Contos de Natal Hist贸rias de encantar dos meninos e meninas do 6.潞 ano da Escola EB2/3 Carlos de Oliveira, Febres
Agrupamento de escolas Lima-de-Faria, Cantanhede
Contos de Natal Histórias de encantar dos meninos e meninas do 6.º ano Escola EB2/3 Carlos de Oliveira, Febres Agrupamento de escolas Lima-de-Faria, Cantanhede
Ficha técnica Seleção: Teresa Corte-Real Composição gráfica e paginação: Isabel Bernardo Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, 2014 Contos de Natal is licensed under a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional License.
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Apresentação
Sumário Ana Rita Chorosa, Natal à minha volta ……………………………… 04 Ângela Cruz, A misteriosa porta dourada …………………………. 05 Bárbara Vinhas, Conto de Natal ………………………………….…… 06 Carolina Cardadeiro, Um dia muito especial ……….……………. 07 Diana Silva, Conto de Natal ………………….……………………….…. 09 Duarte Cruz, Um sonho maravilhoso …..……………………….…. 10 Francisco Cruz, A grande descoberta ……………...………….……. 11 Jóni Pereira, Magia de Natal …………………..………………………. 12 Lia Falcão, Um conto de Natal ………………………………...………. 13 Luana Silva, A gruta mágica …………………………………………….. 14
No âmbito da promoção da escrita, nas turmas do 6º ano e na disciplina de Português, realizaram-se várias oficinas de escrita ao longo do período, tendo-se produzido textos de diferentes tipologias. A metodologia adotada consistiu em sugerir temas de escrita, devendo os alunos elaborar textos previamente planificados. Posteriormente, procedeu-se à correção dos mesmos com orientações e sugestões de reformulação. Em fases seguintes, os alunos reescreveram as suas produções, seguindo as propostas dadas. Nas versões finais dos textos, foi-se constatando uma clara evolução do produto final. Após a leitura da obra referenciada nas Metas de Aprendizagem de Português, “ Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, previu-se um momento de escrita, em que se interligou a obra com o imaginário dos contos de Natal. Deste modo, cada aluno transformou-se no protagonista da história e, na gruta dos tesouros, descobriu a magia e o encanto dos valores do Natal. Verificou-se uma grande adesão e empenho dos alunos, tendo estes produzido textos imaginativos, acompanhados de ilustrações coloridas e personalizadas. Perante a perspetiva de dramatizarem alguns contos, no último dia de aulas do 1º período, na Biblioteca Escolar, os alunos das três turmas do 6º ano realizaram as suas leituras expressivas com bastante entusiasmo e empenho. Esta atividade permitiu um momento de partilha de experiências de escrita, promovendo a criatividade e o prazer da leitura expressiva. Teresa Corte-Real
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Natal à minha volta Enquanto pensava, desesperadamente, ouvia uma voz a sussurrar à minha volta: — Entra! Entra, Ana! Assustada, sem saber o que fazer, estava ajoelhada, a deitar lágrimas sem parar: — Porquê? Não te consigo ver, não acredito em ti! Revela-te! Ninguém respondia, até que um tronco de árvore de Natal se mexeu e se colocou em cima do meu ombro, pedindo-me: — Não chores, minha bela menina. — És uma árvore de Natal e estás a falar comigo? — Sim, sou eu, mas não te assustes. Não te faço mal, Ana Rita, gostava muito que conhecesses o local onde vivo. E abrindo a porta dourada que parecia uma rocha gigante pintada com tinta amarela, ouviu-se uma gargalhada a cantar alegremente: — É Natal, é Natal! Todos a cantar… Na, na, na, na … “Não pode ser verdade! Não me digas que é… “ pensei.
— Olá! Sou o Pai Natal! Como estás? — Olá! Estou bem, obrigada! – respondi com um ar de entusiasmo, pois queria conhecê-lo e saber o seu segredo, ou seja, saber como construía os brinquedos tão rapidamente! De repente, ouviu-se uma voz muito fina a vir na minha direção, cumprimentando-me: — Olá! Eu sou o duende, o ajudante do Pai Natal. Estes são todos meus irmãos! — Então? Queres ver a minha fábrica, Ana Rita? — indagou o Pai Natal. — Sim, sim! Então esse é que é o seu segredo! Quando entrei na fábrica, existia uma parede secreta, fiquei pasmada e contei: — Oh! A fábrica é enorme! Tem bonecos de qualidade, carrinhos de corrida, roupas modernas, casinhas de bonecas com louças de ouro e tudo cheio de esmeraldas e diamantes … Meu Deus! Nunca me passou pela cabeça que isto era assim! — Acho que este dia foi muito longo para ti! Queres beber um chá e conversar? – recomendou o Pai Natal. — Pode ser, obrigado! Conversamos, rimo-nos e contamos anedotas. Foi tão divertido! — Gostava de estar mais um dia convosco! — desejei. De repente os meus olhos tornaram-se de todas as cores, parecia um arco-íris dentro dos meus olhos! Entretanto, abri-os e vi que estava no meu quarto. — Isto foi tudo um sonho! Provavelmente hoje é dia de Natal! E ouvi uma voz familiar desejando e gritando “Feliz Natal!” Ana Rita Chorosa Cruz, 6.ºB 4
A misteriosa porta dourada Num dia tão frio e tão ventoso, no Polo Norte tudo estava branquinho: as florestas, as casas, os carros e uma gruta. — O quê? Uma gruta aqui no Polo Norte? – murmurei eu espantada. Fiquei mesmo muito admirada, aproximei-me dela. Na sua porta destacavam-se duas palavras, que eu repeti: — Abre-te, Sésamo! Num piscar de olhos, a porta abriu-se e parecia que eu tinha ficado cega com tanta luz e tanto brilho. Pensei: — Entro? Não entro? Vou-me embora? Não vou? Fiquei assim a interrogar-me durante instantes e decidi entrar. Lá dentro reluziam diamantes, ouro, pérolas, enfeites de Natal, mas havia ali uma porta dourada que me chamava a atenção… De dentro, entreouvi uns sons, mais ou menos assim: — Ohohoh! Tão curiosa, entrei. Logo à primeira vista, vi um homem baixo, gordo, com barba longa e branca que parecia mesmo o Pai Natal. Perguntei-lhe: — Quem é o senhor? — Ohohoh! Eu sou o Pai Natal. O homem, já velhinho, apresentou-me a sua gruta. Por todo o lado, espalhavam-se milhares de brinquedos, todos produzidos pelos duendes, os seus assistentes. A minha cabeça continuava a pensar de quem seria aquele tesouro… — Olhe, pode-me explicar porque é que do outro lado da gruta havia tanto dinheiro, diamantes…
— Claro que posso! Foram as riquezas que eu consegui juntar para, no Natal, ajudar e distribuir pelas famílias pobres que vivem como animais ou ainda pior. — Como consegue ser tão generoso? Dar aos outros e ficar com tão pouco para si? — É esse o espírito do Natal, partilhar, ajudar, estar em família… Saí daquela gruta e dirigi-me para casa. Assim entendi melhor o significado do Natal. Ângela Cruz, 6.ºC
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Conto de Natal Numa noite gelada, nevava, os telhados branquinhos pareciam um postal. Eu estava no jardim a construir bonecos de neve. Uma corrente de ar fria dirigiu-me para uma luz dourada e brilhante que fazia reflexo na minha cara e me iluminava. Hesitei um bocado, mas agarrei coragem e abri a porta. Qual não foi o meu espanto ao entrar e ver tudo revestido de talha dourada. Então, pensei ”É uma gruta de ouro!?”. Do outro lado da gruta, havia outra porta, mas não me interessei. Em primeiro lugar, comecei a tirar fotos aos quadrados colocados na parede e verifiquei que no canto inferior direito estava escrito ” Abram a porta e ajudem-me”. Eu abri a porta, de repente, ficou tudo branco, esfreguei os olhos e quando os voltei a abrir, vi o Pai Natal atarefado com os duendes. Perguntei: — Olá, chamo-me Bárbara e queria muito ajudar-te, posso? — Muito bem — respondeu surpreendido — Acho que podes. Se quiseres, podes andar no meu trenó e entregar os presentes, mas primeiro há um duende que está aleijado. Será que o podes ajudar? — Sim, com muito gosto, é por isso que abri a porta. – afirmei eu. Quando cheguei à sala onde estava o duende, pus-lhe uma ligadura com remédio. Ele agradeceu-me. No fim, coloquei um cobertor para ele descansar. Voltei para casa e acabei o boneco de neve. Bárbara Vinhas, 6.ºC 6
Um dia muito especial As ruas cobriam-se de neve, as crianças brincavam alegremente, fazendo bonecos, até que algo me chamou a atenção: era uma gruta. Repentinamente, vi uma rena a passar, escondi-me para não a assustar. — Abre-te, Sésamo! — ordenou a rena. Fiquei pasmada, não só por a rena ter falado, como pela pedra se ter movido. Passado algum tempo, a rena voltou e exclamou: — Bem, está tudo em ordem, vou-me embora! Quando já não a avistava, aproximei— me da gruta com curiosidade e ordenei: — Abre-te, Sésamo! A gruta abriu-se. Cada vez mais curiosa, entrei. Qual não foi o meu espanto, quando vi presentes, enfeites… decorações que tinham a ver com o Natal. No fundo da gruta, existia uma porta dourada. Aproximei-me, estava encostada, não hesitei e entrei. Em cima duma almofada, encontrava-se uma estrela espantosa, que brilhava sem parar e aproximei-me dela. Sem saber, havia uma pedra mágica, onde pus o pé. Sem dar conta, fui parar a uma cidade mágica. Os presentes tinham asas, as renas andavam de um lado para o outro atarefadas e falavam. Não consegui descrever tanta emoção!
Naquele local mágico, encontrei um duende verde, questionei onde me encontrava naquele momento e ele respondeu: — Não sabes onde estás? Estás na terra mágica, na cidade do Natal, onde a magia não tem fim! Eu encontrava-me num sítio mágico e desconhecido, onde nunca tinha ido. Nem podia acreditar! O duende exclamou: — Anda comigo, eu apresento-te a cidade e as pessoas que cá vivem! — Está bem, estou ansiosa por conhecer as pessoas que vivem neste local mágico! De repente, aproximei-me duma fábrica, os duendes que lá trabalhavam estavam em greve, porque ainda não tinham recebido o ordenado daquele mês e eu indaguei: — O que se passa aqui? Porque estão tão frustrados? Eles responderam: — Estamos em greve, ainda não recebemos o salário deste mês! — Não é caso para estarem revoltados. O vosso patrão pode não ter possibilidades para vos pagar agora, mas mais tarde poderá fazêlo! Quem é o proprietário desta fábrica? — perguntei eu. — É o Pai Natal! Decidi ir conversar com ele. — Olá, a que se deve esta visita?— questionou o Pai Natal. — Os duendes estão lá fora completamente desmotivados— conteilhe eu. — Eu sei, eu sei, neste Natal tem sido complicado, as crianças têm feito menos pedidos, há uma menor produção. 7
— De qualquer das formas o melhor é arregaçar as mangas e começar o trabalho!— aconselhei eu. — É isso mesmo, vamos lá!— concordou ele. Abrimos as portas da fábrica e começámos a trabalhar. O Pai Natal achou que o seu trenó já estava a envelhecer. Então decidiu modernizá-lo. — Eis o que é preciso arranjar!— pensou o Pai Natal todo entusiasmado. Era preciso sobretudo informar-se sobre o meio de transporte mais apropriado. Mas antes de tudo, dirigiu-se ao estábulo e informou todas as renas de que estavam de férias. Naquela tarde, as renas ficaram espantadas ao ver o seu mestre amado aterrar num avião todo dourado atrás dum pinhal cheio de neve. O Pai Natal anunciou-lhes: — Estão oficialmente de férias! Os olhares das renas entrecruzaram-se. O Pai Natal estava a pô-las de lado. Foram deitar-se muito desoladas, à exceção de uma que saiu com uma atitude feliz, porque não tinha que trabalhar. As outras ficaram a pensar onde ela iria. No dia seguinte, depois de uma noite bem agitada, as renas viram o avião levantar voo. Passado algum tempo, uma televisão com asas aterrou junto delas a informar de uma aterragem turbulenta de um avião dourado. No ecrã, o lenhador explicou que a causa do acidente foi falta de gasolina. — Foi uma catástrofe!— afirmou o lenhador. Uma hora mais tarde, o Pai Natal encontrava-se em cima dum «monstertruck» brilhante. Desta vez o depósito de gasolina estava cheio. O «monstertruck» lançou-se à estrada a altas velocidades até que caiu dentro dum grande buraco. O Pai Natal tinha que encontrar outro meio
de transporte mais seguro e adequado. Com efeito, ao anoitecer, em frente de um grupo de jornalistas inquietos, o Pai Natal estreou uma fantástica mota de neve azul. As crianças esperavam pelos seus presentes junto das chaminés… cada dia, cada hora e cada minuto pareciam infinitos...
O Pai Natal andava desesperado e cansado. Então decidiu dormir junto das suas amadas renas. De repente, lembrei-me: — Porque não compras um trenó novo e voltas a passar as noites de Natal com as tuas renas? — Por acaso, não é má ideia! Na verdade, é muito feio desprezar as minhas queridas renas que me têm acompanhado ao longo de séculos! Fui sempre muito feliz com elas! — concordou o Pai Natal. Na tão desejada noite de Natal, todas as crianças tiveram os seus presentes e passaram o Natal felizes. No final da distribuição dos presentes uma das renas exclamou-me: — Já foi muita agitação por hoje, o melhor é voltares para o teu espaço! Num estalar de dedos, vi-me novamente dentro da gruta. Carolina Cardadeiro, 6.ºA 8
Conto de Natal
toda a gente da aldeia nos ajudou nesta iniciativa. Quando me dirigia para casa, olhei para a praça e qual não foi o meu espanto quando vi: ma árvore repleta de luz, fitas luxuosas como as joias dos reis e uma estrela, mais brilhante do que as outras estrelas do céu, enchia a terra de luz. Diana Silva, 6.ºB
A três dias do Natal eu andava a passear na terra de Ali quando me deparei com o rochedo Sésamo e ordenei: — Abre-te, Sésamo! Ao entrar, fiquei com os olhos brilhantes por ver tanta riqueza e tesouros. Visualizei tudo até me deparar com uma porta dourada. Estava com medo de entrar, porque podia ser uma coisa amaldiçoada, mas por outro lado a minha curiosidade roía-me por dentro. Ao entrar, descobri milhares de enfeites de Natal. Como estávamos na época Natalícia eu não hesitei em pegar num saco e guardar alguns daqueles tesouros de Natal. Repentinamente, ouvi passos e larguei tudo o que tinha na mão. Tentei— me esconder. Muito curiosa, sussurrei: — Quem está aí? E uma voz meiga e calma respondeu: — Sou eu, Ali, o dono desta gruta. Ali percebeu que estava a esconder os enfeites dele e então comentou: — Eu sei que estavas a levar estes tesouros. Mas não te preocupes, leva tudo o que quiseres com uma condição. — Qual é?— perguntei eu, entusiasmada. — É construirmos uma gigantesca árvore de Natal no meio da praça. Eu sentia-me muito contente e aceitei a condição. No dia seguinte, 9
Um sonho maravilhoso Na véspera de Natal, pela noite, estava eu deitado, quando adormeci. Dei por mim num monte, mesmo à minha frente, numa grande rocha. Presumi que seria a entrada da gruta do “Ali Babá” e exclamei: — Abre-te, Sésamo! E naquele mesmo instante, a rocha moveu— se e deslindou-se um grande segredo. Apoderou— se de mim um grande medo! Lá dentro havia muitas moedas de ouro, coisas preciosas e num cantinho, encontravam-se enfeites de Natal e setas a apontar para uma porta gigante e dourada. — Entro, não entro? — pensei com hesitação. Lá decidi entrar, mas ao passar a porta, assustei-me com um homem alto, velho e gordo vestido de vermelho, com barbas grandes e com uns homenzinhos de orelhas bicudas, muito baixos, barbas grandes e vestidos de verde-escuro que me estavam a entregar um casaco. — Como é que se chamam? – interroguei, espantado. Eu chamo-me Pai Natal!!! — E nós somos os seus ajudantes! — declararam os homenzinhos. — Como te chamas? — perguntaram-me em coro. — Chamo-me Duarte. — Então, vem connosco para te aqueceres! — Está bem! Mas já agora onde estou? — Tem calma, estás na dimensão do Natal! Já dentro do edifício, perguntei:
— Pode fazer-me uma visita guiada? — Sim, vem comigo! Aqui é o correio, ali a fábrica, ali o buffet, ali ao fundo a oficina de reparação. Aqui é a enfermaria e no estábulo estão as minhas renas ao lado o armazém da comida. — Voltei à gruta e reparei que estava tudo a desaparecer. De repente, apareceu um buraco debaixo de mim e eu acordei. — Que sonho maravilhoso! — comentei deliciado. Acreditem nos vossos sonhos que, por vezes, se podem tornar realidade! Duarte Cruz, 6.ºB
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A grande descoberta Passava mais de dois séculos, quando no mesmo local onde se passou a grande história “Ali Baba e os quarenta ladrões” se descobriu a enorme fábrica do Pai Natal, na caverna onde Ali encontrou o seu irmão morto. Era um local isolado e já não tinha a mesma alegria… opinião dos moradores da terra vizinha. Preparei a minha grande mochila para um mês e meio fora de casa e pus-me a caminho. Quando lá cheguei, sentia-me só. Decidi, então, entrar na tal caverna e tentei “ABRACADABRA” e nada, “PIMPAMPAMPUM” e de novo nada. De repente, lembrei-me “ABRE-TE SÉSAMO”. Entrei com imenso receio. Observei alguns enfeites de Natal, aliás, muitos enfeites de Natal. Descobri uma árvore iluminada por uma estrela. A árvore cintilava como pirilampos que acendiam e apagavam. Era um pinheiro grande, bonito, verde e que brilhava. Ao lado, reparei numa bela porta dourada, ricamente adornada e estranha. Questionei: — Entro… Não entro… Sentia-se um ambiente calmo, cheirava a rosas e a margaridas. Havia um som relaxante, que mais parecia um eco vindo de um rádio. Era o pinheiro de Natal baloiçando. No ar um espirito Natalício voava. Entrei e deparei com um guarda, mas ele era tão pequenino! Interroguei-o: — Quem és tu, pequenote? És pequenino e fofinho. Agachei-me para conversar com ele: — Eu sou um duende, sabes? Os duendes da fábrica do Pai Natal! — afirmou com um ar engraçado.
— Ah! Olha, deixas-me entrar aí para dentro? — Não, aqui ninguém entra… — informou ele com um ar muito zangado. — Por favor, estou sozinha — implorei…. Quando observei a GRANDE FÁBRICA DE BRINQUEDOS DO PAI NATAL, fiquei em estado de choque e implorei a um duende: — Por favor, deixa-me visitar o Pai Natal……… — Anda, eu levo-te… — sugeriu-me. O Pai Natal estava ali, sentado num grande trono. Parecia o rei a comandar no seu grande reino, ou o primeiro-ministro a comandar o seu povo, ou o general a comandar as suas tropas. Fui falar com ele: — Olá, querido Pai Natal. Chamo-me Mariana. — referi apressadamente para o conhecer. — Olá, querida! Senta-te aqui ao meu colo. Conta-me lá por que razão me vieste visitar… — afirmou o Pai Natal espantado por ter uma visita. — Queria conhecer-te. – respondi. — Então, e o que queres para o Natal? — interrogou-me ele. —Gostava de receber um telemóvel novo. Mas os meus pais não concordam…— comentei tristemente. — Oh… Mais do que isso é importante ter paz, amor, carinho, lar, casa, amigos... Francisca Cruz, 6.ºB n.º2
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Magia de Natal Estava uma bela véspera de Natal. Não parava de nevar. Quando cheguei a casa, todos estávamos entusiasmados pelo Natal, desde os meus avós até à minha irmã mais nova que não parava de falar nos presentes, há mais de duas semanas. – Estou ansiosa pelo Natal – afirmou ela – A ceia, o convívio, a árvore de Natal, as prendas, vai ser espetacular! Depois desta fala tive um sobressalto, porque este ano cabia-me a mim trazer e enfeitar a árvore de Natal, os presentes e fazer a ceia! Subitamente, a minha mãe perguntou-me: – Então, filho, onde estão a árvore, os presentes e a ceia de Natal? – Estão num local secreto. – referi eu sem pensar. – E posso saber onde fica? – retorquiu ela. – Não – apressei-me eu a responder. – E porquê? – Porque se te dissesse deixava de ser secreto. – Bem…lá nisso tens razão – concordou ela. Entretanto, estava a pensar como iria resolver aquele problema de Natal. Não parava de pronunciar as minhas palavras da sorte “Abre-te, Sésamo! Abre-te, Sésamo”. Como nada me veio à cabeça, gritei as palavras mesmo quando estava a passar em frente de uma caverna com ar suspeito. – Abre-te, Sésamo! – gritei eu já muito irritado. Repentinamente, uma porta abriu-se. Corri para me esconder atrás
de uma árvore, tremendo muito assustado. Aos solavancos, entrei na gruta. Qual não foi o meu espanto ao encontrar ouro, diamantes, pérolas… e pensei: “isto já chega para comprar a comida para a ceia”. E, ainda, surpresa das surpresas, descobri enfeites de Natal. E, mais ao fundo, erguiase uma porta dourada. Pensei, hesitante: “Entro? Ou não entro?” Depois de me decidir a entrar, dirigi-me à porta. Observei-a bem e reparei que não havia uma maçaneta. – Ora bolas…E agora como é que eu a vou abrir? Ao lado da porta avistava-se um candeeiro. Apoiei-me nele, de repente, ele baixou e eu exclamei: – Oh não! Parti o candeeiro! Mas estava enganado. Aquela era a chave para a porta se abrir. Mal ela se abriu, entrei cautelosamente e vi uma montanha de milhares de presentes! Calculei que aquilo dava para toda a minha família. Ainda do outro lado da sala se avistava outra porta, mas desta vez prateada. Vi também o mesmo candeeiro erguido ao lado da porta. Ao puxá-lo, a porta abriu-se e eu surpreendi-me ao ver um enorme pinheiro de Natal, a única coisa que ainda me faltava. A determinada altura, cheguei a pensar que a gruta tinha sido feita para mim. Quando cheguei a casa, a minha família teve o melhor Natal de sempre, graças àquela espantosa gruta. Jóni Pereira, 6.ºA 12
— Obrigada! — agradeci com um sorriso.
Um conto de Natal
Saí de casa logo de manhã. O tempo estava frio, mas o sol sorria. A neve era brilhante e cobria tudo como um manto, apenas se via um pouco de verde das árvores. Eu passeava entre a neve, quando lá no alto da montanha avistei uma caverna. Encostei-me a ela e, subitamente, ela abriu-se. Com muita curiosidade, entrei, andei um bom tempo, quando encontrei uma porta feita de ouro e prata. Bati:
Então, descobri um lugar mágico, fantástico com uma árvore de Natal vinte vezes o meu tamanho. Era enorme e reluzia, decorada com bonecos de algodão. Fiquei encantada. Ofereceram-me um convite para um jantar de Natal. Voltei a casa e contei tudo à minha mãe. Levei toda a minha família. Quando chegamos, anunciaram a sala de jantar. Observava-se uma mesa com dez metros de comprimento decorada com enfeites de Natal. Existiam lá outras famílias no Natal e no meio da mesa encontravase o Pai Natal vestido de vermelho com uma barba grande, um sorriso bondoso e sentado numa cadeira de ouro. Todas as pessoas adoraram, foi um jantar mágico, todos receberam presentes e diverti-me imenso. Lia Falcão, 6.ºC
— Truz, Truz. — Quem é? — perguntaram do outro lado. Assustada, eu calei-me e não abri a boca, não sabia o que dizer. Abriram a porta, era uma pessoa pequena com um cinto e um gorro verde. Eu olhava para aquela pessoa pequena, chocada com o que via.
— Bem-vindas, minha menina, todas as crianças devem entrar, por isso entra, por favor. 13
A gruta mágica Era uma manhã chuvosa. Eu e a Marta encontrávamo-nos numa pequena e aconchegante casinha do campo. Repentinamente, o clima mudou. Com hesitação, saímos de casa. Tudo parecia normal, exceto uma grande e assustadora gruta no meio do nada. Marta, sempre muito aventureira, perguntou: — E que tal se formos ver como foi ali parar? — Nãooo, claro que não! — exclamei medrosamente. — Não tenhas medo! É só irmos dar uma pequena vista de olhos e voltamos para casa!!!!! — Ok. — exclamei, hesitante. Dirigimo-nos rapidamente para a gruta. Assim que chegámos foi complicado para entrar, pois a pedra que bloqueava a entrada era gigante. Com bastante esforço a Marta moveu—a rapidamente. No início, a gruta era escura, mas lá bem ao fundo vimos luzes a piscarem. Fomos ver o que se passava. Estávamos cada vez mais próximas, quando de repente… Buuum, ouvimos uma explosão. Sem mais nem menos, vimos um duende a correr, aflito. Até esfregámos os olhos para saber se estávamos a sonhar, e não estávamos! Marta, como via sempre o lado bom dos acontecimentos, começou de imediato a falar com o duende: — Olá! Como te chamas? — Eu…eu…eu…sou a Ritinha.— gaguejou aflita.
— O que tens? — indagou Marta. — Houve um grande problema. O saco do Pai Natal estava tão cheio que… Bem, rebentou! E agora, já não vai haver Natal.— respondeu tristemente. — Tem calma, tudo se vai resolver!— disseram todos. Ritinha fez-nos uma breve visita guiada à fábrica de brinquedos. Era um terrível desastre, os presentes espalhados por todo o lado e os duendes a correrem de um lado para o outro sem pararem. Foi então que nos pusemos a pensar. Eu, como era a mais preocupada, encontrei uma solução rapidamente. Sem mais demoras, eu e Marta fizemos um saco com restos de tecidos velhos, onde pudemos colocar várias prendas. E assim foi! O Pai Natal tão agradecido pôs-nos na lista dos mais bem comportados. Convidou-nos também para distribuirmos os presentes por todo o mundo e nós aceitámos. Luana Silva, 6.º A
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Contos de Natal Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Cantanhede, 2014
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