Jornal dos Bancários - nº 544 - Abril/2018

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Edição: 544 | Abril/2018

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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

A CAMPANHA SALARIAL ESTÁ EM NOSSAS MÃOS DEPOIS DO DESMANCHE DA CLT, ATAQUE AGORA É CONTRA NOSSA CONVENÇÃO

O medo é o caminho para o lado negro. Yoda

Primavera Feminista

Torneio de Futebol

Mês das Mulheres

Semeando a justiça e a igualdade

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Edição 544 - Abril/2018

#PRIMAVERA FEMINISTA

Semeando Justiça e Igualdade

Especificamente no caso das bancárias, as conquistas têm sido uma referência na luta feminista. Em nossas pautas de reivindicações exigimos igualdade de oportunidades que contemple mulheres, pessoas negras e LGTB. Durante todos esses anos de luta, as trabalhadoras conseguiram avanços de suma importância:

O mundo tem acompanhado um grande avanço na luta das mulheres por igualdade. A mobilização nas redes e nas ruas tem ganhado força com a participação de milhares de pessoas, com novos coletivos, incluindo mulheres jovens, que passaram a compreender a importância do feminismo, não apenas como um movimento antimachista, mas como um movimento que luta por direitos humanos e o respeito à diversidade. Essa longa luta, que começou a se estabelecer na Revolução Industrial, ainda no século 18, também ganha poder com a participação de entidades sociais, como os sindicatos, que tem ajudado a conscientizar as mulheres sobre sua força, seu potencial, e sobre a fundamental importância da mulher na transformação da sociedade.

A cor da violência 58,86% das mulheres vítimas de violência são negras

53,6% das vitimas de

mortalidade materna são negras

68,8% das mulheres

mortas por agressão são negras Fonte: Mapa da Violência 2015

Yes, nós temos conquistas!

› Ampliação da licença maternidade › Ampliação da licença paternidade › Auxílio creche/babá › Igualdade de Oportunidade › Auxílio para filhos com deficiência › Extensão do benefício para casais homoafetivos

Ideias são à prova de balas Djamila Ribeiro aborda o perigo do ‘achismo’ Um dia antes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (14/3), a filósofa, feminista e acadêmica Djamila Ribeiro participou de um bate-papo no SESC Jundiaí abordando justamente a questão do machismo e do racismo, ressaltando que as mulheres negras são de fato as que mais sofrem violência. Djamila lembrou que as feministas negras precisam lutar não somente contra o racismo e o machismo,

mas também contra o achismo. “Achar que o Brasil não é machista não exclui o fato de o país ser o quinto no ranking mundial em agressão às mulheres. Continuar no achismo, mesmo diante de fatos que mostram a desigualdade, é perpertuar essa desigualdade”. As lutas precisam seguir, de forma ampla e articulada, contra as várias formas de desigualdade.

O assassinato de Marielle Franco pretendia silenciar a vereadora, mas o caso ganhou repercussão mundial, transformando essa grande liderança, uma mulher negra, lésbica e de periferia, em símbolo global. Marielle foi assassinada por tudo que representava e defendia. Sua luta por justiça, inclusão e igualdade continua e se fortalece. #MariellePresente

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa

Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário Tiragem: 1.800 exemplares Impressão: Metagraff

Contato: (11) 4806-6650 Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP


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! í A Fala

A perda de direitos pode vir em dose cavalar para os bancários. A Campanha Salarial de 2018 será um dos maiores desafios dos últimos tempos travados entre empregados e patrões. O secretário de finanças da FETEC-CUT, Roberto Rodrigues, e o secretário de comunicação da Contraf-CUT, Gerson Pereira, informam como será a Campanha deste ano.

Roberto Rodrigues Qual a importância da mesa única de negociação com bancos públicos e privados durante a campanha salarial? Com a mesa única os bancários se fortaleceram, pois as conquistas foram estendidas a todos. Durante o governo FHC, os bancários de bancos públicos muitas vezes tiveram reajuste 0%, acumulando grandes perdas. A situação nos bancos privados não foi muito diferente, embora em alguns anos o reajuste foi próximo de repor a inflação. A mesa única fortaleceu a negociação e as conquistas foram para toda a categoria, dos bancos públicos e privados de todo Brasil .

Por que os sindicatos estão sendo tão atacados nesse momento? Mesmo com tantos ataques, de que forma os trabalhadores podem se fortalecer? O capital está se reestruturando em nível mundial. Segundo organismos internacionais, mais de 100 países implementaram leis que reduzem direitos dos trabalhadores e os sindicatos estão sendo duramente atacados. O trabalhador precisa participar ativamente do seu sindicato e fortalecer as ações que se realizam para manter as conquistas.

Gerson Pereira Qual a importância da Convenção Coletiva de Trabalho? A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um acordo firmado entre sindicatos de trabalhadores e patrões para estipular as condições de trabalho especiais e complementares à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Seus efeitos alcançam todos os contratos individuais de trabalho dos empregados das empresas representadas pelo sindicato patronal. Portanto, a categoria que conquista a CCT, garante benefícios melhores que o resto das categorias que seguem as regras da CLT. A CCT dos bancários, especificamente, é negociada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. Após anos de lutas, os bancários garantiram conquistas, como a PLR, 13ª cesta básica, auxílio refeição,

pisos salariais maiores, licença paternidade de 20 dias e licença maternidade de 120 dias. Quais são os maiores desafios dessa campanha? Este ano a Campanha Nacional dos Bancários será diferente de todas as outras, por ser a primeira após a aprovação da Reforma Trabalhista. A primeira mudança é a antecipação da campanha, já que com a reforma acaba a ultratividade. Portanto, o principal objetivo da categoria bancária será a manutenção dos direitos, conquistados historicamente com uma luta de mais de 30 anos. Vale ressaltar que esse ano nossa minuta será de reivindicações definida em junho, e nossa data-base antecipada para agosto.

Você sabe o que é Ultratividade?

A Ultratividade existe para manter a vigência de um acordo depois da validade vencida. Quando a Convenção Coletiva expirava, os direitos previstos continuavam a valer. Com a Reforma Trabalhista a ultratividade acabou. Justamente como os bancos queriam, com exclusão de direitos logo que a validade do acordo termine. Portanto, a partir do dia 1º de setembro não haverá garantia de todos os direitos conquistados até que renovemos a Convenção Coletiva, item a item. E isso representa um grande prejuízo para todas as categorias.


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Convenção coletiva dos Bancários Segurança Bancária Acordos dos Aditivos Direito à Greve Mesa Única de Negociação

Campanha Nacional 2018

divulgação de Ranking

Início

DEPOIS DO DESMANCHE DA CLT, ATAQUE AGORA É CONTRA NOSSO ACORDO COLETIVO. Depois de desestruturar a CLT, eliminando direitos básicos do trabalhador brasileiro, a aprovação da Reforma Trabalhista, imposta pelo governo Temer e financiada por empresários e banqueiros, agora mira na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. Única categoria do país com Contrato Coletivo em nível nacional, a partir de 1º de setembro cerca de 470 mil bancários correm o risco de sofrer prejuízos em direitos conquistados, incluindo PLR, tickets e aumento do piso salarial. “Nossa CCT possui 71 cláusulas, construídas ao longo de décadas de lutas e greves. A reforma trabalhista, que teve intensa participação dos bancos, pretendeu exatamente retirar direitos e é isso que as empresas querem, agora, consolidar nas Convenções coletivas”, diz Douglas Yamagata, presidente do Sindicato em Jundiaí. Ele lembra que a categoria também pode perder os acordos aditivos. “Muitos bancos desejam remover cláusulas de suma importância, como o que vem ocorrendo com os planos de saúde”, alerta o presidente.

Ticket Refeição e Cesta Alimentação

T R O

S

m Co ão i n u nt a gar ir d S

Auxílio Creche


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e/Babá

REV

ÉS

PLR

Você Perd eu tu Voltedo! ao início

Piso da Categoria

Igualdade Oportunidade

Envio de mensagem fora do expediente

m a cê vo us se u i t tos i e r em a Sig nte! fre

Proteção ao Assédio Moral

TE

? ??

Ampliação das licenças Maternidade e Paternidade

Plano de Saúde


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Itaú

SANTANDER

“Eu quis dizer, você não quis me escutar”

Santander, não somos máquinas! Mais uma vez o Sindicato precisou atuar contra a fraude nas marcações de ponto dos funcionários do Santander durante a abertura de contas de estudante em campanha universitária do banco. Após atuação do Sindicato o banco corrigiu a fraude no registro. De acordo com denúncias, havia orientação para que o ponto não fosse marcado corretamente, o que impedia o registro das horas extras. O Sindicato informa que em nenhuma hipótese os bancários devem deixar de assinalar a jornada do ponto eletrônico. “Já obtivemos denúncias de que os funcionários estariam sendo orientados a não marcar o ponto com a promessa de uma folga posterior”, alerta o diretor Natalício Gomes, o Natal.

O Itaú começou a telefonar para os clientes e confirmar se a compra de produtos e serviços foi autorizada e feita de forma correta pelos funcionários. Mas isso está gerando muitos problemas em razão da maneira como é realizado. Se o cliente não lembra de detalhes da venda, ou se transmite alguma informação confusa, o banco pune o empregado que realizou o negócio. O Itaú não ouve o lado do funcionário.

Para Letícia Mariano, funcionária do banco e diretora do sindicato, “para ser justo tem que ouvir o outro lado. O funcionário deve ter o direito de explicar sua versão e esclarecer qualquer dúvida. Nas ligações para confirmar os negócios, o cliente pode se confundir, não entender direito, e isso pode levar a consequências erradas. Se houver constrangimento ou penalidade injusta, os funcionários devem denunciar aos diretores do sindicato, pelo telefone 4806-6650. O sigilo é garantido.

Caso isso ocorra novamente, os trabalhadores devem entrar em contato com o Sindicato. A denúncia é sigilosa.

Almoço com as galinhas Em algumas agências do Santander existe a determinação para que os vigilantes terceirizados façam seus horários de almoço fora do horário expediente bancário para o público: às 9h ou às 16h, ou seja, de manhã ou ao final do expediente. No ano passado o Itaú também queria os funcionários almoçando com as galinhas. A medida é desumana porque

não condiz com os horários corretos de almoço, adequados ao organismo, o que pode desencadear sérios problemas de saúde ao trabalhador. “Embora a empresa do vigilante seja terceirizada, o banco é o responsável, pois o funcionário está dentro das dependências da agência e trabalha para o banco”, lembra Natal, diretor do Sindicato.

ativa, excluindo o direito aos aposentados e orientou que o direito ao plano não seja mais previsto em edital de concurso para futuras contratações. Dessa forma, os riscos para o Saúde Caixa são enormes. para Paulão Mendonça, diretor do sindicato, o cenário é muito preocupante. “O plano hoje possui equilíbrio e superávit financeiro. Mudar isso irá

prejudicar tanto a qualidade do serviço quanto mexer no bolso dos empregados, que terão de pagar mais. Um direito conquistado com lutas e greves não pode ser modificado numa canetada”. Os empregados, com o sindicato, devem permanecer atentos ao tema e mobilizados para resistir a esse ataque contra os direitos na área da saúde.

Caixa

Saúde Caixa sob ataque O modelo de saúde dos empregados da Caixa Econômica Federal foi uma conquista de muitos anos. No atual formato de autogestão, a Caixa e os associados são corresponsáveis pelo custeio, na proporção, respectiva, de 70% e 30%. Essa situação corre sérios riscos depois que a CGPAR, órgão do governo federal, emitiu a resolução n° 23, que pretende

limitar o custeio das empresas estatais em seus planos de assistência à saúde. A resolução estimula que as empresas tentem retirar dos Acordos Coletivos de Trabalho, firmado junto aos sindicatos, qualquer detalhamento sobre o plano de assistência à saúde. Para agravar a situação, a resolução da CGPAR definiu que o plano só deve ser oferecido aos empregados da


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Sindicato se despede de Adelmo

Fórum social mundial

Outro sistema financeiro é possível O Sindicato dos Bancários de Jundiaí esteve presente no Fórum Social Mundial 2018, realizado em março, que teve a participação de centenas de entidades sociais, sindicais e lideranças de todo o mundo. O tema desta edição foi “Criar é resistir, criar é transformar”, cujo objetivo é construir propostas e troca de experiências para enfrentar a ofensiva capitalista contra direitos sociais e trabalhistas que acontece em todos os continentes. Os representantes de nosso sindicato integraram diversos debates, principalmente, sobre o mundo do trabalho e o sistema financeiro. O evento teve cerca

de 50 mil participantes, que discutiram diversos assuntos, colocando como eixos centrais a democracia, a defesa de direitos, a diversidade e o combate às desigualdades. Segundo Douglas Yamagata, presidente do Sindicato dos bancários de Jundiaí, é fundamental encontrar e dialogar com companheiros de todo o Brasil e do mundo. “Precisamos também conhecer a realidade de cada um, trocar conhecimentos, articular e coordenar lutas que consigam enfrentar de forma local e global as políticas e ações que retirem a dignidade das pessoas”.

O ex-diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e ex-funcionário do Banco HSBC, Adelmo Luiz Sampaio, faleceu no último dia 21 de fevereiro, após ter ficado internado com pneumonia. Adelmo começou sua carreira profissional no Banco Bamerindus, onde iniciou também sua militância sindical. Era a década de 1990 e o poder de compra dos trabalhadores assim como seus direitos estavam sob intenso risco. Sampaio sempre defendeu a união e a luta coletiva da categoria e dos trabalhadores como forma

de conseguir avançar nas conquistas e assegurar direitos. Elvis Bartholomeu, diretor do sindicato, que entrou na mesma época que Adelmo na direção da entidade, destaca a trajetória de Adelmo: “Ele sempre foi alguém disposto a ajudar quem precisasse, a preocupação dele era o coletivo e fazer o melhor em defesa da categoria”. Adelmo também ocupou a função de diretor jurídico e de patrimônio do Sindicato. #AdelmoPresente

Como ficou a Contribuição Sindical 2018? De forma transparente, coletiva e democrática, a assembleia sobre a contribuição sindical, realizada em fevereiro, decidiu aprovar a proposta da diretoria do Sindicato para que não haja o desconto neste ano. O objetivo do governo Temer

é enfraquecer as organizações sindicais e afastar a categoria do Sindicato. Nesse momento é importante dialogar a fim de encontrar caminhos para manter a luta e o Sindicato forte em defesa do emprego e dos direitos trabalhistas.


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SINDICATO PRESENTEIA BANCÁRIAS NO MÊS DA MULHER Para celebrar o Mês das Mulheres o Sindicato presenteou 25 bancárias por meio de sorteio digital realizado no Facebook. Entre os presentes estão vouchers de viagem pela CVC, tratamentos estéticos e ingressos para boliche e cinema. Conheçam algumas das vencedoras. Em breve teremos mais sorteios. Curtam nossa página do Facebook e fiquem atentos aos próximos sorteios e notícias.


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