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Ano 2 - Edição 17 Novembro/2008
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Referência em diagnóstico por imagem
ALIMENTOS PARA MEMÓRIA
DIABETES Acabe com o mito sobre a insulina
Seu cérebro a todo vapor
SOCORRISTA Atendimento rápido e eficiente
Dia mundial do
diabetes 14 de novembro
| Índice 10
Medicina
12
Socorrista Atendimento rápido e eficiente
14
24 26
Diabetes em crianças e adolescentes
27
Pé Diabético A fisioterapia clínica pode ajudar você!
Hipertensão Arterial Intestino Preguiçoso Seu intestino funciona bem?
Homenagem
28
Psicologia
16 30
O câncer de mama e o aspecto psicológico Síndrome de Diógenes ou colecionismo
Diabetes Acabe com o mito sobre a insulina
Conheça esta doença
36
Hipoglicemia Quando a glicose cai
Acomplia Retirado do mercado
20
22
ABC da Saúde Ressonância Magnética
17
Especial do Mês
Você Sabia?
Dr. Edroim Reverdito
Bem-estar
32
Síndrome de Burnout A doença relacionada ao trabalho
46
Entendendo a dor nos pés
O hábito de guardar coisas
34
Transtornos de aprendizagem e dificuldades escolares
Nutrição
38
Alimentos não convencionais Lixo ou nutrição?
Estética
18
40
Verão
7 ingredientes que ajudam a manter o cérebro afiado
Época de beleza e tratamento intenso para a pele
Informe
19
Cancerologia
Alimentos para memória
Corpo
42
Barriga 9 motivos para se livrar da barriga, já!
Médicos fundam Sociedade de Cancerologia em MS
48 49
Anote o Site Endereços Úteis
Você | Atendimento
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PARA ANUNCIAR
PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. João Ricardo Filgueiras Tognini. Graduado em Medicina pela UFMS (1987), mestrado e doutorado em Técnicas Operatórias e Cirurgia Experimental pela Universidade Federal de São Paulo (1997/1999). Atualmente é Professor Titular do Depto de Clínica Cirúrgica da Faculdade de medicina "Dr. Hélio Mandetta", da UFMS e Coordenador da Residência Médica. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Cirúrgica (Cirurgia Geral e Gastrointestinal) atuando em capacitação para serviços de urgência / emergência (atls/phtls), é mestre do capítulo Mato Grosso do Sul do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e participa de linhas de pesquisa relacionadas a cicatrização da parede abdominal. UFMS/FAMED/DCC. CRM/MS – 2053. Dr. Sérgio Maksoud. CRM 1641/MS. Ressonância Magnética Di Imagem. Dra. Renata M. P. M. Calareso. Psicóloga. Curso de psico-oncologia República Fed. do Brasil Estado do MS Aréa da Saúde. Especialização em psicoterapia de orientação analítica-teoria e técnica Instituto de Psicoterapia de Dinâmica - IPD. CRP 14/03664-4.
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Michella Rezende Scannapieco. Dermatologista. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, Dermatologista do Hospital Adventista do Pênfigo. Dermatologista do Serviço de Residência em Dermatologia da UFMS. CRM/MS 4310. Dr. Claudio Nascimento Soares . Médico Cardiologista. CRM/MS 1.602 Dr. Jaber Mohamed El Cheikn. Endocrinologista. CRM/MS 3.335. Dra. Regina Terra. Fisioterapeuta. Graduada em Fisioterapia – UNIDERP. Pós-Graduanda na Especialização em Fisioterapia Aplicada as Disfunções Pulmonares, Cardíacas e Vasculares – METROCAMP. Crefito 9-1915 LTTF. Dra. Elaine C. M. Oliveira. Fisioterapeuta. Pós-Graduanda na Especialização Fisioterapia e Gerontologia – METROCAMP. Crefito 9-1324 LTTF. Janaina Begossi Lavarda. Psicanalista em Formação. Mestre em Psicologia. Especialista em Psicologia da Saúde. Especialista em Psicoterapia de Base Analítica. CRP 14/02221/9. Wagner Mariano. Biólogo e Educador Mestre em Ciências Fisiológicas Docente da Fad - Faculdade Anhanguera de Dourados Psicologia e Medicina Veterinária. Ana Faride Camargo. Especialista em Motricidade Orofacial – Conselho Federal de Fonoaudiologia. Psicopedagoga. Aperfeiçoamento em Linguagem, Dislexia e Aprendizagem - Cefac/SP. CRFA 0097/MS.
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Dr. Roberto Alberto Nachif. Fundador da Sociedade Sul-Mato-Grossense de Gastroenterologias de MS. Titular da Sociedade Brasileira de Proctologia e da Sul Americana. Fundador da UNIMED de Campo Grande/MS. Membro da Academia de Medicina de MS. Especialista em Gastroenterologia e Proctologia. CRM/MS 484. Dra. Tatiane Savarese Attilio. Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175. Prof. Dr. Izaias Pereira da Costa. Chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário - UFMS. Presidente da Sociedade de Reumatologia do Mato Grosso do Sul.
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Editorial | Ao leitor
Saúde em primeiro lugar! notável, cada dia mais, a preocupação do brasileiro com a saúde e o bem-estar. E isso não se reflete apenas no aumento do consumo de produtos e medicamentos que prometem o bom funcionamento do organismo. A grande novidade é que cresce também a conscientização de que uma vida saudável requer hábitos alimentares saudáveis. Nós sabemos que é este o caminho para uma vida realmente saudável, uma vida TOTAL SAÚDE. Como você vai ler nas próximas páginas, os mais diversos males como hipertensão, stress no trabalho (a desconhecida Síndrome de Burnout), e até intestino preso podem ter uma sensível melhora com uma mudança de hábitos de vida. E tem mais: dia 14 de novembro é o dia mundial do Diabetes, data que a sociedade brasileira do diabetes vem divulgando incansavelmente, afinal, é uma doença que acomete mais de 240 milhões de pessoas no mundo inteiro. E você sabe como ajudar? Como prevenir? Ajudar a divulgar já pode ser um bom começo. E além de tudo isso, as dicas e o 'Você Sabia', que temos todos os meses, que você já conhece e adora. Aproveite! Agora, se existe algum assunto relacionado a esse imenso e fascinante mundo da saúde que ainda não abordamos, ou se você tem alguma dúvida, curiosidade, quer palpitar, contar sua história, elogiar? Escreva pra gente, estamos loucos para saber o que você tem achado da nossa revista, que é, todo mês, preparada com todo o cuidado e carinho pra você, nosso leitor! Esperamos ansiosos. Beijos, e até a próxima...
É
...E vem chegando o verão... Aguardem!
Equipe Revista Total Saúde
8 | To t a l S a ú d e
novembro, 2008
| Você Sabia?
Natalia Razuk
Calor exige maiores cuidados com as crianças
Fumantes sofrem mais de “zumbido” no ouvido Podem acrescentar mais um item à lista de males causados pelo cigarro: cerca de 40% dos fumantes avaliados em pesquisa da Unifesp se queixaram de zumbido na audição. Entre os nãofumantes, 11% apresentam queixas do problema. A pesquisa avaliou 72 fumantes e 72 não-fumantes de ambos os sexos, com idade entre 20 e 31 anos. No estudo, também foi observado prejuízo na audição de quem fuma. Exames de audiometria mostraram que 13,9% dos tabagistas tinham disfunção coclear - ausência de sons gerados dentro da cóclea (parte anterior ao labirinto do ouvido). Segundo a fonoaudióloga responsável pelo estudo, o déficit de oxigenação no sangue, as obstruções vasculares e as alterações na viscosidade sangüínea provocados pelo cigarro podem ter efeito tóxico sobre os órgãos ou nervos responsáveis pela audição, causando os danos verificados na pesquisa.
1 0 | To t a l S a ú d e
As crianças são motivo de preocupação quando a temperatura sobe. As ocorrências de diarréias, vômitos e desidratação por causa do calor já representam um aumento de 15% nos casos atendidos pelo Centro Geral de Pediatria - CGP, da Rede Fhemig. Nesta época do ano, as crianças precisam estar muito bem hidratadas. Mesmo às mais saudáveis, a indicação é fazer uso de muito líquido, como água e sucos, principalmente sucos naturais de frutas da época. Também devemos ficar alertas à água, que deve sempre ser filtrada. Na falta de um filtro, a água deve ser fervida e acondicionada em local apropriado para evitar qualquer contaminação.
Super exercício para o cérebro Vamos lá: pegue um livro e passe uma tarde fortalecendo a comunicação entre os neurônios. Não entendeu nada? É isso mesmo! Nada melhor do que uma boa leitura para ativar áreas importantes do cérebro. Ainda não acredita? Pois pode comprovar isso agora mesmo, aqui, lendo esta nota. Para fazer isso, foi preciso que, inconscientemente, você puxasse de sua memória as regras básicas da gramática. Para passar para essa outra frase, seu cérebro cuidou de memorizar a anterior. Agora, para entender tudo o que eu estou tentando explicar com este exercício, a sua massa encefálica buscará subsídios em todo o conhecimento já armazenado ao longo de sua vida. É por isso que o final de uma história contada nos livros pode emocionar ou não o leitor, dependendo da idade, da cultura e da história de vida dele. Agora, cá pra nós, deu para imaginar quanta ginástica cerebral é preciso fazer para ler e entender um clássico da literatura?
novembro, 2008
Você Sabia? |
Dicas de Leitura | Vera de Barros Jafar
Vacina contra gripe na gestante também protege o bebê As gestantes que tomarem vacina contra gripe um mês antes do parto podem proteger seu bebê contra a doença durante os seis primeiros meses de vida, segundo estudo da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. Após estudar 340 mulheres de Bangladesh e seus filhos, os pesquisadores observaram uma redução de 63% nos casos de gripe entre os filhos de mulheres vacinadas contra a doença, e de 36% nos casos de doenças respiratórias em mães e filhos. De acordo com os autores, as crianças – americanas - com menos de seis meses têm as maiores taxas de hospitalização por gripe, taxas maiores que as de idosos e outros grupos de risco. E, por isso, os especialistas recomendam a imunização das gestantes nas temporadas de gripe.
Rio das Flores Miguel Sousa Tavares Ed. Companhia das Letras
Neste livro, o leitor penetra no universo particular da família Alentejana Ribeira Flores, com todos os seus rituais e tradições. Tendo como cenários Portugal, Espanha e Brasil, Rio das Flores equilibra a perfeição, o fato e a ficção.
Mundo Sem Fim Ken Follett Ed. Rocco
Inglaterra, 1327. Numa floresta do condado de Kingsbrige, quatro crianças testemunham o assassinato de dois homens e fazem pacto de silêncio. Anos depois, suas vidas se cruzam num mundo de riqueza e miséria, amor e ódio. Neste novo romance, Ken Follett traz à cena os descendentes do protagonista de 'Os pilares da Terra'. Mundo sem fim já nasceu clássico.
Criança 44 Tom Rob Smith Ed. Record
Quando o medo silencia uma nação, alguém tem que falar a verdade. Tom Rob Smith estaria com um romance formidável. Ele leva o leitor à opressora Rússia de Stalin, marcada pela forte mão do Estado. Quando o corpo de um menino é encontrado sobre os trilhos de uma ferrovia, a família tem a certeza de que houve um assassinato. O agente Liev recebe ordens para ignorar o assunto, mas algo lhe diz que as coisas não são tão simples. Agora, ele está determinado a encontrar a verdade por trás do terrível crime. novembro, 2008
To t a l S a ú d e | 1 1
Medicina | Socorrista
Silvia Frias
Socorrista Atendimento rápido e eficiente "O que a gente atende, na maioria das vezes, não é acidente; acidente é o imprevisível, o inesperado. O que a gente vê é coisa previsível; o sujeito bebe e pega um carro, o que ele acha que pode acontecer?".
1 2 | To t a l S a ú d e
Sentado numa cadeira no pátio da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), o médico João Ricardo Filgueiras Tognini estica as pernas enquanto consulta o relógio. São 23h20 de um domingo de outubro. Ele aguarda um chamado que não demora muito. A Central de regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) avisa pelo telefone que há um possível caso de parada cardiorrespiratória. O restante da equipe – enfermeiro, motorista e uma estudante de Medicina – preparava-se para comer uma pizza que havia acabado de chegar. Os pedaços envoltos em guardanapo são deixados de lado para que cada um assuma seu posto dentro da ambulância de atendimento avançado, que parte com a sirene ligada. A caminho, a poucos metros da base, o aviso de que outra unidade, mais próxima, atendeu o paciente. O retorno é feito sem alardes, em velocidade normal. Em geral, a realidade do atendimento de urgência em Campo Grande não costuma ser assim. O plantão do médicosocorrista e de sua equipe, principalmente no final de semana, é recheado de casos de tentativas de homicídio, brigas e acidentes de trânsito. "O nosso trabalho é bacana, mas a gente lamenta muito ver a violência em Campo Grande", diz Tognini, que trabalha no Samu desde que o sistema foi implantado na cidade, em abril de 2005. Em três anos de trabalho, o socorrista já teve que enfrentar várias situações que exigiam sangue-frio, mais do que o necessário, somente para atendimento ao paciente. Como na noite em que a equipe teve que entrar em uma boate no Jardim Colúmbia,
periferia da cidade, para socorrer um baleado. A polícia nem havia chegado ainda e os ânimos estavam acirrados. Ou no caso dos dois atropelamentos seguidos, na Avenida Manuel da Costa e Lima, em que a população queria linchar o motorista que estava alcoolizado e tentou fugir. "Às vezes a gente tem que administrar o cenário, aí a habilidade médica acaba sendo menos importante; o importante é comandar a cena, porque tem muita gente que quer ajudar ou quer brigar". O inusitado, mesmo na violência, também faz parte da rotina da equipe. "Lembro-me de um baleado em uma festa junina no bairro Buriti", conta Tognini. Bêbado e caído no chão, a vítima alertou o médico quando este apalpou as costas do rapaz em busca da bala alojada. "Não, doutor, aí não, essa aí é do ano passado".
Limites O sistema de atendimento do Samu é prático e rápido. No total, são nove ambulâncias de atendimento básico (conhecidas por Bravo) que normalmente são acionadas para o primeiro atendimento por um dos médicos plantonistas da Central de Regulação. Se for constatado que é necessário um procedimento mais avançado, uma das três unidades Alfa (avançada) é chamada. Essas ambulâncias são equipadas com desfribriladores, além de cinco mochilas contendo material específico (vias aéreas, parto e pequenas cirurgias, vias áreas infantil, medicamentos e a mochila com soro). A praticidade do trabalho do Samu em Campo Grande, sistema considerado referência no País, esbarra em um problema
novembro, 2008
Socorrista | Medicina
antigo, difícil e resistente no setor de saúde pública: a superlotação dos hospitais. No caso da Capital de Mato Grosso do Sul, ainda há um agravante: além de receber pacientes de todos os municípios do Estado, ainda há a procura constante por parte de doentes da Bolívia e do Paraguai. Na noite de domingo, uma pequena amostra do entrave: uma idosa de 61 anos, cardiopata e diabética, não conseguia respirar e tinha que ser transferida do posto de saúde do Aero Rancho para um dos hospitais da cidade. No Hospital Universitário, pela porta entreaberta do plantão, o prenúncio do que aguardava a equipe – corredor lotado de macas. Caso acontecesse alguma outra emergência, a ambulância Alfa não poderia atender, pois a maca estava com a idosa, que aguardava uma vaga. Graças ao trabalho da equipe feito durante o trajeto, da ambulância até o hospital, o quadro da mulher já estava mais estável, mais ainda com necessidade de internação. Por sorte, cerca de quarenta minutos depois, uma outra mulher deixava o hospital. A idosa foi internada e a maca do Samu liberada. Se a paciente transportada do posto do Aero Rancho tivesse que ser intubada (para facilitar respiração) não haveria respirador no hospital para atendê-la.
Festa na Sogra "Hoje tá calmo", avalia Tognini, ao retornar para a base do Samu na Ciptran. "Ah, mas hoje é domingo", retruquei, sem conhecimento de causa. O médico olha e, condescendente, diz: "É domingo que o bicho pega, não é como você está pensando".
novembro, 2008
No domingo, a família se reúne na casa da sogra ou do amigo para um churrasco. A preparação começa muito antes do meio-dia, regada à bebida alcoólica. Se o problema não surge durante a festa, com uma briga, aparece depois, no retorno para a casa, quando pode acontecer um acidente de carro. As estatísticas de Campo Grande traduzem o que o socorrista vê no fim de semana: somente no primeiro trimestre desse ano, 43 pessoas foram assassinadas. Muitos desses casos ficam escondidos nos bairros da periferia da cidade. Porém, os números da violência se evidenciam para toda a população, democraticamente, seja qual for a classe social, no trânsito da cidade: no mês de setembro deste ano, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS), foram 555 colisões, com seis mortos e 365 feridos. A maioria, jovens entre 18 a 29 anos. No geral, esses casos estão diretamente ligados ao consumo de bebida alcoólica. O médico lembra que logo após a aprovação da Lei Seca (que endureceu a penalidade para motorista que for flagrado embriagado), houve uma mudança no comportamento da população. "Foi incrível, nos dois primeiros finais de semana eu não saí daqui", conta. O medo não durou muito: logo as equipes voltaram à rotina de chamados para socorrer feridos em acidentes ou vítimas de brigas. Excepcionalmente, aquele plantão de um domingo de outubro terminou calmo. Exceção de uma regra violenta e sem sentido. "O que a gente atende, na maioria das vezes, não é acidente; acidente é o imprevisível, o inesperado. O que a gente vê é coisa previsível; o sujeito bebe e pega um carro, o que ele acha que pode acontecer?".
Dr. João Ricardo Filgueiras Tognini Graduado em Medicina pela UFMS (1987), mestrado e doutorado em Técnicas Operatórias e Cirurgia Experimental pela Universidade Federal de São Paulo (1997/1999). Atualmente é Professor Titular do Depto de Clínica Cirúrgica da Faculdade de medicina "Dr. Hélio Mandetta", da UFMS e Coordenador da Residência Médica. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Cirúrgica (Cirurgia Geral e Gastrointestinal) atuando em capacitação para serviços de urgência / emergência (atls/phtls), é mestre do capítulo Mato Grosso do Sul do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e participa de linhas de pesquisa relacionadas à cicatrização da parede abdominal. UFMS/FAMED/DCC CRM/MS – 2053 Contato: Ligue, SAMU 192
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ABC da Saúde | Ressonância Magnética
Dr. Sérgio Maksoud
Ressonância
Magnética Referência em diagnóstico por imagem A Ressonância Magnética é um dos avanços mais representativos do século no que diz respeito a diagnósticos médicos por imagem. O procedimento reproduz, em alta resolução e clareza, imagens em três dimensões de qualquer parte do corpo. É direcionado para diagnosticar doenças do sistema nervoso central como lesões desmielinizantes, tumores, infecções, doenças metabólicas e vasculares do encéfalo e da medula espinhal. No sistema músculoesquelético é útil na detecção de doenças no estágio inicial como artrose, artrite, lesões ligamentares e tendíneas. No abdômen, o método apresenta grande sensibilidade e especificidade, avançando no diagnóstico diferencial de patologias evidenciadas em outros métodos de imagem. A arteriografia por ressonância magnética é outra grande evolução, proporcionando imagens de altíssima qualidade das artérias aorta, ilíacas e dos membros inferiores, substituindo, muitas vezes, métodos invasivos. O exame não produz radiação ionizante.
Seu princípio se baseia em ondas eletromagnéticas, semelhantes às ondas de rádio. Por este motivo, não produz efeitos colaterais e nem é prejudicial à saúde. Durante todo o procedimento, o paciente é acompanhado pelo profissional responsável que o manterá sempre informado sobre a qualidade das imagens que estão sendo obtidas e sobre o tempo que resta para concluir o exame. Nos exames de Ressonância Magnética, a alta tecnologia propicia grande benefício aos pacientes. Alguns equipamentos têm altíssimo desempenho, com alto poder diagnóstico em doenças muitas vezes difíceis de detectar através de outros métodos de imagem. A Di Imagem se tornou referência em todo o Estado em exames de Ressonância Magnética porque investe em tecnologia de última geração e precisão diagnóstica, proporcionando agilidade, tranqüilidade e segurança aos médicos e aos seus pacientes.
Tecnologia para um diagnóstico preciso. Com o grau de sofisticação alcançado pelo exame de Ressonância Magnética, os exames das mamas são de alta resolução e precisão, contribuindo para detecção de pequenas lesões tumorais em mamas densas ou não, avaliação morfológica e cinética das lesões, avaliações pré e póscirúrgicas, e melhor, acompanhamento do tratamento escolhido.
Dr. Sérgio Maksoud CRM 1641/MS Ressonância Magnética Di Imagem Av. Mato Grosso, 3.478 (67) 3316 4500
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novembro, 2008
Psicologia | Câncer de Mama
Dra. Renata M. P. M. Calareso
O câncer de mama e o aspecto psicológico
Em termo epidemiológico, o câncer de mama é o tumor de maior incidência em vários países - dentre eles, o Brasil - e é, sem dúvida, o mais temido pelas mulheres, não só pelo perigo e alto risco, mas sim, e muito, pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. São inúmeros os fatores que predispõem uma mulher ao câncer de mama, tais como: envelhecimento - quando os seus períodos menstruais terminam, adiamento da gravidez, amamentações, células anormais da mama, excesso de peso, álcool e fumo, pílula, terapia de reposição hormonal, histórico familiar, etc. O seio tem uma função primordial na estruturação do psiquismo, na relação entre mãe e filho e também entre a mulher e seu objeto de desejo, influenciando diretamente na sexualidade feminina. É um símbolo da feminilidade, do ser mulher. Em minha pesquisa foram entrevistadas mulheres com diagnóstico de câncer de mama, no CEM - Centro de Especialidades Médicas. Entre os aspectos analisados, vale salientar que as entrevistadas, quando relataram sobre a compreensão do câncer, associaram-na ao sofrimento psíquico pela perda de uma pessoa querida, seja pela morte, por desentendimentos, por separações ou escolhas afetivas que
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tiveram que fazer, sendo este o período do surgimento da doença. O surgimento súbito da doença e o desconhecimento do futuro na vida dessas pacientes revelam que neste momento o indivíduo perde suas convicções, fica pouco disposto a enfrentar as dificuldades da realidade interna e externa. O “cuidar” convoca o terapeuta a atuar nestas lacunas que se instalam a partir de um acontecimento, em momentos de crises, em que o sujeito perde suas representações para depois reencontrá-las. A psicoterapia pode auxiliar a mulher no enfrentamento da doença, aderindo ao tratamento com um pouco menos de sofrimento, dando o suporte necessário ao paciente e à família, pois a pessoa se sente punida, envergonhada, não sabe lidar com o sofrimento, não tem a certeza do sucesso do tratamento e lida com o medo da morte. O psicólogo pode ajudar a encontrar a energia curativa natural que existe em cada um de nós, sendo este o principal fator de recuperação. O diagnóstico precoce possibilita tratamentos mais amenos, menos mutilações e maiores chances de cura. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia e psicoterapia individual ou em grupo. Por isso, não tenha medo. Faça os exames com a freqüência necessária.
O psicólogo pode ajudar a encontrar a energia curativa natural que existe em cada um de nós, sendo este o principal fator de recuperação.
Dra. Renata M. P. M. Calareso Psicóloga. Curso de psico-oncologia República Fed. do Brasil Estado do MS - Aréa da Saúde. Especialização em psicoterapia de orientação analítica-teoria e técnica Instituto de Psicoterapia de Dinâmica - IPD. CRP 14/03664-4 Rua Itajai, 146 Jardim São Lourenço (67) 8123 5354 renata_calareso@hotmail.com
novembro, 2008
Informativo | Medicina
Acomplia
retirado do mercado
Foi por água abaixo mais uma promessa de emagrecer sem esforço. A companhia farmacêutica sanofi-aventis decidiu acatar recomendação da Agência de Medicamentos da Europa (EMEA) e suspender a venda do rimonabanto (nome comercial: Acomplia) em todo o mundo, inclusive no Brasil. O rimonabanto chegou ao mercado mundial em junho de 2006, liberado pela mesma agência européia, após resultados animadores em estudos clínicos de tratamento da obesidade. O sucesso enorme desse remédio vem do fato de reduzir a gordura do organismo, principalmente na área do abdômen, o maior inimigo da grande maioria dos gordinhos. O que ninguém sabia é que este podia causar depressão e agravar vários transtornos psiquiátricos. Por isso, foi retirado do mercado no mundo todo.
Definitivamente, milagres não existem (pelo menos não para emagrecer). Tem que reeducar a alimentação e fazer exercício físico, aquela velha dobradinha que todo mundo conhece bem.
Lentes Armações Jóias Relógios Óculos de sol
Rua da Paz, 41 - Jardim dos Estados | Telefone: (67) 3317 1141 (em frente ao Fórum)
Natalia Razuk
Estética | Pele
Verão
Silvia Frias
Época de beleza e tratamento intenso para a pele.
Em todo verão, período em que os raios solares incidem mais diretamente sobre a terra, há publicações que trazem dicas sobre os cuidados com a pele: a informação que poderia ser regra no cotidiano das pessoas ainda é exceção para muitos, pois a maioria ainda descuida e se expõe sem qualquer proteção. É necessário alertar não somente pelos benefícios estéticos, mas principalmente para se prevenir problemas de saúde como o câncer de pele. No caso de Mato Grosso do Sul, há uma peculiaridade: há anos o Estado enfrenta picos de incidência de raios ultravioleta acima do considerado adequado; além disso, o índice de umidade relativa do ar marcou índices compatíveis com o clima encontrado em áreas de deserto! Os dois fatores - clima quente e seco - são extremamente prejudiciais para a pele. Para a dermatologista Michella Rezende, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o ideal é a cultura do cuidado contínuo, e não a intempestividade de um tratamento de choque: “É mais importante fazer um pouquinho todos os dias a fazer muito esporadicamente”, afirma. O primeiro passo para se ter uma pele saudável é mantê-la limpa, livre de resíduos. A pele do rosto fica exposta diariamente à poluição, fumaça de cigarro, maquiagem, entre outros. Portanto, nada mais justo do que limpá-la com cuidado antes de dormir. Para tal, devemos utilizar sabonetes, loções de limpeza e até demaquilantes, indicados para cada tipo de pele. Em seguida, vem a hidratação: Para a face, dê preferência a produtos leves, não oclusivos. Estes podem levar ao aparecimento da acne. Já para o corpo, não há problema em usarmos produtos um pouco mais oleosos, mais pesados. O próximo passo e, provavelmente, o mais importante, é o uso de filtro solar. Tratase da arma mais eficaz contra o câncer de 1 8 | To t a l S a ú d e
pele, as manchas e o envelhecimento precoce, mas ainda não faz parte da rotina de muitas pessoas. Michella explica que, no diaa-dia, as pessoas precisam aprender a usar o filtro solar, e ressalta que, na maioria das vezes, o fator 30 é o mais indicado. Ressalta, ainda, que não se deve economizar na quantidade e nem nas reaplicações, já que, em geral, a foto proteção é perdida 3 horas após ser aplicado. Para uma maior comodidade, existem diversas apresentações de foto protetores: creme, gel, gel-creme, pó compacto, base de maquiagem, spray (ideal para área com pêlos, etc.). Com tantas opções, é impossível que não exista um ideal para você... Na praia, qualquer que seja o tipo de pele, é imprescindível se proteger: vale protetor, roupas, óculos, chapéus, bonés, sombra e horários adequados. Para as crianças, o ideal é o uso de produtos destinados a eles. Os fotoprotetores pediátricos são mais pegajosos e resistem mais à água. Para as pessoas que fazem tratamento com ácido retinóico, a dermatologista recomenda suspender o medicamento quinze dias antes de ir à praia e abusar do protetor solar. Para os pacientes em uso de isotretinoína oral, medicamento usado para o tratamento de espinhas graves, ela alerta que a exposição solar pode ter conseqüências graves, e que não adianta suspender o medicamento dias antes. Os cuidados citados pela dermatologista vão além dos benefícios estéticos. A cada ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia tem registrado o aumento nos casos de câncer de pele. No ano passado, durante a Campanha do Câncer de Pele, 31.429 pessoas passaram por consulta. Deste total, 2.327 estavam com câncer basocelular; 538 com câncer espinocelular e 201 com melanona, o tipo mais grave, e que, se não for tratado de forma adequada, pode matar.
No caso de Mato Grosso do Sul, há uma peculiaridade: o índice de umidade relativa do ar marcou índices compatíveis com o clima encontrado em áreas de deserto! Os dois fatores clima quente e seco são extremamente prejudiciais para a pele.
Michella Rezende Scannapieco Dermatologista. Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, Dermatologista do Hospital Adventista do Pênfigo. Dermatologista do Serviço de Residência em Dermatologia da UFMS. CRM/MS 4310 Consultório Rua Paraíba 529, Jd. Estados (67) 3324 0447 / 9912 9739 Hospital Adventista do Pênfigo Rua Padre João Cripa, 1.098 (67) 3323 2000 *A loja Dermage está instalada na Rua Bahia, 968 - Centro Telefone (67) 3025-5566
novembro, 2008
Cancerologia | Informe Publicitário Daniella Carvalho
Médicos fundam Sociedade de
Cancerologia de MS Nos dias 02 e 20 de Outubro de 2008, reuniram-se na sede do Conselho Regional de Medicina médicos das áreas de Oncologia Clínica, Oncologia Cirúrgica, Radioterapia e Hematologia com o objetivo de fundar a Dr. Eulálio Arantes Corrêa da Costa.
Sociedade de Cancerologia de Mato Grosso do Sul. Com a fundação da SCMS, a primeira diretoria foi eleita por unanimidade para o Biênio 2008/2010. Dr. Alicardo César Figueira, Dr. Erlon Klein, Dr. Moacyr Basso Júnior, Dr. Eulálio Arantes Corrêa da Costa e Dra. Eva Glória Abrão Siufi do Amaral
PRIMEIRA DIRETORIA 2008 A 2010 Presidente:
Eulálio Arantes C. da Costa Primeiro Vice Presidente:
Erlon Klein Primeira Secretária:
Sandra Cristina Kiomido Maia Segundo Secretário:
Atalla Mnayariji Primeiro Tesoureiro:
Moacyr Basso Júnior Segundo Tesoureiro:
Eva Glória A. Siufi do Amaral Diretor Científico:
Guido Marks Diretor Social:
Fabrício Colacino Silva Conselho Fiscal:
Alicardo Cezar Figueira Jesusmar Modesto Ramos Aparecida Mitsuko Miura Suplente Conselho Fiscal
Patrick Costa Vieira Jéferson Baggio Cavalcante
Assessoria Jurídica, Médicos Participantes e Membros da Diretoria
Medicina | Hipertensão Dr. Claudio Nascimento Soares
Hipertensão
arterial Conheça esta doença
65% da população idosa é hipertensa. Cuidado!
Dr. Cláudio Nascimento Soares Médico Cardiologista. CRM/MS 1.602
2 0 | To t a l S a ú d e
A hipertensão arterial sistêmica essencial é uma doença crônica, isto é, não tem cura, mas quando devidamente tratada, tem controle. Já a hipertensão secundária tem causa e cura. Geralmente é um distúrbio assintomático no qual a elevação anormal da pressão nas artérias aumenta o risco de outras doenças. A hipertensão é um grave fator de risco para doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, ruptura de aneurisma, doença renal e doença cerebrovascular. Normalmente, os sintomas só aparecem quando a pressão alta já existe há algum tempo, e um pouco antes de complicações como infartos, derrames, problemas nos rins, etc. Fique de olho: Hemorragia nasal, cansaço excessivo, formigamento, dores de cabeça e palpitações são os sintomas mais freqüentes. A pressão arterial varia naturalmente durante a vida de um indivíduo. Lactentes e
crianças normalmente apresentam pressão muito mais baixa que os adultos. A atividade também afeta a pressão, a qual é mais baixa quando o indivíduo se encontra em repouso. A pressão arterial também apresenta variações ao longo do dia, sendo mais elevada pela manhã e mais baixa à noite, durante o sono. A presença de fatores que contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares ocorre, mais comumente, na forma combinada. Além da predisposição genética, fatores ambientais podem contribuir para uma agregação de fatores de risco cardiovascular em famílias com um estilo de vida pouco saudável. A combinação de fatores de risco entre pessoas hipertensas parece variar com a idade, condições sócioeconômicas, consumo de sal, inatividade física, sobrepeso, consumo excessivo de álcool, aumento da glicose e a dislipidemia.
Como diagnosticar? De uma maneira simples, indolor, sem custo, mas que pode, depois de diagnosticada, trazer benefícios enormes às pessoas. A medida da pressão arterial é o elementochave para o estabelecimento do diagnóstico da hipertensão e a avaliação da eficácia do tratamento. Deve ser realizada, em toda avaliação de saúde, por médicos de diferentes especialidades e demais profissionais da área. O tratamento da pressão arterial compreende medidas farmacológicas e não farmacológicas, isto é, necessita associar o uso de medicamentos para o seu controle efetivo, além de mudança no estilo de vida, alimentação balanceada e exercício sempre, o que, já sabemos, é o caminho para uma vida saudável. E você, verificou sua pressão ultimamente?
PRESSÃO
SISTÓLICA (mmHg)
DIASTÓLICA (mmHg)
Ótima
< 120
< 80
Normal
< 130
< 85
Limítrofe
130 - 139
85 - 89
Hipertensão estágio 1
140 - 159
90 - 99
Hipertensão estágio 2
160 - 179
100 - 109
Hipertensão estágio 3
> 180
> 110
Hipertensão sistólica isolada
> 140
< 90
novembro, 2008
Especial do Mês | Diabetes
Natalia Razuk
Como sei que alguém está com hipoglicemia? O que faço quando isto acontecer? De repente dá aquela fome, confusão mental, tremores, suores, fraqueza, coração acelerado, sonolência... Quase toda pessoa com diabetes já sentiu isso. Hipoglicemia significa baixo nível de glicose no sangue. Quando a glicemia está abaixo de 60mg%, com grandes variações de pessoa a pessoa, podem ocorrer sintomas de uma reação hipoglicêmica: na maioria das vezes, o próprio paciente identifica os sintomas e ingere algum alimento com açúcar. Em outras ocasiões, necessita-se de socorro. Surgem, então, perguntas muito comuns entre aqueles que convivem com alguém que tem diabetes.
2 2 | To t a l S a ú d e
Causas que favorecem o aparecimento da hipoglicemia Erro no uso da medicação, principalmente insulina; Atraso em se alimentar; Muito exercício sem automonitorização.
É importante que os amigos e parentes da pessoa com diabetes saibam que ela está em uso de insulina ou de hipoglicemiante oral. Assim, já poderão fazer o diagnóstico de hipoglicemia. Oferecer balas, açúcar ou líquidos com duas colheres de sopa de açúcar diluído em meio copo deste líquido, é uma opção para tirar a pessoa da crise. Se ela estiver em coma ou se recusar a colaborar, coloque um lenço entre as arcadas dentárias e introduza colheres de café com açúcar entre a bochecha e a gengiva, massageando-a por fora. Nas pessoas portadoras de diabetes que apresentam hipoglicemias sem percepção, o uso apenas de insulinas de ação rápida e ultra-rápida (por provocarem a queda da glicemia rapidamente) libera grande quantidade de hormônios contrareguladores (cortisol, adrenalina, hormônio do crescimento) e pode ajudar na percepção precoce da hipoglicemia, antes do embotamento da consciência.
novembro, 2008
Diabetes | Especial do Mês
Quando a glicose cai Dicas para evitar hipoglicemia O consumo de um lanche antes de dormir (ceia) pode auxiliar na prevenção de hipoglicemia noturna. Os alimentos mais recomendados para este lanche devem conter carboidratos e proteínas (leite ou pão com queijo e presunto, por exemplo); Evitar a ingestão de álcool, principalmente em jejum.
A monitorização, nesse horário, é extremamente importante. A glicemia deve ser ajustada sempre para que fique em torno de 100 m/dl; Ficar atento à alimentação, se fizer exercício físico (especialmente se não programado). É necessário medir sua glicemia para ver se é preciso o consumo de carboidratos extras;
DIFERENÇAS ENTRE HIPOGLICEMIA E HIPERGLICEMIA Sintomas
Hiperglicemia (alta de açúcar)
Hipoglicemia (baixa de açúcar)
Início
Lento
Súbito (minutos)
Sede
Muita
Inalterada
Urina
Muita quantidade
Inalterada
Fome
Muita
Muita ou normal
Perda de peso
Frequente
Não
Pele
Seca
Normal ou úmida
Mucosa da boca
Seca
Normal
Suores
Ausentes
Frequentes e frios
Tremores
Ausentes
Frequentes
Fraqueza
Presente
Sim ou não
Cansaço
Presente
Presente
Glicose no sangue
Superior a 200 mg%
40 a 60 mg% ou menos
Hálito cetônico
Presente ou ausente
Ausente
novembro, 2008
Algumas pessoas com diabetes costumam manter suas glicemias mais elevadas para evitar as hipoglicemias. Porém, a glicemia alta leva, com o correr do tempo, a complicações degenerativas importantes. Portanto, o melhor é perder o medo das hipoglicemias, monitorando-se adequadamente a cada suspeita de estar hipoglicêmico.
To t a l S a ú d e | 2 3
Especial do Mês | Diabetes
Dr. Jaber Mohamed El Cheikn
Diabetes Acabe com
sobre a
o mito
Insulina Se você tem diabetes e o controle de sua glicose está piorando apesar do seu esforço, a insulina pode ser o próximo passo no seu tratamento.
2 4 | To t a l S a ú d e
O Diabetes está crescendo em ritmo de epidemia no Brasil, e não há argumentos em contrário. Mais de 10 milhões de brasileiros têm diabetes, e aproximadamente metade deles nem sequer sabem disso. Infelizmente, muitas pessoas não têm idéia do que realmente é o diabetes, ou a que sintomas deveriam estar atentos. O Diabetes é um grave problema de saúde. É responsável por 1/5 das mortes neste país, e não há cura para o Diabetes tipo 1 ou tipo 2 neste momento. Quando comemos qualquer tipo de alimento, o nosso corpo transforma essa comida em energia, ou melhor, em açúcar. Isto é, o que nos dá a energia de que precisamos para sobreviver. E durante esse processo, a insulina que é produzida pelo pâncreas controla o açúcar do nosso sangue. Se o pâncreas não produz esta insulina em quantidade adequada, a quantidade de açúcar se eleva na corrente sanguínea e começa a criar graves problemas de saúde, tais como: cegueira, insuficiência renal, derrame, infarto, amputações dos membros inferiores, dentre outros. E, sem tratamento, ele pode ser fatal.
Se você tem diabetes e o controle de sua glicose está piorando apesar do seu esforço, a insulina pode ser o próximo passo no seu tratamento. Muitas pessoas têm uma má idéia a respeito do uso da insulina por causa do que já ouviram falar dela. O esclarecimento de alguns mitos comuns a esse respeito pode ajudá-lo a superar seus medos.
MITO: A insulina significa que fracassei no controle do meu Diabetes. FATO: Precisar de insulina não significa que você não conseguiu controlar bem o seu diabetes, porque diabetes é uma doença progressiva. É possível que seu pâncreas não seja capaz de manter as necessidades de insulina do seu corpo, não importando o que você tenha feito. Quando outros medicamentos já não mantiverem a sua glicose sobre controle, a insulina, muitas vezes, é o próximo passo lógico para o tratamento do Diabetes. novembro, 2008
Diabetes | Especial do Mês
MITO: A insulina não funciona. FATO: Embora muitas pessoas pensem no Diabetes como um problema do “açúcar”, na verdade é um problema da insulina. As insulinas utilizadas hoje em dia são muito semelhantes à insulina humana. MITO: As injeções de insulina são dolorosas. FATO: O medo de agulhas é uma queixa comum entre as pessoas que já tomaram injeções. Embora ninguém goste de picadas de agulha, a maioria das pessoas se surpreende quando aplicam insulina pela primeira vez, as seringas e as canetas de insulina tornam as aplicações hoje praticamente indolores.
MITO: A insulina provoca complicações. FATO: A crença de que a insulina provoca complicações muitas vezes vem daquilo que observamos no passado com as pessoas que tinham Diabetes. Antigamente, retardava-se muito o início da insulina. Na verdade, é mais provável que a insulina poderia ter retardado ou impedido estas complicações se tivesse sido iniciada mais cedo. MITO: A insulina vicia. FATO: Você não pode ficar dependente da insulina. A insulina é uma substância natural que todo organismo precisa. MITO: A insulina é cara.
MITO: A insulina significa que a minha vida vai mudar. FATO: Muitas pessoas acreditam que iniciando a insulina vão deixar de ser independentes, mas não vão. Podem morar sozinhos, viajar, comer fora de casa. Nada disso é verdade. Com planejamento, não há nenhuma razão para que você não possa fazer tudo o que fazia antes. Na verdade, a maioria das pessoas acha que a insulina fez a sua vida mudar para melhor. Elas têm mais energia, têm mais flexibilidade na rotina diária e sentem-se mais positivas. Depois de iniciada a insulina, a maioria se pergunta por que é que esperou tanto tempo.
novembro, 2008
FATO: O Diabetes não tratado adequadamente é caro, não há dúvidas sobre isso. Geralmente, a insulina é mais barata do que a utilização de vários tipos diferentes de medicamentos por via oral.
Dr. Jaber Mohamed El Cheikn Endocrinologista CRM/MS 3.335 Rua das Garças, 100 - Vila Alta Campo Grande/MS (67) 3025 2904 (67) 3026 4114
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Especial do Mês | Diabetes
Natalia Razuk
Diabetes em
Crianças e Adolescentes Em 30 anos, 380 milhões de pessoas terão diabetes.
2 6 | To t a l S a ú d e
A Sociedade Brasileira de Diabetes tem feito grande divulgação sobre o Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro. Em todo o mundo, pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes, e uma grande parte vive em países em desenvolvimento, como o Brasil. Em 30 anos, esse número deve chegar a 380 milhões. Desde 1997, a Sociedade Brasileira de Diabetes concentra seus esforços na divulgação das causas, sintomas, complicações, tratamento e prevenção deste sério problema de saúde pública. O diabetes, hoje, já é considerado uma pandemia. O tema escolhido pela IDF (International Diabetes Federation) para a campanha de 2008 é: “Diabetes em Crianças e Adolescentes”. O objetivo é ressaltar a necessidade de fornecimento de medicamentos e programas que disponibilizem alimentos saudáveis e que incentivem a prática de atividades físicas para crianças e adolescentes. A Sociedade Brasileira de Diabetes espera poder contar com o apoio de todos os segmentos - públicos e privados - da sociedade brasileira para a divulgação da data. Diabetes Juvenil ou Tipo 1 aparece como resultado da destruição das células Beta, produtoras de insulina. A destruição acontece por engano, pois o organismo as identifica, erroneamente, como corpos estranhos e age em resposta auto-imune. Os pesquisadores não sabem exatamente porque isso acontece. Supõe-se, porém, que vários fatores estejam relacionados ao aparecimento do Diabetes Tipo 1, dentre eles incluem-se
as determinações genéticas, os autoanticorpos, os vírus, o leite de vaca e os radicais livres do oxigênio. O Diabetes Juvenil, embora menos comum, é muito mais agressivo e rápido. Surge, geralmente, na adolescência, de modo abrupto, sem possibilidade de diagnóstico prévio ou tratamento preventivo. Define-se como uma doença crônica e degenerativa decorrente da falência do pâncreas que, não produzindo insulina natural necessária ao organismo, propicia a elevação das taxas de glicose no sangue, acarretando complicações graves e progressivas, além do risco de morte prematura. Os principais sintomas são: sede excessiva, aumento do número de vezes de urinar, perda rápida do peso, fadiga, cansaço e desânimo, boca com odor de acetona e, na maioria dos casos, o Diabetes Juvenil vem carreado por um quadro de infecção generalizada que não cede com antibióticos. É uma doença traiçoeira e sorrateira, pois o paciente fica sujeito a crises agudas de hipo ou hiperglicemia que podem gerar complicações gravíssimas (como paralisia cerebral, convulsões e coma diabético) e seqüelas irreversíveis, como a cegueira e a falência dos rins. O tratamento do Diabetes Tipo 1, contrariando o que muitos pensam, não é fácil. Pelo contrário, é crítico, intensivo e depende de multi-cuidados em casa, o que implica uma mudança radical nos hábitos de vida do paciente e familiar, assim como na rotina familiar, sem contar o impacto emocional. novembro, 2008
Diabetes | Especial do Mês
Dra. Regina Terra Dra. Elaine C. M. Oliveira
Pé Diabético A fisioterapia clínica pode ajudar você!
ONDE ENCONTRAR
O fisioterapeuta tem como adjuvante o laser de baixa potência (Photon Laser III), utilizando-o como um recurso para tratar diversas patologias, o pé diabético é um exemplo. O Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico crônico degenerativo de múltiplas etiologias associadas à falta ou deficiência da ação do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas. A etiologia do pé diabético é composta pela tríade: neuropatia, doença vascular periférica e a infecção, que está relacionada com gangrena e amputações. Quando a insulina se torna insuficiente, há uma elevação dos níveis de glicose no sangue, a hiperglicemia. Sabemos que a exposição crônica dos tecidos à hiperglicemia pode levar a distúrbios vasculares que podem culminar nas lesões e ulcerações do pé diabético. Devido à diminuição da sensibilidade térmica e dolorosa, muitos pacientes diabéticos não percebem ações traumáticas externas como arranhões, unhas encravadas e fissuras na pele, muitas vezes causadas por sapatos novos ou apertados. A ocorrência das complicações crônicas constitui ainda um agravante na saúde pública, pelo fato do Diabetes ser a causa mais freqüente de amputação de membros inferiores e de insuficiência vascular periférica. No início, as lesões são pequenas, simples ferimentos que evoluem para ulcerações e, conseqüentemente, infecção, provocando a destruição de tecidos, alterações vasculares periféricas em novembro, 2008
membros inferiores e modificações neurológicas, acarretando em amputações. O fisioterapeuta tem como adjuvante o laser de baixa potência (Photon Laser III), utilizando-o como um recurso para tratar diversas patologias, o pé diabético é um exemplo, e seu principal objetivo é normalizar o processo de reparação tecidual. As úlceras nos pés diabéticos são patologias crônicas, muitas vezes progressivas, que debilitam seus portadores sob aspectos físicos e psicológicos. A Laserterapia proporciona a aceleração dos mecanismos fisiológicos de reparação tecidual dessas úlceras, uma vez que promove o aumento da circulação periférica, acelerando a formação do tecido de granulação pela proliferação de fibroblastos e gerando uma neovascularização, conseqüentemente promovendo o aumento do aporte de elementos nutricionais ao tecido, tornando a cicatrização extremamente favorável. O fisioterapeuta, como membro integrante de uma equipe multidisciplinar, atua intensivamente melhorando a qualidade de vida do paciente diabético. À medida que ocorre a familiarização com os procedimentos fisioterapêuticos, o paciente vai compreendendo a importância deste profissional dentro do tratamento do pé diabético e do Diabetes Mellitus como um todo.
Rua Antônio Arantes, 237 Chácara Cachoeira Campo Grande/MS (67) 3326 1226 HORÁRIOS DE ATENDIMENTO Segunda a sexta-feira 7h às 11h e 14h às 20h Sábado 8h às 12h
Dra. Regina Terra Fisioterapeuta. Graduada em Fisioterapia – UNIDERP. PósGraduanda na Especialização em Fisioterapia Aplicada às Disfunções Pulmonares, Cardíacas e Vasculares – METROCAMP. Crefito 9-1915 LTTF Dra. Elaine C. M. Oliveira Fisioterapeuta. Pós-Graduanda na Especialização Fisioterapia e Gerontologia – METROCAMP. Crefito 9-1324 LTTF
To t a l S a ú d e | 2 7
Homenagem | Dr. Edroim
Paulline Carrilho
Câmara Municipal homenageia
Dr. Edroim Reverdito A família do Dr. Edroim Reverdito se diz “orgulhosa e feliz” com a homenagem prestada pela Câmara Municipal de Campo Grande.
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A família do Dr. Edroim Reverdito se diz “orgulhosa e feliz” com a homenagem prestada pela Câmara Municipal de Campo Grande, que condecorou os trabalhos realizados por ele, num tributo que culminou com a denominação do mais novo Plenário de médio porte da Casa de Leis. Para o filho de Edroim, Edilberto de Freitas Reverdito, a homenagem é “um reconhecimento da vida de luta do meu pai, que sempre teve o trabalho voltado para ajudar as pessoas”, acrescentou o filho único do homenageado. Edroim Reverdito nasceu no dia 26 de fevereiro de 1926, na cidade de Bela Vista (MS), casou-se com Laura Luiza de Freitas Reverdito (in memoriam). Foi Cirurgião Dentista, fundador do Sindicato dos Cirurgiões Dentistas de Mato Grosso do Sul. De 1991 a 1993 foi nomeado Diretor
Administrativo do Hospital Santa Casa de Campo Grande/MS, e no mesmo ano foi nomeado pelo Prefeito de Campo Grande para exercer o cargo de Coordenador dos Órgãos Colegiados do Município de Campo Grande. Foi Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul. Na sua última trajetória de vida, foi servidor público do Legislativo Municipal de Campo Grande, prestando assessoria no gabinete do Vereador Edil Albuquerque (PMDB), autor do projeto que denomina o Plenário da Casa de Leis. “Para o meu pai, o vereador Edil era como um filho, eles tinham uma amizade muito grande, eram companheiros de longa data”, revela o filho Edilberto. O homenageado faleceu no dia 21 de junho de 2008.
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Psicologia | Colecionismo
Janaina Begossi Lavarda
O hábito de Não jogue isso fora! Isso não é lixo. Você não entende que um dia eu posso precisar? Esta simples frase denuncia o drama freqüente dos pacientes com diagnóstico de colecionadores patológicos ou Síndrome de Diógenes, quadro que despertou o interesse da psiquiatria em 1975, recebendo tal denominação por ser Diógenes de Sinope, um filósofo grego do séc. IV a.C., mencionado pela literatura como pessoa que vivia como mendigo e dormia em um barril, assemelhando-se à descrição dos pacientes portadores desta síndrome. A Síndrome de Diógenes se caracteriza pelo comportamento descontrolado de colecionar objetos sem utilidade ou valor material como frascos de desodorantes, papéis ou embalagens já utilizadas, revistas e periódicos ultrapassados, etc... Quando questionados sobre tais comportamentos, estes pacientes tentam manter segredo, sentindo-se constrangidos, alegando não conseguirem controlar tal situação, amedrontando-se diante da proximidade de alguém que possa mexer em sua coleção, jogando fora ou mudando a ordem de seus objetos, ou mesmo sugerindo tratamento, agravando assim os prejuízos. Alguns pacientes revelam que os objetos retratam sua vida, referindo-se a situações importantes do passado: um guardanapo de 1939, ano em que conheci fulano, a garrafa de vinho do restaurante tal, e isso não tem fim; é como se, sem os objetos, o paciente ficasse sem memória, sem vida e sem identidade. Outro relato é que preferem viver assim: cercados de coisas, sem precisar se relacionar com ninguém, alegando que o
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Colecionismo | Psicologia
Síndrome de Diógenes ou
ionismo guardar coisas mundo está difícil e que as pessoas são más, insensíveis e egoístas. Entre os fatores que levam um paciente com Síndrome de Diógenes a procurar tratamento, destacam-se: perda da qualidade de vida devido à insalubridade e perda da funcionalidade do espaço físico; divórcio e perda da custódia dos filhos; problemas com a inspeção sanitária; dificuldade de relacionamento com vizinhos e demais membros da família; sensação de impotência diante da compulsão; problemas financeiros (aquisição de lugares para acomodação de mais objetos); sintomas depressivos e ansiosos. No que se refere ao tratamento, não existe, ainda, uma farmacêutica específica sendo utilizados para esta finalidade, fármacos indicados para o tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC (antidepressivos, anti-psicóticos, ansiolíticos...), juntamente com a psicoterapia. Finalizando, cabe ressaltar que o ato de colecionar faz parte do desenvolvimento normal, quando não nos é custoso lembrar-se de crianças que colecionam figurinhas, adultos que colecionam chaveiros, selos etc. Temas coerentes com a faixa etária, com a finalidade de entretenimento e socialização, causando orgulho e melhoria na qualidade de vida, situação bem diferente do paciente descrito acima.
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OUTROS SINTOMAS Pouco ou nenhum cuidado com a higiene ou aparência; Isolamento social, mantido pela percepção de que as pessoas não concordam com o seu colecionismo, incomodando-se com o desleixo e o prejuízo em sua qualidade de vida e de seus familiares; Dificuldade para valorizar aspectos relevantes do ambiente, sugerindo perda de contato com a realidade (aspecto psicótico);
A Síndrome de Diógenes se caracteriza pelo comportamento descontrolado de colecionar objetos sem utilidade ou valor material como frascos de desodorantes, papéis ou embalagens já utilizadas, revistas e periódicos ultrapassados, etc...
Dependência emocional dos objetos, caracterizado principalmente pelo medo de descartá-los; Indecisão e ansiedade diante de escolhas, sendo, para estes, um ato de excessiva responsabilidade, principalmente no que se refere à possibilidade de descartar os objetos, podendo gerar culpa e arrependimento; Incapacidade para priorizar, com inabilidade para organização e categorização; Falta de flexibilidade e inabilidade em lidar com mudanças; Significativas alterações de humor (quadro depressivo).
Janaina Begossi Lavarda Psicanalista em Formação. Mestre em Psicologia. Especialista em Psicologia da Saúde. Especialista em Psicoterapia de Base Analítica. CRP 14/02221/9 Rua Alegrete, 205 - S. Francisco (67) 3356 1524
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Bem-Estar | Trabalho
Síndrome de Wagner Mariano
Já foram descritos mais de 130 sintomas de esgotamento emocional, e cinco elementos são destacados:
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Sintomas relacionados à exaustão emocional e depressão; os relacionados ao trabalho; os de pessoas que não tinham distúrbios psicopatológicos; os mentais e comportamentais; comportamentos negativos com diminuição afetiva e no desempenho profissional. novembro, 2008
Trabalho | Bem-Estar
Burnout A doença relacionada ao trabalho O termo Síndrome de Burnout resultou da junção de burn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estresse ocupacional, durante o qual a pessoa se consome física e emocionalmente, resultando em exaustão e em um comportamento agressivo e irritadiço. A Síndrome de Burnout é constituída em três dimensões: Exaustão Emocional (falta de energia, entusiasmo e um esgotamento afetivo); Despersonalização (insensibilidade emocional, relações interpessoais frias); Baixa Realização Pessoal (se auto-avalia negativamente no trabalho). Isso torna as pessoas infelizes e insatisfeitas consigo mesmas e com o seu desempenho profissional. O processo da síndrome é individual e imperceptível pela pessoa, que se recusa acreditar que tem algo errado acontecendo com ela, pois sua evolução é lenta e progressiva, podendo durar anos. De uma forma geral, estes profissionais se mostram exaustos, irritados, ansiosos, tristes ou com raiva, apresentando sintomas psicossomáticos (insônia, úlceras, dores de cabeça) e fazendo uso abusivo de medicamentos e álcool. E têm, ainda, problemas familiares e sociais. Além de perder o entusiasmo, a criatividade, a simpatia, o otimismo e o desempenho profissional, sentem-se frustrados com o seu desempenho pessoal, familiar e, principalmente, profissional. Geralmente apresentam atitudes hostis com a administração institucional, e tem visão depreciativa da profissão. Um exemplo
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profissional de maior susceptibilidade, na Síndrome de Burnout, é a profissão docente. As conseqüências do Burnout acontecem no campo pessoal-profissional e em relação à organização entre os clientes e colegas de trabalho. Os professores têm maior tendência ao abandono da profissão, ou fazem com que a produtividade fique muito abaixo do seu potencial, causando problemas na qualidade do trabalho, afetando a aprendizagem, a motivação e o comportamento dos alunos. E aqueles com altos níveis da Síndrome ficam, freqüentemente, resfriados, com insônia, dores de cabeça e hipertensão. Quando identificados os fatores causadores da Síndrome de Burnout, fica mais fácil propor formas preventivas para esta, e estratégias para privilegiar a qualidade de vida e saúde, como modificar as relações, condições e a organização do trabalho; controlar situações de conflito e modificar o contexto para as necessidades; desenvolver redes de apoio com o grupo de discussão e reflexão entre a instituição e o funcionário; buscar melhor qualidade de vida através de recursos pessoais e ambientais, entre outros. O tratamento da Síndrome de Burnout é essencialmente psicoterapêutico. Mas, em alguns casos, pode-se lançar mão de medicamentos como os ansiolíticos ou antidepressivos para atenuar a ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação, e, no caso medicamentoso, a prescrição feita por um médico especialista.
Além de perder o entusiasmo, a criatividade, a simpatia, o otimismo e o desempenho profissional, sentem-se frustrados com o seu desempenho pessoal, familiar e, principalmente, no trabalho.
Wagner Mariano Biólogo e Educador Mestre em Ciências Fisiológicas Docente da FAD - Faculdade Anhanguera de Dourados Psicologia e Medicina Veterinária.
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Psicologia | Aprendizagem
Ana Faride Camargo
Transtornos de
aprendizagem e dificuldades escolares É crescente o número de crianças em idade escolar que apresentam dificuldade no Observar a crian- aprendizado da leitura, ça, acompanhar da escrita e do raciocínio de perto seu lógico-matemático e rendimento escolar, permanecem na sala de aula ficar atento às suas sem acompanhar as dificuldades é a atividades escolares. melhor forma de ...Ao receber novamente um bilhete da perceber se seu escola de seu filho alertando para as notas, falta de atenção, dificuldade de leitura e filho precisa de escrita, de matemática, das atitudes de alguma ajuda. trabalho e da interação com os colegas, o que
Ana Faride Camargo Especialista em Motricidade Orofacial – Conselho Federal de Fonoaudiologia. Psicopedagoga. Aperfeiçoamento em Linguagem, Dislexia e Aprendizagem Cefac/SP. CRFA 0097/MS R. Manoel Inácio de Souza, 1.079 Bloco C – Sala 4 – Santa Fé Campo Grande/MS (67) 3327 2923
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fazer? O que pode estar acontecendo? Dentre as inúmeras possibilidades, podemos supor que se trata de um alerta aos pais para que se aproximem mais da vida de seus filhos e de suas necessidades. Mas, estas queixas podem também revelar alterações de aprendizagem, que não dependem da vontade da criança ou do adolescente. E aí, o que fazer? É crescente o número de crianças em idade escolar que apresentam dificuldade no aprendizado da leitura, da escrita e do raciocínio lógico-matemático e permanecem na sala de aula sem acompanhar as atividades escolares. Entre as causas desta dificuldade, encontramos a dislexia e o distúrbio de aprendizagem em meio às dificuldades escolares de origem acadêmica. Dificuldades de aprendizagem é um termo mais global e abrangente, com causas
relacionadas ao sujeito que aprende, aos conteúdos, ao professor, aos métodos, ao ambiente físico e social da escola. Descartase qualquer possibilidade de lesão ou disfunção cerebral.
Transtorno de Aprendizagem É um grupo heterogêneo de desordens, manifestado por significativas dificuldades na aquisição e utilização das habilidades de audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou matemática. Pode ocorrer concomitantemente com uma deficiência sensorial, mental, distúrbio sócio-emocional ou influências extrínsecas, como diferenças culturais e instrução insuficiente ou inadequada, mas não é o resultado direto de tais condições ou influências.
Distúrbio Específico de Leitura (Dislexia) Nesta alteração, o indivíduo apresenta inteligência normal, distúrbio fonológico, falha nas habilidades sintáticas, semânticas e pragmáticas, dificuldade na linguagem em sua modalidade escrita no período escolar, habilidade narrativa comprometida para recontagem de histórias, déficits na função expressiva e alteração no processamento de informações auditivas e visuais.
Observar a criança, acompanhar de perto seu rendimento escolar, ficar atento às suas dificuldades é a melhor forma de perceber se seu filho precisa de alguma ajuda. O importante é não julgar e nem punir, ao contrário: apoiar, procurar um especialista e recompensar, mesmo que com um bilhetinho de parabéns, a melhora de seu desempenho. É o que realmente funciona!
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Medicina | Intestino
Dr. Roberto Alberto Nachif
Intestino Seu intestino
A incidência da constipação intestinal simples é frequente em
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aproximadamente 40% dos pacientes que frequentam o consultório.
Comumente, o intestino preguiçoso é conhecido pelos nomes de: intestino preso, prisão de ventre, ressecamento e mais alguns outros termos que traduzem o atraso do trânsito intestinal, sem a dependência de doenças orgânicas para a evacuação e que, na nomenclatura médica, é definida como Constipação Intestinal Simples. Esclareço que, atualmente, há um consenso internacional em Congresso Médico da especialidade que se considera constipado o indivíduo que não evacua pelo menos três vezes por semana. Existem duas formas de constipação intestinal: Uma delas, a simples - que não é provocada por doença orgânica, e outra que decorre de patologia orgânica, isto é, fazem parte os sintomas das doenças que serão esclarecidas mais adiante. Convém assinalar que o volume fecal eliminado diariamente corresponde ao tipo de alimentação que se faz, ou seja, alimentos que deixam resíduos suficientes para estimular as contrações intestinais. Assim sendo, nos indivíduos que estão em dieta restritiva há uma lentidão maior na eliminação do conteúdo fecal, uma vez que o resíduo alimentar é pequeno. Para se evacuar bem, temos que ter conteúdo que estimule as contrações dos cólons, além da importância fundamental do seu conteúdo em água, que chega a ser, aproximadamente, 75% no bolo fecal normal. A média de material eliminado novembro, 2008
Intestino | Medicina
Preguiçoso funciona bem? nas fezes de indivíduos bem alimentados normalmente chega à faixa de 130 gramas por dia. A incidência da constipação intestinal simples é freqüente, e aproximadamente 40% dos pacientes que freqüentam o consultório vão à procura de soluções para esse problema, que afeta principalmente o sexo feminino. São importantes auxiliares da evacuação a integridade dos músculos da parede abdominal e do diafragma, que são solicitados para aumentar a pressão intraabdominal para a expulsão do bolo fecal, e nesse sentido convém alertar que a higiene deverá ser feita através de lavagem, e o uso do papel higiênico é para a secagem, e deverá ser feita por contato. Os sintomas provocados por essa irregularidade funcional são os mais diversos, porém, a principal queixa é que se evacua com o prazo muito dilatado, chegando a um intervalo de sete a dez dias, ou mais. São comuns relatos de dores ou cólicas intestinais, sensação de abdômen estufado, cefaléia, peso na barriga, tonturas e pele ruim. Neste caso, a acne piora com a constipação intestinal. Também faz parte da síndrome do cólon irritável, onde há alternância de constipação com diarréia ou cólicas, sem doença orgânica. Convém alertar que, após os 50 anos, toda a mudança do trânsito habitual do intestino deve atenção para a possibilidade do câncer colônico. novembro, 2008
O TRATAMENTO DESTA PATOLOGIA SE BASEIA EM UMA MUDANÇA DE PARADIGMAS, TAIS COMO: 1. Ingestão ampla de líquidos, principalmente água, de 2 a 3 litros ao dia, se possível.
2. Ingestão de alimentos que produzem resíduos, tais como: grãos, frutas fibrosas, folhosos e pão integral por possuírem grande quantidade de celulose que só é digerida pelos herbívoros e para nós humanos funciona como laxante natural uma vez que não a digerimos.
Em alguns casos, existe comprometimento emocional necessitando ajuda do psiquiatra no tratamento.
3. Exercícios físicos, principalmente os que visam aumentar o tônus da musculatura abdominal. 4. Procurar estabelecer condicionamento, isto é, horário diário para evacuar e neste caso não usar o “trono” para se distrair com leituras de revistas que desviam a atenção do ato e evacuando se possível, de cócoras. 5. Usar laxantes suaves de preferência naturais em uso decrescente diariamente, reeducando o ato de maneira consciente. O uso crescente de laxante ou mudança do mesmo para outro mais forte por achar que o outro não esta mais fazendo efeito faz com que o problema permaneça, uma vez que é necessária entender como essa alteração funcional acontece fazendo uma importante colaboração do paciente com as instruções do médico para que o problema seja resolvido.
Dr. Roberto Alberto Nachif Fundador da Sociedade Sul-Mato-Grossense de Gastroenterologias de MS. Titular da Sociedade Brasileira de Proctologia e da Sul Americana. Fundador da UNIMED de Campo Grande/MS. Membro da Academia de Medicina de MS. Especialista em Gastroenterologia e Proctologia. CRM/MS 484 Rua Euclides da Cunha, 17 Jardim dos Estados (67) 3324 3707
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Nutrição | Alimentos Dra. Tatiane Savarese Attilio
Alimentos não convencionais
Lixo ou nutrição? O hábito alimentar do brasileiro é bastante rico e diversificado. Porém, não temos o hábito de consumir os alimentos denominados “alimentos não convencionais”. Você já ouviu falar destes alimentos? São aqueles alimentos, ou parte deles, que descartamos durante o processo de seleção do que vai ser consumido e do que será jogado no lixo. Em outras palavras, alimento não convencional pode ser, em sua maioria, casca de frutas, talos e folhas de vegetais e ervas. Porém, muitas vezes, a parte do alimento que é descartada apresenta um teor muito maior de vitamina C, fibras, carboidratos, cálcio e proteínas do que a encontrada na parte comestível. Essa descoberta faz parte de uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Biociências (IB), campus de Botucatu, que avaliou o valor nutricional, em cada 100 gramas, de 20 espécies de frutas e hortaliças das mais consumidas pelos brasileiros. Em outras palavras, estamos jogando no lixo nada mais nada menos do que saúde, e esta atitude se dá pelo fato de a população ignorar o valor nutricional destes alimentos, ou até mesmo de não saber como utilizar as cascas, talos e folhas em receitas do dia-a-dia. Um exemplo bastante impressionante é o da folha da couve-flor: Ela apresenta uma quantidade de vitamina C quatro vezes maior do que a encontrada na polpa da laranja. Já em 100 g de casca de laranja, os pesquisadores encontraram 107 mg de fósforo, volume bem superior ao verificado na polpa da fruta (18 mg). Este elemento químico é utilizado pelas células humanas para armazenar e transportar energia em forma de calorias, além de potencializar os efeitos de algumas vitaminas, especialmente as do complexo B,
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que ajudam a transformar os carboidratos, lipídios e proteínas em energia, fortalecendo os sistemas neurológico, dermatológico e gastrointestinal, colaborando, de forma indireta, no emagrecimento. Segundo a mesma pesquisa, o fósforo foi encontrado ainda na casca do mamão, no talo do espinafre, na folha e no talo da salsinha. Sendo assim, precisamos rever o conceito do que é alimento nutritivo e o que é lixo.
Para iniciar, experimente esta receita:
Um exemplo bastante impressionante é o da folha da couve-flor: Ela apresenta uma quantidade de vitamina C quatro vezes maior do que a encontrada na polpa da laranja.
ARROZ VERDINHO Ingredientes - Arroz - 3 xícaras (chá) - Cebola picada - 1 colher (sopa) - Alho - 1 dente - Óleo - 4 colheres (sopa) - Sal a gosto
Refogado - Margarina - 1 colher (sopa) - Cebola picada - ¾ xícara (chá) - Talos de agrião picados - 1 xícara (chá) - Talos de salsa picados - 1 xícara (chá) - Rama de cenoura picada - 1 xícara (chá)
Preparo Doure a cebola e o alho no óleo, refogue o arroz, acrescente a água e o sal. Deixe cozinhar até secar a água. À parte, derreta a margarina, doure a cebola, acrescente os talos e a rama. Refogue-os e misture, em seguida, ao arroz cozido.
Dra. Tatiane Savarese Attilio Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175. Rua Euvira Coelho Machado, 532 Chácara Cachoeira (67) 3349 1569 www.atitudesaude.com.br
novembro, 2008
O cérebro funciona a todo vapor quando se capricha na escolha do cardápio. Saiba o que colocar na mesa para deixar sua memória mais afiada.
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Alimentos para
Natalia Razuk
memória
Nutrição | Memória
7 ingredientes que ajudam a manter o cérebro afiado Se você anda com a memória "curta", esquecendo-se de fatos recentes, tendo "brancos" constrangedores, preste atenção: sua dieta alimentar pode estar desregrada. Se você já enfrentou esses "brancos" e concluiu que sua memória não está na melhor forma, antes de atribuir o fato à passagem do tempo ou à correria diária, reflita sobre suas escolhas à mesa. Estudos têm mostrado que a dieta equilibrada é fundamental para o bom funcionamento do cérebro. Um organismo bem alimentado funciona melhor, concorda? Só para você ter uma idéia, uma substância importante, que existe em quase todos os alimentos, ajuda - e muito - na formação de membranas celulares e que atua como fonte de energia para o cérebro: a colina. Esta substância, que não é uma vitamina, é encontrada nas carnes e nos vegetais, mas é preciso comer verduras, só olhar não adianta. Os alimentos com antioxidantes também ajudam a prevenir o envelhecimento das células, como a laranja e brócolis. E que tal comer peixe? Não precisa ser todo dia. Uma vez por semana é o suficiente. A vantagem de
novembro, 2008
Memória | Nutrição
comer peixe é que ele possui um ácido-graxo chamado ômega 3 e o mineral fósforo. O ômega 3 auxilia na oxigenação das células, e o fósforo é importante fonte de energia. O organismo humano precisa de pouca quantidade, mas são essenciais os micronutrientes como o selênio (combate os radicais livres) e cromo (ajuda na utilização da glicose). O selênio pode ser encontrado em grãos, sementes e frutos do mar. O cromo é encontrado em cereais integrais. A nutrição infantil deve ser enfocada, porque é nesta fase que o organismo está em desenvolvimento e necessita de uma boa formação. O consumo de alimentos ricos em gorduras e proteínas pode torná-lo uma criança obesa. Os sete alimentos que colaboram para uma dieta que deixará o seu cérebro tinindo são simples, e você encontra em qualquer supermercado, basta inseri-los na dieta, quer ver só? Ovos, peixe, maçã, frutas vermelhas, brócolis, cereais, azeite de oliva, e claro, evitar carnes vermelhas, bebidas alcoólicas, açúcares e gorduras também é importante (aliás, sempre, não?). Mas antes de se empolgar com as últimas descobertas, saiba
que não adianta exagerar no consumo de um alimento e descuidar dos demais, fazendo refeições mal planejadas. Mesmo porque todos os nutrientes têm seu valor para o cérebro. Os carboidratos trazem a glicose, principal combustível para a atividade desse órgão nobre. As proteínas fornecem a matéria-prima para a produção de neurotransmissores, mensageiros químicos que transmitem informações entre os neurônios. E as gorduras entram na composição das membranas celulares, o que diz respeito também aos neurônios. E, além dos antioxidantes e vitaminas já citados, uma boa alimentação fornece minerais úteis ao sistema nervoso, como o ferro (encontrado nas carnes e leguminosas), que leva oxigênio à massa cinzenta, e o zinco, que evita a degradação e o envelhecimento dos neurônios (as fontes são carne, frango, peixe, cereais integrais, feijão, soja e lentilha). O segredo é seguir uma dieta completa e equilibrada, que forneça todos os nutrientes necessários à saúde, pois assim, não só a memória, mas todo o organismo consegue funcionar adequadamente.
Atenção para esses vilões Certos alimentos prejudicam a memória, favorecendo esquecimentos corriqueiros. A longo prazo, podem aumentar o risco de doenças neurológicas como alzheimer.
Açúcar
Carnes
Assim como outros alimentos com alto índice glicêmico (batata, massas e cereais refinados), os doces elevam a produção de insulina e desencadeiam outras reações químicas que agridem as células cerebrais.
Estimulam a produção de substâncias tóxicas para os neurônios. O perigo aumenta se a dieta for pobre em vitaminas do complexo B.
Gorduras
Álcool
As saturadas (provenientes de fontes animais) e, sobretudo, as do tipo trans, comprovadamente maléficas para o coração, podem ameaçar o cérebro.
Além de causar déficits temporários de memória, atenção e aprendizado, o álcool e também outras drogas podem levar à morte neurônios e prejudicar a formação de novas células cerebrais. Quanto maior o consumo, maior o perigo.
novembro, 2008
Estudos corroboram o antigo conselho materno: comer peixe toda semana realmente beneficia a atividade cerebral. O segredo é seguir uma dieta completa e equilibrada, que forneça todos os nutrientes necessários à saúde, pois assim, não só a memória, mas todo o organismo consegue funcionar adequadamente.
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Corpo | Barriga
Natalia Razuk
9 barriga motivos PARA SE LIVRAR
DA
Já!
A famosa barriguinha se tornou o símbolo que muitos profissionais da saúde acreditam ser um dos grandes males do século 21: A síndrome metabólica, uma soma de problemas que, além da feiosa barriga de chope, engloba o colesterol alto, a hipertensão e o diabetes. A famosa barriguinha, no entanto, é apenas o começo do problema. Sob aqueles pneuzinhos que teimam em escapar da calça, pode se esconder esta ameaça. Daí a associação entre as medidas e a “gordureba” entre as vísceras. Mas dá para enxugar a cintura e exterminar o perigo. Não, não estamos falando de estética e sim de riscos bem piores a sua saúde.
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novembro, 2008
Barriga | Corpo
Causa diabetes
Influencia o ALZHEIMER
As células que estocam gordura na região abdominal não costumam ser sedentárias. São mais ativas do que se imagina. Nessa região, elas vivem fabricando substâncias que bagunçam algumas funções do organismo. Além disso, sua gordura tem a capacidade de migrar e fixar moradia em locais como, por exemplo, o fígado. Ali está por trás de alterações que deixam essa glândula confusa, deflagrando uma produção excessiva de glicose. Para suprir a necessidade de insulina, o hormônio bota todo esse açúcar para dentro das células, e entra em cena o pâncreas, que enlouquece na tentativa de atender à enorme demanda. Mas essa gordura estocada no ventre também promove a liberação de muitos ácidos graxos livres, e eles, por sua vez, impedem a ação correta da insulina, completa. Daí, como a substância não consegue cumprir sua missão, sobra açúcar e abrem-se as portas ao diabetes tipo 2.
A constatação é recente e, por isso, ainda não se sabe ao certo o mecanismo que conecta a gordura visceral à maior prevalência da doença que apaga a memória. Um estudo do Centro de Pesquisa Kaiser Permanente, nos Estados Unidos, sugere que indivíduos com barriga e outro fator envolvido na síndrome metabólica correm um risco três vezes maior de desenvolver Alzheimer. O vilão pode ser um mal que é pura conseqüência do excesso de banha no abdômen, o diabetes. O aumento dos níveis de glicose pode danificar os neurônios.
Colabora para a disfunção erétil A notícia é de assustar a qualquer homem, sobretudo os que têm mais de 40 anos e cultivam uma barriga saltada. A gordura visceral, associada a altos níveis de colesterol e triglicérides, patrocina a perda da ereção e do apetite sexual. Quem tem síndrome metabólica está mais sujeito às baixas da testosterona, e não é à toa. É que, nesse pessoal, os testículos passam a produzir uma menor quantidade do hormônio masculino, que é essencial à ereção. Antes de afetar o desempenho do homem durante a relação sexual, a queda dos níveis de testosterona rouba a sua própria libido. A síntese do hormônio tende a cair com a idade, mas nunca cessa por completo. Dosagens mínimas, porém, achatadas pela gordura da barriga, podem esfriar o apetite sexual. novembro, 2008
Prejudica o fígado A gordura que está debaixo da parede abdominal pode passear entre os órgãos e, num belo dia, fixar residência no fígado. Ela consegue se depositar dentro das células dessa glândula, os hepatócitos, conta a médica Edna Strauss, da Universidade de São Paulo. Quando mais de 10% delas estão obesas, por assim dizer, instala-se a esteatose hepática, caracterizada por inflamações que, com o tempo, provocam a morte dos tais hepatócitos e podem até mesmo levar o fígado à falência.
A fórmula para eliminá-la todo mundo conhece: alimentação equilibrada, pobre em gordura e em bebidas alcoólicas (procure um nutricionista) e seguida de exercícios físicos regulares. Assim, a barriguinha vai embora, e quem aparece é a sua saúde!
Favorece a hipertensão O corpo que exibe uma barriga saliente fica refém de um verdadeiro efeito dominó. Para dar cabo de tanta glicose correndo pelas veias - conseqüência número 1 da cintura larga -, o organismo intensifica cada vez mais a produção de insulina, até não dar mais conta do recado. A elevação dos níveis desse hormônio acarreta um aumento da atividade do sistema nervoso simpático, que ordena uma maior contração dos vasos sangüíneos. Isso sem contar que os rins passam a reabsorver mais sódio. O resultado deste combinado: a pressão vai às alturas. To t a l S a ú d e | 4 3
Corpo | Barriga
Aumenta o risco de infarto e derrame
Provoca dores nas costas
As células gordurosas localizadas na barriga produzem substâncias inflamatórias relacionadas a doenças cardiovasculares. Nas pessoas com cintura farta há, geralmente, gordura em demasia na circulação. Neste cenário predominam moléculas de LDL, o colesterol ruim. Elas podem se alojar na parede de um vaso, disparando um processo inflamatório. Em meio a essa reação, formase uma placa que fechará a passagem do sangue, e essa é a origem dos infartos e derrames.
Aquela gordura extra acima da cintura modifica o centro de gravidade corporal, obrigando a coluna a se contorcer para não perder o equilíbrio. Assim, surgem as dores constantes, inclusive musculares. Sem contar que a pança pesa, e todo quilo a mais, não importa onde esteja, sobrecarrega as costas. Isso pode ser um fator de risco para a hérnia de disco, diz o ortopedista Arnaldo José Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, em São Paulo.
Tem ligação com a depressão E isso vai além da insatisfação com o próprio corpo. As alterações na pressão e nas taxas de açúcar que acompanham os barrigudos favorecem quadros depressivos. A bagunça armada no corpo, e mesmo certas medidas para controlá-la, interferem na atividade cerebral. Quando se mexem nos níveis de colesterol, pode-se prejudicar a síntese de neurotransmissores por trás da sensação de bem-estar. Ou seja, tudo colabora para a tristeza sem fim.
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Detona os joelhos A postura que o barrigudo quase que fatalmente adota para compensar o peso concentrado na barriga acaba com essas juntas. A pélvis, localizada na cintura, vive mal encaixada. Isso faz com que o joelho se desgaste ao trabalhar em dobro. Daí a predisposição para fraturas por estresse, que ocorrem quando realizamos movimentos errados com freqüência. De quebra, esse tipo de sobrecarga pode gerar uma inflamação nas articulações, a artrite, e desestabilizar uma peça fundamental para o joelho se mexer, o tendão que liga a patela, o seu osso, à tíbia, o osso da canela.
novembro, 2008
Bem-Estar | Dor nos Pés
Prof. Dr. Izaias Pereira da Costa
Entendendo a
dor nos pés O primeiro passo para tratar a dor nos pés é determinar a causa desta dor, e o segundo será o uso de calçados adequados. Os pés possuem papel fundamental na nossa vida. Porém, dentro do conjunto anatômico que constitui o corpo humano, os pés têm, além daquelas funções, a de nos garantir a estabilidade e a distribuição do peso do corpo, de forma que não sobrecarregue os joelhos, quadris e a coluna quando estamos na posição ortostática (em pé). Para exercer essa função estabilizadora e de equilíbrio, os pés devem ter um formato adequado, sendo constituídos por ossos, músculos e ligamentos. O indivíduo que tem os pés anatomicamente normais, quando está na posição ortostática, tem três pontos de apoio: o calcanhar e as duas pontas do arco anterior, a base do dedão e a base do dedinho. O conhecido “pé chato” acontece quando o indivíduo perde esses arcos. Nessa situação, a distribuição do peso corpóreo deixa de ser regular, ocorrendo uma sobrecarga, inicialmente, daquelas estruturas que constituem os pés, gerando dor, instabilidade, aparecimento de calosidades nas plantas e, às vezes, úlceras plantares de difícil cicatrização, “inflamação dos tendões e fascias”, formação de “esporões” e “dor nas panturrilhas”. Com o agravamento e persistência da forma errada de pisar, a lesão das cartilagens das articulações dos ossos que constituem os pés, os tornozelos, 4 6 | To t a l S a ú d e
joelhos, quadris e coluna, sofre processo de degradação (osteoartrose ou osteoartrite) por má distribuição dos pesos sobre as mesmas. As causas que levam à perda da estrutura anatômica original dos pés, ocasionando todos os transtornos que mencionamos, são várias: podem decorrer de problemas de má formação genética, inflamatórias e degenerativas, excesso de peso, do uso de sapatos e chinelos inadequados (saltos muito altos, bicos finos, calçados não adaptados à numeração do indivíduo, calçados ou chinelos sem elevação do arco interno e sem amortecedores de impacto). Afora pés com deformidades, temos também pés diabéticos, insensíveis e hansenianos. Assim sendo, o primeiro passo para tratar a dor nos pés é determinar a causa desta dor, e o segundo será o uso de calçados adequados. Podemos perceber, desta forma, a importância dos pés, lembrando que são eles que nos permitem exercer o direito de ir e vir, e em alguns momentos, quem sabe, podem ser uma “arma de ataque ou de defesa, ou ainda, de fuga”! Prof. Dr. Izaias Pereira da Costa Chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário - UFMS. Presidente da Sociedade de Reumatologia do Mato Grosso do Sul.
novembro, 2008
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novembro , 2008
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