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Abigail, uma mulher que sabia gerir conflitos

A vida cristã é repleta de desafios, e ouso dizer que as relações interpessoais podem ser um dos maiores. Convivemos diariamente com pessoas com diferentes perspectivas, com valores que divergem dos nossos e comportamentos que, muitas vezes, são contrários ao que acreditamos e valorizamos.

Nesse cenário, a pergunta: Como agir em um mundo hostil, repleto de disputas, de egos inflamados e de ganância? Qual é a resposta cristã diante dos conflitos interpessoais e do caos?

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A história de Abigail nos oferece uma direção, uma resposta. Abigail – uma personagem bíblica descrita como sendo uma mulher bonita e sensata – era casada com Nabal, um homem tolo, grosseiro; alguém incapaz de ponderar sobre as consequências das suas próprias ações.

A história de Abigail – registrada em I Samuel 25 - conta que, em uma determinada situação, Nabal insultou a Davi, provocando sua ira. Uma guerra estava prestes a acontecer: “Davi ordenou a seus homens: ‘Ponham suas espadas na cintura’” (I Samuel 25.13).

Assim que os fatos se deram, um homem que trabalhava para Nabal foi até ela pedir ajuda: “...a destruição paira sobre o nosso senhor e sobre toda a sua família. Ele (Nabal) é um homem tão mau que ninguém con- segue conversar com ele” (1 Samuel 25.17).

Essa descrição nos faz pensar que a reputação de Abigail como pacificadora era reconhecida, assim como suas habilidades de comunicação e resolução de conflitos.

Abigail, que estava prestes a ter sua casa destruída pela insensatez do seu marido, demonstrou-se lucida, dona de uma capacidade ímpar de ler cenários e prever as consequências caso nada fosse feito.

Na intenção de amenizar o problema, Abigail posicionou-se rapidamente: ofereceu a Davi presentes, pediu perdão pela situação e assumiu a responsabilidade pelo que tinha acontecido. O comportamento de Abigail fez com que uma guerra não acontecesse, que ocaos fosse diluído, que a paz fosse instalada dentro daquela situação.

A história de Abigail nos deixa algumas lições sobre a gestão de conflitos.

Abaixo, três que considero essenciais:

• Diante da hostilidade é necessário bom senso e lucidez

Reconhecer os cenários, comportamentos, prever suas consequências são fatores essenciais na gestão de conflitos. Para isso, é necessário o cuidado de não deixar que as emoções afetem a nossa capacidade de discernimento.

• Assuma responsabilidades, posicione-se

Se há algo que precisa ser consertado, assuma a responsabilidade, faça o que deve ser feito. Não permita que o orgulho e o medo o impeçam de tomar decisões e fazer os devidos reparos. • Deus transforma coisas ruins em coisas boas

A história de Abigail nos mostra que: através de uma postura de sabedoria e humildade, situações conflituosas podem ser transformadas em algo belo, que glorifique a Deus.

Aliás, meu convite é para que você leia odesfecho dessa história que finaliza no capítulo 42 de I Samuel 25, e perceba a beleza e a graça de Deus na vida de Abigail, dessa mulher inspiradora.

Escrito por Luciana Leitão

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