Revista 3b bernardo

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Revista gráfica Diagramação e Produção Gráfica ESPM-RJ - abril 2017

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Serigrafia

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HISTÓRICO Desde os tempos mais remotos, existe, no Oriente, o estêncil para a aplicação de padrões em tecidos, móveis e paredes.

atribuída a solução das “pontes” das máscaras: diz-se que usavam fios de cabelo para segurar uma parte na outra.

No Ocidente registra-se no século passado, em Lyon, França, o processo sendo usado em indústrias têxteis onde a imagem era impressa através dos vazados, a pincel. No início do século registravam-se as primeiras patentes: No Japão o processo 1907 na Inglaterra com estêncil alcançou e 1915 nos Estados grande notabilidade Unidos, e o números no período Kamamura de impressos comerciquando as armaduais cresceu muito. Na ras dos samurais, as América, os móveis, cobertas de cavalos Máquina e de serigrafia paredes e outras suos estandartes tinham perfícies eram decoraemblemas aplicados dos dessa maneira. por esse processo. Durante os séculos XVII Foram raros os artistas e XVIII ainda se usava que utilizaram o proesse tipo de impressão cesso como ferramenta na estamparia de tecipara a execução de dos. Aos japoneses é gravuras, ou de traNa China os recortes em papel não eram só usados como uma forma independente de artefato, mas também como máscaras para estampa, principalmente em tecidos.

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balhos gráficos. Theóphile Steinlein, um artista suíço que vivia em Paris no início do século é um dos poucos exemplos do uso da técnica. Neste período da grande depressão de 30, nos EUA os esforços do WPA Federal Art Projects, estimularam um grupo de artistas encabeçados por Anthony Velonis a experimentar a técnica com propósitos artísticos. Os materiais e equipamentos baratos, facilmente encontrados sem grandes investimentos foram algumas das razões que estimularam os artistas a experimentar o processo. Entre eles, citamos Bem Shahn, Robert Gwathmey, Harry Stenberg. Tais artistas iniciaram um importante trabalho de transformar um meio mecânico, cu-


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jas qualidades gráficas se limitavam às impressões comerciais, numa importante ferramenta para desenvolver seus estilos pessoais. O sentido desse esforço inicial estendeu-se aos artistas dos anos 1950, incluindo os expressionistas abstratos e os action painters, como Jackson Pollock.

dois pontos básicos da técnica: sua extrema adaptabilidade que permite a aplicação sobre qualquer superfície inclusive tridimensional, muito conveniente para certas tendências artísticas e suas especificidades gráficas próprias, ou seja, características gráficas que apenas a serigrafia pode proporcionar.

No fim da segunda guerra mundial, quando os aviões americanos aterrissaram em Colónia (Alemanha), com suas fuselagens decoradas com emblemas e comics em serigrafia, surgiu o interesse europeu pela técnica.

Novos conceitos foram associados às idéias tradicionais e o estigma “comercial” da serigrafia tornou-se uma questão ultrapassada.

As barreiras e definições estabelecidas que tratavam a serigrafia como “manifestação gráfica menor” só foram eliminadas no fim dos anos 1950, início dos 1960. O grande responsável por isso foi o processo fotográfico utilizado através da serigrafia e novos conceitos e movimentos artísticos, além do avanço tecnológico. Os primeiros artistas que se utilizaram do processo procuravam tornar mais naturais e menos frias as impressões. Foram ressaltados, entre outros,

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ETAPAS DE PRODUÇÃO Serigrafia ou silkscreen é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada.

fotossensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz+fotolito colocados, por sua vez, sobre uma mesa de luz.

A tela (Matriz serigráfica), normalmente de poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira, alumínio ou aço.

Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo que a tinta passe pela trama do tecido.

A “gravação” da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, em que a matriz preparada com uma emulsão

Os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão), por sua vez, são imperme-

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abilizados pelo endurecimento da emulsão fotossensível que foi exposta a luz. A serigrafia é utilizada na impressão em variados tipos de materiais, superfícies, espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Pode ser feita de forma mecânica ou de forma automática, ou seja, a serigrafia pode ser feita tanto por pessoas quanto por máquinas


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APLICAÇÕES PARA PUBLICIDADE

Produto que utilizou do método de serigrafia

Embalagem que utiliza do método de serigrafia

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FORNECEDORES GRร FICOS Nome: Good Silk Screen Serigrafia Ltda Endereรงo: R. Prof. Franรงa Amaral, 42 - Jardim America, Rio de Janeiro - RJ, 21240-010 Telefone: (21) 3346-2490

Nome: Schwab Endereรงo: R. Regente Feijรณ, 61 Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20060060 Telefone: (21) 3852-8835

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Nome: Silk Center Endereço: Campo de São Cristóvão, 160 - São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ, 20930-380 Telefone: (21) 2580-5425

produção Offset

Nome: Camisa Silk Endereço: Barra da Tijuca, Rio de Janeiro - RJ Telefone: (21) 3164-3551

produção Offset

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Máquinas e Prodrução OffSet

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Flexografia

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HISTÓRICO Não se sabe ao certo onde surgiu a Flexografia. Os ingleses dizem ter documentos comprovando que sua origem data do final do século XIX, pela sociedade Comercial Bibby, Barons & Sons Ltda. Já os registros históricos apontam o surgimento da flexografia nos Estados Unidos, no ano de 1860. O sistema de impressão flexográfica pode ser considerado um avanço do sistema de impressão tipográfico, ou podemos dizer que a impressão flexográfica se inspirou na tipografia. No início do século o sistema já era utilizado, porém em pequena escala. Por volta de 1920, o processo de impressão começou a ser utilizado em grande escala. A princípio o nome do

sistema de impressão era anilina, pois utilizava tinta à base de corantes de alquitrán que eram da mesma família dos óleos de anilina. Como o termo anilina dava a impressão que produtos impressos pelo sistema poderiam causar algum mal para quem os utiliza-se, os fornecedores e vendedores, preocupados com esse impacto negativo, resolveram lançar a proposta para a escolha de um novo nome Foi lançado em uma revista da área a proposta para a escolha de um novo nome, de onde se escolheu o nome Flexografia dentre muitos nomes enviados para a redação da revista. Durante muito tempo as impressoras flexográficas não receberam a devida atenção de fabricantes Maquina de flexografia.

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de máquinas gráficas, no início eram máquinas grandes e desengonçadas, apresentavam muitas variações durante o processo de impressão, eram difíceis de ser operadas e perigosas. Muitas vezes eram fabricadas na própria gráfica. Após a 2ª guerra a Flexografia deu grandes passos em termos de evolução e utilização. De suas origens, a flexografia ainda guarda o nome


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“anilox”, alusão ao cilindro entintador que transferia suas tintas a base de anilina.

revolucionária: chapas com maior durabilidade, precisão e qualidade. Surgiram também os equipamentos de gravação digital (geração 1), com fotopolímero especial dotado de uma máscara negra e cópia laser da imagem sobre a máscara, com a posterior revelação por ação ablativa (lavagem). Os pontos obtidos na tecnologia digital apresentam menor ganho de ponto quando pressionados na impressão, ombros mais verticalizados e frágeis.

A flexografia é um processo de impressão direta, caracterizado pelo emprego de uma forma relevográfica e resiliente, produzida na forma de chapas planas ou camisas (tubulares, para máquinas impressoras). O primeiro processo “industrial” de obtenção da forma flexográfica foi o processo conhecido como “matriz negativa” - uma forma relevográfica de tipografia (clichê de zinco) era colocada em uma prensa com plateaus aquecidos a altíssima pressão, juntamente com um material termo moldável: o baquelite, bastante utilizado na fabricação de cabos de panelas, por exemplo. O resultado era uma matriz com as imagens em negativo, que voltavam à prensa aquecida, postas em contato com uma borracha. Com o calor e a pressão, a borracha vulcaniza va e as imagens negativas do baquelite invertiam-se em relevos na chapa de borracha. Antes deste processo, as formas eram de borracha e entalhadas manualmente.

A última tecnologia na gravação de formas flexográficas são os sistemas de gravação direta a laser em camisas tubulares confeccionadas de fotopolímero e diversos tipos de borrachas (elastômeros) especiais. A gravação direta, DLE “Direct Laser Engraving”, a imagem é gravada diretamente na camisa.

Com o desenvolvimento do fotopolímero, a flexografia passou por uma mudança

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ETAPAS DE PRODUÇÃO A área a ser impressa está em relevo, quando a superfície é entintada, a área ao redor, sendo mais baixa, não recebe tinta e, portanto, não imprime. A tinta é transferida da matriz (borracha) diretamente para o suporte (papel, plástico) por meio de pressão. Anilox: parte do conjunto impressor de uma impressora flexográfica, encarregado de dosar a quantidade de tinta que será depositada na matriz de impressão.

uma matriz de baquelite, resina plástica resistente ao calor, com as imagens em negativo. Com o calor e a pressão, a borracha vulcanizava e as imagens negativas do baquelite invertiam-se em relevos na chapa de borracha. Fotopolímero: Um fotopolímero sensível à luz é exposto a

Pode ser gravada de três formas: - Vulcanização (calor+pressão); - Fotopolímero; - Laser. Vulcanização: A borracha é colocada sobre

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raios UV. Nesse momento ocorre a polimerização (endurecimento do material do clichê), deixando essas áreas resistentes a ação química durante o processo de revelação. A essa etapa se segue a lavagem do clichê com solução detergente para remover a resina não polimerizada.


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APLICAÇÕES NA PUBLICIDADE

Produtos feitos com Flexografia

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Produtos feitos com Flexografia

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FORNECEDORES GRÁFICOS Nome: COP gráfica e editora Ltda Endereço: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 Engenho Novo | Rio de Janeiro/RJ CEP: 20961-210 Tel: (21) 2501-2001

Nome: Artecriação - Gráfica Rápida no Rio de Janeiro e Niterói Endereço: RJ Rua Maia de Lacerda, 719 - Estácio - RJ Tel: 021 2273-8324

Nome: Artecriação - Gráfica Rápida no Rio de Janeiro e Niterói Endereço: RJ Rua Maia de Lacerda, 719 - Estácio - RJ Tel: 021 2273-8324

Nome: Cromos S/A Tintas Gráficas Endereço: R. Sen. Mozart Lago, 51 Coelho Neto, Rio de Janeiro - RJ, 21530210 Telefone: (21) 3372-2856 Nome: Gráfica Prosing Endereço: R. Sinimbú, 485 - São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ, 20910-180 Telefone: (21) 3850-2600

Nome:Gráfica Auto Color - Rio de Janeiro - RJ Atendimento Exclusivamente Online Horário de Atendimento: 10:00 às 18:00hs atendimento@autocolorgrafica.com.br Tels: (21) 2164-4348 (21) 3439-3179

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Produtos feitos com Flexografia

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IMPRESSร O DIGITAL

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HISTÓRICO Hoje a imprensa funciona quase naturalmente é indispensável, não é? Devemos isso a invenção e ao refinamento das técnicas de fabricação de papel na China ao longo dos séculos. Desenvolver manuscritos custava caro devido a mão de obra necessária para fazêlos, então entende-se o desejo de reinventar esse processo. Gutenberg o fez em 1455, criando a tipografia, ou seja, elaboração de letras móveis produzidas em cobre e alocadas em uma base de

chumbo onde recebiam a tinta e eram prensadas no papel. Por isso a impressa ficou conhecida como invenção de Gutemberg. No Brasil, a impressão em documentos, periódicos e da produção literária não era permitida e só veio a ocorrer no início do século XIX com a chegada da Família Real portuguesa que trouxe consigo a Imprensa Real. Montar a página de um livro levava cerca de um dia de trabalho, após esse processo impregnava-se o papel com tinta (uma mistura de azeite vegetal e pó

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de carvão) e em seguida, com uma prensa pressionava-se o papel contra as letras embebidas de tinta para se obter o papel impresso. Somente em 1796 foi inventado um outro processo para reprodução de textos em papel chamado litografia. Tudo isso permitiu que a velocidade de impressão fosse aumentada, tornando possível imprimir em maior quantidade. Esses avanços levaram até a impressão offset e após a inclusão de raios lasers nas artes gráficas, aos poucos chegamos à impressão digital.


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O QUE É? A impressão digital não é mais o futuro: é o presente! Não se discute mais se a impressão digital vai tomar conta do mercado gráfico ou quanto tempo de vida ainda terão as gráficas tradicionais. A questão agora é aproveitar o que a impressão digital tem a oferecer de melhor, visando a otimização do trabalho nas empresas de impressão.

utiliza recursos da informática aplicados à reprodução de textos e imagens em qualquer suporte, utilizando como matriz um arquivo digital e sem intermediação”. Da mesma forma que as outras tecnologias de impressão, a impressão digital está no grupo de tecnologias de comunicação. Apesar da tecnologia que utiliza mídias impressas estar cada vez mais decadente, graças ao surgimento de novas mídias digitais, o sistema de impressão digital é o mais novo processo de impressão utilizado na indústria gráfica e também o mais promissor.

Esse modelo existe em diversos segmentos da indústria de impressão. Com suas características de personalização e dados variáveis, as máquinas podem oferecer um produto final totalmente personalizado. A definição de impressão digital segundo o dicionário Houaiss digital é: “Arte ou técnica de imprimir que

Máquinas de impressao Digital

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PRINCIPAIS VANTAGENS # Equipamentos: não há mais a necessidade de uma aparelhagem complicada e cheia de processos. Com uma impressora mais prática e simples você tem o documento que deseja e em poucos segundos.

# Quantidade: com a impressão digital você pode solicitar peças em quantidades menores. Caso queira, pode encomendar 50 cartões de visitas, por exemplo. Esse fato não acontecia nas impressões offset, onde geralmente eram vendidos os milheiros ou os centos de cada produto.

# Preço: o valor da impressão caiu, consequentemente. Se você

precisa de menos recursos e pode imprimir em uma quantidade menor, não há a necessidade de pagar o mesmo valor de antes por isso. Este foi um avanço que deu um efeito inverso do habitual. Enquanto novas tecnologias aparecem para facilitar, mas também para encarecer o produto, a impressão digital fez o contrário.

ticular. E isso não vai custar muito mais em seu orçamento.

# Personalização: há também a possibilidade de personalização do produto. Se antes você tinha que imprimir todas as peças iguais, agora você não precisa mais disso. Cartões e brindes para clientes, por exemplo, podem ser impressos já com o nome do mesmo ou alguma referência par-

# Cores: não há necessidade de imprimir uma peça teste para saber se houve variação de cor. O documento é impresso de acordo com as tonalidades da criação.

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# Tempo: o tempo de impressão também caiu. Em pouquíssimos segundos você tem o seu produto impresso em mãos. A impressão offset podia levar algumas horas, dependendo da peça.


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FORNECEDORES GRÁFICOS W3 SERIGRÁFICA http://www.w3grafica.com.br Rua Canindé, 86 - Engenho Novo - tel. 3125-3333 serigrafia (silk-screen), offset, processos digitais de impressão

COPYHOUSE www.copyhouse.com.br - info@copyhouse.com.br Rua Sete de Setembro, 34 - Travessa do Ouvidor, 15 loja A - Centro - tel. 25086961 gráfica digital: plotter, impressão digital, scanner, acabamento

MULTISCAN www.multiscan.com.br Gelciara Rua Senador Alencar, 189 - São Cristóvão - tel. 3860-1147 gráfica de offset, bureau de pré-impressão e impressão em grandes formatos

SEIZEIMAGE BUREAU E COPIADORA www.imagesize.com.br Rua Correia Dutra, 126 loja B - Catete tel. 2205-8996 impressão digital - digitalização - plotagem

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Aplicações na publicidade

cartaz de show

cartaz de filme

Máquina de impressão digital

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Impressora Digital x Impressora Offset Exemplo de Impressão Offset

Exemplo de Impressão Digital

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IMPRESSÃO OFFSET

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Mรกquinas de impressรฃo Offset

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HISTÓRICO A impressão offset foi desenvolvida em 1789 pelo ator e artista de teatro Alois Senefelder na busca de uma forma econômica de reproduzir folhas de música e dramas. A impressão consistiu em utilizar uma pedra calcária lisa e plana (pedra de Solnhofen), na qual ele escreveu a “imagem” invertida com um lápis à base de graxa; em seguida, umedeceu a pedra, fazendo com que as áreas onde se encontram a escrita, por serem gordurosas, afastassem a água. A tinta, aplicada em seguida, por outro lado tem afinidade com a base gordurosa do lápis e repelência com a água, por isso se concentra nas áreas de imagem (grafismo). Este processo de

impressão planográfica preparou o caminho para o desenvolvimento da impressão offset moderna. Atualmente, o processo offset convencional ainda utiliza esse princípio básico de afinidade entre a tinta e o grafismo, e a solução de molha e o contra-grafismo (áreas onde não há imagem). Tecnicamente, as áreas de grafismo de uma chapa de impressão offset são lipófilas, ou seja, atraem substâncias gordurosas, como a tinta utilizada no processo; e as áreas de contra -grafismo são hidrófilas, ou seja, atraem a solução de molha, em parte constituída por água. Por muito tempo, a litografia foi restrita aos artistas para a impressão de músicas, mapas, gráficos e ilus-

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trações, pois o processo de desenhar, transferir e imprimir era manual e árduo. A gravura em madeira, cobre e aço ainda era utilizada, na ocasião, principalmente para reproduzir gráficos. Mais de cem anos após a invenção da litografia, a tipografia ainda é predominante e mais econômica, passando por sucessivos aperfeiçoamentos, chegando ao grande sucesso do desenvolvimento da Linotype. CTF Computer to film A chapa é exposta, através de um fotolito, a uma luz por um determinado tempo. Este processo é similar ao da ampliação de fotografias e está submetido às mesmas limitações. O tempo de


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PRODUÇÃO DA CHAPA exposição precisa ser medido com precisão para não superexpor ou subexpor a imagem, comprometendo o resultado final. CTP Computer to plate - A chapa é gravada através de laser, que é controlado por um computador, de forma similar às impressoras laser. Isto permite que a chapa seja gerada diretamente de um arquivo digital, sem a necessidade da produção de um fotolito intermediário. Este processo também garante o aumento da qualidade final da imagem gravada. Isso deixa a imagem perfeita. Existem métodos de gravação de chapas mais avançados, como o processo de gravação através de UV, dispensando assim o laser.

Chapa CTP

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MATRIZ OFFSET Esta matriz tem sua origem na descoberta de Aloys Senefelder (1771- 1834) , em Munique na Alemanha, que utilizou uma pedra calcária de grãos muito finos sobre a qual desenhou uma imagem com cera, como o calcário tem a propriedade de reter a umidade em seus poros e por isso quando molhada repele a tinta a base de óleo, retendo na pedra somente a tinta sobre a imagem desenhada. Prensando uma folha de papel sobre a pedra tem-se uma imagem impressa. Estava criada a litografia, processo originário da impressão offset, cujo princípio “repulsão água-óleo” é até hoje utilizado. Sendo o processo mais usual, a impressão offset utiliza hoje uma

matriz constituída de uma chapa de alumínio com espessura variável de 0,10 a 0,15 mm, cuja superfície é tratada com processo de anodização, conferindo-lhe uma granulação proporcional à molécula da água, sobre a qual é aplicada uma camada de polímero. Esse polímero tem diversas composições, variando de acordo com a tecnologia que irá transferir a imagem para a chapa. Pode ser um polímero sensível à luz ou sensível ao calor, por exemplo. Seguindo o princípio da litografia de Senefelder da repulsão água-óleo, a imagem gravada na chapa retém a tinta enquanto que as áreas sem imagem a repelem. Os processos para a gravação de uma chapa

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offset obedecem princípios de tecnologia bastante diversificados. Pode ser usada uma chapa foto sensível, que será gravada em uma prensa onde se sobrepõe um filme com a imagem a ser transferida, expondo-a a uma luz ultra-violeta. Após processada, com produtos químicos específicos, obtém- se uma chapa pronta para ser colocada na impressora. Novos processos têm sido desenvolvidos nos últimos anos, utilizando tecnologias da era digital, onde a imagem é transferida para a chapa através da utilização do laser. Existem chapas de offset que chegam a atingir 200.000 impressões, e quando endurecidas em fornos especiais chegam a atingir até


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500.000 O processo de impressão offset é indireto, ou seja, a imagem é transferida da matriz para um rolo de impressão (blanqueta) e somente depois é passada ao papel. Por isso a matriz (chapa offset) é legível mesmo antes da impressão, diferentemente dos processos diretos onde a matriz é espelhada (texto escritos invertidos).

IMPRESSÃO INDIRETA

Impressão Indireta

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CARACTERÍSTICAS Vantagens •Boa reprodução de detalhes e fotografias •Superfície de impressão de baixo custo

que permite o uso de uma variedade de papéis

Desvantagens

•Acerto de máquina rápido

•Variação nas cores devido a problemas no equilíbrio entre água e tinta

•Blanqueta de borracha

•Processo umedecedor que

pode deformar o papel •Cobertura de tinta densa difícil de alcançar

•Restrição quanto aos formatos disponíveis em virtude do corte fixo das impressoras offset rotativas

ETAPAS DO PROCESSO Pré-Impressão Compreende o conjunto de ações relativas a preparação de textos e imagens para a impressão. Uma vez finalizada a criação de um impresso, se tem início a sua pré-impressão, etapa que se estenderá até o momento da montagem das chapas na impressora.

Impressão - Impressão plana: é aquela onde a matriz fica disposta de forma plana e o papel entra na máquina em folhas soltas, também dispostas sobre uma base plana. - Impressão rotativa: baseia-se em rolos que suportam tanto a matriz quanto o papel durante todo o processo de impressão. Este processo é muito mais rápido

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que o método plano e gera maior economia tanto no tempo de produção quanto na vida útil do equipamento. Acabamento É a última etapa, onde os enormes rolos de papel,que agora estão impressos. são cortados e agrupados na ordem correta das páginas para serem unidas com grampos e cola.


FORNECEDORES R. Buenos Aires, 41 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20070-021 (21) 2228-0544 Edificio Vaz - R. Alcindo Guanabara, 15 - Sala 601 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20031-130 (21) 3331-6559 R. Sete de Setembro, 34 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20050-009 (21) 2508-6000 R. do Rosário, 148 - Centro, Rio de

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Janeiro - RJ, 20041-002 (21) 2252-9881 R. Alcântara Machado, 36 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20081-010 (21) 2223-3814

APLICAÇÃO - Editorial: jornais, revistas, livros, guias, listas telefônicas. - Comercial: folhetos, cartazes, encartes, folder, pôsteres, envelopes, catálogos, tablóides. - Impressos de segurança: dinheiro, passes escolares, selos, cheques, vale-refeição. - Embalagem: impressos em papel cartão

(ex: caixas), display. - Metalgrafia: impressos em flandres, (ex: lata de óleo). - Suportes especiais: PVC (cartão magnético), papel transfer, formulário contínuo, plástico, (ex: baralho), cartão telefônico, papel adesivo, etiquetas, tecidos, rótulos

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BIBLIOGRAFIA - Livro: Novo Manual de Produção Gráfica (David Bann) - https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=impressao+offset&tbm=vid&* - https://www.google.com.br/search?q=impress%C3%A3o+em+offset&rlz=1C5CHFA_enBR713BR729&espv=2&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwjiibb_ovnSAhVCFpAKHZyWC7UQ_AUIBSgA&biw=1920&bih=928&dpr=1 https://www.printi.com.br/blog/os-processos-de-impressao-e-suas-caracteristicas - https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=fornecedores+de+impressao+offset&* - http://www.nei.com.br/fornecedores/chapas-para-impressao-offset?id=3fcd79f0-5635-11e4-86da-b8ac6f8335df - http://www.expoprint.com.br/pt/impressao-offset - http://idemdesign.net/pt/art-graf/press-offset/85-impressao-offset.html - https://pt.wikipedia.org/wiki/Impress%C3%A3o_offset#Impress.C3.A3o - http://www.ghgrafica.com.br/fique-por-dentro/matrizes-de-impressao/ - http://chocoladesign.com/o-que-e-uma-impressao-offset - http://www.tiposdoacaso.com.br/wordpress/wp-content/uploads/2009/05/ producao_impressos_offset.pdf - http://docplayer.com.br/4629648-Impressao-offset-tga-tecnologia-grafica. html - http://clube.design/2014/07/producao-grafica-3-maquinas-planas-ou-rotativas/

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ROTOGRAVURA

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HISTÓRICO A Rotogravura é um processo de reprodução gráfica, caracterizado pela sua matriz, elemento intermediário, responsável por transferir a tinta para o material que vai ser impresso. No caso da rotogravura, é formada por um cilindro de cobre perfeitamente uniforme, gravado e cromado. É feito através de um processo conhecido como eletromecânico, onde a gravação das células é adquirida por meio de toques de diamantes industriais. Em 1784, Thomas Bell apresentou o primeiro projeto de uma máquina com matriz de impressão, o grafismo gravado. No entanto, apenas em 1860 foi apresentado pelo austríaco Karl Klic (1841-1926), o pai da rotogravura, o projeto de equipamento rotativo de impressão. Uma grande revolução na produção de jornais e, especialmente, em revistas.

Na Rotogravura, a impressão é realizada aplicando quantidades de tinta diferentes em variadas partes do impresso, determinando a gradação das tonalidades pela profundidade das células gravadas em um cilindro de cobre e cromo: as profundas, por possuírem mais tinta, garantem cores mais escuras e as rasas, com menos tinta, garantem as cores mais claras. Depois de ser gravada no cilindro revestido por cobre, a imagem é recoberta com cromo para garantir maior durabilidade do impresso. A primeira máquina de Rotogravura foi construída nos Estados Unidos pela empresa inglesa Reich-Wood Company. Em 1913 o famoso jornal americano The New York Times começou a ser impresso pela nova técnica. Em 1928 foi importada a primeira Rotogravura ao Brasil, informação

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baseada na impressão do jornal O Cruzeiro do Sul, impresso pelo processo.

matriz rotogravura


FORNECEDORES

Editora Abril - Centro Empresarial Mourisco - Praia de Botafogo, 501 - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, 22250-911

matriz rotogravura

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APLICAÇÕES PARA PUBLICIDADE Como vimos, a Rotogravura é utilizada para impressões em altas tiragens e imprime em diversos substratos flexíveis. Este processo de impressão tem mantido sua cota de mercado, em torno de 10%, sendo especialmente mais forte nos Estados Unidos e na Alemanha, por serem mercados mais vastos e terem uma grande e especial necessidade de se utilizar embalagens. Há diversas aplica ções desde processo e a publicidade utiliza muito desta técnica de impressão, como: imprimindo em embalagens de produtos de vários tipos de materiais, como os citados anteriormente, peças publicitárias em diversos tipos de papéis (comum, couchê brilhoso ou fosco) e afins.

e no P de produto. Além desse campo de atuação na publicidade, a Rotogravura também faz parte do processo editorial de revistas, como da própria Revista Veja, e da produção de maços de cigarros.

Se tratando dos P’s da publicidade, esse processo de impressão está presente no P de praça

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Cilindro Rotogravura

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ETAPAS DE PRODUÇÃO 1- A pré impressão: O sistema de pré impressão consiste nas etapas necessárias para confecção dos cilindros de rotogravura. O cilindro é a unidade básica de impressão, isto é, para casa cor de impressão corresponde um cilindro de rotogravura. Os cilindros são lavados com água destilada, passagem por níquel e passagem por cobre até a espessura desejada. O processo final da pré impressão é a gravação de cilindros. 2- Impressão: Esse tipo de impressão é feito em máquinas rotativas, que podem ser alimentadas por folhas ou por bobinas. A alimentação por folhas é utilizada para pequenas tiragens e reproduz trabalhos artísticos. A alimentação por bobinas é projetada para rodas em altíssimas velocidades, sendo

ideal para trabalhos de elevada tiragem. No processo de impressão, o cilindro é instalado na máquina, normalmente de 8 cores, é imerso num tinteiro que contém tintas e solventes de secagem rápida, por evaporação. Um lâmina raspadora, racle, remove o excesso de tinta, permitindo assim que apenas a área de grafismo, a arte a ser impressa, permaneça com tinta. Isto deve-se ao fato da área de grafismo ser encavográfica no caso da Rotogravura. Depois de estar devidamente entintado, o cilindro entra em contato com o papel( plástico ou papelão), que em pressão com o cilindro pressor vai imprimir. 3- Acabamento: O processo de acabamento por ser realizado na própria gráfica um em terceiros, onde são

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feitos refiles, dobras, revestimentos, vernizes, relevos, cortes especiais, encadernação e empacotamento.


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Nome: Bernardo Rodrigues Curso: Comunicação Social - Publicidade e propaganda Disciplina: Diagramação e Produção Gráfica Turma: CSPP3B Período: 3‘ Ano: 2017 Nome do professor: Fernando Borges de Castro

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