JARI
JARI EQUIPE DE PROJETO:
COMUNIDADE PARTICIPANTE: Associação Esportiva Recreativa e Comunitária Índio Jari.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ARQUITETURA
Porto Alegre, setembro de 2018.
EMAV: PRÁTICAS PARTICIPATIVAS POPULARES Acadêmicos: Denner Augusto Pereira de Souza Pedro Ayete Karolina Silva TURMA – PROJETO ARQUITETÔNICO 2 Docentes: Ana Elísia da Costa Discentes: Adriano de Almada Mendieta Alice Helena Mohr Mueller Antonio Fagundes Cornely Bruna Conci Scanagatta Eduardo Guarienti Correa da Silva Gabriela Pinto da Silva Kamylla Bernardes Conceição Maciel Laura Betina Attuati Leonhard Bravo Seyboth
Liliane Basso Lucas Vencato de Paula Maria Paloma Bernardi Mateus da Silva Oliveira Natália Pasqualotto
introdução Neste trabalho estão apresentados Estudos Preliminares para a reforma da sede da Associação Esportiva Recreativa e Comunitária Índio Jari, localizada em Viamão-RS. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e objetiva servir de base para o desenvolvimento de um projeto a ser detalhado. Espera-se também que este material seja um “agente motivador” que apresente os sonhos de uma comunidade carente a futuros parceiros que, assim como nós, acreditem na sua transformação.
sumário 1. LEVANTAMENTO 1.1 a associação 1.2 a parceria 1.3 localização 1.4 potencialidades e fragilidades 1.5 metodologia 1.6 demandas 2. PROJETO 2.1 a área aberta 2.2 a sede 2.3 o novo edifício da associação 3. DETALHAMENTO 3.1 disposições gerais 3.2 espaços multifuncionais 3.2.1 palco da área aberta 3.2.2 mural-palco da sede 3.2.3 sala multiuso da nova edificação 3.3 patologias das edificações 3.4 plantas demolir e construir
LEVANTAMENTO
a associação A Associação Esportiva Recreativa e Comunitária Índio Jari foi fundada em 1961, com o objetivo de lutar pelo bem comum dos associados do bairro Parque Índio Jari, em Viamão-RS. Sem fins econômicos, tem caráter filantrópico e não possui vínculos políticos partidários, mantendo sua autonomia administrativa e financeira. Congregando associados e moradores, busca ampliar a consciência de seus direitos e deveres e o espírito de solidariedade dos mesmos. Para tanto, desenvolve ações voltadas à cultura, esporte e lazer, destacando projetos voltados às crianças, como o projeto da escolinha de futebol, aulas de capoeira e festa de aniversário coletiva mensal. A sua sede foi construída em área cedida pelo poder público, contando com o apoio das “mãos de moradores do Parque Índio Jari e também por amigos do bairro”. Inicialmente, contava com um salão (sede) e grande área aberta, com campo de futebol, cancha e play-ground. Em 2018, uma pequena edificação da Prefeitura construída na quadra da atual sede passou a ser objeto de tratativas de cedência de uso.
a parceria Em 2018, a Associação Esportiva Recreativa e Comunitária Índio Jari solicitou ao Escritório Modelo da Faculdade de Arquitetura da UFRGS - EMAV: Práticas Participativas Populares – um projeto de reforma de sua sede. A demanda recebida foi acolhida e desenvolvida como projeto de extensão articulado com atividades de ensino, junto à disciplina Projeto Arquitetônico 2. Assim, esse sonho passou a ser um sonho conjunto, envolvendo a comunidade do Bairro Jari, da diretoria da Associação, da equipe do EMAV e dos alunos e professora da disciplina P2.
a cidade de Viamão Viamão é o maior município em extensão territorial da Região Metropolitana de Porto Alegre, distando 25 quilômetros da capital.
ASSOCIAÇÃO RECREATIVA E COMUNITÁRIA ÍNDIO JARI
o bairro Parque Índio Jari Localiza-se no extremo norte do município de Viamão, próximo à Avenida Protásio Alves, uma das principais vias arteriais da região metropolitana. A principal via que corta o bairro ao meio e que o conecta à Avenida Protásio Alves é a Avenida Moema. Essa avenida, por sua vez, deriva sequencialmente nas Rua Timbiras e Amazonas, desembocando na Avenida Liberdade, centro comercial da cidade.
o entorno imediato A área da Associação configura uma quadra que faz interface com a referida Avenida Moema e com três ruas secundárias – Marechal Rondon, Bororós e Charruas. Alturas: Predominantemente de um a dois pavimentos.
Usos: Residencial: Predominante na área Comercial: Destaca-se o comércio local ao redor da área de estudo, com bares e armazéns, o que lhe atribui um certo grau de centralidade.
Institucional: Destaca-se a proximidade de escolas e, consequentemente, de um dos principais públicos-alvo da Associação, ou seja, as crianças.
fluxos
usos
escolas
o terreno
fluxos de pedestres
espaços de lazer consolidados
áreas de convergência de pessoas
a prĂŠ-existĂŞncia: fragilidades e potencialidades
FRAGILIDADES
POTENCIALIDADES
barreiras na circulação
pouca sombra
poucos bancos
vandalismo
lixo no chão
a área aberta do terreno
entorno diversificado
locais atrativos
espaço verde
FRAGILIDADES
POTENCIALIDADES
reparos na estrutura
a sede da associação fragmentação do espaço
importância
poucos banheiros
espaço amplo
fluxos cruzados
possibilidade de rearranjo
varanda sem luz
FRAGILIDADES
POTENCIALIDADES
pré-existências
o antigo edifício da prefeitura topografia do terreno
pré-existências
poucos banheiros
localização
+ demandas - espaço
muita área construída
abandono
metodologia A proposta foi desenvolvida em diálogo com a diretoria da Associação, que acompanhou o grupo em reuniões e levantamentos. A partir disso, uma proposta inicial foi esboçada através de um zoneamento prévio que foi apresentado na manhã de um sábado ensolarado à toda a comunidade, inclusive as crianças. Acolhidas as sugestões da comunidade, chegou-se a uma proposta final.
demandas ÁREA ABERTA
mais bancos
áreas mais sombreadas
circulações mais fluidas
pista de caminhada
quadra multifuncional
equipamentos de ginástica
mais lixeiras
proteção da quadra de concreto
reutilização de materiais
demandas SEDE DA ASSOCIAÇÃO
ampliação do salão
otimização da cozinha
melhorias nos banheiros
demandas EDIFÍCIO DA PREFEITURA
sala de administração
depósito
sala para computadores
dois vestiários
sala multiuso
biblioteca
conexão da casa com o entorno
espaço para guardar documentos
visão da casa para o campo
PROJETO
a รกrea aberta
vegetação
árvores existentes
árvore de hibisco
pingo de ouro
árvore de paineira
russélia
árvore de jerivá
árvore de ligustro
novo plantio
iluminação
a sede
1
2
3
4
1 mural-palco; 2 salĂŁo principal; 3 cozinha compartilhada e 4 churrasqueiras
corte aa 1:100
corte bb 1:100
fachada norte 1:100
fachada sul 1:100
fachada oeste 1:100
fachada leste 1:100
o novo edifício da associação
1
2
3
4
1 biblioteca; 2 sala de reuniĂľes; 3 vestiĂĄrio e 4 sala de computadores
corte aa 1:100
corte bb 1:100
fachada norte 1:100
fachada sul 1:100
fachada oeste 1:100
fachada leste 1:100
DETALHAMENTO
alterações no terreno NOVA GUARITA
MODIFICAÇÕES DIVERSAS aumento de 1,00m na calçada
deslocamento de 1,50m da parada de onibus para o norte
corte aa 1:100
planta baixa 1:100
fachada oeste 1:100
realocação do poste de luz perto da prefeitura
detalhamento: palco externo 20
30 90 20
164 30
90
estrutura com pneus intercalados pilaretes de reforço
muro contenção existente laje em concreto armado preenchimento com brita
164
130
154 130 10
uso palco
154
detalhe estrutura
uso quadra esportiva
10
detalhamento mural de pallets detalhamento mural de pallets detalhamento mural de pallets Pallet (120mm x 100mm x 150mm)
100 mm 100 mm 100 mm
120120 mmmm 120 mm
Pallet (120mm x 100mm x 150mm) Pallet (120mm x 100mm x 150mm)
x
x x
+ + x 100mm x 10mm) compensado (120mm +
compensado (120mm x 100mm x 10mm) compensado (120mm x 100mm x 10mm)
= 20 pallets apoiados = em mãos francesas, fixadas = na parede do salão 20 pallets apoiados em mãos francesas, fixadas
20 pallets apoiados em mãos francesas, fixadas na parede do salão na parede do salão
espaços multifuncionais: palco-mural da sede
mural
posição atual
recuado
centralizado
espaços multifuncionais: sala no novo edifício da associação
ioga
capoeira
reuniões
reuniões
1
2
3
estudo das patologias SEDE
1
PATOLOGIA: Telhas de fibrocimento quebradas e degradadas. INTERVENÇÃO: Substituição à curto prazo por novas telhas de fibrocimento.
2
PATOLOGIA: Telhas de fibrocimento quebradas e degradadas. INTERVENÇÃO: Substituição à curto prazo por novas telhas de fibrocimento.
3
PATOLOGIA: Chapisco interno e externo sobre alvenaria de tijolos em bom estado de conservação. INTERVENÇÃO: Propor à médio prazo revestimento com reboco e pintura.
4
PATOLOGIA: Linha de madeira para apoio da estrutura do telhado quebrada e desgastada. INTERVENÇÃO: Substituição à curto prazo por novo apoio de madeira.
5
6
PATOLOGIA: Grade com algumas deformações e ferrugem. INTERVENÇÃO: Propor substituição de acordo com novo projeto para a área.
PATOLOGIA: Vulnerabilidade da proteção entre alvenaria e telhado. INTERVENÇÃO: Propor fechamento de reboco até o inicio da telha.
Placa identificatória da praça INTERVENÇÃO: Realocar devido ao novo anexo criado.
PATOLOGIA: Fiação elétrica aparente. INTERVENÇÃO: Realocação à médio prazo dos fios elétricos.
7
PATOLOGIA: Beiral quebrado/danificado. INTERVENÇÃO: Propor à curto prazo substituição por material novo.
PATOLOGIA: Linha de madeira para apoio da estrutura do telhado quebrada e desgastada. INTERVENÇÃO: Substituição à curto prazo por novo apoio de madeira.
PATOLOGIA: Grade com algumas deformações e ferrugem. INTERVENÇÃO: Propor substituição de acordo com novo projeto para a área.
PATOLOGIA: Vulnerabilidade da proteção entre alvenaria e telhado. INTERVENÇÃO: Propor fechamento de reboco até o inicio da telha.
7 6 4 5
1
PATOLOGIA: descascamento do reboco e da pintura INTERVENÇÃO: remoção das camadas danificadas e aplicação de novo reboco e pinturas
4
PATOLOGIA: problemas nas instalações sanitárias; instalação elétrica aparente INTERVENÇÃO: reparos nas instalações sanitária e elétrica
2
PATOLOGIA: destruição de parte da parede de tijolos existente INTERVENÇÃO: reconstrução da mesma e instalação de equipamentos para comportar a porta
5
PATOLOGIA: desgaste da viga e aparecimento da estrutura de aço INTERVENÇÃO: reforço estrutural
3
PATOLOGIA: parede com infiltração, presença de fungos e sujicidade INTERVENÇÃO: limpeza e tratamento da superfície
6
PATOLOGIA: desgaste da viga e aparecimento da estrutura de aço INTERVENÇÃO: reforço estrutural
estudo das patologias 12
EDIFĂ?CIO DA PREFEITURA
11
8 9
10
7 4 3
6
1
5
2
7
PATOLOGIA: problemas nas instalações sanitárias INTERVENÇÃO: reinstalação de canos
10
PATOLOGIA: fiação elétrica aparente INTERVENÇÃO: recolocação dos fios
8
PATOLOGIA: rachadura na parede INTERVENÇÃO: aplicar camada do produto apropriado para reparos de fissuras, posteriormente aplicar uma camada de massa corrida, e posteriormente, regularizando o revestimento
11 5
PATOLOGIA: fiação elétrica danificada INTERVENÇÃO: recolocação dos fios
9
PATOLOGIA: forro de madeira com infiltraçao/ tábuas apodrecidas e fissuradas. INTERVENÇÃO: substituição do forro.
12
PATOLOGIA: apodrecimento e falta de partes da madeira do beiral do telhado. INTERVENÇÃO: substituição por madeiras novas
12 11
8 9
10
7 4 3
6
1
5
2
1
PATOLOGIA: sujeira no piso e paredes da edificação, materias em bom estado de conservação INTERVENÇÃO: limpeza geral do prédio
4
PATOLOGIA: fiação elétrica aparente INTERVENÇÃO: recolocação dos fios
2
PATOLOGIA: infiltração e sujicidade do forro de madeira INTERVENÇÃO: propor substituição do forro
5
PATOLOGIA: vulnerabilidade da proteção entre alvenaria e telhado INTERVENÇÃO: propor preenchimento das áreas com reboco
3
PATOLOGIA: apodrecimento e falta de partes da madeira do forro INTERVENÇÃO: propor substituição do forro
6
PATOLOGIA: falta de corrimão na escada INTERVENÇÃO: colocação do corrimão
1
2
3
6
4 5
90
90
demolir
12 38
SEDE
10 46
47 20
70
76
107
48
31
125
10 80
8 10 8 15 15 77 15 60 15 60 10 10 60 28
construir
20
140
60
120
50 15 45
98
10
150
SEDE
20
103 115
15
80
10 80 286
15
103
60 115
25 475
461
242
demolir SEDE
construir SEDE
demolir e construir EDIFÍCIO DA PREFEITURA PAV INFERIOR
demolir e construir EDIFÍCIO DA PREFEITURA
D
Derrubar de modo que se mantenha em pé um peitoril de 90cm
Apoiar elementos vazados no suporte de concreto pré-existente
S
PAV SUPERIOR
demolir PAVIMENTO INFERIOR
construir PAVIMENTO SUPERIOR