Casa carvalho magazine

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JAGUARIBE , ENÉAS PINTO DE CARVALHO E ITACOLOMY

90 ANOS TESTEMUNHA DO PROGRESSO DE BAURU As nove décadas da trajetória do estabelecimento comercial se misturam com o crescimento e desenvolvimento da cidade

Edição Especial WWW.REVISTAATENCAO.COM.BR 30 DE JUNHO 2014


PARABÉNS

A REVISTA ATENÇÃO TEM ORGULHO DE DIVULGAR SUA HISTÓRIA HÁ 32 ANOS

WWW.REVISTAATENCAO.COM.BR


90 anos de tradição

C A S A C A R VA L H O

A INDIVIDUAL SE ORGULHA DE FA Z E R PA R T E D E S TA H I S TÓ R I A . Esta parceria duradoura é resultado da paixão, confiança e encantamento.


CARTA AO LEITOR

Tradição e pioneirismo Da simples loja na então nascente Batista de Carvalho à referência regional no setor varejista, seja no mais importante eixo comercial do centro de Bauru, shoppings e cidades vizinhas, os 90 anos da Casa Carvalho representam trabalho e pioneirismo. O pilar enraizado pelas nove décadas de atuação não tirou o espírito inovador das quatro gerações que se sucederam a frente do negócio familiar que se traduz em qualidade e confiança estabelecida com diferentes épocas e gerações das famílias bauruenses e da região. Da iniciativa em fabricar camisas, ainda pelas mãos do alfaiate e fundador, Enéas Pinto de Carvalho, cuja vontade e tino comercial resultaram na abertura da singela loja, muito antes da Batista se tornar o corredor comercial que é hoje, até o primeiro estabelecimento do interior a exibir uma vitrine luminosa ou, depois, à condição de empresa preferida do público entre marcas de renome nacional. Cada geração deixou seu legado e contribuiu, da sua forma e de acordo com o seu tempo (muitas vezes a frente dele), para as nove décadas de história resumidas nas matérias que apresentamos nas páginas seguintes. Os 90 anos de sucesso e, principalmente, muito trabalho são celebrados hoje por diretores, colaboradores e clientes, que fazem da Casa Carvalho a extensão de sua própria, condição justificada pela confiança enraizada e total segurança em contar com atendimento familiar, numa relação cativada por anos e décadas a fio. Apesar de todas as conquistas e justa comemoração, novos desafios, entretanto, surgem. A atual geração que administra o estabelecimento, junto à próxima que já assume grandes responsabilidades, têm, a partir de agora, a contagem regressiva de dez anos rumo ao centenário, ocasião em que, certamente, terão novos e vitoriosos capítulos desta rica história!

Os editores

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Especial Casa Carvalho 90 anos


Grandes histórias sempre geram boas impressões!

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COLABORADORES

JAGUARIBE , ENÉAS PINTO DE CARVALHO E ITACOLOMY

90 ANOS TESTEMUNHA DO PROGRESSO DE BAURU As nove décadas da trajetória do estabelecimento comercial se misturam com o crescimento e desenvolvimento da cidade

especial 90 anos

Edição Especial WWW.REVISTAATENCAO.COM.BR 30 DE JUNHO 2014

Luiz Beltramin Jornalista, ex-repórter do Jornal da Cidade, onde atuou por cinco anos. Com passagens por outros veículos, entre eles Editora Alto Astral, atualmente é colaborador especial da Revista Atenção.

MB Propaganda Nascida em Bauru em 1984, com quase 30 anos de experiência no mercado publicitário, a MB Propaganda e Assessoria de Mídia é uma agência que oferece soluções diferenciadas e integradas em projetos de criação e de comunicação em mídia: TV, rádio, jornal, revista, painéis, outdoor, mídia digital; projetos visuais e gráficos; desenvolvimento de logos, entre outros.

Edição Especial Expediente Bauru e região

Fundador: Luiz Carlos Cordeiro (1982-2010) Diretor Executivo: Carlos Eduardo Cordeiro (diretoria@revistaatencao.com.br)

www.revistaatencao.com.br Avenida Nossa Senhora de Fátima, 19-15 Telefone: (14) 3223-8560

Diretor de Planejamento: Luiz Cordeiro (diretoria.luiz@revistaatencao.com.br) Diagramação: Ana Carolina Milo Britto (arte@revistaatencao.com.br) Fotografia: Vinicius Fernandes (socialbauru@gmail.com) Impressão: Grafilar Circulação: Bauru, Agudos, Pederneiras e mais 10 cidades da região

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Especial Casa Carvalho 90 anos


SUMÁRIO

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A HISTÓRIA

ENTREVISTA

ENTREVISTA

Cronologia e depoimentos

Maria Elídia

Cássio Carvalho

44 A Campanha Resgate histórico com tendências atuais 8

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ENTREVISTA

CLIENTELA

ALSHOP

Fábio Carvalho

Fidelidade

O “Oscar” do Varejo

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A HISTÓRIA

As nove décadas da trajetória do estabelecimento comercial se misturam com o próprio crescimento e desenvolvimento de Bauru

CASA CARVALHO Crescimento conjugado com a cidade

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Especial Casa Casa Carvalho Carvalho 90 90 anos anos Especial


O

nascimento, crescimento e solidificação d a C a s a Carvalho como sinônimo de onde recorrer quando o assunto é se vestir bem, reflete uma trajetória que se confunde com a própria história da cidade de Bauru. Desde o romantismo dos chapéus masculinos, passando por diferentes épocas até os dias de hoje, quando a agitação moderna também exige estilo e elegância, a Casa Carvalho é parada obrigatória. Mas a loja com layout vanguardista e que divide a clientela em lojas de shopping centers seja em Bauru ou Marilia, além da filial de Botucatu, já teve uma fachada mais simples numa não menos singela cidade cujo principal centro comercial era palco, nos finais de semana, das paqueras dos jovens e até mesmo animados jogos de futebol da criançada. Foi nesse cenário, ainda na década de 1930, que surgiu o embrião do importante estabelecimento comercial que, hoje, inicia a contagem regressiva para o centenário. Contudo, a história da Casa Carvalho tem os primeiros capítulos desenhados ainda em 1924, com a chegada do alfaiate Enéas Pinto de Carvalho a Bauru. Nascido na cidade de Areias, situada na divisa entre os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, Carvalho, após peregrinar cidades como Rifania, São Simão, São José do Rio Preto e Serra Azul – onde, segundo matéria do memorialista Luciano Dias Pires, publicada no suplemento Bauru Ilustrado (agosto de 1995), chegou a digirir uma pequena ferrovia –, chegou a Bauru. A vinda para a Cidade Sem Limites, relatam descendentes, foi incentivada pelos ares progressistas que respirava o município, impulsionado pelo “motor” das ferrovias que recém rasgavam o mapa da cidade, principalmente a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB). Enéas se estabeleceu na cidade, acompanhado da esposa Maria Emília e os sete filhos. Todos, obviamente, desembarcaram do trem para residir, inicialmente, numa moradia da quadra sete da mesma

Na esquina da rua Rio Branco, com a Batista o alfaiate iniciou os requisitados serviços no já coração comercial da cidade

Batista de Carvalho que um dia abrigaria os negócios da família, até hoje. E, na esquina da rua Rio Branco, com a mesma Batista (onde funciona a atual Casa Carvalho), a princípio em prédio alugado (o proprietário, ainda de acordo com a mesma publicação do Bauru Ilustrado, era o coronel Gustavo Maciel) o alfaiate iniciou os requisitados serviços no já coração comercial da cidade. “Nesse ramo, era um dos mais solicitados, pois tinha uma clientela especial”, lembra o memorialista Dias Pires, no texto que redigiu em 1995. Mas Enéas, lembram testemunhas e descendentes, não era bom apenas no trançar da agulha e linha. Comerciante nato, transformou a simples alfaiataria em loja de artigos masculinos. Em 1934, surge, enfim, a Casa Carvalho. O negócio prospera e surge a oportunidade de uma nova loja, destinada apenas a calçados, lembra Paulo Roberto de Carvalho, neto de Enéas. “Ele conseguiu montar a segunda loja, que se chamava Casa da Época e ficava na quadra dois da Batista. A Casa Carvalho, permaneceu na quadra 6. A Casa da Época vendia calçados. Ele era

o chefe, o cabeça dos negócios”, recorda. Uma camisaria, fabricante de peças da marca “Invicta”, também é estabelecida por Carvalho, na mesma região. Com o crescimento dos negócios, e dos filhos, era a hora dos mesmos ajudarem no trabalho. Assim, os filhos Jaguaribe, Itajaribe e Pirajibe assumiram, respectivamente, suas funções na Casa Carvalho e Casa da Época. A iniciação dos herdeiros no negócio foi providencial. Em 1943, por ironia do destino os mesmos trilhos que fizeram o pioneiro desembarcar em Bauru, também testemunharam a morte do patriarca. Ao voltar de uma viagem de férias, Enéas enfartou e não conseguiu desembarcar na cidade que adotara com vida. “Ele foi passar uns dias de férias em Santos e, na volta, no trem, teve um mal súbito e faleceu”, lembra Paulo, nascido um ano mais tarde. Os negócios também não iam bem. A solução, recorda o descendente, foi a junção de forças dos irmãos apenas na Casa Carvalho, com o fechamento da Casa da Época. Pouco tempo depois, sem estímulo para seguir na vida comercial, os irmãos

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A HISTÓRIA

Piraribe e Itajaribe passaram o comando do estabelecimento para Jaguaribe. Itacolomy, pai do atual diretor Cássio Nunes de Carvalho, ainda era criança, acentua Paulo. Aos 17 anos, Itacolomy também assume as rédeas do estabelecimento, que vive nova fase. É fundada a empresa, a “Carvalho & Irmão”, com Jaguaribe e Itacolomy. Com idade já avançada para seguir no comando dos negócios, Jaguaribe passa o bastão para o filho Celso. O mesmo ocorreria anos mais tarde com Itacolomy (cujo forte tino comercial e administrativo seria fundamental nas diversas gestões a frente da atual Associação Comercial), que transferiria os negócios para o herdeiro e atual diretor Cássio. “Cássio é um comerciante nato, talento herdado de meu avô”, valoriza Paulo, que optou seguir pela Agronomia. “Ele desenvolveu o empreendimento, é um tremendo comerciante e que hoje encaminha o filho Fábio para continuar no ramo”, destaca.

Hoje comuns, vitrines com luminosos eram raridade quando a Casa Carvalho inovou com luzes e cores ainda nos anos 1950

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A era romântica da Batista Paulo Roberto nasceu e cresceu, literalmente, na Casa Carvalho. Ele conta que morar aos fundos da loja no centro comercial da cidade era uma mescla de movimento e a vida mais simples e tranquila da Bauru das décadas de 1940 e 1950. “Tive toda minha infância e juventude morando aos fundos da loja. Nos finais de semana, eu brincava no meio daquelas roupas, era a maior diversão, os balcões, os vidros”, recorda. O neto do fundador da loja recorda uma Batista de Carvalho muito diferente do agitado corredor comercial de hoje. “Eu jogava bola na Rio Branco, ao lado da loja. Passava um carro de manhã e outro à tarde”, brinca. Mas a vida de moleque no “triângulo” Batista / Rio Branco / Rodrigues Alves, não era apenas diversão. Ou, talvez, fosse. Porque a criatividade da criançada desta época, lembra ele, fazia da obrigação uma festa. “Meus irmãos e eu tínhamos a responsabilidade de fechar as vitrines da loja durante os finais de semana. Eu era pequeno. Prendíamos um ferro nas portas e, para fechá-las, era necessário eu e meus irmãos (Jaguaribe Júnior e Celso) nos pendurarmos, juntos, para descê-la”, descreve. “Minha mesada vinha deste serviço”, completa. A veia comercial da família não deixava de pulsar sequer aos domingos. “Meu pai costumava abrir metade da porta da loja no lado da Rio Branco. Ficava lá, lendo o habitual jornal, mas sempre a espera de alguém que quisesse comprar uma camisa de repente, para ganhar um dinheirinho aos domingos”, lembra-se, bem humorado. “Não segui pela área comercial, mas hoje sou mais um cliente”, encerra.

Enéas Neto, ao fundo foto com a saudosa esposa Martha, trabalhou 30 anos na Casa Carvalho: “aprendizado e carinho inesquecíveis”


Jaguaribe, Cássio e Itacolomy Carvalho: representantes da segunda e terceira gerações da família nos negócios

Segunda casa e escola da vida Balconista por trinta anos, Enéas Neto não se esquece do aprendizado e carinho O fundador da Casa Carvalho, Enéas, teve sete filhos (Iracy, Iracema, Jaguaribe, Piragibe, Itacolomy, Jurema e Itajaribe). Alguns tocaram adiante negócios do pai, outros enveredaram por outros caminhos, assim como demais descendentes. Filho de Piragibe, Enéas Pinto Carvalho Neto não herdou escrituras. O maior espólio do balconista por 30 anos, orgulha-se, foi o aprendizado e o carinho possível somente num estabeleci-

mento que, também, era casa. Aos dez anos, ele começou na loja fundada pelo avô e tocada pelos tios. Ao lado de Jaguaribe e Itacolomy, valoriza, Enéas aprendeu tudo sobre comércio e administração de uma loja. Posteriormente, também se destacaria na seara dos negócios, com uma loja exclusiva do setor esportivo. Mas o início foi bem mais humilde. Entregador, o pequeno Enéas sumia atrás das caixas que carregava, a pé, até a casa

da freguesia. “Era chique ter as encomendas entregues em casa naquela época. Entreguei muitos chapéus”, orgulha-se o hoje aposentado comerciante, que não se esquece do aprendizado de menino. “Aprendi muito com os tios Jaguaribe e Itacolomy”, valoriza. Cuidar da vitrine, atender no balcão, entregas até a época em que assumiu cargo de gerência, sendo responsável pelas compras do estabelecimento. Em cada posição que ocupou da empresa, o que mais se orgulha, afirma, é o de “faz tudo”, descontrai. “Aos sábados, depois do almoço, comíamos na casa do Jaguaribe, íamos ainda arrumar o telhado que, volta e meia, tinha problemas, pois a construção era muito antiga. Mas fazíamos com muito amor, porque, além de aprendermos muita coisa, o carinho recebido era enorme. Me sentia muito bem na loja, era quase que uma casa”, considera o comerciante aposentado. Casado com Martha, união que resultou em três filhos, Enéas partiu para o negócio próprio após três décadas de balcão, telhado, vitrine mais, principalmente, muita bagagem adquira nos anos em que esteve a serviço da Casa Carvalho. “Sentia a necessidade de imprimir minha marca pessoal nos negócios e saí para um ramo totalmente diferente daquele que a loja atuava”, observa. Enéas consolidou-se na área esportiva com a Enéas Sports. A chave para o sucesso, seja na loja dos tios ou no empreendimento próprio, ensina: trabalho. “Abríamos na véspera do Natal até à noite. A dedicação era grande. Lembro-me, até hoje, dos endereços das entregas que eu fazia ainda garoto. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter trabalhado, e aprendido muito lá, por 30 anos”, valoriza.

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CRONOLOGIA

i iii

1924

O alfaiate Enéas Pinto de Carvalho desembarca em Bauru. Impulsionado pelo crescimento que vive a cidade, alavancada pelas recentes estradas de ferro, ele se estabelece em ponto comercial na rua Batista de Carvalho.

Especial EspecialCasa CasaCarvalho Carvalho90 90anos anos

ii

Enéas aproveita o forte tino comercial para fundar, no mesmo endereço, a Casa Carvalho (onde funciona até hoje). Nem mesmo a forte crise mundial após a quebra da bolsa de Nova Iorque (cinco anos antes) esmoreceu os negócios do pioneiro.

1943

O fundador da Casa Carvalho morre, aos 67 anos, durante viagem de trem rumo a Bauru, na volta de férias de veraneio em Santos.

v 14

1934

Anos

iv 1960

Anos

1950

Bauru vive boom progressista e social, com a fundação de importantes entidades recreativas como o Automóvel Club ou o Aeroclube. É fundada a empresa Carvalho & Irmão, sob comando dos herdeiros Jaguaribe e Itacolomy Carvalho. A Casa Carvalho inova com um dos primeiros letreiros luminosos de uma loja no interior do Estado (Chapéus Ramenzoni Casa Carvalho).

O Brasil vive a era de chumbo, os anos de maior repressão do regime militar. Bauru assiste orgulhosa a consagração de Pelé (que cresceu na cidade) como o Rei do Futebol. Ainda dentro das quatro linhas, é inaugurada a “versão moderna” do estádio Alfredo de Castilho, com vitória do Noroeste sobre o Palmeiras. A Casa Carvalho já é tradição e referência em vestir-se bem no centro comercial da cidade.


vi

Anos

1970

Cássio Nunes de Carvalho, filho de Itacolomy, começa a trabalhar na loja.

viii

ix

Anos

vii

1980

Itacolomy passa o bastão para Cássio que divide o comando dos negócios com o primo Celso. Em 1985, Cássio, em comum acordo de família, adquire o controle total da loja.

1990

Anos O Plano Collor cai como uma bomba para todo brasileiro que tinha conta em banco. Os varejistas, além da queda no poder de compra da clientela , sofriam com os juros demasiadamente flutuantes. Bauru vê a Batista de Carvalho, no centro, se transformar no calçadão comercial de hoje. Mesmo com cenário econômico desfavorável, Cássio aposta na então novidade em Bauru, o shopping center. Com uma loja no Bauru Shopping, a Casa Carvalho tem sua primeira filial.

2000

Anos

Cássio, que já tinha como braço direito a esposa Maria Elídia (administradora da loja no shopping) recebe o filho Fábio, para co-administração do empreendimento, que conta com outras duas filiais, em Bauru e Marília, além da Democrata Calçados, também no Bauru Shopping.

x 2014

A Casa Carvalho chega aos 90 anos, com 27 funcionários e novas perspectivas de crescimento. Em plena era da informação e velocidade da internet, o estabelecimento segue enraizado na tradição, tanto na escolha da cativa clientela, quanto no estilo e elegância. É iniciada contagem regressiva para o centenário.

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ENTREVISTA

Razão e sensibilidade Há 34 anos na empresa e na vida familiar, Maria Elídia é o ‘motor materno’ da Casa Carvalho no shopping 18

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A

ntes mesmo de se casar com Cássio Carvalho, diretor-próprietário das lojas, cujo primeiro estabelecimento, da Batista de Carvalho, completa nove décadas de atuação, ela já demonstrava toda a energia, emoção e pulso firme com o qual comanda as filiais do grupo no Bauru shopping. Tanto a Casa Carvalho quanto a Democrata, no importante centro de compras, contam com o motor materno representado pela figura de Maria Elídia Carvalho. Detalhista, pontual, mas com o perfeito jogo de cintura para dosar o cotidiano empresarial da rotina familiar, ela gerencia o negócio da família no shopping com a mesma energia e paixão que dispensa para os momentos em casa, onde, assegura, evita ao máximo tocar no assunto trabalho. Não que o dia-a-dia nas lojas não valha a pena ser citado. Pelo contrário. Com o olhar detalhista que só as mulheres têm, Maria Elídia é testemunha de que homem, para se vestir bem, de fato, precisa do “suporte técnico” feminino. Experiência e conhecimento, não faltam. “Olha a mulher ajuda bastante. Muitas mulheres vêm comprar roupas para o próprio marido ou filhos”, testemunha a gerente, acostumada a socorrer os mais perdidos quando o assunto é elegância. “A gente ajuda com umas dicas. Na verdade, a gente ajuda bastante, porque eles pedem”, revela. “Tem alguns que até se viram sozinhos”, diverte-se. A personalidade marcante do motor materno da Casa Carvalho, seu modo de trabalho e histórico, tanto na família quanto na empresa, você conhece um pouco mais na entrevista ao lado:

Com o olhar detalhista que só as mulheres têm, Maria Elídia é testemunha de que homem, para se vestir bem, de fato, precisa do “suporte técnico” feminino

Atenção - Maria Elídia, conte-nos como começou toda essa história de amor e trabalho...

Maria Elídia: Dois anos antes de eu casar, há 34 anos, me formei em Assistência Social. Como não havia trabalho aqui, meu marido me convidou para trabalharmos juntos. Desde então, dedicação exclusiva...

Estou na empresa desde essa época. Sempre o ajudei. A loja era do pai e do tio. Ele era empregado e eu fui ser empregada também. Com o tempo a gente conseguiu comprar a parte do pai e do tio e aqui estamos há mais de 20 anos.

depois de uns dez anos conseguimos uma área maior, com dois boxes. Sou responsável pela loja atualmente. Dez anos atrás, abrimos a Democrata, da qual também tomo conta. Lógico que sempre tive sempre a ajuda do meu marido e, principalmente, agora, a ajuda de meu filho Fábio, há uns sete ou oito anos na empresa e contribui muito. Estamos até hoje aqui, graças a Deus, com funcionários antigos, temos colaboradores de mais de vinte anos, a loja cresce cada vez mais e seguimos em frente com nosso trabalho.

E como foi acompanhar e trabalhar pelo crescimento do grupo?

Você assumiu uma grande responsabilidade ao iniciar a gestão da loja no shopping. Enfrentou grandes dificuldades?

Nesse meio tempo, abrimos a Casa Carvalho do shopping e vim para cá tomar conta da loja. No início, era apenas um box e

No começo sim. Eu, quando vim para cá, comecei a fazer as compras sozinha, algo que antes eu fazia lá na cidade. Muitas

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ENTREVISTA

vezes acertava, em outras, errava. Aí o Cássio, que é o financeiro das cinco lojas, chegava com a maior paciência e me orientava sobre como e a quantidade adequada de mercadoria a adquirir. Você ajuda a administrar uma empresa familiar, mas com atribuições muito bem definidas. Como dosar estas duas vertentes?

“É um novo desafio. Mas, como estamos com a ajuda de nosso filho Fábio, que é jovem, tem grandes planos pela frente e será uma grande figura na empresa para nos ajudar, tenho certeza que, desta forma, chegaremos muito bem aos 100 anos, se Deus quiser”

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Nisso, há vinte e tantos anos, a gente vai se aperfeiçoando e se entrosando. Agora não temos problemas nenhum. Mas, de início, tivemos certa dificuldade de adaptação, algo até natural em qualquer mudança dentro da atividade que exercemos. Mas sempre soubemos dividir muito bem isso. Os problemas da loja, resolvemos em local e horário comercial. Para casa, não levamos problemas do trabalho, mantemos a harmonia. É o nosso local de descanso, de lazer. Essa disciplina veio com o tempo ou é assim desde o início?

Acho que o Cássio é mais centrado, pois aprendi muito com ele. Quando acontece comigo de estar prestes a levar o problema do trabalho para casa, ele, com a sabedoria que tem, deixa a gente consciente de que casa é casa e loja, é loja. O meu jeito de ser é de externar mais. O Cássio consegue dosar mais.

No início (começo dos anos 1990), uma loja no shopping era uma aposta. Como foi encarar o desafio?

Crescemos bastante, foi muito difícil, principalmente os dois primeiros anos. Não tem nada a ver a loja da cidade que, há duas décadas, já tinha setenta anos. Aqui nós começamos do zero mesmo. Foram dois anos com muita batalha, muita garra. O Cássio sem desanimar. Graças a Deus, com a ajuda do meu marido, superei, conseguimos e vencemos. O shopping cresceu bastante. Tivemos muito êxito com divulgação, no trabalho de nossos funcionários e com a preferência de nossos clientes. Noventa anos é uma data super emblemática. Agora são dez anos regressivos para o centenário. Já parou para pensar nessa marca?

É um novo desafio. Mas, como estamos com a ajuda de nosso filho Fábio, que é jovem, tem grandes planos pela frente e será uma grande figura na empresa para nos ajudar, tenho certeza que, desta forma, chegaremos muito bem aos 100 anos, se Deus quiser.


 

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ENTREVISTA

Crescimento com os pés no chão 26

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O

início deu-se de forma humilde. Apesar de filho do proprietário, Itacolomy Carvalho, Cássio começou a trajetória no estabelecimento familiar da mesma forma como qualquer empregado recém-contratado. Desde a ajuda na limpeza e arrumação, ainda nos anos 1970, até tomar gosto pelas vendas e administração no negócio, o equilíbrio sempre encontrou a ousadia necessária para o negócio decolar. Quatro décadas após o tímido início, Cássio figura como uma das mais importantes lideranças no varejo regional – exerceu a presidência da Associação Comercial e Industrial de Bauru por cinco vezes, Câmara dos Diretores Logistas (CDLs) em um mandato, e Associação dos Logistas do Bauru Shopping em quatro ocasiões, além de exercer vice-presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) em quatro gestões. O começo, as dificuldades, as apostas, vitórias e até mesmo, como o próprio diz, com humildade e bom humor, algumas “cabeçadas” (naturais para quem tem coragem de arriscar), são detalhadas na entrevista a seguir:

Cássio Carvalho começou na então loja do pai ainda garoto e, desde a ajuda na limpeza até o atual comando financeiro, tem na mescla de ponderação e ousadia a marca registrada

Atenção – Como foi começar o trabalho na loja da família? Cássio Carvalho - Entrei muito jovem

da loja e do próprio estabelecimento, você sempre apostou em novos investimentos...

para trabalhar, em 1972, com 14 anos já comecei a ajudar na loja, desde limpeza até cobrança. Fui tomando gosto. Quando completei meus 17 anos, assumi de vez o trabalho. Meu pai incentivava muito para o trabalho. A loja era muito acanhada, outro tipo de layout. Com o tempo conseguimos melhorar, dar uma aparência diferenciada, uma vitrine mais moderna.

Numa época saí um pouco da linha, quando montamos uma empresa de ônibus, montamos a Macatur Turismo junto ao Adilson Carlos, demos umas boas cabeçadas (risos). No final sobrou uma loja de lustres, pegamos a CP Car e transformamos na Lumel. Nesse meio tempo tive um problema na perna e pouco conseguia andar, tinha muitas dores. Cedi a Lumel para minha irmã e fiquei apenas aqui. Hoje estou tranquilo, não tenho mais problemas, após 25 anos na operação na perna.

Ainda muito jovem, você testemunhou uma era da Batista que mesclava comércio e lazer.

Quando começamos ainda na era pré-calçadão, auge do ato de “Batistar” e das paqueras entre os jovens na rua. O lazer em Bauru era muito restrito e aqui que acontecia. Fomos trabalhando. Em meio ao crescimento, seu dentro

Com dedicação exclusiva à Casa Carvalho, pode concentrar-se na expansão e modernização?

Até então, a loja, apesar de antiga, não era tão consagrada. Outras lojas dominavam o setor, éramos um dos mais acanhados em Bauru. Tentamos focar em coisas mais

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ENTREVISTA

maneira de trabalhar. A loja tem que oferecer produtos, qualidade, serviços, fornecer informação adequada, ter variedade de produtos. O cliente quer sentir segurança, que você ofereça produtos que agreguem e com muita informação. Temos alfaiates em todas as lojas. Uma de suas grandes apostas foi a loja no shopping, como surgiu a oportunidade?

Diariamente, Cássio Carvalho dosa a liderança necessária com difusão do conhecimento, adquirido em mais de quatro décadas de experiência

modernas, mas também apanhamos. O foco era realmente o tradicional. Naquele tempo ainda dava para tomar umas cabeçadas, hoje não pode mais errar desse jeito. A chave mesmo sempre foi a percepção, com um foco direcionado à tradição e à nossa linha de mercado que ainda é a mais conservadora. E quais as chaves para o crescimento, qual a fórmula encontrada?

No começo foi muita promoção, muito desconto para girar. Com o tempo, vimos que não era a única

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Surgiu a oportunidade quando abriu o shopping, na década de 1990. Todos foram para o shopping, menos eu. Não tinha dinheiro, sem condições. Aí surgiu uma oportunidade de alugar uma loja, paguei uma luvinha, vendi uma quitinete que eu tinha. Daí crescemos, aprimoramos. Foi muito difícil no começo. Depois compramos um ponto maior, também no shopping, sempre arriscando. Reformamos o espaço e, em quinze dias, abrimos as portas. Em 2003 montamos nossa loja de calçados, a Casa Carvalho/Calçados Democrata, atual Democrata Calçados, loja franqueada. Foi a primeira loja com o conceito de apenas calçados Democrata no Brasil. Das dificuldades no início ao destaque dentro do setor de shopping ao lado de grandes marcas nacionais do varejo. O shopping era um terreno “nebuloso” de início. Como você vê a atuação hoje em dia?

Passamos por altos e baixos, até que veio uma administração moderna que consolidou também o centro de compras. A administração era errada. Todo shopping tem dono, um dono. Aqui, cada pedacinho tinha um dono, cada um fazia o que queria, algo loteado, com muita gente que não era do ramo. O sucesso, mesmo que a duras penas, incentivou a expansão para novas lojas, em outras cidades?

Em 2004 montamos a loja em Botucatu e, em 2009, em Marília. A loja de Botucatu também foi difícil no começo. A dificuldade foi fazer engrenar, incentivar o pessoal a mudar o hábito. Tivemos que desenvolver um trabalho diferenciado, mostrar produtos.

Em outras cidades, vocês viram o outro lado da moeda, ao enfrentar concorrência já enraizada nestes locais...

Conseguimos ao oferecer produtos diferenciados, mostramos um novo conceito. Hoje, em Botucatu, ocupamos o espaço até então que era de estabelecimentos mais tradicionais e que fecharam. Em Marília também estamos conquistando. De início montamos no centro e, com o tempo percebemos que o espaço no shopping era mais adequado, isso em 2011. Ao lado do Fábio, seu filho, você protagoniza a transição para uma nova geração a frente dos negócios. Como ocorre essa troca de bastão?

Graças ao Fábio, que entrou em 2006, a administração da loja teve um salto muito grande em termos de facilidade de gestão. Ele está com a parte de compra e vendas, comigo está a parte financeira. Minha esposa me ajuda muito no shopping, assim como me auxiliou muito na abertura das demais lojas e segue no gerenciamento das lojas do shopping. De todos esses anos, qual foi o momento de maior apreensão?

Nesses 42 anos, o momento mais difícil foi no Plano Collor (em 1990). Mudou a moeda, eu estava construindo minha casa, tive que comprar a loja do shopping (então alugada), pois o proprietário não me deu alternativas, entre alguns investimentos que eu tinha de fazer dar certo. Os juros bancários saltaram. Foi muito complicado. São momentos que passamos, o governo diz que não é problema dele, só quer saber do macro, sem se importar com o que acontece aqui embaixo. E qual sua avaliação sobre o cenário atual do varejo?

O varejo sempre foi difícil. Lembro que meu pai me relatava ter recebido uma carta de meu avô, dizendo sobre as dificuldades. Hoje em dia é a mesma coisa. Você não pode abrir a mão, gastando além de seus limites. Há de se viver de acordo com o que se pode. Vamos vender, crescer. Mas nada vem de uma hora para outra.


 

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Um olhar diferenciado é o que fez da Casa Carvalho destaque na moda masculina em Bauru e região. E a Óptica Cidade a parabeniza por seus 90 anos e por sua visão sempre adaptada ao hoje, mantendo o bom gosto e o estilo do homem brasileiro. Parabéns, Casa Carvalho, sucesso em sua longa trajetória, sempre!

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Loja 1

Loja 2

Loja 3

R. Antônio Alves 22-29

Av. Getúlio Vargas 2-70

R. Batista de Carvalho, 7-56

14 3226-2166

14 3227-4416

14 3206 3379

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Parabenizando a

Casa Carvalho pelos 90 anos.

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ENTREVISTA

A NOVA GERAÇÃO Com a vitalidade e visão de futuro, Fábio Carvalho já deixa a marca na administração do estabelecimento 32

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angue novo sempre dá impulso no trabalho, ainda mais em negócio de família. Contudo, somente a juventude não é suficiente. A maturidade, mesmo que precoce, é bem vinda e, se juntada à humildade necessária para a perfeita harmonia entre diferentes gerações, para a transferência de experiência, o resultado é sempre positivo. É essa junção de vertentes que marca a tranquila “passagem de bastão” para a quarta geração a frente dos negócios da família Carvalho. Filho de Cássio, Fábio (atualmente encarregado por compras e vendas) não foge à regra do pulso firme e dedicação no trabalho, mas sempre de olhos e ouvidos atentos nas lições que os mais velhos de casa, sejam da família ou colaboradores, têm a ensinar. Com formação universitária e pós-graduado na área de administração de empresas e vendas, Fábio, apesar de toda a bagagem acadêmica, não abre mão da vivência da rotina diária do coração das lojas da família, na Batista de Carvalho, para adquirir cada vez maior conhecimento que, passo a passo, influencia e facilita, segundo o próprio Cássio, o cotidiano da empresa:

Há 90 anos e quatro gerações, primeira loja segue em plena atividade no mesmo endereço onde tudo começou, na Batista de Carvalho

Atenção – Fábio, desde o início de seu trabalho frente à loja (em 2006), qual a melhor forma para adquirir experiência? fábio - Desde minha chegada, acredito que

ganho experiência a cada dia pelo contato com clientes e funcionários. Os mais antigos de casa, certamente, podem contribuir muito...

Temos funcionários antigos, de 39 anos de empresa, outros 33 anos. Nove funcionários têm mais de dez anos na empresa. Oito funcionários têm mais de 19 anos de casa. Então, fico muito do lado deles, tento puxar todas as informações, porque a parte de vendas, relatórios, eles entendem muito mais. O que vale mais, a formação acadêmica ou o dia a dia?

Além da óbvia tradição comercial, a família, há gerações, também ocupa cargos diretivos nas mais importantes entidades da classe varejista e industrial da cidade. Tende a seguir por este caminho também?

Na associação (Comercial e Industrial de Bauru) faço parte da diretoria atualmente. Não sei se eu vou ser presidente ou não. Estamos na diretoria, gosto de fazer parte. Mas tudo é no decorrer do tempo que vai acontecendo. Desde já, qual sua principal marca no trabalho frente à Casa Carvalho?

A gente sempre tenta deixar as lojas com visual moderno, com vitrines repaginadas. O importante é nunca cair no marasmo. Não podemos acomodar, independentemente ao crescimento atingido.

Procuro aprender sempre com eles no dia a dia. A faculdade ajuda, mas a rotina de trabalho é o principal.

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Família que veste outras famílias Clientela cativada pelo atendimento preciso e detalhado é marca registrada da Casa Carvalho

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tender bem e de forma minuciosa. É desta forma que o diretor-proprietário Cássio Carvalho enxerga a arte de cativar a clientela. Para o experiente comerciante, não há melhor forma de manter a freguesia do que propiciar variedade e, mais do que tudo, conhecimento. “O cliente não quer apenas preço. Isso é importante. Mas o primordial é variar produtos e ao mesmo tempo dar toda a informação necessária”, observa.

Com um alfaiate em cada loja, a Casa Carvalho oferece aos seus clientes, além de variedade e qualidade, a segurança e a confiabilidade de se adquirir, e, principalmente, vestir, a peça correta. “Acima de tudo, o cliente quer segurança sobre o que está comprando, com a maior quantidade de informações possível”, salienta Cássio. Toda essa gama de conhecimento, variedade, tradição e atenção cativam clientes por décadas. Em alguns casos, mesmo com toda a facilidade e tradição, há quem prefira mandar “especialistas” às

Os Carvalho e colaboradores: um mesmo time com vínculo duradouro e atendimento com toque familiar

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CLIENTELA

“Esse vínculo é duradouro pelo atendimento mesmo, é muito difícil eu errar com alguma peça” Maria Conceição

compras. No caso de vestuário, não há melhor olhar do que o feminino, mesmo se tratando de moda masculina. Cliente há 35 anos, Maria Conceição Fernandes recorre periodicamente aos “colegas” especialistas da Casa Carvalho para vestir bem o marido Eduardo e os filhos Eduardo (32) e Fábio (28). “É tradicional nosso convívio com a loja. Levo as peças para casa, para eles experimentarem. O atendimento é personalizado. Não corro o risco de levar o que não gostem”, aprova. O tempo de convívio, assegura Maria Conceição, já faz com que funcionários quase que “adivinhem” a preferência da família. “Foi estabelecida uma relação de completa confiança, tanto que o pessoal da loja me liga dizendo sobre algo novo que chegou, inclusive com as numerações já separadas”, detalha. O cadastro do marido de Maria Conceição, conta ela, existe antes mesmo deles se casarem, há mais de trinta anos. “Ele já era cliente desde a época de solteiro e eu continuei fazendo as compras no cadastro dele, que é bem antigo”, orgulha-se. “Esse vínculo é duradouro pelo atendimento mesmo, é muito difícil eu errar com alguma peça”, reforça.

Ampla e moderna, a loja do shopping acolhe clientes com conforto, liberdade e variedade

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PRÊMIO ALSHOP

Casa Carvalho no ‘Oscar’ do Varejo A empresa, há três anos, figura entre as finalistas no prêmio alshop, ao lado de marcas nacionais e estrangeiras

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á três anos consecutivos, a Casa Carvalho vem dando trabalho, literalmente, para grandes marcas do varejo no setor de moda masculina. Grifes de renome nacional e até internacional, com centenas de lojas, concorrem diretamente com a empresa bauruense no prêmio Alshop (Associação Brasileira de Logistas de Shopping). Conhecida como o “Oscar do Varejo”, a importante premiação reconhece os principais lojistas de shopping de todo o Brasil, escolhidos mediante votação popular. Os mais indicados vão para a final, que contou com a Casa Carvalho entre os escolhidos das últimas três edições. Desde 2011, a empresa bauruense fica entre as três melhores do país na escolha popular, ao lado de marcas como Camisaria Colombo, Aramis e Calvin Klein. “Há de se fa-

zer um intenso trabalho de divulgação. Concorremos com grandes franquias, com mais de 300 lojas e estamos entre os primeiros colocados”, enfatiza o gerente de vendas Fábio Carvalho. Apesar de todo o trabalho reconhecido e do desafio de chegar ao primeiro lugar, mesmo a gigantes franquias, Fábio admite a surpresa em figurar entre os principais lojistas de shopping do Brasil. “São cadeias de lojas muito fortes”, reitera. “Nós temos quatro lojas”, compara, sem esconder o orgulho e expectativa em subir um degrau no pódio. Neste ano, a Casa Carvalho concorreu diretamente com as gigantes Aramis e Harry’s, na categoria Moda Masculina Casual. Entre algumas marcas indicadas à premiação, em suas respectivas categorias: Starbucks, Casas Bahia, Levi’s, Malwee, Adidas, Lojas Americanas, e Pernambucanas.

Desde 2011, a empresa bauruense fica entre as três melhores do país na escolha popular, ao lado de marcas como Camisaria Colombo, Aramis e Calvin Klein.

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campanhas - 90 anos casa carvalho

Resgate histórico com tendências atuais Casa Carvalho inova também na celebração ao conjugar, na campanha alusiva aos 90 anos, memória com vanguarda da moda masculina

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ABRIL

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e pioneirismo foi uma das marcas registradas durante toda a trajetória de 90 anos de trabalho da Casa Carvalho, essa característica, obrigatoriamente, também teria de estar presente na celebração da significativa marca. Desta forma, a campanha publicitária para enaltecer as nove décadas da empresa enfatizou o resgate de sua rica história, contudo, de uma forma moderna. Engajados na importante data comemorativa, com relevância para todo o setor comercial bauruense e da região, os parceiros: Jornal da Cidade, Revista Atenção, Tiliform, Central Produções, Acib, Individual e Democrata, propiciaram ampla cobertura jornalística e publicitária da ação que, além de inserções diferenciadas nos espaços de propaganda dos veículos ainda conta com esta edição exclusiva de Atenção. Tanto nas páginas inseridas nas edições do Jornal da Cidade, desde o início do ano, quanto no conteúdo da revista, a ini-

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ciativa, coordenada pela agência MB Propaganda, enfatizou os principais marcos históricos, tanto do estabelecimento quanto da cidade, relacionando-os com imagens de modelos com vestuário moderno, utilizando peças que fazem parte da linha comercializada pela Casa Carvalho. “Além de contar a história, com fotos da época e textos informativos, utilizamos a trajetória como gancho para mostrarmos o que há de atual. Daí o visual aquarelado que mescla imagens de outras épocas com roupas modernas”, conceitua Mairton José Farias, diretor executivo da agência que coordenou a campanha. “Acredito que uma edição de revista exclusiva também faz jus a essa marca tão importante. Algo sem dúvida inovador”, valoriza, enaltecendo também os parceiros da iniciativa. “As parcerias foram fundamentais para que essa campanha alcançasse o sucesso e que as ações diferenciadas para enaltecer tão importante marca fossem concretizadas”, enfatiza.

JUNHO

“Além de contar a história, utilizamos a trajetória como gancho para mostrarmos o que há de atual. Daí o visual aquarelado que mescla imagens de outras épocas com roupas modernas”

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Foto: Mariana Luz

 

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