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CAIXA BATE RECORDE NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO

A Caixa Econômica Federal anunciou ontem um resultado recorde nas contratações do crédito imobiliário no primeiro semestre deste ano. De acordo com o banco, foram R$ 65,4 bilhões em concessões, um crescimento maior que 36% na comparação com o mesmo período de 2020.

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Com o resultado, a carteira de crédito habitacional da Caixa alcançou o volume de R$ 528,9 bilhões, um crescimento de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O banco segue como o maior financiador da casa própria no país, com 67,7% de participação no mercado, com estoque de 5,76 milhões de contratos, crescimento de 5,5% em relação ao primeiro semestre de 2020.

O mês de junho apresentou o maior valor já registrado pelo banco em um único mês, com R$ 13,1 bilhões contratados. As contratações com recursos da poupança somaram R$ 7,8 bilhões no período, crescimento de 67,4% em comparação ao registrado em junho de 2020 e de 500,2% com relação a junho de 2018.

No primeiro semestre de 2021, foram contratados com recursos da poupança R$ 37,4 bilhões, crescimento de 103,4% na comparação com o mesmo período de 2020. Já com relação ao ano de 2018, o crescimento foi de 719,6% no período.

De acordo com a Caixa, várias medidas contribuíram para os resultados alcançados no período, entre elas a intensificação da jornada digital do financiamento e a criação de novos produtos. A linha de crédito Poupança Caixa, vigente desde março de 2021, representou aproximadamente 40% das contratações em junho.

Segundo o banco, também foram disponibilizadas opções para que as famílias possam ter a possibilidade de se reorganizarem financeiramente em caso de dificuldades para pagar as prestações do financiamento habitacional. Entre as medidas, está disponível a redução de 25% a 75% do valor da prestação, de acordo com a comprovação e perda de renda dos clientes.

VELHO NEPOTISMO

Nesta reforma política, o fato novo é a demonstração da necessidade de e pôr fim ao nepotismo senatorial, vigente a permissão dos candidatos à Câmara de apresentarem como seus dois suplentes, parentes diretos.

Já temos casos de dois irmãos, incluídos na mesma chapa, estarem exercendo o mandato senatorial.

O eleitor não sabe, ao menos, os nomes dos “candidatos” a suplentes. Na atual legislatura já faleceram quatro senadores.

Também é inaceitável o mandato de oito anos com direito à seguidas reeleições. na ânsia da liberdade de circulação e produção. A terra de Joe Bioden está sendo obrigada a voltar atrás na decisão anterior permitindo aos vacinados dispensarem, por exemplo, o uso de máscaras.

OTIMISMO COM NÚMEROS NÃO TRADUZ A REALIDADE DA PANDEMIA

Mais importante que a notícia é a sua interpretação. A indicação de dois ou apenas três estados ainda com registros de alta, muitos no nível de queda e a maioria em situação de estabilidade, junto com os indicadores de uma sequência de redução na média móvel de óbitos a cada dia, são geradores de um quadro de otimismo diante da pandemia, o que é o induzimento a um erro coletivo.

Também as informações numéricas com relação à aplicação das doses quando geram um otimismo prejudicial à consciência coletiva de autoproteção, com rigor em atitudes para conter a expansão das infecções. Também reduz a necessidade de ações solidárias ante a falsa de que tudo está correndo bem.

Em alguns países bem avançados em suas ações preventivas, como nos EUA, governos estão voltando atrás

NEM A METADE DA METADE

Por aqui estamos nos vangloriando de saber da permanente chegada de vacinas importadas e estarmos perto de alcançar a marca de 100 milhões de brasileiros beneficiados com a primeira dose.

Em letras bem claras, a notícia deixa claro que não chegamos à metade da população e a reafirmação de que a primeira dose não é espantalho para o vírus.

Para piorar, a segunda dose não chegou, ao menos, a 20% do público-alvo. Em outras letras é de se entender como importante o avanço vacinal porque reduz a taxa de transmissão da infecção, para outras pessoas. Já estivemos na proporção de um por três e agora estamos abaixo de 1\1.

Para chegarmos à metade da imunização precisamos chegar a 215 milhões vacinações na soma das duas doses. Se excluirmos os menores de 18 anos, serão 185 milhões. Este último número representa a metade do público-alvo para as duas doses.

MÉDIA DE ÓBITOS É ALTA

O declínio da média móvel é uma apresentação otimista. Num dia com a ocorrência de 1.320 óbitos, o indicador da média móvel registrava 1.086. No anterior foram 587 óbitos e média móvel estava em 1.101.

Entre os dias 21 e 27 o Brasil registrou 7.704 óbitos e os dados registrados no domingo e na segunda-feira passados foram animadores: 499 e 587, mas na terça deu um alto para 1.320.

Os números registrados não correspondem exatamente à data da ocorrência, mas do dia em que foram lançados os dados nos mapas.

Os números foram mais elevados nos 20 primeiros dias de junho, data do início do inverno, que no ano passado começou com 32 mil óbitos e decaiu nos meses seguintes

O AMOR DE CIRO

Não estamos falando do amor à causa pública mas da dedicação às questões íntimas.

O agora ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, perdeu o seu destaque como membro da CPI da Pandemia, mas conserva o novo mandato de oito anos como senador pelo Piauí.

A sua cadeira agora está sendo ocupada pela sua bondosa mãe, a empresária Eliane, que só não substituirá na cadeira de membro da CPI da Pandemia.

Ela nunca disputou um cargo público e não vai vigiar um governo do qual faz parte o seu boníssimo filho, de 52 anos de idade e com 26 anos de mandatos parlamentares seguidos.

REGINA BIENENSTEIN FALA DOS DESAFIOS DE ATUAR NA CÂMARA DE NITERÓI POR 60 DIAS

Futura vereadora substiturá Paulo Eduardo Gomes, afastado após crime de homofobia

Divulgação

Assim que a Câmara Municipal de Niterói voltar com os trabalhos após o recesso parlamentar do meio de ano, a partir do próximo dia 2, um novo rosto vai ocupar uma das 21 cadeiras. Trata-se da arquiteta Regina Bienenstein, de 77 anos. Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, ela também participou da criação e atualmente é a coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos da Universidade Federal Fluminense (NEPHU/UFF).

Filiada ao Psol, ela teve 2053 votos na eleição de 2020 e disse que já estava preparada para “assumir a qualquer momento” uma vaga na Câmara. Além disso, promete “honrar junto a eleitores, companheiros e companheiras de partido” a responsabilidade, mesmo em um período curto. E já definiu a luta por moradia como uma das prioridades do breve mandato.

“Não escolhemos a situação nem o momento que assumimos a vereança, nem o tempo que ficaremos na casa. Sabemos que é muito pouco tempo, mas durante toda minha vida acumulei uma história na luta pelo direito à moradia e à cidade. Temos repetidamente apontado a grande desigualdade encontrada em Niterói, tanto em termos da realidade presente nos espaços da cidade, onde encontramos mais de 40 mil moradias em assentamentos populares precarizados”, explicou Regina.

OPINIÃO

Questionada sobre o incidente envolvendo o colega de partido, a nova parlamentar não se furta em comentar a respeito do episódio. Sincera, ela classificou o ocorrido como “infeliz”, e reconhece “que não dá para não admitir que Paulo Eduardo errou”. Ao mesmo tempo, Regina se mostrou solidária à Verônica e opinou também sobre o fato ter sido praticado por alguém de um partido conhecido por defender a população LGBTQIA+.

“Pessoalmente, eu gostaria de assumir em outras condições, que não essas e que o Paulo não tivesse proferido tais palavras contra a Verônica e às mulheres, LBGTs e negres que se sentiram atingidos indiretamente por suas palavras. Mas temos o dever de nos educar coletivamente a não reproduzir as opressões que queremos destruir”, opinou Regina.

Comissões - Além de ocupar a cadeira na Câmara, Regina também assumirá a vice-presidência na Comissão Permanente de Saúde e Bem-Estar Social e será integrante da Comissão Permanen-

CONVERSA COM CAL

Embora ela ainda não tenha tido uma conversa com o presidente da Câmara, vereador Milton Cal (PP), a futura vereadora declarou já conhecêlo e, principalmente, o que pretende discutir quando se reunir com ele. A transformação do famoso “Prédio da Caixa” em uma moradia popular.

“Estamos construindo um Plano Popular, uma proposta que transforma esse edifício em um modelo de habitação de baixa renda no centro da cidade. Estamos tentando convencer Milton Cal que isso é possível. Essa proposta irá atender a um direito dos moradores que foram de lá brutalmente despejados, em 2018, e até hoje não conseguiram uma solução definitiva de moradia”, explica a arquiteta, que citou o falecimento de uma das moradoras, a dona Suely, vítima de uma pneumonia por não conseguir vaga em um abrigo. te de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento. Em ambas as comissões ela pretende, segundo a parlamentar, dar sequência ao trabalho que o colega vinha fazendo. E destacou o que pretende fazer nos 60 dias que estiver como vereadora.

“Estamos organizando uma sequência de requerimentos ao Executivo Municipal para determinar como a pandemia impactou na nossa cidade. Nossa desconfiança é que ela impactou de forma desigual e como vem acontecendo há muitas décadas no Brasil, os pobres já começaram a pagar a conta. São eles que entram no desemprego e voltam para a faixa da fome. A Comissão tem o papel mostrar as consequências da pandemia”, explica.

A respeito da participação na Comissão de Orçamento, a arquiteta declarou que a Câmara precisa ter mais “responsabilidade fiscal, ou seja, que tenha responsabilidade social” para enfrentar problemas como “saneamento urbano especialmente nas áreas populares, produção habitacional, ampliação da rede saúde e educação, entre outros”.

O futuro de PEG - O que será do vereador Paulo Eduardo Gomes ainda é um ponto de interrogação. A Comissão de Ética da Câmara ainda não analisou qual ação tomar por causa do recesso parlamentar. Apenas com a volta dos trabalhos é que deve acontecer um debate sobre o assunto.

Em contato feito por A Tribuna, a 76ª Delegacia de Polícia, localizada no Centro, ao lado da Câmara, e responsável pelo registro da ocorrência feita por Verônica Lima, informou que ouviu o depoimento de Paulo Eduardo Gomes e que irá encaminhar o inquérito para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).

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