INTERVENÇÃO AO PARQUE ECOLÓGICO DR. LAERT JOSÉ TARALLO MENDES

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INTERVENÇÃO AO PARQUE DR. LAERT JOSÉ TARALLO MENDES

Barbara Conte TFG I 2020


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BARBARA CONTE

INTERVENÇÃO AO PARQUE ECOLÓGICO DR. LAERT JOSÉ TARALLO MENDES

Orientadora: Dra. Rosa Sulaine Farias Plano de trabalho apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

RIBEIRÃO PRETO - SP I 2020

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INTERVENÇÃO AO PARQUE ECOLÓGICO DR. LAERT JOSÉ TARALLO MENDES

BARBARA CONTE

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo e aprovado em sua forma final pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda.

ROSA SULAINE FARIAS Orientadora

ANA LUÍSA MIRANDA Avaliadora

Examinador(a) Externo(a) 5


QUERO AGRADECER POR TANTO

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Agradeço aos meus avós por me ensinarem a amar a cidade em que escolheram passar suas vidas até seu ultímo dia e assim poder dividir um pedaço desse amor nesse trabalho. O lugar de vocês nesse mundo sempre será um dos meus lugares preferidos. Agradeço a minha mãe, pela dádiva de me criar uma mulher independente, por apostar nos meus estudos e me tornar sua primeira filha graduada. Sou grata por me ensinar tanto, por ser pai e mãe ao mesmo tempo e principalmente por ser minha eterna companheira. Agradeço aos meus irmãos, por me encherem de amor e sempre me apoiarem desde a escolha desta formação, assim como todos os meus familiares. Agradeço a minha melhor amiga, Ingrid Zagatto por acreditar nos meus sonhos e sempre estar comigo para torna-lós reais. Agradeço aos meus professores por me ensinarem tanto, em especial a Rosa Farias, minha querida orientadora, por confiar em minha capacidade e por sua dedicação, contribuindo pelo meu amor ao urbano. Agradeço aos meus companheiros de graduação e em especial a Anyele Silva, Fernanda Patrão, Giovanna Velludo, Leonardo Toledo e Rachel Carneiro, pelo companheiros ao longo destes cinco anos. Por fim, agradeço pela vida, a arquitetura que me proporcionou um novo olhar sobre o viver.

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Figura 01 I Fonte: Autora, 2020.


RESUMO O presente trabalho tem por finalidade abordar a temática sobre intervenção urbana, tanto na paisagem, como no meio urbano a partir de propostas e operações planejadas. A discussão será abordada com base nos seguintes tópicos: ESPAÇOS PÚBLICOS, ÁREAS VERDES, PARQUES URBANOS, CIDADES SUSTENTÁVEIS. Palavras-Chave: espaços públicos, áreas verdes, parque urbano, cidade viva.

ABSTRACT This work aims to address the theme of urban intervention, both in the landscape and in the urban environment, based on planned proposals and procedures. The discussion will be approached based on the following topics: PUBLIC SPACES, GREEN AREAS, URBAN PARKS, SUSTAINABLE CITIES. Key words: public spaces, green areas, urban park, living city.

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ÍNDICE 1

INTRODUÇÃO.................................................................................................12-15

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BUSCANDO UMA CIDADE VIVA....................................................................16-21 Paisagem e Áreas Verdes.....................................................................................................18 Parques Urbanos...................................................................................................................19 Cidade Sustentável................................................................................................................20 Infraestrutura Verde...............................................................................................................21

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DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO.............................................22-60 Delimitação do Objeto de Intervenção...........................................................................24-25 Histórico da Área de Intervenção...................................................................................26-29 Aspectos Fisico Ambientais............................................................................................30-33 Uso do Solo....................................................................................................................34-35 Ocupação do Solo..........................................................................................................36-37 Equipamentos e Mobiliários...........................................................................................38-41 Mobilidade Urbana.........................................................................................................42-53 Conexões com Bairros...................................................................................................54-55 Caracterização Sócio-Econômico..................................................................................56-57 Leitura do Parque...........................................................................................................58-59 Conflitos e Convergências..................................................................................................60

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REPERTÓRIO PROJETUAL...........................................................................61-83 Parque Madureira............................................................................................................62-70 Parque Mangal das Garças.............................................................................................71-77 Parque Raul Seixas.........................................................................................................78-83

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ESTUDO PRELIMINAR...................................................................................84-99 Conceito e Partido...........................................................................................................86-89 Diretrizes Gerais e Projetuais...............................................................................................90 Programa de Necessidades.................................................................................................91 Zoneamento de Uso Geral...............................................................................................92-93 Plano de Massas..............................................................................................................94-95 Detalhamento...................................................................................................................96-99

A PROPOSTA...............................................................................................100-153

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................154-155

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1 INTRODUÇÃO

Figura 02 I Fonte: Unsplash, 2020. 13


Temos como objetivo geral do trabalho a elaboração de intervenção urbana no Parque Ecológico Dr. Laert José Tarallo Mendes, na cidade de Matão, buscando através desta requalificação uma nova interação entre o espaço urbano e a população. Analisando as necessidades, em base nos equipamentos, mobiliários, paisagismo e acessos dentro do parque. Propondo a revitalização e modificação de determinados objetos, conforme analisados e propostos pelos moradores da cidade, promovendo um espaço público e paisagem urbana de qualidade. E como objetivos específicos a pesquisa foi desenvolvida através de levantamento bibliográfico e documental, buscando uma visão abrangente do projeto de pesquisa, além de base teórica e metodológica. Pesquisas em banco de dados obtidos junto aos órgãos da administração pública Estadual e Municipal (Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico), juntamente aos setores de mobilidade urbana de Matão (Viação Paraty). Pesquisa histórica (acervos, biblioteca municipal Maria de Lourdes Lian) e levantamentos. Além de observação diretamente no local, para a elaboração de material fotográfico e audiovisual. Entrevistas aos moradores, aplicações de questionários, membros do conselho, órgãos públicos, voltado ao intuito do projeto. As leituras de base “(assim como, pesquisas em bancos de dados, levantamento da área, entrevistas aos moradores)”, foram os passos metodológicos para a estruturação deste trabalho. Assim, a pesquisa envolve um material preciso a parques urbanos, áreas verdes, sustentabilidade e espaços públicos, englobando os tópicos a um espaço “comum”. Quando nos referimos aos espaços públicos, de acordo com Silvio Macedo (Espaços Livres,1995,p15), “[...] de um modo preciso, definisse espaços livres como todos aqueles não contidos entre as paredes e tetos dos edifícios pela sociedade para sua moradia e trabalho.” Neste contexto Richard Rogers (1997, p.16) Devem sentir que o espaço público é responsabilidade e propriedade da comunidade. Da ruela mais modesta até a grande praça cívica, estes espaços pertencem ao cidadão e completam a totalidade da esfera púbica, uma instituição com seus próprios direitos que, como qualquer outra, pode aumentar ou frustrar nossa existência urbana. A esfera pública é o teatro de uma cultura urbana. É onde os cidadãos desempenham seus papéis, é o elemento que pode agregar uma sociedade urbana.

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Assim como, áreas verdes, segundo Silvio Macedo (Espaços Livres, 1995,p15), “[...] determinam-se áreas de lazer, espaços verdes e áreas de circulação e que designam apenas determinados tipos de espaços, livre de edificação e urbanização.” Simultaneamente a discussão das áreas verdes, atualmente, obtemos muitos debates sobre os parques urbanos, que para Macedo (2003),”o parque é um espaço livre e público, destinado ao lazer de massa urbana e estruturado por vegetação.” Anexo as discussões abordadas pela atualidade, as cidades sustentáveis para Richard Rogers (1997, p.167) “[...] precisa atender aos nossos objetivos sociais, ambientais, políticos e culturais, bem como nossos objetivos econômicos e físicos. É um organismo dinâmico tão completo quanto a própria sociedade e suficientemente ágil para reagir rapidamente às mudanças.” Neste mesmo contexto, Jan Gehl (2010, p.109) A sustentabilidade social também tem uma importante dimensão democrática que prioriza acessos iguais para que encontremos “outras pessoas” no espaço público. Um pré-requisito geral é um espaço público bem acessível, convidativo, que sirva como cenário atraente para encontros organizados ou informais.

CIDADE VIVA DESENVOLVIMENTO SOCIAL CULTURA

A PROPOSTA

LAZER

CONVIVÊNCIA


Quando nos referimos a parques urbanos, respeito a espaços públicos de vastas dimensões com a predominância de elementos naturais, funções estéticas e de lazer, o intuito é priorizar as necessidades dos usuários e a sustentabilidade, porém não é o que ocorre atualmente nas cidades brasileiras, que ao passar dos anos, vem sofrendo com as intempéries, onde atualmente, tenta-se recriar estes espaços públicos, aos espaços de consumo, como exemplo, os shoppings centers. Deste modo, estes espaços vão sendo “esquecidos” na medida em que não há investimentos destinados a melhoria. Sendo as cidades, espaços urbanos que estão sempre em constante transformação, seja por interesses financeiros ou pela mudança de necessidades ao longo dos anos. Nota-se que perante os problemas encontrados nos parques urbanos, onde não obtemos o mesmo grau de importância, especificamente no Brasil, em que evitasse ir aos parques pela falta de infraestrutura. Segundo Jane Jacobs (2011) há dúzias de vazios urbanos desvitalizados chamados de parques, destruídos pela decadência, sem uso e desprezados. Podemos observar estes mesmos problemas no Parque Ecológico Dr. Laert José Tarallo Mendes, onde encontra-se atualmente evitado pela falta de manutenção dos equipamentos, mobiliários escassos, e consequentemente, justificando a falta de segurança. Com a falta de uma intervenção, o uso cotidiano vem sendo a cada dia mais reduzido, trazendo falta de incentivo a sua utilização do espaço, que não atende em grande parte as necessidades atuais de quem mora na cidade.

Esta conexão direta com a cidade, permite uma real apropriação e estadia do usuário ao espaço público. Como Richard Rogers cita “a sobrevivência da sociedade sempre dependeu da manutenção do equilíbrio entre as variáveis de população, recursos naturais e meio ambiente.” Para isso, os espaços públicos e sua sustentabilidade devem ser pautados e inseridos flexibilizando a necessidade de seus usuários. A revitalização de uma área bem planejada é decisiva na qualidade de vida dos habitantes. Seja por uma simples mudança, reforçando a qualidade urbana, convidando o cidadão a utilizar o meio urbano como parte de sua rotina diária. A renovação no uso da área, além de novos espaços livres, áreas verdes, enfatiza os progressos em direção a sustentabilidade. A importância deste projeto é exclusivamente voltada a integração e lazer da sociedade. Desta forma, conectando as pessoas com o meio urbano, voltado ao bem estar, saúde física e mental, sempre priorizando a flexibilidade de novos usos. Assim como cita Richard Rogers “devemos construir as cidades com flexibilidade e honestidade, trabalhando com, e não contra, o inevitável processo de transformação das cidades.” Os objetivos dessa intervenção estão definidos nos seguintes temas:

PARQUE

CIDADE

ÁREA VERDE

Justificando assim, com a intenção de valorizar o espaço público, local seguro e includente, em todas as suas formas, promovendo encontros e experiências com os demais, enfatizando novos usos que traga novamente coesão social. A acessibilidade a um parque urbano, áreas verdes, deve ser integrada a uma totalidade, incluindo todo um domínio público, criando a experiencia da liberdade e protegendo os direitos. Quando nos referimos a “áreas verdes” designa-se toda e qualquer área em que exista vegetação. No entanto, não estão inclusos somente espaços ajardinados, pelo o contrário, o lazer, seja ele ativo ou contemplativo estão englobados neste conceito.

CIDADES VIVAS

O ESPAÇO PÚBLICO COMO CONVIVENCIA

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2 BUSCANDO UMA CIDADE VIVA 16


Figura 03 I Fonte: Unsplash, 2020. 17


PAISAGEM E ÁREAS VERDES Segundo o Código Florestal (2012), a lei nº 12.727/12 visa áreas verdes e paisagens urbanas destinadas aos propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, bem como proteção de bens e manifestações culturais. As áreas verdes e a paisagem são dois elementos extremamente vinculados quando tratamos de proporcionar benefícios ao espaço urbano. Por meio da Universidade de Brasília, contratada pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, promoveu-se um levantamento em mais de setecentos municípios brasileiros, do porcentual de áreas verdes existentes nas áreas urbanas, tal conceito traz como objetivo conhecer a proporção de área urbanizada coberta por vegetação e seus estados de conservação. Deste modo, será possível subsidiar o monitoramento e avaliações de potencialidades e necessidades. Atualmente, enfatizamos a busca por maneiras de pensar as áreas verdes primordialmente protegendo a vegetação e o ecossistema, criando por meio destes uma relação direta com a sociedade. Assim, espaços que visão a qualidade e sustentabilidade da paisagem. Silvio Macedo (1992), diz que projetar com vegetação significa trabalhar em cumplicidade direta com seres vivos que crescem e se desenvolvem com o correr do tempo, criando e recriando espaços a cada nova estação.

muitos dos projetos são concebidos em sua forma final, sem se ater ao fato das diversas fases de manutenção do espaço. Com base nos autores mencionados analisamos a paisagem e áreas verdes que estão presentes hoje no Brasil. Como podemos ver em varios municípios brasileiros, muitos desses espaços são configurados por desenhos ultrapassados, áreas que atualmente não são compostas por paisagens e vegetações que incluem todos os usos e tecnologias desta geração, como por exemplo a sustentabilidade, flexibilidade, funcionalidade. Atualmente optasse por áreas que tem essa facilidade em se reconfigurar, obtendo uma funcionalidade ambiental e não somente a estética daquele espaço. As áreas verdes urbanas nunca dispuseram de tamanha importância como na década em que vivemos atualmente, fornecendo maior qualidade de vida nesses espaços onde a vegetação arbórea aumenta significativamente a qualidade de vida da população, como nos parques e uma boa qualidade das infraestrutura verde fornecendo espaços sustentáveis pela cidade. Esses espaços não interferem apenas na vida e atividades de seus habitantes, a paisagem e as áreas verdes assumem um papel muito mais importante, servindo de equilíbrio entre a vida urbana e o meio ambiente. Conclui-se que a intervenção e preservação de vastas áreas verdes já existentes, nos proporciona o lazer, reconectando a sociedade para as necessidades atuais.

Segundo Labaki,Souza (1996), alguns dos efeitos ocasionados pela ausência de vegetação em áreas urbanas é a ocorrência do fenômeno climático ilhas de calor, que é a elevação da temperatura nos centros urbanos em relação ao meio rural. Macedo e Souza, dão ênfase a importantes analogias em relação a vegetação e seus subsistemas, que interferem diretamente na paisagem sustentável, no cotidiano urbano a paisagem é fracionada pelo descuido com áreas verdes públicas. Enfatizando-nos a pensar ainda mais nas áreas verdes e na paisagem conectadas ao espaço urbano, trazendo novamente a interação entre a sociedade e a biodiversidade cuja vegetação proporciona. Macedo (1992), define que espaços paisagisticamente bem estruturados devem apresentar, desde o seu tempo um, para o usuário, as melhores condições de usufruto, tanto a nível funcional ambiental, como cênico. O que se observa, entretanto, é que 18

Figura 04 I Fonte: Autora, 2020.


PARQUES URBANOS Segundo o Ministério, os parques urbanos e áreas verdes tem a função ecológica, estética e de lazer, no entanto, com uma extensão maior que as praças e jardins públicos. De acordo com o Art. 8º, § 1º, da Resolução CONAMA Nº 369/2006, “considera-se área verde de domínio público “o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização”. O conceito de parques urbanos como espaços aberto para os habitantes usufruírem surgiu no século XXI, porém sua importância é tal que até os dias de hoje marca a configuração das cidades em todo o mundo. (JACOBS, 2014), “Os parques são locais efêmeros. Costumam experimentar extremos de popularidade e impopularidade. Seu desempenho nada tem de simples. Podem constituir elementos maravilhosos e também um trunfo econômico [...]”. (LIMA, 2011), “Há tempos vem sendo comprovada a importância do planejamento de espaços de lazer para a promoção da qualidade de vida e saúde humana e a necessidade desses espaços como elementos para amenizar os problemas urbanos, fazendo necessária a integração do individuo com o seu ambiente. Atualmente estamos presenciando impactos sociais e urbanísticos que caracterizam em espaços cada vez mais individualistas, como por exemplo os loteamentos fechados, falta de requalificação das praças e parques com propostas que visem as necessidades atuais dos usuários. Deste modo a importância de se ter espaços de lazer coletivo, seja nas grandes metrópolis ou pequenas cidades nos interiores só aumentam. (LIMA, 2011), “Os parques públicos são atualmente considerados um elemento característico das grandes cidades modernistas, em constante processo de mudanças na procura de consolidar seu papel de espaço livre publico dedicado ao lazer contemplativo e ativo, e englobado por recursos naturais como vegetação, água e beleza cênica. Os espaços de lazer como praças e parques urbanos não agregam somente na função ecológica, estética e de lazer, mas atualmente com tantas doenças piscológicas causadas pela falta de tempo para o lazer ou pelo individualismo causado pela internet, os parques e espaços coletivos contribuem no combate ao stress fisíco, mental e psicológico.

Figura 05 I Fonte: Autora, 2020.

O lazer deve satisfazer as necessidades do indivíduo, como o centro da vida urbana, fornecendo aos usuários atividades de lazer e contemplação, sempre voltadas a conscientização dessas áreas verdes e da infraestrutura verde que se faz presente. O importante não são novos parques urbanos e áreas verdes, mas sim, que os existentes e degradados ganhem um novo significado no espaço livre, um novo sentido para que as pessoas se sintam confortáveis a estarem presentes e utilizarem este meio no dia a dia. Atrair a sociedade a esses espaços é ter uma cidade voltada para pessoas. Atrair a sociedade a paisagem e áreas verdes se torna um avanço para obtermos cidades sustentáveis.

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CIDADES SUSTENTÁVEL Este item está baseado no livro “Cidades para um pequeno planeta” de Richard Rogers. Uma cidade sustentável está diretamente ligada a questões sociais e ambientais. Segundo o Ministério do meio ambiente, um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável, melhorar a mobilidade urbana, a população sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar uma cidade sustentável. Para Rogers, as cidades sustentáveis (1997, p. 28) “[...] poderiam ser pensadas para absorver o enorme aumento no crescimento urbano e ainda ser auto-sustentáveis: cidades que, atualmente, ofereçam oportunidades sem colocar em risco as futuras gerações.

Nosso objetivo para obter um equilíbrio entre a sociedade, cidades e natureza, vem do comprometimento e participação sustentável, como diz Richard Rogers “cidades bonitas, seguras e igualitárias estão ao nosso alcance.” (ROGERS, 1997, P. 175). Uma cidade sustentável se estabelece a partir do conjunto dos temas abordados, para obte-lá é necessário uma qualidade na infraestrutura verde presente na cidade, paisagem e áreas verdes de qualidade, não somente pequenos canteiros em meio ao perímetro urbano. Além disso, os parques e praças da cidade são os maiores influenciadores da presença de um ambiente natural que encontramos nas cidades, por isso são o portão de embarque capaz de trazer espaços que conscientizem os usuários aos cuidados e práticas para que obtemos a sustentabilidade da cidade.

(Rogers, 1997), “A cidade sustentável é uma cidade de muitas facetas: - uma cidade justa, onde justiça, alimentação, abrigo, educação, saúde e esperança sejam distribuídos de forma e onde todas as pessoas participem da administração; - uma cidade bonita, onde arte, arquitetura e paisagem incendeiem a imaginação e toquem o espírito; - uma cidade criativa, onde uma visão aberta e a experimentação mobilizem todo o seu potencial de recursos humanos e permitam uma rápida resposta à mudança; - uma cidade fácil, onde o âmbito público encoraje a comunidade à mobilidade, e onde a informação seja trocada tanto pessoalmente quanto eletronicamente; - uma cidade compacta e policêntrica, que proteja a área rural, concentre e integre comunidades nos bairros e maximize a proximidade; - uma cidade diversificada, onde uma ampla gama de atividades diferentes gerem vitalidade, inspiração e acalentem uma vida pública essencial. (Rogers, 1997), “A cidade sustentável poderia ser o agente para transferência dos direitos ambientais (direitos básicos à água limpa, ar limpo, terra fértil) à nossa nova civilização global e dominantemente urbana. Existem milhões, e logo haverá bilhões, de pessoas para usufruírem desses direitos. O compromisso com os direitos ambientais exige o surgimento da cidade sustentável na verdade, os dois são interdependentes. Segundo o Ministério do meio ambiente, temos prerrogativas constitucionais da gestão municipal que respondem pela delimitação oficial da zona urbana, rural e demais territórios para onde são direcionados os instrumentos de planejamento ambiental. Figura 05 I João Pesso - PB. 20


INFRAESTRUTURA VERDE A inclusão da infraestrutura verde, segundo (Benini, 2009), tem por objetivo principal manter ou recuperar, mesmo que parcialmente, a funcionalidade da paisagem, através da mitigação das interferências antrópicas e da promoção e manutenção dos fluxos bióticos e abióticos, além de trazerem benefícios específicos para as pessoas como: melhorar a mobilidade alternativa de baixo impacto (pedestres e ciclistas), diminuir e prevenir enchentes e inundações, melhorar o microclima, melhorar a qualidade do ar, entre outros. Para Macedo (1995, p. 17), a qualidade ambiental a partir dos “mecanismos de adaptação” e “auto-superação” dos ecossistemas, e afirma com “base na teoria sistemática da evolução” que a qualidade ambiental é oriunda da “ação simultânea da necessidade e do acaso”. (Benini, 2015), “indica que o espaço urbano tem se tornado o palco da atenção de diversos pesquisadores que incessantemente, buscam a propositura de técnicas alternativas que venham melhorar as condições ambientais das cidades.” Quando demonstramos a inserção da infraestrutura verde nos processos de planejamento, obtemos ideais inovadoras, novos conceitos, em base nos antecedentes históricos. O intuito nos dias de hoje é fundamental a inclusão da infraestrutura verde, seja mantendo ou recuperando os espaços que no Brasil são inúmeros, em sua grande maioria não adaptados a novos usos e necessídades atuais. A infraestrutura verde não só inclui as pessoas a natureza, mas garante uma vida mais saúdavel apenas pela conexão com esses pontos da cidade, fornecendo muitos benéficios aos moradores e principalmente aos frequentadores destes espaços urbanos. Macedo está certo quando afirma que esses espaços quando adaptados ao século em que vivemos trás a evolução como uma sistématica, sendo uma ação simultânia da necessídade ou seja, a infraestrutura verde conduz a criação de novas cidades sustentáveis, parques e praças, compondo a paisagem e áreas verdes do meio urbano.

Figura 06 I João Pesso - PB. 21


3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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Figura 07 I Fonte: Autora, 2020. 23


CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

SP

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Candido Rodrigues Taquaritinga

Santa Ernestina Dobrada

Itápolis Araraquara

Santa Lúcia

Matão

Américo Brasiliense

Tabatinga

Ibitinga

Gavião Nova Europa Peixoto

Santa Rita do Passa Quatro

Araraquara

Porto ferreira Descalavado

Araraquara Ibaté

Dourado

São Carlos

Ribeirão Bento

Figura 08 I Fonte: Autora, 2020. 25


reconhecimento da cidade: a ocupação dos bairros A partir de 1880, inúmeras pessoas vindas de municípios vizinhos adquiriram terras na região, primeiramente chamada de Arraial do Senhor Bom Jesus das Palmeiras, mais tarde denominada Campo de Água Vermelha e finalmente a cidade de Matão, que pertencia ao senhor José Inocêncio da Costa. Em 1892 já haviam se estabelecido na zona, formando fazendas de café. Assim, José Inocêncio, proprietário das terras fez uma doação para a fundação da povoação. Com o patrimônio adquirido, foi delimitado o local da Capela, dedicado ao Senhor Bom Jesus das Palmeiras, nome em que foi batizado o primeiro bairro da cidade em 1894, hoje conhecido como Centro.

ANÁLISE EVOLUTIVA DA GLEBA

IMAGENS EVOLUTIVAS DA GLEBA

Figura 09 I Fonte: Comarca, 2020.

É possível avaliar através das imagens, a gigantesca evolução da área da gleba, tanto em relação ao surgimento dos loteamentos, como e principalmente a ocupação das construções nela existente. Nota-se na área quando ainda haviam somente as fazendas (figura 09). A partir desta, os relatos dos desenhos mostram a evolução em que a gleba formou ao longo dos anos, até o ano de 2010. Como retratado nas imagens ao lado, o Centro foi o primeiro bairro a ser loteado regularmente, demonstrando a grande diferença entre o traçado em que se encontram as primeiras implantações da área e os lotes dos bairros que viriam a surgir no futuro. Outro ponto que vale ser ressaltado e que representa grande destaque para a gleba, estando relacionado com os surgimentos dos loteamentos citados anteriormente, é a Rua São Lourenço, devido a formação dos bairros em seu entorno. Usando-a como via principal e avaliando-a nos dias atuais, chega-se a conclusão que até hoje é uma das vias com maior fluxo da cidade, proporcionando comércios e serviços, além de ligações importantes a vias principais da cidade onde estão presentes as grandes empresas que são a maior fonte de trabalho dos moradores desse município.

Figura 10 I Fonte: Comarca, 2020.

Atualmente muitas das familías que José Inocêncio doou suas terras para a formação da cidade de Senhor Bom Jesus das Palmeiras (atual Matão) , vivem na cidade. Em grande maioria as famílias beneficiadas com essas terras vivem em uma classe mais alta. A cidade atualmente completa seus 125 anos e 122 de emancipação, com 83.170 mil habitantes.

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Figura 11 I Fonte: Comarca, 2020.


MAPA DE OCUPAÇÃO DOS BAIRROS

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

JARDIM DO BOSQUE

VILA MARIANI

CENTRO

BELA VISTA

VILA CARDIN

JARDIM SANTA MARTA

NOVA MATÃO

BUSSOLA

VIVELANDIA

VILA JANDIRA

JARDIM CAMBUI

BAIRRO ALTO

PARQUE ALIANÇA

JARDIM BUSCARDI

VILA GUARANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA

JARDIM PRIMAVERA

JARDIM MORUMBI

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA

VILA PEREIRA

IV CENTENÁRIO

Figura 12 I Fonte: Autora, 2020. 27


o processo de intervenção A ocupação da área de intervenção ocorreu em primeiro lugar como antiga represa da fazenda dos Benassi (figura 13). Durante parte da década de 1970 e início da década de 1980 no local só existia a represa funda com árvores e muito mato em seu entorno (figura 14). No ano de 1982 a represa foi esvaziada e construído um lago mais raso (figura 15 e 16) e feito ao entorno algumas melhorias além da plantação de algumas árvores conjugue a vegetação nativa existente na área (figura 17 e 18 ). O local ao entorno do lago passou a ser conhecido como Parque Ecológico no início da década de 1990 (figura 19). Em 24/12/1992 foi inaugurado o Parque Ecológico e a Praça Alfredo de Paiva Garcia que se localiza em frente, no cruzamento da rua Itápolis. O nome Dr. Laert José Tarallo Mendes foi dado ao local através do Decreto 1683/82, para homenagear o ex-prefeito falecido em 1981 (figura 20 e 21 ). Após o ano 2000 houve a intervenção para instalação dos equipamentos urbanos, como a quadra de basquete, a pista de skate e o playground infantil (figura 23). Além da presença da “Ilha” instalada adentrando ao lago, onde abrigavam-se as capivaras (figura 24).

Figura 13 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 14 I Fonte: Arquivo Pessoal.

As capivaras que adentravam a área quando ainda era somente a fazenda dos Benassi, ganharam um espaço próprio para viver, tendo acesso durante o dia ao lago para se refrecarem (figura 24). Além das capivaras, o Parque Ecológico era moradia de várias especies de passáros que viviam livres no local, como por exemplo patos e até mesmo ganços viviam no parque.

curiosidade:

O projeto executado no ano de 1990 teve como base desenhos elaborados pelos projetistas da época, no entanto durante a execussão da obra surgiram emprevistos e as modificações foram executadas sem uma elaboração projetual.

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Figura 15 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 16 I Fonte: Arquivo Pessoal.


Figura 17 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 21 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 18 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 22 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 19 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 23 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 20 I Fonte: Arquivo Pessoal.

Figura 24 I Fonte: Arquivo Pessoal.

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ANÁLISE AMBIENTAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A topografia da cidade possui uma inclinação ao Córrego São Lourenço (figura 25 e 26), que cruza toda a área, proporcionando a drenagem natural da região, porém, dentro do perimetro de Matão contém variações de altitude, por conta do declive existente em toda a cidade. Comparando os bairros e sua diversidade em termos de qualidade de ventos, vimos que nos bairros mais próximos ao Rio, temos áreas mais frescas e ventiladas por conta de pontos de vegetação (figura 27), porém, em algumas delas com poucas áreas verdes, torna-se um local com pouco sombreamento. Já a área dentro do perímetro é coberto por árvores e pastos, ajudando no clima do perímetro urbano.

Figura 25 I Fonte: Autora, 2020.

Por mais que a cidade proporcione grandes áreas verdes no perímetro urbano, ainda assim em alguns pontos á falta de vegetação, como por exemplo nos novos bairros que estão sendo projetados ao longo da extensão da cidade. A velocidade dos ventos em Matão passa por variações. A época de mais ventos no ano é de Julho a Novembro, com velocidade média de 12km/hr. O declive acentuado e a baixa ocupação dos edifícios mais altos pela cidade faz com que a circulação dos ventos circule livremente. Proporcionando ambientes mais frescos principalmente durante a noite. As grandes fábricas (como a Baldan e a Marchesan) e os parques da cidade (como o parque ecológico) estão presentes nas áreas com opográfias mais estavéis, que obtenha facíl acesso aos PcD (pessoas com deficiência).

Figura 26 I Fonte: Autora, 2020.

Diretriz Ambiental: Art. 1º - Esta lei, com base no Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável e Ambiental do Município de Matão, institui o Código Municipal do Meio Ambiente e Saneamento, estabelecendo as bases normativas da política municipal do meio ambiente, visando à proteção, controle e desenvolvimento do Meio Ambiente, e o uso adequado dos recursos naturais, os instrumentos da política ambiental e estabelece normas para a administração, proteção e controle dos recursos ambientais e da qualidade do meio ambiente do Município de Matão. 1º - Consideram-se incorporados a presente lei os princípios e conceitos jurídicos de meio ambiente, política urbana ambiental, degradação da qualidade ambiental, poluição, agente poluidor, recursos ambientais, unidade de conservação, proteção integral, uso sustentável, áreas de preservação permanente, cinturões verdes e outras definições constantes no Plano Diretor, previstas na legislação municipal, federal e Estadual, nas normas dos órgãos ambientais Municipal, Estadual e Federal, na Lei Orgânica do Município de Matão.

Figura 27 I Fonte: Autora, 2020.

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MAPA DE ANÁLISE AMBIENTAL

NASCER DO SOL

PÔR DO SOL

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

LEGENDAS: Escoamento de Água Descendente em direção á Rua São Lourenço. Ventos Predominantes de SUDESTE para NORDESTE Área de Intervenção

532m - 565m 571m - 593m 599m - 610m 615m - 647m

Figura 28 I Fonte: Autora, 2020.

31


ANÁLISE AMBIENTAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO Passam pela cidade os córregos São Lourenço e Tobias (figura 29), localizados nos bairros Jardim Morumbi e Centro. Nota-se que a vegetação das APP’s são antigas, com grandes árvores que além de cobrir algumas áreas dos córregos, protegem as nascentes, além disso, as áreas verdes existentes nas praças são abundantes, como exemplo a Praça da Abolição, localizada no bairro Nova Matão. Pela Lei Municipal 4138/2010. Art. 17º - São consideradas áreas de preservação permanente: a) a vegetação ciliar em qualquer curso d`água, lagos, lagoas, nascentes, topos de morros e encostas com mais de 45º (quarenta e cinco graus) de inclinação; b) as áreas que abrigam exemplares raros, ameaçados de extinção ou insuficientemente conhecidos da flora e da fauna e das que servem de pouso, abrigo ou reprodução de espécies migratórias;

Figura 29 I Fonte: Autora, 2020.

A demanda de áreas verdes, parques e praças suprem a necessidade dos moradores em um modo geral, sendo bem distribuidas ao longo dos bairros, assim como a arborização das ruas, como no bairro Jardim São José. No entorno de praças e parques estão presentes o apoio de food trucks, que funcionam no período da noite, como identificados nos bairros Nova Matão (figura 30), porém não causam transito ou aglomeração. Além disso, o Parque Ecológico e Praça Osmar da Costa, identificados nos bairros mencionados acima, dão suporte aos bairros do entorno imediato, como Jardim Cambiu, Jardim Buscardi, Jardim Italia e Centro, que também contám com praças bem arborizadas. Já no bairro Jardim do Bosque localiza-se a famosa Praça do Bosque (matinha, figura 31), onde está presente a nascente do curtume, dando suporte aos bairros Jardim Balista, Vivelandia, Vila Cardin, Vila Guarani e Bairro Alto. Os bairros Parque Aliança, Jardim Santa Marta, Vila Jandira, Jardim Alvorada, Bussola, Jardim Primavera, Bela Vista e Vila Mariani são todos pequenos e próximos, com praças que suprem a necessidade dos moradores com equipamentos como academia ao ar livre.

Figura 30 I Fonte: Autora, 2020.

O município de Matão está localizado em uma região de mata atlântica e do Cerrado Brasileiro, enquadrando-se em biomas florestais estacionais semideciduais. Entre as espieis, estão presentes : O João Bolão, Flamboyant-Mirim, Ingá, Unha de Vaca, Cambui, Ipê-Mirim, entre outras especies.

Figura 31 I Fonte: Autora, 2020.

32


MAPA DE ANÁLISE AMBIENTAL

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Escoamento de Água Descendente em direção á R. São Lourenço Vegetação Rasteira Vegetação Arbória Área de Intervenção

Figura 32 I Fonte: Autora, 2020.

33


caracterização da área de intervenção: Análise do uso do solo

O mapa de uso do solo foi produzido a partir de predominâncias. Nota-se que os bairros mais afastados da área central, são predominantemente residenciais, como Jardim do Bosque,Vivelandia, Vila Cardin, Parque São José, Parque Aliança, Jardim Alvorada, Jardim Guarani e Bairro Alto, que tem sua área institucional, dando suporte aos bairros do entorno que não possuem, como Vila Jandira, Bussola, Jardim Santa Marta e Jardim Primavera. No interior destes bairros, encontra-se pequenos comércios (figura 33), como mercearias, padarias e bares de escala da vizinhança. Com base nos relatos dos moradores destes bairros, foi constatado que o acesso a tais comércios é facilmente encontrado, sem a necessidade de se deslocar de veículo. A parcela de comércio e prestação de serviço é bastante significativa, principalmente no Centro, o que é justificável devido ao histórico da cidade, uma vez que a ocupação da mesma se iniciou com loteamentos de serviço. Bairros próximos ao Centro, principalmente em sua face exterior, são compostos por comércios e serviços, que seguem a mesma demanda da área central, mas predominantemente residências. São eles, Jardim Itália, Jardim Buscardi, Jardim Cambui, Jardim Balista, IV Centenário Vila Mariani, Nova Matão (figura 34).

Figura 33 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 34 I Fonte: Autora, 2020.

A prestação de serviços pelas indústrias é uma característica marcante da região, como a CitroSuco (figura 35). Na área de estudo também está presente o cemitério municipal da cidade, localizado no bairro Vila Pereira. As áreas institucionais constituem grande predominância, as maiores referem-se principalmente a instituições de ensino público e privadas, sendo o EE. José Inocêncio da Costa, localizado no Centro (figura 36), que oferece ensino fundamental II e ensino médio, a de maior impacto aos moradores da rede pública, já de ensino privado temos o Colégio Anglo, localizados próximos. A diferença de classes sociais está definida basicamente pela R.São Lourenço, onde se tem o foco de poluição sonora, devido ao grande número de serviços. Os bairros localizados ao norte são compostos por moradias de classe média e baixa, já ao sul da área de estudo estão presentes os bairros de classe alta.

Figura 35 I Fonte: Autora, 2020.

Em base na Lei Municipal 5184/2018 Art. 46º - O Zoneamento tem por objetivo regular o uso da propriedade do solo em áreas homogêneas do interesse do bem-estar da população, como também institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada uma das zonas ou que subdividem as áreas compreendidas pelos perímetros urbanos da sede do município.

34

Figura 36 I Fonte: Autora, 2020.


mapa de uso do solo JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Habitação Comércio Serviço Institucional Cultura e Religião Em Construção Área de Intervenção Delimitação dos Bairros

Figura 37 I Fonte: Autora, 2020.

35


caracterização da área de intervenção: Análise da ocupação do solo

Esta região encontra-se na ZEIS, Zonas Especiais de Interesse Social, de acordo com a Lei Municipal 5184/2018 - Art. 20: 7º - As ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social são áreas demarcadas no território de uma cidade, destinadas predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita as regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo, podendo ser áreas já ocupadas por assentamentos precários, como também ser demarcadas sobre terrenos vazios. Nesse caso, o objetivo é aumentar a oferta de terrenos para habitação de interesse social e reduzir seu custo, inibindo assim, as ações especulativas do mercado; 8º - Nas Zeis poderão ser implantados loteamentos, para habitações da população de baixa renda; cujas normas e parâmetros de parcelamento do solo e edificação para os referidos empreendimentos habitacionais devem contemplar: a) loteamentos de interesse social e habitação unifamiliar;

Figura 38 I Fonte: Autora, 2020.

b) nas zonas ou áreas da cidade onde os empreendimentos são permitidos; c) a área mínima dos lotes residenciais unifamiliares nos loteamentos populares localizados nas ZEIS - Zonas Especiais de Interesse Social, terão a frente mínima de 8,00 m. (oito metros) e a área mínima de 160,00 m² (cento e sessenta metros quadrados), obedecendo os recuos frontais e laterais conforme o Código de Obras do Município;

Figura 39 I Fonte: Autora, 2020.

Observa-se através do mapa de gabarito apresentado, que a predominância na área de estudo é de edificações térreas, como podemos ver no bairro IV Centenário (figura 38), sendo portanto áreas bastante horizontais. Porém, no Centro e voltado ao sul da área de estudo, especificamente nos bairros Nova Matão (figura 39), Jardim Cambui (figura 40) e Jardim Itália, encontra-se algumas edificações de dois pavimentos e até mesmo prédios com mais de dez pavimentos, tornando a área central um pouco mais verticalizada em contraste aos bairros do entorno. A predominância em todos os bairros são de edificações residenciais, dentro do perímetro urbano não são encontrados números significativos de condomínios fechados ou chácaras. A região dos bairros ao entorno do Centro estão sendo marcados pelos recentes empreendimentos residências e comercias, como a construção de prédios. Um dos maiores problemas localizados na área de estudo, está na Rua São Lourenço, onde está o córrego, sendo uma área loteada antes de estar vigente a legislação, por isso, grande parte de seu entorno não é levado em consideração como Área de Preservação Permanente, que deveria ser mantida as margens do córrego (figura 41). 36

Figura 40 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 41 I Fonte: Autora, 2020.


mapa de uso do solo JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Térreo 2/3 Pavimentos 4 Pavimentos 5/9 Pavimentos Mais de 10 Pavimentos Área de Intervenção Delimitação dos Bairros

Figura 42 I Fonte: Autora, 2020.

37


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DE EQUIPAMENTOS URBANOS

Ao analisar o mapa de equipamentos urbanos da área, podemos constatar que os equipamentos de educação são bem divididos pelos bairros. Educação de ensino pré-escolar e ensino médio, estão presentes em basicamente todos os bairros, como IV Centenário (figura 43) e Jardim Itália. Os bairros que não fornecem este equipamento são pequenos, deste modo, a localização ao ensino do bairro vizinho é de fácil acesso, como exemplo o Jardim Primavera, que pode se deslocar aos bairros vizinhos Vila Guarani e Vila Cardin para suprir a demanda, criando assim, um elo de vizinhanças e escolas.

Figura 43 I Fonte: Autora, 2020.

Nos bairros Parque Aliança, Jardim São José, Santa Marta, Vila Jandira, Jardim Alvorada , Jardim Primava e Bela Vista (figura 44), se tem a falta de áreas verdes de qualidade e equipamentos de lazer para as crianças e jovens. Mesmo havendo praças, as que se encontram com potenciais para o lazer infantil está presente somente no Parque Ecológico, com o apoio do Ginásio Esportes, localizado na mesma área do Parque,no bairro Nova Matão. Como já esperado, principalmente por seu histórico, o bairro central fornece o maior número de equipamentos, tanto como escolas, hospitais, orgãos públicos, segurança pública e também onde está presente o único lar de idosos público da cidade (figura 45). Os bairros Jardim Itália e Vila Pereira são os maiores concentradores de locais religiosos, no entanto, os bairros em um modo geral são bem fornecidos por este equipamento, a principal delas é a Igreja Matriz, localizada no Centro, onde todos os anos um dos principais marcos da cidade acontece, o feriado de Corpus Christi, o evento regional que é ralizado pelos fieis e pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil, que trás a cada ano novas tematicas religiosas ilustradas pelos tapetes que cercam mais de 400 metros pelas ruas centrais (figura 46), além de feiras regionais de artesanato na praça Dr. Leonidas Calígola Bastia, localizada em frente a Matriz. Ainda no bairro Central e Vila Pereira, também estão presentes os equipamentos de assistência social e educação especial.

Figura 44 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 45 I Fonte: Autora, 2020.

Segundo a Lei Municipal 5184/2018, Art.47: passam a vigorar com as seguintes redações: a) as áreas institucionais não poderão ser inferiores a 5% (cinco por cento) e destinam-se à implantação de equipamentos urbanos e comunitários, tais como escolas, postos de saúde, creches, etc., bem como a espaços livres de uso público, de proteção ambiental ou de preservação paisagística; cuja área não poderá ser irregular que impossibilite a construção de edificação, devendo ser alocadas em terrenos planos e em concordância prévia, com as normas da Prefeitura, para o melhor aproveitamento da área; 38

Figura 46 I Fonte: Autora, 2020.


mapa de equipamento urbano

3

JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN 3

2

JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA JARDIM ALVORADA

2 JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

JARDIM BALISTA 2

D

2

VIVELANDIA

BAIRRO ALTO VILA GUARANI

2

IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM ITALIA

JARDIM SÃO JOSÉ H

2

2

1

3

JARDIM BUSCARDI

3 CENTRO H

3

3

1

3 1

3

D D D D

JARDIM CAMBUI

H

H

EE

3

H

2

VILA PEREIRA

H

D

3 2

JARDIM MORUMBI

NOVA MATÃO

1 2

2

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

I- EDUCAÇÃO:

II- UNIDADE DE SAÚDE

1.1- Educação da criança de zero à seis anos 1 Creche Educação Pré-escolar 2 Ensino Fundamental 3

UBS UBDS HOSPITAIS

1.2- ENSINO DE 1º, 2º E 3º GRAUS 1º Grau 2º Grau 3º Grau 1º, 2º E 3º Graus

III- ORGÃO PÚBLICO IV- SEGURANÇA PUBLICA E PROTEÇÃO LAR DE IDOSOS

1.3-EDUCAÇÃO ESPECIAL 1.4 CULTURA E RELIGIÃO 1.5 ASSISTÊNCIA SOCIAL

A B C D EE

D H

ENTIDADE MANTEDORA: ESTADO MUNICÍPIO PARTICULAR

Figura 47 I Fonte: Autora, 2020.

39


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DE MOBILIÁRIO URBANO

Segundo a Lei Municipal 4119/2010. Art. 04: Para efeitos deste Código, entende-se por: 16º - mobiliário urbano: conjunto de elementos que podem ocupar o espaço público, implantados, direta ou indiretamente, pela Administração Municipal, com as seguintes funções urbanísticas: a) circulação e transporte; b) ornamentação da paisagem e ambientação urbana; c) descanso e lazer; d) serviços de utilidade pública; e) comunicação e publicidade; f) atividade comercial; g) acessórios à infra-estrutura. A concentração dos mobiliários públicos está no eixo entre a Rua São Lourenço e Av. Padre Nelson Antônio Romão, sendo as principais vias da cidade com a presença de semáforos (figura 48). Adentrando as vias mencionadas, está o Centro, o bairro em que são encontrados vastos tipos de mobiliários, também a área em que mais necessita deste suporte pelo fluxo intenso de pessoas, nestes são encontrados alguns mobiliários que não são facilmente encontrados em outros pontos da cidade, como bancos e banca de jornal (figura 49).

Figura 48 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 49 I Fonte: Autora, 2020.

Já na Av. Baldan, que ligam aos bairros Jardim Cambui, Nova Matão e Jardim Morumbi, foram locadas lixeiras por conta da extensão da via (figura 50), suprindo a necessidade dos caminhantes no eixo, assim como: semáforos, postes de iluminação e placas informativas. Os bairros presentes ao norte da área, como o Bairro Alto. Jardim Primavera e Bussola, entre outros em seu entorno, não são encontrados mobiliários tão facilmente, além de postes de iluminação e placas informativas. Os orelhões ainda estão presentes em vários bairros da cidade, como no Nova Matão e Centro, sendo até os dias de hoje utilizados pelos Matonenses. As luminárias também presentes principalmente nas praças, como nos bairros Jardim do Bosque e IV Centenário (figura 51), trazendo a estes espaços urbanos maior claridade no período da noite, onde somente os postes de iluminação não suprem a necessidade.

Figura 50 I Fonte: Autora, 2020.

Nota-se que, o único bairro com concentração de mobiliários em seu interior é o Centro, com a mesma intensidade os eixos que limitam a área de estudo, são eles: Av. Baldan, Av. Ludwig Eckes, Av. Francisco Mastropietro e Av. Trolesi.

Figura 51 I Fonte: Autora, 2020.

40


MAPA DE MOBILIÁRIO URBANO JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Banco Banca de Jornal

Placa Informativa Poste

Lixeira

Poste de Iluminação

Luminária

Sinalização de Transito

Orelhão

Área de Intervenção

Figura 52 I Fonte: Autora, 2020.

41


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DE HIERARQUIA FÍSICA

Como vias principais, temos as avenidas que limitam nossa área de estudo, Av. Baldan, Av. Trolesi (figura 53) Av. Ludwig Eckes e Av. Mastropietro, que da conexão aos bairros localizados no eixo. Por serem vias principais, facilitam e aceleram os acessos a municípios vizinhos e migração de outras zonas. Outro ponto importante são os acessos á fábricas, localizadas nestas vias principais: como na Av. Baldan, que deste modo não causam engarrafamentos em horários de pico. As vias destacadas em amarelo, caracterizadas como vias coletoras, cujos respectivos nomes estão no mapa, são vias estratégicas presentes em todos os bairros como Av. Alexandre Dale Vedove e R. Sinharinha Frota (figura 54), pois estão conectadas diretamente á vias principais, servindo como um ‘’atalho’’ para os modais. Assim como a R. São Lourenço, chama a atenção para a concentração de comércios que a predomina, sendo ela a mais utilizada de todas as vias da cidade, assim como a Av. Padre Nelson Antônio Romão.

Figura 53 I Fonte: Autora, 2020.

Vale ressaltar que algumas das vias locais, como por exemplo: R. Jundiaí e R.Itápolis (figura 55), ganham um fluxo médio por conta da melhor acessibilidade na entrada do Parque Ecológico para os moradores do bairro Jardim Cambui. Lei Municipal 4120/2010. Artigo 37º - A gestão da utilização da rede viária do Município deve se basear nos princípios da equidade no acesso e uso do espaço e tempo de circulação. Artigo 38º - A administração pública municipal deve manter programas, de caráter permanente, contendo ações que visam à segurança do trânsito, de forma a prevenir acidentes e vítima, bem como campanhas educativas de incentivo ao uso de modos de transportes não motorizados e menos poluentes.

Figura 54 I Fonte: Autora, 2020.

Artigo 39º - A administração pública municipal será a responsável pela emissão de diretrizes de traçado relativas à: 1º - priorização de livre e facilitada circulação de pedestres, com ou sem deficiências ou mobilidade reduzida; 2º - priorização da circulação de ônibus; 3º - implantação de medidas de controle do fluxo de tráfego; 4º - larguras de calçadas de acordo com a norma técnica nº 9050 da ABNT e suas alterações; 5º - necessidade de canteiros centrais, refúgios para pedestres, ilhas de canalização, rampas de acesso para pessoas com deficiência, de acordo com a norma técnica nº 9050 da ABNT e suas alterações; 6º - rotatórias de acesso a novos parcelamentos do solo; 42

Figura 55 I Fonte: Autora, 2020.


MAPA DE HIERARQUIA FÍSICA JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA PARQUE ALIANÇA

JARDIM SANTA MARTA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Via Arterial Via Coletora Via Local Área de Intervenção

Figura 56 I Fonte: Autora, 2020.

43


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DE HIERARQUIA FUNCIONAL

A malha de estudo é cortada pelas vias: Av. Baldan, Av. Trolesi, Av. Ludwig Eckes (figura 57) e Av. Mastropietro, estas recebem um alto e médio fluxo de mobilidade, devido ao tráfego nas mesmas, conforme apresentado no Mapa. As vias apresentadas como coletoras no mapa de hierarquias físicas, tem o fluxo gerado nelas muitas vezes maiores que nas próprias principais durante o dia e durante a noite, como por exemplo a avenida Padre Nelson Antônio Romão (figura 58) e rua Sinharinha Frota, por conta do número de comércios e serviços nelas existentes, em algumas durante a noite o movimento cessa, por conta dos estabelecimentos que funcionam somente durante o dia.

Figura 57 I Fonte: Autora, 2020.

A rua São Lourenço (figura 59) é a via de mais fluxo da cidade em qualquer período do dia. Nela está presente a prefeitura que funciona durante o dia e os restaurantes, postos de gasolina e a rodoviária, que funcionam igualmente durante a noite. As ruas como 7 de Setembro e 15 de Novembro (figura 60) localizadas no Centro, são vias de médio fluxo em todo periodo diurno, porém durante a noite se tornam vias com baixo fluxo. As vias de baixo fluxo são igualmente transitadas tanto no período da noite como durante o dia, como exemplo: em algumas das ruas nos bairros Vila Pereira e Vila Itália, os horários que obtemos uma pequena movimentação são das 7:00 as 9:00 e das 17:00 as 19:00, horários comercias, em que os moradores estão indo ou voltando de suas residências.

Figura 58 I Fonte: Autora, 2020.

Segundo a Lei Municipal 4120/2010. Artigo 42º - As vias públicas do Município serão utilizadas preferencialmente para o trânsito de pessoas e veículos em condições seguras. 1º - Qualquer outra atividade que resulte na ocupação da via ou de parte dela fica sujeita à regulamentação específica da administração pública municipal, sem prejuízo de outras determinações emitidas pelos demais órgãos municipais. Durante uma semana (incluso os fins de semana), foram analisadas vias de alto, baixo e médio fluxo, nos bairros Nova Matão na avenida Padre Nelson Antônio Romão, IV Centenário na rua João Pessoa e Av. Baldan, o gráfico a seguir apresenta os horários em que obtemos maiores fluxos tanto durante o dia e a noite.

Figura 59 I Fonte: Autora, 2020.

Análise de Fluxos 120% 100% 80% 60%

40% 20% 0%

Av. Baldan

44

Av. Prefeito Laert José Mendes

Av. João Antônio Martins

Figura 60 I Fonte: Autora, 2020.


MAPA DE HIERARQUIA FUNCIONAL JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN

P E F

F

E

P

A

S

A

A

S

A

JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM ITALIA

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM BUSCARDI CITROSUCO

CENTRO

CITROSUCO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

BAMBOZZI BAMBOZZI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Fluxo Alto Fluxo Médio Fluxo Biaxo Área de Intervenção

Figura 61 I Fonte: Autora, 2020.

45


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DE LINHAS E TRANSPORTE URBANO

Ao total são 3 linhas de transporte urbano que circulam pela Cidade pela viação Paraty. No entanto, grande parte dos moradores percorrem uma longa distância até alcançar o ponto de sua linha desejada, evidentemente, sendo ainda mais difícil nas regiões afastadas da área central, onde todas se encontram. As três linhas que circulam trabalham com duas rotas diferentes, atendendo aos bairros idenficados no mapa ao lado. Aos sábados, domingos e feriados, ainda não se tem um funcionamento destas linhas, que circulam apenas durante os dias úteis.

Figura 62 I Fonte: Autora, 2020.

Observa-se que a maior parte dos pontos de ônibus não são visivelmente destacados por placas informativas do transporte, coberturas ou bancos, como no bairro Jardim Itália (figura 62) e Jardim São José. Porém, nos bairros Nova Matão (figura 63), IV Centenário, estes equipamentos são de maior qualidade. Na região central, onde localiza-se a maior concentração de pontos e os terminais urbanos (figura 64), são melhores e mais cuidados do que qualquer um dos bairros da cidade. A quantidade de linhas que circulam pela cidade não são satisfatórias, pois em muitos bairros há a necessidade do transporte privado para Figura 63 I Fonte: Autora, 2020. se locomover. Observa-se que a maior circulação está presente, além do centro, nas vias principais como Av. Baldan, Av. Trolesi, Av. Ludwig Eckes e Av.Mastropietro, assim como na via coletora, rua São Lourenço. Além das linhas de transporte público que circulam, temos a estrada férrea que cruza a cidade desde 1955 (figura 65), funcionando somente para cargas. Atualmente a antiga estação de passageiros da linha está abandonada. Segundo a Lei Municipal 4120/2010. Art. 16º - O serviço de transporte coletivo público municipal tem caráter essencial e obedecerá às seguintes premissas: 1º- constituir-se em elemento estruturador da expansão urbana e indutor de ocupação de espaços urbanos vazios; Figura 64 I Fonte: Autora, 2020. 2º - buscar a utilização de tecnologias adequadas a cada segmento da demanda; conforme normas técnicas nº 9050 da ABNT e suas modificações; A tabela a seguir identifica os horários em que os onibus circulam pelos bairros demonstrados no mapa acima. LINHA VERMELHA CENTRO/POPULAR CENTRO/POPULAR 05:00 07:00 06:00 08:30 07:30 10:00 09:00 11:30 10:30 13:00 12:00 14:30 13:30 16:00 15:00 17:30 16:30 19:00 18:00 19:30

46

HORÁRIOS - LINHAS DE ÔNIBUS LINHA VERDE PARAÍSO/CENTRO PARAÍSO/CENTRO SANTA ROSA/CENTRO 05:15 07:00 05:15 05:55 08:30 06:00 07:25 10:00 07:30 08:55 11:30 09:00 13:00 10:25 10:30 11:55 14:30 12:00 16:00 13:25 13:30 14:55 17:30 15:00 16:25 19:00 16:30 17:55 18:00 19:25 19:30

LINHA AZUL CENTRO/SANTA ROSA BAIRRO ALTO/CENTRO 07:00 05:15 08:30 06:45 10:00 08:15 11:30 09:45 13:00 11:15 14:30 12:45 16:00 14:15 17:30 15:45 19:00 17:15 18:45 20:15

Figura 65 I Fonte: Autora, 2020.


MAPA DE LINHAS E TRANSPORTE URBANO JARDIM DO BOSQUE VILA CARDIN BELA VISTA

JARDIM SANTA MARTA

P

A S

E F

A P E F

JARDIM BALLISTA

JARDIM ALVORADA PARQUE ALIANÇA

A

S

A

JARDIM PRIMAVERA

VIVELANDIA

VILA GUARANI BAIRRO ALTO IV CENTENÁRIO

BUSSOLA VILA JANDIRA

VILA MARIANI JARDIM ITALIA

JARDIM BUSCARDI

JARDIM SÃO JOSÉ

CENTRO JARDIM CAMBUI VILA PEREIRA

NOVA MATÃO

N

JARDIM MORUMBI

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Área de Intervenção Linha Azul Linha Verde Linha Vermelha Pontos de Ônibus

Figura 66 I Fonte: Autora, 2020.

47


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DOS POLOS GERADORES DE TRÁFEFGO

Nota-se que dentro da área os principais equipamentos geradores de tráfego são as escolas, como a Escola Estadual José Inocêncio da Costa e o Colégio Anglo, que são os principais geradores de tráfego e ficam localizados no Centro. Além disso podemos analisar no mapa e atribuir uma parcela do tráfego da região ao acesso das empresas Baldan (figura 67) e Marchesan (figura 68 e 69), localizadas na avenida Baldan, que prevalece como polo gerador nos horários de entrada e saída dos funcionários de ambas, uma vez que estas proporcionam empregos e tráfego de veículos na região analisada. Segundo a Lei Municipal 3800/2006. Art. 1º - Esta lei estabelece regras e procedimentos normativos para a política de desenvolvimento urbano ambiental do Município, cujo objetivo pressupõe instituir o instrumento básico da política urbana a ser executada pelo Município de Matão. Art. 6º - A política de desenvolvimento urbano deverá ser, em conformidade com o Estatuto da Cidade, executada pelas seguintes diretrizes gerais: 1º - garantia do direito a uma cidade sustentável, à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer; 2º - a gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da sociedade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; 3º - a oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

Figura 67 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 68 I Fonte: Autora, 2020.

Tabela de análise dos Polos Geradores de Tráfego: VIAS

Rua São Lourenço

Rua Cesário Motta

Avenida Baldan

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POLOS GERADORES DE TRÁFEGO ANÁLISE A rua apresenta comércios e serviços bem diversificados, mas em especial o supermercado Savegnago, Rodoviária e a Prefeitura de Matão.

IMAGENS

A rua tem seu fluxo bastante influenciado pelas escolas, comércios e serviços da região central, conectando uma área movimentada da cidade. A avenida tem um grande fluxo principalmente nos horários comércias, por ser uma área com grandes empresas com trabalhadores da cidade.

Figura 69 I Fonte: Autora, 2020.


MAPA DOS POLOS GERADORES DE TRÁFEGO JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA JARDIM SANTA MARTA JARDIM ALVORADA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA

NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Creche

Hospital

Ensino Fundamental

Igreja

1º , 2º e 3º Graus

Ensino Especial

Segurança Pública e Proteção

Orgão Público

UBS

Área de Intervenção

Áreas Verdes

Figura 70 I Fonte: Autora, 2020.

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CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO: ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE CICLISTAS E PEDESTRES

De acordo com a análise do fluxo de pedestres na área estudada, podemos concluir que a maior concentração e fluxo está nas vias onde destacam-se os comércios e serviços da cidade, como na área central (figura 71 e 72). Nota-se que o fluxo de pedestres segue o fluxo de veículos pela rua São Lourenço, porém a sinalização adequada ajuda a manter a qualidade do espaço urbano. A ausência de ciclovias e ciclofaixas, principalmente nessas áreas são nitidamente claras, obrigando assim os ciclistas utilizarem ruas e avenidas, o que ocasiona a falta de respeito no trânsito, muitos motoristas não aceitam dividir o espaço de carro com bicicletas. As avenidas são o ponto de encontro dos ciclistas da cidade, onde o percurso demarcado no limite do nosso mapa é utilizado como uma ciclivia para eles. No entanto o perigo nesses limites são constantes, por conta do alto fluxo principalmente durante os horários de pico, tornando essas áreas perigosas e durante a noite em alguns caminhos com pouca iluminação para que seja facilmente visto os ciclistas e seu transporte.

Figura 71 I Fonte: Autora, 2020.

Segundo a Lei Municipal 4120/2010. Art. 13º - A administração pública municipal desenvolverá ações objetivando a implantação de sistema cicloviário urbano composto por: 1º - rede viária para o transporte por bicicletas, formada por ciclovias, ciclo faixas e faixas ou áreas compartilhadas; 2º - bicicletários e paraciclos, para estacionamento de bicicletas; 3º - locais de apoio ao ciclista.

Figura 72 I Fonte: Autora, 2020.

A implantação de uma ciclovia poderia ser aproveitada como meio de transporte na área, para se locomover aos equipamentos de lazer, o que seria facilmente percorrido ao longo de uma ciclovia. Em relação ao eixo de lazer que se propaga ao Parque Ecológico da cidade, nem ao menos observamos uma proposta de ciclovia neste trecho ou em qualquer outro parque da cidade (figura 73) o que seria algo benéfico aos moradores da cidade, reduziria os gastos com transporte, melhoraria o ambiente de convívio que atualmente se encontra abandonado e possibilitaria a cidade sustentável, tornando possivel aos ciclistas um espaço próprio e seguro para a circulação dos mesmos entre o perimetro urbano. A inclusão de um plano cicloviário é uma inclusão ao plano de uma cidade sustentável. 50

Figura 73 I Fonte: Autora, 2020.


MAPA CONCENTRAÇÃO DE CICLISTAS E PEDESTRES

JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Concentração de Ciclistas Concentração de Pedestres Área de Intervenção

Figura 74 I Fonte: Autora, 2020.

51


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO:

Outro ponto importante na mobilidade urbana da cidade de Matão é a falta de um plano cicloviário, a ausência de ciclovias e ciclofaixas na área são nitidamente claras, obrigando assim os ciclistas utilizarem ruas e avenidas, o que ocasiona a falta de respeito no trânsito, muitos motoristas não aceitam dividir o espaço dos carros com bicicletas.

A cidade de Matão não fornece um plano de mobilidade para o município, baseando as seguintes analises ao plano de mobilidade nacional. Mas é uma discussão importante que projeto nenhum nos dias de hoje deve ser desconsiderado a inclusão de modais sustentavéis. Com base nisso se fez um levantameto do que indica o plano de mobilidade nacional para os municípios.

A ciclovia poderia ser aproveitada como meio de transporte na área, para se locomover aos equipamentos de lazer como vimos anteriormente, os quais seriam facilmente alcançados ao longo de uma ciclovia e até mesmo ligando a Av.Baldan onde estão concentradas as grandes empresas da cidade, o que seria algo benéfico aos trabalhadores e prestadores de serviço do local, reduzindo os gastos com transporte e possibilitaria a sustentabilidade da cidade.

PLANO DE MOBILIDADE

O plano de mobilidade urbana nacional visa ações para a melhoria da infraestrutura do transporte público coletivo, por meio da requalificação e implantação de sistemas estruturantes de transporte público coletivo com ampliação de capacidade, terminais de integração e equipamentos que visam à integração, controle e modernização dos sistemas. Os exemplos práticos citados no plano de mobilidade são os corredores de ônibus, o BRT, o Veículo Leve sobre Pneus, o Veículo Leve sobre Trilhos e os sistemas metroferroviários. Além dos sistemas de transporte estruturantes, engloba ações para a elaboração e a implantação de sistemas de transporte não motorizados, como passeios com acessibilidade e ciclovias. Analisando o transporte público da cidade de Matão, vimos que o transporte público coletivo não é o principal meio de mobilidade utilizado pelos matonenses, mas sim o transporte privado individual. A população da cidade desde seu início não tem o costume de circular por transportes coletivos dentre o perímetro urbano, por ser uma cidade pouco adensada ao longo dos anos, a locomoção por meio do transporte privado é considerada pelos moradores mais eficaz. Atualmente as linhas que circulam pela cidade são apenas três, que estão em grande predominância nas vias principais e na área central, os bairros mais afastados destas áreas de principal fluxo são os que recebem menos linhas, assim, pouco adensados pelo transporte público coletivo. Já as linhas que circulam pelo entorno imediato da área são as linhas verde e vermelha, que incluem o espaço de lazer aos pontos de parada (mapa 75), no entanto, não é o meio de transporte utilizado para adensar ao parque, os pontos em seu entorno são utilizados para facilitar o caminho dos moradores desse entorno. Segundo o plano de mobilidade nacional, o transporte público por ônibus visa ações para a melhoria da infraestrutura do transporte público coletivo, por meio da requalificação e implantação de sistemas estruturais de transporte, com ampliação de capacidade, terminais de integração e equipamentos que visam à integração, controle e modernização dos sistemas. O meio de transporte público coletivo mais utilizado pelos habitantes são as linhas suburbanas que assim como as linhas urbanas são destinadas a empresa Paraty, responsável pelo meio de transporte coletivo. 52

As bicicletas estão fortemente presentes no entorno imediato do parque ecológico, onde até os dias atuais é ponto de encontro dos adolescentes que mais utilizam esse meio de transporte. Assim como em seu entorno, as bicicletas adesam ao parque, caracterizando-o como um espaço de interação para este tipo de transporte. O Plano de Mobilidade Nacional cita a importância da integração entre a malha cicloviária da cidade e desta com o sistema de transporte coletivo, seja ela segregada ou compartilhada, é fundamental para a promoção da bicicleta no município. Para isso é preciso oferecer segurança aos ciclistas e equipamentos para estacionar as bicicletas em áreas próximas de trens, BRTs, metrôs e outros modos. Ao que diz respeito as calçadas, o plano de mobilidade enfatiza a necessidade de projetar, planejar e manter os locais destinados ao tráfego das pessoas, sejam elas pedestres, cadeirantes, idosos, gestantes ou pessoas com deficiências: o passeio público, as faixas de travessia, calçadões, passarelas, rampas de acesso e outros elementos construídos para o seu deslocamento, maximizando as suas condições de segurança, conectividade e conforto. Analisando as condições do passeio público na cidade, nos deparamos com vastas irregularidades, que não promovem a segurança dos usuários, muito menos aos portadores de necessidades especiais. São muitas as barreiras encontradas ao longo da área, como: falta de rampas acessíveis (figura 77), piso tátil, os diferentes níveis das calçadas , se tornando inacessíveis aos cadeirantes e perigoso aos portadores de deficiências visuais. Como o problema presente pela falta de ciclovias, os usuários desse meio de transporte muitas vezes utilizam das calçadas para pedalar, tornando ainda mais restrito e perigoso para os pedestres que utilizam dos passeios e dividem muitas vezes esses espaços com modais que deveriam ter seu espaço próprio. Também temos alguns pontos positivos, imagem (figura 78), onde há uma maior preocupação com o pedestre, presentes em inúmeras das calçadas na cidade, as árvores bem plantadas com grandes sombreamentos, tornando o passeio mais agradável aos pedestres.


mapa estudos de ciclovia/pontos

JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

Figura 76 I Fonte: Autora, 2020.

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Área de Intervenção Ciclovia

Figura 75 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 77 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 78 I Fonte: Autora, 2020.

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caracterização da área de inrervenção: estudo de conexões com bairros

Matão vem crescendo ao longo dos anos desde sua fundação em 1894 que começou pelo bairro Senhor Bom Jesus das Palmeiras, atual Centro e assim se ramificando ao longo dos anos, desenvolvendo a parte urbanística da cidade, criando outros bairros em seu entorno. No mapa ao lado é possível perceber os bairros formados no entorno imediato ao Centro e nota-se pela sua ramificação que alguns deles são mais antigos e tradicionais como é o caso do bairro Vila Mariani (figura 79) e suas conexões com os bairros como Nova Matão pela rua 15 de Novembro e Vila Pereira pela via São Lourenço (figura 80), esses eixos ligam-se diretamente as vias principais da cidade.

Figura 79 I Fonte: Autora, 2020.

A via principal São Lourenço tem a topográfia mais baixa da cidade, por estar exatamente no entorno do córrego, sendo a primeira via da cidade criada em 1892 e possibilitando até os dias atuais o fácil acesso a ambas as partes da cidade. Os bairros em um modo geral estão bem localizados, formando um fácil acesso uns aos outros, tanto pelas vias destacadas de dentro da área como pelas vias principais, que delimitam o recorte da área de estudo. Além disso, os próprios bairros entre si pela curta distancia entre alguns deles, propiciam o fácil acesso e deslocamento. Até mesmo os bairros mais afastados como Parque Aliança (figura 81) e Jardim do Bosque tem uma conexão direta com as vias principais, facilitando assim por meio das mesmas o deslocamento. Segundo a Lei Municipal 4120/2010. Art. 50º - Para a aplicar os planos, programas e projetos, o município se utilizará dos seguintes instrumentos urbanísticos:

Figura 80 I Fonte: Autora, 2020.

8º- Circulação e transporte: a) Tráfego gerado; b) Acessibilidade e modificações no sistema viário; c) Estacionamento; d) Carga e descarga; e) Embarque e desembarque; f) Demanda por transporte coletivo; g) Conexão com principais vias e fluxos do município. 54

Figura 81 I Fonte: Autora, 2020.


mapa de conexões com bairros JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

JARDIM DO BOSQUE

VILA MARIANI

CENTRO

BELA VISTA

VILA CARDIN

JARDIM SANTA MARTA

NOVA MATÃO

BUSSOLA

VIVELANDIA

VILA JANDIRA

JARDIM CAMBUI

Linhas de Conexão

BAIRRO ALTO

PARQUE ALIANÇA

JARDIM BUSCARDI

Área de Intervenção

VILA GUARANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA

JARDIM PRIMAVERA

JARDIM MORUMBI

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA

VILA PEREIRA

IV CENTENÁRIO

Figura 82 I Fonte: Autora, 2020.

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caracterização da área de inrervenção:

análise sócio-econÔcima do perfil dos moradores Com base nos questionários feitos a população da cidade e dados do IBGE, foi analisado que existe uma discrepância para a caracterização sócio econômica entre os bairros da área de estudo.

Em relação a dados registrados pelos moradores com relação ao deslocamento na área, em sua grande maioria está presente o transporte privado, deixando de utilizar o transporte público.

Em Matão estimasse uma população de 83.170 habitantes, segundo dados do IBGE, 2019. Foram entrevistados alguns matonenses através de questionários, em base nos mesmos e em dados do IBGE, foi feito uma tabulação dos dados e verificado que em sua maioria são pessoas de 20 a 24 anos que moram com até 5 pessoas, que moram na cidade desde que nasceram, a mais de 20 aos.

Em relação a intervenções ao Parque Ecológico, os maiores problemas relatados pelos moradores é a falta de manutenção, insegurança, má iluminação e dificuldade de acesso. Foi perguntando também que equipamento mais necessitam na área de intervenção, foi constatado que são locais para alimentação, ciclovia, pista para caminhada e cooper, playground, quadra poliesportiva e academia ao ar livre.

Em grande maioria os entrevistados têm ensino superior completo, segundo dados do IBGE, Matão tem um nível maior da taxa de escolaridade dos 6 aos 14 anos de idade. Também foi verificado que a renda da população é de 1 a 3 salários mínimos conforme o questionário com os moradores, os que tinham uma renda mensal maior estão dentro do porcentual de ensino superior completo, não havendo dados registrados por moradores que recebam menos de 1 salário mínimo.

Analisaremos além dos dados relatados pelos questionários, a taxa per capita registrada pelo IBGE, que refere-se ao Censo 2010. Através dele nota-se que a área em sua grande maioria não possue rendas altas, porém alguns dos diferentes níveis de densidade ainda sim estão espalhados por ela. Curiosidade: os bairros com a caracterização mais alta são os bairros em que moram familias mais antigas da cidade.

JARDIM DO BOSQUE

VILA CARDIN JARDIM PRIMAVERA BELA VISTA

JARDIM BALISTA

JARDIM ALVORADA JARDIM SANTA MARTA PARQUE ALIANÇA

BAIRRO ALTO

VIVELANDIA

VILA GUARANI IV CENTENÁRIO

VILA JANDIRA

BUSSOLA VILA MARIANI

JARDIM SÃO JOSÉ

JARDIM ITALIA JARDIM BUSCARDI

CENTRO

JARDIM CAMBUI

VILA PEREIRA NOVA MATÃO JARDIM MORUMBI

N

200

0

200

400

Esc: 1/20000

Figura 83 I Fonte: Autora, 2020.

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grรกficos sรณcio-econร micos

Figura 84 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 85 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 86 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 87 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 88 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 89 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 90 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 91 I Fonte: Autora, 2020.

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caracterização da área de inrervenção: análise ATUAL DO PARQUE

O Parque Ecológico está localizado no bairro Nova Matão, na cidade de Matão, interior de São Paulo (figura 92). A área de intervenção como analisamos nos mapas acima, tem em seu entorno imediato as vias Bôrtolo Biava, Alberto Benassi, Daniel Antônio Brito e rua Itápolis. O Parque Ecológico é o local onde se encontra fácil acesso a lazer na cidade, contando com equipamentos, mobiliários, vegetações nativas, lago e espaços para contemplação. No entanto, ao longo dos anos vem sendo evitado pelos moradores da cidade, pela má conservação e falta de intervenções, fornecendo novos usos. Os equipamentos fornecidos atualmente, como a quadra de basquete (figura 93), pista de skate (figura 94) e playground infantil estão a cada dia caindo em maior desuso, além da falta de manutenção, a necessidade de novos espaços cresce. Já os mobiliários como bancos (figura 96), luminárias e lixeiras não são bem distribuídos ao longo do local, dados relatados pelos questionários respondidos pelos moradores da área, conclui-se que a falta de uso no período noturno ocorre não somente pela falta de equipamentos necessários, mas também por conta da iluminação precária, tornando o local escuro e perigoso durante a noite. Analisando o lado oposto do parque aos equipamentos, notamos espaços com a falta de mobiliários, vegetação mal cuidadas, antigos espaços que abrigavam matérias do parque, abandonados (figura 97), até mesmo o lago localizado ao fundo do parque está em descuido, nem mesmo sua antiga fonte está em funcionamento atualmente. Em alguns pontos analisados, encontra-se a falta de acessibilidade, como rampas fora da norma (imagem 160). A via para caminhada já não

é o bastante, os moradores sentem a falta de uma ciclovia, que analisamos nos mapas acima, não existir no perímetro urbano da cidade, dando ênfase assim a não utilização do espaço. Conforme o questionário respondido pelos moradores, vimos que os maiores problemas em relação a acessos analisados por eles no parque são, as calçadas e vias desniveladas, demarcação confusa dos caminhos e falta de rampas. Está presente na área do parque a Secretaria de Lazer e Esporte, além disso, foram instalados alguns espaços e equipamentos pela prefeitura da cidade, como o local para exercícios (figura 98) , academia ao ar livre, localizada na entrada principal e a “ilha”, antiga casa das capivaras, que em 2019 foi revitalizada e inaugura em 24/07/2019, tornando-se um novo atrativo para a área. As áreas verdes atuais do parque estão mal cuidadas, espaços que deveriam ser acolhedores a contemplação, não chamam a atenção dos matonenses, com isso a via de caminhada não se torna um local agradável aos caminhantes, que não se sentem contemplados pela vista do entorno. Até mesmo espaços como os sanitários e a guarita onde está presente o guarda do parque, são espaços que necessitam de revitalização. Os quiosques são pequenos espaços que ainda se encontram em conservação, porém não sendo visíveis aos espaços onde se localizam os equipamentos, ficando assim, distantes aos olhos dos pais, que utilizam do espaço para aguardar o lazer das crianças. Em base na analise feita aos moradores, as mudanças necessárias seriam ao paisagismo, segurança, mobiliário urbano e equipamentos, tornando o espaço ideal aos usuários.

Figura 92 I Fonte: Autora, 2020.

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IMAGENS ATUAIS DO PARQUE

Figura 93 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 96 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 94 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 97 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 95 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 98 I Fonte: Autora, 2020.

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caracterização da área de inrervenção: MATRIZ DE CONFLITOS E CONVERGÊNCIAS

CONVERGÊNCIAS

CONFLITOS

DIRETRIZES

1. Área de convergência aos percursos em toda sua extensão, fluxo e circulação

1. Área conflituosa sob o aspecto de acessibilidade, mobilidade aos pedestres

1. Melhoria nas faixas de caminhada. 2. Estrutruração das vias. 3. Alargamento da via. 4. Implantação de ciclofaixa e infraestrutura para pedestres. 5. Implantação de acessibilidade universal.

2. Área com infraestrutura consolidada

2. Áreas com deficiência e inadequação de infraestrutura (degradação dos equipamentos de lazer, ausência de mobiliário urbano - luminárias, lixeiras, bancos..)

1. Implantação de nova iluminação e mobiliário urbano. 2. Requalificação dos equipamentos de lazer. 3. Conectar os equipamentos através de áreas verdes e contemplação. 4. Implantação de novos equipamentos.

3. Área degradada e inutizada dentro do perímetro

3. Áreas de lazer abandonadas, subutilizadas, falta de limpeza e manutenção do espaço.

1. Utilização das áreas vazias para novos equipamentos de suporte como: quiosques, áreas de alimentação, bicicletário. 2. Preservar a arborização existente no local e melhorar a qualidade das áreas verdes.

4. Área abandonada, prejudicial a vegetação nativa existente

4. Conflito com grande área verde descuidada, falta de manutenção na jardinagem e espaços de contemplação

1. Manutenção e requalificação das áreas verdes. 2. Formação de variedades arbóreas frutiferos. 3. Requalificar a vegetação rasteira. 4. Melhoria da infraestrutura verde.

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4 REPERTÓRIO PROJETUAL

Figura 99 I Fonte: Archidaily.com

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PARQUE MADUREIRA RIO DE JANEIRO, BRASIL

Figura 100 I Fonte: Archidaily.com

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PARQUE MADUREIRA

IMPLANTAÇÃO

O Parque Madureira está localizado entre os bairros Madureira e Guadalupe, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

O projeto possui implantação linear, com 1.350 m de extensão, e área de 108.870,32 m². O terreno pertencia a Light (concessionária de energia elétrica) e abrigava torres de transmissão, que a partir de negociações com a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, compactou as redes de energia, cedendo uma faixa de seu terreno para a implantação do Parque.

Figura 101 Localização do Parque Madureira

Figura 102 Implantação do Parque Madureira

LOCALIZAÇÃO

Fonte: Google Earth, acesso em 04/2020.

Fonte: Google Maps, acesso em 04/2020.

Setorização e Caracterização

Uma região com 99,93% do índice de urbanização, menos de 1m² de O parque foi dividido em quatro setores para um melhor desenvolvimenárea verde por habitante. Ao entorno do parque a predominância de to projetual. uso é residencial, variando em até três pavimentos, cônjuge a um dos maiores polos comerciais da cidade, o Madureira Shopping e Mercado Madureira.

O PROJETO O elemento central em seu planejamento arquitetônico é o programa de educação sócio-ambiental e cultural, idealizado e coordenado pelo engenheiro Mauro Bonelli, da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro. As questões arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas foram projetadas pelo escritório RRA, tanto no ano de 2012 como em 2015.

Figura 103 Setorização Geral do Parque Madureira I Fonte: Mauro Bonelli.

SAÍDA

O projeto cumpri todos os seus objetivos no que se refere a educação sócio-ambiental e cultural, proporcionando áreas verdes, lazer e contemplação, incentivando a prática de esportes e o cuidado com a saúde. Responsável por proporcionar cultura, arte e educação ambiental para os moradores da Zona Norte e seus usuários. Trabalhando com a pluralidade das atividades, ocupando toda sua área de uma forma acessível a diferentes faixas etárias e interesses. O conceito de sustentabilidade do parque foi fortemente abordado desde o princípio, sendo o primeiro do Brasil a conquistar o selo AQUA de sustentabilidade pela Fundação Vanzolini.

Sanitários

Ponto de Atendimento ao Usuário

Posto Médico de Apoio

Quiosque Comercial

Figura 104 Detalhamento Setor 1I Fonte: ivonesyoperspectivas.com, 04/2020.

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Setor 1

Figura 107 Perspectiva do Setor 1, Parque Madureira.

Denominado “Praça o Samba”, tem cerca de 22.460.69 m² e é destinado a eventos culturais, musicais. Uma homenagem as duas escolas de samba tradicionais da Zona Norte (Portela e Império Serrano). O palco possui 309 m² coberto por uma concha acústica de concreto armado, a arquibancada com 360 lugares e 1560 m² destinados a pessoas em pé. O setor possui dois diferentes acessos, podendo ser isolado dos demais espaços do parque conforme a necessidade. Devido a grandes eventos o espaço agregou um Posto Médico que dá suporte ao local em caso de emergência. Figura 105 Praça do Samba, Parque Madureira. Fonte: Google Earth, acessado em 04/2020.

SETOR 2

Figura 108 Detalhamento do Setor 2, Parque Madureira. SAÍDA

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

Figura 106 Posto Médico, Parque Madureira.

Ponto Atendimento Quiosque Bicicleta Nave Conhecimento Jardim Sensorial Jardim Botânico Academia 3º Idade

Playground Tênis de Mesa Sanitários Quiosque Comercial Lagos com Fontes Mesa de Jogos

Jogo de Bocha Espaço 3º Idade Jardim Escultural Centro Ed.Ambiental Escada Hidráulica Mirante

Fonte: ivonesyoperspectivas.com, acesso em 04/2020.

Conhecido como “Parque Contemplativo” espaço destinado ao relaxamento e contemplação do local. O “Quiosque da Bicicleta” é o espaço destinado a venda de matriais das mesmas, relacionado a suas manutenções. Adjacente ao quiosque, encontra-se um estacionamento para bicicletas, que incentiva o uso pela vasta ciclovia de 1.450 m² implantada no Parque. Juntamente, a “Nave do Conhecimento” é um local de conhecimento e inovação, abordando a temática da cultura digital, através de equipamentos com alta tecnologia e cursos. Fonte: Mariana Estanislau, 2020.

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Figura 109 Nave do Conhecimento, Parque Madureira.

Figura 113 Academia da Terceira Idade, Parque Madureira.

Fonte: caurj.gov.br, acesso em 04/2020.

Fonte: rra.com.br, acesso 04/2020.

O denominado Jardim Sensorial manifesta-se através dos quatro sentidos presentes no corpo humano. O tato é apresentado pela textura das plantas; a audição pelo estiramento de água; a visão pelas cores profusas e o olfato através do aroma das espécies. O jardim botânico apresenta aos frequentadores do parque espécies do mundo inteiro. Agregando ao espaço temos instalada a academia ao ar livre para a terceira idade e atividades ao ar livre para todas as fachas etárias.

Bocha, mesa de jogos e mesa de tênis foram implantadas, trazendo novas atividades para os frequentadores. Possibilitando aulas e competições em cada uma das novas modalidades presentes. Figura 114 Jogo de Bocha, Parque Madureira.

Figura 110 Jardim Sensorial, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 115 Mesa de Tênis , Parque Madureira. Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 111 Jardim Botânico – Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 112 Academia da Terceira Idade, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

A água é o principalmente elemento no conceito de sustentabilidade no Parque. Neste setor temos um grande conjunto de lagos, com um total de 1.263 m² de espelho d’água com a implementação de chafarizes. Figura 116 Lagos, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

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Figura 117 Jardim das Esculturas, Parque Madureira.

Figura 120 Perspectiva do Setor 2, Parque Madureira.

Fonte: Google Earth, 2020.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 118 Centro de Educação Ambiental, Parque Madureira.

SETOR 3

Figura 121 Detalhamento do Setor 3, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

O Jardim das Esculturas tem como objetivo estimular a arte popular do bairro Madureira. O Centro de Educação Ambiental trabalha com a parte administrativa Circuito de Skate Futebol Society Quadra Poliesportiva e sócio-ambiental do Parque. Uma edificação sustentável com teto e Ponto de Atendimento Quiosque Comercial Ginásio paredes verdes, fornecendo a captação de luz solar e água da chuva. Vôlei de Areia Quiosque Esportivo Os últimos elementos a serem inseridos no setor 2 foram, o Mirante que Lago Sanitários permite a visualização do Parque e a Escadaria Hidráulica, que forma Fonte: ivonesyoperspectivas.com, acesso em 04/2020. uma cascata. Figura 119 Mirante e Escadaria Hidráulica, Parque Madureira.

O objetivo deste setor é voltado ao esporte. Com 3.850 m², o circuito de Skate é a segunda maior pista do país, moderna, completa e funcional, recebendo eventos nacionais e internacionais de skate. A quadra de grama sintética fica localizada ao lado do circuito, servindo como área de apoio para grandes eventos. Além destas, o setor conta com quadra poliesportiva, quadra de vôlei de areia, equipamentos de ginastica e o lago.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

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Figura 122 Circuito de Skate, Parque Madureira.

Figura 125 Arena Carioca Fernando Torres, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 123 Perspectiva do Setor 3, Parque Madureira.

Fonte: Google Earth, 2020.

setor 4

Figura 124 Detalhamento do Setor 4, Parque Madureira.

Figura 126 Perspectiva do Setor 4, Parque Madureira.

Fonte: Google Earth, acesso em 04/2020.

Extensão do Parque Madureira A nova pista de skate ‘’half pipe’’ foi montada sob uma cobertura de concreto de 3.500 m², sendo uma pista de última geração que permite receber competições por sua tecnologia. Além disso, próxima a ela, foi feita uma pista somente para iniciantes. Figura 127 Pista de Skate Half Pape, Parque Madureira.

Fonte: ivonesyoperspectivas.com, acesso em 04/2020.

A Arena Carioca é um espaço para shows e teatro, comportando cerca de 330 pessoas sentadas na área interna e 1.500 em pé na área externa. Uma área segregada ao Parque, o acesso é cobrado e fica reparada por uma via. Também separado ao Parque temos a sede da Inspetoria da Guarda Municipal, que ocupa cerca de 1.579,21 m², conjugue a Estação de Tratamento de Esgoto, responsável por coletar os dejetos do Parque, uma vez que o bairro Madureira não possui uma rede de esgoto. Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

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Figura 128 Pista de Skate Half Pape, Parque Madureira.

Figura 131 Cachoeira Urbana, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

Outro equipamento essencial atribuído a nova extensão, foi a Praia de Rocha Miranda, é um balneário artificial com 500 m², com uma faixa de área que permite cadeiras de praia e guarda-sóis, além de três cascatas que formam uma queda d’água de 120 m.

Instituído Zaquia Jorge, o teatro a céu aberto tem capacidade para 391 pessoas sentadas e 1.000 em pé. Com um palco de 170 m² e áreas de apoio com camarins, banheiros e coxias. Como solução termoacústica, foi implantado o telhado verde, que atua como isolante e evita a transmissão de calor, frio e ruídos para a área interna da construção. O “Baixo Bebê” é um parque infantil com piso emborrachado, incluindo a acessibilidade para crianças com pouca mobilidade. Figura 132 Teatro Zaquia Jorge, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 130 Cascatas da Praia, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020. Figura 133 Parque Infantil, Parque Madureira.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

Com técnicas modernas e sustentáveis foi construído o edifício Multiuso. O prédio possui 660 m², dois salões climatizados e uma varanda. No A Escadaria com queda d’água foi criada no novo trecho, com 3,5 de telhado estão instaladas 250 placas fotovoltaicas que geram energia, altura, chamada Cachoeira Urbana. reduzindo o abastecimento elétrico de todo o edifício. Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

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Figura 134 Baixo Bebê, Parque Madureira.

Figura 135 Edifício Multiuso, Parque Madureira,

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

Fonte: rra.com.br, acesso em 04/2020.

“Parque Madureira, um sonho concretizado”

é a exposição permanente que o edifício abriga, composta por fotos e informações sobre o Parque desde a primeira fase das obras.

Acessos e Circulação Figura 136 Acessos e ciclofaixa.

Acessos Ciclofaixa

Fonte: ivonesyoperspectivas.com, modificado pela autora, acesso em 04/2020.

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DIRETRIZES PARA O PROJETO: - Ciclovia - Centro de Educação Ambiental - Preservação da Nascente

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PARQUE MANGAL DAS GARÇAS PARÁ, BRASIL

Figura 137 I Fonte: Archidaily.com

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Figura 140 Vista geral do parque a beira do rio Guamá.

PARQUE MANGAL DAS GARÇAS LOCALIZAÇÃO O Parque Mangal das Garças localiza-se as margens do rio Guamá, um afluente do rio Amazonas, na baía do Guarajá, em Belém, no Pará. Figura 138 Localização Parque Mangal das Garças.

Fonte: Google Maps, acesso em 04/2020.

Em 2003, a marinha cedeu dez acres de sua propriedade, antes abandonada ao Governo do Estado do Pará, para que assim, houvesse a recuperação através do Parque Público. Assim, foi projetado o Mangal das Garças, integrante ao plano de revitalização urbana, que operou em grandes transformações na cidade, valorizando sua história e cultura. Figura 139 Vista área do terreno cedido pela marinha ao Estado do Pará.

Fonte: Google Earth, modificado pela autora, acesso em 04/2020. Figura 141 Parque Mangal das Garças.

Fonte: g1.globo.com, acesso em 04/2020.

Setorização e Caracterização

O parque foi dividido em dois setores para um melhor desenvolvimento projetual. Figura 142 Setorização geral do Parque Mangal das Garças.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

Implantação Construído em uma área de aproximadamente 40.000m², situado as margens do rio Guamá circundada por uma parte do centro histórico da cidade de Belém e por bairros periféricos. Considerado um parque de pequeno porte, que destinasse prioritariamente a visitação e contemplação da natureza. Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

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O primeiro setor destina-se a dar suporte ao funcionamento do parque, como:

Figura 146 Fonte dos Caruanas,

Figura 143 Armazém do Tempo.

Fonte: amazonasemais.com.br, acesso em 04/2020.

O segundo setor destina-se à retratação e à contemplação da natureza e da paisagem, de caráter naturalista, composto por: Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

Figura 147 Lago do Cavername.

Figura 144 Praça Murmúrio das Águas.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009. Figura 148 Borboletario. Fonte: amazonasemais.com.br, acesso em 04/2020. Figura 145 Restaurante / Memorial Amazônico da Navegação.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009. Figura 149 Farol de Belém.

Fonte: amazonasemais.com.br, acesso em 04/2020.

O Memorial Amazônico da Navegação é o local onde os visitantes encontram exemplares da evolução dos meios de transporte de navegação na Amazônia, tanto militar, como comercial e regional.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

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O famoso Farol de Belém, uma torre de 47 metros de altura e dois níveis de observação, a 15 e 27 metros. Figura 150 Farol de Belém.

paisagem local, o programa do Mangal assemelhasse aos espaços públicos livres existentes na cidade de Belém, compostos por mata nativa, apertos para contemplação da fauna e da flora amazônica. Além disso, o programa busca reforçar uma tradição da cultura dos belenenses, a visitação domingueira aos espaços públicos paisagísticos.

PARTIDO

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

Mirante do rio uma passarela de 100 metros sobre a várzea, permitindo uma vista ampla do rio Guamá e do centro histórico de Belém.

A abertura total ao rio Guamá e para a floresta em frente a cidade, são os elementos naturais que podem ser contemplados do parque através do mirante que avançam em direção ao rio, do restaurante e pelo farol. O partido geral do projeto é a contemplação dos recursos naturais do meio ambiente, além do limite natural entre o terreno e o rio. Figura 153 Parque Mangal das Garças.

Figura 151 Mirante do Rio Guamá.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009. Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

TRAÇADO

O Viveiro das Aningas composto por mais de 35 espécies de aves da fauna local.

O traçado do Parque Mangal das Garças é composto por três configurações distintas.

Figura 152 Viveiro de Aningas.

1º - Proposta alinhada ao paisagismo contemporâneo, traçado geometrizado, definido a partir da área de entrada do parque ao edifício Museu da Navegação e do Restaurante. O piso é composto por uma forma de quadrados e retângulos perfeitos e figuras assimétricas, com triângulos e polígonos imperfeitos. Este tipo de traçado está presente também na Praça Encontro das Águas, sugerindo a associação mesmo que simbólica, do natural com o cultural.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

A pequena área do parque destinou o projeto aos passeios e contemplação da natureza e da paisagem, secundando de atividades destinadas a gastronomia e ao turismo. A contemplação da paisagem faz parte do meio de passeio do parque, conduzindo o visitante a contemplação da fauna, da vegetação, da folhagem, na qualidade do meio ambiente, construindo uma educação ambiental. Elementos propostos no projeto como restaurante e pontos de venda de produtos, foram pensados em base na integração formal e visual com a 74

Figura 154 Projeto do Parque Mangal das Garças: O traçado geometrizado.


2º - O projeto assume um traçado sinuoso, assimétrico em meio ao riacho e os caminhos, configurando formas orgânicas, inspirados no século XX. Este tipo de traçado foi determinado sugerindo a contemplação da natureza, induzindo o visitante a percorrer o caminho que o levará a observação da paisagem.

riacho que percorre o parque, foi proposto algumas elevações no terreno. O arquiteto Aurélio Meira, responsável pelo projeto arquitetônico, relatou que a cascata estabelece uma metáfora do ciclo das águas na Amazônia. Figura 156 Parque Mangal das Garças.

Outro aspecto importante do traçado é a alternância de formas “fechadas” e “abertas”, encontradas na Amazônia, ora caraterizada por uma mata fechada, ora aberta a vista dos rios, assim como no aningal do parque, onde temos a mesma percepção. Figura 155 Projeto do Parque Mangal das Garças.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

PERMEABILIDADE FISÍCA E VISUAL Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

3º - Constitui através de um trapiche a visão contemplativa do rio, formado por uma estrutura em ipê, elevado do solo, composto por pilares e vigas, relembrando os inúmeros portos que existem ao longo dos rios da Amazônia. Figura 156 Parque Mangal das Garças.

A permeabilidade intercalada a circulação dos visitantes no parque, além da abrangência visual, no alcance distanciado da visão, condicionados a uma estrutura integrada dos espaços, cheios e vazios. Os elementos que proporcionam a permeabilidade são em um modo geral aquáticos, massas vegetativas, caminhos, assim como as vedações das edificações, utilizado em abundancia o vidro, como efeito de continuidade e integração dos espaços externos com o interno das edificações. Outro elemento são as ausências de vedações, permitindo a permeabilidade física e visual da paisagem, assim, o paisagismo repete a estrutura existente na paisagem, por meio da inter-relação. Figura 157 Vista do parque do interior do Museu da Navegação.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

RELEVO E SOLO

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

O relevo do parque é constituído por três diferentes níveis de altura, o mais alto se aproxima de 16 metros, o segundo nível está entre 10 e 15 metros e o terceiro entre 5 e 10 metros. Abaixo destes cinco metros, Os materiais adotados fazem referencia a elementos culturais da região, estão as áreas que margeiam a baía e o rio Guamá. O projeto manteve como as madeiras nativas, o ipê amarelo, utilizado em grande escala o terreno plano em toda sua extensão. no parque. Foram utilizados também troncos de arvores na sustentação dos pisos, paredes e forros. Entretanto, com a implantação da “Fonte dos Caruanas” onde nasce um 75


Já na cobertura das edificações, adotou-se as palhas, assim como as técnicas construtivas foram locais, como o encaixe dos telhados, a amarração das peças com cipós e galhos. O uso do mangal está presente em todo o parque, seja nos guarda-corpos de pontes e trapiches, nas floreiras ou suportes para aves.

Figura 160 Parque Mangal das Garças.

Figura 158 Parque Mangal das Garças: Divisórias de espaços e usos.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

A aninga (Zantedeschia aethiopica) está fortemente presente ao projeto, sendo encontrado o aningal em avançado estado de regeneração. Encontra-se também o açaí (Euterpe Olereceae) e o miriti (Mauritia flexuosa), atingindo assim o objetivo esperado pelo paisagismo como modelo Mangal. Figura 161 Parque Mangal das Garças. Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

VEGETAÇÃO Um dos elementos de maior importância neste projeto, sendo o material primordial na concepção da paisagem, assumindo diversas funções no projeto. Como o patchouli (Andropogon Muricatus), utilizado no mangal para delimitar o acesso ao estacionamento. Já o lírio da paz do Amazonas (Spathipyllum cannaefolium), um tipo vegetativo facilmente identificado na paisagem amazônica. Figura 159 Parque Mangal das Garças. Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

Fonte: Pedro Tarcio Pereira Mergulhão, 2009.

Entre as espécies aquáticas, está presente a vitória-régia (Victoria regia) o mururé-roxo (Pontederia cortada) e a ninfeia (Nymphaea spp). 76


DIRETRIZES PARA O PROJETO: - Ortogonalidade das vias - Preservação da Vegetação Nativa - Pontes de Acesso - Permeabilidade Física e Visual

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PARQUE RAUL SEIXAS SÃO PAULO, BRASIL

Figura 162 I Fonte: Archidaily.com

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PARQUE RAUL SEIXAS

Figura 163 Implantação do Parque Raul Seixas.

LOCALIZAÇÃO O Parque Raul Seixas está localizado em Itaquera, Zona Leste da cidade de São Paulo, próximo a Av. Jacu Pêssego, uma das vias principais, com fácil acesso. Fonte: vitruvius.com.br, modificado pela autora, acesso em 05/2020. Figura 162 Localização do Parque Raul Seixas.

Fonte: Google Maps, acesso em 05/2020.

CONCEITO A diferença fundamental abordada nesta reforma é o conceito de desenho universal e acessibilidade, inexistente nas reformas feitas anteriormente, inseridas para atender o público presente, bem como as futuras gerações que frequentaram este espaço público da cidade. Além disso, o estudo também prevê que este desenho universal dialogue com a preservação da memória, meio ambiente e a qualificação do espaço para a comunidade. Foi assim aplicado o conceito de desenho universal, para que assim seja utilizado pelo maior numero de pessoas, independente da idade, habilidade, estrutura ou condição física, sensorial e cognitiva. Figura 164 Parque Raul Seixas.

O PROJETO A readequação no parque considerou a valiosa carga histórica da região de Itaquera, no sentido de readequar o espaço público as novas necessidades do nosso tempo. Para a elaboração do estudo preliminar, foram analisadas as possibilidades de intervenção sutis, mas que respeitassem e articulassem os elementos do passado com novas necessidades propostas, como pisos, escadas e rampas, deste modo, valorizando o patrimônio histórico e assim, relevando o antigo e incluindo o novo. Fonte: vitruvius.com.br, modificado pela autora, acesso em 05/2020.

O projeto foi executado em 2019 pelos arquitetos da Secretaria do Verde e Meio Ambiente – Divisão de Implantação, projetos e obras.

PROGRAMA Figura 165 Distribuição dos programas no Parque Raul Seixas.

IMPLANTAÇÃO O parque público possui uma área de 33.500 m² no total, foi inaugurado em 1989 após o desdobramento da construção do conjunto habitacional José Bonifácio, assim construído após a solicitação do Ministério Público uma intervenção de acessibilidade.

Administração Bocha Casa da Cultura Raul Seixas Centro de Convivência e Cooperativa Guarita Lago Parquinho Praça Quadras Poliesportivas Quiosque Sanitários

Fonte: vitruvius.com.br, modificado pela autora, acesso em 05/2020.

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Figura 166 Casa da Cultura Raul Seixas.

O lazer infantíl também está presente no parque, com atividades que integrem os usuários ao espaço de permanência. Figura 169 Praças.

Fonte: areasverdesdascidades.com.br, acesso em 05/2020.

Situada no Parque Raul Seixas, a Casa da Cultura traz saraus, shows Fonte: areasverdesdascidades.com.br, acesso em 05/2020. e oficinas artísticas, o espaço é aberto para que todos os artistas de- As praças foram projetadas conjugue aos passeios, obtendo conexões monstrem seu talento e se desenvolvam criando um vinculo único com entre os eixos que as ligam, formando locais de contemplação em meio o espaço. ao espaço verde. Figura 167 Lago.

Figura 170 Bocha.

Fonte: areasverdesdascidades.com.br, acesso em 05/2020.

Fonte: areasverdesdascidades.com.br, acesso em 05/2020.

Além de toda a área do parque cercada por vegetações, está presente o lago, local de contemplação para os visitantes. Figura 168 Parquinho.

ESPAÇOS VERDES

O projeto traz grandes áreas verdes com lazer contemplativo, as quais fazem toda a diferente na zona leste da cidade, sendo atualmente a maior área verde junto a COHAB José Bonifácio. Sua vegetação é composta por eucaliptal e áreas ajardinadas arborizadas, assim já foram registradas 79 espécies vasculares, das quais está ameaçada de extinção o pau-brasil.

Figura 171 Áreas Verdes do Parque Raul Seixas.

Fonte: areasverdesdascidades.com.br, acesso em 05/2020.

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Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.


Figura 175 Localização do Parque Raul Seixas.

ACESSOS E CIRCULAÇÃO Foi desenvolvido uma rota em concreto, está rota acessível é a estrutura norteadora do projeto, por meio desta rota os equipamentos presentes se interligam, bem como conduz as pessoas a novos espaços criados a partir dela. Figura 172 Acessos ao Parque Raul Seixas.

Acessos

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020. Figura 176 Corte transversal da “Praça” no Parque Raul Seixas. Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020. Figura 173 Localização do Parque Raul Seixas.

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

PERMEABILIDADE Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

Figura 177 Localização do Parque Raul Seixas. Permeável

Através da rota acessível tem-se acesso, por meio de planos inclinados, rampas e escadas, a todos os equipamentos do parque, além da acessibilidade nos espaços como a nova praça de concreto, parquinho acessível e labirinto.

Água Impermeável

Figura 174 Localização do Parque Raul Seixas.

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

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MOBILIÁRIO

Figura 180 Corte transversal: Parque Raul Seixas.

Foram estudados novos mobiliários para o parque em concreto aparente, constituindo em espaços de estar que dialogam com a rota acessível e os novos pisos em áreas do parque que antes da intervenção havia baixo uso e baixa permanência das pessoas. O projeto sempre visou o novo olhar sobre a dinâmica e necessidade desta nova geração, a fim de novas transformações físicas no espaço. Figura 178 Localização do Parque Raul Seixas. Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020. Figura 181 Localização do Parque Raul Seixas,

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020. Figura 179 Planta: Parque Raul Seixas.

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

Fonte: vitruvius.com.br, acesso em 05/2020.

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DIRETRIZES PARA O PROJETO: - Acessibilidade - Piso Tátil - Readequação das Vias - Espaços de Cultura

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5 estudo preliminar

84


Figura 182 I Fonte: Autor, 2020.

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CONCEITO E PARTIDO Partindo da premissa da sustentabilidade do espaço público de lazer, criando eixos de conexões humanas, priorizando o pedestre e a acessibilidade. O conceito considera a REVITALIZAÇÃO e a INTEGRAÇÃO, que reinventa e modifica o espaço urbano, criando ao usuário sensações de conexão com a natureza.

O partido é utilizar a revitalização e integração criando eixos de lazer, como o eixo esportivo, explorando os equipamentos existentes através de uma revitalização, seguindo para o eixo de conexão com a natureza, com as vegetações nativas e ambientes integrados, fechando com o eixo contemplativo, que cria sensações de redescoberta dos espaços nos usuários.

Estudos da revitalização e integração na construção do espaço urbano Figura 183 I Fonte: Google Maps, modificado pela autora, acesso 05/2020.

Zona 1 – Eixo Esportivo, em que em sua extensão apresenta equipa- Zona 2 – Eixo de Conexão com a Natureza, áreas que preservam a mentos de lazer.

vegetação.

Figura 184 I Fonte: Autora, 2020.

Figura 185 I Fonte: Autora, 2020.

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Figura 186 I Fonte: Autora, 2020.

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CONCEITO E PARTIDO Zona 3 – Eixo Contemplativo, um eixo de conexão neutro.

Figura 187 I Fonte: Autora, 2020.

VALORIZAÇÃO DOS ESPAÇOS VERDES O desenho orgânico para as áreas verdes segue o modelo do parque originalmente, inspirados na forma real da natureza, assim como as caraterísticas presentes nas vegetações nativas existentes.

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Figura 188 I Fonte: Autora, 2020.


Figura 189 I Fonte: Autora, 2020.

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DIRETRIZES GERAIS E PROJETUAIS A partir dos estudos morfológicos, socioeconômicos, e do perfil e necessidade dos moradores, realizamos no Parque Ecológico Dr. Laert José Tarallo Mendes e seu entorno de relevância, diretrizes projetuais pensadas para melhoria do espaço público de lazer, na cidade de Matão,

considerando melhoria na qualidade de vida da população, explorando a temática da cidade sustentável, valorização do espaço de lazer, segurança e boas condições de uso e caminhabilidade dos locais.

2 8

6

1 3 4

5 7

9

Figura 190 I Fonte: Google Maps, modificado pela autora, acesso 05/2020. 1 – REVITALIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DESTINADOS AO ESPORTE

- Requalificação de infraestrutura pré-existente;

- Repaginação das vias;

1-

Requalificação da pista de skate;

2-

Requalificação do parquinho infantil;

- Inserção de piso tátil nas calçadas;

3-

Implantação da quadra poliesportiva;

4-

Requalificação da piscina;

- Garantir a segurança através da requalificação dos espaços;

2 – PROTEÇÃO E PRIOZAÇÃO DO PEDESTRE - Implantação de rampas de acesso; - Repaginação das vias; - Implantação da ciclofaixa e pista de corrida; - Inserção de piso tátil nas calçadas; - Garantir a segurança através da requalificação dos espaços; 3 – MELHORIA NA PAISAGEM URBANA - Inserção de painéis que possibilitem manifestações da arte urbana;

90

1 – CRIAÇÃO E PROTEÇÃO DE ESPAÇOS DE CONEXÃO COM A NATUREZA

- Repaginação das vegetações rasteiras;

2 – CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE CONVIVIO 5-

Implantação de quiosques;

- Inserção de mobiliários adequados, como lixeiras, bancos, bebedouros; - Mobiliário lúdico (iluminação de piso), permitindo aos usuários redescobrir o local; 6-

Implantação do espaço para educação ambiental;

3 – MELHORIA NA PAISAGEM URBANA Inserção de espaços para plantação das espécies nativas pelos usuários através do espaço de educação ambiental;

1 – REVITALIZAÇÃO E PROTEÇÃO DOS ESPAÇOS DE CONTEMPLAÇÃO - Tratamento de piso (via), unificando o espaço e criando uma identidade visual; - Inserção de ciclofaixa e pista de corrida; - Inserção de piso tátil nas calçadas; - Garantir a segurança através da requalificação dos espaços; 2 – CRIAÇÃO DE ESPAÇOS DE CONTEMPLAÇÃO 7-

Requalificação do lago secundário;

- Inserção de mobiliário adequado, incluindo pedalinho; 8-

Ponte cruzando o lago principal;

9-

Implantação da bilheteria aos pedalinhos no lago;

3 – MELHORIA NA PAISAGEM URBANA - Requalificação da fonte do lago secundário;


programa de necessidades PROGRAMA DE NECESSIDADES

ZONA 1 - EIXO ESPORTIVO

ZONA 2 - EIXO DE CONEXÃO COM A NATUREZA

Figura 367: Esquemas Programa de Necessidade

ZONA 3 - EIXO CONTEMPLATIVO

1 4 2

2

3

3

1

2

1

1 – VIA DE PEDESTRES – 3.328,09 m² COMPLETO ESPORTIVO – 2.239,3 m²

Sanitários Quadra poliesportiva Parquinho Pista de Skate Quiosques Pista de Corrida Ciclovia Bebedouro Arborização Via de Pedestres Bancos Arquibancada Iluminação

2 – ARTE URBANA – 784,64 m² Painéis que possibilitam manifestações artísticas Iluminação Iluminação de Piso (Espaço Lúdico) Lixeiras Espaço de Convívio

1 – VIAS DE PEDESTRES – 1.996,76 m² Iluminação de Piso (Espaço Lúdico) Bancos Lixeiras Pista de Corrida Ciclovia Desenho de Piso Arborização

1 – VIAS DE PEDESTRES – 3.970,61 m² Lixeiras Bancos Iluminação Iluminação de Piso (Espaço Lúdico) Arborização Ciclovia Pista de Corrida

2 – INTEGRAÇÃO AO ESPAÇO VERDE – 6.036,25 m² Painéis Informativos sobre Mudas e Sustentabilidade Quiosques Banco Modular Lixeiras Bebedouro Espaço de Plantação

2 – ESPAÇO DE PERMANÊNCIA – 1.389,69 m² Lago Secundário Bancos Fonte Lixeiras Arborização Vegetação Rasteira

3 – ESPAÇO SUSTENTAVÉL – 566,35 m² Iluminação Bancos Lixeiras Espaço de Educação Ambiental

3 – LAZER CONTEMPLATIVO – 19.722,69 m² Lago Principal Ponte Pedalinho Ponte Ilha

4 – SECRETARIA CULTURA E LAZER – 773,86 m² + PRAÇA DE APOIO – 694,34 m²

Fonte: Autora, 2020.

Secretaria da Cultura e do Lazer Administração Sanitários Praça Iluminação Iluminação de Piso (Espaço Lúdico) Bancos Lixeiras Academia ao Ar Livre

RUA ITÁPOLIS

2.388,52 m²

Redesenho de Piso (calçada) Redesenho de Piso (via de pedestres) Ciclovia Arborização Piso Tátil Redesenho da Iluminação Pública Bancos Lixeiras Painel Informativo

Figura 191 AT

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ZONEAMENTO DE USOS GERAL

CICLOVIA

SANITÁRIOS Instalados no restaurante presente na Zona 1.

Presente em toda sua ex ZONA 1 - EIXO ESPORTIVO

PRÁTICA DE ESPORT (Aproveitando da infrae ra existente).

PRAÇA SECA (Destinada a contemplação. exercicíos ao ar livre e bicicletários nos bancos).

PLAYGROUND INFANTIL (Revitalização e troca dos brinquedos fornecidos aos usuários).

LAGO (Instalação de ilhas e passagens de formas irregulares e divertidas aos usuários). ZONA 3- EIXO CONTEMPLATIVO

VIAS DE PEDESTRES Presente em toda sua extensão EDUCAÇÃO AMBIENTAL (Espaços em toda a extensão do parque destinado ao conhecimento das espécies nativas existentes e preparação de mudas para plantação pelos usuários do Parque Ecológico).

PISTA DE CORRIDA Presente em toda sua extensão

ZONA 2 - EIXO CONEXÃO COM A NATUREZA

ILHAS (Espaços destinados a c plação com equipame descanso adequados p usuários).

MAPA SEM ESCALA GRÁFICA 92

NOVA MATÃO


xtensão

TES estrutu-

JD. A

ARTE URBANA (Espaços distribuidos por todo o perimetro com painéis que possíbilitam a manifestação artística).

LAS LOMAS QUADRA POLIESPORTIVA (Destina a determinadas áreas esportivas, como jogos de basquete, vóler, tenis e futsal. Funcionando todos os dias, sem horário de fechamento).

JD. CAMBUÍ

RESIDENCIAL DAS ACÁCIAS

comtementos de para os

Figura 192 I Fonte: Autora, 2020.

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plano de massas

Figura 193 I Fonte: Autora, 2020.

94


O novo programa definido para as áreas de revitalização e infraestruturas inutilizadas é destinado ao Esportivo na Zona 1. Os módulos como a Área de Arte Urbana, Quadra Poliesportiva, Piscina, Parquinho Infantil e Sanitários compõem um espaço de lazer interativo, podendo ser utilizados em todos os horários do dia, o fluxo de pessoas durante o período noturno não cessa, tornando desde modo a área mais segura e habitável para os usuários. O único perímetro que só poderá ser utilizado a partir de registros médicos é a área da piscina, que funcionara das 8:00 as 22:00 todos os dias da semana

Já o eixo de Conexão com a Natureza nos remete as formas orgânicas presentes na vegetação nativa do parque, assim como as vias de pedestre, ciclistas e de corrida. A forma orgânica traz a sensação de estar presente na natureza, colaborando para que se tenha uma maior consciência perante este convívio. Além disto, foi implantado o Centro de Educação Ambiental, para que nele os frequentadores do parque possam aprender na prática a preservação da vegetação nativa do espaço, com a plantação de mudas, no espaço para tal ao lado do Centro.

Os eixos de Contemplação nos remete espaços voltados a natureza, em destaque a vegetação e os lagos , deste modo para que se tenha uma maior qualidade está permanência contemplativa foram propostos pedalinhos para o lago principal, revitalização da ponte no lago secundário, além disto a ponte que passa cruzando o lago principal, ligando o eixo de Conexão a Natureza com a área Esportiva. Deste modo também está presente a bilheteria, para que se tenha um controle e monitoramento dos pedalinhos.

Figura 194 I Fonte: Autora, 2020.

95


detalhamento

Espécies nativas de floração colorida: flamboyant-mirim: pode atingir de 3 a 4 metros de altura, não danificam calçadas nem redes subterrâneas.

Unha de vaca: pode atingir de 6 a 12 metros de altura, originaria da China e Índia.

Jambolão: pode alcançar até 10 metros de altura, porte médio e copa cheia.

96


Figura 195 I Fonte: Autora, 2020.

97


detalhamento em imagens

98


99


6 A PROPOSTA

100


Figura 197 I Fonte: Autora, 2020.

101


IMPLANTAÇÃO

Entradas para o Parque Ecológico N

350

0

350

700

IMPLANTAÇÃO COM ENTORNO Escala: 1/35000 102

1000


Figura 198 I Fonte: Autora, 2020.

103


IMPLANTAÇÃO RECORTE

1

IMPLANTAÇÃO:

1

Eixo Contemplativo: Lago, área molhada, passagens em meio ao lago, ilhas com mobiliários para contemplação, decks de madeira em diferentes nivéis e redes para descanso.

6

Eixo Esportivo: Com equipamentos de ginástica destribuídos pelo parque, quadra poliesportiva, playground infantil, pista de skate (que também serve para outros usos) e também conta com um palco para apresentações neste eixo.

2

Eixo Conexão com a Natureza: Áreas de plantil destribuídas por todos os lados do parque, seguindo as pistas de caminhada, corrida e ciclovia. Educação Ambiental entre as estações com placas informativas das especies encontradas ao longo do percurso.

3

4

Restaurante

5

Ginásio Esportes

6

Ilhas N

250

0

250

500

750

AMPLIAÇÃO GERAL DA PROPOSTA Escala: 1/25000 104

3


4

2

5 Figura 199 I Fonte: Autora, 2020.

105


AMPLIAÇÕES

3

RECORTE

Implantação:

EIXO CONEXÃO COM A NATUREZA Ciclofaixa a ciclofaixa conta com caminhos circulando todo o parque, compondo também paradas para as bicicletas junto aos bancos da área.

1 2 3 4

Rampa implantadas nas áreas laterais do parque, fornecendo acesso rápido aos eixos desejados. Praça Seca espaço de circulação livre para os usuários, em épocas festivas o local será ocupado por feiras, pequenos festivais e comemorações. Caminhos formados por concregrama em toda a extensão do parque.

CORTE 01 ESCALA 1: 6000

CORTE 01 106 ESCALA 1: 6000

N

5 6

250

0

250

500

750

Educação Ambiental espaço voltado a recreação da populção com as espécies nativas do parque e o plantil das mesmas em vários pontos do eixo de conexão com a natureza. Mobiliário Postes de iluminação, lixeiras e bancos instalados em todo perímetro, além das estações que trazem a educação ambiental em suas plataformas.

4

N

0

100

200

300


1

6

2

5

Figura 200 I Fonte: Autora, 2020.

107


PLANTAS RECORTE

Implantação:

EIXO CONTEMPLATIVO 1

2

Ilhas Espaços localizados no meio do lago, onde se tem acesso pelos caminhos inseridos como uma maneira de interligação entre as ilhas e os dois lados do parque. Além desses caminhos levarem aos espaços comuns são eixos de contemplação por seus diferentes formatos. Caminhos Formados por medidas inconstantes, criando uma sensação de presença ao interior do lago, tornando-o um espaço permeável

N

3 4

250

0

250

500

750

As estações insediras também nas ilhas para que se obtenha um leve sombreamento aos espaços onde o sol é constante além de informações do espaço. Pavimentação A partir de placas de concreto permeável em uma única tonalidade, nas ilhas foram inseridas as lâminas de madeira.

Cobertura Espaço de sombreamento em aço.

CORTE 02 ESCALA 1: 4000 108

N

0

100

200

300


3

1

4 2

Figura 201 I Fonte: Autora, 2020.

109


PLANTAS RECORTE

Implantação:

EIXO ESPORTIVO 1

Vegetação todas as árvores existentes no parque são nativas.

2

Mobiliário bancos, lixeiras e postos de iluminaçãao ao entorno de todas das áreas.

3

N

250

0

250

500

750

Quadra Poliesportiva Iluminação de Piso Feita para que se obtenha uma boa qualidade de iluminação durante a noite, clareando assim a escuridão causada pela vegetação.

4

CORTE 03 ESCALA 1: 3000

5

Pista de Skate Já implantada anteriormente e muto utilizada pelos moradores da cidade, no entanto a proposta para seu novo programa conta com um espaço integrado entre os skatistas e a população que poderá utilizar do local para outras atividades. Fornecendo deste modo aos que praticam esse esporte um local mais urbano, assim como a maioria desses usuários gostam de práticar suas atividades.

CORTE 03 110

N

0

100

200

300


5

3 4 2

1

Figura 202 I Fonte: Autora, 2020.

111


PLANTAS

1

RECORTE

Implantação:

2

EIXO ESPORTIVO 1

Restaurante Implantado para benefício dos usuários para a permanência nesse espaço, os sanitários ficam inclusos ao restaurante.

2

Rampas As rampas para PcD (pessoas com deficiência) foram instaladas em todo o perimetro, além do piso tátil.

3

Deck de Madeira Inseridos para que se tenha uma aproximação a área de contemplação do lago, com espaços de descanso como as redes.

N

250

0

250

500

750

4

Playground Infantil Novo espaço para a recreação infantil, onde as crianças tem novas experiências com os objetos inseridos de acordo com o mobiliário presente no parque. Além do uso da areia como material preservado no espaço.

5

Palco e Arquibancada Espaço para shows, palestras, entre outros eventos que podem ser apresentados no local. A arquibancada pode ser usava até mesmo como um apoio para o restaurante, como uma área de espera, ou até mesmo para encontros no local.

3

CORTE 04 CORTE 04 ESCALA 1: 6000

ESCALA 1: 6000 112

N

0

100

200

300


5

4

Figura 203 I Fonte: Autora, 2020.


RECORTE

CORTE

IMPLANTAÇÃO:

CORTES ESQUEMÁTICOS TRANSVERSAL E VERTICAL DO PARQUE ECOLÓGICO

~~~Fry-King~~~

CORTE A

ESCALA 1: 10000

CORTE B

ESCALA 1: 45000

114


~~~Fry-King~~~

Figura 204 I Fonte: Autora, 2020.

115


0.

DETALHAMENTO

0.90

0.6 0.

0.90

0.6

Escala 1:100

1.90 Escala 1:100

2.54

0.67 4.91

0.94

0.60

Escala 1:100

10.13

10.00

3.92

116

11.23

5.44

0.60

2.36

1.23

1.75


.40

Ø0.60 Ø0.70

60 .40

MOBILIÁRIO URBANO: BANCOS, ILUMINAÇÃO E LIXEIRA Ø0.60

60

1.04 2.52 0.94

2.98

4.91

4.91

0.60

0.60

Escala 1:100

0.67

1.11

0.67

0.70

2.41

0.45

2.98

2.31

1.14

5.44

0.70

0.60

1.06

1.95

2.17

5.44

0.60

Escala 1:100

Figura 205 I Fonte: Autora, 2020.

117


DETALHAMENTO PAGINAÇÃO:

ARBORIZAÇÃO: Pavimentação com blocos de concetro permeável assentados de forma interligada na calçada e espaços de circulação.

Areia feita a base de sílica instalada no playground infantil, sendo antialérgica, atóxica e não desbotavél.

Ingá: pode chegar a altura de 15 metros, produz frutos em vagens e flores de coloração branco-esverdeado.

Concregrama blocos de concreto vazados com grama instalados nas faixas de circulação e praças.

Flamboyant-mirim: pode atigir de 3 a 4 metros de altura, não danificam calçadas nem redes subterrâneas.

Cambui: pode atingir até 20 metros de altura, com folhagem amarela, demora de três a cinco anos para florir durando somente 60 dias.

Pavimento tátil direcional e alerta, formado por faixas de indicação aos deficientes visuais.

CIclovia com pavimentação do plástico reciclado na cor vermelha, com LED em seu entorno.

118

MOBILIÁRIO:

Unha de Vaca: pode atingir de 6 a 12 metros de altura, originaria da China e Índia.

Jambolão: pode alcançar até 10 metros de altura, porte médio e copa cheia.

Poste de iluminação LED com dupla saída em um ou dois módulos. Medindo 5 metros, captação de energia solar e fiação subterrânea. Disposto em todo o parque por uma uma distância de 10 metros e conforme a necessidade. Faixa de iluminação LED, captação de energia solar, dando iluminação aos caminhos não alcançados pelos postes durante a noite. Tornando o ambiente mais seguro. Fiação subterrânea. Implantadas conforme a necessidade. Figura 206 I Fonte: Autora, 2020.


CROQUIS E PESPECTIVAS

Figura 207 I Fonte: Autora, 2020.

119


CROQUIS E PESPECTIVAS

Figura 208 I Fonte: Autora, 2020.

120


maquete eletronica

Figura 209 I Fonte: Autora, 2020.

121


122


Figura 210 I Fonte: Autora, 2020.

123


124


Figura 211 I Fonte: Autora, 2020.

125


126


Figura 212 I Fonte: Autora, 2020.

127


128


Figura 213 I Fonte: Autora, 2020.

129


130


Figura 214 I Fonte: Autora, 2020.

131


132


Figura 215 I Fonte: Autora, 2020.

133


134


Figura 216 I Fonte: Autora, 2020.

135


136


Figura 217 I Fonte: Autora, 2020.

137


138


Figura 218 I Fonte: Autora, 2020.

139


140


Figura 219 I Fonte: Autora, 2020.

141


142


Figura 220 I Fonte: Autora, 2020.

143


144


Figura 221 I Fonte: Autora, 2020.

145


146


Figura 222 I Fonte: Autora, 2020.

147


148


Figura 223 I Fonte: Autora, 2020.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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150


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