Jornal dos Bancários - Nº567 - Outubro/2020

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CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO

Edição: 567 | Outubro 2020

BB

S A M CHA

Ranqueamento de funcionários no Banco do Brasil

BRASIL EM CHAMAS L I S A BR EM

PG 7

Avanço das queimadas afasta investidores estrangeiros

Bradesco Bancários denunciam demissões durante pandemia

PG 6

Caixa

Qual o impacto dos incêndios no Pantanal e na Amazônia? Até onde o fogo é decorrente do clima e da ação humana? Cientista Ambiental de Jundiaí responde

Empregados Caixa poderão fazer teste para a covid-19 durante o mês de outubro

“Passando a boiada”: Deputados pedem afastamento imediato de Ricardo Salles

Veja mais na página 4 e 5

PG 7

Itaú

Outubro Rosa

Estatuto

À Beira do Caos: Funcionários estão no limite

Especialistas reforçam: ‘o câncer não faz quarentena’

Sindicato inicia processo de modernização do estatuto

Acompanhe nossa luta!

PG 3

PG 2

PG 6

/bancarios.jundiai

bancariosjundiai.com.br


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Edição 567 - Outubro/2020

‘’Trainee para negros é mais que constitucional’’, afirma presidente da Associação de Magistrados

Pandemia leva 62% das mulheres a adiarem cuidados contra o câncer de mama Especialistas reforçam: ‘o câncer não faz quarentena’

A rede varejista Magazines Luiza anunciou no dia 18 de setembro um programa de trainees exclusivo para candidatos negros recém-formados. A decisão gerou polêmica e mostrou o quanto nosso país é racista. Na mesma semana a Bayer também anunciou um programa de trainees voltado exclusivamente para negros. A juíza do Trabalho Noemia Porto, presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) defendeu a iniciativa da Magazines Luiza e disse que a criação do programa é, além de constitucional, desejável. “Vejo poucos argumentos que sustentariam o bloqueio à iniciativa. Minha convicção é a de que não existem argumentos jurídicos para barrar essa iniciativa, muito pelo contrário” comentou. Quem poderia propor uma ação? Quem poderia propor uma ação?No entendimento da presidente da Anamatra as argumentações jurídicas em relação à discriminação neste caso são praticamente inexistentes: “Quem poderia propor uma ação? Uma pessoa, uma mulher ou homem brancos que gostariam de se submeter ao processo seletivo e não puderam porque tem como pressupostos candidatos negros e negras. Como esse branco vai argumentar discriminação quando os postos de trabalhado concretamente analisados naquela empresa são majoritariamente ocupados por branco? Teria nessa ação judicial quase nenhuma argumentação jurídica –e eu falo quase nenhuma porque sempre tem um ou outro argumento” concluiu.

Leia mais em nosso site: www.bancariosjundiai.com.br

Bonificação 2020 Iniciativa é reconhecimento aos bancários e bancárias comprometidos com a manutenção cotidiana da organização e da luta sindical. O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região, como fez em anos anteriores, concederá um bônus aos bancários e bancárias que são sindicalizados. A pessoa interessada deverá ter se associado até 31 de agosto de 2020. O período e a forma de solicitação do bônus, bem como os valores, serão divulgados em breve, após a atualização cadastral por meio das listagens encaminhadas pelas instituições financeiras.

O medo do novo coronavírus afastou pacientes dos consultórios médicos nos últimos meses. A pesquisa Câncer de Mama: o cuidado com a saúde durante a quarentena, elaborada pelo Ibope Inteligência a pedido da Pfizer, mostrou que 62% das mulheres esperam pelo fim da pandemia para retomar consultas médicas e exames de rotina necessários para a detecção do câncer de mama. Esse percentual é ainda mais alto entre as pacientes com mais de 60 anos – grupo que corre maior risco com a Covid-19, 73% delas disseram que deixaram de frequentar o médico ginecologista ou mastologista desde o início da pandemia. O Ibope entrevistou 1,4 mil mulheres com idades a partir dos 20 anos residentes do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Recife para entender como elas estão cuidando da saúde durante a quarentena. Os especialistas reforçam que o “câncer não faz quarentena” e se preocupam com os dados. Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil, destaca que a decisão de atrasar as consultas pode trazer sérias consequências futuras. “Isso pode ter um impacto muito preocupante, pois teremos uma segunda onda de doenças que deixaram de ser diagnosticadas precocemente”. Detecção precoce reduz risco de metástase: A médica oncologista Maria Del Pilar Estevez Diaz, lembra que o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil e no mundo, representando mais de 30% dos tumores diagnosticados entre elas. “Cerca de 2/3 das pacientes com câncer de mama no Brasil não recebem o diagnóstico na fase 1, que seria o mais precoce. O acesso ao diagnóstico não é tão universal e ele acaba sendo feito em fases mais avançadas e isso pode, portanto, comprometer o tratamento dessas mulheres”, pontua Del Pilar. O levantamento mostrou também que mulheres com menos de 40 anos são as mais desassistidas em informações sobre prevenção e exames de rotina. O câncer de mama não tem uma única causa. Fatores como idade, questões hormonais, história reprodutiva, aspectos comportamentais e ambientais estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, inclusive os fatores hereditários correspondem a aproximadamente 10% dos casos.

Mundo ultrapassa 1 milhão de mortes por Covid-19 A covid-19 é a pandemia mais séria da humanidade em cerca de 100 anos. Em sua breve história, o novo coronavírus já fez mais de um milhão de mortos. Isso, sem contar a subnotificação que é realidade em muitos países. O Brasil, especialmente, é um dos membros da comunidade internacional a registrar menor taxa de testagem, menos de 9% de sua

população, e hoje ultrapassa a marca de 145 mil mortos. Entre os principais fatores que marcama história da pandemia de covid-19 está a desigualdade. O vírus mata muito mais em regiões mais pobres, esse fator é comum em toda a América Latina, como revelaram cientistas de seis países

do continente em encontro virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Caso teste positivo para COVID-19 entre em contato com o Sindicato.


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Edição 567 - Outubro/2020

Sindicato inicia processo de modernização e sua capacidade de representação no ramo financeiro para dialogar com a multiplicidade das relações do do estatuto no mês de outubro trabalho”. Atual estatuto é baseado no contexto dos anos 90 e precisa se adequar às novas realidades do setor e do mundo do trabalho Com as intensas transformações no setor financeiro e no mundo do trabalho, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região considera ter chegado o momento de modernizar o Estatuto da entidade para enfrentar as novas realidades. O formato original do documento em vigor é de 1986, época de fundação do Sindicato. Portanto, precisa ser atualizado. A modernização readequará os principais temas abaixo, clique em cada um deles para mais informações: Ampliar a abrangência de representação do Sindicato

Criar um novo grupo de sócios

Assegurar direitos para aposentados e ex-bancários

Criar uma Secretaria de Saúde

Para Paulo Malerba, presidente do Sindicato, a reforma trabalhista e a dinâmica do setor financeiro modificaram as formas de se trabalhar e se relacionar.

Regulamentar a utilização das plataformas digitais

Igualar a duração do mandato a outras entidades do setor e ajustar o período de realização das eleições

Incentivar a participação feminina na direção

“Essa nova realidade demanda que o Sindicato amplie sua atuação e sua capacidade de representaçào no ramofinanceiro para dialogar com a multiplicidade das relações do trabalho”.

Acompanhe em nossas redes todas as informações sobre o processo de modernização do nosso estatuto.

Vamos falar sobre a Reforma Administrativa O Dieese preparou uma síntese para contribuir com o debate da reforma administrativa proposta pelo governo federal. Segundo o material, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, têm sido implementadas várias ações que redesenham o Estado brasileiro. O que está em jogo é quem pagará pelos custos da crise econômica, sanitária e social que o país atravessa: os trabalhadores privados e públicos ou a elite, por exemplo, por meio

da taxação das grandes fortunas. O governo federal enviou ao Congresso Nacional, no fim de 2019, três Propostas de Emenda Constitucional que aprofundam a visão liberal do Estado (o chamado Plano Brasil Mais). É, na verdade, uma reforma com objetivo de desvincular, desobrigar e desindexar o gasto público, além de

submeter o orçamento à dívida pública e não às necessidades da população. “São proposituras que diminuem as garantias orçamentárias previstas na Constituição Federal para os serviços públicos, especialmente na saúde e educação, e retiram direitos dos servidores públicos”, explica o material do Dieese.

Propostas dos trabalhadores: O Dieese apresenta, também, diversas medidas de equilíbrio fiscal que seriam aceitas pelos trabalhadores:

› Políticas voltadas para o crescimento econômico com inclusão social; › Medidas de controle de gastos

para as despesas nominais das contas públicas, promovendo maior controle dos dispêndios financeiros, especialmente dos juros da dívida;

› Auditoria da dívida pública; › Combate efetivo à sonegação; › Revisão das isenções fiscais; › Cumprimento efetivo do teto constitucional para salários dos servidores públicos;

› Reforma tributária com progressividade, com maior tributação sobre a renda e o patrimônio, tributação sobre grandes fortunas, redução dos impostos sobre o consumo, observando a capacidade contributiva;

Expediente Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região - Filiado à Contraf/Fetec-SP/CUT Presidente: Paulo Malerba Diretor Responsável: Sérgio Kaneko

Redação: Tarantina - Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Sumara Mesquita

Diagramação/ Projeto Gráfico: Guilherme Hilário Contato: (11) 4806-6650 atendimento@bancariosjundiai.com.br Rua Prudente de Moraes, 843, Centro - Jundiaí - SP


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Edição 567 - Outubro/2020

#BrasilEmChamas Qual o impacto dos incêndios ? ia n zô a m A a n e l a n ta n a P o n Até onde o fogo é decorrente do clima e da ação humana? O engenheiro químico e cientista ambiental, Flávio Gramolelli Júnior, explica como chegamos a esse ponto e o que seria ideal e urgente para conter esse processo. Por que estamos tendo incêndios dessa grandeza e até onde o fogo é impacto do clima e impacto humano? É um conjunto dos dois fatores. Nas regiões da Amazônia e Pantanal estamos tendo problemas de seca. E, impressionantemente, no Pantanal, que é um pântano, uma área bastante úmida, está apresentando alto índice de seca. É um indicativo de que pode estar ocorrendo o que desde a década de 70 é chamado de ‘mudanças climáticas globais’, que já foi discutida na primeira reunião mundial do meio ambiente em 1972 e que foi reforçada em outros encontros, como a assinatura do protocolo de Montreal que previa a redução dos gases freons para conter o aumento do buraco da camada de ozônio, depois tivemos a Eco 92 e em 96, o protocolo de Kyoto, sobre os gases estufa. Enfim, existem relatórios mundiais que apontam para as mudanças climáticas. E parece que o aumento da temperatura média do planeta, que tem relação com o efeito estufa, está trazendo dois aspectos que levam aos extremos climáticos. As temperaturas estão muito mais quentes e também muito mais frias. E, claro, também temos o impacto humano.

Quais os prejuízos para a biodiversidade do Pantanal e da Amazônia, já que o fogo interrompe vários ciclos da fauna e da flora? Estamos perdendo fauna e flora com essa quantidade de incêndios. Os animais que sobreviveram às queimadas, não encontram comida. O ciclo acaba sendo totalmente impactado. E na flora nem temos dimensão do quanto perdemos. De fato temos uma perda realmente significativa. Quanto tempo será preciso para que a natureza se recomponha nesses locais? Se deixarmos a natureza em paz e não houver mais incêndios, de cinco a dez anos, podemos ver o início de uma recuperação por conta dos estágios sucessionais, no cerrado e na floresta amazônica. Mas o problema é que sabemos que todo ano pega fogo. E infelizmente estamos com um governo que incentiva isso, com um ministro de Meio Ambiente (Ricardo Salles) condenado por ter alterado os mapas ambientais em são Paulo para beneficiar mineradoras. E ele está mesmo ‘’passando a boiada’’, como prometeu em reunião ministerial.

‘Flávio Gramolelli Junior: ’Temos relatos de fiscais do Ibama que estão sendo afastados e ‘’amordaçados’’. Impedidos de exercer a fiscalização

O que seria ideal e urgente fazer para tentar reverter minimamente esses prejuízos? O que seria urgente é ter um combate efetivo contra tudo isso. Mas o governo federal não se disponibiliza. Pelo contrário. Os recursos financeiros utilizados para o combate ao incêndio foram ínfimos. Temos relatos de fiscais do Ibama que estão sendo afastados e ‘’amordaçados’’. Impedidos de exercer a fiscalização. Estamos em tempos sombrios. Estou há 30 anos batalhando nessa área. Sempre tivemos embates com o governo federal. Mas tivemos pressão da sociedade, podendo discutir políticas públicas, trabalhando no Conama, o Conselho Nacional de Meio Ambiente, que foi desmontado pelo governo Bolsonaro e sabemos o porquê. Primeiro queimaram a Amazônia, queimaram o Pantanal e agora cancelaram a proteção aos mangues e restingas. Então, creio, que só mudando o governo com pessoas que tenham de fato consciência da importância do meio ambiente. E que entendam que ‘’é possível ganhar dinheiro com o meio ambiente e não contra o meio ambiente’’.

>>>Flávio Gramolelli Junior é engenheiro químico (UFRJ), pós-graduado em Ciências Ambientais (USF) e em em Gestão e Controle Ambiental (USP, 1996) e mestrado em Engenharia Agrícola (Unicamp).

Pantanal

Queimadas no Pantanal: voluntários tentam resgatar animais feridos (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)


5 Crédito da foto: Araquém Alcântara

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Amazônia em chamas (foto:divulgação)

Deputados pedem afastamento imediato de Ricardo Salles

Em reunião ministerial, Salles propôs ‘’passar a boiada’’, aproveitando a pandemia para revogar leis de proteção ambiental Deputados da oposição pediram, no último dia 29, o afastamento do ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles. Eles reagiram à revogação de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que garantiam a preservação de áreas de restinga e manguezais, de entornos de reservatórios d’água e que disciplinavam licenciamento para projetos de irrigação. Sâmia Bomfim (Psol-SP), reclamou da nova composição do Conama. “O governo Bolsonaro reduziu o número de membros e a participação da sociedade civil.”

Para Alessandro Molon (PSB-RJ), Salles não tem as mínimas condições de permanecer como ministro. O ministro tenta a todo custo adiar o julgamento em segunda instância. Será que ele só será afastado quando não houver mais bioma a ser protegido no Brasil?”, questionou. “O ministro do Meio Ambiente que não quer preservar, mas destruir, não tem as mínimas condições de permanecer como ministro”, concordou o deputado Bohn Gass (PT-RS). fonte: IG

Animais mortos pelas queimadas - Pantanal

Avanço das queimadas afasta investidores estrangeiros O avanço das queimadas, além do prejuízo ambiental, tem afastado investidores estrangeiros, justamente num momento em que o país precisa de recursos para a retomada da economia. Não são apenas ambientalistas que perdem o sono por causa do desmatamento. Economistas também. É que eles enxergam dinheiro perdido. Recursos que vêm de fora, dos fundos que financiam países em desenvolvimento, e que estão se afastando do Brasil. “A gente tem casos concretos de fundos de investimento que já pararam de comprar papéis brasileiros por conta disso, já colocaram a situação na base do ou muda ou não volta a comprar. O grande protesto que gerou esse movimento todo este ano é que o desmatamento e as queimadas estão

crescendo a taxas absurdas e houve um relaxamento da fiscalização do governo. Então o que os investidores pedem é que o governo fiscalize, que o governo puna, todas essas coisas”, diz Armando Castelar, professor do Ibre/FGV. Ajuda estrangeira O corte dos investimentos estrangeiros começou no ano passado com a suspensão do Fundo Amazônia, em que Alemanha e Noruega eram os principais financiadores. Os especialistas dizem que não dá para abrir mão do dinheiro que vem de fora, pensando, inclusive, em recuperar a economia abalada pela pandemia. A diretora-executiva da Câmara Internacional de Comércio, Gabriella Dorlhiac, diz que a imagem do Brasil

no exterior pesa ainda na decisão de multinacionais na hora de inaugurar novas fábricas e preocupa os exportadores brasileiros, que começam a encontrar resistência para vender lá fora. Pressão aumenta O retorno econômico sempre é bom, mas ele tem que vir acompanhado de benefícios ambientais, sociais, de governança, uma melhoria para sociedade como um todo. E uma das coisas justamente que precisa mudar no Brasil é essa visão de que crescimento econômico não pode acontecer com proteção ambiental. A pressão sobre o Brasil está aumentando. Qual a resposta que o Brasil vai dar?” Fonte: G1


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Santander

Itaú Itaú

Santander impõe acordo prejudicial de home office

À Beira do Caos: funcionários estão no limite

Trabalhadores de algumas áreas receberam no dia 23 de setembro, pelo portal RH, acordo aditivo ao contrato de trabalho extremamente prejudicial para atuarem em home office a partir de primeiro de outubro de 2020. As cláusulas determinam que os trabalhadores irão arcar com todos os custos dos equipamentos para executarem o trabalho ao banco que lucrou R$ 14 bilhões somente em 2019. Além disso, serão responsabilizados pelos riscos à saúde. ‘’É inadmissível que o bancário pague essa conta sozinho.

Grande parte das agências do Itaú-Unibanco estão operando com quadro reduzido de funcionários. ‘’O resultado era o esperado. Os bancários estão esgotados e adoecendo pela sobrecarga de trabalho,sem falar das metas que estão avassaladoras desde junho “ comenta Letícia Mariano diretora do Sindicato e funcionária do Itaú. O Sindicato enviou um ofício solicitando a reposição de um caixa nas agências da Nove de Julho, Caxambu e Várzea Paulista. As condições de trabalho dessas agências estão precárias e, por isso, a reposição do quadro é urgente. Fechamento de agências: O Itaú-Unibanco informou o fechamento de mais quatro agências em nossa região.

O resultado é que o funcionário vai acabar pagando para trabalhar, porque é certo e notório que o home office traz custos extras’’, diz Natal Gomes, diretor do Sindicato. Na Argentina, o Santander paga aos trabalhadores um bônus para quem está em home office. “Mas o trabalhador brasileiro, que responde por 29% do lucro mundial do banco, é sempre tratado com discriminação, e toda vez que o Sindicato não participa da construção de um acordo resulta em prejuízo para o bancário”, ressalta Natal.

Mercantil

Bradesco

Bancários denunciam demissões durante pandemia

Os representantes dos trabalhadores do Bradesco denunciam as dispensas durante a pandemia e alegam que as demissões fazem parte do processo anunciado pelo presidente da instituição, Octavio de Lazari Júnior, com a extinção de mais de 400 agências e departamentos em todo o país. Para eles, o banco está utilizando de subterfúgios com o objetivo de cortar mão de obra. Assim como o Santander, o Bradesco está descumprindo o acordo feito com o Comando Nacional dos Bancários de não demitir.

As agências a serem fechadas são a 8441, em Campo Limpo Paulista, a 8551, em Francisco Morato , a 9105, em Caieiras e a 8769 na rua Barão do Rio Branco, em Jundiaí. O banco também anunciou em setembro o fim da centralizadora. Após questionamentos feitos pelo Sindicato, o banco se comprometeu a realocar os mais de 25 bancários impactados diretamente com o fechamento das agências. “Vamos monitorar as movimentações e acompanhar se o banco irá cumprir o compromisso assumido” comenta Letícia. A diretora destaca que em abril o Itaú havia se comprometido em não demitir durante a pandemia, mas setembro foi marcado por demissões em diversas regiões do país.

“O acordo feito para assegurar os empregos durante a pandemia é importante e as demissões só podem ocorrer “por justa causa”. No entanto, não se sabe exatamente os critérios de demissão utilizados, pois os bancos não tem dado maiores explicações a respeito. Desta forma, é importante que os bancários fiquem atentos aos normativos internos, pois podem estar se utilizando de qualquer motivo para demitir os seus funcionários’’, denunciam os diretores dos sindicatos.

Depois do Santander agora foi a vez do banco Mercantil do Brasil demitir funcionários. Nem mesmo a crise da pandemia do novo coronavírus foi suficiente para impedir as dispensas de dezenas de trabalhadores promovidas pelo banco em unidades de todo o país. O movimento sindical tem denunciado a prática do banco. “É um absurdo e uma desumanidade o que a direção do BMB faz com seus funcionários. Mesmo com a crise econômica causada pelo coronavírus, os bancos são de longe o setor mais lucrativo do Brasil”, afirma a diretora do Sindicato Letícia Mariano.

Mercantil não tem estrutura para atender idosos:

Veja mais detalhes em nosso site www.bancariosjundiai.com.br

Funcionários do Bradesco aprovam acordo de home office: Com 93,35% dos votos favoráveis, os bancários do Bradesco aprovaram o acordo de teletrabalho (home office) para o pós pandemia. A votação em assembleia virtual foi realizada em setembro. Ajuda de custo: A proposta prevê ajuda de custo de R$ 1.080,00, no primeiro ano, para cobrir gastos adicionais com o teletrabalho (internet, luz, etc), caso o banco não ceda a cadeira. Se o banco

conceder em comodato a cadeira, a quantia será de R$ 960,00. No primeiro ano, a ajuda será paga de uma única vez. Nos anos seguintes, o banco vai pagar a quantia de R$ 960,00, que poderá ser paga de uma só vez ou em até 12 vezes. Outro avanço na proposta é que o bancário precisa concordar em ir para o regime de teletrabalho. Não será obrigatório.

Com tantas demissões pelo país e funcionários sobrecarregados, o resultado é uma rotina de atendimento precário para funcionários, clientes e principalmente para os idosos, que são grupo de alto risco. Para Fé Juncal, presidenta da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Jundiaí e região os problemas que os idosos enfrentam no Banco Mercantil são inúmeros ‘’O tempo todo nossa entidade recebe denúncias de idosos desesperados pelo medo do contágio da Covid” declarou.


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Caixa

Empregados Caixa poderão fazer teste para a covid-19 durante o mês de outubro Ação acontece entre os dias 5 e 30 de outubro, realização do teste é opcional e gratuita A testagem é parte de uma ação preventiva de saúde e segurança no trabalho, e contempla os testes de IgM e IgG. A realização do teste é opcional e gratuita. Para os casos em que não há laboratório credenciado, haverá reembolso. A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltou que a testagem foi uma reivindicação antiga do Comando Nacional e da Comissão. “Os empregados estão expostos ao contágio da covid-19, principalmente aqueles que estão atuando na linha de frente do pagamento do auxílio emergencial.

Uma política de testagem dos empregados vem sendo cobrada pela Comissão há tempos”, afirmou Fabiana. De acordo com o e-mail enviado aos empregados, o objetivo da ação é mapear os empregados e regiões com maior exposição ao novo coronavírus. Além disso, o banco público busca informações para melhorar os protocolos de prevenção ao contágio da doença. Saiba mais em www.bancariosjundiai.com.br

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Após reivindicações da CEE/CAIXA em mesa de negociação, Gerentes Gerais de Rede conquistam 10 dias úteis de compensação pelos sábados trabalhados

Funcef: mudança no sistema de pagamento de benefícios precisa ser revista

O anúncio aos empregados foi feito pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por meio de vídeo em 23 de setembro

Desde o mês de agosto, quando as direções da Caixa e da Funcef começaram a adotar o Sistema de Agendamento de Compromissos de Clientes (SIACC), os participantes não têm mais, na véspera do dia 20 do mês, a visualização do valor do benefício em lançamentos futuros no extrato bancário. Esta mudança no sistema de crédito de pagamento da Funcef deixou milhares de aposentados com a conta negativa por pelo menos 3 dias no mês de setembro: Débitos foram lançados normalmente na sexta-feira 18 de setembro enquanto o pagamento dos benefícios só foi efetivado no sistema por volta das 11h da segunda-feira, 21 de setembro . Entidades representativas dos trabalhadores já encaminharam ofícios à Funcef cobrando revisões nos processos de agendamentos dos pagamentos para que os problemas não se repitam no futuro.

Os gerentes gerais de rede que trabalharam aos sábados nas agências que abriram para o pagamento do auxílio emergencial terão 10 dias úteis de compensação e os empregados que venham a substituí-los durante estes dias receberão o pagamento correspondente à substituição. De acordo com Pedro Guimarães, os gerentes gerais de rede terão até o dia 30 de junho de 2021 para utilizar os dias de compensação. O que a Caixa não informou no anúncio foi exatamente o fato de que essa decisão é resultado da reivindicação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) em mesa de negociação durante a Campanha Nacional.

Alteração no sistema trouxe problemas para milhares de aposentados no pagamento referente ao mês de setembro

BB

Ranqueamento de funcionários no Banco do Brasil BB expõe funcionários em ranking individual no sistema do Programa de Desempenho Gratificado, em descumprimento ao que determina tanto a CCT da categoria quanto o ACT dos funcionários A Contraf-CUT enviou um ofício ao Banco do Brasil exigindo o cumprimento da cláusula 23ª do Acordo Coletivo de Trabalho, que define que os bancos, no monitoramento de resultados, não exporão publicamente o ranking individual dos seus funcionários. A cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária também proíbe a exposição do ranking individual dos funcionários. Mas, em descumprimento ao ACT e à CCT em vigência, o banco expõe os nomes de seus funcionários no sistema de Classificação do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), alerta o ofício. “Os nomes e classificações dos funcionários são expostos nas telas do sistema, acessível a qualquer funcionário. Conquistamos essa proibição na Campanha Nacional dos Bancários em 2011 para reduzir o assédio moral e cobranças excessivas aos

funcionários, que acabam levando ao adoecimento. E vamos continuar defendendo saúde e melhores condições de trabalho para os funcionários”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga ao exigir que o banco responda formalmente o ofício, indicando a responsabilização pela determinação do procedimento. Tô Ligado O programa “Tô Ligado” da PSO (Plataforma de Suporte Operacional) além de expor os participantes em ranqueamento individual, deixa claro que um dos objetivos esperados é estimular a concorrência entre escriturários e caixas, tratando-os como “vendedores” e fomentando o aumento das vendas, modificando princípios organizacionais e normativos das funções de caixas e escriturários na busca por mais lucro, sem levar em consideração o perfil dos cargos,

deixando em segundo plano a orientação essencial para o trabalho que não são as vendas, mas sim o atendimento e relacionamento.


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Eleições 2020

Você sabe qual é a função do

Prefeito(a) e dos vereadores? Vereadores Os vereadores são os representantes do poder Legislativo na esfera municipal. Eles compõem a câmara municipal e são os responsáveis por fiscalizar o prefeito e criar leis que valem exclusivamente naquela cidade. A quantidade de vereadores varia entre os municípios, com base no que manda a Constituição Federal. Cidades com menos de 15 mil habitantes têm apenas nove vereadores, enquanto a Câmara Municipal de São Paulo tem 55, o número máximo permitido.

• As principais funções dos vereadores são legislar e fiscalizar o prefeito • Os vereadores são quem criam e extinguem as leis municipais, mas estão limitados pela legislação estadual e federal e, por isso, não têm competência para tratar de assuntos que digam respeito a outros municípios. • Entre algumas das funções dos vereadores estão a criação ou extinção de impostos municipais e a aprovação dos planos de educação e saúde locais. criação ou extinção de impostos municipais e a aprovação dos planos de educação e saúde locais. • A Câmara também pode mudar nomes de ruas e avenidas ou determinar lugares como patrimônio histórico da cidade

Qual o salário de um vereador?

OS VEREADORES TAMBÉM DEVEM

FISCALIZAR A PREFEITURA

A Câmara é quem aprova o Orçamento e examina as contas da cidade, pode pedir esclarecimentos, criar CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades e, conforme o caso, até cassar o mandato do prefeito via impeachment.

O salário mensal do vereador é estipulado pela própria câmara municipal, mas deve respeitar alguns limites impostos pela Constituição. O primeiro tem a ver com a arrecadação do município: as despesas com vereadores não podem passar de 5% da receita da cidade. A partir daí, os salários são relacionados à população do município e ao salário do deputado estadual do estado em questão. Quanto maior a cidade, mais os vereadores podem ganhar. No Brasil, a depender do município, o valor varia entre R$ 5,6 mil e R$ 21 mil.

Prefeito(a) Basicamente, ele deve governar a cidade. Por isso, o prefeito, juntamente com o vereador, é o político mais próximo da população. Essa proximidade é mais intensa principalmente nas cidades pequenas. Portanto, o Prefeito é a principal autoridade política do município. Cabe a ele, entre outras obrigações: • Cuidar da limpeza das ruas e locais públicos, como praças e parques; • Fazer com que a saúde atenda à toda a população, principalmente aos mais carentes; • Cuidar da educação básica das crianças da cidade.

fonte de dados: Uol e Seeb Jundiaí

MAS O PREFEITO NÃO GOVERNA A CIDADE SOZINHO... Ele conta com os funcionários públicos e os secretários de governo, que comandam secretarias como saúde, obras públicas, esporte. Geralmente esses secretários são escolhidos pelos prefeito e pelos partidos que fazem parte da coligação (conjunto de partidos) que ajudou a elegê-lo.

O prefeito administra a cidade com o dinheiro que vem de impostos como IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Esses recursos, juntamente com outros impostos que vêm dos governos federal e estadual, formam o Orçamento municipal. Quem aprova o orçamento e fiscaliza as ações do prefeito é a Câmara Municipal por meio dos vereadores. Eles também são responsáveis pela elaboração das leis que serão aplicadas no município. Essas leis também podem ser feitas pelo prefeito. Neste caso, a lei deve ser apreciada e votada pelos vereadores. Na ausência do prefeito, quem assume é o vice, que passa a ter as mesmas responsabilidades do prefeito. Em alguns casos os prefeitos pedem licença da prefeitura para disputar outros cargos políticos e quem termina o mandato é o vice-prefeito. Quando por qualquer razão o prefeito e o vice estão impossibilitados de governar a cidade, quem assume é o vereador que está ocupando a presidência da Câmara Municipal. fonte: Uol Educação


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