SISTEMA ETICS - 2rf

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“Segundo a ADENE (Agencia para a energia) o setor dos edi7cios é responsável pelo consumo de aproximadamente 40% da energia total na Europa. No entanto, mais de 50% deste consumo pode ser reduzido através de medidas de eficiência energéGca, o que pode representar uma redução anual de 400 milhões de toneladas de CO2...” (In www.adene.pt, Agosto 2012)

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As perdas e ganhos de calor através das fachadas correspondem a mais de 30% do total, num edi7cio de habitação unifamiliar. Se considerarmos um edi7cio de habitação coleGva, este valor pode ultrapassar os 40%.

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Na sequência dos compromissos do Protocolo de Quioto, a União Europeia aprovou a DireGva 2002/91/CE -­‐ entretanto subsGtuída pela DireGva 2010/31/UE -­‐ relaGva ao desempenho energéGco dos edi7cios. No seguimento das referidas DireGvas, O estado Português publicou o Regulamento das Caracterís2cas do Comportamento Térmico dos Edi8cios (RCCTE) (Dec.-­‐Lei 80/2006) e a implementação do Sistema Nacional de CerGficação EnergéGca e da Qualidade do Ar Interior nos Edi7cios (SCE) (Dec.-­‐Lei 78/2006). Surge assim a obrigatoriedade da emissão do Cer2ficado de Desempenho Energé2co e da Qualidade do Ar Interior dos Edi8cios que visa classificar e verificar o cumprimento da regulamentação térmica e de qualidade do ar interior.

Obje2vos do RCCTE: O RCCTE estabelece regras a ter em conta na elaboração dos projetos de edi7cios visando: • SaGsfazer, sem dispêndio excessivo de energia, as exigências de conforto térmico Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 2


Cer2ficado Energé2co. O CerGficado EnergéGco dos edi7cios permite aos proprietários, compradores e arrendatários de edi7cios residenciais obter informação sobre a eficiência energéGca e consumos esperados numa uGlização normal. Possibilita o estabelecimento de comparações objeGvas entre diversas propostas no mercado, ajudando a evidenciar as de maior qualidade.

O Sistema de Isolamento Térmico Pelo Exterior (ETICS) apresenta-­‐se como sendo, provavelmente, a solução que melhor contribui para o cumprimento do regulamento em vigor.

Definição: É uma solução de

revesGmento de fachadas em que as placas de material isolante térmico (EPS, CorGça, Lã de Rocha, XPS, etc.) são coladas no exterior das fachadas recorrendo a argamassas específicas e posteriormente barradas com reboco delgado armado seguido de acabamento decoraGvo do Gpo RPE (RevesGmento PlásGco Espesso). História: Apesar de, segundo alguns autores, se falar em aplicações do Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior durante a década de 40 do Século XX, este Sistema foi usado pela primeira vez, em grande escala, em finais da década de 50 na Alemanha. Foi uGlizado no revesGmento de silos de armazenamento de grãos de açúcar com o objeGvo de impedir que se pegassem devido á condensação. Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 3


As primeiras aplicações domésGcas, também na Alemanha, ocorreram no inicio da década seguinte. Especialmente após a crise do petróleo, nos anos 70, este sistema, reconhecido como excelente na poupança de energia, passou a ser usado nos quatro cantos do mundo. Atualmente nos EUA esGma-­‐se que 30% das fachadas sejam revesGdas com o sistema ETICS. Em países como Suíça, Áustria, Polónia e Republica Checa, uGliza-­‐se em cerca de 50% das fachadas. Aqui mais perto, na Alemanha, país onde esta solução mais evoluiu, a taxa de uGlização ronda os 60%. As vantagens de u2lizar o sistema ETICS • Poupança no consumo energéGco para aquecimento e arrefecimento dos espaços habitados. • Redução drásGca das pontes térmicas, Isolamento térmico connnuo sem interrupções. • Diminuição do risco de condensações no interior da parede. • Mais conforto e melhor qualidade do ar no interior • Simplicidade da construção, apenas há necessidade de montar uma parede. • Redução do peso da das paredes e das cargas permanentes sobre a estrutura. Aumentando a área habitável já que a espessura do isolamento passa para o exterior. • Efeito de inércia térmica interior na parede, provocado pela massa da alvenaria não isolada pelo interior. • Grande redução do risco de fissuração e consequente melhoria impermeabilidade das fachadas. • Proteção dos elementos estruturais face às amplitudes térmicas. • Em reabilitação permite a intervenção mantendo o edi7cio habitável. • Grande variedade de soluções de acabamento e materiais isolantes.

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Placas Isolantes. Hoje em dia, existe no mercado, uma variedade considerável de placas isolantes que podem ser uGlizadas num sistema ETICS. Todas elas garantem bom isolamento térmico e são capazes de responder á exigência térmica de cada projeto variando a espessura. A sua escolha pode, ainda, ser condicionada por simples preferência do Gpo de material, necessidade de adicionar isolamento acúsGco, maior resistência mecânica ou uGlização de baixa espessura. -­‐  EPS – Polies2reno expandido (esferovite) Principal vantagem: Excelente relação Qualidade/Preço -­‐ XPS – Polies2reno extrudido Principal vantagem: Maior Resistência Mecânica. -­‐ Lã de Rocha Principal vantagem: Reação ao Fogo, Isolamento Térmico e AcúsGco -­‐ Cor2ça Principal vantagem: Produto Natural, Isolamento Térmico e AcúsGco -­‐ PIR – Poliisocianurato Principal Vantagem: Baixíssimo índice de ConduGvidade Térmica

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Definição da Espessura das Placas Isolantes A espessura do material de isolamento térmico a uGlizar em cada Projeto, depende da solução construGva (Gpo de Suporte), da zona geográfica em que se localiza a obra e da conjugação dos vários parâmetros definidos pelo RCCTE para cada Zona ClimáGca. Uma avaliação simplista permite determinar a espessura de isolamento para fachadas, Em zona opaca, em função dos valores de referência definidos pelo RCCTE para o Coeficiente de Transmissão Térmica (U) em cada Zona ClimáGca de Inverno.

Exemplo com EPS

Recomendação: Em obra nova, pondere a sua escolha na fase de projeto. Em reabilitação, aconselha-­‐se com um técnico especializado

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Tipos de suporte O Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior (ETICS) pode ser aplicado sobre: • Alvenaria de Bloco ou Tijolo Térmico • Alvenaria de Bloco de betão ou Gjolo cerâmico convencional • Betão • Rebocos (tradicionais, projetados) • Suportes de Madeira e derivados • Suportes Metalicos • Suportes anGgos em obras de reabilitação (praGcamente todos). Preparação do suporte Todos os suportes deverão apresentar uma super7cie plana, isenta de irregularidades superiores a 1cm quando controlados com uma régua de 2m de comprimento. Se esta condição não esGver garanGda, a super7cie deverá ser regularizada recorrendo a materiais adequados que garantam uma boa resistência e estabilidade. Os suportes devem apresentar-­‐se consistentes e isentos de poeiras ou óleos descofrantes. Em obra de reabilitação, os suportes degradados ou com falta de aderência, coesão deverão ser estabilizados, reparar zonas fissuradas sempre que as fissuras sejam superiores a 0,5mm. Em betão com armaduras expostas e/ou oxidadas, proceder ao tratamento das mesmas com produtos específicos. Eliminar todos os materiais depositados na super7cie (sujidade, fungos, microrganismos, Gntas ou vernizes soltos) realizando uma limpeza com agentes adequados e/ou água com pressão. Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 7


Condições de aplicação • Não aplicar o sistema em fachadas com inclinação inferior a 45º C; • Não aplicar quando haja risco de gelar nas 6 a 8 horas seguintes • Não aplicar as argamassas com temperaturas atmosféricas inferiores a 5ºC nem superiores a 30ºC; • Evitar a aplicação dos materiais em situação de vento forte; • Não aplicar os materiais na eventualidade de poderem apanhar Chuva, enquanto não esGverem secos; • Evitar que o EPS fique sem barramento mais do que 4 dias; • Evitar a aplicação dos materiais sob a incidência direta dos raios solares; • Não iniciar a aplicação do sistema sobre suportes quando não tenha decorrido pelo menos um mês sobre a sua execução (alvenarias, betão, reboco), para que se encontrem em condições de estabilidade e secagem adequados. APLICAÇÃO Arranque do Sistema:

Legenda:

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1.

Suporte

2.

RevesGmento a reabilitar

3.

Argamassa de colagem

4.

Placa isolante

5.

Rede fibra de vidro RC160

6.

Acabamento

7.

Bucha BWK

8.

Perfil de arranque PA6

9.

Bucha/parafuso TPA6/40

10.

Impermeabilização

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O sistema deverá ser montado de baixo para cima a parGr de um Perfil de Arranque (PA6 ou PAPVC) que serve de apoio á primeira fiada de placas de isolamento. Trata-­‐se de um Perfil em alumínio (PA6), de largura adaptada à espessura das placas isolantes ou em PVC (PAPVC) adaptável a todas as espessuras, e devem ser fixados á parede com uma bucha/parafuso (TPA 6X40) com espaçamento entre si de 30 a 50cm, conforme peso das placas de isolamento. O Perfil de Arranque (PA6 ou PAPVC) deverá posicionar-­‐se entre 5cm e 10cm acima da cota mais elevada prevista para o terreno exterior, visando dificultar a degradação do sistema por contacto direto com este. De Acordo com a norma EUROPEIA ETAG004, o Perfil de Arranque (PA6 ou PAPVC) recomenda-­‐se sempre que o sistema se inicie acima da cota do terreno e terá a dupla função de auxílio no arranque da montagem das placas isolantes (garanGndo a sua horizontalidade e o seu suporte enquanto não se encontrarem coladas) e de proteção inferior das mesmas contra a penetração de humidade e agressões externas. Caso a zona de suporte do Perfil de Arranque não se encontre regularizada (rebocada por exemplo) para que este assente perfeitamente contra a super7cie, devem ser uGlizados elementos niveladores (Espaçadores EPA) de diferentes espessuras de forma a garanGr a planimetria do Perfil de Arranque PA6 ou PAPVC. A aplicação dos Espaçadores EPA deve coincidir com a fixação TPA6x40.

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Deve recorrer-­‐se á uGlização de Ligadores LPA para garanGr juntas com pelo menos 2mm entre os Perfis de Arranque PA6, desGnadas a absorver eventuais deformações e garanGr o seu nivelamento. As zonas de parede enterrada devem ser impermeabilizadas até um nível de 10 a 15cm acima da posição do perfil de arranque, uGlizando um produto adequado, visando impedir o contacto de águas do terreno com a parede evitando assim humidade por ascensão capilar. Quando se pretende que o Sistema arranque abaixo do nível do solo (enterrado), nas fiadas que ficam em contacto com o terreno devem uGlizar-­‐se placas isolantes com baixa absorção de água (Ex.-­‐XPS), coladas com produto adequado, preferencialmente, que garanta a impermeabilização do suporte. As placas de isolamento devem

ser montadas em posição horizontal em fiadas sucessivas, contrafiadas em relação à fiada inferior. Do mesmo modo nas esquinas, os topos das fiadas de placas deverão ser alternados, para melhorar o travamento do sistema. A verGcalidade e o ajustamento da planimetria de cada placa em relação às adjacentes deverá ser permanentemente verificada, usando régua metálica de 2m e nível de bolha de ar. Nos cantos das zonas envolventes dos vãos as placas deverão ser montadas de forma a evitar que as juntas entre si correspondam com o alinhamento das arestas do vão. Este cuidado contribuirá para diminuir a tendência para o aparecimento de fissuras a parGr dos cantos do vão. Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 10


O corte das placas deve ser reto e limpo de forma a garan2r o encosto perfeito das Placas Isolantes. Recomenda-­‐se a u2lização de máquinas de corte a fio quente (MC20003; MC2004, etc.) para EPS, XPS e PIR, que permitem maior aproveitamento das placas, menor produção de resíduos e corte igual ao de fábrica. Em Lã de Rocha e Cor2ça deve u2lizar-­‐ se um serrote adequado (FS100 e FS101) O produto a usar na colagem deve ser especifico para esse fim e adaptado ao Gpo de placa e suporte, cerGfique-­‐se com o seu fornecedor especializado. O modo de colagem depende do estado do suporte, e do Gpo de placa isolante a colar. • Na colagem de placas de EPS, XPS ou PIR, sobre suportes com alguma irregularidade, aplicar a argamassa em cordão com 3 a 4cm de espessura ao longo do perímetro da placa, acrescentando dois pontos de argamassa no centro da mesma (1). Sobre super7cies regularizadas, com boa planimetria, aplicar a argamassa em toda a super7cie da placa com talocha dentada de 8 a 10mm. • UGlizando Lã de Rocha ou CORTIÇA (MW) a colagem deve ser, preferencialmente, com barramento integral das placas recorrendo a talocha dentada de 8 a 10mm. Em caso de suportes com irregularidades fazer a colagem com cordão perimetral reforçada com 6 pontos no centro da placa isolante. NOTA: Dado não haver consenso entre todos os fabricantes, em relação á forma de colar, recomendamos que proceda de acordo com a marca do produto escolhido.

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Antes da aplicação da primeira camada de reves2mento deverá realizar os seguintes trabalhos (após endurecimento da argamassa de colagem). Fixação Mecânica das Placas Isolantes. Devem ser aplicadas fixações mecânicas complementares à colagem das placas isolantes nas seguintes situações: • Na aplicação dos sistemas que recorram a placas isolantes de CorGça ou XPS UGlizar buchas do Gpo BWK, na quanGdade de 6 por m2.

• Sempre que o Sistema ETICS seja uGlizado em reabilitação, sobre suportes com revesGmentos pré-­‐existentes que não ofereçam total garanGa de aderência (pintura, cerâmica, revesGmentos plásGcos, etc.) UGlizar Buchas do Gpo BWK, na quanGdade de 6 a 8 por m2. Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 12


• Sempre que o sistema seja composto por placas de isolamento de Lã de Rocha. UGlizar buchas do Gpo BAWK+BLWK, na quanGdade de 6 a 8 porm2.

• Em uGlizações do sistema sobre suportes de Madeira ou Metal. UGlizar buchas do Gpo BMWK65, na quanGdade de 6 a 8 por m2. • Em uGlizações do sistema acima dos 10 metros de altura, quando sujeito a condições severas de exposição ao vento. UGlizar buchas do Gpo BWK, na quanGdade 8 por m2. • Sempre que se pretenda revesGr o sistema com Cerâmica, Pedra ou outro RevesGmento com peso superior a 5Kg por m2. Neste caso, a aplicação das buchas deve fazer-­‐se sobre o primeiro barramento com a rede de fibra de vidro já incorporada, garanGndo assim que a base sobre a qual o revesGmento vai exercer o peso, está apoiada pela fixação mecânica. UGlizar Buchas com Prego de Expansão em AÇO do Gpo BAWK, na quanGdade de 8 por m2.

Este reforço de fixação realiza-­‐se com buchas específicas, com comprimento adequado à espessura da placa isolante a fixar (uGlizar buchas cerGficadas com ETAG 014).

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As buchas serão instaladas realizando furos com broca de diâmetro e comprimento adequados ao da bucha. A aplicação da bucha é feita através da introdução do prego de expansão, por percussão. As cabeças circulares das buchas deverão ser pressionadas de modo a esmagar um pouco a super7cie da placa de isolamento para que não fiquem salientes face ao plano da mesma

As pequenas cavidades resultantes deste ligeiro esmagamento deverão ser preenchidas com argamassa de revesGmento antes de realizar o barramento com rede

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Assentamento de perfis Os perfis a uGlizar, devem ser perfurados, para aderência das argamassas, e incluir rede de fibra de vidro com tratamento anG-­‐ alcalino. A sua aplicação sobre as placas de isolamento deve realizar-­‐se com a mesma argamassa a uGlizar no barramento.

-­‐ As arestas ou esquinas d e paredes e contornos dos vãos (janelas, portas, etc.) deverão ser reforçadas usando perfis de esquina em PVC (P001 ou P005) ou Alumínio (P003 ou P004).

-­‐ As juntas de dilatação devem ser respeitadas interrompendo o sistema – recorrendo á uGlização do Perfil de Junta de Dilatação P040, P40.1 ou P041.

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-­‐ O remate das placas isolantes com caixilhos de janela e portas deverá ser complementado com a aplicação do Perfil de Janela P030 garanGndo um remate perfeito entre os revesGmentos e o caixilho, e a impermeabilização da união dos dois elementos. O perfil P030 permite ainda evitar agressões da caixilharia com ferramentas e fixar proteções de plásGco ou papel durante a execução dos trabalhos. -­‐  Nas padieiras das janelas e portas, e nas arestas de tetos com fachada, recomenda-­‐se a aplicação do Perfil de Pingadeira (P020, P021 ou P024) abraçando a aresta plano da fachada com o plano horizontal. Este perfil permite do realizar o reforço da aresta e evitar o recuo da água que escorre da fachada. -­‐ Outros Perfis Para além dos perfis anteriormente indicados, existem ainda outros que permitem facilitar a execução do projeto, acrescentando mais-­‐valias Técnicas e EstéGcas. Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 16


-­‐ Perfil de Separação de Cor -­‐ Perfil STOP -­‐ Perfil de Rebaixo -­‐ Perfil de Esquina em Arco

Remate das placas isolantes com super8cies rígidas. Nos encontros das placas de isolamento com super7cies rígidas (planos salientes, varandas, palas, remates de topo, caixilharia, peitoris, etc.), deverá ser uGlizada a Banda Expansível de selagem BS. A banda BS deve ser esmagada entre as

placas isolantes e a super7cie rígida, garanGndo assim a total impermeabilidade da união. Dado tratar-­‐se de um produto expansível até 40mm, este garante a absorção dos possíveis movimentos estruturais e de dilatação ou contração dos materiais, sem risco de infiltrações. Reforços com Rede de Fibra de Vidro. Este reforço deverá ser feito aplicando Gras de Rede de Fibra de Vidro RC160, com a dimensão aproximada de 50x25 cm, posicionadas a 45º, coladas sobre as placas de isolamento junto aos cantos da zona envolvente dos vãos (portas e janelas).

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Barramento armado O revesGmento das placas isolantes será feito com a aplicação de argamassa adequada em duas camadas, incorporando, entre as mesmas, uma armadura em Rede de Fibra de Vidro RC160 com dupla torção sujeita a indução de resina para proteção anG-­‐ alcalina, sendo a segunda camada aplicada após endurecimento da primeira. 1º CAMADA

A primeira camada deverá ser aplicada com talocha dentada de inox (dentes de 6 mm) para garanGr uma espessura final de 2 mm. Sobre a argamassa ainda fresca, incorporar a Rede de Fibra de Vidro RC160 e alisar suavemente a super7cie com a talocha lisa, colando a rede à argamassa sem a empurrar até ao suporte e sem reGrar argamassa da parede. A união entre faixas de Rede de Fibra de Vidro deverá respeitar uma sobreposição de cerca de 10cm, esta deve ficar perfeitamente esGcada sem vincos ou ondulação . 2º CAMADA

A segunda camada só deve ser aplicada após endurecimento da primeira. Esta camada de argamassa de revesGmento deverá garanGr a efeGva cobertura da rede, não sendo admissível que esta seja percepnvel ao olhar. A super7cie de acabamento deverá resultar Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 18


plana, sem ressaltos ou vincos e com textura constante ao longo da toda a extensão. Caso se pretenda reforçar a resistência mecânica da super7cie, realizar a aplicação de uma segunda camada de Rede de Fibra de Vidro RC160 e por consequência, uma terceira camada de argamassa. Este reforço, também pode ser conseguido uGlizando apenas 1 camada de Rede de Fibra de Vidro, recorrendo á Rede Reforçada RC350. Recomenda-­‐se este procedimento em zonas expostas a possíveis choques (até 2m de altura do solo, varandas, etc.), e sempre que se pretenda revesGr o sistema com colagem de cerâmica.

ACABAMENTO O revesGmento de acabamento só deve realizar-­‐se 2 a 3 dias após aplicação do ulGmo barramento. Este deve contribuir para a impermeabilidade, proteção e decoração do sistema ETICS. Devem uGlizar-­‐se soluções experimentadas que ofereçam garanGas e respeitem as normas legalmente exigidas. Reves2mento decora2vo. -­‐ Aplicar a rolo primário especifico numa ou mais demãos, este primário tem como função homogeneizar a absorção do suporte e reforçar a aderência. -­‐ Os RevesGmentos de acabamento recomendados são do 2po RPE (Reves2mentos Plás2cos Espessos) com espessura entre 1 e 2,5mm capaz de garanGr a decoração, impermeabilização e contribuir para o reforço da resistência mecânica superficial do sistema. O RevesGmento DecoraGvo RPE é aplicado por barramento com Manual técnico de aplicação de isolamento térmico pelo exterior 19


talocha lisa em inox, na referência e cor escolhida, apertando bem contra o suporte e acabado com talocha plásGca em suaves movimentos circulares, verGcais ou horizontais, conforme acabamento pretendido. Reves2mento com Cerâmica ou Pedra Natural. Quando se trate de revesGmentos do sistema com Ladrilhos, deve respeitar as seguintes condicionantes: -­‐ Formato máximo de 900cm2 (cerâmica convencional) ou 3600cm2 (Lamina cerâmica 3mm). -­‐ Peso das peças, igual ou inferior a 30kg/m2. -­‐ Prever a uGlização de Cores Claras (Coeficiente de absorção de radiação solar inferior a 0,7); -­‐ A super7cie de suporte da colagem deverá ter pelo menos 7 dias de secagem. -­‐ Fazer colagem dupla. -­‐ Prever juntas de colocação entre as peças cerâmicas com pelo menos, 4mm. -­‐ UGlizar cimentos cola e argamassa de juntas adaptados (consultar o fabricante). Proteções de topo e Peitoris Para a manutenção ao longo do tempo do bom aspeto da fachada é fundamental a aplicação de remates superiores ou proteções de topo, de forma a impedir que a água da chuva escorra diretamente sobre o revesGmento texturado, arrastando e depositando sobre este as poeiras acumulados na super7cie do elemento de remate.

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Estes elementos deverão, garanGr uma projeção horizontal de 3 a 4cm para além da fachada e um remate do Gpo pingadeira na sua extremidade Aplica-­‐se o mesmo princípio aos parapeitos. Adicionalmente, estes, deverão dispor de um elemento lateral que impeça a água de escorrer lateralmente, obrigando-­‐a a escorrer pela zona frontal.

NOTA: Os procedimentos apresentados são baseados em informações ob8das junto vários fabricantes e empresas especializadas com larga experiencia no mercado do ETICS no entanto não existe consenso em todos os procedimentos, assim não cons8tuem vínculo ou garan8a. Recomenda-­‐se a consulta dos fabricantes e/ou fornecedores dos materiais a aplicar.

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