2
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Especial Dia dos Pais
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
3
4
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
FILHOS GERADOS PELO CORAÇÃO Crislaine Messias
A
lgumas histórias são capazes de mostrar que o relacionamento entre pai e filho vai muito além do sangue, das características físicas. A verdadeira relação paternal está baseada num laço inquebrável chamado amor. Prova disso é a relação de afeto construída entre Ramon e o pequeno Pablo, de 8 anos. Ramon Santos é torneiro mecânico, tem 35 anos e é casado com Aline Santos Monteiro, 35 anos, costureira. Os dois estão juntos há 15 anos, sendo quase 12 anos de casados, e se conheceram através da antiga sala de bate papo da UOL, muito usada no início dos anos dois mil. “Nos conhecemos pela internet, numa sala de bate papo. Aquele tempo era UOL, não tinha Tinder (risos)”, disse Ramon. “Começamos a conversar e a nos conhe-
cer melhor, aí depois de um tempo acabamos por ir estudar na mesma faculdade, e começamos a namorar. Namoramos, noivamos, casamos e isso já vai fazer 12 anos”, disse Aline. Logo que Ramon e Aline se casaram, a princípio ambos decidiram que não queriam filhos, pois queriam se dedicar aos planos pessoais como estudo, viagens e estabilidade financeira, mas depois de 10 anos o casal percebeu que estava “faltando algo”. “No começo do casamento a gente não pensava em ter filhos, a gente queria organizar melhor a vida. Mas aí, depois de um tempo nós começamos a querer cachorros de estimação. Pegamos o primeiro cachorro, depois pegamos outro e agora temos 3 cachorros. Depois disso começamos a tocar no assunto filhos e a falar também sobre adoção”, disse Ramon. continua na página 06
Especial Dia dos Pais foto: Kátia Bionês
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
5
6 O DESEJO DE ADOTAR A história de Ramon e Aline é um pouco diferente dos casais que normalmente optam pela adoção. Diferente da maioria, o casal não tem nenhum obstáculo para ter filhos de forma natural. A escolha pela adoção aconteceu de forma consensual entre Ramon e Aline, foi um gesto consciente de amor. “Eu e meu esposo não temos nenhum problema para ter bebês através dos métodos convencionais, somos saudáveis, tanto que enquanto conversávamos sobre esse assunto, eu disse que se a chegada do nosso filho acontecesse naturalmente tudo bem, mas minha vontade era de adotar primeiro”, explicou Aline. “O fato da gente poder ter filhos e querer adotar foi uma surpresa até para a psicóloga que nos acompanhou durante o processo. Ela perguntou bem surpresa se a gente não queria tentar um bebê de forma natural e nós dissemos que não, que a gente queria adotar”, completou Ramon. Essa discussão sobre ter ou não filhos surgiu após 10 anos de casados, quando o esposo começou a perceber que o casal estava sentindo falta de um filho. Partiu do Ramon a iniciativa de expor o assunto à esposa e perguntar a Aline qual a opinião dela sobre a possibilidade de adotar uma criança. “Quando meu esposo surgiu com o desejo de ter um filho e apresentou a opção de adotarmos,
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Especial Dia dos Pais
foto: Kátia Bionês
na verdade foi tranquilo para mim, pois tenho uma irmã adotiva, então a adoção sempre foi muito presente na nossa família. Como eu nunca tive realmente aquele sonho de engravidar, minhas irmãs tiveram um pouquinho de complicação na gravidez e isso me deixou um pouco cismada, a ideia de adotar se fortaleceu ainda mais”, disse Aline. continua na página 08
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
7
8
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
EXISTE MAIOR AMOR DO QUE ESCOLHER GERAR SEU PRIMEIRO FILHO, PRIMEIRO NO CORAÇÃO? OS CAMINHOS DA ADOÇÃO Depois que o casal conversou sobre a vontade de ter um filho e a possibilidade desse filho ser adotivo, aflorou em Ramon o desejo genuíno de ser pai e assim partiu dele novamente a iniciativa de conhecer o abrigo da cidade de Cravinhos, “Casa Lar Irmãozinhos de Jesus”, para entender melhor como funcionava o processo de adoção. “Logo que eu e minha esposa conversamos, eu virei para ela e disse para gente ir visitar o abrigo de Cravinhos, pois nunca tínhamos ido lá. Para aproveitar a visita, nós decidimos ver como que funcionava os tramites para adoção. Os funcionários do abrigo passaram todas as informações necessárias e naquele momento nós tivemos certeza de que queríamos realmente adotar”, disse o papai. Com o coração convicto na adoção, o próximo passo do casal foi iniciar os preparativos, estes que incluía grupo de apoio, curso de pós-adoção, e a parte mais discutida, de acordo com os pais, que foi os critérios para a escolha da criança. “No caminho que iniciamos para a adoção, começamos a participar do GAIARP (Grupo
Especial Dia dos Pais de Apoio e de Incentivo à Adoção de Ribeirão Preto), que funcionava toda a última quinta-feira do mês. Além do grupo de apoio nós decidimos fazer também um cursinho rápido de pós-adoção, direcionado àqueles que quisessem aprofundar um pouco o assunto. Apesar de não ser obrigatório a realização dos cursos, nós resolvemos fazer a fim de nos aperfeiçoar mais”, disse a mãe.
foto: Kátia Bionês
continua na página 10
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
9
10
Cravinhos, 10 de agosto de 2019 foto: Kátia Bionês
Especial Dia dos Pais
O papai contou que antes deles frequentarem o grupo de apoio em Ribeirão Preto sua esposa só queria adotar crianças com no máximo 3 anos de idade, só que a cada encontro que eles participavam, o pensamento de Aline foi mudando e a idade da criança, que foi o único critério colocado pelo casal, aumentando. “No grupo os participantes falavam tudo o que acontecia na adoção, tanto os prós como os contras. Até então a gente ainda não tinha o perfil do nosso filho totalmente definido, mas a Aline que no começo queria adotar bebês, começou a mudar de ideia”, contou Ramon. “De 3 anos ela pulou para 4 anos, depois para 5 anos, 6 anos e por fim fechamos na idade máxima de 7 anos, e o engraçado é que depois a gente parou para pensar que se tivéssemos escolhido 1 ano a mais no critério de idade hoje não teríamos o Pablo como nosso filho”, completou o pai. Um ano e sete meses foi o tempo que o papai Ramon e a mamãe Aline demoraram para estarem habilitados, ou seja, aptos para a adoção e prontos para iniciar o período de aproximação, que é quando os pais podem começar a visitar abrigos e manter um contato mais próximo com as crianças. “Depois de todo esse período de documentações, no dia 20 de dezembro de 2018 eu e meu esposo começamos o processo de aproximação com o Pablo. Esse processo
foto: arquivo pessoal
durou até o dia 20 de fevereiro de 2019, que foi quando já liberaram o Pablo para morar com a gente e nós já demos entrada na guarda provisória”, disse a mãe. continua na página 12
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
11
12
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
ADAPTAÇÃO E FINALIZAÇÃO DA ADOÇÃO No dia 20 de dezembro de 2018, quando o casal finalizou uma das principais fases de processo de adoção, iniciou-se uma outra fase muito importante: a fase de adaptação. Tinha chegado o momento de Ramon, Aline e Pablo viverem realmente como uma família, e sobre esse processo de adaptação, o papai todo orgulhoso, contou que foi melhor do que eles esperavam. “Depois que a gente habilitou, ou seja, que tivemos nossa documentação aprovada, demorou 3 meses e já recebemos o Pablo, então as mudanças ocorreram de forma bem rápida. Só passaram para gente que seria um menino, aí começamos a fazer a aproximação, que são as visitas no abrigo e a pensar no quarto dele, nas roupas, na escola pra ele estudar. Tivemos que reorganizar todos os nossos horários, pois o Pablo se tornou nossa prioridade”, contou Ramon. “Nesse processo de conhecimento descobrimos que o Pablo era fã do Homem-Aranha, então montamos todo o quarto dele com objetos do super-herói favorito. Quando ele veio morar com a gente e viu o quartinho dele, ficou muito feliz, ele ficou radiante. Acredito que todo esse cuidado que tivemos de mostrar para o nosso filho o quanto ele era importante e bem-vindo no novo lar dele, junto com toda orientação que recebemos no grupo de apoio, ajudou muito para que a adaptação do Pablo e nossa também fosse bem tranquila”, acrescentou Ramon. Atualmente, os papais Ramon e Aline tem a guarda provisória do filho e estão no processo de altera-
Especial Dia dos Pais
ção do nome do garoto. “Agora estamos alterando o nome do Pablo na certidão. Agora meu pai vai constar na certidão como avô dele, pois queremos fazer tudo certinho. Agora não tem mais volta, o Pablo definitivamente já é nosso filho. Todo o processo para alteração da certidão pode demorar até 2 anos para ser concluído, mas ele já é nosso filho” disse o paizão. PRIMEIRO DIA DOS PAIS Neste mês de agosto o paizão Ramon vai comemorar seu primeiro Dia dos Pais e a sensação do papai de primeira viagem não poderia ser diferente do sentimento de muita alegria. “Está sendo ótimo a sensação de ser pai, tudo tem sido novo para mim. Eu tinha um pouco de medo por conta da adaptação, mas foi tudo muito tranquilo. Para você ter ideia meu filho me chamou de pai antes mesmo da conclusão do processo. Eu fiquei com o sorriso de ‘orelha a orelha’, já a mãe se doeu um pouquinho (risos)”, disse Ramon. Por outro lado, Ramon afirma que tem aprendido tanto com o filho que descobriu na prática que Dia dos Pais é todo dia. “Para mim o dia dos pais tem sido todos os dias. Todo dia é aprendizado ao lado do meu filho. O Pablo mudou totalmente nossa vida, pois antes eu e minha esposa fazíamos o que queríamos: eu praticava corrida, tinha minhas atividades. Agora minha vida é ele, meu filho. Levo ele no futebol três vezes por semana e mais a aula de capoeira na sexta-feira, só tenho a terça-feira livre para mim, mas não me importo, pois agora minha vida é pra ele”, declarou o papai.
foto: Kátia Bionês
Fim
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
13
14
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Especial Dia dos Pais
foto: arquivo pessoal
ADOÇÃO, ATO DE AMOR E SUPERAÇÃO Crislaine Messias
P
ara os papais, este domingo (11) é uma data para se comemorar muito ao lado dos filhos. Para alguns em especial, os adotivos, o Dia dos Pais é ainda mais especial, já que o dia é também para compartilhar a realização de um sonho por poder ter um filho escolhido pelo coração. Este é o caso do Ricardo Luis Montagna, 40 anos, gerente de loja e de sua esposa Evelange Rodrigues Cintra Montagna, 33 anos, esteticista. Casados há 10 anos, o casal enfrentou dificuldades no momento em que decidiu que queriam ser pais. “Desde o início do casamento nosso desejo era ter um filho. Tentamos por aproximadamente cinco anos sem saber que na verdade havia um problema de saúde dificultando a realização desse desejo através dos métodos naturais”, contou Ricardo.
Assim como milhares de casais, Ricardo e Evelange se depararam com a dificuldade de não conseguirem ter filhos, eles iniciaram o tratamento e nesse período descobriram algo que iria ajudá-los (e muito). Com a vontade aflorada de serem pais, a motivação para adotar veio de uma maneira inusitada, através de um programa de TV que contava histórias reais de criança adotadas. “Em meio a essa dificuldade nós descobrimos a adoção. Quase todas as noites minha esposa assistia um programa no canal GNT chamado ‘Histórias de Adoção’, e nós começamos nos encantar pelas histórias. Ao mesmo tempo que enfrentávamos o problema para gerar um bebê, começamos a amadurecer a ideia de adotar uma criança”, disse o papai Ricardo. A partir desse programa televisivo, Ricardo e Evelange começaram a ter mais conhecimento dos parâmetros técnicos continua na página 16
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
15 fotos: arquivo pessoal
16
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Especial Dia dos Pais
“PARA MINHA FELICIDADE E SURPRESA, MINHA FILHA FAZ ANIVERSÁRIO NO MESMO DIA QUE EU. ISSO PARA MIM FOI A CONFIRMAÇÃO DE QUE MINHA FILHA É REALMENTE UM PRESENTE DE DEUS PARA MIM”. da adoção e principalmente, a ter consciência de todos os sentimentos que envolviam o ato. “O programa foi nos fazendo ter coragem de adotar, pois fomos conhecendo os processos. Nós entendemos que o processo de adoção é o final de uma destituição familiar. É um processo muito triste, pois a criança passa por um problema familiar que pode ser agressões, abusos sexuais ou pais dependentes químicos. Essa criança é retirada desse ambiente, mas a justiça vai fazer de tudo para que ela retorne à família, quando isso de fato não é possível a criança fica aos cuidados do Estado para ser adotada por uma outra família. Com tudo isso entendemos que adotar não é como comprar uma pessoa”, explicou Ricardo.
REVIRAVOLTAS DA VIDA Quando os papais decidiram adotar eles moravam em uma cidade no interior de Minas Gerais, lá segundo eles, todas as tentativas para dar continuidade ao desejo de adotar uma criança foram frustradas. Foi quando por motivos de trabalho, o casal se mudou para Cravinhos e as coisas começaram a caminhar. “Quando decidimos pela adoção a gente morava em Minas Gerais e lá infelizmente as coisas não progrediram, não conseguimos nem iniciar o curso preparatório de adoção”, contou Ricardo. “Nos mudamos para Cravinhos em abril de 2017, e assim que chegamos as portas se abriram. A gente entrou na fila de adoção e logo conseguimos fazer o curso preparatório”, disse o pai.
Apesar das coisas terem caminhado e o casal ter a aprovação para adotar, Ricardo e Evelange ficaram na fila de espera por cerca de 1 ano e sete meses, pois eles eram os últimos da lista. Porém, isso não os desaminou e quando menos esperavam foram chamados para conhecer uma menininha de 3 anos e meio, da cidade de Brodowski. “Nossa filha chegou até nós através da mediação da comarca de Cravinhos com a comarca de Brodowski. Mesmo sendo os últimos da fila, nós fomos chamados”, disse Ricardo. Logo que os papais foram chamados para conhecer a criança do abrigo de Brodowski eles tiveram que passar pelo processo de entrevistas, pois a criança tinha uma fila de espera de possíveis pais que também estavam participando do processo de entrevistas e aguardando a possibilidade de adotá-la. “Acredito que apesar dos outros casais, eu e minha esposa fomos escolhidos por causa do nosso perfil. Pelas entrevistas eles puderam nos avaliar e chegar à conclusão de que nós éramos o casal que estava mais apto para ficar com a Gabi. Acredito que a sintonia que existe entre eu e minha esposa foi o diferencial da nossa entrevista, foi o ponto decisivo para que fossemos aprovados para aquela criança específica”, contou o pai. continua na página 17
Especial Dia dos Pais Ricardo e sua esposa entenderam que dentro do processo de adoção há uma preocupação muito grande com o bem¬-estar da criança. “Nós entendemos que eles não procuravam simplesmente um pai e uma mãe, pois eles sabem da história da criança, sabem tudo o que ela passou, sabem os problemas que ela tem, os problemas psicológicos que a criança enfrenta e pensam em qual será o ambiente mais saudável para ajudar na adaptação dessa criança. Fomos escolhidos e isso foi uma benção para nós”, completou Ricardo. ADAPTAÇÃO E SUPERAÇÃO Após serem aprovados, Ricardo e Evelange deram início a etapa de aproximação com Gabi e nesse período Ricardo enfrentou inúmeras dificuldades para se aproximar da filha. “A parte mais bonita foi quando a gente viu a Gabi e quando nós fomos escolhidos para ficar com ela. E a maior dificuldade foi no momento da adaptação, porque minha filha vinha de um processo de adoção anterior, e nesse pro-
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
cesso anterior ela tinha uma figura paterna, na cabeça dela ela já tinha um pai, então como eu poderia me encaixar na história dela? ”, explicou Ricardo. De acordo com Ricardo apesar de ter sido um momento muito difícil para ele, tudo isso serviu para que tivesse certeza do quanto desejava realmente ser pai. “Quando começamos o processo de aproximação, minha filha me olhava e não queria ficar perto de mim. Chorava. Foi muito difícil a aproximação. Com tudo isso eu entendi que se eu tivesse com uma vontade mais ou menos de adotar, eu teria desistido. A princípio ela teve uma total resistência a minha presença. Mas eu não desisti. Minha esposa tomou a frente de tudo, mas eu estava sempre perto. Eu falava para a Gabi: ‘eu estou aqui perto de você e a qualquer hora que você quiser brincar comigo pode me chamar’. Eu chegava perto dela e ela fugia. Eu poderia ter desistido, pois eu não sabia quanto tempo ia demorar para minha filha deixar eu me aproximar”, contou o pai emocionado.
17 foto: Kátia Bionês
continua na página 18
18 Mesmo com todos os obstáculos o casal não desistiu de lutar pela filha e começaram a criar estratégias para se aproximar dela. Em todo momento os pais buscaram respeitar o tempo da criança. “Nós fomos muito estratégicos na iniciativa de se aproximar da Gabi. Chamamos ela para participar do aniversário da nossa cachorrinha Peteca e por não ser comum uma festa para cachorros ela ficou curiosa e veio participar da festa. Um dia quando ela já estava um pouco mais aberta eu disse para ela que trabalhava em uma loja de brinquedo e trouxe ela para conhecer o meu local de trabalho, como foi bem na época do Dia das Crianças, ela gostou bastante. Nós fomos construindo um relacionamento, fomos caminhando com a vontade dela (Gabi) e não com a nossa. Nós respeitamos totalmente o tempo dela”, disse o paizão. Outro ponto importante na história dessa família é o apoio que Ricardo recebeu do local onde ele trabalha. A empresa entendeu a situação do funcionário e duas ou três vezes na semana liberava Ricardo, por meio período, para que ele tivesse mais tempo com a filha. “Nesse processo de aproximação vivido com a Gabi, de duas a três vezes por semana eu
Cravinhos, 10 de agosto de 2019 me ausentava por um período da loja para levar a Gabi até o Parque Ecológico aqui de Cravinhos. Quando eu expliquei toda a situação na empresa, recebi apoio total do Departamento de Recursos Humanos da loja Magazine Luiza onde trabalho. Inclusive, a empresa incluiu a Gabi no meu convênio mesmo sem ela ter meu sobrenome, nós só tínhamos o termo de adoção. Sou muito grato a postura que a empresa teve comigo, pois ajudou muito para que durante o processo de aproximação eu tivesse um tempo de qualidade com minha filha”, falou Ricardo. O período de aproximação do casal com a filha Gabi foi de mais ou menos 3 meses, aos poucos os pais foram conquistando a confiança da filha e depois de uma viagem em que Evelange levou a Gabi para conhecer os avós, ao voltar para casa Gabi decidiu que queria morar com eles. “Depois de ter viajado para a casa dos avós com minha esposa, mesmo sem me chamar de pai ainda, a Gabi veio me dizer que ia morar com a gente. Ela tinha tomado a decisão que eu e minha esposa desejamos muito. Como na nossa casa já tinha o quarto dela, a cama dela, os brinquedos e as roupas dela, em novembro de 2018, nossa filha, enfim,
Especial Dia dos Pais
veio morar com a gente”, contou o pai todo orgulhoso. Mesmo com a filha já morando em sua casa, Ricardo continuou se empenhando para conquistar a filha. “Depois que nossa filha veio morar com a gente ela chamava minha esposa de mamãe, mas ainda não me chamava de pai. Foi bem aos poucos, eu estive sempre em segundo plano, fiquei muito tempo para trás. Hoje estou correndo atrás e investindo no relacionamento com a Gabi”, disse Ricardo. Atualmente, depois de ter passado por esse período conturbado de adaptação, as experiências vividas por Ricardo e Evelange tem servido de ajuda para outros casais. “O período de adaptação que vivemos com nossa filha foi um período difícil, mas hoje tudo isso tem servido para ajudar outros casais que desejam adotar. Nós somos convidados para falar a outros casais e isso é muito gratificante para nós”, disse. A SENSAÇÃO DE SER PAI Neste domingo, 11 de agosto, Ricardo vai passar o primeiro Dia dos Pais ao lado da filha, mas a família também tem uma outra data que é muito celebrada: o aniversário de pai
e filha. “Quando eu pedi para incluir a Gabi no meu convênio médico, o fórum mandou algumas informações sobre a Gabi para a gente. Quando minha esposa viu os papéis, ela me ligou imediatamente pedindo para que eu abrisse o celular e visse o que ela tinha me enviado. Para minha felicidade e surpresa, minha filha faz aniversário no mesmo dia que eu. Isso para mim foi a confirmação de que minha filha é realmente um presente de Deus. Em fevereiro desse ano, no dia 18, nós fizemos nosso aniversário juntos eu fantasiado de Batman e ela de mulher-maravilha. Foi um momento lindo”, disse Ricardo. O papai está feliz e nesse final de semana vai comemorar a realização de um sonho. Porém, ele salienta que apesar da data ser festiva, ele tem vivido diariamente as delícias e as responsabilidades de ser pai. “Ser pai não é ser pai só no dia. É ser pai durante todo processo, ser referência, ser a primeira oportunidade do seu filho. Primeira oportunidade de andar de bicicleta, de brincar, pois se você não for tudo isso para o seu filho ele vai ter isso fora de casa. Ser pai é estar presente nos momentos bons e ruins. É mágico ser pai e isso vai muito além de gerar um filho”, finalizou o paizão. fim
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
19
20
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Família Paganini É com essas simples fotos que eu, Gisele Paganini, quero homenagear os homens da minha vida, dessa vez não tem laços e nem fitas e sim mentes inquietas e olhares ranzinzas, que se fazem de durões, mas se desmancha por qualquer sorriso de um filho. Mas vocês fazem toda diferença na vida de um filho. Agradeço a Deus por ter você, meu pai, Luiz Paganini, para comemorar mais um dia dos pais, a você meu irmão Danilo Paganini, que tem cuidado com amor de seus filhos e a você meu esposo Leandro Narciso, que vejo a cada dia seu esforço para fazer o melhor para nossos filhos, então é com muita alegria que desejo a vocês um feliz dia dos pais, que Deus capacita vocês cada vez mais.
Com carinho ao papai Luiz de Gisele, Danilo e Victor, ao papai Danilo. Beijos de Yasmin, Felipe, Lucas e Miguel, e ao papai Leandro forte abraço de Ryan, Naely e Allana.
Especial Dia dos Pais
Sebastião Maran
Meu pai, meu herói! Hoje é mais um daqueles dias que eu celebro a honra de ser sua filha, papai! Muito obrigada por tudo que me ensinou e até hoje me ensina, por me apoiar e me reerguer quando necessário. Te amo, feliz dia dos pais! De sua filha Helen Maran
Especial Dia dos Pais
Pedro
21
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Jean Carlos Cosmo de Santi POESIA ACRÓSTICO Waldemar Medeiros
OUÇA O CONSELHO DE UM PAI O que tem a oferecer Usar e fazer proveitos Como sempre é bom dizer Ao seu pai, tinha respeito. O que o ditado diz
Amamos você papai! Suas filhas Pyetra e Manuella.
Papai, entre tantos os guerreiros, super-heróis, você meu pai, é o mais valente e importante deles. Feliz dia dos pais! Te amamos. Eduardo e família
Conserve este recado O filho para ser feliz Não ande mal acompanhado. Sempre veja onde vai Esqueça os erros que tem Lembre que ele é o seu pai Hoje, e amanhã também. Os males, as vezes existem
De um pai deixar os filhos E vejam como é triste Um pai morar no asilo. Mas nunca queria se perder Pelos caminhos do vicio Afinal, se é para sofrer Isto se pensa no início Parabéns a todos os pais de Cravinhos e região, e um bom descanso aos falecidos que deixaram os seus lares para o jazigo da eternidade.
22
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Yann
Amamos você, papaizão! De seus filhos Marina e Hugo
Sr. Alcides (in memorian) Só pra lembrar sorriso mais lindo feliz. De sua filha Paula.
Vagner
Meus filhos, tudo que tenho Alice e Francisco, sonho realizado.
Especial Dia dos Pais
Reinaldo
Meu pai dá conselho e encorajamento quando eu preciso.Se importa com as coisas que são importantes para a gente. Fica feliz com minha felicidade, a vida inteira. Eu agradeço, pai, pelos abraços, risos, alegrias e momentos especiais a cada dia. Por todas as maneiras com que você demonstrou o quanto me ama e se importa comigo. Por tudo o que você sempre fez. Eu tenho muito orgulho e sou muito feliz por ter… um pai como você! De sua filha Julia.
Especial Dia dos Pais
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Homenagem para Luis Henrique (in memorian) Pai, nós sabíamos que ia doer, sabíamos que não seria fácil, não queríamos ser egoístas, mas você foi morar com Deus e está doendo demais não ter mais você aqui, ainda parece que é mentira. Não existem palavras para descrever o que sentimos e quão grande é o nosso AMOR por você NINO!, melhor marido, pai, amigo, nosso anjo, nosso protetor! Te amamos e esperamos poder te encontrar novamente! Você sempre nos ouvia, nos entendia, e deixou um vazio tão grande em nossas vidas, como essa saudade dói, como nós queríamos você aqui! Te amamos além da vida, uma pessoa muito especial,
honesto, digno, um lindo Dia dos Pais NINO, junto do DIVINO PAI ETERNO. A você todo nosso amor, carinho, respeito e toda nossa gratidão, até breve, Luis Henrique Vigo Figueiredo.
23
24
Cravinhos, 10 de agosto de 2019
Especial Dia dos Pais