REVISTA TOTAL SAUDE edicao dezembro 2008

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Ano 2 - Edição 18 Dezembro/2008

ALIMENTAÇÃO NO VERÃO Cuidados com os alimentos

SOL NA MEDIDA CERTA Cuidado redobrado com as crianças

PISCINAS

Podem ser um risco para sua pele

NATAÇÃO PARA BEBÊS Atividade física com amor

Vem chegando o

VERÃO...




| Índice 10

Medicina

12

Odontologia

Você Sabia?

23

Mas, será que tenho DTM?

Intensivista Quem é este profissional?

14 15

Medicina Paliativa

Bem-estar

36

Doença de Crohn e Retocolite ABC da Saúde Próstata

22

37

Check-Up Labirintite Você acha que tem?

26 46

Medicina Nuclear Transplante de medula óssea A sorte e o esforço que unem pacientes e doadores

Naída - PowerHearing O mais novo aparelho auditivo da Phonak no Brasil

Previna-se! Seu coração agradece.

24

Natação para bebês

Audição

Instrutor de Harvard vem a Campo Grande

18

Eu tenho ATM.

Especial Fim de Ano

38

Os deliciosos benefícios das castanhas

40

Culinária Cordeiro à moda da casa

41

Ressaca

Especial do Mês

Cuidados no fim de ano

28 29 30 31

Vem chegando o verão...

Esporte Radical

32

Piscinas

Desidratação e insolação

42

Alimentação no verão Alimentos que favorecem o bronzeado

Comportamento

44 48

Podem ser um risco para saúde da pele

33 34

Tanorexia A obsessão por estar bronzeado

Vacinas e Viagens

Eu vôo livre

O novo homem Dia mundial da luta contra a AIDS Um dia contra o preconceito

50 53

Anote o Site Endereços Úteis



Você | Atendimento

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PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Luiz Alberto Hiroki Kanamura. Médico Intensivista e Socorrista. CRM/MS 2.097. Fábio Vinícius B. Feltrim. Graduado em Medicina pela UFMS em 2000. Residência em Anestesiologia pela Santa Casa de Campo Grande. Residência em Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos pela Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP. Título Superior em Anestesiologia. Membro do Serviço de Anestesiologia de Campo Grande, SERVAN. CRM/MS 3.953.

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Dra. Dídia Bismara Cury. Especialista em Gastroenterologia Clínica UNIFESP - SP. Mestre em Doenças Inflamatórias Intestinais USP - SP. Doutorado em Doenças Inflamatórias Intestinais UNIFESP - SP. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Gastro - FBG. Membro da Associação Americana de Gastro - AGA.Orientadora do Grupo de Intestino da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - SP. Membro-fundador do Grupo de Doenças Inflamatórias Intestinais - RCUI e Doença de Crohn GEDIIB. Membro-fundador do Grupo de Pacientes com Doença de Crohn e RCUI do MS. Pesquisadora do Grupo de Intestino da Universidade de Harvard e UNIFESP - SP. CRM/MS 4.628. Dr. Eulálio Costa. Cancerologista. CRM/MS 2.495. Dra. Sandra Helena Gonsalves de Andrade. Cardiologista. CRM/MS 1.784. Dra. Aparecida Rosângela Sona Fernandes. Cirurgiã-dentista. Especialista em Disfunção Temporomandibular, Dor Oro-facial e Prótese. CRO/MS 845. Dr. Pedro Paulo B. Sampaio Rocha. Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e título de Especialista pela ABORL-CCF - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, há 20 anos exercendo a especialidade em Campo Grande. CRM/MS 1.983. Dr. Alexandre Alexiades. Especialização em Medicina Nuclear pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e Instituto do Coração (INCOR-SP). Título de Especialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). CRM-MS 4.817. Flávia Mota Macuco Attilio. Educadora física e Nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Esportiva - Universidade Gama Filho. Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento - Universidade Veiga de Almeida. CREF 001.194 G-MS CRN 3ª Região 11.596.

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Editorial | Ao leitor

O Verão vem aí!

V

em chegando o verão, um calor no coração...”, e não tem como não se animar! Quando dezembro chega, é como se tudo fosse mais colorido, mais divertido e alegre. E, somado à chegada do verão, temos as férias e as festas do final de ano, ou seja, é tempo de alegria, de reencontros, de descanso, e até daquelas famosas reflexões de final de ano: pensar no que fizemos, no que deixamos de fazer, pôr na balança e ver se o saldo foi positivo ou não, e, em caso negativo, um ano novo se inicia, nos devolvendo esperanças e o tempo que passou! Mas com tantas festas e acontecimentos, são necessárias pequenas prudências simples, mas importantes, que vão fazer toda a diferença, e garantir um final de ano tranqüilo. O verão traz consigo o sol, e, portanto, cuidados com a pele são fundamentais para evitar problemas como queimaduras, envelhecimento precoce e até o risco de câncer de pele (tem gente que ainda não usa filtro, acredita?). O calor pode ainda levar à desidratação e à insolação... Outros cuidados se relacionam com excessos de comida e bebida, causadores de problemas como intoxicações alimentares, acidentes automobilísticos e ainda tem o dia seguinte, a famosa e desagradável ressaca... Pensando em tudo isso, preparamos um super especial de verão, com dicas, lembretes e cuidados para que tudo funcione às mil maravilhas e todos tenham o merecido descanso. Sem esquecer que todo mês de dezembro começa com o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS, doença que ainda faz os pacientes sofrerem, principalmente com o preconceito que, pasmem, ainda existe. Não acham que é mais um motivo para parar, refletir e rever conceitos? E nós encerramos mais um ano, felizes por poder levar a vocês, todos os meses, um pouco deste universo eletrizante da saúde, as descobertas, as novidades, a busca por notícias para melhorar o nosso bem-estar, para termos sempre uma vida Total Saúde! Lembramos ainda que em janeiro não teremos edição Total Saúde, mas na volta das férias, em fevereiro, aguardem uma edição especial de começo de ano! Beijos, e até o ano que vem!

Equipe Revista Total Saúde

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| Você Sabia?

Natalia Razuk

Estatinas reduzem mortalidade e risco cardiovascular, diz estudo.

Cigarro antecipa menopausa Como se não bastasse causar sérios danos ao coração e ao pulmão, o cigarro também é responsável por outros males em mulheres do mundo inteiro. Estudos feitos por médicos do Instituto Balear de Infertilidade, na Espanha, mostram que o cigarro pode provocar aborto e antecipar, em até quatro anos, a chegada da menopausa. Em contrapartida, deixar o tabaco gera efeitos imediatos em relação à infertilidade: bastam três meses sem fumar para as chances de engravidar aumentarem.

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O uso de estatinas, medicamentos para o controle do colesterol, reduz drasticamente as taxas de morte, infarto e derrame em pacientes com níveis saudáveis de colesterol, mas que apresentam altos níveis de um indicador inflamatório no sangue, chamado de proteína C-reativa (PCR). Avaliando quase 18 mil pacientes, o estudo JUPITER indicou que o uso de estatinas reduziu em 54% os ataques cardíacos, em 48% os derrames e em 46% a necessidade de angioplastia (cirurgia para desobstrução de artérias) em menos de dois anos. Houve também redução de 20% nos riscos de morte. De acordo com especialistas, os resultados devem mudar consideravelmente as diretrizes de prevenção, passando a indicar estatinas mesmo se os níveis de colesterol estiverem bons, para pacientes com alta sensibilidade à PCR.

Adesivo com hormônio masculino pode melhorar a libido das mulheres Estudo de uma universidade australiana sugere que um adesivo de testosterona - hormônio sexual masculino - pode melhorar significativamente a vida sexual de mulheres que já passaram pela menopausa, aumentando sua libido. Foram avaliadas mais de 800 mulheres na pós-menopausa, que relatavam baixo desejo sexual e não faziam reposição hormonal de estrogênio. No início, apenas metade das relações sexuais eram classificadas como satisfatórias. E, após 24 semanas, esta porcentagem aumentou para 78% no grupo tratado com o adesivo de 300 microgramas de testosterona. Esse grupo reportou 2,1 relações sexuais satisfatórias em quatro semanas, contra 1,2 das mulheres tratadas com baixa dose e 0,7 daquelas que usaram adesivo sem o hormônio. Porém, algumas mulheres desse grupo relataram como efeito colateral o crescimento de mais pêlos faciais, além de ser diagnosticado câncer de mama em quatro delas. Por isso, mais testes de segurança são necessários. dezembro, 2008


Você Sabia? |

Cientistas criam ‘células assassinas’ para combater HIV Cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos afirmam ter conseguido criar células em laboratório capazes de neutralizar um dos mais bem sucedidos mecanismos de defesa do vírus HIV - sua capacidade de mutação rápida. De acordo com estudo divulgado na revista Nature Medicine, as células do sistema imunológico podem se prender ao HIV, causador da AIDS, mesmo depois de ele sofrer uma mutação para tentar "despistá-las". Espera-se que o estudo possa levar a uma forma mais eficaz de combater a infecção do vírus HIV. A maioria dos tipos de vírus pode ser combatida pelas próprias defesas do organismo, em parte, graças às "células-T assassinas", que aprendem a reconhecer o intruso e a eliminá-lo. Mas o poder do HIV se deve à sua habilidade de sofrer mutações rapidamente para fugir da detecção e da destruição. O projeto em andamento nas Universidades de Cardiff, no País de Gales, e da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em parceria com uma Companhia de Biotecnologia sediada em Oxford, na Inglaterra, envolve a criação de um aglomerado de células com a habilidade de reconhecer e atacar mais destas formas que sofreram mutação. Para isso, os cientistas "implantaram" versões extras do "receptor de células T" (parte da célula responsável por identificar e remover células infectadas) que foram programadas para identificar várias mutações do HIV. Mesmo que apenas tornemos o vírus mais fraco, isso ainda será um bom resultado, porque ele provavelmente vai se tornar um alvo mais lento e fácil de ser alcançado. A pesquisa representa um "sistema de detecção aprimorado", mas alerta que pode não ser uma estratégia adequada para todos os portadores do HIV.

Dia do Fonoaudiólogo A profissão de Fonoaudiólogo começou a ser idealizada na década de 1930, oriunda da preocupação da Medicina e da Educação com a profilaxia, bem como com a correção de erros de linguagem apresentados pelos escolares, mas a formação acadêmica em Fonoaudiologia, no Brasil, teve início na década de 1950 com a criação do curso de Logopedia, na cidade do Rio de Janeiro. A profissão foi criada em 9 de Dezembro de 1981 pela Lei nº. 6965/81 e regulamentada em 31/05/82. Em Campo Grande, neste ano, o dia 9 de Dezembro foi instituído dia Municipal do Fonoaudiólogo pela Câmara Municipal. Ana Faride Camargo. CRFa. 0097/MS. Presidente da Associação dos Fonoaudiólogos do MS. www.afams.org.br

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Medicina | Intensivista

Silvia Frias

Inte O fatalismo da especialidade é inevitável: o médico intensivista trabalha diretamente com pacientes gravemente doentes e que estão no limiar, entre a vida e a morte. 1 2 | To t a l S a ú d e

"Eu sei que dos que eu deixei lá, três não vão sair; são casos perdidos". A constatação, baseada em quadros clínicos gravíssimos, é do médico intensivista Luiz Alberto Kanamura, que não pode deixar de admitir a realidade de pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas que também não se furta da obrigação profissional, a de que deve lutar até o fim pela sobrevivência dos que chegam à unidade, muitas vezes, com poucas esperanças de vida. O fatalismo da especialidade é inevitável: o médico intensivista trabalha diretamente com pacientes gravemente doentes e que estão no limiar, entre a vida e a morte. Seguir a carreira exige especificidades: para entrar na residência médica de terapia intensiva, com duração de dois anos, o médico deve ter feito residência médica em, pelo menos, uma das três áreas: medicina interna (clínica médica), anestesia ou cirurgia geral. Além da exigência curricular, há que se seguir um perfil. O cirurgião-geral Luiz Alberto Kanamura, intensivista desde 1994, diz que a profissão é um exercício constante da "capacidade de se manter fechado". "Não se pode deixar envolver emocionalmente", avalia. O distanciamento afetivo é importante para manter o equilíbrio profissional e a racionalidade para a tomada de decisões rápidas. Além disso, segundo ele, o profissional deve ter conhecimento técnico geral,

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Intensivista | Medicina

nsivista Quem é este profissional?

atualizar-se permanentemente e ter relacionamento com outras especialidades que interferem diretamente no tratamento do paciente da UTI, como cardiologia, infectologia e pneumologia. Kanamura fala com conhecimento de causa. Ele faz plantão na UTI do maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, com 23 leitos da UTI geral e plantonistas. Cada um é responsável por até dez pacientes. O número de leitos é insuficiente para a demanda de Campo Grande e de municípios do interior, que não têm complexidade para o atendimento. Em todo o Estado, além da Capital, há UTI´s apenas em Dourados, Aquidauana e Três Lagoas. A falta de UTI´s regionais afeta diretamente a Santa Casa, que sofre os efeitos de um sistema de saúde deficitário: por conta da superlotação, muitas vezes não há leito suficiente, mesmo para os casos gravíssimos. "Isso é angustiante. A demanda é muito grande; já aconteceu situação em que havia fila de pedidos de internação de 15 pacientes, mas não havia vaga", lembra. Há casos em que uma pessoa, sem esperança de vida, é internada e, logo em seguida, outra chega com possibilidades de sobrevivência, mas não há vaga. "Não se pode abandonar um paciente, não se pode escolher", afirma. E ratifica: "É extremamente angustiante". A angústia é um sentimento constante do intensivista, mas não é o único. A alegria

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também se traduz nessa especialização quando se vê o resultado do trabalho: Kanamura conta que há dois meses encontrou um garoto de 12 anos que havia passado pela UTI da Santa Casa. O garoto foi atropelado e sofreu traumatismo craniano, trauma abdominal e toráxico. "Ele ficou mais de um mês internado só na UTI e, desse total, quinze dias em coma". O menino não o reconheceu, pois não se lembra até hoje do acidente e do período em que esteve internado. "A mãe dele me reconheceu e veio falar comigo; ele teve alguma seqüela, estava com dificuldade para andar, mas estava bem", lembra. Em outros casos, o resultado do esforço foge das possibilidades médicas: um idoso de aproximadamente 70 anos, residente em Sergipe, estava em Campo Grande a passeio e foi atropelado. "Não sei exatamente como foi o acidente, a gente não fica sabendo dos detalhes para não se envolver", repete Kanamura. A lógica é possível quando não se toma conhecimento do que aconteceu antes, mas, às vezes, pode ser vencida com o que se sabe depois. O médico lamenta quando se recorda do que aconteceu com o idoso: após um mês de internação na UTI, continuou o tratamento e recebeu alta. Há aproximadamente três semanas, quando embarcava de volta para a casa, teve um enfarte e morreu. "Ele estava andando, estava bem e, quando ia embarcar, morreu".

Dr. Luiz Alberto Hiroki Kanamura Médico Intensivista e Socorrista CRM/MS 2.097 Rua Brasil, 329 – Vila Rosa Campo Grande/MS (67) 3325 7706 / 3382 7678

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Medicina | Paliativa Fábio Vinícius B. Feltrim

Medicina

paliativa Eu vou morrer! Você vai morrer! Todos nós vamos morrer! A morte faz parte do ciclo natural da vida, são irmãs, e não opostos. Se é assim, por que nos distanciamos cada vez mais da morte? Lembro-me que os velórios eram feitos nas casas, na sala, com crianças presentes. Hoje existem as capelas específicas que se encarregam de fazer todo o trabalho, e afastam a presença da morte. Acredito que a culpa seja nossa, dos médicos que elegemos, da luta contra a morte como sendo o principal objetivo da medicina, enquanto o nosso esforço deveria ser a busca da qualidade de vida de nossos pacientes. Como a morte é parte do ciclo natural da vida e a medicina é a ciência que se preocupa com a vida, somos também responsáveis pela qualidade da morte dos nossos pacientes. Historicamente, a medicina sempre foi paliativa. A cura dos males era rara, e aliviar o sofrimento foi, por séculos, a principal função dos médicos. Tudo isso começou a mudar em 1846, com o advento da primeira anestesia e o conseqüente desenvolvimento da cirurgia. Depois, no século XX, com a descoberta de antibióticos e quimioterápicos, a medicina adquiriu a capacidade de curar, e a luta contra a morte, a todo custo, norteou os médicos desde então. Isso levou a uma distorção do processo de morrer, com sofrimento desnecessário ao paciente e seus familiares. A medicina paliativa vem, aos poucos, ressurgindo, e busca oferecer conforto e assistência aos enfermos sem possibilidade

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Os objetivos dos cuidados paliativos são aliviar sintomas como a dor, náuseas, obstipação e tremores, além de promover apoio psicológico, espiritual e social ao ser humano que vê o fim próximo. É mais importante a pessoa doente do que a doença da pessoa. de cura que, estranhamente, são abandonados pela medicina dita moderna. Os objetivos dos cuidados paliativos são aliviar sintomas como a dor, náuseas, obstipação e tremores, além de promover apoio psicológico, espiritual e social ao ser humano que vê o fim próximo. É mais importante a pessoa doente do que a doença da pessoa. A tristeza da vida que está acabando se contrasta com a alegria do nascimento, mas a dor de partir já é grande o suficiente, e a medicina paliativa pode amenizar outras causas de sofrimento e, assim, trazer dignidade à morte como digna foi a vida.

Fábio Vinícius B. Feltrim Graduado em Medicina pela UFMS em 2000. Residência em Anestesiologia pela Santa Casa de Campo Grande. Residência em Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos pela Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP. Título Superior em Anestesiologia. Membro do Serviço de Anestesiologia de Campo Grande, SERVAN. CRM/MS 3.953 (67) 3382 2527 fabiofeltrim@me.com

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Gastroenterologia | Medicina Dra. Dídia Bismara Cury

Doença de

Crohn e Retocolite Instrutor da Harvard vem a Campo Grande para falar com pacientes sobre a doença. As doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn e Retocolite) são de causa genética, nas quais as bactérias do intestino não são reconhecidas de modo adequado pelo sistema imunológico. Isto é traduzido por diarréia, sangramento, dor abdominal ou, até mesmo, intestino preso. A sintomatologia, ou seja, os sintomas, estarão intimamente ligados ao local onde a doença se encontra. Das manifestações não intestinais, ambas as doenças levam a dores articulares, alterações visuais, cálculos renais e manchas escuras na pele. Dentre as complicações, tanto para o Crohn quanto para retocolite, estão o câncer de intestino e a perda do fígado, o que pode ser evitado através do acompanhamento contínuo e tratamento adequado em doses certas.

O Dr. Alan Moss, instrutor da maior Universidade do mundo (Harvard - EUA), partiu de Boston rumo a Campo Grande a convite da Dra. Dídia Bismara Cury, da Clínica Scope, e esteve, no dia 6 deste mês, na Clínica onde esclareceu dúvidas a pacientes sobre essas complexas doenças e falou da importância do tratamento contínuo. O evento contou com a presença de mais de 200 pessoas na clínica, demonstrando mais um grande sucesso. Dr. Alan Moss respondeu gentilmente às perguntas feitas por pacientes e médicos, também presentes em grande número.

Há mais de um ano, o Dr. Alan desenvolve estudos com a Dra. Dídia, e participa ativamente do trabalho da gastroenterologista, especialista nesta área, o que contribui para que o tratamento oferecido a seus pacientes seja de primeiro mundo.

ONDE ENCONTRAR

Rua Maracaju, 1.148 Centro - Campo Grande/MS 67 3325-6040 www.clinicascope.com.br Dra. Dídia Bismara Cury Especialista em Gastroenterologia Clínica UNIFESP - SP. Mestre em Doenças Inflamatórias Intestinais USP - SP. Doutorado em Doenças Inflamatórias Intestinais UNIFESP - SP. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Gastro FBG. Membro da Associação Americana de Gastro - AGA. Orientadora do Grupo de Intestino da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - SP. Membrofundador do Grupo de Doenças Inflamatórias Intestinais - RCUI e Doença de Crohn - GEDIIB. Membro-fundador do Grupo de Pacientes com Doença de Crohn e RCUI do MS. Pesquisadora do Grupo de Intestino da Universidade de Harvard e UNIFESP - SP. CRM/MS 4.628 didia_cury@uol.com.br

Dr. Alan Moss e Dra. Dídia Cury no Centro de Doenças Inflamatórias da Harvard Medical School.

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ABC da Saúde | Próstata

Silvia Frias

Prevenção e consciência contra o

câncer de próstata Homens abandonam o temor pelo exame retal em nome de uma vida saudável. Alguns exames podem ser considerados invasivos pelos pacientes, mas são imprescindíveis. Nessa categoria está o toque retal, necessário para verificar indício do câncer da próstata, doença que pode ter alcançado, pelo menos, 720 novos casos em 2008 no Mato Grosso do Sul. Nos consultórios, é cada vez mais freqüente a presença de homens com menos de 40 anos, um indício de que os conceitos estão mudando, cedendo lugar à prevenção. O exame deve ser obrigatório a partir dos 40 anos. Antes disso, é indicado para os que apresentarem sintomas característicos ou tiverem algum histórico familiar da doença. "Hoje em dia, o homem é muito mais consciente. A geração mais nova sabe que tem que se prevenir", avalia o oncologista Eulálio Arantes Corrêa da Costa. Além do traço familiar, o homem deve ficar atento a outros sinais: desconforto ou dificuldade para urinar, redução do jato urinário ou acordar várias vezes durante a noite para urinar. Apresentando essas características, o homem deve procurar um urologista. "É importante que o paciente se sinta à vontade, que tenha liberdade de expor os problemas sem constrangimentos", diz Eulálio Costa. Isso é necessário, pois é o urologista que irá fazer o temido e, para muitos homens, constrangedor exame: o toque retal, feito para que se possa sentir o tamanho e a consistência da próstata. Se a glândula estiver grande e endurecida, já se pode considerar um caso suspeito. Depois do exame retal, caso haja

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suspeita, o paciente será submetido ao ultrassom transretal e, se for indicada biópsia, à dosagem do antígeno prostático específico (PSA). O tratamento será decidido de acordo com o estadiamento clínico, ou seja, a extensão do tumor. Em regra geral, se o câncer estiver na fase inicial, o procedimento mais indicado é a cirurgia denominada prostatectomia radical, devendo o paciente ser orientado sobre possíveis complicações, tais como impotência sexual ou incontinência urinária. Este procedimento é feito pelo urologista. Ainda conforme avaliação médica, outros procedimentos podem ser adotados: hormonioterapia, radioterapia, ou ainda numa fase avançada a quimioterapia, em que o tratamento é feito com acompanhamento do oncologista. Neste tratamento também há a possibilidade de complicações, como redução da libido, impotência sexual ou incontinência. Eulálio Costa explica que essas conseqüências são as mais temidas, muito mais do que a perda da fertilidade. "No caso das mulheres, é justamente ao contrário", diz. Para os idosos, a doença é menos agressiva e o impacto na vida é de menor potencial. Muitos convivem com o câncer, pois descobrem a doença depois dos 65 anos. Quanto mais jovem for o homem, mais agressivos podem ser os efeitos. Por isso a necessidade da prevenção e qualidade de vida. Eulálio Costa explica que ter hábitos saudáveis – alimentação correta, atividades físicas, evitar cigarros e bebidas – pode prevenir 60% dos tipos de câncer.

"Hoje em dia, o homem é muito mais consciente. A geração mais nova sabe que tem que se prevenir", avalia o oncologista Eulálio Arantes Corrêa. ONDE ENCONTRAR

Rua Rio Grande do Sul, 1.421 Jardim dos Estados Campo Grande/MS (67) 3026 8182 www.neoclin.med.br

Dr. Eulálio Costa Cancerologista. CRM/MS 2.495 eulaliocosta@neoclin.med.br

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Medicina | Check-Up Silvia Frias

Previna-se!

Seu coração agradece. Descobrir uma doença na fase inicial faz toda a diferença para um tratamento eficaz e com grandes chances de cura. O check-up é um dos trunfos utilizados pelos médicos para mapear esses riscos, cada vez mais presentes em conseqüência dos hábitos nada saudáveis da população. Antes, a bateria de exames era recomendada para pessoas acima de 50 anos; hoje, por conta do sedentarismo, do estresse, da alimentação calórica, do fumo e da bebida, é cada vez mais comum a preocupação com doenças, principalmente coronarianas, entre os mais jovens. A cardiologista Sandra Helena Gonsalves de Andrade enfatiza que o checkup é recomendável para homens a partir dos 40 anos e mulheres a partir dos 45, e obrigatório para pessoas com mais de 50 anos. Independentemente da faixa etária, os médicos estão atentos para outras situações. Sandra de Andrade se recorda de um paciente com 140 quilos, sedentário e com altas taxas de glicose e de colesterol. Idade? 27 anos. "Hoje selecionamos as pessoas que pertencem a um grupo de risco. Não há como levar em conta somente a faixa etária", pondera. A conscientização, segundo a cardiologista, é maior entre os jovens na faixa dos 25 a 30 anos, os que freqüentam academia, e aqueles que têm histórico de doença cardiológica na família. A preocupação só aparece de forma massiva quando há um caso de repercussão, como a morte do humorista Bussunda, ou de jogadores de futebol que tiveram morte fulminante em pleno campo. "Quando há casos assim, a procura é muito grande, mas depois volta ao normal". 2 2 | To t a l S a ú d e

O check-up é constituído por exames clínico geral e complementar (colesterol, hemograma completo, dosagem de glicemia, proteína C reativa, além de avaliar as funções tiroidiana, hepática e renal). No caso de avaliação cardiológica, ainda há um teste de esforço em que o condicionamento físico é testado por, pelo menos, vinte minutos de corrida de esteira. Com todas as informações sobre os hábitos do paciente e o quadro clínico, o médico terá condições de recomendar um tratamento adequado ou somente mudanças de hábitos. "Não adianta só fazer os exames e não mudar nada na vida; é preciso conhecer os riscos e mudar o que está errado", enfatiza Sandra de Andrade. A cardiologista alerta para os casos de doenças do coração, que aumentaram entre as mulheres. "A mulher assumiu funções que eram só do homem, mas não abandonaram o que já faziam; aí soma o estresse do trabalho, em casa e ainda os hábitos ruins", explica, citando o fumo, a bebida e o sedentarismo. Para os que querem mudar alguns hábitos, a cardiologista recomenda uma atividade aeróbica, pelo menos quatro vezes por semana, durante trinta minutos. A mais indicada é a caminhada, que pode ser feita pelos sedentários que não querem atividade física de grande impacto. Procure um lugar com área verde e longe da poluição. Outra dica são os exercícios dentro d'água, que diminuem o atrito e traumas nas articulações. Além disso, sempre, a prevenção: se uma doença é descoberta no estágio inicial, muito maiores são as chances de cura.

O check-up é constituído por exames clínicogerais e complementar (colesterol, hemograma completo, dosagem de glicemia, proteína C reativa, além de avaliar as funções tiroidiana, hepática e renal).

ONDE ENCONTRAR

Rua Marechal Rondon, 1.703 Campo Grande/MS (67) 3323 9000 / 3323 9150 www.clinicacampogrande.com.br

Dra. Sandra Helena Gonsalves de Andrade Cardiologista. CRM/MS 1.784

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DTM | Odontologia Dra. Aparecida Rosângela Sona Fernandes

Eu tenho ATM. Mas, será que tenho DTM? Apesar de se falar muito sobre ATM, existem pessoas que não sabem exatamente o que é. No meu consultório, é comum pacientes chegarem dizendo: Dra., eu tenho ATM. Na realidade, eles querem dizer DTM, pois ATM (Articulação Temporomandibular) todos temos, porém, DTM (Disfunção Temporomandibular) é a doença, ou Desordem Temporomandibular.

A DTM pode ser muscular, articular, ou as duas.

Muscular Causada, normalmente, por hábitos parafuncionais, como ranger de dentes (bruxismo), apertar os dentes, roer unha, mascar muito, etc. É caracterizada por dores na face, cabeça, pescoço, uni ou bilateral.

Articular Causada por hábitos parafuncionais como apertamento excessivo, ranger de dentes crônico, alterações na mordida, perda de dentes, acidentes com batida na face ou lesão de chicote, ou até uma bolada no rosto. Normalmente, quando temos a Disfunção Temporomandibular, temos, junto, a Disfunção Muscular, pois cria-se um desequilíbrio.

Às vezes, essas dores acabam se confundindo, pois são na mesma região das dores de cabeça tipo: tensional, crônica diária, enxaqueca, entre outras, e nada impede que o paciente tenha uma Disfunção Temporomandibular junto a alguma dessas outras dores. O paciente com Disfunção Temporomandibular Articular sente bastante dor e muda seu comportamento como, por exemplo, passar a comer, de um lado só, coisas mais macias; muda o lado de dormir, o jeito de falar, e isto causa alterações musculares que tencionam outros músculos da cabeça, pois os músculos estão todos interligados, e este quadro dezembro, 2008

dificulta o diagnóstico. Os sintomas da Disfunção Temporomandibular são dor de cabeça (uni ou bilateral), dor na face (uni ou bilateral), pescoço (uni ou bilateral), dor no ouvido ou sensação de ouvido entupido, zumbido, estalos, dificuldade de abrir e/ou fechar a boca, etc. Segue um teste para você saber se sofre de Disfunção Temporomandibular. Com três respostas positivas, você tem DTM, e precisa procurar tratamento. Porém, se só a primeira for positiva, o seu problema é inicial, tem que cuidar para não piorar. Agora, com todas as respostas negativas, você está livre de uma dor de cabeça grande.

FAÇA O TESTE! Já ouviu ou sentiu estalos na região à frente do ouvido? Mesmo que isto já tenha acontecido e agora não ocorre mais?

Se o seu resultado foi positivo, não se preocupe! Existe tratamento. Procure um Cirurgião Dentista Especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial e, assim, resolva o seu problema. Boa sorte e, se precisar, conte conosco!

Já teve dificuldade de abrir e/ou fechar a boca alguma vez, mesmo que seja por acidente? Ex.: batida de carro ou batida de bola na face? Teve perda de dentes? Sente que seus dentes não encaixam direito quando fecha a boca? Acorda com dor de cabeça e na região da face lateral constantemente ou sempre que passa nervoso? Tem dor no ouvido que não tem diagnóstico no Otorrinolaringologista? Sensação de ouvido entupido, ou que tem água dentro? Tem zumbido no ouvido ou barulho de água escorrendo?

Dra. Aparecida Rosângela Sona Fernandes Cirurgiã-dentista. Especialista em Disfunção Temporomandibular, Dor Oro-facial e Prótese. CRO/MS 845 Av. Fernando C. da Costa, 910 Sala 14 A Campo Grande/MS (67) 3382 2854 drarosangelasf@gmail.com

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Medicina | Labirintite

Pedro Paulo B. Sampaio Rocha

Labirintite Você acha que tem?

Alegre-se! Muito provavelmente, você não tem! Chamar de labirintite a qualquer tontura, sem fazer o diagnóstico correto, medicando o paciente (às vezes, para toda a vida!), com drogas que não são inócuas (têm efeitos colaterais e podem, a longo prazo, provocar Parkinson, por exemplo), na melhor das hipóteses, é uma maldade!

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Labirintite verdadeira, em meus 27 anos de profissão, vi apenas 2 casos. Agora, labirintopatias ou labirintoses, os distúrbios de labirinto, com crises de vertigem (tontura rotatória), com náuseas e até vômitos, freqüentemente acompanhadas de acúfenos (tinitus, zumbidos – como são chamados os barulhos nos ouvidos) e, eventualmente, de hipoacusia (diminuição da audição), são parte do dia-a-dia dos profissionais da minha especialidade, a Otorrinolaringologia. Certas doenças (entre as quais posso citar a sinusite, as alergias, a febre reumática também conhecida como reumatismo no sangue - e a famigerada labirintite), freqüentemente são atribuídas a um indivíduo sem qualquer exame, sem confirmação, sem um diagnóstico; são verdadeiros estigmas que o paciente (assim tachado) carrega por anos a fio, por vezes, durante uma vida inteira. Labirintite, a verdadeira, embora rara, existe, e é uma inflamação por infecção viral ou bacteriana do labirinto (orelha interna), com tontura, é verdade, mas também com surdez importante ou mesmo total, com seqüelas graves e permanentes para o paciente... Chamar de labirintite a qualquer tontura, sem fazer o diagnóstico correto, medicando

o paciente (às vezes, para toda a vida!) com drogas que não são inócuas (têm efeitos colaterais e podem, a longo prazo, provocar Parkinson, por exemplo), na melhor das hipóteses, é uma maldade! As tonturas são sintomas diversos (existem muitos tipos de tonturas) de inúmeras situações patológicas. O equilíbrio fisiológico é feito pelo sistema nervoso central - SNC - (cérebro) com base em um tripé de informações obtidas por três órgãos: os olhos (com a visão), que informam ao cérebro sobre o ambiente - assim você sabe o que tem à sua volta, como é o chão onde você está pisando, quais obstáculos encontram-se no seu caminho, etc. - o cerebelo (com a propriocepção), que informa sobre as posições do corpo - você não precisa olhar para o seu cotovelo para saber que o braço está dobrado, ou para as suas pernas para saber se estão abertas ou cruzadas; sensores nas articulações mandam, continuamente, estas informações para o cérebro; - e, finalmente, o labirinto, que informa o SNC sobre a posição em que a cabeça se encontra e sobre os movimentos que ela realiza. Sendo dois os labirintos (um em cada orelha), se um enviar uma informação diferente ou desencontrada do outro, o

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Labirintite | Medicina

Labirintite, a verdadeira, embora rara, existe, e é uma inflamação por infecção viral ou bacteriana do labirinto (orelha interna).

cérebro entende que a cabeça está girando; daí a vertigem - tontura rotatória. Como o labirinto é a orelha interna, distúrbios da parte posterior - dos canais semicirculares ou labirinto propriamente dito -, em geral, vêm acompanhados por alterações também da parte anterior - da cóclea -, daí os sintomas auditivos (zumbidos e disacusias). O diagnóstico de distúrbios do labirinto se faz basicamente com uma boa anamnese e alguns exames; uma avaliação auditiva (lembre-se: o labirinto é a orelha interna) e um teste otoneurológico com provas calóricas e vectoeletronistagmografia, exame de nome bonito que avalia diretamente os labirintos, comparando as respostas de cada um em relação ao outro e em relação a um padrão. Sem isto, qualquer diagnóstico é um "chute"! Feito o diagnóstico, dependendo das condições do paciente, pode-se optar por um tratamento clínico medicamentoso - com sedativos labirínticos - ou pela "reabilitação ou reeducação labiríntica" - terapia prescrita pelo médico e orientada por um fonoaudiólogo que apresenta ao paciente exercícios que "ensinam" o cérebro a interpretar um labirinto alterado. Estes tratamentos não "consertam" o

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Dr. Pedro Paulo B. Sampaio Rocha

labirinto, mas sedam e diminuem sua função (os sedativos labirínticos) ou ensinam o cérebro a tolerar suas alterações – mas, de uma maneira ou de outra, melhoram, atenuam, ou até eliminam os sintomas e devolvem ao paciente condição e qualidade de vida. A tontura é, às vezes, pior que a dor - sabe isto quem já a experimentou - mas, além de tão desagradável sintoma, ainda carregar um estigma, é o fim!

Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP, com residência em Otorrinolaringologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP e título de Especialista pela ABORL-CCF - Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, há 20 anos exercendo a especialidade em Campo Grande. CRM/MS 1.983 Rua Goiás, 771 (esquina com a Piratininga) (67) 3327 3030 / 8406 9314 pporl@pop.com.br

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Medicina | Nuclear (Cintilografia) Dr. Alexandre Alexiades

Medicina “Através dos valores de ética, humanismo e responsabilidade social, a Sonimed Nuclear é hoje um centro de excelência em diagnóstico por imagem funcional e tratamento oncológico”

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A proximidade das festividades de Natal é sempre um momento para que todos reflitam sobre seu trabalho e, dentro de uma instituição que presta atendimento na área da saúde e que busca garantir serviços eficientes e de qualidade, esta preocupação se revigora a cada instante com o objetivo de oferecer conforto e segurança aos pacientes. A informação fornecida pela interpretação da Cintilografia é uma das “pedras do mosaico” de dados clínicos e laboratoriais que conduzem ao diagnóstico de diversas doenças dentro de cada especialidade médica. “As informações funcionais e metabólicas proporcionadas pela Medicina Nuclear contribuem no raciocínio e planejamento clínico em diferentes situações, particularmente nas quais os métodos de imagem estruturais (Raio-X, tomografia, ultrassonografia e ressonância magnética) não detectam alterações ou mostram achados pouco específicos. A Medicina Nuclear descreve a biodistribuição corpórea dos radiofármacos administrados ao paciente, seguindo o curso semelhante ao de moléculas naturais que compõem nossos órgãos e sistemas, podendo ser captados, produzidos ou secretados pelo órgão-alvo na sua fisiologia normal ou mesmo alterada.

Dentro da área da Cardiologia, a Sonimed Nuclear acumula mais de uma década de experiência clínica e científica, proporcionando um importante impacto na conduta frente ao paciente potencialmente ou sabidamente portador de doença arterial coronariana. Nossas ferramentas de investigação cardiológica se destacam pela alta sensibilidade e precisão nos três principais cenários clínicos: no diagnóstico da doença coronariana, no acompanhamento de pacientes revascularizados através da angioplastia ou pontes de safena e na prevenção do Infarto Agudo do Miocárdio. Assim, o estudo tomográfico da perfusão miocárdica com Gated Spect é considerado, mundialmente, o método de escolha para os pacientes coronariopatas, permitindo uma avaliação não só anatômica, mas principalmente o estado funcional das artérias coronárias e do músculo cardíaco. Na Oncologia, o desenvolvimento tecnológico de novos radiofármacos proporcionou ao método um diagnóstico cada vez mais precoce do câncer, orientando os médicos para a melhor conduta terapêutica a ser adotada, garantindo uma melhor qualidade de vida aos seus pacientes. As principais indicações clínicas incluem a detecção, estadiamento, acompanhamento

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Nuclear (Cintilografia) | Medicina

Nuclear evolutivo e tratamento de diversos tipos de tumor, dentre eles o câncer de mama, próstata, pulmão, tireóide, neoplasias ósseas e cerebrais, tumoração de linhagem neuroendócrina, linfoma, melanoma, tumores do trato gastrointestinal e lesões hepáticas focais. No tratamento oncológico, a Sonimed Nuclear é, atualmente, o alvo do esforço de endocrinologistas, oncologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço para que possamos implantar, em 2009, o primeiro centro de Radioiodoterapia do Estado, com foco primordial na necessidade dos pacientes com câncer de tireóide, contando com muitos serviços de apoio na capital. Para a população idosa oferecemos um mapeamento vascular cerebral primordial e único no diagnóstico da doença de Alzheimer, que é uma das principais causas de esquecimento nesta faixa etária. É importante salientar a grandeza do trabalho desenvolvido pela equipe de enfermagem no atendimento às crianças com patologias renais, ósseas e, em especial, àquelas com câncer, marcado por um

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atendimento humanizado, eficiente e de muita responsabilidade. “Através dos valores de ética, humanismo e responsabilidade social, a Sonimed Nuclear é hoje um centro de excelência em diagnóstico por imagem funcional e tratamento oncológico”, buscando sempre aliar o pioneirismo tecnológico à equipe médica permanentemente qualificada, elementos primordiais em qualquer instituição de referência nacional. O que se espera nesta época do ano é que o momento sirva para uma grande reflexão, para que os caminhos sejam reavaliados e que essa linha de conduta se mantenha firme e direcionada, não só na Sonimed Nuclear, mas na rotina de cada um, buscando o crescimento pessoal e profissional de todos.

Nossos votos de Feliz Natal e um ano de 2009 de muita saúde, alegria e esperança!

ONDE ENCONTRAR

Líder em diagnósticos por imagem.

R. Dr. Arthur Jorge, 1.172 - Centro (67) 3041 7000 Dr. Alexandre Alexiades Especialização em Medicina Nuclear pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e Instituto do Coração (INCOR-SP). Título de Especialista em Medicina Nuclear pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). CRM-MS 4.817

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Especial Verão | Verão Chegando

Vem chegando o Natalia Razuk

verão...

Deve-se ter cuidado redobrado com as crianças, pois elas são mais sensíveis à perda de líquidos e sais minerais, bem como aos efeitos do consumo de alimentos não indicados, podendo ser vítimas mais fáceis de desidratação, intoxicação alimentar, diarréia e outros problemas. O verão começa, oficialmente, no dia 21 de dezembro. Esta é a época mais quente do ano, a mais alegre, a estação das festas e das férias! Mas cuidado! É também a que exige maiores cuidados com a saúde, pois o calor proporciona condições ideais para a ocorrência de algumas doenças. Nesta estação, nosso hemisfério encontra-se mais próximo ao sol, e os dias são mais longos, enquanto as noites são mais curtas. As temperaturas se elevam e várias mudanças ocorrem no meio ambiente ao nosso redor. Não é de se espantar que nós também passemos por mudanças que nos permitem uma adaptação a esta nova situação. Neste período há um aumento da transpiração, com o objetivo de manter a temperatura corporal, levando à perda de água e sais minerais que, se não repostos adequadamente com a

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alimentação e hidratação, pode levar à desidratação. A exposição ao sol, nas praias e clubes, intensifica essas mudanças fisiológicas e pode agravar a perda de água e líquidos, que, associada à alimentação inadequada, pode desencadear quadros dramáticos. Deve-se ter cuidado redobrado com as crianças, pois elas são mais sensíveis à perda de líquidos e sais minerais, bem como aos efeitos do consumo de alimentos não indicados, podendo ser vítimas mais fáceis de desidratação, intoxicação alimentar, diarréia e outros problemas. É também período de férias escolares e viagens com a criançada, e para o passeio não virar uma chateação, alguns cuidados simples, mas importantes, devem ser tomados. No mais, é curtir o sol, a família, as férias, enfim, a alegria que é o verão brasileiro!

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Os perigos do verão | Especial Verão Natalia Razuk

Desidratação e

Insolação A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais do corpo. Normalmente perdemos, em média, 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até mesmo pela respiração. Essa perda pode ser aumentada por vários fatores no verão. O aumento da transpiração, ou ainda alterações - provocadas pela ingestão de alimentos contaminados ou mal conservados - como vômitos e diarréias são mais freqüentes neste período. A desidratação pode ser grave, e por isso deve ser evitada. Algumas dicas importantes para prevenir a desidratação são: prefira local arejado e com sombra, use roupas leves e ingira, constantemente, líquidos. Deve-se estar atento também aos alimentos consumidos. O soro caseiro pode ser utilizado sempre que se suspeitar de uma desidratação. Ele deve ser feito misturando uma colher de chá de açúcar e uma colher de café de sal em um litro de água. Deve-se oferecer à pessoa desidratada à vontade a cada 20 minutos, e após cada evacuação, no caso de diarréia. Há casos em que a desidratação se torna mais grave, sendo necessário o atendimento hospitalar. Já a insolação é provocada pela exposição excessiva ao sol. Ela pode provocar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades

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arroxeadas e até mesmo a inconsciência. Mesmo sem estar diretamente exposto ao sol, é possível ter insolação. A areia reflete o sol e, desse jeito, aumenta a temperatura do corpo da pessoa pelo calor, não pela exposição direta ao sol. Nesse caso a pessoa não queima, mas assa. Os sintomas são idênticos aos da insolação. Na insolação ocorre também a desidratação, e o indivíduo apresenta queimaduras que, no início, se manifestam por pele vermelha e ardida e, quando em estágios mais avançados e graves, leva à formação de bolhas na pele. Ao primeiro sinal de insolação, é aconselhado que a pessoa procure uma sombra, além de se hidratar de forma adequada. Em casos graves de queimadura e de aumento da temperatura corporal, é necessário procurar o atendimento médico.

A desidratação pode ser grave, e por isso deve ser evitada. Algumas dicas importantes para prevenir a desidratação são: Prefira local arejado e com sombra, use roupas leves e ingira, constantemente, líquidos.

ATENÇÃO AO HORÁRIO! As pessoas devem evitar tomar sol entre 10 e 16h (11 e 17h, no horário de verão), e não devem fazer exercícios físicos sob o sol nesse horário. É aconselhado, também, tomar de dois a três litros de água por dia, e aplicar protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, repetindo a aplicação a cada duas horas.

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Especial Verão | Alimentação

Natalia Razuk

Alimentação

no verão Uma outra questão fundamental é o cuidado com o preparo e a conservação dos alimentos, principalmente os vegetais, carnes e peixes.

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O primeiro cuidado a ser tomado é o de se alimentar em pequenas quantidades, várias vezes ao dia. O café da manhã é uma das principais refeições, e não deve ser negligenciado. O almoço e o jantar devem constar de refeições leves, que são de digestão mais fácil e garantem uma maior disposição, evitando o consumo de alimentos gordurosos e massas com molhos pesados. Durante a manhã, e também durante a tarde, recomenda-se a ingestão de frutas e sucos naturais, mantendo assim um aporte mais ou menos contínuo de nutrientes ao nosso organismo, ao invés de poucas refeições em grande quantidade que fornecem picos momentâneos de energia. Uma outra questão fundamental é o cuidado com o preparo e a conservação dos alimentos, principalmente os vegetais, carnes e peixes. Quanto à conservação, é importante que sejam mantidos refrigerados e bem acondicionados em recipientes próprios, já que as altas temperaturas podem acelerar sua degradação, além de favorecer a

proliferação de bactérias e fungos. No preparo, devemos estar atentos à lavagem adequada de frutas, legumes e verduras, que deve ser feita de maneira rigorosa e com água tratada ou fervida. Tudo isso adquire importância ainda maior ao consumirmos alimentos em bares e quiosques à beira da praia, locais onde, muitas vezes, tais cuidados são deixados de lado, seja por descuido ou por pressa em atender aos clientes. Como já comentamos, a ingestão de líquidos é de extrema importância para evitarmos a desidratação. Recomendamos que seja feita na forma de água e sucos naturais, que são agradáveis, leves e não dão aquela sensação de "barriga pesada", como acontece com refrigerantes e outras bebidas gaseificadas. Além disso, sucos naturais garantem um aporte adequado de vitaminas e sais minerais, o que não é garantido com o consumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas, que favorecem a desidratação e a eliminação de sais minerais pela urina.

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Pele | Especial Verão Natalia Razuk

Alimentos que

o

favorecem

bronzeado

O verão está chegando, e o que muitas mulheres querem é ficar com uma cor linda, mas vale lembrar que somente peles saudáveis são capazes de adquirir um belo bronzeado. Uma alimentação rica em beta caroteno ou pró-vitamina A, como também é conhecido, pode ajudar na hora do bronzeamento, uma vez que a substância favorece a pigmentação da pele e reduz a hipersensibilidade ao sol. Ele pode ser encontrado em alimentos como a salsa, espinafre, cenoura, abóbora, manga, mamão, couve, brócolis e açafrão. As frutas, folhas verdes escuras como a rúcula, couve e espinafre, também são ricos em vitamina A e carotenóides. Duas porções por dia são o suficiente; as folhas verdes escuras podem ser inclusas nas refeições na forma de salada ou em sucos feitos com as frutas citadas.

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Para ativar o bronzeado no verão, os dermatologistas dão uma receita bem simples: Um mês antes de se aventurar na piscina ou na praia, tome, diariamente, suco de laranja com cenoura. A medida pode ser duas laranjas para uma cenoura. A combinação é perfeita! Outros alimentos que também favorecem o bronzeado são: óleo de fígado de peixe, fígado, rim, ovo, leite, óleo de dendê e manteiga, porque contêm vitamina A. Já o gérmen de trigo, óleos vegetais, vegetais de folhas verdes, gordura do leite, gema de ovo e nozes são ricos em vitamina E. Além de ficar com uma cor linda, a alimentação super saudável, ainda vai colaborar para um corpo daqueles!

Uma alimentação rica em beta caroteno ou pró-vitamina A, como também é conhecido, pode ajudar na hora do bronzeamento, uma vez que a substância favorece a pigmentação da pele e reduz a hipersensibilidade ao sol.

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Especial Verão | Pele

Natalia Razuk

Piscinas podem ser um risco para a

saúde da pele

Se uma pessoa possui micoses, ela não deve ir à piscina e precisa procurar ajuda médica, evitando, assim, o contágio.

Uma das maneiras mais agradáveis de fugir do calor é mergulhar em uma piscina. No entanto, a diversão pode ser a causa de alguns inimigos da sua pele. É preciso ficar atento para não contrair doenças enquanto você se refresca. De acordo com os dermatologistas, os principais problemas de pele que podem ser adquiridos nas piscinas são as micoses e o impetigo - infecção provocada por bactérias - que é transmitida por meio do contato físico. As micoses mais comuns surgem na região da virilha (principalmente em homens), entre os dedos, ou ainda como manchas brancas na região do tronco. E o perigo não se restringe à piscina. O lugar onde as pessoas lavam os pés, duchas e os sanitários apresentam maior risco. Para diminuir o contágio, segundo os dermatologistas, essas áreas devem ser limpas freqüentemente com água sanitária. Deve-se evitar o contato da pele direto com superfícies úmidas, nas quais outras pessoas também estiveram em contato, como os pisos ao redor das piscinas, bancadas de

saunas, etc. Outro item essencial para sua proteção é o chinelo. Pés calçados quando for tomar banho nos vestiários sempre. A forma mais eficaz de evitar complicações com a pele é a conscientização da população. Se uma pessoa possui micoses, ela não deve ir à piscina e precisa procurar ajuda médica, evitando, assim, o contágio. Se você estiver com alguma doença de pele, não se desespere. Isso não é motivo para que você perca os prazeres da piscina durante todo o verão. Sua saúde pode voltar ao normal num prazo de duas a três semanas. O tratamento das micoses é feito por meio de antifúngicos tópicos (pomadas) ou via oral, sempre sob orientação e acompanhamento dermatológico. As regiões afetadas da pele devem ser mantidas limpas e secas, pois os fungos se proliferam em ambientes quentes e úmidos. E para manter as regiões de dobras bem secas, os dermatologistas dão uma dica prática: Use o secador de cabelo para tirar a umidade entre os dedos dos pés. Simples, não?

O lugar onde as pessoas lavam os pés, duchas e os sanitários apresentam maior risco. Para diminuir o contágio, segundo os dermatologistas, essas áreas devem ser limpas freqüentemente com água sanitária. 3 2 | To t a l S a ú d e

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Natalia Razuk

A obsessão por estar bronzeado

e x i r a o n a T

Tanorexia | Especial de Verão

A expressão tanorexia vem do verbo em inglês “to tan”, ou seja, bronzear-se, mas os tanoréxicos são tão obcecados em manter o corpo bronzeado que, para atingir esse objetivo, vale tudo: bronzear-se nas piores horas sem usar proteção, apelar para as máquinas de bronzeamento artificial, tudo isso, claro, excessivamente e desobedecendo às regras da saúde. Este transtorno cuja existência não é 100% aceita pela comunidade médica costuma atingir homens e mulheres entre 25 e 35 anos, mas já existem muitos casos entre adolescentes de 16 a 18 anos. Segundo um estudo elaborado pelo Centro Fox Chase sobre Câncer com 400 estudantes da Universidade da Virgínia (Estados Unidos) e publicado no "American Journal of Health Behaviour", 40% declararam ter começado a fazer bronzeamento artificial com apenas 17 anos. Os tanoréxicos ignoram as estações do ano e não se importam com o método utilizado para conseguir o objetivo. Além do envelhecimento precoce da pele, sofrem, inúmeras vezes, queimaduras solares e câncer de pele, doença que mata 50 mil pessoas por ano em todo o mundo, além de terem crises depressivas quando acham que estão ficando “desbotados”. Vale a dica de sempre: nada em excesso, ignorando os riscos à saúde, correndo risco de vida, vale a pena. E se você observar esse comportamento em alguém próximo, não hesite em indicar um médico ou terapia, afinal, até o sol pode matar!

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Os tanoréxicos ignoram as estações do ano e não se importam com o método utilizado para conseguir o objetivo. To t a l S a ú d e | 3 3


Especial Verão | Vacinas e Viagens Natalia Razuk

Vacinas e

Viagens Dependendo do roteiro, período do ano e condições de hospedagem, prevenir doenças típicas de determinadas regiões é necessário para que se evite chateações quando tudo o que se quer é curtir as férias. Os médicos indicam verificar as vacinas necessárias para garantir a tranqüilidade das viagens, o que deve ser pensado com até um mês de antecedência. Alguns países da África, da Ásia e também da América do Sul exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela, ao se chegar ao País. Isso inclui o Brasil. Mas, nem só de vacina vive a prevenção. Uma série de medidas pode evitar situações desagradáveis para viajantes e turistas desavisados, abaixo algumas dicas para uma viagem tranqüila. Tudo em ordem? É hora de aproveitar as festas, o sol, os amigos, os parentes... DICAS E CUIDADOS PARA UMA VIAGEM TRANQÜILA E SEGURA NAS FÉRIAS De carro - Faça um check-up e verifique as palhetas do pára-brisa, o nível de óleo do motor e da água do radiador, e uma rápida revisão nas lâmpadas. Verifique o marcador de gasolina, a pressão dos pneus (inclusive o estepe) e não esqueça os documentos do carro e a sua habilitação. De avião - Chegue sempre ao aeroporto duas horas antes do vôo para viagens nacionais, e três horas para as internacionais. Os aeroportos ficam mais cheios em épocas de férias e feriados. Confira a validade do passaporte e do visto, vacinação, peso máximo das bagagens por passageiro; declare câmera fotográfica e notebook no aeroporto - para viagens ao exterior .

É tempo de ser feliz! Menos roupas, mais risadas, descanso, tempo para relaxar. Divirta-se, pois afinal, você só pode aproveitar o verão uma vez por ano! E vamos além, não deixe que o espírito de final de ano acabe, faça um acordo com você mesmo de, em 2009, manter a energia e o calor desta estação preciosa. Bom verão, e um final de ano especial!

Casa vazia - Não deixe luzes da residência acesas para fingir que há gente. A melhor opção é ligar o alarme, apagar todas as luzes para não desperdiçar energia à toa – nem chamar a atenção durante o dia com luzes ligadas – e trancar tudo. Se os vizinhos não vão viajar e são amigos, peça a eles que peguem a correspondência, reguem as plantas e que apareçam de vez em quando para gerar movimento na casa. Bichos de estimação - Nem todo hotel aceita um hóspede de quatro patas. Uma opção é enviá-lo para um hotel de gatos e cachorros. Lá, ele será bem tratado, passeará e será alimentado adequadamente.

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Bem-Estar | Bebês

Natação para bebês Flávia Mota Macuco Attilio

Acostumadas ao meio líquido desde a fase intra-uterina, as crianças exibem uma performance que encanta e surpreende a quem assiste uma aula de natação para bebês. Essas atividades são indicadas para bebês desde o seu nascimento, sendo que antigamente eram indicadas a partir do sexto mês de vida. Durante o “Primeiro Congresso Brasileiro de Natação Infantil”, realizado na cidade de São Paulo em novembro de 2008, foi possível perceber que essa prática está sendo aconselhada nos primeiros dias de vida. Estudos mostram que o contato com a água estimula o desenvolvimento dos sentidos e da memória, além de fortalecer a autoconfiança e aprimorar o equilíbrio. Os exercícios bem realizados podem fortalecer o vínculo mãe-bebê, através dessa atividade lúdica que ajuda no desenvolvimento psicosocial e neuromotor da criança. É interessante que o início da prática seja uma decisão de consenso entre pais e pediatra, e que ela deva ter duração de 30 a 40 minutos e ser realizada com a presença dos pais ou responsáveis, o que fortalece o elo afetivo entre eles. Mas não pense que seu bebê vai virar um “às” da natação logo de início, pois nesse período ele não tem coordenação motora suficiente para realizar “braçadas e pernadas” dos estilos da natação, lembre-se que tudo ainda é muito rudimentar. Portanto, não se frustre se o seu bebê não for um mergulhador, há muitas coisas mais importantes na natação para bebês do que simplesmente mergulhar, esse é apenas um momento bonito para mostrar aos familiares e amigos. Durante as aulas são realizados exercícios de auto-salvamento, equilíbrio, coordena-

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ção motora, o desenvolvimento social da criança e dos pais, aprimoramento da afetividade entre os bebês e pais, adaptação ao meio líquido, aumenta a resistência cardio-respiratória, melhoria do sono e apetite. Aconselha-se a prática da natação para bebês nas horas mais quentes do dia, ou seja, das 09 às 11 horas ou das 14 às 16 horas, para respeitar os períodos de sono e fome da criança. Lembre-se que as aulas não devem ultrapassar duas vezes por semana. A escolha de um profissional capacitado para orientar essa atividade é muito importante, pois eles irão avaliar a freqüência cardíaca do seu bebê (sem que você perceba, e com muita calma), além de avaliar o momento exato para realizar a imersão com tranqüilidade e equilíbrio. Converse com seu médico sobre a única atividade física realmente recomendada para os bebês e desfrute desse prazer com seu filho.

Além da escolha do profissional e do local da atividade, é interessante que os pais observem os materiais usados durante toda a aula, eles podem estimular os bebês com cores, texturas, formatos, equilíbrios, tamanhos e ludicidade.

FASES PEDAGÓGICAS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA BEBÊS • Entrada do bebê na água (ele só irá entrar quando for convidado pelo professor e/ou pai e mãe) • Apresentação dele para toda a turma (trabalho individual e social) • Adaptação ao meio líquido • Propulsão de pernas • Imersões • Saltos • Equilíbrio • Auto-salvamento • Relaxamento • Saída da piscina

Flávia Mota Macuco Attilio Educadora física e Nutricionista. Pós-graduada em Nutrição Esportiva - Universidade Gama Filho. Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento - Universidade Veiga de Almeida. CREF 001.194 G-MS CRN 3ª Região 11.596 (67) 9983 5581 flamota@terra.com.br

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Tecnologia | Audição

O mais novo aparelho auditivo da Phonak no Brasil Aproximadamente 10% das pessoas têm perda auditiva severa/profunda. Usuários de aparelhos auditivos que estão nesse grupo são pessoas com grande experiência em amplificação e, portanto, exigentes quanto ao desempenho do aparelho. Se você possui uma perda auditiva severa/profunda, agora tem muitas razões para se encantar com um aparelho auditivo. Naída é o mais novo lançamento da Phonak para portadores de deficiência auditiva severa/profunda.

Inovação tecnológica O coração do Naída é o CORE (Commuinication Optimized Real-audio Engine). É o mais avançado e versátil chip de processamento. Ele representa uma nova era em tecnologia de aparelhos auditivos.

CARACTERÍSTICAS DO NAÍDA Resistência à água Usuários de aparelhos podem esquecer que estão usando os aparelho, estejam eles se exercitando, praticando atividades ao ar livre, relaxando próximo à piscina ou em meio a uma chuva inesperada. O Naída possui uma solução FM integrada que também é resistente à água. Compressão de freqüência (SoundRecover) Com este recurso inovador, os usuários de aparelhos potentes escutarão sons jamais percebidos antes. Mais audição e livre de microfonia Com o inovador recurso WhistleBlock Technology, é possível reconhecer a verdadeira microfonia (apito de retroalimentação) e eliminá-la sem prejudicar a audibilidade de outros sons.

O que o Naída oferece especialmente para crianças? Foi desenvolvida uma versão Junior dentro do software de programação dos aparelhos, específica para as necessidades das crianças.

Naída PARA CRIANÇAS • Ângulo pediátrico e trava de compartimento de pilha padrão; • duas programações padrão para crianças de 0 a 4 anos e de 5 a 8 anos, possíveis de ajustes personalizados, para atender às diferentes necessidades das crianças conforme elas crescem; • programa inicial FM+M (Freqüência modulada + microfone); • material para pais, professores e profissionais de saúde que pode ser impresso a partir do software de programação; • liberdade e confiança para usar o aparelho em qualquer situação devido à resistência à água; • solução integrada também com FM resistente à água que garante a comunicação em qualquer ambiente.

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dezembro, 2008

NOVO ENDEREÇO

Av. Afonso Pena, 3.504 Sala 77, Ed. Empire Center Centro - Campo Grande - MS (67) 3384 1626

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Especial Fim de Ano | Castanhas

Natalia Razuk

Os deliciosos

benefícios das

castanhas

A família das castanhas é rica em nutrientes. Na lista de seus componentes benéficos entram fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros.

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Se você evita as amêndoas, castanhas e nozes por medo das calorias, você não sabe o que seu corpo está perdendo! Essas delícias fazem parte do seleto grupo das frutas oleaginosas, que, além de carregarem muitos nutrientes, podem ser excelentes parceiras na hora de emagrecer. Estudos indicam que, quando aliadas a uma dieta, essas castanhas auxiliam na perda de peso, pois são ricas em gorduras monoinsaturadas, responsáveis por manter estável o nível de açúcar no sangue e ativar o metabolismo da queima de gorduras. O mais recente deles, publicado na revista norte-americana International Journal of Obesity, comparou os efeitos de uma dieta enriquecida com amêndoa a uma mais tradicional, suplementada com carboidratos complexos. O grupo que comeu amêndoa não só obteve mais sucesso na redução de peso e do total de gordura corporal, como também teve mais facilidade em manter a perda de peso durante o tempo estudado. Fazer uso das gorduras do bem para emagrecer é um recurso cada vez mais defendido por especialistas no mundo todo.

Por equilibrar o nível de insulina liberada pelo pâncreas, essas gorduras ajudam a converter os estoques de gordura corporal em energia. Além disso, os especialistas são unânimes ao classificá-las como ótimas moderadoras de apetite. Ao comer cinco ou seis nozes antes da refeição, você se sente saciado mais rápido e por mais tempo. E não é só isso. A família das castanhas é rica em nutrientes. Na lista de seus componentes benéficos entram fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros. A castanha-do-pará, por exemplo, já ficou famosa por seu alto teor de selênio, mineral que atua no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso), previne tumores, fortalece o sistema imunológico e protege contra a ação dos radicais livres. Uma castanha-do-pará por dia supre todas as necessidades de selênio do organismo. Já amendoim, amêndoa e pistache são boas fontes de proteína e não devem faltar na alimentação de quem não come carne. O zinco, presente especialmente na castanha-

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Antienvelhecimento | Nutrição

Dieta antienvelhecimento

do-pará e de caju, tem papel fundamental na produção de glóbulos brancos; magnésio, encontrado na maioria dessas castanhas, ajuda a controlar a pressão e a reduzir sintomas da tensão pré-menstrual; sem falar no potássio, que dá uma mãozinha ao desenvolvimento dos músculos. As gorduras monoinsaturadas presentes nesses alimentos também são uma vantagem e tanto. Elas reduzem o nível de colesterol ruim e aumentam o HDL, o colesterol do bem, responsável por limpar as artérias. Por isso, elas são armas poderosas para afastar as doenças cardíacas. Mas não se esqueça de que, mesmo sendo do bem, essas gorduras carregam muitas calorias. Um pacotinho de 100 gramas de amendoim ou castanha de caju, por exemplo, vale o mesmo que um Big Mac. Nem é preciso dizer que, consumidas em exagero, acabam como estoque de gordura. Por isso, o recomendado é comer as castanhas no lugar de outro alimento, não apenas adicioná-las à dieta.

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A dieta conhecida como "dieta antienvelhecimento" ou até mesmo como "dieta ortomolecular" busca retardar o envelhecimento precoce, ou ainda reparar pequenos danos no metabolismo, resultando em uma recuperação da idade cronológica, que se manifesta nos sintomas fisiológicos (principalmente), ou seja: melhor disposição, melhor aparência da pele (pois esta vai estar bem nutrida e oxigenada, o que favorece a renovação celular), melhora da memória, melhor sistema imunológico, melhor concentração, melhora na qualidade do sono, melhor humor (mais estável) e melhora da TPM. O mais incrível de tudo isso é que realmente funciona, e seguir esta dieta é fácil, simples e saboroso. Milagre? Não, apenas uma junção de conhecimentos traduzidos em nutrientes que estão presentes nos alimentos que devem fazer parte da nossa alimentação diária. Para seguir uma dieta antienvelhecimento, ou mesmo qualquer plano alimentar personalizado, é necessário conhecer a saúde intestinal, pois é no intestino que são absorvidos os nutrientes presentes nos alimentos. Além da saúde intestinal, é necessário comer com variedade todos os dias. Os suplementos de vitaminas e minerais podem ser úteis, mas não se engane: não adianta correr a uma farmácia e comprar um suplemento. A suplementação deve ser feita especialmente para você, e deve ser levada em consideração a biodisponibilidade dos nutrientes, pois esta irá garantir a absorção dos mesmos, sem sobrecarregar os rins.

De tudo isso, o mais importante é lembrar que, através de um plano alimentar personalizado, podemos conseguir saúde, disposição, qualidade de vida, e até retardar o envelhecimento. Pense nisso!

Dra. Tatiane Savarese Attilio Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175. Rua Euvira Coelho Machado, 532. Chácara Cachoeira (67) 3349 1569. www.atitudesaude.com.br

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Culinária | Receita Ceia

Cordeiro

à moda da casa Ingredientes

Modo de preparo

1 Cordeiro de tamanho médio (10 a 12 quilos)

Coloque o cordeiro numa travessa grande e deixe o tempero agir por 12 horas antes de assar. Leve-o, então, ao forno pré-aquecido, por cerca de 5 horas. Enfeite a travessa com batata cozida recheada com queijo parmesão e depois frite na gordura bem quente.

Tempero 1 limão 1 cebola grande 2 xícaras de vinagre 1 litro de vinho branco seco 1 litro de suco de laranja Hortelã Alecrim Sal a gosto Recheio 500 g de calabresa 500 g de torresminho 2 kg de farinha de mandioca Alho Sal Manteiga

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Rua José Antônio, 157 Vila Rosa Pires

Contato

Acompanhamento

(67) 3383 3715 (67) 3325 7662

Arroz, feijão tropeiro e mandioca.

Horário de Funcionamento Terça à Sábado 11:00 às 15:00 hs 17:00 às 01:00 hs Domingos 11:00 às 16:00 hs Não abrimos nos domingos a noite.

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Ressaca | Especial Fim de Ano

Natalia Razuk

Ressaca

Cuidados no fim de ano Quem nunca passou por uma ressaca? Se não, pelo menos já presenciou uma de alguém próximo. Historicamente, o povo brasileiro é afeito às bebidas alcoólicas em suas comemorações, tais como futebol, aniversário, Natal e ano novo. E como estamos em plena época de festas de fim de ano, aqui vão algumas dicas e, porque não, conselhos. Existem milhões de “receitas” e formas milagrosas para curar ressacas, mas sejamos práticos: a melhor forma de evitar a dita cuja é, obviamente, beber moderadamente. Mas, se o mal já foi feito e você está com dores de cabeça, dificuldade de se concentrar, prostração, mau humor e irritabilidade, problemas digestivos e dores no estômago, náuseas, vômitos, sim... Você está com uma ressaca daquelas! E o que é a ressaca, tecnicamente? Além de processar o próprio álcool e outras substâncias presentes nas bebidas em geral, o seu corpo tem que lidar também com os efeitos de uma provável noite anterior longa e agitada, onde se gastou muita energia. E ainda é necessário contar com os efeitos psicológicos, sejam os relacionados aos motivos que o conduziram a beber desse jeito, ou à lembrança do que você fez sob o efeito do álcool, ou ainda pela consciência do estado miserável em que você se encontra agora que acordou. Você terá que deixar o seu corpo processar ou colocar para fora o excesso que você ingeriu. Mas, há muitas alternativas que você pode experimentar para acelerar ou tornar mais tolerável o processo. Vamos a algumas delas:

Hidratação A ressaca está associada à desidratação. Beba água em abundância para combater este efeito e acelerar a “lavação” do organismo. Isto vai ajudar a evitar as piores dezembro, 2008

dores de cabeça. Sucos de frutas (escolha as menos ácidas) podem ajudar também. E se você for realmente preventivo, alterne as bebidas alcoólicas com água ou sucos durante a noite, para já ir prevenindo e reduzindo o problema.

Alimentar-se Se você beber ao longo de uma refeição “de verdade”, como uma carne (rica em proteínas) ou uma massa, sempre em quantidades moderadas, é provável que sofra muito menos efeito no dia seguinte, devido à digestão da refeição em paralelo com a absorção de bebida. Um pão com bastante manteiga ou azeite, antes de beber, ajuda a prevenir o porre, e ajuda mesmo. Mas não exagere, isso pode acabar saindo de forma indesejável.

Lenda Urbana Não é verdade que ressaca se cura com mais álcool. Pode ajudar a combater os sintomas a curto prazo, e pode ser uma boa desculpa para mais uma cervejinha ao acordar, se você não estiver com ressaca de verdade. Mas se estiver, tomar mais álcool só empurra um pouco mais pra frente o problema - uma hora, o nível de álcool no seu organismo vai ter que se reduzir.

Se for beber, não dirija.

Bom, você já está avisado e preparado, agora vem a parte mais importante: Haja com bom senso sempre que o assunto envolver algumas doses a mais, não esqueça que você faz parte de uma sociedade, não dirija se beber, e cuide dos seus próximos com carinho e atenção nesses momentos, não esqueça que a pessoa alcoolizada está física e emocionalmente alterada. Boas festas! To t a l S a ú d e | 4 1


Esporte Radical | Vôo Livre

Flávio Augusto Teixeira de Barros

Eu vôo livre O medo era uma barreira a ser vencida, mas o desejo era maior, e o sentimento de superação jogou minha auto-estima lá nas nuvens, me tornei especial, eu podia voar! Então, tudo era possível. ONDE ENCONTRAR

Instrutor André Myska (67) 8112 6333

(67) 3326 5793

4 2 | To t a l S a ú d e

Há três anos, descobri um tesouro: aquela cena de uma pessoa se desprendendo de um morro e se lançando no espaço com uma asa sobre a cabeça poderia, verdadeiramente, ser vivenciada por mim. Estava ao meu alcance, só era preciso um pouco de coragem, estudo, dedicação, e pronto! Meu sonho se realizaria. E assim aconteceu, tornei-me piloto de parapente, uma espécie de asa de tecido sem estruturas rígidas que lembra um pára-quedas mais alongado. Um novo horizonte se abriu diante de mim: novas amizades, o contato com a natureza, paisagens maravilhosas e ângulos de perspectivas para poucos privilegiados. O medo era uma barreira a ser vencida, mas o desejo era maior, e o sentimento de superação jogou minha autoestima lá nas nuvens, me tornei especial, eu podia voar! Então, tudo era possível. Sem motor, sem ruído, na absoluta dependência da técnica tanto quanto das forças da natureza, alcei vôos cada vez mais altos. Aprendi a explorar as termais, que são bolsas de ar quente que se desprendem do chão aquecido pelo sol e seguem na deriva do vento até a formação das nuvens. Tenho somente que encontrá-las e permanecer dentro delas, de modo a obter o máximo de altitude e, então, planar às maiores distâncias. Quando não há térmicas, podese voar explorando o lift, que é o vento ascendente que se acumula em frente a elevações como morros e encostas.

A princípio, qualquer pessoa adulta pode praticar este esporte, basta se matricular em uma escola de vôo livre, completar o curso de aproximadamente 3 meses com aulas práticas e teóricas, filiarse à ABP - Associação Brasileira de Parapente (www.abp.esp.br) ou à ABVL Associação Brasileira de Vôo Livre (www.abvl.com.br) e, por fim, se associar a um clube de Vôo Livre local. No caso de Campo Grande, o Tuiuiú Clube de Vôo Livre permite acesso às rampas de vôo livre, mantidas pelo clube. O parapente é o meio que mais aproxima o homem do vôo dos pássaros. A sensação é indescritível: Na decolagem, uma descarga de adrenalina, a boca seca, o vento começa a soprar o rosto, sentimos a asa nos sustentando, o coração se acalma e nos envolvemos em uma paz tão intensa que se pode sentir a presença de Deus. Voar é mágico, rejuvenesce, nos faz saborear sentimentos contraditórios como auto-suficiência e humildade. Lembra-nos que a vida é passageira, e que poucas coisas interessam além da felicidade. Voar é o exercício da liberdade. Nenhum vôo é igual ao outro, por isso, pousar em segurança é a certeza de que amanhã será melhor ainda, e que vai ser ótimo descobrir coisas novas. Eu sou Flávio Augusto Teixeira de Barros, 44 anos, casado, publicitário, piloto de vôo livre classe parapente nível II, ABP 01446. Sou feliz. Eu vôo livre. dezembro, 2008



Comportamento | Novo Homem

Natalia Razuk

O novo homem O “novo homem” deixou a preocupação de estar sempre em primeiro lugar e de encarar o trabalho como o único eixo de sua identidade. Passou a se dedicar à aparência e ao consumo. Diante do espelho, esse “novo homem” almeja juventude e saúde... Isso explica também o fenômeno da adolescência tardia: 61% dos que moram sozinhos afirmam que prefeririam morar com os pais. O brasileiro também valoriza o dinheiro como forma de sucesso. Em nossa sociedade, ele foi criado para otimizar dinheiro e consumo em seu cotidiano. Mas, a vaidade e o consumismo não são suas únicas características. Lembra-se de Peter Parker, um adolescente picado por uma aranha radioativa que lhe conferiu superpoderes? Quando ele se olha no espelho, descobre que ficou forte e potente. É o Homem-Aranha: flexível, humano, obediente e tolerante. Não é como o Super-Homem, ícone da década de 50. É um herói que se emociona. O protagonista da trilogia cinematográfica Matrix, Neo, um sujeito desorientado, tecnológico, mas cheio de humanidade, até poderia ser o esboço desse homem. A vida de Neo, porém, não traz à tona as discussões contemporâneas que permeiam a vida do brasileiro, como o triângulo amoroso, a homossexualidade e a vida dos subúrbios. Neo vive entre dois mundos: o da informática e o das relações físicas. O

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Homem-Aranha, assim como o homem brasileiro, não. Ele vive em um único mundo, no qual sua identidade de humano é mais importante do que a de herói. O Homem-Aranha é um herói com problemas humanos. O novo homem brasileiro também. Por aceitar o mundo como ele é, esse homem substituiu o modelo do bom desempenho no trabalho pelo o da performance sexual – 12% deles usam medicamentos para disfunção erétil. Se o sexo ocupou o lugar do trabalho, a estética fez o mesmo com a ideologia. O novo homem não reinventa mais o mundo com idéias, como seus antecessores. Ele as reproduz. Sucumbiu ao consumo e à superficialidade. Trocou o mundo externo pela família. Na pesquisa, ele se diz bom companheiro e bom pai. Cerca de 90% afirmam ser tão atuantes na educação dos filhos quanto as mães, e 93% dizem que a companheira pode contar com eles em qualquer situação. É um herói moderno para os novos tempos. Só mesmo o Homem-Aranha, com seus poderes e teias, para conciliar tudo isso: trabalho, paternidade, maternidade e casamento.

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AN. HEMOSUL


Medicina | Medula Óssea

Silvia Frias

Transplante de

Medula

Óssea

A sorte e o esforço que unem pacientes e doadores A chance de encontrar alguém compatível é de uma em cada cem mil.

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"Mas você vai mexer na minha coluna?". A pergunta é freqüentemente feita por pretensos doadores a integrantes do Hemosul quando o assunto em questão é a doação de medula óssea. Não, ninguém vai "mexer" na sua coluna, mas sim, retirar um líquido esponjoso alojado no osso da bacia. Um líquido que pode salvar vidas, mas que também representa um sorteio difícil e angustiante. Achar um doador compatível é comparável a ganhar um prêmio na loteria acumulado: a chance é de uma para cem mil. A medula óssea é necessária para se curar doenças relacionadas com o sangue, como a leucemia. Por conta da dificuldade de se encontrar doadores compatíveis, as secretarias de saúde do País recorrem a campanhas, uma forma de angariar a participação do maior número de pretensos doadores em curto espaço de tempo. Além de contar com a conscientização e divulgação do trabalho, as campanhas também ajudam o sistema de saúde a correr contra o tempo para detectar doadores que possam ajudar a reduzir a lista de espera por medula óssea. No Brasil, há mil pessoas que aguardam por um doador. Em Mato Grosso do Sul, do cadastro

de 43 mil pessoas, apenas cinco foram compatíveis com pacientes. Até que o transplante seja possível, há um longo caminho a se percorrer. Lucéia Maria Fernandes, responsável pelo setor de transplante de medula óssea no Hemosul, explica que o primeiro passo é o cadastramento do voluntário, ainda, um pretenso doador. São coletados apenas 5 ml de sangue e preenchido um formulário com dados básicos (nome, endereço, telefone). O material coletado é enviado para um laboratório de genética, que faz um mapeamento superficial do DNA. Identificadas as características genéticas, esse resultado é enviado para o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Redome (Registro Nacional de Doadores da Medula Óssea). Diariamente o Inca "caça" possíveis doadores, por meio do exame HLA, cruzando os dados de pacientes e voluntários. Se for encontrada compatibilidade, é feita uma segunda coleta de sangue, dessa vez, mais criteriosa para que se tenha a confirmação da compatibilidade genética, além de exames de sorologia. Caso os

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Medula Óssea | Medicina

No Brasil, há mil pessoas que aguardam por um doador. Em Mato Grosso do Sul, do cadastro de 43 mil pessoas, apenas cinco foram compatíveis com pacientes. resultados sejam confirmados, a doação é concretizada. Em Mato Grosso do Sul não há como se fazer a retirada da medula ou o transplante. Nesse caso, o doador será levado para um dos Centros de Transplantes de Medula Óssea existentes no País. Lucéia Maria Fernandes explica que todo o procedimento – viagem, internação e estadia – é custeado pelo SUS. O voluntário tem direito a levar um acompanhante. A doação de medula óssea pode ser feita de duas maneiras: punções na região da bacia, para aspiração da medula óssea, procedimento que pode durar até 90 minutos ou então a filtração pela veia, que segue as mesmas diretrizes da doação de plaquetas (duas punções em cada braço; com isso, o que não é utilizado, retorna para o doador). Quem viveu de perto o drama de se precisar de um transplante reconhece o esforço e a sorte de se encontrar um doador.

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Em 2004, a agente penitenciária Jane da Rosa Lima, descobriu que estava com leucemia. Para ela, o destino colaborou: das quatro irmãs, a caçula era compatível e pode doar medula óssea. O marido de Jane, Luis Magno Mendes reconhece que a esposa teve mais sorte que outros pacientes, mas diz que não há como se contar com o destino. "Depois do que eu vivi com minha mulher, do que a gente vive, eu por mim doava para meio mundo". A acompanhante de idoso Elaine Santos Nogueira, 20 anos, acha que todo o esforço tem resultado. Ela ficou fascinada com a história da professora que fez o cadastro e doou parte da medula óssea. "Ela contou isso em 2006 e nunca me esqueci". Em novembro, a jovem aproveitou a campanha realizada em Campo Grande para se cadastrar.

"Ah, é tão importante; é vida que salva vida".

ONDE ENCONTRAR

Av. Fernando Correa da Costa. 1.304 Centro - Campo Grande/MS (67) 3312 1500 / 3312 1539

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Comportamento | AIDS

Natalia Razuk

Dia mund contra a Um dia contra o preconceito O Dia Mundial da Luta contra a Aids foi criado em 1988, durante o Encontro Mundial de Ministros da Saúde, em Londres, com a participação de 140 países. O objetivo da data é mobilizar governos, sociedade civil, portadores do HIV e outros segmentos da população para uma reflexão sobre a epidemia. Todo 1º de dezembro é o Dia Mundial da luta contra a Aids, com o apoio da Organização das Nações Unidas - ONU - e da Assembléia Mundial de Saúde. Nesse dia, é importante reforçar a solidariedade e a compaixão pelas pessoas portadoras do vírus HIV. As campanhas também visam diminuir o preconceito em relação aos portadores do vírus, explicando as maneiras de contágio. É uma forma simbólica de combater o preconceito contra os portadores da doença e de lembrar às vítimas o que esta já fez no país.

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AIDS | Comportamento

ial da luta

AIDS História – O primeiro caso brasileiro de Aids foi notificado em 1983. Nesse mesmo ano começou a mobilização nacional para o enfrentamento da epidemia, com a união de forças entre o governo e a sociedade civil. A primeira ação foi em São Paulo, com a criação da Coordenação Estadual de DST/Aids pelo governo estadual e a mobilização de ativistas ONGs de pessoas vivendo com o HIV. Além de relembrar essa trajetória, as atividades do Dia Mundial também vão servir como reflexão. Apesar de ser motivo para reconhecer os avanços do Brasil nessa área, é necessário pensar nos desafios do futuro, já que a epidemia permanece como um importante problema de saúde pública. Os 20 anos de resposta brasileira à luta contra a Aids fizeram do País uma referência mundial. Os óbitos foram reduzidos em mais de 50%; a epidemia está estabilizada, com tendência à queda desde o ano de 2000; todos os doentes têm acesso universal e gratuito ao tratamen-

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to e aos exames; e a estimativa do Banco Mundial de que, no ano 2000, o Brasil teria 1,2 milhão de infectados não se confirmou. O país virou o século com uma estimativa de 600 mil pessoas com o HIV, ou 0,5% da população. Isso mostra o sucesso dos programas preventivos e educativos, que levam o país a um dos mais altos índices de uso do preservativo no mundo: 58% nas primeiras relações sexuais. O Dia Mundial da Luta contra a Aids foi criado em 1988, durante o Encontro Mundial de Ministros da Saúde, em Londres, com a participação de 140 países. O objetivo da data é mobilizar governos, sociedade civil, portadores do HIV e outros segmentos da população para uma reflexão sobre a epidemia. A data simboliza, também, a solidariedade entre as pessoas e a luta contra o estigma e a discriminação. Lutas, aliás, que não devem ficar paradas nesse dia, mas fazer parte do nosso cotidiano, pondo fim a todo e qualquer tipo de preconceito!

Atenção! Estimativa da AIDS dobrou em brasileiros com mais de 50 anos na última década. O número de brasileiros com mais de cinqüenta anos portadores do vírus HIV passou para 7,5 para cada mil habitantes, em 10 anos. Os dados foram divulgados em Brasília pelo Ministério da Saúde. Uma das explicações para o fenômeno é que, quando esse grupo começou, não existia AIDS. As novas gerações já são bombardeadas de informações. O aumento da expectativa de vida e o advento de medicações que contribuem para prolongar a atividade sexual também foram apontados pelo Ministério como fatores para esta estatística. Em resposta aos dados negativos, o ministro lançou a campanha "Clube dos Enta", que visa conscientizar as pessoas com mais de cinqüenta anos da importância de usar camisinha. Ela está sendo veiculada na TV, Internet, rádio e mídia impressa.

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dezembro , 2008




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Dr. Marcos Rogério Covre Rua. Padre João Crippa, 2.549 São Francisco - Campo Grande/MS Telefone (67) 3324-7749/ 3324-6826 Dr. Mauri Luiz Comparin Av. Mato Grosso, 2.207 - Vila Célia Campo Grande/ MS Telefone (67) 3324-3706 / 3383-7810 Dr. Maurício de Barros Jafar Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Jd dos Estados - Campo Grande/MS Telefone (67) 3321 8921/ 3321 8778 Dr. Radi Jafar Rua Antônio Maria Coelho, 2.912 Campo Grande/ MS Telefone (67) 3324 9802

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dezembro, 2008




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