Portfolio - Bernardo Nadais

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BERNARDO NADAIS PORTFOLI O



PRO J EC TOS S E LECCIO N A D OS

LIS BOA , PO RTUG A L R EQUA LIFICAÇÃO D O H O S PITA L D E SA NTO A NTÓ N IO D O S CA PUCH O S PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2011 - 2013 Ó BIDOS, PO RTUG A L H OTE L E S PA E M Ó BID O S PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2011 LIS BOA , PO RTUG A L CO N JU NTO H A BITACIO N A L E M CA M PO D E OU R IQU E PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2010 D ESERTO D E ATACA M A , CHI LE M US EU INTE R N ACIO N A L D E AS TRO N O M I A CO N CU RSO 2013 - 2014 CA MIN H O D E SA NTI AGO, PO RTUG A L A B R IG O D O PE R EG R IN O CO N CU RSO 2011


LIS BOA , PO RTUG A L R EQUA LIFICAÇÃO D O H OS PITA L D E SA NTO A NTÓ N IO D O S CA PUCH O S PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2011-2013

O potencial para uma identidade forte enquanto lugar detido pelo Hospital de Santo António dos Capuchos reside, não no seu existente edificado, descaracterizado por constantes ampliações, mas sim na particular relação com a cidade que deriva do seu passado conventual. Equilibrando delicadamente o afastamento da envolvente próxima com as vistas distantes da paisagem circundante, os seus fortes limites oferecem a possibilidade de um recolhimento perante o quotidiano, fortalecido pela presença constante da natureza. Assim sendo, e tirando partido do declive natural do terreno, o novo edificado é inserido sob a forma de uma massa construída rematada por uma cobertura verde e pontuada por elementos vegetais - um jardim humanizado que marca a transição entre o edificado e a natureza “selvagem”, e remete para o arquétipo do embasamento. Será então nesta massa - delimitada segundo a memória da malha definida pelo contínuo processo de integração entre o edificado e a sua envolvente - que são “escavados” os espaços que acolhem, juntamente com o edifício original do convento, o programa proposto, assente na longa história de associação entre o local e o tema do bem-estar físico e mental.

Dentro dos elementos deste programa - um centro comunitário, uma clínica médica, um centro de fitness e uma residência para cidadãos idosos - esta última ganha uma particular proeminência no desenvolvimento deste Projecto Final de Mestrado, tratando-se do principal ponto de aplicação da dissertação teórica que o acompanha. Esta, intitulada “Construir a Morada”, procura explorar este conceito fundamental do Habitar, salientando as suas características de privacidade - apoiada no controlo da relação com o “mundo exterior” - alteridade e correspondência; o modo como se materializa numa realidade construída – associado à noção de lugar, sua natureza e características físicas, e ao processo de apropriação do qual resulta –; e a complexa relação que mantém com o espaço colectivo. Aplicadas a este projecto, procura-se que estas considerações possam ter um impacto favorável na integração dos residentes idosos na sua comunidade.



PLANTA DE IMPLANTAÇÃO





PLANTA | PISO -2


PLANTA | PISO-1



PLANTA | PISO 0


PLANTA | PISO 2

PLANTA | PISO


PLANTA | COBERTURA

PLANTA | PISO 3


CORTE LONGITUDINAL

CORTE LONGITUDINAL



CORTE TRANSVERSAL

ALÇADO POENTE



PLANTA | TIPOLOGIA A (PISO INFERIOR)


PLANTA | TIPOLOGIA B (PISO SUPERIOR)




Ó BIDOS, PO RTUG A L H OTE L E S PA E M Ó BID OS PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2011 Este projecto aborda, antes de mais, a problemática da implantação de um programa de escala considerável - um hotel de 30 quartos com restaurante e zona de spa - numa envolvente extremamente consolidada, nomeadamente o núcleo histórico da vila de Óbidos e a sua envolvente natural. Procurando minimizar o impacto sobre o interior densamente ocupado da muralha, o projecto tira partido de duas parcelas correntemente abandonadas de modo a introduzir o átrio de acesso em contacto directo com a Rua Direita, que representa o principal eixo da vila. Assegurada assim a visibilidade e acessibilidade do programa, a grande maioria da massa construída é remetida para o exterior da muralha, desenvolvendo-se ao longo do seu trecho poente, e acessível mediante um percurso subterrâneo. A implantação neste local, quase completamente desprovido de construção, com excepção da muralha com sua imponente presença e valor simbólico, mantemse extremamente condicionada, apesar da maior disponibilidade de área. O desenvolvimento longitudinal do volume construído, juntamente com a topografia acidentada do terreno, permite a eliminação de três dos seus alçados, assegurando a preservação das linhas de vista preexistentes e limitando o contacto visual a partir da envolvente imediata, realizando-se este unicamente através da cobertura vegetal parcialmente percorrível - um momento de natureza humanizada enquadrado pelas

vistas distantes de campos de cultivo. O longo alçado poente em betão aparente procura respeitar a forte horizontalidade e noção de peso sugeridas pela paisagem em que insere, estabelecendo uma presença clara mas subjugada à imagem icónica dos elementos preexistentes. Abrem-se, assim, através deste, um número de vistas amplas sobre a paisagem, que contrastam com o contacto mais íntimo e contido estabelecido pelas ocasionais aberturas direccionadas à encosta. Formalmente, o projecto procura encontrar um equilíbrio entre uma lógica geométrica interna e o respeito pela escala e organicidade da sua envolvente. São assim criados vários blocos, contendo espaços de acesso restrito ou de maior privacidade, cuja disposição será, simultaneamente, regrada por uma forte malha estrutural e influenciada pela relação com a envolvente, resultando numa maior riqueza e variedade a nível formal. Estes blocos contribuem também para o desenvolvimento de uma linguagem estereotómica bastante adequada à natureza e implantação do projecto, funcionando conceptualmente como “cheios” que definem entre si os “vazios” dos espaços comuns.




PLANTA | PISO 0

CORTE LONGITUDINAL



PLANTA | COBERTURA

ALÇADO POENTE



CORTE CONSTRUTIVO




LIS BOA , PO RTUG A L C O N J U NTO H A B ITACIO N A L E M CA M PO D E OU R IQU E PROJ ECTO ACA D ÉMICO 2010

Localizada no limite do bairro de Campo de Ourique, a área de intervenção insere-se numa malha ortogonal de quarteirões claramente definidos, sendo a reinterpretação deste modelo do quarteirão que cria as bases conceptuais para o desenvolvimento deste projecto. Em primeiro lugar é criado um embasamento ao longo de toda a área de implantação, não só rematando as diferenças de cotas ao longo da sua extensão, mas também assegurando a preservação da definição e escala das vias adjacentes. Este embasamento contém, então, não só o estacionamento, vários arrumos e apoios, mas também uma linha de comércio desenvolvida ao longo das suas fachadas Sul e Nascente, em continuidade com o comércio de rua que pontua a envolvente. Sobre este embasamento são então dispostos dois volumes de formas geometricamente claras, destinados ao uso habitacional. Um volume mais longo, de três pisos, desenvolve-se paralelamente à estreita rua pedonal que define o limite Poente do conjunto, estabelecendo a relação entre estes, enquanto, junto ao limite Norte, se eleva um bloco de nove pisos, remetendo, dentro da escala do conjunto, para as grandes torres visíveis à distância. O espaço liberto entre estes blocos, elevado pelo embasamento, pretende equilibrar a intimidade e informalidade dos logradouros típicos do interior de quarteirão com o contacto visual e proximidade controlada ao espaço público, criando um espaço semipúblico convidativo à interacção entre os habitantes do conjunto. A relação com este espaço comum tem um impacto considerável no desenvolvimento do edifício Poente, no qual se foca particularmente o projecto

desenvolvido. Definidos por sucessivas paredes paralelas rematadas por planos envidraçados, os fogos propostos mantêm uma constante relação visual com o seu exterior, possibilitada unicamente pela sua natureza algo privada e contida. A linguagem simples e modular adoptada pretende valorizar os elementos de individualização provenientes da apropriação por parte dos habitantes, incitada pelas suaves transições entre interior e exterior e pelos recantos sugeridos pela disposição dos planos de alvenaria.



PISOS 2 A 9 TIPOLOGIA HABITACIONAL B (T3) TIPOLOGIA HABITACIONAL C (T3)

PISO 1 TIPOLOGIA HABITACIONAL A (T1)

PISO 0 COMÉRCIO ESTACIONAMENTO ARRUMOS APOIOS


CORTE TRANSVERSAL


PLANTA | TIPOLOGIA A

ALÇADO NASCENTE


PLANTA | TIPOLOGIA B


D ESERTO D E ATACA M A , CHI LE M US EU INTE R N ACIO N A L D E AS TRO N O M I A CO N CU RSO “A RQUID E AS IM OA - ATACA M A 2014” 2013 -2014

Este concurso tira partido do grande desenvolvimento do turismo astronómico verificado no Chile para propor o programa de um Museu Internacional de Astronomia localizado no Deserto de Atacama (junto de San Pedro de Atacama, uma pequena cidade com uma população de aproximadamente 5.000 habitantes), uma área já fortemente associada à esta ciência, não só pelas ideais condições atmosféricas que oferece, mas também pelos vários observatórios de relevo internacional que se lá instalaram devido a estas. A oportunidade de criar um museu tão intimamente associado à possibilidade da prática da sua matéria de estudo por parte dos seus visitantes é algo de raro, tal como o é uma situação em que, em lugar de abrir um espaço público numa densa área urbana, o museu é incumbido de criar um ponto de referência no meio da intimidante vastidão de um espaço tal como o Deserto de Atacama. Esta proposta procura tirar partido destas circunstâncias ao apresentar o Museu Internacional de Astronomia como um portal de entrada para esta localidade astronomicamente significativa, servindo não só como um local de partilha e preservação de conhecimento, mas também como um ponto de partida e de encontro para as actividades que lá tomam lugar.

A procura de uma conciliação entre o funcionamento típico de um museu e o seu proposto uso como um ponto de partida para actividades regidas pelo seu próprio horário nocturno leva à adopção de uma disposição centralizada dos espaços criados, desenvolvendo-se estes de volta de um átrio central, e podendo assim ser individualmente encerrados de acordo com horários específicos sem comprometer a segurança e circulação dentro do museu. Os próprios espaços públicos exteriores estão dispostos e interligados de modo a criar a possibilidade da sua utilização fora do horário de funcionamento do museu, assegurando também o potencial funcionamento independente das salas de workshops e do restaurante – ao qual concedem acesso directo – sempre que justificado. Quanto à imagem e linguagem arquitectónica da proposta, esta busca um contraponto ao vasto vazio que a rodeia. Em lugar a elevar-se acima do horizonte ininterrupto, o edifício enterra-se abaixo deste, dirigindo suavemente os seus visitantes ao longo da gentil inclinação do seu acesso pedonal com a vista icónica da cúpula do seu planetário erguendo-se na distância. Esta implantação oferece aos espaços criados uma noção de encerramento, dirigindo a vista dos seus ocupantes para cima, em direcção ao céu, através dos seus vários pátios e clarabóias.



PÁTIO DE ENTRADA 01 RECEPÇÃO 02 BIBLIOTECA 03 ÁTRIO | FOYER 04 LOJA 05 SALA MULTIMÉDIA 06 SALA DE CONFERÊNCIAS 07 PLANETÁRIO 08 EXPOSIÇÃO PERMANENTE 09 EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 10 SALAS DE WORKSHOP 11 PÁTIO DE OBERVAÇÃO 12 RESTAURANTE | BAR 13

PLANTA | COBERTURA


HORÁRIO NORMAL

EVENTOS ESPECIAIS

HORÁRIO NOCTURNO

ENCERRADO

PLANTA | PISO 0



CORTE TRANSVERSAL


CA MIN H O D E SA NTI AGO, PO RTUG A L A B R IG O D O PE R EG R IN O 21º CO N CU RSO I BÉRICO D E SO LUÇÕ ES CO NSTRUTIVAS PL A DU R (EM CO L A BO R AÇÃO CO M M A RI A DO ROSÁ RIO SA NTOS E M Á RIO SOUSA) 2011

O programa colocado pelo 21º Concurso Ibérico de Soluções Construtivas Pladur consiste num simples abrigo destinado aos peregrinos do caminho de Santiago de Compostela. Para lá da utilidade de um simples ponto de descanso, convida-se à criação de um momento excepcional numa viagem física e espiritualmente longa. De acordo com a simplicidade do programa, o projecto adopta uma clara forma paralelepipédica, ligeiramente elevada em relação ao terreno, e interrompida unicamente por um eixo de entrada anunciado por uma pala têxtil que suaviza a transição para o seu interior. Este espaço interior - iluminado zenitalmente - mantemse aberto, com excepção de três espaços de meditação individuais - providos de iluminação natural própria através da fachada - e das instalações sanitárias. De modo a criar um ambiente único e propício à introspecção, as aberturas criadas representam, porém, não pontos de vista para o exterior, do qual se pretende criar um afastamento, mas sim entradas de luz, filtradas pela aplicação de painéis perfurados Pladur. Apesar de ser fornecido um local de implantação, a utilização dos sistemas construtivos Pladur remete para uma arquitectura reversível e de rápida construção, convidando à possibilidade de encarar o objecto desenvolvido como um protótipo aplicável a diferentes localidades. Neste sentido, a estrutura leve, montagem em seco e ausência de extensas fundações, juntamente com a natureza independente e introspectiva do projecto, asseguram essa possibilidade.




ALÇADO SUL

CORTE AB

ALÇADO POENTE

CORTE CD

CORTE EF


B er n a r d o M a r i a M elo Eg í d i o N a da i s (+3 51) 9 6 323 6 6 42 ber nardoegidio _@hotmail.c om n aci o n a li da d e: po rtug u esa d ata d e n a s c i m e n t o :

3 0.0 6.19 8 9

S e t. 2010 – M a r . 2013 M estr a do Integ r a do em A rquitectur a F a c u l d a d e d e A r q u i t e c t u r a - U n i v e r s i d a d e Té c n i c a S e t. 2010 – J a n . 2011 I n t e r c â mb i o ERASM US E s c o l a Tè c n i c a S u p e r i o r C ata l u n ya (B a r c e l o n a )

d ’A r q u i t e c t u r a d e l

de

Lisboa

V a l l è s - U n i v e r s i tat P o l i t è c n i c a

S e t. 20 07 – J u n . 2010 L i c e n c i at u r a e m E s t u d o s A r q u i t e c t ó n i c o s F a c u l d a d e d e A r q u i t e c t u r a - U n i v e r s i d a d e Té c n i c a

de

Lisboa

C o m p e t ê n c i a s I n f o r m át i c a s - A u t o d e s k A u t o CAD - A do be Photosho p - A dobe InDesign - Goog le Sketchup - Rhino 3d - Autodesk 3 ds Ma x - V r ay - M i c r o s o f t O ff i c e Outr as Competências - E x periência co m fotog r a fia C a r ta - B

de

d i g i ta l , d e s e n h o d e e s t ú d i o e p i n t u r a d i g i ta l

Condução

L í n g u a M at e r n a - Po rt u g u ês Outr as Línguas - I n g l ê s ( ava n ç a d o ) - C a s t e l h a n o ( i n t e r m é d i o) Inform ação A diciona l - C a n d i d at o a o P r é m i o S e c i l U n i v e r s i d a d e s 2013 p e l a FA - UTL - P a r t i c i pa ç ã o n o c o n c u r s o A r q u í d e a s IM OA - A ta c a m a 2014 - P a r t i c i pa ç ã o n o c o n c u r s o d e v i s u a l i z a ç ã o a r q u i t e c t ó n i c a CGA r c h i t e c t A r c h i t e c t u r a l 3 D A w a r d s 2013 - P a r t i c i pa ç ã o n a c o n f e r ê n c i a e e x p o s i ç ã o “ Te r r i t ó r i o – Ó b i d o s , C o m u n i d a d e S u s t e n táv e l e C r i at i va ” - P a r t i c i pa ç ã o n o 21º C o n c u r s o I b é r i c o d e S o l u ç õ e s C o n s t r u t i va s P l a d u r

de




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