ARQ319 - Análise Gráfica do Parc de la Villette, Bernard Tschumi

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PARC DE LA VILLETTE Bernard Tschumi


sumário sobre o arquiteto ............ 2 parc de la villette ........... 3 o “não lugar” .................. 4 os três sistemas ................ 5 linhas ...................... 6 pontos .................... 7 folies .................. 8 superfícies .............. 9 referências ....................... 10

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Bernard Tschumi nasceu em 1944, na Suíça, e atualmente reside nos Estados Unidos. Estudou e se formou em 1969 como arquiteto no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em Zurique. Tschumi ficou conhecido por seguir a corrente arquitetônica do desconstrutivismo. O arquiteto acredita que através da arte, existam três níveis de experiências possíveis que todo projetista ou usuário pode vivenciar: o evento, o espaço e o movimento. Com isso, suas obras valorizam a experiência, seja ela espacial ou organizacional. “A arquitetura não é apenas o que parece, mas também o que acontece nele.” – Bernard Tschumi

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parc de la villette Paris

França

Parc de la Villette

Localizado em Paris, na França, o Parc de la Villette foi projetado pelo arquiteto Bernard Tschumi entre 1982-85 e foi vencedor do Concurso Internacional do Parc de la Villette. A obra foi implantada numa área onde previamente existia um matadouro que, quando fechado, deixou um imenso vazio na cidade. Com isso, então presidente da França convocou um concurso público para reinventar este espaço urbano. Fugindo do até então padrão típico de um parque urbano (usado como refúgio da cidade caótica), o projeto vencedor de Tschumi buscou trazer o caos da cidade para dentro de si: a sinalização é propositalmente insuficiente e seus caminhos sinuosos, levam os visitantes do nada à lugar nenhum. Além disso, o arquiteto constrói diversos “não-lugares”, dos quais as pessoas estão livres para apropriar-se destes espaços à sua maneia. O Parc de la Villette foi a primeira obra que trouxe mais visibilidade ao movimento desconstrutivista.

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o “não-lugar”

programa

função

=

evento ação

é fuga do pensamento moderno “forma segue função”

evento

permite a eficiência e a não eficiência

relações do corpo no espaço imprevistas, indeterminadas

Ao criar os “não-lugares”, Bernard Tschumi foge do pensamendo moderno de que a “forma segue a função”, criando estruturas sem função, espaços sem programas, caminhos sem destinos. Cada pessoa apropria-se do espaço como quiser. Com isso, um mesmo local provoca diferentes experiências ao usuário de acordo com a sua percepção individual sobre aquele lugar.

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os três sistemas área coberta área coberta adjacente área livre

ao

ar

Tschumi nomeia seu conceito de distrubuição de usos de “Desconstrução Programática”. A partir de quadrados com dimensões proporcionais às áreas destinadas, o arquiteto desfragmenta estas formas e depois as agrupa novamente, organizando-as e distribuindo-as por todo o terreno seguindo uma grade. O projeto está baseado em uma grade sobre a qual localizam-se linhas (caminhos), pontos (folies) e superfícies (espaços verdes). A sobreposição destes três sistemas produzem certa distorção, conduzindo um desafio entre formas genuínas e sua composição formal, típica do movimento desconstrutivista.

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linhas No sistema de linhas, Bernard Tshumi desenvolve os caminhos do parque através de linhas perpendiculares e sinuosas. Os caminhos principais são formados por dois eixos ortogonais Norte-Sul, Leste-Oeste. O eixo Norte-Sul e é caracterizado por sua longa extensão e pela cobertura ondulada, que protege os visitantes durante todo o seu comprimento. Os demais caminhos sinuosos levam os usuários à jardins temáticos e alguns folies.

caminhos ortogonais caminhos sinuosos

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pontos O sistema de pontos é o único que segue uma ordem lógica. Cada ponto é uma estrutura metálica não funcional nomeada pelo arquiteto de “folies”, famosos elementos de sua obra, que são pontos de referência dentro do parque. 120m

120m

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folies Os folies são pontos únicos e formalmente distintos. São cubos de 10x10m que passam por diversos processos de desconstrução formal e não possuem qualquer função designada: podem ser eficientes ou não eficientes, dependendo da ação do usuário.

repetição adição

rotação

subtração

distorção fragmentação

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superfícies A base do projeto é o sistema de superfície, onde todos os outros sistemas são sobrepostos. É formado por espaços verdes ao ar livre.

formas indefinidas

museus

jardins

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referências https://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi Acesso em 22/03/2021 https://www.archdaily.com.br/br/900296/como-o-parc-de-la-villette-influenciou-a-maneira-como-projetamos-nossos-parques-n o-seculo-xxi Acesso em 22/03/2021 http://www.tschumi.com/projects/3/ Acesso em 22/03/2021 DECONSTRUCTIVIST ARCHITECTURE. The Museum of Modern Arte, [S. l.], p. 1-109, 30 ago. 1988.

ARQ319 História e teoria da arquitetura III Professora Denise Mônaco Departamento de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Viçosa Beatriz Neves

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