2014
Alunos do 7ยบ A
Carta a um ser extraordinรกrio
Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim Biblioteca Escolar
Oficina de Escrita Criativa
Pardieiros, 13 de janeiro de 2014
Olá, queridas botas!
Como estão? Vocês aí em baixo devem estar maravilhadas e bem de saúde. Estão a conhecer tudo e todos! Já conheceram pessoas novas, estradas novas, «shoppings» novos … Ontem, quando fui à vossa loja e vos vi à venda, achei-vos tão lindas que não resisti em comprar-vos. Foram caríssimas, mas acho que valeu a pena! Espero que não me desiludam! Gosto tanto de vocês que não consigo deixar de vos calçar! Espero que não me magoem os pés, porque magoada já estou eu. Anteontem, no trabalho, estava a descarregar caixas, quando pisei as atacas das minhas sapatilhas e caí com as caixas na mão. Agora querem ir aonde e fazer o quê? Neste mundo nada se passa! Quer dizer, passar passa-se, mas é só desgraças e pouco mais.
Está a chover que se farta! Não podemos sair. Andar assim na rua é que nem pensar! Ainda se podem constipar. E eu não quero! Constipam-se vocês e constipo-me eu! Agora, vocês são o meu guia, eu só vou para onde vocês me mandarem! Adorovos! Bom, vou dormir. Até amanhã. Um beijo,
Ana Amaral
Lapa do lobo, 15 de janeiro de 2014
Querido Jeremias,
Como estás? Estou com muitas saudades tuas! Já há bastante tempo que não vens cá à Terra! Estou a pensar ir aí a Marte fazer-te uma visita. Como está a Milo? Já deve estar grande, aquela cadela terrível! E as coisas aí como estão? Ainda não se decidiram quem irá ser o governador? Como te corre a escola? Tiraste boas notas? Quando é que vais começar a pilotar o teu disco voador? Aqui, na Terra, está tudo diferente! Pagamos mais impostos e temos de passar a fazer as rotundas bem. E quem não está bem que se mude, que imigre para outros países, como aconselhou o Primeiro-ministro, Passos Coelho. Já podes ver como o país está!
Quando me vieres visitar, é melhor pesquisares as leis do país! Poderá haver alguma lei que impeça discos voadores de sobrevoar Portugal. Olha que se houver alguma lei que o impeça podes ter pagar mais de 300 euros de multa! Espero que esteja tudo a correr bem aí em E.tlândia. Responde às minhas perguntas e não te esqueças de me vir visitar!
Um beijo enorme!
Bárbara
Canas de Senhorim, 17 de janeiro de 2014
Dona Mosca,
Eu estou a escrever-lhe, porque lhe quero pedir um favor! Pare de me atormentar, já há vários dias que me anda a aborrecer! Por isso, peço-lhe que vá chatear outro, pois eu não tenho paciência para a aturar! É que se a Dona Mosca não parar, eu vou desconcentrar-me ainda mais nas aulas! Porque é que não vai incomodar o meu colega Gonçalo? Ele está mesmo atrás de mim! Ou então aborreça ali o meu colega Francisco ou o meu colega Luís, que estão ali mesmo ao lado! Ou então opte pela Maria e pelo Ricardo, esses é que lhe “faziam logo a folha”! Se não parar de me aborrecer, como eu não tenho paciência, ou quase nenhuma, vou ser obrigada a abatê-la! Por agora, é tudo.
Os meus cumprimentos, Beatriz Pais
Portugal, 20 de janeiro de 2014
Querido amigo Eusébio,
Uma semana e três dias depois da tua morte, ainda continuo a ter pesadelos por teres falecido. Nunca me esquecerei dos teus atos de bondade para com o país e para com os benfiquistas. Sei que o povo português nunca os esquecerá também. Desde que faleceste, a tua vida foi lembrada em todos os canais televisivos e jornais desportivos. Enfim, foste um grande homem. A tua imagem e os teus atos históricos nunca serão esquecidos em todo o mundo.
Um abraço enorme,
Bruno Almeida
Canas de Senhorim, 25 de janeiro de 2014
Querida fada,
Da última vez que te vi, visitaste-me porque me tinha caído um dente. Para me consolares, deixaste-me um chocolate. Era delicioso, mas não o comi todo, dei um bocadinho ao meu irmão. Ontem, quando estava a comer uma fatia de queijo, caiu-me outro dente de leite. Estava eu descansadamente a comer a minha fatia de queijo quando senti uma coisa dura. Tirei-a da boca e vi que era o meu dente e por incrível que pareça não deitou muito sangue. À noite, coloquei-o debaixo da minha almofada, na esperança de que viesses. Enquanto dormia, imaginei como tu serias, o que irias trazer e se eu gostaria ou não do presente. Sonhei que eras pequena e que tinhas asas finas e translúcidas como a água, para voar pelos sítios mais pequenos sem ninguém dar por ti. Tinhas uma cor arroxeada um pouco por todo o corpo que, por ser discreta, te ajudava a camuflar. Levavas o meu dente e
deixavas-me um presente. Pensei que fosse novamente um chocolate, mas agora maior, visto que já tinha feito 10 anos. Hoje, quando acordei, encontrei, não debaixo da almofada mas ao lado do meu candeeiro da mesinha de cabeceira, um pequeno porta-chaves que tinha vários tipos de queijos e presumi que fosse para me lembrar de ti, para que mesmo mais crescida eu continue a acreditar na tua existência. Gostei muito da prenda que recebi e estou ansiosa para que me caia o último dente para ver o que será a próxima prenda. Um beijo e um abraço pequenino para ti da tua, Joana
Daniela Nunes Carlos
Vale de Madeiros, 11 de janeiro de 2014 Querido Coração, Como vais? E como estão os teus amigos estômago e fígado? O meu sangue está saudável? Deixemo-nos de perguntas e passemos para uma conversa mais psicológica! Porque é que tu me fazes sofrer por amor? Eu apenas gosto da rapariga que tu sabes! Esquece as outras! Eu sei que elas foram boas amigas, mas elas já passaram à história. Agora tens de as esquecer. E já agora, é verdade que namoras com a menina artéria Aorta? Podes namorar com ela, mas não te esqueças de bombear o sangue porque se tu não o bombeares morro eu, tu, e a artéria Aorta, ou seja, todos nós e nunca mais verás a tua amada. Cuida de mim que eu preciso e não me dês nenhum problema grave. Por agora é tudo. Despeço-me de ti e desejo-te sorte com a menina Aorta. Com amizade, Gonçalo Póvoa Lopes
Portugal, 20 de Janeiro 2013
Meu amigo João,
Hoje, noventa dias após a tua morte, encontrei um animal na floresta dos Vaselios. Parece-se com um esquilo, mas tem uma carapaça, uns chifres, duas garras afiadas, uma cauda, mede cerca de um metro e meio e é tão gordo quanto um urso. Eu e os outros cientistas estamos a testar o animal. Já fizemos análises ao sangue e temos observado a sua pele ao microscópio. Estamos também a estudar o seu comportamento. Temos anotado o que ele come, o que faz durante o dia e outras coisas, mas ainda não chegamos a conclusão nenhuma. Vamos continuar a fazer experiências para ver se descobrimos os motivos que levaram este animal ficar assim.
Alguns dos meus amigos cientistas pensam que foi devido ao lixo tóxico e acreditam que podem vir a aparecer mais monstros, o que constituirá um perigo par a raça humana. Por prevenção, estamos a construir um arsenal de armas. Caso apareçam mais monstros, estamos prontos para nos defender se eles atacarem, mas esperamos que não seja necessário para o bem de todos.
Adeus, meu amigo.
Luís Garcia
Viseu, 2 de janeiro de 2065
Amigo Pludo,
Então, tudo bem contigo? Espero que sim, porque por cá tudo corre às mil maravilhas, só as saudades do verão que passei contigo é que não desaparecem. É mesmo por isso que te estou a escrever. Juntamente com a carta envio-te as fotografias de nós os dois na vida boa das férias de verão aí na praia de Tobecool. Ainda bem que a minha mãe e a tua são autênticas “grafonolas”. Se elas não estivessem distraídas, não teríamos tido a mesma sorte, teríamos passado um verão em «grande» só para o estudo. Viste aquela fotografia que foi tirada quando estavas a descansar numa cama de rede e veio uma onda gigante que te deitou ao chão? Fartámo-nos de rir quando isso te aconteceu!
Felizmente, a minha mãe deixa-me ir aí para o ano passar mais umas férias fantásticas contigo!
Vemo-nos para o ano. Até lá, abraços do teu amigo,
Francisco
PS: Porque é que aí as galinhas voavam e cuspiam água em vez de fogo como os dragões?
Canas de Senhorim,15 de janeiro de 2014
“Quidinha” Avó,
Onde quer que tu estejas, espero que estejas bem, em paz. Desde que tu partiste, muita coisa já aconteceu. Independentemente de sentir uma grande tristeza e uma grande saudade no meu coração, a vida continua, e tenho tentado levar o meu dia-a-dia da melhor maneira possível. A minha rotina pouco ou nada se alterou. O ano mudou. A passagem de ano, como sempre, foi divertida. Entre risos, brincadeiras, muita música e diversão nem dei pela passagem das horas. Quando olhei para o relógio, já era de madrugada. Claro que escusado é dizer que no dia seguinte andei cheia de sono, não via a hora de chegar à minha caminha para ir descansar, mas como a minha mãe sempre diz “ Para festa não há cabra manca”. Tu, melhor do que ninguém, sabes como a minha mãe é sempre dada à brincadeira.
A semana após o ano novo foi passada com normalidade, aproveitei para rever os cadernos diários e verificar se tinha tudo em ordem para o início do 2.º período. As aulas começaram no dia 6 de Janeiro e agora a minha prioridade é a escola, a brincadeira ficou para trás. Por agora é tudo… Até um dia!
Beijinhos da Maria
Canas de Senhorim, 13 de janeiro de 2014
Caríssimo Cristiano Ronaldo,
Espero que esteja bem e cheio de saúde. É com uma enorme satisfação que resolvi escrever-lhe esta carta, pois fiquei emocionado com a sua conquista da Bola d’ Ouro. Não sei se alguma vez vai ler esta carta, mas queria dizer-lhe que sinto um enorme orgulho por termos um atleta português de alto prestígio. O Cristiano é um jogador que todos os jovens como eu admiram, e tenho a certeza de que todos desejam ser como o senhor. Sei que é um atleta muito lutador, pois só assim se consegue atingir grandes objetivos. Não posso deixar de referir que é uma pessoa muito especial visto que, apesar do sucesso e da fama, continua a ter uma enorme admiração pela sua família e amigos, estando sempre na sua companhia nos bons e nos maus momentos. Gostei de o ver na Gala
onde lhe foi entregue a Bola de Ouro por ser o melhor jogador do mundo, a sua emoção fez-me chorar de alegria. Durante a Gala mostrou ser uma pessoa extraordinária, capaz de perdoar aquelas pessoas que o ofenderam (Platini e Joseph Blatter). Espero que este troféu não seja o último e que venham muitos mais, pois já terão lugar no museu CR7. Parabéns e boa sorte para o futuro! Um abraço deste fã incondicional,
Ricardo
Canas de Senhorim, 16 de janeiro de 2014
Olá, Miley!
O meu nome é Sofia. Sou portuguesa e sigo a tua carreira com alguma curiosidade. Estou a escrever-te esta carta, para te pedir que deixes de fazer figuras tristes perante os teus fãs e todo mundo. Eu não percebo por que motivo queres despir o papel de “Hannah Montana”, aquela jovem rapariga da “Disney” que animava muitas crianças e que todas adoravam, já que foi graças a essa personagem que agora estás famosa! Também acho esse penteado horrível, não podias ter escolhido um mais feminino? Gosto de ouvir a música “Wrecking Ball”. Gostava que tu fizesses um dueto com a Madonna, são muito parecidas! Por falar em parecenças tu e o Justin Bieber parecem ser irmãos, é verdade?
Na verdade, gostava de te conhecer pessoalmente para ver se és mesmo aquela pessoa “tontinha” que toda a gente tem descrito. Bem, para terminar, só te peço uma coisa: porta-te bem, porque não tens sido uma boa influência para os jovens.
Um beijo, Sofia silva
Póvoa de Santo António, 22 de janeiro de 2014
Querido Sol!
Estás bom? A lua e todo o Sistema Solar como vão? Este inverno não tens aparecido muitas vezes. Estou a começar a ficar preocupada. Está muito, muito frio por aqui. A tua prima chuva e as tuas sobrinhas nuvens cinzentas enchem o céu azul todos os dias. De manhã, levanto-me e vou à janela para ver se estás lá fora. Quando te vejo, fico logo muito feliz. Adoro quando os teus raios dourados saem de ti e me tocam como se eu não existisse. Escrevo-te, também, para te pedir um enorme favor. Como sabes, com o aquecimento global, causado por nós, a atmosfera está a romper-se. Com isto, os teus raios superfortes vão causar estragos inimagináveis no planeta, os polos terrestres, cobertos de gelo, vão inundar a Terra e os humanos ficarão debaixo de água. Por isso, peço-te que
diminuas a intensidade dos teus raios e ajudes a evitar a morte de muitos Homens. Se nos fizesses esse enorme favor, eu e toda a humanidade ficaríamos muito gratos. Ao final da tarde, quando te vejo desaparecer por entre as montanhas, um sentimento de tristeza e esperança de que amanhã te volte a ver enche-me o coração.
Mil e um beijinhos, Sofia Marques