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DRYWALL: ENTENDA COMO FUNCIONA ESSE SISTEMA DE CONSTRUÇÃO Por Anelisa Lopes – estadao.com.br/blogs
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rywall é um termo frequentemente usado em projetos de construção e reforma e corresponde a uma placa com miolo de gesso encapada por papel cartão dos dois lados. Tem inúmeras funções, mas as principais são para fazer forro e divisórias de ambientes, além de nivelar paredes. As placas de drywall são instaladas por meio de chapas e perfis de aço, chamadas montante, que podem ter diferentes espessuras e são cortadas no tamanho desejado para o projeto. Elas são fixadas de forma simples com parafusos: de um lado só como no forro, por exemplo, ou duplo, como em uma parede. Neste caso, por dentro delas, é possível fazer preenchimento com lã para melhorar o isolamento acústico, montar todo um sistema hidráulico e também elétrico. Há três tipos básicos de drywall: verde, direcionados para áreas úmidas como banheiros, cozinhas e áreas de serviço; rosa, mais resistente ao fogo por conter fibra de vidro em sua composição, ideal para ficar próximo ao forno
ou fogão, e branco, para ambientes secos/forro e a mais utilizada nas obras. Cada tipo de chapa possui um preço específico. Além de o seu uso gerar mais economia na obra – uma vez que requer menos tempo para instalação, é mais leve para ser transportado e gera menos entulho -, o drywall é uma solução que não é praticamente definitiva como uma parede de alvenaria. É uma opção rápida e mais barata que as tradicionais paredes de tijolo. Apesar de o drywall ser um material bastante resistente – atualmente, há apartamentos montados exclusivamente com este tipo de material – é preciso ter alguns cuidados na hora de pendurar ou fixar objetos em sua extensão. Objetos com até 10 quilos podem ser presos diretamente na chapa, por meio de buchas e parafusos específicos – o buraco pode ser feito até com chave de fenda. Entre 10 kg e 18 kg, é preciso recorrer aos perfis internos de aço, com uma furadeira. Acima deste valor, é necessário usar um reforço de madeira ou aço que vai na parte interna. Para se ter uma ideia, até vasos sanitários suspensos podem ser presos na superfície do gesso, desde que haja uma
estrutura que o suporte na parte de dentro do drywall. Para evitar fissuras no encontro das chapas, já que, normalmente, sobre elas vai uma camada de massa, posteriormente lixada e pintada (já há disponível no mercado, no entanto, chapas prontas com revestimento), aplica-se um tipo de gaze adesiva, que dá mais flexibilidade às pranchas. Se for necessária uma manutenção, é preciso recorrer à mão de obra especializada, pois em alguns casos, é necessário recortar a parte danificada e colocar uma novo pedaço de chapa.
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Artigo de Marcio Benvenutti, engenheiro civil e diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo – Regional Campinas (SindusCon-SP) - Fonte: AEC Web
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om a preocupação em relação ao meio ambiente em alta e a busca pela sustentabilidade se tornando tópico principal em muitas empresas, como adaptar o ramo da construção, conhecido como um ambiente poluído e com alto desperdício, quando falamos em preservação? Recentemente, fomos apresentados a uma alternativa para construção em geral que agrega diversos benefícios e une sustentabilidade e economia: o Steel Frame. Muito utilizado em países como Japão, Estados Unidos e Argentina e em grande parte do continente Europeu, ele vem ganhando espaço devido às vantagens que possui se comparado a construções convencionais de alvenaria. Também chamado de Light Steel Frame, o modelo consiste em uma construção de estrutura mais leve, com perfis de aço galvanizado, formando um molde com painéis, vigas e outros elementos preparados para suportar as cargas da edificação. Esta estrutura recebe placas de fechamento internas e externas, além de isolamentos térmicos e acústicos, o que gera um resultado final muito próximo ao da construção convencional, mas com qualidade infinitamente superior. Apesar de a sustentabilidade ser o carro chefe deste tipo de construção, o Steel Frame ainda garante outras vantagens que podem poupar não só o meio ambiente, mas também o bolso do consumidor. Ao utilizar material reciclável, o modelo reduz a quantidade de resíduos, assim como o descarte, e mantém o canteiro de obras mais organizado, tornando a obra mais fácil de ser executada. Também garante manutenções mais práticas. E quanto à economia financeira? O Steel Frame leva o construtor a economizar até 75% do custo da fundação, já que sua estrutura é aceita
em qualquer tipo de relevo e seu peso é relativamente menor. O tempo de construção é, em média, 1/3 menor do que as obras de alvenaria, reduzindo o pagamento de mestres de obras e outros trabalhadores para executar o serviço. Os isolamentos térmicos e acústicos do Steel Frame oferecem um desempenho melhor do que os convencionais de alvenaria; já as instalações elétricas e hidráulicas, apesar de seguirem métodos de instalação convencionais, tornam a manutenção
mais fácil e sem a necessidade de quebrar paredes e encarecer o reparo. A finalização da obra fica a cargo do cliente – mesmo com o estilo de construção diferente, o acabamento pode ser realizado da mesma forma que o convencional. A escolha do Steel Frame é a ideal integração de resistência, sustentabilidade, praticidade e agilidade. Ganha espaço a cada dia, uma vez que a preservação do meio ambiente deixou de ser uma obrigação e se tornou tendência.
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PROVA DE CONCRETO VIRA ARTE E DECORA AVENIDAS DE CRAVINHOS Jamila Grecco
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corpo de prova de concreto é um teste feito em concreto quando é recebido na obra. São coletadas amostras para realizar ensaios de resistência
e verificar se o material está adequado para o uso onde são moldados segundo padrão e ordens específicas. Em Cravinhos, a empresa Sigmatec Controle Tecnólogico, realiza este trabalho, e, descarta diariamente
cerca de 300 a 400 corpos de prova, estes que podem ser reutilizados em decorações, estacionamentos, entre outras obras. O Nilo Sérgio Rossi, popular Nilão, no ano de 2006, fez o calçamento em frente ao Rossi Panificadora localizado na Avenida Pedro Duarte Amoroso. Com o resultado positivo, tornou-se um projeto e atualmente enfeita e preserva o meio ambiente. A empresa Sigmatec, localizada no bairro Jardim Alvorada, realiza há 20 anos teste de resistência de qualidade do concreto, e, ao invés de fazer o descarte e poluir o meio ambiente, decidiu doá-los.
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NILÃO, NO ANO DE 2006, FEZ O CALÇAMENTO EM FRENTE AO ROSSI PANIFICADORA
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“Os clientes nos contratam para testar a resistência e qualidade do concreto. É feito a concretagem, o concreto fresco passa por procedimentos e entre 24h à 48h é feito a coleta deste material no laboratório onde é feito a desforma e identificação de qual obra e cliente para proceder com os ensaios e após são descartados”, explica o engenheiro civil, Lucas Buzanello Figueiredo. Nilão contou que a ideia surgiu à época da revitalização da Igreja Matriz, onde foi modificado todo o calçamento deixando o local mais agradável, a família dele possui um comércio na Av. Pedro Amoroso, e, o canteiro central estava sem vida, pois tudo que se plantava não se mantinha vivo. Então, se juntou a outros comerciantes e fizeram or-
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ENGENHEIRO CIVIL, LUCAS BUZANELLO FIGUEIREDO çamento de certa parte do canteiro, mas, o calçamento parecido com o que estava sendo feito na Igreja superava a verba. “Na época a empresa Sigmatec estava instalada próximo ao nosso comércio, então, chamei o pedreiro Polaco e propus fazer um teste em dois metros do canteiro para aprovação e ficou muito bom”, relembra. Os comerciantes vizi-
nhos aprovaram a ideia e, assim, foi feita grande parte da Avenida. Na sede da Sigmatec o calçamento e algumas floreiras foram feitos com corpo de prova de concreto, e, com isso, muitos foram conhecendo e atualmente doa o material que antes era descartado. continua na página 11
Especial Construções “Muitos utilizam em calçamentos, em jardins, vagas de estacionamento, entre outras, existe uma infinidade de utilidades, depende da criatividade na reutilização”, explica Lucas Figueiredo. Esta atitude de Nilo e de todos os comerciantes que o apoiaram tornou-se um grande projeto, e, muitos têm utilizado da imaginação na reutilização, além disso, foi um incentivo à po-
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pulação que plantaram flores ao meio do calçamento, deixando um local mais limpo, organizado e sucessivamente atrativo aos comércios localizados em toda extensão da Avenida beneficiada. “O corpo de prova é um resíduo e isso prejudica o meio ambiente, é importante frisar que antes de ser doado esse material, tínhamos dificuldade com o descarte, e com a parceria com a Pre-
feitura em revitalizar o calçamento de locais como canteiros de avenidas onde doamos este material, foram unidos o útil e o agradável”, sorri Figueiredo. Segundo Nilão, “é prazeroso ter uma simples ideia e tomar essa imensidão que tomou. O Prefeito colaborou para que dessem continuidade neste projeto e assim revitalizar avenidas de toda a cidade. A população não dá valor ao
meio ambiente, é comum deparar com lixos jogados no canteiro de avenidas, não respeitam, e, deixando o local com boa aparência menos lixos são descartados em locais inapropriados”, conclui. Com as provas de concreto é possível fazer objetos decorativos, bancos, sofás, entre outros, o que vale é usar a imaginação e preservar o meio ambiente!
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