FACULDADE SENAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSOS PARA CAPACITAR DOCENTE NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS VOLTADOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EAD
Recife 2009
AUDREY REJANE GOMES CARNEIRO
CURSOS PARA CAPACITA DOCENTES NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS VOLTADOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EAD
Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de Pós-graduação em Educação á distância – SENAC/PE- Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial
como requisito ao titulo de
Especialista em Educação à Distância, sob a orientação da Mestra Renilze de Barros Albuquerque dos Santos Ferreira.
Recife 2009
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CURSOS PARA CAPACITAR DOCENTES NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS VOLTADOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EAD
AUDREY REJANE GOMES CARNEIRO
Aprovada em: ___/ 12 / 2009
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________ Renilze de Barros Albuquerque dos Santos Ferreira. Orientadora do SENAC / PE
__________________________________________________________ Flávio Ricardo Dias de Souza – Examinador do SENAC / PE
__________________________________________________________ Iracleide Araújo da Silva Lopes - Examinadora do SENAC / PE Coordenadora Pedagógica da UEAD SENAC / PE.
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DECLARAÇÃO DE TUTORIA
Eu, Audrey Rejane Gomes Carneiro, identidade n° 2803911, emitida pela Secretária de Segurança Pública – PE declaro para os devidos fins e sob as penas da lei, que o presente trabalho de conclusão de curso, sob o título: Capacitação de docentes em competências e habilidades pedagógicas no uso da TICs para apoio da aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais, e alunos com baixo rendimento escolar, é de minha exclusiva autoria, estando o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), autorizado a divulgá-lo, mantendo cópia em biblioteca, sem ônus referentes a direitos autorais, por se tratar de exigência parcial para certificação no curso de especialização em educação à distância.
Recife, 16 de dezembro de 2009.
___________________________________________________________ AUDREY REJANE GOMES CARNEIRO
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AGRADECIMENTOS
À minha orientadora: Renilze de Barros Albuquerque dos Santos Ferreira. Aos tutores: Sandra Helena Pereira Rodrigues,Flávio Ricardo Dias de Souza e Ivanildo Alves Lopes Pereira Á equipe técnica: Iracleide de Araujo Silva Lopes ( Coordenadora) Lúcia Oliveira (Secretária do curso ) Obrigada pelas horas mal dormidas que ficaram para corrigir minhas tarefas, opiniões e trabalhos; Mesmo não concordando, leram minhas opiniões mantendo a ética; Pelas orientações e informações que só me engrandeceram e acrescentaram.
Ao meu esposo: SEBASTIAN ARAÚJO Pela paciência e cooperação em todos os momentos do curso.
ENFIM A TODOS...
"Gratidão é uma sensação tão agradável... Cresce onde sementinhas são lançadas, floresce sob o sol. De um coração caloroso e bom, cresce mais quando é cuidada. Quase todos temos motivos para a gratidão, quando pessoas em nossas vidas têm tempo para partilhar e nos fazer saber por bons atos que nós estamos em seus pensamentos e que elas se importam.”
Ofereço a DEUS mais uma conquista O qual agradeço todos os dias, porque sei que seus planos não são meus planos, mas é para o meu bem, e seus desígnios só compreendidos por aqueles que O amam e são fiéis a Ele.
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SUMÁRIO
RESUMO ABSTRACT LISTA DAS TABELAS LISTA DE SIGLA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................
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2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................
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3. OBJETIVOS .....................................................................................................
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3.1. Objetivo Geral .......................................................................................
15
3.2. Objetivos Específicos ............................................................................ ...
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4. JUSTIFICATIVA .................................................................................................
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5. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................
18
5.1 Educação Ambiental .Definição.........................................................................
18
5.1.1. Educação Ambiental no Contexto Educacional - Evolução Histórica....
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5.1.2. Os instrumentos como garantia...............................................................
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5.2. Educação Ambiental nas escolas........................................................................
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5.2.1. Formação Continuada.............................................................................
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5.3. Pedagogia de projetos.........................................................................................
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5.3.1. Projetos em Educação Ambiental...............................................
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5.4. Educação à Distância ........................................................................................
27
5.4.1. Educação a Distância-Definição ..........................................................
27
5.4.2. Papel do Tutor ......................................................................................
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5.4.3 Perfil do Aluno ......................................................................................
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5.4.4 Recursos Tecnológicos ..........................................................................
31
6. METODOLOGIA ...........................................................................................
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6.1 Público Alvo........................................................................................................
33
6.2 Recursos Humanos para o trabalho.....................................................................
33
6.3 Parceria Organizacional .....................................................................................
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6.4. Recursos Tecnológicos ......................................................................................
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6.5. Material Didático ...............................................................................................
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6.6. Grade curricular .................................................................................................
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6.7. Carga Horária do Curso .....................................................................................
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6.8. Avaliação............................................................................................................
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7. RECURSOS FINANCEIROS...............................................................................
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8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ....................................................................
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9. CONCLUSÃO .....................................................................................................
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................
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ANEXO
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RESUMO
O presente projeto visa oferecer um curso cuja formação se volta para a educação ambiental, o qual será ministrado na modalidade à distância a professores de ensino médio e ensino fundamental, lotados em escolas públicas. Conscientes que o meio ambiente precisa, urgentemente, ser melhor gerenciado, considera-se a necessidade de disponibilizar instrumentos de informação que sejam adequados as decisões dessa natureza, aos professores. Os parâmetros curriculares enfatizam a educação ambiental nas escolas, mas, apenas destaca a importância da preservação e conservação do meio ambiente. No entanto, vemos a necessidade de se trabalhar com projetos que articule disciplinas, cujos educadores tenham a visão da necessidade se envolver na análise dos problemas sociais e buscar contribuir com soluções práticas, de forma urgente e incisiva. Portanto, este trabalho, visa oferecer subsídios à educadores para uma ação prática cidadã voltada ao meio ambiente.
Palavras chaves: Meio Ambiente, Formação de Professores, Projeto, EAD
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ABSTRACT
This project aims to provide a training course with turns to environmental education, which will be offered in distance mode to high school teachers and elementary school, crowded public schools. Aware that the environment needs to urgently be better managed, it is the need to provide information tools that are appropriate for such decisions, to teachers. The curriculum guidelines emphasize environmental education in schools, but only highlights the importance of preservation and conservation of the environment. However, we see the need to work with projects encompassing disciplines, whose teachers have the vision of the need to engage in the analysis of social problems and seek practical solutions to contribute, on an urgent and incisive. Therefore, this work aims to provide grants to educators for a practical citizen
Key
action
words:
focused
Environment,
on
Teacher
the
Training
environment.
Project,
EAD
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ÍNDICE DE TABELA
TABELA 1 - UNIDADES DE TRABALHO.......................................................
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TABELA 2 - EQUIPE TÉCNICA.........................................................................
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TABELA 3 - RECURSOS DIDÁTICOS............................................................
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ÍNDICE DE SIGLAS
EA - Educação Ambiental ECO - Ecologia IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IBDF- Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal ONU - Organização das Nações Unidas MEC - Ministério de Educação e Cultura. PC - Computadores Pessoais PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais SEMA- Secretaria do Meio Ambiente SUDEHVEA - Superintendência do Desenvolvimento da Borracha TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação
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1. INTRODUÇÃO
O meio ambiente tem sido tema de grandes discussões mundiais. A necessidade do mundo em resgatar o que foi perdido, pela inconseqüência humana, requer pressa. Nota-se que a mídia, as instituições, os aparelhos ideológicos estão dispostos a cooperar na recuperação e conservação do que resta da natureza. Entretanto a degradação ainda é uma constante e necessita de informações adequadas e emergentes para evitar maiores catástrofes. Um dos meios para se amenizar esta situação apontamos o investimento na educação. Sendo assim, os professores podem tornar-se instrumentos de disseminação de ações e mobilizações na preservação do nosso planeta. No entanto, tais profissionais necessitam capacitações neste sentido. Portanto, faz-se necessário que se ofereça cursos subsidiando tais profissionais para lhes dar respaldos nesta área tão necessária e urgente, a fim que sejam capacitados e tenham condições de promover inovações educativas para tomadas de decisões quanto ao desenvolvimento e à preservação do meio ambiente. Na área educacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem discursos sobre o Meio Ambiente. No entanto, os temas transversais apontam outras discussões, contempladas nas disciplinas que se inserem na postura de interdisciplinaridade, todavia seus discursos não apresentam posturas uniformes uma vez que é necessário respeitar sua individualidade. Um trabalho adequado para o meio ambiente contempla discursos que perpassem da abordagem social à natural, passa pelos elementos transformados pelas sociedades e inclui a ética pessoal, visto que o ambiente encontra-se intrinsecamente conectado às múltiplas manifestações da vida, assim como, todo universo simbólico contribui para um despertar de identidade, enraizado pela trajetória humana que vislumbrou a civilização, mas que também testemunhou barbáries. Sendo assim, requer que se tenha uma visão integradora do processo educativo, e que diante de um projeto envolva toda a escola numa ação conjunta, nesta área tão necessária. O desenvolvimento dessa consciência é necessário e fundamental para ecologizar a cultura, mudar comportamentos e construir uma sociedade mais bem integrada à natureza.
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Embora aja críticas sobre a inclusão do tema “meio ambiente” como um dos temas transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), conforme citamos acima, se evidencie sua implementação como política pública pelo MEC do Programa Parâmetros em Ação – Meio Ambiente na Escola (MEC, 2001), e seja enfatizada recomendações do texto da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 quanto à Política Nacional da Educação Ambiental (EA), ainda assim nos levam a refletir os desafios que perpassam às Universidades na formação inicial e continuada de educadores para o processo de incorporação da Dimensão Ambiental (GUIMARÃES, 2000) e, com ela, da Educação Ambiental (EA), nos currículos do Ensino Fundamental e Médio e nas Universidades. No campo da EA brasileira, até pouco tempo pairava certa confusão sobre: sua base conceitual (PEDRINI, 1997), os rumos do processo de formação de professores (as) em EA, as dimensões e desafios da mesma, e os seus limites e possibilidades para transformação da nossa sociedade e de nossa cultura. Esse rumo vem sendo corrigido com trabalhos recentes de coletâneas na área, como as de: Noal e Reigota (1998), Santos e Sato (2001), Ruscheinsky e Pedrini (2002), dentre outros, e de boas traduções (apud, LEFF, 2001). Além disso, a base epistemológica da EA vem se consolidando ancorada em aspectos de teorias, como da elaboração de conceitos e dos mapas conceituais (AUSUBEL, 1968); da construção do conhecimento e da cooperação (PIAGET, 1997), (VYGOTSKY, 1989). Inclusive, as das representações sociais (MOSCOVICI, 1978), utilizadas como base em uma série de pesquisas sobre EA e percepção ambiental (MAROTI, 1997; SANTOS et al., 2000), e de representações de meio ambiente. Segundo Reigota (1995) (et AL, SAUVÉ, 2000), e Sato (2002), cada indivíduo e grupo social que interage com os ambientes naturais, têm uma visão diferenciada do significado do termo “meio ambiente”, e também como percebem a problemática ambiental. Estas representações influem e determinam as práticas sociais e também dos docentes, em relação à EA e às questões ambientais das áreas em que vivem. Nesse contexto da globalização, no qual estamos inseridos, o professor de educação ambiental necessita buscar e desenvolver reflexões sobre a prática do dia-a-dia, discutindo, argumentando, construindo coletivamente o saber científico e, no espaço escolar, superar conflitos.
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As investidas com projetos têm facilitado a participação não só dos alunos, mas interdisciplinaridade, nesse caso, a educação ambiental consegue fazer uma ponte com todas as disciplinas, tornando-a mais interessante. Portanto, uma capacitação dos professores neste sentido, pode oferecer condições para que atuem com maiores competências, nesta área. Mas, como capacitar-se se estão envolvidos no trabalho? De que formas poderiam obter subsídios para um trabalho consistente na EA, se não possuem tempo para se deslocarem para as faculdades e/ou fazerem cursos de capacitação neste sentido? A Educação à Distância (EAD) tem dado oportunidades para profissionais realizarem e especializar-se em diversos cursos, visto que hoje a EAD se faz através do acesso da Internet, que diante de seus recursos permite o flexibilizar o tempo e a distância. Portanto, uma formação na modalidade a distância pode ser adequada para esta capacitação. Vale ressaltar que, estamos em uma era tecnológica, de política de inclusão digital, e que o município e o estado tem implantado seus espaços educacionais, com “laboratórios de informática” possuindo, no mínimo, computadores pessoais (PC), nos quais há como se realizar atividades com 2 alunos por PC. Os mesmos a usam para uma horinha de Internet ou pesquisas corriqueiros, sem muito direcionamento, inclusive, muitos professores assumem tal postura. Aproveitando que os docentes já dispõem de laboratórios nas escolas e, utilizam note book doado pelo governo, torna-se possível aplicar um curso à distância no qual, juntos, possamos construir projetos ambientais que possam ser utilizados em sala de aula e aplicável no âmbito social. Portanto, a possibilidade de curso a distância se faz viável a muitos educadores. Inclusive, muitos profissionais, em todas as áreas, por falta de tempo para participar de um curso presencial, tem procurado se capacitar nesta modalidade de ensino. Nesta perspectiva, direcionamos o projeto visando capacitar professores para atividades pedagógicas voltadas para o meio ambiente.
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2. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
A temática ambiental está presente no conteúdo Geográfico, logo, não se representa como um assunto novo, porém, inclui-se conteúdos que devem ser abordados pelas diversas áreas e explorados de diferentes formas, como são apresentados nos PCNs e nos documentos dos Parâmetros em Ação. Mas, questionamos se os professores, atualmente: - Estão capacitados para um trabalho direcionado a explorar os conteúdos Geográficoambiental, no contexto educativo? - Possuem uma visão da importância de um trabalho estruturado para desenvolver nesta temática, no cotidiano escolar, envolvendo todos os professores da escola? - Podem ser capacitados para usar, adequadamente, neste processo do EA? De que forma? Na perspectiva de atender profissionais que trabalhem na educação, na área de Geografia e Meio Ambiente ou áreas afins, oferecendo subsídios nesta área para um trabalho mais atualizado, sugerimos um curso de curta duração, na modalidade a distância (EAD), um trabalho mais dinâmico visando esclarecer, acrescentar, sugerir e construir atividades coerentes e coesas com as necessidades sociais, e as insiram no planejamento das aulas, visando proporcionar aulas mais produtivas na prática educativa. Aproveitando o ensejo para a pedagogia de projetos utilizada nas redes públicas, propõe-se um trabalho de construção ambiental integrando as diversas áreas, a fim de embasar a mesma, partindo de estudos locais, como as comunidades em que residem os alunos e professores. Com tal intenção, propomos os objetivos gerais e específicos, identificados a seguir.
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3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral: Implantar o projeto habilitando professores das redes de ensino municipal e estadual, para o trabalho com o tema Educação Geográfico-ambiental com atividades teóricas e práticas, direcionadas à construção do conhecimento dos alunos ao ambiente escolar, em curso ofertado na modalidade a distância.
3.2. Objetivos Específicos: - Despertar, nos professores, a visão mais ampliada para o trabalho do estudo Geográficoambiental, fundamentando-os teoricamente; - Capacitar os professores para elaborar projetos e desenvolver atividades que possam trazer contribuições benéficas para o meio ambiente. - Contribuir para habilitar professores ao pleno exercício da sua cidadania; - Oportunizar o uso e o acesso das ferramentas tecnológicas, à população de baixa renda, como instrumento educacional para o acesso e produção do conhecimento; - Contribuir para a qualificação profissional em nível de formação continuada; - Integrar grupos de educadores visando um desempenho profissional e maior no crescimento pessoal; - Oferecer subsídios para que os professores, em formação, possam apoiar os jovens de comunidades de baixa renda, habilitando-os para cumprir seu papel essencial na criação de sociedades sustentáveis; - Defender o direito a todas as pessoas de receber informação clara e oportuna, sobre assuntos geográficos e ambientais.
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4. JUSTIFICATIVA
Diante da necessidade social para se desenvolver trabalhos pedagógicos voltados à área do meio ambiente, reconhecendo o poder que possui o papel educativo, consciente de nossa responsabilidade e competência nesta área, sugerimos a capacitar professores para desenvolver habilidades específicas na criação de projetos pedagógicos, direcionados à questão geográfico-ambiental, a fim de desenvolver de forma prática e propiciar um sistema ecológico mais equilibrado. A temática ambiental já está presente no conteúdo Geográfico, não representando um assunto novo, porém, inclui conteúdos que não são abordados pelas diversas áreas, e esses, são explorados de diferentes formas nos PCNs e nos documentos dos Parâmetros em Ação, contemplado como temas transversais. Os temas transversais têm como propósito aproximar o conhecimento escolar, e escola como um todo, da realidade social e das comunidades. Tratando de questões que importam ao cotidiano do aluno e, estimulando professores das várias áreas de conhecimento a fim de que se envolvam com questões da vida. Entre esses temas, o meio ambiente se destaca por sua importância social e pela pressão exercida pelos movimentos sociais organizados, mas meio ambiente não pode ser estudado sem considerar os aspectos geográficos. Com o número reduzido de equipamentos e uma sala minúscula, professores do ensino fundamental e médio tentam adequar suas disciplinas em forma de projetos, a fim de tornar significativo o ambiente oferecido. O grande problema é como fazer isso, de forma que torne significativo o conteúdo trabalhado. Na perspectiva de atender aos profissionais da área de Geografia e Meio Ambiente ou áreas a fim, propomos oferecer um curso de curta duração, na modalidade a distância, que instrumentalize-se professores, com argumentos teóricos, para que tenham condições de sugerir e construir atividades impactantes nesta área, a fim de suas aulas sejam mais produtivas na prática educativa. Atualmente, um profissional que se acomoda diante dos conhecimentos adquiridos apenas na sua formação inicial, pode tornar-se obsoleto. Se o profissional não se atualizar em
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decorrência das exigências de mercado, se ele não for em busca de atualizações, poderá tornar-se marginalizado, socialmente e profissionalmente. Mas, como os professores poderão capacitar-se para explorar os conteúdos Geográfico-ambientais, se seu tempo é reduzido para tal capacitação? Neste sentido, a oferta de curso a distância para capacitar professores apresenta-se como uma solução necessária e fundamental.
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5. REFERÊNCIAL TEÓRICO
5.1. Educação Ambiental:Definição
A emergência de um conjunto de práticas educativas nomeadas, genericamente, como Educação Ambiental (EA), bem como a identidade de um profissional a ela associada - o educador ambiental - são desdobramentos que podem ser entendidos como parte dos movimentos de estruturação de um campo sócio-cultural. A EA, nesse sentido, enquanto uma pedagogia cultural está profundamente marcada pelos limites e possibilidades de uma cultura ambiental que vem se produzindo desde a década de 1970, com crescente legitimação na esfera pública. Para muitos, erroneamente, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais, etc. Dentro deste enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter basicamente naturalista. No entanto, atualmente, a perspectiva de se trabalhar Educação Ambiental direcionase para um caráter mais realista, embasado na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vista à construção de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso (pensamento positivista). Neste contexto, a Educação Ambiental é ferramenta de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o próprio "desenvolvimento" o causador de tantos danos sócio-ambientais). A definição oficial de educação ambiental, do Ministério do Meio Ambiente: “Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros” (REVISTA EDUCAÇÃO, 2008, p.39). De acordo com o conceito de educação ambiental definido pela comissão interministerial na preparação da ECO-92: "A educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-econômica, política, cultural e histórica, não podendo se 18
basear em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e estágios de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente. Faz-se necessário “interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade, no presente e no futuro" (in, LEÃO; SILVA, 1995). A educação e conscientização das gerações: presente e futura possui um valor indiscutível no processo de mudança de atitude, criando novas alternativas aos problemas trazidos pelo nosso estilo de vida. Do ponto de vista da cultura política, tratava-se de estimular formas de auto-organização da sociedade e, sobretudo, das camadas populares, criando o sentimento e a prática da cidadania participativa.
5.1.1. Educação Ambiental no contexto educacional - Evolução Histórica Devido as reuniões e encontros realizados com a preocupação ambiental passou-se a modificar o programa educacional em resposta as preocupações iminentes. Já na conferência de Estocolmo difundem caráter educativo sobre a necessidade de proteger o ambiente descritos no princípios 18 e 19 na declaração de Estocolmo em 1972: Princípio 18 - Como parte de sua contribuição ao desenvolvimento econômico e social, devem ser utilizadas a ciência e a tecnologia para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio ambiente, para solucionar os problemas ambientais e para o bem comum da humanidade. Princípio 19 - É indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, visando tanto às gerações jovens como os adultos, dispensando a devida atenção ao setor das populações menos privilegiadas, para assentar as bases de uma opinião pública, bem informada e de uma conduta responsável dos indivíduos, das empresas e das comunidades, inspirada no sentido de sua responsabilidade, relativamente à proteção e melhoramento do meio ambiente, em toda a sua dimensão humana.
Em 1975 a CARTA DE BELGRADO demonstra através das finalidades de suas ações “melhorar todas as relações ecológicas, envolvendo as relações de cada ser humano com seu semelhante”, considerando como objetivos principais: 19
1. Cada nação deve definir, segundo a sua cultura e para seu uso próprio. o significado de conceitos de base, tais como a “qualidade de vida” e a “felicidade humana” no contexto do ambiente global. precisando e apreciando estas noções, tal como se exprimem noutras culturas, tora das fronteiras nacionais. 2. Determinar as medidas que garantirão a preservação e o melhoramento do potencial humano, que desenvolverão o bem-estar social e individual em harmonia com o ambiente biofísico e com o ambiente criado pelo homem.
Na Conferência de TBILISI em 1977 foi marcada por ser a primeira sobre educação ambiental onde 66 membros e observadores e dois não membros, retratando o importante papel da educação ambiental na preservação e conservação do meio ambiente. Dentre os tópicos debatidos a Conferência constituiu um quadro de princípios e diretrizes para educação ambiental em todos os níveis. Na recomendação de n° 2 cita-se que “A educação ambiental é o resultado da reorientação e articulação de diferentes disciplinas e experiências educacionais que facilitam uma percepção integrada dos problemas do meio ambiente, possibilitando ações mais racional, capaz de satisfazer as necessidades sociais a serem tomadas”. Em 27 de agosto de 1987 o Congresso Internacional Moscou significou o fortalecimento do que houve na conferência de Tbilisi colocando os problemas ambientais em diferentes níveis comunitários, nacional, regional e internacional. O documento aborda nove seções, correspondendo cada uma a um aspecto importante da educação e da formação ambiental: “acesso a informação; investigação e experimentação; programas educacionais e materiais didáticos;formação de pessoal;ensino técnico e profissionalizante; educação e informação do público; formação de especialistas e cooperação internacional e regional”.
Na década atual vivenciamos um clima de valorização da cultura ambiental, incrementada com a realização da Conferência da ONU sobre Meio ambiente e desenvolvimento, em 1992 (ECO-92), no Rio de Janeiro.
No Fórum Global, evento da sociedade civil, paralelo à Conferência dos Governos no ECO-92, foi elaborado e firmado o Tratado Internacional de EA. Neste mesmo contexto, a inclusão da EA tornou-se item necessário em documentos internacionais, como a Agenda 21, nos grandes projetos de desenvolvimento firmados entre governos e Bancos Multilaterais. 20
No Brasil a educação ambiental iniciou-se com a criação da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) em 1973, antes ligada ao ministério denominado de Interior. Em 1989 Cria-se o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) fusão de outros órgãos
SUDEPE
(Superintendência
do
Desenvolvimento
da
Pesca)
SUDEHVEA
(Superintendência do Desenvolvimento da Borracha) e IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal). Tudo isso alavancou a formulação de políticas públicas nacionais. No caso brasileiro, a preocupação ambiental foi incluída como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1997, e em 2002 foi regulamentada a Lei que cria a Política Nacional de EA.
5.1.2. Os Instrumentos como garantia Após definir o direito ao meio ambiente como direito fundamental, a constituição de 1988 , no artigo 225,§, 1º VI a educação ambiental vem somar esforços e ocupar um espaço protagonista na construção de um novo palco de vida. “Art 225-Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. § 1º-Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;”
Na Política Nacional de Educação Ambiental, a Lei - 009. 795-1999, Capítulo I da Educação Ambiental, apresenta: Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art. 2º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e nãoformal. Art. 3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;
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Neste sentido, faz-se necessário que todos estejam empenhados no objetivo de mobilização da educação ambiental.
5.2 A Educação Ambiental nas escolas Diversos autores figuram vários princípios que regem as práticas ambientais, porém todos contemplam um mesmo objetivo, o de incluir nos educando as idéias pertinentes ao desenvolvimento visando sempre à preservação e conservação. Segundo Ruy (2004) , tais princípios devem incluir ações visando educar as comunidades procurando sensibilizá-las para as questões ambientais e mobilizá-las para a modificação de atitudes nocivas e a apropriação de posturas benéficas ao equilíbrio ambiental. Entretanto Dias (2000) comenta que a educação ambiental na escola deve: ter como objetivos: a sensibilização e a conscientização; buscar mudanças comportamentais; formar cidadãos atuantes; e principalmente, sensibilizar o professor, que é o principal agente promotor da educação ambiental. Por sua vez, Candiani (2004) ratifica que a educação ambiental pode proporcionar às pessoas a compreensão da natureza complexa do meio ambiente, ou seja, leva todos à percepção das interações entre os aspectos físicos e socioculturais. A educação ambiental pelas conferências e leis colocadas sobre os governos de acordo com Candiani (2004), correu o risco de tornar-se obrigatória, porém os profissionais da área evitaram que torna-se algo fútil, pedagogicamente, evitando que perdesse seu potencial crítico a respeito dos questionamentos críticos das relações homem-natureza. A educação ambiental como disciplina integradora nos diversos segmentos educacionais, vem a ser um enriquecedor exercício a ser realizado, de maneira transversal, na perspectiva interdisciplinar, juntamente com as outras disciplinas clássicas do enfoque curricular atual.
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5.2.1 Formação continuada Segundo Carvalho (2006, p. 7), “a formação/capacitação dos professores se apresenta como uma das dificuldades para se alcançar maior sucesso com os projetos de educação ambiental na educação formal”. Inclusive, segundo Carvalho (2006, p. 8), existe uma grande dificuldade em relação aos professores, no sentido de se: “incorporar ao seu conteúdo curricular as questões ambientais. Mesmo reconhecendo a importância do tema, os professores não se sentem seguros em trabalhar com conteúdos fora de suas especialidades, atribuindo-se essa tarefa aos professores de Geografia e Ciências”. Para Coimbra (2005, p. 3) uma das ferramentas é a abordagem interdisciplinar, ele argumenta que a mesma pode “superar a fragmentação do conhecimento. Entretanto, esse é um importante viés a ser perseguido pelos educadores ambientais, onde se permite, pela compreensão mais globalizada do ambiente, trabalhar a interação em equilíbrio dos seres humanos com a natureza”. Estamos conscientes que a Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.
5.3. Pedagogia de Projetos A Pedagogia de Projetos começou a ser conhecida no Brasil, a partir da divulgação do movimento conhecido como "Escola Nova", contrapondo-se aos princípios e métodos da escola tradicional. Esse movimento foi resultado de pesquisas de grandes educadores europeus como Montessori, Decroly, Claparède, Ferrière e outros, e teve, na América do Norte, dois grandes representantes: John Dewey e seu discípulo, William Kilpatrick. Foram estes americanos que criaram o "Método de Projetos" e suas propostas pedagógicas foram introduzidas e disseminadas no Brasil principalmente por Anísio Teixeira e Lourenço Filho (Duarte, 1971).
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Surgiu da necessidade de desenvolver uma metodologia de trabalho pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo de ensino e de aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho. Vale ressaltar a seguinte frase: "O mundo é um mosaico de pontos de vista. Aprendemos muito com os pontos de vista dos outros, e perder nem que seja um pedaço desse mosaico é uma perda para todos nós”1 (CRYSTAL, 2004, p.69). Acrescenta-se a essa metodologia uma reflexão sobre a realidade social, orientando os projetos de trabalho para uma reflexão sobre as condições de vida da comunidade que o grupo faz parte, analisando-as em relação a um contexto sócio-político maior e elaborando propostas de intervenção que visem a transformação social (FREIRE, 1997). A concepção de projetos escolares está, normalmente, associada à idéia de interdisciplinaridade,
um
conceito
polissêmico.
Ressaltamos
duas
acepções
de
interdisciplinaridade: a primeira, a interação entre duas ou mais disciplinas que se caracteriza “pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas” (Japiassu, 1976, p.74) e a de Fazenda (1979, p. 39) que contempla: “Uma relação de reciprocidade, de mutualidade ou, melhor dizendo, um regime de co-propriedade que iria possibilitar o diálogo entre os interessados” (In VEIGA-NETO, 1994). Portanto, vemos que trabalhar com projeto no contexto de ensino é mais do que uma técnica atraente para transmissão dos conteúdos, como muitos pensam, pois tem sido proposto como uma mudança na maneira de pensar e repensar a escola e o currículo, a prática pedagógica, como vemos no texto do MEC/SEAD (1998): “Significa repensar a escola, seus tempos, seu espaço, sua forma de lidar com os conteúdos das áreas e com o mundo da informação”. A nova tendência pedagógica para um currículo integrado sugere o planejamento enfatizando o conhecimento contextual, no qual os vários assuntos são entendidos como recursos a serviço de um foco central. Uma maneira ideal de alcançar a integração é aproximar-se da chamada “aprendizagem por projetos”, que consiste em facilitar as experiências de aprendizagem ao
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envolver alunos em projetos complexos e contemporâneos, através dos quais eles desenvolvam e apliquem habilidades e conhecimentos. Como cita Kraemer (2006) Uma das formas de levar a educação ambiental à comunidade é pela ação direta do professor na sala de aula e em atividades extracurriculares. Por meio de atividades como leitura, trabalhos escolares, pesquisas e debates, os alunos poderão entender os problemas que afetam a comunidade onde vivem, a refletir e criticar as ações que desrespeitem e, muitas vezes, destroem um patrimônio que é de todos. Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver, em seus alunos, hábitos e atitudes sadios de conservação ambiental e respeito à natureza, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país (p.116).
O conceito de “Manejo Ambiental” precisa ser compreendido, o qual contempla o uso cuidadoso do meio ambiente, que assegure a continuidade dos sistemas naturais, como argumenta Deutschland (1994 b; 1995): “Está será à base do conhecimento sobre o qual deverá estar assentada a recomendação para as ações de políticas de desenvolvimento decorrentes”. Ao escolher a elaboração de um projeto é mais que uma interseção de disciplinas, é um processo de formação compreendendo, não somente, o ponto de vista do conteúdo a ser trabalhado, como também o processo de construção do conhecimento. O papel do professor é de fundamental importância no trabalho com projetos, a ele cabe orientar todas as fases dos projetos, esclarecendo dúvidas, sugerindo melhores estratégias, procurando a participação de todos, realizando sínteses integradoras. O trabalho com projetos é altamente enriquecedor para toda a escola, como ressalta Carvalho pois, vai: “Além da formulação de propostas teóricas, da aprovação de leis e da introdução de novas diretrizes curriculares e orientações didáticas nos sistemas educacionais, além da produção e distribuição de material pedagógico, é necessário que haja mais acompanhamento e maior apoio ao que acontece dentro das escolas, no espaço das salas de aula. É lá que a educação realmente acontece e, quer sejam grandes ou pequenas ações, elas são extremamente necessárias”. (CARVALHO, 2006, p. 2)
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Trabalhar com projetos não se trata de apenas uma técnica atraente para transmitir aos alunos o conteúdo das matérias, significa de fato uma mudança de postura, uma forma de repensar a prática pedagógica e as teorias lhe dão sustentação.
5.3.1 Projetos em Educação Ambiental
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. O desafio gerado por estes princípios de educação ambiental expostos, é que os educadores devem estar aptos a formar e desenvolver projetos pedagógicos diversificados e participativos que possibilitem a construção de conhecimentos, a formação de atitudes. Segundo Coimbra (2005, p. 3) a interdisciplinaridade se efetiva quando cada profissional, de modo consciente, “faz uma leitura do ambiente de acordo com o seu saber específico, contribuindo para desvendar o real e apontando para outras leituras realizadas pelos seus pares”, para isto, o autor considera a necessidade de se ter um “tema comum, extraído do cotidiano, integra e promove a interação de pessoas, áreas, disciplinas, produzindo um conhecimento mais amplo e coletivizado”. Portanto, o autor sugere que o projeto direcione ações, como: “leituras, descrições, interpretações e análises diferentes do mesmo objeto de trabalho permitem a elaboração de outro saber, que busca um entendimento e uma compreensão do ambiente por inteiro”. 26
Através da interdisciplinaridade podem-se possibilitar grandes trocas entre as disciplinas, dando suporte de informações riquíssima para o trabalho de cada disciplina. A abordagem interdisciplinar, conforme Coimbra (2005, p. 3), pretende superar a fragmentação do conhecimento. Entretanto, esse é um importante viés a ser perseguido pelos educadores ambientais, onde se permite, pela compreensão mais globalizada do ambiente, trabalhar a interação em equilíbrio dos seres humanos com a natureza. 5.4. Educação a Distância 5.4.1 Educação a Distância – definição A educação à distância além do que o próprio nome diz, permite a possibilidade de inserção social, encurtando distâncias, arrumando horários, dando chance aos “sem tempo” estarem no seu trabalho sem necessariamente ter que deixá-lo para estudar. Temos como definição da EAD como uma modalidade de ensino no Decreto Lei 5.622, de 19 de dezembro de 2007, Art. 1o, aponta o seguinte: Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Portanto, a EAD favorece à comunicação longe da escola, da universidade ou curso, facilitando o acesso ao conhecimento de uma forma bem diferente. A interligação entre professores e alunos se dá por meio das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) que diferente da presencial. Os autores Peters e Moore (2002) questionaram a distância e colocam em evidência os problemas dessa distância comentando que “a aprendizagem é importante e que não há saber sem diálogo” (s/p), nas entrelinhas ressaltaram o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), questionando se existem realmente aprendizagem. Segundo, Moore (2002) respectivamente, em sua ótica enfatiza a distância transacional que embora não seja vista, mas, sentida pelo aluno, e a psíquica, ressalta que o diálogo existe sim, basta só prestar atenção a estrutura e dar a devida importância a autonomia, e argumenta, se o professor interferir demais, perde-se o sentido da educação à distância, controlando essa interferência.
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A distância e as tarefas isoladas existem mesmo no presencial, o que afirmam as professoras Laura Coutinho e Heloisa Padilha (s/d) “quando o professor envia uma tarefa para o aluno realizar em casa, ele também está sozinho e existe uma certa distância”2. Educação a distância é educação como a presencial, todavia, com um diferencial, com mais recursos, mais atribuições e que deve assim como o presencial ser tratada com todo respeito que lhe é devido. Considerando que a educação a distância é uma forma de se fazer educação, isto é uma modalidade de ensino, vemos a abordagem de Lina Morgado (2001, p.128), que diz: [...] a aprendizagem é um processo individual, influenciado, contudo, por vários factores, entre os quais, o grupo e as interações interpessoais; estas interacções no grupo envolvem o uso da linguagem na reorganização e modificação da compreensão das estruturas pessoais de conhecimento sendo, portanto, ao mesmo tempo, um fenômeno individual e social; implica a interacção entre pares e a troca de papéis em diferentes momentos, consoante as necessidades; a aprendizagem colaborativa produz potencialmente maiores ganhos do que a aprendizagem individual, e não significa “aprender em grupo”, mas a possibilidade de o indivíduo beneficiar do apoio e da retroacção de outros indivíduos durante o seu percurso de aprendizagem
Portanto, nesta modalidade de ensino, surge um novo modelo de ensino, diante de desafios atuais, que se inserem diante das TICs, numa abordagem comunicativa. Assim, numa metodologia abrangente e dinâmica, que perpassa pela interatividade, que permite a aprendizagem. A EAD diante das TICs não é somente uma nova tendência, mas uma forma abrangente de permitir a participação do aluno e professor de forma ativa o que resulta em uma aprendizagem mais eficaz e duradoura. Segundo Lévy (1999; p.159) chama atenção não só a atuação do profissional frente às exigências de mercado como também sugere uma reforma educacional ou como ele mesmo diz novos modelos educacionais sendo reorganizados com a necessidade de cada indivíduo. Uma delas seria a aclimatação da EAD e a outra o reconhecimento das experiências
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Entrevista com Laura Coutinho e Heloisa Padilha em vídeo
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adquiridas que não podem mais ser negadas ou ignoradas. Isso se chama repensar educação, remontando todo o processo educacional a fim de atender as necessidades da sociedade. 5.4.2 Papel do tutor Na Educação a Distância (EAD), a natureza dos ambientes virtuais requer profissionais preparados para as especificidades dessa forma de fazer educação. Nesse âmbito o tutor, com o papel de professor e mediador que se preocupa em preparar o ambiente de ensino, faz presente onde acompanha o processo vivido pelo aluno. A sala de aula convive tradicionalmente com um impedimento de base ao seu propósito primordial de educar para a cidadania. Ela não contempla a participação do aluno na construção do conhecimento e da própria comunicação, mas tem uma ação ampla, pois: planeja o ensino, disponibiliza material para o aluno, debate e argumenta com o aluno, corrige a fala do aluno, faz observações sobre as intervenções dos alunos, atua de forma dinâmica e intensiva para que o aluno construa seu conhecimento. O grande discurso moderno centrado na educação escolar sempre conviveu com o impedimento do peso de uma tradição bem formulada em que o educador se colocava no patamar de dono do saber e o aluno como o receptor, sobre este aspecto por Pierre Lévy (1999) diz que: "a escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar-ditar do mestre", mas agora, aponta-se para uma nova postura, onde o aluno assume a postura de interventor, de construtor de seu conhecimento, com voz, com atitudes e ações no contexto do ensino. O antropólogo Paulo Freire (1978), faz críticas à pedagogia da transmissão como sendo o modelo mais identificado como prática de ensino e menos habilitado a educar, e argumenta: O professor ainda é um ser superior que ensina a ignorantes. Isto forma uma consciência bancária/sedentária, passiva. O educando recebe passivamente os conhecimentos, tornando-se um depósito do educador. Ensinar não é a simples transmissão do conhecimento em torno do objeto ou do conteúdo. Transmissão que se faz muito mais através da pura descrição do conceito do objeto a ser mecanicamente memorizado pelos alunos (p.38).
Vale ressaltar que Freire (1978) não desenvolveu uma teoria da comunicação que dê conta de sua crítica à transmissão. No entanto, deixou seu legado que garante ao conceito de interatividade, a exigência da participação do aluno, aquele que deixa o lugar da recepção 29
para experimentar a co-criação. Neste sentido, a postura do educador muda substancialmente, para ser um organizador e condutor do processo de ensino e da aprendizagem. Interessante notar a evolução e acessibilidade dos educandos no tocante ao acesso a diversas tecnologias, sem dúvida representa um diferencial na relação professor versos alunos. Nesta perspectiva, Silva (2000), ao considerar a sala de aula presencial ou virtual, ele considera o professor interativo, que direciona o processo de ensino e de aprendizagem, visto que: “constrói um conjunto de territórios a explorar, não uma rota. Mais do que “conselheiro” ou “facilitador”, ele converte-se em formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências” (pp. 8 e 9). O papel do tutor além de facilitador é animador, estrategista valorizando os saberes dos alunos e intervindo no momento necessário, instigando e provocando os alunos neste processo educativo, logo se insere na função de professor compromissando com a educação e a inserção do aluno no nível social. 5.4.3 Perfil do aluno Na atual conjuntura da postura educativa, o aluno passa ser o principal ator na história da educação, ele pode medir os sucessos e fracassos do professor, do material didático, das metodologias utilizadas. No âmbito virtual os alunos são pessoas que buscam na Educação à Distância seu crescimento cultural, de forma confortável, por se permitir não necessitar de um local e hora para o estudo. No entanto, deve ser consciente que necessita empenho, pois, requer muita dedicação, estudo, argumento, ação. No ambiente virtual, o aluno consegue ter sua própria voz, através das ferramentas: fórum, chat, email, adquirindo sua autonomia no momento em que lhe é atribuída tarefas e datas a serem cumpridas, onde o mesmo apropria-se de sua disponibilidade baseando-se um calendário do curso. A construção do conhecimento é impulsionada não só pelos textos que lhes são oferecidos, mas pelas contribuições dos colegas, a motivação do professor. A capacidade de realização das ações dentro do ambiente torna-se, automaticamente, um elo entre ele, o tutor e os colegas. E, cabe aos que se inserem no estudo no Ambiente Virtual ter compromisso, responsabilidade e, acima de tudo, ética. 30
Porém, muitas vezes ele sente-se num contexto de solidão, pelo fato de está acostumado a forma tradicional e mais ainda presencial. Sua participação é medida pelas perguntas e respostas no ambiente e depende muito da turma ter a compreensão da necessidade de envolverem-se de na postura da interatividade, conforme aborda Silva (2006) que citou os aspectos apontados por mercado: intervenção, hibridação, e potencialidade. Isto é, a interatividade aponta para uma participação efetiva, na qual quem participa constrói-se, neste processo, todos são modificados. No curso presencial, o aluno precisa organizar seu cronograma, precisa ser bastante autônomo e coerente para conseguir fazer as atividades do curso, as suas atividades diárias e entregá-las no prazo. O aluno on line não fica isento deste papel de organizar seus estudos, e requer muito mais exigência de si mesmo, no sentido de ter tempo para suas leituras de estudo, para discutir com colegas e professores os temas abordados em fórum, chat, e-mail, etc. Logo, necessita coordenar seus estudos e o avanço deles depende de sua motivação e da organização do seu tempo. Assim, o aluno deve exercer o papel de autônomo na busca de seus próprios conhecimentos e ter responsabilidade. Segundo Palloff e Pratt (2002) requer que o aluno planeje seus passos, como vemos: “No curso on-line, o plano de ensino é deliberadamente mais aberto a fim de permitir que os alunos desenvolvam novas idéias, exercitem sua capacidade de pensar criticamente e saibam pesquisar” (p. 116). Portanto, o aluno on line deve ter consciência que o conhecimento que ele construir será seu conhecimento, logo, sua intervenção apresenta-se fundamentalmente neste processo de ensino e aprendizagem à distância, para que possa apropriar-se dos conteúdos de ensino. 5.4.4 Recursos Tecnológicos As Tecnologias da Informação e da Comunicação é a maior responsável por essa corrida na atualização da sociedade. As avalanches de informações reforçam a necessidade de profissionais cada vez mais despreparados conviverem sempre com uma linha tênue entre, a necessidade de atualização e o tempo para isso. Considerando a EAD, que se estabelece diante das TICs, aponta inúmeras possibilidades de trabalho, como por exemplo: a plataforma Moodle, que possibilita trabalho
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no chat, fórum, e-mail, etc. As ferramentas da Internet que ampliam a oportunidade de pesquisa em textos e hipertextos. Nessa corrida de abraçar a atuação com os recursos tecnológicos, há a busca da democratização com alguns programas de inclusão digital, mesmo estando longe de alcançar os países desenvolvidos. Os programas de capacitação com as TICs alguns são eficientes ou não, neste contexto, abrem lacunas para o surgimento do ciberespaço como suporte, uma espécie de livraria gigantesca virtual, ou as páginas amarelas da web, que carregam informações que ultrapassam fronteiras. Neste sentido o ciberespaço que propicia criar hipertexto e ambiente de relacionamentos, torna-se um instrumento alinhado aos paradigmas atuais de se construir o conhecimento. O ciberespaço pode apresentar formas de atualizações, ao mesmo tempo também se transforma em um espaço conturbado ora incompreendido, ora exacerbado pelas pessoas que o acessam e sem uma devida orientação, entram e saem sem conseguir encontrar o que desejam. Considerando o contexto do ensino, vale ressaltar não deve-se usar a tecnologia indiscriminadamente, mas, diante dos objetivos que pretende-se alcançar. Portanto, o uso das tecnologias, no contexto de ensino, deve ser pensado de tal forma que possa levar o aluno ao conhecimento. Isto é, saber que recursos usar, logo não pode ser uma escolha abstrata, mas numa postura em que o aluno se insira no conhecimento diante da postura de coletividade humana, de forma cooperativa e/ou colaborativa. Destacamos Lévy (1999; p.172), que argumenta: “Com esse novo suporte de informação e de comunicação emergem gêneros de conhecimento inusitados, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos atores na produção e tratamento dos conhecimentos. Qualquer política de educação terá que levar isso em conta”. Portanto, vemos no ciberespaço recursos que ampliam a atuação da EAD podendo transformar-se em sala de aula interativa, à medida que todos interagem neste contexto, transformando a sala de aula convencional em uma sala virtual além das fronteiras.
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6. METODOLOGIA Para identificação deste processo apontamos: 6.1 Público alvo O público alvo serão os professores de ensino público, tanto do nível fundamental como do médio. Para identificar quais serão os futuros candidatos, faremos: - Um diagnóstico e elaboração de estratégias, de nível do público, usando programas para enriquecer os conteúdos a serem trabalhados; - Programa de incentivo de soluções criativas e a abertura das experimentações; - Trabalho de mobilização com os professores para criação de centros tecnológico interdisciplinar ambiental e de investigação.
6.2 Recursos humanos para trabalho Estarão envolvidos no programa: Coordenador Pedagógico de Desenvolvimento; Professor Conteudista; Designer instrucional; Designer; Tutor e Suporte Técnico. As atribuições dos recursos humanos se estabelecem em: - Coordenador Pedagógico de Desenvolvimento – elaborar a proposta técnica, o cronograma, o escopo e os objetivos do curso partindo das necessidades do curso - Professor Conteudista – elaborar as atividades, avaliações; fornecer exemplos, bibliografia e valida o trabalho feito pelo designer instrucional. - Designer instrucional – colocar o conteúdo no ambiente em on-line. Ele irá especificar as estratégias pedagógicas e os recursos que serão adotados. Elaborar o roteiro de todas as telas e documentação para a equipe de designers - Designer – construir a identidade visual do curso e todos os recursos gráficos. Desenvolver sua história a partir do storyboard. - Tutor – orientar, instigar e gerar discussões. Cuidar das questões gerenciais sobre os alunos como registros de freqüências e notas. 33
- Suporte Técnico – cuidar da infra-estrutura tecnológica do curso resolvendo problemas técnicos do ambiente e complementar o curso utilizando os softwares adequados
Para a oferta do curso, torna-se necessário preparar o recurso humano. Portanto, teremos uma seleção prévia dos que serão envolvidos no processo, os quais serão publicados em diário oficial (para inscrição e resultados). Em seguida, ofereceremos um curso preparatório, com encontros semanais em torno de 4 horas. Em anexo apresentamos o organograma do curso.
6.3 Parceria organizacional Para garantir um trabalho mais abrangente, com professores das redes, acima citados, buscaremos apoio, com as equipes técnicas das secretarias dos municípios e em maior instância o estado e implementação de programas de futuras formações. No contato, a parceria visa obter os seguintes recursos: - Construção de uma rede de formadores na escola; - Criação de pólos para a socialização da construção do conhecimento; - Realização de encontros para discutir e avaliar o curso. - Intercâmbio com outros municípios e/ou escolas para socialização de conhecimento. - Levantamento dos aspectos físicos dos locais aos quais irão ser ministrados os cursos; - Inscrição dos alunos para o curso; - Verificação e implantação do ambiente ao qual o curso será realizado; - Cadastramento e informações prévias do curso online através de apresentação; - Execução do curso;
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6.4 Recursos Tecnológicos Para o trabalho, utilizaremos a plataforma ¹moodle. Nele haverá a secretaria, área executiva. Utilizaremos da secretaria os seguintes recursos: perfil, mural, agenda, biblioteca, fale conosco, questionário de opinião. Na área executiva, disponibilizaremos as ferramentas de comunicação e de edição. As ferramentas de comunicação serão disponibilizadas: correio eletrônico, chat, fórum, videoconferência. Nas ferramentas de edição: diário e wiki. Os professores em formação utilizarão seus próprios computadores ou os disponíveis nos laboratórios das escolas. Visando identificar quais serão as disponibilidades dos professores em formação, faremos um levantamento das escolas-núcleos sobre a capacidade de suporte para realização do curso, a fim de garantir suporte tecnológico para os professores para que não só nos dias úteis, como também fins de semana e feriados, se tenha disponibilidade de recursos aos educadores, com pessoal pronto para auxiliar e dispor o ambiente para os cursistas. 6.5 Material didático para o curso O material utilizado será produzido e impresso para todos os professores, usar-se-á: CD-ROM (para complementação e esclarecimentos de discussões), um livro contendo todos os textos vinculados ao curso. Será distribuído o material didático, impresso com o conteúdo de ensino e CD com: Orientações gerais; Manual do ambiente virtual de aprendizagem; Visão geral/Instruções de navegação; Mensagem para todos os alunos; Conhecendo outros recursos e atividades, Créditos. Serão disponibilizados os ícones nos ambientes virtuais, para o trabalho no: Fórum de dúvidas no período da ambientação, Fóruns de Apresentação entre os membros, Fórum Social de debate de assuntos, Diário, Tarefas, Chat da semana de ambientação [uso geral]. ____________________
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¹moodle-é um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem.
6.6 Estrutura Curricular O curso será realizado em 7 unidades, nos seguintes temas:
UNIDADES DE APRENDIZAGEM: Unidade 1: Ambiente Virtual de Aprendizagem; Unidade 2: Relação Sociedade e Natureza; Unidade 3: Movimentos Ambientalistas; Unidade 4: Meio Ambiente Como Tema Transversal; Unidade 5: A interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, multidisciplinaridade; Unidade 6: A Pedagogia de projetos em meio ambiente; Unidade7: Projetos
As Unidades abordarão os seguintes conteúdos programáticos e as atividades virtuais:
CONTEÚDOS DAS UNIDADES DE APRENDIZAGEM: Unidade 1 - Ambiente Virtual da Aprendizagem Conhecendo o ambiente Definição de ambiente virtual de aprendizagem Postura do aluno online. Unidade 2 - Relação Sociedade e Natureza: Natureza e Sociedade no Aquecimento Global A Sociedade e a Natureza Conflitos entre a Natureza e a Sociedade 36
Unidade 3 - Movimentos Ambientalistas: Aspectos históricos que mudaram o meio ambiente Linha do tempo e movimentos ambientalistas Unidade 4 - Meio Ambiente como tema transversal: O meio ambiente e os Parâmetros Curriculares Nacionais Unidade 5 - A interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, multidisciplinaridade: A sala de aula, meio ambiente e as várias disciplinas Interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, multidisciplinaridade
Unidade 6 – A Pedagogia de projetos em meio ambiente A pedagogia de projetos na disciplina Educação Ambiental Recursos Didáticos: Jornal Ecológico
Unidade 7 - Projetos Passos significativa para elaboração de conteúdos Registros práticos dessas ações Planejamento das atividades - Elaboração de projetos
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6.7 Carga Horária do Curso Na turma deverá constar 40 alunos em cada pólo formado do qual será acordado com a instituição. O curso obterá 70 horas, e o aluno terá que obedecer ao calendário distribuído pelo curso, para execução de cada atividade. Podemos identificar o seguinte cronograma das Unidades do curso:
TABELA 1 – UNIDADES DE TRABALHO
Cursos para elaboração de projetos voltados à educação ambiental em EAD UNIDADES ATIVIDADES PERÍODO CARGA HORÁRIA Unidade 1 Período de Ambientação – familiarização Unidade 2 Relação Sociedade Natureza Unidade 3 Movimentos Ambientalistas Unidade 4 Meio ambiente como tema transversal Unidade 5 A interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, multidisci- plinaridade: Unidade 6 A Pedagogia de projetos em meio ambiente Unidade 7 Projetos
Fóruns, Chats e,Tarefas Individuais conforme descrito no Ambiente Virtual.
1 semana
10 h/a
1 semana
10 h/a
1 semana
10 h/a
1 semana
10 h/a
1 semana
10 h/ a
1 semana
10 h/a
1 semana
10 h/a
TOTAL
70 h/a
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6.8 Avaliação A avaliação será diante da atuação de forma contínua nos trabalhos dos alunos, em relação aos assuntos trabalhados pelos professores. Abrangendo: - Socialização dos trabalhos através da publicação na construção em sites; O exercício em fazer sites já existe na web através do Google.Os professores colocarão seus trabalhos e em seguida publicá-los; - Tornando-se interdisciplinar na cibercultura e/ou entre os professores no exercício da informática; - Motivação para atuar na disciplina de forma mais criativa; - Expectativas em freqüentar mais o ambiente e o curso a fim de socializar experiências entre os colegas; -A freqüência e participação nos fóruns e chat também será essencial para sua avaliação; - Apresentação de um projeto, consistente e aplicável, sobre o meio ambiente, para atividades com os alunos na escola que faz parte.
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7. RECURSOS FINANCEIROS Apresentamos os recursos financeiros diante das tabelas abaixo:
TABELA 2 - EQUIPE TÉCNICA EQUIPE TÉCNICA
QUANT IDADE
SALÁRIO MÊS – R$
CARGA
TOTAIS
HORÁRIA
Coordenador Pedagógico de Desenvolvimento
3
2.500,00
40 horas
7.500,00
Conteudista
2
1.500,00
20 horas
3.000,00
Designer instrucional
2
2.000,00
20 horas
4.000,00
Designer
2
1.500,00
20 horas
3.000,00
Programador
2
1.500,00
40 horas
3.000,00
OFERECIMENTO DO CURSO Coordenador Pedagógico
2
1.500,00
40 horas
3.00000
Tutor
6
800,00
20 horas
4.800,00
Suporte Técnico
2
600,00
40 horas
1.200,00
TOTAL
21
11.900
29.500,00
TABELA 3 - RECURSOS DIDÁTICOS TIPOS DE MÍDIAS
QUANTIDADE POR TURMA
VALOR UNIDADE
TOTAL
MÍDIAS IMPRESSAS (LIVRO)
40
50,00
2.000,00
MÍDIA DIGITAL (CD)
40
20,00
800,00
TOTAIS
80
70,00
2.800,00
Os custos citados acima estão de acordo com o ano do projeto realizado, estando a mercê de reajustes de acordo com os acordos com as instituições e a economia do país.
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8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
TABELA 4 Execução / Tempo
Março / 2010
Abril / 2010
Fazer parceria com Empresa/ Governo/ Instituição
X
Design Instrucional
X
X
Produzir o material impresso para a execução das aulas teóricas
X
X
Aprovação do projeto junto com a instituição
Designação e capacitação dos docentes que atuarão como tutores Divulgação e inscrições Inicio das turmas
Maio/ 2010
Junho / 2010
X
X
X
X
X
X
X
Agosto de 2010
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9. CONCLUSÃO
A Educação Ambiental não é mais um modismo, mas, algo necessário para a preservação e conservação do espaço geográfico, garantindo às futuras gerações ações mais conscientes, para que possa atuar como cidadão responsável. A inclusão desse tema nas escolas ajudará a disseminar uma postura de reflexão mobilizando as políticas públicas e a sociedade geral. O professor elo principal na formação humana, pode através de estudos e formação continuada vincular e ampliar seus conhecimentos oferecendo aos seus alunos uma melhor visão da realidade que os cercam a fim de que, interagindo com eles possam ser instrumentos de vislumbrar os problemas sociais e numa atitude consciente procurando agir para solucionar ou amenizar as dificuldades. Portanto, a oferta de um curso à distância apresenta-se como uma oportunidade ímpar para promover uma formação de forma mais rápida, na mesma proporção das necessidades de tempo e de capacitar o Educador com conteúdos fundamentais para conduzir o assunto meio ambiente no contexto de ensino. Logo, mereça destaque, pois, atualmente a EAD propicia o exercício imediato de ações in loco, possibilitando discussões e manifestações sem que, necessariamente, o professor precise deslocar-se para adquirir conhecimentos. Para o trabalho com o professor no contexto de ensino, sugere-se a pedagogia de projetos, visto que tal instrumento possibilitará uma visão ampla das outras disciplinas além de desenvolver um trabalho educativo que possibilite a participação social dos alunos. Portanto o curso não é apenas uma ferramenta de formação continuada, mas um instrumento de investimento para concretização à dignidade das pessoas, primando pela sua qualidade de vida de todo o nosso planeta.
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS Abaixo apresentaremos como se estabelecerá as funções apresentadas no organograma do curso proposto.
ORGANOGRAMA CURSOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS VOLTADOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM EAD EQUIPE TÉCNICA
SECRETARIA DO CURSO
COODENADOR PEDAGÓGICO DE DESENVOLVIMENTO CONTEÚDISTA
DESIGNER INSTRUCIONAL
DESIGNER
OFERECIMENTO DO CURSO Coordenador Pedagógico
Tutor
Suporte Técnico
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