Revista VITA n.º 2

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Jogos de Azeméis 2019 O melhor exemplo de prática desportiva naquela que é a maior festa do desporto, do convívio, do fair-play e da competição saudável entre alunos. I

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O vidro nasceu aqui

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Linha Vale do Vouga

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Segurança máxima para os peregrinos

Água e saneamento

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Uma Câmara de boas contas

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Escultor Paulo Neves

Revista Semestral | Edição e propriedade CÂMARA MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS | Diretor da publicação JOAQUIM JORGE | Coordenação editorial e redatorial GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Composição gráfica GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Fotografia GABINETE DE COMUNICAÇÃO | Impressão e distribuição 0,52€ | ISSN 2184-3732 | Gráfica DIGIPRESS, LDA | Depósito Legal 449601/18

Município de Oliveira de Azeméis Largo da República 3720-240 Oliveira de Azeméis Tel. 256 600 600 - 800 256 600 Fax 256 674 694 geral@cm-oaz.pt

Entrevista a José Santos

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Entrevista a Óscar Teixeira

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Cineasta Manuel Matos Barbosa

A Câmara perto de SI facebook.com/azemeisvida

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reconquistar o vidro O vidro foi, no passado, uma marca distintiva do concelho de Oliveira de Azeméis. Ao longo de quase 500 anos herdámos um valioso património industrial que não podemos deixar cair no esquecimento. Foi o vidro que sustentou, ao longo da nossa história, a indústria em Oliveira de Azeméis dando notoriedade e nome ao concelho. Durante séculos mostrámos ao país e ao mundo uma indústria pujante e inovadora que fará, para sempre, parte da memória oliveirense. Mas não queremos ficar apenas pela memória, vamos fazer do vidro a nossa maior marca, aquilo que nos distingue e que pretendemos reafirmar e dar a conhecer ao mundo, como o fizemos no passado. O seminário internacional sobre o vidro, que decorreu recentemente entre nós, insere-se nessa preocupação e vontade de reavivarmos a nossa importante herança cultural e industrial. O concelho está, invariavelmente associado ao vidro. Este património faz parte da nossa tradição e cultura sendo um património único que queremos preservar e deixar às futuras gerações e ao mundo. Pelo que representa para todos os oliveirenses e para quem traI

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balhou arduamente neste setor o vidro merece, naturalmente, o devido destaque nesta revista. Outros assuntos merecem atenção mas destaco o projeto de proximidade do executivo com as freguesias intitulado “A Câmara perto de Si”. Esta é uma nova forma de relacionamento entre o executivo e os Oliveirenses, em que olhos nos olhos, falamos sobre os problemas e a melhor forma de os resolver. Este escrutínio permanente da nossa ação reforça o poder local e envolve os munícipes na sua credibilização. Joaquim Jorge Ferreira

Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis


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O vidro nasceu aqui Poucos serão os oliveirenses que não tenham tido uma relação direta ou indireta com a indústria vidreira. O vidro faz parte da memória de Oliveira de Azeméis e passados quase 500 anos da criação da Fábrica do Côvo, é hora de preservar essa tradição recuperando o vidro como fator de afirmação e de identidade das gentes oliveirenses. Já passaram muitos anos desde então, mas o empreendedorismo por terras de Oliveira de Azeméis ficou enraizado. Falamos da iniciativa, do risco, da vontade de vencer e foi precisamente isso que aconteceu no século XVI, na quinta do Côvo, em S. Roque quando foi criada, uma das primeiras fábricas de vidro do país. Desde essa altura a indústria do vidro esteve em atividade durante quase cerca de 500 anos e chegou a ser o maior empregador do concelho. Mais tarde, com a introdução de técnicas inovadoras no processo de fabrico do vidro, esta indústria acabou por evoluir para a indústria de moldes e injeção de plásticos que hoje tem uma enorme importância na indústria oliveirense e do país.

Quinta do Côvo Por alvará régio de 1528 a primeira fábrica do vidro em Portugal surgiu há cerca de cinco séculos. Foi na Quinta do Côvo, onde Eça de Queirós se inspirou para escrever o livro “A ilustre casa de Ramires”, que saíram alguns artistas que mais tarde ajudaram a impulsionar a indústria do vidro na Marinha Grande. A fábrica do Côvo cessou a produção em 1924, sucedendo-lhe diversas outras unidades, nomeadamente: Fábrica de Vidros de Bustelo, Bohemia, Fábrica de Vidros da Pereira, Fábrica de Vidros Progresso (Cercal), Fábrica de Vidros Nossa Senhora de La Salette, Sociedade Industrial Vidreira de Azeméis (Sival) e Centro Vidreiro do Norte de Portugal.


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Casa e Quinta do Côvo

Antigo Funcionário do Centro Vidreiro


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Jarrão Doublé

Antigos Funcionários do Centro Vidreiro


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Da última fábrica ao Berço Vidreiro Várias fábricas de produção do vidro surgiram na primeira metade do século XX, no entanto, o Centro Vidreiro do Norte de Portugal foi o expoente máximo da indústria nacional do vidro. Na década de 50 a empresa chegou a empregar cerca de mil pessoas, com uma produção diária de 22 toneladas de vidro destinadas ao mercado interno e países como os Estados Unidos, França, Inglaterra, Grécia e Marrocos. Com o encerramento do Centro Vidreiro, na década de noventa, a atividade desta indústria termina no concelho de Oliveira de Azeméis. Numa tentativa de não deixar morrer completamente a produção do vidro no concelho, a Câmara Municipal iniciou e abraçou o projeto Berço Vidreiro, um espaço aberto ao público onde é possível assistir ao fabrico artesanal do vidro. Das mãos do artesão saem peças fabricadas segundo as técnicas artesanais que podem ser adquiridas por quem visitar o espaço.

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Seminรกrio Internaci


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ional sobre o vidro A realização do seminário “História e Cultura do Vidro na Identidade de um Povo”, que reuniu em Oliveira de Azeméis investigadores de Portugal, Espanha e Itália, tornou-se numa das primeiras ações inseridas no processo em curso para a classificação da tradição vidreira do concelho como património cultural da Unesco. O que é e para que serve o Património Mundial da UNESCO? A UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, passou desde 1993 a inscrever numa lista os bens culturais ou naturais excecionais ou únicos, existentes no mundo, com o intuito de os preservar, salvaguardar e divulgar, impedindo desse modo que se perdessem ou fossem destruídos. Em Portugal foram “classificados”, ao longo dos últimos 25 anos, como património mundial, cerca de duas dezenas de monumentos, centros históricos e paisagens naturais, como, por exemplo, o Centro Histórico do Porto, o Centro Histórico de Guimarães, o Mosteiro da Batalha, a Paisagem Natural de Sintra, as vinhas no rio Douro, etc. Entretanto, em 2003, a UNESCO decidiu também “classificar” como património cultural imaterial mundial, as práticas, representações, expressões, conhecimentos, saber-fazer de elevado valor e que fazem parte da tradição e identidade das comunidades humanas. Os objetivos da UNESCO, relativamente ao Património Mundial material ou imaterial, passam por: salvaguardar esse património, impedindo a sua degradação ou destruição, garantindo que possa ser legado às futuras gerações; divulgar a sua existência no mundo, para que possa ser visitado por todos os interessados. Em Oliveira de Azeméis, a Câmara Municipal ao decidir candidatar a Património Mundial Imaterial o vidro como tradição secular e identidade da comunidade, pretende salvaguardar o saber-fazer ou saber-trabalhar o vidro que corre o risco de se perder e ao mesmo tempo atrair visitantes e turistas. Os processos de inscrição ou candidatura à inscrição na Lista da UNESCO são muito complexos e morosos, levando normalmente alguns anos.


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Tradição vidreira é candidata a patrim

O desenvolvimento económico, social e cultural de Oliveira de Azeméis e das suas gentes muito deve à indústria vidreira que laborou durante cerca de cinco séculos no concelho. É essa tradição vidreira que a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis quer preservar e enaltecer com a candidatura que vai apresentar à Unesco para a sua classificação como património cultural imaterial da Humanidade Estamos perante um saber-fazer tradicional e uma cultura do vidro que urge acautelar para que não se perca definitivamente. O município de Oliveira de Azeméis tem algumas evidências do que foi essa indústria ao longo de quase 500 anos, nomeadamente espólio vítreo e

acervo documental, constituído por fotografias, ilustrações e textos diversos. Há património edificado que comprova essa realidade como, por exemplo, a Quinta do Côvo, onde nasceu uma das primeiras fábricas de vidro do país. Todo este manancial faz parte da história do vidro, uma história e um património extremamente importante que a autarquia quer passar para os oliveirenses e para as gerações futuras como um fator identitário. O primeiro passo foi já dado com a inscrição da história e cultura do vidro no inventário nacional do património cultural imaterial da Direção Geral do Património Cultural. O objetivo da candidatura é salvaguardar o legado deixado pelos nossos antepas-

sados e a importância que essa indústria teve no concelho e na formação da sua identidade. A classificação será um processo longo e trabalhoso mas a confiança é grande para se alcançar esse objetivo que, potenciado com o Berço Vidreiro e o Centro Interpretativo do Vidro, permitirá alavancar o concelho em termos turísticos. Desde que foi criada em 1528, a indústria do vidro prosperou no concelho ganhando uma dimensão ímpar e influenciando o aparecimento de outras indústrias como a dos moldes, com a expressão mundial que lhe é hoje reconhecida.


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mónio mundial imaterial da Unesco

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Antigos Funcionários do Centro Vidreiro


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As boas notícias chegaram no final de 2018 e foram confirmadas este ano: o Governo vai, finalmente, revitalizar a linha ferroviária do Vouga entre Oliveira de Azeméis e Espinho.

No imediato, esta renovação servirá para automatizar passagens de nível garantindo segurança e velocidade na circulação no canal e para a construção de uma oficina de manutenção.

Ciente da vitalidade desta intervenção para a região, o presidente da câmara municipal não poupou esforços junto das entidades competentes no sentido de ver garantido o investimento.

Antes de avançar para a modernização profunda desta linha centenária, que deverá ocorrer entre 2021 e 2025, a Infraestruturas de Portugal vai proceder, nos próximos dois ou três anos, à renovação deste troço.

Numa fase posterior, a mais importante por tratar-se da etapa da sua total modernização, serão investidos 75 milhões de euros como resultado da inclusão da Linha do Vouga no Programa Nacional de Investimentos até 2030.

A autarquia de Oliveira de Azeméis encara esta modernização como uma resposta à dinâmica social e empresarial de toda esta vasta região reforçando a mobilidade de cerca de 300 mil pessoas que são servidas por esta ferrovia, obsoleta e desajustada às necessidades atuais da população.


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Finalmente a modernização da linha do Vouga

OBJETIVOS DA MODERNIZAÇÃO • • • •

Alteração da bitola atual para ibérica Integração na Linha do Norte em Espinho Duplicar o número de utilizadores Melhoria das condições de conforto e segurança • Aumento do número de viagens e ajustamento dos horários • Substituição do material circulante • Eletrificação da linha I

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ANDANTE Já é mais barato viajar para toda a Área Metropolitana do Porto (AMP) em todos os transportes públicos e em alguns operadores rodoviários privados. Quem quiser viajar, quer dentro do concelho, quer para os outros municípios da AMP, pode fazê-lo a um preço mais reduzido devendo adquirir, para isso, o título Andante e escolher a modalidade mais conveniente: o Andante Municipal 3Z, válido em todas as zonas do concelho, ou o Andan-

Já pensou em simplifi car o seu dia-adia?

te Metropolitano, válido para toda a AMP. Aproveite as vantagens em toda a rede e viaje de forma cómoda e prática. Pode usar o Andante quer use o autocarro ou o comboio. Não conta o número de viagens que faz e o preço depende do trajeto que fizer e não do tipo de transporte que utiliza. Viajar de forma prática e económica depende agora de si.

É difícil adquirir o título Andante? Não, basta dirigir-se à loja Andante que funciona no Atendimento ao Munícipe, no rés-do-chão do edifício dos Paços do Concelho. Horário | Contactos: segunda a sexta-feira 09h-13h e 14h-16h 800 256 600 | 256 600 600


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Dar segurança máxima aos peregrinos São muitos os peregrinos que atravessam anualmente o concelho a pé, em direção a Fátima e a Santiago de Compostela. Agora já o podem fazer com mais segurança depois da requalificação dos caminhos que a câmara municipal está a exe-

cutar. São 15,7 quilómetros que estão a ser intervencionados entre as freguesias de Cucujães e do Pinheiro da Bemposta, num investimento de 338 mil euros, com o apoio de fundos comunitários (NORTE 2020). Objetivo: dar maior segurança às I

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vias de passagem usadas pelos peregrinos. A maior parte da intervenção está a ser feita na antiga EN1 incidindo, na sua maioria, na construção de passeios e na instalação de sinalética apropriada.


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Investimentos elevados em água e saneamento

Os últimos 18 meses foram marcados por um fortíssimo investimento nas redes de abastecimento de água e saneamento que aumentaram os níveis de cobertura e a qualidade de vida da população. A recente inauguração da ETAR de Ul, uma obra do plano de investimento da concessionária, foi o último investimento colocado ao serviço dos oliveirenses mas outros deram já resposta à situação deficitária do concelho ao nível da distribuição de água e recolha, tratamento e rejeição de águas residuais. É o caso da construção dos intercetores do Ínsua, uma obra de um milhão de euros, o de Cesar, no valor de 950 mil euros, o reservatório R17 no montante de 300 mil euros, bem como a rede de abastecimento a partir do reservatório R17 e o prolongamento da rede do R24, no valor de 1,9 milhões de euros, abrangendo as freguesias de São Martinho da Gândara, Madaíl, Ul e parte da freguesia de Travanca. A estes investimentos há a acrescentar ainda, em Cucujães, a ampliação da rede de água (R7) a que correspondeu um investimento de 400 mil euros. No último ano e meio os investimentos, da concessionária e da autarquia, ultrapassaram os seis milhões e meio de euros.


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COLABORADORES MUNICIPAIS

O 30º município em desenvolvimento económico e social O concelho de Oliveira de Azeméis é o 30º município do país com melhor Desenvolvimento Económico e Social, uma posição que contribui para que ocupe a 50ª posição global no Rating Municipal Português, um modelo de avaliação da sustentabilidade dos municípios portugueses.

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JOSÉ CARLOS HENRIQUES Motorista

Já no que se refere à sustentabilidade financeira, Oliveira de Azeméis assume-se o 45º concelho com melhor desempenho nesta matéria.

Nos outros dois indicadores (eficácia de serviço ao cidadão e governança) sobre os quais incidiu o estudo, o município ocupa, respetivamente, o 175º e o 212º O concelho é, desse modo, um dos sete lugar. municípios da Área Metropolitana do O Ranking Municipal Português avaliou Porto com melhor avaliação em Desenos 308 municípios portugueses para os volvimento Económico e Social figurando anos de 2016 e 2018. entre os 30 melhores do país.

“Durante a minha carreira profissional encontrei pessoas que me marcaram e cada uma delas teve impacto na minha vida pessoal. Além da responsabilidade do cargo, ser motorista do Sr. Presidente da Câmara, é um orgulho e um privilégio poder privar com tão notável entidade.”

ANTÓNIO CASTANHEIRA Obras Municipais

“Não ter um dia igual ao outro, tem sido a minha rotina nos últimos anos. Quanto às expetativas, a fasquia está elevada não só pelos projetos já iniciados no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial, bem como pelos resultados das primeiras ações implementadas que começam a surgir libertando recursos financeiros importantes que podem incrementar a melhoria da qualidade de vida dos munícipes. Hoje há uma preocupação constante em sermos mais eficientes. É um trabalho que não se esgota.“

LÚCIA COSTA Rececionista

Bem-estar e felicidade da população Mais importante do que ser uma cidade “smart”, Oliveira de Azeméis tem que ser uma cidade “happy”, onde todos nos sintamos e sejamos felizes. Uma cidade moderna e inovadora onde a tecnologia esteja presente, mas de forma inclusiva e ao serviço da felicidade das pessoas.

“É com orgulho, ânimo e determinação em fazer sempre melhor, que encaro as minhas funções de rececionista do edifício principal da câmara municipal. Agradeço a oportunidade que me foi dada procurando corresponder diariamente às expetativas de todos.”

É este o nosso desígnio coletivo: transformar a cidade e o concelho de Oliveira de Azeméis numa referência em termos de qualidade de vida, um lar onde todos sejamos felizes.

Uma cidade que privilegie os peões e seja amiga da mobilidade e acessibilidade para todos.

MARGARIDA MOTA FERREIRA Recursos Humanos

“A experiência adquirida nesta Câmara Municipal enriqueceu-me profissional e pessoalmente. Mas o mais importante é poder integrar, partilhar, participar como agente indutor da inovação, conhecimento do contexto organizacional, contribuir ativamente para os novos desafios das Autarquias Locais e o desenvolvimento sustentado do nosso Município.”

DORES COSTA Expediente

Uma cidade de espaços verdes, de cores e cheiros intensos, planeada para ser ambientalmente sustentável.

“Ao integrar a Divisão de Administração Geral e assumir a responsabilidade pelo serviço de Expediente, esta tornou-se num desafio constante, numa aposta na melhoria do serviço prestado (interno e externo) tendo sempre como objetivo primeiro, a satisfação do Munícipe e a boa imagem do Município.”

Em suma uma cidade de afetos, de sentimentos fortes, de paixões, uma cidade que crie relações e fortaleça os laços que unem e fazem uma comunidade. I

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Edifício ganha “vida nova” Depois de muitos anos encerrado, o edifício onde funcionaram os serviços das finanças de Oliveira de Azeméis está a ser recuperado. As obras vão dotar o imóvel das condições necessárias para ali serem albergados serviços camarários que, atualmente, se encontram instalados em espaços arrendados pela Câmara Municipal.

Além da poupança substancial de rendas, o executivo municipal pretende dar melhores condições de trabalho aos colaboradores e qualidade no atendimento aos munícipes. Ao mesmo tempo requalifica um edifício público importante, degradado há vários anos, contribuindo para tornar mais atrativa a zona histórica da cidade.


A requalificação desejada

Foram muitos anos de espera com desespero à mistura mas com muita esperança. Chegou a hora de dar mais qualidade de vida e melhores condições de habitabilidade aos moradores do bairro de Lações. A Câmara de Oliveira de Azeméis avançou, com a requalificação dos blocos habitacionais B4 e B5, um investimento próximo dos 500 mil euros. O município

não abdica da igualdade e da coesão social onde todos tenham direito a uma habitação condigna, dotada de conforto e segurança. É o que vai acontecer com as obras de reabilitação que irão dar mais qualidade urbanística à zona, aumentar as condições de salubridade, de bem-estar e de auto estima dos moradores.


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Uma câmara de boas contas A Câmara de Oliveira de Azeméis reduziu a zero o seu endividamento líquido entre outubro de 2017 e dezembro de 2018. Uma gestão rigorosa e eficiente imprimida pelo executivo municipal permitiu atingir esse dado extraordinário com o endividamento a passar dos 9,35 milhões de euros em outubro de 2017 para um endividamento nulo no final de 2018. Estes dados resultam da redução das despesas correntes e mostram que a Câmara é sustentável financeiramente. A contenção financeira não impediu de se avançar com investimentos estruturantes para o

desenvolvimento do município e cumprir compromissos como os da criação do cheque Educação, o aumento de 15% das verbas para as freguesias, a aquisição de património, do qual se destaca o terreno do futuro parque urbano e os edifícios da antiga garagem Justino e dos estaleiros municipais. Apesar disso, a Câmara conseguiu reduzir a sua dívida de 19,196 milhões em outubro de 2017 para os 13,805 milhões de euros em dezembro de 2018.


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Animação q.b. Chama-se 37.20 e é o novo programa de animação para os meses de verão em Oliveira de Azeméis. O projeto junta as vertentes da cultura, do desporto e do lazer naquela que é a nova proposta pensada para satisfazer todo o tipo de públicos e levar as famílias oliveirenses para a rua. Todos os segmentos da população, dos mais jovens aos menos jovens, são abrangidos pelo projeto que propõe fins-de-semana bem animados.

“Pretendemos ter um conjunto de espetáculos que valorizem a identidade do nosso concelho, a nossa realidade cultural, desportiva e associativa, mas trazer também até nós outras realidades culturais e musicais que contribuam para aprofundarmos a nossa multiculturalidade”. Joaquim Jorge Ferreira Presidente da Câmara Municipal

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Paulo Neves

“A arte é um reencontro comigo próprio, é uma necessidade”

Quando chegamos ao atelier do escultor Paulo Neves entramos numa outra dimensão que nos faz sentir a sua arte como nossa. Há, simultaneamente, um silêncio e uma força transcendente nas palavras quando o artista oliveirense fala sobre as suas criações, sobre Deus ou sobre a vida. Além da escultura sobra pouco tempo para desfrutar da vida. Não é por acaso que gostaria de viver mais 100 anos.


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Valeu a pena estes 35 anos a criar arte? Tudo isto começou há muito tempo. Precisamente quando estamos a ficar velhos, é que eu acho que as coisas estão a começar. Gostaria de viver mais 100 anos. Não tenho razões de queixa da minha vida. A arte é um reencontro comigo próprio, é uma necessidade. Cucujães é o local perfeito para trabalhar? Sim, é o sítio de eleição para trabalhar. Aqui posso fazer barulho, pó, receber pessoas e os alunos das escolas que visitam o atelier. Para fazer o que eu faço o local tem de ser este. Não troco esta freguesia por outro sítio nenhum do mundo mas, se trocasse, seria por Nova Iorque. Por alguma razão especial? Lá temos tudo o que queremos, saímos à rua e as coisas acontecem. Em Nova Iorque não poderia fazer o que faço aqui, teria de executar outro tipo de escultura. Se não tivesse sido a vontade de ser artista eu não viveria aqui. Além do espaço que outras vantagens traz este espaço? Quanto mais eu estiver desligado do mundo, mais genuína é a minha linguagem artística, sofro menos influência. Tenho o meu estilo, quando uma pessoa olha para uma peça minha sabe que é uma peça do Paulo Neves. Uma desvantagem é que me sinto “fora do mundo”. Mas o Paulo Neves é uma pessoa muito conhecida… Conheço “montes” de gente mas sou uma pessoa solitária. Sou um felizardo porque conheço muitas pessoas mas, às vezes, procuro conviver e não tenho com quem o faça, mas sinto-me bem assim. Aproveito esses momentos para trabalhar, para pensar. A escultura ocupa-lhe o tempo todo? Tenho pouco tempo para viver e para fazer outras coisas além da arte. Para sermos artistas temos que nos dedicar a 100 por cento àquilo que fazemos. Eu viajo muito, mas não é em férias, e aproveito sempre para conhecer os locais onde vou. Quais são os elementos que identificam a sua arte? Tanto uso caras como espirais. Os rostos têm a ver um bocado com o início da minha vida artística. Não há uma explicação lógica para isso. Muitas vezes eu não sei porque é que faço isto ou aquilo, sei apenas que faço e depois as coisas acontecem.

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Ultimamente tem executado trabalhos para igrejas… Acredito em Deus e em anjos. Ultimamente tenho feito muitas coisas para igrejas, são temas que me agradam. A arte impõe regras ao artista ou é ao contrário? Desde sempre fiz aquilo que achei que tinha de fazer. Quando me fazem uma encomenda dão-me um tema e um espaço e eu trabalho sobre esse tema e sobre esse espaço. Hoje em dia só faço aquilo que sinto vontade de fazer.

Houve grandes artistas que o influenciaram? Sim. Houve alguns escultores que me influenciaram embora eu não tenha muito a ver com eles. O Cutileiro foi um SER DON artista que eu desUM RESTAU cobri muito cedo, tinha eu talvez uns “Se hoje não fosse escult 16 anos. Achava abriria um restaurante. A piada como ele comer. Uma das coisas que executava o seu dia é fazer compras e ir para trabalho. Outro dar amigos ou então cozinh artista que me prazer enorme comer. Qua influenciou muirestaurante sentimos pra to desde o início proporcionar felicidade foi o Van Gogh. Um dia gostava de te Ainda não o fiz po Há muitas encomennão o perm das para satisfazer? Tenho encomendas até ao final de 2020 e não posso aceitar mais trabalhos. Neste momento estou a expor muito lá fora em países como a Suíça, Alemanha e Holanda. Estou a apostar nestes dois últimos países. São mercados novos. Em Portugal já me conhecem. Tenho tido muita sorte mas esta vem do trabalho. Se não trabalhamos as coisas não acontecem. As criações partem de onde? Vou para o atelier e começo a mexer em coisas, em madeira, em pedra, a desenhar. E é aí que as coisas começam a acontecer porque não existe propriamente aquele momento de dizer que vou ter uma ideia do que vou fazer. Quanto mais se trabalha mais facilmente se chega às


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coisas. O meu trabalho tem de falar por ele. É isto que eu mais gosto de fazer, o que me deixa pouco tempo para outras coisas. Este trabalho exige total dedicação.

A escultura é a melhor das artes? A escultura tem três dimensões, ao contrário da pintura. Na escultura podemos tocar, sentir se é pedra, se é fria, se é madeira, se é quente ou áspera. A pintura só podemos olhar enquanto podemos abraçar a escultura. Gosto muito de trabalhar madeira porque é um material rápido, leve e quente, é um material fantástico e vivo como nós. Quando alguma coisa sai mal podemo-nos aquecer com ela na fogueira. Mas também gosto muito da pedra porque é quase um material eterno, mais eterno que a NO DE madeira, que resiste à chuva, ao frio e à neve. URANTE

Como é que os seus tor seria cozinheiro e pais viram o seu Adoro cozinhar, adoro percurso artístico? e mais gosto no final do Os meus pais nuna casa cozinhar e convica quiseram que eu har só para mim. É um fosse artista mas se ando vamos a um bom calhar isso foi imporazer. Acho fantástico tante porque foi uma e com os sabores. razão para eu lutar por er um restaurante. isso. A minha mãe foi orque o tempo muito importante neste mite.” processo porque aceitava-me. Era uma pessoa fantástica. Como é ser um artista muito conhecido em Portugal e no estrangeiro? Nunca pensei ser tão conhecido. Como é que eu um dia vou viver da escultura? Achava isso um sonho, era quase impossível. É fabuloso hoje sentir que tenho tanta gente à espera de coisas minhas. Tenho de estar muito agradecido. Sinto-me feliz, não pelo dinheiro que ganho. A escultura que faz compensa financeiramente? Sim, dá dinheiro, não tenho problemas a esse respeito mas no início isso foi um problema. Às vezes queria comprar um trigo (pão) e não tinha dinheiro. I

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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE OSSELA

José Santos

Terra de cultura e potencialidades emerg

Que balanço faz do primeiro ano de mandato? É um balanço que não nos envergonha, mesmo com os baixos recursos financeiros e a doença da nossa funcionária administrativa, apesar de não estar ao serviço recebeu todos os meses o seu vencimento, assim como, o subsídio de Férias, o de Natal e outros pagos pela Autarquia, esta situação manteve-se vários anos, acrescentando a tudo isto ainda alguns milhares de euros em despesas de saúde (conforme a lei). Fomos desenvolvendo um trabalho com pouca visibilidade mas com muita importância nos apoios que damos. Conseguimos manter as aulas de ginástica para a população sénior bem como a parceria com a formação das camadas jovens do G.C.R. Ossela. Apoiámos todas as crianças nas festas de Natal, Dia Mundial da Criança, entre outras, e colaborámos na ida das crianças da pré-primária à praia. Temos um ATL a funcionar das 07h30 às 19h00, com transporte. É um serviço útil mas que absorve uma grande fatia financeira. Vimos desenvolvendo um trabalho de proximidade com os osselenses a nível de vários serviços, nomeadamente o funcionamento de um posto dos CTT e máquina de payshop no edifício da Junta de Freguesia. Apoiamos o preenchimento das declarações de IRS, principalmente das pessoas seniores. Ajudamos as Comissões de Festas. Dentro das nossas possibilidades temos feito o que nos é possível, socorrendo-nos do apoio de alguns amigos da terra.

Quais são as principais preocupações do executivo? São muitas, temos carências em todas as áreas. Possuímos a maior mancha florestal do concelho e com a elevada probabilidade de incêndios, já transmitimos essa preocupação ao executivo municipal apelando à limpeza das vias e à criação de acessos. A nossa ruralidade fez com que durante muitos anos não atraíssemos investimento industrial. Para aumentá-lo seria necessário criar uma área industrial melhor, com melhores acessos, criando mais postos de trabalho. Fomentaríamos o investimento imobiliário e aumentaríamos a população. Temos uma rede viária de quase 70 kms de estrada que se encontra com muitos troços em péssimo estado de conservação, salvando-se aqueles que foram executados no último mandato e mais alguns anteriormente, porque infelizmente há ano e meio que Ossela não vê uma única repavimentação, os Osselenses esperam e naturalmente que saberão agradecer quando elas aparecerem. A abertura de novas ruas e o alargamento de outras iriam potenciar o investimento na freguesia. Já manifestámos ao executivo a nossa preocupação pelo estado de conservação das pontes mais antigas. Outra grande preocupação é o pólo multigeracional da escola de Santo António e as obras do Jardim de Infância de Vermoim e primária de Selores. Que projetos espera realizar ou concluir até 2020? Espero realizar todos os projetos que nos propusemos fazer. Tomaremos as melhores decisões e executaremos as obras e os

projetos financeiramente viáveis. Todos os outros projetos de verbas incomportáveis para nós terão de ter o apoio da Câmara Municipal, ainda não perdemos a esperança do Pólo-Multigeracional e a repavimentação de várias ruas. Que particularidades tem a freguesia que possam ser uma mais-valia para o desenvolvimento do município? A grande mais-valia é o nosso escritor “Ferreira de Castro”, reconhecido mundialmente mas que pode e deve ser muito mais divulgado. A Casa-Museu e a biblioteca oferecidas pelo escritor ao concelho são de grande valor histórico e cultural. Bem aproveitada, a nossa ruralidade e valor pitoresco seria um polo turístico por excelência. O rio Caima, que atravessa toda a freguesia, possui belas paisagens e locais de lazer excecionais. Desde há muito que Ossela dá sinais de crescimento do seu tecido empresarial devido aos bons acessos para o exterior (variante e A32), pese não possuirmos ainda uma zona industrial estruturada. O que mudou na sua vida desde que foi eleito? Algumas coisas mudaram na minha vida mas a honestidade, a credibilidade, a capacidade e a responsabilidade mantêm-se e serão sempre as mesmas para trabalhar em prol da minha terra. O tempo para a família é menor porque a disponibilidade para a freguesia é maior, mas já o sabia quando assumi este compromisso. Fi-lo com o apoio deles o que para mim é muito importante. A família é quem mais sofre com a minha ausência.


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gentes

O melhor da freguesia: As suas gentes Preferência gastronómica: Peixe (bacalhau) O fim-de-semana ideal: Junto da família Oliveira de Azeméis: Grande concelho Viagem de sonho: Viena de Áustria A família: Amor O melhor livro: “A Selva” de Ferreira de Castro O filme de eleição: Música no Coração I

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PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE FAJÕES

Óscar Teixeira

Uma mão cheia de projetos em Fajões

Que balanço faz do primeiro ano de mandato? O balanço é bastante positivo. Reduzimos a dívida em 23% (cerca de 50 mil euros) e todas as despesas realizadas em 2018 foram pagas, organizámos os serviços administrativos acrescentando uma valência muito importante, o atendimento ao munícipe permanente na junta de freguesia. Criámos uma comissão social e definimos a estratégia para implementar a visão deste executivo para a freguesia. Realizámos investimento com intervenções urgentes e necessárias. Isto só foi possível com base num trabalho financeiro rigoroso, transparente e competente. Com o apoio da Câmara Municipal tem sido possível ultrapassar dificuldades de gestão encontradas e é nossa convicção

que este trabalho terá resultados no futuro refletindo-se na qualidade de vida dos fajoenses. Quais são as principais preocupações do executivo? Ter estabilidade na área financeira irá certamente ditar o futuro e isto preocupa-me bastante. As carências são muitas mas temos de fazer o caminho com critérios bem definidos, equilibrados e com objetividade. Existe a necessidade de envolver a população para sentirem que fazem parte deste projeto. É preciso desenvolver as vertentes social, cultural e desportiva sendo importante o apoio das nossas coletividades, associações e instituições, que temos incentivado. A necessidade de

infraestruturas também é uma realidade que nos preocupa, nomeadamente a continuidade da Via do Nordeste, ter um centro cívico que convide a população a visitar e acessos dignos à nossa zona industrial. É também preocupação da junta, criar um centro cívico apelativo, que convide a população a visitá-lo e usufruir da sua beleza natural. Que projetos espera realizar ou concluir até 2020? Estamos a elaborar uma série de projetos. Alguns estão em fase de aprovação sendo intenção iniciar obra ainda este ano mas só o faremos com garantias de haver condições de a terminar e meios para a liquidar. Apostámos na reestruturação do Centro Cívico cuja primeira fase da obra


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O melhor da freguesia: Coletividades, associações e instituições Preferência gastronómica: Peixe O fim-de-semana ideal: com família e amigos Oliveira de Azeméis: com futuro A viagem de sonho: Malta A família: base de tudo O melhor livro: “Mãos Talentosas” (a história de Ben Carson) O filme de eleição: “AMISTAD”

ficou pronta em maio. Pretendemos ainda iniciar este ano a construção de uma capela mortuária, reivindicada há vários anos pela população. Vamos apoiar o Grupo Desportivo de Fajões na remodelação do Campo das Cruzes, que pretendemos realizar este ano. Temos um projeto para a reestruturação de um cruzamento perigoso no lugar de S. Mamede estando reunidas as condições para avançar com a obra. O que representou o reforço financeiro de 15% na transferência de verbas para a junta de freguesia? Estes 15% são importantes mas de facto é muito pouco para o trabalho das juntas. Considero este reforço um primeiro passo para nos capacitar de forma a conseguir-

mos dar resposta a uma série de competências que nos vão sendo atribuídas. Que particularidades tem a freguesia que possam ser uma mais-valia para o desenvolvimento do município? Temos várias, desde as nossas associações, coletividades e instituições até ao rio que atravessa a freguesia. Mas existe um em particular que se tornará um ponto de referência do nosso município que é o morro de S. Marcos, um local aprazível. É um dos projetos de vulto que estamos a desenvolver. Talvez não seja obra para iniciar este mandato devido à conjuntura encontrada mas estamos a desenvolver um projeto para estarmos preparados caso se abra uma janela. Estaremos atentos aos fundos europeus e I

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se essa oportunidade se concretizar será o realizar de um sonho deste executivo: criar um roteiro turístico na freguesia. O que mudou na sua vida desde que foi eleito? Sempre tive uma vida ativa na sociedade tendo estado ligado ao futebol nos últimos anos. O estado em que se encontrava a junta de freguesia obrigou a um esforço exaustivo de todo o executivo, com muitas noites mal dormidas mas com resultados e isso foi o que nos deu forças para hoje encararmos isto com uma responsabilidade acrescida e otimismo. Tive sempre um cuidado extremo de minimizar o impacto familiar. Posso privar-me de tudo mas a família tem de caminhar ao meu lado.


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A Câmara

Perto de

SI

Mac

Cucujães

São Martinho da Gândara

São Ro

Santiago de Riba-Ul

Oliveira de Azeméis Madail

Macin da S

Ul

Travanca Loureiro

Pinheiro da Bemposta


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Fajões

Cesar

cieira de Sarnes

Nogueira do Cravo

Carregosa

oque Pindelo

e

nhata Seixa

Ossela

Numa política de proximidade, o executivo municipal de Oliveira de Azeméis promoveu um conjunto de visitas às freguesias do concelho que designou “A Câmara perto de si”. Palmaz

O objetivo foi conhecer no terreno a realidade de cada uma das unidades territoriais, as suas necessidades, preocupações e projetos na perspetiva de, em conjunto, se encontrar soluções para os problemas aumentando a qualidade de vida dos munícipes. O projeto “A Câmara perto de Si” incluiu visitas a obras, contactos com os executiI

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vos das juntas de freguesia e forças vivas ligadas à educação, à igreja e ao associativismo, terminando com uma sessão aberta à população. “Com este projeto quisemos estar mais próximos das freguesias num registo de proximidade que ajude a solucionar questões importantes para as populações”, afirma o presidente da Câmara, Joaquim Jorge. Nas próximas páginas damos a conhecer as iniciativas desenvolvidas no âmbito do projeto.


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Freguesia de Cesar

“Cesar sempre!”

Nº HABITANTES: 3.166 ÁREA: 5,43 km2 PRESIDENTE: Augusto Moreira CONTACTOS: 256 852 246 junta.cesar@outlook.pt www.jfcesar.pt


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Freguesia de São Martinho d

“Freguesia com extensos campos de cultivo, cuja principal atividade é a agricultura.”

Nº HABITANTES: 1.985 ÁREA: 8,13 km2 PRESIDENTE: António Marques CONTACTOS: 256 687 920 geral@fsmgandara.pt www.fsmgandara.pt


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Freguesia de Loureiro


“Loureiro, Terra Milenar! Uma terra com futuro.”

Nº HABITANTES: 3.531 ÁREA: 17,13km2 PRESIDENTE: José Queirós CONTACTOS: 256 692 000 junta.freg.loureiro@sapo.pt www.junta-freg-loureiro.com


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União de Freguesias do Pin

“Esta União tem para oferecer o melhor património histórico, cultural e natural do Concelho.”

Nº HABITANTES: 7.207 ÁREA: 32,76 km2 PRESIDENTE: Susana Mortágua CONTACTOS: 256 991 128 junta@pinheirodabemposta.com www.freguesia-pbemposta.pt


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nheiro da Bemposta, Palmaz e Travanca

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Freguesia de Carregosa


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“Mais do que os lugares, o nosso povo e as nossas tradições!”

Nº HABITANTES: 3.419 ÁREA: 11,82 km2 PRESIDENTE: Maria Helena Moreira CONTACTOS: 256 412 393 junta.carregosa@gmail.com www.jf-carregosa.pt

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Freguesia de Fajões


“Uma freguesia empreendedora com um potencial enorme de desenvolvimento em diversas dimensões que assenta na sua identidade, cultura e história.”

Nº HABITANTES: 3.087 ÁREA: 8,12 km2 PRESIDENTE: Óscar Teixeira CONTACTOS: 256 851 522 geral@fajoes.jfreguesia.com www.fajoes.jfreguesia.com


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União de Freguesias de N

“União de Freguesias onde a cultura, associativismo, columbofilia e o desporto marcam presença. Minas do pintor: as únicas torres na Península Ibérica construídas em pedra.”

Nº HABITANTES: 5.390 ÁREA: 12,54 km2 PRESIDENTE: Manuel Rebelo CONTACTOS: 256 866 128 info@nogueiradocravoepindelo.pt www.nogueiradocravoepindelo.pt


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Nogueira do Cravo e Pindelo

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Freguesia de Ossela

“Ossela, sempre foi privilegiada pela natureza, com cenários de paisagens naturais e rurais, fruto, também, do seu maravilhoso Rio Caima. Aqui nasceu o escritor Ferreira de Castro, o mais traduzido e universal dos nossos romancistas.”

Nº HABITANTES: 2.208 ÁREA: 17,89 km2 PRESIDENTE: José Santos CONTACTOS: 256 484 885 geral@jf-ossela.pt www.jf-ossela.pt


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Freguesia de São Roque

“Património e Progresso: Berço do vidro, viveiro do calçado e laboratório dos moldes.”

Nº HABITANTES: 5.228 ÁREA: 7,05 km2 PRESIDENTE: Bernardo Simões CONTACTOS: 256 871 275 geral@jf-vsroque.pt www.jf-vsroque.pt



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Freguesia de Cucujães

“A vila que já foi Couto, movida pela força do associativismo.”

Nº HABITANTES: 10.705 ÁREA: 10,42 km2 PRESIDENTE: Simão Godinho CONTACTOS: 256 890 210 geral@jfcucujaes.pt www.jfcucujaes.pt


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Freguesia de Macieira de Sarn

Nº HABITANTES: 1.925 ÁREA: 3,87 km2 PRESIDENTE: Florbela Silva CONTACTOS: 256 834 861 jfmsms@gmail.com www.freguesiademacieiradesarnes.pt


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União de Freguesias de O Riba-Ul, Macinha


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Oliveira de Azeméis, Santiago de ata da Seixa, Madail e Ul

“Somos uma União com potencialidades que todos os dias trabalha muito para superar as dificuldades.”

Nº HABITANTES: 20.761 ÁREA: 25,95 km2 PRESIDENTE: Manuel Alberto Pereira CONTACTOS: 256 674 181 geral@ufoaz.pt I

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Nossa Senhora de La O mês de agosto é de fé e festa em Oliveira de Azeméis


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Procissão - Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette Início do Século XX I

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ProcissĂŁo das Velas - Festas em honra de Nossa Senhora de La Salette 2018 I

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DESTACAVÉIS OLIVEIRENSES

Matos Barbo

“A ria, a água e o


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“O Pião”

O cineasta Matos Barbosa pertence indubitavelmente à galeria de destacáveis oliveirenses. A sua obra espalha-se pelo cinema, artes plásticas e banda desenhada e merece uma referência especial pelo facto da sua produção cinematográfica ter percorrido salas nacionais e internacionais. Foi no cinema que mais se notabilizou com uma filmografia de duas dezenas de produções onde não faltou o cinema de animação. Com Vasco Branco e Manuel Paula Dias o cinéfilo assinou alguns dos filmes de cinema amador português mais premiados internacionalmente. No desenho retratou histórias e gentes ligadas a esta vasta região, incluindo a terra que o viu nascer em 1935. Foi a paixão pelo cinema que o levou a deixar a relação com o vidro, atividade à qual a sua família esteve empresarialmente ligada durante largas décadas.

“Vindimas à moda antiga”

“Vindimas à moda antiga”

homem”

Manuel Matos Barbosa

“A ria, a água e o homem” I

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Semana SĂŠnior 2019 Dignificar, melhorar o bem-estar e promover o envelhecimento ativo de quem contribuiu fortemente para o concelho. I

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