Fichamento do texto: Tudo o que é sólido desmancha no ar – A Aventura da modernidade, capítulo V – Na floresta dos símbolos: algumas notas sobre o modernismo em Nova Iorque.
ARQ4AM-MCB Bárbara dos Anjos Feitosa – 201202416 São Paulo 09/16
Fichamento do texto: Tudo o que é sólido desmancha no ar – A Aventura da modernidade, capítulo V – Na floresta dos símbolos: algumas notas sobre o modernismo em Nova Iorque. 1 – Robert Moses: o mundo da via expressão p. 271 e 272 Geral: Marshal Berman analisa como tema central na sua expressão: tudo o que é sólido desmancha no ar, referindo as construções que ao passar do tempo vão ficando pra trás, esquecidas, deteriorando-se e, que a partir da economia moderna continuam as mudanças, preservando, conservando e construindo sempre algo novo. Ele cita com muita propriedade e exemplo desse desenvolvimento e mudanças no modernismo à cidade de Nova Iorque, que foi concebida e executada... ...não apenas para atender às necessidades econômicas e políticas imediatas, mas, pelo menos com igual importância, para demonstrar ao mundo todo o que os homens modernos podem realizar e como a existência moderna pode ser imaginada e vivida. Os principais pontos de Nova Iorque foram planejados com força simbólica do modernismo, como ..... O Central Park, a ponte do Brooklyn, a estátua da Liberdade, Coney Island, diversos arranha-céus de Manhattan, o Rockefeller Center e outras mais. Palavras chave: - renovação – construção – modernidade – Nova Iorque – simbólica p. 273 Geral: Essa nova cara de Nova Iorque se torna rica e estranha de viver. Bermam começa então uma análise de Robert Moses que ele considera como o maior criador de formas simbólicas de NY que atuou desde 1910 até 1960. Ele retrata... ...na busca das modernizações e modernismos que fizeram de mim e de muitas das pessoas ao meu redor aquilo que somos. Palavras chave: - Robert Moses – criador p. 274 Geral: Para dar exemplo de um dos principais símbolos ele fala da imagem da cidade nas últimas décadas de grande ruína e devastação moderna, ele cita o bairro do Bronks como era horrível, onde havia... ...drogas, quadrilhas, incêndios propositais, assassinatos, terror, milhares de prédios abandonados, bairros transformados em detritos e em vastidões de tijolos espalhados. Havia também uma estrada que estava sempre engarrafada com o transito de pessoas que corriam o máximo que o veículo permitia, serpenteando caminhões, como se estivesse fugindo e com pressa enquanto passavam pelo Bronks. Palavras chave: Bronks – horrível – Estrada perigosa p. 275 e 276. Geral: Robert Moses foi o homem que mudou essa imagem do Bronks, assim como também de Nova Iorque, criou ...a ponte Triborough, a rodovia do West Side, dezenas de avenidas em Westchester e Long Island, as praias de Jones e Orchard, incontáveis parques, ampliações urbanas, o aeroporto de Idlewild (hoje Kennedy), uma rede de diques e usinas elétricas colossais nos arredores dás cataratas do Niagara; a lista parecia não ter fim. Foi desde a década de 50 e 60 que houve as grandes mudanças no centro do Bronks, onde pessoas foram obrigadas a saírem de suas casas e ruas foram tomadas para grandes intervenções das novas vias expressas, período este da infância e juventude de Bermam. Palavras chave: Intervenções urbanas – grandes transformações – gentrificação. p.277
Geral: Em meio a esse cenário de destruição e pessoas indo embora, o comércio indo à falência, Robert Moses a essas questões e diz que não há contratempos e em comparações com as antigas estradas que eram construídas é que neste caso temos gente e casas no caminho e disse que: ... “Quando você atua em uma metrópole superedificada, você tem que abrir seu caminho a golpes de cutelo”. A queda de Moses para crueldade junto com o brilho visionário lhe redeu uma reputação muito ruim, chegando a ser comparado o último construtor ‘demolidor’ da linhagem de Luiz XIV, Pedro o Grande, o barão de Hausmann, Joseph Stalin, Huey Long, o Tarmelão de Marlowe, o Fausto de Goethe, o capitão Ahab, Mr. Kurtz, Cidadão Kane. Palavras chave: pessoas – impedimento – expulsas p. 278 Geral: No final década de 60 houve o fim e sucesso em suas construções e Robert Moses foi privado de continuar com as suas intervenções. Paralelo a isso parecia que Moses trabalhava pelos mesmos valores que os próprios moradores defendiam. Palavras chave: anos 60 – finalização p.281 e 282 Geral: As primeiras rodovias criadas por Robert Moses em Long Island, uma via arborizada que ligava a cidade a praia de Jones Beach, ela foi criada a uma altura do solo que impedia a passagem de ônibus, impedindo que uma grande massa atravessasse para a praia e usavam essa rodovia apenas os que possuíam as máquinas mais modernas, privatizando o espaço público por que não havia outra maneira de atravessar... Jones Beach e as primeiras vias arborizadas de Moses em Long Island devem ser compreendidas no contexto do espetacular crescimento das atividades e da indústria do lazer durante o boom econômico dos anos 20. Esses projetos de Long Island foram concebidos para abrir um mundo pastoral logo após os limites urbanos, um mundo feito para os feriados, o lazer e a diversão — para aqueles que dispunham do tempo e dos meios para uma escapada. Palavras chave: Long Island – rodovia baixa – arborizada. p.283 Geral: As pontes, parques, estradas, túneis, barragens, construídas na década de 30 por Moses foram articuladas em três metas sociais. Em primeiro lugar, foram concebidos para criar atividade econômica, fomentar o consumo e estimular o setor privado. Em segundo lugar, deveriam trazer milhões de desempregados de volta ao trabalho, ajudando a adquirir a paz social. Em terceiro, acelerariam, concentrariam e modernizariam as economias das regiões nas quais seriam executados, de Long Island a Oklahoma. Em seguida, ampliariam o significado do “público”, fornecendo demonstrações simbólicas de como a vida americana podia ser enriquecida não só material como espiritualmente através das obras públicas. Por fim, com o uso de novas e excitantes tecnologias, os grandes planos do New Deal dramatizaram a promessa de um futuro glorioso que mal despontava no horizonte, um novo tempo não simplesmente para os poucos privilegiados mas para o conjunto da população. Um tempo depois Moses assumiu de diretor dos parques estaduais, foi então que contratou uma equipe de projetistas e engenheiros de primeira linha, num total de 80 mil trabalhadores para recuperar 1.700 parques criar centenas de novos parques, playgraund e zoológico e terminou seu trabalho em 1934. Palavras chave: novas construções – grande reconhecimento p.284
Geral: O trabalho realizado por Moses nos parques foi responsável para algo que para ele valia muito mais do que os parques, tratava-se de um sistema de rodovias , avenidas arborizadas e pontes que entrelaçaria o conjunto da área metropolitana:... a pista elevada do West Side, estendendo-se de uma a outra ponta de Manhattan, através da nova ponte Henry Hudson (obra de Moses), passando pelo Bronks e tomando o rumo de Westchester; a Belt Parkway, que cruzaria toda a periferia do Brooklyn, do East River ao Atlântico, ligando-se a Manhattan por meio do túnel Brooklyn-Battery (Moses teria preferido uma ponte) e seguindo para a Southern State, e — justamente o núcleo do sistema — o projeto Tri-borough, uma rede colossal e complexa de pontes, acessos e avenidas que uniria Manhattan, o Bronx e Westchester a Queens e a Long Island. Essas obras eram muito caras, mas mesmo assim, Moses conseguiu convencer Washigton a financiar boa parte delas Palavras chave: avanço – progresso – novas vias expressas p.285 Geral: Com todos os trabalhos de Moses realizados, marcou não somente uma nova fase na modernização, mas também uma ruptura na visão e pensamento dos modernistas. ...Essas avenidas urbanizadas descerravam um reino mágico, uma espécie de romântico caramanchão onde o modernismo e o bucolismo podiam se entrelaçar. Palavras chave: avanço modernista. P.286 Geral: Berman afirma que Moses era a figura pública de sua época e que ele tinha a mesma energia e entusiasmo de Hausmann, das oportunidades e das necessidades de sua época. 2 – A década de 60: um grito na rua p.296 Geral: A partir desse novo cenário deixado por Moses, a tarefa agora na década de 60 dos modernistas era de adaptação, como enfrentar a via expressa , outra era mostrar que este não construía o único moderno possível, que havia outras melhores direções para as quais os espírito moderno podia se voltar p.297 Geral: Segundo Bermam, um livro que retrata com perfeição o modernismo da rua nos anos 60, é o da Jane Jacobs: Morte e vida de grandes cidades americanas. Jacobs desenvolve seu ponto de vista com ilusória modéstia: tudo o que faz é falar sobre a vida do dia-a-dia. “O trecho da Hudson Street onde moro é diariamente o cenário de um intrincado bale na calçada.” P.298 e 299 Geral: Bermann descreve do livro de Jane Jacobs, que narra o seu dia-a-dia 24 horas por dia, trabalhando com gênero importante da arte moderna: a montagem urbana. Ela descreve detalhadamente a vida urbana, desde manhazinha, ao por o lixo a rua, às crianças indo para escola e descreve também tudo o que vê na rua, as atividades de seus vizinhos, até o voltar da escola ou do trabalho. ...Esta celebração da vitalidade urbana, de sua diversidade e plenitude, é na verdade, como procurei mostrar, um dos temas mais antigos da cultura moderna. A partir dessa nova análise a rua deixou de ser apenas uma expressão da modernidade dinâmica e progressista para o novo sistema de parques industriais, shopping centers e cidade dormitório Palavras chave: Jane Jacobs – vitalidade urbana – novo modo de pensar em moderno
p.300 Geral: Bermann se apoia nas ideias de Jane Jacobs defendendo a ‘Liberdade da cidade’ ...uma ordem que existe num estado de perpétuo movimento e mudança, a comunhão e a comunicação face a face, evanescente, mas intensa e complexa, daquilo que Baudelaire chamou a família de olhos. Defendeu também a renovação urbana, pregando que devemos preservar o velho e resistir ao novo e com isso o modernismo assume uma nova complexidade e profundidade. Uma questão que apresento é como priorizar e o que priorizar antes das intervenções urbanas e o que exatamente intervir, sem que haja grandes impactos negativos e que haja um equilíbrio para beneficiar a todos os interessados?