Voz Portuguesa

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Jornal Da Comunidade Portuguesa Na África Do Sul / Portuguese Community Paper of South Africa

ORGULHOSAMENTE PORTUGUES / PROUDLY PORTUGUESE Ano 8 Número 87

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10 de Junho em Cape Town

082 558 5930

Director Dr. Fernando S. Capão

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Mensagem

Julho, 2011

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Inaugurado Padrão a Camões e aos Portugueses

Madeira, uma estrela do Mar encantada e florida

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êm sido tantos os poetas,os prosadores, os jornalistas, os músicos, os pintores e as almas simples a cantar este pedaço de terra perdido no Atlântico Norte, são tantas as histórias e as lendas que cobrem de neblina estas ilhas paradisíacas, que os iletrados na matéria se sentem naturalmente coibidos a ajuntar seja o que for a tema tão amplamente elaborado. Mas temos que falar sobre a Madeira, porque os filhos da terra, emigrados na África do Sul não no-lo perdoariam. No século XIV havia algum conhecimento científico sobre determinadas áreas geográficas, especialmente sobre as ilhas atlânticas incluindo a Madeira. Mapas elaborados pelos catalães e a acção firme do rei Afonso X de Castela que fez compilar a um grupo de escolares cristãos e judeus uma espécie de Enciclopédia de Astronomia, os LIBROS DEL SABER DE ASTRONOMIA,davam grande informação

sobre este vasto campo ainda incipiente. Os muçulmanos eram grandes estudiosos e possuidores de conhecimentos alargados neste assunto e cientistas, mareantes e mercadores eram bem versados nesse ramo do saber humano. Segundo elas, a costa occidental africana era conhecida até além do Cabo Bojador, como mostra um mapa catalão de 1373-1380, e a mesma fonte testemunha sem sombra de dúvida que, tanto as Canárias como o arquipélago da Madeira, haviam sido visitados por Ocidentais. Toda esta informação dispersa derivava de notícias obtidas do mundo muçulmano. Mas a Europa Ocidental estava na posse de mais conhecimentos e o anónimo LIBRO DEL CONOSCIMIENTO, escrito em Espanha, meados do século XIV, parece provar que o Golfo da Guiné e a consequente mudança de direcção na costa africana constituíam conhecimento real no tempo. Os geógrafos árabes chegavam a

mencionar a costa oriental de África até ao Cabo da Boa Esperança. Uma outra fonte de informação vinha dos piratas muçulmanos, portugueses e estrangeiros cujas rotas, embora não sabidas na totalidade, eram, no entanto, comhecidas, sendo quase certo que teriam bases permanentes nas Canárias e na Madeira. Certamente que as Canárias eram abundantes no mercado de escravos, e os portugueses não deram grande atenção à Madeira, mas quando em 1417 Castela enviou uma importante frota à Ilha de Porto Santo, Portugal respondeu sem hesitar, enviando, em 1419 e 1420, duas expedições que largaram do Algarve e ocuparam a Madeira e Porto Santo permanentemente. Foi o início real da grande e efectiva expansão ultramarina. Digno de nota foi que se traduziram para português os nomes italianos ou catalães das ilhas, prova de que os povoadores não se consideravam

autênticos descobridores: assim, Legname passou a Madeira, Porto Santo, não precisou de tradução e Deserte transformou-se em Desertas. Na década de 1420, o receio de uma ocupação castelhana levou Portugal a decidir o povoamento da Madeira e cerca de uma centena de pessoas, lideradas pelos três « descobridores », ( João Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Pallastrello ou Perestrelo ) , desermbarcaram nas duas ilhas para ficar, recrutados todos nas terras do Infante D. Henrique e da Ordem de Cristo, maioritariamente do Algarve. Zarco tinha certa preeminência dentro do grupo e foi encarregado de dirigir o povoamento e, por iniciativa própria ou obedecendo a ordens superiores, dividiu o arquipélago em três partes, uma para si, abrangendo metade da Madeira, e duas para os seus companheiros, uma correspondendo à restante parte da ilha Continuação na Pagina 2


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Continuado da Primeira Pagina maior e a terceira limitada a Porto Santo. As Desertas nunca foram povoadas. Mas levou mais de uma geração a conseguir uma perfeita organização da Madeira, sob o ponto de vista administrativo. Primeiro, as Ilhas dependeram da Coroa e em 1433, D. Duarte doou-as, como feudo, a seu irmão D. Henrique que ali criou um sistema de três capitanias perpétuas e hereditárias que confiou aos três « senhores » locais existentes, confirmando assim a partilha original. Houve que abrir terras, clareiras, pois as ilhas estavam cobertas de árvores e expessa vegetação, mas a riqueza do solo e a abundância de água, levaram a uma verdadeira explosão na agricultura, árvores de fruto, vinhedos, cana de açúcar, criação de gado e produção de lacticínios. O aumento da população implicou o desenvolvimento do sistema municipal e nos começos do século XVI surgiram novos concelhos em cada uma das capitaniais e em 1508 Funchal foi elevada à categoria de cidade e o número de habitants rondava os cinco mil favoravelmente comparado com muitas cidades importantes da metrópole, como Leiria, Tomar, Faro equiparada a Braga, etc. e nas duas ilhas habitavam mais de 20.000 pessoas, com talvez um décimo de escravos. Para justificar a criação de um Bispado na Madeira, D. Manuel mencionava a existência de oito vilas no arquipélago, cada qual com sua organização municipal, pedido a que Leão X respondeu favoravelmente em 1514, criando o Bispado do Funchal com jurisdição sobre todos os territórios ultramarinos. Economicamente as duas ilhas produziam e exportavam açúcar, sua principal fonte de riqueza até meados do século XVI. A costa sul da Madeira, coberta de canaviais permitiu o tráfico directo com a Flandres e outros países. Depois do açúcar seguia-se o vinho que ganharia o primeiro lugar pela segunda metade da centúria. A preocupação do rei D. Manuel pela legislatura igualmente afectou a Madeira, no sector das Alfândegas e outras medidas administrativas e judiciais. Sem sombra de dúvida que nos anos Quinhentos a Madeira se tornou numa pequena réplica do próprio Portugal, lembrando o Minho ou o Algarve. O surto demográfico na Metrópole acarretou, como consequência uma crescente imigração, a abundância de trabalho livre e o resultante declínio da escravatura. Mas a posição geo-estratégica da Madeira no tempo referido acarretaria ao arquipélago grandes vantagens que a levaram a crescer

e a aumentar a sua população, embora o açúcar do Brasil tivesse danificado a sua fonte de maior riqueza, o vinho ocuparia papel de relevo no processo de reabilitação económica. O porto do Funchal teve papel da maior relevância na importância da Ilha e no seu crescimento global. Muitas são as lendas e as histórias, picarecas umas, românticas outras, algumas de paixão, mas sempre cheias da beleza, da explosão de verdura e frescura dos vales e montanhas e da vastidão do azul esverdeado do Oceano que parece querer engolir essa pérola misteriosa. Gentes da Madeira, peregrinam pelas mais diversas partes do globo terrestre na busca de melhores paisagens e meios de vida que as belezas da sua terra-mãe lhes não podem dar. Gente de trabalho esforçado, de querer sem limite, de ideias surpreendentes e obras ainda mais surpreendentes. A África do Sul foi um dos alvos que atraíu a atenção deste povo português daquela Região Autónoma, e aqui residem umas centenas de milhar de portugueses da Madeira. Todos eles celebram, e nós também, no dia 1 de Julho o Dia da Região Autónoma da Madeira. Onde quer que haja um português oriundo da Pérola do Atlântico, ou de outro qualquer ponto do Espaço Português, TODOS, sem qualquer preconceito ou prejuizo, devemos, temos que dar-nos as mãos e de braços entrelaçados num forte amplexo de fraternidade nacional, gritarmos bem alto,

VIVA PORTUGAL VIVA A MADEIRA VIVA O POVO PORTUGUÊS!...

EMPREGADORES ISSN 1028-5070 JORNAL MENSAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA

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NO MUNDO DOS CLÁSSICOS... A Madeira é um Jardim... Que melhor homenagem poderíamos fazer aos amigos que, tendo nascido na Madeira ou sendo descendentes de Madeirenses, do que trazer-lhes carros clássicos a passear na bela ilha onde nasceram? Pois é o que vamos fazer hoje... trazer-lhes um pouco da vossa terra, recordar as vossas paisagens só que, desta vez, “enfeitadas” com belos carros antigos. Aproveito para partilhar convosco um texto escrito por uma mulher que, com o volante na mão, dá um bailinho (pode ser da Madeira) a muitos homens. Raid Automóveis Antigos Algarve-Madeira Texto: Maria José Brilhante Teve lugar entre 17 e 24 de Agosto, e foi inserido nos festejos dos 500 anos do Funchal. 24 equipas à partida… e também à chegada. Iniciou-se para nós a grande corrida no dia anterior, foi a de Cascais ao Algarve. No dia seguinte foi o embarque, com todas as emoções inerentes às manobras, e a um carro que queria ficar em terra, mas por fim o Fiat lá foi barco dentro. Percebi rapidamente que o grupo prometia, e não me enganei. Foi mesmo o que nos valeu, pois a viagem é longa. Chegada à Madeira, mais propriamente ao Funchal, e a recepção foi 5 estrelas, com conferência de imprensa e tudo, sem deixar de referir o Dr. João Bento que nos acompanhou todos os dias, e em todos os percursos. A semana que passámos na Madeira foi do melhor. Visitámos montes de sítios, e todos de uma beleza que só vendo. Ele foi Cabo Girão, Ribeira Brava, Ponta do Sol, Madalena do Mar, Calheta, Paul da serra, Porto Moniz, S. Vicente etc...etc...

A comida foi sempre muito boa e, além do vinho, foi a alegria do grupo e o bom trato de toda a gente que nos fazia bem, tanto à digestão como à alma. Avarias muito poucas, o Alvis do Sr. Alberto Gomes como era de 1940 teve direito a queixarse um pouco das subidas e descidas que não param nunca na ilha da Madeira, mas tinha direito... Outra avaria, foi a da Vespa do Sr. Manuel Felizardo, pois partiu o cabo da embraiagem, coisa que se resolveu com ajuda pronta de vários elementos do grupo, o Pedro Barreto, o Manel Silva, o Emídio Lisboa, o Luís Caetano, o Paulo Felizardo, entre outros e, como sempre, é só uma questão de tempo e tudo se resolve! Tivemos honras no desfile no Funchal do dia 21, inserido nas comemorações dos 500 anos do Funchal, e à noite, o tão famoso fogo de artifício na baía, foi tudo delicioso! A prova de perícia foi ganha pelo José Ferraz, que foi um às ao volante. Os parabéns também ao Rodrigo Silva que, ao volante do Fiat 600 do avô, também fez uma bela prova. Regressámos de novo de barco e mesmo os que não costumavam andar de barco, foram obrigados. Concluindo, foi tudo do melhor, mesmo as dançarinas espanholas do barco, que disso nem se devia falar, mas que deram motivo para conversa e animação todo o Raid. Agradeço à organização na pessoa do Dr. António Brito. Espero que tenham gostado tanto como eu. É um prazer poder fazer parte, ainda que de longe, nas comemorações do Dia da Região Autónoma da Madeira. Um forte abraço e façam o favor de ser felizes! Ana Maria Thomä rotasdapaz@gmail.com


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PORTUGUESE FÓRUM No 1 Porterfield Road Tableview, Cape Town Tel & Fax: 021-556 4416 E:mail.pforumwc@telkomsa.net

Do Cabo Ocidental Organizada por I. Henriques

10 de Junho em Cape Town Torneio de Golf As comemorações do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades, em Cape Town tiveram início no dia 7 de Junho com uma magnífica recepção oferecida pelo Cônsul de Portugal nesta cidade, Dr. Jorge da Fonseca num restaurante em Green Point a cerca de quatrocentos convidados, na sua maioria portugueses, Bispo de Cape Town, Dr. Ivan Meyer em representação do governo provincial e ainda representantes do Corpo Diplomático de outros países, marcaram a sua presença. Numa conversa informal, o Dr. Jorge da Fonseca confessou-nos que gostaria de ter reunidos, neste dia, todos os portugueses que estão abrangidos pelos serviços Consulares no Cabo Ocidental. Dentro das limitações naturais, a distância, a financeira, (pois o tempo é de austeridade) fez o possível por reunir o máximo de portugueses, líderes comunitários, pessoas de negócios e gente anónima que utiliza os serviços que estão debaixo da sua Jurisdição Consular.

Gente do Forúm presente

O Embaixador de Portugal Dr. Ramos Pinto também se fez representar na pessoa da Conselheira da Embaixada de Portugal em Pretória, Drª Gabriela de Albergaria, que com o Cônsul-Geral Dr. Jorge da Fonseca foram os anfitriões de mais um Dia de Portugal.

Dra: Albergaria, Bispo do Cabo, Cônsul do Cabo

Gente do Forúm em CT

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As comemorações prosseguiram com o torneio de Golf Dia de Portugal , na quinta-feira, dia 9, organizado pelos Redskins em Parow, com a participação de 89 golfistas dos quais 76 eram portugueses, de que saíu vencedora a equipa de Iaan Rothman. No final do dia houve o convívio e entrega de prémios feita pelo Dr. Jorge Fonseca, CônsulGeral de Cape Town. Este foi o segundo ano em que este torneio se realizou, e é propósito firme de Richard da Câmara dar continuidade às Comemorações do nosso DIA, com o Torneio do Dia de Portugal . Os Redskins da Cidade do Cabo têm a gerir os seus destinos neste momento: Adelino da Silva – Presidente, Dino Gomes – Secretário, Richard Câmara – Chairman, Fraçoise du Plessis – Tesoureiro.

Rotary Club fáz um Brinde a Portugal É de louvar a iniciativa do Rotary Club de Cape Town, que no dia 14 de Junho, na sua reunião mensal, levou a efeito um Porto de Honra a Portugal pela passagem do nosso Dia Nacional. Foram convidados, um nosso compatriota, John Gomes, que falou sobre a sua vivência em Portugal duante os anos em que foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e o Cônsul-Geral Dr. Jorge da Fonseca. Durante o encontro o Sr. Cônsul–Geral foi abordado com questões de diversa ordem postas pelos presentes sobre o nosso país. No final foi tempo de erguer os cálices e saudar Portugal e a nossa Comunidade. Gesto bem significativo, sobretudo, vindo de pessoas de outras nacionalidades e que muito nos honra e nos distingue e, sobretudo, que não podemos, nem devemos esquecer.

Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança Dia 10 de Junho, sexta-feira, a Associação Portuguesa do Cabo da Boa Esperança foi palco de mais uma noite de fados, com as vozes de Luísa Fernandes e Luís Santos acompanhados à guitarra e à viola por Manuel Augusto e Arnaldo de Carvalho respectivamente. A noite fadista foi organizada pelas diversas associações comunitárias, com o apoio do Consulado– Geral de C.Town. Nesta noite do Dia de Portugal (contra o que é hábito) houve um só orador, o Dr. Jorge da Fonseca que salientou: “Todos vós sois o resultado de encontro de experiências adquiridas, de mistura de locais e de tempo, mas é através da vossa mão que Portugal se mostra ao Mundo. Vocês são na verdade os verdadeiros Embaixadores de Portugal. É essa vossa determinação e orgulho em dar a conhecer o nosso Portugal, que vos peço que mantenham viva e transmitam

aos vossos filhos, no fundo serão os nossos futuros portugueses na Àfrica do Sul. -Para ser grande, sê inteiro -Sê tudo, em cada coisa -Põe quanto és, no mínimo que faças” Com estes versos de Fernando Pessoa, terminou dizendo – ” É isso que vos convido a continuarem a fazer de modo a que Portugal e todos nós saiamos enaltecidos não apenas como Heróis e Poetas passados, mas pelo que continuamos a ser no presente, um povo guerreiro com orgulho no passado, com a esperança no futuro.” Foi feita entrega de medalhas comemorativas (oferecidas pelo Consulado) às diversas organizações entre elas o Fórum Português. Foi servido o jantar com a ementa característica para uma noite de fados, caldo verde e bacalhau. Apagaram-se as luzes … fêz-se silêncio…e…cantou-se o fado.

Yacht Club Cônsul CT-Conselheira L.Fernandes

Sofia Câmara e Fernanda Nunes

ENCONTRO DAJUVENTUDE Atenção, Jovens Portugueses de Cape Town, dia 7 de Julho, encontro para Jovens no Restaurante CASA – Willaw Bridge em Durbanville, aberto a todos os Jovens dos 16 aos 35 anos . Se és Jovem e estás na idade referida liga para 021-914-3883. Faz a tua reserva ou marcação e vem até cá e não te vais arrepender. YOUTH GATHERING To all Young People, in Cape Town, the Portuguese Youth are organizing a meeting at the CASA RESTAURANT, Willaw Bridge, Durbanville on the 7th July for the youth between 16 and 35. Phone 021–9143883, make your reservation, come to us and you are not going to regret it.

No dia 11 de Junho o Yacht Club sob a liderança de Víctor Medina e Manuel Mendes, como vai sendo hábito, organizou o seu Dia de Portugal com o apoio do Consulado–Geral em C. Town, que teve início às 12h00 com a regata denominada “Dia de Portugal” na sua 25ª edição, e a participação de 60 veleiros, regata esta que já fáz parte do calendário de actividades. À noite teve lugar no Club o jantar comemorativo, com a presença do Cônsul de Portugal Dr. Jorge da Fonseca, Cônsul de Moçambique Dr. César Gouveia, Comodoro John Martin. Antes do jantar foi a entrega de prémios aos respectivos vencedores e lembranças aos patrocinadores. O veleiro Far-Med foi o vencedor da 25ª regata Dia de Portugal… felicidade dupla para Victor Medina, foi o seu “brinquedo” que tripulado por dois jovens, o seu filho Jason Medina e Gabriel Fernandes venceu a prova deste ano. Victor diz-nos com orgulho e alguma vaidade”foi o único barco português que este ano entrou na corrida… e… o que ganhou!”. Convívio bem português com as cores nacionais a decorarem o salão, onde pessoas de outras nacionalidades tiveram oportunidade de saborear a nossa gastronomia, dançar ao som da nossa música, bater o pé a acompanhar as nossas modas regionais e responder a algumas perguntas sobre a nossa História, que é riquíssíma por estas paragens. A noite foi abrilhantada pelos Conjuntos, Royal Cape Rockers e Kanimambo, e ainda o Grupo Folclórico o Bailinho que cantou, dançou e arrancou fortes aplausos de toda a assistência.

Rancho o Bailinho

Gastao,Ligia Fernandes,Cônsul Geral,Manuel Esmeraldo

Vencedores da Regata Dia de Portugal


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Capelão da Comunidade Portuguesa em Cape Town

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Padre Ivaldo

valdo Bettin, é um jovem Padre brasileiro de nascimento, mas português de coração, é o Capelão da Comunidade Portuguesa na cidade do Cabo, para onde veio há quatro anos. Pertence à ordem religiosa dos Padres Scalabrinianos , que tem por missão trabalhar com refugiados e emigrantes. Apesar de jovem já esteve na Suiça a trabalhar com as Comunidades Portuguesa e de língua espanhola. Ao fazer a comparação entre a nossa Comunidade na Cidade do Cabo e a da Suiça disse-nos que : - “A diferença é grande, 1° a comunidade portuguesa na Suiça está a dois passos de Portugal para onde se desloca com grande facilidade, são práticamente todos da primeira geração, em casa fala-se o português, há bastantes crianças a frequentar a catequese,

aqui, estão a muitos quilómetros de distância, em casa na maior parte dos casos não se fala a língua materna, são já alguns da 2ª e 3ª geração, temos crianças portuguesas a frequentar catequese, mas comparado com a Suiça, são relativamente poucas. Por outro lado, os Portugueses na Suiça quase todos eles estão ligados à construção civil e são da região norte de Portugal, aqui, na sua maioria são da Ilha da Madeira e ligados ás pescas, (embora os haja ligados aos mais diversos ramos de profissões), mas são quase todos descendentes de pescadores, que já para cá vieram há muitos anos. Outro ponto que talvez tenha contribuído para este afastamento, é o de há uns anos antes, a Comunidade se encontrar quase toda ela concentrada em Woodstock, o que ajudava os jovens a manter mais vívas as raízes e mesmo a língua com o convívio que existia. Com o passar do tempo começaram a dispersar-se e isso de certa forma, penso, que tenha contribuído um pouco para a perda de certas tradições, embora ainda se mantenham vivas algumas cerimónias religiosas, como a Bênção dos Barcos, as Festividades do Natal, que ajudam a manter os laços religiosos e com a terra das suas origens, além de tudo o mais, cria uma maior convivência, muito especial para as gerações mais jovens. Uma das Missões da Igreja é manter viva a Fé, a Cultura e as Tradições, mas com o andar dos tempos se em casa não se for falando o

português, a língua acaba por se perder (o que já se vai sentindo), os usos e costumes irão pelo mesmo caminho, o que é pena. A Igreja pode ajudar, mas não faz tudo, o trabalho de casa tem que ser feito, primeiro incentivar os mais jovens a frequentar a catequese e a escola portuguesa, os pais falarem a língua em casa, isso iria contribuir muito para se manterem vivas por mais tempo as raízes.” Como padre preparado para trabalhar com emigrantes e refugiados tem concerteza conhecimento de pessoas carênciadas na nossa Comunidade? -“Infelizmente há algumas, que ajudamos através do Portuguese Welfare, dando alimentos, ajudando monetariamente em alguns casos, há pouco chegou ao nosso conhecimento mais um caso, o de um casal já idoso, que vivia em precárias condições, em muitos destes casos os filhos infelizmente não querem saber dos seus progenitores. Outro dos problemas que se nos depara é o do alcoolismo e da droga, mas o da droga é um tabú, não pedem ajuda quando o detectam , têm vergonha e quando se vêem desesperados é que surge esse tal pedido , e muitas vezes já é tarde para se fazer algo com sucesso”. Quando o Rancho Folclórico, O Bailinho actua, aí temos o Padre Ivaldo com a sua guitarra a fazer parte da tocata perfeitamente integrado. Quem não souber, fica a pensar que a Ilha da Madeira é a sua Terra Natal. Com a maior naturalidade explicou o porquê de se encontar quase sempre a tocar no

Rancho. - “ Sempre que as minhas obrigações me permitem dou uma ajuda, gosto de tocar guitarra e como não havia ninguém para a tocar e é um dos instrumentos principais num rancho, eu preenchi essa falta. Nunca tive mestres para me ensinarem música, toco de ouvido, gosto de música regional ás vezes já me sinto mais madeirense que brasileiro”. No final da nosso encontro falámos sobre o Fórum Português onde tivemos oportunidade de mais detalhadamente falar sobre o trabalho efectuado, a necessidade de organizar uma das Comunidade que mais riqueza gera neste país, quais os projectos, os portfólios existentes entre eles o das Igrejas onde Padres e Pastores têm a sua voz com problemas humanitários como aqueles que nos apresentou. Uma Comunidade Unida e Organizada tem condições para se ajudar mutuamente, sabe quais os canais que deve seguir para encontar a solução, ou resolver parte deles. Parabéns Padre Ivaldo , que Deus o ajude a continuar o seu trabalho com sucesso junto da nossa Comunidade na Cidade do Cabo. Nós (Fórum Português) pelo nosso lado vamos continuar com o nosso: Organizar, Estrututar para estabelecer os devidos canais de comunicação entre as várias comunidades , as autoridades municipais, com o Governo Sul-Africano, como facilitador na resolução dos problemas que nos afectam , que são comuns à Comunidade Global. Idalina Henriques

P.F.A. e Fórum Português Centro Português de Cultura e As Comemorações terminaram no domingo dia 12 de Junho com um dia dedicado ao desporto, realização conjunta do P.F.A e do Fórum Português com a participação de 160 atletas divididos por 16 equipas com idades entre os 13 e 40 anos. Às 10h30, teve início o torneio com o desfile das equipas participantes, muito público a assistir, especialmente aos jogos que se realizaram na parte da manhã, pois neste dia de Domingo o sol resolveu aparecer e participar em todos os jogos, o vento esse foi fraco e agradável como a querer refrescar os ateletas e público. Foi pena que ao fim da tarde quando se defrontaram as quatro equipas “sobreviventes” os finalistas, o público já não fosse em número tão elevado o que é prefeitamente compreensível, diga-se em abono da verdade. Mas a camaradagem e a boa disposição foram nota reinante em mais este Dia de Portugal passado nos relvados do P.F.A. em Rugby onde foram cometidas algumas faltas penalizadas com cartão amarelo, para algum jogador mais impulsivo…. mas tudo faz parte do desporto… muito em especial do futebol. Este “Torneio do Dia de Portugal” teve o seu início há precisamente 10 anos pelo

esforço de Manuel Esmeraldo. Este ano os trabalhos de responsabilidade dentro das quatro linhas, assistentes, “cozinheiros”, take away, estiveram divididos por Michael da Silva, Orlando Luís, Isaque da Silva, Eduardo Correia, Nile Pereira,Gorette Correia e ainda Manuel Esmeraldo. No final foi a entrega de medalhas aos 2ºs qualificados na categoria de Juniores e Seniores, sairam vencedores deste Torneio o Vasco da Gama com a sua equipa de Juniores, e o ACDC delegação de Cape Town em Seniores (equipa de futebol de uma empresa portuguesa fornecedora de material eléctrico, cuja sede fica situada em Joanesburgo), os vencedores receberam prémios em dinheiro, medalhas e a respectiva Taça. Nota… Ficou registado na fotografia a alegria com que a pequenada do Vasco da Gama recebeu o troféu devido pela sua participação… o dinheiro e as medalhas para eles não foram o mais importante… mas com a Taça nas mãos, sentiram-se uns verdadeiros Campeões, quem sabe se algum deles amanhã não será um verdadeiro Campeão que dignifique e que eleve bem alto o nome de Portugal. Para todos os participantes vao os parabéns de Voz Portuguesa e do Fórum Português.

Capitao da ACDC Seniores Recebe os Prémios

ACDC, equipa vencedora do Torneio Dia de Portugal

Campeões Juniores-Vasco da Gama

Equipa de Trabalhos-Manuel Esmeraldo,Orlando Lúis,Isaque da Silva,Michael da Silva,Nile Pereira,Eduardo Correia

Beneficência do Cabo

Depois de Voz Portuguesa ter falado com o Padre Ivaldo, ficou a curiosidade de saber mais sobre o Portuguese Welfare, que nasceu há 23 anos. E assim num encontro com Dulce Pereira, Teresa Araújo e Alberto Gonçalves ficámos a saber mais sobre este Centro de apoio à nossa Comunidade necessitada. Hoje o Centro Português de Cultura e Beneficência do Cabo é a fusão de duas organizações existentes até 1998, Beneficência e Centro Cultural e Social Luís Vaz de Camões, este sob a liderança do capelão da Comunidade. Em 1998 depois de serem analisados e ponderados diversos factores deu-se fusão, com a respectiva alteração às constituições e assim nascia um Centro muito mais forte. Com o dinheiro que foi restando depois das ajudas concedidas, (dinheiro esse de festas e de angariações junto de empresas), foi comprada uma propriedade em Parow e adaptada para sede da Instituição. Tem uma casa onde os portugueses se podem encontrar diariamente, e onde 3 famílias necessitadas coabitam neste momento, um salão de festas com capacidade para cerca de 200 pessoas, cozinha, etc.. Portuguese Welfare ajuda presentemente 15 famílias mensalmente o que implica cerca de 50 mil randes mensais. Há uma cláusula da Constituição que salienta que a ajuda prestada é só concedida por três meses depois de devidamente comprovadas as necessidades , mas há casos em que essa cláusula não pode ser aplicada e a ajuda permanece mensalmente. Não é só por três meses que as pessoas precisam de ajuda, são idosos carentes de tudo, é um acto de caridade ir olhando por eles. Todos quantos colaboram neste Centro fazemno gratuitamente, “não se dispende um cêntimo para pagar qualquer trabalho que tenha que ser efectuado dentro ou fora do Centro, diz-nos

o Alberto”. Mensalmente é organizado um almoço oferecido aos idosos onde quem os acompanha pode também participar da refeição contra um pagamento módico e ainda as crianças do Orfanato de Sta. Agnas. Mas há ainda outro tipo de ajuda concedida à nossa comunidade, a moral, internamento de doentes, dependentes da droga,etc. que parece ser um dos grandes problemas também de momento. O Centro ajuda só portugueses, de outras nacionalidades se estiverem ligados por laços do casamento. Depois da nossa conversa foi feito um apelo muito especialmente aos nossos portugueses da Cidade do Cabo….Se precisarem de um empregado até especializado, contactem o Centro pois os pedidos de ajuda para encontrar um trabalho chegam aqui diariamente…..Um outro pedido feito por estes três elementos, o de pessoas que tenham dependências e que as queiram alugar, em muitos casos torna-se difícil a muitas pagarem a renda de um apartamento. Aqui ficam os contactos: Dulce Pereira 083 440 9783….Teresa Araújo 073 174 1955.

Centro Português-Padre IvaldoTeresa-Alberto-Dulce

ATENÇÃO

Portugueses de Londres procuram familiares na África do Sul: José Coelho de Lisboa e Conceição Afonso Miranda Coelho de Montalegre, Vila Real, casados, sem filhos a viver num Lar de Idosos.Tem alguém conhecimento do paradeiro deste casal? Qualquer informação poderá ser enviada para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Tel. 082-576-3260


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Castelo Branco, 9 de Junho de 2011 Dia de Portugal em Port Elizabeth Portugueses e luso-descendentes,

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a cidade de Castelo Branco, do interior profundo de Portugal, dirijo uma mensgem de saudação aos Portugueses da Diáspora, aos que levam o nome de Portugal pelo Mundo for a. As Comunidades da Diáspora são núcleos de cidadãos do Mundo, mas também embaixadas de Portugal que, pelo valor do trabalho e pelo espírito empreendedor dos seus membros, enobrecem o nome do País e dão um contributo fundamental para o seu prestígio no estrangeiro. Portugal atravessa hoje uma situação difícil. Todos não somos demais para ajudar a nossa terra, a terra das nossas raízes. Mas há razões de esperança. Uma delas é, precisamente, a vitalidade das Comunidades Portuguesas. A Nação portuguesa tem mais de um terço dos seus membros no exterior, Portugal está no Mundo inteiro. Isto constitui um capital que temos de saber aproveitar, na convicção de que o País pode contar com o apoio de todos os seus filhos para superar os desafios que enfrenta. Apelo, assim, aos Portugueses da Diáspora, que em outras ocasiões da História nunca faltaram com o seu auxílio, a que apoiem o nosso País. Acrediren que esra Pátria, que é de todos, constitui um destino com grandes potencialidades, para onde podem canalizar o vosso investimento, o vosso talento, o vosso espírito empreendedor. Aquele que emigrou era, por natureza, um inconformista. Aspirava a mudar de vida, não se resignou. É esta nota de inconformismo e ambição que importa sublinhar como exemplo

As Comunidades da Diáspora são modelo de quem nãi espera passivamente, de quem não aguarda que sejam outros a resolver os seus problemas. Para que o vosso exemplo frutifique em benefício comum, é fundamental reforçar os laços de Portugal com os Portugueses no estrangeiro e com os luso-descendentes. Ao longo do meu mandato, nunca me resignei a um estado de afastamento mútuo e de ignorância recíproca entre Portugal e as suas comunidades no exterior. Neste contexto, a lingual e a cultura portuguesa, bem como as nossas tradiçõea, devem ser acarinhadas, pois constituem um traço de identidade que nos irmana e aproxima, uma união que devemos cultivar e aprofundar. Existem já diversas iniciativas que, seja no plano cultural, seja no plano empresarial, procuram manter vivos os laços da Diáspora a Portugal. Agora, numa altura difícil, devemos, como nunca, fortalecer esses laços. Portugal precisa de vós, Portugal precisa de todos os Portugueses. De todos eles,, de cada um deles, onde quer que se encontrem. Mesmo nas partes mais recônditas do globo, existem Portugueses talentosos e experientes que revelam uma extraordinária capacidade de adaptação às suas comunidades de acolhimento. Portugal necessita do seu contributo. Como Presidente da República, conhecedor do enorme potencial que a rede das nossas Comunidades representa, apelo aos Portugueses da Diáspora. Este é o Dia de Portugal, da vossa Pátria. Este é o vosso Dia. Celebremo-lo, todos, com o melhor que temos para dar.

Cavaco Silva

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Jornal Da Comunidade Portuguesa Na África Do Sul / Portuguese Community Paper of South Africa

ORGULHOSAMENTE PORTUGU S / PROUDLY PORTUGUESE

O FÓRUM PORTUGUÊS e VOZ PORTUGUESA associam-se com a maior alegria e satisfação às celebrações do DIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA e todos os seus filhos dispersos pelo vasto Mundo da Diáspora e que hoje, juntos, comemoram. O Dia da sua terra–natal e o berço das suas tradições, costumes e cultura. . Como organização comunitária, O FÓRUM PORTUGUÊS tem vindo a trabalhar por dar aos PORTUGUSES UMA VOZ diante de quem de direito, para usufruirem dos benefícios que a CONSTITUIÇÃO SUL-AFRICANA nos concede e garante. Unidos seremos mais úteis a todos NÓS e à COMUNIDADE GLOBAL. E vamos continuar a trabalhar nesse sentido, com a vossa ajuda e o vosso apoio.

Dia 12 de Junho a Comunidade Portuguesa em Port Elizabeth teve oportinidade de celebrar o Nosso Dia com pompa e circunstância, como se costuma dizer. Há mais de 20 anos que isso não acontecia….embora se celebre todos os anos o Dia de Portugal, pois é uma data que nenhum português pode esquecer, palavras de José Alves. Mais uma vez houve a estreita colaboração do Consulado do Cabo, para que a nossa Comunidade nesta cidade também ela tivesse um Dia diferente daquilo que tem sido ao longo dos anos. Almoço bem português, sardinha assada e espetada, saladas, doces, tudo acompanhado com muito patriotismo, alegria, camaradagem e amizade. Foi uma tarde memorável de fados, (relembrando a canção de Bonga … tenho uma lágrima ao canto do olho… foi isso mesmo que aconteceu na tarde do dia 12 de Junho em P.E.), fados interpertados por Luísa Fernandes e Luís Santos, acompanhados por Arnaldo Carvalho, Manuel Augusto (dupla de vozes e de cordas que actuou na A.P.C.da Boa Esperança na noite de 10 de Junho). Houve ainda espaço para artistas que fizeram parte da comitiva Consular fazerem o gosto ao dedo, como foi o caso de Letícia e de Carlos Aguiar… saltaram para o palco cantaram modas populares e outras canções que foram do agrado geral (ou da maiora, dos presentes), onde até o pé de dança entrou. Também por aqui não houve muitos oradores, salientamos excertos do discurso do Senhor Cônsul-Geral de Portugal : “ Gostaria por isso de destacar o espírito de todos envolvidos nesta Comemoração e de reconhecer o papel importante que desempenham para o fortalecimento e união da nossa Comunidade em Port Elizabeth.” O presidente do Club Português Sr. Nóbrega, por seu lado agradeceu a preseça do Dr. Jorge da Fonseca e de toda a sua comitiva ida de Cape Town e a oportunidade concedida pelo

Consulado na realização deste Dia de Portugal, um dia que vai perdurar durante muito tempo na memória da nossa Comunidade naquela cidade do Índico . Nota muito positiva para a diferente abordagem do nosso Consulado. Muito mais perto da nossa gente.

Jose Alves,Consel Dr.Jorge Fonseca,Consul Honorario John Vieira

Leticia e Carlos Aguiar animando a festa

Aspecto do Salao


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Inaugurado Padrão a Camões e aos Portugueses

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om muita alegría e orgulho a Associação Portuguesa de Futebol, Cultura e Recreio de Vanderbijlpark e o CônsúlGeral Português Dr Carlos Pereira Marques inauguraram um padrão em homenagem a Camões na sede da AFP em Vanderbijlpark no dia 16 de Junho. Os hinos nacionais foram cantados durante o içar das bandeiras Portuguesa e da África do Súl, seguindo-se a inauguração do Padrão oficialmente com o Dr. Carlos Pereira Marques, a remover a bandeira Portuguesa da Placa com um pequeno discurso em que falou da importância da cultura portuguesa e de nunca esquecermos as nossas raízes,pois espalhados pelo Mundo, somos Portugueses tambêm. Seguiu-se o almoço, tendo falado Quintino Valente para os agredecimentos aos patrocinadores do Padrão, que foram os seguintes: Família Carlos Vicente, Família Dias, Família Tavares, Familia Bekker, José Mortagua, Quintino Valente, Francisco Ferreira, João da Encarnação, Paulo Milho e Dinis d Silva que referiu que a idea de realizar esta obra, só foi possível devido ao apoio e participação de todos que se envolveram com a APF, e a idea do Vice-Presidente, Snr. Américo Flora de construir

este padrão para um dia os nossos netos e bisnetos poderem entender que, nós como uma comunidade, queremos que eles tenham orgulho também em serem Portugueses. O Sr. Cônsul nas suas palavras destacou que a APF pode orgulhar-se da obra, salientado que cada vez que APF for visitada por entidades portuguesas há sempre alguma coisa que se realizou de novo na Agremiação de longas tradições históricas. Artigo por Jorge Martins

A placa comemorativa do padrão

O Cônsul Português junto do padrão

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Dia de Portugal - Núcleo de Arte e Cultura No passado dia 11 de Junho teve lugar a celebração do Dia de Portugal, tembêm conhecido pelo Dia de Camões, na sede do Núlceo de Arte e Cultura de Joanesburgo. Entre convidados presentes, esteve o Embaixador de Portugal na África do Súl, Dr. Ramos Pinto, o Cônsul-Geral de Portugal, Dr. Carlos Pereira Marques, comendadores e personalidades da nossa Comunidade. A abertura e os agredecimentos foram dados pelo presidente do Núcleo de Arte e Cultura, Sr. Tony Ramos a que se seguiu o Hino Nacional da África do Súl e o Hino Nacional Português cantados pelo grupo de escuteiros do Núcleo de Arte e Cultura que tinha ao lado o Senhor Embaixador Dr Ramos Pinto e em frente a chama acesa que simbolizava a Chama Da Pátria. Durante o jantar bem à portuguesa foi acpmpanhado com actuações diversas que animaram o ambiente como “belly dancers” que apresentaram um espectáculo de dança com fogo. Com a sobremesa foram feitos os

agradecimentos pelo presidente da Federação das Comunidades Portuguesas na África Do Súl, Alexandre Santos, que destacou a importância de nos lembrarmos da nossa cultura e uma breve história de Luís de Camões, e o seu patriotismo. E assim como Camões, nós tambêm nós deveríamos evidenciar-nos, como Portugueses e ter orgulho nas nossas raízes. O Senhor Embaixador Dr Ramos Pinto, usou da palavra para dar a sua mensagem de comemoração da data, relembrar os Jovens que na África do Sul se evidenciaram no sector de Educacação e Desporto em 2010. Os jovens que se destacaram foram chamados um por um, para serem agraciados com medelhas e diplomas de mérito. O resto da noite foi ocupada pela presença do Rancho Folclórico de Troyville, um par de canções de Leandro Coimbra e musica ao vivio do grupo Duo Joviais. Artigo por Jorge Martins

Os Escuteiros e o Embaixador Dr Ramos Pinto a cantar os hinos nacionais

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O Embaixador Dr. Ramos Pinto e o Cônsul Dr. Carlos Pereira Marques, com os jovens que receberam medalhas e diplomas

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Julho 2011

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DIA DE PORTUGAL EM JOHANESBURGO Esre ano, como aconteceu em anos anteriores as instalações da agremiação cultural Terras do Norte, foram palco do início das celebrações do Dia de Portugal. O facto merece certo relevo, pois tratando-se de um grupo devotado ao nosso Folclore, raízes do nosso povo, nenhum local português estaria melhor harmonizado do que este alfobre de cultura genuina. Estiveram presentes personalidades ligadas à vida associativa, a que não faltou o CônsulGeral e de Sua Ex.ma Sebhora e muita gente que, como habitualmente enche as amplas instalações deste berço de cultura tradicional portuguesa na África do Sul. A cerimónia de abertura das celebrações foi simples, mas plena do patriotismo que os Portuguses emigrados nesta terra sabem sentir, viver e manifestar. O presidente de Terras do Norte, Senhor João Adão proferiu palavras alusivas ao acto, breves mas cheias do mais acrisolado amor e saudade ao nosso Portugal Europeu. A casa do Embaixador de Portugal na África do Sul é a sua reseidência oficial, mas um espaço onde os Portugueses se sentem como sendo da Família. Esta opinião que mais do que isso é uma certeza que consola e anima os nossos compatriotas, porque lhes dá o sentido de posse e de presença, aproximando-nos a todos do nosso Portugal quase milenário que somos. Nada de estranhar, pois que no DIA DE PORTUGAL o Embaixador do nosso país na África do Sul. tenha reunido, como alias acontece sempre nesta data do maior significado para toda a Nação Portuguesa dispersa pelo vasto mundo da emigração, alguns portugueses da nossa sociedade para com ele brindarem pelo nosso Velho Portugal. O elegante e clássico edifício da Embaixada em Pretória de jardins bem cuidados e onde a verdura tem primasia, que ao lado anexa as instalações da Chancelaria, modernos e funcionais, acolheu Portugueses, autoridades Sul-Africanas e amigos neste país, a que a excelente maneira de bem-receber de Sua Ex.ª o Embaixador Dr. Ramos Pinto e Sua Ex.mª Senhora, Embaixatriz Moncada, inexcedíveis anfitriões da genuina gente portuguesa, deu um cunho de requintado timbre nesta arte de acolhimento. Sua Ex.ª o Senhor Embaixador Dr. Ramos Pinto proferiu algumas palavras em Inglês para saudar e dar as boas-vindas aos convidados de expressão na lingual sul-africana, o Inglês, pedindo depois permissão a todos para se dirigir ao povo do país que representa, no seu idioma. A sua mensagem foi simples e feita em linguagem igualmente simples, mas bem clara. Referiu com ênfase o papel e a importância da Comunidade Portuguesa, na África do Sul, pelo trabalho, pelo investimento, pelos laços históricos que ligam os dois paises, não esquecendo a relevante importância que

a Língua Portuguesa tem nesta vasta e rica regiâo austral do continente africano. Sucintamente referiu-se ainda à situaço de crise económica que o nosso Portugal milenário atravessa, vincando o papel que o Portugal da Diáspora deve e pode desempenhar no arranque para a libertação do País das grilhetas que parece quererem estrangulá-lo nas artimanhas da sua ferocidade impiedosa. Mensagem ciente e consciente. Tomou depois a palavra o Senhor SubDirector Geral do Ministério das Relações Internacionai da África do Sul, Senhor Embaixador Ngombane que dissertou sobre as ligações histórico- ulturais das duas nações e que datam de há séculos. Notou a importância da Língua, dos Laços Comerciais, da proximidade Geográfica de Moçambique, onde se fala o Português e deu ênfase ao excelente actual relacionamento de Portugal com a África do Sul. Sua Ex.ª o Embaixador e SubDirector-Geral das Relações Internacionais da África do Sul, Senhor Ngombane deu uma lição de História aos presentes, dissertando sobre contactos que os Portugueses tiveram no passado, nos anos de Quinhentos. Os presentes usufruiram ne uma atmosfera bem Portuguesa e de um convívio fraterno e amistoso.

Embaixador de Portugal e Snr Embaixador Ngombane

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De PORTUGAL... nas ROTAS DA PAZ

Caros Amigos Tal como prometi no nosso primeiro “encontro”, cá estou de novo a partilhar algumas das coisas que tenho aprendido e me têm ajudado. Ao longo da minha vida, tal como vós certamente, sempre encontramos pessoas de diversas idades procurando. Procuram a felicidade, a alegria, a realização pessoal através do trabalho, da companhia, da riqueza, enfim, muitos passam 70, 80 ou mais anos à procura, sem nunca conseguirem encontrar. Porquê? Simplesmente porque procuram nos sítios errados. É fácil e está tão perto. Tão perto, que nem nos apercebemos disso…Tudo o que nós precisamos está dentro de nós. Então porque procuramos fora? Simplesmente porque não o sabemos. Nunca ouvimos falar dessas coisas, antes pelo contrário, nascemos e crescemos a ouvir dizer: Se eu tivesse dinheiro, seria feliz. Se eu tivesse filhos, seria feliz. Se eu encontrasse a pessoa ideal, seria feliz. Se... se... se.... E nada disso é verdade. Tudo o que vivemos de bom ou menos bom nos ajudará a crescer interiormente e assim, a atingir o que nos propomos: A nossa paz interior. As dificuldades ao longo desta nossa “viagem” serão mais facilmente contornadas, e devemos sempre pensar que, o que aconteceu ontem, a semana passada, o ano não passado, ao longo da nossa vida só serve exactamente para nos ensinar algo e nada mais. Façamos o que fizermos jamais conseguiremos alterar nada do que já passou, só poderemos única e simplesmente aprender. Nos dias de hoje, as pessoas queixam-se das alterações do tempo, dos tornados, dos terramotos, dos tsunami, etc… mas isso não é nada mais do que a terra a dizer que está farta. Farta de ser maltratada. Da mesma forma, o nosso corpo nos vai informando quando algo está errado. São as dores de cabeça, de dentes, são as pernas, a coluna, pois é, tudo isso são avisos do nosso corpo e nós não ligamos. Vamos ao médico, tomamos uns comprimidos, as dores

passam e ficamos todos contentes. E depois quem pára para analisar exactamente qual a causa das dores? Ninguém, até às próximas dores e às doenças mais graves... e só então e finalmente somos obrigados a ter tempo para escutar o nosso corpo. Somos forçados a isso, ficamos meses de cama e muitas vezes acaba tudo aí... Então porque não paramos antes? Porque não arranjamos um pouco de tempo para nós? Porque não começamos a pensar que somos “gente”? Porque não fazemos horários contando com a nossa pessoa? Por exemplo: levar crianças à escola, emprego, compras, EU? Já estão a pensar: Não tenho tempo! Pois, a maior parte das pessoas só pára quando já é tarde demais. Depois são obrigados a ter tempo... Já alguma vez deu por si a pensar porque está na terra? O que faz aqui? Qual o seu objectivo como ser humano que é? É muito fácil, obviamente que raramente alguém sabe responder, porque o objectivo principal do ser humano é única e simplesmente CRESCER, EVOLUIR… nada mais do que isso… Que acontece se tivermos uma flor em casa e não a regarmos? Se ela não crescer? MORRE, claro. Com o Ser Humano acontece exactamente o mesmo, se não crescer, não evoluir, morre. E isso não é propriamente crescer em tamanho claro, mas sim “crescer interiormente”. Jesus Cristo (independentemente de acreditarem nele como filho de Deus ou não), foi de facto um Ser especial. Já Ele nos ensinou isso muito simplesmente ao afirmar que “As duas verdades principais do Ser Humano são AMAR e ter FÉ”. Porque será então que o Ser Humano teima em complicar as suas próprias vidas? Diz-se que quando o Ser humano tiver aprendido a amar-se a si próprio e aos outros plenamente, então terá dominado a matéria e nada mais será necessário. Por isso mesmo não devemos esquecer que estamos aqui para cuidar da nossa própria evolução e não da dos outros. É só por nós que cá andamos. É só por nós, para crescermos que cá andamos. Isto não quer dizer que devamos pensar só em nós, não, quer dizer que devemos amarnos para podermos amar o próximo também. E é com muito amor que me despeço... até ao nosso próximo “encontro”. Já sabe que me pode contactar através de e-mail para: rotasdapaz@gmail.com Ana Maria Thomä visite-me em: rotasdapaz.blogspot.com

Celebrações do Dia De Camões no Luso-África Apesar do frio da manhã, o sol emergiu e fez calor sufficiente para as pessoas que estiveram presentes nas Festividades no Luso-África este passado dia 12 de Junho, onde não faltaram muitas farturas, pregos, espetadas, caipirinhas e sorrisos para acompanhar. As equipas de football dos jovens competiram, e provaram-nos que são os campeões de amanhã com muitas possibilidades, as barracas estavam constantemente occupadas e felizmente não houve falta de comida nem bebidas. Foi realizada, também uma sessão atlética de crianças entre as idades de 6 e 12 anos, sem dúvida, com possibilidades de um dia competirem a nível olímpico. Uma das atracções do dia foi a chegada de cerca de 400 motorizadas a maioria das quais pertencente ao grupo do “Harley Davidsons Owners Group”, entre outros grupos presentes. Houve ainda várias actuações de artistas amadores e profissionais como por exemplo, Roberto Adão e Varuska e subiram ao palco, tambêm, o Grupo Falclórico de Troyville e o Grupo Falclórico dos Poveiros. Artigo por Jorge Martins

Camisola e medalhsas recebidas pelos participantes

Os jovens fizeram o melhor para enterter com o desporto.

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Julho 2011

A NEVE – BALADA DA NEVE O autor desta bela poesia é Augusto César Ferreira Gil ( 1873-1929), nascido em Lordelo do Ouro no Porto, morreu na Guarda, onde estudou, onde viveu a maior parte da sua vida, formando-se em Direito na Universidade em Coimbra. Augusto Gil foi influenciado pelas escolas do Parnasianismo e Simbolismo, pelo Lirismo de António Nobre e a sua poesia insere-se numa perspectiva neo-romântica nacionalista. Esta poesia classificada como « Linda, sofrida, enternecida, de fantástica sensibilidade, bem ao jeito do poetar português, que arranca lágrimas de quem a

lê, quando clama aos céus e pergunta-Por Que?!» Poema comovente, pela carência de uma criança cujos pezitos inocentes, frios, gelados abriam sulcos compridos na face branca da neve…Estamos no inverno que se mostra de previsões duras e impiedosas e há tantas crianças desprotegidas, abandonadas, sem casa, sem abrigo, sem umas simples sandálias a resguardar os pés das agruras do caminho ou de uma mão que lhes afague as faces duras, desfiguradas e sedentas de um meiguice…Sejamos generosos e solidários, a poesia aí fica como motivo de reflexão!

Batem leve, levemente, como quem chama por mim… Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente, e a chuva não bate assim…

Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza, que mal se ouve, mal se sente? Não é chuva, nem é gente, Nem é vento, com certeza.

Olhoa-a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho. Passa gente e, quando passa, os passos imprime e traça Na brancura do caminho…

E, descalcinhos, doridos… a neve deixa inda vê-los, primeiro, bem definidos, -depois em sulcos compridos, porque não podia erguê-los!...

E uma infinita tristeza, uma funda turbação entra em mim, fica em mim presa. Cai neve na natureza… -e cai no meu coração.

É talvez a ventania, mas há pouco, há pucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho…

Fui ver. A neve caía do azul cinzento do céu, branca e leve, branca e fria… Há quanto tempo a não via! E que saudade, Deus meu!

Fico olhando esses sinais da pobre gente que avança, e noto, por entre os mais, os traços miniaturais de uns pezitos de criança…

Que quem já é picador Sofra tormentos…enfim! Mas as crianças, Senhor, Porque lhes dais tanta dor?!... Porque padecem assim?!

Augusto Gil – Luar de Janeiro, 1909

Na busca da nossa identidade

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iógenes de Laércio, um velho pensador da Grécia, deambulava, pelas ruas da cidade branca, sobranceira ao Mar Egeu, em pleno dia, com o sol mediterrânico a escaldar e empunhando uma lanterna acesa cuja luz se apagava perante tanta e ofuscante luminosidade. Os transeuntes estranhavam aquela figura de homem avisado em tal atitude e, alguém lhe dirigiu a pergunta: Diógenes, que procuras a tal hora fo dia e com tanta azáfama e interesse ? Ando à procura de um HOMEM! Muito estranho que em pleno dia, sol brilhante e mordaz, Diógenes tivesse necessidade de usar uma lanterna, para poder encontrar um HOMEM. Mesmo assim,

não conseguiu encontrar o que procurava tão aturadamente. Porquê ? Porque na Grécia do seu tempo já não os haveria, ou seria muito difícil de os encontrar. Já lá vão cerda de dois milénios e meio e a escassez de HOMENS subiu na quota do quase infinito. Hoje, nem com mil lanternas se encontrará facilmente um HOMEM, quer de dia e muito menos de noite, a não ser que se altere o conceito de Homem a que Diógenes se referia. Para já porque o HOMEM, como universal perdeu muito, mesmo muito do conceito lógico e o conceito de homem como prototipo de macho ou do sexo masculino, para o diferenciar da fêmea ( mulher ) sexo feminino deixou de ter peso científico porque os géneros mesmo gramaticais nada mais são que um nome a que nada corresponde na realidade, pois os seres humanos não se diferenciam ou distinguem pelo género, mas sim palas suas tendências sexuais, pelo que uma mulher pode ser macho e um homem pode ser fêmea, dependendo das suas apetências ou inclinações instintivas mórbidas. Na sua maioria o HOMEM perdeu as suas qualidades ancestrais de Honradez, Fidelidade, Sujeição à palavra dada, Respeito pelos compromissos assumidos, e pelos Valores da Família, Pátria e Deus. Neste alheamento total as sociedades afundam-se na loucura pelo dinheiro, pelo poder, pelo luxo e prazer, num egoísmo selvagem e feroz que nada nem ninguém respeita. A nossa Comunidade também anda azafamada a tentar encontrar a sua

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identidade. Somos Portugueses, somos Madeirenses, somos Africanos, somos Europeus, somos Luso-Sul-Africanos ou Sul-Adfricanos-Lusos? Que somos afinal?! Pergunta pertinente, incisiva a que se torna urgente dar resposta da qual dependerá, por certo, a nossa atitude e nossa linha de rumo a seguir, de ora avante. Ainda não nos demos conta de que o mundo se encontra em acelerada e vertiginosa mudança e de que a mudança acarreta, implica e exige a capacidade de reflexão em nos adaptarmos a novas situações que exigem atitudes mais dinâmicas e mais conscientes. Se assim não fizermos, corremos o risco de nos deixar ultrapassar e ficar para trás na estrada da vida. Vejamos o que acontece em redor de nós e em todo o mundo, incluindo o nosso Portugal e aqui mesmo na África do Sul. Será que não nos apercebemos de quanto as mudanças nos afectam na vida do dia a dia, na carestia de vida, nos empregos, na educação dos filhos, nas relações sociais, nos negócios, nas leis que temos e poderemos vir a ter, enfim, em todas as acções que habitualmente praticamos? Que fazer? Entrar em pânico? Desesperar? Reemigrar? Desmantelar a vida organizada e estável que ao longo de anos construímos e alicerçámos mesmo com sacrifício e demandar outras paragens, enganosamente mais verdes e promissoras? Nada disso. Quando a Família enfrenta uma crise o que faz? Os seus membros reunem-se, juntam-se,. dialogam e reflectem

sobre o problema para que uma ideia mais clara surja dessa comunicação colectiva. Depois disso, certamente, que cada um dos membros na Família tem uma visão mais clara da dita crise e cada um, também, tem, segundo o seu saber e experiência, posição e relações, mais capacidade para apresentar uma solução. Encontrada a solução definese a estratégia a seguir para se atingir o fim desejado. Individualmente, dificilmante se consegue o fim que se pretende e deseja, mas colectivamente, com a participação, o trabalho e a capacidade de cada um a agir como um todo, as coisas resolvem-se, as dificuldades são vencidas e ultrapassadas e a vida volta ao normal. Isto mesmo se passa com as sociedades humanas. Organizadas, estruturadas, com a ajuda e participação de cada um dos seus membros e das suas diversas instituições, oraganizações, clubes, associações, essas comunidades humanas, vencem, sem qualquer dúvida, as dificuldades, crises, obstáculos com que se defrontam numa comunidade maior, se respeitarem a lei constitucional, se agirem como um todo, como Comunidade, sem a interferência de política partidária, mas cientes das manobras políticas e suas estratégias. As Comunidades Humanas, como tal, vencem todas as tempestades, tufões, ciclones e avalanchas. A experiência isso mesmo nos ensina e a História demonstra e comprova. O resto nada mais é do que verborreia barata, um « desconchavo », parafraseando o grande polígrafo Camilo Castelo Branco.


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Dia da Mãe na ACPP-Alegria e Amor Foi uma dia de sol e uma temperatura amena e confortável, que se faziam sentir nas instalações da ACP em Pretória, à medida que os comvidados íam chegando. À entrada eram esperados por um fotógrafo estrategicamente ali postado para a fotografia da MÃE e dos familiares, que depois lhes seria entregue durante o decorrer das festividades. As mesas na sala estavam decoradas com flores vermelhas com destaque para as toalhas pretas que davam mais a sensação de um almoço de gala e não de um manjar frugal e bem confeccionado a celebrar o Dia da Mãe. O almoço processava-se normalmente quando a banda A NAIFA estava prestes a iniciar a sua actuação no palco, mas deu ainda para uma troca de palavras com os seus elementos. Embora vocacionados para` o Fado, o conjunto interpreta música jazz e pop, Mais voltada para as preferências dos Jovens que tentam atrair como adeptos e cultivadores das suas melodias. Foia a sua primeira digressão à África do Sul, mas com compromissos marcados para a Bélgica, República Checa, França e com mais de 100 actuações na Europa. O convite para se deslocarem à África do Sul veio do Embaixador de Portugal em Pretória, Dr. ramos Pinto, embora a Associação Cultural Poortuguesa da capital Sul-Africana, tenha patrocinado o acontecimento. Artigo por Jorge Martins

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The Bigger Picture It is always interesting to know what other like-minded citizens have to say about a certain subject, and what the overall feeling is over a situation. We will also benefit from it in terms of statistical information about our community. This is why a new poll will be held in every issue of the Voz Portuguesa, with each issue supplying the results of the poll from the previous issue. All are welcome to take part in the poll. Not only the youth. Results of the previous poll:

O groupo da NAIFA no palco a enterter

Have you completed the Portuguese Forum Mandate form yet? o Yes 49% o Not yet but planning to 51% o No thanks 0%

O almoço foi bem frequentado na ACPP

It is relieving to see that none of the respondents selected that they were not interested in completing a mandate form. The majority of the respondents, majority even by very little, still plan to… this is better than nothing and indicates their acknowledgement of and support for the Portuguese Forum and what it means. All should understand that supporting the Forum is essentially supporting the Portuguese community in South Africa as a whole. These results indicate that there is enough of a stir in the community to indicate perhaps an era of acknowledgement and awareness for the Forum. Something that both the Community and the Forum may look forward to in the next few years.

This month's poll Do you take part in or support your local Portuguese Social Club in any way at all with its events and/or initiatives? o Yes o No How to take the poll: o Email your answer to poll@vozportuguesa.org.za; o Take the poll online at www.portugueseforum.org.za; or o Write on the Facebook wall of the Portuguese Forum South Africa Group. Complete the form at www.portugueseforum.org.za/mandate.htm in order for the Portuguese community to achieve proper representation in South Africa

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A Agremiação Cultural Portuguesa no KwazuluNatal, AMIGOS DA COMUNIDADE deseja um Promissor DIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, em primeiro lugar ao Governo do Presidente Alberto João Jardim para que se sinta encorajado a prosseguir na senda do Progresso e Melhoria da Região Insular, com o apoio de todas as suas gentes no Mundo da Diáspora. E, igualmente a todos os que deixaram o seu torrão que trazem agarrado à alma saudosa e presa às belezas da sua MADEIRA. AS MAIORES FELICIDADES A TODOS OS NOSSOS COMPATRIOTAS DO CONRINENTE E REGIÕES AUTÓNOMAS, EM PAZ, HARMONIA E UNIDADE!

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Julho 2011

JOÃO MENDONÇA, Presidente do Fórum Português na Província do Noroeste, deseja um Feliz e Alegre DIA DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, berço e terra-natal, das suas tradições e cultura, a TODOS OS PORTUGUES espalhados pelo Mundo, em especial aos residentes na África do Sul que desejamos continue pacífica, próspera e promissora.

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