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Dina Santos
A professora da escola alemã dizia “Com essa imaginação um dia ainda vai escrever um livro” e o tempo deu-lhe razão.
Dina Santos apresenta agora o seu terceiro livro da coleção “Maria”, com aventuras alegres e destemidas, em que o amor está sempre presente.
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No dia 13 de maio esteve na Biblioteca Municipal de Silves, no dia 4 de junho irá estar presente na Feira do Livro em Lisboa, dando visibilidade a um projeto literário e de vida que pretende continuar a desenvolver.
- A Dina Santos está a apresentar o seu terceiro livro… mas para quem não a conhece, quem é a Dina?
Então, a Dina é aquela pessoa que como tantas outras com sonhos, objetivos e que de uma maneira ou outra tenta realizá-los de uma forma descontraída, respeitando sempre os ensinamentos adquiridos ao longo da sua caminhada, mas principalmente adquiridos no seu seio familiar, com valores de humildade e de respeito pelo próximo.
Sou casada, mãe de dois rapazes, nascida na Alemanha (Hamburg, 1971), e com muito orgulho filha de pais emigrantes, mudei-me para Portugal em 1982.
- Quando não está a escrever, que profissão exerce?
Empresária agrícola com formação técnica na especialidade dos frutos subtropicais na empresa familiar há mais de três décadas, licenciada em Gestão de RH exerço ainda o papel de coordenadora na área da saúde nas clínicas CLIPSA e ainda formadora em prestação de serviços de Desenvolvimento Pessoal.
- Na sua biografia diz que achou deliciosa a ideia de escrever romances de forma leve e sedutora… como surgiu essa ideia?
Desde pequena que gosto de ler e escrever. Já a minha professora da escola alemã quando lia as minhas composições dizia “Menina! Com essa imaginação um dia ainda vai escrever um livro.” Muitas vezes pedia para lê-las para a turma, julgo que foi aí que iniciei a motivação da escrita. Mas depois com a transição e adaptação da língua para a portuguesa, senti que a escrita ficou adormecida e fechada num baú.
Só mais tarde, com a morte da minha mãe, que provocou um estrondo enorme e abalou a minha pessoa, senti a necessidade de reformular tudo, de realizar projetos anteriores que estavam parados ganhando uma nova força e com isso, partilhar um novo alento e dar asas à imaginação. Relativamente ao género de escrita, a minha querida mãe não ia gostar que os meus projetos fossem muito sisudos, também ela tinha a sua alegria e adorava ver as filhas felizes e com um sorriso em tudo o que faziam. Como tal, acredito que ela quereria que manifestasse a boa disposição nas histórias da “Maria” com aventuras alegres e destemidas.

E ao lançar-me neste projeto, tentei acreditar que cada leitor se fosse sentir feliz na envolvência destes romances de ficção, em que o título principal é e será sempre “Maria”, em homenagem à minha mãe.
- Os livros que escreve… podemos dizer que são aqueles que quase todas as raparigas liam e lêem, “livros de amor”? De facto, eu fui uma dessas raparigas, sim. E sempre senti que as raparigas e mulheres têm uma sensibilidade diferente para o romantismo, julgo que somos mais sensíveis e mais apuradas que o género masculino, ou então com mais dificuldade de esconder essa característica. Os rapazes provavelmente adquiriram uma armadura em relação à demostração desses sentimentos, talvez porque nas gerações anteriores terem tido incontidos preconceitos que essa demonstração de sentimentos não seriam as mais indicadas em relação ao ho- mem e etc… não quero falar muito sobre isso, pois é um assunto que dava pano para mangas.

Sei, que sou muito observadora por natureza e não vossa consideração e análise. gosto de antecipar pensamentos, mas acredito que essa sensibilidade da mulher para o amor, deve-se talvez ao facto de termos a possibilidade de gerar um ser humano dentro de nós, de termos sentido a proteção e o amor das nossas mães. Quer queiramos quer não, acho que toda a mulher já sentiu na pele que somos um ser um pouco mais frágil, mais fácil de ser julgado e atingido. Embora atualmente tenhamos adquirido as ferramentas necessárias para nos defendermos de preconceitos que foram estimulados durante anos e anos a fio.
- Não tem receio que esse tipo de livros seja muitas vezes conotado com uma ideia de literatura “menor”? Como analisa essa ideia?
Tive esse receio quando lancei o primeiro livro, sim. Foi uma aventura para mim, pois não sabia qual seria o resultado. Mas, a resposta foi muito positiva e a editora também teve um papel importante, sempre me motivou para continuar dizendo que os romances “Maria” têm potencial para crescer e que há público para este tipo de obras, tanto que está à venda também fora de Portugal. Outra das motivações tem sido convites recebidos, para eventos e feiras do livro, agora também fui convidada para estar na 93º Feira do Livro em Lisboa (Parque Eduardo VII), para uma sessão de autógrafos no dia 4 de Junho, vai ser a minha terceira presença lá, no ano passado não pude ir por motivos familiares.
Ou então, simplesmente por sermos umas sonhadoras por natureza, e agirmos mais por emoção do que por protocolos, regras e leis. Acreditamos no Amor e de uma maneira ou outra, num final feliz…. Não sei, deixo à
Atualmente, não tenho receio algum, há gostos para todo o tipo de leitura e isso tem de ser respeitado, há quem goste escrita científica, autobiografias, história, ficção, poesia, contos e etc… essa diferença, não deve de forma alguma rotular um escritor como sendo mais ou menos banal, com maior ou menor conhecimento, todos nós temos a nossa inteligência, capacidades e valor quer no mercado da escrita, quer em outro mercado seja ele, profissional ou pessoal.
Vejamos, ainda relativamente à consideração de literatura “menor”, existem escritores nacional e mundialmente conhecidos, cujo abordagem literária é inclusivamente díspar de livro para livro por exemplo José Saramago, analisando a sua extensa obra bibliográfica tem livros baseados em contos literários, tem livros que refletem temas opinativos de caracter profundo, tem livros autobiográficos, tem livros com frases longas sem pontuação, frases curtas com pontuação e etc… e não é por isso que cada livro é conotado, como menor ou maior valor. No meu ver, impulso inspirador do escritor deve ser prezado, sempre. Em relação ao meu tipo de escrita, se sempre gostei de ler romances e livros de aventuras, fazia sentido escrever algo que estivesse à vontade e que me divertisse e que gostasse, daí esta classificação de livros serem classificados como romances de amor, com aventuras divertidas, inesperadas, sedutoras e sempre com um animal de estimação. No entanto, também gosto de poesia e contos infantis, quem sabe talvez ainda vá criar uma coleção de contos para crianças ou editar um livro de poesia, que por sinal em 2021, fui convidada e fiz parte de um volume de antologia em que o tema era “Liberdade”, não tenho participado mais em antologias de poesia porque o meu tempo é pouco (infelizmente) para me dedicar a esta vertente poética, que gosto muito.
- E as “suas” mulheres protagonistas? Parecem ser mulheres com capacidade para “dar a volta” às situações, independentes? Revê-se nelas? As Marias das minhas obras são fruto da minha imaginação, todas as histórias são diferentes com aventuras diferentes, procuro sempre cativar o leitor se sou bem-sucedida não sei, mas quem leu diz que sim. E eu quero acreditar que sim, só assim faz sentido continuar este projeto - coleção de livros “Maria”.
Se eu me revejo nelas? A Maria é uma mulher meiga, gentil, divertida, amante de animais e que joga com algumas defesas, dando sempre a volta às situações, não é mulher de desistir fácil. Sim, nessa parte posso dizer que temos semelhanças. Quanto às aventuras que ela é levada por arrasto em busca do amor, não de todo, não me revejo nelas. Ela, é muito mais aventureira e corajosa do que eu e que muitas de nós.
Quaisquer episódios expressos no livro não são memórias da autora, mas sim criações narrativas que embelezam o seu conteúdo.
É tudo fruto de uma imaginação que me diverte imenso a escrever e que flui sem eu dar conta, acredito piamente que essa fluidez também aconteça nos outros escritores.
Na minha humilde opinião não devemos classificar o escritor com a semelhança das personagens das suas obras. Então vejamos, se fosse assim os escritores de romances criminais seriam julgados como psicopatas assassinos, não concordam?
- E depois deste livro, quais os projetos para o futuro? É uma pergunta pertinente, o futuro só a Deus pertence. Mas o objetivo deste projeto é continuar a coleção “Maria”. Este é um sonho que não quero deixar morrer, é importante para mim e quero que fique eternamente presente, como a minha mãe fica e ficará para sempre no meu coração.
- Para os nossos leitores que estejam interessados em conhecer a sua obra, onde a podem encontrar? No meu caso é uma honra adquirirem diretamente a mim ou nas minhas redes sociais com autografo. Brevemente sairá um site “MARIA”, onde podem adquirir e acompanhar o desenvolvimento deste traçado.
Podem ainda adquirir diretamente à editora Grupo editorial Atlântico (Chiado books), Fnac, Bertrand, Wook, Amazon, Porto Editora, algumas Livrarias tradicionais, entre tantas outras.
Agradeço à editora Grupo Editorial Atlântico que tem feito um excelente trabalho na distribuição e divulgação das minhas obras.
Geografias
do Olhar Prof. Universitário
António Guerreiro
Espiões
Esta crónica é classificada.
No âmbito das minhas funções de dirigente na Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve participei em duas pequenas formações com o SIS, Serviços de
Informações de Segurança da República Portuguesa. O objetivo destas formações era compreendermos a espionagem e a contraespionagem existente nos meios académicos e empresariais, relacionados nomeadamente com conhecimento patenteado.
O propósito destas formações enquadrava-se na missão destes serviços, como referido na página web da organização, «ao SIS compete a produção de informações de segurança para apoio à tomada de decisão do Executivo, numa perspetiva preventiva, procurando antecipar fenó-
Partilhas
Helena Pinto
Síndrome de Burnout – “Atingi o meu Limite!”
Maio, mês que se inicia com a comemoração do Dia do Trabalhador, é um bom mês para falarmos de Burnout, tema tão importante e cada vez mais uma realidade que afeta muitas pessoas e é transversal à maior parte das profissões.
“Não aguento mais!” ou “Atingi o meu limite!” podem ser os desabafos de quem sofre da chamada Síndrome de Burnout, já classificada como doença ocupacional, desde o dia 1º de janeiro de 2022, que muitos conhecem como a síndrome do esgotamento profissional. Foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
menos, conhecendo a priori as ameaças que se colocam à segurança coletiva e antecipando a tutela do Estado relativamente à investigação criminal».
Os formadores eram simpáticos agentes e/ou funcionários destes serviços e não se apresentaram como nenhum 007 português. Como podemos consultar na referida página do serviço, «sobre os agentes e funcionários do SIS recaem especiais deveres e obrigações (dever de sigilo, atividade em regime de exclusividade e total disponibilidade), a que acrescem aos deveres profissionais comuns a todos os funcionários da Administração Pública portuguesa (isenção, zelo, obediência, lealdade e correção)».A formação foi, no essencial, uma troca de informações e de curiosidades sobre o mundo da espionagem internacional em meios académicos, muito distante daquele que vivemos no nosso dia a dia na universidade do Algarve. Um dos aspetos abordados na dimensão de curiosidades, segundo contive, que considero mais interessante e que não corresponde de todo ao meu, ao nosso, imaginário, foi que para os serviços de inteligência (de todo o mundo) é muito pouco relevante denunciar os espiões, tal como vemos nos filmes de espionagem, mas, pelo contrário, é relevante acompanhar os seus movimentos e desenhar a rede de todos os seus contactos. O objetivo não é denunciar os espiões, é deixar andar para se atolarem na revelação das ligações nacionais e internacionais, e desvendar as redes de espionagem.
Quando estes serviços foram chamados a um dado minis- tério estava-se mesmo a ver que o ministro ia continuar no seu cargo, para progressivamente ir destapando as ligações com os restantes membros do governo. Neste caso, ao contrário do nosso imaginário em que a funcionária da cafetaria é uma perigosa agente ao serviço de uma potência internacional, o alvo de todas as nossas desconfianças estava sentado no banco dos assessores do ministro e transportava-se de bicicleta a pedal.
A Síndrome de Burnout pode surgir como resposta à exposição a um stress laboral crónico, perante o qual a pessoa sente que não tem estratégias adaptativas para lidar. A definição deste conceito tem vindo a sofrer transformações, sendo, no entanto, consensual que é “uma resposta prolongada a stressores físicos e emocionais crónicos que culminam em exaustão e sentimentos de ineficácia» (Maslach et al., 2001), ou “uma resposta à pressão emocional crónica resultante do envolvimento intenso com outras pessoas no meio laboral” (Teixeira, 2002).
Apesar de poder ser desencadeada em qualquer tipo de atividade profissional, verifica-se uma maior predisposição para esta síndrome em profissionais de ajuda ou que impliquem o contato diário com pessoas a quem prestem determinado serviço (profissionais de saúde, professores, serviço social, entre outros), dada a elevada responsabilidade e exigência profissional e o maior envolvimento emocional.
De acordo com alguns autores a síndrome de Burnout pode ter três etapas de evolução:
1. Exaustão emocional sensação de sobrecarga e desgaste, de exaustão física e emocional. Perceção de falta de energia para levar a cabo as atividades profissionais (e pessoais). O trabalho passa a ser visto como algo penoso e doloroso.
2. Despersonalização/ desumanização - assumir de uma atitude mais distanciada na prestação de cuidados. Contactos mais impessoais e sem afetividade e pouco empáticos e humanizados com o outro. Barreiras cognitivas e emocionais em relação ao trabalho, àqueles a quem se presta serviços, aos colegas, aos superiores e à instituição.
3. Baixa realização profissional - sensação de descontentamento e desmotivação com o trabalho, que conduzem à perceção de perda de sentido e interesse e consequente sensação de que o trabalho se tornou «um fardo». Como resultado, o investimento é cada vez menor, a sensação de realização profissional também e a eficácia fica muitas vezes comprometida.
Podemos dividir a síndrome de burnout em dois tipos:
• Burnout ativo: é o primeiro estágio da doença, em que o funcionário ainda mantém um comportamento assertivo e tenta sair da situação. É capaz de mostrar uma atitude positiva, controlar a raiva, aceitar críticas e não perder o controlo;
• Esgotamento passivo: é neste momento que aparecem os sentimentos de apatia. O funcionário já abandonou a atitude positiva e não faz nenhum esforço para tentar reverter a situação.
Dois dos sintomas mais comuns são a depressão e a ansiedade. Mas há muitos mais: Sentimento de fracas- so e impotência; Exaustão emocional; Frustração; Baixa autoestima; Falta de concentração; Pouca realização pessoal; Baixo rendimento; Estado permanente de nervosismo; Comportamentos agressivos; Dor de cabeça, taquicardia ou insónia; Absenteísmo no trabalho; Tédio; Impaciência e irritabilidade; Comunicação deficiente.
O principal gatilho para a síndrome de burnout são as más condições de trabalho. Altos níveis de stress crónico, sobrecarga de trabalho, pouca autonomia, falta de reconhecimento, maus relacionamentos pessoais e falta de suporte são apenas alguns dos fatores de risco que podem levar um trabalhador a sofrer de síndrome de burnout ou síndrome de esgotamento profissional.
A má organização na empresa e falta de controlo, as dinâmicas de trabalho disfuncionais (estilos de liderança pobres, pouco apoio, pouca atenção dos superiores, burocracia excessiva ou deficiências na definição do trabalho) têm uma influência muito negativa no humor dos trabalhadores. Assim, como uma má adaptação ao trabalho, seja porque o trabalho não atende aos seus interesses ou porque não possui as habilidades necessárias, é outro motivo que pode afetar o estado emocional de um trabalhador. As expectativas num trabalho específico também são importantes, pois às vezes não coincidem com a realidade e fazem com que não haja uma boa adaptação ao ambiente de trabalho. É aí que podem começar a aparecer os primeiros sintomas de ansiedade ou apatia, por exemplo. É possível prevenir o burnout? Muito trabalho necessita ser feito quer ao nível das empresas, quer a nível pessoal, mas é um processo sobre o qual é urgente agir. Falaremos sobre isso na próxima edição.
Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a tudo de ruim. (Buda) Partilhas as suas ideias, opiniões, sugestões,…. helenamapinto@gmail.com
Arquivo Histórico
José Manuel Vargas
(1292-1296), tendo atingido a dignidade de deão com os bispos D. João Soares Alão (1297-1312) e D. Afonso Anes (1313-1331). Viria a falecer em 1319.
É desde há muito conhecida a escassez de documentos medievais para a história de Silves. Por razões nunca bem esclarecidas, além dos capítulos de Cortes dos séculos XIV e XV, publicados por Alberto Iria, são raras as fontes históricas que chegaram até nós com informação relevante para esse período da vida da cidade, com destaque para o Foral de 1266 e para o Livro do Almoxarifado (meados do séc. XV).
Neste contexto, assume particular importância a descoberta e publicação de um extenso testamento de Geraldo Pais, deão da catedral de Silves, datado de 20 de Maio de 1318 (in Testamenta Ecclesiae Portugaliae (10711325), Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 2010, pp. 384-391) e de que, afortunadamente, se conservou uma cópia em pública forma, feita em 1335, em Lisboa, e depositada no Arquivo Distrital de Braga (Col. Cronológica, nº 326). Esta cópia já não tinha sido feita directamente do original, mas sim de outra cópia, feita em Silves, a 3 de Dezembro de 1319, a pedido de Gonçalo Pais irmão e testamenteiro do deão.
O documento que nos propomos aqui analisar parcialmente, nos aspectos em que o seu contributo historiográfico se afigura mais significativo, importa não só à história de Silves medieval, mas também doutras povoações algarvias e de aspectos vários da vida religiosa na época, dada a riqueza informativa do seu conteúdo (referências mais antigas e inéditas, confirmação e correcção de dados).
Quem foi Geraldo Pais?
Geraldo Pais, deão (cónego que presidia ao cabido da Sé), era bacharel ou licenciado em Decretos (direito canónico), tendo estudado em França. Era filho de um Paio Peres Surdo, vizinho de Lisboa, falecido antes de 1299,
A Sé, a “obra da igreja nova” O testamento do deão tem diversas referências à Sé, com dotações especificadas de verbas e também o legado de uma cruz de prata. Para completa execução da sua vontade testamentária, Geraldo Pais dispôs que os executores do testamento vendessem alguns bens de raiz, em Lisboa e no termo, assim como duas moradas em Silves. E para garantir a continuidade da administração da capela que pretendia instituir em sua honra na Sé, mandou que os testamenteiros “comprem possessões tantas em Silves ou no Algarve que possam render rem ter, hajam isto que lhes eu mando adiante em este meu testamento. E se não quiserem ter, mando que me soterrem nas Mártires e quando virem meus testamenteiros que me podem levar que me levem a Lisboa e me soterrem a par de Mestre Fernando se o cabido de Lisboa quiser e haja a Igreja de Lisboa isto que eu mando por razão desta minha sepultura.
E se o cabido de Lisboa não aprouguer [aprazer], mando que me soterrem em São Vicente de Fora, ante o altar de São Bernardo que fez dona Maria, minha madre e hajam isto que eu mando”.
“E que quando a capela for feita que digam aí a missa da terça em aquele dia que lhes aprouguer. E seja o altar à honra de Santa Maria Madalena e de S. Geraldo”.
“Item mando para a obra de antes de 1279, como se atesta por uma lápide funerária, encontrada durante as obras de restauro de 1940 e de que se conservou um molde em gesso, depositado no Museu de Lagos, em que se pode ler:
Era Mª CCCª XVIIª AQUI
JAZ DOMINGOS JOH(a)
NA(ni)S MEESTRE QUE
FUNDOU ESTA OBRA. A Ponte Velha edificada (sobre ruínas?) em finais do séc. XV ou inícios do séc. XVI, pelo que o testamento do deão, em 1318, ao propor a ermida como alternativa ao seu enterramento na Sé (citação acima) e ao fazer doação de uma vestimenta: “Item mando uma vestimenta a São Miguel e a outra a Santa Maria dos Mártires”, vem comprovar que, pelo menos, no início do séc. XIV, a ermida de Santa Maria dos Mártires estava erguida e com condições para a prática dos actos religiosos. Quanto à ermida de São Miguel, mencionada no séc. XV (Livro do Almoxarifado) e que sendo arruinada no terramoto de 1755, nunca voltou a ser levantada, restando a designação Cerro de S. Miguel, ficamos agora a saber, com a notícia de 1318, que era uma das mais antigas ermidas de Silves.
A julgar pela “maldição” que o bispo Álvaro Pais teria lançado em 1349 de que nunca se veria a ponte acabada, a sua construção já se teria iniciado algum tempo antes. O testamento de Geraldo Pais informa-nos que em 1318 só existia a intenção de a construir: “Item, mando se quiserem fazer a ponte de Odiarade dez libras em ajuda e se não dêem-nas meus testamenteiros em vestir pobres vergonhosos”. Podemos assim situar o começo da obra em finais do reinado de D. Dinis (1279-1325) ou no início do reinado de D. Afonso IV (1325-1357).
Paulo Penisga Opinião Professor de História
Apenas miúdos
Just a small town boy
Johnny Cougar e de Dona Maria, falecida em 1308. Neto materno de Domingos Martins e irmão de Gonçalo Paise de Maria Pais, tinha vários sobrinhos e muitos afilhados, mencionados no seu testamento. Era proprietário de bens de raiz, herdados dos pais, na Azóia (Santa Iria da), Verdelha e Manjões, no termo de Lisboa. Ao que parece, pôr referências no testamento, já seria cónego da Sé, no tempo dos bispos D. Frei Bartolomeu (1268-1292) e de D. Frei Domingos Soares cento e dez libras” de foro ou renda anual, com que se pagaria aos capelães que rezariam as missas por sua alma. Das passagens do testamento com informações relativas à Sé, destacamos: “Mando meu corpo à igreja de Silves e rogo o bispo e o cabido que lhes praza de me soterrarem direito onde sê o escrito [lápide sepulcral com inscrição] da mulher de Pero Navarro e me leixem aí fazer um altar cercado de gridizelas[grades] e já isto me prometeu o bispo e o cabido. E se me isto quise-
Éramos apenas miúdos numa pequena cidade de província. A sul, no Algarve. Tu, entre tantos outros. Mas às vezes lembro-me de ti. Mais sonhador, difícil de conter nos limites da previsível oferta diária.
Quando Abril chegou e o país libertou, a adolescência despertava turbulenta em ti. Como se a emoção da multidão se confundisse com a revolução do teu corpo.
Ainda no ciclo preparatório, sentados nos bancos dos pré-fabricados contentores sala, saíamos para a rua a manifestar-nos, desafiados pelos mais velhos da escola técnica/liceu que atravessavam o jardim irrompendo escola adentro. Lembro-me de com a Lurdes Mealha e uns poucos mais abandonarmos as aulas, apesar do olhar de censura de quem nos ensinava, pois o apelo era demasiado irresistível. E seguíamos naquela imensa e festiva corrente de vida pelas ruas até ao centro. De mãos dadas, com as raparigas mais crescidas e de formas mais atrativas, que nos recebiam felizes, achando graça nos teus cabelos louros que enrolavam entre os dedos. As hormonas saltando ao ritmo das palavras de ordem.
E como Silves não chegasse, Portimão, cidade vizinha do litoral, também era destino. Corria o rumor de que iam cercar a sede da PIDE. E de comboio e à boleia, mais sedentos de emoção, partíamos sem saber bem ao que íamos. Apenas conscientes da novidade do que vivíamos. Aí, ao sabor do acaso, dei por nós num grupo de pessoal mais velho, (talvez levados pela politizada irmã do Arménio, namorado da minha irmã), que estava a ocupar uma casa devoluta.
Em Silves, a notícia da morte do Dr. Mealha, diretor da escola e da Mocidade, pai da minha entusiástica colega de turma e um dos amigos do café Havaneza do meu pai, pairava como uma triste sombra sobre a alegria estudantil. Vá-se lá saber porquê,
Sé de Silves (lacuna no suporte, verba omissa) esta obra da igreja nova e não em al [outra coisa]”.
Sobre a “obra da Sé”, as informações constantes no testamento de Geraldo Pais vêm confirmar que a sua edificação estava em curso no reinado de D. Dinis, como já era sabido pelo privilégio dado por aquele rei ao bispo de Silves, em 1320, para que gastasse mil libras nas obras da sua igreja. O início da obra foi, certamente, no governo de D. Afonso III e não aguentou a pressão, pôs fim à vida.
Na escola preparatória, as aulas ganhavam em abertura ao mundo e no modo de estar informal e mais próximo entre alunos e professores. Numa sala disposta em U, com o professor descontraidamente sentado numa das mesas, discutíamos o Brasil colonial passando fotocópias de gravuras dos engenhos de açúcar com os negros a trabalhar, falando de escravatura e da injustiça da exploração do homem pelo homem.
E a Visual, o professor José Gameiro, sim, esse mesmo, o fundador e durante muitos anos diretor do museu municipal de Portimão, fez-me um muito perfeito desenho do panteão comunista (com os filósofos Marx e Engels, criadores do socialismo cien-
A primeira referência à ponte data de 1439, nas Cortes de Lisboa, em que os representantes de Silves afirmaram; “uma ponte de pedra que nos caiu de uma grande cheia e somos postos em trabalhos e grandes despesas”. Em 1473, nas Cortes de Évora, os enviados de Silves informaram estar “a ponte de novo de pé” Podemos então deduzir que a reconstrução terá ocorrido em meados do século XV e assinale-se que no Livro do Almoxarifado (c. 1451-1453” surge a localização “além da ponte, a caminho para S. Miguel”.
As ermidas de Santa Maria dos Mártires e de São Miguel Embora uma tradição, referida por Rui de Pina, nos diga que a ermida de Nossa Senhora dos Mártires (designação actual) foi construída a seguir à conquista de Silves aos Mouros, em 1189, e nele se conservem algumas pedras tumulares de lavor medieval, não é conhecida documentação escrita que ateste a sua existência nesse período, sendo geralmente aceite que foi tífico, e os líderes políticos Lenine, Estaline e Mao Tsé-Tung).
Nos bancos do jardim, discretamente protegidos pelas frondosas pimenteiras, hoje desaparecidas da geografia sentimental desse espaço, o amor despertava inocente e suculento no entre abrir dos lábios entre ti e a Fatinha.
Lado a lado, sentados, o tremor da vida nos primeiros arrepios da pele.
A primeira namorada a sério, daquelas que nos visitam quando estamos doentes e que, apesar de sermos tão novos, fez questão de falar com a minha mãe quando me comecei a dispersar.
E outros caminhos se faziam desvios por explorar: do snooker aos flippers da casa de jogos do Marinho, onde a música da jukebox por vezes
A Albergaria de Silves e a Candeia da Mercê Duas das informações inéditas e mais antigas conhecidas dizem respeito à Albergaria de Silves: “Item, mando à Albergaria de Silves um maravedi” e a uma outra instituição assistencial, singularmente designada “Candeia da Mercê” e que seria também uma albergaria ou hospital, em que se providenciava aos pobres e peregrinos, além dum tecto para pernoitar, lenha para se aquecerem e uma candeia para se alumiarem:“Item, mando à Candeia da Mercê uma cocedra e uma almocela e um chumaço [um colchão, uma manta ou coberta e uma almofada]” ganhava mais intensidade; as revistas para adultos quase clandestinamente vendidas na papelaria Serrano; os cigarros avulsos comprados no Zé Fraqueza e religiosamente guardados numa pequena bolsa para serem fumados às escondidas; no cinema os filmes que os pais proibiam mas também viam; os primeiros roubos de chocolates e livros. O namoro a perder o amor no estertor fugaz de outros andamentos. Percorrido por mais sábias mãos. As espigas precocemente amadurecidas no corpo de Maio tingidas de femininas papoilas.
No próximo número concluir-se-á a análise do testamento do deão Geraldo Pais, particularmente com as informações inéditas sobre a igreja de Santa Maria de Porches, o Hospital dos Meninos de Loulé, os conventos de S. Francisco de Loulé e de Tavira, bem como sobre várias igrejas, conventos e instituições de assistência de Lisboa e ainda acerca das romarias e peregrinações.
E outras e outros amigos –a amizade, outro nome do amor, um caminhar a um tempo caloroso e arriscado. Afinal, éramos apenas uns miúdos.
Aurélio Nuno Engenheiro do ambiente
Armação de Pêra tornou-se sede de freguesia há 90 anos
A10 de abril de 1933, os armacenenses viam satisfeita uma velha aspiração, o «Diário do Governo» publicou o decreto de elevação da aldeia a sede de freguesia. No contexto nacional aquele dia encerrou ainda uma outra particularidade, foi o último dia da «Ditadura Militar», dado que a 11 de abril entrou em vigor a Constituição de 1933, e com ela iniciava-se o Estado Novo.
Os armacenenses vinham a mobilizar-se com vista à sua autonomia pelo menos desde 1926. A 16 de dezembro daquele ano apresentaram, na sessão da Câmara de Silves, um abaixo assinado, pedindo a criação de uma freguesia com sede naquela aldeia, com a consequente separação da freguesia de Alcantarilha. No ano seguinte, Pedro Mascarenhas Júdice, no periódico «Folha de Alte», na edição de 15 de setembro de 1927, sobre Armação de Pêra escrevia: «tem condições de vida própria independentemente das suas condições de praia de banhos; é uma das mais importantes povoações do concelho de Silves». Dispunha de uma empresa de pesca, de fábricas de conserva de peixe, casino, médico e estação de correios.
Além disso, a praia era das mais frequentadas da região, «principalmente pelos habitantes do concelho de Silves e Alentejo».

Nos anos seguintes é através de Mário Lyster Franco, correspondente do «Diário de Notícias», que as pretensões dos armacenenses são repetidamente elencadas naquele diário lisboeta.
A 14 de fevereiro de 1930, a convite da Comissão de Iniciativa de Armação de Pêra, foi a povoação visitada por várias personalidades, entre as quais José Martinho Simões, diretor geral da Administração Política e Civil e secretário-geral do Ministério do Interior, acompanhado por João Pereira Matos Cruz e José Martins Ribeiro, chefes da mesma repartição, que propositadamente se deslocaram de Lisboa. Integraram a comitiva o governador civil de Faro, tenente Matias de Freitas, secretário-geral do Governo Civil, José António dos Santos, e o jornalista Mário Lyster Franco.
«momento da partida, sido levantados muitos “vivas” à futura freguesia de Armação de Pêra».
O convite da Comissão de Iniciativa de Armação de Pêra às entidades e o apoio dos armacenenses durante a visita à aldeia revestiu-se num retumbante sucesso.
O objetivo era inteirarem-se in loco da «justiça que assiste este lugar do concelho de Silves, que quer ser feito sede de freguesia». A receção e estadia dos convidados foi largamente difundida na edição de 20 de fevereiro do «Diário de Notícias», pela pena de Lyster Franco: «À entrada da povoação aglomerava-se imenso povo. Mal foram avistados os automóveis, queimaram-se muitos foguetes, exteriorizando-se a satisfação de todos os habitantes nos mais pequenos detalhes. Satisfação pelo honroso da visita e pela esperança de que em breve Armação de Pêra veria satisfeita a sua maior e mais antiga aspiração – ser freguesia». A comitiva percorreu depois e de forma pausada as ruas da povoação. Esta encontrava-se engalanada, pendendo de alguns prédios colchas de seda. À passagem dos convidados «ouviam-se estrondosas salvas de palmas e muitos “vivas”. E, assim, por entre uma verdadeira chuva de flores, que das janelas eram lançadas sobre os visitantes, estes percorreram parte de Armação de Pêra, merecendo-lhes particular atenção o chamado Bairro do Casino e o edifício das escolas primárias». Após um breve passeio pela praia, teve lugar um banquete1, na casa da professora Maria do Céu Graça, que terminou com vários discursos. O último orador foi o Dr. Martinho Simões, que disse «ter verificado toda a justiça que assistia à pretensão de Armação de Pêra, pretensão que teria nele um acérrimo defensor, e que, certamente, seria tornada um facto, quando se promulgasse o novo Código Administrativo. (…) Às palavras do sr. dr. Martinho Simões seguiu-se uma estrondosa salva de palmas».
Findo o banquete, os visitantes dirigiram-se para os seus automóveis, tendo, no
Cerca de um mês depois, a 29 de março de 1930, Lyster Franco voltava a lembrar no «Diário de Notícias» as reivindicações de Armação: «dá gosto pôr em relevo os seus desejos ardentes, gritar novamente aos poderes públicos a justiça que lhe assiste, a razão de que disfruta uma terra que, neste século de ambições desmedidas, quer ser, sede de freguesia e nada mais!...». Fundamentando de seguida: «com mais de 700 fogos, uma população aproximada de 4000 habitantes, repartida por inúmeras ruas, num amontoado de casaria que deixa a perder de vista quasi todas as sedes de freguesia rurais da nossa província, a pitoresca povoação do concelho de Silves, tem razão incontestável naquilo que solicita». Após alvitrar os limites territoriais para a futura freguesia, que se encontrava, na sua opinião, «naturalmente demarcada, dentro daqueles dois quilómetros quadrados, que têm por limites o mar, a ponte do Calvário, a Ribeira de Pera e o Barranco do Vale do Olival», pelo que «ninguém levantaria impedimentos, ninguém ergueria uma voz que soasse discordante», Mário Lyster Franco rematava sobre a pretensão: «desejo que é uma verdadeira aspiração, que é mais que uma aspiração, é um sagrado ideal!...». Nos meses subsequentes novas notícias pugnaram sistematicamente pela ascensão de Armação de Pêra a sede de freguesia. Finalmente, a 10 de abril de 1933, e muito antes da publicação do novo Código Administrativo, o Decreto n.º 22:430 consignava o desejo dos armacenenses:
«Atendendo ao que representaram os habitantes da povoação de Armação de Pera, da freguesia de Alcantarilha, concelho de Silves, distrito de Faro, no sentido de ser a mesma povoação desanexada da freguesia a que pertence e passar a constituir uma outra freguesia; Tendo em vista o número de habitantes da mencionada povoação, que ascende a 1:500; Considerando que a referida povoação é uma excelente praia de banhos, muito frequentada, e um importante centro piscatório:
Tendo em vista a informação favorável do governador civil de Faro;
(…) Hei por bem decretar, para valer como lei, o seguinte:
Artigo 1.º É desanexada da freguesia de Alcantarilha, concelho de Silves, distrito de Faro, a povoação de Armação de Pera e alguns casais próximos.

Artigo 2.º Com sede na povoa- ção de Armação de Pera é criada a freguesia do mesmo nome, assim delimitada (…).
Artigo 3.º Fica revogada a legislação em contrário. (…)».
O acontecimento foi recebido na aldeia com regozijo, como noticiou o «Diário de Notícias», na edição de 13 de abril: «Armação de Pêra, 11 – Hoje, pelas 10 horas chegou a notícia da criação da freguesia, com sede nesta localidade, o que provocou grande júbilo, tendo subido ao ar algumas girândolas de foguetes».
Mas se o processo para a criação da freguesia havia sido moroso, a sua materialização não seria mais célere. Mário Lyster Franco havia vaticinado que os seus limites territoriais estavam naturalmente demarcados, contudo, não teve o mesmo entendimento a Câmara de Lagoa. Esta viria, pouco depois, protestar, alegando terem sido atribuídas à nova freguesia «grande número de prédios rústicos e alguns casais da freguesia de Porches», daquele concelho, e nem a visita do governador civil, em setembro de 1933, com vista à resolução do conflito, acalmou os ânimos. Em 24 de maio seguinte eram nomeadas duas comissões, uma pela Câmara de Silves, outra pela de Lagoa, todavia em 1935 a contenda ainda se arrastava. Pese embora esta contrariedade, os armacenenses haviam finalmente realizado o seu sonho. O seu esforço e bairrismo, a que não foi alheio o apoio do Dr. Mário Lyster Franco/ «Diário de Notícias», surtira efeito e Armação de Pêra era agora sede de freguesia. Noventa anos depois podem os armacenences orgulhar-se da determinação dos seus antepassados, ainda que só muito recentemente a sua Junta de Freguesia usufrua de instalações condignas.
V Mostra de Papas de Milho em Silves
A V Mostra de Papas de Milho irá decorrer em Silves, nos dias 2, 3 e 4 de junho, na Praça Al-Mutamid. Esta Mostra, organizada pela Junta de Freguesia de Silves, proporciona um encontro gastronómico que tem reunido milhares de pessoas, à volta das papas de milho e outras que se encontram no recinto, em várias barracas de comes e bebes que são exploradas por associações da freguesia de Silves. Além das papas e de outros petiscos, haverá também expositores de artesanato e um programa de animação musical variado.
Tertúlia sobre o Cine Teatro Silvense
O “Cine Teatro Silvense, Memórias do Passado, Perspetivas de Futuro” é o tema da Tertúlia promovida no dia 26 de maio, pelas 21 horas, pelo Grupo Amigos de Silves. A tertúlia tem como convidados Carlos Matos e Paulo Penisga e irá decorrer no Teatro Mascarenhas Gregório (a confirmar). A entrada é livre.
“O urso e outros dois” no palco, em Silves
O Teatro Mascarenhas Gregório vai receber no dia 20 de maio, pelas 21h, o espetáculo “ O urso e outros dois”, pela companhia Ao Luar Teatro. “Nesta produção, a Companhia Ao Luar Teatro procura a riqueza das nuances e detalhes expressivos que fazem de Tchekhov um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Encontramos nesta obra do autor russo, um tipo de comédia diferente do estilo habitualmente desenvolvido por esta companhia. Esta escolha assenta exatamente na diversidade que os autores nos sugerem e que dentro do estilo comédia podem ter diferentes e aventureiros caminhos a explorar.” Os ingressos têm um custo associado de 4 euros, encontrando-se já à venda os bilhetes na plataforma BOL ou nos locais habituais.
