ANO XVI Nº 908 10/08/12
Informativo do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Teresópolis
Para Fenaban, bancário não está preocupado com emprego e metas abusivas não existe Duas primeiras rodadas de negociação evidenciam que bancos sabem pouco sobre os problemas enfrentados pela categoria Na primeira rodada de negociação da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira 7 em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, discutiu com a Fenaban as reivindicações da categoria sobre emprego, como a contratação de mais funcionários, respeito à jornada de 6 horas, fim da rotatividade e da terceirização, e inclusão bancária sem correspondentes bancários. Os representantes dos bancos rejeitaram todas as reivindicações. Admitiram que setores do sistema "estão fazendo ajustes", mas disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego e que a redução da média salarial via rotatividade é uma coisa normal. "Não existem metas abusivas nos bancos. Elas são apenas desafiadoras. O assédio moral, quando existe, é resultado do desvio de caráter de alguns gestores. As reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos filhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos." Foi isso o que os bancos alegaram nesta quarta-feira 8 ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante o segundo dia da primeira rodada de negociação da Campanha 2012, bloqueando as discussões sobre saúde e condições de trabalho e as reivindicações dos trabalhadores pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos nas unidades. No primeiro semestre de 2011 os bancos criaram 11.978 postos de trabalho, este ano só 2.350.
Itaú, Bradesco e Santander lucraram mais de
Combate ao assédio moral O Comando Nacional cobrou dos bancos uma reavaliação do instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. "Esse instrumento precisa ser avaliado. Ele é insuficiente e precisa de ajustes. Tem havido reincidências e, como é voluntário, não envolve todos os bancos", destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Programa de Reabilitação profissional O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao Programa de Reabilitação Profissional, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional,
22% de todas as vagas geradas no país
R$ 16 bi em 2012,
os bancos devem instituir programas de reabilitação visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.
Quando contratam pagam salário
mas eliminaram 4.086 postos de trabalho. Só o Itaú acabou com 3.777 vagas.
Nova rodada de negociação Os debates sobre saúde e condições de trabalho continuarão na segunda rodada de negociação, que ocorre na próxima quarta 15 e quinta-feira 16, em São Paulo. Também serão discutidas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. O Comando Nacional se reúne na terça -feira 14, às 10h, na sede da ContrafCUT, para preparar os debates com os bancos. Fonte: Contraf/Cut Leia na íntegra no site do SindBancários Teresópolis
35,4% menor Bradesco, Itaú e Santander lucraram
do que ganhavam os demitidos. Truque da rotatividade para aumentar os lucros.
R$ 12,4 bi com tarifas no 2º trimestre
Bancário Cidadão Leia na íntegra no site do SindBancários Teresópolis www.seebt.com.br
Comando negocia carreira, isonomia e contratações com Caixa nesta sexta Nesta sexta-feira, dia 10, às 14h, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, começa as negociações da pauta específica de reivindicações dos empregados da Campanha 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. Os temas dessa primeira rodada serão Funcef, Prevhab, aposentados, segurança bancária, representação dos empregados no Conselho de Administração, carreira, isonomia, jornada de trabalho/ Sipon e contratação, além de outros assuntos.
BB descumpre compromisso e atrasa em 5 meses acerto de interstício no VCPI A Campanha Nacional 2012 começou mal em relação ao respeito aos direitos dos bancários por parte do Banco do Brasil. Após a incorporação da Nossa Caixa, os bancários oriundos do ex-banco paulista fizeram adesão ao plano de carreira administrativa do BB desde 1º de dezembro de 2009. Com a adesão, os bancários passaram a ter seus salários e remuneração
regrados pelo plano de carreira da empresa: o PCR com uma tabela de antiguidade de 12 níveis e uma tabela de mérito com 25 níveis.
Calendário das próximas negociações 10/08 – Negociação da pauta específica com a Caixa, em Brasília 13/08 e 14/08 – Negociação da pauta específica com o BB, em Brasília 15/08 e 16/08 – Segunda rodada de negociações com a Fenaban, em São Paulo