VEXILOLOGIA E PROTOCOLO - A BANDEIRA DA ESCÓCIA

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VEXILOLOGIA E PROTOCOLO

VEXILOLOGIA E PROTOCOLO

A BANDEIRA DA ESCĂ“CIA

Artur Filipe dos Santos

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sdsdsdsdsdsds Artur Filipe dos Santos

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A BANDEIRA DA ESCÓCIA AUTOR Artur Filipe dos Santos artursantosdocente@gmail.com

Professor Universitário de Comunicação e Património Cultural, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo pela Universidade de Vigo, consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do grupo de investigação em Comunicação da Universidade de Vigo (Icom-x1), membro do grupo de pesquisa e m Comunicação e Turismo da Universidade de Westminster, Reino Unido. Professor convidado em várias instituições universitárias e de formação: Escola Superior de Educação de Coimbra, Escola de Jornalismo do Porto, Centro de Estudos Politécnicos de Torres Novas, Universidade Federal de Pernambuco. Protocolista, Cerimonialista e Vexilólogo, Membro da APEP - Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo.

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A BANDEIRA DA ESCÓCIA

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referendo de 18 de Setembro de 2014, que irá levar os cidadão escoceses a votar “Sim” ou “Não” à independência da Escócia, 307 anos depois do Tratado da União ter criado o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, trouxe à atualidade a história de um

país que viu o seu rei James VI sentar-se no trono de Inglaterra em 1603, unindo as duas coroas sobre uma única bandeira, aquela que viria a ser conhecida, em 1801, como a “Union Jack” (o nome “jack” tem a sua explicação pelo facto desta bandeira ter sido usada inicialmente nos navios de guerra e da marinha mercante britânica). Como descendente de escoceses, mais concretamente do Clã Mackay (Sutherland e Edimburgo) e leal súbdito de Sua Majestade a Rainha Isabel II de Windsor, “Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de Seus Outros Reinos e Territórios, Chefe da Commonwealth, Defensora da Fé”, dá-me imenso gosto em escrever sobre a vexilologia e história da bandeira da Escócia. Apesar da bandeira do Reino Unido ser a mais conhecida, inclusive como ícone “pop” (vendem-se desde t-shirts e roupa interior com a bandeira da “tripla cruz”), a bandeira escocesa tornou-se diálogo corrente, sobretudo na boca dos receosos pelo desmembramento do reino de Sua Majestade, que vêm com maus olhos o futuro da bandeira que povoa (quando a Monarca não se encontra na sua residência oficial) os céus de Buckingham, em Londres. A atual bandeira Nacional da Escócia foi adotada no séc. XVI e convive desde então com o estandarte real da Escócia, datado de 1222 e que ainda subsiste na versão escocesa do estandarte da dinastia de Windsor. Contudo, a primeira utilização da bandeira oficial remonta a 1180, ao reinado de William I, Rei da Escócia.

Artur Filipe dos Santos

Bandeira da Escócia

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Como símbolo primaz que se destaca do campo “azure” está a cruz (também apelidada de “sautor) de Santo André, padroeiro da Escócia,”, em forma de “X”. “Os Atos de André”, relatados por Gregório de Tours, narram que o santo teria sido martirizado em Patras, atual Grécia, no ano 60 da nossa era e pregado não numa cruz latina como Jesus Cristo mas sim numa crux ducassata, cruz com a forma geométrica de um “X” e que desde então ficou conhecida como a cruz de Santo André. Padroeiro da Escócia, mas também do Patriarcado de Constantinopla, Sicília, Grécia, Ucrânia, Rússia e ainda da Roménia, diz a tradição de que as relíquias do mártir se encontram enterradas na cidade escocesa de Saint Andrews, na costa leste da antiga Caledónia. Esta bandeira, também intitulada de Banner O Scotland ou The Saltire (tradução da palavra Sautor, que quer dizer literalmente Cruz de Santo André) e a bandeira utilizada pelas autoridades civis e pelo Parlamento Escocês, sediado em Edimburgo, bem como empresas e Estandarte Real da Escócia

sociedade em geral, em deterimento do estandarte real da Escócia (conhecido também como o banner do Leão

Rampante), utilizado sobretudo no Dia Nacional da Escócia. Desde 1801 a bandeira da Escócia forma juntamente com a cruz de São Jorge (a bandeira original da Inglaterra, vermelha, sobre um campo branco) e a cruz de São Patrício (bandeira do patrono da Irlanda, cruz sautor vermelha, sobre um campo branco) a bandeira do Reino Unido, da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Refira-se ainda que a Union Jack (cuja vexilologia, história e protocolo terei oportunidade de dar a conhecer em breve) encontra-se incrustada nas bandeiras nacionais de Estados outrora pertencentes ao “Império onde o Sol nunca se põe” (frase que se tornou célebre durante a Era Vitoriana), como a Austrália, Ilhas Fiji, Nova Zelândia, em território dependentes da Coroa Britânica como as Ilhas Cook ou Ilhas Caimão e ainda na bandeira do 50º Estado americano do Havai.

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