Dia dos Pais 2018 - jornal A Tribuna Regional de Cravinhos

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LEI PERMITE INCLUSÃO DE NOMES DE PADRASTOS EM CERTIDÕES DE NASCIMENTO foto: divulgação

Jamila Grecco

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novo modelo de certidão de nascimento permite inclusão de nome de padrasto, essas alterações visam facilitar registros de paternidade e maternidade de filhos não biológicos e regulamentar o registro de crianças geradas por técnicas de reprodução assistida, segundo informações divulgadas. A principal novidade desta nova lei é que ela permite a inclusão de nomes de pais socioafetivos na certidão de nascimento, ou seja, para que um padrasto, madrasta ou novo companheiro de um dos pais da criança conste no documento como pai ou mãe, basta que o responsável legal por ela mani-

feste esse desejo em cartório. Na certidão, no campo filiação, haverá indicação dos nomes dos pais que podem ser heterossexuais ou homossexuais, a certidão poderá conter os nomes de até dois pais e duas mães. “Vejo nesta nova lei a possibilidade daqueles padrastos que são pais e criaram a vida toda como filhos, se em alguma ocasião constar o nome apenas da mãe no registro o padrasto poderá reconhecer, mas há casos em que consta o nome do pai no registro, neste caso, ficará o nome do pai e do padrasto no registro”, conta o Oficial Delegado do Registro Civil das Pessoas Naturais e Interdições e Tutelas de Cravinhos, Víctor Novais Buriti. continua na página 06


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DESDE NOVEMBRO DO ANO PASSADO, OS CARTÓRIOS DE REGISTRO CIVIL COMEÇARAM A ADOTAR OS NOVOS MODELOS DE CERTIDÕES E A PRINCIPAL NOVIDADE É A INCLUSÃO DE NOMES DE PAIS SOCIOAFETIVOS. Para realizar o registro socioafetivo em casos que consta o nome do pai, segundo Víctor Buriti, o pai deve anuir e concordar que o nome do padrasto seja incluído. Já em casos que o pai é falecido, é necessário que o caso seja encaminhado para o Juiz Corregedor que analisará o caso para possível autorização judicial para inclusão sem anuência do pai, isso também vale para pais que residem distante e não tem mais contato com o filho. Segundo o Oficial, em Cravinhos ninguém fez a inclusão, mas, muitas pessoas procuraram o Cartório de Registros para saber mais sobre o assunto. Para fazer o registro são necessários RG e certidão de nascimento da pessoa que irá incluir o nome, em casos de adolescentes acima de 12 anos, deverá ter anuência da pessoa. Para fazer o registro também é preciso ser 16 anos mais velhos que a pessoa, maior de 18 anos de idade e

Especial Dia dos Pais foto: divulgação

não pode ter vínculo parentesco, além disso, preencher requerimento padrão. “Quando alguém procura o cartório para saber sobre o assunto passamos todas as orientações, pois devemos explicar que é definitivo e irrevogável, pois a partir do reconhecimento ele se torna mais rigoroso que do pai biológico”, explica Buriti. De acordo com o Oficial, quando é feito o reconhecimento socioafetivo, e se separa da mãe biológica ou vice versa, os direitos são os mesmo do pai biológico e deverá pagar pensão, pois terá efeito de sucessão, será herdeiro, entre outros direitos. Aos pais que fazem o reconhecimento e descobre que não são pais, podem pedir a negatória da paternidade, já socioafetiva não tem como revogar. O reconhecimento é gratuito. Maiores informações o Cartório de Registro Civil de Cravinhos fica localizado na Rua Prudente de Moraes, 127, Centro, ou pelo telefone (16) 3951 6468.


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PAI, UM CARINHO, POR FAVOR! *Adriano Gonçalves

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paternidade sempre foi vista como o “lugar” da autoridade, proteção, firmeza, das regras e da lei. De fato, estas premissas nos tornam o que somos: Pais. Entretanto, temos acompanhado uma crise desses papéis, uma carência e disfuncionalidade no ser e fazer paternos. Podemos então perceber uma geração sem referências, carente não só da presença, mas da essência, daquilo que estrutura o ser humano. Sim, ouvimos ecoar por entre o caos social um apelo: Pai, um carinho, por favor! Podemos dar resposta a esse pedido resgatando, o que, para mim, são três fenômenos genuinamente paternos: voz que gera segurança, autoridade que cria espaço e liderança que aponta o eterno. A acolhida de um filho é antes de tudo verbal. Uma comunicação dos pais e cuidadores, que se doam por amor! E a criança ainda no ventre materno percebe perfeitamente todos os matizes e entonações de nossa voz, e com maior nitidez e eloquência escuta a voz paterna. O psicanalista americano Bernard This afirma: “entre a vivência no líquido amniótico e a vivência ao ar livre, a voz do pai serve de referência transi-

cional tranquilizante: in útero, a criança percebe a voz de seu pai, os sons graves são inclusive mais facilmente percebidos do que os agudos. E após o nascimento, a voz do pai, ligada à segurança fetal, exerce sobre a criança efeitos tranquilizantes: ela chora menos, acalma-se mais facilmente. Quando o pai a banha, ela se acalma, mostra a língua, sorri quando se fala com ela, dormirá rapidamente e seu sono será mais profundo, mais regular.” Hoje, mais cedo que nunca, precisamos romper o silêncio adâmico, colocar nossa voz firme em prol de nossos filhos, eles querem ouvir nossos conselhos, sentimentos traduzidos em palavras. Quando nos calamos frente ao filho ele se perde na ansiedade da falta de referência. Pai, uma fala, por favor! Após ser acolhido pela fala, há sobre o pai um desígnio de autoridade a exercer. Não aquela que se vale da força de um braço, mas a autoridade que sabe abrir as mãos, criando espaço para que o filho possa ser! A verdadeira autoridade paterna está nessa capacidade de criar oportunidades, espaço para que o ser apareça na vida e se ponha na realidade. Nossos filhos precisam de estrutura, supervisão, de serem civilizados. Quando criados num ambiente muito à vontade, sob o princípio de não intervenção

foto: arquivo Canção Nova

ADRIANO GONÇALVES COM SUA ESPOSA LETÍCIA E A FILHA CHIARA e despidos de liderança, no geral, eles começam a desafiar as convenções sociais e o bom-senso. continua na página 10


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10 Muitos se machucam, pois buscam “fora de um lar” a autoridade que queriam dentro de casa, e alguns nunca se recuperam. É dos braços de um pai que a criança vislumbra a realidade de um mundo a desbravar, pois, antes do pai, ela com a

O FOTÓGRAFO CLICOU OS PAPAIS COM SEUS FILHOS RECÉM-NASCIDOS

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mãe eram quase uma só “pessoa”. Ser autoridade é ser para o filho o universo de possibilidades de descobertas de si e do mundo! Pai, um espaço, por favor! E, por fim, porém não menos importante, todo pai funciona como uma espécie simbólica do Eterno. Muito da relação com o transcendente é construída pela relação que nutrimos com nosso pai terreno. Não é atoa que temos, quando pequenos, a sensação de eternidade e indestrutibilidade paterna. Eles eram nossos heróis, quase deuses! Pai, sobre nós há essa responsabilidade de benevolência e apontamento para o eterno. Não podemos renegar nosso lugar de liderança dentro do lar, na sociedade. Pai, uma eternidade, por favor! Não quero com isso assumir uma postura machista. Não mesmo! Pois com voz, autoridade e liderança diferentes, a mãe também torna-se responsável pela construção do bem dentro dos filhos. Mas quero dizer que nós pais precisamos assumir o nosso lugar, nosso papel. Não podemos ficar escutando os pedidos de nossos filhos com o silêncio em resposta. É preciso assumirmos nossa paternidade nas mãos e sermos para nossos filhos o que eles precisam. Urge por nossa paternidade em ação! Pai, seja pai, por favor! *Adriano Gonçalves é missionário, formado em filosofia e psicologia. Autor dos livros “Santos de Calça Jeans”, “Nasci pra dar certo!”, “Quero um amor maior” e “Agora e para sempre – Como viver o amor verdadeiro”, todos lançados pela editora Canção Nova.

foto: Roni Sanches / colaboração

RONI SANCHES FAZ HOMENAGEM AO AMOR E AO VÍNCULO DE BEBÊS COM SEUS PAIS


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Toninho Olivito Neste mundo está difícil encontrar pessoas para admirar, respeitar, seguir, ser exemplo, que te dê as mãos para erguer quando estamos caindo e nos colocar sempre no caminho certo e respeitando a todos e suas crenças. Pai “Você nos mostra e ensina o caminho do amor, respeito, compaixão e bondade. Por mais que o mundo está globalizado, cheio de informações; rodamos e rodamos e voltamos a procurar sua sabedoria, e conselhos. Obrigado a Deus por nos dar um “Pai”, um conselheiro, um amigo e que nunca deixa nós cairmos em um abismo, sempre está ali para nos segurar. Obrigado “Pai”. Falar que te amamos é pouco, pois você é tudo para nós! Carmen Silvia, Daniela, Tarsila, Flávio, Eduardo e Yago.


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UMA LUTA VENCIDA PELO AMOR DE PAI E FILHO Jamila Grecco

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dia dos Pais, neste ano, será comemorado amanhã, domingo, dia 12 de agosto. Esta data, no Brasil, é celebrada no segundo domingo de agosto, ao que tudo indica, a data tem origem semelhante ao dia das Mães e em ambas as datas a ideia inicial foi de criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida. No Brasil a ideia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de agosto do ano de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família. O pai é a figura que nos transmite a imagem de herói, daquele que

nos apoia e nos ajuda em todos os momentos, daquele que transmite a segurança de proteção. O comerciante Adilson Parra dos Santos é pai de Enrico Dinucci dos Santos. Há 15 anos ele contou que recebeu sua melhor notícia, que iria ser Pai. Passados 10 anos de seu nascimento, seu mundo desabou quando o garoto foi diagnosticado com leucemia, mas, esta fase o medo se transformou em amor e fé e foi possível vencer esta batalha que pela medicina já terminou. Adilson, popularmente conhecido como Cabeção, se casou e durante alguns anos junto com a esposa tentavam um filho. Depois de muitas tentativas o comerciante recebeu a notícia de ser pai.

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fotos: arquivo pessoal


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“Quando descobri que seria pai fiquei emocionado, sonhava com esse dia há anos, tenho afinidades com crianças e é uma alegria muito grande estar perto dessas pessoinhas pura de alma e coração”, conta. Adilson disse que já se sentia pai antes, pois ajudou sua irmã Cláudia na criação das filhas Betize e Taicia, pois o pai delas viajava a trabalho e ele as tem como se fossem suas filhas e, com a chegada de Enrico, fortaleceu ainda mais os laços familiares. Por ironia do destino, quando Enrico estava com dois anos de idade, o casamento de seus pais chegou ao fim, desde então, passa os finais de semana com o pai. No ano de 2013, quando Enrico estava com 10 anos de idade, fez uma viagem com o pai para Tocantis, aproximadamente 1.500 Km de Cravinhos, e, segundo Adilson, passaria dez dias com o filho, pois era fim de ano e férias escolares. “No caminho à Tocantins, demos uma parada em Caldas Novas-GO, e lá o Enrico começou a brincar com meus amigos e acabou se desequilibrando e em uma topada apareceu um roxo de imediato. Fiquei preocupado e quis voltar, mas ele pediu para continuar a viagem porque estava muito feliz, que iria passar esses dias comigo”, relembra Adilson.

O roxo logo desapareceu, então, continuaram a viagem. Quando chegaram em Tocantins, andaram a cavalo, foram em cachoeiras, todos os programas que os dois gostam de fazer. Enrico se encontrou com diversos indiozinhos que viviam nas redondezas da cachoeira e começaram a brincar de escorregar, e, as marcas roxas pelo corpo dele foram aparecendo. “Quando percebi as marcas roxas pelo corpo do Enrico pedi que ele parasse de brincar e minha preocupação aumentou, era véspera de ano novo, e, fomos a uma Lagoa ver a queima de fogos, e, durante a queima ele me olhou e disse que ele estava tão feliz que até parecia mentira ele estar em Tocantins comigo e isso encheu meus olhos e coração”, conta. No dia 1º de janeiro, durante o almoço de ano novo, o jovem brincava com um copo na boca e conforme o colocou encima dos lábios, ficou uma marca forte demarcando onde o copo havia encostado. “Quando vi que a boca dele estava ficando roxa com a marca do copo fiquei apavorado. Iríamos ficar por mais quatro dias em Tocantins, mas, decidi voltar para casa, e, no caminho, pedi que minha irmã comunicasse a mãe e que agendasse com a Dra. Shirlei que era a pediatra dele”, diz. continua na página 14


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Especial Dia dos Pais fotos: arquivo pessoal

Após quase um dia de viagem, chegaram a Cravinhos e foram ao consultório médico onde a Drª Shirlei orientou que levassem o garoto urgente até a emergência do convênio médico, pois na cidade não tinha recursos para o diagnóstico. Após o exame de sangue, Adilson recebeu a pior notícia de sua vida. “A médica me chamou juntamente a mãe do Enrico e nos levou até a sua sala, e lá contou que o Enrico estava com leucemia. Naquele momento meu mundo desabou, minha vida acabou naquele minuto, entrei em desespero e choro, fiquei muito abalado”, lembra. Os pais do garoto são devotos a Nossa Senhora de Aparecida e, segundo Cabeção, foi o alicerce para que conseguissem enfrentar esta fase. Enrico passou meses internado, a família revezava como acompanhante, foram feitas campanhas de doações de sangue a qual felizmente superou a expectativa, e hoje a família agradece a solidariedade de todos.

“Esta luta dura até hoje, há cinco anos a medicina deu como cura, mas, ele ficou cerca de dois anos lutando incansavelmente, depois da alta do hospital, foi preciso ficar um ano isolado recebendo todos os cuidados, minha família me ajudou e apoiou, meu irmão Luís Cláudio é como se fosse um pai para ele também, e graças a Deus, vencemos essa batalha, meu filho é meu maior amor”, conta. “Meu pai foi muito importante no meu tratamento, pois me dava forças para lutar e fé para acreditar que seria curado, não consigo por meio de palavras medir tudo o que ele fez por mim, pois ele raspou a cabeça, caminha até as Sete Capelas todos os anos para cumprir a promessa para que eu fosse curado. Sem o apoio dele acredito que não teria sido tão tranquilo como foi, tem uma frase que ele diz e que carrego comigo que ele ajoelha para que possa ficar de pé e realmente hoje estou curado graças ao apoio dele e de toda a minha família”, agradece.

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Desde que o filho adoeceu, Adilson vai a pé até as Sete Capelas, em Ribeirão Preto, como promessa e participa de cavalgadas e outros em devoção a Nossa Senhora Aparecida. No dia 22 de agosto de 2013, o locu-

tor Malboro fez uma homenagem à luta de do garoto. Enrico é o melhor amigo de Adilson, os dois desfrutam de momentos divertidos juntos e seguem com a mesma paixão por cavalos e sertanejo. “A maior lição que tirei desta fase ruim que lutamos foi a solidariedade, e acima de tudo que a fé faz milagres, os pais devem aproveitar o máximo a companhia de seus filhos, pois eles são o nosso espelho e é nosso dever formar os filhos para o caminho do bem”, ressalta. Adilson contou que não planeja ter mais filhos, e aconselha aos pais que passem

mais tempo com os filhos que os escutem, que dê amor, seja parceiro, dê carinho, atenção e deseja a todos um Feliz dia dos Pais. “Pai, neste dia tão importante para você, venho agradecer pela vida, pelo teto que me abriga, pela sua presença amiga. Obrigado pela proteção que

você me dá, pelos braços cansados e pela sua luta para que não me falte nada. Obrigado por muitas vezes deixar de seguir seus sonhos para que os meus possam ser realidade. Obrigado por simplesmente existir e por ser meu pai. Te amo muito véião”, concluiu Enrico.


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CUIDADO COM O QUE FALAR NA FRENTE DOS FILHOS Jamila Grecco

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s crianças estão em constante aprendizagem e atentas a tudo que acontece à sua volta. Aprendem rapidamente, principalmente quando existe um modelo a ser observado. Dessa forma, a maneira que os pais se comportam influencia diretamente no comportamento dos filhos. Segundo a Psicóloga Kaynara Maria Chenini Motta, quando os familiares tem costume de gritar durante uma discussão, a criança provavelmente apresentará tal comportamento em situações de convívio com outras pessoas, pois foi o modelo dado por suas referências. “O mesmo acontece quando os familiares tem o costume de falar palavrão, a chance de a criança repetir tal comportamento é muito maior do que aquelas que não têm este modelo em casa. Sendo assim, é de suma importância que os pais e adultos no geral sejam cautelosos quanto a forma de

agir e falar quando estão na presença da criança”, explica. Kaynara disse que não é preciso esconder tudo do filho, pois eles percebem quando algo não está indo bem, mas quando a família está enfrentando um problema, como discussões de casal ou com outros familiares, não devem acontecer na frente das crianças. “Os problemas podem ser informados para os filhos de maneira sucinta e cuidadosa, explicando o que está acontecendo, sem utilizar de figuras de linguagem (as quais muitas vezes a criança ainda não compreende) e sem denegrir a imagem de ninguém. As perguntas feitas pela criança também devem ser escutadas e respondidas para que ela perceba que existe uma relação de confiança”, conta. De acordo com a Psicóloga, o ambiente familiar representa o mais importante contexto de desenvolvimento na primeira infância (0 a 3 anos de idade). É neste local que ocorrem as

foto: divulgação

primeiras interações, seja entre os pais e a criança, criança e seus irmãos, entre outros e dessa forma proporciona uma gama de possibilidades para aprendizagens. É por meio desta interação que a criança compreende conceitos que auxiliam na regulação emocional, comportamental e no processo de socialização. continua na página 16


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A MANEIRA EM QUE OS PAIS SE COMPORTAM PODE INFLUENCIAR NO COMPORTAMENTO DOS FILHOS. ACOMPANHE OS CUIDADOS EM O QUE FALAR NA FRENTE DELES. Vivemos em uma era onde muitas crianças não convivem com os pais. A convivência entre pai e filho fortalece a criança para a vida individual e social, promove segurança, independência, estabilidade emocional e influencia na autoestima. É importante que o pai não esteja presente apenas fisicamente, mas que possa contribuir na educação, formação e desenvolvimento dos filhos. Quando o filho se sente querido e desejado, a sensação de conforto contribui para o seu desenvolvimento emocional. Vale ressaltar que mesmo o pai não vivendo com a mãe, ele pode e deve participar da vida do filho. Ser pai, independe da relação conjugal com a mãe, é uma experiência valiosa para ambas as partes. “Assim como os pais são afetados com a relação, a criança também sofre grande influência desse contato.

Para que a criança possa sentir-se segura e explorar o mundo, ela precisa de uma “base segura”, a qual se desenvolve por meio do relacionamento com uma figura de apego, que pode ser os pais ou outros cuidadores. O importante é que essa figura de apego transmita segurança e conforto para a criança nos momentos necessários, acolhendo no momento do choro, se preocupando com o bem-estar e demonstrando amor e carinho sempre”, explica. Muitos pais conversam com as crianças com voz de criança, mas, usar tom de voz melodiosa pode despertar na criança maior interesse do que a fala normal, mas a Psicóloga contou que seu uso não deve ser indiscriminado. “Falar de maneira infantilizada com a criança deve ter limite, devemos levar em consideração o tempo que

esta interação ocorre e principalmente na idade da criança. Algumas atitudes podem contribuir no desenvolvimento da linguagem, por exemplo: quando for conversar com a criança, mantenha contato visual e se for preciso se agache para facilitar esta interação. Não utilize palavras erradas, como “binito” no lugar de “bonito”, mesmo que a criança ainda não consiga pronunciar corretamente a palavra os pais devem dar o exemplo. Auxilie a criança na organização do pensamen-

to e na articulação de ideias, mas com cuidado para não interromper seu raciocínio ou completar conteúdos por ela. Estimule que a criança amplie seu vocabulário falando o nome dos objetos de maneira clara”, orienta. Coloque seu filho como prioridade sempre. Organize o dia para que vocês possam passar um tempo divertido juntos. Esqueça o celular e a televisão por algumas horas e verá o quanto é valioso essa interação familiar.


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“HERANÇA” LEVA TRÊS GERAÇÕES DE UMA MESMA FAMÍLIA A TRABALHAREM COM CARPINTARIA O INCENTIVO EM INGRESSAR NA PROFISSÃO FEZ COM QUE PAI, FILHO E NETOS SE TORNASSEM UMA FAMÍLIA DE CARPINTEIROS. Leandro Cavalcanti

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m trabalho que exige conhecimento de geometria e domínio em lidar com a madeira no seu estado natural, a carpintaria é respon-

sável pela criação de telhados, formas para vigas, escadas, assoalhos, assentamento de portas e até deck para piscinas. Em Cravinhos, o ofício da carpintaria passou por três gerações em uma mesma família. A história começa com o Sr. Francisco Silva (in memorian), um dos carpinteiros mais antigos da cidade, que ensinou a profissão para seu filho, o Sr. Luis da Silva, que hoje aos 77 anos dá o grande exemplo de ser humano, pai, avô e profissional. Um homem sereno, de uma simpatia peculiar que conquista a todos e uma vitalidade de dar inveja aos bem mais jovens, é casado com Maria Aparecida Logarezzi da Silva, onde do relacionamento nasceram os filhos José Amadeu, Luiz Augusto e Sérgio Henrique. E não para por aí. Sr. Luiz também ensinou a profissão aos três filhos. “Nosso pai, que trabalha até hoje, me ensinou o ofício da carpintaria, para meus irmãos e para muitos profissionais que hoje atuam na área”, afirma Sérgio Henrique. Como em muitas profissões, antigamente, na carpintaria também existia suas dificuldades. Na época de Francisco e Luiz, não existiam máquinas elétricas

fotos: arquivo pessoal

e eles não tinham carro. Suas ferramentas eram transportadas na bicicleta e o madeiramento ‘puxados’ na carroça. Muitos trabalhos eram realizados na cidade vizinha de Serra Azul, o que dificultava ainda mais o trajeto. continua na página 21


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Segundo Sérgio Henrique, “pela tradição e reconhecimento do trabalho, muitos clientes contratam os serviços do Sr. Luiz pela confiança, sem mesmo combinar o valor antecipadamente, pela competência e qualidade”. O filho que trabalhou mais tempo com o pai foi Sergio Henrique Logarezzi da Silva. “Comecei a carreira aprendendo com meu pai, trabalhando como filho. Depois de adulto viramos sócios no negócio, e mais tarde, quando me casei, decidi-

mos separar a sociedade e passamos a trabalhar por conta”, lembra. Sérgio Henrique é casado com Angélica, pais dos gêmeos Beatriz e Henrique. Além de carpinteiro, também é proprietário da franquia “CASA DO CONSTRUTOR”, em Cravinhos. “Tudo que tenho conquistei através da carpintaria. Hoje optei atuar na profissão apenas nas horas vagas pela dificuldade em trabalhar no sol muito quente, então dedico a maior parte do tempo na franquia”, disse. VISÃO DE EMPREENDEDOR Sérgio Henrique, por muitos anos, realizou trabalhos de carpintaria Ribeirão Preto, onde passou a observar que nas obras, os proprietários alugavam andaimes para serviços mais altos, então, comprou 40 peças e começou a oferecer para locação. “Nas obras, passaram a pedir para alugar betoneira, entre outras ferramentas, e aos poucos fui comprando e alugando”, lembra. Em determinado momento, Sérgio buscou um sócio(José Alberto Jaime), aí montamos a empresa com o nome de HZ locações “Foi quando a CASA DO CONSTRUTOR veio até a cidade e nos ofereceram a franquia, nos exergamos que seria uma grande oportunidade de crescimento e fechamos o contrato com a franqueadora. No decorrer do tempo, quando iniciou a crise política e econômica no país, em dezembro de 2014, foi desfeita a sociedade e Sérgio Henrique passou a ser o único proprietário da Franquia em Cravinhos.

A CASA DO CONSTRUTOR é especializada em aluguel de máquinas e equipamentos para construção civil, de limpeza e de jardinagem, atendendo todas as fases de uma obra, desde o canteiro, até a fase de acabamento e limpeza. Você também encontra aluguel de andaime, aluguel de betoneira, aluguel de martelete e muito mais. Em Cravinhos, está localizada na Av. José Nogueira Terra, 320 – Centro, e atende pelos telefones (16) 3482-1365 ou 98134-8782.


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HOMENAGEM AO PAPAI WALDEMAR MEDEIROS

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ai, sinal verdadeiro do amor de Deus, quando o sol ainda não havia cessado o brilho, quando a tarde engolia aos poucos as cores do dia e despejava sobre a terra os seus primeiros retalhos de sombra. Eu vi que Deus veio assentar-se perto do fogão de lenha da minha casa, chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça, e buscou um copo de agua num pote de barro que ficava num lugar de sombra constante, ele tinha feições de homem feliz, parecia imerso na alegria que é própria de quem cumpriu a sina do dia e que agora recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe. Eu o olhava e pensava: como é bom ter Deus dentro de casa! Como é bom chegar a essa hora da vida em que tenho direito de ter um Deus só pra mim, cair nos seus brações, bagunçar lhe os cabelos, retirar uma caneta do meu bolso e pedir que ele desenhasse um relógio bem bonito no meu braço, mas aquele homem não era Deus, aquele homem era meu pai, e foi assim que eu descobri que o meu pai com o seu jeito finito de ser Deus revelava-me Deus com seu jeito infinito de ser homem. Feliz dia dos pais! Esposa Nair, filhos Benedita, Lucia, José, Roseli, Isabel, Sonia, Marcela, netos e bisnetos.

POESIA Waldemar Medeiros

MENSAGEM DE AMOR AOS PAIS Hoje eu quero homenagear Todos os pais com muito agrado Porque Jesus vem abençoar Este dia tão esperado. Olhando para o céu eu exclamo Meditando numa oração Meu papaizinho, eu te amo Do fundo do meu coração. O dia dos pais tem sentido De um feliz e grande dia Porque o nosso papai querido É toda a nossa alegria. Papaizinho neste dia Eu quero dar-lhe um abraço Para completar a alegria Nesta homenagem que eu lhe faço.

Pela minha falta de juízo Eu lhe peço pai: me perdoe Papai me diz num sorriso Filho: Deus te abençoe. Numa rosa florescida Escondida entre a ramagem Papai: tesouro da vida Receba esta minha mensagem Nesta data tão querida Te ofereço esta homenagem. O amor de um pai é igual A uma rosa, tal, e qual Que se desabrocha no jardim Contemplando-a, com carinho Eu vejo o meu papaizinho Sempre juntinho de mim. “Para bens a todos os pais de Cravinhos e do mundo inteiro”.


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