RESENHA |
Renato Júdice de Andrade
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Avaliação de Competências na Educação Básica: um marco referencial para a prática Se a pauta do dia na agenda educacional passa pelo desenvolvimento de competências dos alunos, a questão sobre a qualidade educacional ganha um desafio a mais: medir competências! Nesse cenário, o objetivo dessa obra publicada pela Editora Moderna, Avaliação de competências na educação básica: um marco referencial para a prática, é criar espaço para essa reflexão, visando apresentar os princípios que norteiam a obtenção e a interpretação do diagnóstico das competências desenvolvidas por jovens e crianças na educação básica. Há o espaço para análise sobre como está estruturada cada uma das áreas e como se avalia em cada uma delas. E, também, uma busca para a contextualização dos resultados, bem como a correlação do desempenho com tais características de contexto. Essa reflexão constitui um marco de referências da AVALIA Educacional, empresa do Grupo Santillana, que reuniu os autores para a realização dessa obra. São parâmetros que orientam o desenvolvimento dos projetos de avaliação da empresa, mas que também propiciam um terreno fértil no campo teórico da avaliação educacional. Avaliação que transcende o espaço da sala de aula e até mesmo o da escola, fazendo professor e gestor refletirem, movimentando o pedagógico, criando indicadores que sintetizem os resultados e possibilitem, em última instância, a formulação de políticas públicas educacionais. Além de uma Introdução – escrita por Juliana Miranda, que pretende levar o leitor ao terreno das avaliações padronizadas em larga escala, em especial, mostrando-o que há particularidades e metodologias que não são comuns à avaliação de aprendizagem feita em sala de aula –, o texto possui mais cinco capítulos. O Capítulo 1, sobre Leitura e Produção Textual – de Lílian Passarelli –, não é o mais extenso por acaso, tanto a competência leitora quanto a escritora têm um mesmo status e servem de base para a avaliação das demais áreas. O capítulo de Matemática – de Nielce Meneguelo – apresenta a área como uma linguagem envolvente, mas, ao mesmo tempo, estruturada para uma avaliação
padronizada. Wolney Melo é o autor do capítulo de Ciências da Natureza e, tal como o Pisa, desenvolve um exercício de convencimento da importância de sempre se considerar essa área nas avaliações externas. Os avanços traçados pelo Enem são fonte de inspiração para Ana Regina Pinheiro propor as bases da avaliação na área de Ciências Humanas. Por último, mas tão relevante quanto as medidas no nível cognitivo, Flaviane Oliveira e Júnio Rezende apresentam análises sobre importantes pontos para a contextualização e explicação dos resultados da avaliação, em especial, debruçando-se sobre os questionários contextuais que normalmente são aplicados em conjunto aos testes. A obra foi prefaciada por Amaury Gremaud, professor da USP e ex-diretor da Daeb/Inep, e organizada por Renato Júdice, gerente da Área Técnica da AVALIA. Além, é claro, de importantes revisões técnicas citadas na obra. Enfim, o desejo de uma boa leitura vem acompanhado da expectativa de que essa produção possa efetivamente contribuir para a solidificação da cultura da avaliação em nosso País. Ou, sonhando ainda mais alto, contribuir para a melhoria da educação aferida nas avaliações.
Dicionário da Avaliação A AVALIA prepara um lançamento que responde à necessidade crescente de conhecimento e atualização na área das avaliações educacionais. O DICIONÁRIO da AVALIAÇÃO no contexto da EDUCAÇÃO tem como objetivo traduzir de forma simples e apresentar da maneira mais completa possível os principais conceitos e noções da área. A terminologia das avaliações renovase incessantemente, criando termos desconhecidos mesmo para especialistas. A obra vem preencher essa lacuna.