Junho 2013 by Gregório Pereira

Junho 2013 (vol 28)

CAPAS Nﾃグ CONTAM HISTORIAS

Crﾃｳnica

DC W.1910 Reportagem TONY HALLAM Noticias

BACK BOOK Ficha Técnica: Propriedade: Gregório Pereira Editor/ilustrador : Alex Pereira Morada: Rua 4 nº 635 4500 Espinho Telemóvel: 916081269 Mail: Shop@backdoor.com.pt Ilustração: Alexnotme@gmail.com Cargocolletive.com/alexpereira Colaboradores: Ana Luísa, João Oliveira,

O que podes encontrar:

B A C K B O O K

BACK BOOK

06 - EDITORIAL Escrito por Ana Luísa Silva

09 -CAPAS NÃO CONTAM HISTÓRIAS Escrito por João Abel Oliveira

10 - CATÁLOGO 16 - DC W.1910 Escrito por Alex pereira

20 - TONY HALLAM 21 - BACKDOOR RADIO Ana Luísa thedecitron.blogspot.com/ cibersomaletra.blogspot.com/ cinnamonpowder.blogspot.com/

Alex Pereira cargocollective.com/alexpereira

João Oliveira 1cafee1bagaco.blogspot.com/ joao.a.oliveir@gmail.com

Editorial Ana Luísa Silva

Pela tarde, ao longe, ouvem-se pregões aflitos para vender as últimas sardinhas. Gordas, brilhantes e pingonas, prometem. Isso só se saberá quando as mesmas provarem o sal e sentirem a pele a tostar nas grelhas usadas e que já vieram da parte do pai, que os ensinou a assar. O pimento não falta, seja ele barato ou a um preço mais alto que faz o comprador inspirar fundo, ao pensar que nessa semana, o maço de tabaco vai ter que render. Ai se vai! Vendedor gatuno, esse.

Mas tudo bem, o jantar tem que se fazer. A tradição manda que haja pão, sardinha, pimento e vinho à mesa. A crise que venha depois de umas boas regadelas tintas ou brancas com bolhinhas. Há sumo para os miúdos. Ou água, que os filhos dos outros têm as calças apertadas. Mas a água pesa e incha. Melhor o sumo, então. Longe vão os tempos em que se usava tal fenómeno para obrigar a canalha a comer o peixe. É que, a seguir ao jantar, os balões de papel colorido subiam quentinhos por cera derretida que ia aquecendo o ar dentro deles. Quem os via no ar, pedia um desejo. Se a concretização existia, só os crentes que o fazem, o saberão. O problema é que é proibido agora. Proíbem tudo, estes dias. Chega a festa. Quem quer vai. Quem não quer, fica. Mas jura quem vai que é óptimo. Dá para bailar, dá para cantar, dá para ser feliz. Os mais velhos solteiros - vão para micar o amor de infância que, por falta de iniciativa do próprio, se casou a quem ela se fez. Mas agora enviuvou. E que só se sente a coitada. Há-de precisar de alento e uma alminha que a alumie. Os mais novos vão para beber uns copos e bater o martelinho. A chiadeira não para. Mas o pior é o alho porro! Cheira mal e enerva. A cara dos proprietários de tal potente arma enerva mais ainda. Felizes por terem todo aquele poder verde e branco em mãos. O Jorge Gabriel e a 'soninha' - tão linda e delgadinha que ela é, ouve-se dizer - ficam para trás e os atletas começam a marcha até Matosinhos. Pelo caminho, bandas pimba, populares ou do Zé da esquina como preferirem - esforçam-se por mostrar que são diferentes dos outros e que valem a pena. Mas o povo não quer saber. O caminho é para a frente e mais adiante ouve-se a cabritinha ou o gelado da Teresa. Mas é falso alarme. Não passa de imitação rasca e abusiva. Isto de quererem usar o Quim para ganhar pontos, não vale! Andor para os macacos de imitação. Ao longe já se vê Matosinhos. O tão aguardado Molhe. Aquele, cujo mar, receberá de braços abertos os mais corajosos. Ou os mais loucos. Ou os mais bêbedos. Uns quaisquer. Ele não é esquisito e gosta de todos. Aquece-os é de maneira diferente. Mas no fim todos ganham. Uns um banhinho necessário. Outros uma refrescadela de ideias. As meninas recusam-se à aguinha, dizem que não querem estragar o cabelo. Os meninos, quais machos, fazem-se à vida. Mas o São João é assim. Praticado há anos. Festejado há anos. Lá para o meio anda sempre o santo antoninho que gosta de festa e quer amor. Vem dar uma mãozinha. É que muitos se apaixonam nessa noite. Outros apaixonamse pela noite dentro. Seja como for, festa é festa e, mesmo sem dinheiro, arranjamos sempre qualquer coisinha 7

W.1910

No âmbito da sua coleção Streetwear, DC, como uma empresa de skate credível, com links como W.1910, apresentam um novo conceito, moto inspirada numa empresa francesa, criada por Melanie Clemencon. A principal filosofia de W.1910 é baseada na reinvenção de peças de vestuário vintage utilizando estilo modernos, fabricações e detalhes.

Juntas, as duas marcas criaram o mais recente Projecto para a série Etiqueta DC. A coleção para o Verão 13 engloba um sapatilha de skate, calça chino estilo, os pilotos jaqueta de lã, tshirts e prancha.

Se existe no mundo um skater vintage, esse é TONY HALLAM. Com uma impressionante coleção de skate que inclui, stickers, fotos, revistas e mais de 800 tabuas. Ele é um colecionista! Até que ponto? Quando se ofereceu para trazer as sapatilhas para nós fotografarmos, inclusive perguntou se queríamos ver os sacos originais das compras d e s s e s d i a s ! To n y é u m colecionista obsessivocompulsivo, e disso não há dúvida. Mas também é um engenheiro qualificado que durante 15 anos desenhou skateparks. É habitual

ve-lo numa tábua na sua cidade natal, Melbourne. É um dos veteranos com mais experiência neste desporto. É graças a pessoas incríveis como Tony Hallam que a historia do skate sobrevive!