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Igreja Evangélica Batista CEIFA CETEIFA – Centro de Estudos Teológicos do Indivíduo e da Família Curso: Eu, um servo? Você está brincando? Facilitador: Pastor Davi Robson

Lição 13- 20.05.2012: A Obediência do Servo II “Vós me chamais de Mestre e o Senhor, e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, sendo eu o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade em verdade vos digo que o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as praticardes” João 13:13-17. Uma instrução direta: Jesus deu uma lição surpreendente. Apesar de ser o Mestre e Senhor deles, Jesus os serve em suas necessidades reais. Como vimos, a cultura judaica daquele contexto precisava dessa cerimônia por questões de higiene e saúde. Não se trata somente de uma cerimônia religiosa, mas de cuidado prático de Jesus em relação a seus discípulos. No texto observamos que: 1. Jesus põe em prática o principio ensinado em Mateus 11: 28,29. Jesus se auto descreve como manso e humilde e pratica esse ensino na cerimônia do lava pés. Certamente não é uma descrição de grandeza na perspectiva humana. 2. As qualidades que Jesus valorizava era as que ele mesmo praticava em seu ensino e prática. Essas mesmas qualidades eram as que Jesus encorajava seus discípulos a desenvolverem diariamente. Jesus dá uma demonstração pessoal de sua natureza interna e incentiva seus discípulos a desenvolverem as mesmas qualidades Em João13.12 Jesus faz uma pergunta inquietante aos discípulos: “compreendei o que eu fiz”? Que interessante. Ao terminar a cerimônia do lava pés Jesus perguntou: “Compreendeis o que eu fiz”? (v.12). Parece uma pergunta ridícula. É óbvio que os discípulos compreenderam. Jesus lavou os pés deles. Isso era comum na época. No entanto, Jesus tinha em mente algo mais profundo do que uma cerimônia. Ele queria mostrar algo muito maior e ele queria que o olhar dos discípulos alcançasse esse nível de profundidade. Leia mais uma vez João 13:13-17: 1. Eu sou o mestre de vocês e lavei os pés de vocês. 2. Eu vos dei um exemplo para que assim como estou fazendo vocês façam. 3. Se vocês fizerem isso serão bem aventurados. Sem dúvida, eis aqui uma instrução direta: “Eu lavei os pés de vocês, agora façam isso uns com os outros”. A pergunta que podemos fazer é: Quem lavou os pés de Jesus? Apesar de sabermos que para aqueles homens seria uma honra lavar os pés de Jesus, será que eles iriam encarar o lavar os pés de algum outro discípulo algo igualmente honroso? No entanto, a ordem de Jesus não foi: “lavem o meu pé”. Mas foi “lavem os pés uns dos outros”. Vamos então pontuar as questões mais interessantes dessa passagem. 1. É uma ordem de Jesus. Ele ordenou essa prática aos seus discípulos. Fica claro que primeiro ele fez para ensinar, mas após a demonstração ele ordena que os discípulos façam o mesmo. 2. Jesus não manda que seus discípulos lavem os seus pés, mas os pés uns dos outros. Podemos dizer que Jesus não precisava que alguém lavasse seus pés. Ele não fez aquilo para receber, esperando que fizessem o mesmo com ele. A prova máxima da nossa 1


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obediência não é retributiva, mas é fazer como ação de obediência a Palavra e vontade de Jesus. Qual a instrução clara de Jesus? ( ) Eu vos dei exemplo para que vocês estudem isso aos domingos. Quero que vocês façam pequenos grupos e estudem o que eu fiz e falei . ( ) Eu vos dei exemplo para que vocês decorem isso. Memorizem estes conceitos e as recitem periodicamente, transmitindo isso aos outros. ( ) Eu vos dei exemplo para que vocês façam o que eu fiz. O que eu quero não é teoria, mas ação de serviço. O que você acha que Jesus quer de nós quando nos dá um exemplo? Ele não quer teoria, ele quer uma ação. Jesus deixa claro o valor da ação prática na obediência. Obedecer é fazer o que foi ordenado e mostrado por Jesus. Jesus ensinou que devemos servir uns aos outros em nossas necessidades. Como discípulos devemos saber receber e dar. No entanto é importante ressalta que não basta a atitude certa. Como vimos anteriormente é preciso a motivação certa. A atitude certa deve ser precedida da motivação certa. APROPRIANDO-NOS DAS INSTRUÇÕES DE CRISTO: Devemos perceber exatamente o que Jesus quis dizer no texto. Jesus enfatiza fortemente a questão da obediência. Nisso, ele está diferenciando claramente o que esperava dos discípulos em relação aos fariseus. Os fariseus tinham uma vida marcada pela hipocrisia. Sabiam falar muito, mas não sabiam praticar. Mencionaremos agora três aspectos importantes colocados por Jesus nesse sentido citado acima: 1. A obediência significa envolvimento pessoal: Não é somente obedecer por obedecer. Não podemos servir aos outros ausentes, distantes. Sem tocá-los, sem experimentar do sofrimento deles. Você já imaginou um guarda salva vidas que tem por missão salvar pessoas, que não quer entrar na água e se molhar? Se você está realmente interessado em ajudar uma pessoa, terá que envolver-se com ela. A atitude de se envolver e se interessar vêm antes do envolvimento. 2. A obediência exige um altruísmo como o de Cristo: A obediência é simples. Ver o exemplo e seguir. Jesus é o paradigma, o padrão. Obedecer Jesus aqui é abrir mão de pré conceitos, de conforto, de luxo. Obedecer é estender a mão e em muitos casos desistir do conforto. 3. A obediência resulta em felicidade: A felicidade do cristão vem da obediência. A obediência é uma prática corretamente motivada cujo padrão é Jesus. Isso quer dizer que a felicidade começa quando arregaçamos as mangas, amarramos a toalha na cintura e lavamos os pés dos outros, em silêncio, sem alarde, com humildade e alegria, exatamente como Cristo fez. É importante lembrar que o modelo perfeito de obediência (ou seja, Jesus) morreu pregado em uma cruz. Quer dizer que a felicidade prometida por Jesus não significa ausência de conflitos, lutas, embates que estão ligadas a prática do serviço. As conseguências do servir as vezes são desagradáveis. No próximo domingo (27.05): As conseguências do servir 2


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