimalistas complementando a sua envolvência e integrando -se em

consonância

com

os

locais

mais

visitados

Elaboradas pelo Instituto Cultural de Macau, estudo

iniciado

três

anos,

macaense Car los Marreiros ”

esteve

a

do

ter ritório.

a concepção, num

cargo

do

arquitecto

165

.

Também em português, mas neste caso do Bra sil, o exemplo que se segue de blogue apresenta, entre outros, um “post” onde a autora enumera e apresenta todos os bens culturais brasileiros classificados pela UNESCO: “ Patr imônio Mundial Cultural no Brasil Em 1972, a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura ( Unesco) criou a Convenção do Patr imônio Mundial. O objetivo f oi incent ivar a preser vação de bens culturais e naturais considerados signif icativos para a humanidade. 165

de

Bo tas , J o ão ( 20 1 0) . S in a l ét ic a d o P atr i m ó n io Mu n di a l . Ex t ra íd o a 15 J u lh o

de

20 10

do

bl o gu e

M ac au

A nt i go :

ht tp :/ /m ac a ua nt i g o. b lo gs p o t.c om /20 1 0/ 0 7/s i n a le t ic a - d o- p a tr im on io m und ia l .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

15 9


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São patrimônios culturais obras arquitet ônicas, de escultura ou de p intura monumentais de caráter arqueológico, constr uções cuja caracter ística arquitetônica tem valor universal excepcional do ponto de vista da história, da arte ou da ciência e obras isoladas ou conjugadas do homem e da natureza, com valor excepcional do ponto de vista hist órico, estét ico, etnológico ou antropológico ” 166.

Outro exemplo, em língua portuguesa, é o blogue pessoal do Ministro da Cultura do Brasil Juca Ferreira: “ 34ª Sessão do Comitê do Patr imônio Mundial da UNESCO em Brasília De 25 de julho a 3 de agosto, Brasília, no ano de seu cinquent enár io, sediará a 34ª Sessão do Comit ê do Patr imônio Mundial, encontro anual promovido pelo Centro do Pat rimônio Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). É a segun da vez que a capital brasileira recebe a Sessão. A pr imeir a foi em 1988, um ano após o seu reconheciment o como Patrimônio Mundial. A 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Cultural Mundial ser á uma reunião de 12 dias, ocasião em que mais de 180 delegações dos países participantes vão discut ir sobre as novas candidaturas de inscrição na Lista do Patr imônio Mundial, além de analisar o estado de conser vação e de r isco daqueles que já são declarados Patrimônio da Humanidade. O ministro da Cultur a, Juca Ferreira, é o atual presidente do Comitê

166

de

do

Patr imônio

Mundial.

Estim a -se

que

cerca

de

800

K e lm in h a ( 20 1 0) . Pa t r i mó n i o Mu n d ia l C u lt u ra l no Br as i l . Ex tra í do a 1 5

J u l ho

de

2 01 0

do

Bl og u e

K elm i nh a

pe l o

M un d o:

ht tp :/ / www.k elm i nh a pe l om und o .c om /2 01 0 /0 7 / pa tr im on io - m und i a l- c u lt ur a l- n obras i l .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

16 0


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represent antes de todos os países est ejam em Brasília para a reunião ” 167.

No que diz respeito a blogues de língua castelhana, um dos melhores exemplos encontrados é o blogue do e spólio fotográfico de Francisco Curbelo, que, para além de abranger fotografias, contém também textos que enquadram as imagens em temas concretos, sendo variados os “posts” que este fotógrafo dedica ao património classificado, não olvidando também uma liga ção à Lista do Património Mundial classificado, disponibilizado pelo sítio on line do Centro do Património Mundial: “ San Cr istobal de La Laguna Patr imónio de la Humanidad. El municipio de San Cristóbal de La Laguna, no sólo es conocido por la riqueza de su paisaje natural de parte del macizo de Anaga que comparte con Santa Cruz, f ormando el Parque Rural de Anaga, sino también,

y

quizás

sea

esto

por

lo

que

más

se

le

conoce

internacionalmente: Ciudad Patrim onio de la Humanidad. Todo esto nos lleva a un 2 de diciembre de 1999, donde el Comité del

Patrimonio

Mundial

de

la

UNESCO

reunido

en

Marrakech

( Marruecos) hiciera pública su apr obación del t ítulo de Patrimonio de la Humanidad para la ciudad de San Crist óbal de La Laguna, Tenerif e ”

167

168

.

Fer r e ir a, J uc a ( 2 0 10 ) . 34 ª S es s ã o d o Co m it é d o P atr i mô n i o M un d i al

da U N ES CO e m Br as í l ia . Ex t r a íd o a 1 5 d e J u lh o do b l o gu e do J u c a F err e ira : ht tp :/ / www. b l o gd oj uc af er r eir a .c om .br / ?p = 8 58 168

Cur b el o , Fr anc is c o ( 20 1 0). S a n Cr is t ó ba l de l a L a g un a Pa tr i mó n io d e

l a H um a n id a d .

Ex tr a íd o

Fot o gr áf ic o

a 15 de

de J u l ho

de

2 01 0

do

b l og u e

El

Franc i s c o

R i nc ó n Cu r be l o:

ht tp :/ /f ot os c ur be l o. b l o gs p o t.c om /20 1 0/ 0 7/s a n - c r is t o ba l- d e- l a- l ag u n a pa tr im on io . htm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

16 1


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O blogue “Historia de l Arte”, dinamizado por uma professora desta disciplina, Amparo Santos, apresenta também “posts” que fazem alusão extensa ao património classificado espanhol, entre outros, com recurso a vídeos e a material didáctico. No seguinte “post” a autora aborda o c entro histórico classificado de Cuenca: Cuenca, "La Ciudad Encantada"... ésta será nuestra ruta de hoy. La ciudad de Cuenca es uno de los principales conjuntos monumentales de España, con una gran proyección internacional que hizo que f uera declarada Patr imonio de la Humanidad por la UNESCO. Las

Casas

Colgadas,

también

conocidas

como Casas

Voladas, Casas del Rey y, erróneament e, Casas Colgantes, es un conjunto de edif icios civiles situados al borde de una roca que represent an mundialmente a la ciudad de Cuenca. En el pasado era f recuente este elemento arquitectónico en el borde est e de la ciudad ant igua, situado f rente a la hoz del r ío Huécar, aunque hoy sólo per duran una pequeña parte de ellas. De t odas, las más conocidas son un conjunto de tres de estas e structuras con balcones de madera

169

.

Outro exemplo de “post” deste mesmo blogue refere -se às comemorações do décimo aniversário da classificação do centro histórico de San Cristóbal de La Laguna pela UNESCO: “La

Laguna

celebra

su

décimo

aniversario

como

Patrimonio de la Humanidad...

169

S a nt os , Am par o ( 2 01 0). C u enc a “L a C iu d a d E nc a n ta d a ”… És t a s erá

Nu es tr a Ru t a d e Hoy ” . Ex tr a íd o a 22 d e J u lh o d e 2 01 0 do b l og u e His t ori a d el Art e :

ht tp :/ /h is t ori a d el ar te -

am par os a nt os .b l o gs p o t.c om /s earc h ?q = p atr i m oni o +d e + l a +h um an i d ad

Ar t ur F il ip e do s San t os

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El municipio tinerfeño de La Laguna ha cumplido este miércoles diez años desde que la UNESCO le otorgara el reconocimiento de Ciudad Patrimonio de la Humanidad, y para conmemorar este aniversario, el alcalde de la localidad h a descubierto

una

placa

en

el

Ayuntamiento.

El programa de Canarias radio la Autonómica ‘La Alpispa’, conducido por María Doménech, en su afán por acercarse a los

acontecimientos

importantes

de

los

canarios,

se

ha

trasladado a la Ciudad de Los Adelantados para retransmitir desde el consistorio lagunero una emisión especial dedicada a esta ciudad. La celebración del décimo aniversario de La Laguna como Patrimonio de la Humanidad ha estado rodeada de diversos

actos,

entre

ellos

la

presentación

de

la

próxima Muestra de Oportunidades que se celebrará los días 6 y 7 de diciembre, y en la que participarán 30 comercios del municipio. El objetivo es el de dinamizar la actividad cultural y comercial de La Laguna con vistas a las fechas de Navidad” 170.

Em suma, e à se melhança do que já acontece no mundo do jornalismo, com a figura cada vez mais massificada do “jornalista cidadão” 171, também a opinião pública, encarnada no cidadão comum, que muitas vezes em nada se encontra ligado às questões do património, seja a nível i nstitucional ou empresarial, contribui de forma essencial para a defesa e promoção dos bens culturais, demonstrando desta forma que as comunidades desejam preservar 170

S an t os , Am par o ( 2 0 10 . La L a gu n a C e l eb ra s u D éc i mo A n iv er s ar io

c om o Pa tr im ó n io de l a Hu m a ni d ad . Ex tr ai o a 22 d e J u l ho do bl o gu e H is t or i a de l Ar t e: h tt p: // h is t or i ad e l ar t e - am par os a nt o s .b l ogs p ot .c om /2 0 09 / 1 2/ l a - la g un ac e le br a- s u - d ec im o - a n i v er s a r i o .h tm l 171

T ar gi n o , Ma ri a da s G ra ça s (2 009) . J o rn ali sm o ci dad ã o: In f o rm a

ou D ef o r ma ? B ra sí l ia: Un es c o

Ar t ur F il ip e do s San t os

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o legado do passado, utilizando para a isso a Internet, nas suas mais variadas plataformas (blogues, facebook, twitter, e -mail – envio de ficheiros em powerpoint acerca do património cultural, W indows Messenger, etc.), produzindo conteúdos próprios ou divulgando obras de terceiros, sempre com o objectivo de não deixar perder a

identidade

em

form a

de

bem

arquitectónico

cultural.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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III.3 O Património Mundial em Campanhas de Publicidade A

necessidade

classificados Humanidade ligada

à

pela em

de

abordar

UNESCO

como

campanhas

definição

do

de

que

a

é,

exposição Património

publicidade em suma,

bens

Mundial

está

uma

dos

da

intimamente

campanha

de

publicidade, quais os objectivos desta, avaliação de resultados, entre

outros,

mas

sobretudo

a

publicidade

no

contexto

da

promoção do património cultural. Apontando

primeiramente

o

conceito

de

publicidade

propriamente dito, o Código da Publicidade do Estado Português apresenta uma definição própria mas específica da noção de Publicidade: “1 - Considera-se publicidade, para ef eitos do presente diploma, qualquer forma de comunicação f eita por ent idades de natureza pública e privada, no âmbito de uma actividade com ercial, industrial, artesanal ou liberal, com o obj ectivo dir ecto ou indirecto de: a)

Promover,

comercialização

ou

com

alienação,

vista quaisquer

à bens

sua ou

ser viços. b)

Promover ideias, princípios, iniciativa s ou

inst ituições. 2 – Considera-se, t ambém, publicidade qualquer f orma de comunicação da Adm inistração Pública, não prevista no número anterior, que tenha por object ivo, directo ou indirecto, promover o f ornecim ento de bens ou ser viços” 172.

172

A lt a

A ut or i da d e

pa r a

a

Com un ic aç ão

S oc i a l

( 2 00 4) .

Có d i go

da

P ub l ic i da d e . L is bo a : E d it or a A lm ed in a , p. 4.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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Gilmar Santos apresenta uma definição de publicidade, desta feita mais centrada no campo teórico das ciências da comunicação: “Publicidade: é todo o processo de planeamento, criação, produção, veiculação e avaliação de anúncios pagos e assinados por organizações específ icas (públicas, privadas ou do t erceir o sector).

Nessa

acepção,

as

mensagens

têm

a

f inalidade

de

predispor o receptor a prat icar uma acção específ ica (por exem plo comprar um produto, abrir conta em determinado banco, reciclar embalagens etc.). Essa acção tem localização no tempo e no espaço, podendo ser quantif icada.” 173

Se atentarmos ao facto de que o património cultural é um “produto” passível de ser publicitado, à semelhança de vários outros produtos ou serviços também inseridos em estratégias de publicidade - existem já em Portugal, há relativamente pouco tempo, empresas publicitarias que se dedicam exclusivamente a desenvolverem

campanhas

publicitárias

relacionadas

com

o

património cultural, criando sobretudo campanhas para museus, actividades etnográfi cas e de promoção do património edificado, sem contudo alguma vez terem tomado parte activa da divulgação de bens classificados pela UNESCO -

este deve construir a sua

mensagem publicitária alicerçada na criação de uma marca forte, que se diferencie e se destaque das restantes marcas, tornando -as únicas, apesar desta unicidade ser já muito difícil de alcançar, como defende Gabriel Diaz Meyer: “Hoy equilibr adas

en

día,

en

casi

cuanto

a

todas

las

calidad,

marcas

tienden

f uncionam iento

y

a

estar

aspectos

técnicos (un f enómeno conocido como mercado convergent e). Sin

173

S a nt os , G ilm ar ( 2 00 5). P ri nc íp i os da Pu b lic i d ad e . Be l o Hor i z on t e:

E diç õ es UF MG , p. 1 7.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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embargo, esto no descarta que una marca pueda desarrollar una personalidad que la dif erencia de sus competidor as. Construir una marca f uerte consist e en desarrollar una personalidad f uerte y bien def inida para esa marca, con a que el consumidor se sienta identif icado y a gusto.” 174

Sendo o património classificado pela UNESCO uma marca forte, por todos os factores de avaliação que a esta distinção internacional são inerentes (como sendo o caso da obri gatoriedade de este ser um bem de importância universal, atestado por personalidades

credíveis

no

campo

da

História,

Arqueologia,

Arquitectura, Cultura, Sociologia, entre outras especialidades, bem como a sua importância turística e económica), ou mesmo qu e este esteja

em

processo

de

candidatura

a

esta

classificação,

é

necessário pensar em quais as melhores estratégias de promoção da

marca-património,

quais

os

melhores

suportes

para

essa

divulgação, que objectivos, que públicos -alvo. Mateos Rusillo aponta o s passos que devem ser tidos em consideração antes de se pôr em prática quaisquer tipos de campanhas de divulgação do património cultural: “Cualquier proceso de comunicación que pretenda ser ser io y ef ectivo deber ía tener en cuenta las dos primeras etapas sine qua non: la invest igación y la planif icación estratégica. En la primer a etapa de invest igación se debe responder a tres preguntas: ¿por qué?, ¿qué? Y ¿a quien? Es decir, la justif icación de las motivaciones que argumentan la activación patrimonial, e l conocimiento prof undo del recurso que se pretende

174

Diaz Meyer, Gabriel (2008). "Aspectos de la Comunicación Visual y Gráfica en la

Comunicación

del

Patrimonio

Cultural"

en

Santos

M.

Mateos

Rusillo

(Coord.)

La

Comunicación Global del Patrimonio Cultural. Gigón: Ediciones Trea.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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activar y del público o públicos a los que se dirigen nuestros esf uerzos. 175

Apontadas as metas e os alvos, Mateos Rusillo expõe sobre o segundo passo na construção de uma estratégia de promoção do património cultural, o da planificação da divulgação: “Una vez perf ilados y consensuados los objetivos que se pretenden conseguir , seleccionados y analizados los recursos que se activarán y el público objetivo as cual se dir ige la activación, es el

momento

de

en trar

en

la

segunda

f ase

del

pr oceso:

la

planif icación estrat égica. A dif erencia de de la primera etapa del proceso, de justif icación y conocimient o, ahor a se entra en una f ase

de

ref lexión

y

toma

de

decisiones

estratégicas,

dando

respuest a a tres preguntas : ¿cómo?, ¿dondé? y ¿cuándo? En def init iva, una ref lexión basada en los datos reportados por la etapa que debe desembocar en

1)

la decisión de ut ilizar un determ inado

enf oque de dif usión cultural y el m ejor medio o medios para trasladar lo de forma ef ectiva a l público objetivo y 2)

la

determinación

de

la

estrategia

comunicat iva que permita la visualización y contact o 176

f inal entre el product o f inal y su público destinatario.

O mesmo autor reflecte ainda sobre qual a estratégia mais credível seguir para melhor d ivulgar o património cultural e assim melhor captar a atenção do público -alvo, apontando a campanha 175

de l

S an tos M ., M at eos Rus s i l o (2 0 08) . "H ac i a u n a C om un ic ac i ó n G l ob a l

Pa tr im on i o

Pr es er v ac i ón "

Cu l t ur a l , en

o

Sa nt os

c om o

P o te nc iar

M.

Ma t eos

su

Us o

R us i l lo

F om en t an d o

su

(Co or d.)

La

Co m un ic ac ió n G lo b al de l Pa tr im o n io C u lt ur a l . G i gó n: Ed ic i o nes T rea , p . 29 . 176

S a nt os M ., M a te os R u s s i lo ( 20 0 8). I d ém .

Ar t ur F il ip e do s San t os

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publicitária como uma das estratégias comunicativas a ter em conta: “Qué estrategia com unicativa ser ia la más idónea para dar a conocer ese nuevo producto cultural al público objetivo, utilizando para ello unas deter minadas técnicas y acciones. Por ejemplo, una campaña de comunicación basada en la publicidad (banderolas, anuncios y cuñas publicitarias en la prensa la radio locales”

177

No que ao património c lassificado diz respeito, reflectimos sobre quais as principais instituições que solicitam a produção de campanhas de publicidade, a que público se destinam essas mesmas campanhas e, claro está, quais os formatos mais comuns dessas campanhas e as mensagens que procuram transmitir. Os primeiros organismos que surgem neste contexto são as entidades locais, neste caso, Câmaras Municipais, Associações de Turismo,

Associações

Hoteleiras,

associações

comerciais

e

federações de comércio tradicional e de seguida as autoridades regionais e nacionais, todos com o objectivo de legitimarem a importância do património local aquando da sua candidatura a bem classificado

pela

UNESCO,

bem

como

posteriormente,

como

garante de uma aposta comercial bem sucedida e uma herança com fortes alicerces para que as gerações vindouras tenham desta forma a oportunidade de conhecerem a história do local por intermédio de monumentos bem preservados. Um claro exemplo de campanha publicitária, tendo por base uma parceria entre entidades públ icas e privadas é a campanha desenvolvida, em 2007, pela secretaria de Turismo da Junta de Castilla y Leon, com o lema “Castilla y Leon es Vida”. O objectivo concreto desta campanha, fruto da parceria entre a secretaria de Turismo da Junta de Castilla y L eon, agências de 177

S a nt os M ., M a te os R u s s i lo ( 20 0 8 ). I d em , p . 30

Ar t ur F il ip e do s San t os

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turismo, unidades hoteleiras e museus, foi cativar essencialmente turistas

portugueses,

tendo

para

oferecer

como

factor

preponderante de escolha turística e cultural o de esta província ser, à data desta campanha, a única região europeia c om sete bens classificados como Património Mundial. Os formatos utilizados para esta campanha foram, sobretudo, os meios audiovisuais da televisão, tendo sido transmitidos pelo menos

três

vezes

institucionais

por

dedicados

semana, a

esta

durante

um

mês,

campanha

na

RTP

anúncios (Rádio

e

Televisão de Portugal); da Internet, com informação detalhada sobre esta campanha, cujo lema ainda vigora nos dias de hoje, através do portal da secretaria de turismo de Castilla y Leon (www.turismocastillayleon.com), intitu lado “Castilla y Leon é Vida”; em

outdoors

urbanos

e

cartazes

publicados

na

imprensa

portuguesa, como é o caso do exemplo apresentado no anexo nº 1 deste trabalho, publicado a oito de Abril de 2007, no Jornal de Notícias, estando assinalado a vermelho a me nção à existência dos sete bens classificados como Património Mundial. Outro

exemplo

de

campanha

publicitária,

tendo

como

objectivo primaz o de divulgar um bem classificado enquanto marca turística é a campanha levada a cabo pela Vereação de Turismo da cidade de Guimarães, cujo o centro histórico foi incluído a 13 de Dezembro de 2001 na Lista do Património Mundial da UNESCO, campanha com o lema “Dê um pulo à Idade Média e Durma num Castelo em Guimarães”, e que foi desenvolvida tendo como principais suporte s publicitários anúncios publicados nos principais

periódicos

portugueses,

anúncios

televisivos,

conferências e colóquios relativos a todo o processo que levou à candidatura e classificação do centro histórico da cidade de Guimarães, considerada o “berço” de Portugal. De seguida apresenta -se um exemplo extraído do Diário de Notícias, de 22 de Fevereiro de 2007, relacionado com a cidade de

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 0


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Guimarães e que pode ser consultado no anexo nº 2 deste trabalho.

Actualmente, uma nova campanha publicitária encontr a-se em marcha, fruto de parcerias entre a Câmara Municipal de Guimarães, o Governo Português, através da Secretaria de Estado da Cultura e da Secretaria de Estado do Turismo, bem como várias entidades privadas ligadas à cultura e ao turismo do norte de Portugal e que culminará com a organização, em 2012, de variadíssimos Europeia

da

eventos Cultura.

relacionados As

próprias

com

Guimarães

iniciativas

Capital

inseridas

neste

certame “Guimarães Capital Europeia da Cultura” vão incidir grande parte no patrimón io classificado, criando desta forma mais uma montra de divulgação para os monumentos considerados Património Mundial, já que a própria UESCO terá também a seu cargo algumas iniciativas de carácter informativo e científ ico. Tomando de seguida como exemplo a cidade do Porto, quando as entidades públicas e privadas se uniram para juntos formularem a candidatura do centro história a bem classificado pela UNESCO, o organismo rosto desta candidatura e posterior classificação foi o CRUARB, Comissariado para a Ren ovação Urbana Ribeira/Barredo, criado em 1974 e extinto em 2003, para dar lugar à Porto Vivo SRU – Sociedade de Reabilitação, que em 2008 publica um extenso e ambicioso “Plano de Gestão Centro Histórico do Porto Património Mundial, que englobava, para além de um contínuo esforço de reabilitação, um capítulo importante para a divulgação, desenvolvendo desta forma uma estruturada campanha publicitária, fruto de parcerias locais, nacionais e internacionais, assente em iniciativas de âmbito científico, cultural , lúdico e turístico, de forma a dar a conhecer o património classificado às próprias gentes da cidade e arredores mas também

Ar t ur F il ip e do s San t os

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aos milhares de turistas que visitam a cidade ou que estão de passagem rumo ao Douro ou a Lisboa: “Actividade Cultural

Fotograf ia: instalação do Centro Port uguês, com um rico programa de exposições. Arquivos: reinstalação e dinamização do Arquivo Distrit al do Porto e do Arquivo Histór ico Municipal ( …). Exposições: programa vast íssimo nalguns dos centros ou ser viços culturais acima mencionados, bem como na Cooperativa Ár vore, na Escola Super ior Art ística do Porto, no Mercado Ferreira Borges, no Edif ício da Alf ândega (este já f ora da zona classif icada mas situado na área de protecção). Intercâmbio

eur opeu:

projecto

Eurom int,

f inanciad o

pela

Comissão Europeia, que reuniu parceir os do Porto, de Espanha e da

República

Checa

destinou-se

ao

desenvolvimento

da

cooper ação em matéria de tur ismo cultur al. Visitas à Cidade: passeios da Pr imavera – À volta da Sé (Hélder Pacheco); Mira -Gaia (Ger mano Silva); Memór ias de um Rei (Germano Silva); A caminho de S. Lázaro (Júlio Couto) ; Ver também em “Turismo” 178.

Esta é a fórmula encontrada pelos responsáveis do município nortenho para divulgar o extenso património classificado, numa estratégia

que

não

passa

tanto

por

campanhas

audiovisuais

tradicionais mas mais por um esforço contínuo de desenvolvimento de iniciativas de promoção, bem como um cuidado expresso em informar as várias unidades hoteleiras da cidade, instituições culturais e empresariais, org anismos académicos, agências de

178

P or t o V i v o SR U – S oc ie d ad e d e R e ab i l it a ç ão Ur b an a ( 2 00 8) . C en tr o

His t óric o

do

Por t o

P atr i mó n i o

Mun d i al .

P la n o

de

G es tã o

Vo l u me

I II

(A nex os ) . P or t o: P or t o V i v o S RU

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 2


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turismo entre outros, da agenda de acontecimentos a decorrer durante o ano e que, neste caso, se relacionam com os bens classificados. Outro exemplo extraordinário e quase único de divulgação massiva do património classifica do é a cidade de Santiago de Compostela, por tudo o que de religioso e de simbolismo histórico representa,

englobando

ainda

os

Caminhos

de

Santiago,

assinalando sobretudo o Caminho Francês ou Primitivo. E em ciclos de seis, cinco, seis e onze anos tem luga r a celebração do Ano Santo Compostelano, ou Xacobeo, um acontecimento que é sobejamente aproveitado não só pelas autoridades e organismos públicos e privados de Compostela mas de toda a Galiza e mesmo na Espanha por onde passa o “Caminho”. E é neste ano q ue as principais campanhas publicitárias de divulgação do património classificado de Santiago mais se fazem sentir, dentro e fora de Espanha, já que esta efeméride, para além de ser uma celebração religiosa, das mais vivas expressões de fé no mundo inteiro , é também uma celebração civil, onde a história, a cultura e especial as Letras Galegas são exultadas. Logo, todos estes factos são notoriamente alvo de especulação turística, existindo mesmo, desde

1991,

a

Sociedade

de

Gestão

do

Plano

Xacobeo ,

responsáve l pela execução de projectos de promoção turística e cultural por toda a Galiza e Caminhos de Santiago: “La

S. A. de Xest ión do Plan Xacobeo es una empresa

pública dependient e de la Xunta de Galicia, destinada

a la

promoción tur ístico - cultural y a la do t ación de ser vicios de los Caminos de Santiago. Se creó en 1991 con motivo del Año Santo 1993 (Xacobeo 93) integrándose poster iormente en el organigrama de la Conseller ía de Cultura e Turismo. Las iniciativas de la S. A. de Xestión do Plan Xacobeo promueve n la dotación de ser vicios para el Camino, la r ed de albergues públicos, la recuperación patrimonial de las r utas y Ar t ur F il ip e do s San t os

17 3


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elementos arquitect ónicos y art íst icos. A nivel internacional tiene el papel

de

promocionar

exposiciones, divulgativas,

el

Cam ino

conf erencias, así

como

el

de

Sant iago

publicaciones f omento

de

las

a

través

de

inf ormativas

y

relaciones

entre

asociaciones de amigos del Cam ino de Santiago en todo el mundo.” 179

Assim sendo, como se pode verificar nesta citação, esta sociedade material

tem

de

também

divulgação,

como não

respon sabilidade

institucional

ou

desenvolver de

carácter

meramente cultural, mas também de cariz publicitário, como são a criação de spots publicitários (como por exemplo o spot oficial que pode

ainda

ser

visualizado

no

Youtube,

em:

http://www.youtube.com/watch?v=n1i0KsHjk6Y&feature=player_em bedded ou outros suportes, como cartazes ou mesmo selos invocando o Xacobeo, como se pode testemunhar consultando os anexos nº 3 e nº 4 desta tese. Os correios de Espanha chegaram mesmo a emiti r durante algum

tempo

selos

evocativos

classificados

como

Património

apresentando

de

seguida

um

dos

vários

Cultural

exemplo

de

bens da selo,

espanhóis

Humanidade, desta

feita

respeitante a Santiago de Compostela que pode ser consultado no anexo nº 5 desta tese. No plano de execução de campanhas publicitárias também a UNESCO, única autoridade supranacional responsável pela criação de campanhas a nível internacional, é agente activo no que concerne à promoção dos bens por esta classificados. Mas quando estas campanhas ocorrem, as mesmas são desenvolvidas por grandes marcas internacionais, que a partir desse momento são consideradas parceiras da UNESCO, distinção que aufere a essas 179

X ac o b eo G a l ic i a ( 20 1 1) . S . A. d e X es t i ón d o P la n X ac o b eo . Ex t ra íd o a

18 de J u l i o d e 20 1 1 de h tt p: // i ns t i tuc i o na l .x a c ob e o. es / es

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

marcas uma idoneidade e um cariz social actuante aos olhos da opinião pública. Um dos grandes exemplos de campanha publicitária levada a cabo por uma grande marca, tendo em vistas a promoção de bens classificados pela UNESCO foi a que envolveu a Panasonic: “Panasonic Promotes Green Business W ith W orld Her itage Campaign Panasonic North

America

is launching an

advertising

campaign "to highlight Panasonic's growing leadership in green business innovation looking toward 2018, the 100th anniversary of the f ounding of its parent company, Panasonic Corporat ion." In addition to pr int ads, TV commercials f eaturing British singer Sar ah Br ightman will "emphasize the importance of pursuing a sust ainable f uture and will highlight some of Panasonic's own eco initiatives." Panasonic, which has a new head of marketing and branding in North America (B etty Noonan, who joined the brand f rom Kodak), is promot ing its green initiatives to f urther reduce CO2 emissions, increase resource recycling, save and reuse water and raise environmental consciousness. Its new 30 and 60 - second commercials will air dur ing the National

Geographic

Channel's

ser ies

“The

W orld

Heritage

Special”, a monthly program which explores the wor ld's natur al and cultural

wonders

including

the

Taj

Mahal,

Machu

Picchu,

Yellowstone National Park and Stoneheng e. The Nat Geo series will run t hrough May 2012 and will be seen in mor e than 370 million homes across National Geog raphic Channel's global net work including the US. 180.

180

Br a d y, S hi r l e y ( 2 0 11 ) . Pa n as o n ic P r om ot es G re en Bus i n es s wit h W orld

Her i ta g e

C am pa ig n.

Ex t r a íd o

a

19

de

J un h o

do

s ít i o

B ra n d

C ha n ne l :

ht tp :/ / www. b r a n dc h a n ne l .c om /h om e/ pos t/ 2 0 11 / 06 /1 0 /P a n as o n ic - G ree n-W orldHer i ta g e - C am pa i gn .as px

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

A

Panasonic,

ao

desenvolver

esta

campanha,

está

a

demonstrar à opinião pública dos países onde esta campanha foi lançada um compromisso ecológico enquanto grande empresa, num claro esforço de legitimação social e de promoção da marca. Não deixa e ser um facto, mas a realidade é de que também a UNESCO soube aproveitar esta parceria, onde não se ver obrigada a despender os montantes monetários que campanhas deste género obrigam, como também vê valorizada a sua imagem ao saber emparceirar com marcas de renome, assim como vê também os

bens

classificados

por

este

organismo

pertencente

à

Organização da Nações Unidas promovidos in ternacionalmente, o que ajuda e muito ao esforço de divulgação e conservação de exemplares únicos da história da Humanidade e da paisagem natural do planeta. Outro

exemplo

de

parceria

de

grandes

marcas

com

a

UNESCO é a campanha que juntou a marca de relógi os Jaeger – Le Coultre, o International Herald Tribune e a UNESCO numa parceria com a duração de três anos, para a promoção de campanhas, entre outras iniciativas, desta feita com vista à aquisição de fundos para a preservação de sítios classificados como Património Natural da Humanidade: “Jaeger -LeCoultre launches its second online auction f or the preser vat ion of W orld Her itage sites Af ter last year's gr oundbreaking Tides of Time campaign, Jaeger-LeCoultre's second online auct ion on March 18, 2010 will benef it

the preser vation

work

of

the UNESCO W orld Heritage

Centre. This year, the Manuf acture is of fering an iconic and unique timepiece: one of t wo vintage 1958 Geophysic Chronometers tested by prof essional climber Stephane Schaff ter and his team during their recent

Geophysic

Expedit ion

to

the

Himalayas.

Their

successf ul expedit ion culm inat ed in the off icial naming of a virgin peak, Mt Antoine LeCoultre.

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 6


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Jaeger-LeCoultre launched its Geophysic Chronometer in 1958 and made just 1290 of them. Since then, it h as become one of the most iconic pieces in the histor y of the brand, epit omizing the values of precision, resistance and aesthetic perf ection. Jaeger-LeCoultre UNESCO W orld

has

Heritage

a

long -term

Centre

and

partnership

the

with

International

the

Herald

Tribune, made up of a 3 -year int ernat ional advertising campaign promoting a number of Mar ine W orld Herit age sites and issues aff ecting them. The goal of the partnership is to help def end and protect

outstanding

inter vent ion.

The

marine

auction

is

sites a

that

chance

require

f or

collect ors to participate in this worthy cause.”

watch

immediate lover s

and

181

Ao desenvolverem -se parcerias entre a UNESCO e estas grandes marcas internacionais, a UNESCO vê desta forma uma forma de obter fundos essenciais para o es tudo do património a classificar, para a preservação e divulgação do património cultural e natural classificado, que de outra forma lhe seria muito difícil de obter, dada a escassez de recursos financeiros tanto da UNESCO como da própria ONU no seu todo. P ara as empresas fica o benefício de emparceirarem com um organismo que goza de grande prestígio a nível global, com uma máquina de comunicação já bem montada, bem como o de verem o seu nome valorizado no meio da opinião pública e dos nichos de públicos mai s afectos às questões do património e do turismo cultural e ou natural, público esse com forte poder de compra, logo possíveis consumidores dos produtos elaborados por essas marcas. Em suma, as campanhas de publicidade são uma estratégia que as autoridades locais, nacionais ou internacionais têm nos 181

W or ld H er it ag e Ce n te r (2 01 0) . J a e ge r - L e C ou tr e L a unc h es its S e c on d

on l i ne A uc ti o n f or t h e Pr es er v a ti o n of W orld H er it a ge S i tes . Ex tr aí d o a 1 9 d e J un h o

do

s ít i o

do

C e ntr o

do

P atr im ón i o

M u nd i a l:

ht tp :/ / whc .u n es c o .o r g / en / ne ws / 5 9 5

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 7


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

dias de hoje em larga conta, tendo presente de que é uma estratégia que, apesar de não ser fácil avaliar os resultados finais dessa campanha, são a rampa para uma rápida divulgação e informação do património no seio da opinião pública, já que nem sempre o desenvolvimento de iniciativas de carácter meramente cultural ou científico, ou somente estratégias de relações públicas são o bastante para garantir a transmissão do saber da existência desse património que val e a pena visitar, que tem valor histórico, sociológico

e

turístico

e

que

vale

a

pena

potenciar

economicamente, e que só por meio da planificação de campanhas publicitárias devidamente direccionadas, com recurso a meios audiovisuais (publicidade urbana, jor nais, rádios, televisões, entre outras formas) é que a informação poderá alcançar o seu público de uma forma mais eficaz, credível e aliciante.

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 8


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IV. Estudo comparativo entre os periódicos Jornal de Notícias e La Voz de Galicia . IV.1 Desenvolvimento do Projecto Abordar

a

temática

da

preservação,

classificação

e

divulgação do património arquitectónico classificado dos centros históricos das cidades é falar de um tema que chama a atenção, neste caso - e tendo por base o estudo comparativo entre dois periódicos

-

aos

radiofónicos

ou

relacionadas

com

meios

de

televisivos. o

comunicação

social

Questiona -se

se

património

terão

impressos,

os

suficiente

assuntos

impacto

ou

notoriedade na sociedade que levem os meios de comunicação a explorar estes assuntos. Pergunta-se se o património é passível de ser objecto de destaque pelos órgãos de comunicação social, de que forma são desenvolvidos os conteúdos transmitidos pelos média, se terão uma exposição mediática assinalável no cômputo generalizado das temáticas abordada s pelos média, será uma exposição excessiva ou pelo contrário diminuta. Será

que

os

média

têm

como

objectivo

a

criação

de

programas, reportagens, peças jornalísticas intimamente ligadas ao património e se daí retiram dividendos. Se sim é porque têm público afecto a este tipo de assuntos. É porque as audiências interessam-se

pelos

assuntos

que

dizem

respeito

não

à

preservação de um bem público, espelho da história e da ideia de nacionalidade de cada país e de cada região. É porque as pessoas têm necessidade de beber o que é intimamente seu por herança histórico -cultural. Ou porque pensam que a classificação do centro histórico da sua cidade pela UNESCO granjeará o centro histórico da sua cidade de um título de enorme prestígio, imagem de marca

Ar t ur F il ip e do s San t os

17 9


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e de qualidade certificada como é o título de Património Mundial. Ou por seu turno saberem que o simples facto de o património da cidade, por estar classificado, trará mais turistas e logo mais receitas monetárias. Ou

poderá

ser

exactamente

o

oposto.

Os

meios

de

comunicação social poderão virar costas a factos relacionados com o património, com a sua preservação, classificação e divulgação. Pensarão os média de que provavelmente estes assuntos não terão grande procura por parte da opinião pública. Que apostar na divulgação do património por intermédio da criação de conteúdos específicos não será assim tão vantajoso, nem para o meio de comunicação em causa nem mesmo para a economia da cidade, da região ou até mesmo do país. Talvez falar do património não seja suficientem ente aliciante para se desenvolver uma cobertura noticiosa, para ocupar uma página de um jornal ou nem sequer se criar uma peça radiofónica. Colocando

então

as

hipóteses

em

número

de

graus,

apresentando os dois jornais utilizados neste estudo comparativo – Jornal de Notícias e a Voz de Galicia: 

Hipótese de Primeiro grau: os dois periódicos

estudados dão relevância às matérias relacionadas com o património e a classificação da UNESCO ao centro histórico das suas cidades. 

Hipótese de Segundo Grau: se os jorn ais vêm na

publicação de notícias correspondentes ao Património é porque existe, na população que habitualmente compram o Jornal de Notícias e a La Vo z de Galicia a necessidade de explorar

os

factos

que

dizem

respeito

à

preservação,

classificação e promoçã o do seu património e do Património Mundial. Desta forma os jornais vêm a necessidade de saciar

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 0


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a curiosidade dessa população com a cada vez maior aposta em publicar sobre estas matérias ao longo do tempo 

Hipóteses de Terceiro Grau: havendo por parte

dos dois jornais interesse na publicação destas matérias, por via

dos

seus

exploradas

as

leitores

terem

temáticas

a

necessidade

relacionadas

com

o

de

verem

título

de

Património Mundial dos seus centros históricos, é porque existe actualmente por parte de franja s da população de Porto e de Santiago de Compostela uma consciência quanto à preservação, importância da classificação e da difusão do seu espólio arquitectónico; o facto de se comprovar que um dos periódicos publica mais artigos do que o outro é sinal que os leitores de um têm mais interesse por estas questões do

que

segundo

e

que

existe

mais

consciência

da

importância do património numa cidade do que noutra.  escasso,

Hipótese nula: O número de artigos publicados é demonstrando

que

estes

periódicos

não

demonstram interesse nestas matérias, sinal de que os leitores não estão despertos para as questões do património.

O objectivo deste estudo comparativo não é desvendar as respostas a todas estas hipóteses, mas sim auxiliar na construção de uma ideia introd utória de quanta relevância poderão dar os média, partindo do exemplo destes dois importantes periódicos como são o Jornal de Notícias e a La Voz de Galicia, no sentido de este estudo ser uma veia iniciática para a criação de novos estudos comparativos no seio desta matéria. Este estudo visa elaborar uma análise comparativa entre dois periódicos: Jornal de Notícias e La Voz de Galicia . O primeiro jornal referido é português, conotado com a cidade do Porto, e na actualidade é o segundo periódico mais vendido em Portugal,

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 1


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tendo perdido o primeiro lugar para o jornal diário O Correio da Manhã em finais de 2010: “Jornal de Notícias é o diário que mais sobe O “Jornal de Notícias” ultrapassou o milhão de leitores no

segundo

trimestre

de

2011,

tornando -se

no

diário

generalista que mais subiu em audiência em relação aos três meses anteriores. O diário da Controlinveste cresceu 1,6 pontos percentuais, mais 1,2 pontos que o “ Correio da Manhã ”. Entre Abril e Junho, o JN registou uma audiência média de 12,4 pontos perce ntuais, o que se traduz numa média de um milhão e 30615 leitores diários (cresceu 132983 leitores). Em

relação

ao

trimestre

anterior,

o

diário

da

Controlinveste subiu 1,6 pontos, mais 1,2 do que o “ Correio da Manhã”, da Cofina, líder no segmento de general istas, que regista 14,4 (uma subida de 0,4). A diferença entre as duas publicações é, actualmente, de dois pontos.” 182

A segunda publicação estudada é galega, de referência para a cidade de Santiago de Compostela. Posto isto, identificamos que ambos os jo rnais se encontram ligados a duas cidades detentoras de um espólio classificado como Património Mundial pela UNESCO, ligadas uma à outra pelos laços da História, pelo Caminho de Santiago e por ambas serem membros da associação transfronteiriça de Município s do noroeste peninsular “Eixo Atlântico – Galiza – Norte de Portugal”.

182

G as p ar , An a ( 2 0 1 1, J u lh o 1 3). J orn a l d e N o tíc i as . J or n a l de N o tíc i as é

o D iár i o q u e m ais S ob e . Ex tr a í do a 26 d e J a ne ir o d o s í ti o d o J or na l de No tíc i as : ht tp :/ / www. j n . pt /P a g in aI n ic ia l /M e d ia /I nt er i or. as px ?c on t en t_ i d = 19 0 6 93 1

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Esta análise comparativa tem como objectivo saber qual o volume, em notícias publicadas no período compreendido entre um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, da importância que estas duas publicações dão às temáticas relacionadas com o Património Mundial em geral e com o espólio classificado de cada uma das suas cidades respectivamente, em particular, bem como apurar qual dos dois jornais publica mais notícias referentes a este tema e se essa dif erença é significativa. De referir que, aquando da recolha de informação, foram tidos em conta somente as notícias que diriam respeito ao património, a preservação, divulgação, investimentos relativos ao espólio, processos de candidatura, classificação, em suma apenas matérias referentes ao assunto do património, não tendo sido levadas em contas as notícias que por uma razão ou por outra tenha

surgido

expressões

relacionadas

com

“Património

Mundial”. Assim, a recolha de informação foi des envolvida da seguinte forma: 

Recolha de dados referentes a notícias publicadas

no Jornal de Notícias entre o dia um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, recorrendo à hemeroteca física presente na sede deste periódico na cidade do Porto, bem como à hemeroteca informática do referido jornal, tendo como base de busca as expressões “Património Mundial”, Património

da

Humanidade”,

“Património

Universal”

e

“Património Cultural da Humanidade” (com esta ordem exacta), enunciações comuns quando se trata de definir, em português a classificação da UNESCO. As notícias encontradas

foram

lidas

uma

a

uma,

no

sentido

de

verdadeiramente se apurar se estas diziam respeito ao tema abordado, para que a investigação não sofresse “contágio” por outras notícias que, apes ar de porventura Ar t ur F il ip e do s San t os

18 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

conterem uma das já referidas expressões de busca, nada tivessem a ver com o tema em estudo. 

Recolha de dados referentes a notícias publicadas

em “La Voz de Galicia entre o dia um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, recorrendo à h emeroteca física presente na sede deste periódico na cidade de A Corunha, bem como à hemeroteca informática do referido jornal, presente

em

suporte

digital

na

Biblioteca

Central

da

Universidade de Vigo, no pólo Universitário de As Lagoas Marcosende, em Vigo, tendo como base de busca as expressões

“Patrimonio

Mundial”,

Patrimonio

de

la

Humanidad”, “Patrimonio Universal” e “Patrimonio Cultural de la Humanidad” (com esta ordem exacta), bem como o cruzamento das mesmas entre si (já que em vários textos surgem

por

identificação

vezes desta

uma

ou

mais

classificação,

com

expressões

ide

o

de

objectivo

aprimorar o texto jornalístico) enunciações comuns quando se trata de definir, em castelhano, a classificação da UNESCO. As notícias encontradas foram lidas uma a uma , à semelhança da realização do estudo das notícias do Jornal de Notícias, no sentido de se apurar se estas diziam respeito ao tema abordado, de forma a que a investigação não sofresse “contágio” por outras notícias que, apesar de porventura conterem uma d as já referidas expressões de busca, nada tivessem a ver com o tema em estudo.

População:

Jornal de Notícias (Cidade do Porto) La Voz de Galicia (Santiago de Compostela)

Amostra:

Notícias

publicadas

no

espaço

de

tempo

compreendido entre um de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2004, relacionadas com o título de Património Mundial em geral, as Ar t ur F il ip e do s San t os

18 4


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actividades desenvolvidas pela UNESCO neste âmbito e dos centros

históricos

Compostela

em

classificados particular,

do

Porto

encontradas

e

de

depois

Santiago de

de

extensiva

procura nos arquivos físicos e na hemeroteca informática das duas publicações O volume de amostra consultado no Jornal de Notícias foi de 1447 notícias, sendo 909 notícias alvos de estudo no âmbito das temáticas já referidas. O volume de amostra extraído do jornal La Vo z de Galicia foi de 1729, sendo 1505 notícias alvos de estudo no âmbito das temáticas já referidas. Nota-se uma discrepância entre o volume de amostras dos dois periódicos. A razão é a de que a hemeroteca do jornal La Voz de Galicia apresenta uma melhor organização dos conteúdos presentes no arquivo deste jornal, já que a sua facilidade de consulta permitiu um volume extenso de informação, visualizando um conjunto de “Cd -roms” cuidadosamente divididos em anos e dias de publicação , ao passo que o arquivo do Jornal de Notícias, para além de dif ícil consulta, englobada num sistema informático demasiado complexo e disperso e desactualizado. Através

da

análise

estatística

descritiva

e

estatística

indutiva, tendo como base tabelas de sé rie cronológica, com as variáveis

referentes

às

várias

expressões

que

identificam

o

Património Mundial em português e em castelhano:

- Tabela 1 (Jornal de Notícias - notícias de carácter geral,

não

relacionadas

directamente

com

o

património

classificado portuense mas com o Património Mundial na globalidade das notícias) - Património Mundial; Património da Humanidade; Património Universal; Património Cultural da Humanidade; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo.

Ar t ur F il ip e do s San t os

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- Tabela 2 (Jornal de Notíc ias - notícias relacionadas apenas com o património portuense) - Património Mundial; Património da Humanidade; Património Universal; Património Cultural da Humanidade; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo. - Tabela 3 - (La Voz de Galicia - notícias de carácter geral

não

relacionadas

directamente

com

o

património

classificado compostelano mas com o Património Mundial na globalidade das notícias) - Patrimonio Mundial; Patrimonio de la Humanidad; Patrimonio Universal; Patrimonio Cultural de la Humanidad; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo. - Tabela 3 - (La Voz de Galicia - notícias relacionadas com

o

património

Património

de

la

“Santigueño”

-

Humanidad;

Patrimonio Património

Mundial; Universal;

Patrimonio Cultural de la Hum anidad; Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo.

Através do estudo dos dados presentes nestas tabelas procura-se responder às seguintes questões:  Qual dos dois periódicos publica mais notícias relacionadas com o título de Património Mundia l em geral, as actividades desenvolvidas pela UNESCO neste âmbito.  Qual intimamente

dos

dois

jornais

relacionadas

com

publica o

mais

centro

notícias histórico

classificado da sua cidade.

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 6


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 Saber, em cada um dos jornais, quais os anos que as notícias relacionadas com o Património Mundial em Geral e centros históricos classificados em particular foram publicadas em maior número e apurar as razões.

Num trabalho de campo que envolveu várias horas de pesquisa às hemerotecas dos dois jornais, com sucessivas viag ens a La Coruña e As Lagoas Marcosende, em Vigo, foram dispendidas cerca 155 horas na procura de todo o material necessário para o desenvolvimento deste projecto. Na procura de dados relacionados com o Jornal de Notícias foram consultados os arquivos dest e jornal, a sua hemeroteca digital, bem como os arquivos da Biblioteca Municipal da Cidade do Porto, numa recolha iniciada a 20 de Novembro de 2005 e terminada a 15 de Dezembro desse mesmo ano, com um total de horas

dispendidas

de

73,

num

universo

de

1.447

notícias

consultadas. Na procura de dados relacionados com a La Voz de Galicia foram consultados os arquivos deste jornal, a sua hemeroteca digital compilada em cd -roms, examinados na biblioteca central da Universidade de Vigo, em As Lagoas Marcosende, no pólo de Vigo, numa recolha iniciada a 16 de Dezembro de 2005 e terminada a 18 de Janeiro de 2006, com um total de horas dispendidas de 82, num universo de 1729 notícias consultadas. Foram

dispendidas,

com

o

intuito

de

construir

a

fundamentação teórica, na leitura da bibliografia de referência para este projecto 38 horas ao todo.

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 7


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IV.2 Exposição do Trabalho 

Dados obtidos no Jornal de Notícias

Tabela 1 Ex pr es s õ es d e Ref e r ê nc ia e Pr oc ur a d e D ad os d e No tíc i as d e Car ác t er G er a l

P at r im óni o M undial

P at r im óni o da Hum an id ade

P atr im óni o Univ er s al

P atr im óni o

T exto s q ue

Cult ur a l d a

tenh am u ma ou

Hum an id ade

ma is

20 0 0

14 5

33

0

11

ex pr e ss õe s e m 8 si mult ân eo

20 0 1

13 3

49

2

13

14

20 0 2

15 6

68

2

19

16

20 0 3

95

43

0

13

6

20 0 4

77

44

0

6

12

T otal

60 6

23 7

4

62

56

Tabela 2 Expressões de Ref erência e Procura de Dados de Not ícias relat ivas à cidade do Porto

P at r im ó nio M undial

P at r im óni o da Hum an id ad e

T exto s q ue P atr im ón

P atr im óni o

tenh am u ma ou

io

Cult ur a l d a

ma is

Univ er s al

Hum an id ade

ex pr e ss õe s e m si mult ân eo

2000

54

12

0

1

1

2001

49

23

0

0

4

2002

50

14

0

4

3

2003

45

13

0

2

4

2004

48

15

0

1

3

Ar t ur F il ip e do s San t os

18 8


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Total

246

77

0

8

15

Dados obtidos em La Voz de Galicia

Tabela 3 Expressões de Referência e Procura de Dados de Notícias de Carácter Geral T exto s q ue P at r im oni o M undial

P at r im oni o de l a Hum an id ad

P atr im oni o Univ er s al

P atr im oni o

tenh am u ma

Cult ur a l d e l a

ou m a is

Hum an id ad

ex pr e ss õe s e m si mult ân eo

2000

10

175

2

2

102

2001

16

212

13

1

42

2002

20

222

10

5

37

2003

22

212

2

1

35

2004

56

255

4

11

38

Total

124

1076

31

20

254

Tabela 4 Expressões de Referência e Procura de Dados de Notícias relativas à cidade de Santiago de Compostela T exto s q ue P at r im oni o M undial

P at r im oni o de l a Hum an id ad

P atr im oni o Univ er s al

P atr im oni o

tenh am u ma ou

Cult ur a l d e l a

ma is

Hum an id ad

ex pr e ss õe s e m si mult ân eo

2000

12

Ar t ur F il ip e do s San t os

42

3

0

29

18 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

2001

21

39

1

0

19

2002

16

36

2

4

20

2003

12

22

1

0

9

2004

9

31

2

3

17

Total

70

170

9

7

94

Assim, nestas quatro tabelas temos uma distribuição de variáveis que são idênticas em todo o conjunto, diferencia ndo apenas na tradução em castelhano e ou nas várias expressões que tanto no português como no castelhano identificam o Património Mundial, para as duas tabelas relacionadas com a informação relacionada com La Voz de Galicia . Distribuídos os valores por or dem cronológica, iniciando o conjunto de tabelas em 2000 e terminado em 2004, perfazendo cinco linhas de informação, distribuindo por sua vez a informação nas

cinco

Humanidade”,

variáveis

“Património

Património

Universal”,

Mundial”,

Património

Patrimóni o

Cultural

da da

Humanidade”, expressões vulgarmente utilizadas para classificar o título nomeado pela UNESCO, a que se junta uma quinta variável “Textos que tenham uma ou mais expressões em simultâneo”, de forma a despistar os textos que por sinal contenham, no sentido de aprimorar o “léxico jornalístico”, uma ou mais expressões de identificação do assunto em questão. De referir que esta última variável partiu sempre como primeira variável “Património Mundial” no que concerne ao Jornal de Notícias e “Património de la Humanidad” em La Voz de Galicia , utilizando como suporte as outras variáveis seguintes. Podemos mesmo começar por abordar a questão do “léxico” quando nos deparamos com o facto de que surgem no Jornal de Notícias mais notícias com a variável “Patr imónio Mundial”, 606

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

(número que contém as 246 notícias referentes ao centro histórico do Porto), ao passo que nas tabelas referentes à La Vo z de Galicia a expressão mais usual é “Património de la Humanidad”, 1.046 ao todo, não

esquecendo

de

contabilizar n este

número

as 175

notícias referentes ao centro histórico de Santiago de Compostela. Para uma procura mais abrangente é essencial contudo focalizar a razão para esta diferença no que respeita ao rótulo a adoptar pelos dois periódicos, já que esta existe. Quando a seis de Dezembro de 1985 foi decretado pela Nona Sessão do Comité do Património Mundial, em Paris, a atribuição do título de Património Mundial”, essa denominação era vulgarmente intitulada em Espanha de “Património da Humanidade”, expressão que por ser muito “humana” se adaptava à necessidade de sensibilização e consciencialização dos Estados e das populações para a conservação de um património pertencente a toda a humanidade e não só de um país. Só a partir dos anos 90 é que expressão “Património Mundial” se começou a vulgarizar em Espanha. É de salientar que estas duas expressões são as que verdadeiramente identificam esta classificação, já que ambas preenchem no conjunto das quatro tabelas o total de 2043 textos encontrados (606+237+124+1076 ), ao passo que todos os outros juntos perfazem apenas 125 ( 62+4+8 ). Mas explorando verdadeiramente o cariz deste projecto pode se

rapidamente

retirar

uma

conclusão,

depois

de

cuidada

exploração das tabelas em estudo: O periódico La Voz de Galicia foi o periódico que permitiu encontrar um maior de número de informação

relativo

à

(124+1076+31+20+254=1505 ),

temática não

do

esquecendo

património que

nestes

números estão englobados os textos relativos a Santiago de Compostela (70+170+9+7+94=350 ). A uma distância c onsiderável do primeiro periódico fica o Jornal de Notícias, com um menor

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

volume de informação ( 606+237+4+62+56=905 ), contabilizando as notícias

referentes

ao

centro

histórico

do

Porto

(246+77+0+8+15=346). Quanto à questão que diz respeito em saber quais f oram os anos

em

que

mais

se

encontram

informações

acerca

desta

temática, as tabelas dizem -nos o seguinte: Para o Jornal de Notícias 2002 foi o ano em que as matérias relacionadas com o património tiveram mais destaque com o volume de informação encontrado cifrado em 261, ao passo que o ano mais fraco, o de 2004, quedou -se por 139. No que respeita à informação focalizada no centro histórico do Porto, o ano mais “mediático” foi o de 2001. Quanto à La Voz de Galicia , o ano em que encontramos mais informação referente às variáveis relacionadas com o património em geral foi o de 2004, com 364 textos encontrados, com o pior ano a revelar ser 2003, enquanto que informação ligada ao centro histórico de Santiago tem o seu melhor ano a 2000. No que concerne ao volume total de informação encontrada no Jornal de Notícias, a média total de informação, juntando os valores de média de todos os anos perfaz cerca de 38,6 textos por ano (39,4+42,2+52,2+31,4+27,8 ), muito longe da média de “La Voz”

que

se

cifrou

em

quase

o

dobr o:

60,

2

(58,2+56,8+58,8+54,4+72,8 ). No conjunto dos dois periódicos foram identificados 1805 documentos (124+1076+31+20+254 )+(70+170+9+7+94 )=1.805. Olhando

ao

volume

de

informação

e

identificando

as

questões que estes podem levantar, notamos que a La Voz de Galicia é o periódico que mais se dedicou a divulgar a temática do Património Mundial com mais do triplo de notícias identificadas do que o Jornal de Notícias. Desvende-se então a razão dessa discrepância.

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Identificamos também os anos mais “mediáticos e m cada um dos periódicos. Porque razão é que foram identificados mais documentos publicados em 2002 no Jornal de Notícias, enquanto que em La Vo z de Galicia 2004 foi o mais preponderante? Porque razão o centro histórico do Porto teve direito a mais “direit o de antena” em 2001 do que nos outros anos, enquanto que 2000 foi o mais importante para Santiago de Compostela, apesar de em ambos os caso a diferença não ser muita. Respondendo

à

primeira

questão,

diga -se

que

o

diário

regional La Vo z de Galicia , desde a sua fundação em 1882, por Juan Fernandez Latorre 183 (em conjunto com Antonio Prieto Puga e José Manuel Martínez Pérez) tem -se demonstrado, ao longo dos anos que compõem a sua existência, como um autêntico veículo de promoção da cultura e do

jornalismo galeg o,

como

defende

Mercedes Román Portas, ao afirmar que este periódico ocupa “um posto tão importante na imprensa galega e também no jornalismo espanhol contemporâneo”

184

.

Como exemplo dessa defesa da cultura e da especificidade galega no seio do reino de Es panha, atente-se ao exemplo histórico apresentado por Mercedes Román Portas, referente ao papel de La Vo z de Galicia , no processo de constituição do Estatuto de Autonomia da região da Galiza face ao poder central de Madrid, nos anos 30 do século passado: “A nuestro j uicio, y por muchas razones que nos dar ían materia para un largo alegato, vincularse

sino

en

La

la capitalidad de Galicia no puede

Coruña…

Hay,

aparte

los

motivos

geográf icos, sociales, culturales, comerciales y económicos que pudiéramos expon er en f avor de La Cor uña, una circunstancia que 183

Román Portas, Mer cedes ( 199 7). Histór ia de La Vo z de Galicia

(1882-1939). Vigo: Servicio de Publicacións da Universidade de Vigo 184

Román Portas, Mer cedes (1997). Idem, p. 5

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 3


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

debe ser decisiva en este m omento republicano: la de ser nuestra Coruña el baluarte más f irme de la libertad en t ierras de Galicia, como lo demuestra su histor ia…” 185

Sendo assim, e porque o património edifica do ao longo dos séculos ajuda e muito a construir o retrato histórico de um povo e de uma cultura ancestral como a galega, este jornal, como “Voz”, que quer ser, dessa imensa cultura não poderia esquecer a importância

desse

espólio

de

preponderância

milena r,

se

pensarmos principalmente da importância que o centro histórico de Compostela (classificado pela UNESCO em 1985) e o Caminho de Santiago

(classificado

o

traçado

correspondente

ao

“caminho

francês” em 1993) representam para os cristãos de todo o mundo como local obrigatório de peregrinação, as muralhas romanas de Lugo (classificadas em 2000), a Torre de Hércules ou de Breogán (classificada Ilustración,

em em

2009), Ferrol,

em (esta

La

Coruña,

última

em

a

Fortaleza

fase

de

La

adiantada

de

candidatura ao título de Património Mundial, tendo este espólio sido inserido na Lista Indicativa apresentada por Espanha ao Centro do Património Mundial, em Paris, a 27 de Abril de 2007) têm para as gentes e para identidade galega. A Galiza, pelos seus monumentos e bel eza paisagista, representa um verdadeiro paradigma, um exemplo a seguir no esforço pela conservação de espaços e lugares que construíram a história galega desde as raízes celtas á actualidade. E o jornal La Voz de Galicia explora esta temática abundante, r espeitando de facto a sua condição de periódico regional. Esta é a razão porque este jornal dá tanto enfoque às questões do património. Não só porque há muito para falar na Galiza sobre este tema, mas porque explora esse mesmo cariz de periódico regional.

185

Román Portas, M. ( 1997). Ibd., p. 465

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 4


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Uma condição que o Jornal de Notícias, fundado seis anos depois de La Vo z de Galicia , em 1888, por José Diogo Arroio, José Moreira Fonseca e José Guilherme Pacheco, já deteve, ao ter sido apenas, durante muitas décadas, a voz mais visível do norte de Portugal

e

da

cidade

do

Porto

em

particular

no

panorama

jornalístico português passando depois a cotar -se como um diário verdadeiramente nacional, como afirma Oliveira Ramos: “Desde a sua f undação até ao f im da ditadura salazar ista, o Jornal de Notícias conf inava-se às estr eitas ruelas do Port o, aos subúrbios cada vez mais ent upidos desta cidade, estendia -se às vezes aos lim ites do Minho, não alcançava a gente sem let ras de Trás-os- Montes e t emia a sempre marcante f ronteira que o r io Douro sempre representou. Com o 25 de Abril de 1974, mercê do desenvolvimento da própria cidade do Porto e da necessidade da sociedade em se inf ormar, o Jor nal de Notícias , graças a invest imentos acertados e a uma polít ica de expansão sustentada pôde f inalmente galgar a “f ronteira f luvial”, para se af irmar como o mais vendido jornal português da act ualidade.”

Desta

forma

na

186

actualidade,

com

a

condição

de

ser

verdadeiramente uma “máquina de fazer dinheiro”, como disse um dia o economista Antunes Rebelo Soutinho, mantém -se ainda ligado à cidade do Porto, mas por já não ter um cariz regional, dedica-se sobretudo a temáticas relacionadas com a política e o desporto nacionais. Porém,

é

um

jornal

que

se

destaca

por

publicar

semanalmente duas rubricas que visam explorar as problemáticas relacionadas com o património portuense e a sua história (“À

186

Ramos, Luís A. De Oliveira (2000). Hist ória da Cidade do Porto .

Porto: Porto Edit ora. 3ª Edição, pp 492 -493 Ar t ur F il ip e do s San t os

19 5


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Descoberta do Porto” e “Passeio Público”), inseridos num caderno apenas publicado no Porto. Não é então de estranhar que, face aos diferentes objectivos dos dois jornais (um é diário regional, o o utro é um diário de dimensão nacional), os valores nos apareçam com discrepância relevante, por via da missão de cada um destes periódicos. Quanto à existência, no conjunto das tabelas apresentadas, de haver valores que nos mostram que houve anos em destaq ue no que respeita ao volume de informação encontrada, esse facto explica-se desta forma: O ano de 2002 foi o ano em que foram publicadas mais notícias de carácter geral, isto é, não relacionadas com a cidade do Porto, respeitantes ao património no Jornal de Notícias. Esse facto explica-se pelo facto de ter sido nesse ano que foram iniciados os estudos com vista à elaboração da nova “Lista Indicativa” portuguesa a entregar em 2004 ao Centro do Património Mundial da UNESCO, em Paris, e que estará em vigor du rante dez anos. Foram, desta feita, publicados nesse ano de 2002, vários artigos relativos ao património a estudar para possível inclusão nessa

referida

Arrábida; Descalços,

Baixa

lista,

concluída

Pombalina

Buçaco

Costa

de

com Lisboa;

Sudoeste;

os

seguintes

Cerca

dos

Fortificações

espólios: Carmelitas de

Elvas;

Palácio, Convento e Tapada de Mafra; Universidade de Coimbra. Existe uma razão plausível para que 2001 tenha sido ano em que foram publicados mais artigos relacionados com o centro histórico do Porto . 2001 foi o ano em que a cidade do Porto dividiu com a cidade holandesa de Roterdão o estatuto de Capital Europeia da Cultura, tendo por isso sido alvo de uma maior cobertura mediática, por via de várias (e intermináveis) obras realizadas

em

vários

locais

emblemáticos

da

cidade

e

da

realização de palestras e conferências ligadas ao estudo do riquíssimo património arquitectónico da cidade do Porto.

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 6


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Para La Voz de Galicia , o ano de 2004 foi o mais notório no que concerne à publicação de notícias relativas a o património, isto porque nesse ano finalizou a “Lista Indicativa Espanhola”, onde em 23 espólios candidatos figurava apenas um exemplar (neste caso natural) galego, a Ribeira Sacra (Lugo e Ourense), tendo ficado “um amargo na boca” pela não inclusão novam ente da Torre de Hércules ou o espólio “ferrolano”. Assim, foram publicados artigos com reacções de alguns quadrantes da sociedade galega. Para Santiago de Compostela o ano de 2000 foi o que, na perspectiva do património, mais destaque teve, não só porque o centro

histórico

desta

cidade

celebrava

15

anos

desde

a

classificação outorgada pela UNESCO, mas sobretudo porque nesse ano Compostela foi Capital Europeia da Cultura.

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 7


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V. Conclusions Regarding

the research

undertaken in the

previous pages,

the following conclusions can be apointed:

Theoretical fundaments 

All efforts for the preservation of mankind’s

cultural heritage

would never had the expression obtained if not have been made known at

the

international

various measures

level,

if not to

disclose the

undertaken by

institutions towards a

common

goal,

international which is

to preserve

the tangible sign of our history. 

With a fixed effort of various agencies in developing a concerted institutional communication we’ve and documents of

reached the

great

objectives of heritage

present

day with references

importance to

realize not

conservation, but

the

documents are there physical

proof

that the

only the

specific

fact

that those

various

institutions

involved actually practiced a policy of communication.

It

is

essential to provide a theoretical

relationship of sphere account

the

of W orld a

various Heritage

agencies who among

profound definition,

company, being a

private

notion of are

the

active in

themselves, taking

yet focused, of

company,

notion

whether

the into of

public or

private with or nonprofit. 

In

the sociological

of historic social ties,

point

of

view and

maintenance

these companies

related

to heritage and tourism activity plays a large role in the spread Ar t ur F il ip e do s San t os

19 8


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of cultural

identity,

knowledge,

traditions and

customs

of a village, city or country beyond the borders. 

Given its importance, you feel the presence of economic and political lobbying, as these issu es most time Heritage often serve as

a

weapon,

economically important

especially

cities in

the

in

the most

national

context,

with a wider heritage and ranked with the most highest award that can be attributed to a historic center that is the title of UNESCO W orld Heritage Site. 

From

the

moment and

the classification

there

of the

are interests behind

heritage,

the

media

reached an importance not only as an informative entity but also from regulator and gauge of public opinion to support a cause as it is the election and conservation of heritage. 

Public

opinion is

dissemination value for

important

in

of heritage, from the an

entire

the preservation

and

moment a heritage is a

community, essential

to

be preserved in order to safekeep the historical legacy, an d fostering an

entire

economy based

on

flourishing

cultural

tourism. 

It is

imperative

that companies and

organizations that

orbit

the W orld Heritage to develop a communication plan as a way to better

present all

employees working

information internally, in contact in

with all

these organisms, and

externally, in dialogue with other companies belonging to the area of publicity and protection of heritage.

Ar t ur F il ip e do s San t os

19 9


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

The

option

of

using

known abroad fits

communication as

very

and objectives within meaning, these

well to

the

a

way

achieve

company or

organizations must

to make results

agency itself,

"talk"

in

order to

motivate those working in or for these organisms, and then call up the contact with whom orbits around or even out of such organizations. All those who perform their duties in institutions and public

and

the preservation

private

and

publicity

organizations dedicated

to

of W orld

be

Heritage should

aware of the objectives of the organism in which they work but also to focus

themselves to

the

importance

of a structured

communication within the organization, the mirror image of what transpires out of it. 

It

is

imperative

to

present a definition

of corporate

communication, particularly focusing on the definition of internal communication and external also honoring

the

is, in

UNESCO,

itself,

disclosure their

communication essentially,

perspective not

activities and

of non-profit institutions as to

mention the

missions taking

it

prospect of into

account

the issues of public relations and even marketing. 

It is essential to consider how the views of the prime movers of the city, what impact will the election of a site as a W orld Heritage

be in

sector has to

the say

local about

economy. And it. Only

what the

private

through a concerted

strategy, initiated by an institut ion and completed in a more or less

homogeneous it is to

see, perhaps

these questions

answered. All thanks to a careful construction of the idea of external

communication for

population, by

Ar t ur F il ip e do s San t os

seeing the

companies and institutions in

even the

city's

a united plan

20 0


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

of prestige, it will increase the levels of trust in regard to those organizations at the eyes of the public opinion. 

The pressing need to publicitate the contents related to W orld Heritage with the purpose to attract not only more tourism but also,

and that by

extension, more

the heritage fund itself,

since the

business,

preservation

heritage requires a substantial economic

so of

effort,

that

any built

an

effort

that often do not have town halls, countries are often not aware of these

issues

and

or ganizations,

which orbit on

the

heritage, are unable to capture. Proof is thus the importance of communication to

all spectra, for

the

development

of skills relating to the safeguarding of assets, as well as the disclosure of its classification. 

The

idea with

regard

media advertising is the importance as W orld prove,

essential with

of

communication in

Heritage,

meaning,

to publicity

as

applications and print

regard to the

the

study of

election of

a

site

this is a perspective that attempts

how the

public izing

a

heritage and

to the

desire to be classified as certified brand, through advertising or through

the

publication

of news regarding

this topic

can influence the final decision of UNESCO, as this prospect of disclosure can never be a privilege of only a organization. In addition

to

expensive, would

be

to

structure a solid little application, since it is necessary in order to

meet all

the

requirements of

multidisciplinary know that

the

election of a set and

only the

union

of several organizations could achieve a single goal. 

It

is

necessary

organizations who Ar t ur F il ip e do s San t os

for the

wish

organization

to promote

the

or group

heritage, even

of if

it 20 1


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

is first to

obtain for the

funds

through

election of

UNESCO but after raising

the tourism

industry have

to

create projects, forms of concerted action to thus gain public acceptance. Just giving credibility to the initiative to promote the heritage, away from to a political

any idea of

party or local

propaganda, glued

power companies that

are

only

interested in quick profits, is that you gain public support for the cause of protecting the heritage. 

As

with

any business or

organization,

relations become preponderant part in

the

project that

or society. In

moves within a project

public

execution

of any order to

issue (or not capable of filtering) information to that company, it is

necessary

to do

so carefully but

especially

with the

momentum that is necessary when it is intended to convey a message of credibility.

Public

Communication Campaigns. Communication

and the UNESCO World Heri tage

W hen we

think

of

the definition

of public communication campaigns, we conclude that the state governments while having the awareness, promote or

need

even appealing

to a

to raise change

in

behavior, in an educational level, or social and even economic or touristic for the preservation and promotion of heritage, developing public

communication campaigns aiming

to occupy its own space in the media path, different from the place occupied by the media. However, these media have not ceased to be an essential support as a vehicle for much of the information created Ar t ur F il ip e do s San t os

by public 20 2


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communication campaigns organized aim of

creating an institution

by

UNESCO with

dedicated to the

the

defense

of cultural and natural heritage of mankind. 

Not all of the media have the capacity to spread information of public

interest as

of heritage in

a

not treated

is

the

efficiently

preservation

and

way,

often the

well, incurring

times what

is

since

into errors,

relevant to

the

dissemination matter is

leaving out many detriment of

the

accessory, according to the strategy of the media in cause or simply

because

the media is tied

up

to

the

constraints imposed by reliance on the advertising industry. 

It

can

be

conclude

that, similarly

to

what happens with

several other social or cultural issues, also public officials who are active in the sphere of heritage are in the need for the creation of

communication

campaigns to

public, motivate younger fringes of of a sustained

education on

the

society need

to the

inform the importance

for preservation

and

dissemination of heritage, and sensitize the various areas of society, not to mention the business sector, to protect the W orld Heritage as a legacy but as well as a an economical-social value to countries. 

The

testimony of

the

official

authoritie s on

the

role

of communication issues in the W orld Heritage 

In our days, the various institutional entities that operate in the sphere

of the

protection of W orld

candidacy,

election, promotion

Heritage are adamant in

and

asserting the

importance of commun ication, the work of the media and the use of new media platforms as diffusers of projects related to Heritage

focus

Ar t ur F il ip e do s San t os

in

the public

opinion,

as

well 20 3


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as a careful strategy

of

between organizations, based

cooperation

on

a

careful institutional

communication. 

W ith regard to national and non -nation bodies taking part in the issues

related

to heritage

election of

organisms highest

level of state power as their own national governments, state agencies

that

oversee the preservation

and heritage, their

own regional

of culture governments

andnational committees UNESCO,

as the local municipal

councils and academic institutionsthat somehow dedicated to the study of the heritage listed, the more courses that already exist,

especially postgraduates,

on communication expertise to heritage and conference

whose objective focuses in

matters related

cycles now focused exclusively on

the importance, for example, of the media in publicizing and promoting

the heritage

listedherein seminars,

conferences or

lectures devoted to particular heritage but who feels the need to address issues related to heritage.

W ith respect to state and supra-national organisms are several examples of statements regarding the role of communication and its importance

to the W orld Heritage, from statem ents

made by some of the most important dignitaries of state, as is the case of

the

President of

the

regard to

Portuguese State, Portuguese

the

importance

for disclosure in

the

more specifically by the

Republic,

Cavaco

of heritage and media,

Silva, with the

need such

as by ICOMOS (International Counsil of Monuments and Sites), to hold a point on

Ar t ur F il ip e do s San t os

theimportance

of

20 4


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communication Charter on Cultural

Tourism, published

by

this organization.

The World

Heritage in

new spapers, radio

and on

Televisions 

It

was

mainly the

tourism in

large growth

the

of

the

industry

1990’s, which

of cultural

attracted major

media (newspapers, radio, television) to the theme of heritage. 

To

understand the

action of

the

media in

the

context

of heritage it must be objectively comprehend ed the notion of what is cultural tourism, its definition and importance in the actual socio -economical point of view. 

Understanding the object of cultural reason of

the

notion tourism, it

the

is

importance of

relationship From

of cultural necessary this

to present

industry and

with moment that

heritage, prime

the

the

his recent media.

tourism is, today, an increasingly

important industry for

the global

GDP, where cultural

tourism is developing

rapidly and

that

Heritage is one of

the

most

visible of

the W orld this sector, the

economic agents that could not but be aware, and political power could not remain indifferent. 

From

the moment

the economical and

political

power are

interested in the issues of the cultural tourism and the W orld Heritage

(often

used to focus pressure and

political

and economical lobby) and especially because the public seeks to

discover cultural

specifically newspapers, Ar t ur F il ip e do s San t os

heritage, then radio

the media, and television 20 5


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channels see the interest in heritage a business opportunity to reach new

audiences,

new niche

consolidate hearings on the

markets,

intellectual fringes of

society

and build a philanthropic image of social cause in defense of the universal

cultural heritage. The

examples in

the

various media are many and varied, now published, either in audio

or televised,

and in most

cases also

available on

the

websites of the media on the Internet. 

Relating

to Portugal,

especially over

the

the Portuguese

last decade

of

media have

last

century,

shown, a

period

that culminated in the election of most sites that Portugal has in the W orld Heritage List, but also during the first decade of the XXI Century. From stories that relate to current events that refer

to applications,

to holidays

and conservation

efforts of a well classified or elected title. 

From

the moment

of an industry that

the W orld

Heritage has

become

generates substantial profits;

part

this is no

longer confined to simple cultural program after hours but has now met the media exposure often in the middle of prime time.

The World

Heritage in institutional

Web

pages,

W orld

Heritage,

web personal pages and blogs 

The

institutions

that deal directly with

profitable or non-profitable

companies,

as government

agencies, supra -national organizations or academic institutions know

the

importance

of Internet

as

a privileged

platform to make themselves known and to disseminate the initiatives for the defense and promotion of W orld Heritage. To prove this

assertion

are the

various agencies connected Ar t ur F il ip e do s San t os

various with

pages and

sites of heritage 20 6


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that has, increasingly strengthening its global philanthropic, educational

presence in and

the

also political

and economic purposes. 

In these institutional websites in the vast majority of examples it exists a

page dedicated

communication, including a page

exclusively to

devoted to

contact

with the

media, with newsletters dedicated to the media but also to the investigator and the ordinary citizen who wants to be aware of the initiatives by this or that organization. 

There

are

hundreds

information about

of personal

W orld

webpages with

Heritage, in

both

lots

of

Portuguese

and Castilian in concrete, not forgetting even the universe of blogs. 

Similar to what already happens in the world of journalism, with the increasing figure of the "citizen journalist", also the public opinion, embodied in the common people, who often is in no way linked to to issues of heritage, whether at institutional or business, makes and promotion

of

an

essential

cultural

contribution to

heritage, thus

the defense

demonstrating that

communities want to preserve the legacy of the past, using for it the Internet, in its various platforms (blogs, facebook, twitter, and email - send files in powerpoint about the cultural heritage, W indows Messenger, etc..)

producing their

own

content or disseminating works of others.

The World Heritage in Advertising Campaigns 

Being a

UNESCO

brand for all evaluation Ar t ur F il ip e do s San t os

elected heritage a strong

factors that are

inherent

in this 20 7


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international

distinction or even

if

it

is in

the

process of

applying for this classification, it is necessary to consider what the

best strategies

for

promoting

best supports this disclosure,

the brand heritage , which

that objectives,

which target

audiences. 

The advertising campaigns are a strategy that local, national or international have today in large account, bearing in mind that it is a strategy

which, although

outcomes of

this

not easy

campaign, are the

to assess ramp

the

to a rapid

dissemination and information of heritage within the public. Not always the scientific,

development or

ensure the

just public

transmission

of

init iatives purely cultural

relations of

strategies are

knowledge of

or

enough to

the

existence

of cultural heritage worth visit, which has historical, sociological and tourism and enhance

economic worth, and

only by planning appropriately targeted advertising using media

(urban advertising,

radios, televisions, among

that

campaigns, newspapers,

other forms) is

that

the

information you can reach your audience in a more effective, The advertising campaigns are a strategy that local, national or international are today in large account, bearing in mind that it is a strategy

which, although

outcomes of

this

not easy

campaign are the

to assess ramp

the

to a rapid

dissemination and information heritage within the public, we are not

always the

scientific,

or

ensure the

development just public

transmission

of assets worth visit, which and tourism and enhance

of

initiatives purely cultural

relations of

strategies are

knowledge of

Ar t ur F il ip e do s San t os

enough to

the

existence

has historical, sociological economic worth, and

only by planning appropriately targeted advertising using media

or

(urban advertising,

that

campaigns, newspapers, 20 8


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radios, televisions, among

other forms) is

that

the

information you can reach your audience in a more effective, credible and attractive.

Comparative study of Jornal de Notícias and La Voz de Galicia new spapers Exhibition of Work 

After careful exploration present in

the

newspaper

of

the study

chapter discussed, La Voz

de

that allowed a greater the heritage theme

it

and tables that is

concluded that: the

Galicia was

number to

of remembering

are

the

daily

find information on

that these

figures are the

texts pertaining to Santiago de Compostela. At a considerable distance

from

with a smaller

the first

journal is the

volume of

information,

Jornal

de

Not ícias,

posting news related to

the historical center of Oporto. 

On the question concerning of knowing what were the years that are more information about this topic, the tables tell us the following: for the Jornal de Notícias 2002 was the year that matters relating volume

to

heritage were

of encrypted information

more prominent with found in

261,

the

while the

weakest year, to 2004, fall up by 139. 

As for La Voz de Galicia, the year we find more information for the

variables relating

to

heritage in

general

was that

of 2004, with 364 texts found with the turn out to be the worst year in 2003, while information related to the historic Santiago has his best years to 2000.

Ar t ur F il ip e do s San t os

20 9


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The year 2002 was the year they were published more news of a general nature, not related to the city of Oporto, relating to heritage in the Jornal de Notícias. This is explained by the fact that it was this year that studies were initiated on the drafting of the new Portuguese

"Tentative List" in 2004 to

deliver to the W orld Heritage Centre of UNESCO in Paris, and who will

be

in

effect for

time, published in 2002, several heritage study

Discalced

articles relating

for possible inclusion

following sites:

Arráb ida;

Carmelites,

of Elvas ; Palace of

ten years. W ere this

in the

to the

list, complete the

Pombaline Lisbon; Some of

Buçaco southwest Mafra Convent

the

coast;Fortifications

and Zoo,

University

of Coimbra. 

2001 was the year they were published more articles related to the historical center of Oport o, and this was the year that the city of Oporto shared with the Dutch city of Rotterdam the status of European Capital of Culture and has therefore been the target of a greater media coverage, including Jornal de Notícias, by several works carried out in several emblematic places of

the

city

and conferences related

and to

the

organize study of

seminars

the architectural

heritage of the city of Oporto. 

For La Voz de Galicia, the year 2004 was the most notorious in regard to the publication of news concerni ng heritage, because in that year that ended the Spanish “Tentative List" where in 23 candidates case natural ) the

one

Galician

site appeared (in

Ribeira Sacra (Lugo and

Ourense),

this having

been "a bitter taste in the mouth" again by not completing the Tower of Hercules or

Ar t ur F il ip e do s San t os

"ferrolano" heritage site. Thus, articles

21 0


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were

published with

reactions from

some

quarters of

the Galician society. 

For Santiago de Compostela the year 2000 was that in view of its heritage, had more emphasis, was not only because that the historical center of this city celebrated 15 years since the election granted

by UNESCO,

because this year Compostela was

but the

especially

European

Capital of

Culture. 

Looking

at the

volume

of information

and identifying the

issues that they can raise, we note that the La Voz de Galicia is the most

dedicated paper to

spread

the theme

of W orld

Heritage more than triple news identified on the same theme that the

Jornal

de

Notícias. The

reason

is mainly the

characteristics of the two papers as the Jornal de Notícias is a publication of

a

circulation, as long

general as

the La

nature and Voz de

a

Galicia

national is a regional

journal, that in spite of publishing general matters, it focuses primarily on topics of interest regional level. 

The press, whether national or regional in nature, contributed to the

dissemination of heritage,

that same

heritage lights

property built by

the

and

the dissemination of

the interests

people,

who are

of

cultural

interested to know

more and want to seek a building process of identification with the historical and

cultural monument in

question,

bringing a

sense of belonging and preservation, to the point of wanting to protect

it, maintain

gains more importance thus attract investment, to

it, classif y it in achieve with

so

thatit

the tourism and tW orld

Heritage

revenues for economic development of sites. Ar t ur F il ip e do s San t os

21 1


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Upcoming Research Projects 

The Application for a Historic

Centre of the W orld

Heritage W orld Title: A Real case of Communication. 

The New

Platforms and Dissemination

of UNESCO

W orld

Heritage: The Heritage on Facebook and the Apple Apps. 

Communication

and W orld

Heritage

Sites. The Heritage

Protection in W ar scenarios -future Postdoctoral research

Ar t ur F il ip e do s San t os

21 2


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TSF (2009). Encontros com o Património. TSF Rádio Jornal. Extraído

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16

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de

2010

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TSF:

http://tsf.sapo.pt/Programas/programa.aspx?content_id=918070

TSF (2009). Terra -a-Terra. TSF Rádio Jornal. Extraído a 16 de Fevereiro

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2010

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sítio

da

TSF:

http://tsf.sapo.pt/Programas/programa.aspx?content_id=1020541&a udio_id=1058515

Ar t ur F il ip e do s San t os

23 1


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Torre de Hércules patrimonio de la UNESCO (2009, Setembro 29). Rádio Nacional de España. Extraido a 16 de Março de 2010 do sítio da Rádio Nacional de España.: http://www.rtve.e s/noticias/unesco/

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Heritage

Centre

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Ar t ur F il ip e do s San t os

23 2


A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

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Vicente, Leonel (2005). Património Mundial da Humanidade (I). Extraído

a

16

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Abril,

2010

de

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Venuesa,

Meneses

(s/d).

Extraído

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18

Avila de

Patrimonio

de

Junho,

la

Humanidad. 2010

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Vicente, Leonel (2005). Património Mundial da Humanidade (I). Extraído

a

16

de

Abril,

2010

de

http://memoriavirtual.net/2005/06/sociedade/patrimonio -mundialda-humanidade-i/

Vila Viçosa Candidata a Património Mundial (2008, Maio 27). Jornal de Notícias. Extraído a 18 de Fevereiro de 2010 do sítio do

Ar t ur F il ip e do s San t os

23 3


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Jornal

de

Notícias:

http://jn.sapo.pt /paginainicial/interior.aspx?content_id=951567

Virtual W orld Heritage (2002). Heritage Management of Historic Cities: Planning for Mixed Use and Social Equity. Extraído a 12 de Novembro

de

2006:

http://www.virtualworldheritage.org/index.cfm?pg=Events&s=Mexic o%20City&d=Details&l=en

VI

Encuentro

para

la

Promoción

y

Difusión

del

Patrimonio

Inmaterial de los Países Andino (2005). Extraído a 22 de Março de 2006

do

sítio

da

Universidade

de

Antioquia:

http://internacional.udea.edu.co/prog2005final.pdf

W orld Heritage Centre (1992). W orld Heritage. Extraído em 17 de Maio

de

2010

do

sítio

do

Centr o

do

Património

Mundial:

http://whc.unesco.org/en/about

W orld Heritage Center (2010). Jaeger -Le Coutre Launches its Second online Auction for the Preservation of W orld Heritage Sites. Extraído a 19 de Junho d o sítio do Centro do Património Mundial: http://whc.unesco.org/en/news/595

W orld Heritage Centre (2010). Message from Francesco Bandarin, UNESCO

Assistant-Director

for

Culture,

on

floods

affecting

European W orld Heritage sites. Extraído em 17 de Maio de 2010 do sítio

do

Centro

do

Património

Mundial:

http://whc.unesco.org/en/news/610

Xacobeo Galicia (2011). S. A. de Xestión do Pla n Xacobeo. Extraído a 18 de Julho de 2011de http://institucional.xacobeo.es/es

Ar t ur F il ip e do s San t os

23 4


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I. Anexos ANEXO Nº 1

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ANEXO Nº 2

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ANEXO Nº 3

ANEXO Nº 4

ANEXO Nº 5

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ANEXO Nº 6

REPORTAJE -

La cultura deja de ser florero FERNANDO SAMANIEGO - Madrid - 13/11/2006 – El País

Los ministros de Cultura de la Unión Europea se reúnen hoy

y

mañana

potenciación

en

del

Bruselas

valor

en

económico

busca del

de

sector

una

mayor

cultural

y

creativo La Comisión Europea quiere que la cultura se convierta en uno de los p ilares de la Agenda de Lisboa, junto con el económico, el social y el medioambiental, para convertir la Europa de 2010 en la zona más competitiva del mundo. El Consejo de Ministros de Educación, Juventud y Cultura de la UE, que se celebrará en Bruselas hoy y mañana, analizará un estudio sobre el sector cultural y creativo, que representa entre el 3% y el 6% del producto interior bruto (PIB), con su influencia en el desarrollo económico y social,

el

empleo,

las

tecnologías

de

la

información

y

la

comunicación y el turismo cultural. El estudio La economía de la cultura en Europa, elaborado por la

consultora

Kea

Ar t ur F il ip e do s San t os

European

Affairs

(www.keanet.eu)

para

la

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Dirección General de Educación y Cultura de la Comisión Europea, registra la realidad de la sociedad del conocim iento, sobre todo a partir de la digitalización del material cultural. Si la cultura deja de ser un adorno se unirá al desarrollo económico y social, la innovación y la cohesión para hacer de la Unión Europea en 2010 "la economía, basada en el conocimiento , más competitiva y dinámica

del

mundo,

capaz

de

un

crecimiento

económico

sostenible con más y mejores puestos de trabajo y mayor cohesión social". El sector cultural y creativo facturó más de 654.000 millones de euros en 2003, mientras que

la industria au tomovilística

alcanzó los 271.000 millones en 2001 y las empresas de las tecnologías de la información y la comunicación (TIC), 541.000 millones en 2003. El sector contribuyó en un 2,6% al PIB de la Unión

Europea

inmobiliarias

en

2003;

contribuyeron

en en

el

mismo

un

2,1%

año y

las

el

actividades

sector

de

la

alimentación y bebidas, en un 1,9%. El estudio señala que ha tenido

que

elaborar

definiciones

concretas,

instrumentos

estadísticos y recogida de datos ante la ausencia de estadísticas adecuadas y de su s contenidos. Han entrado en los datos de Eurostat y en la base Amadeus, con información financiera sobre ocho millones de empresas públicas y privadas de 38 países europeos. Para situar el sector cultural en Europa, el estudio ha tenido en cuenta las indu strias tradicionales (cine, música, libros), pero incluye los medios de comunicación (prensa, radio, televisión), los sectores creativos (moda, diseño, arquitectura), el turismo cultural, las artes escénicas y visuales y el patrimonio cultural. Añade el impacto del sector en el turismo cultural y en las TIC y analiza los vínculos entre cultura, creatividad e innovación. En la evaluación figura el sector cultural, con los sectores no industriales, bienes y servicios de consumo en el acto (el campo de las art es y

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patrimonio

cultural)

y

los

industriales,

los

bienes

culturales

destinados a su reproducción, difusión y exportación (libro, cine, vídeo, música). En el sector creativo se incluyen actividades como el diseño, la arquitectura y la publicidad. En el sector cultural y creativo trabajaban 5,8 millones de personas en 2004, lo que equivale al 3,1% de la población total empleada en la UE de los Veinticinco. El empleo es uno de los argumentos más claros de la repercusión de la cultura en la sociedad, así como s u formación. En estadísticas locales, en la Comunidad de Madrid el 5,2% del empleo es cultural y en Cataluña llega

al

3,9%.

Para

el

conjunto

europeo,

el

46,8%

de

los

trabajadores del sector tiene al menos un título universitario (frente al 25,7% de la cifr a total de empleo), el porcentaje de autónomos es más del doble del que existe en la cifra total de empleo

(28,8%

frente

al

14,1%)

y

se

registra

un

17%

de

trabajadores con contrato temporal (13,3% en la cifra total de empleo). Además del efecto directo y c uantificable, el estudio tiene en cuenta

los

resultados

económicos

que

se

generan

en

otros

sectores no culturales, sobre todo en el sector de las TIC y el desarrollo

local,

con

alusiones

a

la

banda

ancha,

Internet,

telefonía móvil y el turismo. No pone en duda que el desarrollo de las nuevas tecnologías depende del atractivo de su contenido creativo (según la consultora PriceW aterhouseCoopers, el gasto en contenidos relacionados con las TIC representará el 12% del incremento total del gasto global en los se ctores de ocio y medios hasta 2009). La cultura es motor para el turismo, una industria que contribuye al PIB de la UE con un 5,5% y tiene una cuota de mercado mundial del 55%, siendo Europa el destino más visitado del mundo, con 443,9 millones de llegadas internacionales en 2005, según la organización Mundial del Turismo de Naciones Unidas.

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"Es el momento clave para que la cultura no pierda el tren de los objetivos estratégicos de la Agenda de Lisboa, por sus efectos en la ciudadanía, en la identidad europ ea y la cohesión social", afirma

Fernando

Cooperación

Gómez

Cultural

Riesco,

Internacional,

subdirector del

general

Ministerio

de

de

Cultura

español. Después de la reunión de ministros de Bruselas, la Comisión

Europea

abrirá

un

procedimiento

como

base

del

documento político que se envía a la cumbre de jefes de Estado y de Gobierno en el Consejo Europeo de primavera, con Alemania en la presidencia semestral. Gómez Riesco añade que hay que definir los campos y el ámbito de la cultura, establecer criterios de referencia, objetivos europeos, hasta conseguir una acción global, en aspectos como el empleo cultural, la distribución y circulación de bienes, la política de ayudas públicas a las industrias, el mercado interior cultural europeo. fiscalidad

"La

cultura

aporta

mucho s

fondos

a

y del empleo, superiores a lo que

Presupuestos

del

Estado,

de

las

través

de

la

recibe de los

comunidades

o

de

los

ayuntamientos. Ya es un paso adelante que la cultura no se entienda hoy sólo como gasto público. Igualmente, estamos ant e una oportunidad única para que la cultura se integre con más plenitud en las políticas europeas y no sólo como una acción complementaria o de apoyo". Un análisis de la inflación de costes en los teatros de Broadway, de 1966, es la primera referencia de l os estudios que relacionan la cultura y la economía. Hoy, los expertos en este campo se reúnen cada dos años en un congreso internacional, el último celebrado el pasado mes de julio en Viena (el de 1998 tuvo a Barcelona como sede y el próximo será en Montr eal). Discuten los modelos europeo y anglosajón de la cultura y el impacto del Guggenheim economía

de

de

Bilbao

en

la

universidades

Ar t ur F il ip e do s San t os

ciudad.

Los departamentos de

españolas

(Barcelona,

Oviedo,

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Valencia,

Vitoria,

Madrid,

Valladolid,

entre

otras)

investigan

políticas e industrias culturales, economía del patrimonio, turismo cultural, y los estudios concretos abarcan el público del cine y del teatro, el Festival de Cine de Valladolid o el impacto en Salamanca cuando fue capital cultural europea. "Sin duda, éste es un campo y una opción de futuro", señala Víctor Fernández Blanco, de la Universidad de Oviedo, que ha realizado análisis económicos del cine y de los museos, aspectos de defensa de la competencia, el consumo de música clásica y popular, los presupuestos públicos y la política de cooperación exterior. Señala que en los países europeos el sector cultural representa entre el 3% y el 6% del PIB, mientras que en Estados Unidos supera el 6%, siendo la audiovisual la segunda industria exportadora. "El mundo de la cultura está relacionado con la sociedad tecnológica y el mayor tiempo dedicado al ocio, con la creatividad, la defensa de los autores y la propiedad intelectual. Debería haber un claro impulso de la Administración hacia estos estudios". Las cifras está n en las publicaciones de la Fundación Autor (de la SGAE), el Libro Blanco de las industrias culturales de Cataluña o en el Anuario de estadísticas culturales 2005, del Ministerio

de

Cultura.

Este

último

documento

señala

que

el

volumen anual de negocio de l as industrias culturales españolas se sitúa en 2004 en los 32.000 millones de euros (la alimentación mueve 77.000 millones), con el sector editorial, que suma 7.400 millones; el de las artes gráficas y reproducción de soportes grabados, con 8.200 millones; las actividades de radio y televisión, con 5.700 millones, o las de cine y de vídeo, con 3.700 millones de euros.

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ANEXO Nº 7

Jornal de noticias

Turismo/Cultura:

Especialistas

nacionais

e

internacionais debatem papel do património cultural na promoção turística - 2008-10-30 Lisboa, 31 Out (Lusa) - A importância do património cultural na promoção turística vai estar a partir de hoje em debate, durante um seminário internacional que irá reunir vários especialistas dos dois sectores, autarcas, historiadores , arquitectos e associações de agências de viagens, entre outros. Um dos projectos que será apresentado hoje no "Touring and Heritage/Turismo e Património", que irá decorrer até sábado em Tomar, é o Roteiro Turístico do Património Mundial, que estará disponível ao público "antes do final do ano", revelou à Lusa Luis Patrão, presidente do Turismo de Portugal, entidade que organiza o seminário. Este Roteiro está integrado na promoção de itinerários na região

dos

mosteiros

classificados

como

Património

da

Humanidade, de Alcobaça, Batalha e Tomar. O 'touring' cultural e paisagístico já é o segundo produto mais procurado pelos turistas estrangeiros que vêm a Portugal, mas pode atrair mais visitantes, estando prevista a realização de programas de valorização de circuitos turísticos, salientou Luis Patrão. Visando

concretizar

a

aposta

no

'touring'

cultural

e

paisagístico, Luís Patrão afirmou que será apresentado, no âmbito do

QREN

"conjunto

(Quadro de

de

programas

Referência de

Estratégico

natureza

cul tural

Nacional), e

um

turística",

nomeadamente para valorização do património existente e de circuitos turísticos. Ar t ur F il ip e do s San t os

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Luís Patrão salienta que as estimativas existentes apontam para que "cerca de um quarto [25 por cento] dos turistas que vêm a Portugal" são atraídos pela v ertente cultural, mas espera poder trazer mais visitantes para apreciar os monumentos, cultura e tradições nacionais. O turismo cultural é um produto "com força" mas mal aproveitado, sendo necessária a conjugação de esforços de várias entidades para tornar possível a sua venda nos mercados nacional e internacional, defendeu à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT). João Passos considera que o turismo cultural "tem um peso pequeno" na actividade turística em Portu gal porque "não há centralização de esforços para o tornar um produto vendível". Assim,

"é

complicado

fazer

qualquer

promoção

do

produto,

nomeadamente no mercado internacional", defendeu. O director-geral da Confederação do Turismo Português (CTP), Sérgio Palma Brito, afirmou, por seu lado, que até há um aproveitamento principalmente

turístico em

do

algumas

património regiões,

histórico

e

mas concorda

religioso, que

"tem

capacidade para se desenvolver mais". Já para o director do Instituto de Gestão do Patr imónio Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), Elísio Summavielle,"o turismo cultural está a ter cada vez mais procura e esta aliança com o património é bem -vinda", observou em declarações à Agência Lusa. O responsável do IGESPAR destacou que os monumento s constituem "a parte física de um património português mais global muito

rico,

que

inclui

as

culturas

locais,

o

artesanato,

a

gastronomia, e os saberes". "É necessário saber coser estas riquezas e estimular todos os responsáveis para que o património se a proxime ao turismo", defendeu, salientando ainda que, com este seminário em Tomar,

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pela primeira vez se reúnem entidades "de uma forma concertada" para abordar o tema. "Queremos criar sinergias entre várias entidades e atrair o turismo com uma oferta de eventos que permitirão o convívio da criação contemporânea com o antigo", sustentou. Os museus "são um elemento fundamental na captação de turismo cultural" no país, defendeu também à Agência Lusa o director do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), Ma nuel Bairrão Oleiro. "Há um grande crescimento do interesse no turismo cultural em Portugal", comentou Manuel Bairrão Oleiro, admitindo que "ainda há muito trabalho a fazer para divulgar as colecções" dos 28 museus e seis palácios nacionais do país tutelad os pelo organismo que dirige.

ANEXO Nº 8

“PROGRAMA- II Jornadas Internacionais de Turismo e Património do Instituto Superior de Línguas e Administração de Vila Nova de Gaia

31 de Maio 2007 - TURISMO CULTURAL 9:30h - Recepção dos participantes 10:00h - Sessão de Abertura - Prof. Doutor António Lencastre Godinho : Director Académico do ISLA - Dr. Luís Filipe Meneses : Presidente da C.M.Gaia (por confirmar) - Dr. Mário Dorminsky: Vereador na C.M.Gaia com os pelouros do Turismo e Cultura. 11:00h - Painel I - Estratégias de Desenvolvimento do Turismo no Espaço Europeu e Nacional.

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- "O PENT e o Turismo Cultural" - Dr. Joaquim Moura Assessor do Presidente do Turismo de Portugal. - "A Situação do Turismo em Angola: Perspectivas" - Dr. Paulino Domingos Baptista Vice-Ministro do Turismo de Angola - "Turismo Cultural: Evidências da sua pouca articulação em Portugal" - Prof. Doutor Carlos Costa(Docente da Universidade de Aveiro) e Mestre Rossana Santos. Painel 2 - Turismo Cultural - Vertentes e Opções - "Novos Rumos do Turismo Cultural" - Prof. Doutor Licínio Cunha Professor convidado da Universidade Lusófona - "TOW - Pequenas Histórias, Grandes Descobertas" - Dr. João Henriques Administrador da Marinha Viagens e Turismo.

01 de Junho de 2007 - P ATRIMÓNIO CULTURAL 09:00H - Recepção dos participantes 09:30H

- Paínel

1 -

Preservação

do

Património

ligado

ao

Desenvolvimento do Turismo - "Património e Desenvolvimento" - Dr. Cláudio Torres. Presidente do ICOMOS -Portugal, Arqueólogo de Mértola e Prémio Fernando Pessoa 1991. - "Togonbriga: um caso no Noroeste Peninsular" -Prof. Doutor Lino Tavares Dias; Director da Estação Arqueológica do Freixo. - "Património do Douro" - Prof.Doutor Fernando Sousa; Presidente do CEPESE e Professor Catedrático da Universidade do Porto. - "Museus e Turismo" - Dra. Maria João Vasconcelos. Directora do Museu Soares dos Reis 15:00 - Paínel 2 - A importância da dinamização do Património para fins turísticos

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- Prof. Doutor Ruben Lois Gonsalez: Director Geral de Turismo da Xunta de Galiza e Docente da Universidade de Santiago de Compostela. - "Turismo Cultura: promoção e contribuição cultural do produto turístico do Norte" - Dr. Jorge Osório Presidente da Associação de Turismo Norte de Portugal. - "Gestion del Património Arqueológico em Galicia" - Prof. Doutora Raquel Casal Garcia. Docente

e

Investigadora

da

Universidade

de

Santiago

de

Compostela. - "Reflexións sobre o Patrimonio" - Prof. Doutor Fernando Acuña Castroviejo. Docente

e

Investigador

da

Universidade

de

Santiago

de

Compostela. - "El presente eterno: turismo, modernidad y autenticidad" - Prof. Doutor Frederico Castro Morales Docente da Universidade Carlos III de Madrid.” 187

187

Ins t i tu to S up er i or d e Lí n gu as e A dm in is t raç ã o (2 0 0 7). I I J or n ad as

In ter n ac io n a is de T ur i s mo e P atr i m ón i o . Ex tra íd o a 2 7 d e M a io de 20 0 7 do s ít i o

do

I ns t i tu t o

S up er i or

de

L ín g uas

e

A dm in is tr aç ão :

h tt p: // ww w. g a ia .u n is l a. pt / in d ex . p hp ? op t io n =c om _c o nt en t &t as k = v i e w& i d =2 5 0 &I tem id = 4 2 6,

Ar t ur F il ip e do s San t os

24 7


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ANEXO Nº 9

A quatro de Abril de 2009 as IV Jornadas Internacionais de Jornalismo da Universidade Fernando Pessoa, Porto, P ortugal apresentaram uma comunicação em que o tema centrou -se na especialização jornalística na divulgação do património cultural e artístico: “SESSÕES PLENÁRIAS 09h30 Conferência Futuro

do

Presidente

de Jornalismo:

da

Controlo

mesa: José

Conferencista: Alfonso

abertura de

Qualidade

Rei

(UTAD) --*

Esteves

Sánchez-Tabernero

(Universidade

de

Navarra) Comentadores: João Paulo Faustino

(Media

XXI,

Católica

Leiria)

e

e

Instituto

Politécnico

de

Universidade

João

Palmeiro

(Associação Portuguesa de Imprensa) 11h00 Renovar

o

Ensino

do

Jornalismo

Presidente da mesa: Cristina Nobre (Instituto Politécnico de Leiria) Carlos

Duarte

Felisbela

(Jornalista; Lopes

Universidade

Fernando

(Universidade

do

Pessoa) Minho)

António Fidalgo (Universidade da Beira Interior; vice -presidente da SOPCOM) Eduardo Miguel Alberto

Meditsch Tuñez

(Universidade

(Universidade Pena

de

Federal

Santiago

(Universidade

Comentador: W lodzimierz

Józef

de

Szymaniak

Santa de

Catarina)

Compostela)

de (Universidade

Vigo) Jean

Piaget de Cabo Verde) 15h00 A Renovação das Redacções: Os Jovens Jornalistas no Mercado Presidente da Mesa: Galvão Meirinhos (Universidade de Trás -osMontes

Ar t ur F il ip e do s San t os

e

Alto

Douro)

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

João

Malainho

Miguel

Conde

Marta

Velho

Coutinho

(European

jornalista José

(Jornalista (Jornalista You th

RNTV)

do Jornal

Press/Youth

do

Pereira

da de

Press

Grupo

(Universidade

de

Notícias ) Portugal

e

Renascença)

Santiago

de

Compostela)

Sara Meireles Graça (Escola Superior de Educação de Coimbra) Hélder

Bastos

Comentador: Luís

(Universidade

Miguel

Cardoso

do

(Instit uto

Porto)

Politécnico

de

Portalegre) 17h30 Renovar

o

Negócio

Jornalístico

Presidente da Mesa: Antônio Hohlfeldt (Pontifícia Universidade Católica Ana

do

Sílvia

Rio

Grande

Médola

Helena

do

Sul;

(Universidade

Sousa

presidente Estadual

da

INTERCOM)

Paulista

(Universidade

do

-

Bauru) Minho)

Carlos Eduardo Franciscato (Presidente da SBPJor/Universidade Federal Afonso

de Camões

(Administrador

Sergipe) do Jornal

de

Notícias)

Alfredo Maia (Sindicato dos Jornalistas e Jornal de Notícias) Comentador: Valério Brittos (Unisi nos) SESSÕES

PARA

COMUNICAÇÕES

DE

TEMA

LIVRE

SOBRE

JORNALISMO (em paralelo) Sessão 1: Teoria e História do Jornalismo 1 11 horas – 13 horas – Salão Nobre Presidente da mesa José

Marques

de

Melo

(Catedrático

UNESCO/Universidade

Metodista de São Paulo e Univ ersidade de São Paulo) Comentadores Xosé López García (Universidade de Santiago de Compostela) Rui Melo (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores José

Marques

de

Melo

(Catedrático

UNESCO/Universidade

Metodista de São Paulo e professor emérito da Univers idade de

Ar t ur F il ip e do s San t os

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

São Paulo): Sesquicentenário da investigação sobre o jornalismo no Brasil Jorge Pedro Sousa (Universidade Fernando Pessoa e CIMJ), Carlos Duarte, Nair Silva, Gabriel Silva, Patrícia Teixeira e Mônica Delicato (Universidade Fernando Pessoa): O contributo de José Agostinho de Macedo para a crítica ao jornalismo em Portugal Isabel Trabucho (Universidade Aberta): A verve de Cronos – textos cronísticos de Oitocentos Roseane

Arcanjo

Pinheiro

(Universidade

Federal

do

Maranhão): Entre embates e a política no século XIX: O início do jornalismo na província do Maranhão – Brasil (1821-1823) Antônio Hohlfeldt (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul): Imprensa nas colónias de expressão portuguesa: primeira aproximação Aurora García González. (Univ ersidad de Vigo): Radio Basilé y la aparición de Radio Makuto

Sessão 2: Comunicação e Política 1 11 horas – 13 horas – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Joaquim Fidalgo (Universidade do Minho) Comentador João Paulo Meneses (TSF, Universidade de Vigo e ISLA ) Comunicadores Pedro Aquino Noleto Filho (Universidade de Brasília): Políticos e jornalistas: Imagens fora de foco? Gabriel A. Corral Velázquez (Universidad Autónoma de Querétaro – México): El análisis de las prácticas del ejercicio periodístico en un contexto de transición a la democracia: El caso de Querátaro, México

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António R. Castromil (Universidad Complutense de Madrid): O debate sobre a repercussão na qualidade da democracia do negativismo midiático Mara Regina Rodrigues Ribeiro e Gabriella Souza de Oliveira (Universidade Federal do Pampa – Unipampa): Os elementos do agir político nas campanhas eleitorais da Rádio Nacional Rui Novais (Universidade do Porto/University of Liverpool), João Pereira (Universidade do Porto) e Marta Oliveira (Universidade do Porto): A presidência dividida: os avanços e recuos da conferência UE-Africa Ana

Isabel

Martins

(Universidade

de

Coimbra): Olhares

jornalísticos sobre a primeira Cimeira UE -Brasil Joana Martinho (Universidade do Porto): Magalhães e a circum navegação Catarina

da Menezes (Escola

Superior

imprensa de

Educação

de

Leiria

e Universidade de Coimbra): Quando os media falam de ‘jovens e política’: um mês de representações no Público, Correio da Manhã e Visão

Sessão 3: Discursos e representações 1 11 horas – 13 horas – Sala 308 Presidente da mesa Manuel Pinto (Universidade do Minho) Comentador Alda Mourão (Escola Superior de Educação de Leiria) Comunicadores Francisco Rui Cádima (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa): Informação televisiva e crime violento Pedro Celso Campos (Universidade Estadual Paulista): Jornalismo e sociedade: A visibilidade do idoso nos meios de comunicação (estudo de caso: jornais El País e ABC -2007)

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Kárita

Cristina

Francisco

(Faculdade

de

Ciências

Sociais

e

Humanas da Universidade Nova de Lisboa): O caso do telemóvel da

Escola

Carolina

Michaelis:

a

representação

nos

jornais

“Público” e “Correio da Manhã” Maritza

Sobrados

León

e

H.

Miluska

Sánchez

Gonzales

(Universidad de Sevilla): La construcción de la otre dad en la escuela: Nuevo desafío para los medios de comunicación Alexandre Rossato Augusti (Universidade Federal do Pampa): Os valores presentes no discurso jornalístico sobre comportamento das revistas Veja, Época e Isto É Rui Novais (CETAC.Media - Universidade do Porto/University of Liverpool) e Tatiane Hilgemberg (Universidade do Porto): Meninos de ouro? Os momentos de glória dos Jogos de Pequim em 2008

Sessão 4: Comunicação e Jornalismo On -Line 1 15 horas – 17 horas – Salão Nobre Presidente da mesa Aníbal Oliveira (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Carla Patrão (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores Eduardo Zilles Borba (Universidade Fernando Pessoa): Infografia multimédia: Reflexões sobre uma ferramenta para o jornalismo digital Luis Mañas Viniegra (Universidad Complutense de Madrid): Nuevos Hábitos de Consumo de la Televisión e Internet y su repercusión en conflictos judiciales Ricardo

Nunes

Politécnico

de

(Escola

Superior

Setúbal): Televisão

de e

Educação Internet:

do

Quando

Instituto a

Net

alberga o velho e quando o novo não se impõe

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Jorge Dias Figueiredo (Universidade da Beira Interior): A influência da

personalização

dos

conteúdos

dos

jornais

on -line

nos

Federal

de

comportamentos sociais das suas audiências Álvaro

Mozart

Brandão

Neto

(U niversidade

Alagoas): BiVolt! Reflexões da presença midiática do blog Alfonso Cuadrado Alvarado, Marina Santín Durán y Pablo R. Prieto Dávila (Universidad Rey Juan Carlos): Nuevas tecnologías, nuevos lectores: Relaciones entre información y vide ojuegos

Sessão 5: Teoria e História do Jornalismo 2 15 horas – 17 horas – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Francisco Mesquita (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Catarina Menezes (Escola Superior de Educação de Leiria) Comunicadores Arturo Merayo e Paloma del Henar Sánchez (Universidad Catolica San Antonio): La inteligencia emocional del periodista Pedro Farias Batlle e Marisol Gómez Aguilar (Universidad de Málaga): Situación

laboral

de

la

mujer

en

la

profesión

periodística. El caso español Fábio

Henrique

Pereira

(Instituto

de

Estudos

Superiores

de

Brasília, Universidade de Brasília e Réseaux d’Études sur le Journalisme): O

mundo

dos

jornalistas:

Aspectos

teóricos

e

metodológicos Maria Érica de Oliveira Lima, Bruno César Brito Viana, Emily Gonzaga de Araújo e Marilton Medeiros (Universidade Federal do Rio Grande do Norte): Foca potiguar: Os jovens jornalistas nas redacções do Diário de Natal eTribuna do Norte Zélia Leal Adghirni (Universidade de Brasília): Profissionalização e diluição do campo do jorn alismo na comunicação

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

José Ricardo da Silveira (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/Universidade de Brasília/Université de Rennes I): A autorepresentação

profissional

de

jornalistas

com

atuação

em

assessoria de comunicação no Brasil María

Victoria

Campos

Zabala

y

Gloria

Gómez -Escalonilla

(Universidad Rey Juan Carlos): El periodismo preventivo: un nivel en la especialización periodística

Sessão 6: Discursos e Representações 2 15 horas – 17 horas – Anfiteatro 2 Presidente da mesa Paulo Cardoso (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Andreia Galhardo (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Beatriz de

las Heras (Universidad

Carlos III

de

Madrid): Os

repórteres gráficos durante a Guerra Civil Espanhola: Madrid (1936-1939) Cássia Maria Popolin (Universidade Estadual de Londrina) e Ieda Cristina Borges (Universidade de Marília): (Re)vendo Saramago: Ensaio fotográfico sobre a cegueira Maria Zaclis Veiga Ferreira, Bernardo W olff Pacheco e Samara Vergínia

W illuweit

(Universidade

Positivo

Curitiba):Lentes

ingênuas: A fotografia reveladora das estruturas sociais Luís

Miguel

Cardoso

(Escola

Superior

de

Educação

de

Portalegre): Mitos, imagens e factos: O jornalista no cinema Cássia Maria Popolin, Paulo César Boni (Universidade Estadual de Londrina) e Roberto Aparecido Mancuzo Silva Júnior (Universidade do Oeste Paulista e Universidade Estadual de Londrina): O silêncio da foto e a foto do silêncio

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José

Sixto

García

(Universidade

de

Santiago

de

Compostela): Crítica y análisis de diez grandes clásicos del c ine universal

Sessão 7: Teoria e História do Jornalismo 3 15 – 17 horas – Sala 102 Presidente da mesa Ricardo Jorge Pinto (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Dina Cristo (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores João Carvalho, Sérgio M agalhães e Sílvia Dias (Universidade Fernando

Pessoa): O

novo

paradigma

do

Jornalismo

e

o

consequente “emagrecimento” das redacções Paulo Fernando de Carvalho Lopes (Universidade Federal do Piauí): Teorias

do

jornalismo:

negociando

sentidos

com Gatekeeper e Newsmaking María del Socorro Ruelas Flores (Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle): Prensa y Narco en México: la emergencia de fuentes anónimas André Seixas, Cláudio Moreira, Duarte Pernes, Filipe Loureiro e João Gonçalves (Universidade Fernando Pessoa) : Semiótica social nos mass media José Carlos Vasconcelos e Sá (Universidade Nova de Lisboa): Jornalismo, linguagem e conhecimento: Reflexões sobre a superação da crise Beatriz Dornelles (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul): O futuro do jornal

Sessão 8: Discursos e Representações 3 15 horas – 17 horas – Sala 104 Presidente da mesa: Felisbela Lopes (Universidade do Minho)

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Comentador António Cardoso (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Pedro Jerónimo (Escola Superior de Educação e C iências Sociais – Instituto Politécnico de Leiria): Discurso fotojornalístico nas eleições norte -americanas: Público e Correio da Manhã Carlos Augusto de França Rocha Júnior, Francisco Laerte Juvêncio Magalhães, Fernanda Daniele Dino Soares (Universidade F ederal do

Piauí)

e

Michelly

Santos

de

Carvalho

(Universidade

do

Minho): Imagens enunciativas nas revistas semanais de informação Veja e Istoé Sebastián

Sánchez

Castillo

(Universidad

de

Valencia): La

especialización periodística en la difusión audiovisual d el Patrimonio Cultural y Artístico Luciana Fernandes, Maria do Rosário Saraiva e José M. Azevedo (CETAC.media, Universidade do Porto): Telejornal vs. Jornal da Noite: a Cenografia como Modo de Análise María

José

Pita

Hermida

(Universidad

de

Vigo): El

crite rio

económico y la creatividad en la caracterización de formatos televisivos innovadores Felisbela Lopes (Universidade do Minho): Quando a informação televisiva se faz com elites especializadas: Análise do plateau do noticiário À Noite, as Noticias (RTPN) Felisbela Lopes e Rui Couceiro (Universidade do Minho): “Nós por Cá”: uma janela aberta para uma cidadania do quotidiano

Sessão 9: Teoria e História do Jornalismo 4 15h00 – 17h00 – Sala 109 Presidente da mesa Sandra Tuna (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Elsa Simões (Universidade Fernando Pessoa)

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Comunicadores Tomás

Eon

Barreiros

(Facinter): Afogamento

num

tonel

de

chucrute – Considerações sobre a prática jornalística a partir de duas notas internacionais Francisco Sant’Anna (Réseau des Études sur le Journalisme – REJ, e do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília – NempUnB): Rádiojornalismo no Brasil: um jornalismo sem jornalistas Márcia

Eliane

Rosa

(Faculdade

Cásper

Líbero): Jornalismo

e

cultura: Uma abordagem contem porânea Rogério Eduardo Rodrigues Bazi e Duílio Fabbri Jr. (Pontifícia Universidade

Católica

de

Campinas

-

Brasil): Jornalismo

e

identidade: o fluxo da notícia regional Joana Sobral (Universidade do Porto): A concentração dos media e a homogeneização dos c onteúdos informativos H.

Miluska

Sánchez

Gonzales

e

Maritza

Sobrados

León

(Universidad de Sevilla): Significación perceptiva tecnológica del joven televidente: inteligencia emocional

Sessão 10: Comunicação e Política 2 15h00 – 17h00 – Sala 308 Presidente da mesa Pedro Reis (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Susana Borges (Escola Superior de Educação de Coimbra) Comunicadores Rui Novais (CETAC.Media -Universidade do Porto/University of Liverpool) e Alice Barcellos (Universidade do Porto): O céu não é o limite! O ‘tecto’ do comentário político on -line Lidia Marôpo (Universidade Nova de Lisboa/ Universidade de Fortaleza): Sobre as notícias como contributo para a democracia – Uma proposta normativa para a cobertura da infância

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Liziane

Guazina

(Universida de

de

Brasília): Jornalismo

versus

política: Tensões entre a subcultura jornalística e a cultura política brasileira no Jornal Nacional António Teixeira de Barros e Cristiane Brum Bernardes (Câmara dos Deputados do Brasil e Instituto Universitário de Pesqu isas do Rio de Janeiro): Jornalismo no Parlamento Brasileiro: Sistema perito para ampliar a confiança na democracia? Teresa Barberena Fernández, Óscar Reboiras Loureiro e José Villanueva (Universidade de Santiago de Compostela): A campaña electoral galega d e 2009 tras a era Obama 2.0 Beatriz de las Heras (Universidad Carlos III de Madrid) e Antón R. Castromil (Universidad Complutense): A luta partidarista através de sua representação visual nos cartazes eleitorais: a transição democrática na Espanha

Sessão 11: Teoria e História do Jornalismo 5 17h30 – 20h00 – Anfiteatro 1 Presidente da mesa Rui Estrada (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Aníbal Oliveira (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores Michele Negrini (Universidade Federal do Pampa): Manifestações do espetáculo no jornalismo televisivo: reflexões sobre o discurso do apresentador José Luiz Datena do programa Brasil Urgente Manuel Antonio Pacheco Barrio (IE Universidad – Segovia): Las retransmissiones

futbolísticas

en

los

programas

de

la

radi o

española durante las últimas décadas Miro

Luiz

dos

Santos

Bacin

(Universidade

Federal

do

Pampa): Novas práticas do jornalismo cidadão: a fonte amadora na construção de realidades pelo telejornalismo

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Graça França Monteiro (Universidade de Brasília): A “re tracção” e a

“promoção”

como

componentes

da

lógica

da

visibilidade

institucional, em situações de rompimento da rotina produtiva de notícias Janaina

Dias

Barcelos

(Universidade

de

Coimbra): Mídia

e

cidadania: O caso da Rede Jovem António Teixeira de Barr os (Câmara de Deputados do Brasil), Jorge Pedro Sousa (Universidade Fernando Pessoa e Centro de Investigação Media & Jornalismo) e Maria Érica de Oliveira Lima (Universidade Federal do Rio Grande do Norte): Periodização da agenda ambiental nos estudos de j ornalismo: Brasil e Portugal Ana

Bellón

Rodríguez,

José

Sixto

García

(Universidade

de

Santiago de Compostela): Los diarios gratuitos de información general: un modelo de publicación que consigue captar la atención de los jóvenes españoles Alan

César

Belo

A ngeluci

(Universidade

Estadual

Paulista

UNESP/Brazil): The Implantation of Brazilian Digital TV System: Reviewing Telejournalism Model

Sessão

12:

Discursos e

Representações 4

(Os Jovens e

a

Renovação da Investigação em Jornalismo) 17h30 – 20h00 – Anfiteatro 2 Presidente da mesa Rui Novais (CETAC.Media - Universidade do Porto/University of Liverpool) e Alice Barcelos (Universidade do Porto) Comentadores Tatiane Hilgemberg e Joana Martinho (Universidade do Porto) Comunicadores Diana

Seabra

(Communication

Sc iences,

Faculty

of

Letras,

University of Porto): Portuguese Media and NATO’s Propaganda during peace negotiations before the war in Kosovo

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A I m p o r t â n c i a d a C o m u n i c a ç ã o n a A t r i b u i ç ã o , P r e s e r va ç ã o e D i vu l g a ç ã o d o T í t u l o d e P a t r i m ó n i o M u n d i a l n o Âm b i t o da UNESCO aos Centros Históricos Urbanos

Erica Vilarinho and Helena Peixoto (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Equal or unequal? The Portuguese press coverage of the 1999 Kosovo war Cláudia Cruz e Maria João Oliveira (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): The Portuguese coverage of the peace negotiations that preceded Kosovo´s war David Pinheiro Silva e Irene Leite (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Not so "humanitarian": Media treatment of NATO's intervention in Kosovo Sara Azevedo e Ana Tulha (Communication Sciences, Faculty of Letras, University of Porto): Humanitarian Emergency or Deliberate Action? Portuguese Press Coverage of the conflict in Kosovo Ana Henriques e Ana Lima (Communication Sciences, Faculty of Letras,

University of

Porto): The first W eb W ar? Not in

the

Portuguese press Mariana

Albuquerque

e

Elsa

Silva

( Communication

Sciences,

Faculty of Letras, University of Porto): W hat about objectivity? The reporting of the Chinese Embassy bombing Lígia Soutinho e Olívia Justo (Communication Sciences, Faculty of Letras,

University

of

Porto): Official,

alternative

and

internet

sources in the Kosovan war Ana Margarida Moredo Pinto e Adriano José Branco Cerqueira (Universidade do Porto): Relatos noticiosos da Guerra do Kosovo pela imprensa portuguesa

Sessão 13: Comunicação e Jornalismo On -Line 2 17h30 – 20h00 – Sala 104 Presidente da mesa Xosé López García (Universidad de Santiago de Compostela) Comentador Galvão Meirinhos (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro) Comunicadores

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Galvão dos Santos Meirinhos (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro): Os mapas dos we bsites dos jornais portugueses electrónicos generalistas Mônica Delicato (Universidade Fernando Pessoa): Estudo de caso dos jornais Diário Digital e Portugal Diário face ao jornalismo de terceira geração João Simão (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Do uro): A renovação do jornalismo pelas funcionalidades web Keiny Andrade (Universidade Fernando Pessoa): Fotografia e Jornalismo Online: revisão de conceitos e perspectivas do Fotojornalismo na Web Ricardo

Nunes

(Escola

Superior

de

Educação

do

Instituto

Politécnico de Setúbal): Switch off analógico: Contributos sobre a multi-resistência ao digital Thaisa Sallum Bacco e Roberto Aparecido Mancuzo da Silva Júnior (Universidade Estadual de Londrina e Universidade do Oeste Paulista): O Jornalista enquanto sujeit o no ciberespaço Xosé López, Carlos Toural, Teresa de la Hera e Moisés Limia (Universidad

de

interactividad

en

Santiago los

de

Compostela): Modelos

cibermedios

deportivos

europeos

de de

referencia: Claves para la participación ciudadana Inês Amaral (CECS – Universidade do Minho / Instituto Superior Miguel

Torga)

e

Helena

Sousa

(CECS

Universidade

do

Minho): Um modelo conceptual para o Design da Interacção na esfera Carmen

do Carvalho

(Universidade

Ciberjornalismo de

Santiago

de

Compostela): Opções de interatividade cidadã no webjornalismo brasileiro: uma análise dos webjornias A Tarde e Folha de S. Paulo

Sessão 14: Discursos e Representações 5 17h30 – 20 horas – Sala 109 Presidente da Mesa

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W lodzimierz Jósef Szymaniak (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde) Comentador Inês Aroso (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro) Comunicadores W lodzimierz Jósef Szymaniak (Universidade Jean Piaget de Cabo Verde): Entrevista

no jornalismo

moderno, perigos e desafios

criativos Sónia Lamy (Escola Superior de Educaçã o de Portalegre): A representação das ONG nas notícias – O caso da AMI na imprensa Adriana

Ruschel

Duval

(Universidade

do

Vale

do

Rio

dos

Sinos): Carmen Miranda na passarela do jornalismo de moda Maria José Brites (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas d a Universidade Nova de Lisboa): Representações da delinquência juvenil nos media noticiosos Elsa Videira da Cunha Rebelo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa): Jornalismo e violência na escola. A Cobertura Jornalística da Violência na Escola na Imprensa Portuguesa (1998 -2002) Fernanda Castilho Santana (Universidade de Coimbra): Favela como espaço de identidade: Representações na telenovela Duas Caras Inês Aroso e Sandra Ribeiro (Universidade de Trás -os-Montes e Alto Douro): Olhares sobre a saúde nos media portugueses Elza Aparecida de Oliveira Filha e Renan Colombo (Universidade Positivo): A cobertura policial e o debate em torno da redução da maioriadade penal no Brasil

Sessão 15: Teoria e História do Jornalismo 6 17h30 – 20 horas – Sala 308 Presidente da Mesa Mário Pinto (Universidade Fernando Pessoa)

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Comentador Helena Lima (Universidade do Porto) Comunicadores Francisco Cabezuelo Lorenzo e Javier Sierra Sánchez (Universidad San

Jorge

de

Zaragoza): La

renovación

de

la

doc encia

del

periodismo en el espacio europeo de educación superior (EEES): Nuevas herramientas de enseñanza -aprendizaje Ana Lúcia Prado Reis dos Santos (Universidade da Amazónia e Universidade Fernando Pessoa): O jornal laboratório nos cursos de jornalismo: estudo preliminar do jornal “Contraponto” da PUC -SP Carlos Alexandre Gruber de Castro e Patrícia Helena Rubens Pallu (Universidade Positivo): Projeto Teatro Shakespeare em Inglês: uma experiência

de ensino de Língua Inglesa em curso de

Jornalismo Carolina

Zoccolaro

(Universidade

do

Costa

Oeste

Mancuzo

Paulista): TV

e

Thaisa FACOPP

Sallum ONLINE:

Bacco uma

experiência de ensino, pesquisa e extensão Jon Murelaga Ibarra, Gotzon Toral Madariaga, Irene García Urtea, Pedro

Barea

Monje,

Ignacio

Cea

(Universidad

de l

País

Vasco): Enseñanza y aprendizaje en locución Javier Sierra Sánchez (Universitat Abat Oliba -CEU) e Francisco Cabezuelo Lorenzo (Universidad San Jorge): La formación en competencias digitales de los futuros periodistas: la experiencia curricular de la Universidad San Jorge

Sessão 16: Organizações e estratégias de comunicação 17h30 – 20h00 – Sala 102 Presidente da mesa Álvaro Cairrão (Universidade Fernando Pessoa) Comentador Sofia Gaio (Universidade Fernando Pessoa) Comunicadores

Ar t ur F il ip e do s San t os

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María

Salgueiro

Compostela): Os

Santis o medios

(Universidade de

de

comunicación

Santiago

peza

chave

de na

configuración do tecido organizativo da acción social Janaina Pucci, Lígia Isis Pinto Bernar, Lívia Maria Neves Bentes e Larissa

Latif

(Universidade

da

Amazônia): Protagonismo

e

participação juvenil na comunicação José

Octavio

Rodríguez

Nieto

e

Mercedes

Román

Portas

(Universidad de Vigo): Situación actual de las emisoras “Localia TV” en Galicia Erika Fernández Gómez (Universidad de Vigo): El cambio en la 2ª Cadena de TVE: su orientación hacia un público joven Ana Rato Jorge (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia): Consumir ou participar – Análise dos produtos mediáticos para jovens 12 -18 María José Pérez Serrano e Francisco Cabezuelo (Universidad San Jorge): Aplicación

del

marketing

colaborativo

ala

empresa

periodística: una estrategia basada en la tecnología José

W agner

Ribeiro

(Universidade

Federal

de

Alagoas): Do

marketing a Internet na IUR D Álvaro Lima Cairrão, Eva Mendes, Isabel Fidalgo, Joana Costa e Sandra

Soares

(Universidade

Fernando

Pessoa): Auditoria

de

Imagem – uma ferramenta de gestão: estudo da empresa Águas do Douro e Paiva, S.A ” 188.

188

U ni v er s i da d e F er n an do Pes s o a ( 2 00 9). I V J orn a d as I n ter n ac io n a is d e

J orn a l is mo . O s J ov en s e a R en ov aç ã o d o J orn a l is m o . Ex tra íd o a s et e d e J un h o

de

2 00 9

do

s ít i o

da

Un i v ers id a de

F er na nd o

P es s o a:

ht tp :/ /4j or na d as dej or n a lis m o. uf p .p t/ pr og _ pr o v is ori o .h tm l

Ar t ur F il ip e do s San t os

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ANEXO Nº 10

http://www.brandchannel.com/home/post/2011/06/10/Pana sonic-Green-W orld-Heritage-Campaign.aspx

ANEXO Nº 11

http://www.rivistasitiunesco.it/eng/articolo.php?id_articolo=776 Ar t ur F il ip e do s San t os

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ANEXO Nº 12

http://mmdsgnr.wordpress.com/portfolio/

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ANEXO Nº 13

Carta de Turismo Cultural ICOMOS 1976 Introdução 1) ICOMOS tem como objetivo promover os meios para salvaguardar e garantir a conservação, realce e apreciação dos

monumentos

e

sítios

que

constituem

u ma

parte

privilegiada do patrimônio da humanidade. 2) Em virtude dele, sente -se diretamente concernido pelos efeitos - tanto positivos como negativos - sobre o mencionado

patrimônio

extraordinariamente

derivados

forte

das

mundo. ICOMOS é consciente

do

desenvolvimento

atividades

tur ísticas

no

de que hoje, menos que

nunca, o esforço vindo de qualquer organismo, por muito poderoso

que

seja

em

seu

âmbito,

não

pode

influir

decisivamente no curso dos acontecimentos. Por essa razão tem que se levar em conta uma r eflexão conjunta com as grandes organizações mundiais ou regionais que, de uma forma

ou

desejam

de

outra,

contribuir

dividem a

estas

aumentar

preocupações

um

esforço

e

que

universal,

coerente e eficaz. 3) Os representantes dessas entidades, reunidos em Bruxelas (Bélgica), em 8 e 9 de novembro de 1976, no Seminário

Internacional

de

Turismo

Contemporâneo

e

Humanismo, entraram em acordo no seguinte:

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Postura Básica 1) O turismo é um feito social, humano, econômico e cultural

irreversível.

Sua

influência

no

c ampo

dos

monumentos e sítios é particularmente importante e só pode

aumentar,

dados

os

conhecidos

fatores

de

desenvolvimento de tal atividade. 2) Contemplado com a perspectiva dos próximos vinte e cinco anos, dentro do contexto dos fenômenos expansivos que afronta o gênero humano e que podem produzir graves conseqüências, o turismo aparece como um dos fenômenos propícios

para

significativa

no

monumentos

e

tolerável,

a

exercer entorno

uma do

influência

homem

sítios

em

dita

influência

em

particular.

altamente

geral

Para

deve

que

ser

e

dos

result e

estudada

cuidadosamente, e ser objeto de uma política concertada e efetiva a todos os níveis. Sem pretender fazer frente a esta necessidade em todos os seus aspectos, se considera que a presente

aproximação,

limitada

ao

turismo

cultural,

constitui um elemento positivo para a solução global que se requer. 3) O turismo cultural é aquela forma de turismo que tem por objetivo, entre outros fins, o conhecimento de monumentos e sítios histórico -artísticos. Exerce um efeito realmente positivo sobre estes tanto quanto contribui - para satisfazer proteção. esforços

seus Esta que

próprios forma tal

Ar t ur F il ip e do s San t os

de

fins

-

a

turismo

manutenção

e

sua

manutenção

justifica, proteção

de

fato,

exigem

e os da

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comunidade humana, devido aos benefício s socioculturais e econômicos que comporta para toda a população implicada. 4) Sem dúvida, qualquer que seja sua motivação e os benefícios que possui, o turismo cultural não pode estar desligado dos efeitos negativos, nocivos e destrutivos que acarreta o uso massivo e descontrolado dos monumentos e dos sítios. O respeito a estes, ainda que se trate do desejo elementar de mantê -los num estado de aparência que lhes permita desempenhar seu papel como elementos de atração turística e de educação cultural, leva consigo a definição; o desenvolvimento

de

regras

que

mantenham

níveis

aceitáveis. Em todo caso, com uma perspectiva de futuro, o respeito ao patrimônio mundial, cultural e natural, é o que deve prevalecer sobre qualquer outra consideração, por muito justificada que esta se paute desde o ponto -de-vista social,

político

ou

econômico.

Tal

respeito

pode

assegurar -se mediante uma política dirigida à doação do equipamento

necessário

e

à

orientação

do

movimento

turístico, que tenha em conta as limitações de us o e de densidade

que

Além

mais,

do

equipamento

não é

podem preciso

turísticos

ou

ser

ignoradas

condenar de

serviços

impunemente.

toda

doação

de

entre

em

que

contradição com a primordial preocupação que há de ser o respeito devido ao patrimônio cultural exi stente. Bases de Atuação Fundamentando -se no que foi dito anteriormente: 1) Por uma parte as entidades representativas do setor turístico e, por outra, as de proteção do patrimônio natural e

cultural,

profundamente

convencidas

de

que

a

preservação e promo ção do patrimônio natural e cultural

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para o benefício da maioria somente se pode cumprir dentro de uma ordem pelo qual se integram os valores culturais e os objetivos sociais e econômicos que formam parte da planificação

dos

recursos

dos

Estados,

regionais

e

municípios; 2) Tomam nota, com o maior interesse, das medidas formuladas nos apêndices desta declaração, que cada um deles está disposto a adotar em sua esfera de influência; 3) Fazem um chamamento aos Estados para que estes assegurem uma rápida e ené rgica aplicação da Convenção Internacional

para

a

Proteção

do

Patrimônio

Mundial,

Cultural e Natural adotada em 16 de novembro de 1972, assim como da Recomendação de Nairobi; 4) Confiam em que a Organização Mundial de Turismo, em cumprimento de seus fins, e a UNESCO, no marco da mencionada Convenção, realizem o maior esforço possível, em colaboração com os organismos signatários, e com todos aqueles que no futuro se adirão, para assegurar a aplicação da política que as ditas entidades têm definido como a única capaz de proteger o gênero humano dos efeitos do incremento de um turismo anárquico cujo resultado é a negação de seus próprios objetivos; 5) Expressam seu desejo de que os Estados, por meio de

suas

estruturas

administrativas,

as

organizações

de

operadores de turismo e as associações de consumidores e usuários adotem todas as medidas apropriadas para facilitar a informação e formação das pessoas que planejam viajar com fins turísticos dentro e fora de seu país; Ar t ur F il ip e do s San t os

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6) Conscientes da extrema necessidade d e modificar a atual

atitude

do

público

em

geral

sobre

os

grandes

fenômenos desencadeados pelo desenvolvimento massivo do turismo, desejam que, desde a idade escolar, as crianças e os adolescentes sejam educados em conhecimento e em respeito pelos monumento s e sítios e o patrimônio cultural, e que todos os meios de comunicação escrita, falada ou visual

exponham

ao

público

os

componentes

deste

problema, com o qual contribuam de uma forma efetiva à formação de uma consciência universal; 7)

Unanimemente

presto s à

proteção

do

patrimônio

cultural que é a verdadeira base do turismo internacional, se comprometem a ajudar na luta iniciada em todos as frentes contra a destruição deste patrimônio por todo tipo de contaminação; e, ao efeito, se apela aos arquitetos e expertos científicos de todo o mundo para que os mais avançados recursos da moderna tecnologia sejam postos a serviço da proteção dos monumentos. 8)

Recomendam

planejar

e

levar

a

cultural

e

natural

que cabo

os o

recebam

especialistas uso uma

turístico

chamados do

formação

a

patrimônio adaptada

à

natureza multidisciplinar do problema e participem, desde seu começo, na programação e realização dos planos de desenvolvimento e equipamento turístico; 9) Declaram solenemente que sua ação tem como fim o respeito e a proteção da autenticidade e diversidade dos valores culturais, tanto nos países e regiões em vias de desenvolvimento como nos industrializados, e há que a

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sorte do patrimônio cultural da humanidade é realmente idêntica ante a perspectiva do provável de senvolvimento e expansão do turismo. Fonte:

PRIMO,

Judite.

Museologia

e

Patrimônio:

Documentos Fundamentais - Organização e Apresentação. Cadernos de Sociomuseologia/ n.º 15, Págs.153 -156; ULHT, 1999; Lisboa, Portugal. / Tradução de Judite S. Primo e Daniella Rebouças Silva.

189

189

ICO MO S ( 1 9 7 6) C ar t a d o T ur is m o C u lt ur a l. Ex tra í do a 9 d e O ut u bro d e

20 1 1

do

s ít i o

da

Re v is ta

M us eu :

ht tp :/ / www. r e vis t am us eu .c om .br/ l eg is l ac a o /t ur is m o/t ur_c u l tur a l. as p

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ANEXO Nº 14 Entrevista (Comissão

de

ao

arquitecto

Reabilitação

Rui

Loza,

director

Ribeira -Barredo),

do

CRUARB

aquando

da

organização do dossier de candidatura do centro histórico do Porto a Património Mundial, publicada no Jornal de Notícias, a 1 de Dezembro de 2007, por alturas do 11º aniversário da eleição outorgada pela UNESCO.

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ANEXO Nº 15

Notícia publicada no Jornal de Notícias a 29 de Novembro de 2007

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ANEXO Nº 16

Notícia publicada no Jornal de Notícias a 30 de Novembro de 2007

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ANEXO Nº 17

Notícia publicada no Jornal de Notícias a 1 de Dezembro de 2007

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ANEXO Nº 18

Notícia publicada no Jornal de Notícias a 2 de Dezembro de 2007

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ANEXO Nº 19

Notícia publicada no Jornal de Notícias a 3 de Dezemb ro de 2007

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ANEXO Nº 20 Notícia publicada no Jornal de Notícias a 11 de Novembro de 2007

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ANEXO Nº 21

ANEXO Nº 22

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ANEXO Nº 23

ANEXO Nº 25

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ANEXO Nº 26

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ANEXO Nº 27

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ANEXO Nº 27 Site Guimarães em Comunicação

ANEXO Nº 28 – Folheto de informação do ICOMOS

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ANEXO Nº 29 – Artigo publicado na Revista Turismo 2007

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ANEXO Nº 30 Artigo publicado na Revista Turismo 2007

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ANEXO Nº 31 – Cartaz publicitário de Guimarães, centro histórico Património da Humanidade e Capital Europei a da Cultura 2012

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ANEXO Nº 32 – Artigo de opinião publicado no Jornal de Notícias de 17 de Agosto de 2007

ANEXO Nº 33 – Notícia publicada no Jornal de Notícias a 19 de Agosto de 2007

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ANEXO Nº 34 – Capa do Jornal O Primeiro de Janeiro , diário regional portuense, de 8 de Dezembro de 2007

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ANEXO Nº 35 - Notícia publicada no Jornal de Notícias a 24 de Março de 2007

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29 0


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ANEXO Nº 35 – Revista W orld Heritage Site , do Centro do Património Mundial da UNESCO

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29 1


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