Praia Fluvial Urbana - TFG 2017

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tfg

(2017)

um olhar propositivo praia fluvial urbana às margens da metrópole fluvial

Augusto Paiva • João Paulo Meirelles (orient.)


trabalho final de graduação orientando: Augusto Paiva orientador: João Paulo Meirelles dezembro / 2017 Arquitetura e Urbanismo Universidade São Judas Tadeu


PRAIA FLUVIAL URBANA UM OLHAR PROPOSITIVO ÀS MARGENS DA METRÓPOLE FLUVIAL



Agradecimentos

Ao

orientador,

João

Paulo,

pelas

conversas ao longo deste ano, por despertar em mim um olhar cada vez mais crítico em relação às minhas próprias decisões e por contribuir para que esse processo fosse ainda mais gratificante. Aos professores que me ensinaram e me inspiraram um dia, que me mostraram uma maneira diferente de olhar e de se apropriar da cidade. Ao professor Sergio Salles pelas orientações, pelos cafés e conversas e pela oportunidade de conhecer e aprender ainda mais sobre arquitetura. Ao amigo Bruno que mesmo nos momentos mais difíceis sempre esteve presente, compartilhando conhecimentos e experiências que muito me ajudaram ao longo dos últimos anos.

Ao Lucas, Gui, Jorginho e a todos os

amigos que acompanharam e participaram deste enorme processo que é o curso de arquitetura e urbanismo. Ao meu pai, pelas inúmeras madrugadas que passamos acordados cortando peças para minhas maquetes e pelas broncas quando me faltou capricho ao montá-las. Às mulheres da minha vida. Minha mãe, minhas irmãs Carol e Dani e por fim e não menos importante a minha querida Isabella que tanto me apoiaram ao longo dessa jornada.



Sumário

APRESENTAÇÃO

............................................................................... 09

INQUIETAÇÕES

................................................................................. 11

HIDROANEL METROPOLITANO: A CONSTRUÇÃO DE UM MÉTODO ......... 13 O PEQUENO ANEL, UM LUGAR EM POTENCIAL ................................... 17 TAMANDUATEÍ E MENINOS, CONFORMAÇÃO DE UM PONTO NODAL ..... 19 HISTÓRICO DO LUGAR ........................................................................ 21 REFERÊNCIAS ................................................................................... 33 CONTEXTUALIZANDO O CONTEXTO ...................................................... 37 CONTEÚDO

...................................................................................... 41

PROPOSTA .......................................................................................... 45 INDÍCE DE IMAGENS ........................................................................... 97 BIBLIOGRAFIA ................................................................................... 99



[...] A mudança desejada é que a população perceba a importância dos rios na sobrevivência

da cidade e em sua composição primordial, para que também possa desfrutar os prazeres relacionados a uma vida junto da água. Não é preciso descer a serra aos fins de semana e feriados, sendo possível desfrutar praias urbanas. A intenção é multiplicar as possibilidades: aumentar o leque de ações e apropriações do espaço urbano. (GRUPO METRÓPOLE FLUVIAL,2011)


[01]


Apresentação

Este trabalho tem como intenção investigar as possibilidades de ação projetual a partir de uma visão da cidade que em nosso cenário atual pode ser considerada uma utopia. O foco será em paisagens urbanas relacionadas à água, a “Metrópole Fluvial” onde os canais navegáveis do território são considerados eixos de estruturação urbana. A proposta do Hidroanel Metropolitano de São Paulo é o ponto de partida desse processo investigativo devido a sua abrangência metropolitana e pela capacidade de abrigar em si um leque de possibilidades e, nesse contexto, que a proposta se insere como uma contribuição para as discussões que apresentam propostas de projetos que buscam integração arquitetônica, urbanística e social entre os rios e a cidade.

Com isso apresento a proposta da Praia fluvial urbana, um espaço público de uso coletivo voltado para atividades culturais e de lazer, respondendo a uma demanda de espaços públicos no recorte estabelecido para este estudo, o local estrategicamente selecionado fica localizado na confluência entre o Rio Tamanduateí e Ribeirão do meninos divisa entre o município de São Paulo e São Caetano do Sul, além da relação importante com os rios o terreno escolhido tem uma relevância significativa para a formação do território, trata-se das antigas instalações das Industrias Reunidas Matarazzo.

11


[02]


Inquietações

Minha

inquietação

parte

de

um

A resposta a todas essas questões e

questionamento sobre a forma como a cidade

inúmeras outras que poderiam me vir a cabeça,

de São Paulo se desenvolveu ao longo do último

relacionado ao tema da cidade e seus rios, surge

século. Como pude apreender ao longo dos

quando me deparo com os estudos do arquiteto

meus últimos anos de formação universitária,

Alexandre

a Metrópole paulista se desenvolveu negando

doutorado, e a coordenação do estudo de Pré-

seus principais rios e afluentes, o plano

Viabilidade do Hidroanel Metropolitano de

de avenidas Prestes Maia é o legado que carregamos de um urbanismo falido, que teve no automóvel a crença de um progresso inalcançado, nossos rios que um dia foram o motivo da formação histórica da cidade foram retificados, canalizados, tamponados e uma série de avenidas foram construídas acima. Isso isolou os rios do restante da cidade, os transformou em simplesmente barreiras físicas, canais de esgoto a céu aberto, e o maior vilão da cidade em dias de chuvas quando estes apenas querem ocupar seu lugar tomado pela violenta expansão urbana desordenada.

Delijaicov

(tese

de

mestrado,

São Paulo), que mostra que uma Amsterdã Paulista não é uma utopia. Dessa forma tomo emprestado as premissas da proposta para o Hidroanel Metropolitano, e busco a partir deste desenvolver uma proposta que possa contribuir para esse modo de encarar o desenvolvimento da cidade, a partir de então a proposta do Hidroanel é ponto de partida para a construção de um método.

São as premissas mencionadas no

parágrafo anterior.

A

consolidação

de

um

território

com

qualidade ambiental urbana, nas orlas fluviais, que

A questão que surge então é, será

comporte infraestrutura, equipamentos públicos e

possível imaginar um outro cenário para nossa

habitação social, promovidos pelo Estado; estudos

cidade? Nossos rios podem voltar ao seu

de projetos para a cidade que atribuem ao conjunto

lugar de origem, digo isso no sentido de que

de rios e canais urbanos o papel de eixo referencial

estes possam novamente se tornar eixos de

para a constituição de uma urbanização planejada,

desenvolvimento urbano. É possível resgatar a

que considere a necessidade de: parques, praças,

identidade que lhes foi tomada?

boulevares fluviais (GMF..., 2012. p.04).

13


[03]


Hidroanel Metropolitano: A construção de um método

Este capítulo apresenta de maneira breve e sucinta quais são os conceitos que nortearam o Hidroanel, qual a sua perspectiva no desenvolvimento da cidade a partir da articulação entre essa rede de canais navegáveis e a cidade existente, e quais são os elementos que o constituem. E por fim, estabelecer uma diretriz que determine a escolha do que propor e um local com potencial para integrar a cidade existente e suas águas. O Hidroanel Metropolitano de São Paulo é uma rede de canais navegáveis que conforma um anel hidroviário, composto por rios e represas existentes na Região Metropolitana de São Paulo, e um canal artificial, totalizando 170km de hidrovia urbanas. A implementação do Hidroanel Metropolitano se justifica pelo transporte de cargas públicas: sedimento de dragagem, lodo, lixo, entulho e terra. As Cargas Públicas são de responsabilidade do Estado e seus gerenciamentos são imprescindíveis para o funcionamento adequado da cidade. Esses cinco tipos de cargas serão transportados e processados ao longo do Hidroanel. As cargas pioneiras são os sedimentos de dragagem do rio, inaugurando o transporte fluvial com os resíduos obtidos com a própria manutenção dos canais. A geração de material de dragagem e de resíduos sólidos domésticos (2,5kg por habitante por dia – Prefeitura de São Paulo, 2004) na RMSP configuram demanda suficiente para viabilizar os investimentos na hidrovia.

O programa de transporte associado ao modal hidroviário faz com que as águas tenham um papel essencial na logística da metrópole, contribuindo para reverter definitivamente a percepção do rio como um problema urbano. Ao colocar a hidrovia como elemento principal da transformação, o rio se torna um elemento funcional da cidade, cuja manutenção configura um investimento em uma atividade importante. - Transporte Fluvial O circuito das cargas, através do Hidroanel e seus portos, que vão além de simples terminais de cargas , propõe que todos os resíduos sejam reaproveitados e, em último caso, incinerados. Os ciclos de cada tipo de carga pública culminam com a extinção dos aterros e com a redução drástica dos fluxos desarticulados de cargas públicas na RMSP, sobretudo no sistema rodoviário. Os Portos estão subdivididos entre Portos de Origem, que enviam cargas através da hidrovia (Dragaportos flutuantes fixos, Lodoportos, Ecoportos e Transportos), e Portos de Destino (PD), que são sobretudo receptadores das cargas fluviais, os Triportos. Foram estabelecidos critérios para inserção urbanística dos Portos de Origem e Destino de cargas, públicas e comercias, de acordo com os subsistemas de coleta de resíduos sólidos, garantindo a abrangência do transporte destas cargas. 15


16


-Lazer às margens Ao transformar os principais rios da cidade em hidrovias, e considerando também suas margens como o espaço público principal da metrópole, o caráter público das águas de São Paulo é reforçado. Dessa forma, os rios urbanos além de transformarem-se em vias de transporte de cargas e passageiros, contribuem para a regularização da macrodrenagem urbana, abastecimento, geração de energia e lazer. O projeto do Hidroanel requalifica suas margens, de forma que a orla dos canais e lagos se tornam potenciais espaços de lazer com parques e equipamentos urbanos. A Metrópole Fluvial sugere novos usos das margens para atividades de diversão e encontro, sendo esse caráter lúdico e funcional das águas elemento fundamental para a consolidação do Hidroanel Metropolitano. A partir da apresentação dos elementos que compõem o Hidroanel foi tomada a decisão de analisar os lugares na cidade onde existe a previsão dos Ecoportos, pois estes equipamentos tem uma função que vai muito além do recebimento e processamento de resíduos sólidos. O recebimento e transporte de lixo pode ser considerado o programa básico, a função técnica que liga o Ecoporto ao sistema de manejo dos resíduos sólidos do Hidroanel. Segundo a apresentação do Grupo Metrópole Fluvial esse programa é ampliado para comportar outras funções, outros programas possíveis, que fornecem opções culturais, esportivas e de lazer à população local, de acordo com as necessidades de cada bairro. A ideia é que o Ecoporto tenha o significado de cais ambiental e cultural, local de confluência desses saberes.

17


[04]


O pequeno anel, um lugar em potencial

O pequeno anel tem uma função que vai muito além da drenagem das águas, este busca um resgate da identidade que tem o rio Tamanduateí na construção da cidade de são Paulo. E foi por este motivo que decidi me aproximar deste trecho e buscar aqui um local que esteja relacionado tanto com algum Ecoporto, com o rio Tamanduateí e uma parte carente de transformação na cidade. A construção do Pequeno Anel permitiria o aumento significativo da área de influência do sistema hidroviário no tecido urbano; aproximando uma importante região da cidade aos benefícios diretos e indiretos provenientes do desenvolvimento do transporte e do ambiente fluvial. Assim como no grande anel hidroviário existe a possibilidade de implementar um vetor de urbanização que, ao mesmo tempo que tratam de drenagem urbana e transporte de cargas públicas, possibilita a ordenação e desenvolvimento da área. o

A

sua

configura

privilegiada como

um

inserção potencial

Além da importante contribuição para o futuro desenvolvimento da cidade o Pequeno Anel Hidroviário representa também a possibilidade de recuperar a importância histórica do Rio Tamanduateí na constituição e estruturação da cidade de São Paulo. A partir da apresentação da importância que este trecho estabelece na escala metropolitana, no contexto histórico do local e pela sua potencialidade de se tornar um vetor de urbanização fica estabelecido neste trecho o recorte de estudo para a aproximação do local de intervenção. O critério de escolha do local foi através da análise dos pontos onde existe a previsão dos Ecoportos, este processo direcionou para a confluência entre o ribeirão dos Meninos e rio Tamanduateí, local que se encontra dentro do trecho do Pequeno Anel e existe neste a previsão de um Ecoporto.

territorial vetor

de

desenvolvimento urbano extremamente relevante considerando as características da região. A transformação destes rios em canais navegáveis, ainda, permitiria recuperar a importante conexão hidroviária entre o litoral e o interior paulista amplamente utilizada na história da cidade para o transporte de cargas e passageiros, tanto pelos índios como, posteriormente, pelos portugueses. (GMF, 2011, p.80)

[05] Hidroanel Metropolitano, destacado em azul claro o Pequeno anel.

19


[06]


Tamanduateí e Meninos, conformação de um ponto nodal.

Ribeirão dos Meninos

Rio Tam a

ndu

ateí

Este terreno localizado exatamente na confluência entre o ribeirão dos Meninos e rio Tamanduateí tem uma importância significativa no contexto histórico da formação da cidade, este rio estabelece o limite entre os municípios de São Paulo e São Caetano do Sul o “nó” que ali existe é significativo por se tratar do encontro entre o Ribeirão dos Meninos e o rio Tamanduateí, e também pelo fato de neste terreno ter sido o local de funcionamento da antiga fábrica de produtos químicos do grupo Matarazzo, este lugar teve fundamental importância na formação do bairro Fundação na cidade de São Caetano do Sul.

[07] Imagem aérea atual do local. Edição do autor - Fonte da base: Google Earth

21


[08]


Histórico do Lugar.

Antes de determinar qual será a forma de intervir no local de escolha é necessária uma análise empírica, baseada na observação do contexto atual do local. Será então apresentado quais as especificidades deste local, qual a sua relevância histórica no atual cenário em que vivemos, a problemática levantada a partir desta análise será um elemento fundamental na composição da proposta de ação projetual. O contexto analisado no local tratase um terreno situado em um fundo de vale exatamente em um afluente entre dois rios importantes para formação do território, estes rios foram uma importante conexão hidroviária entre o litoral e o interior paulista amplamente utilizada na história da cidade para o transporte de cargas e passageiros, tanto pelos índios como, posteriormente, pelos portugueses. Em meados da década de 30 o terreno abrigou um conjunto industrial de fundamental importância na formação dessa parte do território, o bairro Fundação no município de São Caetano, sua formação histórica aconteceu a partir da instalação das indústrias Matarazzo e da vila operaria ali construída, os rios determinam ainda o limite geopolítico entre os municípios de São Paulo e São Caetano. A implantação das infraestruturas rodoviárias na várzea do rio, como a Avenida do Estado e, recentemente, o Viaduto Prefeito Luiz Tortorello, contribuíram para colocá-los em segundo plano; a ocupação descontrolada e predatória da orla fluvial favoreceu sua transformação em um canal de esgoto a céu aberto, um problema urbano.

Atualmente a região é caracterizada pela desconcentração de grandes lotes de uso industrial, com a saída das indústrias muitos lotes deram lugar principalmente a condomínios verticais de habitação e também para comércios de grande porte como hipermercados, lojas de material para construção. A partir dessa mudança de usos o que predomina atualmente é o residencial constituído por residências unifamiliares e a crescente construção de conjuntos habitacionais verticalizados. Um fato relevante sobre a caracterização do local é que este apresenta elevados níveis de concentração de mercúrio e Hexaclorociclohexano – H.C.H. no solo, a CETESB interditou a área até que houvesse condições do lugar receber usos que não prejudiquem o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. No entanto a presença de grandes porções de terra ainda subutilizadas é marcante nesta parte da cidade, esses vazios urbanos não cumprem a função social da propriedade. Analisando a transformação que acontece no local, pressupõe que o aumento do número de pessoas habitando esse lugar é evidente, e a demanda de espaços públicos voltados ao lazer tende a ser proporcional a esse aumento, atualmente a oferta destes espaços já é baixa e não foi encontrado propostas ou se quer especulações de oferta de espaços com esse caráter, com exceção de um artigo onde a população reivindica pela transformação do terreno da antiga indústria Matarazzo em um parque urbano. 23


Registro fotográfico As fotos apresentados a seguir demonstram a tentativa de apresentar o lugar, o seu entorno próximo e as especifidades que caracterizam esse lugar, explicando através de recortes estratégicos a relevância do local no contexto urbano.

[09]Vista da praça ao fundo da igreja local, ao fundo uma das antigas chaminés existentes na área. (Imagem do autor 2017).

[10]Vista da rua Mariano Pamplona, destacando a torre de sino da igreja como elemento marcante na paisagem. (Imagem do autor. 2017)

[11]Praça ao fundo da igreja, espaço público muitas vezes utilizado como estacionamento. (Imagem do autor. 2017) 24

[12]Fachada principal da igreja local.(Imagem do autor. 2017)


[13] Vista da rua Mariano Pamplona destacando a empena existente no local. (Imagem do autor. 2017)

[14] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. (Imagem do autor. 2017)

[15] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. (Imagem do autor. 2017)

[16] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. (Imagem do autor. 2017)

[17] Ponto de ônibus existente na rua Mariano Pamplona junto a empena da antiga indústria Matarazzo. (Imagem do autor. 2017) 25


26

[18] Vista da rua Mariano Pamplona para o conjunto de residências geminadas pertencentes a antiga vila operária. (Imagem do autor. 2017)

[19] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, observa se as mudanças que cada habitação sofre ao longo do tempo de acordo a apropriação de cada morador. (Imagem do autor. 2017)

[20] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. (Imagem do autor. 2017)

[21] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. (Imagem do autor. 2017)

[22] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, caso em que a habitação desconfigura com a tipologia predominante. (Imagem do autor. 2017)

[23] Esquina do conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, vista da Avenida do Estado. (Imagem do autor. 2017)


[24] Vista para o rio Tamanduateí, observando a avenida do Estado, sentido Vila Prudente à direita. (Imagem do autor. 2017)

[25] Vista para o rio Tamanduateí, observando a avenida do Estado e conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. (Imagem do autor. 2017)

[26] Vista aérea da área observando o rio Tamanduateí, paralelo a avenida do Estado e o Ribeirão dos meninos acima. (Imagem do autor. 2017)

[27] Vista da avenida do Estado, ponto em que o Ribeirão dos meninos desemboca no rio Tamanduateí. (Imagem do autor. 2017) 27


[28] Império Matarazzo. Fotos: Acervo do Centro de Documentação Histórica da Fundação Pró-memória de São Caetano do Sul

[29] Perspectiva atual da área. Fonte: Google Earth

28


ÁREAS VERDES NÃO EDIFICADAS O diagrama abaixo apresenta as maiores áreas verdes presentes no entorno do recorte de estudos, a intenção é demonstrar que essa região dispõem de uma pequena quantidade de áreas verdes e o uso destas não são voltados ao lazer ou qualquer outra atividade nesse aspecto. A maiores manchas apresentadas são equipamentos de infraestrutura urbana como por exemplo a estação de tratamento de esgoto e um cemitério.

LEGENDA ÁREAS VERDES

2,0KM

1,5KM

1,0KM

0,5KM

Rio

Tam

and

uat

Ribeirão dos Meninos

[30] Diagrama de usos predominante. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth 29


USOS PREDOMINANTES O diagrama abaixo apresenta os principais usos do solo presentes em um raio de aproximadamente 2 quilômetros. É possível perceber que o uso predominante é o residencial, ocupado por diferentes tipologias desde pequenos lotes unifamiliares até grandes condomínios de edifícios verticais. O uso industrial ainda é presente na área, no entanto, verifica se que este uso sede espaço para a ocupação de grandes empreendimento comerciais como hipermercados, lojas de materiais de construção e shoppings, está interpretação foi obtida com base nas transformações ocorridas, vistas a partir de imagens de satélite.

2,0KM

1,5KM

1,0KM

LEGENDA RESIDENCIAL COMÉRCIO E SERVIÇOS INSTITUCIONAL INDUSTRIAL MISTO

0,5KM

Rio

Tam

and

uat

Ribeirão dos Meninos

[31] Diagrama de usos predominante. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth


PRINCIPAIS MEIOS DE LOCOMOÇÃO A área é bem servida de infraestrutura de transportes, vias importantes como a Avenida do Estado e Presidente Wilson, rua Ibitirama são fundamentais para ligação entre o município de São Paulo e a região do ABC paulista, o transporte coletivo existente na á área contribui também para esse deslocamento da população, e a previsão do trem regional e da Linha X do monotrilho observa se então que este local encontra se inserido em ponto importante na malha urbana, e que atualmente o lugar não tira partido desta condição para beneficiar a população local. Por fim, a decisão da diretriz para uma estação de trem no local é coerente com o contexto.

LEGENDA PRINCIPAIS EIXOS RODOVIÁRIOS ESTAÇÕES LINHA VERDE DO METRO LINHA FÉRREA DA CPTM PREVISÃO DO TREM REGIONAL

ESTAÇÃO METRO VILA PRUDENTE

D

ES

PA AV.

RU

ESTAÇÃO METRO

IR

IT

IB

AV E

A

DA

AM

NI

LI N DO HA ME VER DE TR O

A

E CPTM TAMANDUATEÍ

LI

PR

ES

NH

A

ID

EN

TE

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RR

EA

W

IL

SO

N

2,0KM

OS

RR

A EB

1,5KM

1,0KM

CP

AVE

TM

NID

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OE

0,5KM

STA

DO

ESTAÇÃO CPTM LINH

SÃO CAETANO

A FER

REA C

PTM

AVENIDA GUIDO ALBERTI [32] Diagrama de usos predominante. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth



[33] Diagrama de ocupação. Elaboração do autor - Fonte da base: Mapa digital da cidade (MDC)


[34]


Parque La Villete Após 30 anos do concurso vencido pelo arquiteto Bernard Tschumi e mais de 20 anos de sua inauguração, o La Villete é um dos parques emblemáticos do século 20 e, nas palavras do próprio arquiteto, um parque do século 21. A construção tradicional dos parques baseia se na reprodução da natureza em um perímetro preciso na cidade, nada mais que a simples busca de idealização de um outro mundo dentro da cidade. O pretenso futurismo do parque La Villete, e seu distanciamento em relação à tradição dos parques públicos mencionado anteriormente é o que instigou a investigação deste projeto e obras teóricas do arquiteto Bernard Tschumi.

[35] Foto do parque, ao fundo uma folie e a La Géode - Fonte: autor não identificado.

[36] Foto aérea do parque. Fonte: autor não identificado.

[37] Foto aérea do parque, vista para canal de l’Ourcq

Fonte: autor não identificado.

[38] Vista para canal de l’Ourcq

Fonte: autor não identificado.

35


Praia Fluviais Segue uma sequencia de imagens de praias fluviais em Portugal, através de uma pesquisa foi verificado que este país uma grande quantidade desses equipamentos. A intenção é apresentar a ambiência que o projeto pretende seguir, uma paisagem construída a partir de elementos naturais do local, que se tornam espaços públicos às margens dos rios onde a população se apropria dessas margens e afim de contemplar a paisagem e exercer demais atividades voltadas ao lazer.

[39] Praia Fluvial do Agroal, Ourém - Portugal

[40] Praia Fluvial do Agroal, Ourém - Portugal

[41] Praia Fluvial do Alamal, Gavião - Portugal

36

[42] Praia Fluvial do Alamal, Gavião - Portugal


[43] Praia Fluvial do Carvoeiro, Mação - Portugal

[44] Praia Fluvial do Carvoeiro, Mação - Portugal

[45]Ferreira do Zêzere, Distrito de Santarém - Portugal

[46]Pedrógão Grande, Distrito de Leiria - Portugal

[47]Praia Fluvial de Côja, Agarnil, Coimbra - Portugal

37


[48]


Contextualizando o Conceito

Este texto pretende apresentar a base teórica e projetual que auxiliou no desenvolvimento da proposta, não busco substituir as referências já citadas no processo anterior de investigação do lugar, apenas complementar o escopo deste projeto, a intenção é que com base nessa produção teórica seja possível definir o conceito adotado, as estratégias projetuais estabelecidas e como estas relacionam conceito contexto e conteúdo. Não há arquitetura sem conceito- um esboço, um diagrama ou um esquema que dê coerência e identidade a um edifício. É o conceito, não a forma, que distingue a arquitetura de uma mera construção. (TSCHUMI, 2005, p.02, tradução nossa)

Estabelecer um conceito para este projeto é fundamental pois não se trata de um único edifício e nem de uma tipologia de projeto comum em nosso contexto, o programa deste projeto é especifico e diretamente relacionado as premissas da metrópole fluvial, então acredito que se faz necessário uma estratégia que de coerência e identidade para este projeto. No entanto, segundo Tschumi (2005) não existe arquitetura sem contexto, uma obra arquitetônica sempre está situada em lugar ou situação especifica. O contexto não pode ser considerado como um mero conservadorismo estético, não é apenas uma coisa visual, este pode ser histórico, cultural, político, geográfico ou econômico.

A história da arquitetura abunda em discussões

entre os adeptos a Tabula-rasa - o conceito - e aqueles do Gênius Loci - ao contexto ou, em outras palavras, entre os conceitos genéricos e específicos. (TSCHUMI, 2005, p.02, tradução nossa)

O contexto não é um fato; é sempre o resultado de uma interpretação. O contexto de um preservacionista não é o mesmo que um modernista, em vez de algo dado o contexto é algo definido pelo observador. Contextos são enquadrados e definidos por conceitos, assim como a declaração oposta é verdadeira. Conceito e contexto são indissociáveis muitas vezes estão em conflito, mas um não deve prevalecer sobre o outro que se deve explorar a relação entre estes. Existem três maneiras básicas de relacionar contexto e conceito Tschumi (2005, p.02) descreve:

Indiferença: onde uma ideia e sua situação se

ignoram absolutamente, um tipo de colagem acidental porem não se interagem. O resultado pode ser tanto justaposições poéticas como imposições irresponsáveis.

Reciprocidade: onde o conceito e âmbito

interagir de perto, complementando, olhando mista em uma entidade contínua sem fraturas.

Conflito: onde se faz chocar estrategicamente o

conceito com o contexto, em uma batalha de opostos que os obriga a negociar a sua própria sobrevivência.

39


Estas três estratégias são válidas

Assim como no parque La Villete

como abordagens arquitetônicas, a escolha do

proponho a inserção de “folies”, assim como

caminho certo para um determinado projeto é

Tschumi denominou as estruturas de aço

parte do conceito. Estabelece então que conceito e contexto são invariavelmente relacionados, a questão que

abstratas e vermelhas que receberam uma forma antes que qualquer função tivesse sido

surge acima dessa observação é, se um conceito

criada, este mesmo conceito foi referenciado no

pode ser contextualizado ou, inversamente,

projeto aqui apresentado, as follies se inserem

se

conceituado.

como um conjunto de esculturas que marcam

Contextualizar o conceito é adaptá-lo aos meios

o eixo que determinou a inserção da malha

às circunstâncias de um determinado sitio ou

organizadora e além disto são estes elementos

um

contexto

pode

ser

situação política. Conceituar contexto significa transformar as características peculiares e restrições específicas do contexto na força que

que dão caráter de unidade a proposta de forma que todas a praças e seus diferentes

impulsiona o desenvolvimento de uma ideia

usos se articulem através destes elementos

arquitetônica ou conceito.

aprogramáticos.

Para

este

projeto

a

abordagem

Além de marcos urbanos inseridos

arquitetônica adotada será a de contextualizar

na paisagem, estas torres tem capacidade de

o conceito através da relação de conflito,

receber intervenções artísticas em seu interior,

o conceito que busco é a espacialização e organização do projeto através de um grid, uma malha abstrata que se sobrepõe as

a proposta é que estes elementos escultóricos de caráter permanente se tornem espaços

esta

de exposições temporárias, ou seja estas

estratégia projetual faz uma referência direta a

esculturas se tornam o elo entre o permanente,

teoria e a pratica projetual apresentada por de

o parque com toda a sua estrutura física eterna,

Bernard Tschumi no texto aqui discutido e na

e o temporário, as torres como museus que

concepção espacial apresentada no projeto do

recebem exposições temporárias ao longo do

circunstâncias

especificas

do

sitio,

Parque La Villete, onde os diferentes sistema se sobrepõem e se chocam.

A

malha

de

75x75

metros

está

tempo e dessa maneira manter o parque ativo ao longo do tempo a atrair um público maior ,

organizada da seguinte maneira, sua orientação

que vai além da população local.

está diretamente relacionada as chaminés

industriais presentes na área, estas que

elementos apresentam neste projeto é a

determinaram a orientação da malha, o ponto

configuração de uma nova paisagem urbana,

de inserção se dá no centro da maior chaminé

com o surgimento destes elementos o lugar

e percorre até o centro da segunda e, é esta distância que determinou a modulação dessa malha, esta estratégia tem a intenção de

Talvez a principal função que estes

ganha uma nova identidade e reforça ainda mais a relevância das preexistências e a importância

relacionar o conceito, a malha organizadora,

que elas representaram, e ainda representam,

e o contexto, os resquícios industriais ainda

para o seu contexto especifico.

existentes.

40


[49] 41


[50]


Conteúdo

O programa deriva da leitura do local e da busca pela integração entre este e as premissas do Hidroanel. A partir das análises apresentadas foi definida uma setorização entre os espaços públicos que serão projetados, neste momento foi dado a cada parte do programa o nome de praça. Cada praça deverá ter um caráter que a diferencie das outras pois cada uma delas tem uma função especifica dentro do conjunto proposto, ressalta-se a importância de existir um elemento que articule estas diferentes praças e que dê uma unidade a este conjunto de espaços públicos voltados a atividades de lazer. O conjunto é formado pela Praça contemplativa, Praça pública, Praça aquática e pela Praça educacional. A praça contemplativa é considerada o elemento principal do projeto, trata-se da construção de um percurso. Os percursos criados possibilitam a chegado do público até a “praia”. Existe um desnível de 8 metros entre a cota da rua (735) e a cota do ribeirão (727), para vencer essa diferença de nível é proposta a construção de patamares incrustados na topografia, que podem recebe algumas piscinas ou podem ser simplesmente espaços capazes de receber usos esporádicos como se deitar para ler um livro, ou fazer um piquenique com a família. A praça pública foi denominada dessa forma pois considero que esta área é onde existe a possibilidade de receber eventos importantes

para a atividade urbana do bairro e proximidades, a existência de uma igreja local, popularmente conhecida como matriz velha, costuma celebrar as missas campais de aniversário da cidade e a festa Italiana que é realizada ao seu redor, em um pátio aos fundos da igreja, rodeado por muros das antigas industrias existentes. A proposta desta área se trata de um diálogo com o contexto do lugar, pois este evento faz parte da cultura de uma determinada parte da população, sendo assim será uma premissa transformar os fundos da igreja em uma nova frente e incorpora este equipamento ao projeto e aos elementos que o integram, além disso será proposto também neste setor o mirante e o café que deverão tirar partido da torre existente para a sua implantação, esta estratégia é uma maneira de incorporar o patrimônio histórico ao projeto através da ação dos usuários, pois é considerado que isolar estes bens e os tornar apenas elementos contemplativos não ativa o espaço e consequentemente não contribui para sua preservação, esta abordagem será tomada em todos os bens tombados existente na área de projeto. Denominado como praça aquática, este setor contemplará um complexo de piscinas, piscina olímpica, piscina para salto, piscina de polo aquático, vestiários, ambulatório, sala administrativa, e um quiosque de vendas. Neste setor será previsto um edifício de uso comercial capaz de receber lojas, restaurantes, cafés e serviços. 43


Ao propor este edifício externo às piscinas a intensão é complementar o programa deste setor e solidificar a diversidade de usos desejada para este projeto, fazendo assim, com que esta área se torne parte do espaço urbano propriamente dito garantindo assim, circulação de pessoas em diversos horários do dia e épocas do ano. Por fim o setor denominado praça educacional constitui a parte do projeto que busca dialogar com as ideias disseminadas pelo grupo Metrópole Fluvial, pois esta foi é a principal referência que norteou esse processo investigativo. Dentro de uma perspectiva de estímulo a sustentabilidade, complementando o programa dos Ecoportos, é proposto um equipamento que tenha capacidade de tornar os Ecoportos verdadeiros polos difusores da conscientização ambiental. Portanto neste setor será proposto um equipamento denominado Centro de Educação Ambiental, este centro é composto por laboratórios, salas multimídias e de múltiplos usos, auditório para palestras, seminários, reuniões e demais atividades que permeiam a cultura da reciclagem, ainda dentro desta perspectiva do estimulo a educação é proposto também um conjunto de quadras poliesportivas para atender aos frequentadores deste equipamento e também a todos que utilizam deste complexo que neste trabalho foi denominado com Praia Fluvial Urbana.

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45


[51]


Proposta

A proposta apresentada a seguir é a tentativa de sintetizar o processo de investigação que me levou a escolha do lugar e tema. Estabelecendo a partir da ação projetual um diálogo com as referências citadas, tendo como objetivo alcançar uma possível integração entre a malha urbana e suas águas e principalmente entre a população e os rios da cidade. O desenvolvimento do projeto não aconteceu de maneira linear, a cada decisão tomada ou solução pretendida foi necessário ajustar ou até mesmo rever soluções que se imaginavam definidas. Tenho convicção de que não se trata de um caso isolado, o desenvolvimento de um projeto arquitetônico na maioria dos casos requer essa dinâmica. A sequência apresentada abaixo demonstra o processo de transformações imaginados para área, trata se de uma tentativa de organizar o raciocínio de projeto e explicar as decisões tomadas e os critérios adotados para o desenvolvimento da proposta.

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[52] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth

A primeira ação tomada foi a retirado do viaduto Prefeito Luiz Tortorello, hoje esta via faz a conexão entre o município de São Paulo e São Caetano, a inserção desta via é recente em relação a malha urbana existente, ao analisar a sua relação com tecido urbano existente é possível perceber que se trata de uma via construída paralela ao Ribeirão dos Meninos que faz a conexão entre a Avenida do Estado e a Avenida Guido Alberti que segue também paralela ao ribeirão, interpreta se então que a sua inserção é baseada numa logica rodoviarista que prioriza o automóvel ao invés dos pedestre. Esta avenida configura uma barreira

entre os dois lados da cidade e não possibilita a existência de uma aproximação entre a cidade e suas águas, então a retirada desta via é encarada como uma ação que busca unificar os terrenos dentro da área de recorte e transformar o rio que corta a área em um elemento de estruturação do projeto e não mais como uma barreira física. Entretanto, é necessário que se aponte uma diretriz para uma nova transposição entre os municípios, então é escolhido um conjunto de terrenos (Imagem 01) vizinhos ao shopping Tamanduateí, que hoje abrigam galpões de armazenagem e uma loja de veículos, para que

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[53] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth 48


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[54] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth

seja desapropriado e se construa uma nova avenida que faça a conexão entre a Avenida do Estado e a Avenida Presidente Wilson que por sua vez se conecta a Avenida Guido Albert e assim se estabelece o fluxo entre os municípios. Com a desapropriação da área é possível que seja construído a nova via (Imagem 02), que se insere em ponto estratégico estabelecendo não só a conexão entre as duas avenidas paralelas através da transposição da linha férrea, além disso permite a conexão entre outras vias importantes e cria a possibilidade de novas articulações entres os fluxos existentes na região.

Após a construção da nova via é possível eliminar o viaduto Prefeito Luiz Tortorello e estabelecer o recorte pretendido da área de projeto (Imagem 04), outra ação tomada em relação a articulação do sistema viário foi a continuação da Mariano Pamplona, antes esta era uma via sem saída, com esta ação é possível estabelecer uma conexão com a rua Perrela e assim melhorar o fluxo sentido a estação da CPTM, Santo André, pois na visita ao local foi verificado que a situação existente não é eficaz, principalmente para o fluxo do transporte coletivo.

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[55] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth 49


Pré existências relevantes Através do processo de analise do local foi verificado que existem elementos presentes na área que são interpretados como resquícios urbanos importantes para o local. A igreja local, popularmente conhecida como matriz velha, as duas chaminés e a fachada da antiga indústria Matarazzo e um conjunto de casas geminadas que pertenciam a antiga vila industrial que deram origem ao bairro são os elementos denominados como pré existências relevantes e foram elementos que estruturam o desenvolvimento do projeto. [56]A igreja local, popularmente conhecida como matriz velha de Santo André.

[57] Fachada da antiga Industria Matarazzo, confrontante a rua Mariano Pamplona

[58] Antiga chaminé das Industrias Matarazzo

[59] Vista da avenida do Estado para o conjunto de casas geminadas presentes na área de projeto.

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[60]

Sera apresentada uma sequencia de diagramas que demonstram o processo de transformação da área de projeto. O diagrama 60 apresenta um a perspectiva da área ainda sem sofrer alterações, o diagrama 61 apresenta o local sem o viaduto Prefeito Luiz Tortorello, e em destaque as pré existências já mencionadas anteriormente que serão mantidas na área.

[61] 51


[62]

A construção do lago faz uma referencia direta a Metrópole fluvial, trata se da constituição de um lago artificial exatamente no encontro entre os dois canais navegáveis que compõe o pequeno anel. Conforme esta destacado no diagrama 62 as linhas de força existente no tecido urbano do local orientaram a construção da margem da praia fluvial. Com isso aproximadamente metade da área foi transformada em um lago e outra metade será destinada a construção do parque conforme pode ser observado no diagrama 63.

[63] 52


[64]

A conexão entre as duas margens do rio esta diretamente ligado ao acesso da população ao parque e também ao sistema de transporte público. A diretriz para uma estação de trem da CPTM entre as estações Tamanduateí e Santo André é resultado da análise dos sistemas de transporte, o diagrama 64 destaca a previsão da estação de trem e como esta se relaciona com a transição entre os dois lados do lago artificial. Também em destaque no diagrama 63 é a proposta do Ecoporto situado em ponto estratégico, pois sua localização esta ligada a

malha viária existente, dessa forma facilita e otimiza o processo de descarte de resíduos pelos caminhões que fazem a coleta pela cidade . Dessa forma os equipamentos de infraestrutura e passarela para ciclistas e pedestres que compõe a proposta são espacializados conforme apresenta o diagrama 65.

[65] 53


375

[66]

O diagrama 66 apresenta uma malha abstrata que se sobrepõe as circunstâncias especificas do sitio, esta estratégia projetual faz uma referência direta a teoria e a pratica projetual apresentada por de Bernard Tschumi A malha de 75x75 metros está organizada da seguinte maneira, sua orientação está diretamente relacionada as chaminés industriais presentes na área, estas que determinaram a orientação da malha, o ponto de inserção se dá no centro da maior chaminé e percorre até o centro da segunda e, é esta distância que determinou a modulação dessa malha, esta estratégia tem a intenção de

relacionar o conceito, a malha organizadora, e o contexto, os resquícios industriais ainda existentes. É apresentado também os pontos onde são propostas as Folies demarcando um eixo visual que ressalta a existência das antigas chaminés, conforme pode ser observado no diagrama 67.

[67] 54


[68]

Foi definida uma setorização entre os espaços públicos que serão projetados,diagrama 68, neste momento foi dado a cada parte do programa o nome de praça. Cada praça tem uma função especifica dentro do conjunto proposto, ressalta-se a importância de existir um elemento que articule estas diferentes praças e que dê uma unidade a este conjunto de espaços públicos voltados a atividades de lazer. Este elemento são as torres inseridas através da malha conforme apresentado no diagrama 66. O conjunto é formado pela Praça contemplativa, Praça pública, Praça aquática e pela Praça educacional.

Por fim é apresentado no diagrama 69 a proposta com todos os equipamentos inseridos, o partido para os desenho de todos os equipamentos, a lógica da geometria, se da através do grid adotado e da setorização aqui apresentada.

[69] 55


Piscinas Públicas

Lago

Passarela

Galeria Comercial

Ecoporto

Praça Contemplativa

Praia Fluvial

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Estação CPTM


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Conjunto Poliesportivo

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LEGENDA 01 - GALERIA COMERCIAL 02 - PONTOS DE ACESSO 03 - PISCINAS PÚBLICAS 04 - SOLÁRIOS 05 - PRAIA FLUVIAL 06 - PISCINAS PÚBLICAS 07 - PRAIA FLUVIAL

08 - QUADRAS POLIESPORTIVAS 09 - ECOPORTO 10 - PASSARELA PARA PEDESTRES 11 - ESTAÇÃO CPTM (DIRETRIZ) 12 - CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 13 - IGREJA 14 - PRAÇA CIVICA


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GALERIA COMERCIAL PLANTA 731.80 1:2500

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1 - GALERIA COMERCIAL 2 - PISCINAS PÚBLICAS 3 - PRAIA FLUVIAL 4 - QUADRAS POLIESPORTIVAS 5 - ECOPORTO

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LEGENDA 1 - SOLÁRIO 2 - PISCINA PARA BANHO - h=60cm 3 - PISCINA PARA SALTO - h=180 a 500cm 4 - PISCINA OLIMPICA - h=200cm 5 - PRAIA FLUVIAL 6 - ECOPORTO


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PRAIA FLUVIAL URBANA CORTES 1:500

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PRAIA FLUVIAL URBANA CORTES 1:500

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1 - VESTÍBULO 2 - AUDITÓRIO - 260 LUGARES 3 - ARQUIBANCADA EXTERNA 4 - SALA DIRETORIA 5 - RECEPÇÃO 6 - SECRETARIA

0

7 - SALA DE REUNIÕES 8 - BANHEIRO 9 - SALAS MULTIUSO 10 - PÁTIO INTERNO 11 - CAFÉ 12 - PÁTIO EXTERNO 13 - TORRES "FOLLIES"

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Indíce de imagens

[01] Ilustração conceitual da Praça da eclusa na Cidade Canal - fonte: Grupo Metrópole Fluvial http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php acessado em 23/05/2017 [02] Inundação em São Paulo - fonte: Agência Estado de S. Paulo http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php acessado em 23/05/2017 [03] Ilustração conceitual do Afluente do Hidroanel em São Miguel Paulista - fonte: Grupo Metrópole Fluvial http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php acessado em 23/05/2017 [04] Ilustração conceitual do Rio Tietê - fonte: Grupo Metrópole Fluvial http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php acessado em 23/05/2017 [05] Hidroanel em sua fase final,ligado à Represa Guarapiranga e ao Pequeno Anel.-fonte:Grupo Metrópole Fluvial http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php acessado em 25/08/2017 [06] Diagrama mostrando os eco-portos inseridos no Hidroanel em sua fase final,ligado à Represa Guarapiranga e ao Pequeno Anel. - Fonte: Grupo Metrópole Fluvial http://metropolefluvial.fau.usp.br/downloads.php [07] Imagem aérea atual do local. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [08] Foto do Ribeirão do Meninos. + Fonte: Elaboração do autor [09]Vista da praça ao fundo da igreja local, ao fundo uma das antigas chaminés existentes na área. Fonte: imagem do autor 2017 [10]Vista da rua Mariano Pamplona, destacando a torre de sino da igreja como elemento marcante na paisagem. Fonte: imagem do autor. 2017 [11]Praça ao fundo da igreja, espaço público muitas vezes utilizado como estacionamento. Fonte: imagem do autor. 2017 [12]Fachada principal da igreja local. - Fonte imagem do autor. 2017 [13] Vista da rua Mariano Pamplona destacando a empena existente no local. - Fonte: imagem do autor. 2017 [14] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. Fonte - imagem do autor. 2017 [15] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. Fonte: imagem do autor. 2017 [16] Ponto de acesso para o terreno da antiga indústria Matarazzo, vista da rua Mariano Pamplona. Fonte: imagem do autor. 2017 [17] Ponto de ônibus existente na rua Mariano Pamplona junto a empena da antiga indústria Matarazzo. Fonte: imagem do autor. 2017 [18] Vista da rua Mariano Pamplona para o conjunto de residências geminadas pertencentes a antiga vila operária. Fonte: imagem do autor. 2017 [19] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, observa se as mudanças que cada habitação sofre ao longo do tempo de acordo a apropriação de cada morador. - Fonte: imagem do autor. 2017 [20] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. - Fonte: imagem do autor. 2017 99


[21] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. - Fonte: imagem do autor. 2017 [22] Conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, caso em que a habitação desconfigura com a tipologia predominante. - Fonte: imagem do autor. 2017 [23] Esquina do conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária, vista da Avenida do Estado. Fonte: imagem do autor. 2017 [24] Vista para o rio Tamanduateí, observando a avenida do Estado, sentido Vila Prudente à direita. Fonte: imagem do autor. 2017 [25] Vista para o rio Tamanduateí, observando a avenida do Estado e conjunto de residências pertencentes a antiga vila operária. - Fonte: imagem do autor. 2017 [26] Vista aérea da área observando o rio Tamanduateí, paralelo a avenida do Estado e o Ribeirão dos meninos acima. Fonte: imagem do autor. 2017 [27] Vista da avenida do Estado, ponto em que o Ribeirão dos meninos desemboca no rio Tamanduateí. Fonte: imagem do autor. 2017 [28] Império Matarazzo. Fotos: Acervo do Centro de Documentação Histórica da Fundação Pró-memória de São Caetano do Sul. https://jornalismodagente.wordpress.com/2010/11/19/historias-que-a-demolicao-nao-apaga/ [29] Perspectiva atual da área. Fonte: Google Earth [30] Diagrama de áreas verdes e não edificadas. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [31] Diagrama de usos predominante. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [32] Diagrama de transportes. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [33] Diagrama de Ocupação. Elaboração do autor - Fonte da base: Mapa Digital da Cidade (MDC) [34] Foto do parque, ao fundo uma folie. - Fonte: autor não identificado. [35] Foto do parque, ao fundo uma folie e a La Géode - Fonte: autor não identificado [36] Foto aérea do parque. - Fonte: autor não identificado. [37] Foto aérea do parque, vista para canal de l’Ourcq. - Fonte: autor não identificado. [38] Vista para canal de l’Ourcq. - Fonte: autor não identificado. [39] Praia Fluvial do Agroal, Ourém - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-do-agroal-formigais-ourem/ [40] Praia Fluvial do Agroal, Ourém - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-do-agroal-formigais-ourem/ [41] Praia Fluvial do Alamal, Gavião - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-alamal/ [42] Praia Fluvial do Alamal, Gavião - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-alamal/ [43] Praia Fluvial do Carvoeiro, Mação - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-carvoeiro/ [44] Praia Fluvial do Carvoeiro, Mação - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-carvoeiro/ [45]Ferreira do Zêzere, Distrito de Santarém - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-zezere/ [46]Pedrógão Grande, Distrito de Leiria - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial-pedrogao/ [47]Praia Fluvial de Côja, Agarnil, Coimbra - Portugal - http://aquapolis.com.pt/praia-fluvial- coja- agranil/ [48] Empena da antiga indústria Mataeazzo - fonte: imagem do autor. 2017 [49] Diagrama conceitual do Parque La Villete. - Fonte: Bernard Tschumi. http://www.tschumi.com/projects/3/ acessado em 25/08/2017 [50] Chaminé da antiga indústria Matarazzo - fonte: imagem do autor. 2017 [51] Conjunto de residencias geminadas e chaminé da antiga indústria Matarazzo. Fonte: imagem do autor. 2017 [52] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [53] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [54] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [55] Diagrama de alteração da infraestrutura rodoviária. Elaboração do autor - Fonte da base: Google Earth [56]A igreja local, popularmente conhecida como matriz velha de Santo André. - Fonte: imagem do autor. 2017 [57] Fachada da antiga Industria Matarazzo, confrontante a rua Mariano Pamplona. Fonte: imagem do autor. 2017 [58] Antiga chaminé das Industrias Matarazzo. - : Imagem do autor. 2017 [59] Vista da avenida do Estado para o conjunto de casas geminadas presentes na área de projeto. Fonte: imagem do autor. 2017 [60] ao [69] Diagrama de transformação da área. Elaboração do autor.

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Bibliografia

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