outubro de 2012 | 3ª edição | ano 1 | distribuição dirigida
Ilumine-se a maquiagem pede luz Ser especial saiba mais sobre o autismo Viagem os sabores do Peru
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b o d y
s o u l studio Y hair, body & soul
VERÃO 2013 JÁ!
www.emporiumlolita.com Rua 26 c/13, nº 735, Marista 62 3241 4607
complexo de mulher
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ossa vida continua corridíssima aqui no Studio Y! Estreamos a nossa parceria com a Kerastase, de L’Oreal e estamos na reta final dos preparativos para iniciarmos um grupo de corrida com uma proposta bem casada aos nossos valores de saúde e bem estar.
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Começo a avaliar com mais credulidade o que me diz a pediatra dos meus três filhos pequenos (5, 4 e 2 anos): “ que hiperatividade é essa?” Achei graça da primeira vez que a Simone me disse isso, fiquei pensativa da segunda vez e começo a concordar com ela. Mas e aí? Isso é bom ou ruim? As mulheres de hoje em dia se esforçam demais. Não que nossas mães e avós não o fizessem, mas o mundo moderno nos apresenta tantos desafios tentadores, que querer se tornar uma super mulher é quase “irresistível”. Mulher de hoje em dia tem que ser bem sucedida em tudo. Tem que ser a super mãe, hiper esposa, mega profissional, administradora do lar impecável e excelente amante. E ainda tem que arrumar tempo para manter o corpo sarado, cabelos e unhas lindos todos os dias, abastecer-se de informação e um mínimo de cultura. É uma tarefa sobre-humana, mas a gente continua insistindo em tentar. Nessa edição tratamos de assuntos tão diversos quanto as atividades da rotina das mulheres modernas. Apresentamos um novo e mais moderno projeto grafico (eu amei! Quero saber a opinião de vocês). Esclarecemos a dúvida mais comum na hora de cuidar das madeixas (hidratação, nutrição ou reconstrução?), falamos sobre ícones da moda (Hermès Birkin e Alexander McQueen), viajamos para o Peru literalmente recheado de delicias e para a Croácia, com suas paisagens paradisíacas. Na minha coluna “queridinha” (Ser Especial) abordamos mais uma diferença: o autismo. Na moda, a make “apagadinha” e sensual do verão e um clássico presente em todas as estações: o couro.
E nossa busca por novidades não pára! Bem, vou deixar que apreciem todas as informações e dicas que trouxemos para vocês, porque preciso começar a pensar em conteúdos interessantes, executar umas reforminhas no nosso espaço, planejar uma viagem que quero fazer com o marido e as crianças, preparar nossa edição de aniversario do Studio Y, ajudar meu filho a fazer a lição de casa, correr ali no supermercado para comprar umas coisinhas. Nossa! Preciso retocar a minha coloração! Ah! E não posso me atrasar para a academia porque meu personal é bravo... Mulheres modernas... Afffff... Boa leitura! Com amor,
Juliana Yamin
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Se você acha que couro só se usa no inverno, engana-se. Confira no nosso editorial
Expediente: Direção: Juliana Yamin Edição e coordenação: Bia Tahan e Alessandra Câmara Fotos: João Augusto, Shutterstock Projeto gráfico/Diagramação ilustração: Wendel S. Reis Textos: Renata Massafera, Bia Tahan Colaboradores: Areda Fiori, Tatiana Mendes, Paulo Júnior, Thiago Miranda, Bob Filho, Gabriel Theodoro Gráfica: Gráfica Ipanema Circulação: 3 mil exemplares Comercial: revista@studioy.com, (62) 3091.1232 Esta é uma publicação do Studio Y, Alameda Ricardo Paranhos, Marista www.studioy.net.br (62) 3091.1232
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nesta edição colaboraram blogs parceiros Mariana Cardoso O Fantástico Mundo de Mari blogdamaricardoso.com.br Juliana Cecílio Deluxe judeluxe.com.br Areda Fiori aredafioriblog.com
sumário XYZ - Hidratação Nutrição ou Reconstrução? Profissional Y - Ildy Souza Objeto de Desejo - Birkin Ícone - Alexander McQueen Around The World - Croácia Ser Especial - Autismo Literatura - 50 Tons de Cinza Make-up - Ilumine-se I AM - Thais Morbeck OH MY GOD - Viva as Diferenças Direitos e Deveres Body & Soul - Massoterapia MAN - Coisa de Homem! ESTÉTICA - Tecnologia a Favor da Beleza Mundo Y - As Belas da Tarde Crônica - Gorda Não!
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Os fios dourados vão invadir as prais neste verão
A chef Tatiana Mendes visitou o Peru e se encantou com os sabores incas
Bob Filho conta porque o jazz nunca mais foi o mesmo depois do antológico álbum de Miles Davis
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Equipe Y
Washington Lima Hair Stylist Paulo Cardoso Hair Stylist / make up artist
Ildy Souza Hair Stylist / make up artist Renilda Massoterapeuta
Aline Morais Assistente Carlene Recepcionista Jalles Care box
Adriana Milhomen Assistente Max AraĂşjo Hair Stylist
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facebook.com/studioygoiania
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Em Voga
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abelos loiros, com aspecto de quem acabou de passar uma temporada na praia, com pontas mais claras de sol. Os fios dourados são a bola da vez neste verão e devem ser vistos cada vez mais nos looks das celebridades e mulheres em todo mundo “Os blondes estão com tudo”, opina o hair stylist do Studio Y Paulo Cardoso. “Assim como na maquiagem, está na hora dos cabelos brilharem e nada como luzes, mechas, colorações e demais recursos para deixá-los lindos e loiros”, diz.
As madeixas claras são sonho de consumo de muitas mulheres e vão dominar este verão 10
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Paulo conta que nesse verão as cores vêm ainda mais ousadas, trazendo com grande destaque o estilo ombré, que substitui as mechas californianas, técnica na qual a divisão das cores é bem marcada. “As californianas foram muito usadas nos três últimos verões, mas já estão datadas”, decreta Paulo. Já s mechas texanas atingem a parte interna e frontal dos cabelos, sem atingir a raiz. “São mais naturais, mais misturadas ao cabelo natural, como se fosse loiro de praia. A cliente também escolhe a altura e a quantidade das mechas”, explica.
Dourad
Técnicas e como são utilizadas l
você começa a clarear o cabelo da cliente quatro dedos abaixo da raiz sem encostar nela. Ela fica mais loira da orelha para baixo com algumas nuances por cima só pra quebrar e dar uma iluminada no rosto. l
Californiana - Clareamento só das pontas.
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Micromechas - Mechas bem finas e sutis.
Mechas - Mechas mais largas em um tom muito claro, feitas com papel. Só para as ousadas.
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As mechas ombré hair, usadas pela atriz Sarah Jessica Parker, um ícone de estilo e moda, são quase iguais às mechas texanas, A diferença é que a primeira faz um efeito degradê, ou seja, mais sutil. Começa com pouco e bem misturado em cima e vai ficando tudo loiro, terminando nas pontas quase todas descoloridas. A intensidade de mechas é bem maior que as californianas e, por isso, exige cuidado.
Ombré Hair – técnica de clareamento em que
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Reflexos - Mechas claras bem diferenciadas da cor da base, que podem variar de espessura com faixas grossas e finas. Balayage – Mechas finas que aparecem na parte superior do cabelo, no tom sobre tom. Só que a balayage é indicada para clareamento discreto. Sun Kisses – É o efeito beijo do sol. São mechas feitas só por dentro do cabelo criando um efeito de brilho quando a cliente estiver com um rabo de cavalo ou mexendo nos fios. Texanas - Atingem a parte interna e frontal dos cabelos, sem a raiz.
Tipos de pele Loira de pele clara - Tom acinzentado ou prateado.
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O também hair stylist, do Studio Y Alex Godoy ensina que é preciso cuidar sempre, desde a escolha dos produtos na hora da lavagem até o uso de leave in, protetor solar e hidratações, de preferência quinzenalmente. “No Studio Y tem um aparelho que indico para todas as minhas clientes: o MicroMist, excelente para o dia da química, pois fecha a cutícula do cabelo e protege os fios”, indica. Alex também recomenda o uso de shampoos especiais e, ao invés de condicionador, dar preferência para máscaras de tratamento.
Loira de pela dourada – Tons de mel, marrons ou dourados são os mais indicados. É a cara da goiana, que tem a pele mais dourada e adora sol.
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Morena de pele clara - Castanho escuro, preto, loiro acinzentado ou vermelho acaju.
Morena de pele dourada - Tonalidades douradas.
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Ruivas - Marrons em qualquer tonalidade.
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Bem branquinhas - Mechas prateadas com mechas douradas. Tom sobre tom.
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Hidratação, Nutrição ou Reconstrução? por Renata Massafera
Mitos e verdadeS sobre como tratar os cabelos
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A cauterização não trata cabelo e não é recomendada. A partir de 38 graus. As cadeias de aminoácidos se quebram e a alta temperatura passa a ser, portanto, a vilã de quem quer tratar o cabelo
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idratação, nutrição ou reconstrução? Qual tratamento é o melhor para seu cabelo? Depende de muitos fatores e não só do aspecto do cabelo, que pode ser ressecado, quebradiço ou opaco. Até mesmo a rotina da cada um interfere no tipo de tratamento. Quem explica é o expert em Cosmetologia e Tricologia Cezar Augusto, consultor do Studio Y. “O tratamento tem que ser específico. É preciso fazer um exame de elasticidade e porosidade para depois saber que tipo de intervenção o cabelo precisa”, revela Cezar. Segundo ele, como o próprio nome já diz, hidratação se refere à necessidade de água. “O que o cabelo precisa receber mesmo é umectação e há alguns elementos específicos que promovem isto: os derivados de ácido hialurônico, por exemplo”, explica. O hair stylist desvenda alguns mitos e garante que os famosos óleos, reparadores de ponta e silicones são filmógenos e, portanto, não permitem que a água penetre no cabelo. “Para o produto penetrar no cabelo onde há deficiência, é preciso que tenha aminoácidos lipossomados e agentes hidratantes, como D Pantenol e extrato de aloe vera (babosa), por exemplo”, ensina. Outra dica: o que vai definir a periodicidade com que a umectação vai ser feita é a rotina da pessoa. Sim, você leu direito. Não é o estado do cabelo, mas a rotina de quem usa prancha, secador, óleos reparadores de ponta. Quanto maior o uso destes itens, maior o número de tratamento a que terá que submeter o cabelo, e claro, em intervalos menores. “O importante é lembrar que cabelos ressecados não devem ter contato com substâncias oleosas e de silicone”, aponta.
“Um dos principais vilões é o pseudoestrogênio, encontrado no meio ambiente. Havendo a carência nutricional, o reparo deve ser composto por no mínimo quatro aminoácidos, elementos que atinjam o córtex”, diz Cezar. Ele enfatiza que a nutrição deve ser um tratamento preventivo, indicado inclusive para antes de processos como mechas, coloração e alisamento. “Deve ser feita também antes do verão. Nutrir antes da temporada de praia e piscina é essencial”, aconselha. Já a reconstrução é destinada àqueles cabelos que têm um nível zero de elasticidade. “Ela é feita para devolver a estrutura interna do fio. Não se deve priorizar, neste caso, a emoliência, isto deve ser feito depois que já resolveu o problema do cabelo com várias sessões de reconstrução.”Ele destaca, ainda, que de todos os tratamentos a reconstrução é o mais difícil porque por mais eficiente que seja, não dá resultado aparente imediato. “A cliente deve estar ciente que a reconstrução não apresenta efeito visual imediato porque é feito de dentro para fora. Se o cabelo está em estado grave, o processo deve ser feito em um intervalo máximo de uma semana. Depois da terceira aplicação é importante trabalhar com a nutrição e a umectação”, informa. O que Cezar faz questão de frisar é que se o cabelo está deficiente não adianta comprar um bom shampoo. O ideal é consultar um especialista, que estará apto a escolher o tratamento específico para reparar a deficiência, seja de água ou nutrientes.
A nutrição, conforme Cezar explica, requer tecnologia biomimética. “É quando a deficiência da fibra denuncia que está carente em elasticidade, estrutura e resistência”, comenta o expert, lembrando que o cabelo danificado e mal nutrido revela as consequências de maus hábitos.
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Profissional Y
Ildy Souza por Renata Massafera
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sua missĂŁo ĂŠ deixar as mulheres bonitas
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que a designer de sobrancelha, expert em make-up e cabelos Ildy Souza, do Studio Y, quer da vida? “Ah! Eu quero tanto coisa!”, suspira a simpática Ildy, tentando resumir em apenas uma frase todos os seus sonhos. Depois de refletir um pouco ela diz que quer tirar o máximo de aprendizado de tudo na vida e chegar ao ponto de servir de referência para as outras pessoas. Ser um espelho para alguém. Um espelho que não se limite a mostrar a forma, mas também o conteúdo. Ildy conta que o maior prazer que tem é levar alegria para onde for e saber que as pessoas que estiveram com ela se contagiaram por esta alegria. “Eu gosto de gente”, confessa. E este gostar reflete na sua profissão. Ela se dedica de corpo e alma à profissão e garante que tem um enorme prazer em fazer as pessoas ficarem felizes com o resultado do seu trabalho. “A maquiagem faz milagres. Um simples cílio postiço já mexe com a autoestima de uma pessoa porque promove uma mudança incrível, perceptível. É ótimo ver a expressão de satisfação das pessoas que veem o resultado da transformação à qual se submeteram”, garante a maquiadora. Ela gosta tanto do que faz que nas horas vagas se dedica à leitura de livros técnicos de maquiagem e de literatura voltada para a psicologia, o que, segundo ela, tem uma forte ligação com trabalho. “Muitas pessoas não procuram o profissional apenas para mudar o visual. Além de nos procurarem para realçar a beleza, há pessoas que querem ser ouvidas. Ler sobre comportanento é muito importante neste aspecto. Eu gosto de ouvi-las, ajudálas, saber que estou sendo útil. Isto é muito importante para mim”, admite. A profissional, que nasceu em Brasília, há 31 anos, e veio para Goiânia há 12, está integrando a equipe do Studio Y há quatro meses e não esconde a satisfação de fazer parte deste time. Ela trabalha de terça a sábado e passa a o dia todo
Uma boa maquiagem, um ótimo penteado, fruto de um estudo baseado no visagismo, levanta a moral de qualquer pessoa
no Studio Y. Este é um fator, para ela, super positivo, pois estar rodeada de pessoas é o que ela mais gosta. E o fato de viver em Goiânia, a seu ver, é outro ponto positivo. “Adoro morar aqui. O povo é acolhedor, hospitaleiro. Vim para cá para acompanhar minha família e hoje continuo aqui, e quero ficar”, comenta. Ildy exala alegria e garante que seu forte é ser humana em todos os sentidos. Já trabalhou como voluntária, se vestindo de palhaça para alegrar crianças e idosos, e garante que pretende sempre estar envolvida com qualquer tipo de trabalho voluntário. Quando ela fala que é muito humana, a maquiadora não está se referindo apenas às relações com quem está à sua volta, mas sim, como sempre, o foco volta a ser a sua profissão. “Gosto de exercitar esta humanidade até mesmo na produção de uma pessoa. Hoje em dia a ditadura da beleza faz com que as pessoas percam o limite, a noção, façam plásticas a todo instante e muitas vezes isto é desnecessário. Uma boa maquiagem, um ótimo penteado, fruto de um estudo baseado no visagismo, levanta a moral de qualquer pessoa”, garante Ildy. E ela sabe disto não é à toa: já trabalhou em empresas de cosméticos e fez vá rios cursos o que a levou ao alto nível de profissionalismo que tem hoje. Isto, no entanto, segundo ela, é à parte. Seu melhor atributo, ela garante, é querer ver as pessoas felizes.
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objeto de desejo
A BOLSA em alta Sonho de consumo, A Birkin 茅 um dos acess贸rios mais desejados do mundo
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lém de ser um item de estilo, a bolsa carrega a personalidade da dona. Este é o foco do livro “Le sac: un petit monde d’amour”, que em português seria “A bolsa: um mundinho de amor”, de Jean-Claude Kaufmann. O professor da Universidade Paris V – Sorbonne tenta decifrar o profundo relacionamento feminino que existe com o pequeno universo que habita a peça. Nas suas conclusões aponta para o fato do interior ser um mundo à parte, fora da vista e do julgamento alheio, enquanto o exterior da bolsa gosta de se exibir e define o poder social da usuária. “Ela representa a parte mais íntima da mulher e está ligada à construção da identidade. Leva objetos carregados de afetividade, itens preciosos situados além da análise racional. Dá para contar a vida de uma mulher a partir do modelo escolhido e de seu conteúdo”, garante o professor francês. Será? Fato é que esta peça, considerada o must have de estilo, é a queridinha de mulheres do mundo inteiro. Quanto mais, melhor. Além disso, uma bolsa pode transformar um look. Por isso a preocupação em ter tantas e de tantas cores e modelos, já que dão um toque a mais de glamour no visual. Mas nenhuma é tão cobiçada como a Birkin, da grife Hermès. Símbolo de status, luxo e elegância, a Birkin tem virou protagonista da marca e está nos closets das principais celebridades e da realeza europeia. A história da Birkin é bastante curiosa. Tudo começou quando, em 1984, a atriz Jane Birkin estava em um avião e não conseguia encaixar suas coisas no bagageiro, reclamando a falta de uma bolsa mais prática para viagens. No mesmo vôo estava o presidente da Hermès, Jean-Louis Dumas, que mandou começar a produção de uma bolsa que chamou de Birkin, em homenagem à atriz. Em couro preto, a primeira Birkin se tornou um sucesso imediato e até hoje complementa os looks de várias celebridades, em especial Victoria Beckham, que tem de todos os modelos, cores e texturas, somando uma coleção de 100 peças.
O que faz, portanto, que a Birkin seja tão desejada? Uma palavrinha mágica: exclusividade. São bolsas inteiramente desenvolvidas na França de forma artesanal. Algumas levam de 48 horas a duas semanas, dependendo da customização, para serem finalizadas. Os materiais usados para a confecção são da mais alta qualidade (neste caso, o couro), aliando a uma mão de obra altamente qualificada. Pelo fato de serem peças únicas, o preço é bem salgado, mas, apesar dos valores altos, são cobiçadíssimas por mulheres famosas com a cantora Avril Lavigne e Lady Gaga, a modelo Naomi Campbell, as atrizes Lindsay Lohan e Katie Holmes e a mais fanática de todas, Victoria Beckham. A Birkin custa no mínimo US$ 9 mil e chega a US$ 50 mil. O sucesso da Birkin está no fato de a marca ter aliado um produto de altíssima qualidade a um design que satisfaz os desejos das mulheres. Além disso, o atendimento é um tanto criterioso nas lojas da Hermès, que têm uma charmosa classificação disfarçada para determinar quem pode ser proprietária de tal preciosidade. Por trás de todos esses cuidados há uma grande estratégia de marketing que tem sido exemplarmente conduzida durante anos. Todos conhecem uma Birkin de longe. Mesmo sem logotipos chamativos, a bolsa é reconhecida e desejada pelas mulheres. Seu apelo não foi temporário, já perdura por décadas e sem previsão de se esgotar. A Birkin, de fato, seduz. Os especialistas creditam este sucesso ao fato de algumas mulheres comprarem por gosto pessoal, outras de forma impulsiva, e ainda, para terem uma marca agregada a sua imagem. Seja qual for o motivo, a Birkin continua soberana.
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Personalidade
O visionรกrio que marcou a moda mundial
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onhecido como o visionário da moda e por ter sucedido com extrema competência John Galliano na Givenchy, em 1996, o estilista Lee Alexander McQueen nasceu em Londres, em 1969. Filho de um taxista e uma dona de casa, o caçula de seis filhos começou a trabalhar com moda bem cedo. Aos 16 anos, desistiu de estudar e resolveu ser aprendiz dos alfaiates de SavileRow, a rua de moda masculina mais famosa da capital britânica. De lá, mudou-se para trabalhar com o figurinista teatral Angels and Bermans, que o ajudou a se especializar em alfaiataria melodramática, o que acabou se tornando uma assinatura de McQueen. Com 20 anos foi contratado pelo designer Koji Tatsuno, que também tinha raízes na alfaiataria britânica. Um ano depois McQueen viajou para Milão, onde foi empregado como Romeo Gigliï como assistente de design. No retorno a Londres, ele completou o mestrado em Design de Moda, no Central Saint Martins e antes mesmo de se formar, lançou sua grife. Caiu nas graças da professora Louise Wilson e, mais tarde, também chamou a atenção da editora de moda Isabela Blow. Nas passarelas de Paris a marca dele chamava a atenção pelas apresentações teatrais e surpreendentes. Reconhecido como o gênio da alta-costura, o estilo apresentado por ele trazia influências góticas em peças contemporâneas, que revelavam o contraponto entre fragilidade e força, tradição e modernidade. Alexander McQueen é conhecido por sua força emocional e pelo uso de matérias-primas energéticas, bem como a natureza romântica, mas decididamente contemporâneo nas coleções. Integral à cultura, McQueen é a justaposição entre os elementos contrastantes. De um ponto de vista emocional e, até mesmo abertamente apaixonado, se fez com um profundo respeito e influência pela tradição artística e artesanal. As coleções de Alexandre combinam conhecimento profundo e trabalho de alfaiataria britânica sob medida, o fino acabamento dos ateliers franceses de alta costura e a impecável fabricação italiana. Já desenhou roupas para as personalidades como Björk, Beyoncé, Fergie, Rihanna, Janet Jackson, Mary J. Blige, Lady GaGa, Naomi Campbell, Sarah Jessica Parker, Br. Pionório, Cameron Diaz, Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anna Paquin, Katie Holmes, Camilla Belle, Michelle Obama e o Príncipe Charles. No casamento do Príncipe William com Kate Middleton, a noiva usou um vestido da marca McQueen, criado por Sarah Burton, então diretora criativa. Foi encontrado morto no seu apartamento em Londres no dia 11 de fevereiro de 2010, após cometer suicídio. A morte de Alexander McQueen ocorreu dias antes da Semana de Moda de Londres. Apesar do desejo de que a grife se encerrasse com a sua morte, foi sucedido por Sarah Burton. A exposição das criações, no Metropolitan Museum, em Nova York, no ano passado, levou milhares de fãs a ficarem horas na fila. Admiração que apenas os gênios, como McQueen, despertam.
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Bom gosto, elegância e charme são a assinatura da Vero Festas
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uando Liliane Lobo deu início as suas atividades como banqueteira, ela nem imaginava que, 20 anos depois, estaria junto com as filhas Tana e Cristal à frente de uma das maiores e mais completas lojas de aluguel de decoração de materiais e mobiliários para eventos A Vero reúne absolutamente tudo que é necessário para a realização de uma festa, com todas as garantias de sucesso. O melhor de tudo isso é que, além do profissionalismo, o cliente acaba se tornando parte da família. É assim mesmo que as três administram: com conhecimento e sabedoria aliados a um jeitinho todo
carinhoso de lidar com as pessoas que expõem seus desejos quando fazem uma festa. Além da locação e decoração, o talentoso trio também elabora projetos e executa a ambientação de eventos. “Nosso objetivo aqui na loja é ampliar o nosso Buffet e mostrar para o cliente todo o nosso material, por isso aqui temos mesas montadas de diferentes formas. Nossas expectativas foram superadas. Não tem um final de semana que ficamos paradas”, conta Tana. A ideia é que, com a Vero Eventos, o cliente consiga resolver toda a festa em um só lugar. Desde o buffet até o aluguel de mobiliário e a decoração.
Vero Festas Rua 1134 nº233 Setor Marista Telefone: 3088-0522
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moda
Couro no Verão O inverno já passou, mas nada de esconder as peças de couro no fundo do armário. O material continua um must have, mas com uma cara mais alegre, colorida e shapes fresquinhos, como coletes, saias e shorts.
Make Up & Hair : Paulo Cardoso | Produção: Gabriel Theodoro | Modelos: Duane Friedrich & Milene Couto (Ford Models)
Jaqueta e Vestido Ville Gaspacia e joias Goldesign
Blusa Emporium LolitĂ
Blusa e Calça Emporium Lolità
Blusa Emporium Lolità e Calça Ville Gaspacia,Bolsa Chanel e Joias Goldesign
Blusa e Saia Emporium LolitĂ , Bolsa Chanel e Joias Goldesign
Blusa Emporium LolitĂ e Joias Goldesign
Short e Blusa Emporium LolitĂ , Bolsa Chanel e Joias Goldesign
Jaqueta Emporium LolitĂ
Trench Emporium LolitĂ e Brincos Goldesign
Saia e Blusa Emporium LolitĂ , Clutch Pandora e Joias Goldesign
Vestido e Jaqueta Emporium Lolità e Brincos Goldesign Agradecimento especial: Casa Mix & Bossa e Lorena França.
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A surpreendente Croácia Por Areda Fiori
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erto dia li uma matéria falando dos 10 lugares no mundo que não pareciam ser no planeta Terra. Um deles era Plitvice Lakes. Quando vi as fotos não acreditei que existia realmente um lugar na Europa que pouca gente aqui do Brasil conhecia e que fosse supostamente parecido com Jardim do Éden. Estudei sobre o assunto e pronto: é para Croácia que eu vou! Peguei o avião em Londres, onde estava passando uma temporada, cheguei em Zagreb, capital da Croácia. Dois dias lá e já quis ir para Plitvice, um parque com 16 lagos de cores mágicas em meio as montanhas. Um lugar onde só existe verde e azul, apelidado de Terra do Avatar. Deu para ter uma noção de como é, certo? Depois de nove horas de caminhada pelo parque e uma noite regada a muito vinho, descansei o suficiente para seguir viagem. Chegando em Split, peguei o barco e fui para Hvar, que é a ilha mais bonita, badalada e encantadora da Croácia. A cidadezinha é toda feita de pedra e todo mundo só anda de vespa, come em restaurantes charmosos, tendo como vizinhos de mesa Beyonce e Jay Z e, de quebra, dança perto do Príncipe Harry, no Veneranda Club, considerada a melhor balada do mundo. Tá bom para você? Se não bastassem as celebridades, o charme e todo deslumbre da ilha, há ainda os taxi boats e iates lindos para passar o dia circulando pelas ilhas, nadar em cavernas de águas turquesa e conhecer praias desertas e paradisíacas. Uma semana em Hvar e segui para Dubvrovnik onde encerrei a viagem. De norte a sul, Dubrovnik é pura História, requinte e magia. Com a muralha antiga em Old Town como cartão de postal da cidade, já se sente que ali é um lugar de descanso e cultura. A não ser que você goste de esportes radicais, assim como eu. Uma das coisas mais legais para fazer é a travessia de uma ilha a outra de caiaque. O passeio é maravilhoso, imperdível. Depois de horas balançando sozinha em um caiaque em alto mar, voltei e fiquei dois dias inteiros no hotel para relaxar antes de voltar para Londres. O hotel, em questão, é o Grand Villa Argentina, um dos melhores de toda Croácia. Finalizei mais uma viagem do melhor jeito possível: descansando com uma vista de tirar o fôlego, em um dos países mais lindos do mundo e planejando o próximo roteiro. Enjoy Croatia, Enjoy Life!... Hvala :)
Areda Fiori é consultora de imagem. Mais dicas no blog: www.aredafiori.com.br
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around the world II
Peru Por Tatiana Mendes
Uma agradável surpresa
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uanto mais você viaja, mais exigente vai ficando. Entre as minhas andanças pelo mundo - já são 20 países e carimbos no passaporte- e nenhum lugar nos meus últimos roteiros me surpreendeu como o Peru. Nunca havia pensado em conhecer o país antes, mas, graças a uma super promoção que encontrei na internet, resolvi respirar ares andinos por uma semana com alguns amigos. Comecei a viagem pela capital Lima, uma cidade encantadora com a melhor gastronomia que experimentei nos últimos tempos. A cidade também oferece vários atrativos culturais e uma vista maravilhosa do Oceano Pacífico. Três dias depois fui para Cuzco, parada obrigatória para quem quer conhecer Machu Picchu. A cidade é graciosa, com arquitetura colonial espanhola e uma linda Catedral, mas não tem muito o que fazer por lá. A minha dica é reservar um bom hotel para garantir uma ótima noite de sono antes e depois de ir ao Machu Picchu, afinal este lindo passeio exige fôlego.
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Lima l
Ande de táxi. As corridas custam em média 5 soles (R$ 3), independente da distância.
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Use e abuse das belezas e das baladas do bairro de Miraflores, em Lima.
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Bip… bip! Bip… bip… procure não enlouquecer com as infinitas buzinadas dos taxistas! Eles fazem isto para informar que estão disponíveis. Isso me fez chegar a seguinte conclusão: em Lima só tem táxi disponível.
Visite os restaurantes que ficam na orla de Lima, que oferecem uma excelente comida, com muito ceviche, vieiras, polvos, lagostas e camarões. Os restaurantes funcionam com o serviço de buffet, custam em media 70 soles por pessoa (R$ 50) para comer a vontade uma variedade de 80 pratos..
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Prove as bebidas locais, o Pisco Sour ou o Pisco Coca. Bebidas preparadas com pisco, uma espécie de água ardente de uva. Para aqueles que não curtem bebidas alcoólicas não deixem de provar o refrigerante local, o Inka Cola.
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Garfada perfeita: Vá ao ASTRID & GASTÓN. Restaurante comandado pelo chef Gastón Acúrio, está entre os 50 melhores restaurantes do mundo. Mas não se preocupe, pois ele também deve estar na lista dos mais BARATOS DO MUNDO! Estive por lá em fevereiro de 2011 e paguei 100 soles (R$ 70) no menu degustação com oito pratos.
Como chegar: Vá de táxi, é muito barato, as corridas custam entre 3 a 10 soles. Calle Cantuarias 175, Miraflores.
Não estranhe a venda de folhas de coca por todos os lugares. Ela não faz mal nenhum e é utilizada para fazer chás medicinais no Peru e na Bolívia.
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Visite a Pastelaria San Antonio. Esta confeitaria oferece vários doces que ficam ainda melhores se acompanhados de um mate de coca bem gelado. Como chegar: Av. Vasco Nuñez de Balboa nº 770, Miraflores.
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Visite o centro histórico de Lima! Tombado pela UNESCO desde 1988, o centro da cidade mesmo danificado por alguns terremotos merece a atenção dos turistas. Um bom ponto de partida para este passeio cultural é a Plaza de San Martín.
Tatiana Mendes é chef de cozinha e tem dicas legais de gastronomia no seu blog: www.embuscadagarfadaperfeita.com.br
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Ser especial
A psic贸loga Clarissa recebe o carinho do filho Andr茅, de 16 anos
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“O autismo invadiu nossos sonhos, mas não nos impediu de sonhar” por Renata Massafera
O slogan da Associação de Amigos dos Autistas (AMA) reflete exatamente o que pais e familiares aprendem diariamente: a vida continua
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ndré tem 16 anos e depende da mãe para muito mais coisas do que outro menino da sua idade. Ele é autista. Sua mãe, a psicóloga Clarissa Vaz Gomes de Melo, também depende muito de André, especialmente de seu amor. O que aprendeu ao longo do tempo é que apesar de carinhoso e querer contato, muitas vezes o filho não sabe como iniciá-lo ou mantê-lo. Ela mais dá do que recebe e foi apenas quando teve a percepção de que assim seria sua relação com o filho que compreendeu e aceitou. “Até diagnosticar o autismo do André foi um embate. O neurologista dizia que era e a escola negava. Uma vez diagnosticado, a minha dificuldade foi entender como funcionava esta interação. Com o autista, a dificuldade maior na aceitação é mudar nosso próprio olhar para poder ajudálo”, comenta Clarissa, explicando que a Teoria da Mente, voltada para o autismo, mostra que eles têm dificuldade de perceber a vontade do outro. “Eu sou uma pessoa melhor por causa do meu filho André. Aprendi a dar valor às pequenas coisas e perceber que a família é importantíssima no convívio com o autista”, conta a psicóloga, que está fazendo especialização em Neuropsicologia.
Segundo ela, na avaliação neuropsicológica tem como checar as funções cognitivas qualitativa e quantitativamente. “Por meio da avaliação dá para saber a limitação e a capacidade daquela criança, para decidir qual intervenção será mais eficaz”, informa. Clarissa participou do último Congresso Brasileiro de Neurologia, que aconteceu em Goiânia, e abordou de maneira clara o que funciona e o que não funciona para o autismo. O que se sabe é que não há uma causa conhecida, um marcador biológico. O autismo é diagnosticado clinicamente e há diferentes formas de comprometimento, por exemplo, com ou sem atraso de fala. Clarissa, que também é mãe de Lucas, de 14 anos, dá um recado para as mães que ainda enfrentam dificuldades em lidar com o fato de terem um filho autista. “Seja mãe, não tem que ser terapeuta, mulher maravilha. Faça o que você pode fazer, tente se livrar de qualquer culpa por não estar fazendo o que acha que seria melhor, porque certamente você já está fazendo o melhor”, aconselha a psicóloga.
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ser especial
Especialista garante que quanto antes o autismo é diagnosticado, mais eficaz é o tratamento Outro mito que ronda a questão do autismo é que o diagnóstico só pode ser dado depois de determinada idade. Alguns especialistas afirmam que seria por volta cinco anos. O neuropediatra Guilherme Menezes, do Hospital da Criança, é enfático: “Nos bebês já é possível diagnosticar o autismo. Isto acontece, principalmente, a partir de uma suposição das pessoas que convivem com o bebê e percebem a falta de afetividade e de interação em brincadeiras comuns, já na faixa etária de 6/7 meses de vida. A linguagem, necessariamente, não é um deles. O diagnóstico, portanto, nunca é dado numa primeira consulta. Damos as diretrizes para nortear o que a família deve observar”, informa. Guilherme lembra que existem crianças com comportamentos que sugerem autismo, mas que não são. Isto acontece em casos específicos de trauma e são quadros reversíveis. Já quanto ao autismo, não há cura, mas tratamentos multidisciplinares que promovem ótimos resultados, lembrando sempre que cada caso tem sua particularidade. A Síndrome de Asperger, por exemplo, é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. Este, por sua vez, desenvolve alguma habilidade. “Temos que lembrar, ainda, que o autismo é uma doença de dificuldade de comunicação e não de linguagem. A abordagem
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psicoterápica, portanto, consiste em melhorar a comunicação com o autista”, aborda Guilherme, completando que não se deve dar medicamento ao autista, a não ser em casos excepcionais. O autista é um tipo de paciente no qual falta bom senso, capacidade de abstração. Quando há o espectro autista, ou seja, quando se suspeita deste comportamento, determinase um diagnóstico comportamental, não havendo, portanto, um exame complementar comprobatório, que indicaria o mau funcionamento dinâmico cerebral. “Para ajudar no diagnóstico pode-se até utilizar a Petscan, uma tomografia funcional, mas na verdade, no autismo não existe uma alteração específica, exclusiva. Voltamos, portanto, para a necessidade de um diagnóstico clínico”, enfatiza o especialista. O neuropediatra explica que o autismo tem uma etiologia criptogênica, ou seja , tem base genética, mas ainda não foi determinada. Uma vez diagnosticado, no entanto, o autismo deve mobilizar a família no sentido de buscar os tratamentos multifatoriais que proporcionem a evolução do paciente e uma melhor convivência com todos à sua volta. Os tratamentos multidisciplinares são fundamentais, as consultas são importantes, mas como aponta Guilherme, a troca de informações com outros pais ajuda muito. “A AMA, neste caso, é fundamental”, conclui.
Mas, afinal de contas, o que é o autismo? Embora inúmeras pesquisas venham sendo desenvolvidas para definir o que seja o autismo, desde a primeira descrição feita por Leo Kanner, em 1943, existe um consenso de que o que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Essas características estão presentes antes dos três anos, e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas. A noção de espectro do autismo foi descrita por Lorna Wing em 1988, e sugere que suas características variam de acordo com o desenvolvimento cognitivo. Assim, em um extremo temos os quadros de autismo associados à deficiência intelectual grave, sem o desenvolvimento da linguagem, com padrões repetitivos simples e bem marcados de comportamento e déficit importante na interação social, e no extremo oposto, quadros de autismo, chamados de Síndrome de Asperger, sem deficiência intelectual, sem atraso significativo na linguagem, com interação social peculiar e bizarra, e sem movimentos repetitivos tão evidentes.
pais decidiram se reunir para, juntos, construir um futuro que amparasse seus filhos, e proporcionasse a eles maior independência e produtividade. Fundaram a AMA, a primeira associação de autismo no País, que antes de completar um ano já tinha uma escola, que funcionava no quintal de uma igreja Batista. Este espaço era cedido pelo pastor Manuel de Jesus Thé, pai de César, portador de Síndrome de Asperger. A partir de então, começou uma grande luta. Por sua natureza de pesquisa na área do autismo e por haver uma população carente para ser atendida, a instituição beneficente e sem fins lucrativos - lutava e luta até hoje para se manter. Hoje a AMA pode oferecer atendimento 100% gratuito graças a dois importantes convênios com as Secretarias de Estado de Educação e da Saúde. E se atualmente, a palavra autismo não é mais um mistério e muitas pessoas se envolveram com a causa e fundaram associações semelhantes, para a educação de pessoas com autismo, a pioneira é a Ama . Um grande avanço para compreensão e amparo de autistas e familiares.
Para unir pais e familiares ligados a pessoas autistas foi criada a Associação de Amigos do Autista (AMA), cuja história começa em 1983, quando a síndrome do autismo, que hoje muitos tratam com familiaridade, era totalmente desconhecida. A palavra autismo, definida em 1943 por Kanner e Hans Asperger, constava apenas do vocabulário de alguns psicólogos e psiquiatras, e ainda assim só os especializados. Mas, como diz Uta Frith, “um transtorno descrito recentemente não é necessariamente um transtorno novo”. O autismo já existia. Em 1983, Raymond Rosenberg tinha alguns pacientes que viviam um momento de angústia: os filhos pequenos tinham sido diagnosticados com autismo. Essa era toda a informação que esses pais tinham: o nome da síndrome. Não havia qualquer pesquisa ou tratamento na cidade, no estado ou no país que pudesse ser utilizado para ajudar aquelas crianças. Os atendimentos para crianças excepcionais não eram adequados e nem mesmo aceitavam pessoas com autismo. Foi então que esses
AMA-GO Associação de Amigos do Autista de Goiânia Praça C-164 s/n, Jardim América, Goiânia - GO CEP: 74250-220 Telefones: (62) 3291 4478 Fax: (62) 3241 2448 ruthmedeiros@cultura.com.br
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Literatura
Amado ou odiado? Polêmico! por Renata Massafera
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leitura de “Cinquenta Tons de Cinza” (Fifty Shades of Grey) provoca admiração ou revolta, amor ou ódio, mas o que não dá é para ficar impassível à leitura que está causando tanta polêmica. O livro da britânica E.L.James, publicado no Brasil pela editora Intrínseca, em menos de 20 dias desde o seu lançamento já havia vendido mais de 100 mil exemplares. Um total sucesso, que pode ser definido pelas palavras excitante, sensual e perigoso. O livro, que conta sem pudor e detalhadamente carícias e perversidades de Christian Grey e Anastasia Steel, num romance diferente do que estamos acostumados a ler, é narrado em primeira pessoa por Ana. Ela é uma protagonista intrigante, extremamente imatura e que não imagina onde está se metendo ao começar um conturbado e devastador romance com Christian Grey, cujo estereótipo sedutor, sombrio e controlador encanta a jovem. Mas nada é perfeito e Ana terá que se submeter a ser submissa tanto de Grey quanto de seus próprios sentimentos e desejos.
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Um “Crepúsculo” com pimenta Há quem garanta que “Cinquenta Tons de Cinza” é o “Crepúsculo” apimentado. Quem já leu os dois observa uma lista de semelhanças: uma heroína jovem, bonita e inteligente, mas insegura, filha única de pais separados, madura, porém inexperiente em relacionamentos, inacreditavelmente descoordenada e com um dom para atrair confusão. Um heroi mais velho (guardadas as devidas proporções, já que Edward Cullen, de “Crepúsculo”, nasceu em 1901), impossivelmente belo e rico, dono de um temperamento volátil e de segredos sombrios – mas, no fundo, com um bom coração –, de gosto musical eclético e uma queda por veículos velozes. Uma narrativa centrada no relacionamento entre a heroína e o heroi, recheada de referências sexuais, mais especificamente sadomasoquistas, com descrições detalhadas.
Quem não gostou do livro alega que a autora mantém uma abordagem rasa sobre a vida e os segredos dos personagens – principalmente do estranho comportamento de Grey, prejudicando a qualidade da trama. Ela se mostra mais preocupada em extasiar o leitor com inúmeras páginas munidas de momentos íntimos entre os protagonistas, levando-o ao delírio com tanta sensualidade. As feministas querem queimar o livro, que, segundo elas, subverte décadas de lutas em favor da liberdade da mulher, posicionando-a como submissa. Por mais que haja toda uma explosão sexual na maioria das páginas, o que mais impressiona é o fato de que ao desenrolar do livro, Ana vai testando seus limites e encontra em Grey um homem cheio de angústia e segredos do passado, que contribuem para o seu comportamento mais do que bipolar e absurdamente controlador, tanto na parte sexual como na vida social. E aí surge uma discussão importante sobre até que ponto uma paixão pode influenciar e mudar nossas vidas, além do fator cultural que torna o sexo em um grande tabu, principalmente quando envolve domínio, submissão e dor. Com um desfecho interessante, E L James amadurece a personagem principal e deixa de lado qualquer final “baunilha”, mostrando que a vida não é um conto de fadas e que para um relacionamento dar certo é preciso, além de tudo, equilíbrio entre ambas as partes.
As semelhanças citadas acima não são mera coincidência. A britânica Erika Leonard James não faz questão nenhuma de esconder o fato de que seus “Cinquenta Tons” nasceram da história de “Crepúsculo”. Infeliz com seu emprego, a ex-gerente de produção de TV se apaixonou pela saga adolescente (ela afirmou em entrevista à “Veja” que leu os quatro livros em cinco dias) e imediatamente teve a inspiração de começar a escrever. Depois de descobrir o fan fiction – estilo em que fãs imaginam histórias paralelas derivadas de determinadas obras –, ela achou que apimentar a relação entre Edward e Bella “poderia ser um exercício divertido”, e foi daí que surgiu a sua trilogia. Suas primeiras edições foram publicadas em 2011 por uma pequena editora australiana em forma de e-book. Meses depois, já na Vintage Books, as vendas dos três livros a deixavam aproximadamente um milhão de dólares mais rica por semana. Em abril de 2012, ela foi nomeada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista “Time”. “Cinquenta Tons de Cinza” e suas sequências “Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade” venderam mais de 40 milhões de cópias no mundo todo. Seu alcance ainda vai se expandir ao cinema, já que os direitos das obras foram comprados por US$ 5 milhões pela Universal Pictures e Focus Features, e “Cinquenta Tons de Cinza – O Filme” já está em fase de pré-produção, sob os cuidados de Michael de Luca e Dana Brunetti, que trabalharam no premiado “A Rede Social”.
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Literatura
Impressões sobre os 50 tons Um site de entretenimento perguntou a 50 mulheres o que elas acharam do livro “Cinquenta tons de cinza”. A maioria declarou: “não consegui parar de ler”. Outras disseram: “adoraria ter alguém como ele na minha vida”; “eu quero, eu preciso de um Christian Grey”; “é a história de alguém que muda alguém”; “preciso dos próximos (volumes)”; “meu marido ficou com ciúme do livro”; “acho a perfomance sexual dele maravilhosa”; “será que precisa de um contrato?”; “ela, sem perceber, domina um homem que jamais imaginou se submeter a um romance normal”; “não gostei do livro, achei fraco, mas não consegui parar de ler”. E o que faz com que a maioria das pessoas não tenha conseguido parar de ler? A descrição minuciosa das cenas de sexo? O desejo por novidade? A vontade de aprender algo novo para usar num relacionamento que talvez esteja morno? A psicóloga e terapeuta sexual Lara Jayme de Angelis Rosa nos explica a atração das mulheres por este livro. Segundo Lara, entre uma e outra cena tórrida de sexo, o livro é o relato da negociação das fantasias sexuais que o casal precisa fazer todo tempo, o que acaba acontecendo com a maioria dos casais, mas não no mesmo grau e intensidade. “O livro narra um relacionamento fora da realidade. Segundo pesquisas, um relacionamento saudável tem, em média, de duas a três relações sexuais por semana. O que acontece é que a mulher moderna, inserida no mercado de trabalho, quer ter prazer e se o casamento não a está satisfazendo, ela idealiza que o marido se torne um Christian Grey ou busca fora do casamento alguém que vá lhe proporcionar este prazer”, explica Lara.
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Ela lembra que o homem foi criado para ter prazer e a mulher para ser a cuidadora, mas que com a evolução a mulher está mudando e hoje expressa mais seu desejo. O livro surge, neste momento, como uma forma de tentar apimentar o relacionamento para satisfazer não só o desejo do homem como o desta nova mulher, que quer novidades. A submissão, no entanto, é algo que na opinião de Lara agrada a apenas um grupo, que já é submissa por causa da bagagem que trouxe do casamento. A dor é outro ponto polêmico e que intrigou Lara não como terapeuta, mas como mulher. “Não entendo uma pessoa ter prazer sentindo dor, mas as pessoas são diferentes, temos que aceitar estas diferenças”, opina. Para Lara, a melhor maneira de apimentar um relacionamento que ficou morno por causa da rotina é seguir uma regra: o casal precisa ser eternos namorados e, para isto, é imprescindível investir na sedução. “A sedução é fundamental para resgatar a sexualidade. Uma lingerie sensual, mãos dadas e beijos de língua são recursos que devem ser adotados”, incentiva a terapeuta, reforçando que a sedução é a arma certa para enfrentar os momentos monótonos do casamento. No entanto, para o casal buscar junto o que quer da relação é preciso, acima de tudo, que cada um esteja realizado individualmente. “A mulher para ser feliz tem que primeiro pensar nela e depois na relação”, sugere a terapeuta.
SARTRE/GUMO
coleção
Primavera Verão Animale / Le Lis Blanc / John John Denim / Cavage / Serperi Marie Ateen / Thelure / Fabulous / Moça Bonita / Amíssima / Letage Hit / Agilità / Serpui Marie / Corporeum / Linda de Morrer
Av. 136, n. 145, Setor Marista, Tel. (62) 3941 6481 www.facebook.com/villegaspacia
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iluminepor Renata Massafera
A maquiagem correta tem o poder de transformar e iluminar o rosto
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Primavera, que sempre coloca as cores e flores em evidência, agora tem uma nova vedete: a luz. Quem garante é o make-up artist Paulo Cardoso, do Studio Y.
Paulo garante que é um prazer transformar uma pessoa através da maquiagem, ainda mais quando a proposta é iluminar. “Adorei esta tendência”, enfatiza Paulo, lembrando que o make-up sempre acompanha a moda, que nesta estação vem com muita luz e cores intensas, chamadas de fluo ou neon. “A maquiagem é um acessório. Nenhuma mulher sai de casa sem maquiagem, nem que seja pelo menos um batom ou uma máscara nos cílios. Para um bom make-up de dia, o
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-se!
interessante, no entanto, é buscar aquele efeito ‘fui eu mesma que fiz’, ou seja, sair com uma maquiagem tão clean e despretensiosa que provoque a sensação de cara lavada”, ensina o expert, completando que quanto mais clean e mais natural, melhor. Já para a noite a luminosidade é a palavra da vez. “O batom estava opaco até na estação passada. Agora estão luminosos. O gloss volta com força total e tudo vem com muito brilho”, diz Paulo Cardoso. Ele explica que a velha pegada de high-low continua dominando o make up de qualquer descolada. Isto é, aquela regrinha básica que entra ano, sai ano, continua firme e forte: olhos marcantes fazem par com boca discreta, enquanto a boca marcante exige um olho mais discreto. Em outras palavras: equilíbrio. Para aquelas que gostam de batom vermelho: cuidado. Paulo lembra que não é qualquer pessoa que fica bem de batom vermelho, portanto, na dúvida, vale consultar a opinião de quem entende do assunto. O queridinho de sete entre dez mulheres, segundo ele, continua sendo os olhos bem marcados, esfumaçados e pretos. “Olho maquiado na cor preta dá um ar de sensualidade que as mulheres adoram”, garante. Ele enfatiza a importância de relacionar o makeup não só ao horário, mas também ao tipo de evento. Um encontro casual merece, é óbvio, uma maquiagem mais leve, ao passo que para ir à balada é permitida uma ousadia bem maior. Encontros românticos, reuniões de trabalho e o dia a dia no escritório obdecem a um critério: bom senso. A dica é: muita luz sim, mas na hora e na medida certa.
Agradecimento a Mariana Cardoso, do blog www.blogdamaricardoso.com.br, que foi nossa modelo nesta produção studio Y hair, body & soul
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MĂşsica
Kind of Por Bob Filho
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ocê não gosta de jazz, eu sei. Evita falar no assunto, não sabe diferenciar um trompete de uma corneta, e sente calafrios quando ouve o piano de Richard Clayderman, o saxofone do Kenny G, ou os trinados da Sandy arriscando standards de jazz, não é mesmo? Cuidado! Seu ouvido provavelmente está sendo enganado, e o que ele pensa ser jazz não passa de empulhação cafona fabricada para ludibriar leigos. Isso a primeira vista parece não ter saída, mas sabemos que tudo na vida tem solução, e movido por esse espírito altruístico, quero fazer agora contigo, caro leitor, o que Julia Roberts fez com Richard Gere no filme “Noiva em fuga”. Calma! Não é o que você está pensando (ou querendo, vá saber...). Vou apenas apresentá-lo a um excelente disco que pode fazer esse seu ouvido mal educado refletir um pouco mais. Numa cena do filme, a atriz presenteia o galã com o mitológico álbum que nasceu em Nova York na primavera de 1959 e é considerado uma obra-prima tanto de Miles Davis quanto do jazz. O mestre norte-americano reuniu seu espetacular sexteto composto por John Coltrane (sax tenor), Julian “CannonballAdderley” (sax alto), Bill Evans (piano) Wynton Kelly (também no piano), Paul Chambers (contrabaixo acústico) e Jimmy Cobb (bateria) numa antiga igreja armênia convertida em estúdio na East 30th Street e em apenas duas sessões de intrincadas improvisações calcadas no “modal jazz”, fez-se luz.
Blue Porque o álbum de Miles Davis é um dos melhores discos da história da música
O álbum, que completou suas 53 primaveras no dia 17 de agosto deste ano, é o mais vendido da história na categoria jazz, e consequentemente o maior sucesso comercial de Miles Davis, que segundo consta, distribuiu as partituras para os músicos de seu grupo minutos antes da primeira sessão de gravação para que o talento de sua banda em improvisar pudesse ser extraído ao máximo. A tática surtiu efeito, e basta ouvirmos o diálogo do contrabaixo com o piano nos primeiros segundos de “so what” - primeira faixa do disco -, para suplicarmos a Deus apenas dois desejos: silêncio e uma taça de vinho (seu cardiologista ou seu pastor aprovaria, pode apostar). Daí em diante, já enlevado pela atmosfera etérea do ambiente, você só terá olhos e ouvidos para contemplar o que virá a seguir. As belas “Freddie Freeloader”, “Blue in Green”, “All Blues”, e “Flamenco Sketches”. Influências pelo mundo? São inúmeras, o que soa redundante para uma obra louvada por músicos e artistas de todos os matizes. Para destacar algumas, ela vai desde a banda de rock progressivo Pink Floyd com “Breathe”, que teve alguns de seus melancólicos acordes inspirados pelo Kindof Blue, palavras do próprio Rick Wright no documentário “Dark Side of the Moon”, e segue passando por Quincy Jones, Erykah Badu, George Russel, Milton Nascimento e Herbie Hancock, outro lendário jazzista da escola do velho Miles, que traduz em definitivo a dimensão do impacto causada pelo disco: “quem é tocado por essa música muda para sempre. E se torna melhor do que é”. Eu sinceramente acho que sou uma dessas pessoas.
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Peça que levanta qualquer look: um bom acessório Para relaxar: para mim, além de manter a forma, corrida me relaxa muito Objeto de desejo: pulseira Elos de brilhantes DVF by H.Stern Na sua bolsa não pode faltar: makes para o dia a dia e meu Iphone, que já virou um vício... Um truque de beleza que é tiro e queda: delineador nos olhos. Adoro! Cidade preferida: Paris Como seria um dia perfeito: na praia com a minha familia, com direito a spa e muitas comprinhas no final do dia Qual foi sua última compra: Rolex Submariner de ouro Que prato faz você sair da linha: amo massa com trufas O que levanta seu astral: comprar é sempre bom! Livro de cabeceira: Bíblia Qual a trilha do seu Ipod: tenho uma seleção que estou adorando: *Mirage (Pryda) * Levels (Avici) *Open Your Eyes (Alex Metric) * Welcome to ST.Tropez (DJ Antoine) Uma viagem inesquecível: Roma Não vendo, não troco, não empresto: minha familia Qual seu filme preferido: Diário de uma Paixão. A história é linda e me emocionou muito. Restaurante: Estou gostando muito do Cafe de La Music Um drink: Não é o mais fino nem o mais elaborado, mas confesso que o meu preferido é Cozumel, uma mistura de cerveja, gelo, limão e sal.
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Thais Luchine Morbeck
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inda, elegante, antenada, com seus olhos verdes de gata, Thais Luchine Morbeck tem o poder de atrair todos os olhares. Proprietária da Emporium Lolitá, blogueira, mãe da pequena Bárbara de 4 anos e mulher do também empresário Humberto Torquato, Thais, 27 anos, é conhecida pelo seu bom gosto e ligação visceral com a moda e tudo que é lindo. Consumista assumida e nascida em Barra do Garças, Thais conta para a Revista Studio Y um pouco sobre suas preferências e estilo de vida
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Viva as diferenças! POR PAULO JUNIOR
Uma das histórias mais conhecidas da Bíblia bastante é a da Torre de Babel. o que essa narrativa tem para nos ensinar sobre nossa relação com Deus e uns com os outros.
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Para aqueles que não conhecem bem a história aqui vai um recorte do texto bíblico:
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abel e Babilônia são associadas àquilo que é exuberante, suntuoso, mas ao mesmo tempo confuso ou caótico. Outras vezes, a condição babilônica é própria do que é permissivo, ou de um ambiente de luxúria. Entretanto, o que queremos destacar desse episódio é o que ele revela sobre uma mudança radical das características das nossas relações. É evidente que essa história fala de uma condição em que as pessoas se entediam e se comunicavam com facilidade. Por isso mesmo, se propuseram de forma coesa à construção de algo que lhes garantisse um futuro de sucesso, prosperidade e notoriedade. De repente, tudo se transformou numa verdadeira “babel”; um ambiente de confusão, de desentendimento e dispersão. Exatamente, o oposto do que eles desfrutavam antes dessa iniciativa..
“No mundo todo havia apenas uma língua, um só modo de falar. Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície ali se fixaram. Disseram uns aos outros: Vamos fazer tijolos e queimá-los bem. Foi a primeira vez que os homens usaram tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa. Depois disseram: Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra. Deus desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo, e disse: Eles são um só povo e falam uma só língua, e é isso que começaram a construir. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros. Assim Deus os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel, porque ali Deus confundiu a língua de todo o mundo. Dali Deus os espalhou por toda a terra”.
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Minha formação profissional é Engenharia Civil, e o que me chama atenção no texto é a mudança da proposta construtiva na Torre de Babel. Creio que há uma mensagem aqui que vai muito além da mera questão dos materiais empregados na construção da Torre. Até Babel os homens construíam com pedras e, para otimizar os resultados em termos de tempo e economia, naquele momento decidiram usar tijolos pela primeira vez. Deixaram uma forma artesanal e natural de construir para uma alternativa artificial e industrial. Deixaram as pedras e passaram a utilizar tijolos.
Talvez, esteja aí o segredo do “porque” de dificuldades cada vez maiores nos relacionamentos. Dificuldades que têm se agravado a ponto de comprometer completamente essas relações
Hoje em dia, em termos das nossas construções prediais comerciais, seria impensável voltar às “casas de pedras”. Os tijolos nos deram um ganho de tempo e dinheiro, e isso fala muito alto num mundo do “capital” em que vivemos. Contudo, se pensarmos em termos de nossas construções “afetivas” ou relacionais a situação é bem outra. Talvez, esteja aí o segredo do “porquê” de dificuldades cada vez maiores nos relacionamentos. Dificuldades que têm se agravado a ponto de comprometer completamente essas relações. Quem sabe, ao contrário do que estamos acostumados a pensar, o segredo de nos entendermos e nos relacionarmos bem não estaria, justamente, em nossa capacidade de saber reconhecer as peculiaridades e singularidades de cada um? Ainda que isso pareça significar que, se nos dispuséssemos a construir com pedras, tudo ficaria muito mais lento e mais caro. A construção com tijolos torna tudo mais fácil e rápido, e isso é muito atraente. É só uma questão de “enquadrar” todos nos mesmos padrões; padrões que nós estabelecemos. Uma forma de “construir” em que aquilo que é “normal” é o que atende ao estrito interesse e imposição da maioria. As formas e as aparências passam a impor uma tirania nas relações, em que as particularidades não merecem, não podem e não devem ser respeitadas. Uma condição de trabalho e desempenho em que o controle conta mais do que a relação, em que o resultado está acima do processo. Afinal, qualquer iniciativa ou prática que contrarie essa norma poderia comprometer seriamente os custos e resultados pretendidos.
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Por outro lado, construir com pedras é moroso, nem sempre fácil. Exige atenção, cuidado, sensibilidade, percepção e habilidade em identificar e administrar as diferenças. Construir com pedras não privilegia maiores em detrimento de menores, não faz distinção entre claros ou escuros, altos ou baixos, compridos ou largos. Todos têm sua importância intrínseca e própria e, no momento oportuno, serão incluídos no processo e cumprirão o seu papel de acordo com sua aptidão. Nessa proposta construtiva o importante não é terminar rápido a um custo baixo, mas harmonizar os tipos, esforçando-se por encontrar o lugar de cada parte. A mesma Bíblia diz que a casa que Deus está construindo é uma “Casa de Pedras”, e não de tijolos. É uma Casa Viva, e não “assada em forno” – estéril. Os processos de Deus são dinâmicos e não estáticos e inertes. Aqueles que querem que se harmonizar com o verdadeiro propósito de Deus para suas vidas precisam se dedicar a perceber a
importância dos detalhes, dos tons, das nuances. Precisam ter olhos, ouvidos e tempo para saber perceber as suas próprias peculiaridades, e as daqueles que os rodeiam. Não pode querer viver a vida de forma meramente automática, intuitiva e, na maioria das vezes, insensível. A nossa sede de sucesso a qualquer custo, de erigir “torres” que alcancem os céus, de preservar os que são da “nossa própria espécie”, de garantir que os nossos nomes não sejam esquecidos, está nos confundindo. A ansiedade de obrigar igualdades, de impor padrões tem revelado o quanto somos inseguros, o quanto temos medo daquilo que não controlamos. Abdicamos do privilégio de conhecer, de nos relacionarmos, de aprender e ensinar, para assumir a posição de quem julga, compara, condena e pune. Não sei do que você tem construído suas relações, propósitos e projetos. Não sei que tipo de obrigações e “ajustes” você tem imposto a si e aos outros. Não sei se
a sua pressa em alcançar os resultados tem feito você desprezar os processos. Não consigo nem imaginar qual pode ser a qualidade das suas relações e com que grau de facilidade ou dificuldade você se comunica. Só espero que essa reflexão nos ajude a pensar sobre a possibilidade de que muitas das dificuldades que supomos virem de fora, ou dos outros, podem estar vindo de nós mesmos. Da forma como vemos pessoas, se pedras ou se tijolos.
Paulo Borges Júnior é coordenador do Ministério Sal da Terra
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Direitos e deveres
e a tes a รง n n n e i f a d r e ra ha a : to h Ti l g ia n A e a ar r me d m c tรก a io a a bu ej r d ri n tรก t la bu P ri T por Thiago Miranda
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nvariavelmente todo ano os brasileiros se recordam de um momento histórico. É a Inconfidência, quando, em 21 de abril de 1792, Tiradentes foi executado pela Coroa Portuguesa por causa de sua revolta contra a cobrança do quinto e a prática da derrama. O quinto era um imposto de 20% sobre todo o ouro produzido na então colônia. Já a derrama correspondia à cobrança violenta dos impostos não pagos, fossem ou não devidos de fato. Não havendo condições de pagar o tributo, tudo o que os “cidadãos” possuíssem de valor deveria ser usado para quitar o débito. Passados alguns séculos, o Brasil vive submetido a esta mesma espécie de ditadura fiscal: a carga tributária nominal atinge aproximadamente 36% do PIB. Empresas e pessoas que atuam no mercado interno suportam mais de 40% de tributos. Tudo isso corrói renda e patrimônio de todos os brasileiros, produzindo um efeito devastador no consumo e na competitividade das empresas, sobrecarregando o preço de produtos e dos serviços. Em média, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o cidadão brasileiro trabalhará 150 dias em 2012, ou quase 5 meses, somente para pagar toda essa carga. São dias de escravidão tributária. Além da tributação excessiva, as autoridades fiscais impõem um quadro impiedoso ao contribuinte ao lhe transferir o dever de fiscalizar (através das retenções), ao oficializar a penhora on-line para débitos tributários e ao criar constantemente novas obrigações acessórias (burocracia excessiva). Tudo isso tem levado grande parte do mercado à inadimplência, ameaçando os infortunados, chamando-os de sonegadores e propondo uma nova e verdadeira derrama na sociedade brasileira. Por uma coincidência do destino, até o mês de abril de cada ano os cidadãos brasileiros devem entregar suas Declarações de Imposto de Renda Pessoa Física. Todos preocupados em reunir todos os documentos a serem revelados à Receita Federal do Brasil para que, devidamente expostos, o contribuinte não venha a cair na “malha fina” – o procedimento de verificação administrativa da declaração que pode acarretar em atraso na restituição ou em pesadas multas.
Nesse cenário, é muito importante refletirmos quão reativos, quando não passivos, somos hoje: se, no passado, com o quinto, tivemos a Inconfidência, e hoje cada brasileiro paga aproximadamente dois quintos (40%) de tributos sobre sua renda, patrimônio e consumo (ou seja, o dobro do “quinto dos infernos”), o que devemos fazer? Uma nova revolta tributária? Para iniciarmos o processo de combate à excessiva carga tributária brasileira sem que necessariamente nos revoltemos, em primeiro lugar é necessária a tomada de consciência de que algo precisa ser feito. Afinal, todos já identificaram o problema. Na seqüência, os meios de comunicação, formadores de opinião e entidades de classe devem mobilizar o contribuinte para que fiscalize os gastos públicos e exija a contrapartida a que tem direito pelos tributos que paga. Um elemento eficaz nessa luta é o planejamento tributário. Realizar planejamento tributário é ser proativo, antecipando eventos e realizando mudanças em vez de reagir a eles, fazendo com que se reduzam os tributos sem passivos fiscais. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Se o contribuinte pretende diminuir os seus encargos tributários, poderá fazê-lo legal ou ilegalmente. A maneira legal chama-se elisão fiscal ou planejamento tributário e a forma ilegal denominase sonegação fiscal. O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe aprouver, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos tributos, e se a forma celebrada é jurídica e lícita, o Governo deverá respeitá-la. Logicamente, todo este processo perpassa pela escolha do bom profissional, seja ele advogado ou contabilista. O panorama, caro leitor, é muito claro: o estado brasileiro jamais deixará de aumentar sua carga de tributos diante do seu completo desarranjo administrativo. Desta maneira, caberá a nós, contribuintes, libertar-nos dessa escravidão e passar a “malha fina” nos tributos, inclusive através do planejamento tributário, e estancar essa nova derrama cobrando das autoridades mais respeito no trato com a coisa pública.
Thiago Miranda é advogado especialista em Direito Tributário e presidente da comissão de Direito Tributário da OAB/GO (thiago.miranda@mnsa.com.br). Sócio do MNSA – Marlos Nogueira Sociedade de Advogados (www.mnsa.com.br).
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Body & Soul
massote
relaxante, terapĂŞutica e estĂŠtica por Renata Massafera
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gama de opções, tanto de massagem relaxante, quanto estética e terapêutica. “Na massagem relaxante trabalhamos mais os músculos no sentido de proporcionar uma sensação confortável, permitir que a pessoa possa mesmo relaxar. Dentro deste tipo de massagem, há a antiestresse, que trabalha os meridianos e pontos de acupuntura, e também a massagem com pedras quentes”, explica Renilda, informando que o ideal é fazer pelo menos duas vezes por semana, . Já a massagem terapêutica pode ser localizada – apenas onde a pessoa está sentindo dor –, shiatsu (uma terapia corporal que utiliza pressões com os dedos ao longo do corpo) ou até mesmo uma drenagem linfática pós-operatória. “A reflexologia também pode ser usada como terapia. Tenho vários pacientes que são atletas, corredores, e que têm facite plantar e se submetem à reflexologia como forma de melhorar”, explica Renilda, referindo-se à técnica que leva em conta que a planta, o dorso e as laterais dos pés têm um ‘mapa’ de todo o organismo e cada ponto representa uma região específica, como um órgão, ou uma glândula. Quando o assunto é estética, a massoterapia têm várias técnicas. A linfática combate o inchaço e a celulite, e a massagem modeladora trabalha para a redução da gordura localizada. “Há também a massagem facial japonesa, que é excelente para eliminar linhas de expressão. É uma espécie de lifting natural”, afirma Angela. Segundo ela, este tipo de massagem também é largamente usado como terapia, uma vez que a facial japonesa ajuda na movimentação dos músculos da face de pessoas que sofrem com sequelas de AVC, por exemplo.
rapia: M
assoterapia é a aplicação de técnicas de massagem para finalidade terapêutica, relaxante e estética. Esta é a definição básica de massoterapia, mas na verdade, hummm!, massoterapia é uma delícia, é uma arte, é a possibilidade de se colocar aos cuidados de especialistas que vão proporcionar momentos inesquecíveis de relaxamento e oferecer soluções terapêuticas e estéticas. A massoterapia, que inclui muitos tipos de técnicas, alivia dores musculares e estimula a circulação sanguínea. Além disso, auxilia o sistema linfático, o que ajuda a eliminar os resíduos metabólicos no corpo. As massoterapeutas Renilda Maria de Farias Silva e Angela Maria Pereira Costa de Farias contam que, no Studio Y, a massoterapia tem uma ampla
As duas contam que atualmente a demanda pela massoterapia é igual entre homens e mulheres e que as várias técnicas só não são indicadas para quem tem câncer ou problemas linfáticos. “As demais pessoas não só podem, como devem fazer, incluindo as gestantes”, citou Renilda. Ela lembra que as manobras da massoterapeuta são mais importantes do que o creme que vai ser utilizado, portanto escolher um profissional capacitado é a melhor maneira de conseguir um bom resultado. “Profissionais capacitados sempre vão utilizar produtos de qualidade, embora o creme seja apenas um coadjuvante no tratamento”, concluem.
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Mil e uma utilidades O termo massagem vem do francês massage, palavra inspirada em massa - a massa do pão - e nos movimentos feitos com as mãos pelos padeiros na sua confecção. A massagem ficou famosa na Europa no século XIX, vinda da Suécia onde o esgrimista Per Henrik Ling criou o Real Instituto de Ginástica, para desenvolver técnicas de tratamento para problemas músculo-esqueléticos. Nesse instituto foi criada a massagem sueca, que depois se popularizou no resto do continente europeu, embora a massagem já fosse conhecida na Europa, desde a antiguidade, só que não contava com uma sistematização, um nome. Hipócrates - o pai da Medicina - e Galeno usavam a massagem como uma de suas armas terapêuticas. Há indicativos que a massagem é mais antiga ainda, tendo sido usada por médicos chineses e indianos desde tempos imemoriáveis. Hoje em dia escolas orientais, o Shiatsu e a massagem ayurveda, são as correntes mais fortes de massagem que existem no mundo em termos de fama, aceitação e número de praticantes. Em uma visão simplista, a massagem tem utilidade apenas para problemas musculares. No entanto, o que estudos demonstram é que ela tem um potencial muito mais amplo de benefícios à saúde: reduz a ansiedade e pode minimizar o humor depressivo; possui capacidade de reduzir a dor; e combate o estresse, entre outros benefícios. A massagem ainda ajuda na circulação periférica, em especial para auxiliar a remoção de fluidos pelo sistema linfático. Por isso, tem sido indicada em
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casos de edema, em especial, causados pela remoção cirúrgica de gânglios linfáticos. Pode ser empregada ainda em constipação intestinal (intestino preso) para estimular os movimentos peristálticos e com isso ajudar a recuperar o ritmo intestinal. Seus benefícios não se limitam aos adultos. Em crianças muito pequenas ela representa um estímulo que melhora a imunidade e o desenvolvimento do sistema nervoso. Por isso vários trabalhos com recém-nascidos, em especial em populações com baixo nível social, mostram que a massagem acalma, melhora o sono, aumenta a velocidade de ganho ponderal e até reduz a mortalidade por doenças em geral. Já nos idosos ela ajuda a resolver problemas como dor, ansiedade, edemas nas pernas e depressão. Isto tudo acontece porque quando massageamos a pele produzimos estimulações nervosas que explicam a maior parte de suas ações. Parte desses estímulos, por uma ação reflexa direta na medula espinhal, causa redução do tônus muscular, o que gera um bem-estar com relaxamento. Esses mesmos estímulos vão causar um bloqueio na condução nervosa das fibras de dor, num mecanismo conhecido como “portão medular da dor” e, com isso, há um alívio de sensação dolorosa. Os estímulos que chegam ao cérebro causam uma redução da reação de estresse, que se traduz por uma redução do cortisol e uma elevação da serotonina. Os estímulos da massagem, por fim, atuam diretamente sobre os tecidos e podem ser usados para impulsionar os fluidos nos vasos linfáticos.
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man
Coisa de por Renata Massafera
Cuidados com a pele, cabelos e unhas tambĂŠm fazem parte da rotina masculina
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e homem! A
s mulheres aprovam: os homens estão cada vez mais vaidosos. As barreiras que os impediam de se cuidar estão perdendo a força e o sexo masculino está se aventurando em territórios antes considerados exclusivos da ala feminina. Principalmente os rapazes das novas gerações estão completamente interessados em assumir uma rotina de cuidado pessoal, que envolve desde um bom corte de cabelo até massagens, limpeza de pele e o consumo de cosméticos feitos especificamente para eles. O consumidor de produtos de beleza tem, portanto, encontrado um saudável equilíbrio entre a comentada vaidade metrossexual e os antigos valores do machão, tão em baixa na sociedade contemporânea. O mercado de cosméticos para homens é um segmento em crescimento e ganha atenção das grandes indústrias, que se movimentam para lançar linhas e produtos especiais para este novo perfil de consumidor. Apenas em 2010, a venda de produtos cosméticos, higiene pessoal e perfumaria masculina movimentou R$ 3 bilhões, segundo dos dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O montante já representa 15% do total vendido em cosméticos, higiene pessoal e perfumaria. Estima-se que este valor tenha aumentado 15% em 2012. A ABIHPEC confirma que um ponto que impulsionou o crescimento geral do mercado de cosméticos foi o aumento da participação masculina nos cuidados com a pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que, desde 2006 a procura por procedimentos estéticos por parte dos homens cresceu 20%. Entre os tratamentos, os mais procurados, a depilação a laser, com destaque para retirada de pelos de corpo e face, em seguida do uso de botox, peeling e tratamentos para calvície. O cabelo é outra preocupação do time masculino, o que já gerou a criação de linhas específicas voltadas para eles, como é o caso da Loreal Profissionel, Kerastase, Avora, Eos, Elséve, Korai, Niely, Ecologie e Natura, que têm produtos específicos para homens. “A tendência é cada vez mais aumentar a procura de
homens por salões de beleza. Cuidar do cabelo mostra não só vaidade, mas inteligência porque a aparência é um cartão de visitas e, neste contexto, cuidar do cabelo é fundamental”, comenta o colorista e especialista em corte masculino do Studio Y, Washington Lima.
Segundo ele, corte, coloração e visagismo são os segmentos que chamam a atenção dos homens quando o assunto é cuidado pessoal. “”No visagismo fazemos um estudo do que combina com a pessoa, é a arquitetura do rosto e do cabelo, em sintonia”, explica Washington, lembrando que a maior procura ainda é por corte, mas que a ala masculina já está buscando novas alternativas para se cuidar, inclusive alterando a cor e fazendo tratamentos como hidratação e selagem. “Cabelos crespos e com alguma ondulação hoje podem ter um aspecto bem natural e os homens estão atentos a isto, ou seja, o homem deixou de ser trivial”, conclui o expert, lembrando que cabelo de homem também segue tendência. O mercado masculino, portanto, pode ser uma oportunidade de negócio vantajosa para quem está atento ao crescimento da vaidade e da preocupação com a aparência, o físico e a saúde. De acordo com pesquisa do setor de cosméticos, há cinco anos, apenas um homem em cada 500 procurava por tratamentos estéticos. Hoje, essa relação passou de um para cada 50. Além disso, as mesmas pesquisas atestam que o recente interesse despertado pelo público masculino não representa nem define opção sexual. Uma pesquisa realizada pelo IBGE atestou que nos últimos anos o Brasil vem apresentando um novo padrão demográfico que se caracteriza pela redução da taxa de crescimento populacional e por transformações profundas na composição de sua estrutura etária, com um significativo aumento do contingente de pessoas maduras. Em vista disso, esse público, maduro, fez aumentar a demanda por recursos estéticos e de saúde para preservar a boa forma e a boa aparência. Quem é esperto, portanto, não fica de fora deste cenário. Maduro ou jovem a onda é uma só: se cuidar.
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Estética
Tecnologia a favor da
beleza laser de segunda geração chega ao Brasil e Goiânia já conta com esta inovação, que oferece resultados melhores, menos dor e recuperação mais rápida: o SmatXide2
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U
ma nova tecnologia para o tratamento da pele chegou ao mercado há poucos meses e embora haja pouquíssimos aparelhos no Brasil, um deles está disponível em Goiânia. Trata-se do SmartXide 2, equipamento de laser CO2 Fracionado combinado com radiofrequência. Consagrada como uma das melhores técnicas para tratamento de pele, o laser CO2 é utilizado na medicina há anos, mas recentemente este método foi aprimorado para ação de forma fracionada, criando Micro Zonas Térmicas (MZT) para a penetração de feixes até a camada mais profunda da derme. Característica essa que diminui o tempo de recuperação e expõe a derme para uma melhor ação da radiofrequência, considerada a principal maneira de tratar a flacidez sem lesões aparentes. Este equipamento de segunda geração é um excelente aliado na recuperação da vitalidade e juventude da pele. Ele aumenta a firmeza, suaviza rugas e remove manchas. “Pode ser usado na cicatrização, no tratamento de acnes, de mancha e no rejuvenescimento. Trata-se de um laser para criar colágeno, que promove uma queimadura organizada na pele”, informa Weder Willian de Melo, médico especialista em Nutrologia e mestrando em Gerontologia. Weder explica que o laser CO2 fracionado provoca uma microlesão que favorecerá a reconstrução da pela numa camada bem profunda. O tratamento é indicado para qualquer paciente, exceto para as grávidas e para pessoas que têm dificuldade de cicatrização. “No mais, não tem contraindicação porque não é um remédio, é apenas uma luz”, completa, lembrando que na gestante não se faz este procedimento porque na gestação todo cuidado é pouco. O laser de CO2 atua aquecendo a água da pele a altas temperaturas, causando quebra da pele envelhecida ou cicatriz. Esta será substituída por uma pele mais nova. Este calor também estimula a parte profunda da pele a produzir e reestruturar o colágeno (proteína importante na sustentação da pele), tornando-a mais firme. Com este efeito o laser de CO2 fracionado produz uma pele mais rígida e mais jovem. Todas as irregularidades superficiais e profundas da pele melhoram por consequência. O especialista comenta que o nome deste laser é fracionado porque a máquina é preparada para disparar
frações diferentes na pele. Significa que o laser foi dividido em vários microfeixes. O laser fracionado pode ser comparado a um chuveiro. Esta tecnologia permitirá atingir a pele profundamente, preservado áreas de pele intacta. O resultado: menor efeito colateral e recuperação mais rápida. O número de sessões pode variar muito. “Três aplicações, em um intervalo de trinta dias entre uma e outra, podem ser feitas. Já a manutenção pode ser feita anualmente ou então paciente pode aguardar entre três e quatro anos e fazer de novo as três sessões, já que perdemos colágeno a cada ciclo de quatro a cinco anos”, explica o Weder, lembrando que o laser de manutenção é para manter a pele jovem. O laser atinge a pele em colunas bem próximas umas das outras, aquecendo e eliminando as células atingidas. A pele fica cheia de pontos microscópicos sem células superficiais, as células antigas, que serão substituídas por células novas. E entre esses pontos, surgem áreas da pele intocadas pelo laser, que também sofrem aquecimento. O aquecimento ativa o colágeno, que prolifera, se remodela e fica mais firme. O médico lembra que o procedimento é tranquilo e que provoca uma ardência que dura de dez a 20 minutos, em média. “Hoje em dia há protocolo para dor, tem anestesia tópica e uma máquina que resfria e alivia o desconforto”, esclarece. Segundo ele, depois do procedimento fica uma vermelhinho leve, depois escurece e em cerca de dois dias cai uma casca e a pele volta ao normal. A recuperação da pele varia, no entanto, de acordo com a potência usada no tratamento. No tratamento suave, o tempo de recuperação é menor. No tratamento mais intenso a recuperação leva mais tempo, de até duas semanas, mas a melhora da pele é maior. “Usamos um equipamento de segunda geração e existem poucas máquinas como esta no Brasil. O resultado é muito bom”, informa. Ele lembra que o tratamento é indicado para ambos os sexos e está havendo um aumento na demanda deste procedimento por parte dos homens, afinal de contas quem não quer se cuidar?
Dr. Weder William é médico e nutrólogo, (62)3932-3468 | drweder@hotmail.com
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As belas da
tarde
O lançamento da 2ª edição da Revista Studio Y reuniu cerca de 25 mulheres para uma tarde de flores, Moet Chandon e comidinhas. Antes de se deliciarem com buffet preparado por Liliane Lobo, as lindas foram produzidas por profissionais de make-up, hair e nail stylists e fotografadas por João Augusto, usando peças HStern no melhor estilo top model. Anfitriões da tarde, o personal stylist Gabriel Theodoro e a empresária Juliana Yamin cuidaram de cada detalhe, do convite enviado juntamente com um mini bouquet de rosas colombianas à decoração de flores coloridas da Casa Cinco.
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Cristal e Tana Lobo Areda Fiori Mariana Cardoso
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thais Morbeck e Alex Godoy Lucilene Dutra Germana Rassi Jussara Valente
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Rafalela Abrah達o Ana Carolina Freitas Grazi Wascheck
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Juliana CecĂlio Grabriel teodoro Gisela Maciel Braga Patricia Prado
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crônica
Se você tiver chance, corra. E só volte depois das Olimpíadas do Rio, em 2016. Caso você não tenha tanta sorte, enfrente essa armadilha ardilosa com sabedoria. Quem perguntou sabe que, sim, engordou e que os 10 quilos a mais não são ilusão de ótica. A pergunta em si é uma pegadinha, e dependendo da resposta, considere o divórcio uma penalidade branda. Responder “um pouquinho”, provavelmente, é o pior que você pode fazer. Um pouquinho é o mesmo que chamá-la de vaca comilona. Um pouquinho é esfregar na cara dela todos os couverts, pães de queijo, bolos, sobremesas, sorvetes, capuccinos com chantilly e chocolates que ela comeu na vida, de uma só vez.
não! Gorda Por Bia Tahan
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credito que nenhum palavrão, por mais cabeludo que seja, possa ofender mais uma mulher do que chamá-la de gorda. A pessoa em questão pode até pesar 120 kg, mas ninguém no mundo precisa esfregar essas cinco letrinhas na cara da fofa. Ninguém. Sendo assim homens, jamais, em tempo algum, nem sob ameaça de morte com uma arma apontada para sua cabeça, responda sinceramente quando sua mulher, namorada, amante, ou pessoa do sexo feminino por quem você nutra o mínimo de carinho perguntar: “você acha que eu engordei?”.
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Como não há saída digna para essa pergunta, o jeito é disfarçar da melhor maneira possível e mentir descaradamente. Em primeiro lugar não vacile. Diga um sonoro NÃO e mude de assunto imediatamente. Comece a falar, por exemplo, da crise nos Estados Unidos, da novela das oito, da onda de calor senegalês que faz em Goiânia nos últimos dias. Não é preciso conhecer muito da alma feminina para saber que as palavras gorda e magra são as que mais mexem com o equilíbrio psíquico da mulher. Elas são capazes de fazer praticamente tudo para perder peso. Se a amiga dela falar que tomar xixi em jejum emagrece, não duvide que a sua mulher, em breve, não só será uma adepta como alardeará para deus e todo mundo sobre as maravilhas da urinoterapia. Mulher realmente é um bicho esquisito, como já cantou nossa sábia Rita Lee, uma das magrelas mais invejadas do Brasil. Sim, porque a inveja da amiga magra é o pior tipo de inveja. Ela pode ser riquíssima, ter um marido gostosérrimo, rico e mão aberta, uma casa de cinema e todas as bolsas de grife imagináveis. Agora se a bandida ainda por cima for MAGRA, aí o jeito é correr para o banheiro e cortar os pulsos.
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vocĂŞ r o p sivo u l c x e
Al. Ricardo Paranhos, 251 Marista (62) 3091-1232 www.studioy.net.br