REVISTA TOTAL SAUDE edicao outubro 2008

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Ano 2 - Edição 16 Outubro/2008

BENEFÍCIOS TRIBUTÁRIOS A lei ao lado dos portadores de doenças graves

CARDIOLOGIA Cuide do seu coração

FILOSOFIA CLÍNICA A “criança” em cada um de nós

QUINUA REAL O alimento do momento

Crianças Especial do mês




| Índice

30

Dislexia Distúrbios da leitura e da escrita

32 10 12

Calendário de vacinação infantil

Você Sabia?

Homenagem Dr. Radi Jafar Professor e médico

34 36

ABC da Saúde Cardiologia

20

Dermatologista

Fisioterapia Fisioterapia e estética Atendimento personalizado e eficiente

Nutrição

38 39

18

Cirurgia plástica após a gravidez

19

Terapia ultra-sônica Avatar IV Esthétic

Brincadeiras de ontem É hora de resgatar velhas brincadeiras da infância cujas vantagens são imensas.

Crianças amadas, crianças felizes!

24 26 28

Perder peso significa emagrecer?

42

Alimentos que fortalecem e aumentam a imunidade

Bem-estar

44

A “criança” em cada um de nós

Ronco O sufoco de toda noite

52

Pousada geriátrica

Entrevista

46

Jairo Marques Jornalista

49 50

AACC/MS Dor de cabeça na infância

Receita super saudável

40

Especial do Mês

23

Quinua real

Risoto de Quinua

Estética

22

Pequenos e gordos

O alimento do momento

Conheça este profissional tão importante na medicina

16

Crianças viciadas em tecnologia Fofinhos não, obesos!

Medicina

14

Vacinas

Endereços Úteis Anote o Site

Direito

54

Benefícios tributários dos portadores de doenças graves



Você | Atendimento

ATENDIMENTO AO LEITOR Críticas, dúvidas ou sugestões para a revista, fale conosco. e-mail: contato@revistatotalsaude.com.br telefone: 67 3321-9956 horário: segunda a sexta manhã - 08h às 11h30 tarde - 13h30 às 18h fax: 67 3321-9956 cartas: Rua Alberto Néder, 328 Sala 35 - Centro Empresarial Altos do Prosa - Cep 79002-160 Campo Grande/MS site: www.revistatotalsaude.com.br

PARA ANUNCIAR

Diretora de Redação: Vera de Barros Jafar (DRT/MS 484) Direção de Arte: Bartz Propaganda Ltda. Heyder Bartz Vanessa Machado Lührs Bartz. Sandro Carvalho. Redação: Daniela Carvalho (DRT/MS 283), Gizelli Xavier (DRT/MS 267), Natalia Razuk e Silvia Frias (DRT/MS 173) Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar e Henrique Attilio Conselho Editorial Médico: Maurício Jafar (CRM/MS 2073) Revisão: Thalitta Dias

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PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Radi Jafar. Professor Titular de Angiologia e Cirurgia Vascular da UFMS. Título de Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela A.M.B. e S.B.A.C.V. Membro da Academia de Medicina de MS.

Para anunciar na revista fale com Sandra Pieczykolan Gerente de Atendimento Comercial

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Dr. Mauro Cosme Gomes de Andrade. Cirurgião cardíaco e Diretor Superintendente da Clínica Campo Grande. Formação em Medicina pela UNB – Universidade Nacional de Brasília. Residência em Cirurgia Cardiovascular pela UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Dra. Samanta Ribeiro A. Lessa. Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Dermato-funcional pela Faculade Estácio de Sá - Campo Grande/MS. CREFITO 9/1589 LTT-F Dra. Daniela Bazili Soares. Cirurgiã Plástica. CRM/MS 3919 Stanley Bessa. Psicólogo. CRP 14/02950-3 Dra. Maria José Martins Maldonado. Especialista em Neurologia Infantil. Especialista em Neurofisiologia Clínica. Mestre pela FUFMS. CRM/MS 1970 Cláudia Peruzzo. Terapeuta com base na Filosofia Clínica, professora em Extensão e Pós-Graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter. Creusa Izabel Gatti. Neuropsicóloga - Especialista pela Divisão de Psicologia e Divisão de Clínica Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina e do Departamento de Neurologia da USP e Psicopedagoga. CRP 14/03247-5 Dra. Tatiane Savarese Attilio. Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175.

PARTICIPE DA REVISTA! Você tem curiosidade sobre algum tema relacionado à saúde? O que mais gostaria de saber? Escreva para nós. e-mail: redacao@revistatotalsaude.com.br

Jairo Marques. Jornalista. Gabriela Grings Fleck. Advogada, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul, atuante nas áreas Ambiental e Previdenciária. OAB/MS 12.352-A. OAB/RS 53.510. Antonio de Barros Jafar. Advogado, Especialista em Direito Tributário, Financeiro e Econômico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuante nas áreas empresarial e tributária. OAB/MS 8.481

Tiragem: 7.000 exemplares Total Saúde é uma publicação da Editora Total Saúde Ltda, com periodicidade mensal. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Distribuição dirigida gratuita e mediante assinatura anual.

DISTRIBUIÇÃO E ASSINATURA REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA.

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Editorial | Ao leitor

Outubro Um mês especial

V

ocê tem agora, em mãos, uma edição primorosa. Chegamos em outubro, mês farto de datas especiais. Para começar, é mês das crianças, e tem coisa mais gostosa na vida do que criança? Ser criança, mesmo depois de adulto? Sem pieguices, mas manter o espírito inocente e otimista vivo é essencial para uma vida melhor, fazer amigos facilmente, acreditar que vai dar certo, perdoar, chorar e sorrir com a mesma facilidade! Em outubro comemoramos ainda o dia do deficiente físico, dia do médico, dia do dentista, dia do fisioterapeuta... Trata-se de datas importantes, dias que representam a possibilidade de refletirmos sobre todos os setores da sociedade, as profissões e os profissionais. Entre outras reflexões, o dia 11 de outubro nos fez pensar na relação que temos com os deficientes físicos, você ainda tem preconceito? Saberemos mais sobre como é a vida de alguém com deficiência na entrevista exclusiva que preparamos para você. Essas carreiras homenageadas não formam universos paralelos, afinal, elas têm muitos pontos em comum, exigem devoção, desprendimento, pesquisa e boas relações interpessoais. Preparamos matérias sobre tudo isso: especiais, entrevistas com pessoas interessantes, novidades e dicas pra fazer este mês especial também para você! Fazer sorrir e fazer pensar, pequenas ações de alegria e solidariedade ainda incipientes e que pretendem se multiplicar, mas que contribuem para uma sociedade mais justa, igualitária e acessível. E claro, tornar nossa vida muito melhor! Abraços, e até mês que vem!

Equipe Revista Total Saúde

De início, o primeiro presente a você: Jamais deixes de ser criança... Nunca deixes de sentir, gostar, ver e extasiar-te diante de coisas tão grandiosas como o ar, o vôo e os sons da luz do Sol dentro de ti... Se achares preferível, usa uma máscara para proteger a criança do mundo... Mas lembra-te que no dia em que permitires que essa criança dentro de ti desapareça, terás crescido e já não estarás vivo. " Richard Bach

8 | To t a l S a ú d e

outubro, 2008



| Você Sabia? Aspirina contra o Alzheimer A Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, que fica em Baltimore, apontou ainda que a aspirina pode reduzir as chances de ataque cardíaco e ajudar na prevenção do câncer. O ácido acetilsalicílico, principal componente da aspirina, pode reduzir em até 23% os riscos de se desenvolver a doença de Alzheimer. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, nos EUA. Os estudos contaram com a participação de 13.500 pessoas, das quais 820 já possuíam a doença. Outros antiinflamatórios não-esteróides também se mostraram eficazes contra o desenvolvimento da doença. O coordenador da pesquisa, Peter Zandi, afirmou que os estudos indicaram risco reduzido de aparição do Alzheimer entre os usuários de aspirina. Trabalhos anteriores sugerem que há um componente inflamatório por trás da doença, o que explicaria os efeitos desses remédios, que atuam como um neuroprotetor.

O remédio popular pode ser um aliado contra o Alzheimer. 1 0 | To t a l S a ú d e

Cientistas mapeiam química que faz câncer crescer Cientistas do Wistar Institute, no Estado da Filadélfia, mapearam a enzima responsável pela reprodução "infinita" das células cancerosas, dando um grande passo na criação de novos remédios para o tratamento do câncer, segundo estudo publicado na revista Nature. Os cientistas conseguiram mapear a estrutura da parte mais ativa da telomerase, que, quando ativa, ajuda as células a se reproduzirem, e que está em pleno funcionamento em nove a cada dez tipos de tumor. A descoberta pode levar à criação de remédios que bloqueiem a enzima. Todas as células do corpo têm esse relógio natural, os telômeros, que diminuem cada vez que as células se dividem. Depois de um determinado número de divisões, na maioria das células, os telômeros diminuem de tamanho, chegando a um ponto em que não se dividem mais. O processo é responsável pelas mudanças no corpo durante o envelhecimento, quando a divisão das células diminui. Algumas células, no entanto, como células-tronco embrionárias, usam a enzima telomerase para manter o comprimento dos telômeros, e muitos tumores "seqüestram" a enzima para alimentar seu crescimento indeterminado. Segundo ele, a descoberta da estrutura é "muito importante", e certamente ajudará na fabricação de novos remédios.

Natalia Razuk

Piercing no lábio pode causar perda de dentes Especialistas da Universidade de Ohio alertam para o fato de que quanto mais tempo um piercing permanecer no lábio, maior será a retração da gengiva com instabilidade dos dentes atingidos. O piercing, quando colocado nos lábios, fica roçando a região próxima aos dentes, causando a retração da gengiva. A retração gengival, depois de instalada, tem pouca chance de recuperação, passando a funcionar como porta de entrada para as bactérias que causarão a doença periodontal. Após a contaminação pelas bactérias acontece a formação de uma bolsa de material infectado que compromete o dente. A doença periodontal, nome técnico da inflamação crônica das gengivas, está associada a uma série de doenças, podendo causar a perda dos dentes. Além da inflamação crônica, a retração gengival traz o aumento da sensibilidade dolorosa dos dentes aos estímulos de calor e frio. A higiene rigorosa das gengivas e dentes após a retirada do falso piercing também diminui os riscos do processo inflamatório infeccioso.

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Você Sabia ?

Dicas de Leitura | Vera de Barros Jafar

Subir escada pode aumentar expectativa de vida

La Bodega Noah Gordon Ed. Rocco Ltda

Noah Gordon, como sempre, escreve um livro que prende o leitor do começo ao fim. La Bodega é um canto de amor à Espanha e seus vinhos.

A Soma dos Dias Isabel Allende Ed. Bertrand Brasil

Um estudo feito por cientistas da Suíça afirma que subir de escada em vez de usar o elevador no trabalho pode aumentar a expectativa de vida. Abandonar o uso de elevadores e escadas-rolantes pode melhorar a condição física, diminuir a gordura corporal, reduzir o tamanho da cintura e diminuir a pressão sangüínea, afirma a pesquisa, feita com 69 pessoas. Isso representaria uma redução de 15% nas chances de se morrer prematuramente de qualquer doença. Os participantes tinham um estilo de vida sedentário, com menos de duas horas de exercício ou esporte por semana. Eles também subiam menos de 10 degraus por dia. Ao longo de 12 semanas, os voluntários, que eram empregados do Hospital Universitário, usaram exclusivamente as escadas em vez do elevador. Em média, o número de degraus subidos pelas pessoas aumentou para 23. Depois de três meses, os resultados mostraram melhor capacidade pulmonar, pressão sangüínea e níveis de colesterol. O peso, a gordura corporal e a circunferência da cintura também caíram com a melhora da capacidade aeróbica. A combinação destes resultados representa uma redução de 15% nas chances de se morrer jovem. É um estudo pequeno, mas importante, porque fornece uma forma prática para as pessoas ocupadas melhorarem a sua capacidade de fazer exercícios.

outubro, 2008

Uma obra repleta de emoção, mas escrita num tom irônico e apaixonado que caracteriza a autora, na qual nos entrega a soma de seus dias como escritora e, principalmente, como mulher.

eu fui Vermeer A lenda do falsário que engana os nazistas Frank Wynne Ed. Companhia das Letras

Frank Winne narra a história do holandês Han Van Meegeren, um falsário especialista em criar quadros que reproduziam, em detalhes, os quadros de Johannes Vermeer.

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Homenagem | Radi Jafar

Silvia Frias

Radi Jafar

Professor e médico

O mestre pode dizer, com orgulho, que metade dos médicos vasculares formados em Mato Grosso do Sul passou pelas suas aulas.

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Radi Jafar completou 70 anos em julho deste ano. Começou a trabalhar como médico em Campo Grande em uma época em que o quadro de profissionais não passava de 150. Fez parte do quadro docente da então Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT) e também na fase posterior, quando a instituição foi federalizada após a separação do Estado. Nada disso quer dizer que seja somente um profissional que fez parte da história de Mato Grosso Sul. Radi Jafar continua fazendo história, sendo um angiologista atuante e mestre dedicado, ‘plugado’ e presente na vida de colegas e exalunos. Para contar o início de sua vida profissional, é preciso voltar a Ponta Porã, onde nasceu e, aos oito anos, já fazia pequenas intervenções cirúrgicas nos corajosos amigos. “Pegava um caco de vidro e cortava aquelas ‘verruguinhas’; tinha um menino que tinha várias", lembra. Aos dez anos, após a morte do pai, Amud, sua mãe, Kadija, mudou-se com ele e os outros cinco filhos para Campo Grande. No final da década de 40, a capital de Mato Grosso do Sul estava em franco desenvolvimento, com a forte presença da ferrovia Noroeste do Brasil. “Todo mundo sabia quando o trem chegava, fazia barulho; isso marca muito a gente”, recorda. Em 1959, Radi Jafar mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ) com o sonho de tornar-se um profissional da Medicina. "Naquela época só havia três escolas de Medicina no Rio de

Janeiro, cada uma com cem vagas, imagine a concorrência", diz. Em 1964, a realização pessoal chegou no mesmo momento em que a história do País mudava. Em março fez a matrícula para o curso e, dois dias depois, o Brasil mergulhava na ditadura militar. “No dia 31 de março tudo fechou, só comecei a ter aulas uma semana depois”, recorda. Durante todo o tempo que estudou, trabalhou como bancário no Banco da Lavoura. Foi uma época de rígida disciplina, sofrimento e noites mal dormidas. Como acadêmico, cumpriu plantão no Pronto Socorro do Rio de Janeiro, Hospital Carlos Chagas e Hospital São Francisco de Paula. Em uma das noites de residência, recorda-se de ter se deparado com uma das figuras mais emblemáticas da história carioca. “O homem chegou com uma pressão altíssima, fiquei três horas com ele e notei uma movimentação incomum, muita gente olhando, mas eu não sabia quem era”, lembra Jafar. O jovem médico estava cuidando de Natalino José do Nascimento, o Natal da Portela, famoso contraventor e presidente da escola de samba entre as décadas de 60 e 70. Depois que a pressão foi estabilizada, Natal chamou alguns homens e apontou para o Jafar. “Olha aqui, dá para o doutor o convite”, e se dirigindo ao médico: “Doutor, quando o senhor quiser ir lá nos ensaios da escola de samba, tá liberado”. “Eu nunca fui”, garante Jafar. Em 1971, depois de onze anos e meio no Rio de Janeiro, era hora do sul-mato-grossense retornar ao lar. outubro, 2008


Radi Jafar | Homenagem

Contar um pouco da trajetória do estudante e do profissional é uma forma de traçar também o perfil do professor, uma fase que foi iniciada em 1971, ministrando aulas de Angiologia e Cirurgia na UEMT. “Eu era enérgico e pontual, sempre exigia muito deles”, afirma Radi Jafar. “Todo mundo sabia que se chegasse cinco minutos atrasado não entrava, e quem faltasse à aula prática tinha que fazer um trabalho”, conta. Apesar da rigidez, nunca teve atrito com os alunos. “Havia respeito, eu cobrava, mas também dava em troca: sempre preparei minhas aulas, e até hoje tem ex-aluno que se lembra dos slides que eu fazia”, diz. O mestre pode dizer, com orgulho, que metade dos médicos vasculares formados em Mato Grosso do Sul passou pelas suas aulas. Aposentou-se em 1993, mas até hoje participa da formação de profissionais, ministrando cursos especiais em universidades do Estado. Diz-se um pouco decepcionado com a mudança do perfil dos estudantes, processo que acompanhou em 23 anos de ensino. “Antes eram mais compromissados, mais participativos, agora, parece que não levam muito a sério”, lamenta. Mesmo assim, sente falta da época em que ensinava, e diz que guarda boas recordações. “Você faz muitas amizades e se mantém sempre atualizado”. Ainda mantém contato com ex-alunos que recorrem ao professor sempre que necessário. outubro, 2008

A atualização, aliás, é uma faceta que pode surpreender quem não conhece o mestre de 70 anos. Completamente à vontade à frente de um computador, baixa músicas, produz e edita filmes e se mantém conectado às inovações da profissão permanentemente. "Ah, eu estou bem atualizado", comemora. Até ensina colegas da mesma geração que não têm a similar desenvoltura com as novas tecnologias e recorrem ao amigo. "Tem uns que não mexiam em nada, ensinei até a ligar o computador", sorri. Ah, o perfil não estaria completo sem citar as paixões: o Flamengo, a Fotografia e Família esposa Dorivam, os filhos Tatiana, Mirela e Wagner e as netas Lorena e Carolina, a última a chegar ao clã, em outubro deste ano, o mês do professor, que também é médico, pai, marido e avô, Radi Jafar. To t a l S a ú d e | 1 3


ABC da Saúde | Cardiologia

Cardiolo Daniela Carvalho

A cardiologia é uma especialidade médica que se divide em dois tipos de atuação: a cardiologia clínica e a cirúrgica.

ONDE ENCONTRAR

Rua Marechal Rondon, 1.703 Campo Grande/MS 67 3323-9000 / 3323-9150 www.clinicacampogrande.com.br

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Voltada para o diagnóstico e tratamento de doenças do coração e do sistema circulatório, a cardiologia é uma especialidade médica que se divide em dois tipos de atuação: a cardiologia clínica e a cirúrgica. O cirurgião cardíaco, Mauro Cosme Gomes de Andrade, explica que o cardiologista clínico pode atuar em pediatria, geriatria, em exames de diagnóstico e prevenção, no atendimento à gestante e em medicina do esporte. Tanto na área clínica quanto na de cirurgia cardíaca, o profissional está focado na prevenção. “Pensamos na prevenção desde o nascimento do indivíduo, mas também é possível fazer isso em quem já tem fatores de risco como obesidade e colesterol alto, por exemplo”, completa. Para o diagnóstico de doenças cardíacas o profissional também leva em conta fatores genéticos, como o histórico familiar e fatores ambientais, como o estresse diário e o sedentarismo. “A grande vantagem que temos hoje é o acesso aos serviços. A prontidão e a exatidão no atendimento recuperam um percentual muito grande de pacientes. Além, é claro, da mudança de hábitos ruins”, afirma Mauro.

Formação Acadêmica Cardiologia clínica Cursar Medicina, ter dois anos de experiência em clínica geral, dois anos de residência em cardiologia clínica e mais um ano de especialização na área (pediatria, exames, dentre outras.)

Cirurgia cardíaca Cursar Medicina, ter um ano de experiência em cirurgia geral e mais quatro anos de especialização em cirurgia cardíaca.

Entrevistado

Dr. Mauro Cosme Gomes de Andrade Cirurgião cardíaco e Diretor Superintendente da Clínica Campo Grande. Formação em Medicina pela UNB – Universidade Nacional de Brasília. Residência em Cirurgia Cardiovascular pela UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

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Cardiologia | ABC da Saúde

ogia Doenças cardíacas mais comuns A hipertensão e as doenças das artérias. Normalmente, provocadas pelo alto consumo de carne e sal.

Exames para a cardiologia Para sabermos se existe uma doença cardíaca, geralmente começamos pelos exames mais simples, progredindo até os mais complexos. Esta ordem pode ser alterada conforme a gravidade de um determinado caso.

EXAMES - Ecocardiograma Transesofágico - Eletrocardiograma - Holter - Mapa - Radiologia Geral - Teste Ergométrico - Tomografia Computadorizada - Cardiologia intervencionista (Hemodinâmica) - Ressonância Magnética (em breve)

SERVIÇOS - 1ª Unidade de Dor Torácica da Região Centro Oeste - UCO - Unidade Coronariana - CTI - Centro Cirúrgico Completo - Cardiologista 24 horas - Clínico Geral 24 horas - Pronto Socorro

outubro, 2008

Dia do Médico “Queres ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência. Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?” Esculápio O médico é o profissional autorizado pelo Estado para exercer a medicina; se ocupa da saúde humana, prevenindo, diagnosticando e curando as doenças. As comemorações do Dia do Médico, em 18 de outubro, são um reconhecimento a estes trabalhadores da saúde, que obtêm sua recompensa quando fazem uma vida ser salva. E nós não podemos deixar passar em branco, aqui, a nossa homenagem àqueles que vivem suas vidas para cuidar e salvar outras. Profissionais humanos e generosos! Parabéns, e feliz Dia do Médico!

Dia do Dentista 25 de outubro é o dia do profissional que cuida de um dos mais bonitos atos humanos: o sorriso! Os dentes, gengivas e alguns ossos faciais, como o maxilar, também fazem parte do cuidado deste profissional. Até bem pouco tempo atrás, o dentista era temido pelo barulhinho amedrontador de seus instrumentos de trabalho. Hoje, com instrumentos mais modernos, tratar de uma cárie já não assusta tanto. O tratamento pode ser feito até mesmo com laser.

Falando nisso, há quanto tempo você não vai ao dentista? Se a resposta for “há mais de seis meses”, marque já uma consulta!

Dia do Fisioterapeuta O dia do fisioterapeuta é comemorado em 13 de outubro. Estes profissionais tratam de pacientes com dificuldades respiratórias, dores musculares e dificuldades nos movimentos, principalmente da coluna vertebral, através da manipulação das partes afetadas no corpo e de exercícios. A fisioterapeuta trata doenças e lesões causadas por acidentes, má formação genética ou vícios de postura, seja prevenindo, reabilitando ou curando.

A prevenção é considerada, inclusive, a primeira atribuição da fisioterapia, onde o profissional deve alertar e orientar o paciente sobre a necessidade de adotar procedimentos adequados em determinadas situações. Nossos sinceros parabéns a estes profissionais!

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Fisioterapia| Atendimento Personalizado

Fisioterapia e estética Atendimento personalizado e eficiente Na busca pela praticidade e aumento da qualidade de vida dos pacientes, a atuação do fisioterapeuta ultrapassa as paredes do consultório, engloba também o atendimento domiciliar e personalizado. A clínica Fisclin, especializada em fisioterapia e estética, além de oferecer atendimento individual em Pilates, RPG, Dermato-funcional, Ortopedia e Neurologia em sua sede, possui o diferencial do atendimento Home Care, que proporciona uma recuperação mais rápida ao paciente. Para a Dra. Samanta Ribeiro Amaral Lessa, os resultados são satisfatórios porque o paciente está em seu próprio ambiente. “Além da vantagem da comodidade e

flexibilidade de horários, percebemos que ele aceita melhor o tratamento, pois não é necessário deslocá-lo até um consultório ou um hospital”, afirma. Equipada com aparelhos de última geração, a Fisclin atua na área estética através de drenagem linfática, pré e pós operatório, massagens anti-estresse e relaxante, tratamento de redução de estrias, limpeza de pele, clareamento, tratamento para flacidez e redução de medidas. “Temos, inclusive, um veículo totalmente adaptado para o Home Care. Através dele podemos atender todos os casos de estética, condicionamento e reabilitação física”, completa Samanta.

ONDE ENCONTRAR?

Av. Mato Grosso, 1.849 - Sl. 2 e 6 Vila Célia - Campo Grande/MS 67 3042-0321

PROMOÇÕES HORÁRIOS Para o mês de outubro, a Fisclin preparou duas promoções especiais: Pacote com 10 sessões de Drenagem Linfática, por R$ 299,00.

Seguda a sexta-feira 7h30 às 11h e 13h às 19h Sábado 8h às 11h.

Pacote com 03 sessões de Limpeza de Pele, por R$ 60,00.

Dra. Samanta Ribeiro A. Lessa Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Dermato-funcional pela Faculade Estácio de Sá Campo Grande/MS. CREFITO 9/1589 LTT-F

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Estética | Cirurgia Plástica

Dra. Daniela Bazili Soares

Cirurgia plástica após a

gravidez Após a gestação e, com ela, todas as mudanças ocorridas, algumas áreas do corpo podem não voltar a ser exatamente como antes. Transcorridos seis meses do desmame, a mulher está liberada para os procedimentos estéticos que desejar, sendo que as mamas e o abdômen são as duas áreas com mais procura por procedimentos dentro da cirurgia plástica.

Qualquer que seja a queixa estética da paciente, deve-se sempre lembrar de manter hábitos saudáveis durante e após a gestação, e procurar um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para maiores esclarecimentos.

Mamas

Abdômen

MASTOPEXIA

DERMOLIPECTOMIA

Indicação:

Indicação:

Pacientes com seios flácidos e com queda.

Como é feita: Remodelando a mama, retirando a pele excedente e acomodando a glândula mamária e o tecido adiposo sobre o músculo peitoral. É uma cirurgia possível quando os seios não ficam muito pequenos.

Mulheres com abdômen flácido e com estrias.

Como é feita: Por meio de incisão na altura da cesárea, que se estende até as laterais, são feitos o descolamento da pele e da gordura e retirados os excessos. O umbigo é refeito e mantido na mesma posição.

PRÓTESE DE SILICONE Indicação: Pacientes com seios flácidos ou com queda.

LIPOASPIRAÇÃO Indicação: Gordura localizada.

Dra. Daniela Bazili Soares Cirurgiã Plástica CRM/MS 3919 Rua Pernambuco, 680 - Centro 67 3025-2116 / 9207-2082

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Como é feita: Também se retira a pele excedente e remodela-se a mama, mas pela mesma incisão é colocada a prótese, dando-se mais volume para seios pequenos.

Como é feita: Cânulas finas aspiram a gordura por meio de pequenas incisões.

outubro, 2008


Ultra-sonografia | Estética

Terapia

Ultra-Sônica

ONDE ENCONTRAR

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Não é novidade que o ultra-som é um equipamento muito utilizado pela Fisioterapia Dermato-Funcional em tratamentos Estéticos Corporais, para redução de celulite e gorduras localizadas, pré e pós-cirurgias plásticas, lipoaspiração, cicatrização e fibroses ou aderências teciduais. Porém, agora a tecnologia nos proporcionou um aparelho com o cabeçote aplicador três vezes maior do que o já existente, capaz de atuar em grandes áreas corporais, em tempo mínimo. Maravilhosa notícia, pois nossos tratamentos se tornaram mais rápidos e têm apresentado resultados surpreendentes. Portanto, devido ao dia-adia corrido das profissionais, mães,

estudantes, enfim, de nossa clientela, o que já era bom está ainda melhor! Esperamos uma visita sua, venha modelar seu corpo para o sol e para seu bem-estar geral. Pode contar com os 22 anos de tradição e pioneirismo da Perfil Fisioterapia Dermato-Funcional. Silvia Mariani e equipe aguardam você!

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Medicina | Dermatologia

Gizelli Xavier

Dermatologista Conheça este profissional tão importante na medicina Uma pequena verruga, a pinta que sofre ligeiras mudanças ou até mesmo uma manchinha nova são alterações da pele que muitas pessoas consideram normais, e por isso dificilmente procuram um especialista para se informar sobre o que podem causar. Detalhes como esses, porém, merecem mais atenção, já que a pele é o maior órgão do corpo humano. Todas as mudanças dessas estruturas que ocorrem durante a vida devem ser acompanhadas pelo Dermatologista. A Dermatologia é uma especialidade médica que estuda a pele e seus problemas, bem como os cabelos, unhas e o envelhecimento cutâneo, sendo a especialidade mais indicada e que se dedica ao combate dos efeitos do tempo. Esse combate se tornou possível com o conhecimento das características e do funcionamento da pele e das causas de seu envelhecimento, juntamente com procedimento e técnicas inovadoras. A Dermage Skincare recomenda: Se você quer deixar sua pele saudável, com

aparência renovada e livre do excesso de oleosidade, ou possui quaisquer sintomas de doença na pele, vá a um dermatologista logo que possível.

EM TEMPO Os Dermatologistas do nosso Estado estão acompanhando os últimos avanços da medicina! Procure um desses profissionais e conheça os mais novos procedimentos no tratamento do envelhecimento cutâneo. A Dermatologia utiliza tratamentos clínicos e pequenos procedimentos que visam atenuar as marcas dos anos, tratamentos de estética corporal e facial. Os tratamentos melhoram as características da pele, como: textura, coloração, elasticidade, luminosidade, oleosidade, rugas, retiram lesões pré-cancerígenas e corrigem sulcos e marcas da pele, que ganha um aspecto mais jovem, ou de uma pele rejuvenescida. Tudo isso faz com que os consultórios Dermatológicos sejam muito procurados.

A Dermage aproveita para parabenizar toda a classe médica pela ocasião do Dia do Médico, a ser comemorado no dia 18 de outubro. 2 0 | To t a l S a ú d e

Justamente por ser a Dermatologia um campo bastante específico é que seus tratamentos são pequenos procedimentos direcionados especialmente ao caso de cada paciente. Cada caso é único, pois seu tratamento depende do tipo e características da pele de cada pessoa, se tornando, o seu, um atendimento diferenciado dos demais. E não se esqueça do filtro solar para o verão, somente o Dermatologista pode indicar o filtro solar adequado à sua pele após avaliação! Fique atenta!

*A loja Dermage está instalada na Rua Bahia, 968 - Centro Telefone (67) 3025-5566

outubro, 2008



Especial do Mês | Brincadeiras

Brincadeiras

de ontem É hora de resgatar velhas brincadeiras de infância cujas vantagens são imensas.

Natalia Razuk

A tecnologia avançou bastante nas duas últimas décadas. Muitas coisas mudaram, e quase não se brinca mais como há 10 ou 20 anos. Os jogos eletrônicos ficaram mais populares. Não é mais preciso comprar um vídeo-game ou um computador. Eles estão presentes em salas comerciais, shoppings, as crianças os têm em casa. Hoje, elas quase não brincam e não cantam as cantigas de roda, com exceção daquelas que moram na zona rural, ou as que estão mais afastadas dos grandes centros. Que pena! A era moderna, através da televisão, do rádio, dos trios elétricos com músicas eletrizantes, distanciou a garotada de um mundo mágico onde a beleza, a felicidade e até mesmo a inocência estavam estampadas nos rostos juvenis de todos aqueles meninos e meninas dos tempos idos... Agora, não se pode negar, apesar destas facilidades e do atrativo destes jogos, as tradicionais brincadeiras que estimulam o

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imaginário dos meninos mantêm um forte aspecto lúdico e, quando apresentadas à garotada, não tem quem não se divirta e goste muito! É hora de resgatar velhas brincadeiras de infância cujas vantagens são imensas. Desenvolvimento da noção de espaço, da lateralidade, da coordenação motora, da interação com o grupo e tantas outras habilidades que podem ser desenvolvidas sem, é claro, esquecer-nos que estas brincadeiras que deixam a criançada mais ativa combatem a obesidade infantil (vide matéria nesta edição). Não podemos deixar que estas delícias sejam esquecidas. Devem perpetuar por várias gerações; é diversão e saúde passada de geração a geração. Esperamos que as escolas e os pais resgatem tudo isso que foi vivido em algum tempo e que continua vivo dentro de cada um de nós, dando para as crianças a chance de viver neste mundo mágico!

outubro, 2008


Crianças Felizes | Psicologia

Stanley Bessa

Crianças

amadas, crianças felizes!

Cada pessoa é o reflexo do lar em que nasce e cresce: hábitos, caráter, expectativas de vida ali se formam. Veja que responsabilidade. Por isso o papel dos pais, da família, do ambiente familiar é fundamental. Um ambiente onde haja harmonia, amor entre os membros da família, respeito e limites é essencial para o desenvolvimento sadio da criança. É comprovado que, em famílias desestruturadas, as crianças apresentam problemas de aprendizagem, de comportamento, baixa auto-estima, culpa. Para que haja qualidade total na família, é de muito valor o diálogo. Conversar, ouvir e ceder são pequenas ações que fazem toda a diferença; estas atitudes criam laços. A criança deve ser respeitada, ouvida. Afinal, ela é uma pessoa com opiniões, vontades e sentimentos, e isto precisa ser levado em conta, sempre cuidando para que ela entenda que é criança, que existe um adulto que a ama e quer o seu bem, que é responsável por ela. Aí entra o papel do limite e da disciplina. Disciplinar é ensinar a criança a ter autocontrole, respeito e responsabilidade. É ato de amor. Precisamos amar incondicionalmente nossos filhos, porém, com este amor precisamos educá-los com qualidade e prepará-los para um mundo competitivo e desprovido de alguns valores que são fundamentais para a saúde plena.

outubro, 2008

Gaste tempo com seu filho. A criança entende este gesto como amor. Mostre-se interessado por suas atividades, elogie, brinque. E tenha muito sucesso na arte de criar seus filhos de forma saudável! ONDE ENCONTRAR

Humanitae C E N T R O

D E

P S I C O L O G I A

Rua Antônio Maria Coelho, 2.491 (67) 3324-0109 www.humanitae.com.br

Stanley Bessa Psicólogo. CRP 14/02950-3

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Especial do Mês | AACC/MS

Silvia Frias

AACC

/MS

“O caminho poderá ser curto ou longo. Mas é sua fé, o seu amor e a sua paciência que vão determinar qual deles você quer viver.”

S M / C C A A

Miriam Comparin Corrêa, presidente da AACC/MS. A frase foi cunhada do quadro instalado na entrada da AACC/MS.

Desde o início, há dez anos, a casa alugada com três quartos e um banheiro na Rua Antônio de Morais já era insuficiente para o tamanho dos braços dos voluntários da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC). Hoje, a sede própria da entidade é a edificação de um sonho alicerçado na força de vontade de 400 voluntários e 17 funcionários que batalham dia-a-dia para manter o atendimento a 350 crianças, pequenos guerreiros que travam uma luta diária contra a doença. A AACC/MS foi fundada em 29 de março de 1998 para suprir a deficiência, em Mato Grosso do Sul, no atendimento específico a crianças com câncer. A intenção era abrigar os pacientes de outras cidades do Estado, obrigados a permanecer longos períodos em Campo Grande para o tratamento, além de oferecer apoio psicológico, social e educacional. Na sede própria, localizada no bairro Orpheu Baís, as crianças contam com a Casa de Apoio, com dez apartamentos – cada um com dois beliches – para abrigar os pacientes e familiares que os acompanham, na grande maioria, mães que abandonam o trabalho e o resto da família para a dedicação exclusiva.

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Os pacientes são oriundos de famílias carentes e encaminhados, via SUS, pelos médicos que fazem o primeiro diagnóstico. Na teoria, são atendidas crianças de zero a dezoito anos, mas na prática, mesmo depois que entram na maioridade, a AACC/MS mantém o auxílio. Para todos eles, o dia começa cedo: às seis da manhã são levadas pelo transporte da entidade para os tratamentos oferecidos no Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil, no 8º andar do Hospital Regional, Santa Casa, Hospital Universitário e Hospital do Câncer Alfredo Abrão. A coordenadora de Marketing da AACC/MS, Alexandra Almeida, conta que, além de total apoio às crianças, é necessário assistir às mães, pois muitas voltam para casa sem emprego depois que o tratamento dos filhos é finalizado. A entidade institui curso de culinária e trabalhos manuais, além de programas de alfabetização, uma forma de capacitar esses familiares para as futuras dificuldades que podem surgir no retorno para a casa. Não raro, já aconteceu de mães aprenderem a ler enquanto estão na cidade acompanhando os filhos nos procedimentos médicos.

outubro, 2008


AACC/MS | Especial do Mês

ONDE ENCONTRAR

Voluntários Para manter o atendimento – hoje destinado a 350 crianças – a AACC/MS conta, integralmente, com o apoio de 400 voluntários e parceiros, pois não há uma fonte de renda fixa. Regularmente, a entidade participa de feiras e shows, comercializando artesanatos e lanches nela produzidos, além de promover festas, bazares ou bailes para angariar fundos. A luta diária surte efeito: a renda sempre cobre os gastos, e foi neste trabalho de muitas formiguinhas que eles conseguiram erguer a sede com 1,3 mil metros quadrados de área construída. A ajuda não é necessariamente monetária. Pessoas jurídicas colaboram com doação de brinquedos ou de produtos e serviços. Há os que querem oferecer carinho, trabalhar no atendimento direto com as crianças. Nestes casos, a AACC/MS faz uma seleção rigorosa que envolve três dias de treinamento, entrevista com psicóloga e questionário. Alexandra explica que o procedimento feito a cada três meses é necessário, pois a atenção direta às crianças envolve noções de nutrição e conhecimento sobre o câncer. Outro fator é que muitos buscam, na entidade, uma forma de suprir uma carência própria, ocasionada por alguma perda familiar. "São pessoas que não estão preparadas para o trabalho". Hoje há uma lista de espera de 300 pessoas que querem colaborar, de alguma forma, com a entidade. Mais braços e corações para edificar a outubro, 2008

solidariedade que nasceu há dez anos e atualmente é um pequeno adulto com sorriso de criança. As crianças com câncer têm sempre um aliado por perto, ou melhor, na maioria, uma aliada. Na Casa de Apoio é permitida e necessária a presença de algum familiar que acompanhe o atendimento, geralmente, mães que deixam tudo para trás. Um exemplo disso é a vendedora Sandra Regina de Farias, que mora em Três Lagoas, mas há três anos adotou Campo Grande como a segunda casa, por conta do tratamento do filho Rafael, de cinco anos. Inicialmente, a aparente inflamação no pescoço de Rafael foi diagnosticada como caxumba, mas o quadro não se confirmou. Sandra lembra que outra possibilidade seria tuberculose, mas foi em Campo Grande que o linfoma foi descoberto, depois de quinze dias de angústia e incerteza. "Eu fiquei muito desnorteada", diz a mãe. Foi na AACC/MS que Sandra e Rafael encontraram segurança: "Aqui eu tenho a sensação de estar em casa, em um lar", disse. Durante a entrevista, Rafael estava em sala de aula, com a professora, exultante por ter finalizado alguns cálculos de matemática. "Olha, mãe, o Rafael fazendo conta rapidinho!", diz a professora. "Sério, Rafael? Tô orgulhosa, meu filho!". O menino se abre em um sorriso. Mais uma pequena batalha vencida.

Av. Ernesto Geisel, 3.475 Bairro Orpheu Baís Campo Grande-MS Tel: 67.3325-4000 www.aacc-ms.org.br

FORMAS DE AJUDAR A AACC/MS Banco do Brasil Agência 3496-7 Conta Corrente 1968-2 Assinantes da Brasil Telecom podem doar através da conta telefônica, entrando em contato com a empresa de telefonia. Atenção: a AACC/MS não tem telemarketing, por isso, desconfie de qualquer ligação pedindo fundos para a entidade. Doe brinquedos, calçados, roupas para o brechó. Compre produtos da cozinha da Produção. Doe parte do Imposto de Renda.

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Especial do Mês | Cefaléia Infantil

Dra. Maria José Martins Maldonado

Dor de cabeça

na infância A dor de cabeça, ou cefaléia, é um sintoma bastante freqüente nas crianças atendidas nas unidades de emergência, e um dos principais motivos de encaminhamento ao pediatra e neurologista pediátrico. A maior preocupação dos pais quando procuram auxílio médico é a possibilidade de doença neurológica grave (tumor, aneurisma ou meningite). A cefaléia pode ter diversas etiologias, tais como: febre, sinusite, distúrbio odontológico, psicogênica, pós-trauma, enxaqueca, meningite, tumores e outros. Felizmente, a maioria das cefaléias na infância é benigna, geralmente decorrente de enxaqueca, tensional, ou devido à febre. Os tumores, que são a grande preocupação, são responsáveis somente por 2 % dos casos. O histórico, também chamado de anamnese, associado a um minucioso exame físico e neurológico, é a chave para o diagnóstico correto da cefaléia na infância. Muitas vezes obtém-se um diagnóstico correto mesmo antes dos exames complementares. Naqueles casos em que se suspeita de doença orgânica, os exames deverão ser solicitados de acordo com a avaliação clínica. Os exames mais freqüentes são: eletro encefalograma, raios-X de crânio, tomografia computadorizada de crânio, ressonância magnética de crânio e análise do líquido cefalorraquidiano.

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Dentre as cefaléias, daremos um enfoque especial para a enxaqueca ou migrânea, responsável por grande parte da procura dos consultórios de neuropediatras. A mesma é bastante rica em sintomatologia, podendo apresentar dor localizada somente em um dos lados da cabeça do tipo pulsátil, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz, escotomas (fenômenos visuais), dor abdominal, tonturas, apatia, irritabilidade. É bastante freqüente a existência de familiares com enxaqueca. Apresenta fatores desencadeantes como: alimentos (chocolates, queijo, produtos industrializados), esforço físico, exposição ao sol, redução das horas de sono, stress, jejum prolongado. O tratamento do episódio agudo deve ser instituído o mais precocemente possível, não se deve esperar a exacerbação da dor. O uso de analgésicos se faz necessário, assim como os anti-eméticos (medicação para vômito). O tratamento profilático deverá ser instituído todas as vezes que as crises de cefaléia chegarem à freqüência de três episódios por mês. Muitas vezes, a simples tranqüilização da família e do paciente cuja cefaléia não é devida a nenhuma patologia intracraniana faz com que haja uma melhora espontânea dos sintomas. A utilização de uma agenda de crises de cefaléia é imprescindível para um acompanhamento adequado dos pacientes.

A cefaléia pode ter diversas etiologias, tais como: febre, sinusite, distúrbio odontológico, psicogênica, póstrauma, enxaqueca, meningite, tumores e outros.

Dra. Maria José Martins Maldonado Especialista em Neurologia Infantil. Especialista em Neurofisiologia Clínica. Mestre pela FUFMS. CRM/MS 1970 Rua Rui Barbosa, 4.112 67 3325 8031

outubro, 2008



Especial do Mês | Filosofia Clínica

Cláudia Peruzzo

A “crian em cada um

"A criança é aquela que necessita de atenção e cuidados permanentes, até mesmo quando se tem capacidade de ser cuidador."

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Definida ao pé da letra, a palavra proveniente do latim infantia significa incapacidade de falar. Este é o significado primeiro e muito antigo de infância, carregando este peso de ser incompleto perante os mais experientes (ou seja, um quase incapaz, que não recebia um espaço social definido devido à pouca importância que lhe era concedida). Tão longe dos dias atuais, onde ser criança é estar em contato com tantas e novas possibilidades, tantas mídias direcionadas ou não, esta nova criança tem um espírito mais independente. É claro que ainda necessita, talvez mais agora do que antes, do adulto “cuidador” intervindo nas ações de elaboração da realidade e do desenvolvimento do seu próprio olhar. Hoje é reconhecida como Ser, e também é reconhecida a importância de um bom ambiente para o seu desenvolvimento, enfim, há espaços e discussões específicas sobre crianças e infância. Os anos passam, muitas coisas mudam e outras tantas continuam presentes, mesmo que em camadas mais profundas, sempre prontas para subir, assumindo o papel principal. Pode-se, então, recorrer às palavras de Napoleão: os homens não passam de crianças adultas. São palavras sábias, e, bem observado, o comportamento adulto carrega

em si muito da criança. Os anos passam, as brincadeiras mudam, os brinquedos ficam mais específicos e caros, mas, ainda assim, a porção criança permanece viva. Quando essa porção é equilibrada com maturidade fica tudo tranqüilo, porém, quando mais do que a criança, o infantil, permanece, então este adulto infantilizado vai enfrentar alguns problemas. Talvez seja por isso: para evitar, nos adultos, comportamentos demasiados infantis, é que aquela recomendação dos avós, de deixar uma criança cair alguns tombos, queimar alguns dedos, cometer alguns erros, seja tão importante ainda hoje. Sábios seriam, então, os pais que proporcionam oportunidades de errar, não intervindo logo, não evitando sempre, não protegendo muito. E é assim, através de alguns erros, que na vida adulta nos é proporcionado o prazer de aprender, a alegria de descobrir. E é essa sensação, tanto de descoberta quanto de aprendizado, que desperta nossa criança interior. A criança é aquela que necessita de atenção e cuidados permanentes. Os adultos sabem que não desfrutam de tamanha atenção, mas são sabedores também do quanto é bom obter carinho e cuidados, mesmo quando se tem a capacidade de ser o cuidador.

outubro, 2008


Filosofia Clínica | Especial do Mês

nça” de nós Recorrer à espontaneidade da criança talvez seja a melhor saída para o atribulado e sisudo dia-a-dia de qualquer adulto. Saber-se autônomo traz boas sensações, mas a energia, a curiosidade e a capacidade de surpreender da criança fazem muito bem aos corpos e mentes adultos. Uma estima elevada, boa criatividade e uma vida mais leve são características que se espera obter com essa boa e saudável convivência do adulto com o infante interno. Porém, isso não se ensina; como disse Galileu, “não se pode ensinar alguma coisa a alguém, pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesma”. Nietsche, por sua vez, dizia que “a maturidade do homem consiste em ter reencontrado a seriedade que em criança se colocava nos jogos.”

outubro, 2008

Cláudia Peruzzo é terapeuta com base na Filosofia Clínica, professora em Extensão e PósGraduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter. (67) 3349-0804 (Clínica Saman) www.filosofiaperuzzo.com.br filosofiaclinica@terra.com.br

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Especial do Mês | Neuropsicologia

Creusa Izabel Gatti

O uso do termo dislexia, ao longo do tempo, tem gerado muita controvérsia, pois tem sido aplicado a problemas gerais de saúde, à imaturidade, a fatores emocionais, familiares e sociais ou por inadequação dos métodos escolares e da postura de alguns professores. Mas a criança disléxica realmente não apresenta, aparentemente, nenhuma das causas citadas.

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Dislexia De acordo com a International Dyslexia Association, a dislexia pode ser vista e compreendida como “um dos muitos distúrbios da aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de submetida à instrução convencional, adequada à inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, mesmo assim, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldades, com as diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídas em problemas de leitura, em aquisição e capacidade de soletrar e escrever.” A dislexia, distúrbio hereditário e neurológico, afeta os meninos numa proporção maior do que as meninas. Essa dificuldade torna-se mais explícita quando a criança inicia seu processo formal de escolaridade. Durante a educação infantil, a escola e a família raramente percebem que existe um problema de aprendizagem. A criança tem desenvolvimento físico, social e cognitivo condizente à sua faixa etária, sem apresentar indícios de dificuldades escolares que certamente ocorrerão no futuro. Mas alguns aspectos podem ser observados desde cedo, se professores e pais estiverem informados de sua importância. O fato de apresentar alguns destes sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados antes de fechar um diagnóstico, mas precisamos estar atentos. Através de técnicas terapêuticas, o prognóstico é favorável à maioria dos

disléxicos, podendo chegar a dominar as habilidades da leitura informativa ou do estudo, domínio que irá lhe exigir certo esforço. Pesquisas revelam que, em torno de 80% dos casos, o disléxico terá condições de desempenhar seu papel dentro da sociedade. O disléxico necessita de uma boa orientação e de uma instrução organizada a fim de contribuir com a sua capacidade de interpretar notícias, propagandas, jornais, mas é provável que continuem sendo leitores não tão interessados, buscando, na vida profissional, uma área que não exija tanto a leitura e escrita. Através do entrelaçamento de descobertas realizadas em diferentes áreas relacionadas aos campos de Saúde e Educação, foram surgindo respostas importantes no trato do modo de ver e compreender a dislexia. O olhar da Psicopedagogia sobre a dislexia é peculiar. O psicopedagogo não olha para a “dislexia”, mas para um sujeito e sua história de dificuldade de leitura/escrita, no contexto de sua modalidade de aprendizagem. De que o sujeito disléxico pode ter um bom desempenho escolar se adquirir consciência de que seu funcionamento mental não é inferior, porém, diferente e peculiar a sua condição existencial. Portanto, se o disléxico vai apresentar seus sintomas com maior ou menor intensidade, durante toda a sua vida, porque é um distúrbio hereditário e neurológico, é importante saber que em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual, perda auditiva ou visual, e que os fatores etiológicos são múltiplos e que não se podem afirmar com segurança que este ou aquele seja o causador da dislexia. Devemos ver os disléxicos como um novo jeito de ser e de aprender, que reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes, arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente.

outubro, 2008


Neuropsicologia | Especial do Mês

Distúrbios da leitura e da escrita SINTOMAS Tendência à inversão de signos gráficos; Dificuldade de organização; Dificuldade de memória imediata; Vocabulário pobre ou atraso de linguagem; Falta de interesse por livros; Dificuldade em acompanhar histórias; Dificuldade em aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento de coordenação motora; Fraco desenvolvimento de atenção.

Os pais ou responsáveis devem buscar profissionais especializados da área da saúde e da educação para uma avaliação multidisciplinar, sendo: avaliação neurológica, audiométrica, oftalmológica, psicológica, psicopedagógica e fonoaudiológica, para que não restem dúvidas de que o problema é esse mesmo, ou não. O disléxico, mesmo possuindo nível de inteligência normal, apresenta disfunções cognitivas típicas do distúrbio que interferem em sua capacidade de aprendizagem da leitura e da escrita, em seu relacionamento social e em sua vida escolar e profissional. Portanto, é necessário que o trabalho terapêutico seja multidisciplinar e que vise o desenvolvimento cognitivo, a elevação de sua auto-estima, a identificar as causas dos erros que comete e, assim, poder corrigi-los, mediando-se a si mesmo, contribuindo em sua capacidade de aprendizagem e de realização de um ser humano atuante em seu meio com plenas realizações no campo afetivo, intelectual, profissional e social.

outubro, 2008

O disléxico, mesmo possuindo nível de inteligência normal, apresenta disfunções cognitivas típicas do distúrbio, que interferem em sua capacidade de aprendizagem da leitura e da escrita.

Creusa Izabel Gatti Neuropsicóloga - Especialista pela Divisão de Psicologia e Divisão de Clínica Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina e do Departamento de Neurologia da USP e Psicopedagoga. CRP 14/03247-5 Rua Brasil, 573 (67) 3324-3941

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Especial do Mês |Vacinação Natalia Razuk

Vacinas Calendário de Vacinação Infantil As vacinas existem para ensinar o sistema imunológico a reconhecer agentes agressores que podem provocar doenças e a reagir produzindo anticorpos capazes de combatê-los. Na preparação das vacinas pode ser utilizado um componente do agente agressor, o próprio agente agressor numa forma atenuada, ou morto, ou outro agente que seja semelhante ao causador da doença. No Brasil, um dos programas de maior sucesso do Ministério da Saúde é o Programa Nacional de Imunizações.

Pode-se dizer, hoje, que a grande maioria das crianças brasileiras recebe, regularmente, vacinas contra quase todas as doenças graves. A eficiência desse programa chegou a tal ponto que certas enfermidades desapareceram por completo ou estão desaparecendo das clínicas médicas e hospitais. A poliomielite é um exemplo indiscutível de doença que desapareceu do cenário nacional graças a esse programa de imunização. Acompanhe a relação das principais vacinas e quando devem ser aplicadas:

VACINA

PREVINE CONTRA

IDADE ADEQUADA

DOSE

BCG-ID

Tuberculose

Ao nascer

Única

Hepatite B (1)

Hepatite B

Ao nascer

1ª dose

Hepatite B

Hepatite B

1 mês

2ª dose

VOP (Vacina Oral Contra Pólio)

Paralisia infantil

2 meses

1ª dose

DTP+Hib (Vacina Tetravalente)

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

2 meses

1ª dose

VOP (Vacina Oral Contra Pólio)

Paralisia infantil

4 meses

2ª dose

DTP+Hib (Vacina Tetravalente)

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

6 meses

2ª dose

Hepatite B

Hepatite B

6 mês

3ª dose

Febre Amarela

Febre amarela

9 mês

Única

SRC (tríplice viral)

Sarampo, rubéola e caxumba

12 meses

Única

VOP (Vacina Oral Contra Pólio)

Paralisia infantil

15 meses

Reforço

DTP (Tríplice Bacteriana)

Difteria, tétano e coqueluche

15 meses

1º Reforço

DTP (Tríplice Bacteriana)

Difteria, tétano e coqueluche

4 a 6 anos

2º Reforço

SRC (Tríplice Viral)

Sarampo, rubéola e caxumba

4 a 6 anos

Reforço

BCG-ID

Tuberculose

6 a 10 anos

Reforço

Febre Amarela

Febre amarela

10 anos

Reforço

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outubro, 2008



Especial do Mês | Tecnologia

Crianças viciadas

Natalia Razuk

Tecnolog Ainda sem saber ler nem escrever, muitas crianças, hoje, dominam o mouse com a mesma destreza com que brincam de carrinho. O contato com a tecnologia começa cada vez mais cedo – para constrangimento geral dos pais, muitas vezes obrigados a tomar lições com seus filhos para não fazer feio no escritório. Nas escolas particulares, onde os PC's são mais comuns do que no ensino público brasileiro, as aulas de computação

O grande problema é saber quando e como usar corretamente o computador.

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atendem a uma galera, no mínimo, precoce. Algumas delas vêm do maternal, com três ou quatro anos de idade. Cedo demais para mexer no computador? Depende. Há especialistas que garantem: quanto mais cedo uma criança dominar a tecnologia que lhe vai servir no futuro, melhor. Outros são mais reticentes e acham fundamental esperar até que a garotada viva outras experiências antes de dedicar-se à informática. Na lista de atividades essenciais para uma infância sadia estão as brincadeiras de roda, o contato com amigos e, claro, as raladas no joelho. Mexer no computador não é uma atividade danosa em si. Longe disso. Bem utilizado, ele pode ser um tremendo aliado do ensino, ajudando nas lições de casa e tornando mais suportáveis as tardes chuvosas dentro de casa. Há programas específicos para que a criançada desenvolva a coordenação motora fina, a percepção de cores, as formas, e ainda estimule o raciocínio lógico. Assim como a televisão, porém, o computador exige limites rigorosos. Não deve ser usado por longos períodos, sob o risco de amplificar a ansiedade infantil. É preciso haver um

outubro, 2008


Tecnologia | Especial do Mês

em

gia equilíbrio entre as atividades do diaa-dia e os momentos de brincadeira online. O grande problema é saber quando e como usar corretamente o computador. Uma das instituições que resolveu especializar-se na investigação de novas tecnologias de comunicação aplicadas à educação foi a Escola do Futuro, núcleo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Lá se buscam propostas pedagógicas inovadoras utilizando recursos como a Internet e a multimídia para maximizar as possibilidades do ensino e da aprendizagem. O computador é um ótimo motivador para as crianças. Seu objetivo é a informação. Até os quatro anos, elas estão na fase do descobrimento, e o uso de qualquer tecnologia deve ser lúdico. Manter um equilíbrio saudável entre mídia de entretenimento e outras atividades na vida de seus filhos sempre foi um desafio para os pais. A Internet tornou este desafio ainda mais difícil. Algumas crianças se envolvem tão profundamente na comunicação pela Internet e nos jogos interativos, que muitas perdem a noção do tempo quando estão on-line. Essas são algumas maneiras de ajudar seus filhos a estabelecer um equilíbrio saudável entre o uso da Internet e outras atividades. outubro, 2008

Dia da Criança Dicas para o seu filho tirar proveito do computador Evite fazer do micro uma babá eletrônica para deixar seu filho ocupado enquanto você também estiver. Controlar o conteúdo da Internet é praticamente impossível. Por isso, separe um tempo de seu dia para brincar no micro junto de seu filho. Fuja dos programas violentos ou aqueles em que é preciso apenas fazer exercícios repetitivos, sem estímulo intelectual para a criança. Dê preferência para jogos que envolvam raciocínio e o uso da memória. Equilibre bem o dia da garotada. Crianças precisam brincar, relacionar-se com os amigos na escola, ler, praticar esportes, assistir à TV e jogar videogame. Tudo com limites. Ajude a desenvolver a consciência crítica de seu filho explicando que, assim como na televisão, nem tudo o que aparece na Internet é verdade.

A criação do Dia das Crianças, no Brasil, foi sugerida pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920. Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto nº. 4.867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como sendo o dia dos pequenos. O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto à empresa Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas. A idéia das duas empresas deu tão certo, que outros comerciantes resolveram adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de outubro é dia de criança ganhar presente!

Dia das Crianças no Mundo Muitos países comemoram o Dia das Crianças em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Na China e no Japão, a data é comemorada em 5 de maio.

Dia Universal da Criança A Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU, comemora o dia de todas as crianças do mundo em 20 de novembro. Foi nesta data que os países aprovaram a Declaração dos Direitos das Crianças.

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Especial do Mês | Obesidade Infantil

Natalia Razuk

Pequenos e gordos Fofinhos não, obesos! A obesidade infantil tem crescido muito no Brasil nas últimas duas décadas. Esta pode estar relacionada a fatores hereditários, mas também a maus hábitos alimentares e sedentarismo. Engordar na infância é mais perigoso do que parece. Poucos pais sabem, mas, nos dois primeiros anos de vida e até os dez anos de idade, as células adiposas das crianças estão em multiplicação. Isso significa que elas terão mais depósitos de gordura para serem preenchidos ao longo da vida porque têm mais células formadas para tal fim. Se a criança é obesa com dois anos, ela tem 50% de chances de ser tornar um adulto obeso. Aos dez anos, o índice pula para 60%. Muitos ainda acham que uma criança gordinha é sinal de saúde, e chegam ao ambulatório de obesidade depois que o pediatra constatou níveis alterados de colesterol, glicemia e pressão arterial. A situação é tão caótica - uma em cada dez crianças está obesa, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde - que a Sociedade Americana de Hipertensão acaba de divulgar uma nova recomendação: a partir de agora, os pediatras devem medir a pressão arterial dos pacientes maiores de quatro anos. Estudo americano mostrou que 20% das crianças na faixa de dez anos, que moram nos grandes centros urbanos,

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estão com a pressão 12 por 8. O ideal é 11 por 7. Uma alimentação mais saudável e a prática de atividades físicas podem ser favorecidas através de pequenas mudanças no hábito das crianças. Por enfrentarem várias complicações decorrentes da vida moderna, é essencial que os pais proporcionem aos filhos uma dieta equilibrada e atividades físicas. A criança aprende pelo modelo dos pais, por isso, quando os vêem exercitando, tal atitude serve de estímulo para que ela aprenda desde cedo a adquirir hábitos saudáveis. Quando os pais são sedentários, os filhos provavelmente o serão, e futuramente podem desenvolver doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos. Fugir da atração da TV e dos computadores e adotar brincadeiras que requerem movimentação, como esconde-esconde, pega-pega e amarelinha é um hábito saudável que pode ser estimulado pelos pais. Quanto à prática de alguma atividade física, esta precisa ser bem orientada, para que o exercício seja adequado à faixa etária. Outro aspecto importante é considerar a preferência da criança, assim ela desfruta mais dos benefícios do exercício, que, além de físicos, propicia também o convívio com o outro e o aprendizado de regras.

outubro, 2008



Nutrição | Quinua

Natalia Razuk

Quinua Real O alimento do momento Alguns pesquisadores a comparam ao leite materno pelo seu altíssimo valor protéico.

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Se você ainda não ouviu falar dela, prepare-se: a quinua é o alimento mais festejado do momento. Os incas a chamavam de “grão de ouro” e a consideravam um alimento sagrado. Para começar, cada grão tem 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação da proteína completa, o que é quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal. O que despertou de vez a atenção para a quinua foi o fato da FAO, Órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, considerá-la um dos alimentos mais completos e perfeitos do planeta, e também pela NASA incorporá-la na dieta dos astronautas em vôos espaciais, sem falar que alguns pesquisadores a comparam ao leite materno pelo seu altíssimo valor protéico. O que você ganha com isso? Proteína tem tudo a ver com o efeito do seu treino e com sua boa forma – ajuda a aumentar e manter o volume dos músculos, o que acelera o ritmo do metabolismo e faz o corpo queimar mais calorias. Completa e de fácil digestão, a proteína da quinua é perfeita até para quem pega pesado nos exercícios. Aliás, esse novo queridinho do prato saudável é também uma excelente alternativa protéica para quem não come carne. Além da proteína e do carboidrato, o poderoso grão esbanja ômega 3 e 6, gorduras

do bem que impedem a deposição de gorduras maléficas nas artérias. Esse trio de nutrientes controla a liberação de glicose, impedindo aquele sobe-e-desce do açúcar no sangue, o que dá fome rapidinho. O mix de vitaminas (tiamina, riboflavina, niacina e vitamina E), fibras e minerais (magnésio, potássio, zinco e manganês) e a ausência de glúten (ótima notícias para quem tem alergia a este elemento) somam mais pontos na ficha nutricional da quinua. O que os estudiosos estão tentando descobrir agora é se o vegetal, originalmente cultivado nas altas montanhas da Bolívia, possui fitoestrógenos semelhantes aos da soja — substâncias naturais que imitam a ação de certos hormônios, ajudando a amenizar os sintomas da TPM e da menopausa. Com certeza, você já está de bolsa em punho para sair atrás de um pacotinho. Nas prateleiras vai encontrar versões em grãos, flocos, farinha e até macarrão. A embalagem com meio quilo custa cerca de 15 reais. O preço é salgado, mas como seu volume chega a triplicar depois de cozida, não fica tão caro. Os vegetarianos já o conhecem há muito tempo, mas o grão faz bem pra todo mundo, e é uma delícia. Para você se convencer de vez, olha só uma receita que experimentamos e adoramos!

outubro, 2008


Quinua | Nutrição

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Saudável! RISOTO DE QUINUA Ingredientes -1/2 cebola picada -1/2 alho poró cortado em rodelas -1/2 colher (sopa) de azeite de oliva -1/2 abobrinha pequena ralada no ralo grosso -1 colher (sopa) de manjericão fresco -1/2 xícara de broto de alfafa -1/2 xícara (chá) de grãos de quinua -1 xícara de (chá) de água -25 gramas de azeitonas verdes recheadas com pimentão, cortadas em rodelas

Preparo Em uma panela sapeque a cebola e o alho poró no azeite. Junte a abobrinha, o manjericão, o broto de alfafa e a quinua. Regue com água e cozinhe até a água secar e a quinua amolecer. Adicione as azeitonas, mexa bem e sirva.

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To t a l S a ú d e | 3 9

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Nutrição | Peso

Perder peso significa emagrecer? Dra. Tatiane Attilio

4 0 | To t a l S a ú d e

Este é um tema que eu, particularmente, adoro, pois a resposta para esta pergunta esclarece muito quando o assunto é emagrecer com saúde. Bem, vamos lá. A balança está subindo e, com ela, a sua ansiedade para que ela volte ao tão sonhado peso ideal. A balança é odiada e amada ao mesmo tempo, basta você começar a reparar nas farmácias: sempre tem alguém fazendo uso dela. Mas, a balança não mostra a realidade do nosso peso. É verdade, pode acreditar! Quer ver? Pense comigo: o peso é a soma de tudo o que está em nosso organismo, certo? Isto inclui ossos, vísceras, órgãos, sangue, líquidos, músculos (denominados massa magra), além da gordura (denominada massa gorda). Logo, quando subimos na balança, ela mostra o resultado da soma de tudo isso. O problema é que a balança não separa o que é massa magra do que é massa gorda, e para emagrecer precisa-se eliminar gordura, e não musculatura. E é justamente pela falta de informação sobre a composição corporal (estimativa de quanto de massa magra e quanto de massa gorda) que muitas pessoas comprometem sua saúde quando fazem "dietas malucas", diuréticas, laxativas, restritivas, da sopa, etc. Ficam na ilusão de que o peso "perdido" na balança representa perda de gordura, ou seja, emagrecimento. Quando, na verdade, toda vez que fazemos uma dieta que não é adequada (individualizada), levando em consideração a sua composição corporal, você acaba perdendo, na maioria das vezes, água. Por isso, cuidado com dietas que não foram elaboradas especialmente para você, a partir da estimativa da sua composição corporal, pois somente conhecendo a composição corporal é que se obtém o direcionamento adequado para a elaboração de um plano alimentar eficaz, duradouro e sem efeito sanfona.

Quando a balança começa a subir a cada vez que você vai conferir seu peso, logo você pensa: "Preciso perder peso". Mas, será que perder peso significa emagrecer?

Dra. Tatiane Savarese Attilio Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175. Rua Euvira Coelho Machado, 532 Chácara Cachoeira 67 3349-1569 www.atitudesaude.com.br

outubro, 2008



Nutrição | Alimentos

Natalia Razuk

Alimentos que

fortalecem e aumentam a imunidade É possível combater pequenas infecções e até mesmo evitar tumores apenas ingerindo determinados alimentos.

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Encontrar uma fórmula que garanta uma vida saudável por tempo indeterminado parece um tanto quanto impossível. No entanto, buscar alternativas que nos auxiliem a atingir o objetivo de viver de forma saudável, não é uma tarefa difícil. Isso porque simples hábitos podem fazer toda a diferença para o seu organismo. O grande segredo para se ter uma boa saúde é fortalecer o sistema imunológico. Com isso é possível combater pequenas infecções e até mesmo evitar tumores. O que muitas pessoas ainda não sabem é que garantir o bom funcionamento do sistema imunológico é muito mais fácil do que se imagina. Uma alimentação balanceada é a grande arma para aumentar a imunidade, já que os alimentos contêm substâncias bioativas que podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência às bactérias e vírus. Aquilo que ingerimos exerce grande influência sobre as células brancas do sangue, responsáveis pela defesa dos organismos agressores de nosso corpo, tanto é que os vegetarianos, por exemplo, têm duas vezes mais resistência ao câncer do que quem ingere carnes. Ainda não se sabe por que os glóbulos brancos dos vegetarianos são mais resistentes, mas eles apresentam níveis mais elevados de caroteno no sangue, comprovadamente benéfico para o sistema imunológico. Quem quer fortalecer o organismo e aumentar a imunidade pode adotar uma dieta diária que inclua a ingestão dos seguintes alimentos:

Iogurte Pode estimular a produção de anticorpos e de interferon gama. Os lactobacilos do iogurte podem também combater as células cancerosas. Dose: 180grs/dia.

Shitake O lentinana do shitake aumenta a imunidade, estimula os macrófagos e linfócitos e aumenta a produção de interleucina 1, substância que combate tumores. Dose: 100g/dia.

Alho Pode estimular a resposta imunológica, já que estimula os macrófagos. O alho é agente modificador da resposta imunológica. Dose: 2 dentes/dia.

Zinco Rejuvenesce o sistema imunológico. O zinco faz com que o timo, que desempenha papel importante em nossas defesas, seja estimulado a se desenvolver após a atrofia natural da meiaidade. Dose: 80 g/dia de ostras.

Cenoura O betacaroteno presente na cenoura estimula células imunológicas protetoras combatentes de infecções. Dose: 60 g/dia.

outubro, 2008



Bem-Estar | Ronco

Natalia Razuk

Ronco

O sufoco de toda noite Se você ronca ou dorme com alguém que tem esse problema, procure já um médico e inicie um tratamento adequado. Mais comum do que se pensa, o

ronco afeta 40% dos homens e 25% das mulheres.

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A cama aguarda mais uma noite de orquestra, e basta encostar a cabeça no travesseiro para começarem os roncos. A respiração ruidosa, porém, é só o início do espetáculo. Na ânsia de recuperar o fôlego, existe uma espécie de engasgo, a respiração volta e, em seguida, engata-se uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, esta ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono. O ronco é um sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado, e outras 20, em cada 100, o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estimam as pesquisas do Instituto do Sono da Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida. Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração. A faringe se fecha por, no mínimo, dez segundos e, em casos graves,

pode ficar assim por um minuto. O regente dos roncos e dos breques na respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme muito, mas dorme mal porque não respira direito. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico. Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável, ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente. Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, um alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar.

outubro, 2008



Entrevista | Jairo Marques

Natalia Razuk

Jairo Marques 11 de outubro, Dia Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência Física Entrevista com Jairo Marques, Jornalista. No dia 11 de outubro é comemorado do Dia do Deficiente Físico. A população brasileira é composta por mais de 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 14,5% população, e os deficientes físicos representam cerca de 4,1%. Apesar deste número expressivo, as pessoas com deficiência ainda enfrentam inúmeras dificuldades, desde a locomoção e educação até o preconceito pela falta de informação. O preconceito infelizmente aparece em diferentes maneiras: em um olhar, uma palavra mal expressada, a falta de tolerância. As barreiras físicas também expressam preconceito no sentido de mostrar que as ruas, os transportes, as lojas, em muitos casos, não estão preparados para receber uma pessoa com deficiência. Entrevistamos Jairo Marques, 33 anos, jornalista da Folha de São Paulo e cadeirante, que nos contou, em uma entrevista exclusiva, um pouco mais do cotidiano de um deficiente físico em uma cidade brasileira. Jairo, você é um jornalista bem sucedido, e possui uma deficiência física. Você acha que existe esse estigma de “o jornalista cadeirante”? Em algum momento o cadeirante pode vir antes do jornalista? Não vejo como um "estigma", mas como uma realidade. Eu sou cadeirante e, em alguns momentos, preciso de uma condição diferente para cumprir minha função. Por exemplo, não tenho condições, por motivos óbvios, de fazer uma cobertura de uma 4 6 | To t a l S a ú d e

rebelião ou de um fato que eu necessite, além do preparo intelectual, de condições físicas para realizála. Acho que o bom profissional, sendo ou não deficiente, precisa pensar em suas responsabilidades profissionais, e que à frente dele está uma empresa. De forma geral, no tempo em que trabalhei como repórter, eu sabia exatamente o que eu poderia ou não assumir como responsabilidade.

Ainda falando de profissão, aparecem hoje, na mídia, atrizes, modelos e cadeirantes em profissões, até então, impensáveis para pessoas com deficiência física. Isso é uma demonstração de que o preconceito está diminuindo, portas novas estão sendo abertas? Não sei afirmar se o preconceito está diminuindo. Prefiro afirmar que os deficientes estão se impondo mais, aparecendo mais e exigindo seu espaço em todos os setores da sociedade, como tem de ser. As mesmas conquistas foram as dos negros, dos homossexuais. O “povo da Matrix”, como costumo dizer, está um pouco atrasado.

No dia-a-dia, qual a maior dificuldade do cadeirante? Sem dúvida, a maior dificuldade é a rua. É impossível se fazer presente no mundo se a gente não consegue nem sair de casa por causa da falta de rampas, das calçadas sem padrão e destruídas. outubro, 2008


Jairo Marques | Entrevista

Há uma sensível melhora no transporte público, com mais ônibus acessíveis. Porém, se eu não consigo andar pela calçada, não consigo chegar ao ponto de ônibus. Em tempos de eleição, temos que saber o que está sendo feito? O que precisa melhorar? Há uma sensível melhora no transporte público, com mais ônibus acessíveis. Porém, como disse anteriormente, se eu não consigo andar pela calçada, não consigo chegar ao ponto de ônibus. Falta fiscalização aos nossos direitos de vaga especial, de banheiros e rampas em locais públicos e privados. Vejo avanços, mas não vejo vontade política de fôlego para tornar o mundo mais pleno para todos.

A Lei 8.213/91, regulamentada em 1999, obriga as empresas a contratar de 2 a 5% de deficientes físicos para seus quadros. Funciona? As empresas levam em conta a aptidão das pessoas ou contratam deficientes para qualquer cargo só para cumprir a lei? Algumas empresas empurram a lei com a barriga e não estão preocupadas com um processo de inclusão, e somente recrutam pessoas com deficiência. Pra mim, há um grande mito divulgado por alguns setores de que falta mão-de-obra qualificada para preencher as vagas reservadas. O que falta é a divulgação dessas vagas. Há milhares de deficientes físicos com ótima qualificação e ávidos por trabalhar. A maioria das vagas, entretanto, fica mesmo para setores de menos qualificação.

Jairo é autor do blog http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/, que conta de uma forma bastante bem humorada sagas cotidianas da vida de um deficiente físico, além, é claro, de entrevistas e matérias bem interessantes, sem ser piegas deste universo. Leiam, que vale muito a pena! outubro, 2008

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outubro , 2008



Bem-Estar | Idoso

Cuidar dos entes queridos exige, às vezes, mais que carinho e atenção. Exige tratamento especializado que, em muitos casos, pode extrapolar as possibilidades da família. A Pousada Geriátrica, em atividade há cinco anos em Campo Grande, preenche esta lacuna, oferecendo serviço específico no atendimento a idosos que necessitam de cuidados constantes. A Pousada nasceu do projeto da terapeuta ocupacional Drª. Silvia Samara Gimenez Salamene, que administra a Casa de Repouso junto ao irmão, Ben-Hur Gimenez Salamene. Hoje, a Pousada Geriátrica atende a 22 pacientes que passam por tratamento médico e precisam de cuidados constantes e específicos. Antes de entrar na Casa de Repouso, o paciente fornece vários detalhes que serão importantes para a excelência do atendimento: o tratamento médico em andamento, qual medicamento foi receitado, se foi submetido a alguma cirurgia e se há alguma especificidade no quadro clínico, por exemplo. A partir daí, recebem o atendimento conforme a orientação médica: os idosos têm sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e atendimento psicológico. Nos dois últimos casos, somente se houver indicação específica. A Pousada ainda conta com o trabalho de uma nutricionista e nove

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técnicos de enfermagem, estes em atenção constante às necessidades das Vós e Vôs, como são, carinhosamente, chamados. Os idosos ainda participam de sessões de Terapia Ocupacional, com atividades feitas em grupo, uma forma de exercitar o convívio social. A Casa de Repouso oferece ainda recreação com atividades manuais e passeios. Silvia Samara explica que o atendimento não tem a intenção de substituir o carinho da família, que tem papel imprescindível na vida dos idosos. A Pousada possui um livro de visitas, uma forma de verificar se todos mantêm contato com os familiares. "Alguns chegam desconfiados, mas aí eles percebem que nós trabalhamos de forma diferente", afirma a terapeuta. Caso o familiar não possa estar na Pousada, é oferecido um serviço de transporte para que o idoso possa estar em casa, com maior contato possível com a família. Muitas instituições religiosas visitam a casa e prestam serviço de orientação, outro alento para os idosos que precisam enfrentar problemas de saúde. Membros das igrejas evangélicas, católicas ou centros espíritas costumam visitar as Vós e os Vôs. São canais diferentes, mas com o mesmo objetivo de comunicação com o Pai, como Silvia fala. "Sem Ele, a gente não estaria aqui", conclui.

O serviço especializado pode ser a longo prazo ou hotelaria, onde é necessária a estadia por período curto. Em qualquer dos casos, o objetivo é o mesmo: "A intenção é que eles se sintam em casa, que possam se adaptar e sentir que essa é uma grande família", explica Silvia.

ONDE ENCONTRAR Rua Eduardo S. Pereira, 520 Bairro São Francisco 67 3027 1237

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Direito | Benefícios Tributários

Gabriela Grings Fleck Antonio de Barros Jafar

Benefícios Tributários dos portadores de doenças graves

E lembre-se: sempre consulte seu advogado para lhe orientar e prestar assistência de forma técnica para defender, o mais adequadamente possível, os seus direitos.

Gabriela Grings Fleck Advogada, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul, atuante nas áreas Ambiental e Previdenciária. OAB/MS 12.352-A OAB/RS 53.510 Antonio de Barros Jafar Advogado, Especialista em Direito Tributário, Financeiro e Econômico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuante nas áreas empresarial e tributária. OAB/MS 8.481

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O imposto de renda é um tributo que incide sobre determinados ganhos provenientes do trabalho assalariado e demais atividades econômicas, entre elas, os ganhos auferidos com os rendimentos de aplicações financeiras, com aluguéis, entre outros. No entanto, a legislação brasileira concedeu aos portadores de determinadas doenças consideradas graves a isenção do imposto de renda de pessoa física em alguns desses rendimentos. Assim, os rendimentos, sem qualquer limite de valor, referentes à aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo a complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia dos portadores de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (mucoviscidose), hanseníase, nefropatia grave, hepatopatia grave (neste caso apenas os rendimentos auferidos após 01/01/2005), neoplasia grave, paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa, nos termos do artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88, cuja redação foi dada Lei nº 11.052/04, são isentos do imposto de renda. Contudo, segundo a Receita Federal, no caso do contribuinte não ter se aposentado, ainda que seja portador de uma das doenças acima referidas, não estão isentos deste

tributo os rendimentos decorrentes de sua atividade econômica. No caso de aposentados, não estão isentos os rendimentos de atividade empregatícia ou autônoma e os rendimentos de outra natureza como os aluguéis, que sejam recebidos, em ambos os casos, de forma simultânea com os de aposentadoria, reforma ou pensão. Para poder usufruir desta benesse legal, o contribuinte deverá requerer a isenção, que poderá ser reconhecida de forma retroativa pela fonte pagadora, e comprovar, através de um laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, ser portador de uma das doenças citadas. Serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é o serviço médico dos Órgãos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas.

VALE LEMBRAR! A isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física não isenta o contribuinte dos seus deveres fiscais e, no caso de preencher uma das condições de obrigatoriedade de entrega da Declaração IRPF, de apresentála e entregá-la normalmente.

outubro, 2008




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