Banco Fibra - Relatório Anual 2007

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Relatório Anual 2007

Sobre o relatório O conceito gráfico para o desenvolvimento deste Relatório foi baseado na palavra fibra, que tem sua origem no latim fibrae. No sentido estrito, significa qualquer estrutura com filamentos encontrada nos tecidos animais e vegetais ou em algumas substâncias minerais, o que remete para o negócio da Vicunha Têxtil, fundadora do Banco Fibra. No sentido figurado, o vocábulo é associado a atributos como força de vontade, disposição para tomar decisões, firmeza de caráter, valor moral, energia, pulso, ânimo.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 11o e 12o andares Cep 04538-905 – São Paulo/SP – Brasil www.bancofibra.com.br

Banco Fibra

Banco Fibra

Relatório Anual 2007

Há 20 anos, essa palavra está associada a uma instituição financeira que emprega muita disposição a fim de buscar as melhores soluções para os seus clientes, firmeza na concessão de crédito e energia para criar valor a seus acionistas.



Sumário

Capítulo 3

CONSISTÊNCIA DE RESULTADOS Mercado de atuação Nossos negócios Análise dos resultados Ativos intangíveis Capítulo 1

O banco fibra Perfil Linha do tempo Destaques Principais indicadores

4 6 6 8 10

Capítulo 4

TRANSPARÊNCIA E CONTROLES Governança corporativa Gestão de riscos Capítulo 5

GESTÃO SOCIOAMBIENTAL Capítulo 2

Compromisso com a criação de valor Mensagem do presidente do Conselho de Administração

14

16 Estratégia e objetivos 18 Investimentos e perspectivas 20

Capital humano Desempenho socioambiental

22 24 27 37 42

44 46 56

60 62 64

Informações corporativas

68

Demonstrações financeiras

69


1

crescimento e consolidação

O banco fibra Perfil Linha do tempo Destaques Principais indicadores

O Fibra herdou o caráter empreendedor de sua de produtos à eficiência

origem industrial e alia carteira diversificada nas operações de crédito.

6 6

8 10


1995

1987

Início das atividades como Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM)

Início das atividades de crédito, direcionadas principalmente às carteiras de CDC e financiamento de veículos, com menor foco nas operações de crédito corporativo

Autorização do Banco Central do Brasil para atuar como banco múltiplo e alteração de sua razão social para Banco Fibra S.A.

1999

Constituição do Banco de Investimentos

1989

1988

Linha do tempo Define reposicionamento de suas atividades como banco comercial, com operações focadas nos segmentos de empresas de médio porte

Perfil O Fibra é um banco múltiplo – cuja história começa em 1987 –, que concentra seus negócios nos segmentos de Atacado, com crédito para empresas, e de Varejo, em operações de financiamento ao consumo (CDC) e créditos consignado e pessoal.

Constituído inicialmente para realizar operações de tesouraria e administração do caixa do Grupo Vicunha, o Fibra é o 9o maior banco de capital nacional privado em ativos do País e um dos dez distribuidores de títulos públicos do Banco Central. Desde 2007 tem como sócio o IFC, International Finance Corporation, braço de financiamento ao setor privado do Banco Mundial. O caráter empreendedor herdado de sua origem industrial tornou-o um dos líderes entre os bancos de médio porte do País. Alia uma carteira diversificada de produtos à agilidade e eficiência

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na estruturação de operações de crédito, permitindo atender de forma adequada às necessidades dos seus clientes. No Atacado, está direcionado a empresas com faturamento anual preponderantemente entre R$ 40 milhões e R$ 400 milhões. Oferece linha completa de produtos, como capital de giro, comércio exterior, repasses do BNDES e fianças, entre outros. Em 2007, o valor total da carteira desse segmento era de R$ 3,5 bilhões. A plataforma comercial abrange 14 escritórios em importantes centros urbanos de dez Estados brasileiros. No Varejo, a promotora de vendas GVI (iniciais para Grupo Vicunha), que conta com mais de 830 mil clientes ativos e cerca de 7.200 pontos-de-venda, encerrou o ano com carteira superior a R$ 510 milhões em ativos. Em 2007, começou a atuar em crédito imobiliário, com o produto TotalCasa.

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banco Fibra

relatório anual 2007

É controlado pelo Grupo Vicunha, de reconhecido sucesso, com mais de 40 anos de atividades no Brasil, que detém também o controle societário da Vicunha Têxtil e da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), duas das maiores corporações em seus respectivos setores de atuação.


2007

2004

2002

Início da atuação como dealer de juros do Banco Central

O Banco alcança novo patamar de crescimento: reforça equipe comercial dirigida ao mercado de empresas de médio porte, retoma as atividades de bancos correspondentes e programa de eurobonds

2005

Retomada da atividade de financeira, com foco em crédito consignado e CDC

2006

Linha do tempo

O IFC passa a deter participação equivalente a 7,9% do capital social. Aquisição das operações da promotora de vendas CredLecca no Rio de Janeiro, integralmente consolidadas à GVI

Adquire promotora de vendas no Rio Grande do Sul, renomeada como GVI. Inicia plano de expansão geográfica no segmento empresas com a abertura de cinco novos escritórios. As iniciativas consolidam três pilares de atuação: Crédito para Empresas, Crédito Varejo e Finanças

Destaques

Abertura de plataformas comerciais do segmento

Dentre os principais eventos que marcaram as operações do Banco Fibra em 2007 se destacam:

Empresas em cinco Estados brasileiros.

Entrada do sócio estratégico IFC, que adquire 7,9% do capital.

de R$ 95 milhões.

Aquisição da promotora de vendas CredLecca, que adiciona cerca de 1.200 pontos-de-venda.

Captação internacional via estrutura de A/B Loan, no montante de US$ 200 milhões.

Expansão orgânica da rede de distribuição do Varejo: aproximadamente 240 novos pontos por mês.

Upgrade dos ratings globais e nacionais pela agência Standard & Poor`s.

banco Fibra

relatório anual 2007

Emissão dos primeiros CDBs Subordinados, no valor


Ratings

Principais Indicadores 2003

2004

2005

2006

2007

Resultados (R$ milhões)

Agências Âmbito / Classificação

Receitas de intermediação financeira

658

811

1.505

1.620

1.987

Resultado bruto da intermediação financeira

197

124

102

173

237

Moody’s

Resultado operacional

139

61

35

103

130

Lucro líquido

90

36

40

71

101

Moeda estrangeira

Ba3/NP

Moeda local

Ba2/NP

NSR-Moeda local

A1.br/BR-1

Balanço Patrimonial (R$ milhões)

Mai.2007

Depósitos bancários

5.728

6.376

9.375

8.326

13.825

Força financeira de bancos

D

Patrimônio líquido

415

426

397

441

544

Perspectiva

Estável

Depósitos

914

1.043

1.253

1.844

2.599

Standard & Poor’s

Operações de crédito

964

1.317

2.104

3.244

4.479

31.12.2006

Jul.2007

Escala global

Moeda estrangeira

BB-/Estável/B

Moeda local

BB-/Estável/B

Escala nacional Brasil

brA-/Estável/brA-2

Rentabilidade sobre o patrimônio líquido (1)

8,3%

8,4%

10,6%

17,0%

20,3%

Margem líquida (2)

6,0%

2,9%

1,6%

2,4%

3,6%

Índice de eficiência (3)

26,8%

44,7%

54,0%

34,0%

33,7%

Índice de Basiléia (4)

21,6%

22,3%

14,9%

13,7%

13,2%

Longo prazo

BBB+(bra)

Provisões de crédito sobre carteira total

2,3%

1,6%

1,7%

1,8%

2,5%

Curto prazo

F2 (bra)

Excedente de provisão

618,0%

141,0%

127,0%

116,0%

296,0%

Perspectiva

Estável

Fitch

Indicadores Operacionais

relatório anual 2007

31.12.2006

Ativos totais

indicadores de performance

10

Rating/ Data do Data de índice Balanço Publicação Analisado do rating

Mai.2007

Nacional

Risco soberano

IDR longo prazo

Moeda estrangeira

BB+

Moeda local

BB+

7.257

Perspectiva

Estável

1.013

LF Rating

Clientes ativos – Atacado

424

555

668

841

1.030

Clientes ativos – Varejo (mil) (5)

344

620

830

Pontos-de-venda – Varejo (5)

391

2.719

Número de funcionários

215

234

282

659

(1) Percentual do lucro líquido sobre o saldo médio do patrimônio líquido. (2) Resultado bruto da intermediação financeira sem os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa como um percentual do saldo médio de ativos remuneráveis. (3) Despesas de pessoal e administrativa sobre o resultado bruto de intermediação financeira sem os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa (+) receita de serviços (-) despesas tributárias (+) outras receitas/despesas operacionais. (4) Percentual do patrimônio líquido ajustado em razão do valor dos ativos ponderados pelo risco. (5) As operações de varejo foram iniciadas em 2005.

31.12.2006

Moeda nacional

A+

Risk Bank

Risco baixo para médio prazo

30.06.2007 jan.2008

31.12.2007

Abr.2008

10,31

banco Fibra

11


Principais Indicadores

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relatório anual 2007

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banco Fibra

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COMPROMISSO COM A CRIAÇÃO DE VALOR

2

Mensagem do presidente do Conselho de Administração 16

Estratégia e objetivos 18 Investimentos e perspectivas 20

O objetivo do Fibra é ser o maior do bancos médios, no longo prazo. Para isso, busca consolidar

no médio prazo, e o melhor dentre os grandes bancos, sua presença nos segmentos de Atacado e Varejo.


COMPROMISSO COM A CRIAÇÃO DE VALOR

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o ano, passamos a contar com

profissionais, sempre motivados a contribuir

de nossos negócios. Para isso, planejamos ampliar

a participação acionária do IFC, o que estimula o constante aperfeiçoamento de nossas práticas de governança e responsabilidade socioambiental. E também obtivemos nosso melhor resultado, de R$ 101 milhões, com evolução de mais de 41% em relação ao ano anterior, como reflexo de nossos ajustes internos e de um cenário macroeconômico favorável.

para o crescimento sustentável dos negócios. Um dos nossos grandes desafios é o crescimento do segmento de Varejo, respeitando o fato de não sermos uma instituição de rede ou de serviço para atuar em um mercado competitivo em que a diferenciação, por meio de tecnologia e serviços eficientes, fará o sucesso da operação.

o número de pontos-de-venda, manter a política de segmentação da força de vendas conforme o ramo do lojista, reforçar o crédito imobiliário, desenvolver a cadeia de valor do lojista, envolvendo fornecedores e parceiros, além de oferecer novos produtos, como cartões de crédito e financiamento de veículos.

No cenário internacional, ainda é uma incógnita a efetiva extensão dos impactos da crise do mercado de hipotecas nos Estados Unidos. No Brasil, apesar dos bons fundamentos econômicos, há riscos de contágio, com aumento de custos e redução da capacidade de crédito e conseqüente reflexo para o crescimento do País. Acreditamos, entretanto, que essas questões não sejam estruturais, representando efeitos adversos passageiros. O mais importante é que o Banco Fibra está preparado para aproveitar oportunidades em diferentes cenários e assim crescer e se fortalecer ainda mais.

No segmento Corporativo, buscamos consolidar e incrementar nossas atividades, com o aumento da base de clientes nos locais em que já atuamos e nas novas praças abertas com o processo de expansão geográfica. Queremos também intensificar nossa atuação nos segmentos de low middle market e corporate com o diferencial do relacionamento e atendimento Fibra que nossos clientes já conhecem. Acima de tudo, estamos atentos à maior sofisticação do mercado e de nossos clientes e aumentando nosso leque de produtos para acompanhar e, sempre que possível, antecipar as novas necessidades de nossos clientes.

relatório anual 2007

O País passa por um processo importante de crescimento econômico, com o fortalecimento do crédito como um todo e, principalmente, no financiamento ao consumo nas suas várias modalidades, com inflação sob controle e taxa de juro decrescente. Aproveitamos esse cenário de prosperidade para reforçar nossa estrutura, não só de pessoas, mas também de controles e processos internos. Ao unirmos equipes com histórico de sucesso no Banco a pessoas que trazem outras experiências do mercado, e investirmos em tecnologia de ponta, nos preparamos para uma nova fase.

16

O Banco tem crescido de forma consistente, participando ativamente do cenário de expansão que vem caracterizando a economia brasileira. Daqui para a frente, o mercado será ainda mais competitivo e o que fará a grande diferença será a gestão eficiente de recursos e de pessoas. Por isso, nossa prioridade é contarmos com os melhores

Pautamos nossas relações pela ética e transparência. Somos ágeis e flexíveis, sem perda de segurança, e queremos ser percebidos como o Banco de preferência de nossos clientes, pela excelência na operação e no atendimento. Nosso objetivo é ser o maior dos bancos médios, no médio prazo, e o melhor dentre os grandes bancos, no longo prazo. Por isso, manteremos

nosso foco no crédito corporativo e de varejo, consolidando nossa presença nesses segmentos. Além das oportunidades identificadas de crescimento na atual base de clientes e rede de distribuição, estudamos novas expansões geográficas e mapeamos novas oportunidades de negócios. Queremos aproveitar a expansão no segmento de Varejo no Brasil, com a expectativa de que nossas operações próprias representem, no longo prazo, bem mais do que os atuais 10%

Somos gratos pela confiança dos clientes e fornecedores e pelo apoio dos acionistas, reconhecendo o empenho, a dedicação e a competência de nossos colaboradores na missão de criar valor e satisfação para os clientes, um dos nossos principais diferenciais competitivos. Ricardo Steinbruch

Presidente do Conselho de Administração

banco Fibra

Crescimento e consolidação de operações marcaram a atuação do Banco Fibra em 2007. Reforçamos nossa estrutura de gestão e os processos e melhoramos nossos fundamentos econômicos, em termos de desempenho da carteira de crédito e do gerenciamento de riscos.

17


COMPROMISSO COM A CRIAÇÃO DE VALOR

Estratégia e Objetivos O planejamento estratégico do Banco Fibra busca cumprir os objetivos de consolidar a presença nos segmentos de Atacado e Varejo, alcançar alta rentabilidade e obter o máximo retorno para os acionistas. Para isso, foram definidos cinco vetores de crescimento:

relatório anual 2007

Para aproveitar o expressivo crescimento desse mercado, será mantida a expansão das atividades de Varejo, atingindo maior escala e rentabilidade. O Banco acredita que essas operações constituirão futuramente uma significativa fonte de recursos, principalmente por meio das seguintes medidas: Aumento do número de pontos-de-venda, dando continuidade à estratégia de crescimento e capilaridade; Manutenção de política de segmentação da força de vendas conforme o ramo de negócio do lojista, de forma a garantir proximidade e conhecimento do cliente; Desenvolvimento do segmento de crédito imobiliário, ampliando a plataforma de negócios criada em setembro de 2007; Exploração de toda a cadeia de valor do negócio do lojista (fornecedores, parceiros, etc.), promovendo a oferta de novos produtos e a fidelidade dos clientes; e Desenvolvimento de novos produtos, como meios de pagamento eletrônicos (cartões) e financiamento de veículos.

18

Manter o crescimento das atividades de crédito corporativo A consolidação e a expansão das atividades de crédito corporativo envolvem as seguintes medidas: Incremento da atual base de clientes nos segmentos middle market e upper middle market, pois o

Fibra ainda vê oportunidades de atuação; Intensificação das operações em low middle market e corporate, expandindo a base de clientes para segmentos que se encontram próximos ao foco de atuação (empresas cujo faturamento seja pouco inferior a R$ 40 milhões ou superior a R$ 400 milhões ao ano); Ampliar a oferta de produtos e nosso campo de atuação em cinco diferentes eixos: área internacional e de comércio exterior; operações estruturadas – banco de investimentos; emissão e distribuição de instrumentos de dívida do agronegócio; produtos de tesouraria voltados para clientes e desenvolvimento de relações com o setor público para operações ligadas aos investimentos em infra-estrutura; Aumento do volume de negócios com os atuais clientes, como efeito da oferta de novos produtos; Continuidade da expansão geográfica, por meio de instalação de novos escritórios em localidades que ofereçam boas oportunidades de negócios. Crescer com eficiência, segurança e rentabilidade O objetivo estratégico do Banco é ser um dos protagonistas nos mercados de varejo e de empresas, pautado sempre pela ética nos negócios e com uma governança diferenciada. Tudo isso amparado por um nível de excelência de pessoas e um clima motivacional positivo, com alinhamento de interesses entre acionistas e funcionários.

O que permeia essa estratégia é a convicção de que o cliente deve perceber o Banco como um agente importante para a solução das suas necessidades financeiras. Para 2008, o cenário ainda é de um mercado em crescimento, principalmente em crédito. Entretanto, o Fibra continuará mantendo prudência e responsabilidade na concessão de financiamentos, no controle dos riscos e na gestão de seu capital. Para isso, observa simultaneamente os níveis de liquidez e o comprometimento em longo prazo, porque é um Banco de relacionamento e quer ser importante não apenas para uma operação, mas em uma relação duradoura de parceria com o cliente. Com essa visão, o crescimento das carteiras de crédito terá como foco os segmentos capazes de proporcionar retorno e nos quais o risco é controlável e aceitável. O Banco Fibra não tem interesse em ampliar volumes de operações em detrimento de sua rentabilidade.

Investir em pessoas A qualidade dos colaboradores é vital para os planos de crescimento e o sucesso da estratégia. O Banco manterá a política de recursos humanos, que tem como prioridade a manutenção e a atração de profissionais altamente qualificados e experientes nas suas áreas de atuação. Para tanto, adota um modelo de remuneração e benefícios direcionado à motivação dos profissionais e à ampliação de resultados, garantindo um alinhamento dos objetivos individuais dos colaboradores aos objetivos estratégicos da Organização. Combinar crescimento orgânico e aquisições O principal direcionamento do Fibra é o crescimento orgânico, mas o Banco está sempre atento às oportunidades de aquisições. Para isso, monitora os mercados em que atua, em busca de sociedades ou carteiras de crédito que caracterizem atividades complementares, proporcionem sinergias claras e agreguem valor aos negócios.

banco Fibra

Ampliar as operações de crédito de Varejo

19


COMPROMISSO COM A CRIAÇÃO DE VALOR

O cenário econômico mundial, decorrente da percepção de maior risco de um período de recessão nos Estados Unidos, aponta para a manutenção de um ambiente de volatilidade no mercado financeiro. Embora os fundamentos da economia brasileira sejam favoráveis, poderá haver reflexos no mercado interno.

Negócios Na área de Varejo, investirá em novos produtos, na melhoria da qualidade das análises de crédito e na segurança das operações. Para 2008, serão fortalecidas as operações de crédito imobiliário e lançado um cartão de crédito com foco nos públicos B e C, com distribuição por lojistas e lojas próprias, entre outros canais. Ainda deverá lançar o CDC-PJ, para micro e pequenas empresas, basicamente lojistas e profissionais liberais.

relatório anual 2007

No segmento de Atacado, o Banco acredita que precisa acompanhar o crescimento de seus clientes corporativos, que começam a demandar operações mais sofisticadas na medida em que melhoram a gestão de seus negócios. Com isso, está fortalecendo e criando competências especializadas em instrumentos de dívida e créditos estruturados. Na área internacional, continuará investindo em operações para atender às necessidade de funding com preço e prazo adequados para os clientes. Fortalecerá também a estrutura de agronegócios, com o auxílio de especialistas, para estruturar operações sob medida para esse nicho de mercado.

20

O Fibra avalia que os problemas no cenário internacional não são estruturais a ponto de ofuscar o avanço da economia brasileira ou interromper a trajetória de crescimento do mercado de crédito. O Banco acumulou forças para enfrentar eventual situação adversa e está preparado para uma nova etapa de crescimento. Para isso, combina planos de investimentos para a oferta de novos produtos, reforço de estruturas e busca de eficiências. Além disso, consolidará sua estratégia de atuar em segmentos mais rentáveis na área de crédito corporativo e de avançar em sua atuação

no Varejo, de modo a aumentar a participação do segmento na carteira de crédito total. Em 2007, o Banco investiu R$ 95,1 milhões, sendo cerca de R$ 60,7 milhões nas aquisições das operações de varejo GVI e CredLecca a serem amortizados em dez anos, R$ 25 milhões em investimentos diretos nessas operações e R$ 9 milhões em infra-estrutura e tecnologia da informação (TI). Para 2008, estão orçados cerca de R$ 5 milhões em investimentos em infra-estrutura e TI.

Na área de Tesouraria, os produtos também passam a ter a sofisticação necessária em mercados de maior amadurecimento. A maior oferta de produtos tem como objetivo solucionar as diferentes necessidades de caixa e de proteção de seus clientes. De forma resumida: o Banco faz a transição

de um banco de crédito e produtos commodity para um banco de funding e soluções financeiras.

Infra-estrutura Fundamental para o desenvolvimento e o suporte a todas as estratégias de crescimento, a área de Tecnologia da Informação tem 82 projetos de investimentos em sistemas e melhorias para a gestão dos negócios. Um dos mais relevantes será a criação de um segundo site, para neutralizar o risco de uma parada prolongada dos recursos de TI, como parte do plano de continuidade de negócios. E, como toda a sua base de crescimento está alicerçada em recursos humanos, o Banco Fibra continuará investindo na gestão de pessoas, como forma de atrair e reter talentos.

Eficiência Para 2008, o Fibra está empenhado também em ganhar maior eficiência, com foco em quatro dimensões: 1. Simplificação organizacional, com racionalização e alinhamento da estrutura funcional; 2. Otimização dos processos, por meio do redesenho ou soluções de outsourcing; 3. Racionalização da infra-estrutura, com ênfase em TI, imóveis, plataformas, espaço físico e suporte; e 4. Redução de custos com serviços de terceiros e compras pelo gerenciamento da demanda e de fontes estratégicas.

O BANCO ACUMULOU FORÇAS E ESTÁ PREPARADO PARA UMA

NOVA ETAPA DE CRESCIMENTO

banco Fibra

investimentos e perspectivas

21


Consistência de resultados Mercado de atuação Nossos negócios Análise dos resultados Ativos intangíveis

O Fibra atua especialmente em três linhas de negócios – lucro líquido de R$ 100,7 milhões em 2007, uma

24 27

3

37 42

Atacado, Varejo e Finanças –, que o levaram a registrar evolução de 41% em relação ao período anterior.


Consistência de resultados

MERCADO DE ATUAÇÃO

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No final de 2007, o Brasil contava com 133 conglomerados bancários, que atuam em diversos segmentos de mercado. A pulverização do setor bancário garante espaço para a competição acirrada pelos clientes, com sofisticação na oferta de produtos e serviços.

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;`ad] O setor vem se consolidando nos últimos anos como um sistema sólido, confiável, tecnologicamente avançado e com cobertura

especialmente no atendimento às demandas de empresas e de crédito de varejo, que contam com o apoio de pontos-de-venda em lojistas em operações

nacional. Tudo isso aliado ao crescimento econômico e da demanda por crédito, que contribui para aumentar a bancarização no País.

com população não bancarizada.

relatório anual 2007

Os bancos de médio porte, segmento em que se situa o Fibra, vêm demonstrando evolução dinâmica e inovadora no mercado, e conseqüentemente, rentabilidade elevada. Novas oportunidades e nichos do mercado de crédito não bem explorados por bancos de grande porte têm sido abordados com êxito. Isso se revela

24

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Crédito Também há espaço para crescimento na relação entre os volumes de crédito concedido e o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2007, essa proporção foi equivalente a 34,7%, 10,3 pontos percentuais acima da registrada no início da década. Em outras economias emergentes, ela chega a 130% (Malásia), 110% (Coréia do Sul) e 60% (Chile), de acordo com exemplos divulgados pelo Banco Central em um estudo sobre o papel do crédito como indutor do crescimento econômico. Em 2007, as operações de crédito do sistema financeiro brasileiro atingiram R$ 936 bilhões, com acréscimo de 27,8% no volume, comparativamente a 2006. O maior crescimento tem sido registrado em operações de Varejo, na concessão de empréstimos

Os bancos de médio porte têm evoluído com

inovação

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GH=J9yÄ=K <= ;Jz<ALG FG E=J;9<G :J9KAD=AJG J ead` ]k" a pessoas físicas, que corresponderam a 33,6% do saldo de operações do sistema. O saldo total de créditos ao consumidor aumentou a uma taxa média anual de 25,8% desde dezembro de 2000, totalizando R$ 314,3 bilhões no final de 2007, ante uma média de 16,2% da carteira total. Essa ampliação dos volumes decorre de fatores como: recuperação da renda e do emprego no País, que cresceu em torno de 10% nos últimos três anos; desenvolvimento de novas modalidades de crédito, a exemplo do empréstimo consignado, com desconto em folha de pagamento; parcerias *-. *,( **) )-com empresas do setor )+0 varejista; alta )-( liquidez )00 )** alongamento dos prazos de internacional;

H]kkgYk bmj \a[Yk H]kkgYk ^ ka[Yk financiamento; flexibilização de normas do Banco Central para a concessão de crédito a todos os segmentos; e avanço do crescimento ..* econômico, traduzido numa maior disponibilidade +,, de recursos para o financiamento de bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, etc. ,10 *.(

Comparado aos principais países emergentes, ,(, *)+ o Brasil se encontra à frente da Rússia, do México +)0 e da Argentina, mas ainda atrás de nações como )/1 +)/ Tailândia e China em termos de crédito como percentual do PIB, como se observa*+0 nos índices )1) de 2004, expostos no gráfico acima. )+1

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A bancarização atinge 55% da população, levando em conta apenas os 102,6 milhões de contas correntes no Brasil. O índice ainda é baixo, comparado aos 70% registrados no Chile e os 100% dos Estados Unidos e de países da Europa, mas está bem acima dos 20% do México, que já possui o investment grade.

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NOSSOS NEGÓCIOS Três principais linhas de negócio caracterizam a atuação do Banco: Atacado (crédito corporativo), Varejo (crédito para pessoas físicas) e Finanças (Tesouraria, Instituições Financeiras, Bancos Correspondentes, Operações Estruturadas de Trade e Mercado de Capitais, Pesquisa e Captação).

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O Fibra é um banco fundamentalmente de crédito, com foco em clientes corporativos representados por empresas com faturamento anual preponderantemente entre R$ 40 milhões e R$ 400 milhões.

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Num contexto de demanda favorável e grande concorrência, a área de negócios atingiu as expectativas de receitas e sustentação de margens. As operações de crédito apresentaram resultados positivos, graças à oferta adequada de produtos

e ao reforço da equipe comercial. Os negócios concentraram-se no setor industrial, embora as operações de agronegócios tenham tido desempenho acima da média. As principais operações de crédito incluem a oferta de capital de giro, trade finance e estruturas de financiamento de longo prazo, via repasses do BNDES, além de garantias prestadas. Em 31 de dezembro de 2007, o valor total da carteira de crédito do Atacado era de R$ 3.463,1 milhões, 33,4 % acima da registrada no encerramento do ano anterior.

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Consistência de resultados

Como parte da estratégia de diversificação geográfica, um dos marcos do ano foi a abertura de plataformas comerciais no Nordeste (Recife e Salvador), no Centro-Oeste (Goiânia) e no Sul (Porto Alegre), além da instalação de uma base para operações de agronegócios em Cuiabá, no Estado do Mato Grosso. No final do ano, a plataforma

comercial abrangia a sede, em São Paulo, e 13 escritórios comerciais localizados em centros urbanos de dez Estados do País. O reforço da infra-estrutura não apenas tornou viável o crescimento em 2007 como preparou o Fibra para continuar sua expansão. A base ultrapassou mais de mil clientes ativos (eram 840 ao final de 2006).

14

ESCRITÓRIOS REGIONAIS INTEGRAM A PLATAFORMA COMERCIAL DO ATACADO

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Consistência de resultados

O ingresso de novos profissionais na equipe, com ampla experiência de mercado, foi fator importante na conquista de clientes. Além disso, os próprios clientes indicam novos clientes. Foi também montada uma plataforma exclusiva para abordar empresas que ainda não conhecem os produtos e os diferenciais do Banco. O Banco direcionou esforços na criação de produtos de Tesouraria, acompanhando a sofisticação e a evolução das empresas clientes. Entre eles, desenvolveu operações de derivativos, swaps e dólar futuro. Além disso, inovou com estruturas de empréstimo biindexadas, para proteção de variações cambiais e de juros. Ainda em 2007, começou a dotar a

instituição de competências para estruturar e distribuir dívidas de empresas, com a contratação de equipe especializada. As operações no agronegócio também foram intensificadas. Esse é um projeto que terá continuidade em 2008 com a sofisticação na abordagem desse segmento, o apoio de pessoal especializado, o conhecimento do setor e a competência para a estruturação de instrumentos de dívidas.

VAREJO As operações de Varejo são originadas por intermédio da controlada GVI Promotora. A área de negócios encerrou 2007 com uma carteira de R$ 510,8 milhões;

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Consistência de resultados

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dos índices de inadimplência. Mais de 60% das propostas são analisadas automaticamente, o que leva em média de três a quatro segundos.

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em 2006 havia sido de R$ 313 milhões. Em apenas um ano e meio de operação, a carteira de crédito da GVI já representa 2,4% do mercado do CDC. A intenção da Empresa é se transformar, nos próximos anos, em um importante player nesse mercado.

32

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Os negócios no Varejo envolvem diferentes públicos, produtos e canais de distribuição, conforme indicado na página 31. Com mais de 830 mil clientes ativos e 7,2 mil pontos-de-venda em nove Estados brasileiros, os canais de contato com os clientes cresceram organicamente ao ritmo de cerca de 240 novos pontos por mês. Um dos destaques de 2007 foi a aquisição das operações de CDC e crédito pessoal da promotora

de vendas carioca CredLecca, que acrescentou 1,2 mil pontos-de-venda para a distribuição de produtos. A integração das operações da Empresa com a GVI foi concluída ainda em 2007 sem nenhum sobressalto para os clientes, os parceiros e o mercado. A plataforma tecnológica permite realizar a avaliação da qualidade de crédito dos clientes de forma padronizada, segura e ágil, sendo o processo de proposta e aprovação de crédito pessoal e CDC feito, em 94% dos casos, pela Internet. Esse conjunto de processos padronizados possibilita um rigoroso monitoramento de indicadores dos negócios e tem contribuído para a redução

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Quando submetidas a analistas, 80% das propostas são tratadas em até cinco minutos. O sistema é capaz de fazer com que a avaliação automática considere características regionais e seja segmentada inclusive por filiais de varejistas, o que proporciona maior precisão na concessão de crédito.

Crédito consignado A modalidade de crédito destinada a servidores públicos, funcionários de autarquias e aposentados e pensionistas do INSS representou 43,2% das concessões de financiamento da GVI e 4,9% da carteira total do Fibra, totalizando R$ 220,9 milhões, 69,5% acima de 2006. Essa modalidade de crédito tem risco baixo de inadimplência, o que torna viável a redução do spread bancário.

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Consistência de resultados

CDC e crédito pessoal Em 31 de dezembro de 2007, as operações de CDC e de crédito pessoal totalizaram R$ 289,9 milhões, equivalentes a 56,8% da carteira da GVI e 6,4% da carteira do Fibra, crescimento de 58,7% em relação a 2006. As operações de CDC são oferecidas em lojas de turismo, pneus, móveis, foto e imagem, telefonia celular e materiais de construção, entre outros setores. A Empresa também oferece CDC Estruturado para lojistas com grande capilaridade, em geral grandes redes de varejo. Esse produto possibilita compartilhamento de políticas de crédito, divisão de resultados e fluxos de logística diferenciados.

Crédito imobiliário Em setembro de 2007, a GVI passou a atuar no segmento de crédito imobiliário, com a marca TotalCasa. Destinado ao financiamento de imóveis residenciais e comerciais até o valor máximo de R$ 300 mil, em construção ou em reforma, tem prazo de 3 a 25 anos. O diferencial do produto é a rapidez na liberação dos recursos, com prazo médio entre 10 e 15 dias, em comparação a cerca de 60 dias do mercado. Dirigido aos públicos de A a D, é distribuído por meio de corretoras, imobiliárias, incorporadoras, lojas próprias e lojistas.

FINANÇAS A área de Finanças coordena as atividades de Tesouraria, Instituições Financeiras, Bancos Correspondentes, Operações Estruturadas de Trade e Mercado de Capitais, Pesquisa e Captação. É responsável por administrar o caixa e posições próprias do Banco e oferecer suporte às várias modalidades de operações de crédito, constituindose em centro de negócios complementar.

Tesouraria A Tesouraria desempenha papel ativo nos mercados de juros, câmbio, bolsa e derivativos, diferenciando-se em relação a outros bancos do mesmo porte por não só prover os recursos necessários para as operações com os clientes mas também se posicionando no mercado. O Banco é uma das dez instituições mais ativas do mercado de títulos do Tesouro Nacional, além de atuar

58,7% FOI O CRESCIMENTO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO AO CONSUMIDOR E PESSOAL

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Consistência de resultados

no mercado de câmbio e oferecer produtos de administração de risco para os clientes (derivativos). Com o avanço das operações de crédito, tanto no Varejo quanto no Atacado, a Tesouraria participará de forma mais ativa no crescimento do Banco. Instituições Financeiras O relacionamento interbancário e a aquisição de carteiras de crédito são as principais atividades dessa área. O Banco adquiriu créditos originados por outras instituições financeiras de menor porte, principalmente crédito consignado de empregados públicos e pensionistas do INSS. Em 31 de dezembro de 2007 a carteira de créditos adquiridos era de R$ 504,7 milhões, correspondendo a 11,3% da carteira total de crédito.

36

Captação Local Na captação local, os destaques foram o crescimento de 32,8% no saldo total de CDBs, que atingiu R$ 2.020 milhões ao final do ano; e as primeiras emissões de CDBs subordinados, colocados integralmente com investidores institucionais: R$ 76 milhões no primeiro semestre e mais R$ 19 milhões na segunda metade do ano.

ANÁLISE DOS RESULTADOS O Fibra encerrou 2007 com resultados destacados. Obteve lucro líquido de R$ 100,7 milhões, 41% mais do que no exercício anterior, especialmente em razão do aumento de 36,9% no resultado bruto da intermediação financeira. Além disso, o saldo das operações consolidadas de crédito atingiu R$ 4.478,6 milhões, valor 38,1% superior ao de 2006.

Cenário macroeconômico O ano de 2007 foi marcado pelo ótimo desempenho da atividade econômica, com uma taxa de crescimento do PIB superior a 5%, impulsionada pelo patamar mais baixo das taxas de juros reais e pelo acelerado crescimento do crédito. Com as perspectivas de continuidade desse cenário positivo nos próximos anos, o fluxo de entrada de dólares seguiu abundante, levando a um fortalecimento de 17% do real no ano e a um forte aumento dos investimentos no País.

No campo inflacionário, a recuperação mundial das cotações dos alimentos pressionou os índices de preços no final do ano, levando o IPCA a encerrar 2007 em 4,4%, muito próximo à meta de 4,5%, e o Banco Central a interromper o ciclo de flexibilização da política monetária, após reduzir a taxa Selic de 13,25% para 11,25% no último ano. Para 2008, as perspectivas para a economia brasileira seguem positivas, ainda que cercadas de maior cautela por conta das incertezas que rondam o cenário internacional.

Os resultados registrados no ano estão em linha com o desempenho da atividade econômica

banco Fibra

relatório anual 2007

Área Internacional Na Área Internacional, responsável pelas captações externas em mercado de capitais e comércio exterior, o destaque do ano foi a estruturação de um A/B Loan com o IFC. Em setembro, em meio ao aperto de liquidez causado pelos créditos sub-prime norte-

americanos, foram finalizadas as seguintes operações, conhecidas conjuntamente como A/B Loan: (i) Empréstimo A: nota indexada subscrita pelo IFC, denominada em reais, no valor equivalente a US$ 40 milhões, pelo prazo de cinco anos; e (ii) Empréstimo B: empréstimo sindicalizado, colocado em 11 bancos, no montante de US$ 160 milhões e prazo de três anos. Ainda em junho, o Banco captou US$ 30 milhões por sete anos com o IFC. Já as operações de trade finance somaram R$ 765 milhões, financiadas por 55 bancos correspondentes. No encerramento do ano, os títulos emitidos no exterior, tanto em reais como em dólares, somavam o equivalente a R$ 545,8 milhões.

37


Consistência de resultados

O Fibra registrou lucro líquido de R$ 100,7 milhões, uma evolução de 41% sobre 2006, quando alcançou R$ 71,4 milhões. Esse resultado corresponde a uma rentabilidade anualizada de 20,3% sobre o Patrimônio Líquido médio do ano, superior aos 17% em 2006.

títulos públicos atuando como dealer especialista de juros do Banco Central em 2007. O aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa em 2007 é consistente com a expansão de 38% da carteira total de crédito, com destaque para o crescimento de 63% nas operações de varejo.

Patrimônio líquido e juros sobre capital próprio

Outras receitas e despesas operacionais

O patrimônio líquido do Banco totalizou R$ 544,2

As rendas de prestação de serviços tiveram expansão

milhões ao final do ano, com evolução de 23,5% em 12 meses. O índice da Basiléia, em 31 de dezembro de 2007, atingiu 13,2% (13,7% em dezembro de 2006), acima do limite exigido pelo Banco Central de 11%. Os juros sobre capital próprio somaram R$ 29,4 milhões, e seus valores, depois de deduzidos os efeitos tributários, foram capitalizados no período.

de 19,4%, atingindo R$ 23 milhões em 2007, aumento de R$ 3,7 milhões em comparação aos R$ 19,2 milhões de 2006, favorecido principalmente pelo maior volume de serviços nas operações de Varejo. As despesas de pessoal cresceram 32,7%, atingindo R$ 60,7 milhões em 31 de dezembro de 2007 – foram R$ 45,7 milhões em 2006 –, principalmente devido à expansão das equipes para atender ao crescimento do Banco nos segmentos Empresas e Varejo.

Resultado bruto da intermediação financeira O bom resultado do ano deve-se principalmente ao aumento de 36,9% no resultado bruto da intermediação financeira em relação ao ano anterior para R$ 237,3 milhões, fruto principalmente das receitas advindas da expansão da carteira de créditos.

relatório anual 2007

O resultado com títulos e valores mobiliários e derivativos apresentou crescimento de 14,2% em comparação a 2006, em contrapartida ao crescimento dos custos de captação. Esse aumento decorreu do maior volume de operações de intermediação de

38

Em outubro de 2007, o Banco adquiriu as operações da promotora CredLecca no Rio de Janeiro, com 260 funcionários, que provocaram impacto parcial nas despesas de pessoal do ano. Ao final do período, o Banco contava com 1.013 funcionários, dos quais 628 ligados às atividades da GVI Promotora de Vendas. Ao final de 2006 o total era de 659 funcionários. As outras despesas administrativas aumentaram 80,7%, atingindo R$ 55,1 milhões em 31 de dezembro de 2007,

41%

LUCRO LÍQUIDO MAIOR DO QUE EM 2006

FLUXO DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS 2007 E 2006

Banco Fibra S.A. 2007

Fibra Consolidado

2006 2007 2006

Atividades Operacionais Lucro Líquido do Período 100.660 71.416 100.660 71.416 Depreciação e Amortização 3.043 2.365 3.876 2.380 Resultado da Equivalência Patrimonial 12.879 (3.399) - Ajustes de Exercícios Anteriores - (19.063) - (19.063) Ajustes a Valor de Mercado (17.731) 35 (17.731) 35 (Aumento) Redução em Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (6.175.317) 5.719.339 (6.172.626) 5.716.648 (Aumento) Redução em Títulos e Valores Mobiliários 2.015.524 (3.450.826) 2.017.337 (3.411.153) (Aumento) Redução em Relações Interfinanceiras e Interdependências 58.951 42.602 (65.426) (23.833) Aumento em Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil (974.629) (973.518) (974.629) (973.518) (Aumento) Redução em Outros Créditos (218.069) (165.401) (243.552) (206.951) Aumento em Outros Valores e Bens (11.811) (20.377) (11.773) (20.108) Redução em Outras Obrigações 171.630 140.417 171.697 163.026 Variação nos Resultados de Exercícios Futuros (579) 477 (579) 477 Atividades Operacionais – Caixa Líquido Aplicado (5.035.449) 1.344.067 (5.192.746) 1.299.356 Atividades de Investimentos Alienação de Imobilizado de Uso 38 1.154 45 Alienação de Participações Societárias - 21.479 - Alienação de Investimentos 2.041 807 1.165 807 Variação das Participações Societárias e Minoritárias (38.501) - (2) 3 Aquisição de Investimentos (61.358) (809) (671) (810) Aquisição de Imobilizado de Uso (1.532) - (5.990) (1.299) Aplicações no Diferido (3.797) (121) (88.422) (181) Atividades de Investimentos – Caixa Líquido Proveniente (Aplicado) (103.109) 22.510 (93.875) (1.480) Atividades de Financiamentos Aumento (redução) em Depósitos 623.770 553.106 755.008 591.208 Aumento (redução) em Captações no Mercado Aberto 3.816.408 (2.356.586) 3.824.358 (2.367.500) Aumento (redução) em Recursos de Aceites e de Emissão de Títulos (64.452) 230.571 (64.452) 230.571 Aumento (redução) em Obrigações por Empréstimos e Repasses 703.288 269.941 703.288 269.941 Aumento (redução) em Instrumentos Financeiros Derivativos Passivo 10.032 (38.483) 20.052 3.106 Recursos de Acionistas – Aumento de Capital 51.180 55.930 51.180 55.930 Remuneração do Capital Próprio e Dividendos Distribuídos (29.438) (65.800) (29.438) (65.800) Atividades de Financiamentos – Caixa Líquido Proveniente 5.110.788 (1.351.321) 5.259.996 (1.282.544) Aumento Líquido em Disponibilidades Disponibilidades no Início do Período Disponibilidades no Fim do Período Aumento (redução) das Disponibilidades

(27.770) 34.482 6.712 (27.770)

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(26.625) 34.690 8.065 (26.625)

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banco Fibra

Resultado no período

39


Consistência de resultados

aquisição de créditos originados por outras instituições financeiras de menor porte, em especial crédito consignado de funcionários públicos e pensionistas do INSS. Ao final do ano, essa carteira totalizava R$ 504,7 milhões, representando um crescimento de 50,8% nos últimos 12 meses.

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Resultado não operacional No último trimestre do ano, de acordo com o processo de desmutualização da BM&F, o Fibra realizou a venda de 45% de sua participação nas ações daquela Bolsa, sendo que o resultado líquido obtido, de R$ 24,4 milhões, foi neutralizado pelo reforço de provisões, especialmente as relacionadas a créditos de liquidação duvidosa, e para provisões referentes a participações nos lucros do exercício. Do restante das ações, 15,5% foram classificadas como títulos disponíveis para venda e o saldo de 39,5% permanecem no ativo permanente a valor de custo.

A qualidade da carteira de crédito apresentou importante melhora, fruto do aperfeiçoamento dos processos de concessão de crédito. O índice de inadimplência medido pelos créditos vencidos há mais de 90 dias pelo total da carteira caiu de 1,6% em dezembro 2006 para 0,8% em dezembro 2007. O saldo consolidado de provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 110,4 milhões, equivalente a 2,5% do volume total das operações de crédito, com 295,7% de cobertura para todos os créditos que apresentam atraso há mais de 90 dias.

Operações de crédito e qualidade da carteira

Captação de recursos

relatório anual 2007

O saldo das operações de crédito consolidadas, ao final do ano, atingiu o montante de R$ 4.478,6 milhões, um crescimento de 38% em relação a dezembro de 2006. As operações de crédito do Banco Fibra têm sido focadas em seu negócio principal, o segmento Empresas, no qual possui know-how diferenciado, além de agilidade e eficiência no atendimento ao cliente, que permitem sustentar sua posição como um player importante nesse mercado. No ano, a carteira cresceu 33,4% e alcançou um total de R$ 3.463,1 milhões.

40

As operações de Varejo cresceram 63% nos 12 meses findos em dezembro 2007 e atingiram R$ 510,8 milhões. Por meio de sua controlada GVI Promotora, o Fibra oferece produtos como crédito direto ao consumidor, crédito pessoal, crédito pessoal consignado e, desde setembro 2007, crédito imobiliário. O Banco atua também na

As captações totais do Fibra, de R$ 4.619 milhões ao final de 2007, cresceram 47% em relação ao ano anterior. O Banco possui fontes de captação (funding) diversificadas e adequadas a cada linha de seus ativos, como política de evitar descasamentos. Em 31 de dezembro de 2007, 67,2% das captações eram domésticas, tendo sido obtidas principalmente via depósitos e aplicações – estas por meio de emissão de CDBs e CDIs ao custo médio, no ano, de 104% do CDI (incluindo FGC) e prazo médio de dez meses, que representam 54,5% das captações totais. Outras fontes de captação domésticas do Banco referem-se a obrigações por empréstimos e repasses (7,5%), emissão de títulos no exterior em reais (2,9%), bem como dívida subordinada (2,2%). Na mesma data, 32,8% das captações eram realizadas no exterior, tendo sido feitas via bancos correspondentes para financiar operações de trade finance dos clientes (16,8%), emissão de títulos (6,9%), empréstimo sindicalizado no exterior (6,3%) e dívida subordinada (1,2%).

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banco Fibra

decorrente principalmente de os custos incorridos pela controlada GVI Promotora de Vendas terem passado a compor as demonstrações consolidadas do Banco quando da sua incorporação em fevereiro de 2007.

41


Consistência de resultados

O Fibra reúne uma série de qualidades que, embora não estejam claramente quantificadas, representam importantes diferenciais competitivos no dia-a-dia dos negócios. Esses ativos intangíveis contribuem para melhorar ainda mais a percepção positiva do mercado em relação ao Banco.

Marca A palavra Fibra, por si só, remete ao conceito

formação contínua do seu quadro, em todos os níveis. Os executivos seniores têm forte

de firmeza, flexibilidade e coragem para enfrentar e superar adversidades. E, por ter como origem um grupo industrial como o Vicunha, conhecido pela tradição e solidez em todos os negócios em que atua, o Banco Fibra reúne condições para entender melhor as necessidades dos clientes do setor produtivo.

formação acadêmica, vasta experiência e amplo conhecimento nas suas áreas de atuação. Têm em média mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.

relatório anual 2007

Pessoas A qualificação e a experiência dos profissionais são um dos principais fatores de crescimento da instituição. Sob uma política clara de alinhar seus objetivos estratégicos aos interesses pessoais de cada colaborador, o Banco se empenha em motivar sua equipe. Os principais instrumentos são uma plataforma moderna de remuneração e benefícios, para manter e atrair os melhores talentos para o seu time, e o investimento na

42

Governança e atitude Com essas características enraizadas em seu DNA por seu acionista controlador – o Grupo Vicunha –, o Fibra conduz seus negócios sob elevado grau de governança corporativa. As decisões estratégicas no dia-a-dia dos negócios são tomadas por profissionais de mercado, independentes, com amplo conhecimento e altamente qualificados. O ingresso do IFC como acionista e o planejamento da abertura de capital fortalecem ainda mais as práticas de governança na instituição, com reforço às práticas de transparência.

20

ANOS É A MÉDIA DE TEMPO DE EXPERIÊNCIA DOS PRINCIPAIS EXECUTIVOS

Tecnologia O Fibra opera em plataforma distribuída, utilizando ambiente operacional Unix, mais robusto, seguro e estável do que o dos concorrentes do mesmo porte. Essa infra-estrutura permite traçar um caminho confortável para a sua estratégia de crescimento dos negócios. No Varejo, a plataforma tecnológica possibilita realizar a avaliação da qualidade de crédito pessoal e CDC via web, com agilidade de resposta para o cliente e maior segurança para a organização e o lojista. Diversidade de produtos Tanto na área de Atacado como na de Varejo oferece aos clientes uma gama de produtos de crédito, destacando-se na comparação com os concorrentes. Essa diversificação protege a instituição de volatilidades de mercado, minimizando riscos. Em crédito corporativo, a área de finanças dá suporte às operações e complementa os negócios com produtos financeiros especializados e sob medida. Em crédito a pessoas físicas, a carteira de produtos (CDC, CDC estruturado, crédito pessoal, crédito consignado e imobiliário) permite atender diferentes necessidades dos clientes e coloca o Fibra em posição privilegiada para aproveitar o potencial de expansão desse segmento.

Modelo de relacionamento O Banco mantém com os clientes corporativos uma relação que visa o longo prazo, com profundo conhecimento de seus negócios e suas necessidades em cada etapa de seu ciclo. Essas características resultam em uma base sólida, segura, ampla e, sobretudo, fiel, em linha com a política de monitoramento dos créditos concedidos e a mitigação dos riscos de inadimplência. Rede de distribuição A área de Varejo possui uma importante plataforma própria de negócios, composta por escritórios comerciais, lojas e quiosques em lojistas, além de vasta capilaridade com lojistas e correspondentes bancários localizados em nove Estados brasileiros. A manutenção de equipes especializadas e segmentadas conforme o ramo de atuação (turismo, materiais de construção, móveis, etc.) permite entender o ciclo de negócios dos distribuidores, atender às suas necessidades e desenvolver processos e controles personalizados. A expansão da rede é acompanhada de forte controle de índices de inadimplência por segmentos e região, com a adoção de medidas rápidas para garantir a qualidade de crédito da carteira.

banco Fibra

ATIVOS INTANGÍVEIS

43


4

transparência e controles

transparência e controles Governança corporativa 46 Gestão de riscos 56

A adoção de elevados padrões de governança corporativa de gestão de riscos constituem importantes

e políticas socioambientais e a estrutura sedimentada diferenciais competitivos do Banco Fibra.


transparência e controles

Governança Corporativa

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Além de pertencer ao Grupo Vicunha, com larga tradição em governança, o Banco conta com a participação do IFC, órgão que exige de seus parceiros elevados padrões de governança corporativa e de políticas socioambientais.

Não há laços familiares entre executivos e membros do Conselho de Administração ou da família controladora. Assim, as decisões

Conselho de Administração

estratégicas no curso normal de negócios são tomadas por profissionais de mercado, independentes, sem conflito de interesses com o controlador.

deles independente e outro indicado pelo IFC. Está prevista a eleição de mais um membro independente para perfazer um conselho com sete membros. O mandato é de dois anos, sendo permitida a reeleição, e os integrantes não estão sujeitos à aposentadoria compulsória em razão da idade. Nenhum dos conselheiros tem o direito de receber qualquer remuneração adicional no caso de destituição do cargo.

A administração do Banco Fibra cabe a dois órgãos: o Conselho de Administração e o Comitê Executivo:

Responsável pelo direcionamento estratégico dos negócios, é integrado por seis membros, sendo um

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relatório anual 2007

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46

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banco Fibra

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47


transparência e controles

COMITÊ EXECUTIVO Em agosto, o Banco promoveu uma reestruturação organizacional e instituiu o Comitê Executivo. Seu objetivo é coordenar e colocar em prática as principais diretrizes, além de acompanhar os resultados consolidados, durante reuniões quinzenais.

O Comitê é constituído por cinco membros permanentes: o presidente do Conselho de Administração, três vice-presidentes executivos (de Negócios de Atacado, de Negócios de Varejo, e da Área Corporativa) e o diretor executivo da Área Financeira e Internacional. A estrutura colegiada substituiu o modelo anterior, que mantinha um diretor-superintendente.

No apoio ao Conselho de Administração e ao Comitê Executivo atuam nove comitês:

Comitê de Auditoria Tem como principais responsabilidades revisar as demonstrações contábeis e supervisionar o cumprimento das normas e dos procedimentos de contabilidade.

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relatório anual 2007

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48

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nove comitês

COMITÊS

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O Conselho de Administração e o Comitê Executivo são apoiados por

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Sede do Banco: Faria Lima, 3729, 11o e 12o andares

Comitês de Crédito São responsáveis pela análise e aprovação de operações e limites de crédito para clientes ou potenciais clientes. São subdivididos por segmento de mercado, com o seguinte funcionamento: Empresas – Reuniões semanais, com alçadas por valores, prazos e garantias das operações. A decisão de crédito deve ser consensual. No caso de divergência, a decisão cabe ao diretor de Crédito. Operações acima de R$ 10 milhões são informadas ao Comitê Executivo, que também ratifica os empréstimos superiores a R$ 20 milhões. Varejo – Responsável pela política de crédito no segmento Pessoa Física, com reuniões semanais. É composto pelo gerente de risco, gerente de crédito, comercial responsável pela região e Diretoria de Planejamento.

banco Fibra

O Conselho é responsável pela nomeação da Diretoria e orientação e fiscalização de sua gestão. As reuniões ocorrem, ordinariamente, uma vez a cada trimestre, e, extraordinariamente, a qualquer tempo, sempre que solicitado pelo presidente do colegiado.

49


transparência e controles

Banco; (ii) discutir as políticas de alocação de recursos em geral; (iii) definir a taxa de retorno em relação ao risco assumido, bem como monitorar se as operações realizadas estão de acordo com essas políticas; (iv) discutir as políticas e as formas de captação de recursos em razão das políticas de alocação de recursos.

relatório anual 2007

Comitê de Risco de Mercado Suas principais atribuições são definir e divulgar a política de riscos do Banco, discutir cenários para estabelecer limites de perda admissíveis, certificar-se da identificação de riscos inerentes a novos produtos e analisar os parâmetros de gerenciamentos, os limites de VaR e os cenários de estresse de acordo com alterações no cenário econômico prospectado pela Área Econômica.

50

Comitê de Produtos Tem como objetivos determinar prioridades de demanda, apresentar estudos de viabilidade e impactos em sistemas, prazos e custos e elaborar recomendações à Diretoria. O comitê se reúne mensal ou extraordinariamente, de acordo com a demanda, e é composto por executivos das áreas de produtos, processos, tecnologia da informação, projetos, crédito, back office, compliance, auditoria e riscos de mercado. Comitê de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Controles Internos É responsável pela recepção, análise e posterior comunicação à Diretoria e aos órgãos reguladores competentes sobre operações suspeitas. São membros permanentes a Vice-Presidência Corporativa, a Diretoria de Suporte a Operações, Compliance e Riscos, a Superintendência de Compliance e a Diretoria Jurídica. Comitê de Divulgação Tem como principais atribuições a avaliação da relevância de atos ou fatos ocorridos relacionados aos negócios do Banco e a supervisão do processo de difusão de informações para o mercado de valores mobiliários. É composto de forma permanente

o Comitê de Ética

norteia ambiente saudável de trabalho

pelo diretor de Relações com Investidores, o vice-presidente executivo de Negócios de Atacado, membros das áreas Jurídica, Controladoria, Relações com Investidores e Comunicação, e um membro temporário representante da área que originou o fato relevante, quando for o caso.

sobre questões de conduta pessoal e profissional, a fim de proporcionar um ambiente saudável de trabalho. É integrado pelo vice-presidente executivo Corporativo, pelo diretor de Suporte a Operações, Compliance e Riscos e por membros das áreas de Compliance, Auditoria, Jurídica e de Recursos Humanos.

CÓDIGO DE ÉTICA Comitê de Ética Tem como atribuições promover a cultura ética, aprovar políticas relacionadas e deliberar

Advindas da alta administração, as diretrizes básicas do Código de Ética do Banco Fibra estabelecem os padrões de ética sobre diversos assuntos que podem

banco Fibra

ALCO (Asset & Liabilities Committee) Define as diretrizes em relação à gestão de capital e aos riscos estruturais do balanço (taxas de juros, liquidez, câmbio e país). Seus membros se reúnem quinzenalmente e integram a Diretoria e as áreas de Controladoria, Compliance e Riscos, Captação e Tesouraria. Dentre outras atribuições, destacam-se: (i) acompanhar as políticas gerais aplicadas pelas áreas operacionais e seu relacionamento com a estratégia global do

51


transparência e controles

A Ouvidoria capta

tendências de evolução no relacionamento com os clientes

Política de Investimentos Pessoais Atendendo às determinações da legislação vigente e seguindo a esteira das melhores práticas de mercado, o Fibra mantém Política de Investimentos Pessoais destinada a todas as pessoas contratadas, inclusive vice-presidentes, diretores e membros dos comitês de Auditoria, Executivo e Fiscal.

relatório anual 2007

52

Nacional, suspendeu, até 31 de dezembro de 2008, a obrigatoriedade relativa à substituição periódica do auditor independente contratado pelas instituições financeiras.

A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com critérios internacionalmente aceitos.

Essa decisão visa possibilitar o desenvolvimento de estudos conjuntos com a CVM, que será conduzido após a conclusão do ciclo do rodízio pelas sociedades anônimas de capital aberto, com o propósito de avaliar a eficácia de tal

A Resolução no 3.503, do Conselho Monetário

exigência no mercado brasileiro.

solucionadas pelo atendimento habitual da instituição, servindo também como instrumento de diálogo com esses públicos. Sendo seu principal compromisso a satisfação do cliente, a Ouvidoria também capta tendências que permitem ao Banco evoluir no relacionamento com os clientes, além de antecipar procedimentos compatíveis com as novas demandas do mercado.

ACORDO DE ACIONISTAS

A Ouvidoria do Banco Fibra, constituída em 2007, dispõe de diretor responsável e estrutura

O acionista controlador e o IFC celebraram acordo, em junho de 2007, que permanecerá em vigor enquanto for mantida a participação acionária, prevista por no mínimo cinco anos. Ele estabelece direitos de veto em algumas matérias a serem submetidas à aprovação da Assembléia Geral e regula termos e condições relativos à eleição de membros do Conselho de Administração.

de atendimento diferenciados para pessoas jurídicas e físicas. Sua principal função é receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às reclamações dos clientes e dos usuários de produtos e serviços que não forem

Prevê ainda quórum qualificado para decisão sobre alguns temas, a exemplo de operações com partes relacionadas, substituição de auditores independentes e alteração do plano de negócios.

OUVIDORIA

O Fibra, em consonância com o teor da Instrução no 381, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não contratou nem teve serviços não relacionados à auditoria externa prestados pela KPMG Auditores Independentes.

banco Fibra

provocar situações de conflito ou riscos e orientam a conduta e as decisões dos dirigentes, colaboradores e prestadores de serviço no cumprimento de suas atribuições. O Banco divulga seu Código de Ética para todos os funcionários e o coloca à disposição em seu site institucional e na Intranet.

AUDITORES INDEPENDENTES

53


transparência e controles

INTEGRANTES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Ricardo Steinbruch Presidente do Conselho de Administração desde junho de 1994. Nascido em 1958, é graduado em Administração de Empresas pela FGV. Atuou como membro do Conselho de Administração e diretor de diversas empresas do Grupo Vicunha. Atualmente é diretor-presidente e presidente do Conselho de Administração da Vicunha Têxtil.

Clarice Steinbruch Conselheira desde abril de 1994. Nascida em 1958, é graduada em Administração de Empresas pela FGV e cursa Direito na Universidade Paulista. Atuou como membro do Conselho de Administração e diretora de diversas empresas do Grupo Vicunha.

Eliezer Steinbruch Conselheiro desde abril de 1994. Nascido em 1927, fundou a Elizabeth S.A. Indústria Têxtil, em 1953, uma das empresas-base do Grupo Vicunha. Fundou o Grupo Vicunha em 1967 e é acionista fundador do Banco Fibra S.A. É diretor de diversas empresas do Grupo Vicunha.

Maercio Soncini Diretor vice-presidente executivo de Negócios de Atacado, atua no Banco Fibra desde outubro de 1999. Nascido em 1955, é graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Administração em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, e em Administração pelo Insead-Fontainebleau, na França. Possui experiência no mercado financeiro desde 1978, com atuação nos bancos Crefisul, Francês e Brasileiro, BankBoston e Sudameris S.A. É também membro do Comitê de Auditoria do Fibra e diretor da Fibra Asset Management DTVM Ltda. e de outras empresas do grupo.

Marcio Ronconi de Oliveira

Conselheira desde setembro de 2005. Nascida em 1954, é graduada em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP. Atuou como membro do Conselho de Administração e diretora de diversas empresas do Grupo Vicunha.

João Lucas Duchêne

Osias Santana de Brito

Conselheiro apontado pelo IFC. Nascido em 1955, graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP e pelo INSEAD (Fontainebleau, France) – Risk Management in Banking. Atuou no BankBoston de 1979 a 2002 na área de Crédito e como diretor Estatutário de Risco para o Brasil. Desde julho de 2002 atua no IFC, onde é Chief Credit Officer.

Diretor vice-presidente executivo Corporativo e diretor de Relações com Investidores desde julho de 2007. Nascido em 1963, é graduado em Contabilidade pela FEA-USP, e mestre e

Luiz Nelson Guedes de Carvalho

relatório anual 2007

INTEGRANTES DA DIRETORIA

Diretor vice-presidente executivo de Negócios de Varejo desde 2006. Nascido em 1952, é graduado em Administração de Empresas pela Unicid e participou de cursos de aperfeiçoamento profissional – com destaque para desenvolvimento gerencial, jogos de crédito – e estágios realizados no Credit Lyonnais (Paris) e no Visa International (EUA). Atuou como diretor de Desenvolvimento de Negócios e Produtos Financeiros e Créditos Consignados do Banco VR e diretor executivo do segmento de Varejo do Banco Inter American Express. Atua como diretor da GVI.

Elisabeth Steinbruch Schwarz

54

sediada em Londres, com mandato até dezembro de 2008. É membro da Corte de Arbitragem Internacional da Câmara Internacional de Comércio (ICC), sediada em Paris.

Conselheiro independente desde novembro de 2007. Nascido em 1945, é graduado em Economia pela FEA-USP e em Ciências Contábeis pelas Faculdades São Judas Tadeu – SP, além de mestre e doutor strictu sensu em Contabilidade e Controladoria pela FEA-USP. É professor concursado da FEA-USP e membro da Comissão Consultiva da CVM sobre Normas Contábeis e do Conselho de Administração de várias empresas e revistas relacionadas a normas contábeis e mercado financeiro e de capitais. Presidente do Conselho Consultivo de Normas (S.A.C. – Standards Advisory Council) da Junta de Normas de Contabilidade Internacional (IASB – International Accounting Standards Board),

doutor strictu sensu em Contabilidade e Controladoria pela mesma faculdade. Atuou como diretor executivo de diversas áreas no Credibanco, Banco WestLB, Santander Banespa e Unibanco. É autor dos livros Controladoria de Risco-Retorno, Mercado Financeiro e Gestão de Riscos, editados pela Editora Saraiva, e coordenador do MBA de Finanças do Instituto Mauá de Tecnologia entre 2000 e 2002.

Cassio Fernando von Gal Diretor financeiro e internacional desde 2001. Nascido em 1958, é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Mackenzie e cursou o Trading Floor Program no Chase Manhattan Bank (NY), em 1991. Atuou no Banco Francês e Brasileiro, na Divisão Financeira; no The First National Bank of Boston, na área de filiais e mesa de operações; e nas tesourarias da Norchem, do Banco Chase Manhatan e do Banco BMC S.A.

Carlos Alexandre Ribeiro Bicudo Diretor de Crédito. Nascido em 1968, é graduado em Química pela Universidade Mackenzie, cursando também Administração de Empresas na FEA-USP. Atua na área de crédito desde 1992, com passagens pelos bancos Itamarati e ABC Brasil.

Gustavo Fonseca Troccoli Diretor de Produtos e Operações Estruturadas. Nascido em 1962, é graduado em Economia pela Universidade Cândido Mendes (RJ), pós-graduado em Derivativos pela BM&F, Módulos de Elementos de Renda Fixa, Avaliação dos Contratos de Opções, Estimação de Volatilidade, Opções sobre Taxas de Juros e Risk Management. Atuou por oito anos no Banco Icatu S.A., foi controller da International Corporate Finance – Latin America (LAIBG) do Banque Nationale de Paris – BNP. Atua no Banco desde agosto de 1999, tendo vasta experiência na área de estruturação e venda de produtos de tesouraria e comercial e relacionamento interbancário local. É também diretor de Relações com Investidores da Fibra Companhia Securitizadora de Créditos Imobiliários.

Luciana Buchmann Freire Diretora Jurídica, atua no Banco desde 2001. Nascida em 1966, é graduada em Direito com especialização em Direito Empresarial e Administração de Instituições Financeiras pela Universidade de São Paulo. Atuou no Banco Rabobank International Brasil S.A. como diretora executiva responsável pelas áreas Jurídica e de Compliance; no Banco Santos S.A., responsável pela área Jurídica; e no Noronha Advogados, como advogada da área internacional bancária. É membro da Comissão Jurídica da Associação Brasileira de Bancos Comerciais (ABBC) e da Comissão Jurídica da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Ricardo Fuscaldi de Figueiredo Baptista Diretor de Suporte a Operações, Compliance e Riscos desde novembro de 2007. Nascido em 1970, é graduado em Engenharia Eletrônica pelo ITA, com MBA em Finanças pelo Ibmec, Mestrado em Estatística pela USP e, atualmente, realizando doutorado em Finanças pela FGV. Possui o título de Financial Risk Manager pelo Global Association of Risk Professionals (GARP). Foi responsável pela infra-estrutura de telecomunicações da filial de São Paulo do Bacen, além de gerente de

Tesouraria do Banco Excel-Econômico, gerente na área de Gestão de Riscos do Banco Bradesco e diretor de Risco e Crédito em Wealth Management do UBS Pactual para Brasil e América Latina.

Simone Schmidt Belleza Colombino Diretora Comercial do segmento Empresas, está no Banco desde 2000. Nascida em 1963, é graduada em Direito pela FMU, com MBA em Marketing pela FAAP. Com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, atuou no Unibanco, BFB, Banco Cidade (BNP), Excel Banco e BBV em mercados corporativos e middle market. Da esquerda para direita: Osias Brito, Maercio Soncini, Ricardo Steinbruch, Marcio Ronconi e Cassio von Gal


transparência e controles

Gestão de riscos Em 2007, o Banco Fibra sedimentou a estrutura de gestão dos riscos inerentes aos seus negócios a partir da integração de todas as áreas de controle. O objetivo é ampliar a sinergia entre elas, também por meio da adequação da infra-estrutura tecnológica existente, e construir um cronograma de ações para alinhar-se aos princípios e às exigências do acordo de Basiléia II.

O sistema de controles internos é um processo estruturado, que abrange todas as instâncias do Banco, de forma a permitir a condução segura, adequada e eficiente dos negócios e em linha com o estabelecido pelos órgãos reguladores. Os fluxos de processos e sistemas são avaliados, com a aplicação regular de testes de aderência, para aferir a efetividade dos controles, com envolvimento das áreas e dos comitês de Controles Internos e Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Auditoria. O trabalho está alinhado aos padrões estabelecidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the

de controle de riscos amplia sinergia

Treadway Commission (Coso) e pelo Control Objectives for Information and Related Technology (Cobit), que abrangem aspectos de negócio e de tecnologia. Prevenção à Lavagem de Dinheiro O Banco adota uma série de medidas para combater casos de corrupção e uso de sua estrutura para negócios ilícitos. Para isso, mantém política, processos e sistemas específicos de controle e prevenção à lavagem de dinheiro. A política Conheça seu Cliente, os investimentos em treinamento, os processos e os sistemas de controle

e monitoramento de operações permitem a identificação de situações atípicas, que, depois de analisadas por uma equipe de especialistas, são enviadas para avaliação de um Grupo de Trabalho. Se há pertinência, e mesmo que a operação não tenha sido realizada, o caso é encaminhado às autoridades competentes. As unidades de negócios têm autonomia para recusar negócios e operações que considerem suspeitas ou atípicas.

relatório anual 2007

Controles Internos e Riscos Operacionais O sistema busca assegurar o efetivo cumprimento das regulamentações legais e das políticas internas, mantendo padrões de credibilidade e segurança. Tem ainda como objetivo identificar, mensurar, avaliar, monitorar e gerenciar riscos operacionais, minimizando a exposição a riscos relevantes.

56

Segurança da Informação A confidencialidade, a integridade e a disponibilidade das informações do Fibra são asseguradas por treinamentos aos profissionais das áreas de negócios e adoção de procedimentos e controles, por meio de um processo contínuo de análise, planejamento, aplicação e manutenção.

RISCO OPERACIONAL O sucesso no controle do risco operacional é baseado na disseminação da cultura, na disponibilidade de ferramentas e metodologias e na divulgação de políticas. Essas premissas permitem a melhoria de processos internos, bem como o suporte às áreas de negócios, com o objetivo de aprimorar a eficiência operacional e reduzir o comprometimento de capital. Com um contínuo trabalho de alinhamento às práticas de mercado na gestão e no controle de risco operacional, o Fibra está se preparando para atender às orientações do Novo Acordo de Capitais de Basiléia, conforme cronograma estabelecido pelo Banco Central. Tem como meta alcançar qualificação para o Modelo Avançado de Alocação de Capital.

RISCO DE MERCADO A gestão de risco de mercado é realizada com a observação e o controle da movimentação adversa das taxas e dos preços de mercado, pois fatores como juros e câmbio têm impacto sobre as posições. Busca-se gerenciar descasamentos entre as carteiras ativa e passiva da Instituição, que podem ocorrer devido a diferenças de prazos, moedas e indexadores existentes nessas carteiras.

banco Fibra

CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE

Integração das áreas

57


transparência e controles

A extrapolação de um desses limites inicia uma ação, que pode variar da avaliação da continuidade da posição ao seu fechamento parcial/total (Stop Loss) para readequação. A decisão é tomada pelo Comitê de Risco de Mercado, que avalia e revisa periodicamente os limites e os cenários de estresse.

RISCO DE CRÉDITO O Banco conta com controles de risco de crédito que permitem monitorar a qualidade da sua carteira, antecipando-se a eventuais problemas que possam ocorrer com seus clientes. As políticas e as decisões de crédito são definidas por comitês (mais informações na página 49). No Atacado, a premissa básica para concessão de crédito é a capacidade de a empresa apresentar fluxo de caixa adequado, de modo a dar continuidade normal às suas atividades, e, de forma complementar, a capacidade de acesso a linhas de crédito. A política do Fibra estabelece alçadas de aprovação de crédito, que observam montante, prazo e garantia da operação. Cada nível representa um comitê específico responsável pela avaliação e decisão do crédito. No Varejo, a GVI conta com uma política de alçadas específica para a rede, mas alinhada com a do Banco. No primeiro nível dessa estrutura, a aprovação é realizada por sistema de escores, que avalia o perfil do cliente e o valor comprometido de sua renda.

VaR do Banco FIBRA – R$ mil (Abrange todas as carteiras)

29.dez.06

31.dez.07

1.653,9

3.510,3

517,3

2.951,3

1.205,6

481,9

463,4

15,1

13,0

12,8

Efeito de diversificação

(2.046,6)

(2.245,9)

VaR global total

1.806,6

4.725,5

relatório anual 2007

Renda variável

58

Prefixado Dólar + Cupom cambial Selic/IPCA Outros

O sistema de controles internos e compliance garante a

segurança dos negócios

RISCOS DE LIQUIDEZ O controle desse risco tem o objetivo de manter níveis de liquidez adequados ao perfil das operações da Instituição, ativas e passivas. Os instrumentos adotados na gestão do risco de liquidez são: Controle do Caixa Objetivo Manutenção de um nível de conforto de caixa considerado adequado para as atividades de crédito e captação, com monitoramento diário. O Caixa Objetivo é definido pelo Comitê ALCO – Assets & Liabilities Committee (mais informações na página 50). Em 31/12/07, o Caixa Objetivo era de aproximadamente 80% do patrimônio líquido. Controle do Risco de Liquidez O nível de liquidez é monitorado diariamente, com a observação do fluxo de vencimentos até o esgotamento das carteiras de ativos e passivos. Esse fluxo é acompanhado no Comitê ALCO, que define as alternativas para o gerenciamento do nível

mínimo de caixa, compatível com a exposição do risco decorrente das características dos seus ativos e passivos, o seu quociente de adequação de capital e as condições de mercado. Plano de Contingência de Liquidez É o instrumento de gestão em que estão definidas as ações e as medidas a serem adotadas quando a projeção de liquidez de curto prazo indicar níveis inferiores ao limite mínimo definido. Em caso de eventual escassez de recursos e agravamento de crises no mercado financeiro, a Diretoria Financeira (responsável pela gestão das carteiras de tesouraria) aciona o plano de contingência de liquidez, que abrange as seguintes alternativas: captações externas (com o apoio do acionista estrangeiro estratégico); cessões de crédito; avais e fianças; captação de recursos de empresas do grupo controlador do Banco; diminuição ou até interrupção das concessões de crédito até a regularização da liquidez; e venda de carteira de títulos privados.

banco Fibra

Para quantificar os riscos de mercado são utilizados o VaR Paramétrico, que fornece a perda esperada dado um nível de confiança de 95%, e simulações de estresse, que consideram cenários extremos para a avaliação do potencial máximo de perda de uma carteira. Na simulação de estresse, além do impacto de cada cenário por fator de risco, é avaliada também a distribuição dos valores de estresse em cada um dos vértices adotados, por meio da análise da Concentração por Vértice (CPV). O montante líquido em determinados produtos financeiros e a exposição do Banco às medidas de risco (VaR, simulação de estresse e CPV) são regidos por uma estrutura interna de controles e limites.

59


gestão socioambiental Capital humano 62 Desempenho socioambiental 64

Principal pilar de crescimento do Banco Fibra, seu capital que contempla uma série de oportunidades

5

humano é conduzido por um modelo de valorização de desenvolvimentos pessoal e profissional.


Gestão socioambiental

CAPITAL HUMANO

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O Banco Fibra tem em seus colaboradores um dos principais pilares de seu crescimento. Para valorizá-los, mantém uma política de recursos humanos transparente, que associa metas de avaliação de desempenho a um modelo de remuneração variável, e investe continuamente em programas de desenvolvimento profissional.

ou em curso e 9% com pós-graduação (percentuais que sobem para 93% de graduados, dos quais 23% com pós-graduação, se contabilizados só os funcionários do Banco). Como conseqüência da renovação de pessoal, promovida para dar suporte aos grandes desafios que a Instituição tem pela frente, 46% dos profissionais tinham até um ano de casa.

2005 (1)

2006

2007

5

6

6

Comercial e Produtos

77

87

125

Crédito

22

30

43

Finanças

23

22

32

122

132

179

33

38

0

Comercial (GVI)

169

182

Infra-estrutura (GVI)

175

446

282

659

1.013

relatório anual 2007

Asset

62

Por meio do Programa de Trainees, desenvolvido para formar profissionais capazes de assumir posições estratégicas no Banco, dez pessoas foram efetivadas em 2007, após passarem por treinamentos intensivos. Além disso, cinco jovens aprendizes compunham o quadro profissional. Para se manter na Instituição, eles têm de comprovar freqüência escolar e baixa renda familiar, além de potencial de desenvolvimento e conhecimentos gerais.

Corporativo Varejo

Total (1) As operações da GVI e do CredFibra foram adquiridas a partir de 2006

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-1

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Treinamento

Benefícios

Em sintonia com sua política de valorização de profissionais, o Fibra investiu no ano R$ 476 mil em treinamento, especialmente na área comercial. Para disseminar a cultura de companhia aberta, cerca de 150 funcionários do Banco e da GVI também participaram de ciclo de palestras sobre relações com investidores, IPO e mudanças ocorridas no dia-a-dia das companhias ao serem listadas em bolsa. Além disso, em conjunto com outras empresas do Grupo Vicunha e parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Fibra criou um curso de MBA com foco em gestão de negócios, direcionado a gerentes. Dez profissionais receberam bolsa para cursá-lo em 2007. Outras atividades envolveram o programa de formação bancária para o grupo de trainees, responsabilidade social empresarial, workshop em gerenciamento de projetos para a equipe de tecnologia e workshop de preparação para tutores dos trainees.

Além dos benefícios previstos pela legislação, que demandaram R$ 5,6 milhões (incluída GVI) no ano, o Banco Fibra oferece aos profissionais oportunidades de melhoria da saúde e qualidade de vida. Anualmente, realiza a Semana da Saúde, que, em 2007, na terceira edição, incluiu campanha de vacinação antigripe, quick massage, palestras sobre sedentarismo e doenças cardiovasculares, prática de tai chi chuan, sorteios de viagens e estadas em spas e distribuição de brindes. Além disso, patrocinou a participação de 20 colaboradores na Maratona do Pão de Açúcar de Revezamento, realizada em setembro. Por meio de convênios com academias de ginástica, obtém descontos aos profissionais, como forma de incentivá-los a praticar exercícios e manter a saúde em dia. Em datas como Dia da Criança, Páscoa e Natal, são distribuídos presentes e cestas.

banco Fibra

aos R$ 18,4 milhões de 2006 – e promoveu 8.667 horas de treinamento. O valor desembolsado em salários e encargos totalizou R$ 60,7 milhões, somando os colaboradores do Banco e da GVI. Para medir o grau de satisfação dos funcionários, também realizou Pesquisa de Clima, que revelou percentual de 75% de satisfeitos e muito satisfeitos. O levantamento apontou ainda que os profissionais sentiam falta de mais feedback e coaching em suas atividades, o que motivou a área de Recursos Humanos a criar o Programa de Desenvolvimento de Gerentes (PDG).

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

1 )1

e 13% mais de 46 anos. Possuem sólida formação acadêmica, sendo 55% com ensino superior completo

O Fibra encerrou 2007 com 1.013 colaboradores, que formam uma equipe predominantemente jovem, mas combinada a profissionais experientes: 59% tinham até 35 anos; 28% entre 36 e 45 anos,

L=EHG <= ;9K9

1

)+

Em 2007, distribuiu R$ 27,1 milhões a título de participação nos resultados – volume 47,3% superior

Perfil

>GJE9yÃG =K;GD9J

63


Gestão socioambiental

DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL Em 2007, o Banco Fibra formalizou uma política socioambiental, desenvolvida de forma alinhada às diretrizes do IFC. Por meio dessa política o Banco Fibra passa a apoiar empresas que tenham o comprometimento com as melhores práticas sociais e ambientais.

Com essa finalidade, foram adotados procedimentos de avaliação e acompanhamento dos clientes,

de presença nos ambientes da sede, em São Paulo. Nesse local, é também realizada

incluindo uma due diligence, ambiental e social, envolvendo a análise do setor de atuação da empresa e as práticas por ela adotadas.

a coleta seletiva, sendo os materiais encaminhados à instituição Comunidade Brasil, para reciclagem.

As práticas internas de gestão ambiental incluem iniciativas para a redução de consumo de água e energia, acompanhadas da instalação de sensores

Treinamento – “Segurança da Informação” – Compliance

A fim de disseminar a consciência sobre esse tema, foi realizado um ciclo de palestras em parceria com a Uniethos – Educação para a Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável.

Sociedade O Banco revela compromisso com a sociedade e a preservação ambiental por meio de iniciativas integradas à sua cultura e que buscam envolver todos os profissionais. O objetivo é intensificar entre eles o espírito solidário e a consciência da importância de seu papel na construção de um mundo melhor para as futuras gerações. O principal desafio para 2008 é o estímulo ao voluntariado, com a liberação de horas de trabalho para a realização de atividades internas e de apoio a projetos e entidades de assistência social. Em 2007, foram beneficiados o Instituto Reciclar, que trabalha com jovens da Favela do Jaguaré, em São Paulo, na produção de papelaria, convites e outras peças com material reciclável; a Associação Pró-Hope – Apoio à Criança com Câncer, que oferece assistência social integral ao carente portador de câncer e seus acompanhantes, para a permanência em São Paulo e continuidade do tratamento após a alta hospitalar; e o Projeto Travessia, de assistência direta a crianças e adolescentes em situação de risco, por meio de ações educacionais e programas de defesa de direito

INVESTIMENTOS SOCIAIS EM 2007

que contribuem para a reintegração ao convívio familiar e comunitário e à escola regular. Além do apoio sistemático às entidades, o Fibra também realiza ações pontuais. Exemplo foi o patrocínio, em parceria com os colaboradores, à construção de dois dormitórios para a nova sede da Casa Hope e os vestiários feminino e masculino no Instituto Reciclar. O Natal das crianças assistidas pela Hope também foi enriquecido pela participação do Banco, que instituiu a Campanha de Brinquedos Natal 2007, para a arrecadação de brinquedos. O Fibra também adquiriu mais de 5 mil cartões de Natal de três entidades para distribuir entre clientes e fornecedores. Além disso, contribuiu com várias campanhas nacionais de apoio a instituições beneficentes, entre elas o McDia Feliz, cuja renda é revertida para o GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Toda essa atuação será intensificada em 2008, quando o Banco pretende capacitar os funcionários por meio de ações como o Prêmio Voluntariado e Dia do Voluntariado.

(R$ mil)

Doações

127

Total

467

banco Fibra

340

relatório anual 2007

Patrocínios

64

65


Gestão socioambiental

Demonstrativo do Valor Adicionado

1 - Base de Cálculo Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB)

2007 Valor (Mil reais) 100.660 130.415 60.691

2006 Valor (Mil reais) 71.416 103.390 45.726

2 - Indicadores Sociais Internos Alimentação Encargos sociais compulsórios Previdência privada Saúde Segurança e saúde no trabalho Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total – Indicadores sociais internos

Valor (mil) 2.306 14.481 0 3.948 0 41 340 869 122 27.128 0 49.235

% sobre FPB 3,80% 23,86% 0,00% 6,51% 0,00% 0,07% 0,56% 1,43% 0,20% 44,70% 0,00% 81,12%

% sobre RL 2,29% 14,39% 0,00% 3,92% 0,00% 0,04% 0,34% 0,86% 0,12% 26,95% 0,00% 48,91%

Valor (mil) 1.937 10.501 0 2.770 0 53 463 206 121 18.353 0 34.404

% sobre FPB 4,24% 22,97% 0,00% 6,06% 0,00% 0,12% 1,01% 0,45% 0,26% 40,14% 0,00% 75,24%

% sobre RL 2,71% 14,70% 0,00% 3,88% 0,00% 0,07% 0,65% 0,29% 0,17% 25,70% 0,00% 48,17%

3 - Indicadores Sociais Externos Educação Cultura Saúde e saneamento Esporte Combate à fome e segurança alimentar Outros Total das contribuições para a sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total – Indicadores sociais externos

Valor (mil) 0 340 0 0 0 127 467 47.177 47.644

% sobre RO 0,00% 0,26% 0,00% 0,00% 0,00% 0,10% 0,36% 36,17% 36,53%

% sobre RL 0,00% 0,34% 0,00% 0,00% 0,00% 0,12% 0,46% 46,87% 47,33%

Valor (mil) 0 463 0 0 0 61 524 14.746 15.270

% sobre RO 0,00% 0,45% 0,00% 0,00% 0,00% 0,06% 0,51% 14,26% 14,77%

% sobre RL 0,00% 0,65% 0,00% 0,00% 0,00% 0,09% 0,73% 20,65% 21,38%

4 - Indicadores Ambientais Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% Total dos investimentos em meio ambiente 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00% Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar ( X ) não possui metas ( ) cumpre de 0 a 50% ( X ) não possui metas ( ) cumpre de 0 a 50% resíduos, o consumo em geral na produção/operação e ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 76 a 100% ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 76 a 100% aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa 5 - Indicadores do Corpo Funcional Nº de empregados(as) ao final do período Nº de admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as) Nº de estagiários(as) Nº de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na empresa

2007 1.013 693 71 13 120 532 37% 46

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial Número total de acidentes de trabalho

2007 metas 2008 0 ND

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as)

( X ) direção e gerências ( ) todos(as) + Cipa ( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção e gerências ( X ) todos(as) + Cipa ( ) todos(as) empregados(as)

( ) não se envolve ( ) segue as normas da OIT ( X ) incentiva e segue a OIT

( ) não se envolverá ( ) seguirá as normas da OIT ( x ) incentivará e seguirá a OIT

A participação dos lucros ou resultados contempla:

( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as)

( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considerados ( ) são sugeridos ( X ) são exigidos

( ) não serão considerados ( ) serão sugeridos ( X ) serão exigidos

( ) não se envolve ( X ) apóia ( ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá ( ) apoiará ( x ) organizará e incentivará

na empresa: 35 no Procon: 177 na Justiça: 739

Preparar e conscientizar os funcionários p/ reduzir o nº de reclamações

na empresa: 100% no Procon: 71% na Justiça: 26%

na empresa: 100% no Procon: ND na Justiça: ND

Em 2007: R$ 235.656

Em 2006: R$ 150.241

Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

relatório anual 2007

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

66

2006 659 411 49 12 98 304 31% 26

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

24,7% governo 12,5% acionistas

32,6% colaboradores(as) 30,2% retido

14,7% governo 43,8% acionistas

37,8% colaboradores(as) 3,7% retido

7 - Outras Informações Ver notas na Demonstração do Valor Adicionado a seguir

em R$ mil

Fibra Consolidado 2007

2006

Resultado Bruto da Intermediação Financeira Receita de Prestação de Serviços Outras Receitas / Despesas Operacionais

237.271 22.963 (24.578)

173.302 19.236 (42.297)

Valor Adicionado Total

235.656

100,00%

150.241

100,0%

Remuneração do Trabalho Proventos Benefícios Fundo de Garantia por Tempo de Serviço Outros Encargos

76.892 65.483 6.788 3.554 1.067

32,6% 27,8% 2,9% 1,5% 0,5%

56.728 48.428 5.176 2.855 269

37,8% 32,2% 3,4% 1,9% 0,2%

Remuneração do Governo Despesas Tributárias Imposto de Renda e Contribuição Social INSS

58.104 6.490 40.687 10.927

24,7% 2,8% 17,3% 4,6%

22.097 5.567 9.179 7.351

14,7% 3,7% 6,1% 4,9%

Juros sobre o capital próprio pagos / Dividendos pagos e/ou propostos

29.437

12,5%

65.800

43,8%

Reinvestimento de Lucro

71.223

30,2%

5.616

3,7%

235.656

100,0%

150.241

100,0%

Total

Em 2006, o valor líquido distribuído na forma de juros sobre o capital próprio foi totalmente reinvestido no Banco, resultando na seguinte distribuição: colaboradores 37,7%; governo 21,3%; retido 41%; acionista 0%. Em 2007, o acionista controlador também reinvestiu parte de seus proventos, resultando na seguinte distribuição: colaboradores 32,6%; governo 25,6%; retido 35,3%; acionista 6,4%.

O Fibra estimula o compromisso dos profissionais com o meio

ambiente e a sociedade <AKLJA:MAyÃG <G N9DGJ 9<A;AGF9<G =E *((/" * Após reinvestimento do controlador

*-$.

+*$.

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.$, +-$+

banco Fibra

BALANço SOCIAL ANUAL / 2007

67


INFORMAÇÕES CORPORATIVAS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ENDEREÇOS

Ricardo Steinbruch Presidente Clarice Steinbruch Conselheira

Banco Fibra Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 11o e 12o andares CEP 04538-905 | São Paulo | SP Tel.: (55) 11 3847-6700

Eliezer Steinbruch Conselheiro Elisabeth Steinbruch Schwarz Conselheira João Lucas Duchêne Conselheiro apontado pelo IFC Luiz Nelson Guedes de Carvalho Conselheiro independente

Fax: 3847-6744 www.bancofibra.com.br GVI Promotora Alameda Santos, 1787 – 13o andar CEP 01419-906 | São Paulo | SP Tel.: (55) 11 3202-3000 www.gvipromotora.com.br

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

relatório anual 2007

DIRETORIA

68

Maercio Soncini Vice-presidente executivo de Negócios de Atacado Marcio Ronconi de Oliveira Vice-presidente executivo de Negócios de Varejo Osias Santana de Brito Vice-presidente executivo Corporativo e diretor de Relações com Investidores Cassio Fernando von Gal Diretor executivo financeiro Carlos Alexandre Ribeiro Bicudo Diretor de Crédito Gustavo Fonseca Troccoli Diretor de Produtos e Operações Estruturadas Luciana Buchmann Freire Diretora jurídica Simone Schmidt Belleza Colombino Diretora comercial middle Ricardo Fuscaldi de Figueiredo Baptista Diretor de Suporte a Operações, Compliance e Riscos

Osias Santana de Brito Julia Reid Ferretti Natasha Nakagawa Tel.: (55) 11 3847-6640 / 3847-6641 Fax: (55) 11 3811-4788 ri@bancofibra.com.br

ouvidoria Ouvidor de Produtos Corporativos (Pessoa Jurídica) e de Investimento Tel.: 0800-77-342-72 / 0800-77-FIBRA Ouvidor de Produtos de Varejo (Pessoa Física) Tel.: 0800-94-008-88

AUDITORES INDEPENDENTES KPMG Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 CEP 04530-904 | São Paulo | SP Tel.: 55 (11) 2183-3000 Fax: 55 (11) 2183-3001


Banco Fibra S.A.

banco Fibra

Demonstraçþes contåbeis em 31 de dezembro de 2007 e 2006

69


demonstrações Financeiras

(Em milhares de Reais) Banco Fibra S.A. Fibra Consolidado Notas Explicativas 2007 2006 2007 2006 Ativo Circulante 13.095.501 7.930.443 12.817.230 7.595.140 Disponibilidades 6.712 34.482 8.065 34.690 Aplicações interfinanceiras de liquidez Nota 5 7.378.925 1.204.671 7.378.925 1.207.362 Aplicações no mercado aberto 7.306.891 1.168.368 7.306.891 1.171.059 Aplicações em depósitos interfinanceiros 33.048 14.914 33.048 14.914 Aplicações em moedas estrangeiras 38.986 21.389 38.986 21.389 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Nota 6 2.255.973 4.319.341 1.929.201 3.943.100 Carteira própria 553.577 700.931 200.213 325.728 Vinculados a compromissos de recompra 1.503.430 3.575.607 1.503.430 3.575.607 Instrumentos financeiros derivativos 25.120 7.507 18.330 6.469 Vinculados ao Banco Central do Brasil 45.395 – 45.395 – Vinculados à prestação de garantias 64.668 32.873 98.050 32.873 Títulos objeto de operações compromissadas com livre movimentação 63.783 2.423 63.783 2.423 Relações interfinanceiras 93.172 41.223 93.172 41.223 Créditos vinculados - Depósitos no Banco Central 85.718 39.827 85.718 39.827 Correspondentes 7.454 1.396 7.454 1.396 Operações de crédito Notas 8 e 9 2.689.192 1.917.885 2.689.192 1.917.396 Operações de crédito Setor público 62.141 35.625 62.141 35.625 Setor privado 2.730.757 1.936.292 2.730.757 1.935.803 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (103.706) (54.032) (103.706) (54.032) Operações de arrendamento mercantil Notas 8 e 9 226 183 226 183 Operações de arrendamento a receber - Setor privado 227 185 227 185 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (1) (2) (1) (2) Outros créditos 656.015 397.724 702.238 435.289 Créditos por avais e fianças honrados 544 – 544 – Carteira de câmbio Nota 16 540.855 351.099 540.854 351.099 Rendas a receber 204 2.040 1.180 2.243 Negociação e intermediação de valores 3.195 612 9.123 7.360 Diversos Nota 17 a Créditos tributários Nota 18 22.867 23.130 27.033 25.201 Recebíveis imobiliários – – 8.339 9.370 Diversos 94.470 24.629 121.809 44.292 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa (6.120) (3.786) (6.644) (4.276) Outros valores e bens 15.286 14.934 16.211 15.897 Outros valores e bens 2.364 3.066 2.522 3.149 Provisões para desvalorizações (1.246) (1.540) (1.246) (1.540) Despesas antecipadas Nota 17 b 14.168 13.408 14.935 14.288

70

Realizável a longo prazo 870.405 646.982 898.528 710.051 Aplicações interfinanceiras de liquidez Nota 5 1.063 – 1.063 – Aplicações em moedas estrangeiras 1.063 – 1.063 – Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Nota 6 49.300 1.456 4.020 7.458 Instrumentos financeiros derivativos 49.300 1.456 4.020 7.458 Operações de crédito Nota 8 e 9 682.118 478.642 682.118 479.131 Operações de crédito Setor público – 17.438 – 17.438 Setor privado 682.118 461.204 682.118 461.693 Operações de arrendamento mercantil Notas 8 e 9 – 197 – 197 Operações de arrendamento a receber – 197 – 197 Outros créditos 110.705 150.927 184.108 207.505 Rendas a receber – 9 – 9 Diversos Nota 17a Créditos tributários Nota 18 109.096 84.859 121.943 88.322 Recebíveis imobiliários – – 27.243 30.431 Diversos 1.609 66.059 34.922 88.743 Outros valores e bens 27.219 15.760 27.219 15.760 Despesas antecipadas Nota 17 b 27.219 15.760 27.219 15.760 Permanente 220.024 133.953 109.509 20.628 Investimentos 209.177 125.354 4.278 6.560 Participações em controladas - No País Nota 10 205.464 119.363 – – Outros investimentos 3.713 5.991 4.278 6.560 Imobilizado de uso Nota 4 h 4.153 3.651 8.250 3.918 Outras imobilizações de uso 10.049 9.251 15.362 9.582 Depreciações acumuladas (5.896) (5.600) (7.112) (5.664) Diferido Notas 4 h e 10 6.694 4.948 96.981 10.150 Ágio sobre investimentos – – 61.733 – Amortização de ágio sobre investimento – – (1.028) – Gastos de organização e expansão 12.102 8.307 42.270 13.515 Amortização acumulada (5.408) (3.359) (5.994) (3.365) Total do ativo 14.185.930 8.711.378 13.825.267 8.325.819

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

(Em milhares de Reais)

passivo Circulante Depósitos Depósitos à vista Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Outros depósitos Captações no mercado aberto Carteira própria Carteira de terceiros Carteira de livre movimentação Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Relações interfinanceiras Repasses interfinanceiros Relações interdependências Recursos em trânsito de terceiros Transferências internas de recursos Obrigações por empréstimos Empréstimos no exterior Obrigações por repasses do País - Instituições oficiais Repasses do BNDES/FINAME Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados Sociais e estatutárias Carteira de câmbio Fiscais e previdenciárias Negociação e intermediação de valores Dívidas subordinadas Diversas Exigível a longo prazo Depósitos Depósitos interfinanceiros Depósitos a prazo Captações no mercado aberto Carteira própria Recursos de aceites e emissão de títulos Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior Relações interfinanceiras Repasses interfinanceiros Obrigações por empréstimos Empréstimos no exterior Obrigações por repasses do País - Instituições oficiais Repasses do BNDES/FINAME Instrumentos financeiros derivativos Instrumentos financeiros derivativos Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Dívidas subordinadas Diversas Resultados de exercícios futuros Resultados de exercícios futuros Participação de minoritários em controladas Participação de minoritários em controladas Patrimônio líquido Capital social - De domiciliados no País Reservas de capital Reservas de lucros - Legal Ajuste ao valor de mercado - TVM e derivativos Lucros acumulados Total do passivo

Notas Explicativas Nota 12 Nota 13 Nota 14 Nota 17 c Nota 15 a Nota 15 b Nota 6 Nota 16 Nota 20 Nota 17 d Nota 12 Nota 13 Nota 14 Nota 17 c Nota 15 a Nota 15 b Nota 6 Nota 20 Nota 17 d Nota 21

Banco Fibra S.A.

Fibra Consolidado

2007 2006 2007 2006 11.943.643 7.433.997 11.858.888 7.045.743 2.446.716 1.943.595 2.321.308 1.671.787 123.013 62.668 122.171 60.867 498.806 431.391 389.551 167.285 1.824.083 1.448.319 1.808.772 1.442.418 814 1.217 814 1.217 8.322.481 4.501.957 8.322.481 4.491.002 1.524.568 3.453.389 1.524.568 3.453.389 4.994.784 967.561 4.994.784 956.606 1.803.129 81.007 1.803.129 81.007 106.636 153.239 106.636 153.239 106.636 153.239 106.636 153.239 2.489 148.735 – – 2.489 148.735 – – 6.649 20.126 6.649 20.126 5.796 – 5.796 – 853 20.126 853 20.126 745.050 396.367 745.050 396.367 745.050 396.367 745.050 396.367 99.631 135.414 99.631 135.414 99.631 135.414 99.631 135.414 6.194 2.328 6.900 3.126 6.194 2.328 6.900 3.126 207.797 132.236 250.233 174.682 444 540 444 540 12.997 – 12.997 – 41.491 35.474 41.491 35.474 94.092 60.061 99.950 94.455 3.912 7.278 9.838 12.684 1.306 1.577 1.306 1.577 53.555 27.306 84.207 29.952 1.695.868 297.730 3.174 294.556 28.108 28.108 348.114 348.114 270.623 270.623 319.225 319.225 245.714 245.714 16.278 16.278 170.076 – ­ 154.589 15.487 2.215 2.215 – – 544.204

833.938 1.419.937 177.081 277.584 – – 177.081 277.584 32.224 25.103 32.224 25.103 365.963 348.114 365.963 348.114 – – – – 54.125 319.225 54.125 319.225 120.426 245.714 120.426 245.714 10.112 16.278 10.112 16.278 74.007 187.919 – 17.843 64.140 154.589 9.867 15.487 2.794 2.215 2.794 2.215 – 23 – 23 440.649 544.204

836.608 172.097 – 172.097 32.224 32.224 365.963 365.963 – – 54.125 54.125 120.426 120.426 – – 91.773 – 64.140 27.633 2.794 2.794 25 25 440.649

431.430 350.000 431.430 350.000 5.494 6.611 5.494 6.611 35.847 30.814 35.847 30.814 (17.458) 273 (17.458) 273 88.891 52.951 88.891 52.951 14.185.930 8.711.378 13.825.267 8.325.819

banco Fibra

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006

71


DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais)

Banco Fibra S.A.

2007

Fibra Consolidado

2006

2007

2006

2º Semestre Exercício Exercício 2º Semestre Exercício Exercício

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

1.317.539

2.019.768

1.706.568

271.881

481.049

398.314

276.322

500.557

403.502

752

1.586

1.938

752

1.586

1.938

Resultado de operações com títulos e valores mobiliários

987.750

1.408.333

1.154.440

943.683

1.437.028

1.125.138

Resultado com instrumentos financeiros derivativos

(15.077)

32.291

99.867

(2.575)

(48.496)

90.431

65.221

89.497

52.009

65.221

89.497

(715)

7.012

7.012

7.012

7.012

Operações de crédito Operações de arrendamento mercantil

Resultado de operações de câmbio Resultado de aplicações compulsórias DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA Operações de captação de mercado

(1.156.465) (1.781.159) (1.544.368)

1.290.415 1.987.184

Capital Aumento Reservas Lucros - Mercado TVM Lucros Realizado de Capital de Capital Legal e Derivativos Acumulados Total

1.620.294

(1.139.500) (1.749.913) (1.446.992)

236.470

5.804

Ajustes de exercícios anteriores (nota 4.k)

Ajustes das circulares 3068/01 e 3082/02

238

127.569 397.324

(19.063) (19.063)

35

35

21.030

34.900

55.930

Aumento de capital com reservas

57.600

Atualização de títulos patrimoniais

807

Juros sobre o capital próprio

(65.800) (65.800)

Lucro líquido do exercício

71.416

71.416

Destinação para reserva legal

3.571

(3.571)

257.500

92.500

6.611

30.814

273

52.951 440.649

(17.731)

– (17.731)

92.500

(11.070)

(30.250)

51.180

(1.117)

Aumento de capital por subscrição

27.243

(57.600) –

– 807

(1.331.319)

(37.118)

(64.441)

(167.521)

(28.840)

(53.947)

(103.588)

(539)

(850)

(692)

(539)

(850)

(692)

(57.975)

(96.613)

(44.836)

(57.670)

(97.072)

(44.355

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 161.074

238.609

162.200

150.915

237.271

173.302

(84.919)

(101.184)

(61.942)

(80.406)

(106.856)

(69.912)

12.368

26.263

16.350

12.168

22.963

19.236

Resultado de participações em controladas

(10.165)

(12.879)

3.399

Despesas de pessoal

(26.506)

(50.155)

(40.797)

(33.185)

(60.691)

(45.726)

Atualização de títulos patrimoniais

(1.117)

Outras despesas administrativas

(52.220)

(52.629)

(28.807)

(50.486)

(55.103)

(30.500)

Juros sobre o capital próprio

(29.437) (29.437)

(2.607)

(4.891)

(3.583)

(3.449)

(6.490)

(5.567)

Lucro líquido do exercício

100.660 100.660

Outras receitas operacionais

2.166

3.648

2.642

3.227

4.821

2.814

Outras despesas operacionais

(7.955)

(10.541)

(11.146)

(8.681)

(12.356)

(10.169)

Destinação para reserva legal

5.033

RESULTADO OPERACIONAL

76.155

137.425

100.258

70.509

130.415

103.390

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

350.000

81.430

5.494

35.847

(17.458)

RESULTADO NÃO OPERACIONAL

37.988

37.834

(3.680)

38.195

38.060

(4.442)

SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2007

350.000

51.180

6.840

32.687

216

74.189 515.112

Ajustes das circulares 3068/01 e 3082/02

(17.674)

– (17.674)

SOBRE O LUCRO E PARTICIPAÇÕES

114.143

175.259

96.578

108.704

168.475

98.948

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

(31.926)

(47.471)

(7.319)

(26.487)

(40.687)

(9.179)

Aumento de capital com lucros

30.250

Provisão para imposto de renda

(29.466)

(37.873)

(16.114)

(25.233)

(36.499)

(18.513)

Atualização de títulos patrimoniais

(1.346)

Provisão para contribuição social

(13.993)

(17.130)

(5.821)

(12.472)

(16.651)

(6.910)

Juros sobre o capital próprio

(15.080) (15.080)

11.533

7.532

14.616

11.218

12.463

16.244

Lucro líquido do semestre

63.192

63.192

(19.025)

(27.128)

(17.843)

(19.025)

(27.128)

(18.353)

63.192

100.660

71.416

63.192

100.660

71.416

Destinação para reserva legal

3.160

(3.160)

53,05

84,51

68,94

350.000

81.430

5.494

35.847

(17.458)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços

Despesas tributárias

(1.052.451) (1.598.044) (1.298.357)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

(1.619.255)

Operações de arrendamento mercantil

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO demonstrações Financeiras

Capital Social de Valor de

(1.060.833)

Operações de empréstimos, cessões e repasses

72

Reservas Ajuste a

Ativo fiscal diferido PARTICIPAÇÕES NO LUCRO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO POR LOTE DE MIL AÇÕES - EM R$

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 Ajustes das circulares 3068/01 e 3082/02 Aumento de capital por subscrição e lucros

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

(5.033)

88.891 544.204

(30.250) –

– (1.346)

88.891 544.204

banco Fibra

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais)

73


DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

74

2º Semestre ORIGEM DOS RECURSOS 3.640.851 Lucro líquido do exercício 63.192 Ajustes ao lucro líquido do exercício 11.736 Depreciação e amortização 1.571 Resultado da equivalência patrimonial 10.165 Ajustes de exercícios anteriores – Ajustes da Circular 3068/01 e 3082/02 (17.674) Recursos de acionistas - Realização de capital social – Variação das participações minoritárias – Atualização de títulos patrimoniais (1.346) Variação nos resultados de exercícios futuros – Recursos de terceiros originários de: 3.584.943 Aumento dos subgrupos do passivo 1.782.409 Depósitos 172.856 Captações no mercado aberto 959.488 Recursos de aceites e de emissão de títulos 108.720 Relações interfinanceiras e interdependências 42.227 Obrigações por empréstimos e repasses 480.009 Instrumentos financeiros derivativos 19.109 Outras obrigações – Redução dos subgrupos do ativo 1.799.547 Aplicações interfinanceiras de liquidez – Títulos e valores mobiliários 1.648.868 Operações de arrendamento mercantil – Outros créditos 150.679 Alienação de bens e investimentos 2.987 Investimentos 2.949 Participações societárias – Imobilizado de uso 38 APLICAÇÃO DOS RECURSOS 3.643.357 Variação nos resultados de exercícios futuros 297 Remuneração do capital próprio 15.080 Inversões em: 69.702 Participações societárias 46.238 Investimentos 22.642 Imobilizado de uso 822 Aplicações no diferido 2.256 Aumento dos subgrupos do ativo 3.430.777 Aplicações interfinanceiras de liquidez 2.922.630 Títulos e valores mobiliários – Relações interfinanceiras e interdependências 25.528 Operações de crédito 480.526 Operações de arrendamento mercantil 228 Outros créditos – Outros valores e bens 1.865 Redução dos subgrupos do passivo 125.245 Captações no mercado aberto – Recursos de aceites e de emissões de títulos – Relações interfinanceiras e interdependências – Instrumentos financeiros derivativos – Outras obrigações 125.245 AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES (2.506) MODIFICAÇÕES NA POSIÇÃO FINANCEIRA Disponibilidades Início do exercício 9.218 Fim do exercício 6.712 AUMENTO/(REDUÇÃO) DAS DISPONIBILIDADES (2.506)

Banco Fibra S.A. 2007 2006 Exercício Exercício 2º Semestre 7.603.816 7.127.986 3.632.969 100.660 71.416 63.192 15.922 (1.034) 2.023 3.043 2.365 2.023 12.879 (3.399) – – (19.063) – (17.731) 35 (17.674) 51.180 55.930 – – – (10) (1.117) 807 (1.346) – 477 – 7.454.902 7.019.418 3.586.784 5.436.028 1.277.099 1.781.456 623.770 553.106 216.429 3.816.408 – 956.483 – 230.571 108.720 110.900 83.064 – 703.288 269.941 480.009 10.032 – 19.815 171.630 140.417 – 2.015.678 5.719.686 1.802.330 – 5.719.339 – 2.015.524 – 1.657.001 154 347 – – – 145.329 3.196 22.633 2.998 3.158 – 2.953 – 21.479 – 38 1.154 45 7.631.586 7.112.730 3.634.511 579 – 297 29.438 65.800 15.080 101.391 809 2.951 38.501 – – 61.358 809 442 1.532 – 2.509 3.797 121 65.161 7.431.929 4.650.931 3.427.861 6.175.317 – 2.919.781 – 3.450.826 – 51.949 40.462 25.528 974.783 973.865 480.526 – – 228 218.069 165.401 – 11.811 20.377 1.798 64.452 2.395.069 123.161 – 2.356.586 – 64.452 – – – – 46 – 38.483 – – – 123.115 (27.770) 15.256 (1.542)

34.482 6.712 (27.770)

19.226 34.482 15.256

9.607 8.065 (1.542)

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Fibra Consolidado 2007 2006 Exercício Exercício 7.631.087 7.103.461 100.660 71.416 3.876 2.380 3.876 2.380 – – – (19.063) (17.731) 35 51.180 55.930 (2) 3 (1.117) 807 – 477 7.494.221 6.991.476 5.474.403 1.274.480 755.008 591.208 3.824.358 – – 230.571 – 16.629 703.288 269.941 20.052 3.106 171.697 163.026 2.017.491 5.716.995 – 5.716.648 2.017.337 – 154 347 – – 2.327 – 2.282 – – – 45 – 7.657.712 7.088.129 579 – 29.438 65.800 6.661 2.109 – – 671 810 5.990 1.299 88.422 181 7.454.683 4.652.539 6.172.626 – – 3.411.153 51.949 40.462 974.783 973.865 – – 243.552 206.951 11.773 20.108 77.929 2.367.500 – 2.367.500 64.452 – 13.477 – – – – – (26.625) 15.332

34.690 8.065 (26.625)

19.358 34.690 15.332

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL O Banco Fibra S.A. atua como banco múltiplo, operando através das carteiras comercial, de câmbio, de investimentos e de crédito e financiamento, bem como, por intermédio de suas controladas, nas atividades de corretagem de títulos e valores mobiliários, securitização de créditos imobiliários e administração de carteiras e fundos de investimento. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro, e certas operações têm a participação ou a intermediação de instituições associadas, integrantes do sistema financeiro. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade de lhes serem atribuídos, em conjunto ou individualmente. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis do Banco Fibra S.A. incluem as operações realizadas por sua agência no exterior (Nota 11), e estão sendo apresentadas em conjunto com as demonstrações contábeis consolidadas (Fibra Consolidado) que abrangem o Banco, empresas controladas e entidades de propósito específico representadas por fundos de investimento exclusivos. 3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS As demonstrações contábeis consolidadas foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira e estão sendo apresentadas em consonância com as normas do Banco Central do Brasil - BACEN e da Comissão de Valores Mobiliários, abrangendo o Banco Fibra S.A., sua agência no exterior, as suas controladas e fundos de investimento exclusivos, relacionadas a seguir: Denominação social Participação Controladas: Atividade 2007 2006 Fibra Asset Management Distribuidora Distribuição de títulos e de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. administração de recursos 99,999% 99,999% Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários Aquisição de créditos imobiliários 99,953% 99,953% Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros Aquisição de créditos financeiros 99,989% 99,990% Fibra Projetos e Consultoria Econômica Ltda. Serviços de consultoria e análise econômica 99,999% 99,999% RTSPE Empreendimentos e Participações Ltda. (a) Incorporação de imóveis – 99,999% GVI Promotora de Vendas Ltda. (b) Promotora de vendas - Varejo 99,999% – CredFibra S.A. (c) Promotora de vendas - Varejo 99,990% – Fundos de investimento exclusivos (d): Barcelona Fundo de Investimento Multimercado Fundo de investimento – 100,00% Valência Fundo de Investimento Multimercado Fundo de investimento 100,00% 100,00% (a) Em 31 de maio de 2007, o Banco Fibra S.A. celebrou acordo de venda da totalidade das cotas da RTSPE Empreendimentos e Participações Ltda. para Fibra Empreendimentos Imobiliários S.A., empresa do grupo controlador, pelo seu valor patrimonial. (b) O Banco Fibra S.A. adquiriu em 26 de fevereiro de 2007 a totalidade das cotas da empresa GVI Promotora de Vendas e Serviços Ltda., cuja principal atividade é a prestação de serviços de análise de crédito e cadastro, execução de serviços de cobrança amigável, consultoria na área financeira e promoção de vendas, e responsável pela prospecção de atividades de crédito no segmento de varejo. (c) Em 15 de outubro de 2007, o Banco Fibra S.A. adquiriu a totalidade das 901.000 ações ordinárias nominativas de emissão da empresa Credlecca S.A. (antiga denominação da CredFibra S.A.), sendo que deste total, 90 ações ordinárias nominativas foram alienadas pelo Banco Fibra S.A. para a Fibra Projetos e Consultoria Econômica Ltda. (d) O Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado são detentores de cotas dos fundos exclusivos, Fundo de Investimento Valência e Fundo de Investimento Barcelona (encerrado no 1º semestre de 2007), que para fins de apresentação destas demonstrações foram consolidados, em atendimento à Instrução CVM nº 408 e interpretação contida no Ofício Circular CVM/SNC/SEP nº 01/2007. As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em todas as empresas e entidades consolidadas e consistentes com aquelas utilizadas nos períodos anteriores. Descrição dos principais procedimentos de consolidação • Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas/entidades; • Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas controladas; • Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas/entidades; e • Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas demonstrações contábeis consolidadas. 4. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para contabilização e elaboração das demonstrações contábeis emanam da Legislação Societária Brasileira, associadas às normas e instruções do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sendo que as principais práticas contábeis são as seguintes: a. Apuração do resultado: As receitas e despesas das operações ativas e passivas são apropriadas pelo regime de competência, e reconhece os efeitos das operações sujeitas à variação monetária em base “pro-rata” dia. As operações ativas e passivas com cláusula de variação cambial são atualizadas pela taxa de compra ou de venda da moeda estrangeira, nas datas dos balanços, de acordo com as disposições contratuais. Não são apropriadas as receitas de operações ativas que apresentem atraso igual ou superior a 60 dias no pagamento de parcela de principal ou encargos. b. Aplicações interfinanceiras de liquidez: São avaliadas pelo custo de aquisição acrescido dos juros incorridos até as datas dos balanços, e, quando aplicável, são ajustadas a valor de mercado. As aplicações em moeda estrangeira são demonstradas pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos calculados com base “pro-rata” dia e das variações cambiais, auferidas até as datas dos balanços.

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EXERCÍCIOS findos EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006 (Em milhares de Reais)

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que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado, provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para desvalorização de certos ativos, imposto de renda e contribuição social diferido ativo, provisão para contingências e valorização de títulos e valores mobiliários e instrumentos derivativos. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. O Banco revisa as estimativas e premissas periodicamente. 5. APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ As aplicações interfinanceiras de liquidez estão representadas, principalmente, por aplicações no mercado aberto, como segue: Banco Fibra S.A. Consolidado 2007 2006 2007 2006 Aplicações no mercado aberto - posição bancada LFT 7.802 4.999 4.797 4.999 LTN 404.356 120.749 404.356 123.440 NTN 82.938 – 82.938 – Aplicações no mercado aberto - posição financiada LFT 3.216.044 – 3.216.044 – LTN 999.308 962.986 999.308 962.986 NTN 778.451 – 778.451 – Aplicações no mercado aberto - posição vendida LTN 1.780.160 79.634 1.780.160 79.634 NTN 37.832 – 37.832 – Total 7.306.891 1.168.368 7.303.886 1.171.059 6. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a. Classificação da carteira de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, conforme a estratégia de negócios: Banco Fibra S.A. 2007 2006 Valor Valor Valor contábil/ Valor contábil/ na curva mercado (4) na curva mercado (4) Títulos para negociação (1) 398.438 462.723 4.248.026 4.304.602 Letras Financeiras do Tesouro - LFT 22.966 22.972 24.366 24.368 Letras do Tesouro Nacional - LTN – – 3.615.627 3.616.121 Notas do Tesouro Nacional - NTN 4.826 4.856 90.692 91.177 Títulos privados de renda fixa 5.337 5.655 13.763 14.531 Ações 16.409 28.899 19.482 34.959 Euronotes e “Commercial Paper” 301.275 352.490 398.951 439.530 Cotas de Fundos de Investimento (5): Operações compromissadas – – 10.955 10.955 Notas do Tesouro Nacional - NTN 43.412 43.416 65.372 65.372 Títulos privados de renda fixa – – 3.028 3.028 Ações 159 381 231 231 Diferenciais de “Swap” 3.587 3.587 3.207 3.207 Outros derivativos 565 565 – – Outros títulos em fundos de investimento (2) (98) (98) 2.352 1.123 Títulos disponíveis para venda (1) 1.755.333 1.768.130 6.819 7.232 Letras do Tesouro Nacional - LTN 1.584.539 1.563.344 – – Notas do Tesouro Nacional - NTN 152.169 146.832 4.418 4.688 Ações 18.625 57.954 2.401 2.544 Instrumentos financeiros derivativos 101.941 74.420 6.339 8.963 Diferenciais a receber de “swap” 101.941 74.420 6.339 8.963 Total da carteira de títulos 2.255.712 2.305.273 4.261.184 4.320.797 Fibra Consolidado 2007 2006 Valor Valor Valor contábil/ Valor contábil/ na curva mercado (4) na curva mercado (4) Títulos para negociação (1) 125.977 139.175 3.910.752 3.929.399 Letras Financeiras do Tesouro - LFT 24.050 24.056 24.473 24.475 Letras do Tesouro Nacional - LTN – – 3.615.627 3.616.121 Notas do Tesouro Nacional - NTN 48.238 48.272 156.064 156.549 Títulos privados de renda fixa 5.336 5.655 16.791 17.559 Ações 16.568 29.280 19.713 35.190 Euronotes e “Commercial Paper” 31.785 31.912 71.161 72.582 Outros títulos em fundos de investimento (2) – – 6.923 6.923 Títulos disponíveis para venda (1) 1.758.899 1.771.696 6.819 7.232 Letras do Tesouro Nacional - LTN 1.584.539 1.563.344 – – Notas do Tesouro Nacional - NTN 152.169 146.832 4.418 4.688 Ações (3) 22.191 61.520 2.401 2.544 Instrumentos financeiros derivativos 14.033 22.350 7.551 13.927 Diferenciais a receber de “swap” 12.762 21.079 7.266 13.642 Outros 1.271 1.271 285 285 Total da carteira de títulos 1.898.909 1.933.221 3.925.122 3.950.558

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c. Títulos e valores mobiliários: São classificados em três categorias: “títulos para negociação”, “títulos disponíveis para venda” e “títulos mantidos até o vencimento”. Os títulos classificados como “títulos para negociação” são avaliados pelo valor de mercado e seus ajustes são contabilizados em contrapartida às adequadas contas de receitas ou despesas do período. Os títulos classificados como “títulos disponíveis para venda” são avaliados pelo valor de mercado e seus ajustes são contabilizados em conta destacada do patrimônio líquido, deduzidos dos efeitos tributários, e são transferidos para o resultado do período em que houver a efetiva alienação. Os “títulos mantidos até o vencimento” são avaliados pelo custo de aquisição acrescido dos juros incorridos até as datas dos balanços. A classificação nesta categoria está condicionada à capacidade financeira da instituição em mantê-los até o resgate, cuja decisão da Administração, desconsidera a possibilidade de venda desses títulos (Nota 6a). d. Instrumentos financeiros derivativos: De acordo com a Circular nº 3.082, do Banco Central do Brasil, os instrumentos financeiros derivativos são avaliados e contabilizados a valor de mercado e classificados como “hedge” (proteção) ou “não-hedge”. Os instrumentos destinados a “hedge” são classificados como: (i) “hedge de risco de mercado” ou (ii) “hedge de fluxo de caixa”. Os critérios para registro são os seguintes: para os instrumentos financeiros derivativos que não se destinam a “hedge”, bem como para aqueles classificados como “hedge de risco de mercado”, os ajustes a valor de mercado são contabilizados em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período. Para os instrumentos financeiros derivativos classificados como “hedge de fluxo de caixa”, a parcela efetiva do “hedge” deve ser contabilizada em contrapartida à conta destacada do Patrimônio Líquido e qualquer outra variação em contrapartida à adequada conta de receita ou despesa, no resultado do período. No caso de instrumentos financeiros derivativos que se destinam à proteção de títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos mantidos até o vencimento”, tanto o título como o instrumento financeiro derivativo são avaliados e contabilizados pelas condições intrínsecas contratadas, não sendo registrados pelo valor de mercado. Com as alterações introduzidas pela Circular nº 3.150 do Banco Central do Brasil, este tratamento também é dispensado aos instrumentos derivativos negociados em associação a operações de captação ou aplicação de recursos, podendo ser desconsiderada a sua avaliação a mercado, nas condições ali especificadas (Nota 6b). e. Provisões para créditos de liquidação duvidosa, de arrendamento mercantil e de outros créditos: São constituídas em montante julgado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos mesmos. O Banco Central do Brasil estabeleceu regras através da Resolução 2.682/99, que são fundamentadas nas análises de risco dos clientes com operações ativas e na experiência passada e riscos específicos de setores ou de carteiras (Nota 9). f. Bens não destinados a uso: Os bens recebidos em dação de pagamento são registrados na rubrica “Outros Valores e Bens”, e incluem provisões constituídas em montante suficiente para cobrir prováveis perdas na realização. g. Investimentos: As participações em controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos são avaliados pelo custo de aquisição, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995, deduzidos de provisão para perdas, quando aplicável. Os saldos contábeis das entidades sediadas no exterior, foram convertidos para reais, utilizando-se a cotação do dólar norteamericano na data de encerramento do período. Para fins de cálculo de equivalência e de consolidação, esses saldos foram ajustados às práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. h. Imobilizado e diferido: A depreciação do imobilizado e a amortização do diferido são calculadas pelo método linear, obedecidas as seguintes taxas anuais e prazos: (i) imobilizado: veículos e sistema de computação, 20%; demais bens, 10%; (ii) diferido: gastos com aquisição e desenvolvimento de logiciais e gastos de reorganização e expansão, 20% e benfeitorias em imóveis de terceiros - prazo do contrato de locação. Os ágios na aquisição de investimentos, consubstanciados na expectativa de realização de resultados futuros estão sendo amortizados à taxa de 10% ao ano. i. Outros ativos circulantes e realizáveis a longo prazo: São demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos, deduzidos das correspondentes provisões para perdas ou ajustes ao valor de realização. j. Imposto de renda e contribuição social (ativos e passivos): O imposto de renda e a contribuição social diferidos, calculados sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Outros créditos - Diversos”. Os créditos tributários sobre adições temporárias são realizados quando da utilização e/ou reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e sobre base negativa de contribuição social são realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida do adicional de 10% sobre a parcela do lucro real que exceder a R$ 240 anuais, e engloba a parcela correspondente aos incentivos fiscais. A provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9%, sobre o lucro contábil ajustado, conforme legislação vigente. O detalhamento dos seus efeitos está demonstrado na Nota 18. k. Contingências e obrigações legais: O reconhecimento, a mensuração e a divulgação das contingências ativas e passivas e das obrigações legais são efetuados de acordo com critérios definidos pela Deliberação CVM nº 489/05, com vigência a partir de 01 de janeiro de 2006: i) Ativos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando da existência de decisão judicial favorável, sobre a qual não se admitam recursos, caracterizados como praticamente certo. Os ativos com probabilidade de êxito provável são apenas divulgados em nota explicativa (Nota 19). ii) Passivos contingentes: são reconhecidos contabilmente quando a opinião da administração e dos consultores jurídicos avaliam a probabilidade de perda como provável. Os casos com chances de perda classificadas como possível, são apenas divulgados em nota explicativa (Nota 19). iii) Obrigações legais: São reconhecidas e provisionadas no balanço patrimonial, independentemente da avaliação das probabilidades de êxito no decorrer do processo judicial. No exercício findo em 31 de dezembro de 2006, como resultado da adaptação das demonstrações contábeis à nova regulamentação vigente, foram revistos e reclassificados os processos judiciais e administrativos, e contabilizadas as obrigações legais - fiscais e previdenciárias no montante de R$ 25.070 líquidos dos efeitos de créditos tributários, sendo reconhecidos R$ 19.062 como ajuste de exercícios anteriores em lucros acumulados e R$ 856 como despesa operacional daquele exercício. l. Passivo circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias ou cambiais incorridas até as datas dos balanços. m. Estimativas contábeis: A elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer

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I - Posição ativa

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Banco Fibra S.A. 2007 2006 Contratos de “swap” e equivalentes Ativo Passivo Receber Ativo Passivo Receber Posição ativa PRÉ X DÓLAR 580 450 130 – – – CDI X DÓLAR 512.169 447.298 64.870 65.113 59.782 5.331 PRÉ X CDI 7.616 7.602 14 128.952 126.649 2.303 CDI X PRÉ 6.123 5.935 188 – – – DÓLAR X CDI 242.142 239.310 2.832 – – – IGPM X CDI 51.122 44.917 6.205 41.500 40.177 1.323 Outros 12.915 12.735 181 33 27 6 Total - Valor de mercado 832.667 758.247 74.420 235.598 226.635 8.963 Valores a receber calculados pela curva das operações 101.941 6.339

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Fibra Consolidado 2007 2006 Contratos de “swap” e equivalentes Ativo Passivo Receber Ativo Passivo Receber Posição ativa PRÉ X DÓLAR 580 450 130 – – – CDI X DÓLAR 156.431 144.504 11.927 65.119 59.788 5.331 PRÉ X CDI 7.616 7.602 14 128.952 126.649 2.303 CDI X PRÉ 6.123 5.935 188 – – – IGPM X CDI 49.969 41.330 8.639 43.007 37.006 6.002 Outros 14.186 12.735 1.452 318 25 291 Total - Valor de mercado 234.905 212.556 22.350 237.396 223.468 13.927 Valores a receber calculados pela curva das operações 16.075 7.551 II - Posição passiva Banco Fibra S.A. 2007 2006 Contratos de “swap” e equivalentes Ativo Passivo Receber Ativo Passivo Receber Posição passiva CDI X DÓLAR 5.590 5.604 (14) 463.806 469.196 (5.390) PRÉ X CDI 5.935 6.102 (167) – – – DÓLAR X CDI 295.840 312.267 (16.427) 215.283 219.545 (4.262) DÓLAR X PRÉ 1.723 1.983 (260) – – – CDI X IGPM 44.917 49.967 (5.050) 40.207 42.995 (2.788) Outros 20.732 21.286 (554) – – – Total - Valor de mercado 374.737 397.209 (22.472) 719.296 731.736 (12.440) Valores a pagar calculados pela curva das operações (19.858) 22.793

Fibra Consolidado 2007 2006 Contratos de “swap” e equivalentes Ativo Passivo Pagar Ativo Passivo Pagar Posição passiva CDI X DÓLAR 5.590 5.604 (14) – – – PRÉ X CDI 5.935 6.102 (167) – – – DÓLAR X CDI 295.840 312.267 (16.427) 531 791 (261) DÓLAR X PRÉ 1.723 1.983 (260) – – – CDI X IGPM 44.917 49.966 (5.050) 40.216 43.004 (2.787) Outros 20.732 21.992 (1.260) - 78 (78) Total - Valor de mercado 374.737 397.914 (23.178) 40.747 43.873 (3.126) Valores a pagar calculados pela curva das operações (19.858) (429) c. Prazos de vencimento dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Banco Fibra S.A. Até 31 a 91 a 181 a Acima 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total 2007 Categorias Títulos para negociação 462.723 – – – – 462.723 Títulos disponíveis para venda 1.768.130 – – – – 1.768.130 Instrumentos financeiros derivativos (ativo) 2.214 6.195 5.813 10.898 49.300 74.420 Total 2.233.067 6.195 5.813 10.898 49.300 2.305.273 Instrumentos financeiros derivativos (passivo) (408) (339) (138) (5.310) (16.278) (22.472) Fibra Consolidado Categorias Títulos para negociação 139.175 – – – – 139.175 Títulos disponíveis para venda 1.771.696 – – – – 1.771.696 Instrumentos financeiros derivativos (ativo) 3.486 3.363 2.340 9.141 4.020 22.350 Total 1.914.357 3.363 2.340 9.141 4.020 1.933.221 Instrumentos financeiros derivativos (passivo) (1.114) (339) (138) (5.310) (16.278) (23.178) 31 a 91 a 181 a Acima Banco Fibra S.A. Até 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total 2006 Categorias Títulos para negociação 4.304.602 – – – – 4.304.602 Títulos disponíveis para venda 7.232 – – – – 7.232 Instrumentos financeiros derivativos (ativo) 673 4.367 666 1.801 1.456 8.963 Total 4.312.507 4.367 666 1.801 1.456 4.320.797 Instrumentos financeiros derivativos (passivo) (27) (3.806) 878 627 (10.112) (12.440) Fibra Consolidado Categorias Títulos para negociação 3.929.399 – – – – 3.929.399 Títulos disponíveis para venda 7.232 – – – – 7.232 Instrumentos financeiros derivativos (ativo) 957 4.374 690 448 7.458 13.927 Total 3.937.588 4.374 690 448 7.458 3.950.558 Instrumentos financeiros derivativos (passivo) (27) (2.284) (726) ( 89) – (3.126) Os valores nominais globais dos contratos de “Swap”, registrados no Cetip, em 31 de dezembro de 2007 montam R$ 1.110.512 no Banco Fibra S.A. (R$ 785.755 em 2006) e R$ 576.867 (R$ 863.530 em 2006) no Fibra Consolidado. Em 31 de dezembro de 2007, as margens depositadas em garantia dos instrumentos financeiros derivativos montam R$ 98.052 (R$ 90.263 em 2006) no Banco Fibra S.A. e Consolidado, sendo que R$ 33.383 (R$ 62.838 em 2006) referem-se a margens depositadas pelo Valência Fundo de Investimento Multimercado. d. Operações de mercado futuro: Apresentamos as operações realizadas no mercado futuro, as quais são registradas no Banco Fibra S.A. e no Valência Fundo de Investimento Multimercado, com os valores de referência abaixo discriminados: Valores de referência Contratos de futuros 2007 2006 NDF - Non Deliverable Forward - dólar futuro 3.283 – Contrato futuro de cupom cambial - DDI 812.213 743.233 DI de um dia 5.968.744 5.923.302 Dólar comercial 57.729 105.338 Índice Bovespa – 4.509 Total 6.841.969 6.776.382 7. GESTÃO DE RISCOS Com a incessante evolução dos mercados e dos produtos e serviços oferecidos pelo Banco Fibra S.A., a Instituição tem buscado continuamente a excelência na gestão e no controle de riscos, sempre em linha com as melhores práticas adotadas internacionalmente. Neste sentido, o Banco Fibra S.A. atualmente conta com executivo atestado pelo GARP (Associação Global de Profissionais de Risco) no Financial Risk Manager, uma certificação reconhecida internacionalmente para profissionais da área de gestão e controle de riscos.

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(1) Para as categorias “Títulos Disponíveis para Venda” e “Títulos para Negociação”, o valor contábil dos títulos foi apurado com base nos seguintes critérios: a) os títulos públicos e as operações realizadas nos mercados futuro, a termo e de opções, com base no modelo de precificação descrito na Nota 7; b) Ações de companhias abertas e as operações a termo lastreadas nestes títulos, pela cotação média disponível no último pregão do mês ou, na falta desta, em pregões anteriores mais recentes, publicada no Boletim Diário de cada Bolsa e; c) “Swap”, com base nos valores referenciais de cada um dos parâmetros dos contratos, considerando o fluxo de caixa descontado a valor presente pelas taxas no mercado futuro de juros apurados com base no modelo de precificação descrito na Nota 7, respeitadas as características de cada contrato. (2) Em 31 de dezembro de 2006, outros títulos em Fundos de Investimento - estavam representados, basicamente, por cotas Sênior em Fundos de Direitos Creditórios - FIDC - no montante de R$ 2.122 no Banco Fibra S.A.. No Fibra Consolidado estavam representadas, basicamente, por cotas Sênior em Fundos de Direitos Creditórios - FIDC - no montante de R$ 2.122 e por cotas de outros Fundos de Investimento Financeiro no montante de R$ 4.798. (3) A Administração deliberou a transferência da totalidade de cotas de Finam - Fundo de Investimento da Amazônia, da categoria “títulos para negociação” para a categoria “títulos disponíveis para venda” em 31 de dezembro de 2007, conforme previsto na Circular 3.068/2001 do Banco Central do Brasil. Desta forma, os efeitos de marcação a mercado até esta data estão registrados no resultado do exercício. (4) O valor contábil apresentado nesta coluna refere-se ao valor de mercado dos títulos. (5) Refere-se, em 2007, a cotas de fundos de investimentos exclusivos do Valência Fundo de Investimento Multimercado e, em 2006, a cotas de fundos de investimentos exclusivos do Valência Fundo de Investimento Multimercado e Barcelona Fundo de Investimento Multimercado, que estão sendo apresentadas de forma consolidada nas demonstrações contábeis consolidadas. b. Instrumentos financeiros derivativos: O Banco Fibra S.A. e suas controladas, realizam operações com derivativos, que se destinam a atender necessidades próprias ou de seus clientes, no sentido de reduzir sua exposição a riscos de mercado, moeda e juros. O gerenciamento desses riscos é efetuado através da determinação de limites e estabelecimento de estratégias de operações. Os derivativos, de acordo com sua natureza e legislação específica, são contabilizados em contas patrimoniais e/ou de compensação. Em 31 de dezembro, o valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos registrados no balanço patrimonial tem a seguinte composição: Instrumentos financeiros derivativos

79


demonstrações Financeiras

8. CARTEIRA DE CRÉDITO (CONSOLIDADO) a. Composição das operações R$ Operações de crédito 3.475.016 Capital de giro e conta garantida 1.603.346 Carteira de varejo 510.795 Crédito adquirido - Outros bancos 504.706 Repasses nos moldes da Resolução nº 2770 247.920 Financiamentos em moeda estrangeira (importação/exportação) 120.267 Repasses do BNDES 346.352 Vendor e Compror 135.405 Outros 6.218 Operações de arrendamento mercantil 227 Adiantamentos de contratos de câmbio - ACC/ACE(a) 547.014 Outros créditos 3.149 Total da carteira - Créditos concedidos 4.025.399 Garantias prestadas - BNDES 70.573 Fianças e garantias prestadas 382.643 Total da carteira 4.478.615

80

2007 % R$ 77,6 2.450.559 35,8 1.234.625 11,4 313.033 11,3 334.743 5,6 144.847 2,7 94.047 7,7 257.801 3,0 68.391 0,1 3.072 – 382 12,2 333.072 0,2 14.500 89,9 2.798.513 1,6 115.497 8,5 329.675 100,0 3.243.685

2006 % 75,5 38,2 9,7 10,3 4,5 2,9 7,9 2,1 0,09 – 10,3 0,4 86,3 3,5 10,2 100,0

(a) As operações de Adiantamentos de Contratos de Câmbio - ACC/ACE estão registradas no balanço na rubrica “Outras Obrigações - carteira de câmbio”, acrescidas das rendas a receber sobre adiantamentos concedidos que se encontram na rubrica “Outros créditos - carteira de câmbio”. Para fins de apresentação desta nota, os dois valores estão apresentados como “Carteira de crédito”. (b) Composição por setor de atividade R$ Indústria 1.687.137 Comércio 628.284 Serviços 855.314 Rurais 190.071 Habitação 78.838 Setor público 62.141 Intermediários financeiros 363.255 Pessoas físicas 613.574 Total da carteira 4.478.615

2007 % R$ 37,7 1.073.683 14,0 431.021 19,1 745.277 4,2 88.532 1,8 34.650 1,4 53.062 8,1 346.398 13,7 471.062 100,0 3.243.685

2006 % 33,1 13,3 23,0 2,7 1,1 1,6 10,7 14,5 100,0

c. Concentração dos principais devedores Com operações com mercado interbancário: 2007 2006 Em % Em % Em R$ s/carteira Em R$ s/carteira Principal devedor 81.612 1,8 104.120 3,2 10 maiores devedores 525.258 11,7 481.111 14,8 20 maiores devedores 878.238 19,6 760.855 23,5 Sem operações com mercado interbancário: 2007 2006 Em % Em % Em R$ s/carteira Em R$ s/carteira Principal devedor 51.407 1,1 54.071 1,7 10 maiores devedores 401.984 9,0 353.401 16,8 20 maiores devedores 696.972 15,6 609.995 18,8 d. Composição por vencimento R$ Vencidas 82.110 Vencer até 30 dias 727.155 Vencer de 31 a 60 dias 572.610 Vencer de 61 a 90 dias 489.912 Vencer de 91 a 180 dias 1.021.155 Vencer de 181 a 360 dias 783.867 Vencer acima de 360 dias 801.806 Total da carteira 4.478.615

2007 % R$ 1,8 36.498 16,2 566.674 12,8 407.447 10,9 350.495 22,9 680.497 17,5 609.403 17,9 592.671 100,0 3.243.685

2006 % 1,1 17,5 12,6 10,8 21,0 18,7 18,3 100,0

9. CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS POR NÍVEIS DE RISCO E PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA Demonstramos abaixo os níveis de risco das Operações de Crédito, segregando: (i) As operações de varejo, caracterizadas pelas operações de crédito direto ao consumidor, (CDC) - crédito pessoal, e crédito pessoal com pagamento de prestações consignado em folha de pagamento. (ii) As operações de atacado, caracterizadas por empréstimos e financiamentos destinados primordialmente a pessoas jurídicas, bem como das aquisições de operações de crédito a pessoas físicas adquiridas e garantidas pelas instituições financeiras cessionárias. a. Carteira de crédito, de acordo com os níveis de risco, operações de varejo (i) Em curso normal Em curso anormal Total das Total das % Níveis de risco Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões AA A B C D E F G H Total em 2007 % da Carteira Níveis de risco AA A B C D E F G H Total em 2006 % da Carteira

– – – – – – – 0,5 394.627 1.973 – – – 394.627 1.973 1,0 – – 2.355 18.427 208 20.782 208 3,0 – – 2.368 10.936 399 13.304 399 10,0 – – 2.771 6.998 977 9.769 977 30,0 – – 3.447 5.263 2.613 8.710 2.613 50,0 – – 3.544 4.004 3.774 7.548 3.774 70,0 – – 4.292 3.579 5.510 7.871 5.510 100,0 – – 35.774 12.411 48.184 48.185 48.184 394.627 1.973 54.551 61.618 61.665 510.796 63.638 8,8% 1,2% 1,4% 11,4% % Em curso normal Em curso anormal Total das Total das Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões – – – – – – – – 0,5 233.217 1.166 – – – 233.217 1.166 1,0 – – 2.424 27.426 298 29.850 298 3,0 – – 1.990 11.207 396 13.197 396 10,0 – – 1.944 4.783 673 6.727 673 30,0 – – 2.186 3.300 1.646 5.486 1.646 50,0 – – 2.158 2.166 2.162 4.324 2.162 70,0 – – 2.086 1.460 2.482 3.546 2.482 100,0 – – 13.495 3.191 16.686 16.686 16.686 233.217 1.166 26.283 53.533 24.343 313.033 25.509 7,2% 0,8% 1,7% 9,7%

banco Fibra

Riscos de mercado - O gerenciamento do risco de mercado de posições assumidas pelo Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado faz uso comum de um conjunto de controles que inclui o VaR Paramétrico, que fornece a perda esperada dado um nível de confiança de 95%, e a simulação com a adoção de “Crash Scenario”, onde são avaliados, considerando cenários extremos, o potencial máximo de perda de uma carteira e a distribuição dos valores de perda em cada um dos vértices adotados, através da análise da Concentração por Vértice (CPV). A Instituição tem investido no desenvolvimento de sistemas de controle, objetivando o acompanhamento tempestivo dos riscos. Neste intuito, foi desenvolvida uma política de limites de posição, exposição às medidas de risco avaliadas (VaR, Stress e CPV) e resultado, que é periodicamente revisada pelo Comitê de Risco de Mercado. Os modelos de apreçamento utilizados pelo Banco foram desenvolvidos internamente, sendo que a apuração das curvas e preços de referência é executada por meio de metodologia aprovada pela alta administração do Banco, que considera as características de cada instrumento financeiro negociado. Riscos de liquidez - Objetivando o gerenciamento da exposição ao risco de liquidez, a instituição adota instrumentos para controle do fluxo de caixa e previsão de necessidades ou excesso de recursos com devida antecedência, de tal forma que seja possível a antecipação de medidas preventivas. Tais instrumentos incluem fluxos de caixa projetados e simulação de eventos de pagamento ou renovação de operações. Riscos de crédito - A Administração adota como premissa básica para concessão de crédito a capacidade da empresa em apresentar fluxo de caixa adequado, de modo a dar continuidade normal às suas atividades, observando, de forma complementar, a capacidade de acesso a linhas de crédito. As competências nas decisões de crédito são atribuídas segundo uma política de alçadas que observa o montante, prazo e garantia da operação. Cada nível representa um comitê específico responsável pela avaliação e decisão do crédito. Para operações de varejo conta com uma política de alçadas específica voltada para a aquele segmento. No primeiro nível desta estrutura, a aprovação é realizada por sistema de “Scoring”, que avalia o perfil do cliente e o valor comprometido de sua renda. O Banco conta com controles de risco de crédito que permitem monitorar a qualidade da sua carteira, antecipando-se a eventuais problemas que possam ocorrer com seus clientes. Riscos operacionais - Os riscos operacionais relacionam-se às perdas inesperadas de uma instituição, em virtude de seus sistemas, práticas e medidas de controle serem incapazes de resistir a erros humanos, à infra-estrutura de apoio danificada, a falha de modelagem, de serviços ou de produtos, e a mudanças no ambiente empresarial. Para atender aos requisitos das práticas de mercado internacionais e à regulamentação do mercado financeiro brasileiro, criou-se uma estrutura interna de controle, a qual inclui uma relação de riscos e controles para padronizar a linguagem e facilitar o entendimento de riscos e controles por todos os funcionários. Essa estrutura também inclui um sistema de controles internos onde são realizadas avaliações periódicas de suas atividades e processos, identificando os riscos inerentes e a eficácia dos controles em uso, e implementa planos de ação para mitigar os riscos identificados e/ou aprimorar os controles. Este processo resulta em menor exposição a riscos.

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b. Carteira de crédito, de acordo com os níveis de risco, operações de atacado (ii)

Níveis de risco

Níveis de risco

AA A B C D E F G H Total da carteira - Créditos concedidos Garantias prestadas - BNDES Fianças e garantias prestadas Total em 2007 % da carteira

% Em curso normal Em curso anormal Total das Total das Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões – 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

89.882 1.920.200 1.131.570 336.836 4.008 454 6.758 – 3.747

– 9.601 11.316 10.105 401 136 3.379 – 3.747

– – 3.582 1.270 558 502 2.632 5.862 1.605

3.493.455 70.573 382.643 3.946.671 88,1%

38.685 38.685

16.016 16.016 0,4%

– – 149 3.065 350 958 617 – – 5.139 5.139 0,1%

– – 37 130 91 438 1.624 4.104 1.612

89.882 1.920.200 1.135.301 341.171 4.916 1.914 10.007 5.862 5.352

– 9.601 11.353 10.235 492 574 5.003 4.104 5.352

8.027 8.027

3.514.603 70.753 382.643 3.967.819 88,6%

46.713

46.713

%

Em curso normal

Em curso anormal Total das Total das

Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões

AA

149.364

149.364

A

0,5

1.393.506

6.967

1.393.506

6.967

B

1,0

809.247

8.092

2.670

32.584

352

844.501

8.444

C

3,0

338.505

10.155

2.981

14.051

511

355.537

10.666

D

10,0

1.400

140

6.356

5.338

1.170

13.094

1.310

E

30,0

3.650

1.095

2.336

3.673

1.803

9.659

2.898

F

50,0

2.472

3.595

3.034

6.067

3.034

G

70,0

2.621

3.357

4.184

5.978

4.184

H

100,0

71

71

17.062

3.674

20.736

20.807

20.807

- Créditos concedidos

2.695.743

26.520

36.498

66.272

31.790

2.798.513

58.310

Garantias prestadas - BNDES

115.497

115.497

Fianças e garantias prestadas

329.675

329.675

Total em 2006

3.140.915

26.520

36.498

66.272

31.790

3.243.685

% da carteira

1,1%

2,0%

100,0%

Total da carteira

96,9%

d. Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Consolidado

Níveis de risco AA A B C D E F G H Total da carteira - Créditos concedidos Garantias prestadas - BNDES Fianças e garantias prestadas Total em 2006 % da carteira

% Em curso normal Em curso anormal Total das Total das Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões – 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

58.310

2007

Varejo Atacado Total Saldo inicial

25.510

32.800

58.310

Baixas contra provisão

(41.485)

(3.546)

(45.031

149.364 1.160.289 809.247 338.505 1.400 3.650 – – 71

– 5.801 8.092 10.155 140 1.095 – – 71

– – 246 991 4.412 149 315 535 3.567

– – 5.158 2.844 555 373 1.429 1.897 483

– – 54 115 497 156 873 1.702 4.050

149.364 1.160.289 814.651 342.340 6.367 4.172 1.744 2.432 4.121

– 5.801 8.146 10.270 637 1.251 873 1.702 4.121

2.462.526

25.354

10.215

12.739

7.447

2.485.480

32.801

115.497

115.497

No exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foram cedidos à Fibra Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, empresa

329.675 2.907.698 89,7%

25.354

10.215 0,3%

12.739 0,4%

7.447

329.675 2.930.652 90,3%

Consolidado, pelo valor de R$ 392. A operação não produziu efeito no patrimônio líquido e no lucro líquido, uma vez que as provisões

Provisão constituída no período

79.613

17.459

97.072

Saldo final

63.638

46.713

110.351

2006

Varejo Atacado Total Saldo inicial

11.300

24.569

35.869

Baixas contra provisão

(13.203)

(8.711)

(21.914)

Provisão constituída no período

27.413

16.942

44.355

Saldo final

25.510

32.800

58.310

O total de créditos renegociados no exercício foi de R$ 38.383 (em 2006, R$ 89.245), e o total de recuperação de créditos baixados em períodos anteriores é de R$ 4.344 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 728). e. Cessão de créditos - Consolidado

controlada pelo Banco Fibra S.A., contratos (sem coobrigação da cedente), no montante de R$ 10.960 no Banco Fibra S.A. e Fibra 32.801

constituídas foram mantidas na Securitizadora. Durante o exercício de 2006 foram cedidos a outras instituições financeiras créditos das modalidades “Aquisição de Crédito Consignado em Folha de Pagamento” e “Cédula de Crédito Bancário” no montante de R$ 157.584, com coobrigação do Banco Fibra S.A. O resultado positivo das referidas cessões foi de R$ 2.504, líquido dos efeitos tributários.

c. Total da carteira de crédito, de acordo com os níveis de risco

82

AA A B C D E F G H Total da carteira - Créditos concedidos Garantias prestadas - BNDES Fianças e garantias prestadas Total em 2007 % da carteira

% Em curso normal Em curso anormal Total das Total das Mínimo Carteira Provisões Vencidas Vincendas Provisões operações provisões – 0,5 1,0 3,0 10,0 30,0 50,0 70,0 100,0

89.882 2.314.826 1.131.570 336.836 4.008 454 6.758 – 3.747

– 11.574 11.316 10.105 401 136 3.379 – 3.747

– – 5.938 3.637 3.329 3.949 6.176 10.371 38.151

– – 18.576 14.001 7.349 6.221 4.621 3.362 11.637

– – 245 529 1.068 3.051 5.399 9.613 49.788

89.882 2.314.826 1.156.084 354.474 14.686 10.624 17.555 13.733 53.535

– 11.574 11.561 10.634 1.469 3.187 8.778 9.613 53.535

3.888.081 70.573 382.643 4.341.397

40.658 40.658

71.551 71.551

65.767 65.767

69.693 69.693

4.025.399 70.573 382.643 4.478.615

110.351 – – 110.351

1,6%

1,5%

100,0%

10. PARTICIPAÇÕES EM CONTROLADAS E OUTROS INVESTIMENTOS PERMANENTES i. Participações em Controladas Participação Patrimônio Empresas do banco líquido

96,9%

(prejuízo) Resultado de Ágio no contábil do no exercício equivalência investimento investimento

Fibra Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda.

99,999%

52.226

(13.804)

(13.804)

52.226

99,999%

7.407

(2.757)

(2.757)

7.407

99,989%

6.325

2.421

2.421

6.324

Fibra Projetos e Consultoria Econômica Ltda. (b) Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros

2007

Lucro líquido Valor

Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários

99,953%

50.677

7.019

7.016

50.653

GVI Promotora de Vendas Ltda. (c)

99,999%

27.280

(5.878)

(5.762)

39.186

27.280

CredFibra S.A. (d)

99,990%

868

7

7

21.519

868

12.879

60.705

144.758

Total

banco Fibra

demonstrações Financeiras

Níveis de risco

83


Notas: (a) Em 31 de maio de 2007 à RTSPE Empreendimentos e Participações Ltda. foi vendida para a Fibra Empreendimentos Imobiliários S.A. (b) No decorrer do 1º semestre de 2007 foi efetuado aumento de capital no montante de R$ 4.600. (c) Em 26 de fevereiro de 2007, o Banco Fibra S.A. adquiriu a GVI Promotora de Vendas Ltda. No exercício de 2007 foi aprovado o aporte de R$ 33.000 na GVI Promotora de Vendas Ltda., (R$10.000 em 02 de março, R$ 10.000 em 04 de junho e R$ 13.000 em 11 de setembro), totalmente integralizados. O ágio na aquisição da sociedade, o qual está sendo amortizado em dez anos, e foi registrado com base na expectativa de rentabilidade futura ou pela realização dos investimentos. A parcela do ágio não eliminada na consolidação, no montante de R$ 39.186, foi reclassificada para o Ativo Diferido. (d) Em 15 de outubro de 2007, o Banco Fibra S.A. adquiriu a totalidade das ações de emissão da Companhia Credlecca S.A., no montante de 901.000 ações ordinárias nominativas, equivalente a 100% do capital social da Companhia, sendo que deste total, 90 ações ordinárias nominativas foram alienadas pelo Banco Fibra S.A. para a Fibra Projetos e Consultoria Econômica Ltda. Posteriormente, a denominação social foi alterada para Credfibra S.A. O ágio na aquisição da sociedade, o qual está sendo amortizado em dez anos, e foi registrado com base na expectativa de rentabilidade futura ou pela realização dos investimentos. A parcela do ágio não eliminada na consolidação, no montante de R$ 21.519, foi reclassificada para o Ativo Diferido. ii. Outros investimentos permanentes BM&F - O Banco Fibra S.A. possuía título patrimonial da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sociedade que teve seu processo de desmutualização concluído no quarto trimestre de 2007, resultando em troca do referido título por ações ordinárias da Bolsa Mercantil & Futuros - BM&F S.A., mantendo a proporcionalidade de participação de seus titulares. Neste processo, fazia parte do acordo firmado entre seus acionistas uma venda inicial de 10% da participação para General Atlantic - grupo de investidores especializados neste tipo de mercado - e a adesão ao processo de abertura de capital e à Oferta Pública de Ações da BM&F S.A., cuja negociação ocorreu no pregão de 30 de Novembro de 2007 na Bolsa de Valores de São Paulo. O Banco realizou a venda dos 10% à General Atlantic, e aderiu à oferta com o equivalente a 35% da sua participação inicial. O resultado da venda, de R$ 24.389 mil, líquido dos impostos foi apropriado no resultado do exercício, e foi neutralizado pelo reforço de provisões, primordialmente as relacionadas a créditos de liquidação duvidosa, e para provisões relacionadas a participações nos lucros do exercício. Do restante das ações, 15,5% foram transferidos para Títulos e Valores Mobiliários na categoria “títulos para negociação” e em 31 de dezembro de 2007 para a categoria “títulos disponíveis para venda” e estão sob a administração da Área Financeira do Banco Fibra S.A., e o saldo de 39,5% permaneceram no Ativo Permanente a valor de custo.

demonstrações Financeiras

11. DEPENDÊNCIA NO EXTERIOR - AGÊNCIA EM CAYMAN ISLANDS Ativo Disponibilidades Aplicações interfinanceiras de liquidez Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Operações de crédito Outros créditos Outros valores e bens Passivo Depósitos à vista Depósitos a prazo Obrigações por operações compromissadas Recursos de aceites cambiais Obrigações por empréstimos e repasses Outras obrigações

84

Saldos com partes relacionadas 2007 2006 18 175 109.821 286.967 320.578 366.948 3.170 85.669 – – – – – – – – – –

– – – – – 9

Saldos com terceiros 2007 2006 3.290 4.896 40.049 21.389 31.916 92.301 104.818 83.730 – 4 871 1.007 11.276 65.677 25.103 320.073 173.159 54.630

10.664 93.283 28.813 519.202 88.860 71.567

12. DEPÓSITOS À VISTA, A PRAZO E INTERFINANCEIROS a. Prazos de vencimento Banco Fibra S.A. Fibra Consolidado Depósitos Depósitos à vista e à vista e outros Depósitos Inter- Depósitos outros Depósitos Inter- Depósitos depósitos (1) a prazo financeiro totais depósitos a prazo financeiro totais Até 30 dias 123.827 495.678 112.780 732.285 122.985 495.678 112.780 731.443 De 31 a 60 dias – 430.753 54.579 485.332 – 430.753 54.579 485.332 De 61 a 90 dias – 307.356 47.550 354.906 – 307.356 47.550 354.906 De 91 a 180 dias – 445.883 140.324 586.207 – 439.315 119.996 559.311 De 181 a 360 dias – 144.413 143.573 287.986 – 135.670 54.646 190.316 Acima de 360 dias – 294.556 3.174 297.730 – 277.584 – 277.584 Total em 2007 123.827 2.118.639 501.980 2.744.446 122.985 2.086.356 389.551 2.598.892 Total em 2006 63.885 1.625.400 431.391 2.120.676 62.084 1.614.515 167.285 1.843.884 (1) Classificados no circulante sem considerar a média histórica de giro.

13. CAPTAÇÕES NO MERCADO ABERTO Refere-se a operações de venda de títulos no mercado com compromisso de recompra, lastreadas em títulos públicos, próprios ou de terceiros, nos seguintes prazos: Até De 31 De 91 De 181 Acima Total em Total em 30 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias de 360 dias 2007 2006 Banco Fibra S.A. 6.478.883 1.804.792 38.806 – 28.108 8.350.589 4.534.181 Fibra Consolidado 6.478.883 1.804.792 38.806 – 25.103 8.347.584 4.523.226 14. RECURSOS DE ACEITES E EMISSÃO DE TÍTULOS - CONSOLIDADO Refere-se a emissão de títulos no exterior, com programa de emissão total de até US$ 500 milhões. O Banco Fibra S.A., por meio de sua agência em Grand Cayman, colocou três séries em dólares norte-americanos com taxas de 6,5% a 8% a.a, e em 2006, uma série em reais com taxa de 17,85% a.a, como segue: Até De 31 De 61 De 91 De 181 Acima Total em Total em 30 dias a 60 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias de 360 dias 2007 2006 Série em US$ – 2.239 – 99.555 – 218.279 320.073 371.123 Série em R$ 4.842 – – – – 129.835 134.677 148.079 Total 4.842 2.239 – 99.555 – 348.114 454.750 519.202 15. OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS NO EXTERIOR E REPASSES DO PAÍS a. Empréstimos no exterior: Representados por recursos em moeda estrangeira, sobre as quais incidem encargos financeiros entre “Libor” acrescidos de juros que variam entre 0,15% e 0,50% a.a. ou juros pré-fixados de 4,05% a 7,82% a.a., nos seguintes prazos: Até 30 De 31 De 61 De 91 De 181 Acima Total em Total em dias a 60 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias de 360 dias 2007 2006 International Finance Corporation - IFC 4.809 – – – – 283.408 288.217 – Outros 107.945 – 166.042 312.961 153.293 35.817 776.058 450.492 Total 112.754 – 166.042 312.961 153.293 319.225 1.064.275 450.492 As operações de empréstimo por intermédio do International Finance Corporation - IFC - possuem instrumentos financeiros derivativos contratados em negociação associada à operação de captação de recursos, nos termos da Circular BACEN nº 3.150/02, cuja avaliação é efetuada com base nas condições definidas em contrato, sem nenhum ajuste decorrente do valor de mercado do derivativo. b. Repasses do País: Obrigações por repasses do país, representadas por recursos repassados pelo BNDES e FINAME, corrigidos, principalmente, pela TJLP e por juros que variam de 5,75% a 11% a.a, nos seguintes prazos: Até De 31 De 91 De 181 Acima Total em Total em 30 dias a 90 dias a 180 dias a 360 dias de 360 dias 2007 2006 Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado 1.018 22.643 17.761 58.209 245.714 345.345 255.840 16. CARTEIRA DE CÂMBIO Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado 2007 Interbancário Clientes Total Ativo 2.610 538.245 540.855 Câmbio comprado a liquidar 1.303 523.514 524.817 Direitos sobre vendas de câmbio 4.798 13.887 18.685 (–) Adiantamentos em moeda nacional (3.491) (13.072) (16.563) Rendas a receber – 13.916 13.916 Passivo 6.093 35.398 41.491 Obrigações por compra de câmbio 1.293 554.579 555.872 Câmbio vendido a liquidar 4.800 13.914 18.714 (–) Adiantamentos sobre contratos de câmbio – (533.097) (533.097) Rendas a apropriar – 2 2 Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado 2006 Interbancário Clientes Total Ativo 1.870 349.229 351.099 Câmbio comprado a liquidar 165 341.315 341.480 Direitos sobre vendas de câmbio 7.209 8.190 15.399 (–) Adiantamentos em moeda nacional (5.504) (8.190) (13.694) Rendas a receber – 7.914 7.914 Passivo 7.331 28.143 35.474 Obrigações por compra de câmbio 167 345.115 345.282 Câmbio vendido a liquidar 7.164 8.186 15.350 (–) Adiantamentos sobre contratos de câmbio

(325.158)

(325.158)

banco Fibra

2006 LUCRO LÍQUIDO Valor Participação Patrimônio (PREJuízo) resultado de contábil do Empresas do banco líquido no exercício equivalência investimento Fibra Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. 99,999% 66.044 (3.039) (3.037) 66.044 RTSPE Empreendimentos e Participações Ltda. (a) 99,999% 211 (1) (1) 211 Fibra Projetos e Consultoria Econômica Ltda. 99,999% 5.564 164 165 5.564 Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Financeiros 99,990% 3.908 2.728 2.728 3.907 Fibra Cia. Securitizadora de Créditos Imobiliários 99,953% 43.658 4.986 4.987 43.637 Banco Fibra International Ltd. 100,000% (1.443) – Total 3.399 119.363

85


consignado (em 2006, R$ 26.167) e R$ 7.931 para operações de CDC - Crédito Direto ao Consumidor (em 2006, R$ 1.609). Outras despesas antecipadas que estão sendo apropriadas pelo prazo de vigência dos contratos referem-se a despesas com a colocação de títulos no exterior, que em 31 de dezembro de 2007 somavam R$ 4.756. c. Passivo circulante - Relações interfinanceiras - Repasses interfinanceiros: Refere-se a linhas amparadas na Resolução 2.770 do Banco Central do Brasil, repassadas pela Fibra Asset Management Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. para o Banco Fibra S.A., a taxas usuais de mercado, e utilizadas como lastro para os repasses de moeda estrangeira. d. Passivo circulante e exigível a longo prazo - Outras obrigações - Diversas: Refere-se principalmente a provisões para passivos contingentes, que totalizavam R$ 10.892 no Banco Fibra S.A. (em 2006, R$ 9.867) e R$ 11.875 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 10.828), provisão para pagamentos a efetuar R$ 18.434 no Banco Fibra S.A. (em 2006, R$ 13.960) e R$ 20.730 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 14.460), Certificados de Recebíveis Imobiliários R$ 21.997 (em 2006, R$ 18.502) no Fibra Consolidado. e. Outras receitas operacionais: No exercício de 2007, refere-se, substancialmente, à atualização de depósitos judiciais no montante de R$ 835 (em 2006, R$ 1.858) no Banco Fibra S.A e R$ 1.362 no Fibra Consolidado; atualização de saldo negativo de IRPJ/CSLL no montante de R$ 1.050 no Banco Fibra S.A. e R$ 1.577 no Fibra Consolidado. f. Outras despesas operacionais: A rubrica “Outras despesas operacionais” nas demonstrações de resultado, refere-se, substancialmente, a: (i) Gastos com reintegração de bens no montante de R$ 162 (em 2006, R$ 335) no Banco Fibra S.A. e R$ 190 (em 2006, R$ 354) no Fibra Consolidado; (ii) Despesas com contingências cíveis no montante de R$ 1.191 (em 2006, R$ 1.723) no Banco Fibra S.A. e R$ 1.291 (em 2006, R$ 1.736) no Fibra Consolidado; (iii) Despesas com indenizações judiciais - operacionais no montante de R$ 1.898 no Banco Fibra S.A. e R$ 1.902 no Fibra Consolidado; (iv) Seguro Prestamista das operações de crédito consignado e despesas de Fiança no montante de R$ 1.666 (em 2006, R$ 891) no Banco Fibra e R$ 1.714 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 891); (v) Provisão para perdas com outros ativos no montante de R$ 3.190 no Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado. g. Resultado não operacional: Refere-se, substancialmente, aos ganhos e perdas na alienação de bens do ativo permanente, bens não de uso próprio e a constituição de provisões para perdas potenciais nos bens desta natureza. O principal resultado em 2007 nesta rubrica refere-se à venda de ações da BM&F, conforme descrito na Nota 10.ii. 18. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Em 31 de dezembro o Banco possuía créditos tributários de imposto de renda e contribuição social, calculados com base nas alíquotas vigentes, conforme demonstrado a seguir. Esses créditos estão registrados na rubrica do ativo de “Outros Créditos - Diversos”, tendo em vista as estimativas de realização dos créditos, face à projeção de lucros tributáveis baseada em estudo técnico. Em 31 de dezembro de 2007 e em 31 de dezembro de 2006, não existiam créditos tributários não ativados de prejuízos fiscais de imposto de renda e de base

demonstrações Financeiras

negativa da contribuição social no Banco Fibra S.A. e no Fibra Consolidado. Banco Fibra S.A.

86

Saldo em Constituição/ Saldo em Constituição/ Saldo em Créditos tributários 31/12/2005 (realização) 31/12/2006 (realização) 31/12/2007 Total de créditos tributários de diferenças temporárias 22.528 26.997 49.525 44.864 94.389 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 18.598 15.245 33.843 26.316 60.159 Provisão participação nos lucros – 3.347 3.347 834 4.181 Provisão trabalhista 1.911 (46) 1.865 (56) 1.809 Provisão para contingências – 3.626 3.626 84 3.710 Provisão para desvalorização de títulos e investimentos 562 5.758 6.320 9.803 16.123 Provisão para desvalorização de bens não de uso 1.457 (933) 524 (100) 424 Crédito tributário sobre prejuízo no exterior – – – 7.983 7.983 Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social 53.832 (10.871) 42.961 (19.188) 23.773 Contribuição social - MP nº 2158-35 de 24/08/2001 15.504 – 15.504 (1.703) 13.801 Total de créditos tributários 91.864 16.126 107.990 23.973 131.963 Obrigações fiscais diferidas (7.725) 3.283 (4.442) (11.965) (16.407) Créditos tributários líquidos 84.139 19.409 103.548 12.008 115.556 Créditos tributários líquidos sobre o patrimônio líquido 21,2% 23,5% 21,2% Créditos tributários líquidos sobre o ativo total 0,9% 1,2% 0,8%

Créditos tributários Total de créditos tributários de diferenças temporárias Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão participação nos lucros Provisão trabalhista Provisão para contingências Provisão para desvalorização de títulos e investimentos Provisão para desvalorização de bens não de uso Crédito tributário sobre prejuízo no exterior Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social Contribuição social - MP nº 2158-35 de 24/08/2001 Total de créditos tributários Obrigações fiscais diferidas Créditos tributários líquidos Créditos tributários líquidos sobre o patrimônio líquido Créditos tributários líquidos sobre o ativo total

Fibra Consolidado Saldo em Constituição/ Saldo em Constituição/ Saldo em 31/12/2005 (realização) 31/12/2006 (realização) 31/12/2007 23.003 23.954 46.957 58.175 105.132 18.928 15.081 34.009 26.328 60.337 – 3.347 3.347 834 4.181 1.911 ( 46) 1.865 (56) 1.809 – 7.089 7.089 365 7.454 707 (584) 123 22.746 22.869 1.457 (933) 524 (25) 499 – – – 7.983 7.983 54.179 (3.117) 51.062 (21.200) 30.042 15.504 – 15.504 (1.703) 13.801 92.686 20.837 113.523 35.272 148.975 (7.725) 3.283 (4.442) (11.965) (16.407) 84.961 24.120 109.081 23.307 132.568 21,4% 24,8% 24,4% 0,9% 1,3% 1,0%

Durante o exercício de 2006, como resultado da adaptação das demonstrações contábeis à regulamentação vigente, foram revistas e reclassificadas provisões para contingências gerando créditos tributários no montante de R$ 1.510 no Banco Fibra S.A. e R$ 4.593 no Fibra Consolidado, cuja contraparte foi reconhecida como ajuste de exercícios anteriores em lucros acumulados. Em 31 de dezembro de 2007, fundamentado em estudo técnico, o qual considera o histórico de realização e a previsão de rentabilidade futura, apresentamos abaixo a expectativa anual de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social, e seu respectivo valor presente. Para o cálculo do valor presente dos créditos tributários, foi utilizado como custo de captação a Taxa SELIC projetada ano a ano, para os próximos 5 anos, aplicada sobre os valores nominais da expectativa de realização, deduzindo o efeito tributário de IRPJ e CSLL às alíquotas vigentes na data do balanço. Banco Fibra S.A. Fibra Consolidado Valor Valor Valor Valor Ano de realização nominal presente nominal presente 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

22.867 20.325 22.315 25.443 18.537 22.476 131.963

22.305 18.692 19.292 21.376 15.964 19.383 117.012

27.033 23.814 25.057 28.446 21.237 23.389 148.976

26.385 21.897 21.661 23.921 18.259 20.173 132.296

Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social do Banco Fibra S.A.: 2007 2006 IRPJ CSLL IRPJ CSLL Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 175.259 175.259 96.578 96.578 Pagamentos de juros sobre capital próprio (29.438) (29.438) (658) (658) Participação nos lucros (27.128) (27.128) (17.843) (17.843) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social 118.693 118.693 12.935 12.935 Encargo de imposto de renda (25%) e contribuição social (9%) (29.673) (10.682) (3.234) (1.164) Efeito das adições e exclusões no cálculo de impostos: Exclusão de superveniência de depreciações – – 116 – Despesas indedutíveis líquidas das receitas não tributáveis (1.983) (714) (3.083) (111) Participação em controladas (3.249) (1.170) 850 306 Imposto de renda e contribuição social do exercício (34. 905) (12.566) (5.351) (1.968) 19. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS - FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS O Banco Fibra S.A. e suas controladas são parte em ações judiciais e processos administrativos decorrentes do curso normal das operações, envolvendo questões de natureza cível, trabalhista, fiscal e previdenciária. a. Ativos contingentes: Ativos contingentes: não são reconhecidos contabilmente, exceto quando da existência de decisão judicial favorável, sobre a qual não se admitam recursos, caracterizados como praticamente certo. Os processos mais relevantes são: (i) COFINS R$ 19.433 e PIS - R$ 3.748: pleiteia a restituição dos valores pagos de julho de 2001 a junho de 2006, que superaram o cálculo efetuado com base na Lei Complementar 7/70, tendo em vista a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo prevista na Lei nº 9.718/98; (ii) CSLL Isonomia - R$ 4.296: pleiteia suspender a exigência da CSLL aplicada às instituições financeiras em alíquotas superiores às aplicadas para as demais pessoas jurídicas, tendo em vista o descumprimento do princípio da anterioridade durante o período nonagesimal de vigência da Lei; (iii) PIS - Emenda 10/96 - R$ 8.117: pleiteia recuperar os valores pagos para o PIS nos moldes da Emenda Constituicional 10/96, no período de 1º de janeiro de 1996 a 07 de junho de 1996.

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17. COMPOSIÇÃO DE OUTRAS CONTAS COM SALDOS RELEVANTES a. Ativo circulante e realizável a longo prazo - Outros créditos - Diversos: A rubrica “Outros créditos - diversos” refere-se principalmente a: (i) Depósitos em garantia, no montante de R$ 38.484 no Banco Fibra S.A. (em 2006, R$ 32.702) e R$ 73.093 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 55.260); (ii) Impostos a recuperar e a compensar no montante de R$ 40.512 no Banco Fibra S.A. (em 2006, R$ 35.288) e R$ 52.530 no Fibra Consolidado (em 2006, R$ 46.479); (iii) Adiantamento a fornecedores de nossa conta no montante de R$ 627 (em 2006, R$ 5.626) no Banco Fibra S.A. e R$ 3.014 (em 2006, R$ 13.461) no Fibra Consolidado; (iv) Créditos tributários no montante de R$ 131.963 (em 2006, R$ 107.990) no Banco Fibra S.A. e R$ 148.976 (em 2006, R$ 113.523) no Fibra Consolidado; e (v) Créditos decorrentes de contratos de export note no montante de R$ 12.494 no Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado e recebíveis imobiliários R$ 35.582 no Fibra Consolidado. b. Despesas antecipadas: As despesas antecipadas referem-se, principalmente, a comissões pagas a prestadores de serviços decorrente de prospecção de operações de varejo e são controladas por contrato. A apropriação dessa despesa ao resultado do período é efetuada de acordo com o prazo de vigência dos contratos. Em 31 de dezembro de 2007 o montante era de R$ 27.310 para operações de crédito

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demonstrações Financeiras

Após a decisão, o Banco Fibra S.A. e a Fibra Asset Management DTVM Ltda., beneficiados pela medida liminar, passaram a recolher a contribuição sem o alargamento da base de cálculo imposta pela Lei nº 9.718/98. O valor em discussão é de R$ 29.189, dos quais encontramse provisionados R$ 5.687, baseado na melhor estimativa de perda da Administração e de seus assessores jurídicos. d. Contingências passivas com risco de perda possível: Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis são monitorados pela instituição e estão baseados nos pareceres dos consultores jurídicos em relação a cada uma das medidas judiciais e processos administrativos. Desta forma, seguindo as normas vigentes, não estão reconhecidas contabilmente as contingências classificadas como perdas possíveis, sendo compostas, principalmente, pelas seguintes questões: a) R$ 20.549 em cobrança de ISS de diversos períodos e de diversas prefeituras no Brasil, sobre operações de arrendamento mercantil, sendo que o mesmo tributo fora recolhido no município sede da extinta sociedade; b) R$ 10.713 em CPMF de empresa de arrendamento mercantil, pleiteando equiparação a instituições financeiras; c) R$ 10.056 em autos de infração lavrados por Municípios para cobrança de ISS sobre valores registrados em diversas contas contábeis, ao fundamento de se tratar de receitas de prestação de seviços; d) R$ 4.028 em IRPJ e CSLL por dedução de perdas em cessão de operação de crédito de liquidação duvidosa; e e) R$ 2.514 em ação anulatória de auto de infração lavrado sobre IRPJ do ano de 1981. e. Movimentação das provisões para passivos contingentes Fibra Consolidado 2006 2007 Cíveis e trabalhistas Saldo inicial Movimentação Saldo final Processos cíveis 5.342 1.213 6.555 Processos trabalhistas 5.486 (166) 5.320 Total 10.828 1.047 11.875 2006 2007 Fiscais e previdenciárias Saldo inicial Movimentação Saldo final CSLL isonomia 1996 a 1998 25.070 1.123 26.193 CSLL 86 – 86 INSS salário educação 716 11 727 Finsocial 1.161 – 1.161 ISS 172 27 199 PIS Lei 9.718 796 (1) 795 Cofins Lei 9.718 4.899 (7) 4.892 Total 32.900 1.153 34.053

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20. DÍVIDAS SUBORDINADAS ELEGÍVEIS A CAPITAL Em 14 de outubro de 2005, o Banco Fibra S.A., por intermédio de sua agência em Grand Cayman, e de acordo com as definições da Resolução nº 2.837, de 30 de maio de 2001, do Banco Central do Brasil, iniciou programa de título subordinado, tendo sido a primeira captação efetuada em 02 de março de 2006, no montante de US$ 30.000 mil, com vencimento em 02 de março de 2016, com remuneração à taxa de 7,5% a.a. paga semestralmente para os primeiros cinco anos, e amortização do principal somente no vencimento. Em 31 de dezembro de 2007, o saldo deste instrumento totalizava R$ 54.445 (em 2006, R$ 65.717). Em 18 de maio de 2007, o Banco Fibra S.A. efetuou no Brasil uma emissão de dívida subordinada no montante de R$ 76.000, com vencimento para 18 de maio de 2012, consubstanciada em notas de negociação de certificados escriturais de depósitos bancários (CDB) remunerados pela variação da taxa de CDI, acrescidos de 1,28% de juros ao ano. Em 31 de dezembro estes certificados representam R$ 81.882. Em 30 de outubro de 2007, o Banco Fibra S.A. efetuou nova emissão no Brasil de dívida subordinada no montante de R$ 19.200, com vencimento para 30 de outubro de 2012, consubstanciada em notas de negociação de certificados escriturais de depósitos bancários (CDB) remunerados pela variação da taxa de CDI, acrescidos de 1,08% de juros ao ano. Em 31 de dezembro estes certificados representam R$ 19.568. Segundo os termos para emissão deste instrumento para elegibilidade deste como capital regulamentar de Nível II, o pagamento de principal e de juros fica condicionado ao atendimento dos limites operacionais determinados pelo Banco Central do Brasil, ou ainda, na hipótese deste resgate gerar insuficiência no atendimento a tais limites, o pagamento será adiado até o devido enquadramento. Desta forma, em 31 de dezembro de 2007, o saldo total de emissões em dívida subordinada, devidamente homologado pelo Banco Central do Brasil, totalizava R$ 155.895 em títulos emitidos, dos quais podem ser computados R$ 135.605 como elegíveis a Capital Regulamentar de Nível II (em 2006, R$ 65.717).

21. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital social: O capital social é dividido em 1.191.127.526 de ações, sendo 1.125.050.637 ações ordinárias e 66.076.889 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. A cada ação ordinária corresponde 1 (um) voto nas deliberações das Assembléias Gerais de Acionistas, sendo que as ações preferenciais não possuem direito a voto, sendo lhes asseguradas as seguintes preferências e vantagens: (i) direito de participar de lucros distribuídos em igualdade de condições com ações ordinárias; (ii) prioridade no reembolso do capital social sem prêmio; e (iii) direito de serem incluídas em oferta pública de ações, em decorrência de alienação de controle, ou cancelamento do registro de companhia aberta ou descontinuidade do segmento de listagem Nível I da Bovespa (exceto se para outro segmento de listagem Bovespa), assegurado o dividendo pelo menos igual ao das ações ordinárias do bloco de controle. b. Aumento de capital: Em Assembléia Geral Extraordinária de 02 de agosto de 2007, foi deliberado o aumento do capital social da Companhia em R$ 30.250, mediante a capitalização de lucros elevando-o para R$ 431.430 mediante a emissão, para subscrição privada, de 66.076.889 novas ações preferenciais, ao preço de emissão de R$ 0,4578 por ação. Em Assembléias Gerais Extraordinárias de 30 de março e de 29 de junho de 2007, foram deliberados aumentos de capital, subscritos e integralizados, nos montantes de R$ 6.070 e R$ 6.134, sem emissão de novas ações (em 2006, os aumentos de capital totalizaram R$ 55.930, e R$ 57.600 mediante capitalização de lucros de exercícios anteriores, Em Assembléia Geral Extraordinária de 26 de junho de 2007, foi deliberado aumento de capital no valor de R$ 38.976, com a emissão de 89.163.406 de novas ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, integralmente realizada por International Finance Corporation (IFC), organização internacional estabelecida por seus “Articles of Agreement” entre países membros do Banco Mundial, incluindo o Brasil, com sede na cidade de Washington DC, Estados Unidos da América. c. Dividendos e juros sobre o capital próprio: Os acionistas têm direito de receber dividendo obrigatório, não inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido do exercício social, a cada exercício, após as deduções previstas no Estatuto e conforme disposto na Lei das Sociedades por Ações. O valor pago ou creditado a título de juros sobre o capital próprio nos termos da legislação pertinente, poderá ser imputado ao dividendo obrigatório, integrando tal valor ao montante dos dividendos distribuídos pela Sociedade para todos os efeitos legais. Dividendos intermediários e intercalares deverão sempre ser creditados e considerados como antecipação do dividendo obrigatório. I - Cálculo Lucro líquido do exercício 100.660 Deduções: (–) Reserva legal (5.033) Base de cálculo do dividendo 95.627 Dividendos e juros sobre capital próprio, líquido de imposto de renda na fonte 25.022 26,2% II - Pagamento Durante o exercício findo em 31 dezembro de 2007, foi deliberado o pagamento de juros sobre o capital próprio, de acordo com o artigo 9º da Lei 9.249/95, no montante total de R$ 29.437, montante superior ao dividendo mínimo obrigatório previsto no estatuto, reduzindo despesas de imposto de renda e contribuição social do período, no montante de R$ 10.008. Juros sobre Capital Próprio 2007 Data da provisão Valor dos juros propostos Efeito tributário 1º semestre de 2007 14.357 4.881 1º semestre de 2007 15.080 5.127 Total dos juros sobre capital próprio 29.437 10.008

Juros sobre capital próprio Data da provisão Valor dos juros propostos 1º semestre de 2006 17.329 2º semestre de 2006 48.471 Total dos juros sobre capital próprio 65.800

2006 Efeito tributário 5.892 16.480 22.372

22. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações entre partes relacionadas foram realizadas de acordo com os prazos e condições usuais de mercado, considerando a ausência de riscos, e estavam assim representadas: Ativos (passivos) Receitas (despesas) 2007 2006 2007 2006 Aplicações interfinanceiras de liquidez – 10.955 – – Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos 376.353 384.650 151.648 66.042 Outros créditos – 178 – – Depósitos (148.577) (264.106) (23.527) (36.433) Relações interfinanceiras (276.282) (148.735) 24.420 (5.826) Instrumentos financeiros derivativos – – (81.632) (56.126) Outras obrigações (2) (1.622) – – 23. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS O Fibra Consolidado é responsável pela administração de diversos fundos e carteiras de investimentos, cujos patrimônios, em 31 de dezembro de 2007, totalizavam R$ 956.791 (em 2006, R$ 937.423).

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b. Passivos de natureza trabalhista e cível: O Banco Fibra S.A. e Fibra Consolidado, com base em informações de seus assessores jurídicos e análise das demandas judiciais pendentes, as quais envolvem ações indenizatórias por danos morais e materiais, principalmente decorrentes de processos de cobrança de dívidas, constituiu provisões baseado no histórico de perdas verificados em casos semelhantes. Quanto às ações trabalhistas, com base na experiência anterior referente às quantias reivindicadas, e observada a instância em que se encontra cada um dos processos, constitui provisão para contingências em montante considerado suficiente para cobrir as perdas estimadas com as demandas em curso. c. Obrigações legais e passivos contingentes: As questões mais relevantes relacionadas às obrigações legais e aos passivos contingentes são: • CSLL isonomia - Pleiteia suspender a exigência da CSLL exigida das instituições financeiras por alíquotas superiores às alíquotas aplicadas às demais pessoas jurídicas, tendo em vista o desrespeito ao princípio constitucional da isonomia, no valor de R$ 26.193. • COFINS e PIS - Pleiteia o pagamento da contribuição, a partir de junho de 2006, com base no cálculo estipulado pela Lei Complementar 7/70, tendo em vista a inconstitucionalidade da ampliação da base de cálculo prevista na Lei 9.718/98. O Banco Fibra S.A. e a Fibra Asset Management obtiveram sentença favorável para reconhecer o direito ao recolhimento sem o alargamento da base de cálculo imposta pelo art. 3º da Lei 9.718/98, e não interpuseram Recurso de Apelação contra a decisão contrária à revogação da isenção total das contribuições.

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25. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES a. Avais e fianças: Responsabilidade do Banco por avais, fianças e garantias concedidas a terceiros, em 31 de dezembro: 2007 2006 Fianças - Instituições financeiras – 10.093 Fianças - Pessoas físicas e jurídicas não-financeiras 424.322 372.667 Créditos abertos para importação 28.894 62.412 Total 453.216 445.172 b. Auditoria Independente - Instrução CVM nº 381: A política de atuação do Banco Fibra S.A., empresas controladas e controladora, na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa dos nossos auditores independentes, se fundamentam na regulamentação aplicável e nos princípios internacionalmente aceitos que preservam a independência do auditor. Estes princípios consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente; e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, não foram prestados pelos auditores independentes e partes a eles relacionadas, serviços não relacionados à auditoria externa. c. Benefícios a funcionários: O Banco oferece a seus empregados, durante o vínculo empregatício, os seguintes benefícios: seguro de vida, seguro saúde, vale-alimentação, vale-refeição e vale-transporte. Nenhum destes benefícios é considerado como parte integrante do salário. O Banco não contribuiu com planos de previdência privada ou complementar nos exercícios findos em 2007 e 2006. d. Participação nos lucros - Funcionários: O Banco possui modelo próprio de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados, com critérios e parâmetros estabelecidos em plano específico protocolado no Sindicato dos Bancários. O montante das participações pagas ou provisionadas no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi de R$ 27.128 (R$ 18.353, em 2006). e. Remuneração dos administradores: Os administradores do Banco Fibra S.A. são remunerados através de Pró-Labore ou salários quando registrados sob regime CLT, que estão apresentados na rubrica despesas de pessoal. f. Contrato de seguros: O Banco Fibra S.A. possui seguro de riscos nomeados com cobertura básica para incêndio, raio, explosão ou implosão - prédio, maquinismos, móveis e utensílios, danos elétricos, equipamentos eletrônicos, interrupção de negócio em decorrência da cobertura básica (pelo período de 6 meses), perda ou pagamento de aluguel (período de 6 meses), despesas com recomposição de registros e documentos e responsabilidade civil para estabelecimentos comerciais. O valor máximo da cobertura é de R$ 11.500 e o período de cobertura se estende até abril de 2008.

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26. ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E SOCIETÁRIA Durante o mês de dezembro de 2007 e início do mês de janeiro de 2008, ocorreram alterações na legislação tributária e societária, que passaram a vigorar a partir de janeiro de 2008, conforme abaixo descrito: CPMF - A Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) foi extinta em 31 de dezembro de 2007, após decisão do Senado Federal - Brasil de não prorrogar a cobrança, ocorrida em 13 de dezembro de 2007. A esfera de aplicação da contribuição vigorou dos anos de 1997 a 2007, à alíquota de 0,38%. Assim, as movimentações financeiras a partir do ano de 2008 não terão incidência de CPMF. IOF - Por intermédio dos Decretos 6.339 e 6.345, publicados no Diário Oficial da União nas edições de 03 e 04 de janeiro de 2007, respectivamente, o Governo Federal alterou a base de cálculo e as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - incidente sobre operações de empréstimos, repasses e câmbio, os quais não produzem impactos diretos nas operações do Banco, porém devem produzir impacto no custo final dos empréstimos de nossos clientes. CSLL - Em 03 de janeiro de 2008 foi editada a Medida Provisória nº 413 que, entre outras medidas, altera a alíquota de Contribuição Social sobre Lucro Líquido - CSLL das pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização e as referidas nos incisos I a XII do parágrafo 1º do artigo 1º da Lei Complementar 105/01, de 9% para 15%. De acordo com a Medida Provisória, a elevação de alíquota entrará em vigor a partir de maio de 2008. As alterações introduzidas pela Medida Provisória só se tornarão efetivas após sua aprovação pelo Poder Legislativo, o que ainda não ocorreu. Assim, os ativos e passivos fiscais diferidos foram registrados no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2007 de acordo com a taxa definida na legislação vigente nessa data. O impacto da elevação da alíquota prevista na Medida Provisória, caso transformada em lei, será de um aumento dos ativos de créditos tributários e dos passivos fiscais diferidos porventura existentes em maio de 2008. Alterações na Lei das S.A. (Lei nº 6.404) - Por intermédio da Lei nº 11.638 publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007 foram alterados diversos dispositivos da Lei nº 6.404 (Sociedades por Ações), e que passam a vigorar a partir de 01 de janeiro de 2008. Dentre as principais alterações introduzidas estão: a) Critérios para avaliação de ativos, relativamente às aplicações em instrumentos financeiros, aos direitos classificados no intangível e aos elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo, e passivos, relativamente às obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível de longo prazo, inclusive nos casos de transformação, incorporação, cisão e fusão; b) Na Demonstração do Resultado, inclusão de informações acerca das participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; c) Demonstrações de fluxos de caixa e do valor adicionado; d) Critérios para constituição de reserva de incentivos fiscais, que pode ser excluída do cálculo do dividendo obrigatório; e e) Demonstrações Financeiras de Sociedades de grande porte.

Relatório do Comitê de Auditoria Introdução: De acordo com seu Regimento Interno, compete ao Comitê avaliar a adequação dos procedimentos de controle existentes e verificar a conformidade das operações e negócios do Conglomerado Fibra com os dispositivos regulamentares, disponibilizando os resultados aos membros do Conselho de Administração, contendo também informações sobre os relatórios apresentados pelas Auditorias Interna e Externa. Nesse sentido o Comitê tem priorizado ações voltadas à avaliação da adequação dos procedimentos de controle existentes e verificação da conformidade das operações e negócios do Conglomerado Fibra com os dispositivos regulamentares. É de responsabilidade da Administração, a elaboração das demonstrações financeiras que compõem o Conglomerado, assegurando a qualidade dos processos relacionados às informações financeiras bem como às atividades de controle e gestão de riscos. A KPMG Auditores Independentes permanece responsável pela auditoria das demonstrações contábeis, cabendo garantir que estas representam de forma adequada, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Conglomerado, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, a legislação societária brasileira, as normas do Conselho Monetário Nacional, da Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central do Brasil. A Auditoria Interna tem entre seus objetivos a aferição da qualidade dos processos e controles, o seu monitoramento, com visão crítica sob a perspectiva de risco. Atividades exercidas no âmbito de suas atribuições, no período: O Comitê de Auditoria, nas suas atribuições de assessorar ao Conselho de Administração, utiliza-se da estrutura colegiada existente na organização para estabelecer um canal de comunicação direto e um fluxo de informações estruturado, propiciando aos seus membros opinar de modo independente sobre o sistema de controles internos, a qualidade das demonstrações financeiras e a eficiência das auditorias externa e interna. Para formar opinião sobre a qualidade dos processos avaliados, os principais riscos inerentes e a respectiva efetividade dos controles, o Comitê de Auditoria pautase em diferentes fontes, oriundas da Administração, relacionadas à acurácia dos demonstrativos contábeis, o gerenciamento de riscos e de controles internos, dos auditores externos, da Auditoria Interna, e nas suas análises decorrentes de observação direta. Foram desempenhadas atividades com vistas à avaliação da integridade e qualidade das demonstrações contábeis, utilizando-se da estrutura da KPMG - Auditores Independentes, da Área de Controladoria e da Auditoria Interna em razão dos trabalhos afetos as Linhas de Negócio. Para tanto, ao longo do semestre, foram realizadas reuniões estratégicas para definição do escopo de atuação e amplitude dos trabalhos. Avaliação da efetividade dos sistemas de controle interno: A Administração vem constantemente aprimorando a sua estrutura de controle interno, tornando-a compatível ao porte e complexidade dos negócios de forma a garantir a eficiência de suas operações, dos sistemas que geram os relatórios financeiros, bem como a observância às normas internas e externas, a que sujeitam as transações. Nesse semestre dentre outras questões relevantes foram priorizadas melhorias voltadas à estrutura de Gerenciamento de Riscos Operacionais e de controles para suportar o crescimento do segmento de Varejo, aperfeiçoamento da Política de Segurança de informação e os investimentos no aprimoramento da infra-estrutura de TI. Avaliação da efetividade das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à Instituição, além de regulamentos e códigos internos. O escopo dos trabalhos realizados pela KPMG - Auditores Independentes, para os quais não foram detectadas situações que pudessem afetar a objetividade e a independência dos auditores externos, contemplou principalmente: • Mapeamento e avaliação dos riscos de erros nas demonstrações financeiras, associados às estratégias das entidades pertencentes ao grupo. • Avaliação do uso de especialistas em Auditoria de Sistemas. • Realização dos procedimentos de revisão limitada para fins de emissão das IFT e ITR. A Auditoria Interna, por meio de seu planejamento tem priorizado sua atuação nos ciclos de negócios relevantes, utilizando metodologia de auditoria de processo com foco em riscos. O Comitê avalia como efetiva a atuação dos trabalhos da Auditoria Interna, evidenciando esta, assim como a Auditoria Externa, como cumpridoras de suas atribuições. Avaliação da qualidade das recomendações contábeis relativas aos respectivos períodos, com ênfase na aplicação das práticas contábeis adotadas no Brasil e no cumprimento de normas editadas pelo Bacen. O Comitê de Auditoria considerou adequadas as práticas contábeis adotadas pelo Banco Fibra S.A. e empresas controladas na elaboração das demonstrações contábeis e a observância das práticas contábeis adotadas no Brasil, além do cumprimento da legislação aplicável. Ressalte-se que não são de conhecimento institucional a existência de risco residual que possa afetar o grau de solidez e a continuidade da organização. Com base nessas revisões e discussões, o Comitê de Auditoria recomendou ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações contábeis auditadas, relativas ao semestre findo em 31 de dezembro de 2007. São Paulo, 19 de janeiro de 2008 Comitê de Auditoria

Parecer dos Auditores Independentes Ao Conselho de Administração, Administradores e Acionistas do Banco Fibra S.A. São Paulo - SP Examinamos os balanços patrimoniais do Banco Fibra S.A. e os balanços patrimoniais consolidados do Banco Fibra S.A., suas controladas e entidades de propósito específico representadas por fundos de investimento exclusivos, levantados em 31 de dezembro de 2007 e 2006, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido (Banco Fibra S.A.) e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos do Banco e suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração do Banco e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Banco Fibra S.A. e a posição patrimonial e financeira consolidada do Banco Fibra S.A., suas controladas e entidades de propósito específico representadas por fundos de investimento exclusivos em 31 de dezembro de 2007 e 2006, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 15 de janeiro de 2008

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Ricardo Anhesini Souza Contador CRC 1SP152233/O-6

Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0

banco Fibra

24. LIMITES OPERACIONAIS Acordo da Basiléia: As instituições financeiras devem manter um patrimônio líquido compatível com o grau de risco da estrutura de seus ativos, ponderados por fatores que variam de 0 a 300%, conforme Resolução nº 2.099/94 do BACEN e regulamentações posteriores. O Patrimônio Líquido Exigido em 31 de dezembro de 2007, em conformidade com as regras vigentes correspondia a 13,2% (13,7% em 2006) do total dos ativos ponderados, sendo atualmente de 11,0% o limite mínimo exigido.

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Conteúdo

Relações com Investidores e Controladoria

Coordenação Gráfica

Marketing

redação e Revisão

Editora Contadino

Tradução

Interstudio Traduções LTDA.

Realização

TV1 Editorial

layout demonstrações financeiras

Luz Publicidade

Fotos

Acervo Banco Fibra, Beto Oliveira, Daniela Toviansky, Getty Images, Patrícia Morante e Shutterstock

Impressão

Stilgraf


Relatório Anual 2007

Sobre o relatório O conceito gráfico para o desenvolvimento deste Relatório foi baseado na palavra fibra, que tem sua origem no latim fibrae. No sentido estrito, significa qualquer estrutura com filamentos encontrada nos tecidos animais e vegetais ou em algumas substâncias minerais, o que remete para o negócio da Vicunha Têxtil, fundadora do Banco Fibra. No sentido figurado, o vocábulo é associado a atributos como força de vontade, disposição para tomar decisões, firmeza de caráter, valor moral, energia, pulso, ânimo.

Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 11o e 12o andares Cep 04538-905 – São Paulo/SP – Brasil www.bancofibra.com.br

Banco Fibra

Banco Fibra

Relatório Anual 2007

Há 20 anos, essa palavra está associada a uma instituição financeira que emprega muita disposição a fim de buscar as melhores soluções para os seus clientes, firmeza na concessão de crédito e energia para criar valor a seus acionistas.


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