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Alcantarilha-Gare p13 p20 p19

Editorial

Paula Bravo Jornalista Caça à covid

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Aquela previsão primaveril de que o novo coronavírus, ao atacar em simultâneo toda a humanidade, nos iria aproximar enquanto pessoas e comunidade parece ter os dias contados. O sentimento de comunhão e os milhares de gestos de entreajuda que por esses dias surgiram foram substituídos pela Caça à Covid. O objetivo é descobrir quem está doente. E exigir que essa pessoa se exponha, ou seja exposta, publicamente. A cada novo caso há um alarme, um fluxo ininterrupto de mensagens nas redes sociais, quem, quem, onde, onde? O vigilante justiceiro, que existe em cada um de nós, está cada vez mais desperto num grande número de cidadãos e as consequências desse posicionamento revelam-se brutais nalgumas situações. Aqui, a partir do jornal, observo com preocupação esse fenómeno. Quem é, perguntam-nos? Como apanhou a doença? Têm foto? E comentários do género “ porque é que não dizem a verdade?”. E outros ainda mais “simpáticos”: “O Terra Ruiva e os outros só dizem mentiras!”…

Uma pessoa doente deve assumir a responsabilidade de se isolar e avisar o seu círculo de relações, familiar, profissionais e de amizade. As empresas devem prevenir os seus funcionários da existência de algum caso e as autarquias e autoridades de saúde informar os seus cidadãos sobre a situação da Covid-19 nas suas áreas de influência. É o suficiente. Correr atrás de cada caso para saber quem, onde, quando, como, não nos torna mais informados, nem mais prudentes. E estarmos com receio do vizinho mas irmos para a praia com centenas de pessoas desconhecidas, de origens várias, é apenas um exemplo de como a racionalidade não está presente quando nos deixamos acossar pelo medo. O clima de paranoia, descredibilização das autoridades de saúde e replicação de opiniões e factos não fundamentados servirá alguns interesses, mas não os da maioria da população. Neste início de setembro esperam-nos duras provas, com o reinício das aulas, o final das férias para muitas pessoas, a reabertura de muitos centros de dia… mas por esta altura já constatamos que queremos e temos que continuar a viver. Seis meses depois dos primeiros casos de Covid-19 em Portugal, todos sabemos o que devemos fazer. E o que devemos fazer é o que devemos mesmo fazer pois é a única forma de nos protegermos. Temos de ter responsabilidade. Responsabilidade é uma palavra pesada. E talvez por isso muitas pessoas tenham tendência a passá-la para outras: “ eles não fazem…” “eles deviam fazer”… “eles são uns incompetentes”… “eles não conseguem”… Sendo que “eles” são normalmente os titulares de cargos públicos. Os que foram eleitos pela ação direta de uns, através do voto, e pela ação indireta de outros - que não se dão ao trabalho de ir votar. E assim tantos se diluem alegremente na irresponsabilidade individual e coletiva… e lembro-me agora daqueles tristes estudos que mostram que em Portugal, um país com um tão grande número de acidentes rodoviários, a esmagadora maioria dos condutores considera que conduz bem e que a “culpa” dos acidentes é dos outros condutores…

2. Não queria terminar sem chamar a atenção para a importância dos documentos que se encontram em Discussão Pública, nomeadamente o novo PDM de Silves e as áreas de renovação urbana de Alcantarilha e São Bartolomeu de Messines. (ver notícia nesta edição). São documentos estruturantes que em muito irão determinar o futuro do nosso concelho. A democracia oferece-nos a possibilidade de termos acesso a esses planos e de os complementarmos ou discordarmos. Isto é um privilégio que pode e deve ser usado. E já agora defendido.

Tomar Partido Francisco Martins Economista Investimento ambicioso

Opaís necessita de recuperar e regressar ao crescimento económico, sabendo-se, contudo, que este processo é indissociável da (in)eficácia do plano estratégico, das políticas adotadas pelo Governo e dos resultados dos compromissos estabelecidos no seio da União Europeia, designadamente, a aplicação da “bazuca financeira” que tarda a chegar ao terreno, cujas condicionalidades, capacidade nacional de absorção dos fundos no período de 3 anos, equidade e justiça na sua repartição, nos levanta fundadas dúvidas, dado o neoliberalismo europeu vigente e o passado histórico. As consequências da pandemia de Covid-19 que a todos toca, embora, de forma assimétrica, afetando com intensidade superior os países mais periféricos, vulneráveis e dependentes, bem como as micro, pequenas e médias empresas, as classes trabalhadoras e os estratos sociais mais desfavorecidos, obriga à simultaneidade nos ritmos de recuperação das diferentes economias nacionais, sendo certo que novos confinamentos massivos e paragens generalizadas de setores da atividade produtiva, não serão exequíveis e sustentáveis no futuro, dada a devastação que provocaria sobre famílias, empresas e sociedade. Usando o ditado popular: “Não morrer da doença, morrer da cura.”

Nesta fase da crise, os municípios são portadores de um papel não despiciendo nos níveis de retoma do crescimento económico, desde que a par da sua intervenção local e fundamental no combate ao sur

to pandémico, intervindo além das suas competências, substituindo-se ao Estado Central, na atribuição de medidas de apoio direto e indireto, apoio domiciliário e incentivos vários, a famílias, trabalhadores da autarquia, comércio local, coletividades, corpos de bombeiros, forças de segurança, unidades de saúde, escolas, e demais entidades, não perca o enfoque estratégico na defesa do investimento programado e do interesse geral da população dos seus concelhos. É o caso do Município de Silves, único do Algarve com liderança CDU, que não obstante as avultadas despesas com a pandemia, a manutenção sem quaisquer cortes dos montantes transferidos para as Juntas de Freguesia, associações e coletividades e a perda de receitas significativas, mantém de pé um

programa ambicioso de in

vestimentos, que ultrapassa os 20 milhões de euros. Sumariamente, descortinamos a intervenção estrutural em Armação de Pêra de combate às cheias e renovação dos sistemas de abastecimento de água e saneamento (1.ª fase), a estratégica empreitada de combate às perdas de água em todo o concelho com recurso a inovação e tecnologia de topo, a construção da Ecovia do Litoral Sul (Pêra e Armação de Pêra), a requalificação das Escolas Básicas do 1.º ciclo de Silves e Alcantarilha, a requalificação da rua atrás dos muros (Silves), a remodelação profunda dos Mercados Municipais de Silves e S. B. de Messines, a reabilitação do antigo Mercado de Alcantarilha para Centro de Exposições, a requalificação integral do Centro Histórico de S. B. de Messines, a conservação e restauro da Ponte Velha de Silves, a reabilitação da estrada Boião-Azilheira (2.ª fase), a requalificação urbanística de uma das principais artérias de Pêra e a construção do Polidesportivo de Tunes (2.ª fase). Fixar o investimento numa bitola elevada em período de crise económica e social é desafio complexo, que implica uma eficaz e eficiente gestão orçamental e financeira, o aproveitamento das oportunidades de financiamento comunitário e de outras fontes externas, que proporcionem a alavancagem do investimento autárquico, e pressupõe priorizar projetos e opções, não perdendo ao mesmo tempo, a visão global e estratégica sobre o concelho. Na atividade de direção

e governação é fundamental pensar, refletir e planear mas sobretudo agir e concretizar. No fundo são as evidências palpáveis e concretas atrás referidas que diferenciam e demonstram a real capacidade de fazer, a ambição e a qualidade da intervenção municipal.

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Concluído caminho da Amendoeira, em Silves

O Município de Silves informa que concluiu a pavimentação do caminho da Amendoeira, na freguesia de Silves, numa extensão de 2,7 Km. “A empreitada de obras públicas contemplou, além da pavi

Baixa da Cidade de Silves com nova iluminação pública

Na baixa da cidade de Silves (ruas 5 de Outubro, Comendador Vilarinho, José Estevão e limítrofes) foram concluídos os trabalhos de substituição de colunas e luminárias com a incorporação de tecnologia LED.

Parques infantis de Alcantarilha e Algoz foram reabilitados

Os parques infantis de Alcantarilha e Algoz tiveram obras de reabilitação. A intervenção da Câmara Municipal de Silves incluiu a colocação de novos pavimentos e vedação, bem como a substituição de equipamentos. A Câmara Municipal de Silves esclarece que “a necessidade da intervenção se deveu ao estado de apodrecimento em que

mentação, a criação de rede de drenagem de águas pluviais e a instalação de sinalética vertical e horizontal”, o que representou um investimento de cerca de 199 mil euros. O Município de Silves esclarece que a execução desta obra se inclui no plano mais vasto da requalificação da rede viária em todo o concelho, designadamente no interior da freguesia de Silves.

Instalada nova ilha ecológica em Armação de Pêra

O Município de Silves instalou cinco contentores enterrados ras da Igreja Matriz) para a recolha de resíduos indiferenciados e seletivos. Esse equipamento é composto por dois contentores de 5 m3 Green Bee, na Praceta Dona Elisa dos Santos Gomes (traseiA Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines adquiriu uma plataforma digital, disponível no endereço www. jf-messines.pt/ocorrencias, que permite “à distância de um clique, interagir com os serviços da Junta para reportar determinada ocorrência que exija uma resolução e/ou encaminhamento para as entidades competentes.” Como informa a Junta de Messines, alguns dos assuntos que guesia “é a possibilidade de evitar deslocações” por parte dos cidadãos, além de “permitir uma maior eficiência e agilidade no despoletar e acompanhamento de ocorrências”.

várias colunas se encontravam e à impossibilidade de repor as colunas desaparecidas (modelos descontínuos no mercado), visando-se desta forma, garantir as condições de segurança, a estética e a uniformidade do equipamento, numa cidade cujo potencial turístico é necessário preservar e reforçar”. Esta substituição teve um custo de 80 mil euros.

Toldos em escolas das freguesias de Messines e Tunes

O Município de Silves informa que procedeu à instalação de toldos nas escolas EB1 de S. B. de Messines, EB1 da Portela de Messines e EB1 de Tunes, ascendendo o investimento a cerca de 12. 500 euros.

para resíduos indiferenciados, um contentor de 5 m3 para papel/cartão, um contentor de 5 m3 para plástico/embalagens e um contentor de 3 m3 para vidro.” O investimento camarário, que “ascendeu a 47 mil euros” integra-se na estratégia de apoio ao cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Ação - PERSU 2020 (Gestão de Resíduos) que visam, designadamente, o aumento da capitação da recolha de resíduos seletivos. “A expansão de ilhas ecológicas pelo concelho revela-se uma solução urbana mais moderna, limpa e de impacto visual favorável, na linha da defesa e promoção dos valores ambientais, da redução de custos e da promoção de hábitos e comportamentos cívicos mais amigos do ambiente”, acrescenta o Mu

A autarquia esclarece que este investimento, “na continuação de outras medidas, se integra na estratégia de intervenção permanente nas escolas do concelho, visando a melhoria do bem-estar de alunos, pessoal docente e não docente, e consequentemente a criação de melhores condições para o exercício da atividade educativa.” A autarquia salienta que este investimento, no valor de 36 mil euros, “se enquadrou no conjunto de intervenções já realizadas que abrangeu os restantes parques infantis públicos do concelho”.

Plataforma de Gestão de Ocorrências da Freguesia de Messines

podem ser tratados através desta plataforma são: “pedidos de recolha de monos; problemas com água e saneamento; limpeza de espaços públicos; manutenção de caminhos; falhas na iluminação pública e problemas de água e saneamento.”

A vantagem da ferramenta, inserida no sitio da Junta de Frenicípio.

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Propriedade e Editor:

Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves, “Pé de Vento”, Morada: Rua da Fábrica, nº3, 8375- 147 S. Bartolomeu de Messines, NPC: 510985807 | Registo ERC Nº 123511. Depósito Legal nº 153123/00.

Colaboradores:

António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno Cabrita, Eugénio Guerreiro, Frederico Mestre, Helena Pinto, João Rocha de Sousa, José Alberto Quaresma, José Manuel Vargas, Miguel Braz, Mónica Gonçalves, Patrícia Ricardo, Ricardo Camacho, Teodomiro Neto, Vera Gonçalves. Redação: Rua da Fábrica, nº3; 8375-147 S. Bartolomeu de Messines - Tlm – 96 285 6922 Administração/ Publicidade/ Assinaturas: 918 700 152 Email: terraruiva@gmail.com

Design gráfico e pré-impressão:

Bruno Cortes Impressão: FIG- Indústrias Gráficas, S. A. Urbanização Portas De São Miguel 122, 3020-430 Coimbra Periodicidade: Mensal Tiragem: 1500 exemplares Diretora: Paula Bravo Tlm. 96 285 6922 Diretor Financeiro: Francisco Martins Tlm. 91 870 0152 Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

Utilidade Marginal António Eugénio Economista PDM: o itinerário de um concelho

Onovo Plano Director Municipal (PDM) do Concelho de Silves entrou em discussão pública até ao dia 30 de setembro de 2020. Trata-se muito simplesmente do documento que define a abordagem urbanística para o Concelho, em todas as suas dimensões. Conceptualmente, o Plano Director Municipal é o documento que define o uso que é dado aos solos do território e quais as regras pelas quais se pautam essas utilizações. O PDM gere onde podem ser efetuadas as construções e quais são as condicionantes que delimitam o território. O PDM reflete quais os territórios aptos para uso agrícola e quais os destinados a reserva ecológica. No fundo, a leitura de um PDM deve ser feita com um propósito duplo: por um lado, a definição de como o território é hoje e, por outro, uma visão de como o território será amanhã. É um “projecto” da dimensão espacial do concelho, e como tal, é uma das ferramentas fundamentais do desenvolvimento de qualquer concelho e principalmente, do caminho a trilhar por este mesmo concelho. De facto, a gestão do território é a maior incumbência delegada pelo Estado central às autarquias. A noção de “gestão” do território é enganadora; a mesma assemelha-se mais a uma lógica de política pública do que a uma mera curadoria de interesses; está associada a um série de objetivos de difícil conciliação: uma distribuição racional, na dimensão geográfica, das atividades económicas; da redução de assimetrias territoriais e de uma política de desenvolvimento socioeconómico; da melhoria da qualidade de vida das populações; e da gestão responsável dos recursos naturais e da proteção do ambiente, e da utilização ponderada do território. No fundo, um documento como o Plano Director Municipal carece de uma forte ponderação dos interesses envolvidos: do privado e do público, do ambiental, do económico e do social. Portanto, esta ponderação não deve ser toldada por uma lógica de extremismos: não faz sentido privilegiarmos uma dimensão sobre a outra de uma forma excessiva. As questões ambientais estavam, até à pandemia, no centro da discussão. O privilégio de uma lógica unicamente conservadora do ambiente retiraria capacidade do território na criação de emprego e de desenvolvimento económico. Por outro lado, uma prossecução de uma lógica de betonar todo o território existente relevaria para uma perda de qualidade de vida e da sobrevivência da fauna e flora. Há que ter em conta que, no fundo, o PDM deverá, como em qualquer política pública, dar resposta aos problemas das populações no que toca à dimensão espacial dos seus territórios. Um dos destaques que tem sido dado nos últimos tempos é a política de habitação: os elevados valores das rendas e os preços das habitações; uma política de expansão das áreas urbanas e dos índices associados poderá aumentar a oferta do parque habitacional e assim disponibilizar mais habitação a um preço inferior. No entanto, tal poderá significar maior pressão urbanística sobre os leitos de água ou sobre área designada inicialmente para agricultura. O equilíbrio da proposta é basilar, mas irá depender da graduação dos interesses da população. Por outro lado, é importante realçar que o PDM não poderia ser elaborado no vácuo, como se a realidade fosse uma tela branca, à espera que o técnico da Câmara a preenchesse com as cores que pretendesse; o PDM deve ser um documento abstrato, sim, mas com a noção de que há interesses e propostas palpáveis e reais. Devem ser privilegiadas as propostas com exequibilidade e com propósito; é com esse intuito que se fazem as famosas “pretensões” para inclusão no PDM, tendo em vista a sua integração no documento; compete à Câmara integrar as que melhor se adequam à sua visão do território, bem como a sua viabilidade. Por fim, e como em qualquer ato de planeamento, existe a necessidade da maleabilidade do plano; como todos nós sabemos, a realidade muda. O mundo em 2013 não é o mundo de 2020. Aliás, o mundo de 2020 não se parece nada com o de 2019. A questão da pandemia de Covid-19 coloca maiores incertezas sobre todo este processo: a pandemia veio para ficar, e como tal, é estrutural, ou daqui a uns meses desaparece, e é apenas conjuntural? Deverá o PDM refletir a realidade da pandemia ou o mundo pré-Covid? A flexibilidade, como em tudo na vida, é a chave; a atualidade muda a todo o momento; o melhor plano é o que se adapta.

Consultório Jurídico Eugénio Guerreiro Advogado Despedido “por causa” de 7,40 euros

No anterior texto desta coluna foi abordado um caso relacionado com a violação do dever de lealdade do trabalhador para com o seu empregador. Porque nunca será de mais alertar para a importância do respeito a esse dever, relata- -se uma outra situação real bem demonstrativa do valor intrínseco da lealdade, cuja análise de respeito ou de desrespeito pode nada depender de eventuais elementos quantitativos da questão, isto é, por outras palavras, tanto se pode ser desleal por oito como por oitenta. Lisboa é, como se sabe, uma cidade de colinas, sendo que, para facilidade de acesso, algumas dispõem de ascensores cujos operadores acumulam com a função de venda de bilhetes, as designadas tarifas de bordo. Certo dia, Pedro, um deles, relativamente a um grupo de passageiros, após já a viagem concluída e eles terem ido embora, verificou ter-se enganado no troco, tendo-lhes devolvido mais 16 euros do que o devido, e, portanto, havendo que repor do seu bolso esta quantia à entidade patronal. Nada perdido, hei de reaver, terá pensado ele. Tanto assim que, logo passado pouco tempo, numa manhã, ao vender dois bilhetes de 3,70 euros cada a um casal de turistas, mas tendo estes imediatamente entrado no ascensor sem terem pegado nos bilhetes, aproveitando o facto, guardou-os, e na tarde do mesmo dia, perante um outro casal de passageiros, cobrando-lhes os 7,40 euros, entregou-lhes esses mesmos bilhetes que na manhã emitira, recuperando, desta forma, logo praticamente metade daquilo que havia perdido. Mas, azar dos azares, é que se deu a coincidência de um inspetor da empresa ter entrado no ascensor nessa ocasião, e, ao consultar os bilhetes de todos os passageiros, verificou que aqueles correspondiam a uma viagem da manhã. Processo disciplinar instaurado e Pedro foi despedido. Inconformado recorreu para o tribunal, alegando, no essencial, ser de uma grande desproporcionalidade a sanção de despedimento face ao irrisório valor de 7,40 euros em questão, uma lesão insignificante dos interesses da empresa, e acrescentando que tal ato não teve na sua base a intenção de apropriar-se, mas tão só a de fazer face ao prejuízo que tinha tido com o lapso do troco dos 16 euros. Porém, o tribunal não lhe deu razão, porque considerou que, se o vínculo laboral em geral assenta numa base de confiança, no caso concreto essa confiança é muito mais exigível porque lida com dinheiro que é pertença da empregadora, exigindo-se nestes casos dos trabalhadores, uma postura de inequívoca confiança, insuspeita lealdade de cooperação, idoneidade e boa fé na execução das suas funções, ora, Pedro, ao agir como agiu, violou a relação de confiança crucial nesta concreta relação laboral, e sendo que, ainda que na sua base um lapso, isso não releva, uma vez que sempre iria colmatar o prejuízo que teve, com dinheiro que pertencia à empresa e não a ele. Em suma, Pedro em rigor não foi despedido por causa de meros 7,40 euros, mas sim porque com o ato que praticou violou o dever de lealdade, de confiança, que sobremaneira sobre si impendia.

p.s.: No anterior número do Terra Ruiva foi publicado um texto de opinião do colega colaborador António Guerreiro sob o título/palavra de ordem “Abaixo a estátua”, que, aliás, bem resume o seu conteúdo de instigação ao vandalismo e destruição de um monumento público existente em Silves. É certo que os textos de opinião apenas responsabilizam os próprios autores, contudo, porque poderá haver a ideia da existência de alguma afinidade de pensamento entre colegas colaboradores, convirá deixar claro, dada a gravidade evidente, que, de todo, não é o caso.

Apoios à criação de emprego

Até ao dia 15 de seSobre estes encargos acresce tembro (na 1ª fase e uma taxa fixa de 40% para até 16 de novembro financiar outros custos asna 2ª fase) estão abertas as sociados à criação de postos candidaturas para o prograde trabalho. Apenas são elema +CO3SO Emprego. gíveis contratos sem termo. Os apoios podem chegar Podem candidatar-se micro aos 81 mil euros por posto e pequenas empresas e entide trabalho a criar e insedades da economia social que rem-se no âmbito do Prodesenvolvam atividades com grama +CO3SO Emprego. enquadramento nas áreas de Trata-se de um sistema de atividade especificadas no incentivos que visa apoiar a concurso para a apresentação criação de emprego e o emde candidaturas. preendedorismo, incluindo Para as candidaturas a apreempreendedorismo social. sentar nas freguesias de São Os apoios a conceder permiBartolomeu de Messines e tem a comparticipação dos São Marcos da Serra deve custos diretos com os postos ser contactada a Associação de trabalho criados, de acorIn Loco, a entidade gestora e do com os limites fixados para as restantes freguesias a na regulamentação, engloAssociação Vicentina, a oubando a remuneração base tra entidade gestora. e as despesas contributivas Para mais informações sobre da responsabilidade da entio programa +CO3SO Emdade empregadora, durante prego - Sistema de Incentium período máximo de 36 vos ao Emprego e Empreenmeses, contados a partir da dedorismo, consulte: https:// criação do primeiro posto de www.portugal2020.pt . trabalho.

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Geral Conhecer o Município de Silves

No âmbito do 10º aniversário da PORDATA – projeto da Fundação Francisco Manuel dos Santos – ao longo de 2020, esta entidade decidiu divulgar uma série de retratos estatísticos sobre cada um dos 308 municípios portugueses, fazendo-o para assinalar os respetivos feriados municipais e para “garantir que a sociedade esteja mais informada sobre o seu município”. Os dados que aqui se apresentam constituem alguns indicadores-chave do Município de Silves, baseados em mais de 20 fontes oficiais, que comparam dados de 2010 com a realidade mais recente (2018). Estes indicadores estão disponíveis no site da Pordata.

Seguem alguns destaques com os dados mais recentes sobre o município:

• Feriado municipal: 3 de

Setembro • 36.200 habitantes 1 • Por cada 100 residentes, 17 são estrangeiros 1 ve, Manuel Neto Quintas, presidiu à cerimónia de bênção da 1ª pedra do Centro Paroquial de Santo António das Areias, em Armação de Pêra. A cerimónia teve lugar no dia 4 de setembro contando com a presença de autarcas e alguma população. O Centro Paroquial “com o nome do seu Padroeiro, Santo António das Areias, vem responder a um conjunto de necessidades da comunidade de Armação de Pera, tais como: salas de cateque• Por cada 100 residentes, há 14 jovens com menos de 15 anos, 62 adultos e 24 idosos com 65 ou mais anos 1 • Há 171 idosos por cada 100 jovens, mais 14 idosos do que a média nacional 1 • 943 desempregados inscritos nos centros de emprego (4,2% da população residente entre os 15 a 64 anos), 53% a menos que os inscritos em 2010 (2.018) • 5.072 alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário 1 • 936€ é quanto ganham em média os trabalhadores por conta de outrem no município, 231€ abaixo do ganho médio a nível nacional 2 • Os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) eram 1.384 em 2010 e 294 em 2018 • Em 2018 havia 707 trabalhadores da Administração

Pública Local contra 774 em 2010 • 23 alojamentos turísticos, mais 14 do que em 2010 • 16 bancos, caixas económicas e caixas de crédito

agrícola mútuo, menos 9 que em 2010 • Saldo financeiro positivo da CM: +1.095 mil € (receitas: 35,7 Milhões €;

Despesas: 34,6 Milhões €) 2 • 13% das despesas da C.M. foram destinadas à cultura e desporto, valor superior ao de 2010 (11% do total das despesas) 2 • 11% das despesas do município são relativas ao ambiente, 3 pontos percentuais acima do valor registado a nível nacional (8%) 2 • O valor médio de avaliação bancária da habitação foi de 1.376 € por m2, 184 € superior à média nacional 2 • Os crimes registados pelas polícias por mil habitantes foram de 57% em 2010 e 38,9% em 2018 • Resíduos urbanos recolhidos seletivamente por habitante (kg) foram de 148,7 em 2010 e 222,8 em 2018

As fontes oficiais utilizadas foram: INE, ANSR, APA, BP, CGA, DGAL, DGEEC, DGEG, DGO, DGPJ, DGS, ERSAR, GEE, GEP, ICA, IGP, IISS, ISS, SEF, SGMAI, SIBS

Bênção da 1ª pedra do Centro Paroquial em Armação

OBispo do Algar1 – Dados de 2019 | 2 – Dados de 2018

Terra Ruiva Setembro 2020 Geral comemorou Dia do Município Silves

Homenagem a atletas do concelho e a pessoas e entidades que se têm distinguido na ação contra a pandemia e na ajuda às populações, marcaram as comemorações oficiais do Dia do Município. Num ambiente contido e com as cerimónias abertas apenas aos convidados, assim se comemorou o dia 3 de setembro, que assinala 831 anos sobre a conquista da cidade. Para evitar grandes concentrações de pessoas, as cerimónias com os atletas medalhados, que se distinguiram na época desportiva 2019/2020, foram realizadas no dia 2 de setembro, em São Bartolomeu de Messines, Tunes, Alcantarilha e Silves. No dia 3 de setembro, as atividades ficaram marcadas pela comemoração dos 30 anos do Museu Municipal de Arqueologia de Silves, na qual foi anunciada a candidatura deste museu à Rede Portuguesa de Museus. Posteriormente, no Castelo de Silves, decorreram as Homenagens Municipais de Mérito Cívico com o objetivo de enaltecer o trabalho de várias equipas que estiveram na linha da frente quando surgiu a pandemia devido à COVID 19, nomeadamente as equipas de funcionários da Câmara Municipal de Silves, que estiveram no terreno e entidades externas que se mantiveram ativas e extremamente disponíveis para todas as necessidades que este estado exigiu.

Rosa Palma e Maria José Gonçalves, nos 30 anos do Museu Municipal de Arqueologia

Inauguração da exposição de André Boto A programação desse dia culminou com o concerto “Amália Inesquecível”, integrado nas Comemorações do Centenário de Amália. No dia 4 de setembro, houve lugar para a inauguração da Exposição de Fotografia “Silves da Serra ao Mar”, do conhecido fotógrafo silvense André Boto, que se encontra aberta ao público, na Igreja da Misericórdia de Silves, até ao final de setembro. “A temática é o próprio concelho de Silves e as suas principais mais valias, principalmente o seu património edificado”. As cerimónias do Dia do Município encerraram, no Castelo de Silves, com o concerto de Cristóvam, vencedor dos International Portuguese Music Awards 2019, nas categorias de “Música do Ano” e “Melhor Atuação Pop”, com o tema “Burning Memories” e autor de “Andrà Tutto Bene”, afamado hino de esperança face à atual situação pandémica mundial.

Um concerto com Cristovam encerrou o Dia do Município

GDCE

Casa do Povo de Messines

MÉRITO DESPORTIVO

Época 2019/2020

Atletis – Clube de Atletismo de Tunes ADECT- Associação Desportiva e Cultural de Tunes Casa do Povo de S. Bartolomeu de Messines Associação Extremo Sul Clube de Xadrez da Sociedade de Instrução e Recreio Messinense GADAG- Grupo Aventura e Desporto de Alcantarilha-Gare Associação 8300 Wild Sports Grupo Desportivo e Cultural do Enxerim Aquático Clube de Silves

Extremo Sul

Homenagens Municipais de Mérito Cívico

- Serviço Municipal de Proteção Civil e Florestas

Pelo importante papel na coordenação operacional da estratégia estabelecida no âmbito da subcomissão de proteção civil.

-Serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos, Serviço de Higiene e Limpeza e Secção de Águas e Saneamento

Pelo importante papel na higienização e desinfeção de espaços públicos e manutenção da recolha de resíduos sólidos urbanos.

-Serviço de Espaços Verdes

Pela disponibilidade permanente na reparação de roturas e pela permanente disponibilidade para a prestação de serviço no âmbito da COVID19.

-Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho

Pelo importante papel na criação e implementação dos planos de contingência. -Divisão de Educação, Desporto, Juventude e Ação Social Pelo importante papel na agilização de diversos tipos de atividades de apoio social, e implementação da linha de apoio social de resposta à COVID-19.

-Polos de Educação ao Longo da Vida

Pelo importante papel na confeção de mais de uma centena de fatos de proteção individual para distribuição pelas IPSS do concelho

-Sector de Logística

Pelo importante papel no apoio logístico e em particular na implementação das zonas de apoio à população e da área dedicada à COVID do Centro de Saúde de Silves.

-Divisão de Obras Municipais e Trânsito

Pelo importante papel na implementação da zona dedicada à COVID, criada no Centro de Saúde de Silves.

-Unidade de Máquinas e Viaturas

Pelo importante papel na manutenção e condução de veículos e operacionalização de maquinaria pesada.

-Gabinete de Informação e Relações Públicas

Pelo importante papel na preparação e difusão de informação municipal diversa durante o estado de emergência.

-Gabinete Médico Veterinário

Pela disponibilidade permanente para a prestação de serviço no âmbito da COVID 19 -Centro Humanitário Silves-Albufeira da Cruz Vermelha Portuguesa Pela participação ativa no seio da subcomissão de proteção civil, transporte e mobilização de doentes e monitorização de casos suspeitos; Distribuição de alimentos na comunidade; Apoio logístico.

Serviço Municipal de Higiene e Segurança

Bombeiros de Silves e de Messines

A delegada de Saúde de Silves

Serviço Municipal de Proteção Civil

-Serviço Local de Ação Social da Segurança Social

Pela participação ativa no seio da subcomissão de proteção civil e respetivo apoio na área social. -Delegada de Saúde de Silves Filomena Maurício e através dela todos os médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais de saúde. Pela participação ativa na subcomissão de proteção civil dedicada COVID19, que preside. Monitorização e definição da estratégia de saúde pública no concelho de Silves no atual contexto epidemiológico.

-Destacamento Territorial de Silves da GNR

Pela participação ativa no seio da subcomissão de proteção civil; Controlo do isolamento de casos e resposta imediata a situações emergentes.

-Junta de Freguesia de Armação de Pêra, Junta de Freguesia de SB Messines, Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra, Junta de Freguesia de Silves

Pela colaboração no trabalho de higienização urbana.

-Corpo de Bombeiros de Silves e Corpo de Bombeiros de SB Messines

Pela participação ativa no seio da subcomissão de proteção civil.

-Instituto Piaget de Silves

Pela disponibilização das instalações para a operacionalização de uma zona de apoio à população.

- Hotel Vila Galé Náutico

Pela disponibilização de equipamentos para a operacionalização das zonas de apoio à população.

-Marion Bouz

Pela iniciativa de recolha de bens alimentares de 1.ª necessidade junto da comunidade estrangeira para entrega a famílias carenciadas.

Novo conjunto escultório na Zona Ribeirinha de Silves

Quem visitar a Zona Ribeirinha de Silves poderá agora encontrar, junto à passadeira vermelha, um conjunto escultórico em ferro, da autoria de Carlos de Oliveira Correia, composto por quatro figuras, alusivo a atividades desportivas e de bem-estar, como a corrida, o ciclismo e o ioga. “Tornar este espaço, desde sempre ligado ao desporto - onde se inclui o complexo das piscinas municipais de Silves; a passadeira para a prática de caminhada, corrida e passeio de bicicleta; o skate parque, as estações de street workout e o parque desportivo – num espaço mais aprazível, numa ótica de embelezamento do espaço público, preservando a sua associação à promoção da prática desportiva e de recreio, é o principal objetivo desta ação”, executada pela Câmara Municipal de Silves.

Especialidades

Cardiologia Dr. Alberto Felizardo Clínica Geral Dr.ª Madalena Lemos Dr.ª Rosário Sampaio Dr. Maia Rodrigues Dr.ª Nellya Klymanska Diabetes Dr.ª Madalena Lemos Dermatologia Dr.ª Manuela Loureiro Endocrinologia Dr. Mário Mascarenhas Dr.ª Ana Barbosa Enfermagem Enf.ª Ana Rita Luz Enf. André Pires Enf.ª Catarina Silvestre Enf.ª Juliana Rodrigues Fisioterapia Ft. Roberta Gonçalves Ginecologia Dr.ª Diana Almeida Dr.ª Fernanda Vilela Neurocirurgia Dr. Cesário Vilela Neurologia Dr.ª Edmeia Monteiro Obstetrícia Dr.ª Diana Almeida Dr.ª Fernanda Vilela Oftalmologia Dr. João Rodrigues Ortopedia Dr. Vítor Ferreira Osteopatia Dr.ª Diana Pinheiro Otorrino Dr. Inácio Filipe Podologia Dr.ª Julieta Barros Psicologia Dr.ª Telma Vara Quiroprática Dr. António Teixeira Reumatologia Dr.ª Eugénia Simões Urologia Dr. Miguel Cabrita

Segunda-feira a sábado, das 8H00 às 11H00

Novos Exames

• Ecocardiograma • Eletrocardiograma • Ecografia Ginecológica • Ecografia Pélvica • Ecografia Vaginal • Ecografia Obstétrica • Ecografia 3D e 4D • Ecografia Renal e Supra-Renal • Ecografia Prostática • Ecografia Escrotal • Exames Auditivos • Exames Psicotécnicos

Fisioterapia

• Tratamentos de Fisioterapia • Massagem de Relaxamento e Terapêutica • Vacuoterapia • Mesoterapia Homeopática • Drenagem Linfática Manual

Acordos

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em São Bartolomeu de Messines

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Terra Ruiva Setembro 2020 Geral Rota do Petisco em Silves, Messines e Armação

De 11 de setembro a 11 de outubro irá decorrer mais uma edição da Rota do Petisco. A edição de 2020 conta com a participação de 10 estabelecimentos de Armação de Pêra, 7 de Silves e 2 de São Bartolomeu de Messines. Para embarcar nesta “odisseia gastronómica”, que nos leva de Aljezur a Tavira, “com os petiscos e doces mais saborosos que o Algarve tem para oferecer”, os participantes deverão adquirir um Passaporte, nos estabelecimentos aderentes ou online junto da

OMunicípio de Silves celebrou recentemente um protocolo de colaboração com a Universidade do Algarve, com o objetivo de implementar nos Agrupamentos de Escolas Silves e Silves Sul o “Plano de inovação e promoção do sucesso escolar com Associação Teia D’Impulsos, por um valor de 1,50€, que reverte na íntegra para diferentes projetos sociais locais que foram selecionados para serem apoiados por esta Rota Solidária. A Rota do Petisco é um projeto de cariz cultural e recreativo com origem na cidade de Portimão que consiste num roteiro gastronómico, envolvendo diversos estabelecimentos de restauração. A decorrer desde 2011, a Rota do Petisco tem crescido de ano para ano. Com uma adesão de 31 estabe

lecimentos de Portimão na 1ª edição, a Rota regista em 2020 a maior abrangência de sempre, com 231 restaurantes aderentes, distribuídos por 13 concelhos do Algarve: Aljezur, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Silves, Monchique, Lagoa, Albufeira, Loulé, Faro, Olhão, São Brás de Alportel e Tavira. Dinamizado pela Associação Teia D’Impulsos, com o apoio de várias entidades locais públicas e privadas, a Rota do Petisco visa a promoção da restauração e do comércio local e a divulgação da gastronomia tradicional do Algarve. A lista dos estabelecimentos aderentes e a sua localização, bem como outras informações, podem ser consultadas no site:www.rotadopetisco.

Discussão pública dos programas de reabilitação urbana de Silves

Está a decorrer, até ao mas, o Município de Silves cimento do património nadia 16 de setembro, o “pretende contribuir para a tural e paisagístico da cidade período de discussão melhoria das condições de de Silves, concretamente os pública da alteração da Opehabitabilidade do edificado espaços verdes privados locaração de Reabilitação Urbalocalizado na Área de Realizados na ARU de Silves, no na (ORU) de Silves, relativo bilitação Urbana (ARU) de caso do PARJPI.” aos regulamentos do PrograSilves e, deste modo, reforçar Os documentos de referência ma de Apoio à Melhoria das a atratividade dessa área de e os formulários encontram- Condições de Habitabilidareabilitação, designadamente -se no site da autarquia. As de (PAHAB) e do Programa para fins habitacionais, insugestões devem ser formade Apoio à Recuperação dos vertendo o processo de abanlizadas por escrito através de Jardins e Pátios Interiores dono de que tem sido alvo, formulário próprio e envia(PARJPI). no caso do PAHAB, assim das para: reabilitacao.urbaCom a implementação e como contribuir para a valona@cm-silves.pt . dinamização destes prograrização, promoção e conhe

Projeto Milage Aprender + nas escolas de Silves

com as salas APRENDER+© tempo, atendendo a que não vídeos educacionais para a Matemática”, no ano letivo têm de resolver na sala de promoção de diferentes es2020/2021. aula os exercícios que constilos de aprendizagem e para Este plano integra o projeto tam nas fichas integradas na uma aprendizagem ativa MILAGE APRENDER +, plataforma). centrada no aluno, possibiliuma app concebida para disA implementação deste protando a resolução dos exercípositivos móveis que permite jeto permitirá aos alunos escios passo a passo”, informa a aos alunos acederem a contudar num ambiente gamifiautarquia. teúdos pedagógicos, dentro e cado, onde são contemplados Com a celebração deste profora da sala de aula. diferentes níveis de dificultocolo, o Executivo Munici“Trata-se de uma ferramendade de exercícios, possibilipal “pretende reforçar a sua ta de apoio não só para os tando, assim, o apoio a aluaposta na promoção do dealunos (no que respeita à renos com maior dificuldade senvolvimento qualitativo do solução autónoma de fichas de aprendizagem e incluir sistema educativo, através da de exercícios), mas também também alunos que estejam implementação de práticas para os professores (nomeanum nível mais avançado. A pedagógicas inovadoras e de damente na gestão do seu plataforma contempla, ainda, aprendizagem móvel”.

Concurso para reabilitação e exploração do Casino de Armação de Pêra

OMunicípio de Silves tem em curso, até ao dia 2 de dezembro, um concurso público destinado à reabilitação do Casino de Armação de Pêra e concessão do direito de exploração de área de restauração e bebidas nesse mesmo espaço. Os particulares (pessoas singulares ou coletivas) que pretendam participar deverão apresentar uma proposta instruída, entre outros documentos, com um estudo prévio de reabilitação do Casino. É intenção da autarquia de Silves que a intervenção ur

Abriram no início do mês de agosto, mas, um mês depois, tiveram de ser encerradas ao público as instalações sanitárias colocadas pelo

Município de Silves em

Armação de Pêra, na zona do antigo minigolfe.

Este equipamento custou cerca de 25 mil euros ao erário público e veio satisfazer uma necessidade há muito sentida (e reivindicada) pela população e visitantes, principalmente

Estava aberto todos os dias, das 7h às 24horas.

Apesar disso, no dia 2 de setembro, o funcionário da

Junta de Freguesia de Armação de Pêra, que se preparava para fazer a limpeza do espaço, deparou-se com o mesmo não só imundo mas também destruído, com as loiças sanitárias partidas.

Em consequência deste ato de vandalismo, o Wc público teve de ser encerrado.

A sua reabertura está agora condicionada à realização

banística se foque “no restauro e reabilitação da imagem e função do edifício do Casino de Armação de Pêra, património cultural de interesse municipal, para que volte a constituir um polo referencial na Frente-Mar de Armação de Pêra, otimizando- -se a sua utilização e fruição pública. O edifício é térreo e dispõe de um piso em cave, apresentando 888,00 m2 de área bruta de construção e 831,30 m2 de área útil. O programa funcional do edifício, por via do seu restauro e reabilitação, deve considerar, designadamente, a instalação de espaço multiusos de vocação cultural; Posto de turismo; estabelecimento de restauração e bebidas, com o inerente espaço comercial e dotado de uma sala de espetáculos polivalente e ainda esplanada no terraço. A intervenção de reabilitação do Casino deve incidir também sobre a requalificação dos espaços exteriores. A concessão do direito de exploração será feita pelo período de 30 anos. Mais informações são prestadas pela Divisão Financeira da

Vandalismo destrói instalações sanitárias em Armação de Pêra Um mês depois da abertura

durante a época balnear. Sujo e vandalizado Câmara de Silves. de obras e aquisição de no vas loiças e equipamentos. As loiças foram partidas

Geral Centro de Recolha Oficial de Silves Com os melhores resultados no Algarve

OCentro de Recolha Oficial de Silves, comumente conhecido como o “canil municipal” foi o que, no Algarve, registou os melhores resultados de atividade, no que respeita ao ano de 2019. Esta é a conclusão que se retira da análise do relatório anual produzido pela Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária que contém os números de cães e gatos recolhidos, adotados, eutanasiados, vacinados e esterilizados no ano passado. Segundo o referido relatório, o concelho de Silves é o que mais vacinou contra a raiva, o que mais doou animais e também o que fez o maior número de esterilizações. Assim, em 2019, foram vacinados contra a raiva 643 animais; recolhidos foram 529; 42 foram eutanasiados; e 424 foram esterilizados. Foram ainda adotados 230 animais. Recorde-se que o Centro de Recolha Oficial de Silves, dirigido por Luís Sousa Aleixo, médico veterinário em Silves há praticamente uma década,

O responsável pelo Centro de Recolha de Silves, o veterinário Luís Sousa Aleixo

se tem distinguido não só a nível regional como também a nível nacional. Ainda em 2018, o Município de Silves foi não só o primeiro do país a apresentar uma candidatura para obras de remodelação de todo o Centro, como também o único do Algarve a ter essa candidatura aprovada. No Centro de Recolha Oficial funciona o Gabinete Médico Veterinário com serviços como vacinação, colocação de chips e eliminação de cadáveres de animais. Para reforçar a luta contra o abandono de animais, foram estabelecidos protocolos com diversas clinicas veterinárias do concelho, que fazem a esterilização dos animais, sendo que a Câmara Municipal de Silves assume as despesas de esterilização e apoia as famílias com menores recursos que não possam pagar esse custo.

Silves vai investir 1,3 milhões em Plano de Ação para Comunidades Desfavorecidas

O“Plano de Ação ria de 500 mil euros.” estimativa orçamental no Integrada para A autarquia de Silves esvalor de 1,1 milhões de euas Comunidades clarece que a candidatura ros.” Desfavorecidas de Silves”, abrange a Requalificação O desfecho positivo do submetido pelo Município do Bairro do Progresso processo desta candidatura de Silves a um programa de (principal componente), a “representa um importante financiamento comunitário, construção da Casa de Jue decisivo sucesso para a foi aprovado no passado ventude e a implementação realização das obras prevismês de agosto. de ações diversas de naturetas, integrando-se na estraEste Plano representa “um za social. tégica municipal de aproinvestimento público total A obra de Requalificação veitamento máximo das na ordem de 1,3 milhões do Bairro do Progresso, oportunidades de financiade euros” tendo “garantida a “com projeto de execução mento” afirma ainda a Câcomparticipação comunitájá elaborado, apresenta uma mara Municipal de Silves.

Barragem do Funcho no dia 2 de setembro (Foto de Bruno Alves)

Alerta vermelho nas barragens do Algarve Falta de água é uma possibilidade real

Afalta de água é de novo uma realidade muito preocupante no Algarve. E o aviso já foi lançado para a praça pública: se não chover de forma significativa nos próximos meses a situação será complicada. Os recursos existentes no momento só garantem o abastecimento até ao final do ano.

O alerta para o agravamento da situação chega de forma categórica através do relatório da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca que descreve a situação da região do Algarve como “preocupante”, a mais grave da última década. Segundo o referido documento, vários factores têm contribuído para se chegar a este nível de gravidade, nomeadamente repetidos anos com precipitação muito abaixo da média, o que levou a que nos últimos oito anos nunca tenha sido atingida a capacidade máxima de armazenamento das principais reservas superficiais do Algarve: Bravura, Odelouca, Funcho, Arade, Beliche e Odeleite. Por outro lado, tem-se agravado a tendência de descida do nível das águas subterrâneas, “com massas a registarem níveis inferiores a 20%”, incluindo-se neste grupo o aquífero Querença-Silves, um dos mais importantes da região. O qual, se encontra agora “em vigilância” pois “se observam descidas significativas do nível de água subterrâneo”. A falta de água nas ribeiras de quase todo o Algarve e a seca que se estende em vastos territórios são demonstradas neste documento que aborda também as consequências económicas que a falta de água na região poderá causar a um dos sectores mais dinâmicos – os citrinos. Os dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) mostram que a bacia Ribeiras do Barlavento era a que apresentava, no final do mês de agosto, a menor disponibilidade de água, com apenas 18,3%, quando a média se situa nos 62,5%. Na região, quatro albufeiras encontravam-se com volumes inferiores a 40% da sua capacidade, nomeadamente a do Arade com 34%. Já a barragem de Odelouca estava com 53,2% e o Funcho com 55%. No que se refere ao abastecimento de água às populações, a Comissão de Acompanhamento da Seca lembra que, “para fazer face à situação de seca do ano hidrológico de 2019-2020”, foi dada autorização à Águas do Algarve para que recorresse à barragem do Funcho, para garantir o abastecimento público, o que “permitiu uma alternativa à captação na albufeira de Odelouca”. “Assim, entre 7 de janeiro e 30 de junho de 2020, foram captados 11, 75 hm3 de água na albufeira do Funcho, para o abastecimento público, estando previsto retomar a captação nesta albufeira em outubro de 2020, para captação do volume remanescente titulado para este ano, ou seja, de 3,25 hm”. Mas - acrescenta o mesmo organismo - “pode afirmar- -se que, no final de junho de 2020, a situação em termos de disponibilidades de água superficial nas origens de água do SMAASA, associadas às medidas e estratégias de gestão implementadas, permitem apenas assegurar os consumos estimados durante o ano civil de 2020, condicionando muito fortemente uma gestão plurianual, sobretudo nas albufeiras de Odeleite, Beliche e Bravura”. Portanto, defende a Comissão. “há que definir as medidas e restrições à captação de água nas albufeiras do Algarve para o ano hidrológico de 2020-2021 e para todos usos que não tenham por finalidade o Abastecimento Público de Água, salvaguardando, de forma inequívoca, o princípio fundamental, consagrado pela legislação, da prioridade à captação de água para abastecimento público, face aos demais usos, em situações de escassez de água.”

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Crónica

José Alberto Quaresma Escritor ALERGIA BREVE

Alergia breve. É semde século. Parece que foi onpre a mesma coisa. tem. As vítimas de Hiroxima Todos os anos, Prie Nagasaki foram quase tomavera alta e Verão baixo, lá das civis. vem ela. Sinto-me como o protagoBreve, gostaria que fosse. nista de Alegria Breve, de Este ano, parece o romance Virgília Ferreira. No fundo quase homónimo de Virgílio do quintal (sim, chamar jarFerreira, Alegria Breve. Nundim a um quintal é bizarria ca mais acaba. 275 páginas. de novo teso, a armar em veOu dias. lho rico), Jaime Faria enterra A alergia breve começa pelo pingo doce. Presumo. Ainda não o provei. Um após outro, o pingo vai empapando lenços de papel, a devastar a sua mulher debaixo de uma figueira. E com ela a esperança num mundo melhor. Vê a sua aldeia definhar, a desaparecerem os habitantes. hectares de eucaliptal. Seca Dizia, há pouco que há oua terra. Seca o rechonchudo tros. Não sou só eu. Um vizique me abriga. nho também tem os mesmos A seguir, vem o espirro tonitruante. Uma ventania saída da alma. Revolve a atmosfera. Infinitas gotículas suspendem-se da nuvem gigantesca. Diz quem sabe e arma zaragatas, perdão, zaragatoas. Só existe dentro de mim e que só eu tenho o dom de a produacessos telúricos. Nunca o covidei para casa. Mas o senhor, coitado, do alto da sua varanda muito próxima, tem as mesmas explosões em japonês vernáculo. ATCHIM… ATCHIM!… As mesmas tonitruâncias. Os mesmos cogumelos invisíveis. zir. Não sou só eu. Há outros. Ignoro se o senhor já armou A alergia este ano não é breve. É um fenómeno naso-atmosférico persistente e devastador. Não se faz anunciar. zaragatoa no seu narigal. Espero que sim e que esteja asséptico. Como eu e as minhas, felizmente, em casa. Merecemos a boa vizinhança. Inicia-se com subtis cócegas E não vizinhança em unidaremotas que se insinuam por de de cuidados intensivos. O dentro. Do fundo do narigal, Diabo seja cego, surdo e tudo. ganha volume um princípio de ciclone. Depressa se converte em fornicoques. Apropria-se do caixote toráxico. Todo o corpo estremece em sucessivos abalos telúricos. Descontrola-se. Explode num cogumelo gigantesco, quase imperceptível à vista desarmada, tonitruante ao ouvido. ATCHIM… ATCHIM!… Parece uma saudação em japonês vernáculo. Antes fosse. A visão que Jaime Faria tem é muito bela. Mas é um olhar existencialista de um mundo que vai desaparecer. Eu gostaria de manter a minha esperança. Não me está a apetecer ter como destino enterrar a minha mulher ao fundo do quintal. Depois de mim, claro. Ela não o merece. Muito menos eu que nunca armei zaragatoas em parte alguma. Nem no quintal, nem na rua, e gosto da gente. Ai a minha coluna! O meu disco rígido de abominação põe-me a gritar contra o mundo! Está aqui o malvado, entre a L4 e a L5, a dizer-me Continuo a sair açaimado para não me verem o pingo doce. Nem ouvirem o espirrar triste e, por ora, inexistente. com cinismo irritante – cá se Mas os tempos são preocufazem, cá se pagam! pantes. Tantos meses resEstará a referir-se aos pesos que carreguei? Às flexões acrobáticas em cama elástica? Aos saltos em prancha dos Três Ursos para a água salgaguardados e há pouco saídos para a liberdade, estaremos de novo condenados a alegrias breves e alergias duradouras? Tenhamos juízo. da? Às argolas que o saudoso Os negacionistas da pandeFernando Silva me obrigava mia não andam longe dos a fazer para encher os peifascistas que, em nome da tos? Estes mesmos que agora liberdade, a sufocaram. Tal parecem de ama de leite que como fizeram os países do amamentou quinhentos beEixo, Alemanha, Itália e Jabés de leite, abandonados na pão, até ao fim do horror da roda dos expostos? Não sei, segunda guerra mundial. não. Os Ventureiros deste munA bomba de urânio sobre do, que estão cada vez mais Hiroxima ao pé disto quase a levantar a cabeça, gostam parece um espirro. Os fascisde chafurdar nas debilidades tas japoneses temeram-na e da democracia, no ‘estou-me assinaram a rendição incona cagar’ da ignorância, nas dicional que pôs fim à seguntrevas da amnésia colectiva. da guerra mundial. Faz hoje, Cuidado com eles. a 2 de Setembro, três quartos

Partilhas

Helena Pinto Psicóloga Clínica Tempo de regressar

Ainda a viver sob o peso do impacto do Covid-19, vamos tentando organizar-nos de forma a viver com esta nova realidade. Com o ano letivo à porta, novos desafios se aproximam e alguns medos também. Como se vai organizar a escola? Que riscos vão correr alunos, professores e o pessoal não docente? Presencial ou de novo online? Entre o risco do contágio e a vontade de voltar a uma suposta “normalidade”, muitas questões, dúvidas e incertezas. O medo e a desinformação, são inimigos de uma adaptação da vida ao contexto atual e podem ser geradores de problemas ao nível da saúde mental do individuo. Se por um lado o isolamento funcionou (e pode vir ainda a ser necessário em algumas situações) como factor protetor, também é verdade que trouxe ao de cima debilidades emocionais e dificuldades relacionais, na maioria, já pré-existentes. Assim, o regresso progressivo da vida familiar e social ajudará a prevenir ou minorar os efeitos desta situação. Durante a crise, é comum o foco dos profissionais de saúde, dos cientistas e dos responsáveis políticos ser na doença em si e no risco de contágio, procurando controlar as cadeias de transmissão e encontrar uma vacina que possa proteger. As implicações psicológicas e psiquiátricas, quer a nível individual, quer a nível coletivo, são comumente subestimadas e mesmo consideradas secundárias. Esta postura leva a graves lacunas nas estratégias definidas para enfrentar o problema. Assim, assistimos a um decréscimo nos cuidados de saúde geral, na atenção dada, quer pelos profissionais, quer pelas próprias pessoas, a todas as outras situações já preexistentes ou desenvolvidas entretanto. Para entender as repercussões psicológicas e psiquiátricas de uma pandemia, as emoções envolvidas, como medo e raiva, devem ser consideradas e observadas. O medo é um mecanismo de defesa animal adaptável que é fundamental para a sobrevivência e envolve vários processos biológicos de preparação para uma resposta a eventos potencialmente ameaçadores. No entanto, quando é crónico ou desproporcional, torna-se prejudicial e pode ser um componente essencial no desenvolvimento de vários transtornos psiquiátricos. Numa pandemia, o medo aumenta os níveis de ansiedade e estresse em indivíduos saudáveis e intensifica os sintomas daqueles com transtornos psiquiátricos pré-existentes. É tempo de regressar, e neste regressar (como os cuidados necessários) é tempo de pensar sobre a forma como gerimos as nossas prioridades, como gerimos as nossas emoções, como estamos a dar atenção a quem nos rodeia, como estamos a cuidar de nós. Que efeitos sentimos, ou estamos a sentir na nossa vida, da nossa família e da nossa comunidade? Como podemos contribuir para uma melhor informação? Como podemos contribuir para o apoio aos nossos, mas também da comunidade? Hoje sabemos mais do que sabíamos, amanhã saberemos mais e poderemos fazer mais. “Onde estava antes e onde estou agora? O que aprendi? O que experienciei? O que vivi? Como posso ajustar a minha vida para viver esta nova realidade sem deixar que o medo controle a minha vida? Como posso usar esta experiência para fazer diferente?” A nossa saúde física não está separada da nossa saúde mental. Sem saúde mental, não cuidamos bem da nossa saúde física. As situações externas são experienciadas, normalmente, com sofrimento e dureza, mas, na verdade, são excelentes oportunidades para o autoconhecimento e crescimento pessoal. São a projeção dos nossos próprios assuntos por resolver, exteriorizados de forma a termos um olhar menos pessoal sobre eles e aprendermos com isso. Vai correr sempre bem como diz a frase que se tornou famosa neste período? Não, claro que não! Mas o que se fizer só será um erro se não se aprender com ele.

Valorize a sua saúde mental!

Partilhe as suas ideias e opiniões… helenamapinto@gmail.com

Geografias do Olhar António Guerreiro Prof. Universitário GAITINHAS

A contagem das laranjas era feita pelo Gaitinhas, que sabia os números todos até mil, segundo afiançara Sagui, o que causava a admiração dos companheiros. Esteiros (1941), Soeiro Pereira Gomes

João da Fonseca, o Gaitinhas dos Esteiros, tem 91 anos e vive num lar de idosos em Vila Franca de Xira, não muito longe de Alhandra. O senhor João da Fonseca sofre de uma das formas de demência, denominada doença de Alzheimer. Conversa com as funcionárias da instituição de solidariedade social, com os outros utentes e com os familiares, principalmente com um neto, professor na margem sul, que o visita com assiduidade, por vezes em francês, numa rememoração dos tempos de emigração. O senhor João, como é conhecido no lar, recorda vivências da sua meninice, apesar de nunca ter sido menino, e interroga, frequentemente, todos aqueles com quem interage, se a sua mãe ainda está doente. O seu pai permanece ausente nas suas recordações. O neto descreve que, do que conseguiu apurar, o seu bisavô, Pedro da Fonseca, passou pelo Campo de Concentração do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, nos anos trinta, acabando por desaparecer na clandestinidade e morrer em quarenta e nove, com quarenta anos de idade. Do que conhece, o avô nunca conheceu o seu, dele, pai. Mas, conta, com um sorriso no rosto, que o seu avô voltou a estudar, já em adulto, terminando o ensino básico. Por vezes, o senhor João fica, em permanente silêncio, olhando as imagens, sem som, da televisão da sala de convívio, em que jovens africanos, alguns ainda crianças, mareiam, no mar mediterrâneo, em botes acarretados de vida e de sonhos, em busca de destinos europeus. Emociona-se, não se sabe se é a presença do mar, um imenso rio; da miséria, como uma humidade permanente que nos tolha os corpos; ou dos sonhos de liberdade e de justiça. Nestes momentos, esboça um pequeno sorriso, sinónimo de contentamento, e diz, numa frase entrecortada, que eles vão fugir, desaparecer. Revive a sua vida de jovem invisível pelas ruas de Lisboa e, mais tarde, em terras de França. As notícias televisivas, na leitura dos jornais, exibem as projeções da população portuguesa para o ano 2100, com um título deveras altissonante: «Em 2100 estes 23 países vão ter menos de metade da população. Portugal é um deles» (DN/Lusa, 15 de julho de 2020). Como a inferência estatística é impotente para prever o futuro. Numa população mundial com mais de 9 mil milhões de pessoas, em 2100, como seria plausível que em Portugal, acreditando nas atuais condições de habitabilidade, a população diminuía para metade? Quantos filhos, netos e bisnetos destes homens e destas mulheres que atravessam hoje o mediterrâneo viverão como cidadãos portugueses de pleno direito nesta extensão de terreno que se convencionou chamar Europa, que se convencionou chamar Portugal?

José Manuel Coelho Guerreiro

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Opinião Ricardo Camacho Arquiteto Tudo é território mas também paisagem

No âmbito da apresentação pública da revisão do PDM de Silves, com transmissão online, dois intervenientes lançam um debate: por mensagem, alguém interroga os responsáveis pelo plano acerca de uma pretensa desclassificação de parte da EN124 reduzindo a zona de servidão non aedificandi de 20m para 6m do eixo da estrada, permitindo potenciar a re-aproximação de novas construções à estrada… outro propunha à consideração dos responsáveis uma possível política de incentivo à relocalização de construções perto do limite de estradas como a EN264 para zona mais afastada da mesma protegendo assim bens e pessoas. O exposto neste confronto representa temas fundamentais da construção da paisagem portuguesa mas também um desafio aos modelos territoriais propostos por este ‘novo’ Plano Director Municipal de Silves. Nas apresentações de Silves e Messines ficou clara a insistência numa estratégia de desenvolvimento assente na mobilidade física supra local/regional e no modelo territorial desenhado pela anterior e estruturado por uma divisão administrativa de território secular. O valor dos cerca de 700km2 do concelho de Silves reside provavelmente na dinâmica entre estas duas estruturas físicas, a rede de mobilidade e o mapeamento dos usos. Condições que desde 1995 (data do primeiro Plano) sofreram transformações sem precedente na história deste território, como a construção das autoestradas A2 e A22 ou o decréscimo populacional na serra, na freguesia de S. Marcos da Serra corresponde a -11,9% entre 2001- 2011.

Paisagem- Horta, Caixa d’Água - Foto de Nelson Garrido

No entanto, e ao contrário de outros lugares, Silves e Messines mantiverem em grande parte, devido à conservação da estrutura de fluxos pendulares do início do século passado (EN124), uma relação privilegiada entre a paisagem e o lugar urbano. Esta relação tem um duplo significado que pode ser resumido da seguinte forma: o lugar vê a paisagem e é, ao mesmo tempo, visto a partir da paisagem. O Penedo Grande em Messines e o castelo de Silves explicam esta dupla condição: por um lado, o castelo controla um sistema de vistas que inclui: a sul, o barrocal de planícies e montes cobertos por laranjeiras e abacateiros; a norte, o perfil montanhoso que antecipa o sopé da Serra de Monchique; por outro lado, o Penedo Grande domina uma hierarquia de escalas para quem se aproxima da Messines definindo-se contra os restantes edifícios da vila, a EN124 e os contornos da paisagem que o rodeiam. Fundamental a esta dualidade é a importância dos tipos de mobilidade na construção destas paisagens muito discutidos na apresentação do PDM em Silves, ou seja, dependendo do meio que é utilizado para nos deslocarmos (‘vaivém’, bicicleta, barco, automóvel, etc.) construímos diferentes visões destas relações e com elas diferentes paisagens.

Finalmente, este novo Plano para o concelho deverá proporcionar a lugares como Silves ou Messines um modelo próprio de desenvolvimento urbano sustentável com a capacidade de atrair um novo tipo de habitante que se move, usa e prolonga a sua actividade do Mar à Serra. Sendo este um roadmap para os próximos 10 ou 20 anos, ficou por entender que novos modos de habitar este território propõe o novo Plano. Ficou por entender, se a anunciada redução de perímetros urbanos e camas turísticas procura a autenticidade contestando os resorts turísticos artificialmente isolados e promovendo sim, intervenções que experimentam vivências reais e reflectem preocupações relacionadas com a qualidade dos espaços urbanos e com a convivência entre novos e velhos modos de vida. Esperemos por mais apresentações, na expectativa que junto ao mar este Plano possa ultrapassar os modelos de desenvolvimento associados ao estereótipo da ocupação sazonal, dividindo turista e residente, permitindo a arquitectos, paisagistas e urbanistas testar novas tipologias, usos e programas capazes de criar a diversidade necessária à construção de uma nova identidade transpondo assim as diversas velocidades e escalas de tempo. na sala, alguém levantou a suspeita que grande parte das construções no concelho resultam de necessidades do mercado e de estratégias de especulação imobiliária mas não reconhecem potencial em atrair um novo tipo de habitante, nem tiram partido da riqueza do património existente para gerar novas propostas de ocupação do território. E essa deverá ser a diferença quando pensamos que tudo é também paisagem.

Ciência & Ambiente Frederico Mestre Biólogo Desmascarar a poluição

Apandemia tem sido vilas e aldeias com máscaras uma oportunidade descartadas, as praias e os para perceber um oceanos infestados de máspouco melhor a sociedade e caras, luvas e outros resíduos as pessoas que a constituem, semelhantes. e para analisar os seus senNo que respeita a resíduos timentos. Muitos dos sinais, plásticos em geral, as Nações acerca dos movimentos das Unidas estimam que 13 misociedades, transparecem nas lhões de toneladas de plásredes sociais. No início havia ticos sejam despejadas nos algum receio acerca deste víoceanos anualmente, consrus desconhecido. Depois as tituindo metade do plástico redes foram invadidas por produzido anualmente objeum otimismo crescente, funtos não reutilizáveis. Só no damentado na ideia de que Mediterrâneo são despejadas perceberíamos, finalmente, por ano 570.000 toneladas que somos um grupo de inde plástico, de acordo com divíduos - a espécie humana a WWF. Mas, quando estes - iguais, interdependentes e objetos de plástico se degradependentes do planeta que dam, assumem dimensões habitamos. Viram-se imenmenores. Estudos recentes sas fotografias de animais apontam para que existam a “regressar” a locais antes entre 12 e 21 milhões de tomuito perturbados devido ao neladas de microplásticos a decréscimo da pressão huflutuar só no Atlântico. Remana (algumas destas imacentemente, microplásticos gens eram falsas ou desconforam encontrados em órgão textualizadas, infelizmente). humanos, portanto os nossos A seguir a este sentimento resíduos acabam por voltar. positivo, de uma certa inoEsta nova vaga de resíduos cência, veio o cinismo. Afinal veio piorar, e muito, a situanada vai ficar bem, e as socieção. Alguns grupos de amdades agitaram-se com perbientalistas têm reportado turbações que nada tinham que as máscaras estão hoje que ver com a pandemia. E entre os mais comuns itens surgiram mais fotografias… de resíduos encontrados. No desta vez das máscaras e luReino Unido estimativas vas que invadiram oceanos e apontam para que, se cada linhas costeiras. pessoa usar uma máscara A pandemia criou, é indispor dia, sejam criadas 66.000 cutível, um novo espaço de toneladas de resíduos contaconsumo. Há máscaras de minados e 57.000 toneladas todos os tipos e preços, dede embalagens plásticas. De sinfetantes, frascos e dispenacordo com estimativas do sadores para desinfetantes, Greepeace, em Taiwan, cerca luvas e viseiras. Este consude 5.500 toneladas de resímo gerou, inevitavelmente duos podem ter sido produdesperdício. As fotografias zidas entre fevereiro e maio. que inundaram as redes soAs estimativas a nível global ciais retratavam desta vez são ainda difíceis de fazer. o chão das nossas cidades, Para agravar a situação sa

bemos que as máscaras não desaparecem, demorando entre 300 a 400 anos para se degradarem no ambiente. Muitas são as espécies marinhas afetadas por estes resíduos, e das mais diversas maneiras. Há animais que ficam presos (tartarugas e aves marinhas), que ingerem este lixo tomando-o por alimento (as luvas parecem medusas às tartarugas marinhas que as ingerem) ou que sofrem da acumulação de microplásticos. Enquanto discutimos a COVID-19 os seus impactos fazem-se sentir no ambiente. E, se no início parecia que os ecossistemas rapidamente recuperaram da pressão humana quando todos recolhemos às nossas casas, rapidamente nos apercebemos que havia agora novos resíduos com os quais teríamos de lidar. Esta perturbação profundíssima na nossa sociedade global, teve impactos enormes nos ecossistemas. E, a ter em conta o que se vê nas redes sociais, estes impactos (positivos e negativos) tiveram um impacto emocional na sociedade. Mas deveremos agir em conformidade com esses sentimentos. A mensagem com que quero deixar é a seguinte: é fundamental usar máscara para debelar os efeitos desta pandemia, não creio que isto seja discutível. No entanto, deveremos dar preferência a máscaras laváveis, de usos múltiplos e não as devemos deitar ao chão para que não cheguem ao oceano.

Palavra puxa Palavra

Teodomiro Neto Prof. universitário/Historiador Memórias Breves (27) O Deputado – O Professor – O Jornalista

ODEPUTADO da Assembleia Nacional, Jorge Correia, o Professor Universitário Vitorino Nemésio e o Jornalista e Director do semanário de Faro “CORREIO DO SUL”, Mário Lyster Franco, publicaram, no citado Semanário de Faro, as suas opiniões sobre a figura do distinto Algarvio Manuel Teixeira Gomes. Estávamos em 1968. … O Semanário de Faro, “Correio do Sul” fundado a 17/02/1920, foi um local por onde passaram todas as correntes políticas, desde o republicanismo ao sistema da União Nacional. Sigamos que foi do republicanismo ao anarquismo e fascismo, nas várias versões políticas. Comecemos pelo último director, Mário Lyster Franco, licenciado em Direito, com vocação de jornalista. Homem de excelente cultura. Foi aguentando o jornal “sustentado” pelo regime, de cujo era militante… Militância “frouxa”, na apreciação dos esbirros. Lyster Franco foi abrindo o semanário, de grande prestígio cultural, por isso mesmo, às figuras “notáveis” algarvias e não só ! Era um “jogo” político, muito característico do Mário. Para amigos tinha a porta aberta. Comecemos pelo não algarvio, o professor, académico, doutor Vitorino Nemésio. Homem muito culto e de muitas cautelas no ensinar e no publicar, e de muitas portas abertas a nível nacional. A publicação de Nemésio no “Correio do Sul” , a 9/12/1968, foi de “portas abertas”. Nemésio elogia o ilustre Algarvio de Portimão, citando, em voz baixa, que fora Presidente da República Portuguesa. Para Nemésio, valeu o homem autor da “SABINA FREIRE”. Vamos conhecer o breve estudo de Nemésio: “A RONDA DOS PRÍNCIPES” : “ Com o pé no estribo para o Algarve, retomo antigas notas e impressões sobre Manuel Teixeira Gomes, o insigne prosador , diplomata e homem do Mundo, cujo centenário de nascimento a sua província e o País vão mais ou menos lembrando, na esteira – algarvia também – do Infante D. Henrique. O Algarve, a região mais arredada do território portucalense que nos deu Estado, História, as primeiras formas e estruturas anotadas na língua, demorou séculos a contribuir para o nosso património literário , por isso que tardou a incorporara -se na área nacional “Reino” por analogia com os pequenos reinos locais islâmicos de que foi sede, e o de Silves conheceu brilhantes momentos de cultura poética. Republicano de antes da República, uma riqueza sem insolência e um dantismo sem mau gosto fizeram dele, natu

ralmente, um dos diplomatas natos do novo regime, que em breve lhe ofereceu a dedicada e difícil herança do marquês de Soveral : a Delegação de Portugal em Londres. Nos seus vários exílios – alguns voluntários, outros por pressão de circunstâncias. Teixeira Gomes enriqueceu viajando e guardando, ao seu gosto, a sua fina observação natural. A sua carreira de escritor tornou a obra de um grande diletante artista discreto e impenitente que sacrificava de bom grado a sua independência e a sua regrada e elegante rebelião aos deveres de plenipotenciário e, logo aos de Chefe de Estado, para os retomar com gosto, num longo e voluntário exílio, em terras de bom clima e de civilização ao mesmo tempo arcaico e cosmopolita. Fixando-se em Bougie numa tranquilidade de produção literária, até à morte, a 18 de Outubro de 1941.Regressando à sua terra natal, numa opinião parlamentar que Salazar, contrariado, aceitou. O corpo mortal do que foi Presidente da República Portuguesa, escritor admirado, regressou a Portimão, 18 de Dezembro de 1950. Lyster Franco elogia o seu amigo Nemésio, na publicação do seu Semanário: Ressuscitando uma secção que, pelo seu saber intelectual e pelas peças primorosas que nela registamos, punha sempre uma nota de beleza nas colunas deste jornal. Arquivamos, hoje, o artigo, há meses publicado no “Diário Popular”, em que o ilustre escritor sr. Prof. Doutor Vitorino Nemésio, a propósito de uma sua recente visita à nossa Província, nos fala do Algarve e do prosador admirável que nele teve o seu berço. Assim : Com o pé no estribo para o Algarve, retomo antigas notas e impressões sobre M. T. Gomes, o insigne prosador, diplomata e homem do mundo e que foi PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA. … Mário Lyster Franco foi sempre frontal, foi sempre Algarvio… Pesquisando e recordando os tempos, recordo o homem “bruto” e logo sensível à coisa algarvia. A 18/02/1971, ceita a publica

ção do seu amigo de Tavira e deputado da Assembleia Nacional, Jorge Correia, natural de Tavira, que expõe, na sua publicação, admiração, respeito e reconhecimento pelo Homem de Portimão, que “ousou” elevar a sua terra, a “CIDADE”, e pelo Presidente da República Portuguesa, eleito a 5 de Outubro de 1923 e que deixou de o ser, por vontade própria, em 1925, “Senhor Presidente - Senhores Deputados da Assembleia Nacional: Quem pela primeira vez visite esta faixa do País, para àquem da cordilheira constituída pelo Caldeirão e Monchique, certamente se impressionará de encontrar um território pequeno, que sob o nome de Algarve contém uma diversidade imensa de paisagens, climas, gentes e falas ! A própria coreografia o subdivide em Barlavento e Sotavento com as suas características climáticas e ecológicas bem diferenciadas: a Atlântica e a Mediterrânica. Esta província, célebre, hoje em todo o mundo, como das mais apetecíveis estâncias de férias, pela garridice e policromia das paisagens, pela nobreza do seu povo, pela suavidade dos seus poentes, pela doçura do seu clima, pela macieza das suas incomparáveis praias, tem para além de tudo isto uma vida espiritual intensa e muito própria. Hoje, Senhor Presidente e Senhores Deputados, ergo a minha voz modesta e despretensiosa, mas que eu quisera ilustre apenas para estar à altura da evocação das suas figuras que pretendo destacar e homenagear nesta CASA, onde a par da viva agitação dos problemas que nos preocupam, dia a dia, não fica mal a serena contemplação daqueles que, libertos já da ganga que os materializou, dalguma maneira nos deram o exemplo da sua vida ou a lição dos seus testemunhos e duma maneira ou de outra iluminaram a sua época… Duas personagens notáveis a quem não foram prestadas, ainda, as honras devidas (…) A primeira dessas figuras, o Bispo D. Marcelino Franco. Fez os seus estudos em Faro. Vai ter a sua homenagem, na sua terra de Tavira: a Estátua do reconhecimento. Durante o cativeiro deste último, refiro-me a Manuel Teixeira Gomes, essa figura varonil de porte distinto e maneiras requintadas, servida por uma das mais curiosas e sensíveis cerebrações do nosso tempo. Homem de cultura invulgar, conhecia-a pelo estudo e pelo contacto directo com os estudos com os centros civilizacionais e aqueles que, de qualquer maneira ciosamente as relíquias e vestígios desse tempo. Foi ao mesmo tempo um homem de negócios que deste amalgama soube tirar a lição de equilíbrio, o que a si próprio impôs, mesmo nos mais graves momentos da sua vida. Foi primeiro embaixador em Londres, da incipiente República durante 13 anos, num dos períodos mais conturbados da Europa, prestes a entrar na guerra, deve os seus indeléveis êxitos diplomáticos e, consequentemente, os mais relevantes e patrióticos serviços ao País, à sua vincada personalidade, à irradiante simpatia do seu fino trato, à sua superior inteligência e à experiencia vivida em contacto com os mais variados povos. De Londres, e verdadeiramente instado pelo Partido Democrático, volta a Portugal, num Cruzador de cortesia britânica, numa demonstração do mais alto apreço. Tentou, mais de uma vez, congraçar os políticos desavindos por ódios… Baldadas tantas instâncias preferiu renunciar a amoldar-se a exigências partidárias, ou trilhar caminhos ínvios que brigassem a Constituição que jurara defender. Mas Teixeira Gomes não foi apenas o político, o Presidente da República, facto que só por si lhe outorgaria foros de imortalidade. Foi, para além disso, o artista que tão bem soube transmitir, numa linguagem plena, e o mais impressionista de quantos pintaram na literatura portuguesa. SENHOR PRESIDENTESENHORES DEPUTADOS Duas Figuras distintas e portuguesas de Algarvios : D. Marcelino Franco, vai tornar público o seu monumento. Desta mesma tribuna, quero ainda felicitar as louváveis iniciativas particulares pró-monumento a Teixeira Gomes. Um

veemente apelo à Câmara Municipal de Portimão, que tome nas suas mãos o facho duma inquietação que anda na boca dos Algarvios e, certamente de todo o País. Manuel Teixeira Gomes bem merece que a posteridade o faça erguer no bronze à altura da sua opulenta personalidade.

A Pide inquietou-se . Consultando a comunicação emanada de Faro para o «EXCELENT ÍSSIMO SENHOR DIRECTOR- -GERAL – Da Polícia Internacional e de Defesa do Estado- Lisboa (Confidencial) 3 de Julho de 1965 : “Junto tenho a honra de enviar a V. Exª. uma informação que me foi presente pelo Chefe de brigada, Álvaro Fernandes, referente ao Dr. JORGE CORREIA, Presidente da Câmara Municipal de Tavira e Deputado do Algarve. Posso garantir a V. Exª de que não é verdade o que aquele Senhor alega. Sei, por me ter sido informado, pelo vice-presidente da Comissão Distrital da União Nacional, em Faro, Senhor Engenheiro Rosado que Pereira, pessoa inteiramente idónea, e sem ambições, que o Dr. JORGE CORREIA não é nacionalista, é simplesmente um aventureiro, que sempre ambicionou ser Ministro, ainda que, para isso tivesse

que estar de bem com Deus e com o diabo. (…) Estou certo que a base de todo este assunto não é a nomeação de Presidente da Comissão Concelhia da União Nacional em Tavira mas sim, o saber não será proposto para Deputado, nas próximas eleições.»

Um documento que mostra as situações políticas do anos 60-XX. Tão perto do século XXI. Tudo a propósito de uma censura rígida, mesmo aos colaboradores da UniãoSalazar. Documento que se arrastou pelas ruas de Faro, pelo 25/04/ 1974. E que se guardou para memórias.

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José Manuel Lima Cabrita SÓCIO-GERENTE História

Vera Gonçalves Téc. Superior do Arquivo Municipal Exposição «A toponímia na cidade de Silves – I- Silves e a toponímia até à I República” Em Silves, no edifício da Câmara, encontra-se patente, até ao final do mês de setembro a Exposição do Arquivo Municipal com o tema «A toponímia na cidade de Silves – I- Silves e a toponímia até à I República”». O Terra Ruiva colabora com esta iniciativa do Arquivo Municipal publicando um resumo da exposição. A versão integral, com o texto e as imagens, estará disponível no nosso site.

A toponímia na cidade de Silves De finais do século XIX à revolução de Abril

Atoponímia, que etimologicamente se define como o estudo histórico ou linguístico da origem dos nomes próprios dos lugares, constitui um importante elemento de identificação, orientação, comunicação e localização de imóveis. A designação toponímica assume particular importância na preservação da memória e identidade cultural das gentes, perpetuando nomes, factos, costumes e eventos, dando a conhecer a evolução histórica dos lugares e respetivas populações. Até ao século XIX a designação dos arruamentos e outros espaços públicos tinha essencialmente um carácter pragmático e de formação popular, radicado na consciência da população, nas tradições dos moradores, nome por que, desde sempre, era conhecido, e que vinha de gerações anteriores, transmitidos oralmente, destinando-se, exclusivamente, a criar pontos de referência para orientação dentro da urbe. Deste modo, a toponímia começou por ser obra da população, sem outras razões para a atribuição de um nome a determinado lugar a não ser o quotidiano, referindo-se aos seus habitantes, às igrejas, ao comércio, às profissões: por ali se ir à igreja era a rua da Igreja, se havia um sapateiro era a rua do Sapateiro, ou ali morava um senhor importante, tinha o seu nome e como se realizava a feira era a rua da Feira, imperando a tradição. Com o Código Administrativo de 1878, as Câmaras Municipais adquirem a competência para tomar decisões a nível da toponímia, aptidão que pertencia, desde 1836, aos Governos Civis, passando a prevalecer os valores e ideais políticos da época. A política teve sempre um papel preponderante nas razões determinantes da atribuição de topónimos urbanos. Após o 5 de Outubro de 1910 uma das primeiras medidas efetuadas pelas Câmaras Municipais, incluindo a de Silves, foi de banir as toponímias que evocassem a Realeza e referência a motivos religiosos, substituindo- -as sistematicamente pelas dos novos heróis e dos ideais republicanos, eliminando assim a memória monárquica. Também o Estado Novo não perdeu a oportunidade de alterar nomes confrangedores e de homenagear vultos do regime. O mesmo sucedeu após a Revolução de Abril, por todo o lado se procuraram apagar as reminiscências do anterior regime e dos seus apaniguados e mentores a nível local e nacional, constituindo este um meio privilegiado para homenagear quem contribuiu e quem teve um papel importante durante a revolução. Como é o caso da nomenclatura da atual rua 25 de Abril que em 1921 tinha a designação de Rua dos Soldados Portugueses, onze anos depois mudou para Rua Dr. Oliveira Salazar e a 7 de maio de 1974 foi alterada para Rua 25 de Abril. Os topónimos podem ser agrupados nos diferentes temas: antropónimos (homenagear personalidades de relevo concelhio ou nacional), cronológicos (alusivos a datas festivas ou com significado histórico concelhio ou nacional), acontecimentos (homenagear o regime implantado e os seus ideais, como República ou Liberdade), populares, tradicionais ou relacionados com elementos arquitetónicos.

1. Silves e a toponímia até à I República

A partir de 1820 a cidade de Silves assistiu a transformações urbanísticas com a abertura de alguns novos arruamentos, sendo as principais ruas, a de Nossa Senhora dos Mártires, a rua da Feira e a rua da Rebola, mais amplas e orladas de alguns bons edifícios particulares e armazéns, em contraste com as ruas estreitas e tortuosas mais antigas. A primeira referência documental associada à necessidade da numeração dos edifícios e da atribuição de letreiros nas ruas foi apresentada pelo Administrador do Concelho na reunião da Câmara Municipal de Silves realizada a 23 de outubro de 1861.

Com a alteração legislativa relativamente à atribuição de topónimos oficiais às ruas, e passando a Câmara Municipal a possuir essa competência, as artérias de Silves passaram, progressivamente, a possuir topónimos oficiais. Os três primeiros foram propostos à Câmara por Gregório Nunes Mascarenhas em 1887, “pedindo que a Rua da Aguardente, em que tem o seu estabelecimento de cortiça e a sua morada, tivesse a denomi1894 quando solicitou que “seja dado o nome de Latino Coelho à nova rua junto ao quintal e adega do requerente e o de Mascarenhas Gregório à rua em frente da nova fábrica cargo a compra e colocação das respetivas placas de porcelana no começo e fim das ruas. Até ao final do século XIX, devido ao crescimento populacional e à expansão do tecido urbano, essencialmente na parte oriental da cidade, foram atribuídas duas novas denominações e seis alterações de nome, homenageando-se personalidades de prestigiada posição na vida nacional, nomeadamente heróis e escritores, e na vida da cidade.

Rua João de Deus e início da Rua José Estevão

Deste modo, a pedido dos diversos proprietários, artistas e industriais, residentes no novo bairro da parte oriental da cidade, foi atribuído à nova rua, paralela à Latino Coelho, a denominação de Rua José Falcão e, em 1897, o nome Rua Diogo Manuel, proposto pelo Presidente José Teixeira Gomes, em homenagem “aos muitos serviços prestados a este Município pelo fallecido Diogo João Mascarenhas Manoel, antigo presidente d’esta Camara, cuja memoria ficou inolvidavel no espirito não só, dos que o conheceram de perto, mas até dos municipes d’este concelho” . Quanto à alteração do nome de várias ruas a 8 de março

nação = Victor Hugo” e em da Cortiça” . Ficando a seu

Rua Comendador Vilarinho, Rua Francisco Gomes Pablos e Rua Samora Barros

de 1895, celebrando-se a apoteose do inimitável poeta João de Deus, a Câmara, associando-se a esta manifestação, propôs “que a Rua da Estalagem se chame no futuro de Rua João de Deus”. No ano seguinte, com a chegada

Vista da cidade de Silves 1880

da gloriosa expedição militar de Lourenço Marques e os prisioneiros de guerra, em júbilo por tão brioso feito, a Câmara em homenagem aos três vultos da campanha deliberou que fosse dado os nomes de Mouzinho de Albuquerque à atual Rua das Vendas, Coronel Galhardo à Rua da Feira e António Ennes ao Largo do Cais. Na sessão seguinte foi proposto que à Rua e Largo da Ponte fosse atribuído o nome de Coronel Figueiredo Mascarenhas, antigo deputado deste Círculo de Silves que sempre defendeu o desenvolvimento do concelho, em homenagem respeitosa às suas qualidades de homem e de cidadão, bem como a denominação de Praça do Município ao atual largo da praça desta cidade. O início do novo século trouxe uma mudança no modo de viver da população e um florescente comércio. Nessa altura, e até à implantação da República, deu-se a alteração das denominações de quatro artérias: passando a denominar-se Largo Conselheiro Magalhães Barros ao largo do Poço Novo, Rua Comendador Vilarinho a antiga rua dos Legumes, Rua Francisco Gomes Pablos a rua do Rossio e Rua Alexandre Herculano à rua da Rebola.

Terra Ruiva Setembro 2020 Geral

Edital

MUNICÍPIO DE SILVES CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N° 54/2020

Maxime Sousa Bispo, na qualidade de Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves, com o pelouro do ordenamento do território e urbanismo, Torna público o pedido de licenciamento para alteração de operação de loteamento titulada pelo Alvará de Licenciamento n.° 01/1988, de 17 de fevereiro de 1988, sito na Rua Dr. Manuel de Arriaga, Freguesia de Armação de Péra, requerido por Fábio Rafael Pereira Marques, A presente alteração incide sobre o lote n.° 1, pretendendo o requerente aditar, na área das fracções E e F, as finalidades de serviços, restauração e bebidas, passando aquele lote a prever a destinação de comércio, serviços e restauração e bebidas. De acordo com a deliberação da Câmara Municipal de Silves de 18 de maio de 2020 e despacho do Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves de 11 de agosto de 2020, procede-se à abertura de um período de discussão pública, nos termos do artigo 27.° do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 555/99, de 16 de dezembro, com as posteriores alterações legais, e do artigo 55.° do Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação do Município de Silves.-- Mais se informa que o período de discussão pública é de 10 dias, conforme disposto no n.° 4 do artigo 22.° do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, e que os interessados podem consultar o processo relativo à presente alteração da operação de loteamento na Secção de Apoio Administrativo da Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística desta Câmara Municipal, durante as horas normais de expediente.

As reclamações, observações ou sugestões deverão ser apresentadas por escrito até final do mencionado período.

Câmara Municipal de Silves aos 27 de agosto de 2020

O Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves (por delegação de competência, de 27 de Outubro de 2017)

Maxime Sousa Bispo

Edital

MUNICÍPIO DE SILVES CÂMARA MUNICIPAL

EDITAL N° 55/2020

Maxirne Sousa Bispo, na qualidade de Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves, com o pelouro do ordenarnento do território e urbanismo, Torna público o pedido de licenciamento para alteração de operação de loteamento titulada pelo Alvará de Licencíamento n.° 06/1984, de 01 de outubro de 1984, sito na Rua Teófilo Carvalho dos Santos, Tunes, União de Freguesias de Algoz e Tunes, requerido por António Emídio Cabrita Ferreira. A presente alteração incide sobre o lote n.° 30 e refere-se ao aumento da área do lote e das áreas de impIantação e de construção. De acordo com os despachos do signatário, na qualidade de Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves, de 17 de julho de 2020 e de 27 de agosto de 2020, procedese à abertura de um período de discussão pública, nos termos do artigo 27.° do Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 555/99, de 16 de dezembro, com as posteriores alterações legais, e do artigo 55.° do Regulamento Municipai de Urbanização e Edificação do Município de Silves. Mais se informa que o período de discussão pública é de 10 dias, conforme disposto no n.° 4 do artigo 22.° do Regime Jurídico da Urbanização e Edifícação, e que os interessados podem consultar o processo relativo à presente alteração da operação de loteamento na Secção de Apoio Administrativo da Divisão de Ordenamento e Gestão Urbanística desta Cãmara Municipal, durante as horas normaís de expediente.

As reclamações, observações ou sugestões deverão ser apresentadas por escrito até final do mencionado período.

Câmara Municipal de Silves aos 31 de agosto de 2020

O Vereador Permanente da Câmara Municipal de Silves (por delegação de competência, de 27 de Outubro de 2017)

Maxime Sousa Bispo

Agradecimento

Maria Irene Agostinho Cabrita

12/06/1929 – 10/08/2020

Afamília de Maria Irene Agostinho Cabrita, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vem por este meio agradecer a todos os que manifestaram o seu pesar pelo falecimento desta sua familiar.

Direito de Preferência

Vêm por este meio, Francisco Bentes Franco e mulher Maria Teresa Martins Matias Franco, residentes na Avenida 5 de Outubro, n.º 31, 4.º andar, em Setúbal, comunicar aos confinantes que é sua intenção alienar o prédio rústico a Ricardo André da Luz Cabrita e mulher Juliana Guerreiro Rodrigues, residentes em São

Bartolomeu de Messines, Silves, pelo valor de € 21.000,00 (vinte e um mil euros), montante pago em simultâneo com a outorga da escritura de compra e venda, a qual será celebrada até ao dia 21 de Setembro de 2020, no Escritório da Advogada Dr.ª Estela Lourenço, situado na Rua de São

João, n.º 47, 8125-192, em Quarteira, descrito adiante:

Prédio Rústico, sito em Cruzeta, Benaciate, freguesia de

São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, descrito na Conservatória de Registo Predial de Silves sob o número 13317, e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 115, secção IV, da referida freguesia.

Nestes termos, devem os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pronunciarem-se sobre se pretendem exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8 (oito) dias úteis contados da publicação do presente anúncio, nos termos indicados, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do disposto no artigo 416.º do Código Civil.

Caso pretendam exercer o direito de preferência, nos mesmos termos e condições, devem enviar comunicação escrita para os endereços seguintes:

A/C

Dr.ª Estela Lourenço

Escritório de Advogados

Rua de São João, n.º 47, 8125-192, Quarteira estelalourenco.advogados@gmail.com estelalourenco-58274F@adv.oa.pt

Telm./Telf.: 912 981 929/289 101 981 (Publicado no Jornal Terra Ruiva, Edição nº 225, de 8 de setembro de 2020) lhar – Associação Cultural para a Sustentabilidade Local - fez, no dia 5 de setembro, a sua apresentação pública, na antiga estação da CP, em Alcantarilha-Gare, local onde tem a sede. Marcada para abril de 2020, e adiada devido à pandemia, esta apresentação, mais do que uma cerimónia, constituiu um momento simbólico para marcar o início das atividades e dar a conhecer a existência deste projeto, como disse, na ocasião, a presidente da Resmalhar, Alexandra Santos. A presidente não esqueceu os agradecimentos às entidades que colaboraram ao longo do processo de constituição desta nova associação, nomeadamente a Câmara Municipal de Silves e muito particularmente o GADAG- Grupo de Aventura e Desporto de Alcantarilha-Gare e a União de Freguesias de Alcantarilha e Pêra que possibilitaram a cedência da antiga estação da CP para sede da Resmalhar. Na apresentação falou-se de cultura, sustentabilidade, Covid e esperança. No espaço da estação de Alcantarilha-Gare, re m o d e l ad o e decorado, foram lançados convites a artistas, músicos e a todos os que, de alguma forma, se propõem fazer iniciativas. Para que contactem a Resmalhar, associação que “tem como fim a promoção de reflexão e de iniciativas culturais no domínio de todas as artes.” E que venham dar vida a esta estação que se encontrava desenvol ver atividades culcom o grupo “Os Indefinidos” que realizou já vários espetáculos. E que também

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Geral Dina Santos na Feira do Livro de Lisboa

Dina Santos vai estar na 90ª Feira do Livro de Lisboa, para uma sessão de autógrafos, no dia 12 de setembro, no Espaço Chiado, pelas 16 horas. Aqui, estará à venda o seu romance “Maria: Afinal ainda acredito no amor”. Esta é a primeira obra de Dina Santos, que vive em Silves. O lançamento do livro, em abril de 2020, acabou por não ser como planeado, devido à pandemia, mas “o feedback que tenho tido tem sido muito positivo”, conta a autora, que está a preparar a sua segunda obra, que será igualmente editada pela Chiado Books. Uma obra, adianta Dina Santos, que virá na continuidade da primeira, sendo por isso mais um romance de amor. Para quem quiser conhecer mais pormenores sobre o livro “Maria: Afinal acredito no amor” pode visitar no Facebook “A Página da Maria”. Quanto ao livro pode ser adquirido no site da editora, na Fnac, Bertrand ou Wook.

«Dina Santos é casada e mãe de dois rapazes. É autora de romances, nascida na Alemanha (Hamburgo, 1971) e filha de pais emigrantes. Mudou-se para Portugal em 1982 e atualmente está instalada como empresária agrícola na especialidade de frutos subtropicais. Apesar disso, ainda exerce uma atividade paralela de coordenação de pessoas na área da saúde. Se falarmos da Dina, não podemos esquecer de mencionar o seu lado divertido e a maneira destemida de enfrentar novos desafios, sendo o último a escrita. Observadora por natureza, achou deliciosa a ideia de escrever um romance de forma leve e sedutor, sendo o seu objetivo principal, ao lançar-se nesta aventura, deixar a marca de um sorriso em cada leitor, ao ler cada capítulo, nesta e nas próximas obras.»

Sinopse «Maria é uma mulher de alma doce, o seu corpo sedutor é revestido por um manto protetor, com madeixas loiras e um olhar provocador, ela transparece o seu ar independente e seguro de si. Focada apenas no trabalho e na sua cadela Alpha, oculta das suas amigas, companheiras de aventuras e saídas divertidas, os seus segredos e o seu lado frágil. De uma coisa ela tem a certeza: relacionamentos nem pensar! Tinha saído de uma relação possessiva que não a tinha deixado respirar, e perdera completamente a capacidade de acreditar novamente no amor... até reencontrar Pablo, um antigo colega de escola – aí deu-se o início de uma luta para não se deixar envolver na teia do

Associação Resmalhar fez apresentação pública em Alcantarilha-Gare

AAssociação Resma

encerrada, para Alexandra Santos, presidente da Resmalhar turais mas também comereste grupo está aberto a nociais, como foi o caso da Feivos colaboradores. ra de Plantas que se realizou Quem desejar contactar ou neste dia de abertura. acompanhar a atividade da De referir ainda que a AssoAssociação Resmalhar pode ciação Resmalhar tem a funconsultar a página no Facecionar a sua secção de teatro, book. amor.»

O interior foi remodelado e decorado

Feira de Plantas na antiga estação da CP

P.J.G.

Contabilidade Unipessoal, Lda.

Contabilidade / Fiscalidade / Seguros

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