Lista Bibliográfica | Áreas da Filosofia, n.º 5

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lista bibliográfica de apoio à disciplina de filosofia I 5

Teoria do conhecimento O que é o conhecimento?


Áreas da Filosofia

lista bibliográfica de apoio à disciplina de filosofia I 5

O que é o conhecimento?

Teoria do conhecimento


Organizadas por temas relacionados com o programa da disciplina de Filosofia, as Listas bibliográficas de apoio à disciplina de Filosofia apresentam dois tipos de recurso:

Série: Áreas da Filosofia, n.º 5

documentos livro, áudio e vídeo disponíveis na Biblioteca Escolar Clara Póvoa para consulta presencial e requisição domiciliária

fontes eletrónicas online que podem servir de ponto de partida para explorações / estudos mais aprofundados.

Seleção: Emília Laranjeira Seleção web: Isabel Bernardo Desenho gráfico: Isabel Bernardo Paginação: Conceição Sacarrão e Fernanda Cravo Edição: Biblioteca Escolar Clara Póvoa Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria, Cantanhede, 2016

À medida que o fundo documental da BECP se for enriquecendo, estas listas bibliográficas serão atualizadas.


...Analisar o conhecimento consiste, desde logo, em esboçar a anatomia do entendimento humano ou, então, em enveredar por uma meditação introspetiva.

Cota: 16 BES

Pedra angular da oposição entre o empirismo e o racionalismo: o estatuto real ou imaginário das ideias inatas, isto é, a natureza destes elementos do entendimento reputados como primeiros e que Descartes descrevia em termos de «verdades eternas», mas que se poderiam i g u a l m e n t e d e n o m i n a r, d e f o r m a m a i s n e u t r a , como «leis do pensamento». Se se admitem, minimiza-se forçosamente o papel da experiência; se se recusam, impõe -se confiar a esta a totalidade dos nossos conhecimentos. (pp. 33-34) Besnier, Jean-Michel. (2000). As teorias do conhecimento. Lisboa: Instituto Piaget.


É com base numa convicção realista, apoiada pelas primeiras grandes conquistas da ciência moderna, que a oposição entre o empirismo e o racionalismo ocupa a cena filosófica do século XVII. A reflexão sobre a capacidade de conhecer mobiliza, então, os espíritos em torno de uma grande questão: a do papel desempenhado pela experiência na constituição do saber. Assim, é o momento da discussão da teoria do «espírito-reservatório» e os campos não tardam a confrontar-se: de um lado, aqueles para quem o conhecimento deriva integralmente da experiência; do outro, aqueles para quem o conhecimento deve solicitar, para se constituir, instrumentos não deduzíveis da experiência. Cota: 16 BES

Os teóricos do conhecimento vão, neste contexto, apregoar atitudes distintas: optar por um método extrovertido, preocupado em clarificar os dados da experiência, uma vez que os nossos sentidos são impressionados por objetos exteriores que geram as ideias do nosso espírito (Locke), ou então assumir um método introvertido, voltado para as certezas do sujeito cognitivo, uma vez que é bem mais fácil conhecer o espírito do que o corpo (Descartes)... (p. 33) Besnier, Jean-Michel. (2000). As teorias do conhecimento. Lisboa: Instituto Piaget.


A análise fenomenológica reabilita a «consciência da generalidade» negada pelos empiristas. Explicita, do lado dos atos de consciência, a abstração idealizadora. A significação, una, relativamente à diversidade das imagens e dos enunciados, e ideal, não se confunde com o simples «momento» qualitativo do objeto, mas encontra, na «espécie», um novo conteúdo objetivo.

Cota: 1 KEL

Quando a expressão se liga a um dos momentos do objeto, por exemplo a cor vermelha, o que ela exprime não é aquela parte qualitativa separada, de algum modo, pela atenção, mas o vermelho in specie. Quando formamos o conceito de vermelho, ou o seu derivado nominal «vermelhidão», pomos em evidência a «objetividade ideal» que unifica as qualidades vermelhas e permite afirmar as suas semelhanças ou diferenças. A espécie, assim separada, é uma essência... (pp. 30-31) Kelkel, A. L. & Schérer, R. .(1982). Husserl. Lisboa: Edições 70.


Cota: 1 KEL

… Um e i d o s p l a t ó n i c o ? A e s t e r e s p e i t o , Hu s s e r l e xp l i c o u - s e , p o r vá r i a s ve z e s , s e m e q u í vo c o : é absurdo c h a ma r r e a l i s mo platónico a u ma conceção que, precisamente, rejeita, por princípio, q ua l qu er h i p ó s t a s e , r e a l o u m e n t a l , d o ger a l . A ideia geral não está, realmente, nem fora nem d e n t r o d a c o n sc i ê n c i a . A o b j e t i vi d a d e d o g e r a l é p r o va d a p e l o f a c t o d e o p o d e r m o s vi s a r, f a z e r u m enunciado sobre ele. Segundo Hu s s e r l , o n om i n al i s mo t e m r a z ã o q u a n d o n e g a a e xi s t ê nc i a de uma «representação geral» no pensamento, mas não a tem quando não quer admitir estes polos de identidade que fundam a possibilidade d o s e n u n c i a d o s e d a s s e m e l h a n ç a s . E s o me n t e n es t e s en t i d o , f o r a d e q u a l q u e r r e a l i s mo, a f e n o me n o l o g i a é u m a d e s c r i ç ã o d a s e s s ê n c i a s . ( p . 31) Kelkel, A. L. & Schérer, R. .(1982). Husserl. Lisboa: Edições 70.


Cota: 16 HEI

Russell defende que o conhecimento por contacto é o fundamento de todo o conhecimento. Mas não é um filósofo empirista, nem racionalista, neste sentido: os filósofos empiristas, como Hume ou Locke, tendem a considerar que o único conhecimento primitivo genuíno ou substancial é o conhecimento empírico; ao passo que os filósofos racionalistas, como Descartes, tendem a considerar que o único conhecimento primitivo é o conhecimento racional ou a priori. Contrastando com ambos, Russell defende que o conhecimento tem duas fontes últimas: a razão e os sentidos, nenhum dos quais é mais fundamental do que o outro. Esta posição parece bastante mais plausível do que as alternativas. Neste aspeto, Russell aproxima-se mais de Kant – mas não aceita o tipo de idealismo transcendental que transforma o tempo e o espaço em formas puras da sensibilidade, meras projeções dos agentes cognitivos... (pp. 51 -52) Heil, John.(2001). Filosofia da mente. Lisboa: Instituto Piaget.


Cota: 16 HEI

. . . Nu ma p e r s p e t i va d e s t e g é n e r o , o « i d e a l i s mo » , o m u n d o c o n s i s t e e xc l u s i va me n t e e m me n t e s e s e u s c o n t e ú d o s . ( Nu ma va r i a n t e d o i d e a l i s mo , o « s o l i p s i s mo » , o m u n d o é a p e n a s u ma ú n i c a m e n t e – e os r es p e t i vo s c o n t e ú d o s . ) Nã o h á o b j et os o u e ve n t o s ma t e r i a i s n ã o me n t a i s , p o r c o n s e g u i n t e , n ã o h á i mp o r t u n a s i n t e r a ç õ e s c a u s a i s e n t r e mentes e objetos materiais independentes da m e n t e , n e m q u a l q u e r p a r a l e l i s m o mi s t e r i o s o e n t r e d omí ni os independentes mental e m at er i a l . E xp l i c a m o s a r e g u l a r i d a d e e a o r d e m q u e e n c o n t r a mo s n a s n o s s a s e xp e r i ê n c i a s n ã o p o r r e f e r ê n c i a a u m m u n d o ma t e r i a l r e g u l a r e ordenado, ma s por referência à natureza i nt r í ns ec a d a s m e n t e s ( f i g u r a 2 . 7 ) o u p r e s s upo nd o que a ordem é assegurada por um Deus b e n e vo l e n t e q u e a s s e g u r a q u e a s n o s s a s i d e i a s ocorram em padrões ordenados, por conseguinte, p r e vi s í ve i s . ( p . 5 2 ) Heil, John.(2001). Filosofia da mente. Lisboa: Instituto Piaget.


Cota: 16 DES

Desde há muito notara eu que, no tocante aos costumes, é necessário às vezes seguir como se fossem indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, como já atrás foi dito. Mas, porque agora desejava dedicar-me à procura da verdade, pensei que era forçoso que eu fizesse exatamente o contrário e rejeitasse, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, depois disso, não ficaria alguma coisa na minha crença, que fosse inteiramente indubitável. Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, quis supor que não existe coisa alguma que seja tal como eles a fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, mesmo a propósito dos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, ao considerar que eu estava sujeito a enganar-me, como qualquer outro, rejeitei como falsas todas as razões de que anteriormente me servira nas demonstrações... (pp. 73-74) Descartes, René .(1993). Discurso do método. Lisboa: Edições 70.


Cota: 16 DES

…Finalmente, considerando que todos os pensamentos que temos no estado de vigília nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que, neste caso, algum seja verdadeiro, resolvi supor que todas as coisas que até então tinham entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo a seguir, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, era de todo necessário que eu, que o pensava, fosse alguma coisa. E notando que esta verdade: penso; logo, existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos céticos não eram capazes de a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava. (p. 74) Descartes, René .(1993). Discurso do método. Lisboa: Edições 70.


Quando refletimos sobre as nossas experiências e afetos passados, o nosso pensamento age como um espelho fiel e copia corretamente os objetos, mas as cores que emprega são pálidas e sem brilho em comparação com aquelas de que estavam revestidas as nossas perceções originais. Não se exige qualquer fino discernimento ou grande capacidade metafísica para assinalar a diferença entre elas.

Cota: 16 HUM

Podemos aqui, portanto, dividir todas as perceções da mente em duas classes ou espécies, que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. As que são menos fortes e vívidas são geralmente chamadas pensamentos ou ideias. A outra espécie carece de nome na nossa língua, bem como na maioria das outras, e suponho que isto acontece porque nunca foi necessário para qualquer finalidade, com exceção das de caráter filosófico, designá-las por qualquer termo ou denominação geral. Permitamonos portanto uma certa liberdade e chamemos-lhes impressões, empregando esta palavra num sentido um pouco diferente do habitual.. (p. 34). Hume,David.(2002).Tratadosfilosóficos:investigaçãosobreoentendimentohumano.Lisboa:I.N.C.M..


Cota: 16 KAN

Não resta d ú vi d a de que todo o nosso conhecimento começa pela e xp e r i ê n c i a ; e f e t i va me n t e , q u e o u t r a c o i s a p o d e r i a d e s p e r t a r e pôr em ação a nossa capacidade de conhecer s e não os o b j e t o s q u e a f e t a m o s s e n t i d o s e q ue, por um lado, originam por si mesmos as representações e, por outro lado, põem em m o vi me n t o a n o s s a f a c u l d a d e i n t e l e c t u a l e l e va m na a compará-las, liga-las ou separá-las, t r ans f o r m an d o assim a matéria bruta das i m p r e s s õ e s s e n s í ve i s n u m c o n h e c i me n t o q u e s e d e n o m i n a e xp e r i ê n c i a ? A s s i m, n a o r d e m d o t e m p o , nenhum conhecimento precede em nós a e xp e r i ê n c i a e é c o m e s t a q u e to d o o c o n h e c i me n t o tem o seu início. S e , p o r é m, t o d o o c o n h e c i m e n t o s e i n i c i a c om a e xp e r i ê n c i a , i s s o n ã o p r o va q u e t o d o e l e d e r i ve d a e xp e r i ê n c i a … ( p . 3 6 ) Kant, Immanuel.(1989). Crítica da razão pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.


. . . P o i s b e m p o d e r i a o n o s s o p r ó p r i o c o n h e c i me n t o p o r e xp e r i ê n c i a s e r u m c o mp o s t o d o q u e r e c e b e m o s a t r a vé s d a s i m p r e s s õ e s s e n s í ve i s e daquilo que a nossa própria capacidade de c o nhec er ( a p e n a s p o s t a e m a ç ã o p o r i mp r es s õ es s e n s í ve i s ) p r o d u z p o r s i me s m a , a c r é s c i m o e s s e que não d i s t i n g u i mo s dessa ma t é r i a - p r i m a , enquanto a nossa atenção não despertar por um l o n g o e xe r c í c i o q u e n o s t o r n e a p t o s a s e p a r á - l o s . Cota: 16 KAN

Há p o i s , p e l o m e n o s , u m a q u e s t ã o q u e c a r e c e d e u m e s t u d o m a i s a t e n t o e q u e n ã o s e r e s o l ve à p r i me i r a vi s t a ; ve m a s e r e s t a : s e h a ve r á u m c o n h e c i m e n t o a s s i m, i n d e p e n d e n t e d a e xp e r i ê n c i a e de t od as a s i m p r e s s õ e s d o s s e n t i d o s . D e n om i na s e a p r i o r i e s s e c o n h e c i me n t o e d i s t i n g u e - s e d o e mp í r i c o , c u j a o r i g e m é a p o s t e r i o r i , o u s e j a , n a e xp e r i ê n c i a . ( p p . 3 6 - 3 7 ) Kant, Immanuel.(1989). Crítica da razão pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.


Cota: 16 RUS

Russell defende que o conhecimento por contacto é o fundamento de todo o conhecimento. Mas não é um filósofo empirista, nem racionalista, neste sentido: os filósofos empiristas, como Hume ou Locke, tendem a considerar que o único conhecimento primitivo genuíno ou substancial é o conhecimento empírico; ao passo que os filósofos racionalistas, como Descartes, tendem a considerar que o único conhecimento primitivo é o conhecimento racional ou a priori. Contrastando com ambos, Russell defende que o conhecimento tem duas fontes últimas: a razão e os sentidos, nenhum dos quais é mais fundamental do que o outro. Esta posição parece bastante mais plausível do que as alternativas. Neste aspeto, Russell aproxima -se mais de Kant – mas não aceita o tipo de idealismo transcendental que transforma o tempo e o espaço em formas puras da sensibilidade, meras projeções dos agentes cognitivos. (p. XXXIII) Russell, Bertrand .(2008). Os problemas da filosofia. Lisboa: Edições 70.


Knowledge Internet Encyclopedia of Philosophy

The analysis of knowledge The Standford Encyclopedia of Philosophy

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Epistemology Routledge Encyclopedia of Philosophy

The knowledge problem Philosophynews

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The meaning of knowledge [vídeo] Crash Course Philosophy #7

The theory of knowledge [vídeo] Philosophy

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The value of knowledge [vĂ­deo] Philosophy

The problema of skepticism [vĂ­deo] Philosophy

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Cantanhede, 2016


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