AOPINIÃO DO JOVEM UNIVERSITÁRIO DO RSEM RELAÇÃOAOS COMPORTAMENTOSSOCIAIS ED I ÇÃ O
2016/ 1
MACHISMO
FEMINISMO
PRECONCEITOS
Os jovens pesquisados se consideram machistas?
Qual o entendimento dos jovens sobre feminismo?
O que influencia esses jovens a ter suas opiniões?
EXPEDIENTE Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul REITOR: Joaquim Clotet VICE-RETOR: Evilázio Teixeira DIRETO DA FAMECOS: João Guilherme Barone Reis e Silva COORDENADORA DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS: Denise Avancini Alves
Realização da Disciplina de Projeto Experimental de Pesquisa: Responsáveis: Denise Avancini Alves e Claudia Moura Projeto Gráfico: Ana Carolina Zottis e Isabela Dias
Editoras de Texto: Ana Carolina Zottis, Deisi Gastring, Elizandra Oliveira, Isabela Dias, Juliana Dalla-Lana, Mairy Neta e Mariani Santos
Avenida Ipiranga, 6681, Prédio 7, Porto alegre, RS, Brasil www.pucrs.br/famecos
NESTA EDIÇÃO
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Famecos Avenida Ipiranga, 6681, Prédio 7, Porto alegre, RS, Brasil www.pucrs.br/fam ecos
TEMA A OPI NI ÃO DO JOVEM UNI VERSI TÁRI O EM RELAÇÃO A OS COM PORTAM ENTOS SOCI AIS
DELIMITAÇÃO A OPI NIÃO DO JOVEM UNI VERSI TÁRIO DO RI O GRANDE DO SUL EM RELAÇÃO AOS COM PORTAM ENTOS SOCI AIS.
Foto: Revista Exame
Ana Carolina Zottis Deisi Gastring Elizandra Oliveira Isabela Dias Juliana DallaLana Mairy Neta Mariani Santos
PROJETO DE PESQUISA | 01
O
tema
foi
escolhido
a
par t i r
de
um a
i n qu i et ação do gr upo em en ten der al gu m as opi n i ões dos joven s fr en t e a si t u ações que en vol vessem
seu
com por t am en t o
soci al .
Obser vam os que os joven s, cada vez m ai s, estão con qu i stan do espaço e gan h an do voz par a m an i fest ar em seu pon t o de vi st a e l u t ar pel os seu s di r ei t os n a soci edade. Di an t e do am pl o con t ext o do t em a escol h i do, del i m i t am os a pesqu i sa aos joven s u n i ver si t ár i os do
Ri o
Gr an de
do
Su l
(RS). Pel a r azoável
qu an t i dade de u n i ver si dades e facul dades qu e h á n o est ado, acr edi t am os con segui r am ostr a est udo.
con si der ável Os
r esu m i dos
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soci ai s
for am
com por t am en t os em
um a
fem i n i sm o,
m ach i sm o
e
pr econ cei t o, segun do o gr u po, estão m ai s pr esen t es em n osso cot i di an o e possuem m ai or vi si bi l i dade
na
m ídi a
e
i sso
faci l i t ar á
a
expl an ação par a os r espon den tes, vi san do u m a com u n i cação cl ar a e con ci sa n a pesqu i sa.
O enfoque desse estudo é apr esentar a opinião dos jovens univer sitár ios do Rio Gr ande do Sul na faixa etár ia de 18 a 30 anos sobr e os com por tam entos sociais
deter m inados.
Al ém
disso,
quer em os
ver ificar quais os fator es que infl uenciam suas opiniões, bem com o quem são os infl uenciador es. Em síntese, quer em os apr esentar a opinião dos jovens univer sitár ios do Rio Gr ande do Sul e apontar
qual dos com por tam entos sociais abor dados é consider ado m ais r el evante.
Foto: Blog Empodere
PROJETO DE PESQUISA | 2
ET A PA QUA L I T A T I VA Entr evista por pauta r ealizada com tr ês especialistas de difer entes ár eas pr ofissionais: Ruth Lenar a Gonçalves Ignácio, atuante na ár ea de Ciências Sociais e pr ofessor a na Escola de H um anidades da PUCRS. Lor ecinda Abr ão, for m ada em Dir eito pel a PUCRS e Ciências Sociais pela UFRGS e tr abal ha na Pr efeitur a de Por to Al egr e no depar tam ento de Gestão de Planejam ento. Pr ofessor a Susana Gib Azevedo, gr aduada em psicologia pel a Unisinos, especialização em Psicopedagogia e m estr ado em Com unicação Social pel a PUCRS. Quanto aos estudantes univer sitár ios for am sel ecionados quatr o entr e inter ior e capital . Os estudantes são dos cur sos de Ciên cias Econôm icas e Jor nalism o. O gr upo com os pr ofissionais teve o objetivo de em basam ento técnico, com per guntas em pr ofundidade e questionam entos com m aior explor ação. Já par a o gr upo dos estudantes o r oteir o teve algum as al ter ações e foi aplicado com ênfase em per cepções e exper iên cias. No entanto, am bos abor dar am as in fl uências dos m eios sociais m ídia, fam ília, am igos os quais for m am as opiniões dos jovens univer sitár ios e se há diver gências nas infl uências sofr idas nas univer sidades da Capital/ Região M etr opolitana e do I nter ior .
Foto: Catraca Livre
ETAPA QUANTITATIVA
O questionár io er a com posto por questões de escol ha única e de escala de 0 a 4, no qual 0 é nada, 1 pouco, 2 indifer ente, 3 concor do e 4 con cor do pl enam ente. As tr ês pr im eir as per guntas: faixa etár ia, natur alidade e o gr au de ensino, car acter izar am se com o fil tr o. O questionár io foi aplicado por m eio das r edes sociais, pr ocur ando obter o m aior núm er o de r espondentes possíveis que se enquadr assem no per fil estabel ecido. Ao total obtivem os 803 r espostas sendo 451 de Por to Al egr e e r egião m etr opolitana e 318 no in ter ior , totalizando 769 r espostas válidas. Desta for m a, foi necessár io r ealizar a exclusão de 133 m ulher es de Por to Al egr e e r egião m etr opolitana par a igualar a am ostr a.
PROJETO DE PESQUISA | 4
Par a que a pesquisa tivesse exatidão, for am pesquisadas defin ições dos ter m os que são util izados pel as pessoas, o que al gum as del as viven ciam e com o esses com por tam en tos são vistos m un dial m en te.
O m achism o está enr ai zado na cul tur a, e, em deter m in ados países, per cebese a sua m anifestação com m ais cl ar eza, com o por exem pl o, os povos do or ien te m édio, a cul tur a I sl âm ica. E m esm o com o avanço da hum an idade e a evol ução dos conceitos, em 2014, a Cen tr al de Aten dim en to à M ul her (l igue 180) r eal izou 485.105 atendim entos, um a m édia de 40.425 l igações ao m ês e 1.348 ao dia. Deste total , 51,68%, dos con tatos, for am de den ún cias de viol ên cia física. O segun do l ugar do r an k in g ficou com a viol ên cia psicol ógica (31,81%). Fal an do de for m a am pl a, o m achism o pode ser um conceito fil osófico e social que tem com o pr em issa a i nfer i or i dade da m ulher e o in tui to de que o hom em den tr o de um a r el ação é o chefe, o l íder super ior , o que pr otege a fam íl ia e tem total autor i dade. Logo, o m achism o não está in teir am en te defin ido com o um a m anifestação cul tur al , fil osófica, ideol ógica, cr en ça in questionável ou tão pouco a desigual dade que con sequen tem en te l eva a dom inação. Por ém as m anifestações que r epr esen tam suas sér ias expr essões é apen as a “ pon tinha do iceber g” .
O pen sam en to de dom inação que o hom em tem a r espeito das m ul her es, m uitas vezes, faz com que el es se sin tam no di r eito de vi ol entá-las e, apesar de ser um cr im e a viol ência con tr a as m ul her es, segue vitim an do m il har es de br asil eir as, sen do que 38,72% sofr em agr essões diar iam en te e 33,86% sem an al .
Foto: Pragmatismo Pólítico
Esses dados for am divul gados no Bal an ço dos aten dim en tos r eal izados de jan eir o a outubr o de 2015, pel a Cen tr al de Aten dim en to à M ul her . Em 7 de agosto de 2006 foi apr ovada por un an im idade pel o Con gr esso Nacional e pel o pr esiden te Luiz I nácio Lul a da Sil va, a Lei n º 11.340/ 2006 popul ar m en te conhecida com o Lei M ar ia da Penha – tor nouse o pr in cipal instr um ento l egal par a coibir e pun ir a viol ência dom éstica pr aticada con tr a m ul her es n o Br asil . A cam panha divul gou, de acor do com dados do I n stituto Zan gar i, que en tr e os anos de 1997 e 2007, 41.532 m ulher es m or r er am ví ti m as de hom i cí di o – ín dice de 4,2 assassin atos por 100 m il habitan tes. O que col oca o país em 12º l ugar no r ank ing m un dial de assassin ato de m ul her es, a cidade br asil eir a que r egi str a m aior ín dice de viol ência de gên er o com ín dice de hom icídio m aior que 10 por 100m il habitan tes é o Espir ito San to com o ín dice de 10.3 assassin atos. En quan to isso n o Rio Gr ande do Sul , em 2015, a taxa foi de 3.8.
PROJETO DE PESQUISA | 05
O m ovim en to fem in ista, apesar de in ser ir se no m ovim en to m ais am pl o de m ul her es, distin guese por defender os in ter esses de gên er o das m ul her es, por questi onar os si stem as cul tur ais e pol íticos con str uídos a par tir dos papéis de gên er o histor icam en te atr ibuídos às m ul her es, pel a defin ição da sua autonom ia em r el ação a outr os m ovim entos, or gan izações e ao Estado, e pel o pr in cípio or gan izativo da hor izon tal idade, i sto é, da não existên cia de esfer as de deci sões hi er ar qui zadas (ÁLVAREZ, 1990, p. 23). Com o adven to da in ter n et o fem in ism o tom ou pr opor ções in im agináveis. Um exem pl o são as cam panhas # m eupr i m ei r oassedi o, # chegadefiufiu ou # m euam i gosecr eto, que m ostr ava as m ul her es con tan do com o er am assediadas, hum il hadas e/ ou com o conheciam al guém , bem pr óxim o em m uitos r el atos, que el as sabiam que assediou ou assediava al gum a outr a m ul her . Esse tipo de ação concedeu ao m ovim en to fem in ista m uita visibil idade, pois segun do dados divul gados pel a Cen tr al de
Foto: Site Modalogia
Aten dim en to à M ul her o n úm er o de den ún cias, em casos de viol ên cia con tr a m ul her – seja m or al , física ou psicol ógica – no 180, o “ disque den ún cia” , subiu 40% em r el ação ao an o anter ior . Segun do Tavar es (2012), a iden tificação do ter m o fem in ism o tem r el ação com quatr o fazes, 84, 2% l uta pel os dir eitos das m ul her es se iden tificam com a fr ase “ l uta pel os dir eitos das m ul her es” , 7,1% “ l uta con tr a os hom en s” , 4,1% “ l uta pel os dir eitos hum anos” , 3,4% “ l uta ul tr apassada” . Sua anál ise sobr e sexo con cl uiu que 88,1% das joven s pen sam que fem in ism o é l uta pel os dir eitos das m ul her es, en quan to 3,8% con sider am ser o fem in ism o um a l uta con tr a hom en s e 2,3% um a l uta ul tr apassada. Já os hom en s en tr evistados, destes 11,3% fem in ism o é um a l uta con tr a os hom en s, 4,7% um a l uta ul tr apassada e 79,2% acr edita que é um a l uta pel os dir eitos das m ul her es. Atual m en te, al gun s especial istas di scutem ain da se estar íam os dian te de um a quar ta fase do fem inism o, defin ido pel o uso das tecnol ogias par a con str uir um m ovim ento popul ar for te, r eativo e m ul tifacetado n a in ter n et. A n ova on da in cen tiva às m ul her es a per ceber que a desi gual dade não é um pr obl em a i ndi vi dual , m as col eti vo – e, por isso, pr ecisa de sol uções pol íticas. Segun do a m atér ia outr os especial istas n o assun to discor dam da existên cia da quar ta onda fem in ista e afir m am que o aum en to do uso da in ter n et n ão ser ia suficien te par a del in ear um a nova er a. Os n ovos fem in ism os ser iam um a con tin uação da ter ceir a on da.
PROJETO DE PESQUISA | 06
Foto: Blog Amigos Cadeirantes
• O assun to pr econceito é um dos m ais am plos deste estudo, pois definil o é del icado e r equer um a m in uciosa an álise. Stan ge e Bassan i defin em por pr econ ceito o conceito ou opinião for m ados antecipadam ente, sem m aior pon der ação ou conhecim en to dos fatos; jul gam en to ou opin ião for m ada sem l evar em conta os fatos que o contestam . Ou seja, pr econceito é um a opinião sem conheci m ento e entendim ento r eal dos fatos. Quan do al guém está sen do pr econceituoso, é possível en ten der que el e está julgando al go ou al guém sem o devido em basam en to par a tal. Um estudo publ icado em m aio de 2015 n a Revista cien tífica Sexuality Resear ch an d Social Pol icy (Sexual idade, Pesquisa e Política Social ), foi um estudo do I n stituto de Psicologia e, é o pr im eir o, em lar ga escal a, que m apeia as postur as citadas acim a em um a un iver sidade br asil eir a. Neste caso, a Un iver sidade escolhida foi a Univer sidade Feder al do Rio Gr an de do Sul
Um dos fatos r el evan tes, é que os al unos que são de cidades com m enos de 100 m il habitan tes r espon der am de for m a m ais in tol er an te aos iten s pr opostos, al ém disso, n ão há cor r el ação en tr e o tem po de per m an ência n a un iver sidade e o nível de pr econ ceito. A pesqui sa r evel ou dados sign ificativos par a o em basam en to do nosso pr ojeto de pesquisa, com o por exem pl o, n a ár ea das ciên cias biol ógicas n ão foi r egistr ado nível m áxim o de pr econ ceito.
• (UFRGS). O estudo apon ta que 87% dos al unos da UFRGS têm al gum pr econceito de gên er o ou contr a diver sidade sexual , do un iver so de 8.184 al unos que r espon der am a pesquisa de for m a anôn im a e vol un tár ia — 30% do total de m atr icul ados n a UFRGS —, apenas 12,17% apr esentar am ní vel m í ni m o de • pr econcei to. O n ível de pr econceito var iou de acor do com o cur so e com o per fil do al un o. Foto: Pinterest
PROJETO DE PESQUISA | 7
Foto: Negócios Online
Nessa fase do r el atór i o for am an al i sadas as r espostas obt idas n a etapa qu al i tativa apl i cada em pr ofission ai s e estu dan tes u n i ver si tár ios.
O objeti vo desta etapa foi col etar dados par a o em basam en to da con str u ção da etapa qu al i tati va.
PROJETO DE PESQUISA | 8
Com base no pr obl em a de pesquisa a constituição da am ostr a na etapa qual itativa ocor r eu atr avés de um pr ocesso de “análise de gr upo” tendo o cr itér io de sel eção sido: a escol ha de pr ofissionais na ár ea de hum anas com habil itações em ciências sociais, psicol ogia, sociol ogias e dir eito, e jovens univer sitár ios entr e 18 e 30 anos, que estudam no i nter ior do Rio Gr ande do Sul , na capital gaúcha ou r egião m etr opol itana. As entr evistas com os pr ofissionais ocor r er am no m ês de abr il, onde par ticipar am a pr ofessor a Ruth Lenar a Gonçal ves I gnácio, atuante na ár ea de Ciências Sociais e pr ofessor a na Escola de H um anidades da Pontifícia Univer sidade Catól ica do Rio Gr ande do Sul (PUCRS) desde 1999. Lor ecinda Abr ão, for m ada em Dir eito pela PUCRS e Ciências Sociais pel a UFRGS, tr abal ha na Pr efeitur a de Por to Al egr e no depar tam ento de Gestão de Pl anejam ento e pr ofessor a Susana Gib Azevedo, gr aduada em psicologia pel a Univer sidade do Val e do Rio dos Sinos (1985), com especial ização em Psicopedagogia pel a Pontifícia Univer sidade Catól ica do Rio Gr ande do Sul (1994) e m estr ado em Com unicação Social pela Pontifícia Univer sidade Catól ica do Rio Gr ande do Sul (2001). Par a as entr evistas com os estudantes univer sitár ios do inter ior e da capital , na faixa etár ia dos 18 aos 30 anos for am sel ecionados quatr o estudantes, entr e o inter ior e capital / r egião m etr opol itana do Rio Gr ande do Sul . Da capital / r egião m etr opol itana for am entr evistados os estudantes Gabr iel Baptistel l a Vieir a de 23 anos e “ M ar ia” de 20 anos, que pr efer iu não identificar se, por tanto a cham ar em os de M ar ia. Do inter ior do Rio Gr ande do Sul , for am os estudantes Catiano Ott de 23 anos e Jonathan Duar te de 20 anos.
Foto: Pinterest
PROJETO DE PESQUISA | 09
D Não tem com o negar que a m ídia tem um papel de gr ande im por tância no cam po político, social e econôm ico de toda sociedade. No entanto, el a instiga na população um a consciência, um a cul tur a, um a for m a de agir e de pensar . H á diver sos fator es que podem infl uenciar no com por tam ento dos jovens univer sitár ios, desde o r el acionam ento com os pais, fam il iar es e am igos e o que este jovem em for m ação de identidade vê na inter net. Par a Azevedo, “os jovens sã o influencia dos pela fa m í lia , gr upos socia is, gr upos de t r a ba lho, pela t elevisã o e int er net ”. Segundo el a, os jovens sofr em infl uência por que estão em for m ação da pr ópr ia opinião e, por tanto, estão r efor çando val or es e r eor ganizando outr os. A vivência, convivência, apr endizado com o cotidiano é o que vai dando o nor te, difer entem ente dos pr im eir os m om entos r epassados pel a fam íl ia. Ensi nar valor es e lim ites é a chave par a evitar que estes jovens se tor nem pessoas pr econceituosas. No entanto, a cada dia, os jovens buscam m aior l iber dade, especial m ente dentr o de casa. Par a o estudante univer sitár io Otto:
“ O j ovem t en de a f or m ul ar seu com por t am en t o baseado n as r ela ções soci a is do m ei o em que está i nser i do, dest e m odo, os m ei os de i nter m edi a çã o soci a l com o as r edes soci ai s, i m pr en sa e m ídi a são deci si vos, por ém sem dúvi da o m a i s i m por ta nte de todos sã o a s r ela ções soci a i s de a m i za de e fa m í li a ” . Par a algum as pessoas, a m ídia m odifica o m odo de ser , de agir , enfim i nfl uencia a vida das pessoas. M uitas vezes, os veícul os de com unicação tr azem infor m ações que em basam as pessoas a for m ar em opiniões sobr e deter m inados assuntos. Outr as vezes, no sentido de induzir os tel espectador es na com pr a de m ar cas de r oupas, per fum es, ou de quaisquer outr os pr odutos. Par a a pr ofessor a I gnácio, essa infl uência nada m ais é que um a “estr atégia de m anipulação, a im pr ensa m anda e as pessoas não per cebem que estão sendo m anipul adas a fazer o que el es quer em . Acr edita que: “ os m eios de com unicação convencionais são m uito com petentes, el es m andam sem par ecer que estão m andando, por que é o discur so hipócr ita do dir eito do indivíduo da l iber dade de escol ha” . Foto: Pinterest
PROJETO DE PESQUISA | 10
Os pais podem influen ciar a apr endizagem de seus fil hos atr avés de atitudes e valor es que passam a el es. Fr equentem ente, os valor es adquir idos em fam ília são am eaçados por outr os contextos socializador es. As car acter ísticas de com por tam ento dos pais têm influências difer entes sobr e os fil hos, os quais podem desenvol ver difer entes per sonalidades. No entanto, a m ídia tam bém cr ia um contexto de gr ande infl uência par a os jovens.
Foto: Pinterest
Por tanto, ver ificam os que, de acor do com os en tr evistados, os pais/ fam iliar es são a pr im eir a influência na for m ação i deol ógi ca. Os am i gos tam bém são for tes infl uenciador es, apr endendo a seguir r egr as, m an ter segr edos, escutar , falar , negociar e a ser leal . A par tir das am izades, dim inui a infl uência dos pais sobr e os jovens e passam a ser infl uenciados pelos am igos. Quando nos r efer im os à m ídia, consider am os todos os m eios de com unicação. E pelo fato dela ser infl uenciador a, a infl uên cia ger ada atinge estágios al tos, que na m esm a pr opor ção tem tor nado a questão ainda m ais sér ia e pr eocupante. A pr ofessor a Ignácio explica que o pr ocesso de m anipul ação da m ídia é m uito m ais sutil do que as m ensagens subl im inar es. É notór io a for ça que a m ídia possui e fica m ais nítido quando ela passa a utilizar essa for ça par a incutir n as pessoas um ponto de vista já for m ado sobr e deter m inado tem a. Ainda m ais nos dias atuais, onde se car r ega o m undo no “ bol so” (cel ul ar ).
PROJETO DE PESQUISA | 11
Foto: Pinterest
A cul tur a br asileir a em sua essência é com posta por diver sidade cultur al com gr ande m iscigenação de r aças, fator es estes que contr ibuír am par a a existência de diver sidades de cul tur as, val or es e cr enças. Em gr ande par te dos gr upos m ais jovens br asil eir os, a cultur a do m achism o está for tem ente pr esentem , foi o que r evel ou um a pesquisa r eal izada em 2013, atr avés do I nstituto Data Popular . Na pesquisa, 96% dos jovens br asileir os, entr e 16 e 24 anos, afir m am que a sociedade br asileir a ainda é extr em am ente m achista. A ideol ogia do m achism o está intr ínseca nas r aízes cultur ais da sociedade há sécul os, tanto no sistem a econôm ico, pol ítico m undial , nas r el igiões, na m ídia e no núcl eo fam il iar . Sendo que, na fam íl ia a figur a m ascul ina r epr esenta a lider ança, poder sobr e os integr antes. Já, o fem inism o, é um m ovim ento político, fil osófico e social que defende a igualdade de dir eitos entr e m ulher es e hom ens. O fem inism o não é um a tentativa de sobr epor o "poder fem inino" sobr e o m ascul ino, m as sim de l utar pela igualdade entr e m ul her es e hom ens em todos os setor es da sociedade.
No entanto, os tr ês com por tam entos sociais: m achism o, fem inism o e pr econceito são per cebidos e entendidos de difer entes for m as pel as pessoas, pois cada indivíduo constr oe sua opinião sobr e esses assuntos, m uitas vezes por algum m eio influenciador . Par a Azevedo, os fator es cul tur ais têm um a r el evância significativa par a todas as pessoas, “ pois a cul tur a engl oba os hábitos, as cr enças, as ideol ogias e é no contexto social onde vivem os sobr e nor m as e r egr as de com por tam entos” . Ressal ta tam bém , que a cul tur a gaúcha tem m uitos povos de etnias difer entes. Al guns destes povos têm car acter ísticas m ais egocêntr icas, m ais r ígidas, m as com o existe um a m escl a de convivência essas infl uências vão se m istur ando. H á jovens que nascem em um a fam íl ia, a qual car r ega um a cul tur a, hábitos e cr enças de m odo que el e apr esente um a opinião pr é-for m ada. Abr ão, sal ienta a questão da her ança histór ica, a qual nor m al m ente é exposta ao jovem gaúcho, de que o Sul tem aspectos difer enciados do r esto do país. Exem pl o com o: Revol ução Far r oupil ha. Um fator possível de infl uenciar é a “ contação” da cul tur a gaúcha ser difer enciada das dem ais r egiões. H á, na ver dade, um a super valor ização desta cultur a. Já o estudante Vi eir a acr edita que a infl uência vem um pouco do convívio com os fam il iar es e am igos. Os pensam entos aos poucos vão se juntando e for m ando opiniões. Em sua per spectiva, o influenciador das questões abor dadas é o convívio fam iliar , acr edita que este é o fator m ais im por tante. No entanto, sabe que a inter net e as r edes sociais tam bém expõem m uitas infor m ações sobr e o assunto e podem contr ibuir na constr ução de opiniões.
PROJETO DE PESQUISA | 12
Com pl em entando a opinião de Vieir a, a estudante “ M ar ia” acr edita que “a m ídia, a inter net e pessoas pr óxim as, com o fam iliar es, am igos e pr ofessor es são os gr andes influenciador es de opiniões”. Acr edita ainda que os jovens estão m ais dispostos a lutar pelos seus ideais e poucos fator es, al ém dos citados, são capazes de causar m aior infl uência. Per cebese que os pr incipais infl uenciador es ainda são os fam iliar es, m uitas vezes, pel a sua cul tur a, hábitos e cr enças. No entanto, com o sur gim ento da inter net os estudantes estão pr ocur ando pesquisar sobr e os assuntos par a constr uír em a sua pr ópr ia opinião.
Foto: Pinterest
Percebe-se que com o passar dos anos os com por tam en tos sociais m udar am . O que an tigam en te er a m al visto ou con sider ado er r ado pel a sociedade, atual m en te há outr os par âm etr os de aceitação. Exem plo disso são as r el ações sexuai s an tes do casam en to, ato que er a tr atado com o pr ofano e que, n o en tan to, nos dias atuais é aceitável . Os com por tam en tos sociais são códigos de con duta, que ditam as r egr as de ação e r eação, isto é, o com por tar se do in divíduo n a sociedade dian te dos gr upos sociais a que el e per ten ce, poden do ser a com un idade, a escol a, a r el igião, os am igos, en tr e tan tos outr os. Ten do em vista os com por tam en tos sociais: m achism o, fem in ism o e pr econceito, a pesquisa qual itativa abor dou o tem a de for m a m ais apr ofun dada com a pr ofissional Ruth I gn ácio, com o in tuito de em basar a an ál ise da pesquisa quan titativa, por tr atar se de um a pr ofessor a n a ár ea de ci ên cias sociais. Por tan to, ao ser questionada sobr e a sua opin ião em r el ação ao posicionam en to dos joven s un iver sitár ios fr en te aos com por tam en tos sociais, I gnácio con sider a que ain da há um gr upo sel eto de estudan tes que m esm o sem gr an de pr ofun didade nas discussões pol íticas e ideol ógicas com eçam a dar se con ta, atr avés do excesso de in for m ação. A par tir disso, existem in úm er as pessoas, sejam m ul her es, popul ação n egr a, hom ossexuais que sofr em pel a ausência de seus direitos
No entanto, percebe-se que isso é pon tual em al gun s gr upos, tal vez pel o fato de dar aul as em quase todos os cur sos do cam pus da Un iver sidade, n ota que são nos cur sos das hum an idades que há um a m aior investigação sobr e o assun to, o que n ão é per cebido n os gr upos das ár eas técn icas. Segun do a pr ofessor a I gnácio, a for m a com o são tr atados os com por tam en tos sociais n as un iver sidades ain da é m uito vago, os joven s n ão acr editam que podem posicionar se em gr upos par a obter dir eitos civis un iver sais, ain da há um gr an de in dividual ism o. No en tan to, n as r edes sociais é difer en te, i n discutivelm en te cr esceu esse gr upo assim com o a for m a de iden tificação. Esse m odo de com un icar se n as r edes sociais ain da é r estr ita face as gigan tescas possibil idades de com un icação que se tem atualm en te atr avés das m ídias sociais e al ter n ativas. Levan do em con sider ação o gigan tesco nível de acesso à infor m ação, podem os con sider ar que o posicionam en to dos joven s un iver sitár ios sobr e os com por tam en tos sociais ain da é m uito vago. Os joven s un iver sitár ios n ão tiver am gr an des avan ços em r el ação a par ticipação em m ovim en tos sociais que en vol vam in ter esses específicos .
PROJETO DE PESQUISA | 13
A par tir das entr evistas com os jovens, que a fam ília é consider ada o m aior fator de influência e, tam bém , o contexto soci al foi citado com o r elevante par a a for m ação da opinião dos jovens univer sitár io do RS. Analisando as entr evistas, per cebem os que n a r egião inter ior ana do estado o conser vador ism o é m ais pr esente devido à colonização de cada cidade. Em basado nas entr evistas r ealizadas com os pr ofissionais, podem os afir m ar que na for m ação da opinião dos jovens un iver sitár ios do RS a influência é or iunda da cultur a que eles estão inser idos, bem com o, a exposi ção das infor m ações di vulgadas pela m ídi a. I gnácio fala que os joven s, na faixa etár ia de 17 a 35 anos, possuem a car ater ística de não supor tar r eceber or dens, ou seja, não gostam de ser m andados. Ela com pl em enta que os m eios de com unicação são extr em am ente com petentes em m anipular os jovens. Com isso, a sua estr atégia é induzir as r eações destes univer sitár ios, com o se par tissem del es a opção, dando um fal so discur so de l iber dade de escol ha. Por fim , o gr upo com pr eende que o estudo é r el evante par a a sociedade por contr ibuir com o entendim ento de com por tam entos soci ais. Na fal a dos pr ofissionais, é per ceptível este fator . Nor m alm ente nos debates entr e jovens, os com por tam entos são abor dados separ adam ente e em diver sos contextos, pr incipalm ente, no âm bito fam iliar .
Foto: Pinterest
PROJETO DE PESQUISA | 14
•
Nessa etapa do r el atór io for am an alisadas as r espostas obtidas n a etapa quan titativa, visan do obser var as car acter ísticas do n osso r espon den te. A pós a tabulação dos r esul tados, foi r ealizada an álise dos dados par a r esponder os objetivos desse estu do.
Foto: Canva Imagens
PROJETO DE PESQUISA | 15
PERFIL DOS RESPONDENTES CAPITA L
INTERIOR Foto: Pinterest
A o r eal i zar a t abu l ação d os d ad os, i d en ti f i cam os qu e, d as m u l h er es d e Por t o A l egr e e Regi ão M etr op ol i t an a, 50 ,83% (92) p ossu em 18 a 21 an os; 25,26% (64) 22 a 25 an os e 13,81% (25) 26 a 30 an os;
N o i n ter i or , i d en ti f i cam os qu e d as m u l h er es 59,69%(117) p ossu em 18 a 21 an os; 31,63%(62) 22 a 25 an os e 8,67%(17) 26 a 30 an os e d os h om en s d o i n ter i or i d en ti f i cam os qu e 56,56%(69) p ossu em d e 18 a 21 an os; 29,51%(36) 22 a 25 an os e
13,93%(17) 26 a 30 an os PROJETO DE PESQUISA | 16
CAPITA L
INTERIOR Foto: Sul 21
H om en s d e Por to Alegr e e Regi ão M etr op olitan a, i d en ti f i cam os qu e 48,91% (67) p ossu em d e 18 a 21 an os; 36,50 % (50 ) 22 a 25 an os e 14,60 %(20 ) 26 a 30 an os; H om en s do i n ter i or i d en ti f i cam os qu e 56,56% (69) p ossu em d e 18 a 21 an os; 29,51%(36) 22 a 25 an os e 13,93%(17) 26 a 30 an os ;
PROJETO DE PESQUISA | 17
948 respondentes
767 válidos
131 excluídos
Foto: Canva Imagens
AO TODO OBTIVEMOS 948 RESPONDENTES, SENDO 767 VÁLIDOS. OS CRITÉRIOS DE CORTE ADOTADOS PELO GRUPO FORAM PESSOAS COM IDADE INFERIOR A 18 ANOS OU SUPERIOR A 30 ANOS; NASCIDAS EM OUTROS ESTADOS E QUE NÃO ERAM UNIVERSITÁRIOS. PORÉM, PARA IGUALARMOS A AMOSTRA, FOI NECESSÁRIO REALIZAR A EXCLUSÃO DE 131 RESPONDENTES DA CAPITAL E REGIÃO METROPOLITANA DO GÊNERO FEMININO. O CRITÉRIO FOI ESTABELECIDO PELO GRUPO, VISTO QUE, AS MULHERES ESTAVAM EM MAIOR NÚMERO NA CAPITALEM COMPARAÇÃO AOS HOMENS.
PROJETO PESQUISA | |1821 PROJETODE DE PESQUISA
Perfil Porto Alegre e RegiĂŁo Metropolitana
50,83% mulheres
36,50% homens
13,81% mulheres
18 a 21 anos
22 a 25 anos
48,81% homens
35,36% mulheres
14,60%
26 a 30 anos
homens
PROJETO DE PESQUISA | 19
Perfil Interior do Estado
59,69% mulheres
31,63% homens
8,67% mulheres
18 a 21 anos
22 a 25 anos
26 a 30 anos
56,56% homens
29,51% mulheres
13,93% homens
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Instituição de Ensino
80,50%
52,20% 45,91%
17,61%
1,89%
PRIVADA
Interior
PÚBLICA
1,89%
PÚBLICO/PRIVADA
Capit al
PROJETO DE PESQUISA | 21
PROJETO DE PESQUISA | 22
F E MI N I S MO
Foto: Blog Lugar de Mulher
O gráfico acim a , apresenta o quanto os respondentes se consideram fem inistas em um a escala de 0 a 4, no qual 0 é nad a e 4 é m uito. Identificou -se que os jovens universitários que estudam no interior são 14,78% (47) grau 0 ; 10 ,06% (32) grau 1; 25,16% (80 ) grau 2; 27,67% (88) grau 3 e 22,33% (71) grau 4. Os universitários d a capital e região m etropolitana são 8,81% (28) grau 0 ; 7,86% (25) grau 1; 23,27% (74) grau 2; 30 ,82% (98) grau 3 e 29,25% (93) grau 4. Em síntese , concluím os que a m édia de concord ância é 2,33 para interior e 2,64 para Porto Alegre e região m etropolitana . Sendo assim , os universitários d a capital e região m etropolitana consideram -se m ais fem inistas em com paração aos do interior. Em relação a questão acim a levantad a , pode -se avaliar que há um a forte tendência dos jovens universitários, tanto d o interior quando d a capital, em identificar-se com o fem inistas.
A partir da etapa desk research, podemos entender que existiram três ondas de feminismo, sendo uma iniciada no século passado com a conquista do voto, a segunda entre as décadas de 1960 e 1980 , a terceira em 1990 e atualmente estaria surgindo a quarta, pois a tecnologia tem se tornado ferramenta aliada das mulheres dando a elas a oportunidade se manifestarem online e de poder conhecer outras mulheres com histórias semelhantes as delas
PROJETO DE PESQUISA | 23
O gráfico abaixo representa o grau de concordância dos respondentes com a
F am íl i a e F em i n i sm o
afirm ação “você considera seus fam iliares fem inistas”. Obteve -se no interior 25,79% (82) grau 0 ; 34,59% (110 ) grau 1; 27,99% (89) grau 2; 9,75% (31) grau 3 e 1,89% (6) grau 4.
Nos universitários de Porto Alegre e região m etropolitana identificam os que os graus de concordância são 17,92% (57) grau 0 ; 30 ,19% (96) grau 1; 36,48% (116) grau 2; 12,58% (40 ) grau 3 e 2,83%
(9) grau
4. Em
síntese ,
concluím os que a m édia de concordância é 1,27 para interior e 1,52 para Porto Alegre e região
m etropolitana .
universitários
da
Send o
capital
assim , e
os
região
m etropolitana consideram os seus fam iliares m ais fem inistas em com paração com os universitários do interior.
Foto: Pinterest
Podem os considerar, tam bém , que , na relação interior-capital, o foco da pesquisa é sutil no que diz respeito a concordância com a questão acim a abordada . Com o visto anteriorm ente é entendido que há um a nova fase do fem inism o surgindo, podendo concluir que essa diferença
entre região m etropolitana e capital e interior pode ficar cada vez m enor e m ais nivelada .
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AGRESSÃO O gráfico r e p r e s e n t a o g r a u d e c o n c o r d â n c i a e m r el a ç ã o a a g r e s s ã o q u e a m u l h e r sofre po r r e c u s a r - s e a o b e d e c e r ao h o m e m , n e s t a q u e s t ã o a p e r g u n t a foi: Você a c h a c e r t a a a t i t u d e d el a ? No interior : 21,38% ( 68 ) g r a u 0 ; 1 , 89 % (6) g r a u 1; 7 , 55 % (24) g r a u 2; 15,41% (49 ) g r a u 3; 53 , 77 % (171) g r a u . Os universitários d e P o r to Alegre e região m e t r o p o l i t a n a são 23 , 34 % (74) g r a u 0 ; 1 , 89 % (6) g r a u 1; 5 , 05 % 916) g r a u 2; 11,67% (37) g r a u 3 e 58 , 04 % (184) g r a u 4. Em s í n te s e , c o n c l u í m o s q u e a m é d i a d e c o n c o r d â n c i a é 2 , 78 p a r a in terior e 2 , 68 p a r a P o r to Alegre e regi ã o m e t r o p o l i t a n a . S e n d o a s s im , os universitários d o in terior a c h a m a a t i t u d e d a m u l h e r m a i s c o r r e t a e m r e l a ç ã o aos universitários d a c a p i ta l e região m e t r o p o l i t a n a .
P o d e m o s anal isar q u e , o m a i o r p e r c e n t u a l d e r e s p o n d e n t e s , c o n c o r d a c o m a a t i t u d e d a m u l h e r e, t a m b é m n o t a m o s , a i n d a q u e sutil , u m a p e q u e n a d i f e r e n ç a e n t r e interior e c a p i ta l , o q u e reforç a e e m b a s a n o s s a anál is e c o m p a r a t i v a e n t r e as regiões .
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Podemos verificar no gráfico acima, a questão sobre um homem repreender a roupa que sua companheira está usando e ela o enfrentar dizendo que tem o direito de mandar nas próprias roupas, que os universitários do interior que 4,40% (14) responderam 0 não concordam com o posicionamento dela, 5,97% (19) consideram grau de concordância 1, 10,69% (34) grau 2, 17,61% (56) grau 3 e 61,32% (195) consideram grau 4 na concordância com a atitude da mulher .
O HOMEM REPREENDE A ROUPA QUE SUA COMPANHEIRA ESTÁ USANDO E ELA O ENFRENTA DIZENDO QUE ELE NÃO TEM DIREITO DE MANDAR NAS ROUPAS QUE ELA VESTE. VOCÊ CONCORDA COM O POSICIONAMENTO DELA
Foto: Brasil Post
No gráfico, que representa Porto Alegre e região metropolitana , obtivemos 4,73% (15) que responderam 0 não concordam com o posicionamento dela, 3,15% (10) consideram grau de concordância 1, 6,31% (20) grau 2, 13,25% (42) grau 3 e 72,56% (230) consideram grau 4 de concordância com a atitude da mulher . Nesta análise, pode - se destacar que tanto os universitários do interior, quanto os de POA e região metropolitana consideram certo a mulher posicionar-se quanto a escolha das próprias roupas. PROJETO DE PESQUISA | 26
M A C H I S M O Foto: Blog Kbr Digital
7,55% interior
6,26% interior
82,39% interior
3,77% interior
7,86% capital
Código de honra masculino;
3,14% Capital
Discriminação aos homens adotada pelas mulheres ;
Ideologia que prega a submissão de um gênero a outro;
87,11% capital
1,89% capital
Movimento diverso e em constante evolução;
O que você entende sobre machismo
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Você se consider a machista ? P R O J E T O D E P E S Q UI S A MA C HI S MO , F E MI NI S MO E P R E CO NCE I T O
O gráfico 12 representa o grau de concordância na questão : Você considera seus familiares machistas , obtivemos no interior 8,81% (28) grau 0; 13,52% (43) grau 1; 26,73% (85) grau 2; 35,22% (112) grau 3 e 15,72% (50) responderam que o grau de machistas na família é o grau máximo 4. Já os universitários de Porto Alegre e região metropolitana apresentaram os índices de 7,23% (23) grau 0; 12,58% (40) grau 1; 25,16% (80) grau 2; 38,68% (123) grau 3 e 16,35% (52) para o grau máximo que é 4. Na busca por identificar quem são os influenciadores desses jovens universitários, a questão acima foi lançada . Em entrevista com a psicóloga Susana Gib Azevedo, podemos compreender que há diversas formas de influenciadores, são eles: família, grupos sociais, trabalho , amigos e internet . Tendo e m vista esses fatores, foi de grande importância questionar os respondentes sobre a sua percepção a cerca dos seus familiares mais próximos.
PROJETO DE PESQUISA | 28
Considera seus familiares machistas ? P R O J E T O D E P E S Q UI S A MA C H I S MO , F E MI N I S MO E P R E CO NCE I T O
O gráfico acima representa o grau de concordância na questão : Você considera seus familiares machistas , obtivemos no interior 8,81% (28) grau 0; 13,52% (43) grau 1; 26,73% (85) grau 2; 35,22% (112) grau 3 e 15,72% (50) responderam que o grau de machistas na família é o grau máximo 4. Já os universitários de Porto Alegre e região metropolitana apresentaram os índices de 7,23% (23) grau 0; 12,58% (40) grau 1; 25,16% (80) grau 2; 38,68% (123) grau 3 e 16,35% (52) para o grau máximo que é 4.
Na busca por identificar quem são os influenciadores desses jovens universitários, a questão foi lançada . Em entrevista com a psicóloga Susana Gib Azevedo, podemos compreender que há diversas formas de influenciadores, são eles: família, grupos sociais, trabalho , amigos e internet. Tendo e m vista esses fatores, foi de grande importância questionar os respondentes sobre a sua percepção a cerca dos seus familiares mais próximos. PROJETO DE PESQUISA | 29
No gráfico apresentado , analisou-se o grau de machismo em um a determinada situação, onde a mulher sai com um a roupa que chama a atenção . O grau de machismo na situação apontou , no interior, 3,46% (11) grau 0; 1,26% (4) grau 1; seguindo de 2,83% (9) grau 2; 8,81% (28) grau 3 e a maioria dos entrevistados , 83,65% (265) grau 4.
Foto: Pinterest
No ponto de vista dos universitários de Porto Alegre e região metropolitana as respostam foram 2,20% (7) grau 0; 0,94% (3) grau 1; 0,94% (3) grau 2; 5,97% (19) grau 3 e 89,94% (286) dos respondentes apontaram como grau 4 para a situação em questão .
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Quando você escuta a seguinte frase: “Lugar de mulher é esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque”, você julga que:
Em relação ao julgamento que uma frase pode significar, o gráfico aqui apresentado, aponta a opinião dos jovens sobre a expressão “Lugar de mulher é esquentando a barriga no fogão e esfriando no tanque”, no interior 13,52% (43) acreditam que é apenas uma brincadeira; a maioria sendo, 84,59% (269) que é uma frase machista. porque lugar de mulher é em qualquer lugar e 1,89% (6) afirmam que não é uma frase machista, pois boa parte das mulheres são excelentes donas de casa.
Analisando as respostas dos universitários de Porto Alegre e região metropolitana, obtivemos 7,75% (24) dos respondentes concordando que é apenas uma brincadeira; 90,88% (289) consideram que é uma frase machista, porque lugar de mulher é em qualquer lugar e 1,57% (5) afirmam que não é uma frase machista, pois boa parte das mulheres são excelentes donas de casa.
CCIt
Foto: Blog Opocição
PROJETO DE PESQUISA MACHISMO, FEMINISMO E PRECONCEITO
PROJETO DE PESQUISA | 31
Foto:Sxpresso SP
PRECONCEITO
O QUE VOCÊ ENTENDE SOBRE PRECONCEITO O gráfico representa o entendimento sobre o preconceito , verificamos que 90,57% (288) dos universitários do interior entendem que são atitudes discriminatórias perante pessoas , crenças , sentimentos , comportamentos , entre outros; 0,31% (1) que é um conjunto de atitudes com objetivos de unir os seres humanos ; 3,46% (11) que é o domínio de uma crença fundamentada em uma base irracional e 5,66% (18) que é uma Generalização exacerbada
Ao analisar os universitários de Porto Alegre e região metropolitana obtivemos as seguintes respostas 89,31% (284) dos universitários do interior entendem que são atitudes discriminatórias perante pessoas, crenças, sentimentos, comportamentos, entre outros; 0,63% (2) que é um conjunto de atitudes com objetivos de unir os seres humanos; 4,40% (14) que é o domínio de uma crença fundamentada em uma base irracional e 5,66% (18) que é uma Generalização exacerbada. Assim concluímos que, a maioria dos universitários do interior e de Porto Alegre e região metropolitana entendem exatamente o que preconceito significa. PROJETO DE PESQUISA | 32
VOCÊ SE CONSIDERA UMA PESSOA PRECONCEITUOSA?
O gráfico acima apresenta a pergunta “você se considera preconceituosa”, com respostas em uma escala de 0 a 4 onde 0 é nada e 4 é muito , a pesquisa constatou que entre os universitários que estudam no interior 29,25% (93) responderam grau 0; 49,06% (156) grau 1; 19,81% (63) grau 2; 1,89% (6) grau 3 e 0 % (0) grau 4. Os
universitários
de
Porto
Alegre
e
região
metropolitana
apresentaram 31,13% (99) grau 0; 50% (159) grau 1; 15,41% (49) grau 2; 3,14% (10) grau 3 e 0,31% (4) grau 4.Analisamos que os universitários do interior e de Porto Alegre e região metropolitana se consideram um pouco preconceituosos . O gráfico mostra uma porcentagem significativa, de 50% dos respondentes . PROJETO DE PESQUISA | 33
O tema é debatido de forma construtiva em sua família
O gráfico aqui representado aponta a seguinte a questão “Se o tema é debatido de forma construtiva na família”, com respostas em uma escala de 0 a 4 onde 0 é nada e 4 é muito , a pesquisa revelou que dos universitários que estudam no interior 14,47% (46) grau 0; 27,04% (86) grau 1; 28,62% (91) grau 2; 19,81% (63) grau 3 e apenas 10,06% (32) grau 4. Os universitários de Porto Alegre e região metropolitana apresentaram 15,41% (49) grau 0; 19,50% (62) grau 1; 29,25% (93) grau 2; 22,96% (73) grau 3 e 12,89% (41) grau 4. Analisamos que o tema preconceito não é debatido de forma construtiva em família. No interior a média de concordância é 1,84 e em Porto Alegre e região metropolitana 1,98, assim pode - se afirmar através dos dados que no interior o assunto é debatido de forma menos construtiva que na capital .
PROJETO DE PESQUISA | 34
O gráfico acima , representa o grau de concordância diante de algumas situações que vivenciamos em nosso dia a dia, verificamos que os universitários do interior responderam à pergunta sobre deficientes físicos terem lugares reservados em frente ao palco nos shows foram 5,05% (16) grau 1; 15,14% (48) grau 2; 16,40% (52) grau 3; 56,47% (179) grau 4; 6,94% (22) grau 0 . Referente a uma pessoa vestida de forma simples ser barrada na entrada de um restaurante de luxo foram 8,52% (27) grau 1; 8,83% (28) grau 2; 3,15% (10) grau 3; 1,26% (4) grau 3 e 78,23% (248) grau 0 . Sobre Homossexuais não deverem trocar carinhos em locais públicos foram 15,41% (49) grau 1; 8,81% (28) grau 2; 4,72% (15) grau 3; 4,40 % (14) grau 4 e 66,67% (212) grau 0 . E referente a uma pessoa não ser contratada por causa da sua raça foram 3,46 (11) grau 1; 1,89% (6) grau 2; 0,94% (3) grau 3; 2,52% (8) grau 4 e 91,19% (290) grau 0 . Analisamos que os universitários de Porto Alegre e região metropolitana responderam à pergunta sobre deficientes físicos terem lugares reservados em frente ao palco nos shows foram 4,43% (14) grau 1; 15,19% (48) grau 2; 16,77% (53) grau 3; 57,59% (182) grau 4; 6,01% (19) grau 0.
No que diz respeito a uma pessoa vestida de forma simples ser barrada na entrada de um restaurante de luxo foram 14,83% (47) grau 1; 9,15% (29) grau 2; 1,26% (8) grau 3; 1,26% (4) grau 3 e 72,24% (229) grau 0 . Sobre Homossexuais não deverem trocar carinhos em locais públicos foram 9,46% (30) grau 1; 5,99% (19) grau 2; 2,52% (8) grau 3; 2,52% (8) grau 4 e 79,50% (222) grau 0 . E, referente a uma pessoa não ser contratada por causa da sua raça foram 1,58 (5) grau 1; 2,21% (7) grau 2; 0,32% (1) grau 3; 1,58% (5) grau 4 e 94,32% (299) grau 0 . Desta forma podemos afirmar que , os entrevistados identificam-se mais com a situação “Deficientes físicos devem ter lugares reservados e m frente ao palco nos shows”. Porém pode - se observar o baixo índice de “aceitação” das outras situações o que comprova um nível de preconceito referente a temas como homossexualismo , classe social e etnia racial.
Qual o seu grau de concordância comas situaçõesabaixo? Uma pessoa não ser contratada por causa da sua raça; Homossexuais não devem trocarcarinhos em locais públicos; Uma pessoa vestida de forma simples ser barradanaentradade um restaurante de luxo; Deficientes físicos devem ter lugares reservadosem frente ao palco nos shows
PROJETO DE PESQUISA | 35
Existe algum familiar considerado preconceituo s o em sua família?
O gráfico questiona : “Existe algum familiar preconceituoso ”, nesta questão verificamos que 10,69% (67) dos universitários do interior afirmaram que nenhum dos seus familiares é preconceituoso ; 64,47% (205) sim, alguns são preconceituosos e 24,84%(168) sim, muitos são preconceituosos . Ao analisar os universitários de Porto Alegre e região metropolitana obtivemos as seguintes respostas : 10,41%(67) dos universitários de Porto Alegre e região metropolitana disseram que nenhum dos seus familiares é preconceituoso ; 61,51% (195) sim, alguns são preconceituosos e 28,08% (168) sim, muitos são preconceituosos .
Analisamos que o preconceito existe em grande parte dos grupos familiares, pois obtivemos um a porcentagem significava de que existem familiares que são muito preconceituosos . Em entrevista com a Socióloga Ruth Ignácio, podemos ter um conhecimento maior sobre o comportamento do jovem do interior e o da capital , no instante e m que a professora nos fala sobre a formação do imaginário social que dá subsidio para que as pessoas criem a sua visão de mundo , nutrindo códigos, valores e concepções . Deste modo , ao analisar o gráfico, podemos perceber que um a grande parte dos entrevistados considera alguns de seus familiares preconceituosos , podendo , na concepção da profissional, influenciar direta ou indiretamente na formação pessoal dos jovens. PROJETO DE PESQUISA | 36
NA SUA PERCEPÇÃO, QUAL O NÍVEL DE IMPORTÂNCIA DOS DEBATES NAS REDES SOBRE OS COMPORTAMENTOS SOCIAIS MACHISMO, FEMINISMO E PRECONCEITO
O gráfico aqui representado aponta a seguinte a questão “Se o tema é debatido de forma construtiva na família”, com respostas em uma escala de 0 a 4 onde 0 é nada e 4 é muito, a pesquisa revelou que dos universitários que estudam no interior 14,47% (46) grau 0; 27,04% (86) grau 1; 28,62% (91) grau 2; 19,81% (63) grau 3 e apenas 10,06% (32)
grau 4. É necessário ressaltar que, a diferença de dados entre interior e capital continua sendo mínima. Porém, valida a etapa qualitativa, na
qual
os
profissionais
entrevistados
ressaltam
que
o
conservadorismo é mais recorrente em pessoas do interior. PROJETO DE PESQUISA | 37
P P M F P
R E A E R
O S C M E
J Q H I C
E U I N O
T I S I N
O D E S A M O , S M O E C E I T O
DIANTE DO CENÁRIO ATUAL EM QUE OS COMPORTAMENTOS SOCIAIS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES EM DEBATES, SEJA NA UNIVERSIDADE OU FORA DELA, QUAL A SUA PERSPECTIVA PARA O FUTURO? Foto: Tumblr Canto aberto
DIANTE DO CENÁRIO ATUALEM QUE OS COMPORTAMENTOS SOCIAIS ESTÃO CADA VEZ MAIS PRESENTES EM DEBATES, SEJA NA UNIVERSIDADE OU FORA DELA, QUAL A SUA PERSPECTIVA PARA O FUTURO?
Apresentamos aqui, a pergunta “qual a sua perspectiva para o futuro” nesta abordagem verificamos que 69,81% (222) dos universitários do interior acreditam que a tendência é ter cada vez mais avanços, 10,06% (32) acreditam que não haverá avanços relacionados a esses temas e 20,13% (64) não tem perspectiva. Ao analisar os universitários de Porto Alegre e região metropolitana obtivemos as seguintes respostas: 80,50% (256) acreditam que a tendência é ter cada vez mais avanços, 6,60% (21) acreditam que não haverá avanços relacionados a esses temas e 12,89% (41) não tem perspectivas.
Analisamos qual a perspectiva que os universitários do interior e os de Porto Alegre e região metropolitana possuem para o futuro diante dos comportamentos sociais. Os dados coletados indicam que , na opinião dos jovens universitários gaúchos a tendência é ter cada vez mais avanços sobre estes temas .
PROJETO DE PESQUISA | 38
Por meio desta pesquisa, podemos analisar que a maioria dos jovens universitários
entendem machismo como uma ideologia que prega a
submissão de um gênero a outro, os quais se consideram nada machista. Já sobre feminismo, a grande parte dos
respondentes compreende
como um movimento a favor da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. Também foi possível perceber que 25,78% (164) dos respondentes consideram-se muito feministas, já, em relação aos familiares, apenas 2,35% (15) considera os mesmos feministas. Em relação aos preconceitos, 89,93% (572) dos respondentes consideram o comportamento como atitudes discriminatórias perante pessoas, crenças, sentimentos,
comportamentos,
entre
outros.
Consideram-se
pouco
preconceituosos 49,52% (315) e 11,47% (73) afirmam que o assunto é debatido parcialmente de forma construtiva em sua família. Quando solicitado para apontar se possuem familiares preconceituosos, a maioria
sendo, 62,89%
(400) dos pesquisados afirmam sim ter alguns familiares. Sobre o nível de relevância dos debates sobre os comportamentos sociais, a maioria
afirma que preconceito é o tema mais importante a ser
debatido. A partir dessas
observações, podemos concluir que grande
parte dos jovens universitários conhecem os temas abordados, bem como reconhecem a presença dos mesmos nas redes sociais. Em síntese, a partir dos dados coletados pode-se afirmar que ao comparar Porto Alegre e região metropolitana com interior a diferença é pequena.
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Podemos avaliar, através da pesquisa , que há uma diferença do jovem universitário do interior em relação aos assuntos abordados em relação ao jovem da capital e região metropolitana . Porém , de certa forma entende se que o nível de conservadorismo é maior no interior do estado .
Os entrevistados têm opiniões semelhantes nas porcentagens , mesmo com
pequena
diferença entre as regiões de modo que , apresentam
entendimento básico sobre o assunto . Após a pesquisa realizada pode - se afirmar que , a tendência é de avanço. Ao
longo do tempo os jovens
estarão mais dispostos e perceptivos sobre os temas aqui estudados .
Os próprios respondentes , quando indagados sobre o cenário atual e a sua perspectiva, acreditam que haverá avanços sobre estes temas . Podemos
averiguar, também , que , dos
comportamentos elencados na pesquisa , o
preconceito é considerado como
o de
maior
relevância para os
entrevistados.
Por fim, podemos apontar que o jovem universitário, seja ele do interior ou da capital e
região metropolitana , está ciente dos temas abordados na
pesquisa . Bem como admitem seus preconceitos e restrições e reconhecem
isso também em seus familiares. Além disso, consideram as redes sociais como local para debater este assunto .
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Quanto ao feminismo, nossa sugestão é para as organizações não governamentais que tenham como o objetivo o reconhecimento da mulher . É primordial , divulgar casos de mulheres que superaram algum obstáculo
ou
problema
.
Deste
modo ,
outras
pessoas
terão
conhecimento e poderão ser motivadas a iniciar sua jornada em busca de seus objetivos. Assim, mais mulheres poderão ter acesso bem como trocar experiências entre
si e sentirem - se motivadas , podendo
dessa forma aproximá-las em prol da causa feminista.
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Referente ao machismo e preconceito , pautamos a questão do abuso sexual, moral e preconceituoso na sociedade . Sugerimos que o governo inicie projetos de educação para escolas, faculdades e comunidades sobre os temas . Destacamos o papel das organizações nesta luta no ambiente de trabalho . Todas as empresas poderiam inserir
em seus
valores o respeito ao próximo no ambiente de trabalho , bem como orientar os funcionários sobre o assunto.
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Idealizamos a criação de uma cartilha de direitos e deveres, em que as organizações possam , de forma sucinta e clara, informar aos seus funcionários quais atitudes não são toleradas dentro e fora do ambiente de trabalho . É importante ressaltar na cartilha a forma como se deve agir com colegas que possuem alguma deficiência física, bem como a estrutura do espaço físico para recebê -los e como não se deve agir com discriminação frente a mulheres , gays, negros e obesos. A cartilha deve ser bem ilustrada, interativa e apresentar diálogos, onde o público pode visualizar atitudes que caracterizam tipos de desigualdade entre pessoas.
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Grupo de trabalho da Disciplina de Projeto Experimental de Pesquisa
Ă€s professoras Denise Avancini Alves e Claudia Moura, que nos inspiraram e motivaram muito a finalizar o projeto com sorriso no rosto. Obrigada