Tremores Storm Lords 4 Marie Harte
Projeto Revisoras Traduções Revisão Inicial: Sandra Maia Revisão Final: Lucilene
Resumo:
Marie Hart
Tremores
Eles deveriam ser inimigos, mas ele não permitiria. E o que um Storm Lord queria, um Storm Lord conseguia. Luz e escuridão sempre foram inimigos. O Senhor da Terra, Cadmus Storm sabe disso muito bem. Perdeu o pai e amigos para a escuridão que invadiu seu planeta natal. Agora preso em Seattle, de todos os lugares, está ansioso para voltar a Tanselm. Pensou ter encontrado consolo nos braços de Ellie Markham. A alta loira intrigante o manobrou com facilidade, depois virou seu mundo de cabeça para baixo quando soube que era sua inimiga. A deixou para trás, mas quando as circunstâncias o forçam a voltar para ela mais uma vez, descobre que não é a Djinn de coração duro que assumiu, mas uma mulher carinhosa e atenciosa que feriu com palavras duras. Terá que trabalhar duro para reconquistá-la, e ainda mais duro para evitar uma inclinação do inimigo insidioso para acabar com a Luz — e a Escuridão — que Cadmus ama. Quando o perigo chama de novo, ele e Ellie terão que se enraizar entre si e à verdade — o amor que não tem limites.
PRÓLOGO O brilho sempre escuro e silencioso pairava sobre a grama de um azul profundo dos campos ricos de Foreia. A casca preta e as chamejantes folhas vermelhas das gigantes árvores enevadas emolduravam a zona envolvente, o cheiro doce da Cítia fluindo através do ar quente como uma bênção de boas-vindas. Jonas Chase, líder do exército rebelde Djinn, sorriu com prazer. Nuvens cobriam o céu lavanda rosa-avermelhado, uma visão que nunca deixava de impressioná-lo, e o fazia querer gozar de sua volta ao lar. Uma maldição abafada e palavras iradas, infelizmente, chamaram sua atenção. Jonas olhou para sua responsabilidade, o príncipe Cadmus Storm, o Senhor da Terra, e soltou um alto e longo suspiro. Rodeado por uma dúzia de guerreiros Djinn e pelo Senhor das Trevas, que lhes prometeu liberdade, Cadmus, no entanto, era uma vista impressionante quando ordenou à terra de Foreia que o ajudasse contra seu "inimigo". Por que não podia o maldito Portador da Luz tornar o caminho mais fácil? O solo dourado entrou em erupção, esmagando a grama azul no caos turvo. Tremores se moveram pela rocha, e o ar reverberou pela ameaça da vingança do Storm Lord. —Tudo bem, seja um idiota. — Cadmus rosnou por cima do ombro, fixando em Jonas um brilho dos olhos castanhos que impressionava por sua ferocidade. —Me mate se quiser. Mas vou levar tantos de vocês comigo quanto puder. Dos Storm Lords restantes, o Quarteto Real — mais comumente referido como a Tetrarca — prometiam uma vida que o povo de Jonas sonhou por séculos. Os príncipes não sabiam ainda, mas uma vez que um dos quatro se tornasse o Soberano Real de Tanselm, a vida em seu mundo rico e mágico mudaria, e para melhor. Tanselm, um reino de poder infinito e esplendor. Além dos campos férteis, pastagens verdes e ricas florestas de árvores e terra, Tanselm abrigava uma majestade sensível, um centro enorme de magia que atraía seres de luz e escuridão com igual intensidade. Nas poucas vezes que Jonas foi
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privilegiado o suficiente para "visitar" — ou seja espiar — se sentiu muito mais poderoso neste plano da existência, mais ainda que no seu mundo de origem de Foreia. Surpreso pela aceitação de Tanselm de si mesmo, um escuro, começou a reconhecer as palavras de sua Dark Mistress como verdade: que Tanselm existia para acomodar mais que apenas Portadores da Luz. O que não queria dizer que a futura Tetrarca não precisasse destruir o malvado 'Sin Garu e seus asseclas odiados, os Netharat. Esses espectros vis, demônios e monstros de gelo ficariam felizes em festejar nas criaturas de trevas e luz, apenas para perpetuar o caos que aliviaria sua fome eterna. O Dark apenas imaginava quantos mundos sobrepostos na existência cairiam se ‘Sin Garu tomasse Tanselm. A magia pura nas mãos dos maus destruiria Foreia, Aelle, Terra, e tantos outros mundos que não seriam capazes de resistir a tal poder. Não, apesar das diferenças entre Djinn e Storm Lords, Jonas sabia que compartilhavam um objetivo comum —viver e prosperar sem a opressão dos Dark Lords. Estudando Cadmus, Jonas balançou a cabeça. Quatro príncipes idênticos com o poder de comandar os elementos. Portadores da Luz e todos Storm Lords, mas cada irmão decididamente diferente. Darius, o Príncipe do Fogo, tinha temperamento e pouca paciência. Marcus, o Príncipe do Rio, possuía uma irritante tendência para a arrogância, mas felizmente a affai dele, sua noiva, estava acabando com ele. Aerolus, o Mago do Vento, controlava os ventos tão facilmente como governava a magia, um jovem feiticeiro com o potencial de seu lendário tio Arim, notório Assassino das Sombras de Tanselm. E Cadmus. Jonas ainda se perguntava se o Senhor da Terra, a realeza de olhos castanhos podia encantar as escamas de um dragão. Manter um olho em Marcus foi tedioso, mas fácil em comparação. Cadmus, por outro lado, protestava pelas medidas para mantê-lo seguro a cada turno. Enquanto Jonas podia sentir a independência real, achava peculiar o senso de humor de Cadmus e suas irritantes tentativas de fuga inteligente e difíceis, para não mencionar cansativas. Viu Cadmus assumir mais do que sabia que poderia lidar e teve que admirar os Lords Storm. Nasceram na realeza, mas seus pais não criaram monarcas chorões e fracos. Estes homens e, especialmente Cadmus, possuiam força e teimosia em espadas. Pelo que o primo de Jonas afirmava, Cadmus tinha uma reputação de sedutor e mulherengo bem merecida. Alegre, mas gentil, parecia o mais fácil dos quatro irmãos para lidar. Olhando para ele agora enquanto tentava enterrar meia dúzia de Djinn sob a vivificante terra de Foreia, Jonas achou difícil conciliar o Cadmus vamos-fácil com o guerreiro Portador da Luz diante dele. —Basta — a Dark Lord, a Dark Mistress dos Djinn disse numa voz suave. Ela deu alguns passos mais perto de Cadmus, mas balançou a cabeça quando Jonas tentou intervir. —Senhor da Terra, a visão que viu foi uma mensagem minha. —Besteira. Vi você morrer, você e seu irmão bastardo, B'alen. Seus olhos azul-gelo se estreitaram, e seu sorriso, quando veio, era tão eficaz como uma arma de chama negra. —B'alen está realmente morto. E vocês, Storm Lords tem uma dívida de gratidão por isso. —Gratidão? — Cadmus bufou e empurrou o Djinn se aproximando dele com várias rajadas de energia que visivelmente inchavam do chão. —Se não fosse por vocês, Dark Lords, Tanselm estaria inteira. — Cadmus atacou outro grupo de Djinn, seu poder crescente com sua raiva. —Meu pai, meus tios e tias e primos, todos ainda estariam vivos.
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Uma grande árvore gemeu quando estremeceu sob uma enorme força, suas raízes alcançando através do solo as pernas da Senhora Dark. Ela deslizou no ar, parando a poucos metros de Cadmus. Jonas podia sentir a tensão preenchendo o espaço entre eles com poder caótico. Tentáculos de energia negativa rosnavam para ele, e piscou para a forma natural do Djinn, na verdade, incapaz de evitar. Nem sequer tentou lutar, sabendo que era muito mais poderoso em seu estado energético. Sua forma física turva, mantendo o esboço de um homem enquanto não era constituído de carne, mas de energia branco resplandecente cercado por uma aura negra, que dançava como chamas. Ele era Djinn. Ele era poderoso. E nasceu para devolver seu povo ao seu mundo de origem, para Tanselm, onde pertencia por direito. —Me ouça, Senhor da Terra — a Dark Mistress proferiu em voz baixa cheia de promessas sombrias. —Não sabe nada da verdadeira dor, da tortura e do pior nas mãos daqueles que ama. Então, se contente em carregar seus entes queridos em seu coração, e espere voltar a se juntar a eles na Próxima. O Senhor da Terra olhou para ela, tranquilo, mas cauteloso, com os olhos fixos nos dela. Jonas esperava que ela o escravizasse, no mínimo, para puni-lo por seu desrespeito. Mas ela o surpreendeu. —Se parece tanto com Arim. Cadmus piscou, confuso, mas cauteloso. —O que sabe do meu tio? —Sei tudo sobre o maior feiticeiro de Tanselm — disse ela com desdém. —Uma pena que ainda respire, quando um homem bom como seu pai está morto, não é? Cadmus se calou, mas Jonas podia ver a fúria inundando seu olhar quando se aproximou dela. —Devo meus agradecimentos? — disse — Então, me permita agradecer pela passagem do meu pai. — Ele olhou em volta, seu olhar quente o suficiente para queimar. —Você e todos os seus amigos Djinn. Sem seu veneno, meu pai ainda estaria vivo. — Ele olhou para a Dark Mistress, seu olhar tão negro como a noite, e levantou os braços, os dedos a alcançando. —Aceite minha gratidão, em nome dos Storm Lords. —Cadmus, não! — Jonas gritou, alarmado pela expressão convidativa no rosto de sua Dark Mistress. Cadmus não tinha ideia do poder que ela exercia, e Jonas chegou longe demais para perder o Storm Lord por causa de seu temperamento. Infelizmente, não poderia ajudar Cadmus porque ela não ia permitir isso. Ela o segurou apenas com um pensamento, acolhendo o toque de Cadmus. No minuto que os dedos de Cadmus tocaram seu ombro, no mesmo segundo que seu poder atingiu o dela, ele congelou. A Dark Mistress, Lexa Van Nostren, irmã de 'Sin Garu e traidora à sua causa, congelou, também. Juntos, ficaram como estátuas, presos numa guerra de vontades, uma auréola azul suave de luz os cobrindo juntos. E então Lexa respirou fundo e se afastou, deixando Cadmus numa névoa gelada. —Muito bom trabalho, Jonas. — Ela se virou para ele e sorriu, seu sorriso sincero e perigosamente sedutor. —Ele está cheio de uma escuridão que complementa sua luz. Acredito que este Storm Lord resolverá todos os seus problemas. 4
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Jonas iluminou sua aura negra pela alegria. —Verdadeiramente, Lexa? Este seria o Djinn recebido de volta em Tanselm? —O Djinn Sarqua, sim — ela corrigiu suavemente, e ele concordou. —Aqueles que lutam ao lado do meu irmão, 'Sin Garu, estão muito contaminados para apreciar a graça de Tanselm. Jonas baixou a cabeça em deferência. —Lamentável, mas verdadeiro. — Ele olhou acima, querendo ler a sinceridade de sua alma. —Mas não vamos cometer esses mesmos erros. Podemos viver na escuridão da existência, mas nossos corações são puros. Ela assentiu com a cabeça. —Luz e Trevas são lados da mesma moeda. Sempre foi uma questão de equilíbrio. Esse tempo todo é o que você e eu sabemos. —E Cadmus? Ela sorriu, um sorriso bastante ameaçador não fosse por Jonas saber que ela apoiava sua causa. —Ele já é um de nós. Só não sabe ainda.
CAPÍTULO UM Há dois meses na Terra Morar em Seattle nos últimos vinte e oito anos definitivamente não preparou Ellie Markham para o que seu pai pedia para fazer. Não tendo visto o homem por mais de um ano — sem telefonemas, sem cartas, nem mesmo uma despedida — deveria a avisar que estava bem. Mas quando ele apareceu de repente do nada, há alguns meses, ela ficou toda otimisma, com olhos brilhantes, com a certeza que ainda podia mantê-lo ao redor. —Sou uma idiota — ela murmurou enquanto se preparava para uma nova rodada de Screaming Orgasms para os estudantes universitários a encarando por cima do balcão. —Mereço este trabalho. O inferno na terra não poderia ter vindo em pior hora. Agora que estava a seis créditos de ganhar seu mestrado e um incrível cargo de professora na universidade, o bom e velho Ethim reapareceu. Uma braçada de flores para a mamãe, um bom jantar na cidade no restaurante favorito de Ellie, charme e preocupação, uma epifania emocional de amor e lamento por estar afastado por tanto tempo... E aqui estava ela no sábado à noite, usando jeans apertados e enchendo a cara para combater o calor neste bar esquecido por Deus. Queria se chutar por cair nos planos de Ethim tão facilmente. Qualquer outro cara levaria um chute nos dentes, mas para o bom e velho pai ela praticamente se tornava um capacho. Ela desejava ter uma forte espinha dorsal. Mas caramba, ainda doía por fazer seu pai feliz, deixá-lo orgulhoso. E para isso tinha que vigiar o bonitão Darius... —Ellie? — Storm. — Ela piscou para os olhos escuros e sombrios e um rosto que tirava qualquer mulher dos trilhos. Certo, tinha um rosto feito para o prazer e um corpo feito para o pecado. Por
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alguma estranha razão, só não fazia efeito com ela. Perguntou-se novamente onde diabos sua libido foi. —Darius, o que posso fazer por você? Ele franziu a testa e olhou em volta. —Não viu a nova contratada de Gerry, não é? —Nova contratada? — Ela acenou para uma das garçonetes pegar a bandeja de bebidas e limpou o balcão na frente dela. —Sabe, aquela assessora, algo como Samantha ou outra? Ela olhou para ele, consciente que seu interesse casual era muito revelador. Nos últimos quatro meses estudou e relatou para seu pai todos os detalhes das idas e vindas no bar do Príncipe Darius Storm. Ficava interessado por algumas mulheres de vez em quando, mas nunca agiu assim tão obviamente desinteressado. Humm. —Oh sim, Samantha Brooks. Cabelo loiro escuro, olhos verdes, muita atitude? Ele sorriu, e ela se perguntou de novo por que não sentia nada por um homem tão obviamente do tipo dela. Dando de ombros, balançou a cabeça. —Não a vi ainda esta noite, mas posso deixá-la saber que está procurando por ela se... —Não, não, não se incomode. — Ele olhou por cima do ombro para Mike gritando por ele. — As mulheres lá estão praticamente escalando o maldito bar. — Ele olhou para sua seção e sorriu. — Vejo que tem um problema semelhante. — Vários homens próximos encaravam Darius por tentar chamar sua atenção. Ela suspirou. —Quer trocar? Ele observou um macho por perto, ostentando oleosos cabelos no peito e balançou a cabeça. —Claro que não. Falo com você depois. Ela o observou voltar à sua equipe e fez uma nota mental. Horas mais tarde, depois de uma agradável conversa com a Samantha de Darius, viu Samantha deixar o bar, a pedido de Ellie, para se aventurar no porão para pegar algumas cervejas — muito necessárias. Nem um minuto mais tarde, observou com curiosidade como Darius corria para segui-la, deliberadamente permanecendo alguns passos atrás. Quase uma hora se passou antes que ambos surgissem - Samantha com um olhar atordoado e quase acossado em seu rosto, e Darius com uma expressão profundamente introspectiva. Sorrindo, Ellie decidiu que jogou na medida este jogo, como ela queria. Esta era exatamente a informação que seu pai procurava quando a atribuiu nesta tarefa. E agora que testemunhou os resultados que ele estava tão ansioso para ouvir, não tinha intenção de continuar sua charada ainda mais. *** Dois meses depois pediu demissão a Gerry, menos que feliz por ser "forçada" a continuar trabalhando no Outpour através da primavera. Levaria uma eternidade para voltar à ranhura acadêmica. Sua própria culpa, na verdade. Era honesta o suficiente consigo para admitir que "forçada" significava "tentar obter a aprovação de Ethim." Por mais que se distanciasse da sua outra parte camuflada, sabia o quão importante os irmãos Storm eram para o pai. Inferno, da
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maneira como ele agia, sabia que ele cairia aos pedaços se não o informasse de cada movimento feito por Cadmus. A pequena mão em seu braço balançou seus pensamentos, e sorriu para seu — em breve — ex-chefe. Gerry parecia à beira das lágrimas enquanto dizia adeus. Seu pai poderia ter aulas com esse homem. —Vamos sentir sua falta aqui, Ellie. Era mais que apenas uma empregada. Ela sorriu e o abraçou, deixando escapar um suspiro assustado pelo aperto que ele lhe deu. Balançando a cabeça de forma calorosa, embolsou seu último salário e saiu do escritório de volta ao beco atrás do bar. Como ainda era dia não receava ser molestada na zona de descarga, embora a mão que a alcançou das sombras a assustasse um pouco. —O que exatamente aconteceu entre você e o Senhor da Terra? Ela soltou um suspiro e puxou o braço da mão grande a agarrando. —Jonas, me assustou como o inferno. —Oh, eu o fiz? — Seu primo Jonas perguntou agradavelmente. —Bem, desde que Darius se casou com sua affai e partiu para Tanselm, você está agindo de forma peculiar perto do seu irmão. Ela esperava que a sombra do beco escondesse a súbita palidez de seu rosto. Cadmus, um dos irmãos de Darius, um dos quádruplos irmãos idênticos, era o ponto de discórdia em sua vida, aquele que não cabia na vida dela, mas não podia deixar de pensar. Tinha bastante dificuldade para lidar com suas memórias inesquecíveis. Ela com certeza não precisava de Jonas interferindo onde não era chamado. —Isso é um ponto discutível agora, não é, Jonas? Considerando que Cadmus está em Foreia e longe de mim. —Não necessariamente — Jonas cobriu. Alarmada, rapidamente olhou em volta dela, apenas para encontrar o vazio. —Te disse que estava acabado. Queria sair há muito tempo, e agora que Ethim tem a informação que precisa, não há mais razão nenhuma para eu estar envolvida. Jonas a estudou por um momento, a fazendo desejar ter mais controle sobre suas emoções. —Soa com muito pânico para uma mulher que não quer ter nada a ver com Cadmus Storm. Ela respirou fundo e sorriu por entre os dentes. —Não estou em pânico. Simplesmente não quero mais ter nada a ver com os Djinn e suas alianças estúpidas com os Storm Lords e Portadores da Luz. — Ela observou o desgosto em seu rosto. —Exceto pela presente companhia, é claro. Ele revirou os olhos. —Claro. Vamos, Ellie, seja prática. Não pode ignorar quem é. —E quem sou eu? — Perguntou ela com voz dura. —Vivi minha vida inteira em Seattle, com minha mãe. Meu pai fez tão raras aparições ao longo dos anos que é uma maravilha eu reconhecêlo quando vem à cidade. Jonas olhou conscientemente seu rosto. —Certo, somos parecidos. Mas tenho o cabelo loiro da mamãe, sabe. — disse irritada. —Sob a superfície tem essa parte muito Djinn, Ellie. O que acontecer em Tanselm, afeta você também. Ela balançou a cabeça. Falou sobre isso com ele, com seu pai, inferno, até mesmo com Cadmus.
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—Tudo bem. — Ele soltou um suspiro. —Seja tão teimosa quanto queira. Mas não terminou com o Senhor da Terra ainda. — Ele agarrou seu braço e brilharam através do espaço. Ellie não sabia muito bem como ele fazia isso, mas Jonas os envolveu numa onda de energia negra, como se atravessassem o calor obscuro de um banho no escuro. Agradável, mas enjoativo, e um pouco perturbador se encontrar em outro lugar completamente diferente. Num piscar de olhos estava no meio de seu pequeno apartamento em Queen Anne com Jonas, e não estavam sozinhos. *** Cadmus olhou para Ellie Markham, ciente da fome que mais uma vez pulsava através de seu corpo. Abriu um largo sorriso, mais que divertido pelo choque que rapidamente se transformou em raiva. Aqueles brilhantes olhos azuis dela que não podia esquecer se estreitaram, como raios de safira gêmeos. Seus seios soltos, cheios, globos gloriosos que enchiam sua boca de água e os dedos coçavam para tocar. Inferno. Dois segundos na sua presença e já queria prová-la, tomá-la. —Que diabos ele está fazendo aqui? — Ela perguntou a Jonas, se referindo a Cadmus, as mãos plantadas na cintura. —As coisas ficaram um pouco ... interessantes em Foreia. —Ele quer dizer que emputeci demais um Djinn — explicou Cadmus, satisfeito pelo feroz olhar azul de Ellie. Porra, sentiu falta dela, mais do que pensava que faria. —Então, por que trazê-lo aqui? — Ela ainda não fez uma pergunta direta a ele, mas não se importava. Ele teria as mãos cheias, assim que ela percebesse que ele ia ficar aqui, com ela, num futuro previsível. Se enroscar com o Djinn foi divertido — mas não inteligente, e não fosse Jonas o teleportar para fora de Foreia para este plano, estaria, sem dúvida, ferido e quase quebrado. Mas as brincadeiras e observações de Cadmus ilustravam a dedicação do maldito Sarqua por Lexa, a senhora Dark. Tão próximo Jonas era da bruxa, e tão implacável. —Não posso levá-lo a casa dele. — Jonas franziu a testa para Cadmus. Bom. Agora o Dark sentiu um pouco da irritação que Cadmus estava causando nas últimas semanas. —O Netharat está fervilhando em torno de sua casa. E tanto quanto ele gostaria de voltar para Tanselm, Arim não vai deixá-lo voltar até que tenha uma affai. Cadmus não se preocupou em reprimir uma careta pela menção de sua pretendida. Jonas sabia o quanto detestava a ideia de casamento, e deixou suas observações para Ellie muito claras. Sua diversão desapareceu. Contou a ela sobre seus irmãos e suas affais sob sua influência Dark. Claramente sentindo sua irritação, ela se virou de costas, como se por não olhar para ele, pudesse desaparecer. Ele forçou uma risada, atraindo o olhar relutante. —Boa tentativa, querida. Não tem que olhar para mim se não quiser. Mas ficarei aqui pelos próximos... o quê Jonas? Semanas, meses? Ellie olhou horrorizada dele para Jonas. Quando seus olhos pousaram sobre ele, pensou detectar uma pitada de medo e se perguntou por que. Pelo curto tempo que ele e Ellie ficaram juntos, o medo nunca foi uma das suas emoções compartilhadas. Luxúria, ira, desejo, aquelas que conheciam intimamente. Seu olhar vagou por suas curvas femininas.
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—Olhe — disse ela entre os dentes cerrados, as mãos apertadas agressivamente dando-lhe um sentimento perverso de satisfação. —Fiz o que foi pedido a mim. Te disse, tenho uma vida para voltar. —Eu também, Ellie. — Cadmus afundou em seu sofá de couro confortável e cruzou os braços atrás da cabeça, apoiando os pés em sua mesa de café. —Mas, felizmente, o tempo passa muito mais devagar em casa. Assim poderia ficar aqui mais um ano e seriam apenas um mês ou dois em Tanselm, certo, Jonas? Não podia evitar o prazer Djinn que sentia por irritar o homem. Era óbvio que Jonas não gostava que Cadmus ficasse com Ellie, e Cadmus precisava saber realmente o quanto Jonas sabia de seu envolvimento. Olhando de Jonas para Ellie, decidiu testá-lo. —É engraçado ficar tão chateada por eu ficar aqui, Ellie. — Ele piscou lentamente, observando seu súbito alarme. —Da última vez que estive aqui, realmente nos demos bem juntos. — E não podia esperar até que "se dessem bem" novamente. Nem mais uma palavra ou vou convidar pessoalmente 'Sin Garu a queimar seu rabo enquanto dorme. As palavras de Ellie se filtraram em sua mente, e a emoção profunda da conexão o assustou por um momento. Ah, Ellie. Se realmente soubesse a terrível feiticeira que é, nunca me ameaçaria. Não acho que poderia viver consigo mesmo se manchasse qualquer parte da minha bunda perfeita. Ela mordeu o lábio, mas não disse nada, e ele deu de ombros, divertido que Jonas não tivesse ideia do que ela enviava. Apesar de não ser telepata como seu irmão Darius, Cadmus e Ellie eram capazes de compartilhar pensamentos desde a primeira noite que dormiram juntos. Se era uma coisa Djinn ou outra habilidade estranha que que agora possuia, cortesia de sua mãe e do feiticeiro de seu tio, ainda não sabia. Jonas cruzou os braços sobre o grande peito e se irritou. —O que exatamente significa "nos dar bem”, Cadmus? Cadmus olhou para Ellie. Vou ficar quieto assim que me receber adequadamente. Ela apertou os dentes com tanta força que estava surpreso que não quebrasse a mandíbula. Estranha sensação, mas seu humor se tornava mais infame em sua presença. Sabia que seus irmãos perceberam seu desespero nestas últimas semanas. Reunido com Ellie, no entanto, seu pobre humor desapareceu misteriosamente. Espetá-la era ainda mais divertido que irritar Marcus, seu arrogante irmão "mais velho", mais velho por exatos dois minutos. —Sinto muito, Jonas, Cadmus. — Ela apertou as mãos na frente dela, para resistir a estrangulá-lo, assumiu. —Foi um longo dia, e vou sentir falta de trabalhar no Outpour. Pequena mentirosa. Ele sorriu e segurou o riso quando seus olhos azuis brilharam. —É? — Jonas não parecia convencido. Desviava os olhos de Ellie para Cadmus, como se esperasse ver algo entre eles. —É. E realmente estou contente por vê-lo novamente, Cadmus. — Seu estúpido e moralista Portador da Luz. —É bem-vindo para ficar o tempo que quiser. — Estará fora daqui tão logo eu possa fazer isso acontecer. — E espero que fique confortável e segura. — Bastardo. Ele coçou preguiçosamente o peito e balançou a cabeça. —Estou contente que nos entendemos. Jonas, não tinha algum lugar para ir? O Djinn fez uma careta, sua expressão fazendo com que fisicamente escurecesse. Cadmus o olhava, em transe.
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Apesar de ver Djinns mais vezes do que podia contar nas últimas semanas, o estado natural de um Djinn nunca deixava de incutir temor. A pele dourada de Jonas começou a brilhar mais e mais brilhante, até que era apenas uma massa de energia com um esboço de rosto de homem. Mas eclipsando muito de seu brilho estava uma aura, uma chama preta visível e sempre presente, um fogo escuro que lambia as sombras no pequeno apartamento de Ellie. —Que diabos está olhando, Portador da Luz? — Jonas soltou e deliberadamente se virou para Ellie. —Fique de olho nele, mas mantenha distância. Estarei de volta logo que puder. — Se virou para encarar Cadmus. —Trate-a com o respeito que merece. E se comporte, Senhor da Terra. — Ele sorriu com má intenção. —Ou trago meus irmãos de volta para brincar com você novamente, e desta vez não vou salvar sua bunda gorda. Cadmus sorriu, um grande sorriso cheio de dentes que deixou Jonas mais brilhante, sua chama mais negra. —Ela nunca ia permitir isso. —Há muita coisa que ainda não sabe sobre ela. E se jogar suas cartas direito, não vai aprender suas regras da maneira mais difícil. — Murmurando baixinho, Jonas balançou a cabeça para Ellie e, em seguida, desapareceu. *** Depois de alguns momentos tensos de silêncio, Ellie limpou sua garganta e encontrou o olhar de Cadmus. —Quem é “ela”? Ele encolheu os ombros. —Jurei segredo. Pergunte ao seu primo, se é que realmente é. Pergunte sobre um monte de segredos. Vocês, Djinn, vencem, acho que é como dizem. — Ele parecia muito satisfeito consigo mesmo, e tanto quanto queria expulsá-lo e nunca vê-lo novamente, esse toque de humor infantil derreteu o gelo, derreteu uma fração desse afeto. Percebendo que não seria sensato deixar que Cadmus voltasse ao seu coração ferido, endureceu contra ele. —Sim, nós Djinn realmente vencemos. — Ela fez uma careta, as mãos nos quadris, e puxou as botas sujas para fora de sua mesa de café. —Vamos esclarecer uma coisa, Sua Alteza — disse ela, se inclinando sobre ele para cutucar seu peito. Contente quando seu sorriso desapareceu, ela continuou. —Tem mais escuridão dentro de você do que eu já tive, assim, baixe a bola. Precisa de um lugar para dormir e, aparentemente, sou sua única oportunidade na cidade. Mantenha-se fora dos meus negócios, e pode ficar. Tenho coisas a fazer com minha vida. Coisas que não envolvem Tanselm e Storm Lords, nem Djinn pirando. Ele olhou para ela, seus olhos castanhos tão profundos que podia se afogar neles. Quase podia ouvi-lo pensando e propositadamente reforçou suas defesas mentais contra ele. Durante anos tentou viver uma vida normal. Nenhuma mágica, nada de Escuridão contra Luz, e nada de Dark Lords e seus asseclas Netharat a ameaçando de morte e desmembramento, ou pior. Mas em tal período de tempo tão curto, se envolveu numa vida cheia de emoção, magia e amarga mágoa.
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Que se danasse se ia deixar Cadmus — o Senhor da Terra — ver o quanto a machucou com seus preconceitos, seu sexo casual e seus elogios sem sentido. O que era uma idiotice total. Não impedia que escapassem para ele. Ele balançou a cabeça e suspirou. —O que fiz agora, Ellie? —Nada. Basta manter dessa maneira. — Balançando pela sala, entrou no quarto e bateu a porta. Seria uma longa noite.
CAPÍTULO DOIS Os próximos dias passaram devagar para Ellie. Agora que terminou seu trabalho no Outpour, inventava coisas a fazer e que a mantinham fora de seu apartamento até tarde da noite quando tropeçava na cama. Fez caminhadas no domingo em Snowqualmie, na segunda-feira se pendurou em sua mãe e foi visitar amigos, pondo em dia o que perdeu nos últimos seis meses na universidade. Ontem caminhou até suas pernas parecer que iam cair, vendo vitrines do centro da cidade e através do mercado de Pike Place. Visitou sua mãe de novo, viu um filme, comprou e leu um livro... Ficar ocupada era um inferno. Queria relaxar, usar esse pequeno tempo para se recuperar de sua temporada de pesadelo como bartender. O dinheiro foi surpreendentemente bom, mas as horas começavam a atraí-la de volta a um lugar que não queria ir, tornando sua resolução de continuar vivendo "normalmente" difícil. Naturalmente uma pessoa da noite, Ellie se esforçava para viver como o resto do mundo, dia após dia, dormindo pelas noites. Podia tolerar o sol bem o suficiente, mas seu corpo e alma prosperavam no escuro. Mais uma marca negra contra Cadmus. Trabalhar no Outpour mudou toda a sua química, e passou as últimas três noites olhando para o teto, ainda não acostumada a dormir no início da noite. Malditos Storm Lords. Deviam ter ficado em Tanselm, um mundo paralelo que os humanos não tinham ideia que existia. Se não fosse por sua presença indesejada nesta dimensão, no mundo dela, Ellie estaria dormindo pacificamente, descansando para ensinar Inglês na Universidade. Um trabalho que estava sendo feito por Jane Nerby, a miserável bajuladora. Cadmus, sabia, estava irritado com ela, o que lhe dava um pouco de prazer. Pelo menos tinha essa pequena sensação de satisfação a respeito do Storm Lord. Suas noites eram agitadas por pensamentos eróticos, memórias e fantasias entrelaçadas até que ela implorava para o sono a levar, se agitando e tremendo de desejo por ele. Suspirando, olhou para a antiga luz no teto, ciente que uma lâmpada precisava ser substituída, e queria saber o que faria hoje para evitar Cadmus. A porta abriu, interrompendo seus pensamentos conturbados. —É isso aí. — Cadmus vestia um par rebaixado de jeans e nada mais, entrou em seu quarto e parou ao pé de sua cama. Seus olhos eram de um marrom escuro, refletindo sua irritação. Mas seu peito, braços, o céu a ajudasse. Ela engoliu audivelmente, piscando para ele. Algum homem alguma vez pareceu tão bem? Poderia posar para qualquer revista de fitness, ou melhor ainda, para roupa íntima, mostrando o tenso abdômen liso e coxas duras. Atraída pelo corpo musculoso, passava um momento difícil enquanto olhava para ele.
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—Já se passaram três dias e vou ficar louco de tédio. — Ele ergueu a mão para deter sua réplica cáustica. —Não é problema seu, sei. Mas até que eu volte para casa, será seu problema. — Respirando com dificuldade olhou para ela, seus olhos persistentes no oco de sua garganta, onde seu pulso não parava de saltar. —Mas estou aberto a sugestões — ele murmurou se aproximando. —Talvez pudéssemos liberar um pouco da minha energia... juntos. Ela se arrastou para uma posição sentada, não querendo propiciar à Cadmus qualquer lugar perto. —Pare! Vou deixar você ficar aqui, mas não gosto. O que diabos fez para ser expulso de Foreia, afinal? Ele teve a decência de corar e ela esperou, mais que curiosa. —Fui um pouco duro com os irmãos de Jonas. Ela franziu a testa. —Jonas não tem irmãos. —Bem, foi como chamou esses amigos gigantes ao redor dele em Foreia. —Ah, os outros guerreiros. — Jonas não tinha irmãos, mas tinha vários primos. Ela era sua favorita, e o sentimento era mútuo. Mas pelo que disse a ela sobre seus companheiros guerreiros Djinn, o vínculo entre eles era inquebrável. Os rebeldes Djinn agiam como uma família, e ela só podia imaginar o que Cadmus fez para interromper isso. —Foi uma mulher? — Ela perguntou ironicamente, não tendo nenhum problema em acreditar nisso. Ele fez uma careta. —Não. Não gosto de escuridão, e... — tropeçou, continuando de onde pararam. —Vá em frente — disse ela friamente. —Não é mal ser Dark Djinn. As mulheres gostam, hein? Ele passou a mão pelos cabelos, a ação mostrando o músculo afiado de seu bíceps. —Isso não é o que eu ia dizer. As poucas mulheres que vi lá eram guerreiras Djinn. A única coisa que as mulheres vendiam era raiva e toda dirigida à minha pessoa. —Pobre Cadmus. — Ela riu, ignorando o modo como seus olhos se estreitaram. —Tanto Senhor da Terra e ninguém para compartilhar. Teve que implorar a Jonas que o trouxesse de volta para Seattle? Muito ruim que os Portadores de Luz não possam se teletransportar, hein? Deveria ter ficado aqui, onde poderia ter ferrado com tantas mulheres humanas quanto possível. Acho que Beth ainda anseia por você no clube. Talvez devesse encontrá-la. Ele não disse nada, apenas olhava para ela com uma intensidade tranquila, que ela achou mais que enervante. —O quê? — Ela retrucou, cruzando os braços sobre os seios. Ele sorriu, a expressão não atingindo os olhos. —Parece muito interessada na minha vida sexual para uma mulher que encontrou uma maneira de me evitar. Pode ser que tenha medo do que há entre nós? A fúria a encheu, afastando o medo que estivesse certo, e ela apertou as mãos em punhos, mal se abstendo em golpear sua boca. Saiu da cama e ficou de frente para ele, inclinando seu queixo para encontrá-lo olho no olho. —Tenho medo de esquecer porque me envolvi nisso em primeiro lugar, e arrancar sua cabeça gorda, pretensioso. Estou evitando você porque não posso aguentar ficar presa dentro de casa com um homem que não hesita em mostrar seu desgosto, seu ódio, pelo meu tipo. Ainda
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tenho dificuldade em acreditar que um dia pode ser rei. — Ela o cutucou forte no peito, feliz pelo resplendor que escureceu seu rosto. —Depois de tudo que os Djinn fizeram por você, se vier a se tornar Soberano, é melhor não esquecê-los. — Ela o olhou, esquecendo por um momento que não tinha interesse nos assuntos Djinn. —Jonas e meu pai arriscaram suas vidas por você, assim como os outros. Tenha um pouco de decoro principesco e reconheça seus esforços, apesar de sua herança "impura". E seu pai achava que um Soberano Storm Lord ajudaria a proteger Tanselm e Foreia contra um Dark Lord? Ora, pela forma como Cadmus agia, Djinn bom era um Djinn morto. Ele apertou sua mandíbula por um momento, enquanto olhava para ela. Mas quando respondeu, falou calmamente, sua voz rouca pelo pedido de desculpas. —Disse essas coisas para você com raiva, e por isso peço desculpas. Os Djinns que conheci são diferentes dos que estou acostumado, e não posso, em sã consciência, sempre chamá-los de mal ou “imundos”. — Ele limpou a garganta. —Quando você confessou o que era... —Quem eu estava ajudando — ela corrigiu rapidamente. —Ah, quem estava ajudando, me senti traído. Usado. Confiei em você, Ellie, apenas para descobrir que dei informação vital a uma mulher que descobri mais tarde ser o inimigo. Que pensei ser o inimigo. Ela se contorcia sob seu respeito, sabendo que ele tinha todo o direito de desconfiar dela. Fez um favor ao seu pai, e em sua defesa, o que seria melhor para Foreia e para os Storm Lords a longo prazo. Mas Cadmus só sabia que confiou em Ellie Markham, uma mulher humana que sorriu e falou com ele. —Foi um pouco mais que sorrisos e conversa. — Cadmus a alcançou para acariciar seu rosto, lendo os pensamentos dispersos que ela esqueceu de conter. —Tenho certeza que seu pai nunca pediu para ir tão longe para me distrair. Ela abriu a boca e inalou bruscamente quando seu dedo roçou seu lábio inferior. —Ethim il Ruethe não permitiria que sua filha tocasse um Portador da Luz, quanto mais fazer amor com um. —Cadmus... —Não, Ellie. Não esqueça do que nós uma vez compartilhamos. Eu não esqueci. Antes que ela pudesse protestar novamente, ele selou seus lábios com um beijo. Posse. Desumanamente quente posse, escura. Ela mal conseguia pensar enquanto se enterrava no sentimento. Suas mãos apertaram seus ombros, espetando através de sua fina camiseta para que pudesse sentir as palmas das mãos calejadas como se em sua carne nua. Seus seios empurraram contra o peito, os mamilos estimulados através do algodão para sentir o muro de músculos coberto por cabelos escuros e sedosos. —Pela Luz, Ellie — Cadmus respirou enquanto afastava seus lábios para olhar para ela. —Não consigo parar de pensar sobre isso. Sobre você —admitiu e beijou a curva do seu rosto. Sua mão escorregou de seus ombros para os braços dela, acariciando e afagando antes de passar aos seios. Ellie queria detê-lo, mas suas mãos encontraram os mamilos e brincaram com eles até que estava ofegante de desejo. Podia sentir sua ereção lutando em seus jeans. A cada aperto, cada toque de seus lábios e língua, a empurrava contra ela, sua urgência crescente. Ela devastou sua boca mais fundo, passando as mãos pelo seu cabelo sedoso para segurá-lo perto. Inclinando a boca sob a dela, lentamente tomou o controle do beijo, o fazendo gemer seu nome. 4
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—Ellie, querida, mais — ele suspirou quando sua boca o deixou para trilhar em sua garganta. Mas suas palavras e a forma como as disse trouxe uma memória. —Mais — ele disse, antes de pegar sua cintura nua e a puxar para cima dele. Ela calmamente abaixou, encerrando seu pênis quente dentro de seu corpo úmido e desejoso. O montando enquanto ele provocava seus seios, o olhou nos olhos castanhos escuros cheios de calor, com poder, com carinho que ela devolvia muito mais do que era bom para ela. Outra imagem. Seus olhos nublados, escurecidos pela raiva quando descobriu a identidade de seu pai, e a verdadeira razão para Ellie estar no Outpour. Ele se recusou a ouvi-la depois disso, se recusou a ouvir a dolorosa verdade que pulsava para declarar. Em vez disso começou a gritar, insultar e a chocar com palavras que viraram o mundo dela de cabeça para baixo. —Não — ela respondeu asperamente e o empurrou longe, assim como as mãos que erguiam a grande camiseta de suas coxas. Que diabos ela pensava estar fazendo ao deixar Cadmus Storm voltar para suas graças? —Ellie — ele persuadiu, puxando seu braço. —Estamos apenas começando. Oh não, não esse olhar sonolento que a fazia derreter numa poça aos seus pés. Ela deliberadamente focou no pulso em seu pescoço. —Não vou fazer isso novamente. Não com você. — Me recuso a deixar que me machuque como fez antes. Ela manteve seus pensamentos para si mesma, deliberadamente os protegendo dele. —Ellie, odeio te contrariar — ele disse suavemente, forçando seu olhar de volta ao seu rosto. —Mas não pode negar isso mais do que eu. —Está errado. — Ela respirou fundo, ciente que o movimento criava um atrito delicioso contra os mamilos tensos. —Estou? — Ele perguntou gutural, os olhos descendo para os seios. —Me quer, Ellie. — Ele piscou uma covinha que tornou seu comportamento mais atraente. Esfregando seu peito com golpes deliberados, mentalmente a puxou de volta para o terreno da sedução. —Lembro do quanto gosta do meu toque, da minha boca em você — ele murmurou, olhando seu corpo para se fixar no calor entre as coxas. Então seus olhos vagaram de volta até seu umbigo. —Ainda usando o anel? Estava fascinado por seu anel na barriga, e ela não tinha intenção de dizer ou mostrar que nunca o tirou. —Olha, Cadmus — disse ela, tentando recuperar o fôlego. Suas mãos coçavam. Ainda podia senti-lo sob as palmas das mãos. —Pode ficar na minha casa. Vou até passar algum tempo com você para aliviar seu tédio — ela admitiu. Qualquer coisa para tirá-lo daqui antes que pulasse sobre ele. —Mas não vou fazer amor — sexo — com você novamente. Seu bom humor o deixou, e ele se aproximou, os olhos se estreitando enquanto a olhava sem parar. —Oh querida, vamos fazer amor novamente. — Choques de energia a atraíram mais perto, em seus braços. —Não se preocupe, minha pequena Djinn — começou ele, a enfurecendo com sua força bruta e presunção. —Não vou forçá-la. Da próxima vez que fizermos amor, estará implorando por isso. — Ele a beijou duro, em seguida, a soltou e virou as costas, batendo a porta fechada atrás dele.
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Ela tocou os lábios latejantes, olhando para a porta fechada com alarme. Tinha que manter distância. Mas só concordou em passar um tempo com ele. Porcaria. Desde que não podia ficar longe dele fisicamente, tinha que se distanciar mentalmente. Revirando os olhos, gemeu e caiu de volta na cama. Não tinha emprego, nem meios de evitá-lo agora, apenas a disciplina quando se tratava de seu corpo, traidor e rebelde. Pela maneira como as coisas tomavam forma, estaria implorando para tomá-la até o final do dia, e se odiava por isso. *** Cadmus invadiu a sala, fervendo com irritação e uma sensação estranha de dor que não fazia sentido. É isso aí, idiota. Porque apenas não acenou com uma bandeira vermelha e admitiu o quanto a quer? E pior, agindo tão convencido — "você estará me implorando por isso" — que agora ela não vai te tocar nem com uma vara de 10 metros por puro despeito. Gemendo com o que fez, caiu no sofá, pequeno e desconfortável e se perguntou como foi da discussão suave para a perdição em tão pouco tempo. Por alguma razão, Ellie o afetou, muito. Com outras mulheres podia fazer charme e paquerar. Inferno, uma vez fez o máximo por Ellie, antes de descobrir a verdade — que começou a se apaixonar por uma maldita Djinn. A sedutora loira foi tão malditamente doce e tão inebriante que foi incapaz de resistir à sua sedução inebriante. Nunca viu uma mulher com sua beleza, que irradiava de dentro e se manifestava exteriormente num pacote irresistível para qualquer homem com pulso. Fez suas noites no Outpour suportáveis, até que não podia pensar em nada além de vê-la, tocá-la — oh tão casualmente e "acidentalmente" — até que finalmente a fez estremecer com paixão em resposta. Seu pênis pulsava pelas memórias, sua frustração compondo imagens turbulentas o pressionando. Seu primeiro beijo, a sensação de sua pele sedosa sob as palmas das mãos, a pele que tão recentemente acariciou... —Maldição — ele rosnou e parou, passeando pelos estreitos limites de seu apartamento eclético. Deixou a mulher o enfeitiçar até não saber se estava em cima ou em baixo. Sem querer caiu sob seu feitiço, literalmente, e na verdade explodiu na frente de seus irmãos, enquanto lutava contra seu temido inimigo, 'Sin Garu. Disse a ela tudo sobre seus irmãos e suas affais, então ela compartilhou com outro Djinn — um povo que costumava pensar como seu inimigo. Franziu a testa, sem entender por que ela agia como a parte prejudicada quando ele foi o único feito de tolo. Ela o enganou para compartilhar o conhecimento vital sobre sua família, possivelmente colocá-los em perigo. Foi apenas pura sorte ela e seu pai serem Djinns rebeldes, empenhados em ajudar a causa dos Lords Storm. Atirando-se de volta no sofá, uniu as mãos atrás da cabeça e focou em esfriar o corpo superaquecido. Pensar em Jonas e na bagunça que deixou em Foreia o deixava em melhor espírito. Não disse a Ellie exatamente a verdade por que deixou o mundo dos Djinn. Sim, irritou os amigos de Jonas, mas estava atacando sua Dark Mistress no momento, e tudo por causa de sua atitude hostil em relação a Arim. Inferno, não era como se Cadmus pedisse sua ajuda. Claro, as magias que ela ensinou, bem como o conhecimento que surpreendentemente partilhou sobre sua própria espécie mais que
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ajudaria caso ele — quando ele — encontrasse ‘Sin Garu novamente. Balançou a cabeça, ainda mais intrigado com a relação da Dark Mistress com sua família. Cresceu com três irritantes, embora amados irmãos, bem como foi alimentado por pais que ensinaram a Cadmus a reverenciar a família. Não podia se imaginar satisfeito pela morte de seus irmãos, nem os trairia conscientemente com um inimigo, não importava a causa. Talvez todos os Dark Lords fossem maus, não apenas escuros, mas cheios de morte e corrupção. Pelo que ouviu falar de B'alen, a descrição se aplicava. E viu o suficiente de 'Sin Garu para confirmar a perfídia do bastardo. Mas Lexa não parecia nada como um Dark Lord, ou Dark Mistress, como Jonas e seus Djinn a chamavam. Em sua presença, Cadmus tinha que lembrar a si mesmo para não gostar dela. Seu senso de humor seco, a beleza de tirar o fôlego, e incrível conhecimento de feitiços eram o suficiente para derrubar até mesmo um experiente Djinn como Jonas. Jonas se curvava, realmente baixo, em sua presença. Tudo que Cadmus aprendeu sobre os Djinn dizia o quão pouco respeitavam a soberania. No entanto, Jonas falava com reverência, nada parecido com a maneira como falava com Cadmus, um verdadeiro Storm da Realeza. Ele balançou a cabeça. Lexa e Jonas mereciam um ao outro. Ambos tinham camadas de energia escura surgindo através de seu sangue — se Lexa ainda tinha algum no meio de todo aquele gelo — que o deixava desconfortável. E na metade do tempo, tentar dar sentido a tudo que Jonas dizia dava-lhe dor de cabeça. Cadmus bufou. Djinn maldito. Na verdade, Jonas tinha um senso de humor perverso que frequentemente o fazia querer rir, apesar de sua irritação por ser negado ao seu mundo de origem. Nas semanas que Cadmus foi forçado a suportar a companhia Djinn, nunca viu o homem afetado por qualquer pessoa... exceto Ellie, é claro. Fez uma careta. Estavam Jonas e Ellie relacionados? Chamavam-se de primos, mas Jonas se referia aos seus companheiros guerreiros como irmãos. Então, talvez "primo" fosse uma vaga referência Djinn a amizade? Apenas o pensamento de Jonas e Ellie íntimos, do sombrio Djinn a tocando, beijando, trouxe uma estranha raiva que deixou Cadmus faminto por algo além de sua compreensão. —Cadmus? — Ellie chamou timidamente de sua porta. Seus olhos estavam arregalados quando olhou para ele. —Sim? — Ele manteve sua voz macia, determinado a manter a calma perto dela. Nunca a levaria a se render se zombasse dela a cada vez. Ela limpou a garganta nervosamente e se aproximou. O alcançando com a mão macia de dedos longos, acariciou seu braço, fazendo-o gemer pela sensação de formigamento. —Você esta certo, Cadmus. Eu estou, ah, não sei como nem porquê, mas você definitivamente não está sozinho. Cadmus olhou para seu braço e a olhou em choque. Onde seu braço devia estar brilhava uma faixa branca brilhante de energia cercada por chamas negra. Que diabos? —Relaxe e respire profundamente — disse ela baixinho, o acalmando com seus nervos estáveis. —Vi meu pai controlar isto. Apenas tem que liberar o que está dentro de você e se agarrar a essa energia. —Que energia? — Ele perguntou, parecendo estrangulado.
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—Não tenho certeza. — Ela desviou o olhar e suspirou. Diante dele, ela olhou profundamente em seus olhos, seu poder uma coisa quase palpável que podia chegar e tocar. — Confie em mim, Cadmus. — A melodia suave de sua voz o fez concordar antes que pudesse reconsiderar. —Concentre-se no núcleo dentro de você, na raiva, ódio, seja qual for a paixão que fixou na verdade, e deixe-a ir. Profunda, consistente respiração ajuda. —Claro. — Era mais fácil falar que fazer. Ele inalou, tentando descolar sua mente da parede de pânico ameaçando superá-lo. Desde quando Storm Lords, Portadores da Luz, queimavam na Verdade? O toque quente de Ellie em seu braço cresceu calmante e após vários minutos passaram, gradualmente sentiu algo dentro dele deslizar. Piscando para Ellie, sentiu seu coração saltar, e lutou para se agarrar aos seus sentidos. Pela luz, seus olhos estavam de um tom assustador e sedutor de azul. —Obrigado — disse ele rispidamente. Esfregou as têmporas, uma dor de cabeça se nenhuma dúvida surgindo. Da última vez que foi empurrado na Verdade, mais tarde teve dor de cabeça por horas. —O que estava pensando... —O que está na agenda para hoje? — Ele a interrompeu. Com certeza não queria falar sobre piscar como um Djinn, até que tivesse tempo para pensar sobre o que poderia significar. E não tinha intenção de revelar o quanto seus pensamentos de Ellie com outro homem o atormentavam. Ela olhou para ele, seus olhos acariciando seu corpo com amor, antes de se tornar uma bonita máscara rosada. —Primeiro vai se vestir. Então vamos até a universidade, e vou me matricular para as aulas de verão. Com alguma sorte serei capaz de terminar, pelo menos, quatro dos meus seis créditos restantes. Jogando uma camisa sobre seu corpo, e o agradando que sua nudez a deixasse tão desconfortável, se acomodou num banquinho e a observou pairando na cozinha. Ciente que ela não tinha a intenção de fugir, pelo menos não tão cedo, cedeu à sua curiosidade desenfreada e fez as perguntas que queria fazer há semanas. —Então, como não parece um Djinn? Descobrir que Ellie era Djinn foi um explosivo exercício de dor. E quando primeiramente negou seus vínculos com os parentes escuros, não queria nada mais que provar a mentirosa que era, e então, fazê-la pagar por causar tal dor abjeta. Mas após esses primeiros dias quase a odiando, durante os quais a estudou em busca de vulnerabilidades que pudesse expor mais tarde, percebeu que ela queria dizer isso. Ellie Markham, natural de Seattle, Washington, não queria fazer parte dos Djinn ou de Tanselm. Até onde estava preocupada, era uma xiantope, um ser sem nenhuma mágica, e se orgulhava disso. Isso não fazia sentido, mas ainda assim fazia. Ele podia sentir o pulsar da magia dentro dela só de olhar para ela. Seus movimentos ficaram mais duros enquanto fazia alguns ovos mexidos numa frigideira grande. —Por que quer saber? —Ellie, já disse que sinto muito sobre o que disse antes. Não odeio todos os Djinn. Apenas os que mataram meu pai e querem destruir Tanselm. Seus olhos voaram para os dele, assustados. 4
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—O que disse? —Disse que não queria dizer isso. —Não. A parte sobre seu pai estar morto. Ele franziu a testa. —Todo mundo sabe. Mais de um ano atrás, meu pai foi morto por veneno Djinn. Aparentemente, tivemos Djinns infiltrados, e não de seus amigos rebeldes, mas vilões reais, que insistem em matar tantos Storm Lords quanto puderem, possivelmente antes de assumir Tanselm como o reino dos "governantes legítimos." Ela olhou com a boca aberta, fazendo-o se sentir estúpido. —O quê? Então não é apenas um bastardo preconceituoso que odeia aqueles diferentes de sua realeza. — Ela o observou atentamente. Ele revirou os olhos. —Será que vai sair da “onda real”? Sou um príncipe, grande coisa. Você é Djinn, e a filha de Ethim il Ruethe, líder do clã Sarqua. É realeza no meu livro, princesa. Ela olhou para ele e se voltou para os ovos crepitantes. —Achei que odiava todos os Djinn porque somos... eles são escuros. —Já disse que não odeio todos os Djinn. — Ele fez uma pausa, percebendo que era verdade. —Jonas é um pé no saco, e seus "irmãos" poderiam aprender lições de boas maneiras, mas a maior parte dos Djinn que conheci em Foreia são justos. — Mais que justos, considerando o que pensou após conhecê-los e como os classificou completamente. Ela parou de cozinhar para olhar para ele, a compaixão revestindo os olhos quando disse calmamente: —Sinto muito sobre seu pai. Desconfortável com o tema, ainda não de acordo com sua dor, deu de ombros. —Ele está no Próximo, à espera da minha mãe. Tenho certeza que onde estiver se meterá em problemas, tanto quanto possível. É um mestre do vento. —Como Aerolus, seu irmão, certo? —Certo. — Ele engoliu o suco de laranja que ela colocou na frente dele num gole. A raiva que já sentiu por ter confiado nela desapareceu e agora se sentia contente que pudesse falar com alguém fora de sua família sobre seus entes queridos. Um ano neste plano forjou uma proximidade com seus irmãos que sentia muita falta. —Acha que Aerolus, um mago do vento, seria tão descontraído. Mas de jeito nenhum. Ele é um feiticeiro tenso. Ela serviu uma grande porção de ovos num prato e o colocou diante dele, fazendo um prato, o segundo, menor para ela. Sentada no balcão, ela começou a comer. —Isso não é o que ouço. —Ah? —O boato é que Aerolus vem sendo agradavelmente discreto desde que casou com Alandra le Aelle. — Ellie sorriu, um sorriso perverso que fez seu sangue subir. —Sabe o que dizem sobre criaturas de Sombra e Escuridão. Ele olhou, fascinado por seu sorriso cheio. —Não, o quê? —Que são os melhores amantes. — Assim que disse congelou, tão surpresa quanto ele pelo que ela disse. Ela rapidamente enfiou o resto de sua comida na boca, se eng em seasgandous ovos. —Pela minha experiência, diria que isso é verdade. — Sua aflição tanto o surpreendia quanto inflamava. Por que diabos ousou vir a ele? Ela encontrou seu olhar por um instante, sua fome 4
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espelhando a dele, antes que rapidamente olhasse para seu prato. —Mas então, sou apenas um Portador de Luz, então o que sei? Agora meu tio — ele parou e gemeu, desejando não ter trazido o assunto desagradável à conversa. —Sim, seu tio? — Ela o incitou, sem dúvida grata por ter a atenção desviada dela. —Ah, não vamos falar sobre ele. Não é realmente popular com qualquer pessoa em Foreia. — "Qualquer pessoa" significava Lexa, e estava proibido de dizer o nome dela fora do pequeno círculo dos Djinn rebeldes. Concordou em silêncio. Quanto menos se falasse de Lexa, em sua opinião, melhor. —E ultimamente, estou na lista do meu tio - na negra. —Agora, Cadmus — brincou ela, a velha Ellie o atraindo muito para puxá-la em seus braços e esquecer a mágoa passada entre eles. —Por que estaria na lista negra de alguém? Simplesmente não posso imaginar.
CAPÍTULO TRÊS —Juro pela Graça da Luz, se nunca tiver que procurar esse bastardo de novo, será muito breve. — Arim Valens, Guardião dos Storm, Assassino da Sombra, e tio descontente, xingou baixinho enquanto sua irmã se aproximava com uma sombria carranca em seu rosto sem idade. — Agora não, sua Graça — ele falou respeitosamente e se afastou. Tarde demais. Sua irritação se agitava pelos corredores do Palácio Ocidental, remexendo a magia de Tanselm como uma pesada brisa. Em momentos como este Arim claramente reconhecia o incrível poder de sua irmã e como era boa em fazê-lo se sentir menos como feiticeiro do reino e mais como seu irmão mais novo, indisciplinado. Ela o agarrou pela manga e arrastou para uma sala privada fora do corredor, para choque de vários de seus vassalos. —Não se atreva a me deixar de fora — disse a Rainha Ravyn, a fúria em seus brilhantes olhos verdes. Apesar de sua pequena estatura, sua atitude a colocava no seu nível de grandes dimensões. —Quero saber porque não posso ver Cadmus agora que o peso de Netharat caiu. Ele queria sacudi-la, dizer para dar uma olhada. Djinns se infiltraram na Casa Real, os da Luz não eram todos de confiança, e as criaturas da Sombra estavam agora abertamente convidadas ao calor Tanselm, cortesia da nova esposa de Aerolus. Ao contrário, a abraçou apertado, sabendo que faria tudo ao seu alcance para corrigir seus erros passados — erros que custaram ao reino seu maior Soberano e o resto de uma outrora grande tetrarca. Apertou seus ombros e a empurrou o suficiente para olhar em seu rosto. —Ravyn, as paredes não são seguras aqui. Ela acenou com a mão e faíscas visíveis cobriram paredes, teto e chão, prendendo-os dentro.
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Estreitando seu olhar, ela enfiou o dedo em seu peito. —Agora são. Pare de enrolar. O que há de errado com Cadmus? —Nada — ele imediatamente protestou, se sentindo como uma criança pequena pega com a mão sobre os doces. Como diabos ela fazia isso? Era uma coisa maternal, ou sua distinção como Soberana? —Ele está bem. O deixei com amigos, pessoas que não estou em liberdade para discutir. — Ele ergueu a mão para silenciá-la. —Nem mesmo com você. Ela balançou a cabeça. —Quase perdi Aerolus poucos dias atrás. Três dos meus quatro filhos estão aqui, a salvo comigo. Quero o último, e o quero agora. — O olhar que ela deu faria um homem menor tremer. Arim, no entanto, não se curvaria à sua irmã. —Mais velha como possa ser, e bem como rainha, não vou comprometer Cadmus para fazer você se sentir melhor. Ele se virou quando seus olhos se encheram de lágrimas. —Lamento que se preocupe — ele acrescentou em voz baixa — mas comprometer Cadmus para aliviar seus medos partiria seu coração, com certeza. Tenha fé, Ravyn. Cadmus é bom. E quando o trouxer de volta, pode pôr seu cabelo no fogo e transformar sua pele em azul se fizer você se sentir melhor. Ela riu, enxugando os olhos. —Não é como se ele não merecesse isso. Se ela soubesse. Forçou-se a sorrir e a acompanhou até a porta. Quase passou por sua barreira do som, então pensou que o melhor era deixá-la removê-la. Se percebesse que podia criar tal coisa, em primeiro lugar se perguntaria por que ele não o fez, e o que estava escondendo. Ela removeu a barreira e o seguiu para o corredor. —Samantha. — Ela assentiu para a nova filha, affai de Dario, que esperava discretamente ao longo da parede. —Não pense que não vamos discutir estas novas medidas de segurança, Arim — Ravyn murmurou por cima do ombro. —Se não tivesse uma reunião com o conselho agora, iríamos discutir o assunto. Ele inclinou a cabeça, os olhos deliberadamente zombando às suas costas. Samantha viu e cobriu a boca para abafar um sorriso. —No seu tempo livre, então, minha rainha. Ela deixou o salão com Samantha atrás, não se preocupando em olhar para ele enquanto caminhava em direção à sua conferência. —Bom trabalho. — Dario, o príncipe de Fogo, de olhos vermelhos, falou à sua esquerda. — Agora, que tal me dizer onde meu irmão desaparecido realmente está, e porque minha affai de repente precisa ser a sombra da minha Mãe ao redor do castelo? Arim franziu a testa, em seguida, deu a seu sobrinho um breve aceno de cabeça e caminhou rapidamente em direção ao seu quarto no centro do castelo. Antes que pudesse abrir a porta, encontrou outro sobrinho persistente, desta vez com olhos azuis. Ele xingou. Marcus, o príncipe do Rio, sorriu friamente. —Tio Arim, que adorável vê-lo, também. —Adorável. — Dario bufou. —O amor tem amolecido sua cabeça. Marcus levantou uma sobrancelha, um gesto arrogante projetado para irritar seu irmão, o que fez. Ele sorriu. 4
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—Oh? Não fui eu quem foi visto invadindo a despensa para pegar doces para sua affai. Uvas cobertas com chocolate? Darius corou e piscou seus olhos vermelhos. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, no entanto, Arim puxou ambos para dentro de seu quarto e reforçou a área com um escudo à prova de som. —Chega. Vocês dois são uma fonte constante de dor de cabeça — ele resmungou. —Achei que sua affai o manteria um tanto ocupado. — Ele olhou para Marcus. —E você não deveria estar no sul, fortalecendo suas defesas? Marcus deu de ombros. —Foi feito na semana passada. A única razão por estar aqui é que a mãe me pediu para vir falar com você. Arim gemeu. Ravyn estava se tornando tão irritante quanto uma verruga crônica. —Talvez seja bom que os dois estejam aqui, então. — Uma batida soou na porta, o interrompendo. Com irritação crescente, Arim soltou o escudo ao redor da sala e mentalmente abriu a porta. —Deveria saber — ele murmurou enquanto Aerolus passava pela porta. —Entre. O Mago do Vento de olhos de aço entrou como se deslizasse sobre o chão. Desde o casamento com Alandra, uma Aellei com magia incrível — magia Sombria —mostrava algumas poderosas habilidades, talentos que provavelmente desconhecia enquanto Aerolus era nada além de um encenador. —Uma festa sem mim? — Ele perguntou inocente, fazendo com que Darius e Marcus rissem. —Estou tão feliz que achem tudo isso divertido, — disse severamente Arim, recordando da última vez que esteve com esses três irmãos juntos. Estavam procurando por Cadmus antes de se separarem para preservar suas affais e Tanselm. Mais uma vez, a vida os separava. Fazendo mágica na sala novamente, acenou para seus sobrinhos sentarem. —Embora as últimas batalhas pareçam ter se desfeito da principal ameaça Netharat sobre este reino, as terras do norte ainda estão vulneráveis sem um Lord Storm morando. Cadmus deve ser encontrado, e logo. —Não pode simplesmente localizá-lo com um feitiço? — Darius perguntou. Aerolus balançou a cabeça antes que Arim pudesse responder. —Se pudesse, Cadmus já estaria aqui. Não, Cadmus está sob encantamento Djinn, e sua energia escura age contra a magia dos Portadores da Luz. —Bem dito. — Arim respirou fundo. —Sei quem ajuda seu irmão. Jonas Chase. Marcus sentou reto. —Jonas está vivo? —O Djinn que ajudou a salvar Marcus e Tessa contra 'Sin Garu? — Darius perguntou. Arim assentiu. —Estou surpreso por Aerolus nunca mencionar isso. Tanto Darius como Marcus olharam para seu irmão, que encolheu os ombros, inquieto. —O quê? Não estava mantendo em segredo, exatamente. — Aerolus respondeu. Arim franziu a testa. —Você e Cadmus guardam segredos demais. E deveria ser o inteligente. — Ele balançou a cabeça. —Jonas e um grupo de Djinn rebeldes estiveram conspirando contra a invasão dos Dark Lords por algum tempo. Deixei Cadmus com Jonas dias atrás, pelo nosso tempo aqui, mas poderia ser semanas ou meses no mundo mundano. Ele se distraiu ultimamente pelos ataques Netharat, e 4
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sabendo que Cadmus estava protegido, não ficou excessivamente preocupado em manter contato com os Djinn. Falei uma vez com Jonas desde então. —Apenas uma vez? — Darius pareceu espantado. —Não posso acreditar que confia no Djinn depois de tudo que passamos. —Não se lembra de Benold? — Marcus perguntou. Arim rangeu os dentes. Não precisava da "inquisição" de sua irmã e seus sobrinhos. —Sim, lembro do traidor Djinn em nosso próprio meio. E sim, sei que provavelmente ainda tem amigos aqui que temos de descobrir. Mas Jonas Chase é digno de confiança, eu sei. — O aperto de mão que compartilhou com Jonas antes de confiar Cadmus ao Djinn disse tal coisa. O que não compartilhou com seus sobrinhos, porém, era que, apesar de Arim confiar em Jonas, não tinha tanta certeza sobre os companheiros de Jonas. Algo sobre a resistência dos Djinns cheirava muito escuro, mesmo para os Djinn. E teve muito mais trabalho que previu para descobrir alguma coisa sobre Ellie Markham, o novo interesse amoroso de Cadmus. A Djinn. Filha de Ethim il Ruethe, um líder do clã Djinn equivalente a um rei Storm Lord. Exalou pesadamente, sentindo o peso inevitável da mudança no futuro. Não era um purista, de forma nenhuma, já tinha vivido muito tempo para acreditar que a paz poderia ser pelo entrelaçamento da Luz com a Sombra e a Escuridão. Sua história com Lexa o ensinou mais que qualquer coisa que o amor não conquista tudo. —Arim? — Aerolus perguntou baixinho, e olhou para cima para encontrar todos os olhos sobre ele. —O quê? — Retrucou. —O que quer que façamos? Arim respirou fundo, precisando se mover, fazer alguma coisa. Ficar sentado em Tanselm esperando que outros problemas fossem resolvidos era ridículo, especialmente para ele. —Darius, você e Samantha continuam a proteger sua mãe e o reino ocidental. A ameaça aqui parece ter passado, mas com a possibilidade existente de substituir sua mãe por uma Aellein sósia, ou pior, um clone Djinn, devemos ser cuidadosos. —Marcus, mantenha seus olhos abertos para a traição entre os povos. Acho difícil acreditar que os Dark Lords limitariam esta batalha à casa real e nada mais. Os rumores que ouvi falam de agitações no sul — de sua responsabilidade. E preste muita atenção ao novo feiticeiro que enviei. AArk é um adivinho. Veja se Tessa não pode sugar seu talento e começar a avaliar todos os seus povos. Isso deve encontrar os traidores mais facilmente, especialmente se não sabem exatamente o que AArk pode fazer. —Boa ideia. — Os olhos de Marcus brilharam. —Entre AArk e Tessa, devemos ser capazes de limpar o sul muito em breve. Então, vamos enviá-los ao seu caminho — disse ele a Darius, que assentiu. —E Aerolus. — Arim procurou o olhar afiado de seu sobrinho. —Por mais que eu odeie sugerir, veja se os irmãos de Alandra em Aellein estão recebendo qualquer resposta da montanha Morn e similares. Tanselm sente a intrusão do escuro antes de seus Portadores da Luz o fazerem, por isso, se de algum modo os Dark Lords se infiltraram por outro caminho que ainda temos de encontrar... —Então, nosso povo vai encontrá-lo — Aerolus disse com firmeza. Arim fez uma careta, não querendo entrar numa longa discussão sobre confiar nos Aellei. Certo, Alandra claramente
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demonstrou sua coragem na luta contra os Dark Lords. Mas seu povo ainda não se revelou a ninguém, exceto Alandra e Aerolus. —Seu povo, o povo dela, não dou uma maldita Luz. — Arim o olhou, sua paciência chegando ao fim. —Basta começar o inferno. Se precisar de mim, lance um feitiço atrativo. Vou estar circulando no meio. Com um sussurro, se lançou nos caminhos entre os mundos, buscando as vertentes da energia da assinatura elemental da terra de Cadmus. Enquanto corria pela magia da vida, sempre presente, pegou pedaços dispersos de obscuridade, tentáculos gelados de energia feminina que imediatamente trazia Lexa Van Nostren à sua mente. Assustado por estar pensando nela novamente quando deveria estar focado em seu sobrinho, se soltou de sua atração e se concentrou em Cadmus. Quando finalmente encontrasse o rebelde Senhor da Terra, as perguntas seriam respondidas. Sem mais jogos, mais distanciamentos. Precisava de informações sobre os Djinn que apenas Cadmus poderia dar, e pretendia fazê-lo, de uma forma ou de outra. *** —Vamos, Ellie, sabe que não pode ficar com raiva de mim para sempre. — Cadmus sorriu, mas Ellie não conseguia ver além da névoa de cólera ao seu charme. Segurando a alça de sua bolsa, correu para a loja mais próxima de café — não a Starbucks — e pediu um café com leite com uma dose dupla de expresso. —Não posso acreditar que anunciou a todos no escritório do tesoureiro que a única razão para Jane Nerby assumir o cargo de nova professora é porque provavelmente está dormindo com o chefe do departamento! Ele arqueou uma preta sobrancelha arrogante. —É o que estava pensando. O que tem isso? —O que tem isso? — Ela o cutucou no peito, satisfeita pela carranca que substituiu seu sorriso, e resmungou em voz baixa: —Estava pensando. Nunca disse em voz alta. E vários alunos que estavam lá me conhecem. Vão dizer à Jane e ao professor que eu disse. —Mas eu disse isso. — Na verdade, ele teve a coragem de olhá-la intrigado. —Realmente é ignorante, ou está apenas bancando o estúpido? — Ele fez uma careta, mas antes que ele pudesse falar, ela o interrompeu. —Esta não é uma grande escola, e o departamento de Inglês é um grupo coeso. Ninguém sabe quem você é aqui, Príncipe Boca Grande. Mas eles me conhecem. E desde que estava em cima de mim como um terno barato, saberão quem colocou essas palavras em sua boca! Sua testa franziu. —Terno barato? — Olhando abaixo para sua camiseta preta e jeans, balançou a cabeça. — Não percebi que isso passava por um terno. Ela olhou para ele e murmurou um agradecimento para a garota com seu café. Engolindo a bebida potente, só podia rezar para seu dia continuar marginalmente melhor. Como estava, sua paciência explodiria por qualquer coisa, sua carreira parecia um brilhante no banheiro, a menos que se mudasse para uma universidade vagabunda em algum lugar da costa leste, e sua cabeça estava começando a latejar, ela temia, devido à vívida luz solar. Gradualmente se virou para Cadmus, notando alguns olhares femininos na sua direção.
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Girando, o viu flertando com a menina atrás do caixa e amaldiçoou em voz baixa. Deixando-o para se defender, encontrou uma mesa fora e sentou, observando os transeuntes, enquanto deliberadamente se submetia ao sol. O que não mata te faz mais forte trabalhava como um mantra por sua cabeça. —Que diabos está fazendo? — Cadmus rosnou no ouvido dela e a puxou com força em pé. —Ei, me fez largar minha bebida! — Ela viu com pequeno pesar como seu latte desaparecia pelo ralo nas proximidades. —Intencionalmente se colocou em dor. Isso é inaceitável. Tentando ignorar o golpe por trás de seus olhos, ela se afastou, apenas para descobrir que Cadmus se recusava a deixá-la ir. Não querendo provocar uma cena maior do que já estavam fazendo na frente de meia dúzia de mulheres vagando, sorriu por entre os dentes e deixou o real intrometido levá-la para a sombra de um edifício adjacente. Puxando o braço, baixou os olhos e esfregou as pálpebras doloridas. —Obrigada. Eu poderia fazer isso sozinha, Cadmus. Ah, adoro a forma como ondula meu nome fora de seus pensamentos tão amorosamente quando está irritada. Ele acariciou seu braço, provocando choques de calor disparando através de seu sistema. Imediatamente, seu sangue aqueceu enquanto enviava sua energia para aliviar sua mágoa. Bastardo. Infelizmente, levou sua raiva junto com sua dor. Não preciso de sua ajuda com isso. Pequena Djinn. Tão irritada o tempo todo. Não quer que ninguém a ajude. —Tenho 1,80m., Cadmus. Não sou pequena. E sou uma mulher independente. Uma mulher acostumada a tomar suas próprias decisões neste mundo. — Ela assistiu várias jovens profissionais comendo na calçada com seus saltos de 7 cm e roupas de grife. Só desejava precisar estar em algum lugar e com pressa. —Então estou duplamente feliz por ter considerado me presentear com seu corpo há não muito tempo. As lembranças me mantêm mais quente durante a noite. — Ele se aproximou, sutilmente a atraindo com sua proximidade, com seu cheiro de terra que a fez querer derreter. Seus lábios tocaram a borda do seu ouvido enquanto ele sussurrava: —Seus sonhos a assombram tanto quanto os meus me assombram? Não consigo parar de vê-la nua, em cima de mim, me tomando em seu corpo... —Isso é o suficiente! — Para seu horror se encontrou ofegante, os olhos semicerrados. Olhando para ele, se sentiu um pouco melhor por encontrá-lo no mesmo estado. Seus olhos vagaram abaixo, vendo a evidência rígida de seu desejo pressionando seus jeans. Isso mesmo, querida. Quero você. A tomaria aqui, agora, se apenas dizesse a palavra. Seus lábios se separaram antes dela pensar melhor. —Mas pensei que queria que eu pedisse. Seu olhar ficou preso na sua boca. Ela lambeu os lábios e ele gemeu. —Ellie, com pouco esforço, poderia me ter implorando a você. O pensamento trouxe um traço perverso que tentava suprimir desde que ele apareceu em sua porta. —É mesmo? — Ela vividamente recordou da última vez que se perdeu com a boca abaixo de seu corpo, lambendo a pele irresistível em seu corpo perfeito. Mordiscando seu caminho para sua parte mais impressionante.
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—Pare — disse ele com voz rouca, lendo seus pensamentos intencionalmente altos. —Juro, se nos teleportar para sua casa, vou ficar de joelhos e pedir desculpa por qualquer coisa que queira. Ela começou a sorrir quando suas palavras penetraram. —Nos teleportar para minha casa? — A ideia que ele ainda pensava nela mais como Djinn que humana a brecou. Apesar do desejo correndo por ela, resolveu evitar descer a estrada "Djinn" com Cadmus novamente e começou uma nova programação platônica. Engolindo com a boca seca, se forçou a sorrir. —Olha, Cadmus, era apenas brincadeira. Temos mais incumbências a fazer. Vamos começar, certo? Deliberadamente mantendo o espaço entre eles, o convidou a acompanhá-la, com um sorriso educado e conversa amigável, sua mente cuidadosamente em branco. Podia sentir sua vontade de tentar forçar seu caminho, mas permaneceu firme. A tensão sexual entre eles era espessa o suficiente para cortar com uma faca, e até mesmo o taxista que os deixou em Pine Street deu uma segunda olhada antes de saírem. —Realmente tenho o trabalho certo para mim — ela pensou ouvir Cadmus murmurar. Ele suspirou. —Ótimo. Mostre-me seu mundo, Ellie. Conheço pouco mais de Seattle que o Outpour, Greenlake e as cascatas. Se não vê-los agora, posso não ter uma chance antes de Tanselm me chamar para casa. Perceber que Cadmus não estava em seu mundo de origem, mas estava de fato de escondendo de um poderoso inimigo, que alguns Djinn eram parte, a fez sentir piedade por um momento. Em seguida, uma mulher bonita o olhou enquanto ela passava, e Cadmus abertamente devolveu seu sorriso. Todas as apostas estavam fora. —Ótimo, Cadmus. Estou tão feliz por pelo menos podermos ser amigos. — Ela sorriu, melosa com tanta sinceridade quanto pode reunir, considerando que queria mandar para aquela mulher sedutora um buquê de socos ingleses para o café da manhã. —Hoje vai ser muito divertido. Compras, compras de calçados, roupas e mais sapatos. Ela o ensinaria a cobiçar mulheres estranhas no meio de uma discussão. *** Quatro horas mais tarde seus pés doíam e sabia que os saltos que comprou por duas centenas de dólares nunca veriam mais que o interior da caixa que agora estavam. O clima de otimismo de Cadmus deveria ter azedado. Mas maldição, se comportou maravilhosamente durante todo o dia. Comprou doces, as cerejas cobertas de chocolate que ela tanto amava no Mercado. Fez parte da busca por roupas para experimentar, infalivelmente encontrando o tamanho correto. E foi agradavelmente educado com as vendedoras por toda a cidade. Diabos, se dissesse mais uma coisa legal para ela hoje, poderia explodir. —Realmente, Ellie, seus olhos foram a primeira coisa que notei quando te vi entrar no Outpour pela primeira vez. Ela gemeu. —O que há de errado? —Nada. Apenas a sensação de fome.
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—Deveria ter dito alguma coisa. — Ele franziu a testa e imediatamente a guiou para o restaurante mais próximo. E isso era outra coisa. Continuava cuidando dela, como se fosse ela se escondendo dos "bandidos" e ele o anfitrião. Estavam sentados e pediu suas refeições em tempo recorde. No minuto que o garçom saiu, ela se inclinou e sussurrou para ele sobre o centro floral. —É isso aí! Pare com isso. Está me deixando louca. Ele piscou. —Desculpe? —Não se desculpe. Este conjunto de atitude “boas” está definitivamente abaixo de você. — Mesmo aos seus próprios ouvidos ela soou mal-intencionada. Ele pareceu confuso. —Não quer que eu seja bom para você? Por quê? Porque é muito duro para uma garota local resistir, Majestade. Consciente em manter seus escudos internos no lugar, esfregou sua têmpora. Graças a Deus, Jonas teve tempo para ensiná-la a proteger seus pensamentos há muito tempo. Embora a maioria dos Djinn não fosse telepática, ele explicou, havia muitos outros no universo que eram. Melhor ter cuidado. Ellie olhou para Cadmus. Ela não sabia disso. —Não é que não quero que seja bom para mim — ela começou com voz estridente. O garçom se aproximou com uma bandeja, e ela orou que fosse seu almoço. Ele encontrou seu olhar e acenou com um sorriso. —Graças a Deus. —Ellie? —Nosso almoço — ela explicou rapidamente. —É aqui. Ela passou a meia hora seguinte absorta no almoço e no ambiente agradável, um pouco distante de Cadmus. Quando a conta chegou, ele acenou para ela, como se não houvesse nenhuma dúvida de seu pagamento. Revirando os olhos por sua arrogância, ela balançou a cabeça e esperou que ele fosse pagar. Quando saíram do restaurante, não pôde deixar de perguntar: —Notei que pagou com cartão de crédito. Isso é real? Seus lábios se curvaram em diversão, o que o fez parecer totalmente sexy. Ellie era uma boba por um homem com senso de humor. E num pacote como Cadmus Storm... teve que lembrar para não babar. —O cartão de crédito e o dinheiro são reais, cortesia da loteria. E meu tio falsificou os documentos da nossa identificação. Inútil em qualquer lugar, menos aqui, mas depois, Arim pode fazer qualquer coisa que estabelecer em sua mente. —Pensei que não gostava do seu tio. Ele franziu a testa. —Claro que gosto dele. Ele é família. Agora ela estava confusa. —Mas antes disse... —Claro, ele é um pé no saco. Um senso de humor peculiar. Sempre acha que sabe tudo. É mais que um pouco chato. —Sério? — Perguntou ela secamente, se divertindo que estivesse descrevendo a si mesmo e ignorasse isso.
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—E sempre tem o pior timing. Quando Marcus estava cortejando Tessa, apareceu sem aviso prévio, como de costume, e assustou a pobre mulher até ela o atacar. Ela se perguntava como foi isso. Nas poucas vezes que ouviu falar no nome de Arim era com espanto e, geralmente, um aviso... aviso para ficar longe do poderoso assassino da Sombra. Claro que vieram de Jonas, e ele tinha uma grande tendência a dramatizar a maioria das coisas. —Como Tessa fez? Cadmus sorriu, seu sorriso um indicador óbvio que aprovava a mulher de seu irmão. —Ela provocou algum dano antes que estivesse completamente teleportado de volta a casa — explicou. —Em seguida, Marcus entrou em cena para protegê-la. —Típico. Vocês, Storm, são um bando agressivo, sempre assumindo o controle, protegendo a “mulherzinha”. —“Mulherzinha?” — Ele riu. —Tessa é quase tão alta quanto eu. E confie em mim, ela traz todos no cabresto, especialmente Marcus. O carinho que mostrava por seu irmão e Tessa começou uma pequena fissura no gelo ao redor de seu coração. —Realmente ama seus irmãos, não é? Ele balançou a cabeça, sua expressão ficando séria quando parou os dois na calçada. —Realmente o faço. É por isso que fiquei tão furioso quando soube que você não era quem pensei que fosse, Ellie. Nunca poderia imaginar colocar minha família em perigo. Daria minha vida por qualquer um deles, incluindo minhas novas irmãs. Família é tudo para mim. E um Djinn matou seu pai. —Entendo. — Ela sentiu vontade de chorar, o que não fazia sentido. Agarrando-o pelo braço, se pôs em movimento novamente. —Vamos ver se a gente não pode esquecer o passado, apenas um pouco, Cadmus? Ele balançou a cabeça lentamente, seus olhos se estreitando em seu rosto. —Vamos usar o resto do dia para nossos interesses pessoais... —Aí está você. — Um grande homem, mais alto ainda que Cadmus, com o cabelo preto azulado e olhos pretos se aproximava perigosamente perto. —Quando eu atravessar você, o Netharat verá como uma diversão agradável. Ellie suspirou e, inconscientemente, começou a tocar seus poderes, ajudando Cadmus quando sutilmente descalçou a negatividade do grande homem. —Merda. — Cadmus se colocou entre o homem e Ellie. —Pensei ter me livrado de você por pelo menos mais alguns meses. O homem sorriu, um sorriso ameaçador que fez seu coração acelerar. Seus dentes eram brilhantes, e o branco de seus olhos pareciam quase brilhar de raiva. Seus sentidos gritavam Portador da Luz, embora ela nunca encontrasse outro além de Darius e Cadmus. —Ah, Cadmus — ela começou, engolindo quando o homem voltou seu olhar sobre ela. —Maravilha — ele rosnou —Outra Djinn. — Sua atitude voltou a subir, apesar do claro perigo. —Olhe, amiga, não sei quem você é... —Ellie, — murmurou Cadmus. —... e não me importo muito. Estamos num lugar público aqui, então pegue seu mau humor e sua magia piegas, e vá embora. —Não sou Djinn — ela rosnou, incluindo Cadmus, que pelo menos teve o bom senso de acenar com a cabeça ao seu olhar. O grande homem pareceu ficar mais alto mesmo na altura máxima. 4
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—Agora a deixa lutar suas batalhas por você também? — Ele olhou incrédulo de Ellie para Cadmus. —Eu disse... — ela começou, dando um passo mais perto do Sr. Atitude. Cadmus agora a segurava em vez de protegê-la do homem rude. —Não sou Djinn, então pegue seu rabo apertado, pedaço de Portador da Luz... —Ellie, conheça meu tio, Arim. Arim, minha boa amiga e prima de Jonas, Ellie Markham. Ellie congelou, olhando com a boca aberta. Olhava de um para o outro homem, de imediato vendo o que inconscientemente observou. Cadmus tinha muitos dos traços de Arim, seu nariz e queixo forte, os mesmos olhos amendoados, a pele dourada. Mesmo o cabelo escuro parecia semelhante, arrumado da mesma maneira. Mas, enquanto Cadmus parecia encantador, malandro e claramente sensual, Arim possuía um ar de força cruel e rigidez sobre ele que gritava "se afastem". Arim, por sua vez, estudava Ellie com uma intensidade que a fez querer se contorcer, o mesmo olhar de seu pai no dia que o conheceu aos vinte e cinco anos. A similaridade tanto a assustava e como a deixava com medo. Arim disse algo que soava como uma maldição numa linguagem lírica, estranha. Em seguida, se curvou, a chocando com sua fala. —Perdoe minha grosseria, Srta. Markham. Mas tive a sorte de encontrar a própria Escuridão em meu sobrinho. Poderia porventura apelar que nos encontre um porto seguro para falar? Cadmus bufou. —Ele quer saber onde podemos conversar em particular. —Inglês é minha primeira língua, obrigada, Cadmus. — Ela revirou os olhos para ele e se voltou para seu tio. Tio, minha bunda. Era talvez um ou dois anos mais velho que Cadmus, até olhar para aqueles seus olhos antigos. Positivamente assustador, de uma espécie de forma sexy. — Claro, Arim. Podemos ir para minha casa e falar. — Ele sorriu, e nesse instante Ellie viu Cadmus em seu tio. Os olhos negros que estavam frios e traiçoeiros momentos atrás agora pareciam profundos e cheios de promessas. Seus lábios cheios se torceram num meio sorriso, que o fazia parecer tanto arrogante como sedutor. E seu corpo irradiava bastante sexo, sua aura pulsando com aprovação. —Ei, se afaste, velho — rosnou Cadmus, puxando Ellie em seus braços. —Basta tomar meu braço e verá para onde ir. Ellie não entendeu. —Mas posso mostrar... —Ele não vai colocar as mãos sobre você, de modo nenhum. — Cadmus o olhou com raiva, e Ellie teve um vislumbre do outro lado dele. Agora Cadmus parecia tão distante como o tio era, enquanto Arim gritava tentação. —Muito bem, garoto — Arim disse com cara séria, mas Ellie jurava que ouviu uma risadinha interna. Arim estendeu a mão para Cadmus e tudo borrou. A próxima coisa que Ellie ouviu foram vozes altas, uma campainha e seu pai assustado —Que porra é essa que vocês dois estão fazendo com minha filha? Inferno na terra e todos em seu pequeno apartamento. Nada mais era sagrado?
CAPÍTULO CINCO 4
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Cadmus olhou para a versão masculina de Ellie com fascínio impotente. Boa Luz, mas Ellie era sua imagem cuspida, mas uma versão suavizada. Ethim tinha as maçãs do rosto altas, o mesmo nariz teimoso e queixo forte, idênticos olhos azuis brilhantes, embora o seu brilhasse com uma raiva feroz que fez Arim se preparar para o ataque. A aura do Djinn era escura, tanto que Cadmus não teve problemas para vê-la. No entanto, a escuridão do homem em nada prejudicava sua presença física. Ethim il Ruethe parecia um pedaço ambulante de arte. Cadmus se esforçou para não alcançá-lo e tocar o homem para ver se era real. Sua pele e traços eram estranhamente atraentes, quase enigmáticos. Cadmus acabava de passar as últimas semanas entre os Djinn, mas nunca viu uma criatura tão fisicamente impressionante, exceto Ellie. Olhando para ela, notou o olhar protegido em seus olhos quando olhou para Ethim. Interessante. Ele sabia pelos seus muitos comentários que não tinha laços estreitos com o pai. Mas vendo os dois, pensou que talvez sua distância fosse na maior parte por sua própria criação. Ethim encarou Arim e Cadmus, mas seu olhar suavizou com amor e preocupação quando se fixou na sua filha. —Perguntei o que está fazendo aqui. — O tom de Ethim mudou, parecendo ecoar por toda a pequena sala, ordenando obediência. —Não penso assim. — Arim acenou com a mão, e a compulsão de responder ao Djinn desbotou. Os olhos de Ethim se estreitaram. —Não pense que pode vir aqui e tomar conta, como tenta fazer em toda a parte. Esta situação vai além dos Portadores de Luz agora. Pelo menos, além de você. — Ele olhou de Arim para Cadmus e acenou com a cabeça. —Jonas mencionou alguns dos seus problemas, mas tenho que admitir que nunca pensei que traria você de volta aqui. Cadmus pensou em dizer a Ethim que ainda tinha que lidar com sua filha. —Por que estão aqui? — Ela finalmente perguntou, sua voz macia. Ethim se ergueu em sua altura formidável e seus traços ficaram tensos. Franziu os lábios cheios e franziu a testa. —Só queria ver por mim mesmo que estava tudo bem. Sei que está tendo problemas com a universidade e queria oferecer minha ajuda. Ellie piscou. —É mesmo? Cadmus assistiu em silêncio, balançando a cabeça quando Arim poderia ter interrompido. —Não acha que eu perceberia seus problemas? Vejo tudo, Elliara. Ela corou e deu um olhar a Cadmus, que se esforçou para parecer desinteressado. Elliara? Um nome bonito, mas um que falava de laços Djinn, uma conexão que por algum motivo ela queria cortar. —É Ellie, Ethim. Parecia que ele queria discutir, mas vendo Arim e Cadmus esperando cada palavra sua o fez fechar a cara.
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—Estes dois a estão incomodando? Encontrei um local adequado onde podemos esconder o Senhor da Terra até uma época em que possa ser de alguma utilidade. A expressão de Arim escureceu. —É engraçado mencionar seu “uso”. O que exatamente pretende para meu sobrinho? Da última vez que soube, Jonas estava fazendo um favor mantendo Cadmus seguro. Agora, ao que parece, há um plano de que não sabemos nada. — Ele olhou para Cadmus, que encolheu os ombros e ergueu as mãos em inocência. —Não olhe para mim. Não tenho ideia do que está falando. Tive uma ligeira altercação em Foreia e Jonas me afastou. Se abrisse as portas de Tanselm, poderíamos cuidar de tudo agora — ele desafiou. Estranhamente, não queria que Arim aceitasse tão fácil. Por mais de um ano Cadmus esteve morrendo de vontade de regressar ao seu mundo de origem. Mas, ficar em torno de Ellie novamente proporcionava tempo com ela sozinho e sem distração. Se Arim o levasse de volta para casa, não teria desculpa para ficar para trás com Ellie. Além disso, Tanselm vinha se dando bem sem ele até este ponto. Mais alguns dias aqui não deviam doer. E isto daria uma chance de descobrir o que estava prestes a acontecer entre Ellie e ele. —Sabe que não pode voltar para casa sem uma affai — Arim explicou o assunto com naturalidade. —Então, trabalhe sua magia e a encontre. Tenho a sensação que o tempo está se movendo para algo que não estamos completamente pronto ainda. —Eu sei. — Cadmus sentiu a mudança nas possibilidades do futuro por algum tempo. Sua clarividência o abandonou nos últimos tempos, e as visões agora só envolviam o sexo com a loira sedutora ao lado dele. —Mas não posso ver, não importa o quanto tente. —Será que um de vocês pode explicar exatamente o que está acontecendo aqui? — Ethim perguntou de novo, desta vez com mais paciência. —E se quiser, podemos aproveitar esta conversa em algum lugar mais seguro. Tenho espaço em Foreia que seria perfeito para você, Senhor da Terra, enquanto... —Não — Ellie deixou escapar, surpreendendo a todos. —Cadmus está bem aqui, e com tudo do outro mundo acontecendo ao meu redor, me sinto mais segura o tendo ao redor. Não encontrou seu olhar e se recusou a responder suas perguntas mentais. —Segura com ele por aí? — O pai soou tão incrédulo como Cadmus se sentia. Mas a satisfação dançou através de sua alma. Ellie não queria que ele saísse. Seja qual fosse a razão, não importava. Ela assentiu com a cabeça. —Aprecio o que está tentando fazer, me empurrando para fora disto. Mas já sou parte. — Ela encolheu os ombros com uma indiferença que não enganou Cadmus nem um pouco. —Posso ir até o fim. Sabe, me certificar que os Djinn sejam protegidos. Ethim sorriu, uma exposição flagrante de afeto que fez Cadmus querer se encolher. A Escuridão fervendo no Djinn era curiosamente atraente, e se perguntou se Ellie achava difícil recusar qualquer coisa ao pai. —Sei. Bem, então. Vou deixar vocês dois sozinhos, protegidos, mas sozinhos. Arim, se pudesse ter algum tempo seu? Há coisas que precisamos discutir. Arim olhou de Ethim para Cadmus, então pareceu estudar Ellie com uma carranca de perplexidade. —Suponho que sim, contanto que você fique aí — ele se dirigiu a Cadmus. —Não estamos sequer perto de terminar nossa discussão. 4
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Cadmus se viu querendo se contorcer sob o olhar estável de Arim. Orou que seu tio não conseguisse ver a escuridão desconfortável fervendo dentro dele. —Tudo bem, com certeza. Estarei aqui, protegendo Ellie. Arim realmente revirou os olhos antes de se voltar para Ethim. —Que tal no meio de Shathra? —É na Sombra. — Ethim considerou. —Isso vai funcionar. Ellie, ligue se precisar de mim. — Ele desapareceu sem um sussurro e Arim logo em seguida, deixando Ellie e Cadmus sozinhos. —Então — disse Cadmus lentamente, sua respiração instável, seu olhar errante que descansou brevemente em seus lábios. —Não se sente segura? Ela suspirou. —Foi o melhor que pude fazer para tirar meu pai daqui. Quando tem aquele olhar, você quer apenas desaparecer. — Inquieta, começou a andar pela sala, ajeitando almofadas e revistas que não precisavam ser arrumadas. —Se minha presença aqui faz você se sentir desconfortável, talvez devesse ir com Ethim — ele disse baixinho, querendo que ela olhasse para ele. Com suas palavras, ela se acalmou, de costas para ele. Ela estava tão tensa, tão inquieta, e ele não entendia o que seu pai fez para deixá-la tão desconfortável. —Não é meu pai, é você — disse ela através de seus dentes quando se virou para ele. Seus olhos estavam tão brilhantes que praticamente brilhavam, e ele deu um passo atrás pela veemência pura de seu tom. Escura energia faminta deslizou através do ar, acariciando e se enrolando em torno dele, puxando-o mais perto do precipício que não queria atravessar. —Não consigo parar de pensar em você. Você é tudo que posso ver, ouvir e sentir. — Sua respiração ficou presa, e ela deslizou mais perto, quase o perseguindo. Seus mamilos apertaram através de sua camiseta, e Cadmus podia jurar que sentiu seu desejo, como se fosse uma coisa viva. —É como um feitiço me tomando, magia no meu mundo outrora normal. —Ellie — disse ele rude, dizendo a si mesmo mais e mais que isso tinha que ser sua decisão. O desejo de tomá-la, jogá-la no chão e foder com ela até que nenhum deles conseguisse andar era quase insuportável. Porra, mas se recusava a deixar seu pau direcionar suas ações. Ellie, no entanto, tomou a decisão de suas mãos. Rosnando, cortou a distância entre eles. —Seu idiota. — Colou sua boca sobre a dele, roubou todos os pensamentos quando seu sangue correu abaixo de sua cintura. —Foda-se, Ellie. —Sim, foda-se Ellie — ela insistiu, puxando sua camisa e desencaixando seu jeans num flash. Suas mãos correram sobre o peito como duas trilhas de calor afluindo pelo seu sangue. Montanhas de luxúria entraram em erupção, o consumindo apesar de seu desejo de levar as coisas devagar. Sucumbindo às suas necessidades se despiu apressadamente, dando de ombros para tirar sua roupa. Algodão e jeans voaram por toda parte até que pele encontrou pele, e ele suspirou em sua boca. A sensação de seus seios fartos pressionando seu peito o fez gemer pelo desejo cru. E ela parecia tão bem, sua mente completamente aberta enquanto transmitia seus desejos. —Vou fazer você gritar — ele sussurrou em seu ouvido antes de empurrar sua língua para fazê-la tremer. Correndo os lábios por sua garganta, chupou o ponto do pulso martelando, fazendo-a se arquear mais próxima dele. Indo mais abaixo, beijou e mordeu seu caminho para os
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seios, os fazendo ajoelhar quando sugou, mordendo com pressão suficiente para fazê-la suspirar de prazer. Incapaz de resistir, acariciou abaixo pela barriga enquanto brincava com seus seios. O piercing de anel de prata no umbigo parecia frio contra seus dedos, e o puxou suavemente antes de continuar sua busca mais abaixo. Acariciando os cachos louros entre suas pernas, enfiou um dedo em sua fenda, profundamente em seu canal úmido. —Está tão molhada para mim — ele rosnou e inconscientemente empurrou seu pau contra o inchaço na barriga. —Tão pronta para me tomar. —Cadmus — ela sussurrou o nome dele, o segurando contra o peito com as mãos trêmulas. —Não posso acreditar o quanto preciso de você. Preciso de você. Não preciso disso. Satisfação masculina se derramou através dele, uma mistura inebriante de luxúria e carinho pela mulher em seus braços que o fazia querer mais que simplesmente foder com ela, mais que tomar seu corpo. Queria tomá-la, marcá-la como sua própria de forma que nenhum outro pudesse tocá-la sem que ela pensasse nele e apenas nele. —Elliara — disse asperamente, quando começou enfiando primeiro um dedo, depois dois dentro dela. Ela era mais que humana, mais que uma mulher. Era uma deusa que planejava adorar, com reverência. Chupou os mamilos profundamente, gratificado pelos seus crescentes gemidos e corpo tremendo. —Vou te amar tão forte, tão profundo, querida. Ele continuou a beijá-la, voltando para a boca sedutora. Pela Luz, sua Ellie sabia como beijar. Usava sua boca inteira, os lábios convidando, fazendo beicinho sob os dele enquanto sua língua devastava sua boca. Acariciando e deslizando, ela imitou o ato sexual tão urgentemente que ele logo perdeu a finesse, a ternura. Com um rosnado animalesco, os levou ao chão. Ergueu-se sobre ela, cutucou suas coxas longas, direcionando seu pau para a entrada quente de seu núcleo. Sua umidade cobriu a ponta, e com um gemido alto se enfiou profundo, mergulhando através da carne que o abraçou apertado, acolhendo sua intrusão. —Cadmus, oh meu Deus — gritou ela, o segurando firme. Ela envolveu seus tornozelos em torno de sua cintura quando ele começou a empurrar, dentro e fora, duro e sem cessar. Ele deliberadamente girou a bacia para esfregar seu clitóris, o golpe de sua carne contra ela, erótico ao extremo. Seus gemidos subiam e podia se sentir subindo de forma constante em direção ao clímax. Queria abraçá-la lá, mas não tinha espaço para jogar. Êxtase escuro se enrolava ao redor e através dele, prendendo-o impotente em seu poder feminino. Ele apressou os impulsos, enquanto seus gritos aumentavam seu prazer. —Sim, sim — ela engasgou. O corpo dela apertou o cerco em torno dele, apertando na riqueza de êxtase quando ela encontrou o seu próprio. Desatento, bombeou até choques de energia atravessarem seu corpo, deixando-o ligado à sua mente, corpo, alma quando jorrou dentro de seu ventre, a enchendo com sua luz. —Ellie — ele gemeu quando estremeceu, seu orgasmo tão forte que só podia aproveitar a onda e rezar para ter força suficiente para não desabar quando tudo acabasse. Ele pulsava, e
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sentiu sua semente escorrendo por suas coxas enquanto continuava a gozar. Algum tempo depois, quando pôde voltar a pensar, olhou para a mulher que roubou sua própria vontade. —Cadmus — ela suspirou, piscando seus olhos. Os dela estavam nublados com a paixão, nebulosos de satisfação. —Estou viva? Ele riu, a vibração de sua voz fazendo com que pressionasse mais fundo dentro dela. Apoiando-se em seus cotovelos para não esmagá-la, ficou maravilhado com sua beleza enquanto estava enterrado em seu calor. —Se não estiver, nós dois estamos na Próxima. —Céu — ela concordou e o puxou perto para um beijo. Lento, mas ainda o agitando, seu beijo o fez se contorcer dentro dela. —Ainda não — ele gemeu, precisando de mais tempo de recuperação. Inferno, ela quase o fez perder a cabeça, e agora o fazia endurecer quando deveria não ter mais nada para dar. —Ellie — alertou quando ela apertou as musculosas paredes em torno dele. —Está pedindo por problemas. Ela sorriu e arqueou uma sobrancelha. —Está dizendo que não pode dá-los? Ele foi mais profundo, deslizando perto, e ela engasgou. —Querida, vou fazer mais que dar. Mas pode tomar tudo que tenho para dar? Seus lábios se separaram e suas pálpebras baixaram. —Querido, posso tomar qualquer coisa que esteja pressionando. —Bom — ele disse com um sorriso perverso. —Então se prepare para isto. Ela gemia e se contorcia enquanto ele ficava mais forte, mais grosso, e em breve seu humor foi substituído pela lascívia que não só consumia, mas excitava Ellie. *** No porto neutro de Shathra, Arim franziu a testa para Ethim il Ruethe, determinado a ouvir o Djinn antes que encontrasse seu sobrinho conivente e colocasse algum juízo nele. Foder a filha do governante Sarqua não era apenas estúpido, mas extremamente perigoso. Apesar dos traços justos de Ethim, o homem era uma ameaça em pé. Igual em ferocidade a um Storm Lord em fúria, Ethim tinha poderes da Escuridão que facilmente anulavam os de um Portador da Luz. E mais, a espécie de Ethim não seguia as regras de ninguém, exceto as suas próprias. —Então, Guardião dos Storm, parece que estamos num impasse. —Parece — Arim disse lentamente. Onde Ethim chegaria com isso? —Você quer manter Tanselm “pura” enquanto queremos retornar à Tanselm no seu fim natural. —Para a Escuridão, quer dizer? —Não. — Ethim o olhou irritado e começou a andar na pequena pedra que mantinha esse santuário para aqueles que dela necessitassem. —Isso não é o que quero dizer. Não tem idade suficiente para lembrar o que Tanselm era antes dos Dark Lords voltarem, quando os da Luz e da Escuridão coexistiram, de forma pacífica. —Oh? Isso foi antes dos Djinn drenarem a força vital de metade dos Portadores de Luz existentes, ou depois dos Dark Lords converterem os dispostos em fantasmas e demônios? Ethim fez uma careta.
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—Os espectros sempre existiram. Sim, alguns eram Portadores da Luz convertidos, mas a maioria era como são hoje. E os demônios não são uma invenção dos Dark Lords. — Ethim fungou. —Realmente, Arim. —Realmente, Ethim — Arim zombou. —Não me diga que quer compartilhar Tanselm? Não quando tantos Djinn passaram a tais extremos para tê-la de volta. — Ele escondeu a dor da morte de Fausto, lembrando facilmente da dor de sua irmã, quando o marido foi derrotado pelo veneno Djinn. —Sabe que aqueles não são do meu povo. —Como sei? Porque devo confiar cegamente? — Arim o olhou com descrença. —A razão pela qual mantivemos Tanselm por tanto tempo foi por que os Portadores de Luz desconfiavam de tudo e todos da Escuridão e Sombra. Resistimos aos Netharat antes e o faremos novamente — completou, até mesmo quando Ethim balançou a cabeça. —Mas nunca lutou antes com um Dark Lord como 'Sin Garu. Ele matou seus parentes, e até mesmo nós, da escuridão, temos limites contra o fratricídio. Ele governa os espectros, criaturas que não deveriam ter controle suficiente para seguir um homem. Sabe disso. Já viu com seus próprios olhos. 'Sin Garu ainda tenta o Shadren. E se conseguir, a Luz certamente vai desaparecer sob mácula insidiosa da Escuridão. —Então admite que a Escuridão é o mal. —Nas mãos do Dark Lord, sim, mas não em si mesmo. Foreia é minha casa, o lugar que considero mais sagrado fora de Tanselm. No entanto, mesmo no meu mundo um pouco de luz é bem-vinda. Sem ela, não pode haver Escuridão, nenhuma sombra. Pense, Arim. Uma vez, duas forças poderosas existiam em Tanselm. Nos anos que se seguiram, a magia da terra desapareceu. —Não é assim. —É assim. — Ethim amaldiçoou, passando as mãos pelos cabelos, agitado. —Está tão tendencioso contra nós que não pode ver a verdade em sua própria magia? Arim rangeu os dentes e não disse nada. Durante anos, se esforçou para superar a fraqueza crescente e lacunas desconcertantes em sua energia que assumia seram suas vulnerabilidades por causa da matéria. Se o que Ethim dizia fosse verdade, então Tanselm estava em mais perigo que os Netharat. Simplesmente não fazia sentido. Por que agora, quando a tetrarca estava tão vulnerável, Tanselm mostraria suas limitações? Antes a terra sempre subiu para enfrentar seus desafios, permanecendo firme em face da adversidade. Tanselm sempre trabalhou com os Portadores da Luz, mas agora, de acordo com Ethim, precisava se salvar dos Portadores de Luz? —Não faz sentido. — Arim balançou a cabeça. —Tanselm é força, como bem sabe. Sei que não tinha nada a ver com o Djinn traiçoeiro responsável pela nossa última tetrarca caindo. Mas, como deve ter gostado. Tenho dificuldade em acreditar que um Djinn se voltaria completamente contra por conta própria, independentemente da sua oposição ao envolvimento de um Dark Lord. —Você é um idiota cabeça-dura. — Ethim rosnou, os olhos brilhantes nas sombras do hall principal do Shathra. —Sabe como seria fácil para mim te matar agora, bem aqui? — Ele estalou os dedos e uma pontuação de guerreiros Djinn cercaram Arim. —Não tão fácil — disse Arim descuidado, e com um pequeno movimento de sua mão, criou um escudo tão incrivelmente brilhante que as paredes começaram a tremer.
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—Certo, certo — Ethim retumbou, fazendo com que seus guerreiros desaparecessem. —Não há necessidade de matar a nós dois. Marcou seu ponto. Mas eu estou te alertando que se realmente tivesse interesse em sua morte, seria atacado no momento que entrou neste lugar. Arim relutantemente admitiu. —Então pode ver o quão sério sou sobre este assunto. Inferno, Arim, deixei minha filha com seu sobrinho, e a amo mais que a própria vida. — Ele fez uma careta. —Não tem ideia do quão difícil é saber o que ela e aquele Portador da Luz podem estar fazendo. — Ele balançou a cabeça e empalideceu. —Você sabe? Ethim revirou os olhos. —Não me tome por idiota porque apelo ao seu bom senso. Claro, apelar para seu bom senso me faz parecer... —Como se não tivesse muita inteligência — Arim terminou ironicamente. Os olhos de Ethim se estreitaram. —No entanto, acredito nesta causa tão fortemente que permiti que minha filha realmente ficasse amiga de um Portador da Luz. Não pode ver minha posição e compreendê-la? Arim estudou Ethim cuidadosamente e xingou. Ethim tinha um ponto. Não havia nenhuma maneira no inferno de um Djinn jamais deixar sua criança perto de um Portador da Luz, e especialmente não um Storm Lord, sabendo que os dois compartilhariam prazeres físicos. O Djinn valorizava sua sexualidade, e considerava partilha-la como mais que um presente, mas uma ligação de subordinação que só cresceria mais forte, se não fosse impedida. —O que espera que eu faça? Ethim rangeu os dentes. —Nada por agora. Elliara não gosta da ideia dele sair. —Percebi. — Ele também notou o tímido apelo de Cadmus para voltar para casa. E o preocupava. —É como ela previu. Nosso tempo está chegando e temos que estar prontos. Cadmus vai ajudar a pavimentar o caminho para derrotar o mal que ameaça a todos. —Ela previu? — Um sentimento inquieto agitou seu ventre. —Quem, sua filha? Ethim ignorou sua preocupação. —Uma adivinha Djinn. Ninguém de importância para qualquer um fora das terras Djinn. Agora Arim, prometa que não vai interferir no tempo de seu sobrinho no mundo mundano. —Por que deveria prometer isso? Já está interferindo. E tem laços com o mundo mundano que o mantêm lá na maior parte do tempo. Ethim tossiu desconfortável. —Sim, bem, minha esposa não era tão descontraída como a maioria dos humanos. Se não soubesse melhor, acharia que era parte Portadora da Luz. —Gostaria de encontrá-la algum dia. — Tinha uma sensação desagradável que precisava conhecê-la, vendo como a amizade de Cadmus estava crescendo em relação a Ellie. A Luz o ajudasse se outra fêmea Escura se juntasse à família real. Arim achava que poderia ficar louco. Tinha o suficiente para se preocupar se certificando que os Dark Lords não invadissem Tanselm, sem mencionar olhar por aqueles Aellei indignos de confiança. Aerolus e seus hormônios incontroláveis. Por que não podia ter casado com uma boa humana como seus irmãos Darius e Marcus?
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Como se seus pensamentos os conjurassem, Arim sentiu um feitiço acenando para chamá-lo para Tanselm. —Essa discussão ainda não terminou. Ethim assentiu. —Há muito mais para falar. Mas vamos chegar a isso quando estiver pronto para ouvir mais verdades. Arim deu ao Djinn um olhar duro. —Pode debater as fraquezas de Tanselm tanto quanto quiser, mas não se esqueça do que e quem sou. — Arim sentiu sua visão se aprofundando, e tremeu com o poder indescritível, inexoravelmente ligado ao das riquezas de Tanselm. —Não vou deixar você destruí-la, Ethim. Estou encarregado de proteger Tanselm a todo custo. Seu povo não sofrerá outra aniquilação como fizeram uma vez. —Assim seja. — Ethim graciosamente reconheceu a advertência. —Suas ameaças são infundadas uma vez que já estou do seu lado. Vá se fpr preciso, mas me contacte em Foreia quando estiver pronto para conversar. Estarei esperando. Arim balançou a cabeça, depositando sua energia quando procurou um portal para casa. *** —Diga-me novamente porque não podia simplesmente dizer a verdade agora? — Ethim perguntou, coçando a nuca pela agitação quando Lexa tomou forma a partir das sombras. Ela estreitou seu olhar deixando Ethim ciente que ficou adequadamente intimidado pela teatralidade de Arim. —Deixe-me Arim, Ethim. Ele não tem o poder de feri-lo, enquanto eu estiver aqui. —Isso é o que você diz — ele murmurou. Ela manteve a boca fechada, acostumada a pensar antes de falar. Durante anos teve que se provar entre seus pares e aqueles que deveria considerar amigos. Ethim, no entanto, era mais uma arma a ser direcionado que um amigo. Apenas Jonas a deixava à vontade o suficiente para relaxar em sua presença. —Tenho sido conivente com você, Ethim, porque preciso da ajuda de seu povo. Sabe que trabalhamos para o mesmo fim. Ele suspirou e balançou a cabeça. —Me perdoe, Mistress. Sei que o que diz é verdade. Mas não posso deixar de me sentir como um traidor da minha própria carne. Ele se referia a Ellie, sua filha, que agora mesmo conhecia mais prazer nas mãos de um Portador da Luz do que Lexa já teve. Sorrindo pela imagem do desagrado de Arim ao pensar num Djinn na Casa Real, bateu a mão no ombro de Ethim, forçando seu toque a confortar e não machucar. —Fique calmo, Ethim. Nunca aconselharia que usasse Ellie neste esquema se achasse que Cadmus poderia prejudicá-la. Acredite em mim, tudo que sua filha fez foi de livre e espontânea vontade. Apenas apresentamos a ela outro aspecto de sua vida que está tentando duramente ignorar.
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—Admito que gosto do fato que está finalmente reconhecendo sua herança. Diabos, até agora só aceitou Jonas. O que me deixa perplexo. Prefere ver um guerreiro endurecido que seu próprio pai? — Ele parecia ferido, e ela bem entendia sua dor. Lexa encolheu os ombros e balançou a cabeça, mas reconhecia o temperamento de Ellie melhor que seu pai. Ethim estava acostumado a comandar, e achava que podia simplesmente mandar sua filha o amar e respeitar. Se a mãe de Ellie não fosse tão teimosa, a pobre moça não estaria tão contra sua herança Djinn. Mas isso era outra coisa além da preocupação de Lexa. Jonas, no entanto, ela entendia. Ele tinha suas próprias cicatrizes para suportar, e era um guerreiro do começo ao fim. Compassivo embora forte, aprendeu muito entre os humanos de vida curta. E tratava Ellie com um respeito e cuidado que seu pai poderia tentar se o teimoso passasse mais tempo com sua filha. Lexa viu o olhar ameaçador de Ethim e reprimiu um sorriso. Ele e Ellie eram tão parecidos que era estranho. Não era de admirar que Cadmus se apaixonasse pela menina. Ela tinha uma paixão escura que combinava com a dele mesmo, a força interior da verdadeira integridade e o olhar sobrenatural de um Djinn. —Não se preocupe, Ethim. Vi a felicidade no futuro de Elliara. Ele sutilmente relaxou e fez um pequeno cumprimento educado antes de sair para Foreia. Ficando de pé nas sombras, Lexa se sentiu tão sozinha como nunca. Ainda não Escura, órfã com uma família que a odiava. Lexa nunca realmente se encaixou, e era com alguma inveja que observava as companheiras Escuras encontrando o verdadeiro amor. Essas mulheres encontrando um futuro com as criaturas da Luz dava a Lexa um sentido perverso de prazer de que estava ajudando a moldar o futuro de Tanselm. E se a antecipação lambia seu núcleo ao pensar que finalmente enfrentaria Arim numa batalha sem amarras até o fim, que assim fosse. Era honesta o suficiente com ela para admitir que nunca resolveu o passado. E até que isso acontecesse, ela não tinha futuro. Irmã querida, onde está? Uma voz escura escarneceu através do espaço e do tempo. Estou olhando você, Lexa doce. E tenho uma mensagem de B'alen que realmente não pode esperar muito mais. Venha me encontrar... e vamos conversar. Risos roucos se perderam nos recessos do meio, e Lexa estremeceu. 'Sin Garu sabia. Sabia o que fez. E se a encontrasse, o Próximo seria um alívio bem-vindo à dor certa que a esperava.
CAPÍTULO CINCO Ellie sentiu uma vibração de calor em sua espinha, o toque suave das mãos calejadas a acariciando para acordá-la. Se aconchegando em seu travesseiro, sorriu satisfeita. Sonhou com Cadmus novamente, experimentando um prazer irracional... Mãos firmes abriram suas coxas, pressionando abaixo de suas costas para mantê-la imóvel.
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—Cadmus — ela respondeu asperamente, despertando completamente quando a mão escorregou entre suas pernas para envolver a fenda exposta. Deslizando através de suas dobras, seus dedos começaram a esfregar, deixando seu corpo deliciosamente úmido e ansioso. Querido Senhor, mas que maneira de saudar uma manhã. Não pode evitar o suspiro que a deixou quando ele apoiou sua pélvis usando magia elementar, uma onda de energia que reverberou através dela inteira. —É tão sexy — ele murmurou com voz gutural. Magia derramava por ela em ondas de sensações desenfreadas quando ele incentivou sua resposta. Aquelas mãos ásperas espalharam a chama de seu desejo, seus dedos trazendo seu corpo para a vida. Mais duro, em seguida mais suave, continuou a atormentá-la, permitindo que chegasse cada vez mais perto do clímax, equilibrando o corpo dela numa parede desesperada de desejo. Ela não podia deixar de montar sua mão, precisando de mais dele, querendo tudo. E então ele enterrou a boca entre suas coxas e ela gemeu seu nome. —Cadmus! Dirigindo sua língua profundamente em seu canal, ele agarrou forte suas coxas e atraiu seu clitóris. Ela pinotou incontrolavelmente, inundada em êxtase quando explodiu. Mesmo enquanto seu corpo tremia e seus nervos gritavam com prazer, ele se recusou a ceder, a levando a um plano superior de bem-aventurança. Ela não podia parar de empurrar atrás em sua boca. Sua língua lambia seu creme enquanto suas mãos brincavam e brincavam com sua barriga, suas coxas, e todas as outras áreas de carne tensa que podia alcançar. Ellie estava verdadeiramente, irremediavelmente perdida em sua escura teia erótica. Tensa, o corpo dela se prendeu num arco, e estremeceu, necessitando de Cadmus para acabar com ela. Como se sentisse seu desespero, ele rapidamente se ajoelhou atrás dela e empurrou seu eixo quente de aço. O revestindo em sua umidade, brincava com sua entrada. —Ah, Ellie. Realmente senti sua falta. — Sua voz profunda a fez tremer, sua presença atrás dela um lembrete sólido que nunca realmente se livrou dele, tanto quanto desejava. Mesmo sabendo o quanto essa intimidade era errada, não podia recusá-lo, não podia resistir à tentação de ser uma com ele novamente. —Por favor, Cadmus. Tome-me. Se coloque dentro de mim. — Ela tentou se contorcer, mas seu poder não permitia que ela se mexesse. —Onde? Aqui? — Ele deslizou sua excitação entre suas coxas, provocando sua entrada trêmula antes de se mover para o pequeno buraco enrugado acima. —Ou aqui? Ele empurrou suavemente, deixando-a sentir um leve desconforto antes que a emoção tomasse conta. —Nunca chegamos a esse ponto em nosso relacionamento — disse ele rouco, seu corpo tenso quando cutucou ainda mais. —Não tem ideia de quanto quero isso, do quanto quero você. Ele empurrou ainda mais, esticando um pouquinho. Ela suspirou, sabendo que ele estava longe de estar dentro dela, mas nervosa pelo desconhecido. —Mais tarde, Ellie, quando tiver tempo e paciência para prepará-la — ele respirou e se reposicionou na entrada de seu núcleo. —Não posso esperar. — A encheu, empurrando duro, sua posição por trás fazendo com que crescesse até o momento que parecia tocar seu ventre. —Oh, sim — ela suspirou, aliviada e finalmente completa do que faltava.
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Espesso e duro, ele empurrou várias vezes através de suas paredes apertadas, chegando nesse local escondido dentro dela onde ninguém alcançou, apenas ele já conseguiu. Escuridão rodou através dela, golpeando em torno do prazer poderoso de Cadmus até que ela se sentia consumida pelo calor sexual em torno dela. —É isso aí, querida. Goze para mim. Deixe-se levar até que apenas me sinta dentro de você. À medida que sua excitação crescia ele golpeava mais duro, acrescentando vibrações no clitóris e nas paredes internas que a jogavam numa sinfonia ardente de êxtase, uma mistura de gritos e gemidos que iluminou a crescente necessidade erótica num momento inesquecível. Latejando em torno dele, realmente podia o sentir pulsando dentro dela enquanto continuava a pressionar mais, gozando duro. Querido Deus, não fosse por seu domínio sobre seu corpo, ela teria caído sobre o rosto há muito tempo. —Pela Luz, Ellie — respondeu asperamente, descansando seu peso sobre as costas. Sua respiração beijava seu pescoço, seu rosto áspero pela barba esfregava o ombro numa carícia erótica. —Não posso acreditar no que faz comigo. —Eu? — Ela tentou recuperar o fôlego, atordoada e cuidadosa pela facilidade com que ele a dominava, a levava de volta a um tempo em que partilhavam essas junções regularmente e com expectativa ansiosa. Carinho e algo mais se enraizou quando o ouviu suspirar seu nome. Não, não, não. Isso não estava em seus planos quando concordou em permitir que ficasse com ela. Claro, fantasiou sobre grande sexo com Cadmus Storm de novo, por nenhuma outra razão além de verificar a veracidade das suas recordações aquecidas. Conferido. Não exagerou suas memórias. Ele realmente era muito bom de cama. Dito isso, precisava permanecer no controle, se distanciar das emoções incômodas fervilhando dentro dela. Precisava transar. Era simples assim. Se um homem podia fazê-lo, assim podia uma mulher. Ela simplesmente fez sexo com um homem disponível e satisfez sua coceira. Não havia sentido em envolver seu coração em torno de uma atração física. Ignorando o sufocante vazio muito perto, lentamente se desvinculou de Cadmus, colou um sorriso falso no rosto e deslizou para fora da cama. —Ellie? —Obrigada, Cadmus. Realmente precisava disso. — Ela se forçou a não correr para o banheiro, consciente em se manter de costas, o rosto uma máscara de confusão, necessidade e preocupação. Parando em frente à porta, ela se esticou e suspirou, como se satisfeita pela atenção física, e não completamente enervada pelo poder que mantinha sobre ela. —Vou tentar não usar toda a água quente. Fechando a porta atrás dela, se recostou contra ela e caiu no chão. Seus membros ainda pareciam borracha, e seu coração batia tão rápido que se preocupou que pudesse explodir. Podia o sentir cutucando sutilmente na sua mente, e forçou seus muros mentais a ficar duros. Ela ainda não amava Cadmus Storm. De pé, preparou o banho com uma ferocidade que quase rasgou a cortina da haste do chuveiro e se forçou a se acalmar. Respirou fundo e viu os riachos de água lentamente correndo na cortina, indo na direção de um determinado fim no ralo. —O que fiz? — Ela sussurrou, ciente que cometeu um erro monumental ao lidar com Cadmus Storm.
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Pisando no chuveiro, lavou seu corpo, desejando que pudesse facilmente lavá-lo de sua mente. Há um mês estava ansiosa para professar seu amor. Certamente duas pessoas que descobriram suas almas, que compartilharam intimidades tão profundas, que compartilhavam pensamentos um do outro, podiam viver e amar juntos apesar de suas diferenças. Eles compartilhavam pensamentos, mas, aparentemente, não os mesmos sentimentos. Embora ela pudesse entender a dor de Cadmus quando descobriu que ela mentiu sobre sua identidade, sua reação foi muito intensa, muito imperdoável para um homem supostamente "apaixonado." A rejeição parecia muito familiar. Outro homem que amava, outro impulso de distância. E ainda depois de tudo, ela dormiu com ele novamente. Deixou-o em seu mundo pequeno e sem complicações. Espalhando a espuma, decidiu fazer o mesmo com seu cabelo e o lavou como uma louca. Espuma e bolhas flutuaram em volta do box enquanto ela massageava seu couro cabeludo, tentando esfregar um pouco de razão em sua insanidade crescente. Um momento de fraqueza, certo, dois momentos de fraqueza, e mais uma vez se encontrava vulnerável a Cadmus. E quem foi a idiota que sugeriu que ele ficasse aqui com ela quando poderia estar seguramente abrigado em Foreia, a um mundo de distância? Oh, isso mesmo, ela ofereceu. Sou uma otária pela dor, ou o quê? Rangendo os dentes, empurrou a cabeça sobre o jato e enxaguou bem. Assim como odiava admitir, o sexo foi de-morrer. E considerando que ele a iniciou no mundo selvagem do hedonismo, não era de admirar que ainda o quisesse tanto. Cadmus possuía habilidades de cama que fariam Casanova ter vergonha. Aquelas mãos, a língua... Ela corou e deixou mais fria a temperatura da água. Bem, não havia como voltar atrás agora. Recusou a tentativa de seu pai para tirar Cadmus fora de suas mãos. E agora que experimentou Cadmus entre os lençois novamente, sua libido estava firmemente fora da lacuna. Vou ter que ser forte. Mantenha no básico, estritamente físico. Posso fazer isso. Intencionalmente ignorando a imagem de Cadmus sorridente, sua generosidade quando saíram às compras, seus instintos protetores que eram mais corteses que arrogantes, ela se lavou com o sabonete de limão especial que sua mãe fazia e fez uma careta. Pensar em sua mãe apenas enfatizava o quão errado duas pessoas diferentes podiam ser uma para a outra. Ethim e Amanda, seu pai Djinn e mãe humana, pareciam estar sempre em desacordo. O afeto existia, o suficiente para criar Ellie e deixar um brilho nos olhos da mãe depois de uma visita de Ethim. Mas nada mais que isso, nada de longa duração. E se o pai dela descobrisse o que ela e Cadmus vinham fazendo... Não que particularmente tivesse receio, lembrou a si mesma, mas ficar nas boas graças do Ethim só poderia ajudar sua mãe a finalmente se reconciliar com ele. Inferno, não podia machucar. Deixando o peso da água no nó em seu pescoço, ficou sob o jato quente fazendo planos, de vários tipos. Cadmus não ficaria aqui por muito mais tempo. Apesar da dor que o pensamento produzia, sabia que não podia ignorar os fatos. Ela não tinha força de vontade quando se tratava do Senhor da Terra, e ele sabia disso. Então, faria a próxima melhor coisa para lhe dar um chute. Ellie ia dormir com ele, mantendo seu coração distanciado, seguro. Dessa forma, quando tudo terminasse e ele voltasse para Tanselm, ela sobreviveria, e, talvez, olhasse atrás para este interlúdio com carinho.
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Carinho? Ela bufou. Pelo menos, seja honesta consigo mesmo. Nada sobre Cadmus podia ser chamado de "carinho". Fúria, luxúria, riso, talvez. Mas "carinho"? —Está muito quieta aqui Ela se virou para encontrar Cadmus a olhando com preocupação, o olhar fascinado em seu rosto. Ela, porém, não tinha tanta disciplina. Um olhar demorado abaixo de seu corpo o mostrou agradavelmente excitado, e imediatamente seu corpo respondeu. —Por que não se junta a mim? — Ela ofereceu e lambeu os lábios. Distância, Ellie. Lembrese, é apenas físico. —Há algo sobre um homem nu na parte da manhã que me deixa louca. Especialmente quando está molhado. Olhou-a por um momento em silêncio antes de seu olhar deslizar abaixo sobre seu corpo. Sua ereção cresceu, e ele suspirou. —Gostaria de reter o sexo para conseguir que me diga o que está errado. Mas não tenho autocontrole quando se trata de você. — Pisando no chuveiro, fechou a cortina atrás dele e a apertou contra a parede do chuveiro. —Vamos conversar mais tarde, querida. Pode contar com isso. Antes que ela pudesse protestar contra sua prepotência, seus lábios encontraram os dela. E como um interruptor, sua mente desligou quando o sentimento surgiu dentro de seu corpo, ignorando seu coração endurecido. *** Cadmus olhou para a parte de trás do carro de Ellie através da janela de sua sala de estar. Ela podia dizer o que quisesse, mas a teimosa mulher estava fugindo. Curvou o punho, se obrigando a retirar a energia de repente, agitando o pequeno apartamento. Respirando profundamente, se retirou em si mesmo, tentando entender como o melhor sexo de sua vida terminou tão mal. Ontem a noite foi um sonho. Finalmente teve Ellie Markham em seus braços, onde pertencia. E acordar para encontrá-la envolvida em torno dele na cama, foi incapaz de se negar a experimentar esse extase todo novamente. Como uma febre aquecendo seu sangue, ela o fazia queimar. Ecos da discórdia se desvaneceram quando a abraçou, se juntando ela em choques incríveis de felicidade. Mas quando ela disparou para fora da cama, o deixando sozinho e carente, soube que ela não sentia a mesma paz que ele. O que diabos fez para colocar esse brilho de sofrimento em seus olhos? Sabia que ela sentiu o mesmo desejo, o mesmo êxtase que ele. Ellie não era uma amante calma. Ele sorriu, gostando da paixão que vivia no fundo de sua alminha Djinn. Mas seu sorriso desapareceu quando se lembrou do olhar ferido que tinha no chuveiro. Intrigado, ele sacudiu a cabeça. Confie em uma mulher para estragar sexo excelente. Não havia dúvida que Ellie imaginava conspirações e maus motivos para fazer amor com a mulher mais desejável que já conheceu para algum fim nefasto. Ele duvidava que viesse a compreender verdadeiramente os processos de pensamento de uma mulher, e Ellie estava mais confusa que a maioria. Franziu a testa, se perguntando se realmente pretendia visitar sua mãe esta manhã, ou se mentiu simplesmente para escapar de sua presença. Praguejando, correu os dedos pelos cabelos úmidos e se vestiu com calça jeans amarrotada e uma camiseta do Outpour. Fazendo uma jarra de 4
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café, saiu para sua pequena varanda e respirou fundo o cheiro rico da terra, amores-perfeitos e bulbos florescentes que começavam a sair do escuro solo marrom de Seattle. A leve vibração balançou no ar, um arco de perigo misturado com uma escura vibração que se espalhava que agora podia perceber facilmente. Ele se virou e viu quando Jonas apareceu de repente no meio da sala de Ellie. —Nunca ouvi falar de bater? — Ele perguntou com ironia, satisfeito quando Jonas fez uma careta. —Está em casa, pelo que vejo. O Djinn usava um colete marrom escuro e calças, seu poderoso corpo claramente exibido pela roupa adequada. Marcas de garras profundas marcavam seu ombro esquerdo, e um pouco de sangue cobria sua têmpora, formando um hematoma na borda da boca. —Esteve brigando de novo? —As aparições realmente não gostam de vocês, Storm Lords, ou qualquer outra pessoa empenhada em ajudá-los. —Por que estão nos ajudando? — Cadmus olhou Jonas como um falcão. —Esteve me alimentando com essa porcaria de “isso é o melhor para todos" por mais de um mês. Diga a verdade, Jonas. — Uma visão súbita o golpeou, enquanto olhava para o Djinn. Mas ao contrário das outras visões que teve, esta não trouxe nenhuma dor, apenas imagens de possibilidades confusas. Imagens do Djinn em Tanselm, dos irmãos escuros se agrupando no que pareciam ser as terras do norte de repente queimadas. Alguém falou de um encontro, e incrivelmente Portadores da Luz e Djinns estavam juntos, olhando uns para os outros com mal-estar e uma pitada de... aceitação? Relampejou e 'Sin Garu apareceu. Sua boca se abriu larga, os dentes afiados e garras ameaçadoras enroladas quando voou sobre uma Ellie que Cadmus nunca viu antes. Uma mulher com pose de uma rainha, vestindo uma túnica esvoaçante marrom, que de repente se inflamou de verdade... ele esfregou sua têmpora. Jonas fez uma careta. —O quê? —Nada. —Nada, hein? —Apenas uma dor de cabeça por tentar descobrir o que diabos está fazendo aqui tão cedo após a visita de Ethim il Ruethe. Jonas se acalmou. —Ethim estava aqui? Quando? —Na noite passada. — Cadmus viu Jonas matutar sobre o assunto. —Problema? —Não. O que ele disse, exatamente? Talvez Jonas pudesse lançar alguma luz sobre o relacionamento tenso de Ellie com o pai. —Parecia querer ajudar Ellie com alguns problemas relativos à sua escolaridade. Mas ela não pareceu feliz em vê-lo. —Ela não ficaria. Mulher teimosa. —Por que ela não quer ver seu pai? —Isso realmente não é da sua conta, não é?
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—É, enquanto estiver aqui. Confio em seu julgamento. E se ela não fica confortável com Ethim, talvez eu devesse dar um segundo olhar ao homem. Seria ele uma parte do regime de ‘Sin Garu? Cadmus não pensou uma coisa dessas antes. E verdade seja dita, não achava que Ethim il Ruethe tivesse nada a ver com 'Sin Garu. Pelo que viu do Djinn em seu breve período em Foreia, sabia que Ethim considerava 'Sin Garu como a mais baixa forma de vida. Mas queria saber mais sobre Ellie, e duvidava que Jonas diria algo, apenas pedindo. Ao olhar interrogativo de Cadmus, Jonas suspirou e afundou no sofá, esfregando o ombro. —Ethim não tem nada a ver com o Dark Lord. Ellie e Ethim nunca tiveram o que se pode chamar de relação fácil. Ethim tinha a responsabilidade de levá-lo deste plano, muitas vezes. —E daí? Recusou-se a levá-la com ele? —Sua mãe não permitiu. Surpreso, Cadmus calou a boca e ouviu. —Ethim e Amanda, mãe de Ellie, tiveram um desentendimento quase trinta anos atrás. Ela ainda não o perdoou, e na sua missão de puni-lo, puxou Ellie para o meio. —Isso não está certo. — A raiva em nome de Ellie subiu, surpreendendo-o pela forma como sentiu pessoalmente sua perda. —Não, não está. Mas, tanto quanto odeio admitir isso, concordo com a decisão de Amanda de manter Ellie aqui. Sua presença com Ethim só a colocaria em perigo, que ainda não está pronta para enfrentar. —Porque não é uma Djinn verdadeira? Jonas balançou a cabeça. —Porque não aceita que é uma verdadeira Djinn. Em nossa cultura, Cadmus, sangue não diz tudo. A metade humana de Ellie sim, mas é sua magia, sua alma que determina seu curso na vida. E "infelizmente" para Ellie, está dotada de grandes poderes, poderes escuros que se recusa a reconhecer. Cadmus fez uma pausa para pensar, querendo entender a mulher que de alguma forma se escondeu sob sua pele, e mais importante, começava a rasgar as barreiras que cercavam seu coração. —Ainda não entendi. Ela é Djinn. O que há mais para reconhecer? —Não seja tão denso. Cadmus fez uma careta, e como de costume, Jonas o ignorou. —Ser um Storm Lord é muito mais que simplesmente nascer Portador da Luz, certo? Cadmus relutantemente concordou. —Teve que aceitar sua natureza elementar, o que permitiu construir e crescer dentro de você num formidável poder de modo que seria capaz de espetar muitas criaturas da escuridão e sombra, como pode possivelmente — Jonas terminou causticamente. Cadmus ergueu seu dedo médio, estimulando um sorriso do Djinn. —Realmente criativo. Mas entendeu meu ponto? —Suponho. Mas ainda não vejo por que Ellie simplesmente não abraça sua herança se isso significa estar cada vez mais perto de seu pai. Inferno, Cadmus fez tudo ao seu alcance para se provar digno ao seu pai, um homem que sempre amaria e respeitaria. E seu pai o recompensou de tantas maneiras. Passeios pela floresta ao redor, envolvendo seu filho com a terra rica de Tanselm e sua magia saudável. Seu tempo
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precioso juntos, apenas Faustus e Cadmus, além de seus irmãos, onde pai e filho brincavam e faziam brincadeiras bobas contra o resto da coesa família Storm. —Acho que talvez seus anos de crescimento foram diferentes de Ellie — Jonas disse calmamente, seu olhar perspicaz fazendo Cadmus saber que o Djinn tinha a habilidade de ler mentes. —Mesmo os meus foram preenchido com uma proximidade que ainda tenho que redescobrir entre os humanos. Não me interprete mal, Amanda é uma mãe muito amorosa. Mas sua relação tensa com Ethim azedou Ellie em alguns aspectos. Cadmus balançou a cabeça, entendendo mais sobre Ellie, e quis confortá-la pelo que não podia mudar. Desconfiando de seus sentimentos se aprofundando, evitou a noção de afeto crescendo e mudou de assunto. —Certo, então Ethim não é um cara mau. Bom. Então o que está fazendo aqui? Sentiu minha falta, Jonas? Jonas beliscou a ponta do seu nariz como se estivesse procurando paciência, e Cadmus não pode deixar de rir. —Não sei como seus irmãos aguentam você. Estou aqui porque minha senhora quer vê-lo novamente. Cadmus se calou, não tendo que esperar. Sentia-se mais que desconfortável em torno da Dark Mistress Djinn, mas maldição se a deixaria ver isso. A energia de Lexa o atraia com um poder sobrenatural, e em sua presença, constantemente tinha que se lembrar para não confiar nela. A luta o drenava e irritava tanto quanto sua beleza o deslumbrava. —Sobre o quê? Jonas balançou a cabeça. —Sabe, quando o deixei aqui, foi com a intenção de mantê-lo escondido em segurança para que o Netharat não o encontrasse e acabasse com sua bunda gorda. Mas acho que está comprando toda a cidade, insultando as colegas de Ellie na universidade, e quem diabos sabe o que mais. — Ele fez uma careta, e Cadmus não precisava ler mentes para saber que Jonas suspeitava da relação íntima que ele e Ellie agora partilhavam. —O que exatamente está tentando me dizer? — Cadmus descansou seu quadril na borda da varanda e tentou parecer inocente, na verdade, se divertindo à custa de Jonas. Quando o rosto do grande homem escureceu, teve que se esforçar para reprimir um sorriso. —Não brinque comigo, Senhor da Terra. Vi a maneira como olha para Ellie. E não gosto disso. —Quer dizer, como seu “primo”, acha minhas atenções ofensivas? —Sou seu primo, lekharn. — Jonas passou um olhar desdenhoso sobre ele. —Certo, sou um pouco mais velho, mas nosso laço é verdadeiro. Não vou ver você a machucar, e não quando saiu de sua toca para nos ajudar. E ela não tem mais carinho pelos Storm Lords do que tem pelos Djinns. Apesar do alívio em saber que Jonas e Ellie estavam relacionados, uma pontada de culpa atingiu Cadmus ao lembrar como parecia devastada quando a deixou da última vez. Mesmo percebendo que ela merecia um pouco de sua ira não aliviava a noção que esmagou algo que apenas começava a crescer entre eles. O sexo era indescritível, mas a intimidade incrível que compartilharam foi maravilhosa. Compartilharam até mesmo pensamentos, algo que ainda podia fazer quando Ellie consentia em baixar a guarda. —Cadmus — Jonas rosnou —, me diga que não está dormindo com minha prima.
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—Não estou. — Não era uma mentira exatamente. Cadmus não dormiu com Ellie hoje. E depois, quando ela voltasse, a levaria para a cama e corrigiria seus problemas. O sono seria a última coisa em sua mente. —Nós Djinn levamos nossa sexualidade muito a sério. Brincar é muito bom, mas a cada interação criamos um vínculo que se reforça a cada toque, cada sussurro e promessa. Ellie não quer admitir, mas é Djinn até seus ossos. E sexo casual não é algo que minha prima possa suportar. Sorrindo, Cadmus murmurou: —Quem disse que seria casual? — Ele amaldiçoou um minuto depois, tentando recuperar o fôlego depois de bater na parede com força suficiente para deixar uma marca. —Merda. Agora olhe o que me fez fazer? — Jonas rosnou em desgosto, sacudindo a energia escura de suas mãos. —Ela vai ficar puta. Cadmus abriu a boca para retrucar, mas deu um olhar para Jonas e olhou para a varanda aberta. —Mas não tão puta como vai ficar com sangue de espectro por todo o sofá. Esquivando-se para a sala, Cadmus jurava que os Netharat estavam perto. Roupas esfarrapadas mal escondiam as aparições das formas esqueléticas, e seus finos pescoços mal resistiam a pressão de seus bulbosos crânios machucados. As bocas escancaradas com dentes escurecidos batiam quando as criaturas gritaram, ameaçando e borbulhante com riso malicioso, enlouquecedor. Olhavam com brancos e opacos olhos, e as pontas das altas orelhas contraiam enquanto procuravam presas. Espionando Jonas e Cadmus, uma meia dúzia de aparições de repente gritou filtrando através das portas da varanda, explodindo em chamas azuis com a intenção de grande destruição. Cadmus amaldiçoou e começou a atrair terra por choques de vibração que atordoaram e até mesmo paralisaram os dois espectros mais próximos dele. Chamando sua conexão com Tanselm, Cadmus cercou os espectros no solo do terreno que apareceram com uma onda de suas mãos. Ele os observou lutar para respirar enquanto girava para evitar o golpe de fogo azul que chamuscou seu antebraço. Jonas capturou um fantasma com sua energia escura, em seguida, empurrou dois espectros mais fora do caminho de Cadmus quando se aproximavam dele. Empurrando seu espectro no monte flutuante de terra de Cadmus, Jonas conteve mais dois e fez algo que fez piscar Cadmus em reverência. A energia escura cobriu os espectros. Cadmus achou que as criaturas, sendo escuras, prosperariam na energia. Em vez disso, lentamente murcharam e morreram enquanto os olhos de Jonas brilhavam mais e mais brilhantes, parecendo chamas gêmeas da luz, onde as órbitas âmbar costumavam estar. —Cadmus, olhe para fora! A chama azul chiou pela sua orelha e quando se estendeu para cuidar do último espectro, o fantasma o impediu. A criatura parecia um típico espectro de gelo. Um crânio irregular sem cabelo em cima de um pescoço fino e oscilante. Seu corpo era longo e fino, ossudo, com garras, mãos e esfarrapadas vestes negras que o cobriam do pescoço aos pés. Sua pele, no entanto, não era a típica manchada de preta e amarela dos espectros de gelo que Cadmus anteriormente encontrou. Este espectro possuía pele lisa, branca com veias azuis listradas sobre seus antebraços e rosto exposto. Seu pescoço era mais grosso, o crânio mais arredondado, como dos humanos, e
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seus olhos... ao contrário do branco leitoso de seus irmãos, a criatura tinha olhos negros puros. Sem pupilas ou íris, seu olhar era insondável, o que Cadmus imaginou parecer o vazio entre os mundos. Assim que a criatura abriu a boca, Jonas gritou. —Merda! — O Djinn simultaneamente brilhou de verdade e saltou entre Cadmus e o espectro. Um rio de energia tinto verteu do espectro pela boca, em torno de Jonas, tentando empurrar as chamas negras que o prendiam. A familiaridade do golpe da substância vermelha deixou Cadmus rígido. Meses atrás, lutando contra ‘Sin Garu com seus irmãos, Cadmus encontrou um Nocumat, uma criatura de sombra que consistia numa grossa gosma vermelho que podia tomar a forma de qualquer coisa. Parecia que este fantasma carregava o Nocumat dentro de seu corpo. A única maneira de Cadmus e seus irmãos escaparem do Nocumat antes foi com a magia Sombra, de Alandra, a nova affai de Aerolus. —Jonas, pode falar com ele? —Não. Só responde aos da Sombra, não aos Escuros. — Dor marcava a boca de Jonas, sua aura cintilando atestando claramente sua luta. Rapidamente lançou um feitiço de emergência, que Cadmus ouviu de Aerolus. Irmão, o que aflige você? Assustado pela clareza do discurso de seu irmão, Cadmus olhou em volta, esperando vê-lo próximo. Preciso de sua ajuda. Estamos sob ataque do Nocumat. Ouviu Aerolus xingar e, em seguida, Alandra falou, sua voz suave e rouca mais que bemvinda. Simplesmente não pode ficar fora de problemas, pode Cadmus? Basta repetir depois de mim. "Afwel Sava Otol." Ele repetiu as palavras estranhas, mais que aliviado quando a criatura soltou Jonas como um prato quente. Alarme substituiu o alívio, no entanto, quando o Nocumat avançou sobre ele. Alandra? E agora? Diga a ele que eu disse Olá, e que realmente gostaria que ele fizesse um favor. O quê! — Aerolus advertiu, Alandra. Não tem senso de humor, Aerolus. Estava apenas brincando. Cadmus, diga a ele para retornar ao Senhor Sava antes que eu relate que um Nocumat trabalha com 'Sin Garu. Lembre-o do castigo de Oxcen e ele vai deixá-lo sozinho. Ele jurou que a ouviu murmurar: "Eu espero", mas repetiu suas palavras. Não podia ter certeza, mas podia jurar que a criatura o compreendeu e quase... encolheu. Em seguida, disparou de volta pela boca do fantasma e desapareceu. O fantasma empurrou e olhou para seus adversários, levantando os braços enquanto reunia uma estranha bola de energia azul. Apoiando Jonas com um escudo de energia, Cadmus tinha certeza que o fantasma atacaria se não desequilibrasse a criatura, o enjaulando dentro de si. Aproveitando, ele e Jonas atingiram o fantasma com poder suficiente para matar, e mais algum. A explosão do espectro em pedaços de fogo azul, seu corpo insubstancial como uma chama morrendo. O Nocumat, felizmente, estava longe de ser encontrado. —Por tudo que é Luz, o que era aquela coisa? Jonas balançou a cabeça fraca.
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—Tenho um mau pressentimento que acabamos de ver um dos mais recentes híbridos de 'Sin Garu. — Ele segurou sua barriga e caiu de joelhos enquanto piscava de volta para a forma de um homem deixando Cadmus alarmado. —Jonas? —Ellie não está segura — ele suspirou. —Agora que te encontraram aqui, sabem onde ela mora. Eles definitivamente vão vigiar este lugar. Temos que trazê-la de volta. —De volta para onde? —Para Foreia. Onde estará segura, pelo menos por enquanto. —Ela não vai. — Cadmus sabia que não estaria disposta a visitar Foreia. Não se tinta tanta animosidade com seu pai. A respiração de Jonas prendeu. —Ela não tem escolha, e nem Amanda terá. Porra. — Ele esfregou seu abdômen e levantou com a ajuda de Cadmus. — Realmente odeio o Nocumat. Estúpido morador da Sombra. —Não é seu povo? — Cadmus perguntou inocente, andando com Jonas para a porta. Ele espalmou as chaves do Djinn, que apareceram de repente nas mãos de Jonas e deixaram a casa Ellie numa bagunça. —Meu povo? Inferno, Cadmus. Isso é como chamar os Portadores de Luz de humanos porque andam no sol. Burro, burro — ele murmurou seu epíteto, fazendo Cadmus se sentir muito melhor. Se Jonas podia xingá-lo, não podia estar muito ferido. —Então finalmente vou encontrar a Sra. Ethim il Ruethe. Jonas riu, e então gemeu se inclinando para entrar no seu Jeep Cherokee. —Adoraria ver a expressão no seu rosto quando a chamar assim. —Você está bem? —É apenas meu estômago se rebelando por quase ser o almoço do Nocumat. Até chegar ao apartamento de Amanda deve me dar o tempo adequado para me recuperar. E não se preocupe, vou gerir energia suficiente para nos enviar a Foreia. —Sobre isso — Cadmus começou. —Não acho que... —Não ache. Ela quer você lá, você vai. Além disso, isso pode ajudar Ellie a resolver seus sentimentos sobre si mesma. Até que faça isso, nunca terá paz em sua vida. Sem mencionar o fato do pequeno 'Sin Garu saber onde ela vive, que tem laços com os Storm Lords. —Pô. Certo, Ellie tem que ir. E sua mãe, o que vai mantê-las seguras. — Cadmus queria dizer isso. Certificar-se-ia que Ellie e sua mãe os acompanhassem até Foreia. Ellie precisava estar segura, e precisava ser feliz. Sem saber bem o porquê, fez sua missão ver a alegria encontrar sua pequena Djinn. Só esperava que o confronto não o colocasse mais atrás em suas afeições do que já estava.
CAPÍTULO SEIS —Jonas, que surpresa agradável.
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Ellie olhou para cima em estado de choque ao ver sua mãe abraçando Jonas. Outra figura apareceu na porta atrás dele, e seu pulso disparou. Não havia dúvida dos ombros largos e ardente olhar que percorriam seu corpo com familiaridade. —E quem é seu amigo bonito? Jonas revirou os olhos. —Este é Cadmus Storm, Mandy. Cadmus, Amanda Markham. Os lábios de Cadmus subiram convidativos. Controle-se, Ellie! Lembre-se, mantenha distância. Ela se esforçou para parecer calma, para conter o calor abaixo que subia para a superfície quanto mais olhava para ele. Ele pegou a mão de sua mãe na dele, a erguendo aos lábios para um beijo. —É um verdadeiro prazer, Sra. Markham. Sua mãe se emocionou. —Por favor, me chame de Mandy. —Mandy. É óbvio que sua filha puxou sua beleza. Suave Romeu. Exatamente como meu pai. Seus olhos voaram para ela pela conexão mental, e seu sorriso cresceu. —Vai me perdoar por dizer, Mandy, mas parece mais irmã de Ellie que sua mãe. —Oh, eu gosto de um presente. Então é um amigo de Jonas, hein? — Ela seguiu seu olhar na direção de Ellie, e seus olhos se estreitaram. —Não preciso perguntar se conhece minha filha. —Conhecê-la? E-eu... —Cadmus, que bom ver você de novo. Vocês dois deram uma pausa em seu trabalho? Não sabendo o que Cadmus ia dizer, Ellie não lhe deu chance. —Ellie, sabe que Jonas e eu não trabalhamos juntos. Não posso acreditar que nunca disse a sua mãe como nos conhecemos. Jonas olhou Cadmus com cautela, e Ellie sabia exatamente o que corria pela mente tortuosa de Cadmus. Ela ouviu falar sobre suas diversas acrobacias para escapar de seu primo, sem mencionar algumas brincadeiras que achava divertidas, mas Jonas reclamou durante dias a fio. Estudou o sorriso travesso de Cadmus com cautela. Brincadeiras eram sempre mais divertidas quando feitas com os outros, e à distância. —Como se conheceram? — Amanda perguntou. Ellie em silêncio gemeu, conhecendo a expressão no olhar de sua mãe muito bem. Se tivesse que sofrer o "discurso netos" por causa do pequeno flerte de Cadmus, para aliviar, chutaria a sexy bunda dele todo o caminho até... Foreia. —O quê? —O quê? — Sua mãe repetiu, olhando de Ellie para Cadmus. —Perguntei como vocês dois se conheceram. Não me diga que é o homem de quem Alex estava me falando? O diabo sexy do Outpoor? —Mãe. — Ellie corou de vergonha. Não era possível sua mãe guardar um segredo? E sobre Alex? Qual era a utilidade de ter uma melhor amiga, se sua melhor amiga contava tudo para sua mãe? —Alex tem uma boca grande. —Sim, ela tem. — Amanda sorriu. —Então, quando ela está voando de volta? Onde está agora? Nova York? Jonas interrompeu com um suspiro.
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—Cadmus, não temos muito tempo. — Ele esfregou seu lado, chamando a atenção de Ellie. Ela se concentrou em seu primo, olhando com aquela parte de si mesma que normalmente mantinha sob controle. Jonas parecia uma bagunça. Energia nublada esmaecia sua vibração normal, e podia ver o que parecia ser sangue vermelho — bolhas queimando a aura em torno de sua cintura. —O que aconteceu? —Um Nocumat — respondeu calmamente Cadmus, seu sorriso desaparecendo. —Sinto muito, Ellie, mas temos que ir. Todos nós. O olhar de Amanda se estreitou. —Você disse Nocumat? — Ela focou Cadmus, com os olhos crescendo incrivelmente escuros e intensos. —Oh inferno. É um deles. Ellie queria afundar no chão. —Mamãe... —Sem “Mamãe” para mim. De todos os homens elegíveis neste mundo, Ellie, tinha que se apaixonar por um Fora do Mundo? —Fora do Mundo? — Cadmus levantou uma sobrancelha, e seus olhos se arregalaram. — Fora como? Jonas fez uma careta. —Fora do Mundo é o que Mandy considera qualquer um que não seja desse plano. E Ellie... — ele se virou para ela. —Se acha que não vamos falar sobre isso — ele fez uma pausa para olhar para Cadmus — pense novamente. Mandy não parava de olhar para Cadmus. —Não sei, Jonas. Há algo sobre ele que... —Caramba, Mandy, adoraria conversar sobre isso, mas não temos muito tempo. Ellie sentiu uma perturbação profunda dentro de si, como se pudesse ouvir as vibrações sutis de uma maciça porta gemendo enquanto se abria bem devagar. Gritos sombrios e um pulso de escuridão a encheram. —Merda. Ellie, Mandy, vamos embora. Agora. — O tom de Cadmus não admitia nenhum argumento, e surpreendentemente Mandy assentiu sem dizer uma palavra. Jonas deu um profundo suspiro. —Todos de mãos dadas. —Está bem o suficiente para fazer isso? — Preocupação escureceu os olhos Cadmus. —Poderia usar um pouco de ajuda. — Jonas olhou para Ellie. —Quem, eu? Não. Não até me diga o que diabos está acontecendo. E quero saber como acabou ferido e por que quer nos levar. —Agora não, Ellie. Pegue as mãos de Cadmus e Jonas, — Mandy ordenou. —Não posso acreditar que estou dizendo isso, mas Jonas, leve-nos a Ethim, rapidamente. Confusa, mas sentindo a urgência crescente a cada minuto, Ellie emprestou poder ao seu primo. Não entendeu o que ele fez, mas reconheceu os caminhos mágicos que usou para transportar os quatro. Uma sensação de pressão a cercou pelo mais breve dos momentos, e então sentiu como se estivesse voando. Velocidade, liberdade e calor a levou entre os mundos, por meio das estrelas e uma infinidade de existências antes de pararam num fôlego, ligeiramente caindo na grama de marinha numa paisagem alienígena. —Foreia — sussurrou a mãe, a reverência e a preocupação em sua voz.
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Esta era Foreia? O mundo de origem de seu pai? O lugar que estava proibido discutir, imagine visitar? Ellie só podia piscar enquanto olhava ao seu redor. Árvores altas e pretas com folhas vermelhas, um céu rosado, grama azul e alguns morcegos/beija-flores realmente estranhos mergulhavam através do ar. Sentia o céu nublado, mas podia ver claramente um sol fúcsia brilhante. No entanto, não lançava nenhuma sombra, e percebia a escura natureza do Djinn espelhada na própria terra que estava. Ela inalou, uma essência doce e floral que a reviveu, e o ar fino sobre sua pele como uma carícia suave, quase acolhedora. Seu olhar automaticamente procurou Cadmus e ele balançou a cabeça, com aprovação no rosto. Esta é uma parte de você, Ellie. Abrace-a. Mas é Djinn. Ela não podia deixar de insultá-lo. Sua vida de repente parecia estar virando de cabeça para baixo, e por algum motivo estranho Cadmus parecia a rocha sólida em que podia se agarrar procurando segurança. Não importa o quanto o atingiu, ele ficou imóvel. Tanto quanto sua estabilidade a tranquilizava, também aumentava sua irritação. Nunca conheceu alguém tão bemhumorado. Não detesta tanto a Escuridão? Em vez de se irritar, como ela previa, ela o ouviu rir. Quando a escuridão vem num pacote tão cativante, sou atraído para sua isca. Ele ronronou. E sua escuridão, pequena Djinn, é muito quente, muito úmida e acolhedora, mesmo agora a desejo... —Recebo a imagem — ela desabafou e corou, esperando que sua mãe estivesse muito ocupada pela estranha paisagem para prestar atenção em sua filha. Sutilmente movendo seu olhar, exalou com alívio ao encontrar Mandy tomada pelo céu cor de rosa de Foreia. Infelizmente, o olhar de Jonas se estreitava enquanto olhava dela para Cadmus. Inferno. Desde que não mencionasse suas suspeitas para Ethim. Há era bastante ruim Ellie estar aqui, neste lugar que não deveria existir em torno de pessoas que não eram humanas, mas Djinn, uma raça de homens e mulheres ao qual ela supostamente pertencia. Como se seus pensamentos conjurassem seu pai, Ethim apareceu de repente do ar. Vestido com roupa semelhante a Jonas, com escuras calças de couro e um colete expondo um corpo eternamente forte, Ethim olhou cada polegada do líder dos guerreiros. Mas quando os olhos pousaram em sua mãe, seu olhar suavizou e sorriu em boas-vindas. —Ah, Amanda. Senti sua falta — ele disse simplesmente, abrindo os braços. Esperando que sua mãe fizesse uma cena antes de sucumbir aos encantos de seu pai, Ellie foi surpreendida pelo abraço que seus pais compartilharam. —Senti sua falta, também — murmurou a mãe. Os lábios de Jonas subiram pela satisfação e concordou. —Finalmente. — Limpando a garganta, se virou para Cadmus. —Por que você e Ellie não vêm comigo? Vou mostrar os arredores. Não viu essa área específica de Foreia antes, Cadmus. A maneira como disse isso fez Ellie dar uma segunda olhada em seu primo. E enquanto caminhavam alguma distância num emaranhado caminho, observou a tensão de Cadmus, ouvindo um barulho em sua mente. Ele andou mais reto, seus olhos se movedo ao redor, as mãos abertas e prontas, preparado para o ataque. O Djinn matou seu pai. A memória a fez se sentir doente, e esperava que fosse sincero no que disse antes, que não odiava todos os Djinn. Porque ela tinha a sensação que estar aqui era como abrir uma ferida cicatrizada. Deixava suas preocupações sobre Foreia pálidas em
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comparação. Essas pessoas respeitavam seu pai e gostariam de recebê-la. Mas Cadmus era considerado um inimigo, uma criatura de luz entre seres da Escuridão — pelo menos, foi o que leu em sua mente antes que a deixasse de fora. —E por que nunca visitei aqui antes, Jonas? — Cadmus perguntou. —Não estava pronto antes. —E estou agora? — Ele bufou. —Juro, vocês Djinn vivem para subterfúgios. Não podem dizer sim ou não. Tudo com vocês é um enforcamento, entretanto. — Ele incluiu Ellie num olhar compreensivo, e ela imediatamente se irritou. —O que significa isso? Por que foi para sua mãe esta manhã? E depois do que compartilhamos? —Sim, Cadmus, o que exatamente isso significa? — Jonas acrescentou, eriçado, movendo seu olhar entre Ellie e Storm Lord. —Não sou um idiota, sabe? —Poderia estar enganado — Cadmus murmurou, fazendo Ellie ter vontade de rir, apesar de sua inquietação pela sondagem da pergunta. —Eu sei que há algo entre vocês dois. — Os olhos Jonas se estreitaram. —As pausas entre as palavras, a forma como olham um para o outro em entendimento. É quase como se... O interesse de Ellie cresceu. —Como se? — Era a mente partilhada um traço não comum aos Djinn? Desejava ter alguém para perguntar, confiar. Mas compartilhar sua vida amorosa com a mãe não —definitivamente não. Jonas obviamente não aprovaria, nem o faria seu pai — como se pudesse falar confortavelmente sobre algo tão pessoal, como sexo com ele. Jonas olhava para eles, e quase podia ouvir as rodas girando em sua mente. —Não. Não pode ser. —Não pode ser o quê? — Cadmus perguntou, cruzando os braços sobre o peito. —Talvez, Jonas, Ellie e eu encontramos o amor verdadeiro, e vim reivindicar minha affai e roubá-la para Tanselm. — Ele falou claramente, e por um momento sem fôlego Ellie pensou que podia estar falando sério. Mas quando viu o riso em seus olhos, um eco fraco de decepção se estabeleceu em sua barriga. Que pudesse se sentir deprimido a deixou com raiva. Droga. Onde estava, já que precisava desesperadamente de distância? Com tudo que se desenrolava em torno dela, sabia que precisava ser forte para sobreviver. E mais dor de cabeça com Cadmus Storm não estava no menu. Aparentemente, Jonas perdeu a piada também, por que brilhou de verdade, seu olhar e sua natureza ardente impossível de perder. —Porra, Jonas. — Cadmus riu. —Estava apenas brincando. Ellie sorriu, se forçando a rir junto com ele. A chama de Jonas cresceu mais escura, e ela olhou para Cadmus para ver o que fazia pela reação de seu primo. Ele, no entanto, estava olhando para ela, um predador brilho de fome em seus olhos castanhos escuros que de repente mascarou com alegre riso. Mas Ellie viu, e não sabia bem o que aquilo significava. Apertou sutilmente suas paredes mentais e as encontrou trancadas, seu olhar de desaprovação quando percebeu o que ela tentava. Corando, ela se afastou, mas não pode deixar de se esgueirar uma espiada em sua aura. Dando uma olhada mais profunda, ficou surpresa ao encontrar em Cadmus, um guerreiro Storm Lord e Portador da luz, cheio de sombras ardentes. Tingida com uma luz fraca e rosada, a escuridão crescia dentro dele e se espalhava em ondas de paixão a alcançando, como se a ligasse a ele.
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Assustado pela intensidade de seu sentimento, inconscientemente cortou a distância entre eles, atraída pela escuridão dentro de si como se sentisse a outra metade de si mesma que sempre faltou. A coceira de necessidade se espalhando pelo seu corpo continuou a crescer até que ele estendeu a mão e agarrou a dela. O calor cresceu entre eles, uma união impressionante mais que corpo, mas uma profunda sensação de alma. Ela suspirou, observando impotente, Cadmus se inclinar para beijá-la, seu desejo claramente visível no brilhante brilho branco do seu olhar flamejante... —Porra! Cadmus, recue, agora! — Jonas enfiou uma faixa de energia entre eles, assustando Cadmus num rugido de frustração. Saindo do que parecia ser um sonho, Ellie olhou com espanto horrorizado como Cadmus e Jonas lutavam de repente, na verdade, como guerreiros Djinn que só imaginava a partir dos muitos contos de Jonas das Batalhas Djinn. Corriam como arte cinematográfica contra o mundo alienígena em torno deles, duas formas místicas chamejando brilhante, cercados por sombra contra o céu nebuloso rosa e as gigantes folhas vermelhas das árvores. Fluxos de energia negra visivelmente se agitavam entre eles, antes da luz de Cadmus brilhar entre as bandas da Escuridão, fluindo em seu primo numa corrida dolorosa de fúria. Jonas gritou de dor, e Ellie finalmente encontrou sua inteligência. —Cadmus, pare! Está na Verdade de novo. Porra, Senhor da Terra, me escute! — Mas nada que dissesse tinha impacto, e seu poder aumentava à medida que o chão tremia sob seus pés. Raízes se concentraram e subiram da grama azul, faixas pretas de casca e madeira quebrando ao redor de Jonas com facilidade. Os feixes de luz se misturavam aos raios escuros saindo das pontas dos dedos de Cadmus atingindo Jonas com dentadas dolorosas. Podia ver a aura de seu primo pulsando com feridas enquanto tentava, sem sucesso, se afastar de Cadmus. Chocada e cada vez mais alarmada, Ellie só podia olhar com admiração horrorizada enquanto o relaxado Cadmus florescia num monstro escuro que só viu em seus pesadelos. Parecia invencível, seu incrível poder em seu escopo, empurrando através da Luz e das Trevas com uma força que não teria acreditado nele. A aura de Jonas começou a escurecer, e percebeu que era apenas uma questão de pouco tempo antes de perder a consciência, ou pior, sua vida. Cadmus não conseguia controlar a Escuridão fervendo dentro dele. E quase podia sentir Foreia implorando a ela que ajudasse, precisando que acalmasse Cadmus mais que pela atração, inegavelmente vital para sua própria alma. Respirando fundo, se colocou entre seu amante e seu primo, ofegante com dor, quando a Luz de Cadmus atravessou seu corpo queimando. Cadmus. Ela tentou o alcançar, mas não conseguiu encontrar uma brecha em sua mente fraturada. Então, de repente, abençoado alívio encheu as queimaduras doloridas dentro dela, curando as feridas invisíveis que sangravam... magia. Mágica. Reconhecendo a verdade sobre si mesma pela primeira vez, começou a acalmar, diminuindo a freqüência cardíaca quando a adrenalina começou a empurrá-la para dormir. Mas em vez de se sentir drenada, se sentiu revitalizada. Cadmus e ela permaneciam unidos, como se sua energia se fundisse. Só podia olhar para o mundo ao seu redor, vendo-o através dos olhos guarnecidos pelo poder do Storm Lord.
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Um rugido profundo trouxe seu olhar rapidamente atrás para Cadmus. Gradualmente recuperava a consciência quando sua energia acalmou a dele, subindo sobre as bandas escuras os conectando até sua própria magia se infundir dentro dele. Como um Djinn gigante, sua escuridão caia sobre eles como um cobertor reconfortante. —Ellie? Eu não... — Cadmus balançou a cabeça, seu corpo inteiro em chamas, a Luz dentro de si tentando queimar as chamas negras encerrando seu corpo, na Verdade. —Não posso pensar — respondeu asperamente. —Preciso, preciso muito... Mais uma vez ele fez uma pausa, como se tivesse o conhecimento, mas não soubese como expressar o que tinha a dizer. Mas Ellie sabia. Podia sentir o que ele precisava, e sabia o que dar a ele. Consciente que Jonas estava nas proximidades, observando tudo à sua frente em estado de choque, agarrou Cadmus pelo braço e o abraçou. Enviou um apelo mental rápido para a mãe ajudar Jonas, gratificada quando sua mãe a reconheceu imediatamente. Então, puxando da mente de Cadmus as informações que precisava, os teleportou para um local isolado no fundo de uma área arborizada distante do local de sua batalha. Aparentemente, Cadmus veio aqui muitas vezes em suas primeiras caminhadas por Foreia. Ele encontrou um local para comunhão com a terra, um lugar onde se sentia um pouco em casa no meio do seu "inimigo". Ela propositadamente ignorou essa reflexão, sabendo que não podia evitar o que pensava após sua chegada aqui. Só podia esperar que falasse a verdade quando disse que não se importava com os Djinn agora, e que não usaria sua herança contra ela. —Sei o que precisa — ela sussurrou, lentamente, puxando-o para fora de sua forma Djinn e de volta em carne e osso sólido. Acariciando seus braços, pescoço e peito, sussurrou palavras reconfortantes, promessas de união que desejava ser verdade, mas sabia que nunca aconteceria de forma real. Ainda assim, suas palavras o acalmaram mais rápido que seu toque, e logo estava tocando suas costas com mãos grandes e calejadas, a assegurando de seu retorno. Ele a puxou para ele e começou a beijá-la, empurrando sua camisa dos ombros e logo de seu corpo. Lábios e mãos acariciavam seus seios, sua barriga e abaixo, fazendo o desejo vibrar através dela como uma tempestade que se aproximava. Perdendo a sensação, só podia suspirar quando suas mãos encontraram o calor úmido entre as coxas. Num minuto estavam tateando e lutando contra suas roupas, e no próximo ele a baixou para o chão coberto de musgo, cobrindo seu corpo nu com o dele. Pressionando dentro dela, cutucou os joelhos afastados e deslizou em seu corpo, seu pênis confortavelmente encaixando dentro dela. —Cadmus — ela gemeu, se arqueando quando sua boca encontrou seu seio. Ele puxou o bico e chupou, lavando sua carne com uma boca tão quente que deixou seu corpo em chamas. Suas mãos, seu toque e sua mente começaram a aumentar seu prazer, tremores leves a fazendo estremecer quando ele impulsionou e apertou seu clitóris. Sua magia a espetou com fome sexual, uma névoa erótica rapidamente tomando cada pensamento racional até que era uma massa de sensações. —Sim, Elliara — ele respirou, a enchendo com seu eixo espesso. —Tome tudo, cada centímetro do meu pau em sua boceta apertada, molhada. Dê boas-vindas a minha mente dentro
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da sua, e ouça seu corpo almejando o que posso dar. — Ele espalmou suas nádegas, a puxando mais perto quando enfiou mais fundo no seu ventre e gemeu. —Sinta que precisa do que você é, de quem você é. O atrito era insuportável, o prazer tão intenso que ela queria gritar. Mas ele continuou, dentro e fora, seu corpo ficando mais duro e grosso enquanto deslizava através de seu calor derretido. Suas mãos grandes a puxavam para ele, a alimentando de satisfação completa e absoluta. Ela não podia aguentar mais, e quando ele aumentou a vibração em seu clitóris socando mais duro dentro dela, ela gritou e gozou, tremendo em torno dele quando finalmente convulsionou, se derramando dentro dela. O orgasmo pulsava, parecendo não ter fim, enquanto ele continuava a tremer, a enchendo com sua essência. Quando finalmente parou de se mover, ela sentiu como se cada um de seus ossos se transformasse em água. Muito saciada para se mover, mal conseguia respirar, só podia ficar lá e olhar para ele com admiração total. Este era o guerreiro que Jonas falou quando contou sobre os temidos Storm Lords. Este era o Casanova que as mulheres no bar clamavam pela oportunidade de experimentar o céu que acabava de chegar. —Não, querida — ele murmurou, se inclinando abaixo com os olhos tão escuros que pareciam negros. —Este é o homem destinado a fazê-la se desculpar por fugir dele nesta manhã. Ela revirou os olhos, muito satisfeita com seu desempenho para ficar mais que irritada com sua persistência. —Este é o homem que tem uma memória de elefante. Como pode ainda bater na mesma tecla depois do que acabamos de fazer? Ele permaneceu enterrado dentro dela, seu corpo ainda duro e pulsante do orgasmo dentro dela com uma força tremenda. —Prefiro me focar em pensar sobre como quase a machuquei mais cedo — disse ele baixo, sua expressão de pesar aberto. —Ellie, quando penso no que quase fiz a você... —Não, Cadmus. — Ela colocou dois dedos sobre os lábios. —Não foi culpa sua. Foi a Escuridão... —Deste lugar. — Ele franziu a testa, a prendendo suavemente, mas protetoramente em seus braços musculosos. —Não. — Logo que chegou às terras de Foreia, sentiu a conexão instantânea com a terra, sua energia recolhida. E o poder rodando dentro de Cadmo sentiu o mesmo. —Quando estourou na Verdade, Cadmus, a energia veio de outro lugar. Não é Foreia. E não é má. Acho que teria percebido se fosse. —Quase matei você e Jonas. Isso não é uma coisa boa, Ellie — ele disse com ironia, sua expressão sombria. —Mas não o fez. Não sei o que aconteceu, mas a única coisa que senti quando sua Luz queimou em mim era que estava desesperado de desejo. —Por você, Ellie. Você é a única que preciso. — Ele a beijou ternamente nos lábios e colocou sua testa contra a dela, fechando os olhos. —Não entendo nada disso. A Luz que me perdoe, mas não posso ignorar a verdade mais. Preciso de você, Ellie. Tudo de você. Ele começou a se mover outra vez, surpreendendo-a pela rapidez com que podia a excitar depois de tal alucinante clímax. Ela sentiu sua energia a alcançar e o abraçou, permitindo até
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mesmo o toque tentativo de sua luz. Surpreendentemente a Luz já não queimava, mas a acariciava como dedos de prazer em todos os lugares que tocava. —Cadmus, o que está fazendo comigo? — Ela sussurrou enquanto ele saia dela e a virava de barriga para baixo, a apoiando em suas mãos e joelhos. Seus membros pareciam geleia, e o apoio mental que ele emprestou era tudo que a permitia permanecer na posição vertical. —Estou amando você, Ellie. Toda você — disse ele rouco. —E dessa vez vou levar as coisas bem devagar, para te dar a perfeição que merece.
CAPÍTULO SETE Cadmus sentiu o toque fresco da carne de Ellie como o início calmo antes da tempestade. O físico precisando se conectar e oprimindo qualquer outro pensamento em sua mente. Sua beleza, a sensação de seda de sua pele dourada, muito mais suave que sua mão mais escura, o cheiro de seu amor combinado, tudo isso alimentou seu desejo, empurrando-o a cumprir suas mais sombrias fantasias. Como se Foreia abrisse totalmente os braços em saudação, Cadmus pôde sentir a energia escura da terra espiralando acima através de seus joelhos sobre a cama de musgo, o próprio ar acariciando seu corpo nu e as plantas vivas sussurrando à sua volta. Desejos e impulsos que reprimiu por tanto tempo derramavam dele como se estivesse se preparando para montar a mulher que estava esperando, desde sempre. Revestindo seu eixo na umidade combinada de sua liberação, esfregou sua dureza e pressionou no apertado ânus rosa de Ellie. Ele apertou os dentes, sabendo que zumbia com a mesma paixão que ele sentia, mas também com uma pitada de nervosismo que acariciava a excitação insuportável. Ela se encolheu contra ele, se empurrando para ele e seu pau avançou dentro dela. —Oh, Cadmus — ela respirava. Ela se acalmou, permitindo que a pequena intrusão se acomodasse antes de vagarosamente empurrar atrás novamente. —Mais. Ele se manteve congelado por um momento, seu corpo ansioso para tomar o dela, possuir o que nenhum homem nunca tocou. A corrida primitiva de conquista escorria sobre ele, a escuridão do momento estampada no desejo crescendo dentro dele. Correndo as mãos sobre as costas e ombros, se aproximou para abraçá-la, provar seus seios cheios e amassar os globos com uma urgência que alimentou a dele própria. Seus mamilos apertaram, os botões duplos marcando as palmas das mãos quando se aninhou mais dentro dela. —Ellie, amor, não me canso de você — ele sussurrou no ouvido dela e mordiscou seu lóbulo. Em seu suspiro, empurrou uma fração mais profundo, lutando contra a necessidade de mergulhar duro, senti-la completamente em torno dele. —Estar com você, te ver todos os dias e não sentir seu calor ao redor de mim, é tortura. — Desejos sombrios o montaram duro. —Preciso foder você, querida, longo e duro.
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A respiração dela aumentou, e ele gemeu, sentindo sua escuridão varrer através dele. Sua energia feminina o excitava insuportavelmente, exigindo que terminasse o que começou. Ela o puxou para seus pensamentos, as imagens deles fazendo amor, em todos os sentidos, sombras e decadência, luz e suavidade, fez seu sangue queimar. O chão tremeu sob seus pés quando estendeu a mão para apertar e acariciar seu clitóris. Quanto mais duro beliscava, mais ela empurrava atrás, se espetando sobre seu pau de aço, mesmo quando engasgou contra a intrusão. Ele não aguentava mais, e compartilhou esses sentimentos com Ellie, ficando emocionado ao descobrir que ela não podia esperar tanto. —Cadmus — ela gemeu. —Sim, querida, agora. Ele puxou e empurrou, a esticando lentamente, se obrigando a sentir a dor, mesmo que prazerosa, que ela sentia enquanto ele compartilhava seu desejo ardente. —Me empurre, querida, me deixe sentir essas paredes tremendo ao meu redor. Seus músculos tensos o apertaram, e empurrando ela realmente tornou mais fácil para ele deslizar mais profundo. Incapaz de parar, ele continuou seus golpes curtos até que estava assentado tanto dentro dela quanto podia. Sabia que ela devia estar se sentindo desconfortável, mas a intensidade de suas emoções misturadas e a constante vibração elementar contra o clitóris tinha Ellie beirando o clímax. A beleza do momento se trancou em seu coração, e Cadmus piscou longe um absurdo jorrar de lágrimas quando começou a se mover, no princípio lentamente, depois com golpes mais duros quando Ellie explodiu, gozando duro com um lamuriento grito. Gotas de suor na testa e a pressão familiar começou em seus testículos, instando-o a assumir o que precisava para preencher a mulher com ele com o que só ele podia dar a ela. E quando a energia o puxou mais profundo, se perdeu completamente. —Ellie — ele gemeu e jorrou, rasgando fora com seu orgasmo todos os pensamentos enquanto a sensação tomava conta dele. As árvores e flores imitaram seu prazer, suas flores cada vez mais brilhantes, suas folhas verdes. O musgo azul multiplicado, cobrindo três vezes a área da pequena cama que se ajoelharam. Perdido em Ellie, só podia se perguntar como levou tanto tempo para ver a verdade. Sua perfeição ressoou tão profundamente dentro de si que era como se fossem um só. Ele nunca se sentiu assim com ninguém antes. Certamente nenhuma das mulheres com quem se deitou enquanto estava na planície mundana o excitou nessas alturas. E as amantes que cortejou em Tanselm nunca pareciam querê-lo. Estavam mais que ansiosas pela cama de um príncipe, então nunca pensaram seriamente sobre ele e casamento. Cadmus era o engraçado real, o patife alegre que roubava beijos, mas nunca um coração. E enquanto estava mais do que feliz em manter uma reputação em sua juventude, quando envelheceu, se cansou de tentar mudar as mentes. Inferno, todo mundo que conhecia o tratava como o proverbial "bobo da corte." Mesmo seus irmãos tinham tendência a tratá-lo como um despreocupado irmão mais jovem, apesar do fato de nascerem quadrigêmeos. No entanto, Ellie, sua pequena magnífica loira Djinn o levou muito a sério. Ficou preso no momento que colocou os olhos nela. Mas era mais que sua beleza que manteve sua atenção. Ellie
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tinha um charme natural, inteligência e sagacidade que fazia todos ao seu redor felizes. Até os idiotas no bar constantemente a assediando recebiam rejeições suaves, mas firmes. Enquanto espécie, Ellie também era forte. A única vulnerabilidade que mostrou tinha a ver com sua família, e sabia exatamente como a família podia deixar alguém louco. Ele suspirou e a apertou com força antes de se retirar de seu corpo. Mesmo distante, podia sentir sua magia interior o atraindo, sua escuridão chamando sua luz para alcançar e tocar. Não tinha certeza se ficava muito satisfeito ou alarmado, mas achava que podia estar se apaixonando pela encantadora mulher olhando para ele com olhos azuis sonhadores. Uma onda de humor o pegou de surpresa. A merda realmente ia bater no ventilador quando Arim percebesse que Cadmus encontrou sua affai, e que não era apenas Djinn, mas filha de um dos Governantes mais poderosos das Escuridão. Se apenas Ellie fosse mais segura de si mesma, se sentiria melhor dizendo que agora aceitava a verdade. Realmente não tinha escolha no assunto. Sua alma falou para ele. Ellie Markham, Ellie al Ethim il Ruethe, era sua affai, sua companheira de destino e logo sua parceira no governo sobre a parte norte de Tanselm. Infelizmente, Cadmus tinha a sensação que dizer isso agora apenas assustaria a mulher teimosa que nunca aceitaria seu destino. Porra, Ethim e sua mãe colocaram sua filha entre eles na sua dolorosa guerra afetiva. Agora tinha que cortejar uma mulher resistente à magia e artimanhas e aos Portadores da Luz. Embora tivesse que admitir que o desafio despertava seu interesse mais que um pouco. —Por que está sorrindo assim? —Assim como? — Ele perguntou com voz rouca, se perguntando se ela podia sentir as poderosas emoções agitadas dentro de seu coração. —Como o gato que comeu o canário. Ele se apoiou sobre um cotovelo de lado e olhou para a mulher saciada, se perguntando se ela sabia o quão perto chegou com essa observação. Se não soubesse melhor, podia jurar que ela estava ronronando. —Que barulho é esse? — Seus olhos se arregalaram. —Pensei que era você. Ela balançou a cabeça. —Não. Mas agora que mencionou, estou surpresa que ouviu. É o mesmo tipo de som que ouço antes dos shows de Jonas, quando ele é educado o suficiente para me dar um pequeno aviso. —Gosta de aparecer sem ser anunciado, hein? —Às vezes. Cadmus planejava acabar com isso. Em seguida, recordando o que fez a Jonas antes, seu bom humor rapidamente desapareceu. —Merda. —Desculpe? — Ela se inclinou e olhou para suas roupas. —Vou entender esse "merda" como um desejo que tivemos para passar mais tempo juntos. Ele não pode segurar a risada que escapou. —Sou uma verdadeira dor na sua bunda, não sou? Ela corou com seu jogo de palavras. —Sim, você é, seu pervertido. — Ela rapidamente se vestiu enquanto ele preguiçosamente encontrava suas roupas. —Não posso acreditar que deixei você fazer isso comigo. 4
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—Vamos, Ellie. — Ele olhou para ela, enquanto calçava suas botas, querendo tomá-la novamente. Algo sobre ela o atraía num nível puramente visceral. —Sabe que gostou. Acho que torna o perverso perfeito para mim. Seu olhar azul o encarou risonho, e com uma pequena ponta de cautela que o deixou de repente ciente de como a machucou no passado. Não tinha como corrigir o erro, mas podia encontrar uma forma de pavimentar um futuro feliz. Rejuvenescido, sorriu com todo o seu encanto. —Santa Mãe de tudo que é Luz, mas nunca me senti tão bem como quando estou com você, Ellie. — Ele a tomou em seus braços e beijou a respiração dela. Gemendo, ele gentilmente a afastou. —E seria um tolo em não admitir como perfeitamente nossos corpos se encaixam. Você faz minha cabeça girar. — Ele fez uma pausa. —Está tudo bem, não é? Não machuquei você? —Não. — Ela corou e olhou abaixo, a timidez tão em desacordo com a mulher forte que veio a conhecer. —E tanto quanto gostaria de dizer ao seu ego para ir à merda, tenho que admitir que nunca concordaria com o que fizemos se eu... Ela parou de falar, e ele sabia que era cedo demais para ela admitir o que ele orava que estivesse começando a sentir. As ações de seu corpo diziam, como sua alegria quando se juntavam. Mas ela precisava de tempo, e cortejo, sua consciência acrescentou, para dizer o que sabia lentamente desfraldar dentro dela. Ele olhou profundamente em seus olhos, preso no anseio feroz que viu lutando no céu azul das íris olhando para ele. Ela cobriu o rosto e passou os dedos sobre o bigode dele. —Foi maravilhoso, Cadmus. É um amante muito generoso. E tem me mostrado a Luz de tantas maneiras novas e maravilhosas. Seu coração gaguejou com seu toque, e se revelou com seu elogio. Ironicamente se comparou a uma besta presa ao calcanhar de uma linda donzela. Ela o tinha bem e verdadeiramente enlaçado, e sabia que daria seu último suspiro para se certificar que ela tinha toda a felicidade que merecia. —Cadmus. — Ela lambeu os lábios. —Preciso dizer algo. —Qualquer coisa, Ellie. Sou seu. — E quis dizer com todo o coração. —É difícil para mim dizer. Como vê, acho que... Ele congelou quando uma propagação familiar os envolveu na Escuridão. —Diabos. Não agora. — Cadmus levantou um escudo protetor em torno de ambos e empurrou Ellie entre seu corpo e a enorme árvore atrás dela. Dentro de instantes sentiu a sucção da feitiçaria opressiva em sua energia. —Ellie, se concentre em seu pai e se teleporte para ele, agora. — Ele rangeu os dentes e transferiu o poder que ainda podia controlar no escudo de Ellie. Porra, mas Lexa agravou o inferno fora dele. Ele mal teve a felicidade absoluta com Ellie e agora a memória seria manchada pela Dark Mistress de Jonas. —Não vou te deixar — disse Ellie teimosamente. Porra. Não a queria em qualquer lugar perto de Lexa Van Nostren. Pelo menos Ethim protegeria Ellie do dano. Sabia que o governante Sarqua se sentia desconfortável em torno de Lexa, como ouviu alguns Djinn resmungando sobre isso na última vez que esteve em Foreia. Mas como tirar Ellie daqui? A mulher teimosa estaria, sem dúvida, morta antes de marcar seu ponto.
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—Ótimo. — Uma ideia o provocou. —Se teletransporte fora daqui e traga ajuda com você. Encontre seu pai. Mas não vamos ficar presos aqui. Rápido, antes que ela chegue. Ellie franziu a testa. —Ela? Mas que... —Ellie, vá. Não posso segurar seu escudo muito mais tempo. Finalmente percebendo a tensão em seu rosto, ela empalideceu e recuou um passo. —Certo. Mas estarei de volta. Ele assentiu, aliviado, quando ela brilhou longe. Seu pai não a deixaria retornar. E sabia que Lexa tinha contas a acertar. Deixou Jonas, seu lacaio favorito, quase em pedaços. Sem mencionar que acabava de contaminar Ellie, uma filha da Escuridão, com os prazeres carnais de um Portador da Luz grosseiro. Perfeito. Lexa, sem dúvida, já sabia de tudo. Não havia sentido em tentar burlar seu caminho fora disto. —Ah, o Senhor da Terra finalmente aprendeu a aceitar a responsabilidade. Que nobre. Pelo menos um de vocês, terríveis Portadores de Luz, finalmente tem um pingo de redenção. — Ela brilhou em forma na frente dele, os olhos azul-gelo predadores enquanto o estudavam. Usava uma túnica escura roxa abrançando seu corpo sobre as negras calças de couro e botas pretas na altura do joelho. Seu traje se misturava ao horizonte escurecido do céu de Foreia, se não fosse por sua pele quase branca, pensaria que era uma sombra entre as árvores. Ele revirou os olhos, sabendo que ia levar uma mijada. —A rainha do riso e luz, Lexa Van Nostren. Que surpresa. —Nunca terminamos nossa última lição. — Ela ignorou seu sarcasmo, e ele se esforçou para tentar com mais afinco. Era quase tão divertido como irritar Marcus. —E tanto quanto quase gosto de entreter você como Marcus, faria bem em proteger seus pensamentos do jeito que ensinei. Ou nossa próxima lição poderia deixar cicatrizes. —Ela sorriu, seus dentes brancos, seu sorriso quase selvagem. Mascarando o pavor sob seu estômago, balançou a cabeça e assumiu uma fachada estóica. Apertando seus escudos a contragosto, exortou a escuridão estranha dentro de si para proteger seus pensamentos, fortalecer sua determinação com as bandas da Luz. —Impressionante. — Ela circulou em torno dele e ele se forçou a não girar com ela. —E agora? — Perguntou ele, como se entediado. O que aconteceu em seguida o chocou como o inferno. Ela nunca o tocou, e tão rápido como um relâmpago estendeu o braço e colocou uma mão em seu rosto. Dor, do tipo que nunca sentiu antes o atingiu e manteve preso. Do seu rosto para o resto do corpo irradiava uma chama fria, queimando e lambendo sua própria alma. —Nunca, nunca esqueça quem está no comando, aqui, Cadmus. Apesar de sua razão de ser, as regras são, e sempre foram, minhas. Entendeu? Seu primeiro instinto foi discutir, lutar contra seu controle. Mas isso não salvaria Ellie, ou Tanselm. Podia sentir Lexa puxando a vida de seu corpo. Podia recuar e lutar outro dia, ou se pendurar em seu orgulho e morrer sem nenhuma boa razão. Relutantemente, consentiu. A dor desapareceu e ele caiu de joelhos, incapaz de permanecer em pé. —Ótimo. Agora que tiramos o desagradável do caminho, por que não me conta sobre a filha de Ethim, sua linda affai?
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O medo ampliou a fraqueza dentro de si, o transformando de dentro para fora. Pela fodida Chama da Luz. Como sabia que acabava de reconhecer para si mesmo? Seus olhos se estreitaram. Ele prometeu a si mesmo proteger Ellie do perigo. Se tivesse que morrer para garantir sua segurança, que assim fosse. —Se pensar em se enroscar com Ellie, vou matar você. — A raiva lhe dava força, e ficou parado, olhando para ela com o desejo de realmente fazer dano. —Certamente tentaria, tenho certeza. — Ela riu levemente, o som encantador fazendo-o piscar em confusão. Para alguém tão escuro, tão aparentemente mal, Lexa podia ser extremamente sedutora. Com certeza agora parecia uma jovem mulher inocente, bonita no rosto e forma. Embora fosse quase pequena, seu corpo tinha curvas em todos os lugares. Seu longo cabelo negro acentuava a palidez de sua pele, e a surpreendentemente luz nos olhos azuis encantava. Uma boca tão doce... Ellie, de repente veio à sua cabeça, limpando o torpor erótico. Lexa sorriu, rindo dele, como se soubesse o que de repente desejava. A bruxa! Tentando desviá-lo de sua affai. Fodidos Dark Lords. Puxando uma respiração profunda, se forçou a sorrir, seus escudos interiores apertados. —Porra, Lexa, se soubesse o quanto quer um homem, traria meu tio comigo. Ele só adivinhava que ela e Arim estiveram envolvidos antes, mas pelo olhar aflito em seu rosto, agora sabia que tinha razão. Ela rapidamente mascarou sua dor, no entanto, e ele realmente sentiu uma pitada de remorso por tê-la ferido. E o quanto isso era estranho? —Muito bom, Cadmus. Como Arim, tem uma habilidade instintiva para perfurar o oponente no ponto mais fraco. Surpreso ao ouvi-la admitir qualquer vulnerabilidade, Cadmus percebeu que sua pequena vitória picava mais do que deveria. Suas interações com Lexa, nessa altura, sempre a colocavam no papel de ultra-poderosa vilã, uma adversária forte e esperta e não confiável. Mas tão imóvel diante dele, viu nela uma mulher que foi ferida no passado. Imagens de Lexa e Arim rindo e segurando as mãos, seu beijo compartilhado e o poço profundo do amor. Piscadas de inocência, o vínculo eterno do amor jovem antes da inocência ser dilacerada. E então o corpo de uma mulher, coberto de sangue, a garganta cortada, suas entranhas cobrindo um chão de pedra. Mais corpos, um de homem, e pior, uma criança, negou as alegrias que a vida fornecia. O horror de Lexa, a raiva de Arim. Palavras duras e coração processando a dor... Anos passando... o amanhã chegando... —Nunca realmente me conheceu. —Os olhos de Lexa brilharam. —E nunca o fará. Ela perfurou o ombro de Arim com um raio de chama azul enquanto lutavam contra o escuro céu estrelado de Tanselm. No topo leste do castelo norte do muro, Lexa dançava e corria com o vento, a energia escura fervendo prendendo Arim numa ligação tão forte que sua essência começou a se misturar com a noite. Arim rolou os olhos, e por um momento Cadmus temeu vê-lo morto. Em seguida, na próxima respiração, 'Sin Garu apareceu envolto em sorrisos, seus dentes caninos afiados, seu loiro branco cabelo acenando em meio à tempestade fermentando. —Minha irmã, talvez estivesse errado sobre você. Lexa apenas olhou para seu irmão, seus traços na sombra enquanto as nuvens de repente cobriam a lua. —Está atrasado. 4
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—Ah, mas trouxe algum entretenimento. Ele puxou uma corda e de repente apareceram três espectros, criaturas semelhantes às que Cadmus e Jonas lutaram no apartamento de Ellie. As criaturas faziam algo entre eles. —Arim, acorde. Gostaria que visse como o Escuro engole seu mais querido prêmio. Em seus braços estava Cadmus, sangue cobrindo seu corpo. —Deixe-o ir. — Ellie ordenou numa voz profunda atrás deles. O cabelo dela brilhava como a luz que piscava na Verdade. E através de seu olhar, o olhar fixo de Arim brilhava com fúria... Merda. Cadmus estava com as mãos cheias lidando com Lexa. Realmente não precisava de uma visão agora. Dolorosas lembranças de seu passado se misturavam com uma imagem confusa do futuro, aquele em que 'Sin Garu juntava forças com Lexa? A cabeça de Cadmus pulsava enquanto o medo e a pressão guerreavam pelo domínio, e tentou se concentrar no aqui e agora. —Cadmus? — Lexa o fitou com preocupação. —O que é isso? O que viu? Ele rangeu os dentes e apertou o cabelo nas têmporas, pego de surpresa por esta inesperada visão indesejada. —Uma morte de Sangue, sem sentido, você e meu tio, mas muitos, muitos anos atrás. — Ele tentou vê-la em meio às lágrimas de dor, mas não conseguia ver mais que sua imagem borrada. Limpando a reação de seu corpo pela enxaqueca, se sacudiu, recuando instintivamente quando ela estendeu a mão para ele. —Devagar — ela murmurou e tocou sua testa. Em vez da dor que veio a associar com Lexa, alívio suave levou sua enxaqueca, fornecendo uma força e coragem que sentiu falta nos últimos tempos. —Agora me diga novamente o que viu. Ele repetiu sua visão, até os quadros mais recentes. Na sua pausa, ela franziu a testa. —Continue. —E então, Dark Mistress, vi você ferir e preparar meu tio para a tortura e divertimento de seu querido irmão, 'Sin Garu. A reação dela o surpreendeu. Uma ponta de medo dançou em seus olhos antes da raiva assumir posição dominante. —Vá em frente. —Eu estava perto da morte nas garras de suas novas criaturas fantasmas. —Seus wraintu. Uma combinação de fantasma e Forli, do Shadren mais vicioso e um primo do Nocumat. Nocumat. Ele entendeu. Isso explicava como um dos híbridos foi capaz de lançar um Nocumat para ele de dentro de seu ser. —Sim, bem, a próxima coisa que sei, é que Ellie está rosnando um aviso para o Dark Lord, e não ela mesma. —Qual o significado? —Não sei. Ela é Ellie, mas juro que Arim estava olhando para mim através de seus olhos. —No entanto, me viu prendê-lo, me viu feri-lo. —Sim. — Ele olhou para ela. Apesar de sua professada "ajuda" no combate a ‘Sin Garu, havia também muito sobre Lexa que era confuso e, diabos, o preocupava muito. Sua verdadeira natureza da Escuridão impedia a confiança, e as visões que teve o fez duplamente cauteloso com os intrigantes olhos azuis. Metade do tempo era um exercício de energia simplesmente manter seu juízo. Quem sabia o que ela o fazia pensar e sentir, especialmente quando enfraquecia sua resistência? 4
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O que fazia sua recente cura questionável. —Não sou o monstro que me faz ser — ela disse baixinho, um sorriso em seus lábios cheios, vermelhos. —E agradeço por essa sessão mais informativa. Ela parecia satisfeita com seu relato, e só podia imaginar que gostava da ideia da dor de Arim. Irritado, abriu a boca para uma réplica cáustica e se viu incapaz de falar, e, em seguida, incapaz de se mover. —Não, não diga nada. Não estrague este momento incrivelmente agradável para mim, Cadmus. — Com um sorriso, ficou na ponta dos pés e o beijou na boca, uma união fria dos lábios que deixou seu sangue em fogo. Enfurecido que ela pudesse fazê-lo sentir quando seu coração claramente pertencia a Ellie, lutou contra sua magia e para sua surpresa, começou a se mover. —Oh, Cadmus, é tão parecido com Arim. — Ela riu. —Bonito, forte, e agravante ao extremo. Não se preocupe, Senhor da Terra, ela ainda está esperando por você do outro lado da floresta. Mas receio que terá que enfrentar o Sarqua em seu próprio país. E o temperamento de Ethim deixa muito a desejae. Basta perguntar a Amanda. Ela desapareceu, liberando Cadmus para se mover e falar. —Filha da puta! —Bem, bem, bem, — um guerreiro Djinn que Cadmus sabia ser Remir falou diretamente atrás dele. Antes que Cadmus pudesse se contrair, uma dúzia de Djinn o rodeava. —Ethim quer uma palavra — Remir disse numa voz profunda e ameaçadora. Porra. De todos os Djinn, Cadmus deu a Remir a maioria dos problemas antes que Jonas o arrancasse de Foreia. —Mas não antes de acertarmos algumas coisas, considerando que perdemos nossa chance antes que partisse da última vez. — Remir sorriu, seus olhos completamente escuros. Três Djinn apareceram de repente e impediram Cadmus de se mover. Um passo à frente, Remir envolveu suas mãos em torno dos pulsos de Cadmus e riu. Faixas escuras de energia rastejaram de seus dedos na pele de Cadmus. O Escuro queimava com frio, e Cadmus lutou contra o impulso de explodir Remir através das árvores. Seria ferido, mas isso poderia ser feito. Mas Cadmus sabia que merecia algum retorno, se não pelo que fez a esses guerreiros antes, então pelo que quase fez a Jonas, seu líder e amigo, seu irmão. Ele suspirou e sacudiu o cabelo de seus olhos. —Vá em frente, Remir. Provavelmente mereço. — Ele sorriu, sabendo que não era inteligente, mas foi incapaz de evitar. —Mas não seja muito duro comigo. Lexa acabou de beijar esses lábios, e todos sabemos como a senhora é decididamente exigente. Furiosos por sua Dark Mistress tocar um Portador de Luz, ou por Cadmus falar com tal desrespeito de uma mulher que Sarqua aparentemente mais valorizava que a própria vida, Remir e seus irmãos se aproximaram de Cadmus. Dentro de momentos Cadmus apagou, grato que Remir se apiedou dele com um soco apertado na mandíbula antes que golpeassem seu corpo inteiro.
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CAPÍTULO OITO Ellie se sentiu frenética de preocupação quando o pai se recusou a ir em ajuda a Cadmus. —Ele vai ficar bem, Elliara. Ela quer uma palavra com ele, isso é tudo. O que diabos era isso que todos pareciam adiar? Suas perguntas caíram em ouvidos moucos, e num piscar de olhos seu pai a enfeitiçou a poucos metros dele e de sua mãe, eliminando sua tentativa de resgatar Cadmo por si mesma. Droga. —Agora, para minha casa. — Ethim os teleportou para uma construção de madeira muito parecida com uma grande casa da árvore. Toras retorcidas faziam as paredes da sala principal e os levou para a sala de jantar. O teto parecia consistir de vigas de madeira cruzados, mais suaves que as paredes, que emolduravam uma série de clarabóias maciças. Em contraste com a simplicidade natural do lugar, a casa de seus pais cantarolava com magia, desde o espumante piso de mármore até o teto infinito transparente. Uma serva Djinn assentiu com um sorriso e entregou ao pai um vidro, e os três sentaram à mesa de jantar enorme de mármore. —Relaxe, querida. — A mãe acariciou seus cabelos, sua cor a única semelhança que compartilhava com a filha. —Se seu pai diz que Cadmus vai ficar bem, ele vai. Além disso, gosto dele. E não gosto de muitos do tipo de seu pai. Ethim praticamente cuspiu o vinho que bebia. —Meu tipo? Por favor, Amanda. Cadmus Storm é um Portador da Luz, uma dessas santas pragas temidas que pensam que são superiores a todos e tudo. Ellie franziu a testa. —Ele não é assim. A mulher que servia voltou com uma pequena bandeja de frutas e assentiu. —Ela está certa, Sarqua. O Storm Lord é o contrário do que esperava de um Portador da Luz. Achei-o agradável, mesmo bem-humorado em nossa conversa. —Quem te perguntou, Mera? — Ele resmungou. De acordo com muitos dos contos de Jonas, apesar do título de Ethim como O Sarqua, líder do clã Sarqua, seu povo não se curvava ou rebaixava a ele. Mostravam seu respeito e obedeciam suas ordens, mas nada mais. Na verdade, Ellie achava suas contradições fascinantes. Achava difícil acreditar que um rei pudesse ter funcionários que falassem abertamente suas ideias e sem medo de represálias. Então as palavras de Mera penetraram, e Ellie deu uma boa olhada na mulher que servia. Mera tinha longos cabelos negros, olhos âmbar e as curvas de uma coelhinha da Playboy no calor. Que tipo de inferno de "conversa" ela e Cadmus compartilharam, exatamente? —Concordo com Mera — Amanda disse, balançando feliz a cabeça pelo vinho que Mera entregou. —Cadmus me caiu bem. Ethim olhou. —Por que diabos ele te caiu bem? — Ciúme, de seu pai? —Ora, Ethim. Sabe que é o único homem para mim. Só queria que estivesse em casa com mais frequência. Ellie olhou em choque para a expressão acolhedora de sua mãe. Quem era esta mulher representando minha mãe? —Já tivemos essa discussão. E considerando que aceitei no último ano passado, diria que está certa de onde pertence, Mandy. — Seu pai a olhou com satisfação presunçosa, e Ellie deu um olhar mais atento para seus pais. Usando os sentidos que pareciam estar cada vez mais fortes
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quanto mais tempo ficava em Foreia, facilmente observou os laços de união da energia escura de seu pai, segurando firmemente sua mãe. E as estranhas bandas de assinatura roxas de energia sua mãe atraía e trancava seu pai ansioso. —Vocês dois estão me confundindo como o inferno — ela murmurou, fixa sobre o poder do florescente desejo diante dela. —Pensei que fosse amor/ódio essa coisa acontecendo, mas parece mais como luxúria/ódio, e, francamente, é muito mais que quero saber. —Oh, querida. — A mãe corou. —Ethim, acho que é tempo de explicar algumas coisas. —Não, não. — Ele fez uma careta. —Toda essa animosidade e incompreensão ocorreu devido a uma promessa que me obrigou a fazer. Você conserta. — Sem olhar para ela, se virou para Mera, que permanecia pairando no fundo. —E nem uma palavra sua. Fungando, ela serviu Ellie de um copo de vinho e saiu da sala. —Tanto quanto quero saber o que os dois estão falando, gostaria de ver Cadmus seguro e saudável novamente. Jonas entrou facilmente através de uma porta de entrada para a sala de jantar, tirando de Ellie outra preocupação. —Jonas. — Se apressando para ele, cuidadosamente o inspecionou antes de dar um abraço enorme. —Estou tão feliz que está bem. Ethim assentiu, alívio e uma pergunta em seus olhos. —Sim, bem, vai precisar de mais de um Storm Lord com ciúmes para me derrubar. E não se preocupe, Remir está trazendo o Storm Lord. Aparentemente, ela concluiu seu encontro. —Quem diabos é “ela”? — Ellie morria para saber, mas as palavras seguintes de Jonas a deixaram fria. —Fiquei atordoado por um bom tempo após Cadmus me eletrocutar e você brilhar longe com ele. O que estiveram fazendo todo esse tempo? — Ele estreitou seu olhar. —Não pense que não vamos falar sobre isso, Elliara. — Droga, odiava quando ele a chamava assim. E tinham que discutir isso na frente de seus pais? —Ethim deve saber... —Quando não se envolver na vida amorosa de sua filha. — Amanda franziu a testa. —Agora, Jonas, entrou bem no meio da nossa confusa história familiar que eu ia tentar explicar. — Seu rosto se iluminou. —A menos que prefira...? —Claro que não. — Jonas parecia ter engolido um limão. —Mas não me deixe impedi-la de dizer à sua filha a idiota que foi. — Ao olhar raivoso de Amanda, encolheu os ombros. —Certo, uma bela idiota com um coração grande, mas uma idiota mesmo assim. Ellie só podia olhar com espanto para a evidência de algum grande desentendimento que nunca antes soube existir. Oh, com certeza, sua mãe e seu pai tinham uma relação estranha, mas sempre atribuíu seus problemas aos seus estilos de vida diferentes. Havia mais? —Muito mais —admitiu sua mãe, a lendo facilmente. Rapidamente bloqueando os pensamentos que não queria que sua mãe soubesse, ou seja, aqueles de Cadmus Storm, Ellie balançou a cabeça e encorajou sua mãe a continuar. —Tudo começou depois que me casei com seu pai há vários anos. —Tente 67 — seu pai murmurou. —Sessenta e sete? — Ellie olhou para sua mãe em choque. —Sei que Ethim é mais velho que o pó, mas você é humana. Como eu! —Ah, na verdade, não. Quero dizer, sim, somos humanas. Mas minhas habilidades psíquicas me permitiram um vínculo com Foreia durante algum tempo. E já que envelhecem muito mais
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lentamente aqui do que em casa, e com os feitiços de seu pai, bem, poderia ter mentido sobre minha idade. —E sobre o que mais? — Jonas estimulou. Sua mãe o olhou. —Cale-se. Se não tivesse interferido todos esses anos atrás, isso nunca teria acontecido, em primeiro lugar. —Eu? —Oh, vamos lá, Mandy, — seu pai a interrompeu. —Shara era a irmã prometida de Jonas. Não foi sua culpa que ficou apaixonada. —Pare todo mundo. — Ellie se levantou, seus braços cruzados, e olhou sua família em silêncio. —Desde que me lembro, meus pais passaram tão pouco tempo quanto possível juntos. — Ela olhou para seu pai. —Ethim nos visitava por breves períodos de tempo, passando por cima da mamãe, a subornando com presentes e, o céu me ajude, sexo, e depois desaparecia. — Ela se virou para franzir a testa para a mãe. —Me disse para ignorar suas ausências e focar no quanto era especial as vezes que ele e eu passamos juntos, que era único, um grande feiticeiro de outro lugar. Bem, eu o odiava. — Fúria irrompeu, a raiva que não percebeu que carregava há tanto tempo que se recusava a ser contida. Ela leu o choque dos rostos, a satisfação ímpar em Jonas ao olhar para seus pais, mas não conseguiu parar. —E odiava como facilmente mamãe caiu na conversa de Ethim uma e outra vez. Odiava quando nos visitava, Ethim, porque por um curto período de tempo éramos uma família real. Mas todos os seus truques de magia e presentes não podiam disfarçar o fato que tinha outra vida, mais importante que sua esposa e filha. Ethim respirou fundo. —Agora espere um minuto... —E você, mamãe. — Ellie parecia um rolo. —Deixava ele passar por cima de você. E quanto a mim? Sobre o que eu precisava? Nunca pediu que viesse aos meus jogos de futebol, leituras de poesia. Só o encobria e se recusava a responder às minhas perguntas. Acha que não sentia sua amargura sempre que a palavra “Djinn” surgia? Quem acha que me ensinou a odiar tanto os Djinn? Somos humanas, eles não são. —Muito obrigado — Jonas murmurou, estremecendo de raiva ela se voltou contra ele. —E não pense que está fora disso. Poderia ser um pouco normal se não estivesse sempre mostrando, e até me ensinando coisas que Mamãe dizia para não prestar qualquer atenção. Não é normal para uma garota brincar com sombras, sombras reais, mãe. Jonas costumava separá-las da parede para brincar enquanto me ensinava sobre Foreia e Aelle. —Jonas. — Amanda o olhou em estado de choque, menos pela revelação que pela purgação de Ellie. Jonas se mexeu. —Bem, inferno, Mandy. A menina tinha tanta magia Djinn em si que é uma maravilha não se enviar a Foreia por acidente pelo menos uma vez em sua infância. Ellie ficou em silêncio, não querendo perturbar o humor agora que tinha abalado todos. Não havia necessidade de mencionar que acidentalmente se transportou lá várias vezes quando jovem, embora na época se convenceu que estava sonhando. Mas depois de sua visita hoje, sabia que estava muito mais que acordada. —E Ethim — Jonas continuou. —Deveria ter explicado as coisas para ela, como eu disse, em vez de deixar tudo no colo de Mandy. Mandy não estava em estado de espírito para falar com seu 4
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bebê, não depois do que pensou ter visto. Não é à toa que estava chateada, pegar você e Shara.... — Ele olhou para Ellie, então suspirou. —Mandy, conte tudo. Sua mãe mordeu o lábio e as lágrimas se juntaram em seus olhos. —Não me odeie, Ellie. Foi há tanto tempo atrás, e não pode saber o que é estar tão apaixonada por alguém, ser tão vulnerável e com medo do futuro. Imagine o quanto difícil seria se encontrar apaixonado por um rei e ser apenas um humilde ninguém. —Mandy — seu pai disse suavemente, se esticando para segurar a mão de sua mãe. —Sabe que vale mais que 10 de mim, em qualquer dia da semana. Ellie assistia tudo, entendendo mais que sua mãe pensava. —Eu era jovem e tola. Todas as histórias tristes começam dessa forma, não é? O simples fato da questão é que não confiava em mim mesma e, portanto, não podia confiar em seu pai. O encontrei beijando uma estúpida mulher Djinn — anos atrás e me recusei a ouvir sua explicação. Não ajudou que ela insistisse que o seduziu, chegando a me contar tudo sobre seus talentos na cama e, ah, uma tonelada de outros detalhes que tornaram difícil acreditar em sua inocência. —Mandy! Nunca me disse isso! — Ethim parecia chocado. —Não queria voltar nisso novamente. Senti-me tão idiota por me apaixonar por você, um homem com tanto talento e capacidade muito além de um mero ser humano. —Mãe. — Ellie não podia deixar de estender a mão. — Não há nada de “simples” sobre você. Pode ler mentes, pelo amor do senhor. —E você roubou meu coração. — Ethim deu um beijo na mão de Mandy, apertando o punho firmemente no dele. Mandy fungou, sorrindo tremulamente. —Sinto muito, Ellie. Queria que fôssemos uma família real, mas estava tão magoada por seu pai, pelo que pensei que ele fez. Deixei Foreia e jurei nunca mais levá-la lá até que tivesse idade suficiente para tomar suas próprias decisões. Ellie levantou uma sobrancelha. —Mãe, tenho 28 anos. Exatamente quantos anos deveria ter antes que me contasse tudo isso? Mandy corou. —Eu sei, eu sei. É que parecia tão feliz em Seattle. Tinha um futuro promissor, quase um grau de Mestrado, Mandy. E era tão popular. Tão bonita e inteligente, e tão segura. —Acho que entendo, mamãe. Mas isso ainda não explica por que ele não poderia ter aparecido mais de uma vez ou duas vezes por ano. — Ela não podia evitar o ressentimento ainda remanescente no fundo. —Fiz seu pai prometer que ficaria longe, para que você não fosse tentada a se juntar a ele em Foreia. Queria que tivesse uma vida normal, longe da magia e perigo. Queria que ficasse forte, não como eu. —Mãe, você o fez ficar longe? — Todos os anos culpou o pai por abandono, de não querer vê-la porque não se importava o suficiente para sequer a visitar no seu aniversário? E a culpa foi de sua mãe? —Não culpe Mandy, querida — o pai disse calmamente. —Não gostei, mas vi a sabedoria de me manter a distância. Os Djinns são escuros, Ellie. Sabe disso. E como Sarqua, minha vida está cheia de perigo. — Ele fez uma careta para Jonas, que se contorcia na cadeira. —Na verdade, se alguém me consultasse antes de sua visita aqui agora, eu teria negado acesso. —Não tivemos escolha — se defendeu Jonas.
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—Não, não tivemos — Mandy concordou. —Pude sentir, olhando para Cadmus, que precisavamos deixar nosso mundo de uma só vez. Um de nós teria morrido se ficassemos. Ethim empalideceu e limpou a garganta. —Seja como for, o ponto é que a vida é cheia de perigos, eu sei, mas minha vida tem mais que sua parte. Minha magia, no entanto, me dá uma vantagem. E Ellie, sem aceitar sua escuridão, sempre será vulnerável a ataques. Ellie ficou em silêncio. Tinha muito coisa para processar agora. A culpa, preocupação, raiva a consumia. Tratou seu pai de forma errada, permitiu que as preocupações de sua mãe colorissem sua atitude e sofreu em seus relacionamentos por causa disso. No entanto, Cadmus era o que precisava agora, o único homem, a relação em que ela não falhou. Levantou, decidida a falar com ele, se nada mais. Ele tinha um ponto de vista objetivo, algo que precisava muito agora. —Ellie — disse Mandy. —Deixe-a ir. — Ethim impediu sua esposa de levantar. —Dê a ela algum espaço. — Ele balançou a cabeça para Jonas. Ellie o ignorou e deixou o prédio atrás enquanto caminhava na direção de dois guardas que viu anteriormente. —Gostaria de ver Cadmus Storm. Eles olharam um para o outro, então por cima do ombro em questão. Ela olhou atrás para ver Jonas seguindo seus passos. A irritação piscou. —Agora é meu cão de guarda? Ele a ignorou. —Traga Cadmus para o pavilhão. —Mas Jonas... — um dos guardas parou. Ele balançou a cabeça para o outro. —Leve-a para o pavilhão. Ellie, estarei com você em breve, com Cadmus. Ele parou de falar com o outro guarda, uma carranca crescendo em seu rosto. Então desapareceu, brilhando para Deus sabia onde. Ellie andava desanimada atrás do grande Djinn a levando para a floresta. A passagem dos pés criaram o caminho que seguiam e a folhagem ao redor deles foi cortada atrás de modo a não ser intrusiva. Como inferno podia a mãe ter mentido para ela por tantos anos? E não foi tanto que mentiu. Ellie compreendida bem a dor da traição do coração. Apenas uma amarra com Cadmus e queria se esconder no escuro para sempre. O que enfrentava pelo amor contínuo que sentia por ele era tão assustador. Não, o que incomodava mais Ellie eram os terríveis pensamentos e sentimentos que atribuíu a um pai que, ao que parecia, não queria ficar com ela. Quem sabia melhor do que ela como as aparências enganam? Ethim tinha, de fato, mantido firme a promessa de sua mãe, de tornar a vida de Ellie melhor, mais segura, e assim manteve sua distância. —Ótimo, agora sinto culpa por um pai ausente acima do desejo de um homem que não posso ter. E estou chateada com minha mãe, uma mulher que não poderia machucar uma mosca. Só estou rebatendo a mil hoje. O guarda na frente dela olhou para trás. —Está bem? —Tudo bem. — Ela se sentia muito desorientada para se preocupar se a ouviu falar ou mesmo a compreendeu. Como sua vida sadia de repente degenerou para isso?
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Como se essa montanha-russa emocional não bastasse, uma sensação de queimação a mantinha distraída. Foreia continuava chamando em outro nível que Ellie sabia que devia responder. No entanto, não podia. Não planejava ficar por aqui muito tempo. Em poucos dias voltaria para Seattle. E se atendesse a chamada de Foreia, provavelmente poderia beijar a normalidade em adeus. Inferno, alguns dias com Cadmus e estava sentindo a queimadura do sol em casa. Um beijo de magia negra aqui e provavelmente começaria a gravar na Verdade. Chegaram a uma área de repente iluminada pelo luar, e Ellie não pode evitar respirar a incrível beleza à sua frente. Ao redor do pavilhão — um gazebo cor de rosa de madeira — estavam aglomerados mais flores de cheiro doces que já teve o prazer de inalar. —Cítia. — O Djinn diante dela resmungou. —Cresce como um incêndio aqui fora. Ele se postou junto à borda da pequena clareira e acenou para que continuasse dentro. Não conseguia parar de olhar. Artesanato intrincado criou o pavilhão. Esculturas de animais silvestres misturados com flores na madeira que cheirava levemente a lilás de rosas. A Cítia tornava difícil distinguir cheiros, e a doçura no ar a deixou quase tonta de alegria. Apesar dos segredos de seus pais, Ellie se sentia estranhamente em paz na serenidade tranquila do gazebo. Ela entrou pela entrada escura e piscou quando a luz atingiu seus olhos. Atordoada, olhou a chama dançando pendurada suspensa no ar, se perguntando como não viu a luz lá fora. Recuando para fora não viu nada além de escuridão. Devia ser mágica. O pensamento a maravilhou, e quando entrou no gazebo novamente, olhou em volta, mais que curiosa. Bancos revestiam as paredes à altura da cintura octogonal do local, que apoiava a estrutura, além de duas portas. Através das janelas podia ver grupos de Cítia longe, e logo depois da saída, longe do pavilhão, notou uma grande piscina refletindo a luz do luar. No centro do pavilhão estava uma alta mesa preenchida com tabuleiros carregados com alimentos e bebidas. Aparentemente, Jonas estava tentando compensar seu choque a alimentando até a morte. Um pequeno sorriso voltou à sua boca enquanto percebia que Jonas se importava tanto com ela como faziam seus pais. E por que não, considerando que esteve ao seu lado desde o primeiro dia? Embora seu pai nunca a visitasse, Jonas sempre o fazia. Presentes e truques, e lições especiais de magia sem que sua mãe soubesse de nada a respeito. Agarrando uma taça de cerâmica da mesa, ela olhou para o copo e observou o que parecia ser água. A bebida cheirava a algo doce, e o gosto era um cruzamento entre refrigerante de framboesa e limonada. Sentando, bebeu e ponderou como sua vida seria se seu pai fosse alguém normal, alguém humano. Em seguida suspirou, percebendo que se fosse o caso, nunca encontraria o Storm Lord insuportável que mesmo agora a incomodava. Ela enviou um breve "Olá", mas franziu a testa quando não o sentiu em nenhum lugar. —Onde está você, Cadmus? *** Cadmus gemeu quando Remir o jogou no chão na cela pequena, triste. —Era necessário usar tanta força em alguém tão leve como eu? — Ele não disse muito mais, apalpando sua mandíbula quebrada. Através dos olhos inchados viu a carranca de Remir.
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—Para alguém que derrubou quase toda a minha linha poucos meses atrás, não se colocou muito numa noite de luta. Decepcionante para um Storm Lord. Cadmus tinha bastante espírito para protestar pelo temperamento do Djinn. —Não muito — ele murmurou. —Só pensei que seria mais esportivo se da próxima vez que me emaranhasse com você e seus lekharns estivesse meio morto. Dessa forma, teria melhores chances de realmente ganhar. Claro, vou esperar pelo menos uma dúzia de vocês. Nós dois sabemos que um a um, nunca vencerá. Remir simplesmente olhou para ele, então riu e balançou a cabeça. —Realmente é um imbecil. Engraçado, mas um imbecil. Jonas estava certo. —Sobre o quê? — Jonas perguntou, aparecendo do nada. Olhou para Cadmus e xingou. —Merda, Remir. Que diabos fez com ele? Remir balançou a cabeça. —Ei, não olhe para mim. Se ele aprendesse a calar a boca de vez em quando, não ficaria tão feio. E os insultos à irmã de Ankard não ajudaram. —Inferno, era realmente uma mulher? — Cadmus engasgou. —Vê? — Remir murmurou baixinho e deixou o comando para Jonas. —Você é um príncipe — murmurou Jonas, ajudando Cadmus a sentar numa cama perto com mãos suaves. Cadmus reprimiu uma maldição quando a dor excruciante no seu lado aumentou. —Sim, parece que Dialan quebrou algumas de suas costelas. Será que o cabelo longo e seios não deram a você uma pista? —Seios? Pensei que era armadura de batalha. — Cadmus riu e gemeu. —Vou ter que pedir desculpas depois. Mas, honestamente, pensei que todos os Djinn fossem bonitos. Jonas tossiu. —Bonitos? Muito obrigado. Mas Dialan não é toda Djinn. Sua mãe era... —Não me diga, um ogro. —Conhece os Shadren. Então me diga por que tomou essa surra quando ambos sabemos que poderia ter evitado isso. Cadmus fechou os olhos. Realmente não gostava de pedir desculpas, especialmente para um burro inteligente como Jonas, mas sabia que devia isso ao homem que salvou sua vida em mais de uma ocasião. —Sinto muito sobre o que aconteceu antes. —Desculpe, o quê? — Jonas se aproximou, e Cadmus rangeu os dentes. O maldito Djinn podia ouvir como um morcego. Sabia o que Cadmus acabava de dizer. —Disse que sinto muito por quase iluminar o escuro fora de você — ele rosnou. —Tão gracioso. Então imagino que agora tem total controle sobre suas habilidades das Trevas? —Que diabos está falando? —Só pediu desculpas por tentar me matar. Estou assumindo, então, que o ataque foi intencional. —Claro que não. Não tenho nenhuma ideia de como continuo estourando na Verdade. Sou um Portador de Luz, Jonas, com ênfase na “Luz”. É muito estranho, e não menos desconcertante, continuar explodindo em chamas das Trevas. Jonas o olhou. —Isso já aconteceu antes?
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Deixando escapar um suspiro, Cadmus o colocoua par de suas angústias. —Alguns meses atrás, quando estávamos lutando contra o Nocumat e você estava lutando com 'Sin Garu. Então, novamente, na casa de Ellie. —Com Ellie? Por quê? O que aconteceu ali antes de você progressivamte entrar na Verdade? Cadmus soltou, esperando que a iluminação neste lugar sombrio fosse pobre o suficiente para esconder seu constrangimento. —Na época estava pensando em você e ela, sobre como se chamavam de primos, mas sei muito bem que você não é. Você é proprietário demais ao seu redor, em detrimento da sua própria saúde — acrescentou a ameaça maliciosa. Jonas o olhou, espantado, e depois começou a rir. —Cadmus, você é uma coisa. Está aqui deitado pela morte requentada, e tem o desplante de me ameaçar, um Djinn cheio de sangue, sobre uma mulher que acha que quero para mim mesmo? Incrível. — Ele riu. —Cadmus, Ellie realmente é minha prima. Há várias gerações, mas Ethim e eu compartilhamos o mesmo avô. Mas quanto à sua explosão na Verdade.... —Você e Ellie compartilham uma conexão muito rara na vida. Tentei negar. Inferno, tentei conversar com ela sobre isso, mas a maldita mulher é tão teimosa quanto o pai dela. Não vai discutir você, e na verdade quer falar com você agora. —Está apaixonado, estúpido Portador da Luz. Apenas um vínculo tão forte poderia puxar o poder de Ellie para você, estimulando sua própria escuridão inerte, permitindo a ela suportar sua luz. Odeio-me por perguntar isso, mas vocês dois, ah, fizeram amor? Cadmus sorriu. —Filho da puta — murmurou Jonas. —Sabia. — Ele puxou uma respiração profunda. —A sexualidade Djinn é um laço que une, Cadmus. Obviamente a ama ou nunca exibiria tal escuridão, muitas da qual, estou feliz em dizer, é sua mesma. A energia escura funciona pelo toque, aumentando e se alimentando de si mesma. A conexão sexual de um Djinn aumenta seu poder, e o liga ao seu parceiro ou parceira com laços emocionais que são normalmente mais escuros na natureza. O sexo é uma força escura, uma que vocês Portadores da Luz nunca serão capazes de aproveitar plenamente, enquanto se recusarem a procurar o equilíbrio dentro de si mesmos. Para um Djinn, nenhum prazer é proibido desde que ambas as partes assim o desejem. Cadmus não podia deixar de lembrar como tomou duramente Ellie, e sabia que estava apenas arranhando a superfície de seus prazeres juntos. —Pare com isso. O que quer que esteja passando pela cabeça de vocês, parem com isso agora. Essa menina é como minha própria irmã. Um riso rouco balançou Cadmus. —Achei que disse que os Djinn adoram sexo? —O fazemos. Mas visões de sua bunda gorda branca estão me dando enjoo. — Jonas bufou em desgosto, despertando o riso mais doloroso de Cadmus. —Por outro lado, Ellie teve um mau momento de... —O que aconteceu? — Cadmus tentou levantar, mas teve que se agarrar em Jonas para não cair de cara no chão. —Ela está bem? —Calma, Cadmus. Ela está bem, fisicamente. Mas teve um confronto com os pais que a abalou. — Ele brevemente retransmitiu o que foi dito, apertando o ombro de Cadmus, quando ele tentou se levantar novamente. —Ela quer vê-lo.
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—Mas não desse jeito. Pode chamar Lexa aqui e fazê-la me curar? Jonas piscou. —Como sabe que ela pode fazer isso? —Depois de quase me matar antes, ela me curou. —Já reparou que todos, depois de cinco minutos que o conhecem, querem te matar? —Só você, os Djinn e os Dark Lords. E talvez alguns Storm Lords, num dia ruim. Jonas balançou a cabeça. —Espere aqui. — Ele desapareceu. Como se fosse a algum lugar? E me chama de idiota. Jonas voltou momentos depois, uma Lexa satisfeita a reboque. A mulher estava positivamente radiante, e Cadmus não pode deixar de vacilar enquanto ela se aproximava. Ela podia curar, sim, mas lembrava de seu toque doloroso muito claramente. —Relaxe, Cadmus. Quero que console sua affai. E não pode fazer isso se parecer como... isso. —Affai? — Jonas parecia chocado. —Bem, o que diabos mais acha que Ellie é? — Cadmus proferiu em voz grossa pela dor. —Foi o único a me dizer o quanto devo amá-la. O que acha que uma affai é, senão a encarnação de uma verdadeira paixão do Lord Storm? Lexa deu a Jonas um olhar divertido, e ele suspirou. —Não tinha pensado tão longe. Ela sorriu e colocou a mão na mandíbula de Cadmus, então em seu peito. Seu corpo ficou tenso imediatamente enquanto seus ossos e músculos se uniam, mas a dor cessou no momento que sua mão entrou em contato com sua pele. —Isso é incrível. — Ele não conseguia deixar de pensar no erro que Arim devia ter cometido tantos anos atrás. Lexa tinha tantas facetas. Claro, era escura e sem dúvida letal, mas tinha um brilho ímpar de Luz, que o espetava quando a olhava em seu passado. As visões que teve antes eram brutais e confusas, mas continham uma mancha externa, que ainda tinha que encontrar. Cadmus sabia que era um fato que Lexa não cometeu os assassinatos terríveis que viu, e sentia que o grande desentendimento de Lexa e Arim surgiu a partir desses assassinatos horríveis. —Obrigada — disse ela calmamente, retirando a mão. —Você é o primeiro Portador da Luz a acreditar na minha inocência. Ele a olhou com surpresa antes de tardiamente levantar seus escudos mentais. —Agora vá para sua affai, e presenteia com seu amor. Ela vai precisar de você mais que nunca. Logo, Cadmus, o tempo virá quando os testes e a confiança atenderão a Verdade. Cimente seu vínculo com Elliara antes do mal ter a chance de rasgá-lo em pedaços. Ela se afastou, olhando para Jonas e Cadmus com intensidade assustadora. —Não temos muito tempo. 'Sin Garu e o Netharat estão chegando. E não há nada que eu possa fazer para impedi-lo neste momento. Não sozinha.
CAPÍTULO NOVE —Não posso acreditar que vocês três me chamaram de volta por isso. — Arim olhou para seus sobrinhos, perguntando se lamentaria transformá-los temporariamente em pedra, apenas por alguns dias de relativa paz.
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—Está brincando. — Darius olhou para ele, os olhos vermelhos em chamas. —Nem um “muito obrigado?”. Inferno, Arim, encontramos Cadmus para você. Ellie Markham. — Ele balançou a cabeça. —Trabalhei com ela por meses. Bem debaixo do meu nariz. Nunca teria imaginado. Arim suspirou e percebeu que tinha apenas a si mesmo para culpar. —Sei que Cadmus ficou com Ellie Markham. E sei que ela é Djinn. O que não sei é onde estará quando eu voltar. Disse que ficaria com Ellie, mas conheço esse olhar predador quando eu o vejo. E depois houve aquela inesperada conversa com o pai de Ellie. —Ethim il Ruethe. — Aerolus assentiu. —Alandra me encheu ontem. —Estamos realmente tendo trabalho com suas habilidades de comunicação — Marcus disse friamente. —Esta é a segunda vez que vem resistindo a nós, Aerolus. —Sim — Darius acrescentou, a boca sombria. —Acho que está se levando um pouco a sério demais. Toda essa porcaria mago está transformando você num hipócrita sabe-tudo, muito parecido.... — Ele fez uma pausa quando todos olharam para Arim. —Não importa. —Sabe, tio, não faria mal que nos dissesse o que sabe. Dessa forma, não estaríamos pisando no seu pé com tanta frequência — Marcus ofereceu, seu olhar penetrante. —Está cansado, e precisamos de você em plena força para resistir ao próximo ataque Netharat. Já faz muito tempo desde sua última investida. E, apesar de não encontrar muita desconfiança, quase posso senti-los se preparando para a batalha. Arim esfregou os olhos. Sentia o mesmo, que 'Sin Garu e seus asseclas ganhavam tempo, à espera de... algo. Infelizmente, Arim tinha um mau pressentimento que esse "algo" tinha a ver com Cadmus. Então, sim, Arim estava preocupado. Estava cansado, e estava preocupado que sua magia não prosperasse como deveria. Quase como se se Ethim o amaldiçoasse, já que desde a conversa, cada vez que Arim estendia a mão para Tanselm, a terra o empurrava, voltando ao meio. Agora, quando usava sua magia, sentiu manchas de nada, onde a luz sempre floresceu. Essa condição irregular, nos últimos anos, era o bastante para acertar ou errar, e a freqüência de tais anomalias dentro dele costumava ser baixa. Agora, porém, podia sentir Tanselm drenando sua efervescência a cada chamada sua ao poder. E numa batalha em curso contra o verdadeiro mal, fraqueza não podia ser tolerada. Que inferno o maldito Djinn fez? Jurou que da próxima vez que visse Ethim il Ruethe, cabeças iriam rolar. Furioso por ainda não ter respostas, procurou mentalmente por Cadmus, mas não conseguiu encontrá-lo no plano mundano. Inferno, conhecendo seu sobrinho teimoso, Cadmus poderia estar em qualquer lugar agora. O tolo sedento de sexo estava obcecado por Ellie Markham, tanto que nem mesmo um possível retorno a Tanselm não o tentava. —O que não está nos dizendo? — Aerolus perguntou, seus olhos brilhantes, sua voz profunda, ecoando dentro das paredes de pedra. Uma névoa de Sombra filtrava através do ar entre eles, buscando a verdade enquanto tentava se infiltrar na Luz de Arim. Espantado, Arim rapidamente empurrou seu sobrinho para o canto de seu quarto. —Tentaria penetrar minhas defesas? E no meu próprio espaço? — Ele olhou para Aerolus, sua frustração purulenta e preocupação se aglomerando em fúria, destruindo seu infame controle. —Que porra está fazendo? — Darius sibilou para um Aerolus agora de olhos arregalados. —Arim — disse Marcus com calma. —Acha que pode ignorar Aerolus por um minuto e se concentrar em Cadmus? —Não, Marcus, não posso — Arim disse friamente. Estendendo uma mão com dedos longos, puxou Aerolus para ele com um puxão mental que fez todos os três irmãos o olhar com cautela. 4
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Aerolus finalmente parecia preocupado, e tinha razão para estar. Apertando Aerolus num punho fechado, Arim o sacudiu para se certificar que tinha sua total atenção. —Agora, Arim... —Agora, Aerolus — Arim ridicularizou, suas emoções em ebulição. —Não tenho tempo para isso. Mantenha seus truques sombrios de salão fora da minha mente e fora do castelo. Ainda não sabemos o quão vulnerável sua mãe é a uma ameaça Netharat, e qualquer uso de magia negra dentro da fortaleza poderia chamar 'Sin Garu, se queremos ele aqui ou não. —Tudo bem. — Ele olhou para seus sobrinhos, até que seus olhares cairam para o chão, um por um. —Poderoso o suficiente para alimentar os três até a Próxima se não pararem de agir como filhotes em vez dos príncipes que cresceram para ser. Tenho muito que me preocupar sem afagar seus egos preciosos. Encontrou Cadmus, muito bem. Da próxima vez Darius me contacta telepaticamente e poupa tempo e energia numa viagem de regresso. Concentre-se em proteger sua mãe, sua affai e Tanselm. Eu me preocupo com nosso Storm Lord que falta. Podia dizer que o poder negativo saindo dele tornava os três príncipes desconfortáveis, mas Arim não fez nada para deter seu desagrado. Aerolus realmente pensava em se infiltrar em seus pensamentos privados? Seus sobrinhos o achavam fraco demais para suportar os sacrifícios menores de um guerreiro feitos quando se aproximava a batalha? A falta de sono e esforço físico rigoroso às vezes eram necessários para se preparar adequadamente. Nada sobre esse ataque com 'Sin Garu parecia fora do comum, ou pelo menos, não deveria para os Storm Lords. Não tinham como saber que a magia de Arim enfraquecia a cada vez que Tanselm rejeitava sua ajuda. —Arim — Aerolus começou, tentando sair das garras do tio. Mas antes que pudesse dizer mais, seu rosto amassou numa máscara de dor. Atordoado, Arim viu como Darius e Marcus logo caiam de joelhos ofegantes. —Cadmus — Aerolus sussurrou, balançando com a dor. —Precisa de nós, agora. Arim jogou o último suspiro de energia em seu corpo para superar a magia Djinn mascarando a presença de seu sobrinho ausente. Num piscar de olhos, viu claramente Cadmus nas garras de uma dor extraordinária e sob uma névoa escura de poder. E então a dor cessou, como se nunca tivesse existido. Marcus e Darius sacudiram a mágoa, e Aerolus cedeu em suas garras. Baixando Aerolus para uma cadeira próxima, Arim tentou novamente encontrar Cadmus mas não conseguiu. —Ele não está morto — Darius anunciou em voz rouca. —A dor se foi, isso é tudo. —Mas o que, pelo coração da Luz, pode causar esse tipo de dor? E como inferno está nos afetando tão duro? — Marcus queria saber. Arim fez uma careta, lembrando muito bem das feridas que uma vez sofreu nas mãos dos Dark Lords. Sua mente girava com as possibilidades, e as conclusões que tirou o deixaram doente de medo. Isso, juntamente com a necessidade súbita de Tanselm que ele deixasse suas terras, dizia mais do que queria saber. —Estou indo encontrar seu irmão. Mas preciso que vocês três sejam fortes aqui. Marque minhas palavras, 'Sin Garu vai atacar em breve. E vai fazê-lo de dentro do recinto. Posso sentir isso. —Mas como... — Marcus começou. —Vamos encontrar a ameaça — Darius prometeu, e Marcus lentamente acenou com a cabeça. Aerolus acenou com a cabeça, seu olhar penetrante, enquanto olhava para seu tio.
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—A mãe e Tanselm permanecerão seguros, mas por quanto tempo, não podemos prometer. Precisa voltar logo que for capaz. E precisa preencher esses buracos — acrescentou enigmaticamente. Preencher esses vazios vulneráveis da minha magia. Bem, bem. Então, o cachorrinho entendeu as susceptibilidades de Arim. Aparentemente, o casamento de Aerolus com Alandra rendeu muito mais que amor e sombra mágica, mas uma visão incrível, também. —Eu vou, obrigado — acrescentou sarcasticamente, seu humor se iluminando uma fração pelo conhecimento que os Storm Lords estavam de fato bem armados, mesmo sem ele. —Não me chamem novamente a menos que seja uma emergência. Eles apressadamente murmuraram seu acordo. Então, de repente, como um, ficaram tensos. —Cadmus? — Arim falou baixinho, silenciosamente furioso pela necessidade de proteger sua família, punir os responsáveis por esses ataques. —Sim, mas não é tão ruim quanto o último. Isso parece uma surra física. — Marcus sacudiu a cabeça. —Uma que o pequeno idiota provavelmente merece. — Darius apertou sua mandíbula, tentando respirar um pouco de humor numa situação preocupante. —Pequeno? — Aerolus sorriu quando suas expressões aliviaram. —A única coisa pequena sobre Cadmus é sua tolerância com vocês dois. Arim olhou para os três, desejando que fossem quatro. Pelo menos Cadmus enfrentou este perigo presente e sobreviveu. Mas por quanto tempo podia resistir a esse tipo de dor antes de desaparecer na Próxima? —Arim, sei que está aí. — A voz clara de uma mulher filtrou através da porta, fazendo que todos os quatro homens olhassem um para o outro com medo. Reconhecendo a voz de sua irmã, Arim orou pedindo orientação a Tanselm enquanto se preparava para sair. —Essa é minha sugestão. Lembrem-se, não me chamem a menos que seja uma questão de vida ou morte. Seus sobrinhos balançaram a cabeça, e quando a porta abriu, Arim teleportou a si mesmo de volta para o apartamento de Ellie. *** —Que diabos está acontecendo? — Darius rosnou. —Nunca vi tanta Arim com raiva, ou descontrolado. —E Cad... — Marcus parou dando um olhar para sua mãe. —Meu estômago está assentando. Aerolus franziu a testa, olhando pensativamente para sua mãe se juntando a eles na sala de Arim. —Mãe, acho que precisa nos contar sobre a conexão de Arim com Lexa Van Nostren. Ravyn o olhou, de olhos arregalados. —Lexa Van Nostren? Não ouço esse nome há mais de 300 anos. —Bem, precisamos ouvir agora. Alandra e eu estivemos pensando quando ficamos em Aelle, e ambos chegamos à conclusão que Lexa tem um papel importante a desempenhar no futuro de Tanselm. Pelo que já sabia, achava que Lexa provavelmente era a responsável por salvar sua vida e a de Alandra após sua batalha em Aelle. Sem a ajuda dela, certamente teria morrido. Mas isso 4
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significava que Lexa esteve em Tanselm. A terra estremecia abertamente quando o mal tocou o solo, tal como fez quando 'Sin Garu e os Netharat a invadiram pela primeira vez. Tanselm rejeitava a presença do mal, mas, obviamente, se congratulava com Lexa uma vez que nenhum deles teve um pressentimento que ela chegava. Mas se Lexa salvou Aerolus, um Storm Lord, por que vigiava abertamente os Dark Lords em Aelle? Qual era exatamente seus planos em tudo isso? E por que tinha a sensação que Arim sabia muito mais que dizia? *** Tentando controlar seu temperamento desde que estava sozinho no apartamento de Ellie Markham, Arim soltou um bocado de palavrões que, literalmente, descascaram a pintura das paredes. Não que alguém fosse capaz de diferenciar a pintura descascada do caos variado no lugar. Couro e madeira queimados, pratos quebrados, livros rasgados e mobiliário quebrado e virado. A sala fedia a destruição Netharat. Estudando a cena com todos os seus sentidos, Arim viu como a batalha transparente se desenrolava sobre os restos espalhados pela sala, a energia latente do confronto voltando à vida. Cadmus o impressionou com seu poder e a maneira como o usou. Embora soubesse que Cadmus nunca admitiria, ser arremessado neste reino mundano foi um excelente catalisador para desvendar o muito do desperdício de energia elemental. Usando as forças da terra em volta dele, seu sobrinho chamou o choque de poder, rasgando espectros com facilidade, e cobrindo outros com rica terra preta. Jonas, também teve um bom desempenho, como Arim esperava. A magia negra Djinn era formidável, filtrando através dos espectros malignos com habilidade surpreendente. Focado em Jonas, Arim quase perdeu a estranha criatura que apareceu de repente. Nunca viu um fantasma como este e podia sentir seu ódio fervente como se estivesse aqui, agora. A criatura abriu a boca e Arim se perguntou se seu ataque era a fonte da dor manifestada sentida por seus sobrinhos. Mas antes que a criatura pudesse atingir Cadmus, Jonas voou pelo ar para interceptar a explosão vermelho-sangue. O Nocumat envolveu o Djinn, progressivamente rasgando as paredes precipitadas que Jonas tentava construir. Espantado, Arim imediatamente começou a processar o que viu, sabendo que ele e os Storm Lords precisariam ajudar a combater esta nova ameaça e mais poderosa. Era curiosamente semelhante a um fantasma, com críticas diferenças. O ser-fantasma era uma criatura feita de sombra dentro de sua autoescuridão, uma combinação de escuras energias que faziam o mal muito mais forte que um típico espectro. E apesar de Jonas, outra criatura da obscuridade, trabalhar duro para combater o Nocumat, não podia controlar ou superar o Shadren. A tensão o encheu mais quando Arim viu Cadmus carranquear em concentração e sentiu uma comunicação mágica chegando a... Aerolus. Satisfeito, para não mencionar a irritação por Aerolus não mencionar o incidente anterior, Arim viu como Cadmus repetia as palavras mágicas para interceptar o Nocumat dentro de si. Trabalho de Alandra, sem dúvida. A bola vermelha voou de volta para a criatura escura e desapareceu. O que aconteceu em seguida alarmou Arim quase mais que a presença do Netharat no apartamento. Jonas e Cadmus combinaram o golpe contra seu oponente, de imediato, obliterando-o. Mas sua magia era praticamente indistinguível uma da outra. Ambas as bandas de energia estavam
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surpreendentemente escuras, apenas com finos fios de luz atravessando a magia de Cadmus — onde deveria estar iluminando seu raio inteiro de energia. Era essa escuridão resultado dos ataques, da presença de Jonas, ou, como temia Arim, algo mais? De todos os quatro príncipes, Cadmus sempre pareceu o mais tranquilo. Onde Darius era duro, Marcus afetado e Aerolus constantemente ignorava todos, Cadmus sempre brincava e de alguma forma aliviava qualquer tensão entre eles. Mas apesar de tudo isso, Arim sempre sentiu em Cadmus um tom mais escuro, um nó atolado de emoções apenas esperando para ser solto. Como se o riso mascarasse algo mais profundo em seu ser, Cadmus olhava o mundo com seus olhos castanhos-claros que poderiam se transformar num preto insondável quando irritado. E nessas ocasiões, lembrou Arim, o incômodava. Por isso que não posso parar de me preocupar com o encrenqueiro? Porque, apesar da face que Cadmus mostrava ao mundo, um outro lado dele, Escuro permanecia apenas sob sua pele? Vagando pelo pequeno apartamento, Arim murmurou um pequeno feitiço para colocar o lugar de volta nos eixos. Quando móveis e bigogangas se restauraram, deu um passo resolvido ao quarto de Ellie. Não necessitou de qualquer feitiço para saber o que aconteceu aqui entre Cadmus e Ellie. Os olhares que os dois compartilhavam, a maneira como ela o defendeu, sem dúvida, na primeira reunião com Arim, Cadmus rondando a menina desde o minuto que assumiu o lugar de Darius no bar — todos os sinais apontavam para uma emoção mais profunda que luxúria e até mesmo afeto. Considerando que Arim se sentiu satisfeito, mesmo alegre quando Darius e Marcus encontraram suas affais, foi um pouco mais reservado com Aerolus. Mas, mesmo assim, apesar dos laços de Alandra com a maliciosa raça sombria, o amor que ela e Aerolus compartilhavam era sua própria fonte de luz. Cadmus, no entanto, saltava de mulher para mulher, em Tanselm e aqui neste plano. Sua fixação em Ellie foi perturbadora, mais ainda quando Arim soube que era parte Djinn. E ao descobrir que seu pai não era outro senão Ethim il Ruethe, um Djinn antigo e poderoso, líder Sarqua, Arim não podia mais ignorar seus temores que poderia realmente haver outro empate ainda entre Luz e Trevas. Ellie não era uma criatura nem de luz ou sombra. Embora parecesse uma fantasia ganhando vida, seus grandes olhos azuis um quadro de inocência misturada com uma sexualidade aberta que qualquer homem dificilmente ignorava, Ellie era uma verdadeira Escura. Ele mesmo se sentiu atraído ao encontrá-la em carne e osso, para sua surpresa e diversão, a custa dos ciúmes de Cadmus. Arim balançou a cabeça quando olhou para sua cama amarrotada. O sexo ali foi incrivelmente apaixonado e tentando silenciar as impressões, não podia deixar de partilhar a surpreendente luxúria entre os dois. A súbita visão de uma mulher pequena com cabelos negros e olhos azuis de gelo riram em suas memórias, e na distância ouviu Tanselm ecoando de saudade. Luxúria e amor se mistaravam, antes das memórias doloridas quebrarem a neblina súbita nublando sua mente. Que diabos? Outra maldita imagem de Lexa! Atordoado pela profundidade do sentimento o puxando de volta para Tanselm, só podia saber o que tudo isso se misturando de Luz e Escuridão realmente significava. Ethim mencionou que Tanselm tanto precisava do escuro quanto a terra precisava de sua luz. Mas como podia ser? Por centenas de anos o povo de Arim, os Portadores da Luz, ficaram
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na sua terra, cuidando da rica terra de Tanselm com carinho para compensar os danos que os Dark Lords há muito tempo causaram. Tanselm rejeitava o mal em todas as suas formas. Sempre que uma criatura dessas pisava em Tanselm, as árvores tremiam e os ventos falavam de sua dor. No entanto, os Aellei agora preenchiam o reino oriental, com uma princesa Shadren à disposição para ser rainha. Alandra le Aelle, agora Alandra Storm. No entanto, não podia culpar Aerolus, uma mulher de tal beleza, coragem, espírito e um fascínio físico que enviava os melhores homens em espiral. Tanselm saudou a Aellei e claramente disse que os Aellei não eram maus. Sua mente, porém, levou um tempo para reconhecer o que seu coração sabia. Durante anos, as únicas pessoas verdadeiramente confiáveis para Arim foram sua família. E nos últimos meses, as adições à família, ou seja, Samantha, Tessa e Alandra. Mas confiar num membro Escuro? Quem realmente era Ellie? Ellie Markham? Ou Ellie al il Ruethe? Ou talvez nenhum dos dois? Precisava vê-la novamente, mergulhar em seu ser e descobrir o que fazer sobre esta situação. Porque, sentimentos de Cadmus à parte, Arim se recusava a deixar seu sobrinho experimentar a dor da traição da Escuridão. Sabia muito bem o mal em amar uma mulher tão diferente de si mesmo. Se agitando para se livrar de suas memórias, se concentrou em Ellie. Os restos mortais de sua energia eram bastante fáceis para ver. Fome feminina, poder, dor e alegria irradiavam enquanto as bandas amarradas de um arco-íris escuro, as silenciosas cores da vida sombreando a realidade do apartamento de Ellie em Seattle. Descobriu o contraste estranho, mas nem a menor corrupção. Primeiro Alandra e, agora, Ellie. Sabia que Alandra amava Aerolus com cada fibra do seu ser, que de fato teria morrido para protegê-lo. Ellie, com todo o mistério dela, parecia boa para Cadmus. Arim suspirou, chegando a conclusão mais dura que suas percepções podiam não ser tão como uma vez pensou. Confusão e uma sensação de inquietação o encheram de pensamentos do que o futuro poderia aguardar. —Pô. Preciso de uma bebida. — Ele passou a mão pelos cabelos e saiu pela porta em busca da pequena cozinha de Ellie. Mas o homem à sua espera na sala o gelou no caminho. —Arim, tão bom ver você de novo. — ‘Sin Garu olhou de Arim para os longos dedos. —Faz muito tempo. E quero dizer isso. — Ele sorriu com a boca cheia de dentes afiados e brancos. —Tenho certeza que o faz. — Arim não sentiu outra presença, mas apertou os escudos em torno de si no entanto. Olhando para o Dark Lord, não podia deixar de procurar quaisquer semelhanças com Lexa. Para sua surpresa e satisfação, não encontrou nenhuma, exceto a mesma pele, branca e macia. —Sabe, Arim, em minha busca para salvar Tanselm do flagelo dos Portadores da Luz, posso ter sido precipitado. Parece que nem todos os Portadores da Luz estão sem escuridão. — ‘Sin Garu esfregou as mãos juntas, uma chama azul se enrolando dentro de suas palmas. —Aerolus, por exemplo, é muito mais escuro do que pensei. —Ele esperou um momento, depois continuou. —E Cadmis, o Senhor da Terra. Esse jovem tem potencial. Quando Arim continuou em silêncio, o sorriso de 'Sin Garu sumiu um pouco. —Você é tão divertido quanto Marcus. Agora Darius, esse eu gosto. Cheio de fogo e raiva. Realmente sabe como transmitir sua energia. —Existe um ponto para tudo isso?
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—Uma tentativa na falta de conversa. Pena que sua mãe nunca o ensinou boas maneiras. Mas então, Ilya não tinha muito tempo para ensinar alguma coisa, não é? Morreu quando tinha o que, oito, nove anos? Se perguntando o porquê dessa inquisição pessoal, Arim apenas o olhava. O cabelo da sua nuca subiu pela Escuridão se agrupando atrás dele, e concentrou a maior parte do seu escudo ao longo de sua volta. —Meu pai se foi quando nasci, deixando minha mãe criando os três filhos sozinha. E sabe o quê? Ela fez um trabalho maravilhoso, até que um Portador da Luz roubou um de nós bem debaixo dos olhos da mãe. Arim o olhou, seu interesse se agitando apesar de seu desejo de permanecer indiferente. —Lexa. —Sim. — 'Sin Garu zombou. —Uma pena que sua espécie a manchou. Ela seria a melhor de nós, talvez ainda maior do que eu mesmo. Não tem ideia de quanto tempo levei para devolvê-la ao que a vida queria que ela fosse. A súbita raiva em nome de Lexa tomou Arim de surpresa. —O quê? Não bastava ela ser obrigada a suportar nossa odiada presença por grande parte da sua juventude? Tinha que puni-la, também? —Devo admitir que quando voltou para nós ela não era a menina que eu esperava. — Seu rosto perdeu toda a expressão. —Mas isso está tudo no passado agora, não é? —Você o trouxe. E me pergunto por quê. —Porque aqui as semelhanças são muito fortes para serem ignoradas. — O Dark Lord sorriu, seus olhos azuis escuros, com malícia. —Assim como você e minha irmã uma vez tiveram uma relação estreita, também Cadmus e Ellie, Portador de Luz e Djinn Escura. Só espero que seu sobrinho seja menos sensível do que você. Por que, quando Lexa me contou como lamentavelmente você chorou, como se banalizou por uma prostituta morta e sua família, eu... A explosão pegou Arim de surpresa, mas estava esperando um ataque. Segurando firme seu escudo, a chama azul tentando sear nele não podia penetrar sua energia. O ódio se enrolou dentro dele, no entanto, precisando ser levado. Disparando um raio de pura luz para 'Sin Garu, olhou em choque quando o Dark Lord absorveu o ataque. Os lábios sw 'Sin Garu subiram. —Ela estava certa. Você é fácil de irritar. Estou ansioso pela nossa próxima reunião. E traga seu juízo com você, então, hein? Num piscar de olhos ele desapareceu, deixando Arim se perguntando o que diabos essa briga realmente foi. A menção de Lexa e o passado não parecia mais que um truque barato para fazer Arim atacar. Se debruçaria sobre isso mais tarde. A atenção de ‘Sin Garu para Cadmus e Ellie o preocupava mais. O Dark Lord sabia que Ellie era Djinn. Era só uma questão de tempo antes que invadisse Foreia em sua busca de dominação. E não importava o quão forte o Sarqua Ethim fosse, não eram páreo para o poder de um Dark Lord tão impregnado de ódio, que as emoções de Arim apenas se adicionavam à lama dentro dele. No entanto, além da presença preocupante de 'Sin Garu, Arim notou algo mais no apartamento que lhe dizia respeito. Independentemente da intenção do feiticeiro em conquistar os Portadores de Luz, suas palavras soaram verdadeiras. Arim e Cadmus compartilhavam semelhanças muito próximas para serem ignoradas. O tempo para uma profunda conversa com o 4
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Senhor da Terra chegou. E tempo para descobri o que era Ellie, e não quem ‘Sin Garu ou ele queria que ela fosse, definitivamente chegou. De uma forma ou de outra, Arim prometeu proteger Cadmus — de si mesmo, se fosse necessário.
CAPÍTULO DEZ Ellie sentou no gazebo e olhou para Cadmus, enquanto caminhava lentamente em direção a ela em volta do lago. —Cadmus, por onde andou? — Uma vez no interior da estrutura, ele a envolveu num abraço caloroso, fazendo-a esquecer de seu mantra, "mantenha distância". Seus braços fortes tanto confortavam como estimulavam, a fazendo se sentir segura e desejada. —Ouvi que está passando por um momento duro. — Ele se afastou para olhar para ela, e ela notou um brilho estranho, quase sonolento sobre seus olhos. —Está bem? Parece um pouco cansado. Ele deu uma risada curta. —Cansado? Poderia dizer isso. — Quando ela ia questioná-lo ainda mais, ele a beijou duro na boca e a puxou para um banco próximo. —Mas ainda estou preocupado com você. Diga-me o que a deixou tão chateada. Ela olhou para ele e suspirou. —Sou tão óbvia? —Para mim. — Esfregou a palma dela com dedos fortes, fazendo com que vibrações de desejo formigassem através de suas veias. —E Jonas me contou um pouco sobre sua conversa. Ela olhou para ele, hesitante. Antes, sua única preocupação era compartilhar seus sentimentos, encontrar um refúgio em seu abraço sólido. Mas agora que o tocou, viu com seus próprios olhos que ele parecia bem, uma inundação de amor a oprimindo, trazendo com isso muita preocupação. —Diga-me, Ellie. Estou aqui para você — ele disse baixinho, o cuidado em seu olhar castanho derretendo sua resistência. Ainda hesitante, ela vacilou, até que ele a girou e puxou de volta contra seu peito, passando as mãos acima e abaixo dos braços e os ombros numa massagem incrivelmente macia. Rendendo-se aos seus cuidados, contou a conversa de seus pais. —Estou tão confusa. É como se os pais que uma vez pensei que conhecia nunca existissem. Entendo porque minha mãe queria me manter segura ao crescer, mas deixar-me acreditar que meu pai não gostava de mim por tanto tempo? Tenho 28 anos pelo amor de Deus! Praticamente passei minha vida inteira desprezando meu pai enquanto desejava que me amasse, mesmo que um pouco. E era tudo mentira. — Lágrimas rolaram, e ela com raiva as enxugou.
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—Sinto muito. — Cadmus pegou suas mãos nas dele, suavemente enxugando suas lágrimas com a outra. —Mas seus pais fizeram o que acharam melhor para você. Eles te amam muito. —Eu sei. É isso que torna tão difícil. Passei muito da minha vida tentando não ser como meu pai, mesmo quando queria que ele gostasse de mim. Pensei que ele simplesmente não ligava. Mas agora acho que ele importava — importa — muito. —E se sente culpada pela forma como o tratou. — Cadmus bufou em desgosto, a surpreendendo. —Ellie, da forma como vejo, seus pais são neuróticos. —O quê? —Sua mãe poderia ter lidado com seu pai sem arrastá-la no meio. E seu pai poderia dizer a verdade. Sem ofensa. Gosto da sua mãe, mas ela não é perfeita. Não é a Mestre da Próxima. Embora não entendesse muito bem a referência, compreendeu seu raciocínio. E um sentimento de raiva justificada por seu pai despertou. —Está certo. Ethim poderia ter me procurado, mas não o fez. Cadmus ficado quieto, afagando os ombros com mãos preguiçosas. Deus, mas era tão bom ficar com ele. Podia sentir o calor suave em suas mãos, podia sentir a profundidade de sua preocupação na suavidade de seu toque. —Por que ele não te disse, que você acha? — Perguntou ele, a girando de costas para ele. —Porque... porque nunca abracei essa parte minha que era como ele. —Djinn. —Esse meu lado escuro. Suas mãos a percorriam, aliviando sua tensão rastejante. —O lado que você não pode aceitar —não pôde evitar cutucar, tentando descobrir seu ressentimento. —Bom trabalho. — Ele beijou o topo de sua cabeça. —Realmente temos muito em comum, além de sermos excepcionalmente atraentes, quero dizer. —Ah? — Ela revirou os olhos, sorrindo abertamente, porque sabia que não podia ver seu rosto. —Nós dois gostamos de atingir as pessoas quando estão tentando seu melhor para nos confortar. Nós dois temos famílias amorosas, e sofremos pela perda de nosso pai, mas você está num ponto de sorte em sua vida que lhe permite uma abertura para a dor. E há aquele traço mais importante que temos em comum. Atingida por sua percepção, ela suspirou e se inclinou para ele, totalmente relaxada. —Que seria? —Nós dois amamos meu corpo. — O sorriso em sua voz arrastando uma risada dela. Ela se virou para ele, para agradecer sua compreensão, e acalmar a pura fome enraizando em sua alma. —Não tem ideia do que faz comigo, querida. Ele a beijou suavemente, aumentando a pressão de seus lábios quando ela o puxou mais perto. Apenas o gosto dele a fazia querê-lo. Seus seios doíam por seu toque, e seu ventre latejava pela necessidade. —Cadmus, eu o quero... —Assim como eu, querida. Quero que seja feliz. Mas mais, quero você. Sempre o faço. — Ele a abraçou, beijou até que não podia fazer mais que beijá-lo de volta, seus pensamentos num estupor sensual. Quando interrompeu o beijo, ela gemeu seu descontentamento. Mas a deixou apenas para jogar vários travesseiros no chão, criando uma cama improvisada. —Bastante prático, não é? 4
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—Poderia dizer isso. — Ele sorriu, os olhos brilhantes, e não podia deixar de se apaixonar absolutamente. Como se estivesse lendo suas emoções, seu olhar escureceu e o sorriso em seu rosto desapareceu. —Tire a roupa e deite comigo. Ela se moveu para a bainha de sua camisa e mordeu o lábio. —Mas o gazebo... —É privado. Confie em mim. Não vou deixar que ninguém nos interrompa. —Com um movimento de pulso, as bandas espectrais da luz envolveram o pavilhão. —Agora, tire-as. Recostou-se contra um poste e cruzou os braços sobre o peito, a olhando com fome e impaciência. Querendo-o fora de controle e carente, ela lentamente tirou. Primeiro a blusa, então seus jeans, e se contorceu e girou, o insultando com a curva dos seios e a plenitude de sua bunda. E Cadmus estava muito afetado. Podia ver sua ereção lutando na frente da calça. —Onde conseguiu essas roupas? — Ela brincou com a alça de seu sutiã. —De Jonas — ele respondeu com voz grossa, com os olhos colados em suas mãos. —O sutiã, Ellie. Preciso ver. Ela alcançou atrás, empurrando fora seus seios quando o fez. Seus olhos, ela notou com satisfação, estavam tão escuros que pareciam pretos. Quando soltou o sutiã, o deslizando provocante pelos ombros, derrubando o pedaço de seda no chão. A calcinha logo em seguida. Cadmus olhou para ela, fazendo seus mamilos enrugar pelo desejo. —Pela Luz, sua beleza é de tirar o fôlego. Ela corou, contente com seu elogio, e esperou que se aproximasse dela. Quando ficou ali apenas a olhando, ela tomou a iniciativa e se adiantou. —Não, espere. — Ele ergueu a mão e começou a arrancar suas roupas. Ao contrário de seus movimentos, porém, os dele eram apressados. —Deite-se. Excitação estremeceu em seu ventre quando deitou sobre os travesseiros. Deitado de costas, olhou para ele, querendo saber como, num curto espaço de tempo, passou de triste e raivosa a amorosa e excitada. O olhar sufocante de Cadmus se arrastou em seu corpo, suas mãos apertadas ao lado. Seu eixo aveludado sacudiu e cresceu, fazendo sua ereção dar água na boca. Ela deu um suspiro de alívio quando ele finalmente se ajoelhou. Mas ela começou quando ele se acomodou entre suas coxas, as abrindo e olhou de seu anel na barriga para seu monte, lambendo os lábios. Seu pulso disparou. —Esse anel me deixa louco. — Ele se inclinou para frente, a ponta dura de seu eixo roçando sua fenda e a deixando mais faminta. Mas ele voltou, e com uma mordida suave, puxou o anel de prata, lambendo sua barriga e sugando a carne macia com um fervor que a fez suspirar. Sua boca se arrastou embaixo, descansando um pouco acima da virilha, e ele levantou a cabeça para olhar para ela com chamas de desejo. —Esse breve gosto de você no chuveiro não foi suficiente. Ele correu as mãos pelos cachos loiros, deslizando através de suas dobras, mas não muito profundo. Seus dedos mal tocaram seu clitóris, mas o toque de fogo foi suficiente para fazê-la se arquear para encontrá-lo. —É isso aí, querida. Quero você molhada para mim. — Ele abaixou a cabeça e esfregou seus cachos. —Cheira tão malditamente doce. — Ele desceu as mãos para abrir suas dobras e abaixou sua boca.
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Ela gemeu seu nome enquanto seu hálito quente caia sobre seu clitóris, e começou a lambêla a sério. —E tem sabor ainda melhor —rosnou antes de descer a boca em seu núcleo úmido. Seus lábios se agarraram em sua carne, afagando e provocando, deliberadamente mantendo sua luz sensível ao toque. Ela se contorcia, precisando de mais, e ele inseriu um dedo dentro dela. Ele não o moveu, no entanto, e ela começou a se remexer, se movendo pela pressão de sua língua e dentes, estimulando as células nervosas que não sabia que possuía. Desejo escuro a cobriu, e ela percebeu, com alguma surpresa que um pouco da excitação vinha de Cadmus. Suas energias se combinavam, seu desejo sensual crescendo enquanto seus corpos clamavam por mais. Grandes reservas de energia fluiram para ela, e quando ele acrescentou um segundo dedo, retumbando pequenas vibrações elementares através de suas dobras e sobre seu clitóris, ela gritou com prazer. —É isso, amor, me diga o quanto gosta disso. — Sua voz era rouca, seu corpo deliciosamente duro contra o dela. Podia sentir o quanto ele a desejava através do almíscar em sua mente, sua excitação escura espelhando a dela mesma. —Me dê, querida. Quero que goze na minha boca. Suas palavras eram como uma febre, e quando sugou sua carne agitou algo mais sombrio, algo estranho e ao mesmo tempo familiar dentro dela. Ele gemeu e chupou mais, a lambendo com mordidas que fizeram o sangue correr para o broto duro entre suas coxas. Estava tão molhada, tão perto da orla entre a sensação e o caos total, quando um raio de luz chicoteou através dela, um fio de amor que serpenteava de Cadmus. A escuridão desbravou caminho através dela, e ela explodiu num orgasmo tão forte que perdeu a consciência de tudo ao seu redor. Poder se apressava, compreensão súbita de quem e do que podia ser, e metade do seu coração que esteve desaparecido por tanto tempo se juntou nela num turbilhão agora. Exaltando o sentimento, Ellie mal registrou a preocupação Cadmus como um reflexo tardio. Paixão e carinho... e amor. —Ellie, caramba. Está bem? Você está na Verdade. Compreensão gradual foi chegando, e olhou para ele, seu amante, com novos olhos. Na verdade, via tudo diferente. Cadmus parecia uma chama escura, um homem impregnado de luz branca brilhante e estranhas estrias pretas que instintivamente soube que vinham dele. No entanto, o poder feminino que o cercava era dela. Como uma aura de sexo, a Escuridão se agarrava nele como um amante deveria. Um vínculo inquebrável, a beleza erótica de Cadmus a atraía por igual medida, e enquanto seu poder prosperava, assim também seus sentimentos. —Cadmus, isso é tão incrível. — Ela levou a mão até seu rosto, vendo nele a energia pura de sua essência rodeada por uma chama negra das Escuridão. —Posso sentir você, todo você, sua magia, sua força. — Seu amor. Manteve as palavras perto de seu coração, com medo de projetar em Cadmus o que ela própria sentia por ele. O que compartilhavam estava muito além do físico — ela sabia. O medo, no entanto, a manteve calma. Rejeição nunca foi uma coisa fácil para ela aceitar, e de Cadmus, sabia que só poderia esmagá-la além do reparo. —É engraçado, mas você está ainda mais sexy agora que antes — ele brincou. —A energia nua é tão atraente. — Ele estendeu a mão e acariciou seus seios, e ela sussurrou, a sensação de sua mão sobre seu corpo — sua energia — como um clímax líquido. —Ah— ele gemeu e fechou os olhos, se recostando. —Porra, isso é bom. Ela observou a ereção de aço agora presa em sua mão e deu um sorriso malicioso.
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—Deixe-me cuidar disso para você. —Tudo que quiser, querida. Ela não perdeu tempo, pegando-o nas mãos e depois na boca. Ele assobiou de satisfação quando se arqueou ao seu toque dizendo: —Respire da Luz, Ellie. Sentia-se como aço dentro de sua boca, sua carne fria e dura e gotejando pelo desejo. Ela engoliu o início de sua essência e chupou mais, passando os dentes suavemente ao longo de seu eixo, lambendo a fenda em sua coroa. Abarcando suas bolas, correu os globos macios em suas palmas, lambendo seus gritos como mel quente. —Oh sim, querida. Me foda — ele xingou, agarrando sua cabeça, os dedos capturados por sua chama escura. —Está me matando! O prazer é tão forte... Ele engasgou seu nome e bombeou. E quanto mais empurrava, mais ela tomava, o fazendo tremer de tesão. Ela sentiu o aperto no seu saco e soube que estava perto. —Goze para mim, Cadmus — ela sussurrou num eco de comando. —Goze forte. Ele empurrou uma última vez e jorrou sua semente, correndo em sua garganta. Ela a engoliu, empolgada com sua impotência ao seu toque. Ele continuou a gozar, gemendo o nome dela, e o prazer da Escuridão estriava sua alma, fazendo que o desejasse de uma forma que a chocou. —Não, querida, é que ainda está me lendo. — Ele deu uma risada curta antes de gemer. E, finalmente passou, e ele se retirou de sua boca. —Nunca senti essa explosão de puro êxtase antes em toda a minha vida. Ele sorriu sonolento e a abraçou perto. Sem pensar, ela controlou sua energia e relaxou contra ele, carne com carne. —Não sei como, mas você vai queimar na Verdade, da próxima vez que eu a tomar, especialmente quando eu tomar essa sua bunda bonita de novo. — Ele devia saber o efeito de suas palavras rudes sobre ela, pois sussurrou as maldades eróticas em seu ouvido, palavras que a fizeram corar e molhar, preparada para mais. Olhando à sua volta, observou os tentáculos rastejantes da flor roxa se enrolando em volta do coreto. Respirou fundo e suspirou. O cheiro da Cítia aumentou, também. —Isso aconteceu antes também — ela murmurou. —Humm? —Depois que fizemos amor na floresta, as plantas e musgos que nos rodeavam explodiram. —Esse é meu poder elemental, doce. Quando me excita a certos níveis, aparentemente jogo meu poder na terra em volta de mim. —Aparentemente? Ele acariciou seu ombro, seus olhos brilhando de satisfação e, se não estava enganada, posse. —Eu te disse, nunca perdi o controle assim com ninguém, só com você, Elliara. Pela primeira vez o nome não a incomodava. Sorrindo, se enterrou perto, deleitando-se com seu cheiro masculino e força terrena. Agora. Agora é a hora de dizer como me sinto. Perfeitamente presa. Isto parece bom. —Ellie — começou ele, hesitante. Merda. Agora não. Não se atreva a romper comigo agora. —Romper com você? — Ele sentou rapidamente, fazendo-a xingar. Por que não fechava seus pensamentos? Agora sabia de suas vulnerabilidades a respeito dele. —Cadmus, eu...
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—Romper com você? Como pode pensar isso? — Seus olhos escureceram, mas não com paixão sensual, e sim com raiva. —Me derramei em você, Ellie, compartilhei minha alma com você. E acha que eu ia romper com você como se isso não significasse nada? — Seus lábios se apertaram. —Ou talvez ache isso porque não significava nada para você. Sua própria raiva explodiu, e ela deu-lhe a liberdade que merecia. —Não volte isso contra mim. Você foi o burro que me disse que o enojava, como minha espécie não merecia viver. E eu estava a um instante de te dizer o quanto eu ama... Ele congelou, a olhando em estado de choque. —Quanto você o que? —Esqueça isso. — Envolvendo os braços em torno de si, ela sentou, olhando para as roupas. Pena que não tivesse prestado mais atenção aos ensinamentos de Jonas. Ele podia ter roupas da moda por um capricho. —Concentre-se, aqui, Ellie — Cadmus disse. —O que ia me dizer? Não tão alegre agora, humm? Ela o observava com nova especulação, observando as respirações ofegantes, o brilho ansioso em seus olhos. Sua ereção não havia desaparecido, mas estava rigidamente sob controle. —O que acha? Passei semanas fazendo amor com você quando não dei a Darius uma hora do meu dia. E odeio dizer isso, mas podia ter qualquer homem que quisesse com um estalar de dedos. — Porra, se sentia bem dizendo isso. —Mais uma razão por que estou curioso para saber, por que eu? Por que Cadmus Storm, Elliara al il Ruethe? O empurrou. Depois do seu clímax, enviando-a na Verdade, agora queria colocar seu pescoço na linha. Ela tentou uma vez. Seria maldita se fizesse isso de novo. Fechando sua boca, sentou rigidamente ao lado dele, cruzando os braços sobre os seios. —Não quer falar, humm? — Seus olhos dançavam, a raiva neles desaparecendo sob um sorriso divertido que a fez querer bater nele. —Que tal me mostrar em vez disso? Com um aceno de sua mão, limpou a mesa de centro de tudo sobre ela. Comida e vinho cairam no chão enquanto a colocava de pé. Ela lutou, consternada pela forma como sua excitação estava crescendo. Irritada, se recusou a ceder às suas exigências, quando só queria uma simples declaração de seus sentimentos em primeiro lugar. —Por que não posso mostrar em vez disso? — Ele murmurou, fixando o corpo se contorcendo de barriga para baixo sobre a mesa. Quando espalmou a bunda dela, sabia o que ele pretendia fazer, e a pura sexualidade de seu toque a deixou mais molhada que antes. Ele rapidamente se revestiu em sua paixão, em seguida, se empurrou em seu ânus, abrindo bem suas bochechas. —Quer saber como parece bem para mim, deixe eu te mostrar. Deixe-me te amar, Ellie. Deixe-me entrar. Ele bombou mais profundo, empurrando dolorosamente passando pelo esfíncter, e então estava dentro e deslizando. —Cadmus — ela suspirou, sentindo-se tão cheia, tão esticada. —Sim, querida — respondeu asperamente, se retirando apenas para empurrar. —É tão apertada, Ellie. Tão perfeita. Ele balançou contra ela, aumentando seus impulsos. —Tão minha.
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Ele estimulou seu clitóris com a mão enquanto golpeava sua bunda, a fazendo se sentir má, excitada e sensual ao mesmo tempo. As coisas que pensava em fazer com ela a deixavam tão molhada que seus dedos deslizaram facilmente na sua vagina enquanto tomava seu ânus. Sua boca sobre seu pau, sua boceta sob seus lábios. Gozar em seus seios, ao longo e na bunda dela, até na sua vagina. Mais e mais, até que fossem uma massa fervilhante de sensações. —Você... é... um... tarado — ela conseguiu, se apertando num orgasmo tão intenso que queria gritar. —Vá em frente e grite, Ellie. — Ele bombeou contra ela, suas bolas estapeando quando batia nela. —Eu vou. — Ele empurrou de novo e gozou, a enchendo a ponto de transbordar. E quando sua semente leitosa deslizou por suas pernas, ele moveu seu toque sobre seu clitóris, e ela gozou violentamente, o apertando quando tensionou suas bochechas juntos, querendo que a sensação nunca acabasse. —Isso, Ellie — ele engasgou, —que nunca termine esse sentimento de alegria. Isso é o que você é para mim. O amor é uma palavra muito amena para descrever o que sinto por você. Atordoada, tanto por suas palavras como pelo seu amor, Ellie só pode se ajoelhar e pulsar em torno dele, emocionalmente conectados de uma maneira que nunca teve antes. O momento parecia se estender, até que ela não pode evitar expressar sua resposta à sua declaração apaixonada. —Então, está bem com tudo isso? — Ela detestava perguntar, mas não podia se magoar novamente. Não depois de hoje. Tinha que ouvir as palavras de seus lábios. —Tudo bem com isso? — Ele pressionou mais, e por cima do ombro ela o viu sorrindo de orelha a orelha. —Querida, toda vez que estou perto de você quero gozar. O que acha? —Não é isso. — Ela corou e se moveu para se separar dele. —Ainda não. Mmm. — Ele girou sua bacia, e um surto de calor rodou através de seu núcleo. —Pela Luz, amo sua bunda. Ela se sentiu tola. —Não posso falar com você inclinada. Preciso ver você, seu imbecil. Ele se puxou para fora, e tanto quanto ela queria vê-lo, sentia falta dele dentro dela. Relutantemente, ela o encarou, olhando em seus olhos. —Quer dizer, sou Djinn e os Djinn fizeram algumas coisas muito ruins à sua família. —Jonas salvou minha vida, não uma, mas duas vezes. Salvou meus irmãos também. E seu pai providenciou este santuário, quando foi necessário. Não sou tão tolo para não diferenciar um Djinn de outro. — Ele corou e acariciou sua bochecha. —Era um idiota quando parti antes. Mas Ellie, entenda. Estava em choque. Apaixonei-me tão forte por você, só para saber que não era quem eu pensava inicialmente. E até esse ponto, tudo que sabia dos Djinn é que minha família tinha sofrido. Ela olhou abaixo, sentindo sua dor como dela própria. Mas ele ergueu o queixo para encontrar seu olhar. —Ellie, isso tudo foi antes. — Ele deu um sorriso de alta potência, mostrando essa pequena covinha em sua bochecha esquerda — seu movimento assassino antes que atacasse as mulheres. Ela piscou. —Está tentando me enfeitiçar para acreditar? —Por que, está funcionando? — Ele olhou esperançoso e sorriu, os olhos cintilantes. —Eu te amo, Ellie. Toda você. A xiantope, a Djinn, até mesmo a pequena “pervertida” que gosta do que posso fazer ao seu corpo.
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Ela riu e o jogou de volta no chão, deslizando sobre seu corpo coberto de suor. —É hora de admitir isso. —O quê? Que você é uma pervertida? — Ele riu, e ela esfregou seu joelho perigosamente perto de sua virilha. —Eu sei, eu sei. Amo você, Ellie. Toda você. E acho que sabe o que isso significa. — Ele deu-lhe um olhar, sabendo que fazia seu pulso acelerar. —Affai — sussurrou em sua mente. —Já não precisa de uma affai já que me tem? —É uma coisa boa que seja bonita, porque com certeza é estúpida. Ela o golpeou, e ele prendeu seus braços entre eles, capturando sua boca num beijo de amor. —Você é minha affai, Ellie. Ela não podia falar. Os sonhos que teve, de um dia encontrar alguém para amar, estimar e que iria amá-la, aparentemente se tornaram realidade. Caos brilhava em sua mente, sua magia negra pulsando enquanto a alegria e ansiedade percorriam sua alma. Queria tanto acreditar num futuro com Cadmus. Mas apenas agora começava a conhecer a si mesma. Poderia ser o que Cadmus realmente precisava numa affai? Cadmus, no entanto, entendeu seu silêncio como rejeição. Ficou tenso e segurou seu rosto. —Sei que é muita coisa para aceitar, especialmente considerando que não queria nada a ver com magia e os Djinn por tanto tempo. É muito para lidar, e tanto quanto gostaria de poder apenas trabalhar em “nós”, não posso ainda. Tenho a responsabilidade do meu povo que não posso afastar. — Seu discurso inflamava quanto mais ela olhava para ele, sem dizer nada. —Sei o que está pensando. Juro, entretanto, que na minha alma, no meu coração sempre estará em primeiro lugar. Mas Ellie, é só por que a situação está tão precária em Tanselm agora. Olhe, vai ter muito o que fazer lá. É necessária, mais do que pode saber. E não me refiro apenas a mim. Com sua ajuda, podemos consertar a ponte entre luz e escuridão, nós podemos... —Cale a boca já. Jesus, confessa me amar e depois solta a língua. Entendo, Cadmus. — Ele visivelmente relaxou, enquanto internamente seus nervos queimavam. —Como sua affai, vou viver em Tanselm com você. Posso fazer isso. — Ela engoliu em seco. Discussão sobre a mudança. Se mudar para Tanselm não seria como se mudar para outro estado. Tente outro plano. Mas Ellie sempre se orgulhou de sua capacidade de se adaptar. E, apesar de uma série de falhas, nunca deixou de ter coragem de fazer o que era certo. Ela fugiu de seu destino por muito tempo. Chegava o momento de abraçar sua herança Djinn, e seu futuro com o seu em-breve marido. —Só isso? — Seus olhos brilharam com humor. —Não tenho que implorar com jóias ou promessas de grande poder? Simplesmente aceita minha vida como a sua? —Agora, agora, o príncipe Cadmus. Não se precipite. Não estamos casados ainda. Ainda tem algum cortejo para me compensar, e gosto de flores e chocolates. Jóias, nem tanto. —Ela começou a relaxar, sabendo que tomou a decisão certa. Foreia, nesse aspecto, estava praticamente a empurrando para um delírio de felicidade. —Mencionei ainda como meu pai vai ficar puto sobre isso? Ele riu. —Só a cereja no topo do bolo, querida. Não que tenha alguma coisa contra o Sarqua... exatamente. Bem, não muito rancor. Altercações inofensivas. Nada muito sério. —O que aconteceu que não está me dizendo? —Que horas são? Ela apertou o apêndice mais próximo que pode encontrar e ele gemeu.
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—Não sei o que fazer. Estou totalmente espremido, mas meu corpo quer você de novo, e agora. Nesse ritmo teremos pequenos príncipes em um ano. Com sua menção das crianças, ela congelou. —Ellie? — Ele ficou sóbrio. —Está tudo bem, querida. Estava brincando. —Não usamos nenhuma proteção. — Ela sentou e colocou a mão sobre a barriga, não tendo certeza de como se sentia sobre pensar num filho dentro dela. Assustada e animado, nervosa, mas excitada. —Ainda não, querida. Confie em mim, quando isso acontecer, você saberá. —E nossas diferenças não importam, você sendo um Portador de Luz e eu sendo Djinn? Quero dizer, fisicamente? Ele franziu a testa e balançou a cabeça. —Não que eu saiba. Inferno, Aerolus casou com Alandra. E tanto Marcus como Darius se casaram com mulheres de seu mundo, ou devo dizer, de seu velho mundo. —Não é que eu não quero filhos — disse ela rapidamente, percebendo como ele podia entender seus comentários. —É exatamente isso... —É muito cedo, especialmente com tudo que está acontecendo. Entendo, Ellie, eu o faço. — Ele a beijou, a acalmando. —Agora vamos nos vestir antes que Jonas tente aparecer aqui de novo. —Jonas — ela guinchou, mortificada que pudesse saber o que ela estava fazendo. —Relaxe. É minha bunda, não a sua, que o incomoda. —O quê? —Brincadeira — ele murmurou e entregou sua roupa. Vestiam-se em silêncio amigável. Ellie não podia acreditar o quanto sua vida mudou, e quanto realmente olhava para o futuro. Com Cadmus ao seu lado, a vida parecia muito mais agradável do que já teve. Ela acreditava nele, em seu poder e o que representava. Ele tinha mais direito que a maioria ao preconceito contra os Djinn, mas olhava além da sua dor para a verdade. E a empurrou a aceitar sua herança, quando podia facilmente ter ido por outro caminho. —Ellie — ele disse suavemente enquanto a guiou em direção a entrada do pavilhão. — Acredite em mim quando digo, quero você exatamente do jeito que é. Você é minha pequena Djinn, não importa o quão alta seja, e sempre será. — Ele deu um tapa na bunda dela. —Agora, comece a se mexer. E se gostou de como isso cheira, basta esperar até que eu te pegue sozinha novamente. — Ele balançou as sobrancelhas e ela riu enquanto deixavam o gazebo. Infelizmente, Jonas não era único Djinn aguardando sua saída. Seu pai, seu primo, e que pareciam ser, pelo menos, cinqüenta guerreiros Djinn estavam atrás deles, sombriamente segurando suas armas.
CAPÍTULO ONZE Jonas olhou de Cadmus e Ellie para Ethim. Merda. Não era como se não tivesse tentado avisar o Senhor da Terra. Mas não, Cadmus estava tão ocupado. Fechou os olhos e tentou ignorar o que Cadmus fazia com Ellie. Basta dizer que o Storm Lord e sua affai não tinham ideia que sua felicidade se tornou de conhecimento público.
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—Como explica tudo isso? — Ethim rosnou, agitando os braços ao redor da floresta em torno do pavilhão. Um Djinn resmungou atrás dele, bem, mas honestamente, Jonas sentia a alegria de Foreia com a situação. Onde uma vez antes havia árvores de desbastadas e vegetação rasteira, agora estava cheia de flores e arbustos, grama azul espessa e árvores que pareciam ter crescido vários metros na extensão de pouco mais de uma hora. Jonas não podia deixar de ficar impressionado. Cadmus era, naturalmente, um Senhor da Terra. Mas nunca tinha visto o que o Storm Lord irritante podia realmente fazer. Porra, mas Foreia se excitou com seu toque, ou melhor, se excitou com Cadmus tocando uma Escura. Foreia, como Tanselm, era uma terra rara, um lugar de vida, magia e sensibilidade. A terra falava para quem quisesse ouvir, e agora Jonas e seus irmãos estavam ouvindo uma bronca sobre o maravilhoso emparelhamento do Portador da Luz e a filha do Djinn. —Sarqua — disse Jonas suavemente —, acho que talvez deva escutar o mundo à nossa volta. —Você ficar fora disso. — Ethim olhou feio, seus olhos como chamas azuis, desconfortavelmente lembrando Jonas que Lexa precisava saber sobre isso imediatamente, isto é, se já não soubesse. —Mas Sarqua... —Tenho tolerado muito para salvar nosso mundo e Tanselm dos Dark Lords. Mas dar minha filha a um Portador da Luz? — Ethim cuspiu, Escuridão fervendo ao redor e através dele. —Isso vai muito longe. —Seus preconceitos estão se mostrando, — Lexa murmurou, seus olhos azuis aparecendo antes do resto do corpo. Um suave silêncio pairou sobre os Djinn atrás dela, e se afastaram respeitosamente. —Venha agora, Ethim. Conversaremos sobre isso. Ellie está melhor agora do que nunca. —Inferno. Como se Djinns não fossem ruins o suficiente. — As palavras secas de Cadmus soaram mais divertidas que preocupadas, e Jonas estreitou seu estudo sobre o casal segurando as mãos fora do pavilhão. Grande. Não só Ethim estava extremamente irritado, como Cadmus gostava, e não fazia nenhum esforço para esconder sua diversão. —Quem é essa? — Ele ouviu Ellie murmurar para Cadmus. O Storm Lord suspirou. —Essa é uma Dark Lord. Em vez de se encolher, Ellie olhou para Lexa com curiosidade. —Há algo sobre ela que parece familiar. —Elliara, estou contente que pareça tão interessada nas riquezas de Foreia — Ethim interrompeu, sua mandíbula apertada. —Mas se unir a um Portador da Luz não é necessário. Nunca quis deixar você ir com um deles. Os traços de Ellie se apertaram, e seus brilhantes olhos azuis brilharam com desafio. —Tem muita coragem para me dizer o que fazer, considerando... —Ellie, Sarqua, talvez este não seja o momento ou lugar para essa discussão. — Jonas tentou argumentar. Os Djinn atrás de Lexa assistiam ao drama com uma curiosidade sem remorso. Jonas sabia que tinham por Ethim apenas os melhores interesses no coração, para não falar alguns poucos deviam ter fantasias que abrigavam o acasalamento com a filha do Sarqua. Embora Ellie não visitasse Foreia até agora, Ethim muitas vezes enviou seus guerreiros ao plano mundano para
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protegê-la em segredo. E os boatos sobre sua beleza e vivacidade se espalharam como rastilho de pólvora. —Jonas está certo. — Lexa sorriu, olhando a postura protetora de Cadmus e o controle apertado de Ellie em sua mão. Ela acenou com a mão, e a multidão de Djinn atrás dela desapareceu de repente. Vendo o olhar desconfiado de Ethim, balançou a cabeça e bufou, parecendo de repente um duende travesso e não a temida Dark Mistress que os Djinn respeitosamente temiam. —Relaxe, Ethim. Só os mandei de volta ao campo de treinamento. Essa conversa é uma que deve ser feita entre a família. — Ela acenou para Ellie e baixou a cabeça, chocando Jonas. —Bem-vinda, Elliara Storm, ao início do resto de sua vida. Ellie franziu a testa e deu um passo na direção Lexa. —Eu conheço você, não é? O sorriso de Lexa se apagou. —Não, Ellie. Não me conhece. A barriga de Jonas apertou, e sentiu passar uma consciência das Trevas entre as mulheres. Ethim, surpreendentemente, se manteve alheio à comunicação ímpar, assim como Cadmus, que tinha muita luz ainda nele para ver o que acontecia. Ellie arregalou os olhos, mas não disse nada. —Ellie? — Cadmus a puxou de volta em seus braços e olhou para Lexa, um movimento que Jonas teve que respeitar. O Storm Lord sabia que Lexa podia dobrá-lo como um pretzel, mas ainda lutava para protegêla. —Não foi nada — Ellie disse com voz distraída, sacudindo a cabeça. —Estava enganada. Cadmus assentiu, mas permaneceu tenso, guardando sua affai. Quando Jonas observou a posição dos dois, com um contra o pai d e Ellie e Lexa, teve que admitir que pareciam bem juntos. Ellie estava justo onde Cadmus era escuro, mas sua Escuridão cabia em sua Luz como uma fechadura e chave. Através de Ellie, Cadmus estava mais forte e mais escuro, mais capaz de cumpror e se defender contra 'Sin Garu e o flagelo Netharat se preparando para a guerra. O amor dele e Ellie compartilhava os poderes de ambos, e não era tanto preconceito de Ethim contra os Portadores da Luz , mas pode ter se sentido uma medida de paz ao ver sua filha tão bem protegida e bem-amada. —Isso é besteira, Mistress. Minha filha trouxe o Senhor da Terra à obediência. Dar-se a ele não fazia parte do plano. Ellie olhou em choque para seu pai e riu, surpreendendo a todos. —À obediência? Está falando sério? Obviamente não conhece Cadmus muito bem, Pai. Ele piscou para o título familiar e suavizou uma fração. —Está certa, filha, não conheço. Mas conheço sua espécie e ele e a nossa não se misturam. —Não se misturavam bem — Lexa corrigiu. —E isso foi um erro que custou muitas vidas e muita dor através dos anos. Por causa dessa brecha, Tanselm está nessa transição horrenda. Mas com Cadmus e Ellie consertando a brecha, juntamente com Alandra e Aerolus, as coisas vão melhorar. Ethim parecia frustrado e olhou para Lexa. —Como pode dizer isso? Somos todos apenas peões em sua busca por vingança contra o feiticeiro de Tanselm? Sim, Mistress. Todos sabemos há quanto tempo tenta tirar a Luz do próprio ser de Arim. O que não sei é o que planeja fazer com minha filha, a salvando para sacrificá-la para Tanselm!
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O gelo claro nos olhos de Lexa não prometiam nada de bom para o futuro de Ethim. Jonas rapidamente se colocou entre ela e Ethim quando uma faísca azul disparou em sua mão. —Mistress, sabe que sua resposta se baseia em nada mais que o amor por sua filha. —E a ignorância e o medo. — Ellie surpreendeu por repicar. Cadmus olhou para ela, mas não disse nada, apertando o braço em apoio. —Sei que sou bastante nova para tudo isso de luz e escuridão, mas ouvi as histórias de Jonas por toda a minha vida. Me parece que um monte de inverdades estiveram voando sobre ambos os lados. Ela se virou para Jonas. —Sempre me disse que os Portadores da Luz prosperavam em matar tudo que não fosse Luz, que se julgavam melhor que o resto da existência. Mas sei que Cadmus não se sente dessa maneira. Seus irmãos se casaram com mulheres do meu mundo — meu antigo mundo. E Alandra, uma princesa de Aelle, um reino Shadow, sacrificaria qualquer coisa por seu marido, um Storm Lord e Portador da Luz. Sei disso porque ela e eu somos amigas há um ano. —Eu sabia — Jonas murmurou. Ethim o olhou em choque. —Se recusou a reconhecer os Djinn, mas fez amizade com uma conivente Aellei? — Sua voz se levantou com raiva. —Não acredito nisso! —Cuidado com o tom — Cadmus advertiu em voz fria, embora Jonas pudesse sentir a diversão sob sua superfície calma. —Cuidar do meu tom? Olhe, pequeno idiota, só o permiti aqui para apaziguar nossa Mistress Dark, um ato que lamento mais que pode saber. E vou falar com minha filha da maldita maneira que quiser! — Raios pretos de energia explodiram dos olhos de Ethim para Cadmus, e por um momento, Jonas temeu o pior. Para sua surpresa, Cadmus apenas encolheu os ombros com a explosão distante. —Obrigado, Ellie. — Ele a beijou e enviou a Jonas uma piscadela antes de se voltar para Ethim. —Através de sua filha, agora sou capaz de suportar a Escuridão diretamente. E tenho que admitir, foi um inferno de bom golpe, Ethim. Ou devo chamá-lo de Pai? Ethim engasgou com sua raiva, e de repente Amanda apareceu atrás deles. —Ah, bom. Estão aqui, todos juntos. Obrigado pelo convite, querida. — Ela assentiu com a cabeça para Lexa. —Estive tão ansiosa por isso. — Ignorando completamente o marido fanfarrão, correu em direção a Ellie e Cadmus, envolvendo os dois num caloroso abraço. —Minha menina finalmente encontrou um marido! Oh, Ellie, estou tão feliz por você. Sabia que ele era único. Pude sentir no momento que olhei em seus olhos. — Ela se virou para Ethim. —Agora podemos relaxar, Ethim. Nossa filha tem um guerreiro, grande e forte para protegê-la, então devia estar feliz. —Feliz? — Ele rosnou. —Não entende. Cadmus Storm é um... —Homem muito bom que vai cuidar bem da nossa filha, e se quiser ver nossos netos, um dia, é melhor jogar limpo. O olhar de Amanda ficou duro. —Acho que ambos compartilhamos preconceitos e mal-entendidos o suficiente para durar uma vida. —Ela olhou para Ellie com um pedido de desculpas, os olhos úmido. —Espero que todos possamos começar tudo de novo, uma lousa limpa, talvez? Finalmente, Jonas exalou alto e ignorou os murmúrios agravados em torno dele. —Inferno. Isto é pior que aquelas malditas novelas diurnas. Por que não concordamos que Ethim tem trabalho a fazer no Departamento “cumbaya” e vamos pegar algo para comer? Estou com fome, e tenho certeza que vocês dois precisam de algum alimento. — Ele olhou para Cadmus
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e Ellie. —Enquanto estão se “conhecendo melhor”, alguns de nós ficaremos esperando aqui, morrendo de fome. Amanda riu e caminhou de volta para Ethim, puxando-o para seu lado quando ele deu um passo na direção de Jonas. —Bem dito, Jonas. — Lexa sorriu. —Agora, por que não vamos todos nos sentar na casa Ethim e, enquanto esperamos juntos pelo que vem a seguir? Num piscar de olhos, estavam na casa de Ethim diante de uma grande mesa coberta com alimentos. Jonas ficou com água na boca quando olhou para as aves frescas e carne temperada, frutas maduras, suculentas e bolos de mel enriquecidos com Sorba. Esperando impacientemente que Ethim, Amanda e Lexa sentassem, Jonas finalmente se juntou a eles e atacou a comida. Entre mordidas, perguntou o que estava em sua mente. —Tudo bem, Mistress, vou perguntar. O que faremos agora? Ela encolheu os ombros e olhou para Cadmus. —Isso é o que eu gostaria de saber. Bem, Vidente? O que estamos esperando? Cadmus encontrou o olhar de Lexa com um encolher de ombros. —Não tenho ideia do que vem a seguir. Se coubesse a mim, ia sugerir que fossemos comer. —Eu concordo — disse Jonas em torno de um bocado de comida. —Claro. — Lexa franziu a testa. —Cadmus, além de suas habilidades como Senhor da Terra, é um Vidente dotado com a capacidade de prever possibilidades infinitas. É o único que pode nos dar o próximo passo. Tenho feito tudo que posso. — Ela olhou para Ellie, um pequeno sorriso curvando seus lábios. —Talvez seja tempo de levar sua affai para casa. —Desde quando ficou decidido que ela é sua affai? —Ethim bateu no garfo que caiu da mesa, e virou seus olhos acusadores para Lexa. —Me prometeu que ela seria feliz. —E será — respondeu Cadmus, apertando a mão de Ellie. —Está cometendo um erro ao supor que trataria Ellie mal, simplesmente porque ela é parte Djinn. Ela é minha affai, e vou protegê-la com minha vida se for preciso. Com sua ajuda, Tanselm pode ser muito mais do que é. —Do que ela é — Lexa corrigiu. Cadmus franziu a testa. —Então Tanselm realmente é "ela"? Sempre pensei que era apenas uma noção fantasiosa que conjurei do nada. —A consciência vive nas águas, na terra e no ar de Tanselm. Se ficar bastante atento, pode ouvir o que fiz no momento que pisei em suas planícies. A sensibilidade de Tanselm é nutrir, amar e feminina. —Então o que é Foreia? — Ellie perguntou. —Por causa de tudo que senti desde que estou aqui, diria que a terra é decididamente masculina. —Por que diz isso? — Jonas quis saber. Ellie corou, e Cadmus ficou curioso. —Sim, por quê, Ellie? —Porque tenho recebido um monte de dicas e não tão sutiis me empurrando em sua direção. — Para o sexo, idiota. Tenho que soletrar para você? Foreia almeja sexo do mesmo jeito que você, de um tipo de forma dominadora, erótica e masculina. Por suas palavras não ditas, ele mordeu o lábio para abafar uma risada. —Ah. Acho que entendo. — Porra, mas concordo com Foreia. Vamos largar essas pessoas e achar aquele gazebo novamente.
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Ethim olhou para Cadmus, mas quando seu olhar delizou para Ellie, suas feições suavizaram, e ele a estudou com um olhar triste. —Ellie, gostaria de falar com você em particular. — Ele levantou da mesa, esperando. Cadmus olhou do pai para a filha, ciente da dor que sentia vibrando no núcleo de Ellie. Ela queria tanto amar seu pai, sentir sua total aceitação. Mas mentiras e enganos nublaram seu relacionamento por um tempo muito longo. Estudou Ethim, imaginando como o homem se manteve distante de Ellie todos estes anos. Ficou claro o quanto gostava dela, mesmo que tivesse uma maneira torta de mostrar isso. —Não acho que... —Vá — Cadmus a interrompeu. —Fale com seu pai agora, quando pode. Uma vez que retornar para Tanselm, tenho a sensação que todo o inferno vai se liberar. — Nunca será feliz até que feche esta lacuna com seu pai, Ellie. Use este tempo para falar com ele. Não sabe o que o futuro pode trazer. E o amor de um pai é algo a ser valorizado. Naquele momento, jurou que podia sentir a presença de seu pai perto, um bálsamo agridoce para curar a ferida de seu falecimento. Ellie segurou sua mão e piscou as lágrimas antes que pudessem cair. Ficou de pé e em silêncio seguiu seu pai até a próxima sala. Silêncio envolveu a mesa, os únicos sons ouvidos sendo a constante mastigação de Jonas. —Obrigada — disse Amanda. —Sei que parece que Ethim não gosta muito de você... —Porque ele não gosta — Jonas interrompeu, lambendo os dedos. Sorriu para Cadmus com puro prazer. —Mas, por minha experiência com você, todo mundo que te conhece quer te matar mais cedo ou mais tarde. Amanda olhou para Jonas em silêncio antes de se voltar para Cadmus. —Ethim é muito antigo. Oh, não pode dizer ao olhar para ele, até que olha fixamente em seus olhos. Mas viveu alguns anos muito duros. Tenho certeza que, como você, tem razões para não confiar no que outrora considerava “inimigo”. Mas se realmente ama minha Ellie, vai encontrar uma maneira de fazer as pazes com os Djinn. Porque, apesar da minha interferência, Ellie floresceu numa Sarqua verdadeira. Até posso ver a escuridão ao seu redor, e sou apenas uma mulher simples de Seattle. —Uma mulher que diz pérolas e pode te roubar descaradamente num jogo de pôquer — Jonas murmurou. —Basta dar-lhe tempo. — Amanda continuou como se Jonas não tivesse falado. Tempo. Um sentimento de desgraça familiar varreu Cadmus quando a verdadeira compreensão finalmente floresceu. Ethim era Djinn, como Ellie. E os Djinn viviam tanto quanto os feiticeiros Portadores da Luz, centenas de anos, talvez até mesmo milhares. Nunca se livraria de Ethim, a menos que um dos inimigos do Sarqua o tirasse dali. Suspirou. Só ele podia ter tanta sorte. Ignorando gozo manhoso de Jonas, encolheu os ombros, determinado a tirar o melhor proveito da situação. Iria se abster de derramar o sangue de Ethim, mas não havia nenhuma razão para não se divertir ao redor do Sarqua impetuoso. Inferno, chamá-lo de "pai" quase provocou no Djinn um ataque de apoplexia. —Por Ellie, faria qualquer coisa. — Com seu comentário, Amanda sorriu e até Lexa acenou com aprovação. Que o lembrava, por que Ellie parecia tão certa que conhecia a Dark Mistress? — Lexa...
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—Agora sobre o futuro... onde está 'Sin Garu agora? Estou tendo um momento duro para apontar com exatidão, por alguma razão. É como se estivesse fora da existência. — Lexa franziu a testa em concentração, evitando sua pergunto. —E seu tio. Cadmus olhou para ela, esperando. Estava se perguntando quando ia abordar o assunto de Arim. —Não consigo localizá-lo também. E isso me perturba. É como se estivesse mascarando sua presença com outra forte, e os únicos seres que conheço que poderiam proteger sua presença são Sava, 'Sin Garu e eu. Cadmus sentiu antes que o visse, e apesar de ter vivido em torno de seu tio por toda a sua vida, ficou impressionado e um pouco nervoso pela entrada de Arim. Estrias de explosão de Luz atravessaram a sala, tão brilhantes que fizeram Jonas e Amanda proteger seus olhos, enquanto Lexa jogava um escudo sobre o encontro. Cadmus sabia que a Luz devia ter doído nela também, mas ela olhou sem vacilar o espetáculo crescente diante deles. Arim apareceu de repente como um Dark Avenger, o assassino infame da Sombra e Guardião dos Storm. Usava roupa de batalha, uma grande sobre-túnica preta enfeitada com vermelho que chegava aos seus joelhos, calças pretas e botas de couro altas. O bastão em suas mãos brilhava com pureza ameaçadora, girando dentro da esfera vermelha e branca estriada. Em volta de Arim estalou a estática, e Cadmus podia literalmente sentir o pulso de energia a partir de vários mundos que cobriam o tio da escuridão de Foreia. Como Arim podia tocar em mundos alternativos permanecia um mistério, e que não tinha intenção de estudar mais. Essa porcaria era melhor guardar para Aerolus, que estava sem dúvida trepando com a magia nas Eastlands. Os olhos de Arim brilhavam, apesar das íris negras que pareciam incomensuravelmente profundas. Quando olhou ao redor da sala, seus olhos pousaram sobre Cadmus, seu olhar intenso e interrogativo. Aparentemente satisfeito que seu sobrinho permanecesse vivo e bem, Arim voltou sua atenção sobre os ocupantes remanescentes da sala. Seu olhar deslizou sobre Amanda e Jonas, que sabiamente permaneceu em silêncio. Quando os olhos assentaram sobre Lexa, no entanto, a tensão na sala positivamente cresceu. Antes que alguém pudesse piscar, bandas de Luz saíram através da mão de Arim e do bastão para aprisionar Lexa onde ela estava. Serpentes de energia fervilhante a mantiveram cativa, entrelaçando mais e mais ao redor de seu corpo, a constrição da Luz recuando causando dor ao apertar ao redor dos olhos. Cadmus fechou os olhos e absorveu, por um momento, tufos da energia de Tanselm que vibrava através de seu tio. Sempre soube do poder de Arim, mas vê-lo assim, de perto, fez com que olhasse Arim com um novo respeito. Ele abriu os olhos e olhou para Lexa — surpreendentemente subjugada por outro — e sabia que precisava agir rápido. Visions começaram a rodar, misturando passado e presente, até que sabia que certamente se não se mexesse rapidamente, pelo menos tanto Lexa como Arim morreriam de morte violenta, aqui e agora. Se agitando para se livrar do choque, Cadmus deu um passo em direção a Arim, andando através das bandas de sua energia com facilidade. Pelo menos ainda tenho Luz suficiente para passar através de seus escudos. Deu um suspiro de alívio e procurou atrair a atenção de seu tio. —Então, suponho que está aqui porque pensou que eu precisava de você de novo, certo?
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Arim não tirava os olhos de Lexa, mas a raiva projetada para Cadmus era forte suficiente para empurrá-lo atrás alguns passos. Ele engoliu em seco. —Certo, bem. Esse não é o caso. Arim, Lexa não é a vilã aqui. — Ele ainda tinha algumas reservas com relação a isso, mas matar a Dark Mistress dos Djinns não apenas era desconfortável, mas seriamente chatearia Foreia — e não era uma boa ideia pedir misericórdia à terra. —Ah? —A voz de Arim era suave, muito suave. O estômago de Cadmus apertou. —Não diga, sobrinho. O que a bruxinha prometeu para ganhar sua lealdade? Ellie, talvez? —Tão típico — Lexa murmurou, os olhos começando a rasgar quando um pouco de luz atingia sua pele. —Pare com isso, Arim. — Cadmus começou a se preocupar quando seu tio o ignorou. —A única maneira desta briga terminar é com você ou Lexa mortos. —Um fim, finalmente. —E com essa morte, o fim de Tanselm e todos que defendemos. — Cadmus encarou Arim e balançou a cabeça, desejando que seu tio acreditasse na verdade. —Pode procurar meus pensamentos, se quiser, mas estou dizendo a verdade. Não esperava que Arim aceitasse a oferta, então Cadmus xingou e segurou suas têmporas pela dor quando seu tio esfaqueou por sua mente. Força ofuscante peneirando através da memória, e depois com uma acentuada torção, Cadmus estava novamente sozinho. —Merda. —Estava dizendo a verdade. — Arim balançou seu bastão, e a energia prendendo Lexa desapareceu. Em vez da retaliação que Cadmus esperava, Lexa, no entanto, permaneceu imóvel. — Quero ver Ellie. —Ellie? — Cadmus olhou fixamente para seu tio, querendo saber como Arim passou pelas defesas de Foreia. Após a primeira visita à Foreia, Jonas mencionou muitas salvaguardas no terreno, o principal sendo uma aversão a todas as criaturas da Luz. Surpreendeu, portanto, a Jonas quando Foreia acolheu Cadmus de braços abertos. —O que Ellie tem a ver com você estar aqui? —Vim para te encontrar. E para ver o que sabe sobre os Djinn. Infelizmente, não estavam esperando no apartamento de Ellie quando voltei. Em vez disso encontrei os restos de uma batalha terrível. — Ele se virou para Jonas. —Bom combate, pelo visto. —Obrigado — murmurou Jonas, e se aproximou de Amanda, se colocando entre Arim e a mãe de Ellie. —Relaxe, Jonas. Ele não vai machucar ninguém. Vai? — Cadmo perguntou a Arim, esperando. Arim deu a Lexa um olhar afiado e deu de ombros, então se acomodou na cadeira de Ethim como se fosse convidado. —Perfeito. — Jonas suspirou. —Se Ethim ainda não explodiu, isto deve fazê-lo. Sua filha affai de um Storm Lord, e um fodido Assassino da Sombra sentado em sua mesa de jantar. —Affai? — Arim encarou Cadmus. —Ainda não. —Está muito atrasado. — Lexa disse suavemente. —Eles se uniram. —Ah? — Suas palavras eram quase um sussurro, e Lexa engoliu audivelmente. Estranho, mas Cadmus pensou que sua reação à Arim a deixava ainda mais sedutora. Perto dele, ela parecia mais humana, mais acessível. —Estão unidos desde que Cadmus assumiu na primeira noite por Darius no Outpour.
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Cadmus começou. —O quê? Sua pergunta foi repetida por Ellie e Ethim, que apareceram de repente atrás de Amanda. —Sim, Dark Mistress — Arim disse causticamente. —Certifique-se que todos os peões sabem exatamente como joga com eles antes de fazer seus movimentos finais. — Ele balançou a cabeça para Cadmus. —Os erros que cometemos na juventude. —Nos assombram para sempre — Lexa cuspiu, a raiva transformando seus olhos num brilho branco brilhante. —Oh cale-se, Arim. Sempre foi um idiota sentimental. Pode me culpar de tudo que quiser. Mas o verdadeiro amor fala por si. Ela sorriu, seu rosto fantasmagórico repleto de satisfação. —Cadmus e Ellie foram feitos um para o outro.
CAPÍTULO DOZE Ellie olhou com espanto, à espera de ver o que diabos Alex, ou Lexa como se chamava, queria dizer com essa observação. Ainda não podia acreditar que sua melhor amiga de quase 10 anos, Alexandra Novak, era de fato Lexa Van Nostren, uma Dark Mistress. Inferno, podia muito bem dizer que sua melhor amiga era a filha de Satanás. Sem dúvida, os Portadores da Luz pensavam nela como tal. Ela sorrateiramente olhou para Cadmus e o viu observando Lexa com um olhar inescrutável. O que ele via quando olhava para ela? Ciúmes desconhecido encheram sua cabeça, e Ellie teve que lembrar-se que conhecia Alex. — Lexa. Está me dando dor de cabeça. Ela enviou à mulher o pensamento irritado. Desculpe, Ellie. Mas nunca se abriu para mim sobre ser Djinn, por isso talvez estejamos no mesmo? Lexa soava esperançosa, e Ellie suspirou. Claro que a amiga tinha telepatia, podia congelar homens pelo caminho, e comia criaturas Netharat no café da manhã. Para uma mulher, criada no comum, Ellie via sua vida espiralando na direção do desconhecido terrivelmente depressa. Sua mãe estava agora completamente no campo de seu pai, então esses laços com o mundo "mundano" desapareceram. O noivo dela era um Portador da Luz, um príncipe de outro mundo, e sua melhor amiga passava a ser uma Dark Mistress, um flagelo supostamente mal tentando destruir tudo em seu caminho. Bem, pelo menos, Ellie e seu pai suavizaram ao longo dos muitos solavancos em seu relacionamento. Provavelmente nunca se levariam fácil, mas pelo menos seu pai agora a entendia melhor. A culpa saindo dele não a tinha machucado tanto. Bom saber que ela não era apenas um sentimento terrível de seu passado. Agora, se apenas Ethim reconhecesse o papel de Cadmus em seu futuro... O que quer dizer com Cadmus e eu fomos feitos um para o outro? Ela pensou tão duro quanto pode para Lexa, mas não podia ter certeza que seus pensamentos atingissem o objetivo. Com Cadmus recebia seus pensamentos e enviava os dela sem esforço. Não podia explicar como fazia, mas fazia. Lexa, por outro lado, a confundia como o inferno. 4
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Balançando a cabeça, Ellie só podia olhar. Não admira que não reconhecesse Alex. Em Seattle, Alex trabalhava como compradora de varejo, viajando de costa a costa para comprar as últimas tendências em lojas de departamento elegantes. Uma cobertura ótima se a pessoa precisasse se ausentar por qualquer período de tempo. Mas a Alex que Ellie conhecia parecia tão diferente, muito mais aberta, mais... normal. Alex Novak tinha longos cabelos pretos, olhos verdes e um bronzeado que Ellie invejava. Era magra, mas da altura de Ellie, e essa altura bizarra ajudou o vínculo entre as mulheres. Um encontro casual num café terminou numa década de amizade. Contudo, pensando nisso, talvez, a amizade não fosse tão casual ou tão verdadeira? Nem um pouco. Tinha minhas razões para conhecê-la, Ellie. Mas nossa amizade foi uma das únicas coisas na minha vida que valeu a pena manter. Acredite nisso, se em nada mais. Bom. Ellie suspirou, incapaz de suportar a dor na voz de sua amiga. Mas tem muito a explicar e não é engraçado. Só tente não irritar Arim ao ponto dele queimar você pela metade. Vou fazer meu melhor, foi a resposta seca, mas aliviada. —Estamos esperando — Arim disse, sua voz baixa e sedosa, e suficiente ameaçadora para fazer Ellie gostar que estivesse de pé perto de Cadmus. Como se percebesse a aflição dela, Cadmus rapidamente olhou para ela e mandou ondas de segurança. Arraigado calor rodou através de seu ser, e lembranças de seu tempo no gazebo provocaram calor fresco. Ele piscou e se voltou para Lexa, esperando ansiosamente com Arim, sua explicação. Lexa olhou para o nariz empinado do feiticeiro aguardando sua resposta. —Estou surpresa que não percebesse isso até agora. Mas é tão teimoso que resiste à verdade, mesmo que morda sua bunda. Cadmus tossiu para abafar uma risada, e Ellie notou o modo como os punhos enormes de Arim se apertaram. Lexa era ou muito corajosa ou desejava morrer. —Em todos os séculos desde as tribos Dark se dividirem e serem expulsas de Tanselm, tetrarca após tetrarca de Storm Lords governaram sobre a terra. Na maior parte, os Portadores da Luz trouxeram paz e prosperidade para Tanselm. —Na maior parte? — Arim perguntou, cruzando os braços sobre o peito. —Tanselm, como muitos outros mundos com tal magia, precisa do equilíbrio para florescer. Assim como a Escuridão nas mãos dos Dark Lords todos esses anos atrás feriram a terra, a Luz que pessoas como vocês jogam em tudo que tocam começou a macular sua preciosa Tanselm. Arim franziu a testa. —Está mentindo. —Sabe que não estou. Sentiu em sua alma. Eu senti o mesmo. —Ah? —De tempos em tempos, ao longo dos anos, o tenho visitado, Arim. Mantenha seus inimigos perto, certo? Seus lábios apertaram, mas ele não disse nada. Ellie achou a interação entre sua amiga e Arim tão fascinante quanto suas palavras. Podia ver a forma como os olhos de Arim estudavam qualquer expressão de Lexa, cada movimento seu, e sentiu que havia uma história muito mais profunda que de meros inimigos. Lexa, por sua vez, agia tão alegremente indiferente e hostil que Ellie ficou surpresa que Arim não pudesse ver o quanto ela ainda se importava com ele. Olhando sutilmente em torno dela, observou que todos os olhos estavam focados em Arim e Lexa, e abriu seus sentidos. A Luz em
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torno de Arim e a escuridão em torno de Lexa pareciam completamente opostas, e completamente complementares. E as bandas de energia ao redor de cada um deles parecia chegar e lamber o outro, testando, sondando, quase... convidando? Interessante. Certo. Mais que interessante. Cadmus mentalmente a acariciava. Mas preste atenção, amor. Lexa está prestes a nos dizer porque somos perfeitos um para o outro. E não quero que você, ou seu pai, percam uma palavra disto. Muito engraçado. Contendo um sorriso, se concentrou em Lexa novamente. —Tanselm vem enfraquecendo. A Luz está começando a queimá-la, e ela precisa de alguma escuridão para equilibrar sua magia. Assim, as mais recentes aquisições dos membros da realeza. —Desculpe-me? — Cadmus perguntou. —É isso mesmo, Senhor da Terra. Você e seus irmãos nasceram com as bênçãos de Tanselm. Da meia dúzia de tetrarcas antes de você, a de vocês é a mais equilibrada do grupo. A boca de Cadmus se apertou. —E daí? Sou escuro para equilibrar meus irmãos? —Isso é besteira. — Arim a olhou. —Corte o lixo, Lexa. E pela primeira vez em sua vida miserável, diga a verdade. —Estou — disse ela, gelo revestindo suas palavras. —Se calar a boca e ouvir, vou mais que explicar. Vou te mostrar. — Ela se adiantou e desenhou um círculo no ar. Ellie assistiu fascinada, quando quatro meninos pequenos muito parecidos com versões mais jovens de Cadmus apareceram. —Estes são os príncipes quádruplos idênticos do Rei Fausto e Rainha Ravyn. Cada príncipe nasceu com os poderes dos elementos, e cada um enraizado na Luz e nas Trevas da existência através da graça de Tanselm. Lexa virou-se para Cadmus. —Ela particularmente gostou de você, Cadmus. Por isso o presenteou com as habilidades de um Senhor da Terra. Você, mais que seus irmãos, sente o que Tanselm sente. Está em sintonia com a Terra e seus prazeres e dores, e como tal tem mais escuridão dentro de você que seu irmão cabeça quente, o Príncipe do Fogo. —O quê? — Cadmus a encarou em confusão, e Ellie sentia o mesmo. —Bem? Não brilhou na Verdade, não uma, mas várias vezes? Arim olhou para ele, e Cadmus murmurou alguma coisa baixinho. —Fiz, mas Jonas explicou que era devido à influência de Ellie. —Jonas estava errado. — Lexa deu a Jonas um olhar que o fez levantar suas mãos. —Disse a ele o que pensei que ele queria ouvir. Então me processe. —O que Jonas deveria ter dito é que você é o mais escuro dos seus irmãos, Cadmus. Sim, é um Portador da Luz e Storm Lord em todos os sentidos da palavra, mas Tanselm precisa mais de você do que isso. A terra precisa de um salvador. —Isso é demais. — Arim balançou a cabeça em descrença. —Vai me dizer que estive cego ao fato que meu sobrinho é um Escuro? Tente outra, porque, "fraco" como acha que sou, não sou nada, exceto atento. Mantive vocês, Dark Lords fora de volta Tanselm por séculos. Não acha que reconheceria uma ameaça de dentro, e tão perto de mim? —Olá, estou aqui — murmurou Cadmus. Ellie não podia deixar de sentir por ele, mas ao mesmo tempo ficou muito feliz. Quanto mais ela e Cadmus tivessem em comum, certamente era bem-vindo. Gostou da ideia do seu Storm Lord ser escuro, e não era como se o pensamento se alongasse. Embora gostasse de brincar e se
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divertir, Cadmus tinha uma seqüência má nele que estava além da Luz e prazeres superficiais. Terra e profundo, revelada em sua sensualidade, e sua raiva às vezes agitando sua escuridão, tentando-o a subir. —Cadmus não é uma ameaça para você, Arim — explicou pacientemente Lexa. Ellie pensou que estava mais que tolerante, considerando como Arim estava agindo como um cabeça-dura. Obrigada. Lexa mandou. Sou sempre a vilã, mas não é irritante ver como Portadores da Luz podem ser? Por toda... santa mer.... Ellie sorriu e olhou rapidamente abaixo quando o olhar Arim focou nela. Seus olhos se estreitaram, mas antes que pudesse falar Lexa o distraiu. —Darius é principalmente Luz, e Cadmus principalmente Escuridão. Marcus e Aerolus são obscuros, daí a ligação de Aerolus com uma Aellei, uma criatura da sombra. E Alandra, a propósito, fez mais por sua magia do que pode chegar a entender. —Eu sei — Arim murmurou, coçando o queixo, enquanto olhava para ela. O tio de Cadmus surpreendido e concordando com alguma coisa que Lexa disse, Ellie só podia olhar e esperar, intrigada pela conversa. —Ouviu isso, affai? Estamos mais equilibrados do que eu imaginava — disse Cadmus, esgueirando um sorriso mau para o pai de Ellie que fez até mesmo Amanda rir. —Inferno, e eu que pensei que Jonas era um pé no saco — Ethim resmungou. —Ei. — Jonas apertou seu coração. —Estou ferido. E depois de tudo que fiz para te ajudar. —Ajudá-la, quer dizer. — Ethim acenou para Lexa, que estava olhando mais que satisfeita para Ellie e Cadmus. Ela ignorou Arim, que olhava para ela, um olhar preso no seu rosto. —Eu sirvo os Djinn. — Jonas balançou a cabeça regiamente, e Ellie viu o sorriso que deu ao seu pai. Quando ele piscou para ela, ela revirou os olhos. Seu pai estava certo. Jonas era tanto uma dor como Cadmus prometia ser. Obrigado pela comparação. Cadmus rosnou em seus pensamentos. —Tudo isso tem sido muito esclarecedor — Arim disse com voz profunda. —Mas estou mais curioso para saber onde achou este conhecimento. Está me dizendo que Cadmus está condenado a se tornar um Djinn, agora? Será que vai ficar explodindo, na Verdade, à vontade, ou simplesmente ao acaso? —Você é tão condescendente. — Lexa amaldiçoou em voz baixa. —Não, Cadmus não está “condenado” a se tornar um Djinn. —“Honrado” seria uma palavra melhor — Jonas acrescentou. —Ele pode explodir na Verdade de vez em quando, mas só quando Ellie estiver ameaçada ou sua vida estiver em jogo. E antes que pense em condenar essa característica, sabe que a escuridão dentro dele salvou sua vida em mais de uma ocasião. Ellie realça essa parte dele, mas a magia estava em Cadmus para começar. E na luta contra um Dark Lord, ele vai precisar disso para sobreviver. —Para sobreviver ao que, exatamente? — Arim a olhou duro, como se estivesse olhando direto na alma de Lexa. —Para sobreviver ao que vi chegando, — respondeu Cadmus, assustando muito Ellie. Do que estava falando? E por que ela não sabia nada disso? Vou contar isso mais tarde.
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—Vai explicar isso agora — ela exigiu, as mãos nos quadris. —O que precisa para "sobreviver", Cadmus? —Diga a ela, Cadmus, ou seria melhor olhar para mim, como fiz antes? — Arim ameaçou. Ellie observou seu amante empalider e prometeu a si mesma uma boa conversa com seu tio. Era óbvio que o homem agia de forma furiosa. Muito poder corrompendo sua autoridade. Arim, o assassino da Sombra precisava de algumas sérias limitações. Amém. Lexa revirou os olhos. Cadmus explicou sua visão, e enquanto o fazia, o coração de Ellie bateu cada vez mais duro. —É 'Sin Garu em Tanselm, e vai levar aqueles wraintu com ele, essas coisas que têm o Nocumat dentro deles. Lexa está lá, e você também, Arim. E então o wraintu me joga na mistura, todo ensangüentado e ferido. — Ele se virou para Arim. —Mas você está preso e pode não ajudar em nada. E, então Ellie está lá, mas há algo diferente nela, algo mais... Ellie o olhou, se perguntando quando Cadmus pensava em contar a ela sobre essa "visão". Sabia de sua premonição, mas achava que era incapaz de ver algo, já que Darius partiu para Tanselm meses atrás. Aparentemente, o Storm Lord estava guardando segredos. Segredos que envolviam sangramento enquanto ela assistia com 'Sin Garu no comando. A raiva e o medo a atingiram, mas antes que pudesse agir de acordo com suas emoções, Arim assumiu o comando. —Está fodidamente louco? — Ele puxou Cadmus para ele com ventos de poder. —Já podia ter mencionado essa possibilidade para mim. Temos Netharat e rumores de 'Sin Garu voando ao redor do reino do norte em dias alternados. Precisamos nos preparar. —Espere. — Lexa levantou a mão. —A parte sobre Ellie estar envolvida deve preocupar mais do que parece. Cada ataque de 'Sin Em Garu sobre os Storm Lords, envolviam as affai. No entanto, nesta visão de Cadmus, o Dark Lord ataca Cadmus? O que há de diferente sobre Ellie, sobre esta situação? Ellie pensou em dizer que Lexa nunca se referia a 'Garu Sin como seu irmão. Então, novamente, se Ellie tivesse um irmão como ele, duvidava que gostaria de reivindicar quaisquer vínculos. —Cadmus? Quaisquer pensamentos? — Arim perguntou. Ele balançou a cabeça, e Ellie queria bater nele por não confiar nela. Oh, espere até ficar sozinha com ele novamente. Era só esperar... Ele piscou um olhar assustado. —Ah, não, nada de útil. Mas não consigo parar de pensar sobre o que vi nos olhos de Ellie, antes da visão terminar. Seus olhos estavam olhando para fora, Arim. Parece loucura, mas tenho a impressão que estavam de alguma forma dentro de Ellie, se isso faz algum sentido. Arim olhou de Cadmus para Ellie, que olhou para Lexa. Finalmente, ele falou, como se chegasse a uma decisão. —Isso é algo que temos que contar aos seus irmãos. Chegou a hora, Cadmus, de voltar para casa. Mas não virá sozinho. Ellie, acredito que virá com a gente. Cadmus assentiu. É hora, querida. Está pronta para isso? —Estou pronta. —Bem, eu não estou — disse Ethim. —Ainda não estou convencido que minha filha é realmente uma affai de um Portador da Luz. Mas serei amaldiçoado se vou deixá-la entrar em território inimigo sozinha. Cadmus suspirou. —Ethim, na verdade...
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—Bom ponto. — Arim assentiu, pegando Ellie e Cadmus de surpresa. —Jonas vai acompanhá-la. Na verdade, estarei de volta por ele amanhã mesmo, depois que eu verificar algumas coisas em casa. Acha que pode aprovar? Ethim cautelosamente balançou a cabeça. —Ninguém me pergunta nada — resmungou Jonas. —Às vezes me pergunto se não sou realmente um cãozinho sonhando que sou um homem. —Você é um cachorro, tudo bem. — Ellie sorriu, aliviada por não estar indo para Tanselm sozinha. Cadmus, obviamente, estaria com ela. Mas quando saísse para fazer suas coisas principescas, não queria ficar sozinha à mercê de um povo que foi ensinado que ela era o inimigo. —Se isso está resolvido, então — Arim começou a acalmar quando Lexa deu um passo em direção a ele. Ele se virou para encará-la num piscar de olhos, e Ellie ficou maravilhada com sua velocidade sobrenatural. —Sim? — Perguntou ele friamente. —Estou arrasada por não estar me estendendo um convite também, Arim. — Lexa fez beicinho, e Ellie viu o feiticeiro focar em seus lábios. Oh, Lexa era boa. Realmente boa nisso. —Vai estar lá em breve, imagino. Quando levar seu amado irmão através de um portal dimensional. Não se preocupe, Blue. Vou encontrar com você em particular, depois que escorar nossas defesas. Olhe para meu sinal em Shathra. Lexa parecia que querer dizer algo, mas balançou a cabeça em seu lugar. —Ótimo. Ellie, pegue minha mão. Ellie deu um passo em direção a Arim e estendeu a mão. No instante que Ellie colocou a mão na dele, sua mente ficou em branco. E o mundo ficou preto. *** O Djinn estudou a reunião de Ethim de cima de uma árvore próxima, seu olhar desimpedido pelos escudos mágicos que cercavam a residência do Sarqua, graças à um feitiço lançado pelo Dark Lord. Observou enquanto Arim agarrava a filha do Sarqua e o Senhor da Terra e os teleportava da sala. A Dark Mistress e Jonas conferiram por um curto período de tempo antes de Jonas piscar do quarto, deixando o Sarqua, sua companheira e a Dark Mistress sozinhos. Num piscar de olhos ela desapareceu. Alguns minutos depois, se juntou a ele no alto da árvore. —Então, Remir, o que acha? — Perguntou ela. —Difícil dizer, Mistress. Acho que Arim comprou, mas não tenho certeza se Jonas vai fazer como o instruiu. Francamente, ele é um pouco ligado demais com Elliara e os Portadores da Luz para meu gosto. —Sempre achei isso. — A Dark Mistress se empertigou e jogou os cabelos atrás, fazendo Remir saber quanto tempo ela o ameaçaria antes de dar a ele o que desejava de novo. Cada segundo sem ela, era muito, muito para suportar. —Mas nosso Jonas preferiria magoar nossa Ellie por um breve momento a desafiar sua Dark Mistress. Não sou tão indulgente como a pequena Djinn mestiça. Remir riu, depois suspirou quando ela passou os dedos pelos seus cabelos. —Você sentiu minha falta, Escuro? 4
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Seus lábios passaram por seu pescoço, pararam em seu ponto de pulsação e o encheu com desejo cru. —Sim — ele sussurrou enquanto ela passava as mãos sobre o peito, rasgando suas roupas. Em segundos tinha as calças abertas, com as mãos gananciosas se ajustando em seu pênis, bombeando-o enquanto sussurrava coisas más em seu ouvido. —Quer tanto estar dentro de mim quando goza, mas ainda não está pronto, está, Remir? —Não — respondeu asperamente, se forçando em seu aperto. Seus lábios cobriram seu mamilo descoberto, e seus dentes morderam duro, a dor aumentando seu prazer, mesmo quando ela lambeu até as minúsculas gotas de sangue de sua mordida. —Mmm. Delicioso. — Ela lambeu o peito, as mãos cavando cada vez mais perto de sua virilha, dolorosamente apertando sobre seu eixo, trabalhando com os dedos em suas bolas. Incapaz de se conter, Remir empurrou para cima e gozou, quase soluçando quando a sensação cresceu dentro dele, uma e outra vez, seus poderes das trevas surgindo dentro de seu corpo Djinn, agitando o ato erótico de novo. Tonto, Remir mal entendeu que agora estava sozinho na árvore, Lexa tendo desaparecido durante sua neblina sensual. Mas ela o deixou com uma lembrança pegajosa de sua presença, juntamente com um comando, que não só gostou, mas aguardava com expectativa para cumprir, só para tê-la em seus braços muito mais cedo. Ele desapareceu, brilhando após a fuga de Jonas. Mas na sua pressa de fazer o que sua Mistress ordenou, perdeu o olhar furioso de uma testemunha no chão. Um grande estrondo encheu o ar, e então tudo era silêncio.
CAPÍTULO TREZE —Que diabos foi isso? — Cadmus olhou para seu tio, furioso por Arim enfeitiçar sua affai. No minuto que a tocou, ela caiu em seus braços e desmaiou. —Tinha que nos transportar para Tanselm, Cadmus. Como exatamente achava que eu pretendia fazer isso? De olho na satisfação no olhar de seu tio, Cadmus sabia que o astuto feiticeiro fez mais que transportá-los para casa. Observou enquanto Ellie piscava e oscilava nos pés instáveis, olhando com confusão seu novo ambiente. A pequena clareira ficava do lado de fora da parede do reino ocidental norte. Deviam ter chegado no meio da tarde, pois o sol estava desaparecendo ao longo da montanha Morn à leste, a temperatura constante, o calor um alívio da versão gelada de Seattle na primavera. Os pássaros chilreavam e abelhas zumbiam, e o doce aroma de leraffes entrando em floração fez a cabeça de Cadmus girar com alegria. Queria se deleitar com sua volta para casa, inundado pelas sensações familiares e saudosas de casa, mas a preocupação com Ellie maculava seu prazer. —O que fez com ela? — Ele perguntou de novo, prometendo mentalmente retribuição se Ellie fosse machucada de forma alguma. —O que precisava fazer. — Arim o encarou, seu olhar desafiador e cheio de poder, mas Cadmis se recusou a recuar. —Olha, tio ou não, se está fodendo com minha affai porque não pode lidar com a escuridão, pense novamente. — Ondulações de poder percorriam Cadmus, as boas-vindas de Tanselm mais
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que efusivas. Embora passasse mais de um ano desde a última visita de Cadmus, sabia que de fato nunca sentiu tanta força. Testou seu poder, com foco em Arim, e observou com aprovação sombria como raízes próximas explodiam com incrível velocidade através da grama verde se envolvendo em torno de Arim, aprisionando o feiticeiro assustado. Cadmus o segurou rápido com o poder inexplorado sentado no solo de Tanselm, o zumbido de energia psíquica dentro da própria terra. Pela luz, a corrida era extraordinária. —Interessante. — Arim não fez nenhum movimento para se libertar, apenas observava Cadmus com curiosidade. —E agora, Senhor da Terra? Vai arrancar as respostas de mim? Sorrindo por entre os dentes, Cadmus puxou Ellie para ele e a abraçou protetoramente. —Não gostaria de nada mais. Agora me diga o que fez com ela ou vou... —Cadmus! Girando nos calcanhares, esperou cautelosamente pela abordagem de seus irmãos. Darius e Marcus vinham de uma entrada secreta na parede norte. Pararam surpresos ao ver Arim coberto do pescoço aos pés pela raiz da árvore, seu corpo a vários metros do chão ainda. —Oh, isso parece divertido. — Darius riu, ganhando um sorriso de Marcus. —É bom ver você de volta em casa, onde pertence — disse Marcus. —Bem, percebi que as coisas provavelmente iriam para o inferno sem mim aqui, então tive que voltar. Cadmus sorriu, a felicidade por estar com seus irmãos matando até a vontade de punir Arim. —É bom ver vocês dois. Ellie pigarreou delicadamente, e todos os olhos se voltaram para ela. —Gostaria que conhecessem minha affai, Ellie Storm. Darius levantou uma sobrancelha e sacudiu a cabeça. —Quem teria imaginado? —É bom ver você também, Darius. Como está Samantha? — Ellie sorriu, ganhando um sorriso de Darius pela menção de sua affai. —Ela está bem, tenho certeza. — Arim interrompeu em tom comedido. —Agora desprenda este tronco antigo antes que eu seja forçado a matar um pouco da floresta viva de Tanselm. Cadmus estreitou seu olhar e as raízes lançadas em Arim serpentearam de volta ao solo, as gramíneas cobrindo os buracos formados, parecendo como se nada tivesse acontecido. Marcus deu um assobio. —Bom trabalho, Cadmus. Parece que não somos os únicos com poderes acrescidos. —Ele deu uma olhada sutil para Ellie. —Parece que sua affai é de fato muito mais que apenas um rostinho bonito. Darius revirou os olhos. —Sim, ela é um nocaute, e é Djinn. Primeiro Aerolus com Alandra, agora Cadmus com Ellie. Pena que não temos outro irmão. Então podíamos acolher um Dark Lord na família. Cadmus riu, vendo o humor da situação. Mesmo seus irmãos e Ellie sorriram. Mas Arim observou o grupo em silêncio, o olhar quase de desaprovação. —Hora de ver a mãe — comentou Marcus, quebrando a súbita tensão. —Ela está maluca desde o último ataque Netharat. —Quando foi isso? — Cadmus se juntou aos outros quando entraram na entrada do reino. A porta fechou atrás deles, magicamente protegida e selada com a magia da invisibilidade. Um corredor escuro se abria diante deles, um túnel sob o reino, ramificando em várias saídas
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estratégicas, bem como levando diretamente ao andar principal. Darius conduzia com Cadmus e Ellie ao seu lado, e Arim e Marcus fechavam a retaguarda. —O Netharat golpeou novamente poucos dias atrás, uma fraca tentativa para desviar nossa atenção do oeste. Golpearam em seu território, Cadmus, o norte. Claro, esse ataque não foi nada sobre o que aconteceu quando Aerolus quase o mordeu. —O quê? Darius se inflou enquanto caminhavam através da passagem de pedra estreita que levaria direto ao coração do castelo. Apesar da escuridão do corredor, podia ver muito bem. Curiosamente, a pequena iluminação de Darius — uma dança de fogo em seus dedos — ao invés de prejudicar, ajudava a visão de Cadmus. Olhou para Ellie e a viu tímida pela chama de Darius, também, outro exmplo do escuro dentro dele se manifestando. Só esperava que seus irmãos não tomassem conhecimento disso. Infelizmente, sabia que Arim viu. Seu tio observava cada maldita coisa. Suspirando, Cadmus apertou a mão de Ellie, contente quando ela apertou de volta. Tão feliz como se sentia por finalmente estar em casa, se preocupava com Ellie assumindo Tanselm. Seattle foi seu mundo pela sua vida inteira. Em apenas um curto espaço de tempo, foi duramente atingida pela cultura Djinn, e depois sacudida apenas para ser empurrada para a central dos Portadores da Luz. Inferno, teve dificuldade suficiente para se ajustar em Foreia, e usava magia. Só podia esperar que Ellie tivesse menos dificuldades aqui. Você está bem? Estou bem. Tanselm parece muito acolhedor. E aqui sendo escuro e fresco parece muito, muito bom. Muito quente para você lá fora? Ele pode sentir seu encolher de ombros. Vou me adaptar. Sempre o faço. —Sabe, poderia apenas ter nos teleportado para dentro do castelo, em vez de nos fazer ir pelo caminho mais longo — Cadmus ouvido Marcus murmurar para Arim. —Mas então onde estaria a camaradagem, a diversão fraterna? Humm, Marcus? — Arim voltou sua atenção para Ellie. —Então, Ellie, o que acha de Tanselm até agora? —É carregado de magia. —Isso é. —É muito parecido com Foreia, na verdade. — Ela parecia surpresa, e Cadmus observou enquanto ela raciocinava, amando a acadêmica nela. —Essa sensação de poder enche o solo muito abaixo de seus pés. Provavelmente não nota muito já que está acostumado a isso. Mas, acredite em mim, é muito, muito diferente de Seattle. Arim balançou a cabeça, seu olhar especulativo repousando sobre ela. Cadmus desejava saber o que seu tio realmente fez com sua affai, mas sabia que ficaria sem respostas do feiticeiro. Humm. Talvez Aerolus pudesse dar "uma olhada" e lançar alguma luz... Uma sonda sutil roçou sua mente, e ele imediatamente se retirou para si mesmo, usando as técnicas que Lexa o ensinou para se proteger. Engraçado que automaticamente usava os ensinamentos de um Dark Lord em seu planeta natal, mas não podia explicar os sentimentos estranhos que Arim provocava. Cadmus apenas experimentava instintos protetores com Ellie, ou algo mais, algo ameaçador que Arim pudesse cometer?
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A dor atravessou seu crânio, e ele tropeçou quando visões o alcançaram. O rosto acolhedor de sua mãe, seus olhos verdes brilhando com amor e carinho. Então ela ficou imóvel, imóvel no chão de pedra fria, o vestido queimado acima de seu coração, a queimadura da chama azul ainda fumaçando enquanto seu agressor fugia do local. Gritos, incriminações e lágrimas... e Samantha e Tessa debruçadas sobre Ravyn enquanto Darius e Marcus gritavam o alarme, e Ellie se afastava, a culpa sobre seu rosto enquanto ela continuava a se desculpar mais e mais. Ela olhou para Jonas com lágrimas nos olhos e murmurou algo que Cadmus não conseguia decifrar... —Cadmus. — Ellie olhou em seus olhos, dando um suspiro de alívio quando ele piscou para ela. —O que estou fazendo no chão? —Tropeçou em seus próprios dois pés, seu cascalho — Darius roncou. —Que diabos aconteceu? —Uma visão? — Marcus perguntou. Consciente que todos esperavam que falasse, não podia deixar de estudar Ellie, se perguntando o que diabos aquela visão queria dizer. Sua mãe machucada? Ellie, envolvida? Culpada por não reagir rápido o suficiente, ou de perpetrar o ataque? —Cadmus, você está bem? — Arim perguntou em voz baixa. Cadmus olhou para seu tio, sabendo que o olhar procurando seus olhos viam muito e ainda não o suficiente. Se compartilhasse essa visão com eles, certamente se voltariam contra Ellie. Embora Darius e Marcus não parecessem se importar que fosse Djinn, e Aerolus a receberia independentemente, Arim era outra questão. Seu tio tinha reservas sobre sua affai, e Cadmus queria saber o porquê. Decidido a manter o que viu para si mesmo, Cadmus assentiu. —Desculpe, tive uma visão estranha da mãe chorando e me recebendo em casa, e me golpeou. —Bem, sorte sua que ela está chorando. Ela quase me bateu na bunda ao receber Samantha quando entrou pela porta — Darius murmurou. Marcus deu uma risadinha. —Inferno, Darius, todos queríamos felicitar Samantha. Ainda não acredito que encontrou uma mulher que pode tolerar. —Eu? Você não pode dizer nada, pomposo caminhante-da-água. —Lá vão eles — Cadmus murmurou para Ellie quando seus irmãos começaram a ir um sobre o outro. A discussão cresceu, em volume, enquanto viajavam em direção ao castelo. —Tão entediante — Arim suspirou, mas um sorriso curvava seus lábios. Ellie sufocou uma risada quando Darius de repente se virou para ela. —Diga a ele, Ellie. Diga o excelente barman que eu realmente era. —Ah, sim. Ele fez um bom trabalho. —Um bom trabalho? — Darius a olhou, os olhos vermelho flamejante e brilhando no escuro. —Dei para a casa enormes dicas. —Isso porque as mulheres estavam morrendo de vontade de entrar em suas calças — Marcus disse secamente. —Não tinha nada a ver com sua incrível capacidade de servir bebidas. Dario se virou para ela, mas Ellie balançou a cabeça. —Desculpe, Darius, mas ele está certo. Agora eu realmente era uma grande bartender.
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Darius zombou, e ele e Ellie começaram uma acalorada discussão sobre clientes, dicas, e a arte de servir uma bebida decente. Cadmus balançou a cabeça. Realmente sentiu falta dos seus irmãos idiotas? —Então, cérebro de merda, o que diabos fez consigo, uma vez que se foi? — Marcus perguntou a ele. —Oh, estive ocupado. Fazendo negócios com os Djinn, seduzindo a filha do Sarqua, dançando com fantasmas... — Ele olhou por cima do ombro para ver os olhos de Arim se estreitar perigosamente. —Não é engraçado. Os olhos de Marcus se arregalaram. —Está falando sério? —Infelizmente, ele está. — Arim suspirou. Murmurou baixinho e de repente apareceram na câmara da Rainha Ravyn. —Vocês quatro estão me dando uma dor de cabeça. Cadmus, vá cumprimentar sua mãe. E apresente-a à sua affai, corretamente. Surpreso por Arim realmente querer que ele admitisse seus laços com Ellie, Cadmus, levou Ellie alegremente para sua mãe. Empurrando sua visão perturbadora para o fundo de sua mente, se curvou graciosamente, mas antes que pudesse falar, sua mãe o tinha nos braços, o esmagando contra o peito. —Mãe, está me sufocando. — Ele tossia, tentando respirar, e ouviu o riso atrás dele. —Onde esteve, Cadmus? Fiquei muito preocupada! — Sua mãe olhou para ele, desde o topo da cabeça até suas botas de trabalho mundanas. —E o que está vestindo? — Ela franziu a testa e balançou a cabeça. —Não importa. Quem é aquela jovem, hein? — Seu sorriso travesso dizia que já sabia, mas a alegria nos olhos dela tornava difícil não se juntar a ela. —Mãe, tenho o grande prazer de te apresentar minha affai, Elliara Storm. —Elliara? — Darius murmurou, e Samantha deu uma cotovelada no estômago dele para que ficasse quieto. Ellie corou, mas se aproximou de Ravyn. —Só Ellie, na verdade. É um prazer, minha senhora, ah, Alteza. —Poderia muito bem começar a chamá-la de "mamãe", — Alandra disse quando ela e Aerolus apareceram de repente. —Cara, odeio quando eles fazem isso, — Tessa, a affai de Marcus murmurou quando juntou as mãos com as dele. —Me assusta. —Tenho todos os meus filhos juntos, e essas noivas bonitas. Ellie, — Ravyn disse, uma lágrima em seu olho —bem-vinda à família. — Ela abraçou Ellie com uma sinceridade que fez os olhos de Cadmus queimar, e teve que piscar rapidamente para não parecer um idiota apaixonado. Felizmente, todos os olhos estavam sobre sua mãe e Ellie. O puro prazer no rosto de Ellie por ser aceita fez seu regresso para casa mais que especial, e não podia agradecer à sua mãe o suficiente pelo carinho e amor. Pela respiração da Luz, ele sentiu saudades dela. —É tão bom estar em casa novamente — disse ele rouco, beijando Ravyn na bochecha. —Sim, é. — Ela passou um braço pelo de Ellie e o outro através do de Cadmus. —Isso exige uma celebração. Marcus gemeu. —Sabia que ia dizer isso.
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—Ei, pelo menos não precisa adquirir vários barris raros de cinarum — Aerolus acrescentou. —Essa cerveja é cara, e malditamente difícil de fabricar. Alandra riu. —Não é verdade. Ele só gosta de reclamar para se sentir devidamente apreciado. Aerolus deu à sua affai um olhar, que a fez piscar os olhos com inocência. —Viu, Arim? Disse que tudo ia dar certo. — Ravyn sorriu, olhando para seus filhos. —Tanta alegria em nossa casa novamente. Como senti falta disso. O olhar de Arim pousou em Ellie, e ele apertou os lábios. —Tudo está funcionando, só queria saber para quem. *** Francamente, embora todos fossem mais que agradáveis, e a mãe de Cadmus uma mulher realmente cuidadosa, Ellie se sentia cansada e sobrecarregada. Tanselm tinha muito mais magia que Foreia. Seu salto de Seattle para Foreia pareceu estranho, mas a escuridão da terra e o poder silencioso finalmente pareceram tão naturais quanto respirar. Em Tanselm, no entanto, parecia como se estivesse constantemente sendo testada. Toques sondando sua mente, penas de Luz se misturando em boas-vindas à Escuridão, e a pressão em manter uma fachada agradável de modo a não interferir com as boas-vindas em casa para Cadmus cobrava seu preço. Era engraçado, mas realmente sentia tanta falta de Foreia quanto sentia falta de Seattle. As cores em Tanselm eram muito mais brilhantes para seus sentidos afiados enquanto tentava absorver seu novo ambiente. E havia Arim... uma massa volumosa de testosterona, que mantinha um olhar constante sobre ela, como se esperando que fizesse algo mal. Primeiro tentou ser compreensiva, mas agora metade da noite já tinha passado, e o poderoso mago ainda a observava. —Cadmus, estou muito cansada. Se importaria se eu fosse para nosso quarto? Não tem que sair, no entanto. Sei o quanto sentiu falta de sua família. Ele olhou para ela, seus olhos castanhos brilhando, e uma onda de luxúria substituiu seu cansaço. Como se sentisse seus sentimentos, ele sorriu, um sorriso sensual que fez vibrar seu estômago. —Sem problema, querida. — Oh, não, não o olhar vou-fazer-amor-com-você-por-horas querida. —Estou ficando um pouco cansado também. Ele colocou uma mão em seu ombro e esfregou suavemente, o calor da palma da mão espalhando Escuridão através de seu corpo. —Mãe, me desculpe, mas Ellie e eu estamos muito cansados. Foi um longo dia. —Claro. — Ela se inclinou para aceitar um beijo de seu filho charmoso e os enxotou. —Sinto muito por retê-lo, mas senti muito sua falta. E Ellie, foi um verdadeiro prazer. Estou ansiosa para conhecê-la como a filha que esteve ausente. Cadmus revirou os olhos. —Tem três delas sentadas à mesa. — Ele apontou para Samantha, Tessa e Alandra brincando e comendo com seus maridos. —Sim, eu sei. E nunca vou agradecer o suficiente. Mas agora, meu último filho, o irascível, finalmente encontrou uma companheira, e não poderia estar mais feliz por ser tão linda. Ellie sorriu, mas se perguntou, inquieta, se Ravyn sabia quem e "o que" Ellie realmente era. Será que a Rainha a acharia tão aceitável se soubesse de sua herança? 4
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Relaxe, Ellie. Luz ou Escuridão, não importa. Talvez não para ele, mas Cadmus não sentia a necessidade de provar a si mesmo para sua família. Oh, realmente? Veio a resposta seca. Realmente precisamos conversar, Ellie. Mas não agora, mais tarde. Depois do nosso muito necessário... sono. Cadmus pegou a mão dela e esfregou a palma da mão com o polegar, fazendo seu ventre apertar. Pequeno furtivo... —Meu quarto ainda é o mesmo, Mãe? Ou o transformou num centro de vidência como sempre ameaçou fazer? Ravyn balançou a cabeça. —Deveria, eu sei. Mas nunca confiei que não colocasse armadilhas em seu quarto, especialmente depois que Marcus voltou uma vez completamente azul. Cadmus riu com sua mãe, e Marcus fez uma careta. —Posso ouvir você, mãe. E não gosto de você tomando seu partido. —Relaxe, Azul Frio. Provavelmente mereceu. —Tessa espetou suas costelas e tomou outro gole de vinho. —Mas acho que era algo para se ver. —Foi — Aerolus disse calmamente, com os olhos cinzentos brilhando. —Certo, bem. — Cadmus levantou da mesa e agarrou a mão de Ellie. —Vamos ver todos de manhã, se ainda estiverem aqui? Darius assentiu. —Vamos nos encontrar no café da manhã. Em seguida, a festa acaba. Arim nos quer de volta em nossos respectivos territórios. —Mas não vocês dois, ainda não — Arim falou, olhando fixamente para Ellie, então Cadmus. Ele balançou a cabeça. —Aproveite essa pausa, e vou vê-lo na parte da manhã. Cadmus acenou e puxou Ellie atrás dele, mas Ellie não podia tão facilmente descartar a vaga sensação de alerta que sentia nas palavras de Arim. —Pare de arrastar os pés, Ellie. — Depois de deixar a sala de jantar e quase correr através de vários corredores sombrios, Cadmus parou tão de repente que Ellie bateu nele. Sem dar a ela chance para recuperar o fôlego, ele engoliu seu protesto com um beijo que fez seu pulso disparar. Sua boca acariciou e brincou, prometendo muito mais, e então sua língua começou a empurrar entre os lábios, fazendo ela gemer com vontade. —Cadmus — ela respondeu asperamente, tentando pensar. —Não aqui. — Estavam num corredor escuro através do qual qualquer um podia entrar. —Humm, não sei. Nunca tive sexo com audiência antes. Pode ser divertido. — Ele riu quando ela o socou e, apesar do calor em suas bochechas, ela riu também. —Você é um pervertido. Ele capturou o punho voltado para seu braço de novo e beijou os nós dos dedos. —Sim, mas sou seu pervertido. Então pare de protelar. Com agilidade e se esquivando de vários pares assustados de senhores e senhoras, arrastou Ellie atrás dele. Com a mão na dela, riscou por um labirinto de corredores e dois conjuntos de escadas. Depois do que pareceu uma eternidade, entraram numa sala escura, circundada por uma pesada porta de carvalho. Piscando, Ellie se reajustou para a escuridão e para sua surpresa, descobriu que podia ver com o fraco luar refletido iluminando um espelho.
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A conversa alta a fez voltar para Cadmus, que estava com as costas contra a porta agora fechada, preguiçosamente a estudando com olhos lânguidos. —Sabe, realmente é a mulher mais sexy que já conheci. Perto de você, sou um tesão ambulante. — Ele ajeitou e tocou sua excitação, moldada por seus dedos. Começou a acariciá-la, empurrando a mão, a umidade inundando entre suas coxas. —Diga-me o que quer, Cadmus — disse ela, sem fôlego, presa pela fome em seus olhos. Aqueles bonitos olhos castanho chocolate a fazia derreter, e queria mais que qualquer coisa ver seu olhar ficar preto pelo desejo e amor, por ela. —Deixe-me dar o que precisa. Ele levantou sua camisa num movimento suave e desabotoou o fecho de sua calça. Imediatamente sua ereção saltou livre, grossa e dura, e ela sorriu pela piscina de umidade em sua ponta. —Me chupe, querida. — Ele segurou seu pênis em uma mão grande, uma oferta que não podia recusar. —Mas quero você nua primeiro. Vamos lá, deixe-me ver seus mamilos todo enrugados e apertados para mim. E essa boceta. Sua voz se aprofundou quando ela habilmente tirou a camisa e o sutiã, em seguida, descartou o resto de sua roupa. —Amo a sensação de sua boceta ao redor do meu pênis quando estou te fodendo. Sua crueza a excitou, as duras palavras tão em desacordo com o playboy suave que normalmente ela via. Ela mordeu o lábio e viu seu olhos escurecendo, ouviu sua respiração prender e viu seu pênis se projetar mais, o eixo venado brilhando enquanto esfregava o sêmem sobre a cabeça e em torno de seu comprimento. —Amo comer você, lambendo seu creme doce. — Sua mão se moveu mais rápido e ela caiu de joelhos diante dele. Ele estendeu a mão e a enterrou nos cabelos dela, massageando seu couro cabeludo, trazendo sua boca na direção de sua ereção. —Mas absolutamente amo sua boca. Tomeme, querida. Chupe-me muito e bem. Faça-me gozar abaixo por sua garganta. Ele olhou para ela através de olhos semicerrados, e quando seus lábios se enrolaram em torno da cabeça de seu eixo, ele fechou os olhos num gemido enferrujado. —É isso, Ellie. Luz, sim. Ela ignorou a pedra dura sob seus joelhos, o ar fresco que circulava pela sala, e festejou sua excitação. Adorava o gosto salgado-doce da sua carne, a sensação de suavidade de seu sêmen enquanto pulsava em sua garganta. Deixando seu amante de joelhos, o excitando além da medida, trazendo prazer insuportável. E pelos sons que ele fazia e o aperto que reforçou em seu cabelo, sabia que ele sentia isso, também. Sugando suavemente sua coroa antes de descer sobre seu eixo, ela brincava com ele, provocando sem piedade. Seus dentes levemente marcaram seu comprimento, e com um empurrão duro de sua língua, massageava a parte inferior do seu eixo, logo abaixo da cabeça — a sua zona mais sensível e erótica — num movimento que nunca deixava de fazê-lo tremer. Ele ficou tenso e tremeu, e ela sorriu ao redor de seu pênis, tomando-o mais profundo em sua garganta. Ondas de energia escuras e sensuais a encheram, decorrentes não apenas de seus próprios desejos, mas dos de Cadmus também. As palavras de Lexa brilharam, lembrando-a que seu amante podia ser tão escuro e sensual como um Djinn, e se deliciava pela noção que só ela poderia levá-lo a tal prazer.
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—Ellie — ele gemeu e começou a pressionar mais, avançando mais em sua boca. —Porra. Tenho que gozar, querida. Ela acariciou seu pênis com a língua, sugando-o com força, e acrescentou uma mão para esfregar duro o saco entre suas coxas. Ele prendeu a respiração e apertou sua bunda, tentando evitar gozar. Mas Ellie queria sua liberação, ela precisava. Roçou as mãos em seu saco e sobre suas nádegas, provocando o vinco entre as duas. Cadmus começou a ofegar, incapaz de controlar o movimento abrupto de sua bacia quando suas estocadas aumentaram de frequência, se não de profundidade. Ellie enviou vários tentáculos de energia para mantê-lo no lugar, estimulando sua sensibilidade até que ele estava quase inconsciente pela necessidade de gozar. Ela podia ouvi-lo gritando em sua mente, podia sentir que procurava a felicidade enquanto o desejo animalesco começava a consumi-lo. Então o chocou empurrando seu dedo em seu ânus e, ao mesmo tempo chupando-o profundamente, e ele gritou seu nome quando explodiu em sua boca. Fluxos de gozo explodiram na garganta, um creme salgado e tentador que a fazia se contorcer pela necessidade de seu próprio alívio. Ela encostou o dedo mais fundo em sua bunda e massageou suas bolas, e ele gritou quando se ergueu em sua garganta. —Ellie, oh Ellie. — Cadmus agarrou sua cabeça com as mãos, mãos suaves, mas firmes. — Querida, essa foi uma foda tão incrível. — Ele respirou fundo, e enquanto ela tirava o dedo, engolia os últimos vestígios dele e o deixava sair de sua boca com um sorriso. —Você é meu. Ele olhou para ela, seus olhos negros insondáveis, e ela distraidamente notou o cheiro de terra aumentando no quarto. Um aroma de lavanda encheu sua cabeça, e os mamilos apertaram e seu clitóris pulsou. —Cadmus? Ele sorriu e esfregou seu cabelo loiro entre os dedos, empurrando-a para ficar diante dele. —Não se preocupe, amor. Isso é apenas meu orgasmo fazendo cada planta nesta maldita sala florescer. Esse cheiro? É Iria, um poderoso afrodisíaco, que cresce nos vales de Tanselm. E fica em sua forma mais potente quando em plena floração. Ele inalou e riu, olhando profundamente em seus olhos. —Mal tenho energia para me mover, bruxinha. — Abraçando-a apertado, tropeçou com ela para sua cama e caiu com ela, nos macios e grossos cobertores. Ele a empurrou de costas ao lado dele, e ficaram lado a lado, sua respiração ainda pesada. —Apenas se deite e me deixe descansar um minuto. Ellie queria gemer, mas simplesmente assentiu. A Iria estava tornando difícil pensar em algo além de sexo, especialmente porque ainda tinha seu gosto em sua língua, ainda podia o sentir pulsando dentro de sua boca. Fechou os olhos e cobriu o rosto com um braço. Quando de repente sentiu a respiração ao longo dos cachos entre suas coxas, engasgou de surpresa. —Cadmus? Pensei que estava muito cansado? —Estou. — Ele suspirou. —E provavelmente só serei capaz de fazer isso uma vez esta noite. Antes que ela pudesse perguntar o que exatamente ele queria dizer, ele abriu suas dobras e apertou os lábios sobre seu clitóris. Estrelas brilharam por trás de suas pálpebras quando ela se arqueou em sua boca. Choques de prazer explodiram através de seu corpo, e ela gemeu, vagamente consciente da risada rouca de Cadmus.
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Seus lábios e dentes estimularam seu clitóris, sugando a carne com ardor arrebatador antes de ser atraído na direção do canal brilhante e vazio de sua vagina. Com sua língua, Cadmus atravessou o vazio, lambendo a umidade crescente se reunindo lá. E então seus dedos se juntaram à sua língua, primeiro um, depois dois. Empurrando-os cada vez mais fundo, e adicionando um terceiro também, brincou com seu ânus. Ela queria gozar, e quando um contato elétrico massageou seus seios, ela quase o fez. Energia elemental girava em torno seus mamilos, barriga, puxando o anel em torno de seu umbigo e correndo ao longo de seus seios, até que ela queria gritar. —Por favor, Cadmus. Deixe-me entrar — ela gemeu, consciente que ele continuava a trazê-la perto antes de recuar, a acariciando mais e mais. Seus dentes mordiscavam seu clitóris e ele enfiou o dedo indicador no ânus dela, fazendo-a ver estrelas, antes que de repente se lançasse acima de seu corpo. Num piscar de olhos seu pênis substituíu sua língua e começou a socá-la com golpes duros, seu eixo grosso atingindo o pico erógeno e profundo dentro de seu corpo. Trabalhando com força, se inclinou mais perto, seu cabelo no peito roçando seus mamilos e fazendo-a gritar de puro prazer, deixando-a sem sentido para tudo, exceto ele. —Você é tão boa, tão apertada — respondeu asperamente, enfiando a língua em seu ouvido enquanto a cavalgava duro, implacável quando a levou a lugares que nunca foi antes. —Agora goze ao meu redor, affai. Chupe-me em seu ventre, ordenhe minha semente até que ela se enraíze dentro de você. Ele mordeu sua orelha e se deslocou um pouco dentro dela, o novo atrito contra o clitóris dela e em seu ponto G, a empurrando para um clímax alucinante. Ela gritou e tensionou, tentando ser ela mesma em seu próprio ser. O prazer a oprimiu, o êxtase do momento tão totalmente escuro, ainda que pulsasse com fluxos de Luz. Ellie se sentiu queimar na Verdade, e incrivelmente, o prazer se intensificou. Ouviu Cadmus gemer e o sentiu estremecer, derramando dentro dela. Então o êxtase durou, até a pura exaustão puxar sua mente e corpo, e sem querer ela começou a desligar. Cadmus a puxou mais perto em seus braços, ainda incorporado profundamente dentro dela. —Shh, é isso, Ellie. Vá dormir. Tivemos um longo dia, e tenho certeza que amanhã será ainda mais longo. — Ele beijou a testa dela, e ela suspirou. —E se já não disse, bem-vinda à Tanselm.
CAPÍTULO QUATORZE O amor com Ellie sempre foi tão incrível. Ele olhou para o corpo dela gloriosamente nu, consciente que foi agraciado com alguém tão especial. Quando correu os dedos sobre seus lábios carnudos e maçãs do rosto salientes, admirou-se que sua pureza pudesse de fato ser tão escura por dentro. E, no entanto, era a escuridão que fazia sua Ellie tão sedutora. Ele piscou, e de repente estava no corredor, sua mente se turvando pela forma como foi parar lá. O cheiro de Iria fez cócegas no nariz e ele sorriu, lembrando de seu sexo incrível.
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Os gritos de seus irmãos o alertaram que alguma coisa aconteceu. E quando caminhou em direção à fonte de inquietação, passou por Jonas indo na outra direção, um olhar duro em seu rosto. Atordoado, Cadmus correu na direção de seus irmãos, chocado ao vê-los e sua affai envolvendo alguém no chão. Ele se aproximou e de repente passou por eles, a visão de sua mãe deitada imóvel o chocando. —Mãe? — Ele olhou com horror para o buraco queimado acima de seu coração, o cheiro de carne queimada e restos da chama azul fazendo-a vomitar. —Cadmus — ela gemeu, com os olhos vibrando. —Como pôde? —Mãe? —Como pôde trazer isso para minha casa? — Seus olhos se estreitaram na direção de Ellie, e ela tossiu, espirrando sangue nos lábios. —Esse mal não pertence aqui, meu filho. Você nos condenou a todos... Ellie olhou para ele sem pesar, os olhos azuis brilhando, como a chama azul que feriu sua mãe. Os Netharat, os subordinados de Sin Garu, fizeram isso. Os Netharat — um conglomerado de espectros de gelo, Shadren, e Djinn... os ensinamentos de seu pai voltaram, mexendo a vergonha dentro dele por não ser um filho melhor, pois embora seu pai fosse morto por um Djinn vil, Cadmus ignorou a verdade e aceitou um deles em sua casa, em seu coração. Ellie riu, um grito estridente que se misturava com os gritos horripilantes dos Netharat agora rasgando os muros do castelo. Fumaça e caos enchiam o ar, enquanto Portador da Luz após Portador da Luz caia e depois seus irmãos, um por um. Até apenas Arim e ele permanecerem de pé. —Seu idiota, estúpido Escuro. — Seu tio zombou, transformando vários espectros próximos em pedra. —Você, sozinho, destruiu Tanselm. Liderado por seu pau em vez de seu cérebro. Típico. Então Arim se turvou, e o mundo ao seu redor desapareceu, até que tudo que restava eram dois ofuscantes olhos azuis brilhantes e os sons do riso feminino enquanto perdia tudo que era querido... Cadmus acordou com um sobressalto, suor escorrendo pelo rosto. Olhou para Ellie, de bruços na cama ao lado dele, com choque e raiva. Sua mão tremia quando tocou sua pele, e o calor de sua carne serviu para sacudir o frio arrepiante de seu corpo. Se aquecendo, seus pensamentos começaram a limpar, e lentamente cutucou Ellie às suas costas, perplexo ao vê-la dormindo tão pacificamente. Como o sonho, parecia angelical, perfeita no sono. Um tremor o sacudiu, e quando olhou para sua affai, se perguntou se seu sonho possuía alguma verdade, ou se seus medos do futuro simplesmente tentavam afastá-lo da felicidade com a mulher ao seu lado. Continuou a estudá-la, procurando falhas, qualquer coisa que pudesse dizer se o que sonhou podia ter uma pitada de predição. Mas por mais que tentasse, não encontrou nada, e a pequena semente da dúvida que atormentou o sono fincou raiz. *** 'Sin Garu piscou nos recantos escuros do Entre Mundos e mordeu o lábio, os dentes ansiosos para rasgar a carne, acalmar de novo a fome que tanto o fortalecia como enfraquecia. Procurou o
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espaço completamente úmido de Orfel, um retiro Dark Lord, e encontrou apenas espectros, para sua decepção. Contemplando suas necessidades, não poder evitar o sorriso súbito que iluminou seu rosto. Era assim fácil tocar os sonhos do Storm Lord. A escuridão no Senhor da Terra continuava a crescer, uma deliciosa surpresa que 'Sin Garu planejava aproveitar devidamente. Queria estender seus agradecimentos pessoalmente à Elliara al il Ruethe. Uma Djinn tão linda, e completamente inconsciente de seu potencial. Ele franziu os lábios e piscou para a casa de Ethim. Vazia. Então se teleportou para o apartamento de Ellie, carrancudo ao encontrá-lo também vazio, e perturbadoramente puro, nada como seu Netharat o deixou. Droga de Arim. Com um olhar pela janela, viu uma mulher atraente, com cabelo escuro e um corpo bem modelado atravessando a rua. Assim como desprezava o que estava prestes a fazer, sabia que precisava para reforçar sua força. Em apenas alguns dias seus planos viriam a ser concretizados, e tinha que estar pronto. Fechando os olhos, olhou para dentro e viu a fonte de sua entrada em Tanselm. Teria que se apressar nesta alimentação. Ele entrou no quarto de Ellie e estalou os dedos. Num instante estava com os braços cheios com uma morena atordoada, mas mal-humorada. —E qual é seu nome, linda? —Que diabos? Onde estou? — Ela lutou, incapaz de entender o que estava acontecendo. 'Sin Garu riu. Adorava quando resistiam. —Acho que, adorável senhora, vou gostar muito de você. — Ele agarrou seus cabelos e arrancou várias mechas de sua cabeça, fazendo-a gritar. —Tenho sua atenção ainda? —Fada-se — soluçou enquanto sua força desaparecia. —O que quer? Por que está fazendo isso? Seu terror aumentou sua fome, e ele olhou para ela com uma emoção semelhante à afeição. —Ah, cachorrinha, basta virar a cabeça e tudo ficará bem. Ela permaneceu imóvel em seus braços, obstinada, e ele suspirou, os dentes espetando suas bochechas quando cresceram, o sabor picante de sangue enchendo a boca. —Escolhi uma vencedora — ele murmurou enquanto puxava a cabeça para o lado e mordia profundo. Rapidamente drenou o que precisava, a soltando no momento que terminou, consciente da bagunça que fez no piso impecável de madeira de Ellie. Com um aceno de mão, a morena morta e seu sangue se teleportou para Orfel, onde seu cadáver seria uma aparência bemvindo aos seus Netharat morrendo de fome. Limpando os dedos na manga, pegou a carne entre os dentes com a língua e a cuspiu, com nojo que estivesse reduzido a um bebedor de sangue por essa cadela, Lexa. Seu engano tanto o afligia quanto dava prazer. A silenciosa Lexa Van Nostren, sua tímida irmã, tinha muito a responder. Por causa dela, matou seu irmão mais cedo do que planejou. Devido a Lexa, perdeu uma oportunidade de ouro para exterminar não apenas Arim, mas o conivente Aellei também. Ele rosnou, extremamente irritado, pois teria que trabalhar dobrado para matar o novo rei Aelle, uma vez que conquistasse os Storm Lords e Arim. Fodendo Sava. —Não importa. — Disse a si mesmo para ser paciente, pois o consumo de sangue adulterava sua lógica.
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Fechando essa parte de si mesmo, a parte que fortalecia seu corpo físico, mas prejudicava suas faculdades mentais, os reuniu juntos e brilhou, tomando a forma que recentemente rendeu muito em sua batalha contra os Portadores da Luz. Quando seu informante Djinn tentativamente solicitou uma audiência, 'Sin Garu estava pronto. Fechou os olhos se concentrando, e os abriu uma vez ele sentiu o retorno bem-vindo de sua excitação que ultimamente estava muito carente. Moveu sua cabeça, deixando seus longos cabelos negros balançar contra suas costas. Nesta forma se sentia decididamente diferente e extremamente perverso. Sorriu, olhando de frente para esta nova aventura. Remir, um dos guerreiros mais experientes do Sarqua, estava parado diante dele, parecendo confuso. —Mistress? 'Sin Garu sorriu, sabendo que tinha a atenção do jovem guerreiro. Sob a aparência de sua irmã, 'Sin Garu encontrou mais do que podia esperar para ajudá-lo contra os Storm Lords, especialmente agora que Cadmus se apaixonou por uma tentadora Djinn. —Sim, Remir, o que tem para me dizer? — Ele não podia deixar de falar devagar, cativado pelos sons da voz rouca de sua irmã. Pela falsidade da Escuridão, gostava de ser uma fêmea. Enquanto a maioria dos metamorfos, incluindo os Djinn, simplesmente mostravam a ilusão da transformação, Dark Lords realmente transpunham seu material genético para combinar com seu alvo. Na verdade, neste momento, 'Sin Garu era uma fêmea, e uma cópia carbono de Lexa. —Por que nos encontramos aqui e não em Tanselm, como inicialmente solicitou — Remir estudou 'Sin Garu — Lexa — com perplexidade. Merda. Esqueceu o que disse antes ao Djinn. Mas como podia pisar em Tanselm sem que a porra dos Portadores da Luz soubessem no instante que entrasse em seu plano? Podia ser capaz de mascarar sua presença antes, por um breve período, mas não agora que consumiu sangue. — Está questionando sua Dark Mistress, — perguntou insinuante. —Não se lembra o quão bem recompenso aqueles sob meus cuidados leais? Os olhos de Remir escureceram e ele lambeu os lábios, o olhar centrado nos seios de Lexa. Satisfeito por recapturar a atenção do Djinn, 'Sin Garu ouviu atentamente o que Remir tinha a relatar. Então tirou a roupa, pedindo para Remir fazer o mesmo. E em segundos teve a atenção de Remir e o segredo para a queda do Senhor da Terra. *** Quando Ellie acordou, a cama estava vazia e havia uma breve nota de Cadmus. “Encontre-me na sala de jantar para o café da manhã. Suas roupas estão sobre a mesa. C. “ —O quê? Sem "Obrigado por uma grande noite"? Com Amor, Cadmus? Sem “Para minha querida affai?” Idiota. — Ela sorriu enquanto resmungava, seu corpo e mente também repletos de suas aventuras com Cadmus na noite anterior. Se alongando, procurou um banheiro, e piscou para a majestade de seu quarto durante o dia. Ela pensou que estava numa estufa. Plantas de todas as cores e tamanhos limitavam uma borda perto do teto e cobriam uma parede inteira de seu quarto. Várias flores lavanda e brancas, a Iria que ele mencionou, pareciam sorrir para ela, suas flores incrivelmente ricas e abundantes. O
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chão era de pedra, mas em torno da cama de mármore maciço de dossel estava um tapete de desenho intricado — com uma árvore retorcida e antiga, num material extremamente suave, em tons de marrom e verde. Vários retratos de Cadmus e seus irmãos adornavam a parede, bem como uma foto de sua mãe e seu pai — um homem com um grande sorriso e um brilho em seus olhos escuros e cinzentos que definitivamente lembravam seu amante. Vários espelhos refletiam a luz vinda de alguma fonte de fora do castelo, mas para sua surpresa, não conseguiu encontrar quaisquer buracos nas paredes ou no teto. Apesar da grandiosidade do mobiliário, a sala parecia o que ela imaginava ser uma sala de castelo. Pisos de pedra, uma pesada porta de carvalho, sem janelas. E sem banheiro. Franzindo a testa, procurou, mas a outra porta na sala permaneceu trancada, e para seu espanto, só num pequeno armário encontrou algum sinal de alívio sob o disfarce de um penico. Fez uso do vaso e da pia no canto, desejando de coração uma escova de dentes ou algum desodorante. Muito obrigada pela magia ser sua meta principal. Um penico. Eca. Mas, querendo ou não, completou suas necessidades e rapidamente vestiu uma blusa marrom sedosa e calças folgadas combinando com chinelos de couro deixados sobre uma mesa coberta de couro. Conforto parecia ser a razão dessas roupas, e não protestou, então rapidamente escovou o cabelo — com a única fonte de vaidade no lugar — e saiu da sala. Não tendo a menor ideia de onde a sala de jantar pudesse estar, imaginou perguntar à próxima pessoa por quem passasse. Para sua surpresa, e alegria, encontrou Jonas a poucos passos do quarto. —Jonas. Vestido com as mesmas calças, a túnica simples do outro dia, uma grande espada amarrada às costas entre as omoplatas — o traje típico de um guerreiro Djinn — ele sorriu e se curvou, mostrando o caminho. —Estou tão contente por estar ao seu serviço, minha senhora. — Ele estudou a roupa dela e assobiou. —Roupas bonitas. Pura seda shevi. Estou impressionado. —Caro? —Muito. — Ele balançou a cabeça, sutilmente aprovando. —E o marrom é mais condizente com a affai do Senhor da Terra. Ela corou, e se agradou por Cadmus lhe dar algo que claramente estava ligado a ele. —Tanto faz. Sei que não estava feliz por ter que se juntar a mim aqui, mas estou feliz... —Quem disse que não estou feliz — ele fez uma careta. —Apesar que seria bom ser consultado. Andaram por vários corredores, Jonas a levando, conversando sobre Ethim e a súbita fusão de corações com Amanda. —Trata-se do maldito tempo, na minha opinião. Devia tê-los visto juntos na noite passada, Ellie. Se acariciando como tolos e sorrindo como idiotas. —Você, obviamente, nunca esteve apaixonado. — Ela suspirou, desejando poder ter visto seus pais muito carinhosos. Ele resmungou. —Apaixonado? O amor é para.... — Ele fez uma pausa, sentindo o olhar duro que ela enviou. —Para pessoas que merecem, — ele se recuperou bem. —Não para guerreiros endurecidos, como eu.
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Ellie revirou os olhos. —Claro, Jonas. Basta lembrar sua atitude quando alguma mulher chuta sua bunda. —Me chuta? — Ele sorriu. —Já recusei ofertas de mais mulheres do que pode contar, pequena Djinn, — ele zombou. —Como caem os poderosos. Lembro-me de você dizendo o quanto não gostava de Cadmus Storm e não tinha nada a ver com magia. Parece que estava blefando, hein? —Oh, cale a boca. Quem perguntou a você, afinal? Desceram um lance de escadas antes de uma comoção chamar a atenção à esquerda. —Fique aqui — ordenou Jonas, sua voz plana e autoritária. Surpresa pelo tom, Ellie balançou a cabeça e esperou enquanto ele investigava. O barulho parecia feroz, como se duas ou mais pessoas estivessem lutando. Enquanto Jonas olhava em volta da esquina, um ruído soou à sua direita. Olhando acima e abaixo no corredor, Ellie não viu nada fora do comum. —Psst. Por aqui. Ela olhou na direção da voz e, lentamente, se aproximou de uma porta semi-aberta. No minuto que tocou a maçaneta, uma mão forte a puxou para dentro antes que pudesse dar um pio. —Shh, Ellie, sou eu. — Lexa fechou a porta, vedando-a dentro com Ellie, e acenou com a mão sobre ela enquanto cantava baixinho. —Estamos seguras para falar. Ellie olhou para sua amiga em estado de choque. —Está louca? Se lembra do Sr. Assassino das Sombras, que quer seu sangue? Arim terá um ataque se souber que está aqui. —Então, não diga a ele. — Lexa passou a mão pelo cabelo dela, visivelmente chateada. —Por que estão aqui? — Ellie olhou para a amiga, sentindo ondas de tensão vazamento da mulher franzina. Ainda parecia estranho olhar para ela, quando há pouco tempo se fitavam olho no olho. —E qual sua altura, afinal? Lexa riu, uma risada forçada que, pelo menos, ajudou a aliviar um pouco da sua cergonha. —Um pouco menor que você e a outra affai, posso dizer. Engraçado como esses Storm Lords parecem ter uma coisa por mulheres altas. Exceto por Alandra — ela murmurou, como se para si mesma. —Claro — disse Ellie lentamente. —E a razão por que está aqui...? —Merda. Certo. Temos problemas. —Diga-me algo que eu não saiba. — Como se a visão de Cadmus pudesse deixar sua imaginação tão cedo. —Não, quero dizer problemas reais, agora. Ellie, acho que um dos Sarqua foi comprometido. Ellie olhou. —O quê? —Um Djinn de seu pai. Acho que um deles pode estar comprometido. — Os olhos de Lexa faiscaram, e Ellie piscou para o alongamento da luz. —Desculpe. — Lexa fechou seu foco e balançou a cabeça. —O fato que não posso ver que foi comprometido me diz que 'Sin Garu está definitivamente envolvido. Seus feitiços são meticulosamente complexos, e este mais ainda. Não posso estar certo, mas acho que vi Remir espionar a reunião de Ethim na outra noite. E acho que vi... —Viu o quê?
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—Eu, ah, não tenho certeza ainda. Mas Ellie, você e Jonas são os únicos em quem confio com isso. Não pode dizer a ninguém, especialmente a Arim ou Cadmus, pois se fizer isso, todo o bom trabalho que o Sarqua fez até agora, e seu relacionamento com Cadmus, pode não sobreviver. —Não, Alex, quero dizer Lexa. Cadmus me ama. Saberia que nem eu nem Jonas poderíamos ter nada a ver com isso. —Está tão certa que ele iria acreditar em você? — Lexa perguntou em voz baixa. —Odeio dizer isso, Ellie. Mas sei do que estou falando. Tanto quanto seu Portador da Luz diz que a ama e confia em você, no final você ainda é Escura, e ele ainda é Luz. —Lexa franziu a testa, seu humor escurecendo até que Ellie se sentiu atraída pelo seu sofrimento. —Amei uma vez e pensei que era amada em troca, até que algo terrível aconteceu. E então tudo que eu acreditava, tudo que me importava, desabou ao meu redor. Não quero ver isso acontecer com você, Ellie. Está num mundo melhor do que eu, e merece ser feliz. —Mas Lexa... —Deixe-me encontrar e cuidar de Remir e desta ameaça. Pelo menos me dê uma chance para rastrear o problema. Quando eu o fizer, pode dizer a Cadmus. Inferno, talvez esteja certa e ele ouça você. Mas me dê um pouco mais de tempo para ter certeza, e proteger seu relacionamento, certo? Só queria avisar que nem todos são o que parecem. Certifique-se que Jonas saiba. Ele vai proteger você, prometo. Ellie balançou a cabeça, o tempo todo se perguntando por que entendia, e até concordava com o ponto de Lexa. Tanto quanto Cadmus alegava seu amor, não conheciam um ao outro há muito tempo. E seu pai foi morto por um Djinn, por um povo a quem ela estava, obviamente, ligada. Família é tudo para mim, ela se lembrou dele dizendo, e reforçou sua determinação. —Lexa, Jonas ouviu alguma coisa. Talvez fosse Remir? Lexa brilhou fora da vista e voltou com Jonas a reboque. —Não Remir. Apenas dois Lords lutando por um amor não correspondido pelo outro. —Idiotas — ela e Jonas disseram juntos. Sorriram, e Ellie suspirou. —Jonas, Lexa queria que eu o avisasse. —Eu sei. Ela acabou de fazer. —Ele inclinou a cabeça para Lexa, e Lexa deu-lhe um beijo na bochecha que o fez corar. —Então por que o segredo dramático no armário? — O estômago de Ellie resmungou, e ela olhou para sua melhor amiga. Lexa encolheu os ombros. —Sinto muito. Você foi a primeira pessoa que pensei em contar. Sei que Jonas sabe se cuidar. Mas você é uma fraqueza, Ellie, não só para seu pai, mas para Cadmus, também. Se alguma coisa acontecer com você, ele nunca mais será o que precisa ser para governar em Tanselm. —Ou para ajudar a derrotar 'Sin Garu — acrescentou Jonas calmamente. O medo por Cadmus a fez concordar, e Ellie desejou boa sorte a Lexa antes que ela brilhasse fora da vista. Jonas soltou um suspiro. —Sem ofensa, Ellie, mas este castelo é como um labirinto, e sinto que o rato não está mais perto do queijo. — Seu estômago resmungou, enquanto ele amaldiçoava. —Ao inferno com isso.
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Ellie abriu a boca para perguntar o que ia fazer, depois a fechou quando notou os olhares das pessoas ao seu redor na sala de jantar. —Ellie, que agradável você se juntar a nós. — A Rainha Ravyn sorriu, acenando para Jonas, e fez sinal para Ellie participar do encontro à mesa. Cadmus, no entanto, estava ausente. —Vá em frente, vou encontrar seu Storm Lord errante — resmungou Jonas e a empurrou para a rainha. Ela olhou para ele antes de se virar para tentar recapturar alguma graça enquanto caminhava na direção de sua futura sogra. A maldita rainha. Infernos. Onde estava Cadmus? —Aqui, sente-se perto de mim — disse Ravyn e apontou para a cadeira vazia entre ela e Samantha. —Fui rebaixada — brincou Samantha, sorrindo para Ellie. —Mas pelo menos é por alguém que gosto. Ellie sorriu, aliviado por ter Samantha e ao seu lado Darius, pelo conforto. Na frente estavam sentados Tessa e Marcus, e Alandra, mais abaixo na mesa, piscou para ela, sentada ao lado de seu marido. Uau, realmente conheço um monte de gente aqui. Estranho, mas não se sentia tão fora de lugar como achava que faria. —Cadmus disse que provavelmente se atrasaria. Tinha que ver meu irmão sobre algo importante. —Ravyn zombou com suas últimas palavras e pegou um pão doce de seu prato. — Homens. —Concordo com você — Ellie disse, observando seu primo deixar a área de jantar principal. Olhando em volta, viu várias mesas menores cheias de homens bem vestidos e mulheres, pessoas provavelmente de linhagem real ou importantes para a rainha, pensou. Em todos os lugares o clima parecia de conversa, otimista e risos enchiam a sala. —É maravilhoso ter tanta simpatia no meio desta guerra — observou Ravyn, seguindo o olhar de Ellie. —Normalmente jantamos ao ar livre. — Ela apontou para o arco de pedra acima deles. —Uma mágica transporta o refeitório para que flutue nas nuvens. Uma bela maneira de desfrutar a refeição com alguém. — Ravyn suspirou. —Agora é muito perigoso, com os Netharat pairando em toda parte. E onde você menos espera. Ellie deu um olhar duro aos que estavam à sua volta, buscando com a escuridão dentro dela, bem como sua própria visão. Mas, para sua decepção e alívio, não viu nada fora do comum. Apenas toneladas de luz e servos correndo. Desde o aviso de Lexa, Ellie sentia uma responsabilidade para com sua nova família em mantê-los seguros, especialmente desde que a ameaça vinha de um dos seus. Engraçado como apenas alguns dias atrás, nunca teria equacionado um Djinn como "um dos seus". Balançando a cabeça, olhou para uma bandeja agora coberta com doces e frutas. —Uau. Bom truque. Samantha riu, e Ravyn balançou a cabeça. —Outra mulher que terei que convencer que magia existe. Ellie corou. —Oh, espere, certo. Não é uma xiantope, é querida? — Ravyn olhou para ela, duro, e Ellie se sentiu como um inseto sob uma lupa. —A Escuridão é tão bonita em você, Ellie. Amo os Djinn, sempre o fiz. Ellie a olhou. —Você ama?
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—Claro. Os rapazes não perceberam que sou bem mais velha que seu pai. Você conheceu Arim, meu irmão. Ele é um feiticeiro, com várias centenas de anos, na verdade. E sou sua irmã mais velha. Ellie piscou, maravilhada pela mulher real ao seu lado. —Será que na média Cadmus vai viver tanto tempo? —A Luz dispõe — Ravyn murmurou, e depois riu ao ver a expressão de Ellie. —Não fique tão chocada, Ellie. Esta não é mais Seattle. Aqui é Tanselm, onde tudo é possível. Sob a mesa, Tessa bateu no braço do marido. —Nunca me disse que viveria para ser um milenar, Marcus! Que diabos? Vou ficar grisalha, enquanto fica cutucando as mulheres mais jovens? Marcus revirou os olhos, mas Alandra respondeu por ele. —Não, Tessa. Está em Tanselm agora. Está ligada a ele. Se manterá jovem como ele, e se alguma coisa ruim acontecer com ele, como uma bola de fogo atingindo entre os olhos de Darius, continuará a existir até Tanselm soltar seu domínio sobre você. —Engraçado como todos pensam em Tanselm como "ela" — disse Aerolus, seu olhar introspectivo. —Ótimo, aqui vamos nós. — Darius exalou, em voz alta. —Não, realmente. É que sempre pensei em Tanselm como algo inteligente, mas sem sexo. No entanto, mesmo Alandra se refere a "ela" e eu... —Arim, bem-vindo de volta — Darius falou, compartilhando um olhar de alívio com Marcus. Ellie queria rir da irritação no rosto de Aerolus, mas a expressão severa de Arim a fez pausar. Cadmus o seguia, e parecia tão agitado como o tio. Tio... irmão... a compreensão súbita a atingiu e ela deixou escapar para a rainha. —Ele é seu irmão? Bom Deus! Arim parou com um franzir de testa, e olhou para Cadmus. —Ellie? Seus irmãos e suas affai riram, e até mesmo Ravyn sorriu. —Arim pode ser bastante formidável, a menos que possa se lembrar dele nas fraldas. —Não comece — Arim retumbou quando sentou na outra ponta da mesa. —Tive tanto quanto posso suportar dos meus parentes. Uma cadeira de repente apareceu ao lado dela e a mesa magicamente se alongou quando Cadmus sentou ao seu lado. —Senti saudades suas esta manhã — disse ele com um beijo nos lábios. —Perdi alguma coisa interessante? Deliberadamente protegendo seus pensamentos, ela sorriu e abanou a cabeça. —Apenas Jonas sendo detestável. —Jonas está aqui? — Tessa sorriu com entusiasmo, e Marcus gemeu. —Ele disse que ia encontrá-lo. —Ele está aqui — disse Jonas, brilhando à vista com algo enfiado em sua boca. —Uau. Vocês, Portadores de Luz tem os melhores doces que eu já vi. Ellie, já provou este pão doce? —Para aqueles de vocês que não o conhecem, este é Jonas, meu primo. Jonas acenou educadamente e terminou sua comida com uma mordida. Balançou a cabeça em direção Ravyn, mas nenhuma reverência, ela observou com humor, e se apresentou, formalmente.
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—Por ordem de Ethim il Ruethe, Eu, Jonas Chase al Surne, para proteger e servir Ellie Storm e seu noivo, o Senhor da Terra, Cadmus Storm. —Muito impressionante — disse Arim com um pouco de sarcasmo. Ele resmungou algumas palavras que Ellie não conseguiu entender, mas fez Jonas sorrir. —E de volta para você. — Jonas saudou antes de se juntar a ele no final da mesa. —Realmente, Arim, tal linguagem, e com um convidado? — Ravyn o olhou irritada, seu irmão ficou surpreso e seus filhos confusos. —Fala Djinn? — Aerolus olhou para sua mãe. —Fascinante. —Ótimo, aqui vamos nós de novo — Darius gemeu. Ellie, precisamos conversar. Cadmus enviou a mensagem contaminada com urgência. Droga, droga, droga. Será que sabia sobre Lexa? Seus olhos estavam escuros, seu rosto branco. Ela não conseguia ler nada dele, mas o que enviou, a aparência de suas defesas mentais eram um aviso por si mesmas. Certo. Ela enviou a resposta lentamente. Mas posso terminar primeiro o café? Estou morrendo de fome. Seu rosto suavizou, e ele balançou a cabeça antes de responder algo que Samantha disse. Ele apertou sua coxa por baixo da mesa, fazendo Ellie se sentir terrível por enganá-lo. Mas é por uma boa razão, lembrou a si mesma. Ele precisa de mim, e precisa confiar em mim. E mentindo para ele vou fazê-lo confiar em mim, como? Ela ignorou deliberadamente sua consciência, sem saber o quão ruim as conseqüências se tornariam.
CAPÍTULO QUINZE Cadmus manteve meio ouvido em Samantha e a outra metade de sua atenção em sua affai. Um prolongado interrogatório de Arim não produziu nada, exceto que Arim achava Ellie uma possível ameaça, como se isso fosse novidade. Seu tio teimoso ainda se recusava a dizer o que exatamente fez a Ellie ao entrar em Tanselm, só que confiava que ela não estaria disposta a prejudicar ninguém. Grande. Assim, as visões e sonhos significavam o que, exatamente? Ellie com Jonas fariam seu trabalho sujo? Que sua affai, que conversava descontraidamente com sua mãe, logo abriria caminho para que 'Sin Garu e seus Netharat pudessem explodir Ravyn dessa para a Próxima? Cadmus respirou fundo e tomou um gole de suco de novra para se acalmar. Se sentia culpado por tais pensamentos de sua adorável affai, mas a dúvida que estava com ele desde seu sonho se recusava a desaparecer. Ignorou o escrutínio de Aerolus, como ignorou Arim por toda a manhã, e se fechou a ambos usando a técnica ensinada por Lexa. Esse pedaço de Escuridão realmente se aplicava na sua Luz, permitindo-lhe ser duas vezes mais forte quando se defendia. Também não machucava que Tanselm amorosamente o abraçasse em todos os momentos. Podia sentir "seu" amor a cada respiração que dava. Sorrindo para Darius, se virou para Aerolus. —Sabe, Aerolus, minha ligação com Tanselm só cresceu desde que voltei. E tenho que concordar que Tanselm é definitivamente uma “ela”. Darius o olhou com raiva, assim como Marcus, mas Aerolus sorriu.
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—Eu sabia. Vamos ter que fazer alguns estudos, é claro, talvez envolver o Salão Principal. Alandra, purie, o que acha? Alandra piscou para Cadmus e envolveu seu marido numa discussão que levou a mesa em outra direção. Vai pagar por isso. Darius telepaticamente avisou Cadmus com um rosnado. —Sabe, Aerolus, os dons de seus irmãos são tão fortes como o seu, então talvez pudessem ajudá-lo neste estudo, quando tiverem tempo, — Ravyn ofereceu. —Qualquer coisa que preocupe Tanselm deve preocupar a todos nós, certo Arim? Arim encolheu os ombros. —Se você diz, Ravyn. — Ele voltou seu olhar perspicaz sobre Ellie e demorou um momento, um olhar severo escurecendo seu rosto. Ela podia sentir sua vontade pressionando duro, e se perguntou se Lexa deixou alguma marca persistente mostrando sua visita. Arim, pelo que viu, só tinha que olhar em seus olhos quando lidava com sua amiga. —Então, Arim — disse Jonas, aparentemente compartilhando suas suspeitas, —me fale sobre... Não fale sobre Lexa. Não se atreva. Ela olhou para Jonas, duro, sabendo que ele não podia ler sua mente, mas sua linguagem corporal.... Ele sorriu. —Sobre Sava. Estava ouvindo tudo sobre sua viagem e de Aerolus para Aelle e acerca de Sava, seu novo rei. Sempre me perguntei o que ele é. Arim murmurou sob sua respiração, mas Alandra se empolgou. —O Senhor Sava? Um grande homem. Absolutamente o melhor. Aerolus levantou uma sobrancelha atrás dela, parando momentaneamente sua conversa sobre Tanselm. Mas quando Alandra virou para ele com um olhar desconfiado, apenas deu de ombros e voltou a perfurar seus irmãos com questões acadêmicas. Ellie decidiu usar o desvio para seu benefício. —Samantha, poderia me mostrar o banheiro feminino? Tive dificuldade em encontrá-lo esta manhã. Cadmus gemeu. —Sinto muito. Esqueci completamente disso. Há um banheiro no corredor central, deveria ter mostrado a você. Vou te dar uma turnê assim que voltar, tudo bem? Ela balançou a cabeça e saiu com Samantha. —A primeira vez que passei a noite aqui tive o mesmo problema, — a loira mel admitiu, caminhando pelo corredor num traje semelhante ao de Ellie, mas em vermelho. —E é uma verdadeira dor no traseiro usar um penico idiota quando está naqueles dias, deixe-me dizer-lhe. Ellie riu e suspirou com contentamento ao ver o encanamento moderno na sala que Samantha mostrou. —Vá em frente, vou esperar aqui fora. Essas pessoas usam magia diariamente, mas estavam na idade das trevas antes de eu mostrar a eles o conforto de um banheiro moderno. Xiantope, minha bunda. Ellie sorriu e usou o recurso, admirando a sagacidade de Samantha. Quando terminou, puxou algumas respirações profundas e olhou para seu reflexo no espelho da parede. Apesar do que Lexa aconselhou e a blindagem ímpar de Cadmus a afetar mais cedo, sabia que precisava contar a verdade. Ele confiaria nela. Sabia disso lá no fundo. 4
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Chegando a essa decisão, saiu do banheiro só para encontrar o corredor vazio. —Samantha? — Certo, elas só andaram um pouco além da sala de jantar, mas não se sentia bem em sair sem Samantha, que a acompanhou, pelo amor de Deus. Poucos minutos depois, Samantha voltou, franzindo a testa. —Desculpe, ouvi algo engraçado na curva e decidi investigar. Nada de errado. — Ela acenou com a mão sobre o rosto de Ellie, e Ellie sentiu um zumbido estranho, quase anestesiante. —Ellie, Ellie — Samantha segurava seus ombros, a sacudindo para a consciência. —Está bem? —Eu, ah, acho que sim. — Ela apertou a cabeça doendo, sentindo como se estivesse numa névoa sonolenta. —Me sinto tonta. —Parecia que ia desmaiar. Vamos te levar de volta para Cadmus. Ellie balançou a cabeça e se inclinou sobre Samantha, enquanto caminhavam em direção à sala de jantar. Curiosamente, ninguém estava lá quando entraram e começaram a procurar Cadmus. —Certo, essa é a número dois em estranheza. — Samantha tentou sorrir, mas a expressão saiu como uma careta. Seus olhos verdes pareciam escuros, quase pretos, e Ellie teve que piscar para limpar sua visão. Uma pequena suspeita a balançou, mas imediatamente a deixou de lado. Não, essa era Samantha. Usava a mesma roupa, o mesmo penteado e atitude. E ainda assim alguma coisa... parecia fora. —Desculpe-me, bom senhor — Samantha chamou um garoto. —Viu o príncipe Cadmus? O garoto balançou a cabeça e inclinou a cabeça. "Sim, princesa. Está na torre leste à procura de sua affai. — Seus olhos se arregalaram quando viram Ellie, e sorriu timidamente, inclinando a cabeça. —Obrigada. Samantha andou mais rápido, forçando Ellie a correr para manter o ritmo. —Samantha? — Ela engasgou. —Devagar. —Me desculpe, mas tenho um sentimento muito ruim nisso. Algo está errado. Ellie correu, sentindo o mesmo. Mas seus passos pareciam desajeitados, seus movimentos decididamente lentos. —Está tudo bem, estou bem atrás de você. Deixe Cadmus saber que estou a caminho. Samantha assentiu e saiu de vista. Mas Ellie seguiu seus passos, e logo entrou numa câmara grande de pedra repleta de... homens caídos? Ela olhou com surpresa para ver ela mesma falando rapidamente com a Rainha Ravyn. Ellie não entendeu. Queria se mover para a rainha, salvá-la da ameaça que podia sentir no fundo de seus ossos. E queria chamar Cadmus, mas sua mente parecia muito longe. O melhor que pode fazer era lutar para soltar um aviso. —Rainha Ravyn, fuja — ela gorjeou antes de tropeçar em alguém pesado. —É isso mesmo, eu a tenho. — O corpo parecendo o seu pertencia a uma voz masculina, e as mãos a machucavam. Eram frias, como gelo, e causavam uma sensação de queimação em volta do pescoço, onde os dedos apertavam. —Deixe-a ir — A Rainha Ravyn ordenou, sua voz imperiosa e sem o menor medo. Ellie focou e viu a rainha olhando acima de sua forma mole para o homem a segurando. Ravyn lançou um olhar breve e reconfortante antes de estreitar seu olhar sobre ele. Um relâmpago arqueou e poder subiu pela sala, só para acabar quando o homem atrás dela empurrou Ellie na direção de Ravyn. Como um escudo. O pensamento penetrou na névoa obscura 4
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de sua mente, e Ellie tentou como o inferno se mover, tornar-se pequena para defender a mãe Cadmus com tudo que tinha. Mas não adiantava. —Por favor. — Ela sentiu as lágrimas saindo dos olhos. —Fuja. Vou fugir daqui. Deixe-me. Ravyn rangeu os dentes. —Seu filho da puta. Tirou meu coração, mas não vai tirar o do meu filho. Ellie de repente despencou em direção a pedra abaixo dela, arrancada de seu algoz por uma força viciosa que fez sua bochecha esquerda latejar pelo impacto do piso. Quando olhou para cima, observou a luta pelo poder entre seu salvador e seu agressor — um homem com cabelo loiro-branco e brilhante, olhos azul-marinho empenhados em destruir a rainha. Ravyn, no entanto, parecia tudo menos mansa. Seu cabelo preto fluía e seus olhos brilhavam num verde brilhante. Raios crepitavam, e Luz acendeu todo o corpo da rainha quando levantou as mãos em seu oponente. —Não desta vez, 'Sin Garu. Ellie olhou, horrorizada, como, apesar da formidável força da rainha, o Dark Lord a alcançava e usava o próprio poder de Ellie para se proteger da explosão da rainha, com um eixo do que parecia ser fogo azul, desde a ponta dos dedos. Ravyn arfou e caiu, segurando a mão acima de seu coração. —Até nos encontrarmos novamente, adorável. — ‘Sin Garu soprou para Ellie um beijo antes de se transformar no mesmo menino que ela viu antes. Ele correu gritando da sala, gritando acusações e gritos de "assassinato, homicídio." Uma Ellie atordoada se levantou, então cambaleou até a rainha. Caindo de joelhos na pedra dura, freneticamente procurou um pulso, alguma forma de conter o fluxo de sangue. Mas nada escorria da ferida queimando em Ravyn. Pequenos pedaços de chama azul dançavam na parte superior do tórax da rainha, e carne queimada e músculos se abriam para Ellie como gêmeas da morte sorrindo. Suspiros e gritos explodiram atrás dela, e de repente foi empurrada para longe quando Samantha e Tessa se inclinaram sobre Ravyn, enquanto seus maridos pairavam e olhavam para Ellie, chocados, indignados e confusos. Braços fortes a levantaram, e quando começou a lutar, Jonas sussurrou em seu ouvido. —Está tudo bem, Ellie. Tenho você agora. Vai ficar bem. —É você mesmo? — Ela perguntou, sua voz rouca e ainda ferida pelo aperto de ‘Sin Garu. —Sou eu. — Ele acenou com a mão sobre seu rosto e o nevoeiro que a prendia de repente desapareceu. Ela caiu, cansada além da medida, e de repente notou a destruição ao seu redor. —Oh, não. — Lágrimas escorriam quando viu a rainha mal respirando e lutando para manter a vida. —Isso é tudo culpa minha. Jonas a silenciou e balançou, a suportando desde que não tinha forças para ficar sozinha. Arim e Cadmus de repente entraram. —Aerolus foi pego no leste por um ataque repentino, e Alandra está preparando os Aellei — Arim falva quando avistou Ravyn. Com uma maldição, se lançou para o lado dela e começou a cantar, enquanto Cadmus ficava de pé, olhando em choque em torno dele. —Não é verdade, possivelmente não é real — ele murmurou, como se tentasse acordar de um sonho ruim. Então seus olhos captaram Ellie, e ela queria chorar.
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Ele parecia tão miserável, tão triste e irritado e desanimado, enquanto olhava para ela, a acusação em seu olhar, se não em sua voz. —Não fiz isso — ela sussurrou. Olhou-a por mais um momento antes de virar para sua mãe. —Deixe-o — disse Jonas, quando ela tentou se juntar a ele. —Dê-lhe tempo, Ellie. Teve um choque. Eu também, ela queria gritar. Sei que sua mãe está ferida, mas não se importa que quase fui morta? Darius acenou para ela com raiva. —Ela estava aqui quando isso aconteceu, e Norse disse que a viu atacar nossa mãe. Que a nova “Princesa” tentou matar a rainha. Arim levantou os olhos de Ravyn, as sobrancelhas juntas. Mas para sua surpresa, não disse nada e voltou para a rainha. Marcus, no entanto, levantou uma mão, e Ellie sentiu um formigamento de energia antes de Jonas a blindar. —Agora não, Príncipe do Rio. — Jonas balançou a cabeça. —Não sabe as circunstâncias, ou a verdade em torno desta traição. Veja sua família e seus feridos, e deixe Ellie. —Sim — concordou Arim. Mas o coração de Ellie se quebrou quando Cadmus a olhou, seu rosto branco, e não disse nada. —Fiz o que pude por sua mãe, mas os Netharat estão aqui. Marcus e Tessa, ao sul, agora. — Ele apontou o dedo para eles e desapareceram. —Darius, pegue Samantha e guarde a parede oeste. O ataque está focado lá. — Darius pegou Samantha e também desapareceram sob o olhar de Arim. —Vou ficar com a mãe — Cadmus disse com uma voz oca. —Sim, faça. — Arim virou-se para Ellie e Jonas. —Vocês dois, venham comigo. A pressão deslizou através de Ellie antes se encontrar num quarto desconhecido. —Está no território do norte, o do Senhor da Terra. Estará segura aqui até que eu possa descobrir o que deu errado. Jonas, fique com ela. Jonas balançou a cabeça, mas antes que Ellie pudesse dizer qualquer coisa, o feiticeiro desapareceu. Jonas empurrou Ellie para a grande cama num quarto vazio e a deitou. Cansada demais para discutir, deixou que ele limpasse as lágrimas e a colocasse debaixo das cobertas. —Descanse, Ellie. Deixe que o feitiço passe. Então poderá me dizer o que aconteceu. — Jonas beijou a testa dela e acariciou seus cabelos, tocando a contusão em sua bochecha. — Acredito em você, querida. Ela chorou mais duro, antes que o abençoado cansaço a derrubasse, e ela dormisse. *** Cadmus olhou para sua mãe, incapaz de separar sua visão e pesadelo da realidade. Ellie chorando, procurando culpados. Ellie rindo, sem remorsos em sua duplicidade. Qual era a verdade? E por que se sentia tão sujo, tão manchado por acreditar no pior sobre um Djinn? Eles, afinal, mataram seu pai. Mas Ellie não era apenas uma Djinn. Seu brilho, seu amor pela vida e o riso, sua capacidade de enfrentá-lo, vê-lo como um homem, como mais que a sombra de seus irmãos, a proclamava como sua affai. Espantado e deprimido, fechou os olhos e se concentrou na terra, a fonte de seu poder. 4
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O zumbido da vida, das árvores e da ondulação da terra escorreu até ele, crescendo num inchaço constante, até que se sentia em harmonia com a terra rica. Um grande amor pareceu enchê-lo, o amor por sua família, sua vida, e lá, através de um emaranhado mal colocado, o mal e sua confusa affai, Elliara Storm. Clareza súbita cresceu onde antes só havia dúvida, e quando buscou no fundo de si mesmo, percebeu o que o Dark Lord fez. —Filho da puta — ele murmurou quando recuperou a consciência. —Vou matá-lo quando tiver chance. —Isso é muito melhor — disse Arim atrás dele, por pouco desviando de um arco de energia que voou das mãos de Cadmus. —Temia que perdesse o pouco de bom senso que lhe resta. —Ela não fez isso. Foi 'Sin Garu. Ele fez algo com ela, eu sei. —Sim, senti sua presença aqui no momento que entrou na sala. E era tudo para sua affai. Cadmus ficou tenso. —Ela... —Está atormentada por que o homem que ama não acredita nela? Sim. E tem algumas manchas negras em volta do pescoço e rosto, mas por outro lado está bem. Deixei-a com Jonas para proteção. Precisa dormir mais do que qualquer coisa para combater o feitiço que 'Sin Garu colocou sobre ela. Cadmus cerrou o punho e ficou de pé, olhando de Arim para sua mãe. —Tenho que ir com ela, agora. Pode colocar um guarda na mãe? Arim assentiu. —Já convoquei o guarda mais confiável, bem como uma meia dúzia de conjuradores para vigiá-los. Mas tem outras necessidades para atender além de sua affai. Venha, Cadmus. Precisamos de você mais que Ellie agora. Tanselm está à beira da corrupção, e devemos apoiar o reino. Darius e Samantha têm a parede oeste, mas os Netharat dobraram seu tamanho e agora estão atacando a torre sul. Depressa. Não querendo, mas confiando que seu tio estava certo, Cadmus sentiu o formigamento familiar de pressão antes da torre sul vir à tona. E puxando uma respiração profunda, mergulhou na batalha infernal que se seguiu. Choques de poder e ondas de vida, o solo negro marcado por seus inimigos uma e outra vez, Tanselm emprestava sua ajuda enquanto ele lutava com os guerreiros presentes contra a vil mancha do mal se espalhando sobre o reino. Mas, ainda que lutasse, não viu nenhuma vez o espião de 'Sin Garu, e seu sentimento de mal-estar cresceu. *** Apesar de esgotados, Cadmus e os Portadores da Luz defendendo a torre finalmente reinaram vitoriosos sobre o inimigo. Muitas vidas foram perdidas, no entanto, e quando um grupo de agentes de cura invadiram sobre as massas, Cadmus saiu para o ar livre fora da torre por uma trincheira, precisando de algum espaço. Alguns poucos guerreiros tiveram a mesma ideia, mas Cadmus encontrou isolamento nas sombras mais próximas da torre. E o ar livre acalmou suas muitas feridas. Sua mente, porém, continuava a girar sobre seu tratamento com Ellie, e se sentiu mal pelo que ela provavelmente pensou. Não foi intencional a acusar de nada. Foi apenas o choque de ver sua visão se tornando realidade. E mesmo assim não foi capaz de realmente acreditar no que viu.
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—Merda. — Ele cobriu os olhos com um punho sujo e esfregou, cansado. Assim como queria se lavar e recuperar, tinha que ver Ellie primeiro. Tinha que saber que realmente estava bem, e explicar esse mal-entendido terrível. Procurou Arim, o encontrando com alguns dos guerreiros com vista para o reino ocidental e o céu negro clareando. —Arim, uma palavra? Arim o olhou devagar e acenou com a cabeça. Se afastando dos homens, levou Cadmus pelo ombro de volta ao espaço privado nas sombras distantes do luar. —Sim, Cadmus? O que foi? Cadmus franziu a testa. Arim soou indiferente, quase arrogante. —Preciso ver Ellie. Os olhos do feiticeiro nublaram, e então seu sorriso se alargou com satisfação. —Quer que eu o transporte, hein? —Não foi isso que eu disse? — Cadmo estava rapidamente perdendo a paciência. Não tinha tempo para jogos. Precisava de sua affai. —Sim, claro. Basta colocar sua mão na minha, Senhor da Terra. Cadmus se moveu para fazê-lo e parou no último minuto. Algo sobre Arim parecia estranho, e quando olhou para seu tio, notou a presença das trevas que se agarravam a ele como uma segunda pele. Sem outro pensamento, Cadmus lançou uma banda de pura Luz em seu tio, satisfeito pela respiração dura que puxou. —Você não é Arim. O Dark Lord assumiu sua própria forma de novo e riu, segurando o estômago. —E você não é tão burro como parece. Estou impressionado, Escuro. Com seu temperamento fervendo, Cadmus solidificou o escudo ao redor de sua mente e atacou 'Sin Garu novamente, desejando que não tivesse usado todas as suas reservas enquanto lutava contra os Netharat. Não podia vencer o Dark Lord neste estado, mas podia comprar para si mesmo algum tempo. Mentalmente alcançando Arim e esperando que a mensagem chegasse ao seu tio, golpeou o Dark Lord novamente e novamente, sua energia elementar ferindo o Dark Lord mais do que pensava ser possível. Assim que 'Sin Garu escorregou e caiu de costas sobre o corpo de um espectro amassado, seu sorriso se alargou, expondo dentes afiados e brancos. —Ainda não, Escuro. Vamos brincar um pouco mais. — Num borrão, empurrou Cadmus à sua volta e cravou os dentes na mão voando em direção ao seu rosto. A mordida ardeu, e Cadmus lutou se livrar do Dark Lord, mas não adiantou. Escuridão começou a se arrastar, e mal viu 'Sin Garu finalmente soltar seu punho. Com satisfação sombria, o Dark Lord limpou um rastro de sangue de sua boca. Merda. —Fodido bebedor de sangue... — Cadmus soltou antes de desmaiar. —Tanto preconceito. — O Dark Lord balançou a cabeça, e depois chamou Remir. Um dos guerreiros Portador da Luz mais próximo a ele brilhou na forma de Remir. Os outros por perto só puderam olhar, congelados no lugar por um feitiço do Dark Lord. —Sim, meu senhor? —Leve este presente para o Entre Mundos. Temos algum trabalho a fazer antes de ser possível reclamar o trono. Remir balançou a cabeça, os olhos vidrados, enquanto lutava para se libertar do aperto mental do Dark Lord.
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O tormento na alma do Djinn enchia 'Sin Garu de prazer. Mas assistir o Djinn perceber quem e o que fodeu no outro dia foi a verdadeira diversão. O horror no rosto de Remir fez 'Sin Garu rir tanto que chorou, e as súplicas do Djinn pela morte só aumentaram sua alegria. —Lembre-se, Remir, recompenso aqueles que generosamente me servem bem — disse ele com a voz sensual de Lexa. O Djinn estremeceu, mas fez como ordenou, e ergueu Cadmus por cima do ombro antes de desaparecer em Orfel. 'Sin Garu olhou ao seu redor, esperando o momento perfeito para partir. Arim, de repente apareceu no arco da torre, os olhos arregalados quando estudou a muralha quase deserta e os guerreiros congelados. Somente quando encontrou seu olhar, o Dark Lord 'Sin Garu sorriu e acenou antes de se teleportar para o Entre Mundos. Satisfação dançava através de sua alma escura pelo pulso da nova vida.
CAPÍTULO DEZESSEIS No dia seguinte, Arim fez uma careta enquanto esperava Lexa se mostrar entre as paredes sombrias de Shathra. Não havia dúvida sobre isso, os Storm Lords estavam numa situação desesperadora. Nunca antes o mal esteve tão perto de destruir o que os Portadores da Luz construíram, não em mil anos. Andava sobre a pedra fria, as paredes banhadas em Shadow. Sombria, escura e pouco povoada. Quando se reuniu com Ethim, teve sorte, o local estava abandonado. Mas agora uma Shadren e Outros — criaturas nem do escuro nem da luz, mas que pertenciam a um espectro completamente diferente — se agarravam à periferia da pequena dimensão da "casa segura". Onde estava Lexa? Que precisasse se inclinar para chamar Dark Lord para ajudar o irritava, mas com toda a preocupação em casa, precisava das dicas sobre 'Sin Garu que Lexa podia lhe dar, se o fizesse. Um brilho repentino de energia circundante o deixou tenso, e viu quando os olhos azuis gelo de repente apareceram numa fração de segundo, seguidos pelo resto da presença sedutora de Lexa. Ele acenou com a mão e murmurou um feitiço de proteção, escondendo-os tanto da visão como da audição dos que os rodeavam. —Acho que as coisas evoluíram de mal a pior, se está me chamando tão em breve. — Ela esperou com calma, as mãos nos quadris, enquanto lutava para manter sua paciência. A mulher o irritava por simplesmente respirar, e há muito tempo desistiu de tentar entender como ela rompia seu controle. Contando até dez, reuniu seus pensamentos e delineou seus problemas. —Cadmus foi capturado, Ravyn está perto da morte e Ellie decidiu assumir a culpa toda para ela. Lexa não disse nada, mas sua expressão endureceu. Bom. Arim sabia que Ellie tinha muita importância para Lexa. Mas, como um peão ou algo mais, não teve tempo de discernir. —Diga-me exatamente o que aconteceu.
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Ele contou a ela e pesou suas reações. Surpreendentemente, parecia que ela não tinha ideia do que estava ocorrendo em Tanselm. Ela, aparentemente, estava ocupada em outro lugar, enquanto ele lutava com seu irmão. —'Sin Garu planeja matar Cadmus — disse ele sem rodeios. —Obviamente. A questão é, por que envolver Ellie na bagunça? —Não sei. Para agitar ainda mais problemas? Por despeito? Seja qual for a razão, só podemos concluir que a visão de Cadmus se desenrola diante de nós. Ela assentiu, as sobrancelhas desenhadas da maneira familiar que marcava sua profunda introspecção. Mordeu o lábio e Arim lutou contra o impulso desconcertante de suavizar a carne rosa com o polegar. Ela abateu três pessoas que ela contava como família. E só a Luz sabia o que ela fez nesses anos desde então. Com o cenho franzido, ele esperou impacientemente ela dizer alguma coisa. —Na visão de Cadmus, estávamos todos acima de uma das paredes no reino do norte, correto? Ele balançou a cabeça. —Você me prendeu, ou alguma restrição deste tipo, quando seu irmão chegou com Cadmus meio morto e cercado por essas abominações híbridas que criou. Mas isso é loucura. Não há como eu ser sua vítima, Dark Mistress. — Não pode evitar a malícia em seu tom, e deu-lhe um desdenhoso olhar rápido, sorrindo quando ela exalou uma respiração profunda, hostil. Ela fez uma careta. —'Sin Garu tem Cadmus, que nós sabemos. Mas parece que está atrás de mais que apenas se livrar dos Storm Lords. Se isso fosse tudo que realmente quer, já teria matado Cadmus. Ela disse as palavras friamente, como se a morte de seu sobrinho fosse tão comum quanto a pedra fria sob seus pés. A raiva cresceu, e lutou para mantê-la abaixo. —Relaxe, Arim, estou apenas afirmando um fato. Sei como a mente de 'Sin Garu funciona — disse ela amargamente, fazendo-o saber exatamente o que havia entre os dois. —Ele nunca faz nada sem uma razão. Só posso assumir que levar Cadmus é um golpe em você, pessoalmente. Ele nunca gostou muito de você. —Algo que ele e você têm em comum. Ela rangeu os dentes, e ele relaxou uma fração, estranhamente aliviado por sua mostra humana de temperamento. —Sim, e quanto mais você fala, mais me lembro por que não gosto de você. — Ela respirou fundo e continuou. —Pelo que pude perceber, 'Sin Garu tem assumido muitas aparências. Em Foreia, assumiu minha forma e seduziu um guarda Sarqua leal. Essa Sarqua, eu acredito, pode estar em algum lugar do reino enquanto falamos. Ele olhou para ela com olhos apertados. —Há quanto tempo sabe sobre isso? Ela fez uma pausa, o estudando. O branco de sua pele nunca esteve tão pálido, ou tão suave. —Consegui avisar Ellie, mas era tarde demais para deixá-la saber que Remir realmente se debandou. E pelo que descreveu dos ataques à Ellie e Ravyn, diria que 'Sin Garu atacou novamente. Adiantar o ataque dos Netharat e seu ataque à rainha é coincidência demais. —Eu concordo. Suas sobrancelhas voaram. —Uma primeira vez para você, hein? Concordando com o que é certo, mesmo saindo da boca de uma Escura? 4
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—Você não é Escura, Blue — ele murmurou, estudando a sombra de seu longo cabelo preto. —Você é a mãe de todas as coisas das Escuridão. —Obrigada. — Ela sorriu por entre os dentes, e ele sentiu um certo alívio ao vê-los brancos, mas sem cortes, um contraste constante dos caninos monstruosos de ‘Sin Garu. —Agora, como eu vejo, 'Sin Garu não ficará feliz até que você esteja na sua mira e controle, incapaz de fazer mais que ver seu mundo ruir em torno de você. Seus olhos brilhavam, e ele lutou para fazer a pergunta que queimava. Ela não, bem, desejava sua morte? E até que ponto podia confiar nela contra um companheiro Dark Lord — seu irmão, na verdade? —Acho que o melhor curso de ação é lançar um feitiço de posse. —E deixar meu corpo praticamente nu para atacar? Esqueça isso. — Arim esperou para ver o que ela diria a seguir. Ele riu para si mesmo. Como se confiasse nela o suficiente para se deixar ficar tão vulnerável na frente de não um, mas dois Dark Lords. —Tem que ser dessa maneira, Arim. Cadmus teve uma visão, que me mostrou. —Tente outra, Lexa. Porque não convencer seu irmão que mudamos de ideia e queremos dar-lhe Tanselm? Porque isso vai acontecer antes de eu confiar em você novamente. —Você é homem burro, burro. — Ela começou a andar, seu agravamento surpreendente. Enquanto murmurava sob sua respiração, pareceu chegar a alguma conclusão. —Pegue minha mão. —O quê? — Tocar uma mulher que podia matar com um pensamento? Dar de bom grado a mão ao seu inimigo? —Apenas isto, — ela rosnou. —Vou mostrar que falo a verdade. Use forschwa. Ele olhou para ela, perplexo. O feitiço forscwha anularia todas as suas salvaguardas, dandolhe acesso a qualquer e toda parte de sua mente que ele desejasse. Para ela oferecer isso definitivamente insinuava que queria jogar limpo. A menos que tudo fosse um blefe. —Ótimo. Estique sua mão. Quando ela o fez, ele murmurou o encantamento e levantou os seus próprios escudos, ainda não confiando na bruxinha mentirosa. Mas quando apertou a mão muito menor na sua, viu que ela falava a verdade. Cadmus estava na Verdade quando teve a visão, mas isso ele sabia. Mas precisar jogar como ele previu seria o único modo de alcançar a vitória sobre 'Sin Garu, a única maneira de Arim sair da situação vivo. Assustado pelo conhecimento, Arim não terminou a magia como deveria, e outra cena, uma que não conscientemente pediu para ver, de repente, explodiu na beira da mente de Lexa. Lexa retornando feliz do Grande Salão, ansiosa para compartilhar seu novo feitiço com sua mãe e pai. Exceto que Muri e Esel jaziam sangrando e espancados na porta entre este mundo e o próximo. E o pobre Sercha jazia morto, como se atacado por um animal. Combatendo a energia da morte com todas os seus poderes, Lexa chamou seus poderes das Escuridão e tentou em vão salvar sua família. Fúria, miséria, e medo a fez enlouquecer quando falhou, e rasgou o que restava na casa em pedaços, sua escuridão soprando através da luz que encontrou com sua família adotiva. Arim foi o primeiro a encontrá-la horas depois. Coberta de sangue, ela cheirava a Escuridão, morte e sua negatividade.
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Arim viu apenas aura Escura e a culpa em seu rosto. O horror e o sofrimento que esperava ver foi substituído pela raiva e ameaça, e uma vontade de causar danos em todos. Não a entendeu então, mas agora o fazia. E viu a acusação em seus olhos por quebrar seu coração em pedaços. Retirou-se da sua mente e terminou o feitiço, estimulando-a em seu estado debilitado a esquecer tudo que ele viu. Não era capaz de lidar com seu passado agora, mas prometeu a si mesmo revisitá-la no seu futuro e um que jurou ter certeza que teriam a oportunidade de explorar, se não por outra razão, que fosse para finalmente deixar o passado atrás. Quando ela saiu de seu estupor, tornou-se toda profissional. Ele acenou em acordo sobre o feitiço de posse, concluíndo o mesmo da visão de Cadmus. O único problema com este tipo de feitiço era que podia ser extremamente perigoso para o hospedeiro. —Ellie, naturalmente, assumirá o papel de anfitriã? — Ele coçou o queixo pelo pensamento, tocndo o lábio, e piscou, surpreso ao ver Lexa fixada sobre ele tão intensamente. —O quê? Ela corou e olhou para suas unhas. —Nada. Basta saber como pretende convencer Ellie que isto é necessário. Até o momento, a tratou como se fosse uma pária, simplesmente porque é parte Djinn e carrega a Escuridão dentro dela. Percebe o que estará pedindo a ela para fazer? Duvido que será capaz de resistir à tanta luz dentro dela por mais que alguns minutos, no máximo. E a dor será insuportável, mais ainda se trabalhar a magia através de seu corpo. —Eu sei. — Ele apertou sua mandíbula, sabendo como Cadmus se oporia à ideia. Mas sabia que o plano era sólido e podia funcionar. Com Arim supostamente fraco e perdido para o poder de Lexa, ‘Sin Garu estaria despreparado para o poder de ataque de Ellie. E apesar das visões de Cadmus estarem erradas uma ou duas vezes no passado, Arim sabia, neste caso, que o que Cadmus previu ia acontecer. Lexa acenou com a cabeça sobriamente. —Se é isso que deseja fazer, percebe que terá que colocar seu corpo nas minhas mãos. E sua forma física deve "morrer" quando for possuído... —Nunca serei capaz de voltar a ele, preso no corpo do hospedeiro. Sei. Só espero que Ellie ame meu sobrinho tanto quanto você continua insistindo que ela o faz. — Ele fechou os olhos e beliscou a ponta do nariz, consciente que chegou a uma encruzilhada do destino. Pela primeira vez em mais de 300 anos, teria que confiar em Lexa Van Nostren com sua vida, e com a de Tanselm. Abriu os olhos e olhou para ela, tentando vê-la com a Luz dentro de si. Infelizmente, ela permanecia uma sombra vaga, muito além da onde a luz podia chegar. Seus escudos estavam fortes, um grande poder numa fêmea tão pequena. Mesmo depois de todos esses anos, ela o afetava como nenhuma outra. Apesar da situação, podia sentir seu corpo reagindo à sua proximidade, sentir sua magia crescendo pelos pensamentos de trocar energia com ela. Ela o olhou desconfiada e recuou um passo antes de apertar sua mandíbula e olhar firme. —Como quer fazer isso? —Encontre-me na montanha Morn em uma hora. E tome cuidado para não alertar ninguém de sua vinda. Ela revirou os olhos. —Sim, mestre. Mais alguma coisa? —Não me faça arrepender de confiar em você, Lexa. Seus olhos congelaram, e ele pode sentir o estalar frio para ele enquanto entrava em seu espaço pessoal, com o rosto a um sopro do seu.
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—Não me faça me arrepender por ajudá-lo, bastardo. Se alguma coisa acontecer com Jonas ou Ellie, vou me alimentar pessoalmente de suas bolas no café da manhã. Seu nariz pareceu entorpecido, mas Arim não pode deixar de sorrir. —Tanto drama, Lexa. Vejo que Jonas tem se esfregado com você. Ela murmurou baixinho e desapareceu, um sussurro escuro que levou o azul brilhante de seus olhos longe, num piscar de olhos. Balançando a cabeça, Arim lançou o feitiço de proteção em torno dele e se teleportou de volta para Tanselm, de volta para Ravyn. Enquanto pairava progressivamente, olhou com terror os guerreiros e feiticeiros que guardavam sua irmã. Permaneciam congelados enquanto Lexa se ajoelhava sobre o corpo imóvel de Ravyn. Seu alarme disparou, e se preparou para atacar quando reconheceu os cantos de cura saindo de sua boca. Chocado, apenas pode ver Lexa beijar sua irmã suavemente na boca, soprando o poder da cura da Escuridão em sua própria alma. Um pouco de cor coloriu a palidez de sua irmã ainda imóvel, e Lexa vacilou quando ficou em pé. Então, sacudindo sua fraqueza, olhou ao redor dela e desapareceu, despertando aqueles na sala mais uma vez. Arim terminou de se teletransportar para o quarto e foi ao encontro de sua irmã. Sua lesão começava a cicatrizar, mas ainda era uma batalha trazê-la da beira da morte. Por que Lexa fez algo tão tolo a ponto de gastar energia que precisava para combater seu irmão? E para curar Ravyn, a rainha de Tanselm e mãe dos Storm Lords restantes... a menos que fosse verdade que Lexa realmente queria ajudar os Storm Lords. As imagens do passado que viu, nadaram na sua mente e ele as forçou de volta. Não podia se dar ao luxo de pensar nisso, não agora. Simplesmente atribuiria sua confusão à realidade de Lexa, uma Dark Mistress com muitas perguntas a responder. Balançou a cabeça e se transportou para o território norte. Tinha pouco tempo para fazer Ellie entender o que precisavam fazer. Só podia esperar que seu amor por Cadmus os sustentasse. *** —Não. De jeito nenhum. Ela não vai fazer isso. — Jonas estava preso no chão, pairando protetor sobre Ellie, enquanto ela lutava contra as teias de aranha do sono em seu cérebro. —Saia do caminho, Djinn. — Arim o pôs de lado como uma mosca incomoda e tocou sua cabeça, limpando a dor e o cansaço que devidamente tentou afastar dormindo. —Agora Ellie, não temos muito tempo. A visão de Cadmus está para acontecer. Ela se calou, então olhou para ele com olhos arregalados quando se lembrou do que Cadmus disse a ela. —'Sin Garu pegou Cadmus? Arim assentiu. O medo cresceu como um nó na barriga. O homem mau que atacou Ravyn, que era responsável por tanto sangue e morte, tinha seu inimigo, Cadmus, à sua mercê. Queria rastejar de volta sob as cobertas e fingir que isso nunca aconteceu. Então se lembrou por que se sentia tão cansada, tão desanimada. Todas as lágrimas e angústia que Cadmus a fez passar, e podia não ter uma chance de falar com ele novamente? Dizer a ele como era idiota por jogar fora algo tão especial como seu amor? Ela apertou sua mandíbula. De jeito nenhum o Dark Lord ficaria com Cadmus até ela dizer o que precisava. Discutir sobre confiança. Ha. Ela voltou sua atenção para Arim e falou calmamente, 4
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deixando de lado seu medo e sua preocupação, resolvida a ajudar de qualquer maneira que pudesse o teimoso Senhor da Terra. —Explique novamente o que quer que eu faça, que deixou Jonas tão emotivo? —Não é “emotivo”. — Jonas bufou em desgosto. —Homens não ficam "emotivos". O que ele está pedindo que faça pode muito bem ser uma sentença de morte. —Não necessariamente. — Lexa apareceu do nada, fazendo com que Jonas praguejasse quando rapidamente reprimiu o poder que estava a ponto de atacar sua presença. —Não disse que me encontrasse na montanha Morn em uma hora? — Arim olhou para ela, e Lexa empurrou o nariz no ar e caminhou ao lado de Ellie na cama. —Tenho um problema para atender pedidos, especialmente se são seus. — Ela se virou para Ellie. —Como se sente? — Tocando a cabeça da amiga, Lexa franziu a testa. —Arim, você perdeu alguns pontos. — A cura nunca foi seu forte. O pensamento que Lexa enviou fez Ellie ter vontade de rir, histericamente. Mas temia que se começasse, nunca ia parar. Um zumbido começou em sua cabeça, e então Ellie piscou, olhando o mundo ao redor agora tão vibrante de cor. Sentia-se uma nova mulher, e o sorriso no rosto de Lexa dizia que não era nada menos que mágica. —Então — Lexa falou devagar. —Agora que se sente como um milhão de dólares, o que acha da proposta de Arim? —Que proposta? Não entendo o que ele está tentando me dizer. — Ellie olhou para Arim, e ele olhou de volta. —Se eu pudesse ter uma palavra aqui, estava tentando explicar... —Os perigos da posse. A fim de obter uma vantagem sobre 'Sin Garu, vamos deixar que pense que Arim está impotente e em meu poder. — Lexa sorriu maldosamente para Arim. —Ainda que eu não seja avessa a fazer disso uma realidade. O Dark Lord vai estar tão inebriado em seu poder que vai subestimar você, Ellie. E uma vez que o faça, Arim pode atacá-lo através de você, enquanto agarro Cadmus. —E o que vou fazer durante este tempo? — Jonas perguntou com voz rouca. —Vai distrair o os três wraintu que habitam os Nocumats dentro de seus corpos em decomposição. —Maravilhoso. Desculpe, se perguntei. — Jonas caiu na cama de Ellie e cobriu o rosto com as mãos. —Lexa, pode me ensinar alguns truques para me ajudar na batalha? —Claro, alguns. — Lexa sorriu, e Ellie tinha uma noção preocupada que seu amigo estava realmente ansioso por essa luta. E assim era Jonas neste assunto. Ela fez uma careta, vendo o sorriso ridículo colado ao rosto também. —Deve entender, Ellie — Arim continuou como se Lexa e Jonas não o tivessem interrompido. —Quando eu assumir o comando do seu corpo, quando minha essência deixar meu corpo e se juntar à sua, você, o que faz você ser quem é, será posto de lado. Ainda estará em seu corpo, por assim dizer, mas será uma virtual prisioneira. Minha Luz é muito forte, e minha presença dentro de você será dolorosa. — Ele fez uma pausa. —Poderia matá-la involuntariamente. Ela o olhou, pensativa, e se perguntou o que Cadmus, aquele grande burro que não só a rejeitou uma vez, mas duas vezes agora, gostaria que ela fizesse. Recordando as várias instâncias de protegê-la, não permitir que ficasse com fome ou ficasse muito tempo ao sol, apoiá-la quando descobriu as verdades feias sobre seus pais, fez sua mente. Se podia protegê-la, então ela podia
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protegê-lo. E caramba, ela forçou o homem a confiar nela. A raiva inchou. Se tivesse que morrer para fazê-lo, que assim fosse. Enquanto sua raiva crescia, ela percebeu que estava queimando na Verdade e se acalmou. Morrer para provar que era digna de confiança? Não era um movimento inteligente. Não, planejava fazer Cadmus comer sua desconfiança, mordida por mordida — e Arim também — até que estariam implorando seu perdão. A fantasia era uma sensação agradável de sorriso enquanto gradualmente voltava ao seu corpo físico. —Ellie? — Arim olhou para ela com interesse. —Tente não fazer isso enquanto está sob minha posse. Não tenho nenhuma ideia do que fará a nós, e vamos precisar de toda força que todos possuímos para salvar Cadmus e Tanselm. — Ele olhou para Lexa. —Portanto, sem mais magias de cura, Enfermeira Sinta-Bem. —Vou mostrar a você o “Sinta-se Bem”, — Lexa murmurou, levantando da cama. Mas Jonas sussurrou algo em seu ouvido que a fez balançar a cabeça e, em vez de enfrentar Arim, piscou para Ellie. —Certo, Ellie. Vamos começar a te vestir e aprontar para salvar seu Storm Lord. Arim, certifique-se que os outros saibam que não devem interferir. Especialmente Aerolus. Está muito agressivo para meu gosto ultimamente. Arim estreitou seu olhar e assentiu. —Grande demais para suas calças, sei. Não se preocupe. Tenho a sensação que meus sobrinhos e suas affais estarão muito ocupados tentando salvar seus territórios dos Netharat para nos ajudar. Vamos nos preparar. Não acho que temos muito tempo. —Não temos. Ouço seus insultos na minha mente. — Lexa olhou para ninguém em particular. —São brutos, mas no ponto. Jonas, traga Ellie aqui. — Ela devia ter enviado um comando mental, pois ele assentiu e agarrou o braço de Ellie. Assim que brilharam longe, ela ouviu Lexa dizer: —Arim, como se sente sobre esconder-a-corda-no-escuro? *** Escondida no canto escuro da extremidade da muralha e sob o feitiço de proteção de Lexa, Ellie assistia, fascinada, a interação aquecida entre Lexa e Arim. Estavam "lutando" há mais de vinte minutos agora, e vento furioso e rachaduras de trovão continuou a soar. —Você é fraco — Lexa insultou, explodindo Arim com outro tiro de chama azul. Ellie estremeceu, recordando do resto azul das chamas em volta da ferida de Ravyn. Arim, no entanto, acenou de lado o ataque de Lexa e a esbofeteou com uma onda de pura luz. Enganoso bastardo. Lexa suspirou e esfregou sua barriga, os olhos escurecendo quando olhou seu oponente. Olhando através da energia escura dentro dela, Ellie balançou a cabeça, esperando o que ela viu. Tal como antes, tanto Arim como Lexa pareciam se inclinar, em vez de distanciar, um do outro. E desde que estavam "lutando", sua energia claramente queria se chocar, entrelaçam e tocar. —Olha, Guardião dos Storms, todos temos nossas peças para jogar no Universo, pode manter o seu ou sucumbir à Escuridão. —Lexa enfatizou "peças" e fez o feiticeiro estreitar os olhos, mas aparentemente pegou a essência do que seria o próximo ataque de Lexa, uma explosão através do ombro, aparentemente muito "chocado" para combater a amarração de suas cordas escondidas na escuridão que sugavam sua energia, continuamente esgotando sua força.
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Apresse-se, antes que se torne fraco demais para fazer o feitiço de posse. Ela apontou o pensamento para Lexa com uma urgência que a mulher devia sentir. Relaxe. Sei o que estou fazendo. Ele já está a caminho para você, que pode ver se olhar com seus olhos Djinn. Ellie ficou boquiaberta com a onda de luz formando um arco-íris em sua direção numa velocidade vertiginosa. Antes que pudesse proferir um suspiro, uma pressão invasiva empurrou através de seu corpo, trazendo lágrimas aos seus olhos e fazendo gotejar sangue de seu nariz. Cadmus, realmente me deve por isso. Ela queria falar, tocar seu peito e esfregar contra a tensão reunida em torno de seu coração. Mas seus membros se recusavam a responder seus comandos. Mesmo sua respiração desacelerou, o feiticeiro em seu interior se estendendo enquanto ele "sentia" seu caminho em torno de seu corpo. Basta me manter inteira. Ela gritou mentalmente, não esperando ser ouvida. Ellie, calma. Tente se concentrar em "você" e relaxar. Isso tudo vai acabar logo, apenas respire e se concentre em seu amor por Cadmus. Fácil para você dizer. Mas ela fez o que ele sugeriu, e para sua surpresa, a dor dentro dela desapareceu, substituída por uma sensação de flutuação enquanto olhava o mundo através de seus próprios olhos, como se assistisse um fantoche. Sua mão limpou o sangue de seu nariz e as lágrimas de seus olhos, abrindo sua visão. À luz do luar, Lexa atingiu Arim brutalmente em todo o rosto, balançando a cabeça quando ele não mostrou nenhuma resposta. Sua energia e a corda escondida na escuridão o apertaram, fazendo-o parecer à beira da morte. Espero que ela esteja fingindo. Ellie não pode evitar a pontada de dúvida, mas sentia pura satisfação no rosto de sua amiga. Lexa, obviamente, tinha alguns problemas do passado para limpar com Arim. Ellie só esperava que pudesse ser paciente e lidar com eles mais tarde. Como se desenrolasse a cena de um jogo, e como se o diretor gritasse "entra o vilão," ‘Sin Garu apareceu de repente, envolto na escuridão e vestindo um sorriso cheio de dentes. —Minha Irmã, talvez eu estivesse errado sobre você. Lexa o encarou, o rosto brilhante de repente ilegível enquanto nuvens cobriam a iluminação da lua. —Está atrasado. —Ah, mas trouxe algum entretenimento. — ‘Sin Garu puxou uma corda que apareceu do nada, e três wraintu apareceram. Criaturas horríveis, que pareciam algo saído de um filme de terror. Grandes cabeças com orelhas de morcego, grandes olhos negros, sem nariz e dentes afiados e pontiagudos olharam o corpo Arim com clara fome. Ellie interiormente se encolheu, sabendo o que esperar, mas ainda não preparada para isso. —Arim, acorde. Gostaria que visse como a escuridão engole o prêmio mais querido, — o Dark Lord murmurou. Deu ao wraintu um pequeno aceno de cabeça, e se moveram para revelar Cadmus, sangrando e inconsciente em seus braços esqueléticos. Garras prendiam firme, perfurando sua carne, e Ellie gritou por dentro enquanto seu corpo continuava imóvel, sem piscar os olhos enquanto Arim testemunhava tudo. —Eu disse acorde — ‘Sin Garu ordenou, a voz mais profunda enquanto flutuava em direção a Arim. Os lábios de Ellie murmuraram com uma voz sussurrante e de repente a cabeça de Arim estalou acima e seus olhos se abriram. 4
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—Muito melhor. Agora, minha irmã, por que não fica de joelhos e implora meu perdão, enquanto eu medito sobre o presente que me deixou, hein? — O Dark Lord arranhou uma unha em garra na face de Arim, e Arim rapidamente mandou seu corpo reagir. Sua cabeça puxou atrás, afetando um fraco recuo, mas 'Sin Garu estava muito impressionado com ele para perceber o movimento anormalmente lento do corpo de Arim. —Não vou implorar, não a você ou qualquer outro. Não, nunca mais — Lexa disse em voz baixa, seus olhos se estreitando enquanto repousavam sobre seu irmão. —Acho que me deve agradecimentos. Cuidei de B'alen para você. Ela olhou para 'Sin Garu e de repente sorriu. —Ele tomou minha compulsão de consumir sangue, e a venceu muito melhor do que você fez. Mas então, sabe do que estou falando, não é? — Ela se aproximou dele, então olhou para Cadmus. —Ingeriu sangue demais do Storm Lord, querido irmão? Parece um pouco pálido. Ela riu, e ele a golpeou tão duro e rápido que pareceu um borrão aos olhos de Ellie. Podia sentir seu corpo tenso, e se perguntou quando Arim pensava em interferir. Mas ele esperou, não fazendo sua parte. Porra! Por agora, já devia ter feito seu movimento, como na visão de Cadmus. —Por causa de sua interferência, quase perdi minha vida na última batalha. Surpresa, Lexa? Não deve. Levei bem, não foi? Você nunca suspeitou que eu apenas derrotei B'alen no limite. — Ele sorriu, revelando uma boca letal. —Se me perseguisse, poderíamos ter terminado isto muito mais cedo. Ele se inclinou e a agarrou pelo ombro, os dedos cavando osso e carne até que o sangue começou a verter das feridas. Ajude-a. Arim, se movimente! O corpo de Ellie permanecia parado, e ela xingou. Merda. Onde diabos estava Jonas? Como uma resposta às suas orações silenciosas, Jonas apareceu de repente e arrancou a cabeça de um wraintu. Ele desapareceu novamente quando o Nocumat dentro da criatura de repente consumiu o corpo e desapareceu. Como se assistisse A Bolha Assassina, mas numa versão muito mais condensada e feia, pensou Ellie, desejando não ter que ver isso. Mas não podia se impedir de assistir. O restante do wraintu guinchou, e 'Sin Garu soltou a chama azul de seus dedos, um arco impressionante num raio azul que cobriu o céu em torno de seu wraintu e Cadmus. Nada aconteceu, no entanto, e ele se inclinou mais perto de sua irmã. —Então pensou em usar seu Djinn fantoche para me distrair? Pelo que me toma? — Com um toque de sua mão livre, ele começou a apertar sua vontade em torno de Cadmus, espremendo sangue das muitas marcas de mordida sobre o corpo do Senhor da Terra. Ellie sentiu seu corpo dar um passo e queria chorar de agradecimento. Mas quanto mais olhava seu amante se contorcendo de dor, mais irritado ficava. Ellie, mantenha a calma, Arim advertiu. Mas não podia evitar. Antes que percebesse, pode ver a chama preta em torno do braço banhado em luz. E então Arim finalmente assumiu o comando.
CAPÍTULO DEZESSETE
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—Deixe-o ir. — A voz era de Ellie, mas as palavras pertenciam a Arim. 'Sin Garu, no entanto, não via mais do que aquilo que estava preparado para ver. —Ah, a affai. Tão bom se juntar a nós, Escura. Ellie al il Ruethe, enquanto eu viver e respirar. —Ele pôs a mão no seu coração, sua sinceridade simulada fazendo Arim querer arrancar o sorriso do seu rosto. —E como estão seus pais? Seguros, confio, em Foreia? —Não vou pedir de novo. — Arim levantou a mão e apontou o dedo para um dos wraintu. Assim que Jonas apareceu e golpeou, Arim derrubou o wraintu com uma explosão de luz combinada com a energia escura. Ele observou, com satisfação, como ele e Jonas dizimavam a pequena força de ‘Sin Garu. Mas, assim que Jonas se moveu para pegar Cadmus em seus braços, o Dark Lord jogou uma teia de vermelho gosmenta, um Nocumat resistente à tentativa de Jonas de se libertar. Quando Jonas caiu vários metros do céu para o castelo, o Nocumat o emaranhou em sua energia, e ele caiu na Verdade, enquanto lutava por sua vida. Através dos olhos de Ellie, Arim assistiu o espetáculo num novo espectro, Escuridão e Luz clara e surpreendentemente bonita pelos padrões Djinn. —Como se confiasse em Lexa para me dar o grande Assassino da Sombra sem um preço anexo. — ‘Sin Garu balançou a cabeça. —Bem, irmã. Quem gostaria de perder em seguida, Arim ou Ellie? —Que tal os dois? — Ela respondeu friamente, como se seu irmão não tivesse a mão presa em sua carne. Ele apertou seu ombro, a fazendo recuar, e a raiva de Arim cresceu. A Escuridão em torno dele atraiu o olhar de ‘Sin Garu, e o Dark Lord franziu a testa. —Elliara? O que está queimando em seu punho? Não... Arim estendeu a mão e voou para seu inimigo, enfiando as mãos no peito do Dark Lord enquanto empurrava fisicamente Lexa. A Energia de Ellie atraiu 'Sin Garu, e quando o fez, o feiticeiro das trevas pareceu perceber quem olhava para ele através dos olhos azuis de Ellie. —Arim — ele rosnou, os olhos ficando pretos de ódio. —Deveria saber que isso foi muito fácil. —Devia — Lexa concordou e disparou a chama azul através de barriga de seu irmão, deixando-o fora do alcance de Arim. O Dark Lord uivava enquanto voava pelo ar, o estômago em chamas, e pairando acima do muro. —Vou matar vocês dois, mas primeiro, o Storm Lord. Antes que pudesse tocar Cadmus, no entanto, Jonas empurrou a mão através do Nocumat e atraiu Cadmus para ele numa explosão de energia escura. Lexa focou no Senhor da Terra e ele desapareceu. —Ótimo. — 'Sin Garu engasgou enquanto lutava para conter a energia fatal furiosa através dele. Chama azul, energia escura e a Luz de Arim lutavam no próprio corpo do Dark Lord. E em apenas alguns minutos mais, a ameaça à Tanselm seria vencida. A ânsia cresceu através de Arim, e sentiu a alegria de Ellie se fundindo com a sua enquanto mantinha seu foco no Dark Lord. Uma explosão súbita encheu o próprio ar, e Arim observou o grande ferimento aberto no céu, que parecia além de ‘Sin Garu. Um portal dimensional através do qual centenas de Netharat repente saíram.
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—Estão em cada um dos territórios como falamos. — O Dark Lord zombou, seu crescente sorriso sumindo à medida que começava a se desvanecer para o Próximo. Formas cinzentas pairavam perto dele, pedaços de energia de uma vida além da que atraía o mal do feiticeiro. —Oh, não, ainda não. — Ele rangeu os dentes e apontou o corpo sem vida de Arim, seus dedos iluminados com um estranho fogo verde. —Não. Mesmo você não poderia ser tão estúpido, tão cheio de si mesmo para pensar em conter isso. — Os olhos de Lexa engoliram seu rosto, arregalados e cheios de medo. —Para a Próxima, e em seguida, Arim. Diga a Faustus que mandei um abraço. Lexa gritou e desapareceu, seu aperto em seu irmão afrouxando, dando-lhe bastante margem para colocar um pequeno escudo enquanto ele golpeava o corpo de Arim. Mas em vez de atingir Arim, o fogo verde atingiu e cercou Lexa, que apareceu na frente de seu corpo assim que as chamas explodiram. Ela se contorcia e gemia, presa num incêndio sobrenatural, e Arim olhava para ela em estado de choque. Estava preparado para enviar 'Sin Garu para sua morte, mesmo à custa de sua própria vida. Por que Lexa o salvou? E que diabos seu irmão estava fazendo com ela? —Em apenas alguns minutos, sua carne vai cair e ela vai apodrecer de dentro para fora. E então os demônios virão por ela. Não os meus, é claro, mas os vermes que habitam dentro da pedra negra Malinta. Arim olhou para 'Sin Garu, espantado de novo por seu mal. —Comprometeria sua própria irmã, seu próprio sangue, à perdição eterna? E para quê? Por Tanselm? A terra o rejeita mesmo enquanto flutua ai, morrendo. Acabou para você, Dark Lord. —Não por Tanselm, pedaço de fel. Por vingança. Sempre foi sobre direitos, e o que é meu. E não vou deixar você tê-la por mais tempo. — Os olhos de 'Sin Garu começaram a embaçar, e ele balançou a cabeça em direção aos solavancos de Lexa a uma curta distância. —Minha morte vale a dela, Assassino da Sombra? Ela nunca matou aquela prostituta Muri, sabe. Mas o que realmente importa, hmm? Um Dark Lord é o mesmo que qualquer outro. — Seu tom malicioso deixou Arim confuso, tanto quanto suas palavras. Arim não precisava de Ellie gritando em sua cabeça para fazer o que precisava ser feito. Sem outro pensamento, soltou seu domínio sobre o Dark Lord e voou para o lado de Lexa. Colocou seu poder e o de Ellie sobre a mulher, e se esforçou para separá-la da chama verde queimando sua alma. Algo desumano, uma criatura — mas algo mais que um simples ser — o olharam através da chama. Ela riu, e dentro desse som veio os gritos de almas perdidas e condenadas por toda a eternidade. Vários olhos olharam para ele enquanto línguas se banhavam no gosto da sua magia, e quando a chama morreu de repente, ouviu uma promessa proferida, uma que sabia que eventualmente teria que enfrentar. Uma vida por uma vida, Guardião. Neste mundo ou no Próximo. Seja sua escolha. Ele estremeceu ao pensar no que Lexa podia ter sofrido, mas que precisava controlar a confusão e a raiva turbilhando em sua mente. Ellie, acalme-se. A mulher o estava deixando louco. Nunca conheceu um hospedeiro tão presente em possessão, e Ellie estava matando sua concentração. Virando-se, não viu nenhum sinal de 'Sin Garu e atingiu o muro do castelo em frustração. —Porra! Mer sect a whal. — Jonas girou sua dor e frustração. —Tire essa coisa de mim!
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Sabendo que precisava de magia Sombra para combater o Nocumat firmemente agarrado em Jonas, Arim enviou um pedido de ajuda a Sava, Alto Rei dos Aelle. Yo, Arim. Como vai, amigo? Amigo? Não importa. Vamos falar sobre sua pobre gíria mais tarde. Preciso de ajuda com um ofensivo Nocumat. Onde você está? Arim podia sentir a carranca de seu amigo. Em Tanselm. Fúria chicoteou através do espaço dimensional e de repente Sava apareceu. —Seu bostinha. — Ele se abaixou e enfiou a mão na gosma vermelha tentando comer através da aura de Jonas. —Esta é a última vez que vou te dizer não, Oxcen. A Próxima não o terá, uma vez acabe com você. Sorrindo tristemente com o Nocumat escorrendo de seu braço, Sava mais parecia um anjo sedento de sangue que um Rei Aellei vestido da cabeça aos pés de branco, sua magia Shadowy cegando em sua beleza. —Desculpe, amigo, mas pode usar todo o branco que desejar. Não fará você parecer mais puro. Arim segurava Lexa protetoramente nos braços de Ellie, e notou o olhar zombeteiro nos olhos do Aellei. —Feitiço de posse — explicou ele, consciente de sua rouca voz feminina. Sava olhou para o corpo de Arim pendurado nas cordas escondidas na Escuridão e revirou os olhos. —Você e Lexa precisam manter tal jogo no quarto. E seja gentil, Arim. Apesar de gostar de toda essa coisa de mulher, você tem que sair daí. — Ele olhou para Ellie com especulação antes de sorrir para os epítetos mentais que Arim enviava. —Brincadeira. Portanto, esta é a affai do Senhor da Terra, hmm? Bonita. Tenho que amar esses Djinn. São quase tão bonitos quanto nós. Sava balançou o Nocumat em seu braço quando a criatura se mexeu, e Arim xingou a coisa e estremeceu. —Não que não esteja feliz por você me chamar por isso, mas por que não pediu a ajuda de Alandra? Um súbito clamor nas nuvens agitou o ar, e Sava olhou para o castelo. —Ataque Netharat, hein? Ela deve estar bastante ocupada. Acho que vou caminhar sobre a montanha Morn para ver como estão indo. Até mais tarde. Sava desapareceu, e Arim decidiu que teve o suficiente no corpo de Ellie. Tentar sair enquanto ela queimava na Verdade, no entanto, provou ser um problema. —Ellie — disse ele em voz alta, esperando que o som de sua voz quebrasse um pouco de seu foco. —Preciso de você para me mover em seu corpo para que possa voltar para o meu. Estive longe dele por muito tempo, e quanto mais cedo estivermos de volta em nossos próprios corpos, mais cedo poderemos verificar Cadmus. Mencionar seu sobrinho deve ter funcionado, porque de repente sua visão voltou ao normal. —Agora, se contenha, pequena, até que eu deixe totalmente seu corpo, certo? Não quer que leve um pedaço de você comigo, não é? — Ele sentiu o tremor e não pode evitar uma risada. Sair e entrar novamente em seu corpo passou rapidamente e facilmente, e, quando respirou fundo, percebeu que precisaria de ajuda para remover as restrições das cordas escondidas na Escuridão. Elas realmente sugaram sua energia física.
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—Jonas? —Claro, por que não? — O Djinn disse numa voz rouca enquanto mancava para Arim na parede. —Só estou meio morto. — Ele passou por cima do corpo de Ellie deitado no chão. —Ela vai ficar bem, certo? Arim assentiu. —Precisa apenas de um minuto para se recuperar. É uma mulher extremamente forte. —E uma mulher digna de um Storm Lord. — Jonas estendeu as mãos sobre as cordas, esperando pacientemente pela resposta de Arim. Arim balançou a cabeça e suspirou. —Sim, sim. Agora tire essas coisas de mim, já. Estou perdendo a sensação em meus braços. —Tente perdê-las em seu cérebro. — Jonas se encolheu. —Odeio os Shadren. Realmente os odeio. No segundo que Jonas soltou as cordas, Arim as queimou até o pó com uma explosão de seus olhos. —Impressionante. Nunca vi você fazer isso. — Jonas se inclinou para Ellie e a levantou nos braços. —Deveria me ver em festas — brincou Arim, e os dois sorriram quando ergueram as mulheres inconscientes até o interior do castelo. Em torno deles conjuradores e guerreiros se espalhavam, estabelecendo-se em defender a torre. Arim levou Jonas a uma porta mágica protegida. Murmurando um encantamento, se moveu através da porta aberta e encontrou Cadmus respirando profundamente na cama king-size. —Há espaço suficiente para os três. Por que não fica com eles porém, apenas no caso do feitiço de segurança enfraquecer? —O quê? Pareço uma merda e está com muito medo de me dizer? Arim ficou apenas olhando. Jonas fez um olhar terrível e Arim temeu por sua vida se voltasse à batalha. —Apenas fique aqui. Estarei de volta em breve. —Tanto faz. Só prometa que vão acordar todos saudáveis e felizes. Arim estudou os três na cama, seu coração aquecendo ao ver Ellie e Cadmus ondulando na direção um do outro durante o sono. Então, descansou os olhos em Lexa, e franziu a testa. —Posso prometer saúde e felicidade para dois deles, mas sua Dark Mistress vai ser um problema. Jonas compartilhou sua careta. —Ela salvou sua vida. —Eu sei. —E você salvou a dela. Poderia ter matado 'Sin Garu, eliminado a ameaça de uma vez por todas. Mas não o fez. —Eu sei. — Arim fez uma careta, e Jonas deu de ombros em sinal de rendição. —Ei, só estou dizendo a verdade. Só acho que é interessante como um salvou o outro quando poderiam ter eliminado o inimigo. Você violou o código Sarqua, colocando o bem-estar de um sobre o bem-estar de todos. —Existe um ponto para isso? — Arim perguntou em voz baixa, a ameaça inconfundível em seu tom. Mas o maldito Djinn apenas sorriu, seu rosto pálido e seu corpo machucado e sangrando pelas várias feridas do Nocumat. —Não. Apenas uma observação.
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Arim saiu resmungando baixinho, e perdeu o sorriso de Cadmus e Ellie enquanto encontravam o olhar quente de Jonas. *** Um mês depois, Cadmus estava com Ellie sobre a cama de sua mãe olhando a forma adormecida da Rainha Ravyn. Ainda precisava recuperar a consciência, apesar de Arim usar as melhores tentativas de cura da terra. —Ela vai se recuperar, Cadmus — Ellie murmurou, acariciando seu lado. —Sua Luz ainda brilha muito intensamente. —Não estou pronto para deixá-la ir aind, — admitiu. —Finalmente veio a paz pela morte do meu pai. E sei que ele gostaria de nada mais que ver a mãe novamente... —sua voz se quebrou. —Está tudo bem. Ela ainda está conosco. E se alguém pode ajudá-la, é seu tio. No tempo desde a grande batalha quando estava quase sempre inconsciente — o diabos o carregassem, seus irmãos continuamente zombavam dele sobre isso — Ellie e Arim pareciam ter se unido. Certo, se reuniram muitas vezes para discutir a triste volta de Lexa, mas ainda assim, podia ver o quanto os dois agora falavam com carinho e familiaridade. Aparentemente, esse feitiço de posse trabalhou em ambos os sentidos. Jonas achava engraçado que Arim agora servia o menor capricho de Ellie, mas Cadmus não dizia nada, sabendo da oposição inicial de Arim ao seu emparelhamento. Fazia bem ao coração de Cadmus que seu tio quisesse agradar e conhecer a pequena Djinn de Cadmus, seu Escura. E apesar de sua tristeza por sua mãe, não podia deixar de suspirar pela lembrança do que sua Escura fez com ele apenas algumas horas atrás. O sugou até que quase gozou, e em seguida, o manteve esticado com sua energia antes de levá-lo profundamente dentro de seu corpo enquanto ela pulsava ao seu redor. E depois, quando se abaixou, nas mãos e joelhos, o incitando a tomá-la pelo traseiro com aqueles olhos azul-céu e aquele beicinho vermelho-cereja nos lábios... A alta tosse o trouxe de volta. —Cadmus, não aqui! — Ellie sussurrou. Ele olhou abaixo, onde ela tinha os olhos fixos, a calça formando uma tenda, e revirou os olhos. Não era como ela podia ver. Além disso, era tudo culpa sua. Suas tendências hedonistas o excitavam o tempo todo. Então, talvez, devessemos coibir essas suas fantasias eróticas. Fazendo você esperar até o êxtase quando eu disser que pode tê-lo. Uma imagem tentadora de Ellie, amarrado em seu quarto, como Arim foi preso por Lexa, o atingiu com força. Droga, mulher, está tentando me fazer gozar? —Pelo amor da Luz, Cadmus. Não aqui. — Darius resmungou enquanto passeava no quarto com Samantha a reboque. Desde que toda a história da briga de Ellie com a "gêmea malvada" de Samantha veio à luz, todos estavam em seu ultra-melhor comportamento em relação a Ellie. E Cadmus acima de todos. Ela o perdôou uma vez que ele explicou o choque e a traição de ‘Sin Garu que o fez duvidar dela. Mas ela o fez trabalhar, oh tão duro, por seu perdão. Sua ereção atrasada de repente voltou.
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Agora o que está pensando? Honestamente, é um pervertido. Ela o cutucou nas costelas e ele riu, uma grande risada que logo fez Darius e Samantha se juntarem. Eu te amo, Ellie. Sempre muito. E quando o humor foi substituído por sua excitação, olhou para sua mãe, desejando que ela pudesse compartilhar o momento. Uma faísca de magia de repente encheu a sala, se misturando com a Luz das Trevas e algo mais, uma fagulha poderosa que sacudiu o corpo de Ravyn. Cadmus sorriu mais quando seus nebulosos olhos verdes abriram, e ele deixou cair as lágrimas quando sua mão procurou a dela, débil. —Bem-vinda de volta, mãe. Sentimos sua falta. *** Arim olhou para Lexa, desejando saber o que diabos podia fazer por ela. Nada em sua cura funcionou, nem as fracas explicações de Jonas na cura da Escuridão. O bem-humorado Djinn se desdobrava em Tanselm, se mantendo bem o suficiente. Aparentemente, se mudou ao castelo do norte, e tomou o comando dos guerreiros Portadores da Luz de Cadmus num esforço para melhor "treiná-los contra sua luta com a verdadeira escuridão". O pequeno sorriso de Arim se apagou, enquanto olhava para a pálida Lexa, a figura ainda deitada serenamente em sua cama. Não foi capaz de confiar que ninguém a mantivesse segura, não até saber a que ponto os dedos fanáticos da Igreja da Iluminação atingiam seu reino ainda. Até agora, a maior parte era discurso jorrando sobre o mal da invasão das Trevas, com foco nos Aellei no leste. Mas agora que mais Djinn se moviam ao norte, começaram a avançar de seu agrupamento no oeste, se espalhando como uma doença. Política, ele pensou com desgosto. As eleições da Igreja se aproximavam, e pensando sobre o futuro, suspirou. Os Netharat foram derrotados, mas eram grandes números da extensão da força de ‘Sin Garu? E quanto feriram o Dark Lord? Ele não devia durar tanto tempo como fez, especialmente não com o ataque conjunto de Arim e Lexa, sem mencionar a ajuda da magia negra de Ellie. Mas Lexa notou a incursão de seu irmão em beber sangue, que, em retrospectiva, ajudava a explicar sua enorme força. Não terminará até que você acabe com ele. Sua consciência não o largava, e não conseguia esquecer a promessa dos demônios prendendo Lexa. Uma vida por outra vida. Fez uma careta, sabendo o que tinha que fazer para consertar as coisas. 'Sin Garu merecia o que o destino reservava. E Arim planejava o servir com as duas mãos. O tempo de reação terminou, especialmente desde que a Tetrarca renasceu. Quatro Storm Lords, quatro affai, quatro territórios fortes e verdadeiros. Mas a que custo? Ele olhou para os lábios brancos de Lexa e olhos sombreados. E sabendo que estavam sozinhos e ela inconsciente, se sentiu seguro para segurar sua mão firmemente na dele. —Assim que acordar, Lexa, vamos ter uma conversa. Então vou ver seu... — Se interrompeu, ciente que ela nunca antes se referiu a sério a 'Sin Garu senão como um "Dark Lord", e nunca, nunca, como seu irmão. Por respeito a ela, passou a mão suavemente e continuou. —Então vou ver 'Sin Garu. Estou esperando, Lexa. Sempre estive à espera, — ele murmurou, enquanto olhava para ela, sem saber que a gentileza de seu toque atingia sua voz. Atrás dele, sua irmã estava assistindo com um sorriso calmo.
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Fim
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