A LE TRA
Urban Art
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A letra | 3
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A letra | 4
Editorial
A edição Urban Art da revista A Letra vem com a intenção de mostrar um pouco sobre o movimento artístico presente nas cidades. Analisando como a tipografia aparece nesse arte. Graffiti, stêncil, pichação e lambelambe (sticker), tudo isso está cada vez mais presente nos centros urbanos, recrutando mais adeptos, admiradores e também pessoas que são contra essa propagação. A exposição desse trabalho pode ser visto nas páginas da revista, que se preocupou em ser mais ilustrativa possível, abusando do uso de fotos, que mostram a realidade desse movimento no Porto e em outras cidade do mundo como São Paulo.
Beatriz Gabriel, diagramação, escolha dos textos, e produção de fotografias
Ana Clara Costa, diagramação, escolha e produção das fotografias.
A letra | 6
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AMBE
LAMBE
A letra | 8
lambe-lambe basicamente é um poster de papel colado com cola, geralmente em muros e postes. Há séculos já é usado para a publicidade, divulgação e comunicação (quem nunca viu um lambe-lambe de algum ladrão sendo procurado em filmes de faroeste?), e já está no inconsciente coletivo. É comum o uso de lambe-lambes para divulgação de shows (os clássicos posteres de tipografia com letras
O
enormes e em duas cores), sendo hoje mais utilizado na divulgação de shows menores. Se aproveitando dessa técnica, alguns artistas nos EUA começaram a usar o lambe-lambe para intervir na cidade de forma artística. Depois esse tipo de uso passou a ser visto ao redor do mundo. E é o que vemos hoje, diversos usos para essa tecnica tão antiga, que continua em alta e sendo usada para diversos fins.
Mais amor por favor, nasceu em 2009 em São Paulo. A intenção era a despertar a atenção das pessoas sobre o que há de mais belo: o amor. É um pedido, em meio à toda agressividade, indiferença e velocidade de uma metrópole.
A letra | 11
Os cartazes contem poucas cores, diagramação simples, e sua tipografia pode ser digital ou manual. O obejetivo é chamar atenção para o seu conteúdo, que varia em muito quanto as suas mensagens.
A letra | 12
PICH
Ação de transgressão para alguma causa po padrão estético, em re rer, mas privilegia o u ilustração, estes cost
HACAO
o para marcar presença, chamar atenção para si ou por meio da subversão do suporte. Não define um elação à forma e ao conteúdo, embora possa ocoruso da palavra (tipografia); no caso de desenhos ou tumam ser muito simples, próximos de símbolos.
A letra | 15
A letra | 16
Diferentemente do graffiti, a pichação fere e agride os espectadores. A arte de rua tem o seu início marcado pela pichação.Assinaturas, protestos, xingamentos, tudo isso sempre existiu como forma de comunicação. A pichação podia ser vista em paredes das antigascivilizações, portanto não é uma atividade contemporânea. A cidade de Pompéia, tinha muros onde predominavam todo o tipo de pichação, x i n g a mentos, propagandas políticas,anúncios, poesias.Se escrevia de tudo nas paredes. Após a segunda guerra mundial, com o adventos das tintas em spray, a pichação se tornou mais fácil,devido a rápidez com que essa tinta podia ser utilizada. Durante as revoltas estudantis de Paris (68), esse tipo de prática se p o p u l a r i z a ,ed e s d e então só cresceu nas
Tal qual uma página de revista. Existem áreas mais ou menos valorizadas pelos pichadores.
T
ag é um termo que deriva da denominação utilizada pelos grafiteiros e tem origem em Nova York, e quer dizer assinatura. O tag reto foi difundido pelos pichadores de São Paulo e é mais que uma assinatura, já se tornou um estilo de letra. Surgiu como elemento diferenciador dos grupos de pichadores que foram buscando desenhos próprios para as letras, “com quebras lem-
brando o estilo gótico” como afirma Lara (1996) ou até mesmo, influenciados pelas capas de disco de músicas de punk e rock da época. Esse estilo de letra é caracterizado por letras retas, alongadas e pontiagudas, que procuram ocupar o maior espaço possível no suporte, o surgimento deste estilo de letras típico de São Paulo é único no mundo.
A letra | 19
TAG RETO
A letra | 20
STENCIL
Pode-se dizer que o stencil foi a primeira forma de gravura.
A letra | 22
A origem do stencil se encontra na China, juntamente com a invenção do papel. A técnica utilizava-se de elementos naturais, como folhas e rochas, para fazer as máscaras das partes que não se podia colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se começou a entalhar a forma, o desenho, a escrita e tudo o mais que se quisesse reproduzir fielmente. Nos anos 600, começaram a fazer desenhos mais complexos e aplicar a técnica para a decoração de tecido, Foi porém no Japão que a técnica do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou com a introdução de uma primeira máscara lavável e, reutilizável. O papel recebia, antes de ser entalhada com o motivo desejado, um
tratamento com suco de caqui. Isso o deixava impermeável. Durante a Segunda Guerra Mundial, começou a ser utilizado em intervenções urbanas como forma de propaganda de guerra e também como forma de impressao nos uniformes e material de guerra. Hoje assistimos a um novo movimento artístico chamado Stencil Art, urbano, feito na rua e para a rua, os suportes são as paredes das cidades do mundo. Os artistas poucas vezes identificados,utilizam este meio como forma de expressão.
A letra | 25
G R A F F i T I
A letra | 27
graffiti tem sua origem na sociedade contemporânea, e se aproximabastante da pichação. Na essência é uma forma de intervenção urbana cujas letra e/ou elementos figurativos exigem maior complexidade na elaboração das imagens, além de ser reconhecida pela diversidade de cores e pelo preciosismo estético.
O
Técnicas de pintura e noções de movimento, volume,perspectiva, cor e luz são conhecimentos indispensáveis para a atuação do grafiteiro. São diversosos recursos utilizados pelos grafiteiros: além da pintura,muitos trabalham com adesivos, colagens,aerógrafos, esculturas, estêncil e uso de suportes diferenciados,
por exemplo, telas, chão de calçadas, galerias subterraneas, edificações abandonadas, nos quais muitas vezes, em virtude do suporte, o trabalho não ganha em exposição e visibilidade pública, mas é valorizado pela poética e pelo contraste visual.
A letra | 29
A composição do graffitiatualmentetraz uma junção de elementos figurativos, grafismos e letras, em geral usa-se tintas de secagem rápida como tintas spray e látex. Hoje, o artista que trabalha com graffiti se apropria de noções de pintura,perspectiva, volume,composição, ritmo, luz e cor para desenvolver suas obras.
A letra | 31
A prática de grafitar os trens com nomes e até mesmo desenhos, já é comum ao mundo inteiro. Os trens estão sempre se locomovendo e levam a arte a lugares que os grafiteiros não conseguiriam ir. Além disso, ele tem grande uso popular, aumentando a visibilidade do graffiti. São lugares sempre muito disputados pelos adeptos dessa arte.