Carta ao Leitor
Expediente
Dando asas aos que dão suas vidas
Visão do Alto
Informativo Institucional de Asas de Socorro Conselho Editorial: Cristiane Costa, Nilton de Paula, Rita Mucci, Otnaracy Silva, e Tábata Mori Tiragem: 30 mil
Edição Geral: Tábata Mori – MTE 2602 GO Produção: Tábata Mori, Rita Mucci e Cristiane Costa
Colaboração: Alan Bachmann, Lissânder Dias e Keith Dalmon (HQ) Diagramação: James T. Lea
Revisão: Vivian Nakamura e Priscila Slobodticov
Fotos: Reyner Araújo, James Gilbert, Jordana Barale e arquivo
Impressão: Excellência Gráfica (Goiânia, GO)
ASAS DE SOCORRO
Presidente: Ernei de Oliveira Pina
Tel.: (62) 4014-0333 | Fax: (62) 4014-0340 contato@asasdesocorro.org.br
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E as pessoas que trabalham nos escritórios? Há um número sem fim de papéis que acompanha cada voo, cada revisão do motor, a logística do combustível. É imprescindível coordenar recursos humanos especializados e manter o corpo em constante ajuste, na busca do aperfeiçoamento. E, por que tudo isso? Altruísmo? Não. Humanitarismo? Não. Por mais que sejam motivos nobres, Asas de Socorro faz seu trabalho em cumprimento da ordem de Jesus: que os povos saibam que Deus perdoa e transforma em vida aquele que apenas existe. Em nome de Jesus levamos na bagagem serviços de saúde, ensino e/ ou qualquer tipo de assistência. Quem aceita seu convite ouve: “eis que estou convosco para sempre”. Haverá motivação melhor do que levar a mensagem do nosso Salvador e Senhor? Alan Bachmann, Diretor Executivo de Asas de Socorro
Estimados irmãos e irmãs, Não quero escrever um artigo, mas apenas falar de coração para coração sobre o que tem sido para mim contribuir com o trabalho missionário de Asas de Socorro. Para mim, Clemen, tem sido uma delícia... de engordar o coração! Receber a notícia, por exemplo, de que os índios lá nas lonjuras, que há anos estavam em plenas trevas e que agora, pelo trabalho missionário sob a mão do nosso Deus, estão ensinando outros e alcançando outras tribos! Não é maravilhoso?! Irmãos, essa notícia me traz lágrimas de gozo. Saber que o Senhor, na sua misericórdia, nos tocou o coração para contribuir com missionários que se dedicam a essa obra de maneira integral, é muito bom! Engrandecido seja Deus!!! Com um abraço no Senhor,
A irmã Clemen Moreira, 84 anos, de São Paulo - SP
Foto: Jordana Barale
Anápolis –GO Caixa Postal: 184 CEP: 75024-970
Quem dá asas, também dá sua vida . O piloto de Asas de Socorro passa por um treinamento rigoroso em um período de anos, voa pela selva e pelos rios da Amazônia, pousa em pistas das mais precárias. Sim, o piloto dá sua vida. E o mecânico? Ser credenciado para fazer a manutenção da aeronave exige um enorme conhecimento quanto à estrutura do avião e das milhares de peças que ele contém. Tudo segue um processo infalível. O mecânico é o cirurgião do avião. E o suporte tecnológico? Toda vez que um avião voa a tecnologia moderna monitora seus procedimentos. Rádios em frequências autorizadas mantêm contato com os missionários e avisam qualquer emergência ou situação imprevista. Deus sustenta Asas de Socorro ao mover pessoas, igrejas e empresários, que pedem a Deus a proteção, o bom êxito e contribuem com recursos financeiros. Assim tem sido há 56 anos!
Foto: Arquivo
Diretoria Executiva: Alan Bachmann, Eunice Cunha e Luis Carlos M. Huttenlocher
SEDE
Eu Apoio um Missionário!
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Nossa História Fotoreportagem – parte 2 Asas de Socorro começou seu trabalho com um sonho e desde a década de 50 até hoje, muito foi conquistado em benefício dos povos não alcançados da região Amazônica. Olhamos para a história e trazemos à memória aquilo que nos traz esperança. Veja nesta edição como aprendemos a sonhar e a realizar sonhos e quem sabe, venha sonhar com a gente!
69 1988 – A Sede Administrativa de Asas de Socorro é inaugurada em Anápolis (GO).
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1969 – Asas de Socorro recebe licença do CONTEL para estrutura de rádio comunicação em Boa Vista (RR). Ao lado, posto em Parimi-Ú
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[sem foto] 1992 – Asas de Socorro inicia ações na área de educação e fortalecimento de lideranças com o curso Ferramenta Para Líderes (FPL).
1972 – Inauguração da Escola de Aviação Asas de Socorro. Em 1977, forma-se o primeiro piloto brasieiro: Lelis Fachini.
No ano 2000, Asas de Socorro firma a região amazônica como sua área de atuação e começa seu plano de expansão para a região no Norte do país. Índios Yanomamis, Posto Mucajaí
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Final dos 50 – “Eu vejo as asas, mas onde está o socorro?” disse um menino ao seu pai. Ele mesmo era fruto do socorro oferecido pela Escola Bíblica Dominical, que acontecia no próprio hangar.
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[sem foto] 1976 – Abertura da base de operação Manaus (AM), com o início das operações aéreas em apoio às missões, igrejas e outras organizações.
1959 – Implantação da base em Boa Vista(RR), com o início das operações aéreas em apoio à Missão Evangélica da Amazônia (MEVA) e Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB).
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Edith Moreira, da Meva, no Posto Surucucu com índios Yanomamis
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1985 – Asas de Socorro organiza o Programa de Assistência Médica, Dentária e Evangelística (AMDE): saúde e cuidado integral.
Piloto Luís Debelak (MEVA), Hamilton Bosson e Marta Kirsch em Boa Vista (RR)
Também no ano 2000, Asas de Socorro alarga as tendas ao receber a doação do Caravan Anfíbio, aumentando nossa capacidade logística.
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Em 2003, Asas de Socorro abre oficialmente a Base Belém, a primeira no Pará, e em 2009, a segunda, em Santarém. Em 2011, inaugura a Base Porto Velho, em Rondônia.
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Diretoria Executiva e missionários da base na inauguração da Base Porto Velho
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Artigo Por que a missão é integral? – parte 2 Lissânder Dias “Vão e façam discípulos... ensinando-os a obedecer a tudo que eu lhes ordenei” (Mt 28.19, 20 - NVI). Esta emblemática ordem de Jesus aos seus alunos revela que somos chamados para ser muito mais que religiosos. Ele nos convoca a obedecer integralmente sua vontade. Se isso é verdade, a esfera de atuação de quem segue a Cristo não se reduz ao aspecto religioso, a assuntos ligados ao céu e aos anjos. A questão é viver a ordem de Deus sobre todas as coisas, seja na esfera eclesiástica, social, econômica, familiar, espiritual. Nada mais coerente com a identidade do Deus que é Senhor de tudo (ver Visão do Alto nº 41, pgs. 6 e 7). Imagem e semelhança
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A compreensão de discipulado é precedida pelo entendimento da nossa identidade em Deus, pois ser discípulo de Jesus é, na prática, buscar viver como Deus nos criou: à sua imagem e semelhança (Gn 1.27). Nossa identidade de discípulo está atrelada a Deus; somos quem somos porque Ele é quem é. A saga do pecado humano trouxe confusão e separação da nossa semelhança com o Criador. Queremos ser como Deus, fomos enganados e enganamos. Mas, no fundo, ansiamos pela sua presença e sua realidade em nós. Precisamos de Deus
porque se não o encontramos, deixamos de encontrar a nós mesmos. Quando o amor de Deus nos alcança, Ele restaura nossa identidade perdida e nos torna seus filhos e discípulos. Descobrimos que a alegria está em ser como Jesus, de obedecer a sua vontade, de expressar seu caráter a todo mundo. Quanto a isso, não há exceção. Tudo e todos são esferas possíveis da ação de Deus, por meio de nós, seus discípulos. Ao sermos redimidos pela cruz de Cristo, voltamos a reconhecer nossa semelhança com Deus, expressando sua imagem aos que ainda não conseguem enxergá-la. Essa missão é imensamente maior do que podemos imaginar, pois é a própria ação de Deus na existência humana. Ser um discípulo integral de Jesus é viver concretamente a imagem e semelhança de Deus em nós, testemunhando que a criação de Deus foi redimida em nós e anunciar que o trabalho de redenção um dia será completo. Amigos e testemunhas
Jesus também identificou seus discípulos como amigos (Jo 15.15) e testemunhas (At 1.8). Assim podemos entender o discipulado como uma relação dinâmica, amorosa e fiel ao Mestre. O padrão de obediência de Jesus não é marcado pelo
Foto:
Porque somos discípulos integrais
farisaísmo religioso dos judeus, mas pela fidelidade apaixonada e humana a um Deus amigo e santo. Ser discípulo de Jesus, então é mais do que representá-lo institucional e religiosamente. É nutrir o nosso coração com o coração dEle e olhar o mundo como ele olha (Mc 6.34), além de empenhar-se nos meandros da vida, por entender que Jesus faria o mesmo e ainda, andar no compasso do Mestre e Amigo. Se cremos que o amor de Jesus pode alcançar toda a humanidade e que a justiça de Deus pode consertar todos os
Erramos Edição n° 41/Ano 21 Página 3 - Carta ao leitor “Nenhuma fatalidade ou incidente ocorreu em 55 anos...”
Realmente não aconteceu nenhuma fatalidade, mas incidentes ocorreram nesse período e fazem parte da nossa história.
p. 4 - Nossa Historia
A base da UFM ficava em Bonfim, Roraima e não Rondônia.
erros, não é possível entendermos que somos chamados para uma missão fragmentada, dualista, parcial e descompromissada com os dramas atuais. Nossa missão é integral, porque seguimos um Deus integral. Jesus nos chama para sermos seus discípulos em todo o tempo e qualquer situação. Assim é a sua ordem para nós. Assim nos criou, assim nos redimiu. Qualquer coisa menor que isso é subestimar a vontade de Deus para a existência humana. Acesse nosso site e leia: Por que a missão é integral? (Parte 3) - Porque o mundo inteiro necessita
Lissânder Dias, casado, é jornalista, estudante de missiologia e colaborador de RENAS e da Editora Ultimato
Foto errada 1: a foto de James E Darlene Lonheim, na verdade são Harold e Elisie Berk. A foto correta é essa ao lado.
Foto errada 2: As pessoas na foto onde diz “Harold e Elisie Berk”, são o casal James e Beth Truxton. A foto correta é essa ao lado.
p. 17 - Defesa de direitos
A Kristin é esposa do Steven Lee Van Beveren, mas seu nome não é Kristin Steven (ou Stephen), e sim Kristin Leigh Van Beveren.
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Reportagem Especial
Ide... para uma terra que eu lhe mostrarei Deixando a zona de conforto em prol da obra de Deus Cristiane Costa O Projeto Ide 2011 foi o primeiro que eu participei... Essa experiência comprovou que Asas de Socorro não perdeu a visão de alcançar, transformar as comunidades de difícil acesso com o poder do Evangelho de Jesus e do testemunho da Igreja. Eunice Cunha, Superintendente de Administração de Asas de Socorro
Foto: James Gilbert
No último mês de julho, 137 projetistas deixaram suas casas, familiares e trabalho, saindo de sua zona de conforto para se transformarem em ferramenta de Deus na comunidade de Curuai, Santarém (PA). Dezenas de projetistas participaram pela
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primeira vez do projeto com muita ansiedade e outros, como a Aurora Idalina, de 80 anos, que participou pela décima vez. Entre os integrantes estavam médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, advogados, estudantes, professores, pastores, missionários, cabeleireiros e diversos profissionais que chegaram àquele lugar apenas como servos. Ali, o advogado se tornou missionário; o professor, auxiliar da equipe de adolescentes; estudantes de medicina, ministros para crianças. Lá também estava a equipe de saúde para servir com suas profissões no Programa de Assistência Médica, Dentária e Evangelística (AMDE).
Foto: Jordana Barale
Mobilização da Igreja
O Projeto Ide foi como sentir na pele o peregrinar de Cristo, experimentar como ele alcançou pessoas com seu amor. Foi levantar Grandes barreiras políticas foram bem cedinho, se preparar para o levantadas e vencidas. Mas, sem dúvidas, dia, passar o dia todo andando, ser consideramos que as mais altas eram picada por formigas e ter os ombros as barreiras espirituais. Contudo, queimados pelo sol. Ide foi bater nenhuma conseguiu impedir o agir de de porta em porta, ouvir as pessoas Deus naquela região. Algumas pessoas clamarem por conta da falta de apoio se fechavam quando eram abordadas, do governo e da pouca assistência mas os projetistas conseguiram alcançar médica. Foi ver o sofrimento estampado com o amor de Cristo, corações carentes na face de um povo carente de ajuda, e aflitos. carente de Deus. Ide foi ir e viver em Vários filmes e peças de teatro que lugares onde nunca pensei estar. foram apresentados mexeram com os Como parte do Departamento sentimentos e emoções, até dos senti que de Comunicação, fui incumbida próprios projetistas, pois os de colher os depoimentos e conteúdos levaram muitos a estava em um testemunhos. Para colher refletir, repensar e se render lugar necessitado, dados dos meus colegas, aos pés do único Senhor e Salvador, Jesus Cristo. onde pudemos fazer percebi que a melhor hora era à noite, durante ou após o diferença jantar, pois era o momento em Diário de bordo que meus companheiros estavam Debaixo do sol quente, umidade menos atarefados. Fazendo isso, acabei alta, muitas formigas e saudades da tomando banho à 1h40 da manhã, hora família, o Projeto Ide foi para mim, em que a água, até mesmo no Pará, já Cristiane, muito mais que a primeira estava gelada. O banho à luz do luar viagem de avião ou o primeiro passeio não foi fácil, mas quando estamos de oito horas em um grande barco. dispostos a cumprir o Ide de Jesus, não Foi mais do que contemplar uma se tem hora de comer ou tomar banho, natureza exuberante, toda feita pelas mas tudo o que fazemos é para que o mãos de Deus. nome de Jesus seja glorificado.
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Foto:
O projeto, para muitos se resumiu na frase do meu amigo e projetista André de Mello: “a morte do velho homem e o nascer de uma nova criatura em Cristo Jesus”. E é como a bem-humorada dona Aurora disse no trajeto de volta: “o projeto é como uma gravidez: mal acaba um e eu já me sinto como se estivesse gestante do próximo”. Pois foi, literalmente ir para o lugar onde Deus nos levou, sabendo que lá era o lugar certo. Para Joel Ebersole, mecânico de Asas do Socorro, que também participou do projeto, “esse foi o melhor IDE que eu já participei, a equipe trabalhou muito bem, as pessoas da comunidade estavam muito abertas a ouvir e receber oração, e senti que estava em um lugar necessitado, onde realmente pudemos fazer diferença”. Todos os integrantes do projeto acreditaram que estariam levando na bagagem algo de bom para aquela região,
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Reportagem Especial
Projeto IDE 2011
Foto: Reyner Araújo (reyneraraujo@gmail.com)
Mobilização da Igreja
A 13° edição do IDE foi realizada em Curuai, uma comunidade ribeirinha com 22 mil habitantes, que fica em Lago Grande, região que engloba 76 comunidades de Santarém (PA).
Mais de 1 mil
indígenas reunidos homens mulheres e crianças...
... por uma igreja genuinamente indígena
Mobilização
Participaram 1.163 crianças e 120 adolescentes, 417 casas foram visitadas, 1.058 adultos abordados, 432 Bíblias e 200 Novos Testamentos foram distribuídos, além de 1.200 folhetos. Assistiram ao filme e à peça teatral 545 pessoas. E o mais importante: 782 aceitaram Jesus como Salvador.
Saúde e educação
667 consultas Médicas/Psicológicas 348 consultas odontológicas 550 procedimentos Odontológicos 788 escovas de dente distribuídas 113 participaram na Oficina de Artesanato 189 cortes de cabelo 57 participaram do Treinamento de Evangelismo 25 participaram do Treinamento de Educador Infantil
e com certeza levaram, mas acabaram por entender que o que trouxeram foi muito maior do que pensavam. Aprenderam grandes lições com um povo simples e distante, que mesmo com as dificuldades enfrentadas diariamente, estavam sempre sorrindo. Muitos deles vieram conosco, pois estão em nossos corações. Mais um projeto e muitos amigos que deixaram saudades.
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura” (Marcos 16:15.) Cristiane Costa, casada, mãe, é estudante de Comunicação Social da Faculdade Anhanguera e estagiária em Asas de Socorro
Foto: James T. Lea
17 a 20 de novembro de 2011 No Acampamento Elim, da Primeira Igreja Batista Regular de Roraima
Apoie essa causa! Contribua! Banco Bradesco CC 13237-3 (Missão Evangélica da Amazônia) Final da contribuição 60 centavos - Ex: R$100,60 Identifique sua oferta para marcia@meva.org.br
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Saúde e oportunidade
Mural Asas de Socorro
Um estudante de enfermagem ou odontologia que têm a oportunidade de atender pessoas que nunca viram um dentista, nunca mais serão os mesmos. Os dias na Bacia do Arapiuns, em Santarém, marcou a vida desses jovens e também o início de um programa de desenvolvimento comunitário de longo prazo. Veja como a Base Santarém foi a protagonista desse trabalho. (p. 23)
Entre o chão e o ar
Acesso difícil – difícil acesso O acesso a cursos de liderança e outros treinamentos é muito difícil para as comunidades ribeirinhas. Asas de Socorro porém tem o compromisso de fortalecer e capacitar aqueles tão distantes dos centros acadêmicos e por isso levou o curso Ferramenta Para Líderes (FPL) para as Bases de Santarém e Porto Velho. (p. 22)
Parceria para Asas de Socorro é muito mais do que trabalhar junto, é ver o resultado e celebrar por ele ser seu também. É ver a dificuldade e se sentir motivado a andar a segunda milha. Porque tão bom quanto voar, é carregar e descarregar, é montar, desmontar e saber que assim você ajuda a transformar vidas! Saiba como a Base Boa Vista auxilia a MEVA e outras organizações. (p. 18)
Visão do Alto Setembro de 2011
Chamados Para Servir
Cuidado espiritual
Missões, dons e talentos
Você se lembra daquele pássaro grande? O missionário de Asas de Socorro faz suas andanças em terras que às vezes é difícil voltar! O que é bom, pois o desafio de alcançar os tão, tão distantes fica guardado no coração de forma que é impossível esquecer aqueles que um dia entraram na nossa vida. Leia uma história de Jakobine, missionária alemã na Base Belém. (p. 20)
Voar com Ele, por Ele e para Ele
Ser um piloto de Asas de Socorro vai muito além de um trabalho técnico. O piloto e mecânico é aqui um servo chamado por Deus e seu apoio a essas comunidades vai muito além de logística, antes, é integral! Chamado integral gera ações integrais. Conheça um pouco do chamado do piloto gaúcho, que atua na Base Manaus. (p. 14)
Dê asas aos que dão suas vidas
Unidos pela causa de Cristo,
Depósito identificado ou transferência bancária:
Banco Bradesco Ag. 0240-2 C/C 55508-8
Asas de Socorro CNPJ 01.052.752/0001-69
Identifique sua contribuição: doacoes@asasdesocorro.org.br
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A Bíblia nos ensina que há diversidade de dons e ministérios, e diversidade nas realizações. É Deus quem opera tudo em todos, visando o aperfeiçoamento do Seu corpo e a glória do Seu nome. Dentro de missões são vários os serviços e ministério, que são: trabalho com povos indígenas, como evangelização e tradução da Bíblia, com comunidades ribeirinhas e sertanejas em locais de difícil acesso, em países não evangelizados, entre outros. Asas de Socorro é uma missão que atua com um ministério logístico (técnico) de apoio a outras missões e igrejas, com um ministério social, fornecendo apoio integral ao homem, assim, levando-o ao conhecimento de Jesus Cristo. Como um hospital precisa de técnicos para fazer a manutenção de aparelhos médicos e um carro precisa de mecânico, ‘Asas de Socorro’ precisa de pessoas que atuem na manutenção e pilotagem de suas aeronaves. Deus nos chamou para esse ministério, em que colocamos à disposição do Senhor os dons e talentos que ele nos tem dado. Eu, Nilson, como técnico em eletrônica e Milena, como auxiliar de enfermagem, temos a convicção da necessidade desse ministério técnico. O avião é o meio mais prático e às vezes o único de chegar a povos isolados no Norte do Brasil. O nosso desejo é contribuir para que em todos os locais de difícil acesso seja anunciado o Evangelho da Salvação em Cristo Jesus, através da aviação missionária.
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Destaque
Nilson e Milena Souza e os filhos Nathan e Daniel são uma família missionária de Asas de Socorro
13 essas páginas e coloque no mural da sua igreja ou organização
Voar com Ele, por Ele e para Ele
Piloto missionário, técnico e chamado por Deus Rita Mucci
Foto: Arquivo
Conversar pelo skype nem sempre é bom. A conexão falha e a voz parece longe. Mas ao entrevistar o piloto missionário Ricardo Bock não foi a conexão que falhou. Foi o choro que fez a voz ficar meio distante e as palavras difíceis de se entender. Mesmo longe, foi perceptível que falar sobre o trabalho para Deus é uma coisa que emociona. “Eu estava no seminário e nos dispomos ao Senhor para trabalhar em Sua obra. Não foi uma revelação ou um sonho, apenas nos colocamos à disposição do Senhor como família...” E, silêncio. Como conta Ricardo, às vezes “a voz tranca, falha” e fica a emoção ao lembrar o compromisso estabelecido. Mas é preciso continuar. Quero
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entender melhor a história do piloto, que é também missionário. E depois de uns segundos, pergunto: “Ricardo, e como tem sido o trabalho e a opção por seguir o caminho sugerido por Deus?”. “Tem sido muito bom. Até aqui o Senhor Deus nos tem conduzido. Somos de Porto Alegre e estamos muito, muito longe de casa. Mas a gente entende que aqui é o nosso local. E nos sentimos bem aqui”, respondeu ele. Ricardo mora com a esposa e dois filhos em Manaus, a segunda maior base de Asas de Socorro e a maior em operação de voo, que beneficia 66 comunidades localizadas em dozes pontos de rios diferentes. Em seu dia a dia, ele pilota voos missionários, isto é, que apóiam o trabalho de igrejas e organizações missionárias, oferecidos aos parceiros a um preço
Foto: Reyner Araújo (reyneraraujo@gmail.com)
Apoio a Povos Distantes
Nosso trabalho é técnico, de apoio. Mas quando estamos lá, “é preciso amarrar o avião e deixar de ser apenas técnico. Se lembrar das pessoas e dar atenção a elas. Quando chegamos na comunidade, reduzido. Mas entende que mais do que acham que somos meio super-heróis, piloto, ele é também um missionário e mas tentamos mostrar que apenas temos segundo ele, não faltam oportunidades habilidades diferentes delas e que, muitas para testemunhar. Basta apenas estar vezes, o que elas sabem, nós não sabemos. disposto e se lembrar que talvez nunca Algumas vezes, como ser humano, estou mais volte a ver aquelas pessoas. mais cansado, dormi mal e fico mais quando Conta que quando o avião quieto, mas é bom que somos está pousando as crianças das sempre em dois e quando um está o avião está comunidades ribeirinhas logo “chururu”, meio calado e cansado, pousando as vêm correndo para a margem o outro faz este papel de do rio e, muitas vezes, é com crianças logo vêm conversar e dar atenção, deixar a elas que a conversa sobre conversa ‘ir além’”. correndo para a Deus acontece de forma bem Lá, longe, onde só é possível natural. A maioria daquelas margem do rio chegar de avião ou de barco, é pessoas esta vendo um avião que Ricardo além de pilotar, sonha pela primeira vez. Eles chegam e vão em contribuir com um pouco mais. subindo no avião, querendo olhar dentro, Afinal, os pilotos missionários vão e voam, ver quem são aqueles dois estranhos enquanto outros missionários ficam nas chegando. comunidades. Enquanto são luz no caminho Enquanto desembarcam os passageiros de quem anda por aquelas vias estreitas, e a carga para atender a necessidade de silenciosas e distantes das estradas alguma igreja ou missionários que vivem iluminadas das cidades, sabem que podem naquela comunidade, eles começam a contar com o apoio de Asas de Socorro, que conversar com as pessoas. “Quando temos se compromete em eliminar as distâncias. mais tempo, vamos dar uma volta na comunidade e as pessoas nos recebem em Rita Mucci, casada, mãe, é jornalista especializada em vídeodocumentário e suas casas. Quando pedimos para orar, missionária em Asas de Socorro logo se levantam em sinal de respeito”, conta o piloto.
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Defesa de Direitos Criança indígena em foco
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Foto: Reyner Araújo (reyneraraujo@gmail.com)
Rita Mucci
indígena”, relata a ONG Atini, pioneira na defesa da criança indígena. De acordo com o relatório da Unicef, “as Não há dados específicos e confiáveis crianças indígenas fazem parte do grupo sobre o número de crianças indígenas dos mais marginalizados do mundo”. mortas em situações que poderiam ser Diante dessa má notícia, o evitadas. Segundo dados da Atini, Brasil, ao contrário, uma notícia “com base no Censo Demográfico Agora meu muito boa para contar. Um imde 2000, pesquisadores do IBGE portante passo foi dado para pensamento constataram que para cada mil a defesa da criança indígena não é mais crianças indígenas nascidas com a aprovação do Projeto de Lei (PL) 1.057/2007 na pensamento como vivas, 51,4 morreram antes de completar um ano de vida, Comissão de Direitos Hude antropólogo enquanto no mesmo período, manos da Câmara dos Depua população não-indígena apretados. O PL visa o “combate às sentou taxa de mortalidade de 22,9 práticas tradicionais nocivas e à crianças para cada mil nascidos vivos.” proteção dos direitos fundamentais de Assim, “a taxa de mortalidade infancrianças indígenas, bem como pertencentil entre índios e não-índios registrou tes às outras sociedades ditas não tradidiferença de 124%”. Outros dados ainda cionais”. Em algumas aldeias indígenas, apontam que “muitas das mortes por “a criança pode ser morta, rejeitada ou infanticídio estão mascaradas nos dados abandonada se nascer com deficiência oficiais como morte por desnutrição ou física ou mental, for gêmea, ser filha de por outras causas misteriosas”. mãe solteira, ou por outras razões de O texto do Projeto de Lei, informado terminadas pela tradição de cada povo pela agência da Câmara dos Deputados e aprovado recentemente prevê que “o Estado deve desenvolver programas de conscientização e educação em direitos humanos nas comunidades indígenas, visando à proteção de crianças em risco por questões de origem cultural”. O projeto ainda precisa ser aprovado em outras instâncias para que se torne lei, mas já
Foto: Divulgação ATINI
A primeira vitória em defesa da vida
é uma vitória dos que lutam em defesa da vida das crianças indígenas. Asas de Socorro apoia as ações da ONG Atini por meio da parceria com a Rede Mãos Dadas, que busca a dignidade de todas crianças e adolescentes. Muwaji- uma mulher que fugiu para proteger a filha
O PL 1.057/2007 é conhecido como Lei MUWAJI. Muwaji é uma indígena que saiu de sua tribo para proteger a vida de sua filha, que nasceu com paralisia cerebral. Segundo a tradição, se ficasse em sua aldeia, a filha de Muwaji poderia ser morta pelos outros indígenas. No documentário sobre a questão do infanticídio indígena, da também indígena e jornalista Sandra Terena, “Quebrando o Silêncio”, o índio Paltu Kamayurá conta que teve filhos gêmeos e um deles foi sepultado vivo. No relato, ele diz que quando a criança nasce gêmea, uma delas é morta. “Até
hoje não esqueço... porque estou vendo o menino que viveu, o crescimento dele e aí eu penso no outro também. Agora meu pensamento não é mais como o deles, não é mais pensamento como de antropólogo, que fala: ‘Deixa esses índios viverem assim. Essa é a cultura deles’. Não é. Porque a cultura não para, ela anda. O pensamento também anda, igual a cultura”, observa. Em seu artigo, “A Estranha Teoria do Homicídio Sem Morte”, uma das fundadoras e conselheira da Atini, Márcia Suzuki, afirma que “a partir do momento em que as mulheres e lideranças indígenas se manifestaram a favor da vida, é obrigação do governo e sociedade prover meios para que essas crianças possam sobreviver”. Afinal, como diz Ayato Kuikuro, também em depoimento ao documentário, “a morte é triste, mas sente-se alegria quando se vê uma criança em pé brincando”. Para saber mais
www.atini.org www.hakani.org/pt
Rita Mucci, casada, mãe, é jornalista especializada em vídeodocumentário e missionária em Asas de Socorro
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Parcerias Diferentes missões trabalham juntas para alcançarem os mais distantes Rita Mucci
na tribo, o avião de Asas de Socorro a trouxe para a cidade e nós, da MEVA, a A parceria entre as missões faz com que levamos ao hospital. Ela ficou seis meses o trabalho em locais de difícil acesso seja internada, fez várias operações e voltou possível e se torne menos desgastante para sua tribo bem”, conta Otoniel. física e emocionalmente. Segundo Segundo o piloto missionário, Denis Otoniel Berti, vice-presidente da Missão Engelhardt, no dia a dia, o elo entre as Evangélica da Amazônia (MEVA) missões e o missionário é forte e sem o avião, o trabalho que faz com que diferentes missões ver os desenvolvem não seria realizado pareçam uma só. “Quem e muitas vidas não seriam resultados do seolha de fora não percebe que salvas, pois muitas aldeias tem trabalho de outras somos missões diferentes. acesso extremamente restrito. “Lembro-me de um caso missões dá ânimo Trabalhamos muito juntos. Acho que porque somos de uma índia que chegou para continuar irmãos em Cristo e temos o muito abatida, magra, sem mesmo objetivo. Há uma união ânimo para viver. O marido a de propósitos em nosso trabalho.” tinha jogado em uma fogueira e ela Neste jeito parceiro de trabalhar, estava com graves queimaduras. Após Denis fala de como já esta acostumado a ser contatado por nossos missionários
Foto: Arquivo
O piloto Denis (de azul, à direita) e sua esposa Rebeca (de amarelo) com missionários da Novas Tribos e indígenas na aldeia Marari.
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Foto: Arquivo
Entre o chão e o ar
ser o “link” entre as aldeias e as cidades para levar aos missionários que vivem nas tribos, “tudo que caiba no avião”. Para ele, ver os resultados do trabalho de outras missões dá ânimo para continuar, pois, melhor do que voar é “ver a transformação de vidas pelo Evangelho, a tradução da Bíblia para a língua indígena e o surgimento de igrejas nas aldeias”. A importância da parceria de missões através da vida de um missionário
O casal de missionários, Sara e Josias Cambuy, viveu 13 anos em uma tribo Yanomami, no meio da floresta Amazônica. Para Josias, quando se vive isolado no meio de rios, árvores e muita floresta, o avião conduzido por um piloto missionário não é apenas uma tecnologia do progresso, mas uma “estrutura mecânica com coração”. “Se precisássemos de algo que dava mais trabalho, os pilotos missionários que vinham até a aldeia ficavam mais uma noite para nos ajudar. Dormiam em nossa casa. Consertavam nossos aparelhos danificados, contavam sobre o futebol, sobre o novo presidente e tudo o mais que
acontecia na cidade”, explica Josias. Segundo o missionário, “em 13 anos, usamos o avião de Asas de Socorro o tempo todo. Não apenas uma vez por mês, mas vinte e quatro horas por dia, todo dia. Usamos o avião mesmo ele estando parado na cidade, porque sabíamos que em qualquer emergência poderíamos contar que o avião passaria para nos pegar. Sabíamos também que o avião deixaria de vir nos atender se aparecesse alguma emergência em outras aldeias e se pudéssemos esperar.” A família Cambuy é missionária da Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB), organização parceira de Asas de Socorro. No tempo em que viveram na tribo, tiveram suas filhas, ajudaram a desenvolver uma escola de alfabetização em Yanomami e em português, cuidaram de um posto de saúde na aldeia e também da saúde dos indígenas. Com isso, tornaram-se amigos muito próximos dos índios Yanomami. Josias diz que já lhe disseram que está velho para esse trabalho. Mas ele reluta, “se (eu) parar, fico triste. Então, prefiro continuar e ficar alegre. A aldeia é longe, é difícil de chegar, é um lugar perigoso, mas é onde gosto de estar”. O casal se dispõe a ir, outros se dispõe a apoiar, para que a vida seja beneficiada. Rita Mucci, casada, mãe, é jornalista especializada em vídeodocumentário e missionária em Asas de Socorro
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Você se lembra daquele pássaro grande? Os rios estão brancos, à espera de palavras de Salvação Tábata Mori
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Toda segunda-feira de manhã temos um culto na sede de Asas de Socorro, em Anápolis (GO). Em alguns felizes momentos pudemos receber os companheiros das bases para compartilhar as experiências do campo e nos motivar no trabalho administrativo, ou mesmo aqueles que ainda estão em treinamento. Em um desses momentos recebemos a missionária alemã Jakobine Diemer, da Base Belém (PA). A ocasião foi também de despedida, Jakobine passará alguns meses na Alemanha para o seu período de férias, divulgação e confirmação do trabalho no Brasil. A Base Belém era formada por quatro pessoas, com a ausência de Jakobine e a saída de outra missionária, Myrian Arndt, o casal Ronaldo e Mara está trabalhando a
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partir da Base Santarém, também no Pará. A Base Belém continua com sua agenda de clínicas médicas, mas as visitas contínuas às comunidades foram temporariamente prejudicadas. Com o coração apertado, a missionária contou-nos a história do “Pássaro Grande”, uma história que representa bem o trabalho de Asas de Socorro. A conversa abaixo aconteceu em São Raimundo (PA), em uma comunidade daquelas que você não encontra nada em sites de pesquisa, nem rotas nos mapas online... A história, vou deixar por conta da Jakobine: ”Tive a oportunidade de voltar para a comunidade de São Raimundo, à beira do Rio Anapu. Faz mais de sete anos desde a minha última visita. São Raimundo é uma comunidade com apenas quatro moradias, um salão de
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Cuidado Espiritual nada mais que um “quem sabe”, pois sei que a viagem até São Raimundo, festas e duas igrejas: uma católica e começando em Belém, dura entre 13 e outra evangélica. 18 horas de barco até o município de Nessa minha última visita, matei a Portel. De lá, mais dez ou 12 horas com saudade do tempo passado. E sentada uma embarcação particular até São a beira do rio eu conversava com as Raimundo. irmãs Dominga e Helena, quando elas Claro, com o avião a viagem é bem mais dizem: vocês rápida, mas a pergunta principal é “onde - Você se lembra quando há pessoas disponíveis para ir?” trouxeram aquele pássaro grande Há uma oportunidade para você, passou aqui no rio? que agora lê esse texto, embarcar palavras de Sorri. A irmã Helena conosco nesse ministério levando conforto para com quase 91 anos, já a Palavra de Deus que traz não enxergava bem, mas nós... Quando conforto e Salvação aos que vivem viu o pássaro grande em locais tão distantes.” vocês vão sobrevoando a comunidade. São Raimundo é uma entre as Pássaro que na verdade era o muitas comunidades abençoadas voltar? Caravan Anfíbio*, que chegava pelo trabalho de Asas de Socorro e é de Manaus com os profissionais apenas uma entre as que estão à espera para realizar uma ação integral em de alguém para viver entre eles. Os campos São Raimundo. estão brancos, os rios estão brancos, a Sonhando e conversando acerca do floresta está branca, orem ao Senhor da tempo passado, as duas disseram: seara por obreiros! - Olha, nós temos tanta saudade * O Caravan é um avião para 10 pessoas, incluindo o daquele povo... piloto, com mais de 12 metros de comprimento e que - Por quê? Eu perguntei. Vocês carrega 1.900kg entre passageiros e carga; Anfíbio, pois gostaram muito do pássaro? consegue pousar tanto na terra como na água. - Não, elas respondem. É que vocês não vieram apenas visitar, vocês trouxeram Tábata Mori, solteira, jornalista. palavras de conforto para nós... Coordenadora de Comunicação Quando vocês vão voltar? em Asas de Socorro Minha resposta foi um silêncio e
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Educação
Parcerias Saúde e Saneamento
Acesso difícil – difícil acesso
Saúde e oportunidade
Tábata Mori
Tábata Mori
Foto: arquivo
Asas de Socorro leva curso de liderança para o Pará e Rondônia
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que pudesse implantar e pastorear as igrejas em comunidades ribeirinhas”. Santarém, no Pará, e Porto Velho, em Pensando nessa necessidade, Asas Rondônia, são distantes? De difícil acesso? de Socorro oferece o FPL, um curso que Pense na possibilidade de entrar em um aborda planejamento, estratégia, dinâmica barco e navegar pelo Amazonas ou pelo da administração, metas, avaliação e outros Madeira, a distância parece ainda maior? princípios de administração. Agora pense em uma universidade O conteúdo com base bíblica boa. Onde ela está? Com certeza em permite a fácil assimilação dos um local inacessível à população O conteúdo conceitos administrativos por que vive às margens desses com base bíblica parte dos líderes e favorece rios. Pense em um pastor o desenvolvimento de uma sempre atualizado. Onde permite a fácil liderança cristã, que leva está esse pastor? Em um local assimilação em conta os propósitos e as bem distante das comunidades características de Deus. ribeirinhas e indígenas. O FPL já treinou dezenas de líderes, Asas de Socorro foi chamada para mas 2011 marca a sua volta para casa, abençoar comunidades em locais de difícil com o foco em líderes de comunidades em acesso, logo seus obreiros e pastores locais de difícil acesso. Em abril, o Pará também são o nosso alvo. Segundo recebeu dois treinamentos: 16 pessoas em Ester Alves, uma das coordenadoras do Novo Progresso e 60 pessoas em Santarém. Ferramenta Para Líderes (FPL), “no final No mês de agosto, em Porto Velho (RO), 25 de 2008, ouvimos dezenas de líderes pessoas também fizeram o curso. pontuando suas grandes necessidades, Na sua simplicidade, João Bosco entre elas, treinamento de uma liderança Caldeira diz: “Agradeço a Deus pela rica oportunidade que tivemos aqui em Santarém”. Assim respondemos: “Gratos somos nós, por podermos abençoar a Igreja plantada em locais de difícil acesso.” Tábata Mori, solteira, jornalista. Coordenadora de Comunicação em Asas de Socorro
Asas de Socorro inicia programa de longo prazo no Rio Arapiuns No final do mês de agosto, onze estudantes de Enfermagem e Odontologia, um técnico e cinco professores da UniEvangélica acompanharam a expedição Marco Zero, juntamente com três missionários de Asas de Socorro e dois profissionais da ONG Terre des Hommes. A expedição Marco Zero dá início ao primeiro programa de longo prazo desenvolvido por Asas de Socorro, em parceria com a UniEvangélica e trabalha com a Foto: proposta de desenvolvimento comunitodos esses dentes’”. “Eu sou protética e tário integral da região para um período tenho vontade de voltar para devolver o de cinco a sete anos. A viagem de sete sorriso para essas pessoas”, conta Patrícia. dias teve dois objetivos: levantar O hidroavião C206 de Asas de tenho dados socioeconômicos e realizar Socorro e um ultraleve da Missão vontade atendimento básico de saúde e Sal e Luz da Amazônia fizeram odontológico. de voltar para o rápido e seguro percurso da Para Omar Abdalla, denequipe de pesquisa entre o barco devolver o sorriso e as comunidades, enquanto o tista e missionário de Asas de Socorro, “o projeto oferbarco-hospital da Terre des Hompara essas eceu à sociedade universitária mes abrigou a equipe médica. pessoas uma nova visão sobre a realidade O trabalho intenso atendeu mil brasileira na região Norte e deu à comunipessoas de treze comunidades, além de dade atendida, oportunidade de acesso à um voo para realizar o socorro emergensaúde”. cial. Esse é só o começo, contamos com Patrícia Mota, estudante de Odontolovocê para escrever a história dos próximos gia, é veterana, pois participa a diversos anos. anos de projetos, mas essa foi sua primeiTábata Mori, solteira, jornalista. Coordenadora de Comunicação ra vez na Amazônia. “Atendi uma senhora em Asas de Socorro que tinha 14 dentes para tirar e no final ela chorou e disse ‘ não acredito que tirei
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