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PAIS: HERÓIS SEM CAPA Crislaine Messias
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em todo herói usa capa. Muitas vezes sua maior artimanha é manter o amor, o sorriso no rosto e a resiliência diante das adversidades que a vida apresenta. Altair Ezequiel da Silva tem 37 anos, é mais conhecido na cidade como Taí. O cravinhense é vendedor, casado com Daiane Carola Pereira da Silva, 32 anos e papai dos pequenos Kaique de 4 anos e das gêmeas Kiara e Lívia, de 1 ano e 5 meses. Alegre, sorridente, simpatia pura, assim é a fala de todos que conhecem e convivem com Taí, que muito ligado ao pai, herdou dele muito do que é hoje. O que talvez alguns não saibam é que para manter essa alegria, Taí teve e ainda tem que enfrentar diariamente as provações que a vida lhe impôs.
MEU PAI, MEU MELHOR AMIGO Taí é o filho mais velho de sete irmãos do senhor Hélio José da Silva, conhecido como Helinho Pescador e da Maria Antônia Ezequiel da Silva. Muito família, ele sempre foi muito apegado ao pai, com quem tinha o hábito de passar os finais de semana pescando, conversando, batendo uma bolinha. “Meu pai era muito carinhoso, era um cara muito simples. Quando a gente saía para pescar, ele falava ‘Taí, felicidade é isso, estar com a família, estar bem, ter nosso trabalho, ser responsável’. Meu pai sempre foi muito acolhedor”, explicou. Em uma das últimas vezes que estiveram juntos, pai e filho se divertiram muito e reforçaram o quanto um era especial para o outro. “Na nossa última saída pra pescar, meu pai estava bem emotivo, ele disse
que me amava demais, que eu era o melhor amigo dele e que ele queria que todo ser humano fosse igual a mim, pois eu era um cara sensacional. Nesse dia eu chorei demais, abracei ele... Eu disse pra ele que queria que ele cuidasse mais da saúde pra gente ter mais tempo juntos, pra ele poder ter a oportunidade de levar continua na página 05
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6 meu menino pra pescar. Disse que ele era meu espelho, que era tudo pra mim. Foi um momento muito especial”, contou Taí emocionado. Uma relação de cumplicidade, amizade, Taí explica que o pai nunca lhe deu bens materiais, mas lhe deu sua fiel companhia, além de valores imensuráveis. “Meu pai nunca me deu nada de bens ma-
Cravinhos, 08 de agosto de 2021 teriais, mas eu tenho muita coisa que muita gente não tem. Respeito, aprendi a conviver com todo mundo independente da classe social ou da cor da pele”. Taí quer passar para os filhos todos os ensinamentos que aprendeu com o pai ao longo de sua vida. “Eu sempre quero ensinar meus filhos a serem pessoas simples, assim como meu pai me ensinou. A terem respeito, caráter e que sejam amigos de todo mundo”. MISTO DE EMOÇÕES No dia 13 de outubro de 2018, Taí viveu um misto de emoções que marcou sua vida para sempre. “Acordamos neste dia com a notícia de que seríamos papais novamente. Passei na casa dos meus pais, vi meu pai, como de costume tomei um café com minha mãe, contei a novidade pra ela e fui para o trabalho feliz”, disse Taí. Um dia que tinha tudo para ser lembrado como um momento de alegria acabou tomando rumos opostos. “Naquele mesmo dia, à noite, recebi uma ligação de uma das minhas irmãs dizendo que meu pai tinha saído e que estavam preocupados. Fomos procurá-lo, mas quando o encontramos já era tarde demais”, relembra. continua na página 07
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Especial Dia dos Pais “Eu perdi meu pai em uma grande tragédia. Ele foi atropelado na rodovia Anhanguera... Eu fui um dos primeiros a chegar no local, e quando cheguei coloquei a mão para sentir os batimentos, mas infelizmente ele já tinha falecido. Foi um momento muito traumatizante pra mim”, contou Taí muito emocionado. A morte prematura do pai foi muito difícil para todos, família, amigos, todos que conheciam o senhor Helinho pescador, sentiram sua partida. “Meu pai era muito amado pela família, pelos filhos, pelos vizinhos, até hoje ninguém se conforma com a partida dele”. Taí explica que hoje, o que mais queria era ter a companhia do pai. “Às vezes eu fico pensando, agora que as coisas melhoraram um pouco e que eu teria condições de levar meu pai para passear ele não está mais aqui. Eu queria que ele visse meu filho crescer, mas isso infelizmente não será possível”. PEÇAS DA VIDA Um mês após o falecimento de seu pai, Taí e sua família foram novamente surpreendidos por outra adversidade. Sua esposa que estava grávida de um mês perdeu o bebê. “Depois de exatos 1 mês da morte trágica do meu pai, minha esposa Daiane teve complicações na gravidez, teve que ir às pressas para o hospital e infelizmente perdeu nosso bebê”.
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“Eu me lembro que já estava me sentindo indisposta há alguns dias, mas aí um dia acordei com muita dor e fomos correndo para o hospital. Chegando lá eu já fui encaminhada para a emergência. Lá descobriram que eu estava tendo uma gestação ectópica,
quando o bebê é gerado fora das trompas. Fui direto para o centro cirúrgico e lá fizeram uma cirurgia de emergência, pois eu já estava com hemorragia, foi Deus que colocou a mão. Devido a gravidade da situação, na cirurgia, foi preciso tirar o bebê e minhas trompas”, contou Daiane. “Minha esposa ficou muito mal com toda a situação. Perder um filho é uma das piores dores do mundo, então mesmo vivendo o luto do meu pai e do nosso filho, eu tive que encontrar forças para administrar a situação. Não sei te explicar como foi passar por tudo isso. Eu não sei se existem palavras capazes de explicar o sofrimento que foi”, contou. SURPRESAS DA VIDA Mesmo com o diagnóstico médico negativo, a Daiane engravidou novamente e para surpresa de todos eram gêmeos, duas meninas. “Depois de um
O QUE FAZ TAÍ SUPORTAR AS PROVAÇÕES DA VIDA É O AMOR PELOS FILHOS E O COMPROMISSO DE HONRAR A MEMÓRIA DAQUELE QUE LHE DEIXOU LIÇÕES VALIOSAS: SEU PAI.
8 tempo eu descobri que estava grávida novamente. Foi uma alegria imensa pra gente, pois humanamente falando não seria possível isso acontecer”, disse Daiane. A mamãe teve uma gestação bem tranquila, de acordo com os médicos tudo estava ocorrendo muito bem. Chegou o dia do parto, os papais ansiosos foram para a maternidade para a chegada das gêmeas, mas voltaram só com uma bebê para casa. “Tudo estava ocorrendo bem, mas no momento do parto minha filha Lívia teve falta de oxigenação. Mal sabíamos que ali começaria uma nova provação em nossas vidas”, disse a mãe. “A Lívia ficou 28 dias na UTI, teve alta, mas logo teve que voltar para o hospital, pois esta-
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va tendo muitas crises. Quando voltou, minha filha ficou 72 dias na UTI, foi intubada 5 vezes, sofreu algumas paradas cardíacas. Passamos um pedaço difícil com ela”, explicou o pai. “Depois do nascimento da Lívia, eu fiquei com ela 16 dias no hospital. Fui o primeiro a ter mais contato com ela e isso fez a gente criar uma sintonia linda de se ver. Até hoje, quando ela ouve minha voz, já quer meu colo. Tanto que em um retorno médico que ela estava muito agitada, eu a peguei no colo e ela imediatamente se acalmou. A médica ficou observando e disse que eu acalmo minha filha. Para um pai é muito gratificante ouvir isso”, contou o papai orgulhoso.
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O casal conta que hoje, depois de tudo que passaram, estão mais fortalecidos e confiantes de que aos poucos tudo vai dando certo. “Hoje estamos bem mais fortalecidos, mas no começo quando o médico veio nos passar o diagnóstico da Lívia, tudo o que poderia acontecer com ela. No começo foi um baque, mas hoje, só da nossa filha estar bem, respirando, sorrindo eu já agradeço muito a Deus”, disse o pai. continua na página 09
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“Eu falo que tudo é um propósito de Deus. Eu tive o diagnóstico de que não poderia ter mais filhos, principalmente gêmeos. Hoje nós vemos o quanto a Lívia tem nos ensinado, pois estamos aprendendo demais com toda essa situação. Ela trouxe um aprendizado gigantesco pra gente”, disse a mamãe Daiane. DIA DOS PAIS Esse é o terceiro Dia dos Pais que Taí e seus irmãos passam sem a companhia física do senhor Helinho pescador, o que faz com que a saudade dos pequenos detalhes aumente. “Eu sinto falta de ouvir a voz dele, de dar um beijo, abraçar, coisas simples”, falou emocionado. Desde então, para eles o Dia dos Pais passou a ser comemorado com muita reflexão. “Nós continuamos comemorando o Dia dos Pais juntos como sempre fizemos, mas desde que meu pai se foi esse dia passou a ser de muitas lembranças e reflexões. Nos juntamos para recordar os muitos momentos que vivemos, pois fica sempre um vazio, mas juntos nos sentimos um pouco mais preenchidos”. Para este ano, Taí terá a alegria de passar o Dia dos Pais com o seu trio completo. “Esse ano apesar das situações estou feliz, pois vou conseguir passar esse dia com meus 3 filhos, já que no
9 ano passado, neste dia, a Lívia estava internada”, comemora Taí. DEUS, FAMÍLIA, AMIGOS “Eu falo pra todo mundo, Deus existe, pois tem horas que a gente não tem forças. Tem horas que a gente pensa em desanimar, mas Deus nos sustenta”, disse Taí. Para seguir em frente, Taí encontra forças em Deus, no companheirismo da esposa e no carinho da família. “Passar por tudo o que passei é uma dor muito grande. Confesso que tem dias que eu não tenho vontade de levantar da cama. Eu levanto pelos meus filhos e pela minha esposa, que é uma pessoa maravilhosa. A Daiane é uma amigona, ela não é simplesmente minha mulher, ela é uma companheira”, disse. Amigos são aqueles que nos momentos de dificuldade tem uma palavra de ânimo e Taí sempre teve amigos que o aconselharam com palavras de conforto. “Certa vez um amigo me disse uma frase que marcou minha vida e que serve para me impulsionar sempre que o desânimo vem. Ele me disse: ‘Taí, agora chegou a nossa hora de ser herói e honrar o legado que eles deixaram’. Essa frase me faz refletir que se eu for só 1% do que o meu pai foi, eu serei um pai maravilhoso”, concluiu Taí.
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PAI COMEMORA DIA DOS PAIS APÓS 25 DIAS INTERNADO Crislaine Messias
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COVID-19 contaminou milhões de pessoas, devastou milhares de lares e de sonhos, mas no caso da família Castão, a história teve um final feliz. O jovem Dênis William de Lima Castão, 30 anos, é casado com Cíntia Cristina da Costa Castão, 32 anos, e papai do pequeno João Guilherme, que completou 1 ano de idade recentemente. O pesadelo na vida de Dênis começou no dia 13 de maio, após apresentar alguns sintomas do novo Coronavírus. “Eu me lembro que já acordei me sentindo mal, dor de cabeça, febre, indisposto e corpo ruim. Fiquei até assustado porque os sintomas vieram de repente”, contou. Como muitos, a princípio, o jovem
cogitou estar com dengue, mas a suspeita logo foi descartada. “Pensei que fosse dengue porque eu sentia muita dor nos olhos. A tarde fui no Pronto Socorro, fiz o exame pra dengue, fui medicado e vim pra casa. No outro dia eu estava me sentindo melhor, então antes de ir trabalhar fui no Pronto Socorro pegar o resultado do exame e não era dengue”, explicou. Um dos maiores temores em relação a doença é o seu agravamento repentino e Dênis sentiu isso na pele. “Os sintomas foram se agravando muito rápido. Em um dia eu estava andando normalmente, no outro já não estava mais conseguindo levantar do sofá, pois já estava com muita fraqueza e tontura. Uma semana depois começou a tosse e falta de ar. Fui fazer algo simples e aí senti falta de ar e
isso me deixou assustado. Voltei para o hospital, fui para oxigênio pela primeira vez, pois minha saturação estava baixa”, disse o jovem. continua na página 16
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16 INTERNAÇÃO “Passei uma noite no oxigênio da Santa Casa e no outro dia, por estar um pouco melhor me deixaram voltar pra casa, mas passei o dia todo deitado na cama. Quando tentei levantar, o ar foi completamente embora, então pedi para minha esposa me levar de volta para o hospital. A situação já estava tão crítica que eu tive que entrar na cadeira de rodas, pois não tinha condições de andar. Fui internado e fiquei 25 dias no hospital”, relatou. Para Dênis, passar todo esse período no hospital foi um grande desafio. “Os dias que fiquei internado foram muito difíceis para mim, pois cheguei lá com a expectativa de melhorar, mas os dias foram passando e ao invés de melhorar, eu estava piorando. Os dez primeiros dias de internação passei em claro, não conseguia dormir, não conseguia me desligar”, disse Dênis. Mesmo de longe, neste momento delicado, Cíntia se fez presente na vida do esposo através das ligações que eles faziam diariamente um para o outro, e seu papel era muito importante, pois a ela cabia acalmar o esposo para que seu tratamento progredisse. “Durante os contatos do hospital, me passavam que o Dênis estava tendo crises de ansiedade. Ele ficava sem dormir, pensando em quando ia sair e isso piorava a situação dele, atrapalhando o tratamento.
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Eu conversava com ele, pedia para se acalmar, mas muitas vezes não surtia efeito. Um dia ele teve uma crise muito forte, então teve que ser sedado”, contou Cíntia. INTUBAÇÃO Depois de alguns dias internado e sem apresentar resposta positiva para o tratamento, os médicos informaram ao Dênis e a família que ele teria que ser intubado. “No final de maio, tive uma crise muito forte, foi tão forte que eu pensei que não fosse aguentar, eu procurava ar e não encontrava. Foi quando avisei o enfermeiro que não estava aguentava mais. O enfermeiro saiu do quarto e voltou com o médi-
co, que me olhou e disse que iria me entubar”, contou Dênis. “Naquele momento eu já estava tão cansado que concordei de pronto com a intubação. Na verdade, eu não sabia muito bem os riscos que a intubação trazia consigo, só depois eu fui entender melhor”, completou. É norma dos hospitais avisarem os familiares sobre os procedimentos feitos com os pacientes da COVID, e com Dênis não foi diferente. “Me ligaram do hospital avisando que meu esposo seria intubado, naquele momento eu senti o desespero, pois isso era o que mais temia acontecer. A enfermeira que me ligou continua na página 17
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explicou a situação dele e pediu para gravar uma mensagem dizendo para ele que a família estava pedindo a Deus pela vida dele, esperando pelo retorno dele e que tudo ficaria bem. Só que na hora, decidi que não gravaria a mensagem porque fiquei com medo de deixar ele muito agitado e piorar ainda mais o quadro”, explicou Cíntia. “Naquele dia eu tinha recebido um louvor que falou muito ao meu coração, aí pensei, vou mandar ele para o Dênis. “Aquieta minh’alma”. Enviei para as enfermeiras colocarem pra ele, depois elas vieram me falar que mesmo intubado, ao ouvir o louvor, meu esposo chorou”, completou.
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Dênis ficou intubado cerca de 48 horas, mas nesse período tão curto seu quadro se agravou muito, tanto que os médicos e enfermeiros acreditavam que ele não fosse sobreviver. “Eu fui intubado no domingo de manhã e neste mesmo dia os médicos ligaram para minha esposa dizendo que a minha frequência cardíaca estava muito alta, que não estavam conseguindo baixar e que eu precisava de uma vaga de UTI urgente. Para complicar ainda mais a situação, tive um enfisema no pescoço e comecei a inchar por completo. Nesta noite as enfermeiras que estavam acompanhando o meu caso começaram a falar que eu não ia passar daquela noite, pois estava muito inchado, muito mal”, disse. Para surpresa de todos, principalmente dos médicos e enfermeiros, na terça-feira o quadro clínico de Dênis teve uma melhora tão significativa que ele foi extubado. “Até hoje não sabemos explicar ao certo o que aconteceu. Na segunda-feira eu estava mal e todos dizendo que não ia passar daquele dia, já na terça de manhã me extubaram e eu estava me sentindo bem melhor e sem nenhuma sequela”, contou Dênis. Dênis foi extubado no dia do aniversário do seu pai, dando também a ele um presente antecipado de Dia dos Pais. “Eu fui extubado no dia 1 de junho, dia do aniversário do meu pai. Foi um momento muito emocionante, fiz uma chamada de vídeo com ele e pudemos chorar e comemorar juntos”, contou o jovem emocionado. continua na página 18
“O DIA DOS PAIS DESSE ANO SERÁ COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ, POIS EU SEI QUE NASCI DE NOVO. PARA MIM, TERÁ SIGNIFICADO DE RECOMEÇO”
18 Depois da extubação, Dênis ficou no hospital por quase 15 dias até receber alta e poder voltar para casa e para sua família. VALORIZANDO AS PEQUENAS COISAS Durante os 25 dias em que esteve internado, todos os pensamentos de Dênis estavam voltados para seu bem mais precioso, seu filho. “Nesses 25 dias que fiquei no hospital, pensei muito no meu filho, pois sabia que ele não poderia ir lá me ver, então eu ficava imaginando como seria bom estar passeando com ele naquele momento. Uma das coisas que me fazia ter tanta pressa pra sair era ele, eu fiquei quase 1 mês sem ver meu filho. Quando minha esposa fazia chamada de vídeo eu me segurava para não chorar”, disse.
Cravinhos, 08 de agosto de 2021 O período no hospital também ensinou a Dênis muitas lições e uma delas foi a valorizar as pequenas coisas. “Nesse período que passei internado, aprendi a valorizar as coisas simples como minha independência de poder fazer as coisas sozinho, e vi também o quanto é importante estar na companhia da família, por isso quero passar muito mais tempo com eles. Essas experiências nos tornam mais humildes, com certeza vou levar tudo o que aprendi para o resto da vida”, afirma. Como pai, Dênis também acredita que terá muitas lições para passar ao pequeno João Guilherme. “Devido a experiência que passei,
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quero ensinar meu filho a valorizar as coisas que realmente importam, Deus e família, pois quando estamos em um leito de hospital, vemos que não somos nada. Lá percebemos o quanto desperdiçamos nosso tempo com coisas que não vão nos levar a lugar nenhum. Em um leito de hospital aprendemos a refletir sobre o que realmente importa na vida e quero muito passar esses valores para meu filho”, conclui Dênis. continua na página 19
Especial Dia dos Pais DIA DOS PAIS 2021 Esse Dia dos Pais será ainda mais especial para a família Castão. Segundo Dênis a sensação será como se fosse sua primeira comemoração. “Esse ano meu Dia dos Pais vai ser como se fosse a primeira vez, pois sei que nasci de novo. Para mim, terá significado de recomeço, e sou muito grato a Deus por Ele me permitir passar essa data ao lado do meu filho.” Dênis confessou que dentre seus temores, o maior era de não ver seu filho crescer. “Uma das coisas que eu mais tinha medo era de não poder ver o João crescer, de não poder ensiná-lo e lhe mostrar as coisas da vida. Sou muito grato a Deus porque Ele me concedeu essa nova oportunidade.” MILAGRES ACONTECEM Assim como muitos que ao longo desses quase dois anos de pandemia foram acometidos pela COVID-19 e ficaram em um leito de hospital ou tiveram pessoas próximas que passaram por essa situação, um dos grandes pilares de sustentação é a fé. Dênis vivenciou tudo isso e hoje afirma cate-
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goricamente que Deus agiu de forma sobrenatural em sua vida. “Eu sou um milagre de Deus, pois o que aconteceu comigo não tem explicação. Como pode uma pessoa sedada despertar? Uma coisa é você dizer que foi um milagre, simplesmente por você acreditar nisso. Outra coisa é os enfermeiros, as pessoas em volta te falar que isso nunca aconteceu e que não tem explicação”, disse. Dênis afirma que Deus preparou pessoas para ajudá-lo a atravessar esse momento de provação. “Quando eu falo que vivenciei um milagre, não estou dizendo que Deus simplesmente desceu e fez o milagre, Ele preparou toda a situação para o milagre através da vida das pessoas. Quantas mensagens eu recebi que me deram ânimo para aguentar a situação. Costumo falar que Deus não é apenas aquele que faz o milagre, que liberta, Ele é aquele que também nos faz suportar o sofrimento. Foi Ele que me fez suportar tudo isso, com uma força que eu não sabia que tinha, porque era Ele que estava ali”, disse Dênis emocionado. Ao final de toda experiência, o jo-
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vem Dênis concluiu que Deus jamais o abandonou. “Deus esteve comigo o tempo todo durante essa adversidade que passei e realizou um grande milagre em minha vida. Eu vi Deus agindo desde os primeiros sintomas que senti. Vi Ele colocando pessoas em minha vida para me fortalecer com palavras, até culminar no milagre que foi a extubação e minha recuperação. Deus estava e está em tudo”.
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AMIR CALIL DIB
amir@amircalil.com.br
Comemorado no segundo domingo do mês de agosto, o Dia dos Pais é uma das datas mais importantes do ano. Este é o dia para celebrar uma das pessoas mais importantes na sua vida, que cuidou de você desde seu nascimento e está sempre ao seu lado. Akef Kalil El Dib
Giulio Roberto Azevedo Prado
Eduardo Batista, Ricardo Marques e Dorival Balbino
Sergio Roxo da Fonseca
Fernando Correa da Silva
José Luiz Di Sicco
Baleia Rossi e Marco Portella
Francisco Pinghera
Fernando Barbosa
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PAI, A CERTEZA DE UM AMIGO PRA SEMPRE
PAI JOSÉ EDUARDO E FILHO ANTÔNIO
PAI JEAN E FILHO JOAQUIM
PAI WALDEMAR MEDEIROS, HOMENAGEM DA FILHA ROSELI
PAI NILSON MARANHA E FILHO RODRIGO
PAPAI JOSÉ COM AS FILHAS MICHELE E TAMIRES
MARIA VITÓRIA COM O PAPAI DONIZETE, COM O VOVÔ EMILSON E COM O PADRINHO GABRIEL
3 GERAÇÕES: MARCOS LEÃO, HENRIQUE, BENTO E MARTÍN
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PAI, SEMPRE POSSO CONTAR COM VOCÊ, COM SEU AMOR E SABEDORIA
POESIA ACRÓSTICO Waldemar Medeiros
Poesia Dia dos Pais Pai, já chegou o seu dia A sua data esperada Isto, com amor e alegria PAII FERNANDO E AS FILHAS EMILY E MARIA JULIA
PAI PEDRO E OS FILHOS ANDRÉ, SUSAN E PIETRA
O qual benvinda chegada A passagem deste dia Lembra a mensagem que diz Imagina que alegria Como nos sentimos felizes Esta data sempre tem Reunir os filhos e filhas Cantar os feliz parabéns É o prazer da família.
PAI ROGÉRIO E SEUS FILHOS
MARCO AURÉLIO E SEU FILHO GAEL
Dos longos anos atrás
Ama sorte aconteceu Mamãe não esquece jamais O dia que papai morreu Realmente alegre estou As boas aparências no rosto Deus também já abençoou Importante e que chegou A data feliz de Agosto Mensagem: “Aos pais de Cravinhos, os votos de Feliz “Dia dos Pais” com a benção de Deus em seus lares.
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Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Presidente da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – 2021-2022. José Renato Nalini
COLUNA EDUCAÇÃO
PAI, SEMPRE HERÓI
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dia reservado aos pais não chega a ser tão celebrado como o dia das mães. O próprio exclamar “odiados pais”, sem separar os três verbetes, dá margem a indesejável conteúdo. Pai tem de ser amado, não odiado. Em regra, no decorrer de sua existência, ele passa por todos os tons de sentimento. Quando o filho é pequeno, o pai é a força, a energia, a segurança. Os ombros que carregam a cria. Leva ao colo o seu fruto e quando a criança está no alto, sente-se protegida e privilegiada. O tempo vai passando e a criança é um adolescente quase sempre rebelde. Agora pensa que já sabe tudo o que é preciso e não admite ordens paternas. Disciplina, horário, vedações ou recomendações, tudo cheira a autoritarismo. Não é raro seja a mãe o para-raios, a intercessora, aquela que tudo compreende e tudo perdoa. O pai é a segunda instância, quase sempre irrecorrível. Absor-
ve todo o inconformismo se quiser que a sua orientação prevaleça. Difícil exercer uma paternidade responsável nesta era em que somos manipulados pelos algoritmos e os pais não sabem o que fazer para manter um parâmetro em relação a filhos que são nativos digitais e são nutridos, diuturnamente, pelas redes sociais. Mais grave ainda, há pais desempregados. Os filhos são vítimas do consumismo, de um poderoso marketing que faz com que a sofisticação se converta em item de primeiríssima necessidade. Como chegar em casa, depois de um dia em busca de trabalho, sem poder oferecer aos alimentandos aquilo que é considerado o mínimo existencial? Pais ainda são considerados os provedores, os responsáveis pelo sustento, os pilares sobre os quais se assenta o lar, ou o que restou dele, para milhões de miseráveis neste Brasil tão rico, mas tão desigual.
Os privilegiados filhos que têm pais capazes de suprir suas carências, têm de ser gratos à Providência e honrar seus genitores. Os que já perderam seus pais, talvez os valorizem até mais do que os não órfãos. O pai, seja como for, é sempre um herói. Trouxe ao mundo, na parceria com a mãe, uma nova experiência vital. Sente-se copartícipe do milagre da criação. Salvem os pais, todos os pais, neste desafiador 2021.
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“Pai de pet”: faz mal à saúde mental tratar animal de estimação como filho? Marcelo Testoni / divulgação
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uem ama e cuida bem de animais de estimação procura garantir o melhor para eles, que são para muita gente parte da própria família. Entretanto, não é saudável e indicado tratar um cão ou gato como se fossem humanos ou esperar que se comportem como crianças pequenas, pois além de prejudicá-los - afinal são seres pertencentes a outras espécies e possuem instintos e comportamentos próprios -, isso pode fazer mal aos tutores. “Embora possam ir atrás, brincar e esperar por nós, o que é positivo, pets têm limitações e a chance de não corresponderem às expectativas de alguém que procura por algo que não possam oferecer é grande. É preciso lembrar que animal é animal, não age, não fala e não substitui a aten-
ção dada por um humano”, ressalta Gabriela Luxo, psicóloga, psicopedagoga, doutora em distúrbios do desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. As explicações para um animal doméstico deixar de ser percebido como mascote e ser tratado como gente são diversas e algumas podem não significar nada preocupante. Porém, outras podem exigir uma atenção maior. Vale tranquilizar que naturalmente o ser humano se afeiçoa a criaturas de sangue quente, porque geralmente elas também se apegam rapidamente a nós, oferecendo o que muitos não encontram, como afeto, companhia, reciprocidade, lealdade. Esse contato também nos remete a um amor que existe entre pais e filhos. “Os sentimentos humanos então são projetados nesse animal e muitos que, por essência, são mais cuidadores ou
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Especial Dia dos Pais protetores podem ‘transformá-lo’ num filho de faz de conta, como na infância. Nesse sentido não há problema, só é preciso tomar cuidado com o esperar algo de volta, as carências excessivas e a ideia concreta de que é um filho real”, explica Deborah Moss, neuropsicóloga e mestre em psicologia do desenvolvimento humano pela USP (Universidade de São Paulo). Sabe-se que a simples presença de um bichinho por perto é o bastante para melhorar o astral e diminuir a ansiedade e o estresse, enquanto o amor incondicional e sincero que transmitem reflete em esperança e sensação de vínculo e segurança, ajudando pessoas hospitalizadas ou em recuperação de depressão. Como necessitam de movimento, cães e gatos indiretamente ainda motivam seus donos a fazerem o mesmo e se exercitar com eles. Sentimentos bons agregam à saúde do ser humano, mas é importante que se olhe em volta e direcione essa mesma dedicação também às demais fontes que fazem parte de nossa vida e que merecem cuidados. Quando isso não ocorre e o foco só é o animal, pode ser que a pessoa inconscientemente queira satisfazer um forte desejo, como o de ter filhos, ou se relacionar e abrir emoções, mas não pode ou tem muita dificuldade para interagir e aceitar críticas. Além disso, do ponto de vista médico, para uma relação entre humanos e pets ser considerada sadia, é preciso que algumas regrinhas de convivência sejam estabelecidas, como os animais terem seu próprio espaço e serem livres para estimular
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seus instintos, com brincadeiras. As regras inclusive contribuem para o desenvolvimento das crianças. “Elas aprendem desde cedo a respeitar e a conviver com outras espécies e a ter responsabilidades”, aponta Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra e neonatologista da Academia Americana de Pediatria. Quanto a dormir junto, está liberado desde que
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a vacinação e a higiene do pet estejam em ordem e o dono não tenha problemas respiratórios, distúrbios do sono e criado uma relação de dependência para pegar no sono. Essa última situação pode ocorrer quando o dono não se sente confortável e protegido sozinho ou por culpa de ter passado o dia longe de casa.
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Pais doadores de sangue são homenageados Da Redação
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este Dia dos Pais, o Banco de Sangue de Ribeirão Preto presta uma homenagem especial àqueles que são os verdadeiros heróis e exemplos de vida, com a campanha “Pai, você é meu maior exemplo”. Ontem, dia 6 e hoje, dia 7 de agosto, os papais doadores serão homenageados com um chaveiro ‘kit ferramentas’, e também com uma veiculação alusiva à campanha nas redes sociais. “As crianças aprendem observando os gestos dos pais e, portanto, ao doarem sangue, os papais estão mostrando aos seus filhos que é preciso ter empatia e solidariedade para com o próximo”, explica Eli Mendes, líder de captação do Banco de Sangue de Ribeirão Preto. Com o mote: “Seja o que eles veem em você, um herói! Doe Sangue!”, a mensagem de Dia dos Pais lembra ainda que uma única doação
salva até quatro vidas. A ação acontece em um período em que as doações de sangue são extremamente necessárias, pois, nos dias de inverno poucos se lembram que muitos pacientes internados nos hospitais necessitam das doações de sangue para sobreviver. A instituição atende a cinco hospitais entre públicos e privados em Ribeirão Preto. No Banco de Sangue de Ribeirão Preto a situação está crítica, os estoques sanguíneos sofreram uma queda de 30%, em decorrência das baixas temperaturas. O Banco de Sangue de Ribeirão Preto segue rigorosamente todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 e por isso conquistou o selo Covid Free de Excelência, concedido pelo IBES - Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde, em reconhecimento por manter as melhores práticas de prevenção e enfrentamento da pandemia de coronavírus. Recentemente mudou de endereço e está agora na Rua Quintino Bo-
caiúva, 975, a apenas 50 metros do antigo local. O novo ambiente dispõe de uma infraestrutura ampla, em um espaço exclusivo para acolher o doador de sangue com o mesmo carinho, agilidade e atenção, atendendo de segunda-feira a sábado, das 7h às 18h. REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAÇÃO DE SANGUE: • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação; continua na página 31
Especial Dia dos Pais • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação); • Não é permitido realizar doação acompanhado de menores de 12 anos (exceto se o menor estiver acompanhado de dois adultos, sendo necessário o revezamento dos mesmos enquanto acontece a doação); • Estar em boas condições de saúde; • Pesar no mínimo 50 kg; • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas; • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum;
Cravinhos, 08 de agosto de 2021
• Se fez tatuagem e/ ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada); • Não ter diabetes em uso de medicação; • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses; • Não ter tido Doença de Chagas ou Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST); • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas para realizar doação de sangue; • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma; Consulte nossa equipe em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA O CORONAVÍRUS: • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19, aguardar 14 dias; • Se contraiu COVID-19, aguardar 30 dias; • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen; • Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com
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o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país). BANCO DE SANGUE DE RIBEIRÃO PRETO Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, 975 Vila Seixas. Telefones: (16) 3977-5900 | WhatsApp: (16) 99702-0830. Atendimento: das 7h às 18h, de segunda-feira a sábado.
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