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CIDADES Descumprimento das medidas faz Covid-19 avançar em Maricá

Maioria cumpre os protocolos de saúde. Mas, os que violam, se tornam aliados do vírus

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No início da pandemia, em março de 2020, a faixa etária considerada grupo de risco eram os idosos acima de 60 anos. Hoje, um ano depois, um alerta importante vem de quem lida com a doença diariamente. Médicos dizem que casos de Covid-19 entre os jovens passou a ter maior relevância, por força principalmente do desafio às restrições necessárias para impedir o avanço do contágio. Aglomerações e a rejeição ao uso obrigatório de máscaras, em recintos coletivos ou ambientes públicos, estariam entre as violações mais frequentes cometidas por indivíduos dessa faixa etária e objeto principal da fiscalização.

Os hospitais e centros de atendimento à pacientes com Covid-19 são a resposta para a falta de cumprimento das medidas. A unidade, em São José do Imbassaí, concentra a maior parte dos mais de 140 leitos atualmente dedicados a vítimas da pandemia. Em fevereiro, cerca de 10% dos pacientes lá internados, tinha menos de 45 anos. Em março, essa porcentagem subiu para 18%, no dia 12 de abril estava em 14,5% e nesta quinta-feira (16/04) bateu 17,8%, o que indicaria um crescimento até o fim do mês. “Temos muitos jovens internados hoje no Hospital Dr. (Ernesto) Che Guevara”, afirma o pre-

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PREFEITURA trabalha para a conscientização dos jovens em relação ao cumprimento dos protocolos sanitários feito Fabiano Horta (PT).

“Neste momento, temos aqui no Che Guevara, o padrão de pacientes mais jovens e com menos comorbidades. Em geral, eles respondem melhor ao processo inflamatório da Covid e não têm um risco de mortalidade tão alto quanto o de um paciente mais idoso. Pelo fato de seu sistema imunológico ter uma defesa melhor, significa que o tempo de internação desse contingente no hospital é muito maior”, frisa Michelle Silvares, diretora executiva do hospital. A preocupação com esse avanço já motivou ações específicas por parte da Prefeitura. Equipes da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher estão percorrendo locais frequentados por pessoas mais jovens com um trabalho principalmente de conscientização.

“Mais do que distribuir máscaras, essa ação é para preservar vidas. Isso a gente tem feito desde o primeiro momento, no ano passado, através do Comitê de Defesa dos Bairros (CDB) e vai continuar fazendo enquanto houver pandemia, para trazer essa clareza à população de que não existe um momento específico para se utilizar máscara. A pandemia ainda não acabou”, garante o secretário da pasta, João Carlos de Lima, o Birigu.

“Está havendo muita irresponsabilidade. As pessoas acham que pelo fato de serem jovens, mais imunes ao vírus, que não precisam se preocupar. Eu vejo muita gente sem máscara, despreocupada por estar numa área com ventilação e espaço para lazer, sendo que além de levar a doença para casa, também estão sendo afetadas”, afirma Rafaela Amaral, de 30 anos, moradora de Itaipuaçu.

Carla Lima, de 33 anos, moradora em Araçatiba disse que a maioria de seus amigos usa máscara. Contudo, há aqueles que são descrentes. “A pessoa só acredita quando acontece com algum conhecido ou parente seu. Ninguém vê os hospitais cheios, pessoas morrendo”, disse.

EM RIO BONITO, PREFEITO BUSCA O DIÁLOGO COM A SOCIEDADE

Buscando maior interlocução com a população e, ao mesmo tempo, fornecer importantes informações sobre as medidas restritivas adotadas no município de Rio Bonito, o prefeito Leandro Peixe usou as redes sociais oficiais da prefeitura, nesta quarta-feira (14), para anunciar os planos para a retomada das atividades no município.

Leandro Peixe explicou a fundamentação para a adoção de medidas restritivas da cidade.

“O decreto é feito em cima dos serviços essenciais. Eles são a prioridade. Mas também olhamos com cautela a questão da coletividade. No início de abril, o número de óbitos começou a crescer, e veio o decreto do governador, que acarretou no lockdown de Niterói e do Rio. Logo em seguida, alguns municípios começaram a acompanhar a decisão. Em Rio Bonito, também fiz as minhas restrições, um pouco menos rígidas, porque entendo que a economia pode mexer com o emocional das famílias. A prioridade é a vida, mas também devemos acompanhar outras questões como o desemprego” – argumentou.

O prefeito se reuniu com representantes das escolas privadas da cidade, e um assunto que chamou atenção no prefeito foi a saúde mental, não só dos funcionários, mas dos pais e alunos que estão em casa há tanto tempo. “O que eu tenho visto é que as crianças estão tendo dificuldade de relacionamento, porque estão sem o convívio social. Elas precisam se exercitar. Poer isso eu acho que deve haver a volta, mas com cautela, seguindo os protocolos” – fisou.

Explicando que, no dia 4 de janeiro, a cidade de Rio Bonito entrou na bandeira roxa, que significa restrição total, Leandro Peixe disse ser contrário ao lockdown, em razão de ser comerciante e saber o que isso representa para a economia. Mas ele vê no turismo uma ferramenta de retomada para Rio Bonito. “Nossa tendência, em Rio Bonito, é buscar novas receitas através do turismo”, disse, ressaltando que vem apresentando demandas nesse sentido à secretaria municipal de turismo.

O chefe do executivo de Rio Bonito vem mantendo entendimentos com representantes dos setores econômicos desde que assumiu a prefeitura. “Esses encontros são muito importantes, porque a gente passa para eles a realidade. E estamos ouvindo as classes. Nunca houve um governo que escutasse eles. Esse é um governo do povo. Nós queremos essa representatividade porque o povo quis mudança e fomos eleitos por isso”, destacou.

Desde ontem, Rio Bonito permitiu a retomada do funcionamento de academias, centros de ginástica, escolas de esportes e estabelecimentos similares, com limitação de em 40% da capacidade instalada, devendo ser incentivada aos usuários a sanitização de equipamentos de uso coletivo após a utilização.

O objetivo do prefeito é disciplinar a retomada gradual do comércio, considerando a necessidade de equilíbrio entre economia e saúde pública.

LEANDRO PEIXE vem tentando equilibrar saúde e economia em Rio Bonito ouvindo as classes

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SÃO GONÇALO INICIA VACINAÇÃO CONTRA GRIPE NA PRÓXIMA SEMANA

A vacinação contra a gripe em São Gonçalo começa na próxima segunda-feira (19), e segue até o dia 9 de julho. A 23ª Campanha Nacional contra a Influenza 2021 será dividida em três fases, começando pelas crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pósparto), povos indígenas e trabalhadores da saúde da próxima segunda-feira até o dia 10 de maio. Ao todo, 67 unidades de saúde vão imunizar contra a gripe.

Todas as salas de vacinação de rotina aplicarão a vacina nos grupos prioritários, exceto os pontos que aplicam a vacina da Covid-19 para evitar aglomerações e aumento de sobrecarga no serviço de saúde.

A primeira fase (19/04 a 10/05) será para crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias pósparto), povos indígenas e trabalhadores da saúde. A segunda fase contemplará, de 11 de maio a 8 de junho, idosos e professores. E a terceira fase vai acontecer de 09 de junho a 09 de julho, para quem tem comorbidades, pessoas com deficiência permanente; adolescentes e jovens em medidas sócio-educativas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, forças armadas e forças de segurança e salvamento, trabalhadores portuários, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, rodoviário urbano e de longo curso.

Para se vacinar, é preciso apresentar a carteira de vacinação (adulto e criança), identidade ou certidão de nascimento, cartão do SUS ou CPF e comprovante de residência.

GRIPE COMUM terá vacinação dividida em três fases

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