INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO HABITACIONAL MUNICIPAL: MANUAL DE CAMPO

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"são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição."
(Art 6º da Constituição da República Federativa do B rasil de 1988)

Realização

Parceria de fomento

Organização Jeanne C. Versari Ferreira

Projeto gráfico

de

Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento Paraná Núcleo Maringá Jeanne C. Versari Ferreira Geovana Luchetti de Camargo Érica Bernabé Takanashi Gustavo Bondezan Cardoso Vanessa Calazans da Rosa Fundação João Pinheiro Frederico Poley Plínio Campos Gabriel Lacerda Lívia Cruz Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Instrumento de diagnóstico habitacional municipal : manual de campo / [organização Jeanne C. Versari Ferreira ; ilustração Álvaro Roberto de Lara Júnior]. -- Maringá, PR : Núcleo Maringá do IAB/PR, 2022. Vários colaboradores. Bibliografia. ISBN 978-65-998887-0-0 1. Arquitetura - Aspectos sociais 2. Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social 3. Habitação - Aspectos sociais 4. Indicadores sociais - Maringá (PR) 5. Políticas públicas 6. Políticas sociais 7. Saúde pública I. Ferreira, Jeanne C. Versari. II. Lara Júnior, Álvaro Roberto de. 1. Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social : Arquitetura 720.4 Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380 22-132183 22-132183
CAU/BR
Álvaro Roberto
Lara Júnior

manual de campo instrumento de diagnóstico habitacional municipal

PARCERIA DE FOMENTO

REALIZAÇÃO E APOIO INSTITUCIONAL

PARCERIA INSTITUCIONAL

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Apresentação

Moradia digna é uma questão de Saúde Pública

O presente manual de campo tem o objetivo de dar suporte aos servidores municipais de órgãos públicos das áreas de habitação e saúde para capacitação e aplicação de um instrumento de diagnóstico habitacional municipal a partir da ação territorializada da Estratégia Saúde da Família (ESF) no Sistema Único de Saúde (SUS).

O instrumento é produto do projeto realizado entre os meses de fevereiro e setembro de 2022 pelo Núcleo Maringá do Departamento Paraná do Instituto de Arquitetos do Brasil, IAB/PR e pela Fundação João Pinheiro e teve fomento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (Termo de Fomento CAU-BR n. 01/2021). É fruto de

uma construção coletiva de oficinas realizadas entre os parceiros institucionais envolvidos: Prefeitura Municipal de Maringá (Secretaria de Saúde e Secretaria de Urbanismo e Habitação), Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá, Observatório das Metrópoles Núcleo Maringá e Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá. Construído por uma rede de parceiros em Maringá, e para ser aplicado nos municípios brasileiros a partir da ação dos Agentes Comunitários de Saúde, o instrumento constituise de um questionário, com seus conceitos e definições, com foco nas condições sanitárias e de moradia que afetam a saúde dos cidadãos. O instrumento, uma vez inserido na rotina da Estratégia Saúde da Família e nos sistemas de informações municipais integrados e georreferenciados, poderá subsidiar políticas de melhorias habitacionais e de promoção da saúde.

Conhecer a realidade habitacional municipal e suas relações com a saúde da população é essencial para implementação da Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) no âmbito local, um direito que se apoia na Lei Federal n. 11.888/2008. Assegurar o direito à ATHIS é promover saúde pública.

Jeanne Versari Núcleo Maringá do IAB/PR

A pesquisa sobre condições habitacionais em Maringá é uma iniciativa inédita no país. Não se tem notícias sobre a obtenção de dados, mais aprofundada, sobre os domicílios a partir de uma ação orientada pelos Agentes Comunitários de Saúde. Além disso, o projeto envolve a parceria entre diversas instituições, como é o caso do Instituto dos Arquitetos do Brasil, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e a Prefeitura Municipal de Maringá a partir de seus diversos órgãos afins.

Sem dúvida, esta é uma grande oportunidade para todos os envolvidos, mas, principalmente, para os ACS terem seu trabalho cada vez mais reconhecido e, especialmente, para aqueles agentes que atuam no município de Maringá realizarem um trabalho inovador e que pode servir de referência para outros municípios, estados e mesmo para o governo federal.

A habitação tem um papel fundamental na manutenção da saúde de seus habitantes. Conhecer as condições de moradia em profundidade permitirá também desenvolver ações de saúde que, mais tarde, melhorarão a qualidade de vida da população. Em grande medida, os impactos da pandemia de Covid-19 demonstraram e reforçaram o papel das condições habitacionais na saúde.

Frederico Poley Fundação João Pinheiro

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Carta do CAU/BR

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil é uma autarquia federal, fundada em 2010, que possui a função de “orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo”. Também é obrigação do Conselho “zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo” (§ 1º do art. 24 da Lei nº 12.378/2010).

O CAU Brasil tem como missão institucional “Promover arquitetura e urbanismo para todos”. Nesse sentido, a autarquia federal vem atuando para conscientizar a sociedade sobre a importância e a função social da profissão para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Em consonância ao exposto, desde 2015 o CAU vem investindo parte de seus recursos no estímulo à Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) enquanto exercício profissional e Política de Estado.

Dados de 2015 obtidos pelo CAU por meio de pesquisa, evidenciam que quase 85% da população brasileira não contrata serviços de arquitetura ou engenharia. Ou seja, a prática da autoconstrução é comum em nossas cidades, não somente para a baixa renda, mas também por parte da classe média.

Em 2021, o CAU Brasil lançou o Programa Mais Arquitetos e dentro dele, um edital de patrocínio em ATHIS. O projeto apresentado pelo IAB/PR – Núcleo Maringá – “Oficinas para construção e capacitação de um instrumento de diagnóstico habitacional municipal a partir dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS): conhecer a realidade local para aplicar recursos públicos em ATHIS”, foi um dos vencedores, e possui um papel central na reflexão sobre interlocução da ATHIS com a Estratégia de Saúde da Família.

Esperamos que os resultados deste projeto ofereçam subsídios para o fortalecimento do entendimento em torno da arquitetura e do urbanismo enquanto ferramentas para promoção de saúde e qualidade de vida para a população, e que se torne uma referência para a construção de políticas públicas no restante do país, ampliando o acesso à Arquitetura e Urbanismo à sociedade e àqueles que mais precisam.

Nádia Somekh Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil

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O Instituto de Arquitetos do Brasil é uma entidade de livre associação de arquitetos e urbanistas brasileiros, fundada em 1921, que se dedica a temas de interesse do arquiteto, da cultura arquitetônica e de suas relações com a sociedade.

Das condições da moradia – não só da casa, mas do bairro à sua volta − depende a saúde de toda a família, principalmente a saúde das crianças e dos velhos. A proximidade entre a arquitetura e a saúde vem de longa data, e conhecemos largamente a importância do sol, da ventilação, de não deixar a chuva entrar ou mofar as paredes, do acesso à água limpa, ao ar puro, ao esgoto tratado.

O direito à moradia traz consigo também os direitos à segurança, à educação, à cultura, à cidade. Ninguém melhor para compreender as dificuldades no pleno atendimento a esses direitos que os próprios moradores e o pessoal que acompanha de perto a saúde da família. Compartilhar esse conhecimento é o melhor caminho para construirmos – lado a lado − as ações de enfrentamento da realidade.

Para que possamos, arquitetas e arquitetos urbanistas, pôr em prática a assistência técnica prevista na lei 11888 – e melhorar, de fato, as casas, as ruas e os bairros − precisamos conhecer e atuar nos territórios, nas periferias, em todo lugar. Um diagnóstico das situações de moradia a partir do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde é uma ideia estupenda e uma parceria generosa. Para o Instituto de Arquitetos do Brasil, é uma alegria trabalhar com a Fundação João Pinheiro e contar com o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

Carta do IAB/DN

Carta da Regional Sul do IAB

O Instituto de Arquitetos do Brasil é caracterizado como uma entidade que reúne as ideias de um coletivo comprometido com a função social do arquiteto que, dentre inúmeras ações, debate e produz as políticas de habitação, desenvolvidas a partir do reconhecimento da dignidade humana. Propõe-se a divulgar e dialogar profundamente com as pautas relacionadas à profissão do arquiteto, em uma trajetória centenária.

É saudando as boas práticas da arquitetura que se tem aqui parte dos consistentes resultados do projeto desenvolvido: “Oficinas para Construção e Capacitação de um Instrumento de Diagnóstico Habitacional Municipal a partir dos Agentes Comunitários de Saúde: conhecer a realidade local para aplicar recursos públicos em Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social”.

A virtude da ação está na proximidade estabelecida entre os agentes comunitários de saúde, os arquitetos e todos os cidadãos, possibilitando conhecer as moradias na sua realidade, identificando os problemas e os registrando. Esse conjunto de ações vai apontar para o futuro na busca por melhor qualidade de vida e bem-estar para todos. É a prática da arquitetura associada à saúde pública.

É motivo de celebração no IAB assistir à conclusão do projeto, contendo consistentes e saborosos frutos, plantados pela equipe que o desenvolveu. A turma da arquitetura ganha quando o ofício é desenvolvido a serviço de uma vida melhor para todos, construindo cidades melhores na busca das relações de harmonia e paz.

Saúdo emocionada a iniciativa, com desejo da multiplicação deste projeto por onde seja possível.

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Tânia Nunes Galvão Verri Vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - Regional Sul

Carta do Núcleo Maringá do IAB/PR

O Núcleo Maringá do IAB foi fundado por um grupo de arquitetos voluntários em 2014 e, desde então, busca estabelecer contribuições pertinentes ao âmbito da arquitetura e do urbanismo através do diálogo com distintos agentes municipais e estaduais.

Desde a sua fundação, o Núcleo Maringá marca presença na cidade e na região ao organizar concursos e participar de editais e de debates das diretrizes da cidade. Esta é parte da trajetória deste Instituto centenário no Brasil, que comemora 60 anos no Paraná, com sócios distribuídos por todo o país e organizados em departamentos estaduais e núcleos municipais.

O cenário atual mundial requer ações conscientes, sustentáveis e ágeis para estruturar cidades inclusivas, a partir do planejamento territorial, da política habitacional e mobilidade urbana, implantando um novo paradigma no que tange à habitação e saúde pública. Há uma satisfação em participar das ações fomentadas pela autarquia federal CAU/BR, que apoia e fomenta projetos instrumentadores destas prerrogativas, trazendo respostas à sociedade e aplicabilidade das normativas já instituídas no país.

Em nome do Núcleo Maringá do IAB, expresso o reconhecimento da maestria da Equipe de Produção e de Execução do projeto, vencedor do edital de fomento do CAU/BR para a construção de um Instrumento de Diagnóstico Habitacional Municipal a partir dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Ressalto a importância do empenho dos ACS que, sem medir esforços e com extremo zelo e eficiência, executam o processo.

Agradeço o fundamental apoio, consolidando elos importantes com a gestão municipal e nossos signatários: Prefeitura Municipal de Maringá, com a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria

de Urbanismo e Habitação; Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá; Fundação João Pinheiro; Universidade Estadual de Maringá; Agentes Comunitários de Saúde e a Equipe de Produção do projeto de ATHIS, representado pela arquiteta Jeanne Versari.

Vandinês Gremaschi Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento Paraná Núcleo Maringá

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15 O instrumento de diagnóstico habitacional municipal O que é o instrumento de diagnóstico habitacional municipal? Como o questionário foi construído? Como o questionário deve ser aplicado? Manual de campo Orientações quanto à abordagem Objetivos da pesquisa Quem deverá responder - informante Como proceder a entrevista Blocos de questões: objetivos e definições 1 − Início da entrevista 2 − Entorno do domicílio 3 − Identificação do questionário 4 − Identificação do domicílio 5 − Dados do informante 6 − Características gerais do domicílio 7 − Acesso a serviços de saneamento básico, energia e correios 8 − Situação de posse do domicílio 9 − Condições internas do domicílio 10 − Fim da entrevista Sumário 14 14 16 18 19 22 22 23 23 26 26 27 30 32 34 38 54 68 72 78

O instrumento de diagnóstico habitacional municipal

O que é o instrumento de diagnóstico habitacional municipal?

O cenário habitacional brasileiro pós-crise econômica e sanitária da pandemia do Covid-19 reflete a estreita relação entre saúde pública, condições de moradia e qualidade de vida. Há uma relação direta entre internações hospitalares de pacientes no SUS e doenças causadas pela falta de saneamento básico e a qualidade habitacional e urbana, tais como falta de infraestrutura básica, acesso à água e problemas de insalubridade. Além dos danos à saúde da população, isso também gera altos custos de investimentos do SUS.

A obtenção de dados dessa relação entre saúde e condições de moradia, localizados nos territórios, é essencial para a construção de agendas de políticas integradas para enfrentar essa realidade, sobretudo no nível municipal.

O instrumento de diagnóstico habitacional municipal apresentado neste manual tem como objetivo principal obter dados territorializados das condições das moradias e sua relação com questões de saúde, por meio do sistema capilarizado da Estratégia Saúde da Família (ESF), para subsidiar a aplicação de recursos em ATHIS nos municípios brasileiros.

Dados constantemente atualizados e territorializados, ou seja, que refletem a realidade local de necessidades de melhorias habitacionais, podem direcionar os investimentos em ATHIS

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estabelecendo uma política integrada entre habitação e saúde, com um acompanhamento contínuo da situação de moradia da população e as relações com a evolução dos quadros de doenças. Ações inseridas no sistema capilarizado de saúde podem ser um caminho para a popularização dos serviços de arquitetura e urbanismo para todos os cidadãos.

A palavra território vem do latim territorium, e significa "terra que pertence a alguém". Atribuir os dados colhidos em uma pesquisa sobre as condições habitacionais a um território significa relacionar esses dados com as especificidades desse lugar e dos cidadãos que lá habitam, tais como suas condições de saúde e o contexto urbano no qual essa habitação está inserida.

A Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS) é um direito fundamental, parte integrante do direito à moradia, previsto na Lei Federal n. 11.888/2008 para famílias com renda mensal de até 3 salários-mínimos, em áreas urbanas ou rurais. Essa lei prevê a assistência técnica pública e gratuita por profissionais das áreas de arquitetura, urbanismo e engenharia para o projeto, acompanhamento e execução de obras para a edificação, reforma, ampliação ou regularização fundiária das moradias dessas famílias.

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O que são dados territorializados?
O que é ATHIS?

Como o questionário foi construído?

A Estratégia Saúde da Família é parte integrante da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) contida na Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. A PNAB “tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica”. Dentre os profissionais das Equipes de Saúde da Família, assumem um papel de protagonista nos territórios os Agentes de Saúde, ou seja, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate à Endemias (ACE).

Dentre suas atribuições, é possível inserir, a nível local, a coleta de dados sobre as condições sanitárias das moradias:

a) Atribuições comuns do ACS e ACE

I - Realizar diagnóstico demográfico, social, cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário do território em que atuam, contribuindo para o processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe; [...]

X - Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais de relevância para a promoção da qualidade de vida da população, como ações e programas de educação, esporte e lazer, assistência social, entre outros; [...]

b) Atribuições do ACS [...]

II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade (Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017)

Nos formulários preenchidos pelos ACS no e-SUS e/ ou em sistemas próprios de informação municipais, são colhidas informações no campo “Condições de

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moradia”. No entanto, são questões abrangentes, que não focam em condições específicas da moradia que podem se relacionar com questões de saúde. Para subsidiar a construção de políticas de melhorias habitacionais que promovam a saúde da população, o levantamento de outros dados se torna necessário, tais como a identificação de famílias em coabitação, armazenamento de água inadequado, coberturas inadequadas, inexistência de unidade sanitária exclusiva, ônus excessivo com aluguel, acessibilidade para portadores de deficiência etc.

O questionário proposto no presente instrumento, cujas questões e alternativas de resposta são detalhadas na próxima seção, foram elaboradas com base em diversas pesquisas oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como: Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), Censos Demográficos, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), entre outras. Também foram utilizadas a “Ficha de Cadastro Domiciliar e Territorial” do e-SUS, e os componentes do déficit habitacional desenvolvidos pela Fundação João Pinheiro.

A Fundação João Pinheiro é uma instituição de ensino e pesquisa do Governo do Estado de Minas Gerais criada em 1969. A instituição é a responsável pelo cálculo do déficit habitacional no Brasil desde 1995, que subsidia as políticas nacionais de habitação Para mais informações, consulte o site da instituição: http://fjp.mg.gov.br/.

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O que é a Fundação João Pinheiro?

O questionário foi programado para aplicação em Maringá/PR por meio de um aplicativo de entrada de dados, o CSEntry, e de processamento, o Census and Survey Processing System (CSPro). A versão digital desse questionário para impressão está disponível no QRCODE, ou no link: https://linktr.ee/athis.iabmga

O questionário em papel deverá ser utilizado sempre que houver qualquer tipo de impedimento de utilização da versão eletrônica, sendo os dados obtidos posteriormente lançados no sistema, assim que possível.

Recomenda-se a aplicação desse instrumento no município uma vez ao ano, durante, no máximo, três meses, ou seja, que todas as famílias abrangidas pelo ESF sejam entrevistadas em 90 dias. A coleta anual de informações permitirá a caracterização das especificidades das moradias de forma a localizá-las no território. Uma vez que são colhidas informações de endereço, áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde e códigos dos Agentes de Saúde, quando tais informações forem inseridas em sistemas de informação municipais integrados e georreferenciados, poderão ser cruzados os dados de saúde da população com suas condições de moradia.

A relação entre saúde pública e condições de habitação poderá se transformar em uma política intersetorial de Estado. Os dados colhidos poderão subsidiar a implementação de leis de ATHIS municipais e planos locais de habitação, com destinação de recursos públicos em melhorias habitacionais para onde de fato há necessidades, contribuindo para a redução das desigualdades urbanas, para o direito à saúde, ao bem-estar e à moradia digna.

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Como o questionário deve ser aplicado?
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Manual de Campo

Este manual visa auxiliar a capacitação de servidores municipais em órgãos públicos das áreas de habitação e saúde, sobretudo os Agentes de Saúde (Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate a Endemias), para aplicação em campo do instrumento de diagnóstico habitacional municipal.

O manual deve ser sempre consultado, seja no momento de capacitação, como também no caso de dúvidas no momento de aplicação em campo.

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Orientações quanto à abordagem

Objetivos da pesquisa

É fundamental que você conheça os objetivos da pesquisa e o porquê está sendo realizada. Antes de realizar o questionário, você pode informar que o objetivo é:

“Realizar um diagnóstico habitacional municipal para conhecer a realidade local das habitações relacionadas às condições de saúde para subsidiar a aplicação de recursos públicos em Assessoria Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS) e demais políticas habitacionais.”

Em outras palavras: Procurar identificar e entender como estão as condições das habitações das famílias para que, no futuro, se possa realizar algum tipo de apoio e melhorias.

As informações captadas podem ser usadas para: entender as correlações entre saúde e habitação, acompanhar a evolução das condições de saneamento básico, e por fim, medir os gastos com aluguel ou prestação mensal da moradia.

Pretende-se que este questionário seja aplicado, uma vez ao ano, durante no máximo 90 dias e se refere fundamentalmente às características e condições da habitação que têm relação com a situação sanitária do entorno urbano e com a saúde dos moradores.

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Quem deverá responder - informante

Uma pessoa do domicílio (habitação) deverá ser selecionada para responder às questões. Se possível, a responsável pela casa, família ou o principal provedor, se não, outra pessoa que esteja em condições de responder, com segurança, às perguntas (sugerimos que essa pessoa tenha no mínimo 14 anos de idade).

Deixar claro que as informações são CONFIDENCIAIS e que os dados obtidos só serão utilizados de forma ANÔNIMA ou de forma AGREGADA.

Normalmente só perguntamos o primeiro nome do informante, para facilitar o processo de entrevista.

Como proceder a entrevista

Seja sempre educada(o) e cortês com as pessoas. Afinal, você já conhece as famílias e domicílios que estão sendo pesquisados. As boas maneiras são sempre uma ótima “porta de entrada” para uma boa conversa e no nosso caso, uma boa entrevista. Em última análise, elas não são obrigadas a responder e estão nos repassando, de forma graciosa, informações sobre suas vidas.

Seja sempre sincera(o) em suas respostas, quando questionada(o) sobre quaisquer aspectos da pesquisa.

Leia as respostas das questões para ajudar as pessoas a respondê-las!

Se a pessoa entrevistada não souber responder a uma pergunta ou não confirmar uma das respostas listadas, você também não deve respondê-la, por mais conhecimento que tenha sobre aquela realidade.

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Havendo uma negativa para a realização do questionário (a pessoa não quer responder de forma alguma), indique que tentou aplicar e não foi possível e feche o questionário (há uma opção ao final para isso). A recusa completa ou mesmo o preenchimento parcial é considerado um questionário aplicado.

Em caso de quaisquer dúvidas, sempre consulte este manual, e/ou os coordenadores da pesquisa em seu município.

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de questões:

e

O questionário é composto por 10 blocos:

Início da entrevista

Entorno do domicílio

Identificação do questionário

Identificação do domicílio

Dados do informante

Características gerais do domicílio

Acesso a serviços de saneamento

energia e correios

Situação de posse do domicílio

Condições internas do domicílio

Fim da entrevista

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1
2
3
4
5
6
7
básico,
8
9
10
Blocos
objetivos
definições

INÍCIO DA ENTREVISTA

O objetivo desse bloco é a identificação da data e hora do início da entrevista.

Nesse bloco todas as perguntas devem ser respondidas diretamente pelo Agente de Saúde antes do início da entrevista.

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

1.01 Data da entrevista: 1.02 Hora início da entrevista

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

Inserir a data no formato DD/MM/AAAA. No questionário eletrônico, a data é gerada automaticamente.

Inserir a hora no formato 00:00. No questionário eletrônico, o horário é gerado automaticamente.

No questionário em papel, essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde.

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01

ENTORNO DO DOMICÍLIO

O objetivo desse bloco é caracterizar as condições do entorno imediato do domicílio, ou seja, o acesso à moradia.

Nesse bloco todas as perguntas devem ser respondidas diretamente pelo Agente de Saúde antes do início da entrevista.

Tipo de acesso ao domicílio:

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

1 − Pavimentado: rua coberta/revestida por asfalto, cimento.

2 − Terra: piso de terra ou areia ou mesmo coberto de cascalho.

3 − Fluvial: beira de rio, córregos etc.

4 − Outro: outro tipo que não se enquadra em alguma das categorias acima.

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02
2.01

pergunta

como objetivo captar

existência

30 (Essa
deve ser preenchida pelo Agente de Saúde) Essa questão tem
a
de drenagem urbana, rede destinada a coletar águas das chuvas (galerias pluviais). 2.02 Na rua existem guias de sarjeta, boca de lobo e meio-fio? 1 − Sim 2 − Não

2.03

Existe iluminação pública na rua do domicílio?

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

Essa questão tem como objetivo verificar a existência de iluminação na entrada do domicílio. No caso de existir rede geral e essa rede não chegar até o acesso do domicílio, deve-se marcar não na resposta.

1 − Sim 2 − Não

2.04

Há acúmulo de materiais no terreno onde está localizado este domicílio?

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde. Lixo, entulho, material de construção, eletrodomésticos, terra, pneus, papéis, plásticos etc.)

Essa questão tem como objetivo captar o acúmulo de diferentes tipos de materiais no terreno onde se localiza a habitação.

1 − Sim 2 − Não

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IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

O objetivo desse bloco é a identificação do questionário e a sua territorialização, ou seja, identificar com qual Unidade Básica de Saúde o Agente de Saúde está relacionado.

Nesse bloco as perguntas devem ser respondidas diretamente pelo Agente de Saúde antes do início da entrevista, com exceção da última pergunta, o CEP (Código Postal) do domicílio.

3.01 Número do questionário 3.02 Unidade básica De saúde (ubs): (Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

No questionário eletrônico o número é gerado automaticamente.

No questionário em papel, preencher o número do questionário com até três dígitos. A sequência de números é iniciada por cada Agente de Saúde em sua área de abrangência.

Nesse campo, o Agente de Saúde irá identificar a sua Unidade Básica de Saúde.

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03

3.03

Qual é o código do agente de saúde?

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

Essa questão tem o objetivo de identificar o Agente de Saúde que realizou a aplicação do questionário por meio do código existente ou gerado pelo município.

3.04 Localização do domicílio:

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

O objetivo da questão é verificar se o domicílio se encontra em área urbana ou rural, conforme o perímetro urbano ou rural da cidade.

1 − Urbana: área interna ao perímetro urbano de uma cidade ou vila. Para as cidades ou vilas onde não existe legislação que regulamente essas áreas, é estabelecido um perímetro urbano para fins da coleta censitária, cujos limites são aprovados pelo prefeito local.

2 − Rural: área externa ao perímetro urbano. Alguns poucos municípios não possuem área rural, sendo, portanto, integralmente urbanos.

3.05

CEP (código postal) do domicílio:

Nota: no questionário eletrônico, se o morador não souber, digite 0 (zero) para fazer a busca do CEP. Para efetuar a busca, basta clicar no ícone da lupa e digitar o nome da rua. No questionário em papel, se o morador não souber, solicite uma conta de água ou luz para identificar o CEP.

O CEP informado deve ser aquele utilizado pelo código de endereçamento postal dos Correios do Brasil (campo numérico).

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IDENTIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO

Esse bloco de perguntas tem como objetivo a localização precisa de cada domicílio na malha viária do município. Para tanto, adotou-se o código de endereçamento postal dos Correios do Brasil como referência para municípios de médio e grande porte, onde o CEP é individualizado por ruas ou segmentos de ruas.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

4.01

Endereço:

Inserir o nome do logradouro (tipo: rua, avenida, travessa etc.; título: general, santa etc.; e nome). No questionário eletrônico, o endereço é gerado automaticamente ao informar o CEP.

4.02

Número do domicílio:

Se não houver número, deixe em branco.

Inserir o número do domicílio informado pelo morador (campo numérico). No caso de não ser preenchido o número, a próxima pergunta (complemento) será obrigatória para identificação do domicílio.

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04

4.03

Complemento:

(s/no, km, A, B, apartamento, bloco, disposição no terreno como lado direito, lado esquerdo etc.)

Nota: deve-se evitar informações do tipo “cor da casa”, “cor do portão” ou outro tipo de informação que pode ser alterada facilmente.

Nesse campo devem ser anotadas referências que complementam a identificação do endereço. Por exemplo: Se o número da casa é "35A", no campo “Número do domicílio” deve ser anotado “35” e no “Complemento”, “A”. Em outras palavras, nesse campo devem ser anotadas todas as informações que melhorem a identificação do domicílio, tais como o número do apartamento, do bloco, a disposição no terreno como lado direito ou lado esquerdo etc.

4.04 Descrição:

(Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

A descrição faz parte das informações geradas pelos correios para identificação dos logradouros (ruas e avenidas) com mais de um código de endereçamento postal. No questionário em papel, deixe esse campo em branco. No questionário eletrônico, a descrição é gerada automaticamente ao informar o CEP.

4.05 Bairro: (Essa pergunta deve ser preenchida pelo Agente de Saúde)

Inserir o nome do bairro. No questionário eletrônico, o endereço é gerado automaticamente ao informar o CEP.

4.06 Cidade:

Inserir o nome da cidade. No questionário eletrônico, a cidade é gerada automaticamente ao informar o CEP.

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DO

O objetivo desse bloco é identificar o informante. Lembre-se de que as informações são confidenciais e os dados obtidos só serão utilizados de forma anônima ou de forma agregada, portanto, sem identificação.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

Nome social:

Visa identificar o membro da família que prestou as informações no momento da entrevista.

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05 DADOS
INFORMANTE 5.01

5.02

Qual é a relação do informante com o responsável pelo domicílio?

1 − Pessoa responsável: para a pessoa (homem ou mulher), com no mínimo 16 (dezesseis) anos de idade, reconhecida pelos moradores como responsável pelo domicílio.

2 − Cônjuge, companheiro(a): é o(a) morador(a) que vive conjugalmente com o(a) responsável pelo domicílio, independentemente do reconhecimento legal desse vínculo.

3 − Filho(a), enteado(a): é o(a) morador(a) filho(a), como também o(a) enteado(a), filho(a) adotivo(a) ou de criação do(a) responsável pelo domicílio ou do(a) seu(sua) cônjuge.

4 − Outro parente: são todos os moradores com algum laço de parentesco com o(a) responsável pelo domicílio ou com o(a) seu(sua) cônjuge.

5 − Empregado(a) doméstico(a): é o(a) morador(a) que presta serviço de forma remunerada à família do(a) responsável pelo domicílio e dorme no local de emprego.

6 − Outra: outra relação que não se enquadra em alguma das categorias acima.

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5.03

Qual é a idade

informante?

Essa resposta deverá ser dada em anos, na data da entrevista (campo numérico)

5.04

Número de moradores:

Anote o número total de moradores no domicílio/ habitação, independentemente a qual família pertence (campo numérico).

Morador: pessoa que tem o domicílio como local habitual de residência e nele resida na data da entrevista; ou embora ausente na data da entrevista, tem o domicílio como residência habitual; ou está internada ou abrigada em hospital, casa de saúde, asilo ou em outro estabelecimento similar, por período menor que 12 meses (Manual do Entrevistador - Cadastro Único, 2017).

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Do

DO DOMICÍLIO

O objetivo desse bloco é caracterizar o domicílio, identificando o tipo, os materiais construtivos predominantes e a quantidade de cômodos. Essas informações, quando correlacionadas com outros dados de saúde dos moradores, são importantes para identificar se a ocorrência frequente de alguns quadros de doença nas famílias possui relação com tais características construtivas de sua habitação.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

06 CARACTERÍSTICAS GERAIS
40

Tipo de domicílio:

1 − Casa isolada: para um único domicílio particular localizado em uma edificação com acesso direto a um logradouro (rua, avenida etc.), que não compartilhe parede com nenhuma outra edificação e que seja a única edificação para moradia dentro do terreno, independentemente do material utilizado em sua construção.

2 − Casa geminada: para o domicílio particular localizado em uma edificação com acesso direto a um logradouro (rua, avenida etc.) e que compartilhe pelo menos uma parede com outra edificação, independentemente do material utilizado em sua construção.

3 − Casa frente/fundos: quando uma casa divide o lote com outras casas particulares, todas ocupadas por famílias. Para dois domicílios particulares localizados em uma edificação com acesso direto a um logradouro (rua, avenida etc.), que não compartilhem paredes com nenhuma outra edificação e onde uma esteja localizada na frente e outra no fundo do terreno, independentemente do material utilizado em sua construção.

4 − Apartamento: para o domicílio particular localizado em edifício de um ou mais andares, com mais de um domicílio, servido por espaços comuns (hall de entrada, escadas, corredores, portaria ou outras dependências).

5 − Casa de vila: é o domicílio localizado em casa que faz parte de um grupo de casas com acesso único a um logradouro. Na vila, as casas estão agrupadas umas junto às outras, constituindo-se, às vezes, de casas geminadas. Cada uma delas possui uma identificação de porta ou designação própria.

6.01
41
42 1 3 5 2 4

6 − Barraco: pequena habitação de madeira, coberta de palha, telha ou zinco, geralmente construída em morros ou favelas; barracão.

7 − Laje sobre laje: para dois domicílios particulares localizados em uma edificação com acesso direto a um logradouro (rua, avenida etc.) e onde uma esteja localizada acima da outra, na mesma edificação dentro terreno, independentemente do material utilizado em sua construção.

8 − Cômodo: domicílio localizado em um ou mais cômodos de uma casa de cômodos, cortiço, cabeça-de-porco e domicílio composto apenas de um cômodo.

9 − Outro: alojamentos de trabalhadores em obras, barracas, vagões, automóveis, barcos ou outro tipo que não se enquadra em alguma das categorias acima.

43
6 7 8

6.02 Qual é o material predominante na construção das paredes externas deste domicílio?

1 − Alvenaria com revestimento: paredes de tijolo, adobe, pedra, concreto pré-moldado ou aparente, recobertas por emboço, reboco, chapisco, mármore, metal, vidro, lambris ou azulejos, cerâmica, pastilhas etc. O revestimento é uma forma de proteção contra chuva e umidade.

2 − Alvenaria sem revestimento: paredes de tijolo, adobe, pedra, concreto pré-moldado ou aparente sem qualquer tipo de revestimento.

3 − Taipa com revestimento: paredes de barro ou de cal e areia com estacas e varas de madeira. Também conhecidas como tabique, estuque ou pau a pique, recobertas por emboço, reboco, chapisco, mármore, metal, vidro, lambris ou azulejos, cerâmica, pastilhas etc. O revestimento é uma forma de proteção contra chuva e umidade.

44
1 32

4 − Taipa sem revestimento: paredes feitas de barro ou de cal e areia com estacas e varas de madeira, ou seja, tabique, estuque ou pau-a-pique desde que não haja qualquer revestimento (emboço, reboco, chapisco e revestimento).

5 − Madeira aparelhada: para qualquer tipo de madeira que foi feita para construção de paredes de residências, como, por exemplo, em casa préfabricada.

6 − Madeira aproveitada: para paredes feitas de madeira de embalagens, tapumes, andaimes ou qualquer outro tipo de madeira aproveitada.

7 − Outro: para paredes feitas de sapé, folha ou casca de vegetal e qualquer outro material não descrito anteriormente. Por exemplo: zinco, plástico etc.

45
5 7 4 6

1 − Somente laje de concreto: para cobertura de laje de concreto, aparente ou com revestimento, sem outro tipo de cobertura acima da laje. Estão inclusos neste item os apartamentos separados do andar superior ou da cobertura do prédio por laje de concreto. Sempre que o domicílio for classificado como apartamento e existir laje de concreto que o separe do andar superior, qualquer outro tipo de material que possa estar acima desta laje não será objeto de investigação.

2 − Telha com laje de concreto: para cobertura de telhas de barro cozido, de fibrocimento, de plástico, de metal, de acrílico, de vidro ou similares e apropriadas para construção, que tem laje de concreto por baixo dela.

3 − Telha sem laje de concreto: para cobertura de telhas de barro cozido, de fibrocimento, de plástico, de acrílico, de vidro ou similares e apropriadas para construção, que não tem laje de concreto por baixo dela.

46
6.03 Qual
é o material predominante na cobertura (telhado) deste domicílio?
1 32

4 − Telha de amianto: telhas de fibrocimento com adição de amianto. Por ser um material cujo uso foi banido, é importante saber o percentual de domicílios que ainda usam esse tipo de material prejudicial à vida. No caso de dúvida do informante se a telha de fibrocimento tem ou não amianto, essa opção deve ser marcada.

5 − Zinco, alumínio ou chapa metálica: para cobertura de zinco, folhas de flandres ou alumínio ou qualquer outra chapa metálica. Casas com cobertura metálica sem tipo algum de isolamento térmico podem ser extremamente insalubres tanto no inverno quanto no verão, deixando ambientes internos extremamente frios ou extremamente quentes, dependendo da estação do ano.

6 − Madeira apropriada para construção: para cobertura de qualquer tipo de madeira que foi preparada para construção (aparelhada).

7 − Outro: para cobertura com material que não se enquadre em alguma das categorias anteriores tal como palha, sapé, folha ou casca de vegetal, madeira de embalagens, tapumes, andaimes etc.

47
4 6 5 7

6.04

Os cômodos deste domicílio possuem forro predominantemente?

Nota: ambientes como varandas abertas, depósitos e lavanderias não são considerados como cômodos de maior permanência.

Essa pergunta visa identificar se os cômodos de maior permanência (dormitórios, cozinhas e salas) e banheiros possuem forro.

6.05

Qual é o material que predomina no piso deste domicílio?

1 − Sim: para domicílios que possuem forro nos cômodos de maior permanência (dormitórios, cozinhas e salas) e nos banheiros.

2 − Não: Para domicílios que não possuem forro nos cômodos de maior permanência (dormitórios, cozinhas e salas) e nos banheiros.

Nesse campo, considere como material predominante aquele utilizado em maior quantidade no piso do domicílio. No caso da existência de dois ou mais materiais em igual quantidade, considere a situação mais crítica. Por exemplo: se metade do domicílio possui piso cerâmico e a outra metade, terra batida, a resposta deve ser “terra”.

48

1 − Madeira aparelhada: para pisos feitos com qualquer tipo de madeira trabalhada (industrializada), ou seja, preparada para construção de pisos.

2 − Carpete: para pisos revestidos com carpete de qualquer material.

3 − Cerâmica, lajota ou pedra: cerâmica, lajota ou pedra (e, inclusive, outros pisos frios como porcelanato e granito).

4 − Cimento: para piso revestido de cimento ou concreto liso, queimado, vermelhão etc.

5 − Madeira aproveitada: pisos de madeira de embalagens, tapumes, andaimes etc.

6 − Terra: para pisos de terra batida.

7 − Outro: para pisos feitos com material que não se enquadre em qualquer uma das opções anteriores.

49
1 3 4 2

6.06

Qual é o material que predomina no piso dos dormitórios deste domicílio?

Nesse campo, considere como material predominante aquele utilizado em maior quantidade no piso dos dormitórios do domicílio. No caso da existência de dois ou mais materiais em igual quantidade, considere a situação mais crítica. Por exemplo: se metade do domicílio possui piso cerâmico e a outra metade, terra batida, a resposta deve ser “terra”.

50
5 6

1 − Madeira aparelhada: para pisos feitos com qualquer tipo de madeira trabalhada (industrializada), ou seja, preparada para construção de pisos.

2 − Carpete: para pisos revestidos com carpete de qualquer material.

3 − Cerâmica, lajota ou pedra: cerâmica, lajota ou pedra (e, inclusive, outros pisos frios como porcelanato e granito).

4 − Cimento: para piso revestido de cimento ou concreto liso, queimado, vermelhão etc.

5 − Madeira aproveitada: pisos de madeira de embalagens, tapumes, andaimes etc.

6 − Terra: para pisos de terra batida.

7 − Outro: para pisos feitos com material que não se enquadre em qualquer uma das opções anteriores.

6.07

Quantos cômodos tem este domicílio?

(Atenção: considerar banheiros e cozinhas e não incluir alpendres, garagens e varandas abertas)

Nota: deve-se considerar como cômodos banheiros e cozinhas. Mas, atenção: não devem ser considerados, como cômodos, os alpendres, as garagens e varandas abertas.

Anote o número de cômodos no domicílio (campo numérico). Por exemplo: cômodos ou peças são “todos os compartimentos integrantes do domicílio, inclusive banheiro e cozinha, separados por paredes, e os existentes na parte externa do prédio, desde que constituam parte integrante do domicílio, com exceção de corredores, alpendres, varandas abertas e outros compartimentos utilizados para fins não residenciais como garagens, depósitos etc.” (IBGE, 1994). Investiga-se aqui, com a variável de número de moradores, a relação de cômodos por moradores do domicílio.

51

6.08

Quantos cômodos estão servindo, permanentemente, de dormitório para os moradores deste domicílio?

Nota: não deve ser informado um número maior de cômodos servindo como dormitório do que o número máximo de cômodos do domicílio.

Registre, com dois dígitos, o número de cômodos do domicílio que servem permanentemente como dormitórios para os moradores (campo numérico). Você também deve incluir outros cômodos que estejam servindo de dormitório por falta de acomodações adequadas a este fim. Por exemplo: a sala de visitas utilizada permanentemente como dormitório para um ou mais moradores. Os cômodos situados na parte externa do domicílio que sejam usados, permanentemente, como dormitório, por moradores do domicílio também são contabilizados.

6.09

Quantos banheiros (com chuveiro e vaso sanitário) de uso exclusivo dos moradores existem neste domicílio, inclusive os localizados no terreno ou na propriedade?

Nota: lembre-se de que o banheiro deve ser composto, obrigatoriamente, por chuveiro e vaso sanitário.

A questão busca investigar o número de banheiros, de uso exclusivo dos seus moradores, existentes no domicílio, no terreno ou na propriedade em que se localiza. Considera-se como banheiro o cômodo que tenha obrigatoriamente chuveiro e vaso sanitário. Considera-se de uso exclusivo dos moradores o banheiro que é usado unicamente por pessoas moradoras do domicílio, independentemente de estar localizado dentro do domicílio ou fora dele.

Registre o número total de banheiros ou, caso não haja algum, registre 0 (zero).

52

6.10

Quantos banheiros (com chuveiro e vaso sanitário) de uso comum a mais de um domicílio, existem neste terreno ou propriedade?

Nota: essa pergunta só é feita para os domicílios que não possuem banheiro de uso exclusivo dos moradores.

A questão busca investigar o número de banheiros de uso comum a mais de um domicílio, que se localizam no mesmo prédio, terreno ou propriedade.

Registre o número total de banheiros ou, caso não haja algum, registre 0 (zero). Lembre-se de que o banheiro deve ser composto, obrigatoriamente, por chuveiro e vaso sanitário.

53

Qual é a condição predominante dos pisos dos banheiros?

Nota: não devem ser considerados como revestimentos o emboço, o reboco ou o chapisco. Nesses casos, deve-se considerar piso sem revestimento ou de terra.

Nesse campo deve-se considerar os pisos revestidos em mais de 50% da área com azulejo, porcelanato, pedra ou outro material impermeável.

1 − Com revestimento: quando a maior área de piso for revestida por azulejo, porcelanato, pedra ou outro material impermeável.

2 − Sem revestimento: quando a maior área de piso não for revestida por azulejo, porcelanato, pedra ou outro material impermeável.

3 − Terra: para pisos de terra batida.

4 − Outra: no caso de outra condição não citada nas alternativas anteriores.

54 6.11
1 2 3

Qual é a condição predominante das paredes dos banheiros?

Nota: não devem ser considerados como revestimentos o emboço, o reboco ou o chapisco. Nesses casos, deve-se considerar parede sem revestimento.

Deve-se considerar com revestimento as paredes revestidas com 50% ou mais de sua altura com azulejo, porcelanato, pedra ou outro material impermeável.

1 − Com revestimento: paredes de tijolo, adobe, pedra, concreto pré-moldado ou aparente, de barro ou de cal e areia com estacas e varas de madeira, recobertas por revestimento impermeável. Ex: mármore, metal, vidro, lambris ou azulejos, cerâmica, pastilhas etc.

2 − Sem revestimento: paredes de tijolo, adobe, pedra, concreto pré-moldado ou aparente, de barro ou de cal e areia com estacas e varas de madeira sem qualquer revestimento impermeável.

55 6.12
1 2

ACESSO A SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO,

O conjunto de questões investigadas a seguir dedica-se a levantar a existência e a forma de acesso dos domicílios aos serviços de saneamento básico, tais como: fornecimento de água, tipo de esgotamento sanitário e forma na qual o lixo é recolhido.

Esse conjunto contempla, também, questões que investigam o fornecimento de energia elétrica ao domicílio, a frequência do acesso a esses serviços pelo domicílio e seus moradores e o combustível utilizado na preparação dos alimentos.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

forma

abastecimento

geral de distribuição: quando a forma utilizada de abastecimento de água consiste em ligação direta do domicílio, terreno ou propriedade proveniente de um conjunto de

56
07
ENERGIA E CORREIOS 7.01 Qual é a principal
de
de água neste domicílio? 1 − Rede

tubulações interligadas e instaladas ao longo das vias públicas, junto às unidades ou prédios, e que conduz a água aos pontos de consumo, como moradias, escolas, hospitais etc. Em geral, no Brasil, os serviços são organizados por empresas estaduais ou municipais de água e esgoto.

2 − Poço profundo ou artesiano: quando o domicílio utilizar água proveniente de poços perfurados por máquina (perfuratrizes, por exemplo) para captar água de lençóis situados em camadas mais profundas do solo (em geral, mais de 20 metros).

3 − Poço raso, freático ou cacimba: quando o domicílio utilizar água proveniente de poço raso, freático ou cacimba. Há cavidade aberta no solo de menos de 20 metros, com a finalidade de atingir o lençol de água menos profundo.

4 − Fonte ou nascente: quando o domicílio utilizar água de fonte proveniente de um veio natural na terra, de um manancial que brota do solo ou mina.

5 − Água da chuva armazenada: quando o domicílio utilizar água de chuva armazenada em cisterna, caixa de cimento, galões, tanques de material plástico etc.

6 − Outra: quando o domicílio utilizar água obtida de forma diferente das citadas anteriormente. Por exemplo: água de rios, açudes, lagos ou igarapés, por caminhão-pipa ou chafariz etc.

7.02

Nos últimos 30 dias, com que frequência a água proveniente de rede geral esteve disponível para este domicílio?

1 − Diariamente: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água diariamente.

2 − De 4 a 6 dias na semana: quando o domicílio,

57

o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água de quatro a seis dias na semana.

3 − De 1 a 3 dias na semana: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água entre um e três dias na semana.

4 − Outra: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água com a frequência de abastecimento inferior a semanal (por exemplo, de 10 em 10 dias).

7.02

Nos últimos 30 dias, com que frequência a água proveniente de rede geral esteve disponível para este domicílio?

1 − Diariamente: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água diariamente.

2 − De 4 a 6 dias na semana: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água de quatro a seis dias na semana.

3 − De 1 a 3 dias na semana: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água entre um e três dias na semana.

4 − Outra: quando o domicílio, o terreno ou a propriedade forem servidos pela rede geral de abastecimento de água com a frequência de abastecimento inferior a semanal (por exemplo, de 10 em 10 dias).

58

7.03

A água utilizada neste domicílio chega:

1 − Canalizada em pelo menos um cômodo: quando a água chega encanada dentro da casa, apartamento ou habitação.

2 − Canalizada só no terreno ou propriedade: quando a água chega encanada apenas do lado de fora da casa, mas dentro do terreno ou propriedade.

3 − Não canalizada: quando a água não chega encanada nem no domicílio nem até a propriedade ou terreno.

7.04

Este domicílio dispõe ou faz uso de reservatório de água?

1 − Sim: para os domicílios que fazem uso de: reservatórios, caixas d'água ou cisternas, elementos destinados a acumular água (independentemente da sua origem: rede geral, chuva etc.) para fornecê-la ao domicílio.

2 − Não: para os domicílios que não utilizam estes tipos de equipamentos.

59
60 7.05 Qual é o material do reservatório de água deste domicílio? 1 − PVC 3 − Fibrocimento 5 − Tambor plástico 2 − Alvenaria/concreto 4 − Aço inox 6 − Tambor metálico 7 − Amianto 8 − Outro

7.06

A água utilizada para beber neste domicílio é:

Nessa pergunta o objetivo é identificar se a água utilizada para beber passa por algum tratamento feito pelo próprio morador.

1 − Filtrada: a água passa por um leito filtrante constituído por saibro, areia com granulometria variável ou outras matérias porosas, com o objetivo de reter microrganismos e impurezas.

2 − Fervida: aquecimento da água até o ponto de ferver por, pelo menos, cinco minutos.

3 − Clorada: adição de cloro ou de outros produtos desinfetantes e/ou bactericidas. Tem como finalidade a eliminação dos microrganismos ainda existentes.

4 − Mineral: a água mineral é obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas. Caracteriza-se pelo conteúdo definido e constante de sais minerais, oligoelementos e outros constituintes, considerando-se as flutuações naturais.

5 − Sem tratamento: marque esta opção quando não existir o tratamento de água no domicílio.

7.07

A água canalizada usada no banho é aquecida?

O objetivo dessa questão é saber se, no domicílio, as pessoas têm acesso à água aquecida regularmente para o banho.

61

7.08

A água canalizada é aquecida, predominantemente, por qual fonte de energia?

1 − Sim: se no domicílio, no momento da pesquisa, as pessoas têm acesso à água aquecida para o banho.

2 − Não: se no domicílio, no momento da pesquisa, as pessoas tomam banho em água fria por quaisquer motivos.

1 − Energia elétrica

2 − Gás

3 − Energia solar

4 − Lenha ou carvão

5 − Outra

7.09

Para onde vai o esgoto do banheiro (sanitário ou buraco de dejeção)?

Nota: se no domicílio houver mais de um destino do esgoto em função da existência de mais de um banheiro ou sanitário, considere aquela que se enquadrar primeiro na ordem enumerada.

A questão busca investigar qual é o destino do esgoto proveniente dos banheiros, sanitários ou buracos para dejeção que existem no domicílio, no terreno ou na propriedade.

1 − Rede geral, rede pluvial: quando a canalização das águas servidas e dos dejetos, proveniente do banheiro ou sanitário, estiver ligada a um sistema de coleta que os conduza a um desaguadouro geral da área, região ou município,

62

mesmo que o sistema não disponha de estação de tratamento da matéria esgotada.

2 − Fossa séptica ligada à rede: quando o esgoto do banheiro estiver ligado a um ou mais tanques de concreto, plástico, fibra de vidro ou outro material impermeável, como, por exemplo, pneu usado, em geral dividido em duas ou três câmaras, onde o esgoto passa por um processo de tratamento (decantação, decomposição ou filtragem), sendo a parte líquida canalizada para a rede geral de esgoto.

3 − Fossa séptica não ligada à rede: quando o esgoto do banheiro estiver ligado a um ou mais tanques de concreto, plástico, fibra de vidro ou outro material impermeável, como, por exemplo, pneu usado, em geral dividido em duas ou três câmaras, onde o esgoto passa por um processo de tratamento (decantação, decomposição ou filtragem), sendo a parte líquida absorvida pelo próprio terreno ou lançada no terreno para ser absorvida por plantas diversas, como bananeiras etc.

4 − Fossa rudimentar: quando o esgoto do banheiro for destinado para uma fossa rústica, buraco, fossa negra, poço etc. Esse tipo de fossa é escavado no terreno, os resíduos caem diretamente no solo e a parte líquida se infiltra na terra. Esse buraco não possui revestimento, mas pode ter algum material para auxiliar sua sustentação, e pode contar ou não com uma cobertura.

5 − Vala: quando o esgoto do banheiro for destinado diretamente para uma vala a céu aberto. Rio, lago, córrego ou mar: quando o banheiro ou sanitário estiver ligado diretamente a um rio, lago ou mar.

6 − Outra forma: quando o esgoto dos dejetos, proveniente do banheiro ou sanitário, não se enquadrar nas categorias descritas anteriormente.

63

Destino do lixo:

1 − Coletado diretamente pelo serviço de limpeza: quando o lixo do domicílio for coletado diretamente por serviço de empresa pública ou privada.

2 − Coletado em caçamba de serviço de limpeza: quando o lixo do domicílio for depositado em uma caçamba, tanque ou depósito, fora do domicílio, para depois ser coletado por serviço de empresa pública ou privada.

3 − Queimado (na propriedade): quando o lixo do domicílio for queimado no terreno ou propriedade onde se localiza o domicílio.

4 − Enterrado (na propriedade): quando o lixo do domicílio for enterrado no terreno ou propriedade onde se localiza o domicílio.

5 − Céu aberto: quando o lixo do domicílio é jogado a céu aberto em lugares como terrenos baldios, logradouros públicos, margens de rio, lago ou mar.

6 − Outro destino: quando o lixo do domicílio tiver destino diferente dos enumerados anteriormente.

Quantas vezes por semana o lixo é coletado?

1 − Uma vez

2 − Duas vezes

3 − Três vezes

64 7.10
7.11

Quatro vezes

Cinco vezes

Seis vezes

Sete vezes

NS/NR

É realizada coleta seletiva do lixo?

O objetivo é verificar se o município mantém uma coleta seletiva dos resíduos sólidos regularmente, de porta em porta.

Sim

Não

NS/NR

Qual é a principal origem da energia elétrica utilizada neste domicílio?

1 − Rede geral: quando a energia elétrica utilizada no domicílio for proveniente de rede geral de eletricidade por meio da empresa concessionária de serviços públicos (permissionária).

2 − Outra origem (gerador, placa solar, eólica etc.): quando a energia elétrica utilizada no domicílio for proveniente de forma diferente de rede geral, ou seja, utilizando-se gerador, placa solar, energia eólica etc.

Não tem/não usa energia elétrica

65 7.12
1 −
2 −
3 −
4 −
5 −
6 −
7 −
8 −
7.13
3 −

7.14

Qual é a frequência da disponibilidade de energia nos últimos 30 dias?

1 − Diária, em tempo integral: quando o domicílio é abastecido por energia elétrica de rede geral todos os dias em tempo integral (salvo pequenas interrupções esporádicas para reparos e/ou manutenção).

2 − Diária, por algumas horas: quando a energia elétrica proveniente de rede geral é oferecida ao domicílio diariamente, não em tempo integral, mas apenas durante uma ou algumas horas.

3 − Outra frequência: quando o domicílio é abastecido por energia elétrica de rede geral com uma frequência que não seja diária.

7.15

Qual é o combustível usado predominantemente para preparação dos alimentos?

O objetivo da questão é verificar qual é a principal fonte energética utilizada na preparação dos alimentos no domicílio.

1 − Gás de botijão: quando o gás de botijão for utilizado como combustível na preparação de alimentos do domicílio. Considere aqui o botijão de gás que fica instalado na central de G.L.P. (gás liquefeito de petróleo), garagem ou em outro local para ser distribuído de forma encanada para o(s) domicílio(s).

66

2 − Gás canalizado: considera-se gás encanado aquele cuja distribuição é feita por meio de tubulações vindas da rua e que é utilizado como combustível na preparação de alimentos do domicílio.

3 − Lenha: quando a madeira, a folha ou a casca de vegetais forem utilizadas como combustível na preparação de alimentos do domicílio.

4 − Carvão: quando o carvão for utilizado como combustível na preparação de alimentos do domicílio.

5 − Energia elétrica: quando a energia elétrica for utilizada como combustível na preparação de alimentos do domicílio. Por exemplo: uso de panela elétrica, micro-ondas, forno elétrico etc.

6 − Outro: quando for utilizado como combustível na preparação de alimentos do domicílio qualquer outra forma que não se enquadre nas categorias anteriores. Por exemplo: álcool, óleo, querosene etc.

7 − Não cozinha neste domicílio.

7.16

O botijão está armazenado em local com ventilação permanente?

Nota: essa pergunta só será realizada caso a resposta da pergunta anterior seja “gás de botijão”.

O objetivo dessa questão é analisar se o local onde fica o botijão de gás tem ventilação permanente, ou seja, fica ao ar livre, ou, ainda, dentro de ambientes com aberturas permanentemente ventiladas sem a possibilidade de serem fechadas.

Sim

Não

67
1 −
2 −

7.17

Os serviços de entrega e dos correios para este domicílio são realizados:

1 − Por entrega domiciliária (pelo carteiro ou entregador)

2 − Em caixa postal comunitária (CPC)

3 − Em agência de correios mais próxima

4 − Por entrega em outro endereço

5 − NS/NR

68
69

SITUAÇÃO DE POSSE DO DOMICÍLIO

Nesse bloco serão feitas questões relativas às condições de posse da habitação. Entender essa situação é fundamental para políticas públicas de regularização fundiária e de financiamento habitacional, além de identificar o gasto excessivo com aluguel. Neste bloco também serão investigados o tempo em que a família mora na habitação e a idade da construção.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

70
08

8.01

Situação de moradia/ posse da terra:

1 − Próprio: caso o domicílio seja de propriedade, total ou parcial, de um ou mais moradores e já esteja integralmente pago, mesmo que seja herdado, mesmo que ainda em inventário; for ganho ou doado; estiver em assentamento, mesmo aguardando documentação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

2 − Financiado: caso o domicílio seja de propriedade, total ou parcial, de um ou mais moradores e ainda não esteja integralmente pago.

3 − Alugado: caso o domicílio seja alugado e o aluguel seja pago por um ou mais moradores.

4 − Arrendado: caso o domicílio seja concedido ao arrendatário por gozo temporário de uma propriedade, no todo ou em parte, mediante retribuição financeira ou mão de obra.

5 − Cedido: caso o domicílio seja cedido gratuitamente por empregador de morador, instituição ou pessoa não moradora (parente ou não), ainda que mediante taxa de ocupação ou conservação. Nesta condição, incluiu-se o domicílio cujo aluguel fosse integralmente pago, diretamente ou indiretamente, por empregador de morador, instituição ou pessoa não moradora (IBGE, 2010).

6 − Ocupação: caso o domicílio seja em área pública ou privada cuja ocupação se deu sem regularização formal.

7 − Situação de rua: caso não seja uma moradia convencional regular, utilizando a rua como espaço de moradia, por condição temporária ou de forma permanente.

8 − Outra: caso o domicílio não se enquadre em alguma das categorias acima.

71

8.02

Este contrato de aluguel é:

Nota: essa pergunta somente será realizada no caso de imóvel alugado.

1

2

3

Verbal

Documentado através de imobiliária

Documentado através de outra fonte

8.03

Qual foi o valor do último aluguel pago ou que deveria ter sido pago?

Nota: essa pergunta somente será realizada no caso de imóvel alugado.

8.04

Qual foi o valor da última prestação do financiamento paga ou que deveria ter sido paga?

Nota: essa pergunta somente será realizada no caso de imóvel alugado.

8.05

Há quanto tempo a família mora neste domicílio sem interrupção?

Campo numérico com até 4 dígitos. Por exemplo: 1500.

Campo numérico com até 4 dígitos. Por exemplo: 1500.

Preencha o número em anos com até dois dígitos. No caso de permanência menor que um ano, escreva 0 (zero). Se o morador não souber ou não responder, deixe em branco. Por exemplo: 20.

72

Em que ano este domicílio foi construído?

Por exemplo: 1980. Se o morador não souber, ou não responder, deixe em branco.

73
8.06

O objetivo desse bloco de questões é identificar

alguns dos itens listados são considerados como problemas existentes no domicílio investigado ou no entorno dele. Estão relacionados com estrutura física da habitação, presença de pragas, poluição, vulnerabilidade a desastres naturais e com insegurança física.

Nesse bloco todas as perguntas deverão ser respondidas pelo informante.

74
se
09 CONDIÇÕES INTERNAS DO DOMICÍLIO 1 − Sim 2 − Não 9.01 Na sua opinião, há pouco espaço neste domicílio?

Todos os cômodos

Há goteiras ou vazamentos de água neste domicílio?

As estruturas, paredes, pisos ou tetos deste domicílio ficam úmidos

frequência?

9.05

Há presença de infestação de mosquitos, outros insetos e/ou ratos?

75 1 − Sim 2 − Não 1 − Sim 2 − Não 1 − Sim 2 − Não 1 − Sim 2 − Não 9.02
possuem ventilação natural/janelas? 9.03
9.04
com

9.06

Já houve alagamento neste domicílio?

1 − Sim

2 − Não

9.07

Há algum cômodo com mofo e/ou bolor?

9.08

Este domicílio possui elementos que dificultam a circulação ou a locomoção interna?

1 − Sim

2 − Não

9.09

É necessário acender alguma luz durante o dia para execução de tarefas diárias?

O objetivo dessa pergunta é verificar como ocorre a mobilidade interna de pessoas com deficiência. Por exemplo: se há degraus isolados e escadas, rampas inadequadas, portas e corredores estreitos, pouco espaço entre móveis etc.

1 − Sim

2 − Não

1 − Sim

2 − Não

76

9.10

Há casos de choques elétricos constantes neste domicílio?

1 − Sim

− Não

9.11

Existe fiação elétrica aparente ou exposta neste domicílio?

1 − Sim

− Não

9.12

Há aberturas e/ou frestas sem fechamentos nos cômodos deste domicílio?

O objetivo dessa pergunta é verificar se no domicílio existem aberturas como janelas faltantes, aberturas entre o telhado e as paredes, vidros quebrados ou em falta ou outras aberturas que impeçam o completo isolamento dos moradores com o ambiente externo.

1 − Sim

− Não

77
2
2
2

9.13

Há trincas ou rachaduras neste domicílio?

Trincas: elementos que não chegam a abrir frestas nas paredes, mas elas também podem atingir a parte estrutural, como pilares, vigas e lajes. Sua espessura é de 1 a 3 mm.

Rachaduras: elementos que, geralmente, são maiores, mais profundos e acentuados do que as trincas. Sua espessura é acima de 3 mm. Em muitos casos podem abrir pequenas frestas na alvenaria, possibilitando a entrada de luz, água e ar. E podem ocorrer quando a estrutura de fundação começa a ceder.

1 − Sim

2 − Não

9.14

Existem portas em todos os cômodos que permitem privacidade aos moradores?

É importante para as relações familiares a presença de privacidade no domicílio. A existência de porta nos banheiros e nos quartos pode tornar o ambiente mais privativo. Um exemplo seria o de deixar o ambiente mais adequado para o estudo e as tarefas escolares de crianças e adolescentes.

1 − Sim

2 − Não

78

9.15

Este domicílio possui ar-condicionado?

Sim

Não

9.16

Este domicílio possui aquecedor/calefação?

Sim

Não

9.17

Você se importaria de informar a soma dos rendimentos de todos os moradores no último mês?

Campo numérico com até 9 dígitos. Por exemplo: 1500.

o morador não quiser informar, deixe sem preencher ou em branco.

79 1 −
2 −
1 −
2 −
Se
No questionário eletrônico, o horário é gerado automaticamente. No questionário em papel, inserir a hora no formato 00:00. 10 HORA TÉRMINO DA ENTREVISTA Questionário encerrado. 80

A QUALIDADE das informações coletadas na entrevista depende, fundamentalmente, do correto preenchimento do questionário.

Agente de Saúde, seu papel é essencial para o bem-estar e o direito à saúde da população. O levantamento desses dados é o primeiro passo para que muitas pessoas tenham acesso a políticas públicas de promoção de saúde através de melhorias habitacionais e Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS).

A ATHIS é um direito, um serviço público e gratuito de arquitetura e engenharia para famílias de baixa renda, garantido por Lei Federal (n. 11.888/2008), que ainda é pouco conhecido e deve ser disseminado.

Mantenha esse manual de campo sempre à mão e o revisite sempre que precisar!

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82 Fonte Raisonne Papel Pólen Bold 80g e-mail
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