TCC 1- COMPLEXO ESPORTIVO

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BIANCA YARROSS COPE RGM: 11171101559

COMPLEXO ESPORTIVO

Mogi das Cruzes - SP 2021


BIANCA YARROSS COPE

COMPLEXO ESPORTIVO

Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mogi das Cruzes, sob orientação da Profª. Silvia Beatriz Zamai.

Mogi das Cruzes - SP 2021


BIANCA YARROSS COPE

COMPLEXO ESPORTIVO

Trabalho Final de Graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mogi das Cruzes, sob orientação da Profª. Silvia Beatriz Zamai. Mogi das Cruzes, SP, 10 de junho de 2021.

Banca Examinadora

________________________________________ Professora Silvia Beatriz Zamai. Orientadora

________________________________________ Professor (a) Convidado

________________________________________ Arquiteto (a) Convidado


RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo levantar informações para projetar um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos, cidade escolhida por oferecer à população uma competição que une as escolas do munícipio, as Olimpíadas Escolares, que tem por objetivo incentivar as crianças e adolescentes à prática de esportes, com isso se faz necessário um local adequado, agradável, com diferentes modalidades e prático, ou seja, um lugar para o treinamento e a concentração não só para as olimpíadas escolares mas também para todos os atletas da região, com o objetivo de proporcionar aos atletas a praticidade de não terem que sair de um bairro e ir para outro em busca de ginásios, cujo, atualmente, estão precários. Além de ajudar na nossa saúde, a pessoa que pratica algum esporte como parte da sua rotina, tem a capacidade de desenvolver seu espírito de equipe, liderança e sabedoria ao tomar suas decisões. O esporte desenvolve sim nas pessoas a cidadania, contribuindo então, para uma sociedade mais justa e coletiva. As pessoas através do esporte, aprendem a se socializar, interagir e criar vínculos de amizades, muitas vezes para vida inteira. Palavras chaves: Complexo esportivo; Olimpíadas Escolares; Esportes; inclusão social.


ABSTRACT

This work aims to gather information to design a Sports Center in Ferraz de Vasconcelos, a city chosen for offering to population a competition that unites schools in the city, the School Olympics, which aims to encourage children and adolescents to practice sports, this makes it necessary to have an adequate, pleasant place, with different modalities and practical, that is, a place for training and concentration not only for school olympics but also for all athletes in the region, with the aim of providing athletes the convenience of not having to leave one neighborhood and go to another in search of gyms, which are currently precarious. In addition to helping our health, the person who practices some sport as part of their routine, has the ability to develop their team spirit, leadership and wisdom when making their decisions. Sport does develop citizenship in people, thus contributing to a more fair and teamwork in society. People through sport, learn to socialize, interact and create bonds of friendships, often for a lifetime. Keywords: Sports Center; School Olympics; Sports; social inclusion.


LISTA DE FIGURAS Figura 01- Modalidades esportivas............................................................................15 Figura 02- Entrega de medalhas no ginásio de Ferraz de Vasconcelos....................16 Figura 03- Corrida das quadrigas...............................................................................21 Figura 04- Pancrácio..................................................................................................21 Figura 05- Estádio Grego...........................................................................................22 Figura 06- Linha do tempo........................................................................................23 Figura 07- Lutas no Egito Antigo................................................................................23 Figura 08- Arco e Flecha no Egito Antigo...................................................................24 Figura 09- Linha do Tempo- Esporte Antigo..............................................................26 Figura 10- Linha do Tempo- Esporte Moderno..........................................................27 Figura 11- Linha do Tempo- Esporte Contemporâneo...............................................27 Figura 12- Crianças praticando esporte.....................................................................28 Figura 13- Crianças praticando esporte paraolímpico ...............................................29 Figura 14- Imagem ilustrativa do sedentarismo.........................................................30 Figura 15- Vista do Centro Esportivo BIT...................................................................31 Figura 16- Vista da entrada do Centro Esportivo.......................................................31 Figura 17 -Painel de Fibrocimento para Fachadas - Linha Linea..............................32 Figura 18- Vista do Centro Esportivo BIT...................................................................33 Figura 19- Implantação do Centro Esportivo BIT.......................................................33 Figura 20- Diagrama da circulação............................................................................34 Figura 21- Digrama da setorização............................................................................34 Figura 22- Planta de cobertura...................................................................................35 Figura 23- Composição da Cobertura........................................................................35 Figura 24- Fluxograma do Centro esportivo BIT........................................................36 Figura 25- Planta Baixa- Subsolo...............................................................................36 Figura 26- Planta Baixa- Térreo.................................................................................37 Figura 27- Planta Baixa- 1º Pavimento......................................................................37 Figura 28- Planta Baixa- 2º Pavimento......................................................................38 Figura 29- Planta Baixa- 3º Pavimento......................................................................38 Figura 30- Corte AA e Corte BB.................................................................................39 Figura 31- Elevação Leste e Elevação Oeste............................................................39


Figura 32- Elevação Sul e Elevação Norte.................................................................40 Figura 33- Vista Interna da quadra.............................................................................40 Figura 34- Vista Interna da Piscina............................................................................40 Figura 35- Fachada Leste.........................................................................................41 Figura 36- Vista interna da área de jogos.................................................................41 Figura 37- Garça........................................................................................................42 Figura 38- Vista Interna da Cobertura aparente.........................................................43 Figura 39- Certificação LEED® Silver........................................................................43 Figura 40- Vista da fonte............................................................................................44 Figura 41- Vista do detalhe da cobertura...................................................................44 Figura 42- Implantação...............................................................................................45 Figura 43- Fluxograma...............................................................................................45 Figura 44- Planta Baixa- Térreo.................................................................................46 Figura 45- Planta Baixa- 1º Pavimento......................................................................47 Figura 46- Planta Baixa- 2º Pavimento......................................................................48 Figura 47- Maquete eletrônica explodida...................................................................48 Figura 48- Detalhe do telhado....................................................................................49 Figura 49- Corte Transversal......................................................................................49 Figura 50- Elevação Leste..........................................................................................49 Figura 51- Vista interna com poças............................................................................50 Figura 52- Vista Externa.............................................................................................50 Figura 53- Fachada principal do Pavilhão de Esportes e Eventos.............................51 Figura 54- Vista aérea do Pavilhão............................................................................51 Figura 55- Vista da entrada do Pavilhão....................................................................52 Figura 56- Implantação...............................................................................................53 Figura 57- Fluxograma...............................................................................................53 Figura 58- Planta Baixa- Subsolo...............................................................................54 Figura 59- Planta Baixa- Térreo.................................................................................55 Figura 60- Planta Baixa- 1º Pavimento......................................................................56 Figura 61- Croqui do corte do Pavilhão......................................................................56 Figura 62- Croqui da implantação..............................................................................57 Figura 63- Corte Transversal......................................................................................57 Figura 64- Corte Longitudinal.....................................................................................58 Figura 65- Elevação Leste..........................................................................................58


Figura 66- Elevação Norte..........................................................................................58 Figura 67- Vista Interna do parque aquático..............................................................59 Figura 68- Vista Externa da Varanda/ Terraço...........................................................59 Figura 69- Vista do edifício da Rodovia......................................................................60 Figura 70- Vista da entrada do centro paraolímpico..................................................60 Figura 71- Circulação vertical- Rampas.....................................................................61 Figura 72- Sheds nas quadras...................................................................................62 Figura 73- Implantação...............................................................................................63 Figura 74- Fluxograma...............................................................................................64 Figura 75- Planta Baixa- Nível 776.............................................................................65 Figura 76- Planta Baixa- Nível 779.............................................................................66 Figura 77- Planta Baixa- Nível 783.............................................................................67 Figura 78- Planta Baixa- Nível 786.............................................................................68 Figura 79- Planta Baixa- Nível 792.............................................................................69 Figura 80- CORTE AA................................................................................................70 Figura 81- CORTE BB................................................................................................70 Figura 82- Nível 776...................................................................................................70 Figura 83- Nível 779...................................................................................................71 Figura 84- Nível 783...................................................................................................71 Figura 85- Nível 786...................................................................................................72 Figura 86- Nível 792...................................................................................................72 Figura 87- Vista Interna das quadras integradas.......................................................73 Figura 88- Vista Interna da pista de atletismo............................................................73 Figura 89- Mapa de São Paulo...................................................................................86 Figura 90- José Ferraz de Vasconcelos.....................................................................87 Figura 91- Linha Férrea..............................................................................................88 Figura 92- Praça dos expedicionários........................................................................88 Figura 93- Praça da independência...........................................................................88 Figura 94- 8º Festa da Uva nos anos 60....................................................................89 Figura 95- 39º Festa da Uva no ano de 2012............................................................89 Figura 96- Campo de futebol no terreno em estudo...................................................89 Figura 97- Antigo Centro poliesportivo Birutão...........................................................90 Figura 98- Levantamento planialtimétrico..................................................................91 Figura 99- Análise micro ambiental............................................................................92


Figura 100- Mapa de Uso e Ocupação do solo..........................................................93 Figura 101- Mapa de Gabarito...................................................................................94 Figura 102- Equipamentos de esportes.....................................................................95 Figura 103 - Terreno em estudo................................................................................95 Figura 104– Ginásio “Professor Adão Dias dos Santos”............................................95 Figura 105- Ginásio Marcílio Guerra.........................................................................95 Figura 106- Ginásio Paulo José da Cruz...................................................................95 Figura 107- Foto do edifício abandonado..................................................................96 Figura 108- Foto do terreno em estudo.....................................................................96 Figura 109- Foto do terreno em estudo.....................................................................96 Figura 110- Foto da entrada da via irregular.............................................................96 Figura 111- Público Alvo............................................................................................98 Figura 112- Organograma........................................................................................102 Figura 113- Fluxograma...........................................................................................103 Figura 114- Diagrama do Conceito..........................................................................105 Figura 115- Cerca viva.............................................................................................105 Figura 116- Alameda................................................................................................105 Figura 117- Estacionamento sustentável.................................................................106 Figura 118- isolação em lã de vidro.........................................................................106 Figura 119- Sonex illtec............................................................................................106 Figura 120- Banco circular.......................................................................................106 Figura 121- paisagismo circular...............................................................................106 Figura 122- Centro paraolímpico..............................................................................107 Figura 123- Copan....................................................................................................107 Figura 124- Ciclofaixa...............................................................................................107 Figura 125- Rodeo Drive..........................................................................................107 Figura 126- Perspectiva 01......................................................................................119 Figura 127- Perspectiva 02......................................................................................119 Figura 128 - Esquema da volumetria 01..................................................................120 Figura 129- Esquema da volumetria 02...................................................................120 Figura 130- setorização............................................................................................121 Figura 131- Implantação...........................................................................................122


LISTA DE TABELAS Tabela 01- Análise SWOT- Centro Esportivo BIT......................................................40 Tabela 02- Análise SWOT- Richmond Olympic Oval.................................................50 Tabela 03- Análise SWOT-Pavilhão de Esportes e Eventos......................................59 Tabela 04- Análise SWOT-Centro Paralímpico..........................................................73 Tabela 05- Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes..................83 Tabela 06 - Índice de redução sonora ponderado.....................................................83 Tabela 07 – Dados gerais de Ferraz de Vasconcelos...............................................86 Tabela 08 – Índices urbanos......................................................................................97 Tabela 09 – Agenciamento- setor administrativo.......................................................99 Tabela 10 – Agenciamento- setor Parque aquático...................................................99 Tabela 11 – Agenciamento- setor de esportes.........................................................100 Tabela 12 – Agenciamento- setor esportivo.............................................................100 Tabela 13 – Agenciamento- setor Comércio............................................................101 Tabela 14 – Agenciamento- setor área médica........................................................101 Tabela 15 – Agenciamento- setor Serviços..............................................................101 Tabela 16 – Programa de necessidades..................................................................108 Tabela 17 – Áreas por setor.....................................................................................122


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................14 O TEMA......................................................................................................................15 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................16 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................18 OBJETIVOS...............................................................................................................19 OBJETIVO GERAL.....................................................................................................19 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................19 ESCOLHA DOS ESTUDOS DE CASO.......................................................................19 METODOLOGIA.........................................................................................................20 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................21 1.1 A ORIGEM DOS COMPLEXOS ESPORTIVOS....................................................21 1.2 A ORIGEM DO ESPORTE....................................................................................23 1.3 CRONOLOGIA DO ESPORTE.............................................................................25 1.3.1 Esporte Antigo...................................................................................................26 1.3.2 Esporte Moderno...............................................................................................27 1.3.3 Esporte Contemporâneo....................................................................................27 1.4 A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE.........................................................................27 1.5 O ESPORTE NA INCLUSÃO SOCIAL..................................................................28 1.6 O SEDENTARISMO NO BRASIL.........................................................................29 2. ESTUDOS DE CASO.............................................................................................31 2.1 CENTRO ESPORTIVO BIT..................................................................................31 2.1.1 Ficha Técnica.....................................................................................................31 2.1.2 Conceito.............................................................................................................31 2.1.3 Materiais............................................................................................................32 2.1.4 Implantação.......................................................................................................33 2.1.5 Circulação e Acessos.........................................................................................34 2.1.6 Setorização........................................................................................................34 2.1.7 Cobertura...........................................................................................................35 2.1.8 Fluxograma........................................................................................................36 2.1.9 Plantas...............................................................................................................36 2.1.10 Cortes..............................................................................................................39


2.1.11 Elevações........................................................................................................39 2.1.12 Fotos................................................................................................................40 2.1.13 Análise SWOT.................................................................................................40 2.2 RICHMOND OLYMPIC OVAL..............................................................................41 2.2.1 Ficha Técnica.....................................................................................................41 2.2.2 Conceito.............................................................................................................41 2.2.3 Partido Arquitetônico..........................................................................................42 2.2.4 Estratégias sustentáveis....................................................................................43 2.2.5 Implantação.......................................................................................................45 2.2.6 Fluxograma........................................................................................................45 2.2.7 Plantas ..............................................................................................................46 2.2.8 Cobertura...........................................................................................................48 2.2.9 Corte..................................................................................................................49 2.2.10 Elevação..........................................................................................................49 2.2.11 Fotos................................................................................................................50 2.2.12 Análise SWOT.................................................................................................50 2.3 Pavilhão de Esportes e Eventos- Minas Tênis Náutico Clube..............................51 2.3.1 Ficha Técnica.....................................................................................................51 2.3.2 Conceito e Partido..............................................................................................51 2.3.3 Volumetria..........................................................................................................52 2.3.4 Implantação.......................................................................................................53 2.3.5 Fluxograma........................................................................................................53 2.3.6 Plantas ..............................................................................................................54 2.3.7 Croquis..............................................................................................................56 2.3.8 Cortes................................................................................................................57 2.3.9 Elevações..........................................................................................................58 2.3.10 Fotos................................................................................................................59 2.3.11 Análise SWOT.................................................................................................59 2.4 Centro Paraolímpico Brasileiro.............................................................................60 2.4.1 Ficha Técnica.....................................................................................................60 2.4.2 Conceito.............................................................................................................60 2.4.3 Conforto Térmico e Iluminação Natural..............................................................62 2.4.4 Implantação.......................................................................................................63 2.4.5 Fluxograma........................................................................................................64


2.4.6 Plantas...............................................................................................................65 2.4.7 Cortes................................................................................................................69 2.4.8 Diagramas.........................................................................................................70 2.4.9 Fotos..................................................................................................................73 2.4.10 Análise SWOT.................................................................................................73 3. LEGISLAÇÃO........................................................................................................74 3.1 Código Sanitário...................................................................................................74 3.2 NBR 9077.............................................................................................................77 3.3 NBR 9050.............................................................................................................78 3.4 NBR 15575...........................................................................................................82 3.5 Código de Obras de Ferraz de Vasconcelos ........................................................84 3.6 Zoneamento e Diretrizes.......................................................................................84 4. LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO................................................86 4.1 DADOS DO LOCAL DE INTERVENÇÃO ............................................................86 4.1.1 Clima de Ferraz de Vasconcelos........................................................................86 4.2 BREVE HISTÓRICO DO LOCAL..........................................................................87 4.3 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO ............................................................91 4.4 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL ............................................................................92 4.5 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL ...........................................................................93 4.5.1 Uso e Ocupação do Solo...................................................................................93 4.5.2 Gabarito….........................................................................................................94 4.6 EQUIPAMENTOS DE ESPORTES......................................................................95 4.7 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO.....................................................................96 4.8 ÍNDICES URBANOS.............................................................................................97 5. ESQUEMA ESTRUTURANTE ...............................................................................98 5.1 PERFIL DO USUÁRIO..........................................................................................98 5.1.1 Público alvo e Funcionários...............................................................................98 5.2 AGENCIAMENTO.................................................................................................99 5.3 ORGANOGRAMA ..............................................................................................102 5.4 FLUXOGRAMA ..................................................................................................103 6. PROPOSTA PROJETUAL...................................................................................104 6.1 CONCEITO.........................................................................................................104 6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO.............................................................................105 6.3 PARTIDO URBANÍSTICO ..................................................................................107


6.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES....................................................................108 6.5 ESTUDO DE MASSA E VOLUMETRIA..............................................................119 6.6 SETORIZAÇÃO..................................................................................................121 6.7 IMPLANTAÇÃO..................................................................................................122 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................123 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................124


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INTRODUÇÃO

A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica. Cada esporte possui suas particularidades que envolvem as pessoas e as fazem optar por qual praticar. No contexto profissional, existem inúmeros casos de pessoas que saíram do estado de miséria extrema e conquistaram uma vida econômica melhor através do esporte. O jovem Thiago Braz, atleta de salto com vara, conquistou ouro na olimpíada de 2016, vencendo a pobreza e desigualdade. Isso mostra a importância do esporte na educação dos jovens, os quais se ocupam em atividades boas e se relacionam com pessoas de valores éticos. Podemos resumir os benefícios do esporte em três palavras: lazer, saúde e educação. A atividade esportiva como prática social é um mecanismo para incentivar os estudantes a compreender valores sociais importantes como a empatia e o respeito. O senso de coletividade é trabalhado e incentivado em modalidades como o vôlei, o futebol, o basquete etc. O presente trabalho tem por objetivo levantar informações para projetar um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos, cidade escolhida por oferecer à população uma competição que une as escolas do munícipio, as Olimpíadas Escolares, que tem por objetivo incentivar as crianças e adolescentes à prática de esportes, com isso se faz necessário um local adequado, agradável, com diferentes modalidades e prático, ou seja, um lugar para o treinamento e a concentração não só para as olimpíadas escolares mas também para todos os atletas da região, com o objetivo de proporcionar aos atletas a praticidade de não terem que sair de um bairro e ir para outro em busca de ginásios, cujo, atualmente, estão precários.


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O TEMA O tema escolhido para o Trabalho Final de Graduação é um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos. Com um pensamento de oferecer um local onde todos possam manter uma vida saudável através da prática regular de esportes. A intenção principal do projeto é incentivar e valorizar o esporte, com uma variedade de espaços de prática e treinamento, além de trazer competições e turismo para o município. Um complexo esportivo tem sua importância, onde não só incentiva a prática de esportes, o que é recomendado por especialistas, mas também é considerado como uma ferramenta na inclusão social, ajudando no combate à violência e na marginalização cultural. O Complexo oferecerá atividades em todos os turnos para que não só crianças e adolescentes tenham acesso à prática esportivos, mas também todos os trabalhadores

que

Figura 01- Modalidades esportivas

queiram praticar algum esporte em seu tempo livre. Com a intenção de

ser

um

edifício

híbrido, que oferecerá ambientes

sociais,

comerciais, esportivos, de alimentação e estudos.

Fonte: www.barbacenamais.com.br/esportes/


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JUSTIFICATIVA O Complexo Esportivo tem como funcionalidade oferecer uma infraestrutura de qualidade para a sociedade, além da variedade na escolha da modalidade, lazer, acessibilidade e melhor qualidade de vida aos usuários, concentrado em apenas um lugar. Ferraz de Vasconcelos, cidade escolhida para implementar o Complexo Esportivo, oferece à população uma competição que une as escolas do munícipio, as Olimpíadas Escolares, que tem por objetivo incentivar as crianças e adolescentes à prática de esportes, com isso se faz necessário um local adequado, agradável, com diferentes modalidades e prático, ou seja, um lugar para a concentração das olimpíadas, sem necessidade dos pais e alunos terem que sair de um bairro e ir para outro em busca de ginásios, cujo, atualmente, estão precários. Na figura 02 temos uma imagem que representa a entrega de medalhas para alunas e seus treinadores que competiram na modalidade de Volêi. Figura 02- Entrega de medalhas no ginásio de Ferraz de Vasconcelos.

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

Outro ponto positivo é o fato de como o esporte contribui para a nossa saúde. Toda e qualquer atividade física favorecem o não aparecimento das doenças do coração, diabetes, excesso de gordura e inúmeras doenças distintas.

Nota-se

também que empresas estão cada vez mais se preocupando em incluir algum esporte a sua equipe, para que o rendimento dos funcionários seja potencializado. Ferraz de Vasconcelos possui inúmeras empresas e fábricas, portanto o Complexo Esportivo não só favorece os estudantes, mas também toda a população.


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Além de ajudar na nossa saúde, a pessoa que pratica algum esporte como parte da sua rotina, tem a capacidade de desenvolver seu espírito de equipe, liderança e sabedoria ao tomar suas decisões. O esporte desenvolve sim nas pessoas a cidadania, contribuindo então, para uma sociedade mais justa e coletiva. As pessoas através do esporte, aprendem a se socializar, interagir e criar vínculos de amizades, muitas vezes para vida inteira. O terreno escolhido para a implantação do Complexo Esportivo possui uma pequena edificação abandonada, onde foi optado por realizar a demolição da mesma. Antigamente era o local do Complexo Esportivo Gothard Kaesemodel Jr. É localizado na Avenida Governador Jânio Quadros, a principal do município, possui um ponto de ônibus próximo, o que facilita na mobilidade dos usuários do complexo, a escola mais próxima está localizada a 200 metros e o ginásio mais perto está localizado a 1,7 km.


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PROBLEMATIZAÇÃO Ferraz de Vasconcelos atualmente possui 3 (três) ginásios um em cada bairro, e apesar de estarem precários e não possuir acessibilidade, a população continua usando e se adaptando às condições dos equipamentos, as quadras ficam abertas para os usuários, porém não tem nenhum tipo de segurança, e esses espaços públicos ficam propícios ao vandalismo, infestação de pombos, frequência dos usuários de drogas entre outros. Os problemas citados acima acabam sendo inconvenientes em um espaço público que tem como propósito oferecer lazer, um local com inclusão social e direitos iguais, ou seja, um local com acessibilidade para os usuários com mobilidade reduzida, seja uma pessoa com deficiência visual ou uma pessoa com deficiência física, um espaço público, como um ginásio, deve ser projetado para todos. Outro problema que a população de Ferraz de Vasconcelos enfrenta é a falta de eventos esportivos promovidos pela Prefeitura ou pela Secretaria de Esportes e Lazer. Com a falta de locais adequados para a prática ou treino de algum esporte, as pessoas acabam usando acostamentos de rodovias para a prática de corridas ou caminhadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda as atividades físicas para toda a população, “Ser fisicamente ativo pode adicionar anos à vida e vida aos anos”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. Contudo, as condições estruturais públicas e seus empecilhos são determinantes para aumentar o número de sedentários, já que grande parte da população não tem acesso a lugares privados para a realização de atividades físicas. Preocupações desta natureza devem se tornar mais presentes quando está em jogo a relação entre espaço urbano, lazer e contemporaneidade. A hipótese primordial do problema citado é devido a má gestão que Ferraz de Vasconcelos vem sofrendo ao longo dos anos, uma das principais causas do problema de infraestrutura que a área de lazer e esportes sofrem, além do descaso e falta de investimentos de equipamentos esportivos, contudo, recentemente, em 2020, um dos ginásios do Município recebeu uma reforma, porém mesmo após a reforma o ginásio continua sem acessibilidade.


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OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Elaborar um anteprojeto arquitetônico de um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos- SP como funcionalidade oferecer uma infraestrutura de qualidade para a sociedade, além da variedade na escolha da modalidade, lazer, acessibilidade e melhor qualidade de vida aos usuários, concentrado em apenas um lugar e, consequentemente atrair turistas e competidores para o município que possui zero atrações desse tipo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar o terreno e seu entorno com o raio de abrangência, estudar os equipamentos próximos e verificar as legislações, o código de obras e normas técnicas. Estudar as condicionantes ambientais e físicas do terreno, assim como a infraestrutura entorno do terreno em que será implantado o Complexo Esportivo. Criar espaços com lazer, um local com inclusão social e direitos iguais, melhor qualidade de vida aos usuários, concentrado em apenas um lugar. Elaborar um programa de necessidades com variedades de modalidades esportivas e áreas de lazer. Evitar o mal dimensionamento das áreas compatíveis ao tema, para isso se faz necessário fazer um pré-dimensionamento, fluxograma e setorização. Propor um projeto arquitetônico com soluções sustentáveis e econômicas com uma arquitetura moderna atendendo a necessidade da população.

ESCOLHA DOS ESTUDOS DE CASO Devido a pandemia que o mundo sofreu, não foi possível ser realizada as visitas técnicas, portanto, foram feitos 4 estudos de caso. O Centro Esportivo BIT, localizado na China dentro do campus do Instituto Tecnológico de Pequim, referencial escolhido por possui uma arquitetura moderna e


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diferenciada, além de contar com um programa de necessidades próximo ao Complexo esportivo deste trabalho. O Richmond Olympic Oval, localizado no Canadá foi projetado para os jogos Olímpicos de inverno de 2010, apesar de ser um centro esportivo voltado para esportes de inverno, o referencial foi escolhido por possuir estratégias sustentáveis. O Pavilhão de Esportes e Eventos, localizado em Minas Gerais, Brasil, foi projetado para compor a infraestrutura do Minas Tênis Náutico Clube, foi escolhido por possuir um programa de necessidades e fluxogramas interessantes e as condicionantes ambientais para ser estudo e reutilizado. O Centro Paraolímpico Brasileiro, localizado em São Paulo, Brasil, pensado para nossos atletas paraolímpicos, esse centro foi escolhido para ser estudado, principalmente, a acessibilidade e a inclusão social entre os atletas, além do programa de necessidades e circulação que compõe um projeto com acessibilidade.

METODOLOGIA A metodologia adotada para a proposta do projeto de um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos se baseia nos seguintes tópicos:  Fundamentação teórica: onde é estudado a origem dos complexos esportivos, a origem dos esportes e a cronologia do mesmo, além do estudo do impacto do esporte na sociedade.  Estudos de casos: onde é referenciado alguns projetos que se aproximam da ideia do projeto em estudo para ser possível o entendimento de como foi o processo e quais foram as soluções arquitetônicas adotadas de cada projeto.  Legislação: é retirado partes das leis estaduais e municipais que é cabível nesse tipo de projeto.  Local de implantação: através de um breve histórico, análises e mapas é possível compreender melhor o terreno e seu entorno em que será inserido o Complexo Esportivo.  Esquemas estruturantes: a partir dos resultados obtidos nos estudos anteriores, nos esquemas é colocado em prática esse resultado através do agenciamento, organograma e fluxograma.  Proposta projetual: por fim, é começado a ter o conceito e partido e os primeiros estudos do projeto, como a setorização, volumetria e a implantação.


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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1

A ORIGEM DOS COMPLEXOS ESPORTIVOS

A humanidade começou a se preocupar em

possuir

um

local

com

Figura 03- Corrida das quadrigas

infraestrutura

adequada para o esporte na Grécia, por conta dos Jogos Olímpicos. Esses Jogos eram anunciados pelos arautos e desenvolvidos pelos helenoices. As principais provas eram: corrida de estádio, corrida do duplo estádio, corrida de fundo, luta, pentatlo, corrida das quadrigas (figura 3), pancrácio (figura 4), corrida de cavalos montados, corrida com

Fonte: Aventuras na História, 2019. Figura 04- Pancrácio.

armas, corrida de bigas, pugilato e outras (TUBINO, 2010, p. 22). Segundo Duarte (2003), como o crescimento da prática da ginástica e de outras atividades esportivas na Grécia Antiga surgiu a necessidade de se ter locais adequados para aquela prática. Desta

Fonte: <novahelade.com/>, 2011.

forma surgiram os “ginásios”. A palavra ginásio deriva dos termos “gymnós” que significa “nu”. O termo foi utilizado para denominar o local da prática esportiva pois a mesma era realizada pelos jovens nus. A princípio o ginásio se limitava a uma pista para corridas e um espaço para as lutas. Gradativamente as instalações do ginásio foram sendo aperfeiçoadas com a criação da “palestra” (local específico para a prática de atividades esportivas) e de um rudimentar balneário. Os ginásios, não servia somente para a prática de atividades físicas, mas também funcionavam centros de instrução, de educação espiritual e servia para reuniões da sociedade grega. Nos ginásios também se ensinava a música, a oratória, a gramática e a filosofia. O autor ainda afirma que o complexo esportivo grego consistia basicamente em um espaço quadrado no qual se identificavam o “efebeum” – local destinado aos


22

execícios gíminicos, o “coryceum” – local onde se guardavam sacos de couro utilizados para a prática do pugilismo, o “conisterium” – local onde os lutadores se reuniam depois da lutas para se limpar do óleo utilizado em seus corpos para as lutas, a “frigida lavatio” – tanque de água onde os atletas se refrescavam depois das atividades, o “elaeothesium” – onde se guardavam os óleos. Um local muito importante para a prática esportiva era o “estádio” (figura 05). Era

um

corredor ladeado

por

Figura 05- Estádio Grego.

parapeitos onde os espectadores assistiam as competições. Nele aconteciam corridas e jogos. Os estádios

tinham

dimensões

diferentes, mas a mais aceita é o comprimento de 192 metros. Há registros que em Éfeso, cidade Grega, o “estádio” tinha capacidade para 76 mil espectadores. Outro local importante era o “hipódromo”

Fonte:<www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/>.

destinado às corridas de cavalos. Os hipódromos tinham a forma de uma ferradura e chegavam a ter 215m de comprimento. Neles, além das corridas, aconteciam provas de adestramento e espetáculos circenses. Segundo Manoel Tubino (2010, p. 33), as instalações esportivas, por sua vez, são a cada dia mais perfeitas quanto aos aspectos de segurança, praticidade e conforto. Da convergência desses aspectos surgiu a necessidade de criar formas objetivas e funcionais para essas instalações, o que propiciou o nascimento de uma arquitetura esportiva especializada na construção de ginásios, estádios e outras instalações destinadas ao esporte. Ao passar do tempo o esporte ficou cada vez mais famoso e mais pessoas estavam praticando o mesmo, assim os arquitetos foram percebendo a necessidade de seguir propostas de desenvolvimento de políticas públicas de esporte, que visem estimular a prática esportiva, a fim de aumentar gradativamente a qualidade de vida da população, os complexos esportivos tem a finalidade de realizar, estimular e apoiar as atividades de ensino que envolvam os esportes em suas diferentes modalidades assim como a prática de atividade física como promoção de saúde e bem-estar social, os locais de esporte deixaram de ser lugares de luta e sobrevivência e passou a ser


23

locais que desenvolvem valores como: convivência com pessoas diferentes, respeitando e discutindo as regras, articulando-se em grupo e aprendendo a importância de cada pessoa para o grupo, assim como o acesso ao saber democrático, a cidadania e a inclusão social. Na linha do tempo (Figura 06), podemos ver a evolução dos equipamentos esportivos ao longo do tempo. Figura 06- Linha do tempo

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.

1.2

A ORIGEM DO ESPORTE É difícil dizer quando o esporte surgiu, em vários lugares do mundo tem provas

de práticas esportivas. Antropólogos afirmam que os povos mais primitivos já praticavam esportes para agradar deuses e competirem entre si. Algumas modalidades esportivas que existem, como arco e flecha, salto, corrida e luta, eram métodos usados pelos antepassados para sobreviver e caçar. Por volta de 1850 a.C., foi revelado no

Figura 07- Lutas no Egito Antigo

Egito, na Necrópole de Beni-Hassan, um mural com imagens (Figura 07) que mostravam a luta em

numerosos

movimentos.

Na

Irlanda

ocorreram arremessos em 1830 a.C. salto em fundura em 1160 a.C. Mostras dos primeiros esquiadores são apontados na Noruega dos primeiros remadores pescadores na Rússia. Fonte: Fascínio Egito


24

Ou seja, no antigo Egito já eram praticados muitos dos esportes atuais. Assim acontecia com o boxe, levantamento de peso, natação e, é claro, caça e pesca. As mulheres também se dedicavam às práticas esportivas em igualdade com os homens, excetuando-se as artes marciais. A ética nos esportes começa a vigorar e a importância do atletismo para o aperfeiçoamento do corpo e a proteção da saúde já é percebida. Os faraós exaltam sempre seus extraordinários feitos atléticos, embora deva ser considerado que a realidade histórica pode ter sido outra e a narrativa possa ser um mero texto de propaganda. Data-se que o profissionalismo no esporte foi considerado desde 580 a.C., onde ocorreu a instituição de prêmios em grana aos campeões, tais campeões recebiam premiações de 500 dracmas ânforas de óleo. Na história, possuímos vários relatos de quando começaram tais esportes, por exemplo, aponta-se que o esqui ocorreu na Finlândia na Suécia em 1771. Em 1603 a natação se transforma em obrigatória no Japão. Em 1907 temos a lei do impedimento, alterada em 1926. A bola como é atualmente divulgado chegou à França em 1872, à Patilha, em 1879, à Bélgica, em 1880; à Alemanha, Dinamarca Holanda, em 1889; à Itália em 1893; aos países da Europa Mediano, em 1900. Em 1904, surge a Federação de futebol Association (FIFA). (DUARTE, 2003, p. 215).

Há relatos de que o primeiro esporte moderno praticado em nossa nação foi o turfe, na cidade do Rio de Janeiro. Vamos poder considerar o turfe, principalmente, como as corridas de cavalos. O turfe data seu início em meados de 1810, era organizado pelos comerciantes ingleses, na Praia de Botafogo. Porém, outros esportes já eram praticados pelos povos indígenas, como arco e flecha, canoagem, natação, corridas, entre diversos outros. As caçadas, as práticas com arco-e-flecha ou dardos estão representadas frequentemente nos relevos dos templos

Figura 08- Arco e Flecha no Egito Antigo

e parecem ter sido jogos esportivos particularmente importantes para reis e nobres.

Nessas

ocasiões

podia-se

desfrutar a camaradagem dos amigos e da

família.

Surgia,

ainda,

uma

oportunidade de se testar a própria coragem

e

demostrar

valentia

e Fonte: Fascínio Egito


25

habilidade física, seja derrotando um leão ou um tigre no deserto, seja arpoando um hipopótamo ou um crocodilo no rio Nilo. Os relevos se esforçam em ressaltar a habilidade dos reis e príncipes no acerto preciso do alvo e sua força no retesar do arco. Os dardos diferiam em comprimento de acordo com o tipo de presa a ser atingida, permitindo que com um só lançamento se abatesse o animal. Eram lançados voltados para cima, de forma a executarem giros rápidos até atingirem o alvo. Amenófis II (c. 1427 a 1401 a.C.) afirmava que podia atravessar com uma flecha um alvo de cobre de sete centímetros de espessura de maneira que do outro lado do alvo surgisse 22 centímetros da flecha. Vários outros esportes que conhecemos atualmente eram representados naquela época através de desenhos em cavernas, túmulos e em pedras, esportes esses que foram passados de geração para geração e se adaptando à tecnologia e aos novos tempos. Apesar de relatos de esportes sendo praticados no Egito, foi na Grécia que o esporte ficou conhecido. Os jogos gregos são considerados como as primeiras manifestações esportivas. Eram “festas populares, religiosas, verdadeiras cerimônias pan-helênicas, cujos participantes eram as cidades gregas” (TUBINO, 2010, p. 22). Os Jogos Olímpicos da Antiguidade eram celebrados em Olímpia, Élida, num bosque sagrado chamado “Altis”, em homenagem a Zeus Horquios, a cada quatro anos.

1.3 CRONOLOGIA DO ESPORTE As atividades esportivas nasceram na Antiguidade e sua história é dividida em três períodos. O primeiro deles é o Esporte Antigo, que vai até a primeira metade do século XIX. O Segundo momento é denominado Esporte Moderno, entre 1820 até 1980. O último é o Esporte Contemporâneo e vai de 1980 até a época atual. Os primeiros jogos olímpicos surgiram na cidade de Olímpia, a partir de 779 a.C. Durante a competição eram realizadas atividades de luta, arremesso, salto à distância, boxe, corrida. Os vencedores recebiam uma coroa de oliveira e diversas outras recompensas. Durante os anos de 394 d.C., o imperador romano Teodósio decretou que os jogos eram festas pagãs e que por isso deveriam ser banidas, pois era inaceitável para povos onde a religião era o monoteísmo.


26

Os Jogos Públicos ou jogos circenses surgem na Idade Média. Estas atividades adaptaram os conceitos helênicos dos jogos e criaram os combates entre gladiadores. Surgiram, assim, os Torneios Medievais (competições de cavalarias), Jeu de Palme (jogo parecido com o tênis), Soule , Gioco del Calcio (jogo parecido com o futebol) e Justas. Em 1896, Pierre de Coubertin remodelou os Jogos Olímpicos e o levou de volta para Atenas e mais 13 nações. Os jogos tiveram a participação de 241 atletas e realização de 43 eventos. O século XVIII passou por diversas transformações econômicas e sociais. A Inglaterra tornara-se o berço científico, da industrialização, urbanização e capitalismo. O país também passou a se destacar no mundo do esporte, principalmente o futebol. Muitos acontecimentos marcaram o esporte ao decorrer dos anos, com a ajuda da linha do tempo a seguir podemos compreender melhor a ordem dos mais importantes episódios no mundo do esporte.

1.3.1 Esporte Antigo Figura 09- Linha do Tempo- Esporte Antigo.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


27

1.3.2 Esporte Moderno Figura 10- Linha do Tempo- Esporte Moderno.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.

1.3.3 Esporte Contemporâneo Figura 11- Linha do Tempo- Esporte Contemporâneo.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.

1.4 A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica. Cada esporte possui suas particularidades que envolvem


28

as pessoas e as fazem optar por qual praticar. Os esportes influenciam no desenvolvimento saudável das pessoas, e ainda faz com que as pessoas se distanciem da criminalidade que está presente em todos os locais de forma bastante organizada e sedutora. O esporte é importante em qualquer fase da vida, na infância, as crianças estão aprendendo a lidar com certas situações e Figura 12- Crianças praticando esporte. dificuldades apresentadas na vida, sozinhas ou em grupo de crianças da mesma idade. Por isso o esporte é essencial na formação das crianças, para que através dele elas possam aprender a compartilhar e respeitar, entre outros fatores de grande importância.

Fonte: Colégio Arnaldo

Na adolescência, o esporte melhora a qualidade de vida, pois é nessa fase que crescemos muito rápido, assim o esporte evita o sedentarismo e a obesidade, diminuindo a ansiedade e ajudando na regulação do sono. A preocupação com a imagem corporal é o principal estímulo que leva o adolescente a procurar a prática da atividade física. Porém, ao iniciar a prática de um esporte, o adolescente também acaba por adquirir outros hábitos saudáveis (alimentação regrada, evitar fumo e drogas, rotina, etc), o que contribui para o seu bem-estar geral. Na idade adulta a prática de esportes pode funcionar como um escape do estresse do dia a dia, da rotina de casa e do trabalho, deixando corpo e mente saudáveis, e prevenindo o envelhecimento. Na terceira idade, é uma fase em que é muito importante o ser humano praticar qualquer tipo de esporte, seja físico ou mental, pois ajuda na autoestima, melhora a capacidade mental, o Colesterol, a Depressão, Doenças Crônicas, entre outras melhorias ao nosso corpo.

1.5

O ESPORTE NA INCLUSÃO SOCIAL Vivemos em uma sociedade na qual muitos jovens têm pouco acesso à cultura,

educação, lazer e até mesmo serviços básicos de saúde. A falta de oportunidades e de uma boa orientação muitas vezes leva essa juventude a escolher caminhos perigosos, alguns deles relacionados a drogas e criminalidade. O esporte pode ser um instrumento de inclusão social, de conscientização e promoção de cidadania.


29

O esporte pode transformar a vida de muitos jovens, estimulando a superação de barreiras e limitações e o crescimento das noções de solidariedade e respeito às diferenças. Quem pratica esporte tem a oportunidade de se tornar um cidadão melhor, pois a prática esportiva eleva a autoestima, gera consciência de disciplina e responsabilidade.

Figura 13- Crianças praticando esporte paraolímpico.

E é exatamente isso que este Complexo tem como objetivo, unir nossa população. Além de incluir deficientes físicos ou intelectuais, na figura 13 podemos ver os alunos de uma escola em Japeri, Rio de Janeiro, praticando Goalball, esporte criado para o deficiente visual e está sendo

Fonte: <jornalhoje.inf.br/>

utilizado para aproximar os demais alunos dessa realidade. O projeto tem o intuito de combater a marginalização cultural presente em nossa sociedade, ou seja, os marginais são aqueles encontrados à margem da sociedade e não possuem os mesmo direitos e acessos a saúde, alimentação, moradia e educação que os outros. O processo de marginalização ocorre por diversos fatores e intensificam as desigualdades sociais, no entanto, vale atentar que os indivíduos que compõem o conjunto dos marginalizados não escolhem tal posição e, na maioria das vezes, sofrem hostilidades, discriminações, preconceitos e violência que causam diversos problemas à sua vida.

1.6 O SEDENTARISMO NO BRASIL Em 2018, um estudo realizado incluiu dados de 358 pesquisas em 168 países, incluindo 1,9 milhões de participantes, e no Brasil promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tiveram grande repercussão ao mostrar que quase metade da população brasileira é sedentária. De acordo com informações coletadas ao longo de 15 anos, 47% das pessoas em idade adulta no Brasil não pratica atividades físicas suficientemente, ou seja, não cumpre a recomendação padrão da OMS, de praticar ao menos duas horas e meia de esforço moderado por semana ou 75 minutos de atividade intensa.


30

Os dados são assustadores e impressionantes: tanto entre homens (40,4%), como em mulheres (53,3%), o Brasil está entre os mais sedentários do mundo, à frente inclusive dos Estados Unidos (40%). É, ainda, o mais sedentário da América Latina. Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, na população de 18 anos ou mais de idade, 40,3% foram classificados como insuficientemente ativos, ou seja, não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana considerando lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho. No Brasil, 47,5% das mulheres eram pouco ativas em 2019. Já os homens apresentaram uma taxa de 32,1%. Mais da metade (59,7%) das pessoas de 60 anos ou mais de idade era insuficientemente ativa, e o grupo de idade menos sedentário foi o de 18 a 24 anos de idade (32,8%), seguido do grupo de 25 a 39 anos (32,9%). Com isso, percebemos que em 1 ano não mudou praticamente nada em relação aos hábitos esportivos da população brasileira. São considerados indivíduos fisicamente ativos no lazer aqueles que realizam qualquer prática de atividade física fora do âmbito da escola ou trabalho, por exemplo, por mais de 150 minutos para as consideradas moderadas ou 75 minutos para as classificadas como vigorosas na semana. São exemplos de atividades físicas moderadas: caminhada, musculação, hidroginástica. Já corrida, basquete, futebol, ginástica aeróbica e tênis são tidos como atividades vigorosas. O sedentarismo não acomete apenas os adultos, ele também é bastante comum na infância e adolescência, trazendo consequências para a vida adulta. Uma criança sedentária pode tornar-

Figura 14- Imagem ilustrativa do sedentarismo

se um adulto obeso. Porém, as crianças magras também podem sofrer

as

consequências

do

sedentarismo. Muitas crianças substituíram o ato de brincar por assistir TV, jogar vídeo-game, usar computadores e tablets. Os adolescentes também passam

Fonte: Folha Irati,2019

horas em frente aos computadores, TV e utilizando celulares. E isso pode ser consequência da falta de infraestrutura esportiva e de lazer que temos na sociedade, apenas uma parcela da população tem acesso a essa infraestrutura.


31

2. ESTUDOS DE CASO 2.1 CENTRO ESPORTIVO BIT Figura 15- Vista do Centro Esportivo BIT

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

2.1.1 Ficha Técnica •

Localização: HAIDIAN QU, CHINA

Arquitetos: Atelier Alter Architects

Área: 15692 m²

Ano: 2019

2.1.2 Conceito Como o mais preeminente objeto

Figura 16- Vista da entrada do Centro Esportivo

construído em uma vasta paisagem de transição entre o denso centro urbano de Pequim e a rarefeita ocupação à oeste da capital, o edifício procura responder a ausência de elementos de referência nas proximidades inspiração

do na

Campus,

buscando

expressividade

das montanhas que circundam a cidade. Formalmente,

o

projeto

do

edifício

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

incorpora uma série de princípios detalhados em estudos de “projeção de trajetória”,


32

traduzindo conceitos abstratos para a arquitetura de um dos mais importantes edifícios do Campus. A transparência, onipresente no edifício, é um convite aos alunos, inspirando encontros e atravessamentos constantemente. Por outro lado, o espaço social e áreas de convívio do edifício foram pensados de forma a estabelecer diferentes relações de escala e possibilidades de apropriação, desencadeando novas formas de networking e trabalhos colaborativos entre os alunos do campus.

2.1.3 Materiais A escolha dos materiais empregados na estrutura do edifício revela uma generosa sensibilidade para com a paisagem acinzentada de Hutong, remetendo a concretude e tortuosidade da Grande Muralha da China. Sua monumental cobertura, como elemento dominante na composição da arquitetura do edifício, procura construir uma narrativa espacial que encontre sintonia na paisagem histórica e cultural na qual está inserida. Como uma espécie de manifesto construído, o projeto do Centro Esportivo do Instituto Tecnológico de Pequim representa a síntese entre a ciência e tecnologia. Concebido para proporcionar um amplo espaço protegido, adequado ao rigoroso inverno chinês. Figura 17 -Painel de Fibrocimento para Fachadas - Linha Linea. , 2020.

Fonte: ARCHDAILY, 2020.


33

Vista

de

longe,

a

sinuosa

Figura 18- Vista do Centro Esportivo BIT

cobertura do edifício se revela de uma

simplicidade

elegante.

Entretanto, atrás desta aparente simplicidade

esconde-se

uma

complexa estrutura espacial, a qual se deixa ver pela rica trama de

painéis

de

alumínio

que

compõe a superfície do forro.

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

Desenvolvida a partir de um modelo paramétrico.

2.1.4 Implantação Figura 19- Implantação do Centro Esportivo BIT

O projeto está implantado dentro da área do Instituto Tecnológico de Pequim e por isso o acesso ao centro esportivo é somente para pedestres, o acesso ao Subsolo é privado e o acesso principal e o secundário são semi-público. Legenda: - Acesso Principal - Acesso Secundário - Acesso ao Subsolo

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


34

2.1.5 Circulação e Acessos O ponto positivo na circulação horizontal é que possui um corredor principal com saída direta e acesso direto a piscina e ao ginásio e na circulação vertical, nas laterais, possui escadas e no centro possui elevador, o que facilita a locomoção dos usuários, o que promove a acessibilidade no projeto. Figura 20- Diagrama da circulação.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.1.6 Setorização Figura 21- Digrama da setorização.

O projeto foi pensado em dividir os andares por tamanhos das áreas que cada esporte precisa. Portanto a piscina e o ginásio ficaram no térreo, e nos demais andares ficaram as salas menores. Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


35

2.1.7 Cobertura Figura 22- Planta de cobertura

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

Figura 23- Composição da Cobertura

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

Planta de Cobertura


36

2.1.8 Fluxograma Figura 24- Fluxograma do Centro esportivo BIT

Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.1.9 Plantas Figura 25- Planta Baixa- Subsolo.

No subsolo se encontra uma área restrita serviços,

para além

manutenção

e

do suporte da

piscina, como a casa de máquinas.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


37

Figura 26- Planta Baixa- Térreo

No térreo está o hall principal que tem pé direito duplo, assim como, a piscina e o ginásio, por ser as áreas que mais recebem o público foi pensado

na

ventilação

iluminação natural

e do

ambiente. É no térreo que está a academia e as áreas de apoio.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

Figura 27- Planta Baixa- 1º Pavimento.

No acesso ao 1º Pavimento foi colocado um lobby, que serve como circulação, vestiários,

vemos, banheiros,

também, as

arquibancadas e as salas dos demais esportes como Taekwondo, Boxe e Artes Marciais.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


38

Figura 28- Planta Baixa- 2º Pavimento

No 2º Pavimento ainda vemos a arquibancada,

os

vestiários,

banheiros e sala de Artes Marciais. É nesse andar que se encontra a área do Tênis de mesa e várias salas de serviço variado.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

Figura 29- Planta Baixa- 3º Pavimento.

O 3º Pavimento e último, possui uma área inferiores dos outros andares e encontramos as salas que tem menos concentração de pessoas.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


39

2.1.10 Cortes Nos cortes conseguimos entender melhor o projeto e percebemos o pé direito alto na piscina, no hall e no ginásio, além de compreender a cobertura e sua finalidade no conforto ambiental. Figura 30- Corte AA e Corte BB.

Fonte: ARCHDAILY, 2020. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.1.11 Elevações: Figura 31- Elevação Leste e Elevação Oeste

Fonte: ARCHDAILY, 2020.


40

Figura 32- Elevação Sul e Elevação Norte

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

2.1.12 Fotos Figura 33- Vista Interna da quadra.

Figura 34- Vista Interna da Piscina

Fonte: ARCHDAILY, 2020.

2.1.13 Análise SWOT Tabela 01- Análise SWOT- Centro Esportivo BIT

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


41

2.2 RICHMOND OLYMPIC OVAL Figura 35- Fachada Leste.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

2.2.1 Ficha Técnica •

Localização: Richmond, Canadá

Arquitetos: Cannon Design

Área do terreno: 54.610 m²

Área edificada: 21.909 m²

Ano: 2010

2.2.2 Conceito O Richmond Olympic Oval, projetado por

Figura 36- Vista interna da área de jogos.

Cannon Design, está localizado em um terreno de 32 acres de propriedade da cidade ao longo das margens do Rio Fraser. As Olimpíadas têm sido uma grande oportunidade para as cidades e as instalações construídas para o evento têm o desafio de iniciar um novo empreendimento, como foi neste caso. O Oval será a peça central de um novo bairro urbano à beiramar, apresentando uma mistura de empreendimentos residenciais, comerciais e de utilidade pública. O novo Fonte: ARCHDAILY, 2010.


42

bairro Oval será um destino e ponto de encontro, oferecendo diversas atividades recreativas internas e externas, compras e serviços. Após os jogos, o edifício se tornará um centro internacional de esportes e bemestar e, graças ao seu design flexível, pode ser usado para uma ampla variedade de usos esportivos e comunitários. Projetado como um catalisador urbano para o desenvolvimento local, o Oval é conversível para vários outros usos esportivos e não esportivos e funcionará como uma comodidade cívica e local de reunião da comunidade, combinando espaços comunitários, sociais e recreativos com usos auxiliares compatíveis, como medicina esportiva, gestão de esportes e instalações de treinamento de alto desempenho. Sua forma memorável, que provavelmente se tornará um ícone arquitetônico para a região, também é altamente sensível ao caráter diversificado da comunidade emergente, a paisagem urbana e o parque adjacente.

2.2.3 Partido Arquitetônico Figura 37- Garça.

A graciosa e elegante garça (Figura 37), o símbolo oficial da cidade de Richmond, é a inspiração para o projeto arquitetônico do Richmond Olympic Oval. A garça é celebrada em uma série de vãos de telhado de penas que se estendem na borda do edifício para criar varandas que servirão como espaços de reunião ao ar livre. A linha do telhado do Oval

Fonte: <www.portal.zoo.bio.br>

também reflete o contorno da garça estilizada que é a peça central do logotipo da cidade. Garças são uma visão comum nas margens do rio Fraser, imediatamente em frente ao Oval, onde podem ser vistas pescando na maré baixa. A garça resume os três temas principais que formam o centro conceitual do edifício: Fluxo, Voo e Fusão. O fluxo, em seus três estados principais (laminar suave, transicional e turbulento), é celebrado em todo o edifício e no local. Interior e exterior celebram a existência humana dentro dos ciclos diários e sazonais do sol, água, terra e vento. A ordem rigorosa do ambiente construído da cidade dá lugar à ordem natural da margem do rio.


43

O voo representa a elevação do espírito humano, por meio de realizações atléticas de elite e da eterna aspiração humana de desenvolver a mente e o corpo. Para o patinador de velocidade, anos de preparação rigorosa culminam na turbulência do evento olímpico. Os membros da comunidade que entram no Oval experimentam uma elevação de espírito e visão neste oásis dedicado ao potencial do corpo humano. A fusão dos elementos físicos e espirituais de fluxo e voo é alcançada na criação de um ambiente único e inspirador que valoriza a cultura da cidade de Richmond, da região e do país. O estuário, como o Canadá, é diverso e interconectado, fluido e elementar, poderoso e calmo. Os três temas principais são refletidos

em

uma

série

Figura 38- Vista Interna da Cobertura aparente.

de

características marcantes do edifício, incluindo o lado norte envidraçado, que oferece vistas espetaculares para o rio Fraser e as montanhas de North Shore

além,

e

recursos

hídricos

inovadores criados a partir de águas pluviais coletadas do enorme telhado

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

do Oval.

2.2.4 Estratégias sustentáveis Figura 39- Certificação LEED®

O Richmond Olympic Oval é um modelo de design

sustentável

de

ponta,

abrindo

Silver

novos

caminhos para instalações esportivas e de bemestar. O Oval obteve a certificação LEED® Silver (figura 39) - uma conquista altamente incomum para uma instalação desse tipo e tamanho. Na criação do gelo, a energia térmica extraída da água geralmente é desperdiçada. No Richmond Olympic Oval, parte dessa energia térmica

Fonte:<www.temsustentavel.com.br>.

é capturada para uso em outras partes do edifício. Como o tamanho do rinque de


44

patinação de velocidade do Oval equivale a seis rinques de hóquei internacionais, essa energia térmica recuperada é considerável. A água da chuva do enorme telhado

do

Oval

é

coletada

Figura 40- Vista da fonte.

e

reutilizada. Grande parte da água coletada flui para os sistemas de utilidades

do

prédio

para

complementar a descarga do vaso sanitário. O restante é armazenado em uma lagoa em frente ao Oval para irrigação das árvores circundantes e

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

paisagismo. Uma fonte (Figura 40) projetada como parte de um programa de arte pública oxigena o lago. O teto do Oval é feito de madeira recuperada de pinheiro. Com um tamanho de cerca de 100 metros

Figura 41- Vista do detalhe da cobertura.

por 200 metros, acredita-se que o telhado seja a maior superfície já coberta

com

a

madeira

que

foi

descartada. Outra madeira utilizada no acabamento do prédio foi recuperada de árvores que foram derrubadas no local. O posicionamento do edifício preserva a costa do Rio Fraser e as

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

árvores ao longo do Canal Hollybridge. Durante a construção, os resíduos recicláveis de construção foram desviados dos aterros e reciclados. Os materiais de construção como tintas, carpetes, adesivos, selantes, madeira composta e adesivos laminados usados em todo o Oval têm baixo teor de compostos orgânicos voláteis. As plantas do pântano no tanque de coleta de chuva agem como purificadores naturais, melhorando a qualidade da água no tanque e no Canal Hollybridge conectado.


45

2.2.5 Implantação O edifício foi implantado próximo ao Rio Fraser com direito a uma praça onde a população utiliza para a prática de esportes e possui uma entrada direta para o centro esportivo, a entrada principal de pedestres está localizado na Rodovia River e a entrada de veículos na parte Oeste do edifício. Figura 42- Implantação

Fonte: ARCHDAILY, 2010. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.2.6 Fluxograma

Figura 43- Fluxograma.

Edição: Elaborada pela autora, 2021.


46

2.2.7 Plantas No Térreo se encontra duas opções de entrada, acesso principal de pedestres e acesso ao estacionamento coberto. Está localizado também a área administrativa com sanitários e sala de reuniões, sendo uma área de acesso restrito. A partir do Lobby o acesso aos vestiários e sala de Yoga se torna semi-público, ou seja, o acesso só é permitido para sócios. Figura 44- Planta Baixa- Térreo.

Fonte: ARCHDAILY, 2010. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


47

No 1º Pavimento, tem o acesso através das escadas principais, da escada da área restrita e um acesso para a praça. É nesse pavimento que acontece as competições e a maioria das práticas esportivas, além de possuir área técnica e salas de apoio. Figura 45- Planta Baixa- 1º Pavimento.

Fonte: ARCHDAILY, 2010. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


48

O 2º Pavimento tem a finalidade de mezanino, com vista direta para a área de competição, com uma academia linear, sanitários e um amplo espaço de exposições. O acesso ocorre somente através das escadas principais, e na área restrita. Figura 46- Planta Baixa- 2º Pavimento.

Fonte: ARCHDAILY, 2010. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.2.8 Cobertura Com a maquete eletrônica explodida (Figura 47) percebemos as camadas da cobertura que é sustentável utilizando madeira reciclada além de uma faixa de vidro para a entrada de sol e iluminação natural. Na Figura 48, temos o detalhe do telhado sustentável.

Figura 47- Maquete eletrônica explodida.

Fonte: ARCHDAILY, 2010. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


49

Figura 48- Detalhe do telhado.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

2.2.9 Corte Figura 49- Corte Transversal.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

2.2.10 Elevação Figura 50- Elevação Leste.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.


50

2.2.11 Fotos Figura 51- Vista interna com poças.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

Figura 52- Vista Externa.

Fonte: ARCHDAILY, 2010.

2.2.12 Análise SWOT Tabela 02- Análise SWOT- Richmond Olympic Oval

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


51

2.3 Pavilhão de Esportes e Eventos- Minas Tênis Náutico Clube Figura 53- Fachada principal do Pavilhão de Esportes e Eventos

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

2.3.1 Ficha Técnica •

Localização: Nova Lima, Minas Gerais- Brasil.

Arquitetos: Horizontes Arquitetura e Urbanismo

Área: 13419 m²

Ano: 2012/2013 a 2018

2.3.2 Conceito e Partido Figura 54- Vista aérea do Pavilhão.

O Minas Tênis Clube é o maior clube social de Minas Gerais e um dos mais importantes do Brasil. A unidade náutica foi criada em 1998, no Alphaville Lagoa dos Ingleses, município de Nova Lima, com intenção de oferecer contato com a natureza e esportes náuticos

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

(vela e remo). O aumento da frequência dos sócios gerou demanda para ampliação da estrutura. O Plano Diretor do Clube foi então atualizado, adaptando as diretrizes originais para as necessidades atuais. As mudanças resultaram na alteração do programa,


52

relocação de usos, além de redefinição da imagem volumétrica, que era prédeterminada pelo plano diretor. Os novos itens de programa foram reunidos em edificação única, conciliando usos, criando fluxos de acesso independentes e liberando espaço no terreno para atender outras demandas. O desenho do edifício buscou referências no desenho do antigo ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (já demolido). Sua arquitetura modernista, projetada por Raphael Hardy, era caracterizada por empenas laterais, cobertura curva assinalada por sheds/aberturas de iluminação e ventilação natural. A característica mais marcante era o acesso público pelo nível mais alto da arquibancada, que propiciava leitura integral do espaço interno, acima do nível do público.

2.3.3 Volumetria Figura 55- Vista da entrada do Pavilhão

O desenho do Pavilhão repete esses elementos marcantes, utilizando empenas laterais e um plano único de cobertura,

assinalado

pelos

pórticos

frontais de iluminação e ventilação. Esses pórticos marcam o ritmo da fachada e definem a imagem marcante do edifício. Funcionam também como indicação dos

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

acessos e atendem a uma indicação do plano diretor que recomenda que cada edifício seja destacado por elementos verticais de composição. A variação de cores da fachada (pintura clara e placas metálicas alaranjadas e acobreadas) se relaciona com a cor do minério de ferro, predominante na região, além de se harmonizar com as obras já construídas no clube. As relações entre novo e antigo, ambiente natural e ambiente construído, público e privado, foram fatores preponderantes para que se chegassem ao resultado final. A estratégia de projeto solucionou as necessidades do escopo de forma harmoniosa com o entorno, gerando uma volumetria impactante, mas ao mesmo tempo respeitosa. As linhas acentuadas da arquitetura pretendem criar um novo referencial na paisagem da região.


53

2.3.4 Implantação Figura 56- Implantação

O edifício foi implantado próximo a Lagoa dos Ingleses, onde está localizado o Minas Tênis Náutico Clube com outras práticas esportivas, a entrada principal de pedestres está localizada na Avenida Princesa Diana assim como a entrada de veículos, a entrada do subsolo é mais restrita sendo a única opção de acesso dentro do clube.

Fonte: ARCHDAILY, 2018. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.3.5 Fluxograma Figura 57- Fluxograma.

Edição: Elaborada pela autora, 2021.


54

2.3.6 Plantas No subsolo se concentra a estrutura de apoio ao parque aquático e as casas de máquinas. Os depósitos e a guardaria de barcos e remos tem acesso restrito. Figura 58- Planta Baixa- Subsolo

Fonte: ARCHDAILY, 2018. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


55

O térreo é o principal pavimento com acesso de pedestres tanto para os associados quanto para os funcionários, com um lobby para o controle de acesso e uma central de atendimentos para sócios e novos sócios. O ginásio tem uma estrutura com arquibancadas, mezanino para cadeirantes e camarotes, sanitários, vestiários e uma lanchonete que atende tanto o ginásio quanto o parque aquático, o mesmo é coberto e com piscinas aquecidas integradas visualmente ao parque aquático externo. Figura 59- Planta Baixa- Térreo

Fonte: ARCHDAILY, 2018. Edição: Elaborada pela autora, 2021.


56

No ultimo pavimento ficam um extenso salão de festas com uma estrutura de apoio, cozinha, sanitários e armazenamento. Figura 60- Planta Baixa- 1º Pavimento.

Fonte: ARCHDAILY, 2018. Edição: Elaborada pela autora, 2021.

2.3.7 Croquis A partir desses croquis entendemos a intenção do arquiteto em relação ao conforto ambiental (Figura 61) e fluxograma na implantação (Figura 62). A ventilação natural cruzada foi utilizada para diminuir o consumo energético com climatização, e o revestimento metálico Softwave 25, trouxe o controle solar permitindo maior conforto térmico. E na implantação a intenção era deixar um corredor livre para a circulação de pessoas e de ar.

Figura 61- Croqui do corte do Pavilhão.

Fonte: ARCHDAILY, 2018.


57

Figura 62- Croqui da implantação.

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

2.3.8 Cortes No corte transversal (Figura 63), vemos como funciona o reservatório de agua e o elemento arquitetônico que apresenta volumetria ao projeto. No corte longitudinal (Figura 64), entendemos a estrutura necessária para as piscinas e conseguimos enxergar a volumetria, o edifício funciona em 3 módulos, onde no térreo tem a conexão dos 3.

Figura 63- Corte Transversal.

Fonte: ARCHDAILY, 2018.


58

Figura 64- Corte Longitudinal

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

2.3.9 Elevações Figura 65- Elevação Leste

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

Figura 66- Elevação Norte.

Fonte: ARCHDAILY, 2018.


59

2.3.10 Fotos Figura 67- Vista Interna do parque aquático. .

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

Figura 68- Vista Externa da Varanda/ Terraço

Fonte: ARCHDAILY, 2018.

2.3.11 Análise SWOT Tabela 03- Análise SWOT-Pavilhão de Esportes e Eventos.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


60

2.4 Centro Paraolímpico Brasileiro Figura 69- Vista do edifício da Rodovia.

Fonte: ARCHDAILY,2016.

2.4.1 Ficha Técnica •

Localização: São Paulo- Brasil.

Arquitetos: L+M

Área do Terreno: 140.000m²

Área: 60.529,33

Ano: 2016

Autores: Sung Meiling e Lauro Carlos Miquelin

2.4.2 Conceito O

Centro

de

Treinamento

Figura 70- Vista da entrada do centro Paraolímpico.

Paraolímpico Brasileiro, parceria do Governo do Estado de SP com o Governo Federal, foi concebido para ser o principal legado de estrutura dos jogos "Rio 2016" para o esporte paraolímpico. Erguido

numa

área

de

140.000m² em SP, o complexo possui

Fonte: ARCHDAILY,2016.

60.529,33 m² de construção em 2 Blocos (Centro de Treinamento e Residencial


61

Paraolímpico), além da recuperação do curso da nascente do Rio Ipiranga, em área de proteção permanente. O local serve para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções; preparação física; cursos para técnicos, árbitros, gestores e profissionais do esporte; além do desenvolvimento das ciências do esporte, no conceito de atuação interdisciplinar envolvendo medicina, fisioterapia, psicologia, fisiologia, biomecânica, nutrição e metodologia do treinamento, entre outras áreas. O Centro Paraolímpico implantou um novo modelo de treinamento, concentrando em um único local 15 modalidades paraolímpicas, atendendo aos requisitos e recomendações das Federações Internacionais

Paraolímpicas

e

aos

Comitês Figura 71- Circulação vertical-Rampas.

Paraolímpicos Nacionais, abrigando os atletas durante os períodos de aclimatação no Brasil e, sobretudo

garantindo

a

concentração

e

aperfeiçoamento do pensamento esportivo, na busca por melhores resultados. Para vencer o desnível de 20 m entre a Rodovia dos Imigrantes e o ponto mais alto do Parque, foi distribuído o programa de necessidades em 2 Blocos: Centro de Treinamento e o Residencial, implantados em 5 grandes níveis - já existentes no Parque - todos eles interligados através de rampas internas e pelas circulações verticais (elevadores e rampas) da Recepção principal (Figura 71)

Fonte: ARCHDAILY,2016.


62

2.4.3 Conforto Térmico e Iluminação Natural Na implantação do edifício buscou-se uma integração com o entorno do Parque, através de paredes e cobertura verde, que também tem uma função de conforto térmico para redução do consumo de ar condicionado, existente somente nas áreas administrativas, arena multiuso e ambiente internos sem ventilação natural. Na face oeste, voltada para a Rodovia dos Imigrantes, foram instaladas lonas extensíveis perfuradas com um formato orgânico para sombreamento das aberturas das quadras e para identidade visual do Centro de Treinamento. Nas áreas de quadras foram previstos ventilação permanente cruzada e iluminação natural através de sheds na cobertura (Figura 72) e venezianas translúcidas. Quanto às instalações, temos aquecimento solar para os vestiários, água de reuso para o sistema de irrigação e lâmpadas leds nas áreas esportivas. Figura 72- Sheds nas quadras.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


63

2.4.4 Implantação O projeto foi implantado na Rodovia Imigrantes, 11.5km - Vila Guarani, SP, uma Rua foi aberta para atender a demanda dos veículos tanto para o Centro Paralímpico quanto para o residencial dos atletas. O maior desafio no desenvolvimento do projeto foi a implantação (Figura 73) de todo o programa esportivo das 15 modalidades, de forma a garantir a acessibilidade dos ambientes e o menor impacto ambiental. O projeto possui vários acessos ao seu redor, o que facilita na acessibilidade de seus usuários portadores de deficiência. Figura 73- Implantação.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


64

2.4.5 Fluxograma Figura 74- Fluxograma.

Edição: Elaborada pela autora, 2021


65

2.4.6 Plantas No primeiro Nível (Figura 75) está a entrada do estacionamento coberto, a Recepção principal com os elevadores panorâmicos e a rampa circular, algumas quadras integradas, vestiários e algumas salas administrativas de apoio. Figura 75- Planta Baixa- Nível 776.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


66

No segundo Nível (Figura 76), encontra-se outras modalidades esportivas como Tênis de mesa, Futebol de 5, Bocha, Esgrima, Goalball e vestiários de suporte para os atletas desses esportes e a área técnica das piscinas, e também, o segundo nível do estacionamento coberto. Figura 76- Planta Baixa- Nível 779.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


67

No terceiro nível (Figura 77), temos duas quadras de Tênis descoberta para cadeirantes com arquibancada, as Piscinas semi-olímpica e olímpica também possuem arquibancada, é nesse nível que se concentra a parte administrativa que é separada da área esportiva através de uma praça onde tem a lanchonete. Figura 77- Planta Baixa- 783.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


68

No quarto nível (Figura 78), se encontra, de modalidades esportivas, a área fitness e de halterofilismo e uma quadra descoberta de futebol de 7, ao seu lado esquerdo tem uma ampla área de sala de estar e convívio com algumas salas de reunião, é nesse nível que está a escola técnica, a área de reabilitação, e o centro de pesquisas médicas. Figura 78- Planta Baixa- Nível 786.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021


69

No último nível (Figura 79) está a praça de eventos na cobertura de um dos blocos, a área destinada ao atletismo e seu apoio, como arquibancadas, vestiários e uma sala técnica/ controle. Figura 79- Planta Baixa-Nível 792.

Fonte: ARCHDAILY,2016. Edição: Elaborada pela autora, 2021

2.4.7 Cortes No corte AA (Figura 80) estão as quadras integradas, de vôlei sentado, rúgbi, basquete em cadeira de rodas e a quadra poliesportiva, a linha vermelha que aparece no corte é um elemento arquitetônico que representa a identidade visual do edifício. No corte BB (Figura 81) aparece uma das quadras, a piscina, a praça e a área administrativa.


70

Figura 80- CORTE AA

Fonte: ARCHDAILY, 2016.

Figura 81- CORTE BB

Fonte: ARCHDAILY, 2016.

2.4.8 Diagramas Nos diagramas a seguir (Figuras 82 a 86) conseguimos compreender como foram dispostas as áreas do programa de necessidades e como foi pensado para combater ao desnível do terreno.

Figura 82- Nível 776.

Fonte: ARCHDAILY, 2016.


71

Figura 83- Nível 779.

Fonte: ARCHDAILY, 2016.

Figura 84- Nível 783

Fonte: ARCHDAILY, 2016.


72

Figura 85- Nível 786.

Fonte: ARCHDAILY, 2016.

Figura 86- Nível 792.

Fonte: ARCHDAILY, 2016.


73

2.4.9 Fotos Figura 87- Vista interna das quadras integradas.

Fonte: ARCHDAILY, 2016. Figura 88- Vista externa da pista de atletismo.

Fonte: ARCHDAILY, 2016.

2.4.10 Análise SWOT Tabela 04- Análise SWOT-Centro Paraolímpico.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


74

3. LEGISLAÇÃO 3.1 Código Sanitário Segundo o Código Sanitário, CAPÍTULO VII- Locais de Reunião - Esportivos, Recreativos, Sociais, Culturais e Religiosos, SEÇÃO I – Piscinas. Artigo 116 - Para efeito deste Regulamento, as piscinas se classificam nas quatro categorias seguintes: I - piscinas de uso público - as utilizáveis pelo público em geral; II - piscinas de uso coletivo restrito - as utilizáveis por grupos restritos, tais como, condomínios, escolas, entidades, associações, hotéis, motéis e congêneres; III - piscinas de uso familiar - as piscinas de residências unifamiliares; IV - piscinas de uso especial - as destinadas a outros fins que não o esporte ou

a

recreação,

tais

como

as

terapêuticas

e

outras.

Artigo 117 - Nenhuma piscina poderá ser construída ou funcionar, sem que atenda às especificações do projeto aprovado pela autoridade sanitária, obedecidas as disposições deste Regulamento e das Normas Técnicas Especiais a elas aplicáveis. § 1.º - As piscinas de uso público e de uso coletivo restrito, deverão possuir alvará de funcionamento, que será fornecido pela autoridade sanitária, após a vistoria de suas instalações. § 2.º - As piscinas de uso familiar e de uso especial ficam dispensadas das exigências

deste

Regulamento.

Artigo 118 - É obrigatório o controle médico sanitário dos banhistas que utilizem

as

piscinas

de

uso

público

e

de

uso

coletivo

restrito.

Parágrafo único - As medidas de controle médico sanitário serão ajustadas ao tipo de estabelecimento ou de local em que se encontra a piscina, segundo o que for disposto em Norma Técnica Especial. Artigo 119 - As piscinas constarão, no mínimo, de tanque, sistema de circulação ou de recirculação, vestiários e conjuntos de instalações sanitárias. Artigo 120 - O tanque obedecerá às seguintes especificações mínimas: I - revestimento interno de material resistente, liso e impermeável; II - o fundo não poderá ter saliências, reentrâncias ou degraus; III - a declividade do fundo, em qualquer parte da piscina, não poderá ter mudanças bruscas; e, até 1,80 m de profundidade, não será maior do que 7%; IV - as entradas de água deverão estar submersas e localizadas de modo a produzir circulação em todo o tanque.


75

§ 1.º - O tanque deverá estar localizado a maneira a manter um afastamento de pelo menos 1.50 m das divisas. § 2.º - Em todos os pontos de acesso à área do tanque é obrigatória a existência de lava-pés, com dimensões mínimas de 2,00 m x 2,00 m e de 0,2 m de profundidade útil, nos quais deverá ser mantido cloro residual acima de 25 mg/litro. Artigo 121 - Os vestiários e as instalações sanitárias, independentes por sexo, conterão, pelo menos: I - Bacias sanitárias e lavatórios na proporção de 1 para cada 60 homens e 1 para cada 40 mulheres; II -

mictórios

III -

chuveiros,

na

proporção

na

proporção

de de

1

para

cada

60

homens;

1

para

cada

40

banhista.

§ 1.º - Os chuveiros deverão ser localizados de forma a tornar obrigatória a sua utilização antes da entrada dos banhistas na área do tanque. § 2.º - As bacias sanitárias deverão ser localizadas de forma a facilitar a sua utilização antes dos chuveiros. Artigo 122 - A área do tanque será isolada, por meio de divisória adequada. Parágrafo único - O ingresso nesta área só será permitido após a passagem obrigatória por chuveiro.

Segundo o Código Sanitário, SUBSEÇÃO III – Iluminação: Artigo 175 - Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. § 1.º - A área para iluminação natural de um local de trabalho deve corresponder, no mínimo, a um quinto da área total do piso. § 2.º - Para a iluminação artificial, quando justificada tecnicamente, deverão ser observadas as normas previstas na legislação sobre higiene e segurança do trabalho. Artigo 176 - A iluminação deve ser adequada ao trabalho a ser executado, evitando-se o ofuscamento, reflexos fortes, sombras e contrastes excessivos.

Segundo o Código Sanitário, SUBSEÇÃO IV – Ventilação: Artigo 177 - Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural ou artificial que proporcionem ambiente compatível com o trabalho realizado. § 1.º - A área total das aberturas de ventilação natural dos locais de trabalho deverá ser, no mínimo, correspondente a dois terços da área iluminante natural. § 2.º - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a ventilação natural não preencher as condições e conforto térmico a juízo da autoridade competente.


76

Segundo o Código Sanitário, SUBSEÇÃO V – Circulação: Artigo

178

- Os

corredores,

quando

houver,

deverão

ser

livres,

dimensionados para proporcionar o escoamento seguro dos empregos, e dirigidos para saídas de emergência. Parágrafo único - A largura dos corredores não poderá ser inferior a 1,20 m. Artigo 179 - As saídas de emergência terão portas abrindo para o exterior e largura

não

menor

que

as

dimensionadas

para

os

corredores.

Artigo 180 - As rampas e as escadas deverão ser construídas de acordo com as seguintes especificações; I - a largura mínima da escada será de 1,20 m, devendo ser de 16, no máximo, o número de degraus entre patamares; II - a altura máxima do degraus (espelho) deverá ser de 0,16 m, e a largura (piso) de 0,30 m; III - serão permitidas rampas com 1,20 m de largura, no mínimo, e declividade máxima de 15%.

Segundo o Código Sanitário, SUBSEÇÃO VI-Instalações Sanitárias: Artigo 181 - Os locais de trabalho terão instalações sanitárias separadas, para cada sexo, e dimensionadas por turno de trabalho, nas seguintes proporções: I - uma bacia sanitária, um mictório, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo masculino; II - uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro para cada 20 empregados do sexo feminino. Parágrafo único - Será exigido um chuveiro para cada 10 empregados nas atividades ou operações insalubres, nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, alergizastes poeiras ou substâncias que provoquem sujidade e nos casos em que haja exposição a calor intenso. Artigo 182 - Os compartimentos das bacias sanitárias e dos mictórios deverão ser ventilados para o exterior não poderão ter comunicação direta com os locais de trabalho nem com os locais destinados às refeições; e deverá existir, entre eles, antecâmaras com abertura para o exterior. Artigo 183 - As instalações sanitárias deverão atender aos seguintes requisitos: I - piso revestido de material resistente, liso, lavável e impermeável, inclinado para os ralos, os quais serão providos de sifões; II - paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável, até a altura de 2,00 m, no mínimo; III - portas que impeçam o seu devassamento.


77

Artigo 184 - Os compartimentos com bacias sanitárias deverão ter área mínima

de

1,20

m²,

com

largura

mínima

de

1,00

m.

Parágrafo único - No caso de agrupamento de aparelhos sanitários da mesma espécie, os compartimentos destinados a bacias sanitárias e chuveiros, serão separados por divisões com altura mínima de 2,00 m, tendo vãos livres de0,15 m de altura na parte inferior, e 0,35 m, de altura na parte superior; área mínima de 1,20 m², com largura de 1,00 m; e acesso mediante corredor de largura maior que 0,90 m. Artigo 185 - As instalações sanitárias deverão ser alimentadas por água proveniente do sistema público de abastecimento de água e esgotadas mediante ligação à rede pública. Parágrafo único - Quando o local não for beneficiado pelos sistemas públicos de água e de esgotos, será obrigatória a adoção de medidas a serem aprovadas pelas autoridades competentes, no que concerne à provisão suficiente de água e à disposição dos esgotos e resíduos líquidos industriais. Artigo 186 - Os reservatórios de água potável deverão ter capacidade mínima correspondente a 70 litros por empregado.

Segundo o Código Sanitário, SUBSEÇÃO IX – Vestiários: Artigos 192 - Junto aos locais de trabalho serão exigidos vestiários separados para cada sexo. § 1.º - Os vestiários terão área correspondente a 0,35 m² por empregado que neles deva ter armário, com o mínimo de 6,00 m²; § 2.º - As áreas para vestiários deverão ter comunicação com as de chuveiros, ou ser a estas conjugadas.

3.2 NBR 9077 4.7.8 Escadas com lanços curvos 4.7.8.1 As escadas com lanços curvos podem ser utilizadas em saídas de emergência quando: a) só atenderem a edificações com ocupações do grupo A (residencial), ou se tratar de escadas não enclausuradas (escadas comuns), exceto no caso de ocupações da divisão F-3 (centros esportivos); b) os lanços curvos forem constituídos de degraus ingrauxidos iguais, as linhas de bocéis convergindo em um ponto (centro da circunferência), havendo, pois, bomba ou escaparate com diâmetro mínimo de 0,97 m (escada com degraus b = 32 cm) a 1,375 m (para b = 27 cm); c) tiverem larguras entre 1,10 m e 1,65 m, sem corrimão intermediário. (NBR 9077, 1993. P10).


78

Segundo a NBR 9077 p. 25, o complexo esportivo está inserido no grupo E (Educacional e cultura física), na divisão E-3 e no grupo F (Locais de reunião de público), na divisão F-3. Na NBR 9077 p. 29, a tabela 5 mostra os dados para o dimensionamento das saídas. Grupo E: •

População: Uma pessoa por 1,50 m2 de área.

Capacidade da U. de passagem: Acessos e Escadas= 100; Portas= 100; descargas e rampas= 60.

Grupo F: •

População: Duas pessoas por m2 de área.

Capacidade da U. de passagem: Acessos e Escadas= 100; Portas= 100; descargas e rampas= 75. Na NBR 9077, p. 30, a tabela 6 mostra as distâncias máximas a serem

percorridas. Grupo E e F: •

Sem chuveiros automáticos - Saída única: 30 m - Mais de uma Saída: 40 m

Com chuveiros automáticos - Saída única: 45 m - Mais de uma Saída: 55 m

3.3 NBR 9050 [...]6.3 Circulação – Piso A circulação pode ser horizontal e vertical. A circulação vertical pode ser realizada por escadas, rampas ou equipamentos eletromecânicos e é considerada acessível quando atender no mínimo a duas formas de deslocamento vertical. 6.3.1 Condições gerais Os pisos devem atender às características de revestimento, inclinação e desnível, conforme descrito em 6.3.2 a 6.3.8. 6.3.2 Revestimentos Os materiais de revestimento e acabamento devem ter superfície regular, firme, estável, não trepidante para dispositivos com rodas e antiderrapante, sob qualquer condição (seco ou molhado). Deve-se evitar a utilização de padronagem na superfície do piso que possa causar sensação de insegurança (por exemplo, estampas que pelo contraste de desenho ou cor possam causar a impressão de tridimensionalidade).


79

6.3.3 Inclinação A inclinação transversal da superfície deve ser de até 2 % para pisos internos e de até 3 % para pisos externos. A inclinação longitudinal da superfície deve ser inferior a 5 %. Inclinações iguais ou superiores a 5 % são consideradas rampas. 6.3.4 Desníveis 6.3.4.1 Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm dispensam tratamento especial. Desníveis superiores a 5 mm até 20 mm devem possuir inclinação máxima de 1:2 (50 %). Desníveis superiores a 20 mm, quando inevitáveis, devem ser considerados como degraus. (NBR 9050: 2015 p. 70). [...]6.11.2.4 As portas, quando abertas, devem ter um vão livre, de no mínimo 0,80 m de largura e 2,10 m de altura. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m. [...]. Quando instaladas em locais de prática esportiva, as portas devem ter vão livre mínimo de 1,00 m. (NBR 9050: 2015 p. 70). [...] 6.11.2.9 Quando as portas forem providas de dispositivos de acionamento pelo usuário, estes devem estar instalados fora da área de abertura da folha da porta e à altura de alcance entre 0,80 m e 1,00 m. 6.11.2.10 Quando as portas forem acionadas por sensores ópticos, estes devem estar ajustados para detectar pessoas de baixa estatura, crianças e usuários de cadeiras de rodas. Deve também ser previsto dispositivo de segurança que impeça o fechamento da porta sobre a pessoa. 6.11.2.11 Em portas de correr, recomenda-se a instalação de trilhos na sua parte superior. Os trilhos ou as guias inferiores devem estar nivelados com a superfície do piso, e eventuais frestas resultantes da guia inferior devem ter largura de no máximo 15 mm. 6.11.2.12 Quando instaladas em locais de prática de esportes, as portas devem ter vão livre mínimo de 1,00 m. 6.11.2.13 Portas e paredes envidraçadas, localizadas nas áreas de circulação, devem ser claramente identificadas com sinalização visual de forma contínua, para permitir a fácil identificação visual da barreira física. Para isto também devem ser consideradas as diferentes condições de iluminação de ambos os lados das paredes ou portas de vidro. Características da sinalização visual nas portas e paredes de vidro:  a) a sinalização deve ser contínua, composta por uma faixa com no mínimo 50 mm de espessura, instalada a uma altura entre 0,90 m e 1,00 m em relação ao piso acabado. Esta faixa pode ser substituída por uma composta por elementos gráficos instalados de forma contínua, cobrindo no mínimo a superfície entre 0,90 m e 1,00 m em relação ao piso;


80

b) nas portas das paredes envidraçadas que façam parte de rotas acessíveis, deve haver faixa de sinalização visual emoldurando-as, com dimensão mínima de 50 mm de largura.  c) recomenda-se que a faixa tenha duas cores com o mínimo de 30 pontos de contraste de LRV entre elas;  d) recomenda-se a aplicação de mais duas faixas contínuas com no mínimo 50 mm de altura, uma a ser instalada entre 1,30 m e 1,40 m, e outra entre 0,10 m e 0,30 m, em relação ao piso acabado. [...] 7.4.2 Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem possuir entrada independente, de modo a possibilitar que a pessoa com deficiência possa utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto. 7.4.2.1 Recomenda-se, para locais de prática esportiva, terapêutica e demais usos, que os vestiários acessíveis excedentes sejam instalados nos banheiros coletivos, ou seja, que as peças acessíveis, como chuveiros, bacias sanitárias, lavatórios e bancos, estejam integrados aos demais. (NBR 9050: 2015 p. 84). [...] 7.4.3.2 Em estabelecimentos como shoppings, terminais de transporte, clubes esportivos, arenas verdes (ou estádios), locais de shows e eventos ou em outros edifícios de uso público ou coletivo, com instalações permanentes ou temporárias que, dependendo da sua especificidade ou natureza, concentrem um grande número de pessoas, independentemente de atender à quantidade mínima de 5 % de peças sanitárias acessíveis, deve também ser previsto um sanitário acessível para cada sexo junto a cada conjunto de sanitários. (NBR 9050: 2015 p. 84). 7.5 Dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível As dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível devem garantir o posicionamento das peças sanitárias e os seguintes parâmetros de acessibilidade:  a) circulação com o giro de 360°, conforme 4.3.4;  b) área necessária para garantir a transferência lateral, perpendicular e diagonal para a bacia sanitária.  c) a área de manobra pode utilizar no máximo 0,10 m sob a bacia sanitária e 0,30 m sob o lavatório,  d) deve ser instalado lavatório sem coluna ou com coluna suspensa ou lavatório sobre tampo, dentro do sanitário ou boxe acessível, em local que não interfira na área de transferência para a bacia sanitária, podendo sua área de aproximação ser sobreposta à área de manobra.  e) os lavatórios devem garantir altura frontal livre na superfície inferior, e na superfície superior de no máximo 0,80 m, exceto a infantil;


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f) quando a porta instalada for do tipo de eixo vertical, deve abrir para o lado externo do sanitário ou boxe e possuir um puxador horizontal no lado interno do ambiente, medindo no mínimo 0,40 m de comprimento, afastamento de no máximo 40 mm e diâmetro entre 25 mm e 35 mm.  g) pode ser instalada porta de correr, desde que atenda às condições previstas em 6.11.2.4 e 6.11.2.11;  h) para travamento das portas deve ser observado o descrito em 4.6.8;  i) quando o boxe for instalado em locais de prática de esportes, as portas devem atender a um vão livre mínimo de 1,00m;  j) deve ser respeitado 6.11.2.2 e 6.11.2.3;  k) alcance manual para acionamento da válvula sanitária, da torneira, das barras, puxadores e trincos e manuseio e uso dos acessórios conforme 4.6 e 7.6;  l) alcance visual do espelho conforme 7.11.1;  m) recomenda-se a instalação de ducha higiênica ao lado da bacia, dentro do alcance manual de uma pessoa sentada na bacia sanitária, dotada de registro de pressão para regulagem da vazão;  n) a Figura 99 exemplifica medidas mínimas de um sanitário acessível;  o) quando houver mais de um sanitário acessível, recomenda-se que as bacias sanitárias, áreas de transferência e barras de apoio sejam posicionadas simetricamente opostas, contemplando todas as formas de transferência para a bacia, para atender a uma gama maior de necessidades das pessoas com deficiência;  p) em edificações existentes ou em reforma, quando não for possível atender às medidas mínimas de sanitário da Figura 99, serão admitidas as medidas mínimas demonstradas na Figura 100. [...]10.11.1 Todas as portas existentes na rota acessível, destinadas à circulação de praticantes de esportes que utilizem cadeiras de rodas do tipo “cambadas”, devem possuir vão livre de no mínimo 1,00 m, incluindo as portas dos sanitários e vestiários. [...] 10.11.3 Uma rota acessível deve interligar os espaços para P.C.R. e os assentos para P.M.R. e P.O. às áreas de apresentação, incluindo quadras, vestiários e sanitários. 10.11.4 As áreas para prática de esportes devem ser acessíveis, exceto os campos gramados, arenosos ou similares. 10.11.5 Os sanitários e vestiários acessíveis devem estar localizados tanto nas áreas de uso público quanto nas áreas para prática de esportes. 10.11.6 As cabinas acessíveis dos vestiários para praticantes de esportes 10.12.1 O piso no entorno das piscinas não pode ter superfície escorregadia


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ou excessivamente abrasiva. As bordas, degraus de acesso à água, corrimãos e barras de apoio devem ter acabamento arredondado. 10.12.2 O acesso à água deve ser garantido através de uma das quatro seguintes formas:   a) bancos de transferências  b) degraus submersos;   c) rampas submersas d) equipamentos de transferência para piscinas com profundidade máxima de 1,20 m. 10.12.2.1 Quando o acesso à água for feito por banco de transferência, este deve atender aos seguintes requisitos:   a) ter altura entre 0,40 e 0,48 m;   b) ter extensão de no mínimo 1,20 m e profundidade de 0,45 m;  c) ter barras para facilitar a transferência para piscina. Quando forem instaladas duas barras, a distância entre elas deve ser de no mínimo 0,60 m;  d) garantir área para aproximação e manobra, sendo que a área para transferência junto ao banco não pode interferir com a área de circulação;   e) o nível da água deve estar no máximo a 0,10 m abaixo do nível do assento do banco. 10.12.2.2 Os degraus submersos devem ter o piso variando de 0,35 m a 0,43 m e espelho de no máximo 0,20 m, além da instalação de corrimãos em cada degrau ou contínuo. 10.12.2.3 A inclinação das rampas de acesso à água pode ser de no máximo 8,33 % e o piso deve atender às especificações desta Norma. A rampa deve ter corrimão nos dois lados, a 0,70 m do piso. 10.12.2.4 Quando for instalado equipamento de transferência, devem ser garantidas as áreas de aproximação e transferência. 10.12.3 Nas piscinas, onde houver ducha, no mínimo uma deve garantir o acesso de pessoa em cadeira de rodas. 10.12.4 Recomenda-se a instalação de barras de apoio nas bordas internas das piscinas, na altura do nível da água, em locais que não interfiram com o acesso à água.

3.4 NBR 15575 A NBR 15575 é a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais. Ela foi criada com o propósito de demonstrar claramente como os produtos usados em uma construção se relacionam com a qualidade de uso do imóvel depois.


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Em outras palavras, essa norma estabelece um alto padrão de qualidade para os imóveis, e as construtoras precisam se adequar a ele. Além de estabelecer critérios, ela também conta com mecanismos de análise, para garantir que as determinações sejam respeitadas. Um exemplo desse controle maior é que os parâmetros definidos pela NBR 15575 devem aparecer no memorial descritivo da obra. A NBR 15575-4 apresenta como devem ser tratadas as edificações em relação a acústica, qual o melhor nível de desempenho. As medições são efetuadas em campo, com portas e janelas fechadas. A atenuação acústica na unidade que está sendo avaliada, em relação ao ruído padrão gerado em área comum da edificação e devem atender aos limites indicados na Tabela 05. Tabela 05 - Diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes.

Fonte: Tabela F.10, pág. 57 da NBR 15575–4

No caso da avaliação da isolação acústica em laboratório, com ensaios realizados em componentes, elementos e sistemas construtivos utilizados para paredes de vedação entre ambientes contíguos, indicam-se valores de referência na Tabela 06, com potencialidade de atendimento aos valores registrados na Tabela 05 anterior.

Tabela 06 - Índice de redução sonora ponderado.

Fonte: Tabela F.12, pág 59 da NBR 15575–4


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3.5 Código de Obras de Ferraz de Vasconcelos A Lei nº 743, em 18 de dezembro de 1969 institui o Código de Obras do Município de Ferraz de Vasconcelos, Título II- Normas Gerais para construções, Capitulo I- Das condições sanitárias: [...] Artigo 34-

O terreno deverá ser convenientemente preparado para

facilitar o escoamento das aguas pluviais. [...] Artigo 40- As cozinhas, copas e compartimentos de serviço e as despensas não se comunicarão diretamente a áreas sociais. [...] Artigo 44- Quando os compartimentos de permanecia diurna tiverem aberturas voltadas para um saguão ou área, estes deverão conter: I-

Na direção norte-sul, uma reta de comprimento igual ou superior a altura média das faces que olham o Sul, multiplicado por 1,07.

II-

Na direção Leste-Oeste, uma reta de comprimento igual ou superior a sexta parte da exigível para a direção norte-sul, com o mínimo de 2 metros.

[...] Artigo 46- As construções especiais, e as que não são previstas nesse código, deverão satisfazer as exigências da legislação sanitária do Estado.

3.6 Zoneamento e Diretrizes O terreno escolhido para ser implantado o referente projeto está localizado no município de Ferraz de Vasconcelos, Bairro Vila Romanópolis. De acordo com a Prefeitura do Munícipio este terreno se encontra na Zona Residencial- Z1. A Lei nº 731 de 1969 é a lei que decreta o Plano Diretor em Ferraz de Vasconcelos, porém com algumas leis que acrescentam disposições, com isso se faz necessário um resumo das leis em que o Complexo Esportivo se adequa. Lei nº 731 de 1969, p 05, 06. [...] Artigo 21º- As construções serão classificadas de acordo com a previsão de sua utilização a denominadas, para efeito de aplicação do sistema de zoneamento, da seguinte forma: [...] § 4- Especiais: assim denominadas as construções que não se enquadram nos itens anteriores, tais como: escolas, igrejas, asilo, hospitais, clubes e outros similares.


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[...] e) áreas de estacionamento obrigatórias para edifícios com mais de 200 (duzentos) metros quadrados, a razão de uma vaga para cada 200 metros quadrados de construção.

A lei nº 2551 de 2004 revoga o Artigo 21 da Lei nº 731 de 1969, onde especifica as diretrizes das construções especiais, ou seja, construções que não foram previstas anteriormente nos outros artigos, no caso o Complexo Esportivo. Lei nº 2551 de 2004, p 01. Artigo 01º- [...] As construções Especiais, conforma consta no item 4, Artigo 21 da Lei nº 731 de 1969, terão as seguintes características de utilização: a) Área mínima do lote de 125,00 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados); b) Índice de ocupação de até 90 % (noventa por cento) do lote; c) Recuo Lateral mínimo de 1,5 m (um metro e cinquenta centímetros); d) Índice de utilização de 4 (quatro) pavimentos, excluído pavimento destinado a estacionamento. Parágrafo único- As construções especiais, serão autorizadas em áreas localizadas nas Z1- Zona Residencial Z3- Zona Mista e Z4- Zona Comercial.


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4. LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 4.1 DADOS DO LOCAL DE INTERVENÇÃO O Terreno que será implantado o Complexo Esportivo está localizado no Município de Ferraz de Vasconcelos no Estado de São Paulo, Brasil. O Município possui uma área territorial de 29,564 km² (IBGE, 2020). Vizinho dos municípios de Poá, Mauá e Guarulhos, Ferraz de Vasconcelos se situa a 6 km a Sul-Oeste de Suzano. Situado a 759 metros de altitude, Ferraz de Vasconcelos tem as seguintes coordenadas geográficas: Latitude: 23° 32' 32'' Sul, Longitude: 46° 22' 8'' Oeste. A seguir será apresentado alguns dados e mapas do Município. Tabela 07 – Dados gerais.

Figura 89- Mapa de São Paulo.

DADOS GERAIS: População estimada

196.500

[2020]

pessoas

Densidade

5.692,55

demográfica [2010]

hab/km²

Taxa de escolarização de 6 a

97,6 %

14 anos de idade [2010] PIB per capita

16.344,03 R$

[2018] Fonte: IBGE, 2010. Tabela elaborada pela autora, 2021.

Fonte: IBGE, 2010.

4.1.1 Clima de Ferraz de Vasconcelos Em Ferraz de Vasconcelos, o verão é morno, abafado, com precipitação e de céu encoberto; o inverno é curto, ameno e de céu parcialmente encoberto. Ao longo do ano, em geral a temperatura varia de 12 °C a 28 °C e raramente é inferior a 8 °C ou superior a 32 °C. A época de mais ventos no ano dura 4,3 meses, de 20 de agosto a 30 de dezembro, com velocidades médias do vento acima de 12,2 quilômetros por hora. O


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dia de ventos mais fortes no ano é 26 de setembro, com 13,8 quilômetros por hora de velocidade média horária do vento. A época mais calma do ano dura 7,7 meses, de 30 de dezembro a 20 de agosto. O dia mais calmo do ano é 23 de fevereiro, com 10,6 quilômetros por hora de velocidade horária média do vento. O vento mais frequente vem do Leste durante 10 meses, de 29 de julho a 31 de maio, com porcentagem máxima de 32% em 1 de janeiro. Com base em uma análise estatística de relatórios horários históricos e reconstruções de modelo de 1 de janeiro de 1980 a 31 de dezembro de 2016.

4.2 BREVE HISTÓRICO DO LOCAL No princípio deste século foram chegando os primeiros povoadores da região. Vieram atraídos pela fertilidade da terra e pelas condições climatéricas da região, pois estes fatores propiciavam o cultivo de frutas. O Bairro do Tanquinho foi o primeiro local a receber os membros da família Leite, os primeiros fruticultores que se fixaram no município. Prosperou e progrediu muito a região chegando a atrair para ali as atenções da Cia. Agrícola e Territorial Romanópolis. A referida Companhia adquiriu, ao longo da via férrea, grande quantidade de terras. Planejado e executado o plano traçado surgiu a Vila Romanópolis, que mais tarde passou a denominar-se Ferraz Figura 90- José Ferraz de de Vasconcelos, devido ao José Ferraz de Vasconcelos

Vasconcelos

(Figura 90) era engenheiro e chefe do 2°. Distrito de Tráfego da Estrada de Ferro Central do Brasil. Nascido em Santa Luzia do Carangola. Filho de uma numerosa família transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1911, dedicando toda a sua vida à Estrada de Ferro Central do Brasil. José Ferraz

de

Vasconcelos

era

conhecido

pela

sua

competência e humildade, fazendo amizade com todos, desde os engenheiros, até os funcionários com cargos mais subalternos. Em 1924, foi destacado como superintendente Fonte: <omelhordobairro da circulação da tropa durante a revolução em São Paulo. .com/ferraz-centro/historia>. Quando terminou a revolução, debilitado e doente, não resistiu e faleceu na Capital paulista, aos 44 anos de idade.


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O povoado desenvolveu-se e Figura 91- Linha Férrea

prosperou, mas a população lutava com um problema de vital importância para o progresso do lugar: apesar da região ser cortada pelo traçado da E. F. C. B. (Estrada de Ferro Central do Brasil), ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, não possuía uma estação ferroviária que possibilitasse o embarque de pessoas e mercadorias diretamente para a Capital do Estado, da qual

Fonte: Acervo Sergio Gomes de Moura, por volta

distava, apenas, pouco mais de 30 de 1960. quilômetros.

Ingentes esforços foram despendidos pelos moradores locais, a fim de alcançar o seu intento, mas a E. F. C. B. denegou o pedido para o assentamento de uma estação naquela localidade. A Cia. Romanópolis resolveu, a suas expensas, construir e oferecer ao povo a estação que no dia 29 de julho de 1926 foi inaugurada, e em homenagem póstuma ao Engenheiro Ferraz de Vasconcelos, chefe do 2.0 distrito do Tráfego da E. F. C. B., recebeu o seu nome. Algumas praças marcaram e ainda marcam os Ferrazenses, como a Praça dos Expedicionários (Figura 92), localizada na Av. 15 de Novembro; a Praça da Independência (Figura 93), localizada na Avenida Brasil. Figura 92- Praça dos expedicionários.

Figura 93- Praça da independência

Fonte: IBGE história das cidades.

O terreno escolhido para este trabalho é um dos terrenos mais importantes do Município, ou seja, vários momentos marcantes aconteceram nesse local. Neste


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terreno recebia o Complexo Esportivo Gothard Kaesemodel Junior (conhecido popularmente como Birutão, em referência ao ex-prefeito da cidade José Carlos Fernandes Chacon, o Zé Biruta, idealizador da construção do mesmo). O complexo tornou-se parte fundamental da história e crescimento do município sediando a conhecida Festa da Uva que já estava na cidade desde a década de 60, muitos shows foram feitos nesse terreno, onde vários artistas já passaram. Figura 94- 8º Festa da Uva em 1970.

Fonte: Robson Shimizu.

Figura 95- 39º Festa da Uva no ano de 2012.

Fonte: Google imagens.

Em 2003, o espaço foi modernizado e começou a ser utilizado para promover eventos, como a festa da uva, jogos de futebol reunindo muitas pessoas. Figura 96- Campo de futebol no terreno em estudo.

Fonte: Robson Shimizu.


90

Em 2006, o complexo passou por um período de reforma, onde novas salas e novos aparelhos esportivos foram colocados. Figura 97- Antigo Centro poliesportivo Birutão.

Fonte: Robson Shimizu.

Em janeiro de 2012, a prefeitura municipal assinou um acordo com a empresa Matec Engenharia e Construção LTDA para a construção de um shopping Center, porém até 2021 esse acordo não foi realizado e atualmente está implantado um supermercado em uma porcentagem do terreno do antigo Complexo Esportivo e o intuito desse trabalho é implantar um novo Complexo Esportivo na outra porcentagem do terreno.


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4.3 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO O terreno possui localização estratégica dentro do Município, com fácil acessibilidade pela proximidade com o centro e também é conectado à Avenida principal da cidade. Abaixo está o dimensionamento e o levantamento topográfico do terreno, onde os pontos 1 ao 2 mede 184 metros; do ponto 2 ao 3 mede 13 metros; do ponto 3 ao 4 mede 74 metros; do ponto 4 ao 5 mede 97,6 metros; do ponto 5 ao 6 mede 194,05 metros e do ponto 6 ao 1 mede 11,6 metros, de acordo com a Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Figura 98- Levantamento planialtimétrico.

Fonte: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos Mapa elaborado pela autora,2021.

O terreno é considerado plano, porém, na parte sul do terreno tem um desnível curto de 5 metros, e ao todo, o terreno está abaixo do nível da rua.


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4.4 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL Figura 99- Análise micro ambiental.

Mapa elaborado pela autora, 2021.

Nessa análise podemos ver as características físicas do terreno, como a insolação, o vento predominante que nesse caso vem do Leste, os ruídos em volta do terreno que é no nível alto, o trânsito ao redor do terreno, o que ajuda na hora de escolher o melhor local para entrada de veículos e de carga e descarga, possui vários postes e bocas de lobo. Na parte Oeste do terreno tem um ponto de ônibus para quem vem do Centro da cidade, de Poá e Suzano, para quem vem de Guaianazes tem outro ponto de ônibus a 100 metros do terreno, o terreno está no meio das duas estações de trem do município, dando 1,5km de distância.


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4.5 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL 4.5.1 Uso e Ocupação do Solo

Figura 100- Mapa de Uso e Ocupação do solo.

Fonte: Google maps. Mapa elaborado pela autora, 2021.

Na análise de Uso e Ocupação do solo em um raio de 300 metros vemos que é uma área mista, com duas instituições próximas sendo uma escola com educação infantil até o colegial e outra escola, menor, de ensino infantil. Tem algumas indústrias próximas, que também faz parte do público alvo do projeto. O terreno está bem próximo de um dos centros comerciais da cidade, e em relação as residências, no lado Leste do terreno as residências são de alto padrão e no lado Oeste as residências são de baixo padrão. O terreno está próximo ao pontilhão que é uma passagem subterrânea de veículos, o que facilita no acesso de quem está do outro lado da linha férrea.


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4.5.2 Gabarito

Figura 101- Mapa de Gabarito.

Fonte: Google maps. Mapa elaborado pela autora, 2021.

A partir da análise do gabarito ao redor do terreno em estudo constata-se que predomina gabarito de 1 e 2 pavimentos, nessa região, apesar de ter algumas casas com 3 pavimentos, possui apenas um prédio com mais de 5 pavimentos. É uma área com gabarito baixo, ou seja, o terreno pode ter uma insolação e uma ventilação natural mais eficaz.


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4.6 EQUIPAMENTOS DE ESPORTES Figura 102- Equipamentos de esportes.

Fonte: Google maps. Mapa elaborado pela autora, 2021. Figura 104– Ginásio “Professor Adão Dias dos Santos”.

Figura 103 - Terreno em estudo.

Fonte: Street View.

Figura 105- Ginásio Marcílio Guerra.

Figura 106- Ginásio Paulo José da Cruz.

Fonte: Street View.


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Esses são os equipamentos esportivos mais importantes da cidade que são os ginásios municipais, onde, atualmente, ocorrem os jogos e competições. O terreno se encontra a 2,0 Km do Ginásio Municipal Marcílio Guerra, o mais conhecido do município e ponto de referência. O Ginásio de Esportes Paulo José da Cruz, conhecido como Ginásio Paulão, normalmente recebe jogos de Basquete e de Futsal, está localizado a 1,5 km do terreno. E o Ginásio Adão, que é o mais novo ginásio no munícipio e recebeu o hospital de campanha para casos de Covid-19 em 2020, está localizado a 1,7 km do terreno.

4.7 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO Na figura 107 temos o edifício abandonado de uma rede de restaurante, que será demolido, na figura 108 percebe-se o perfil natural do terreno na parte Oeste, na parte de baixo da figura 109 é possível ver tapumes de alumínio, onde atualmente, é usado para contornar uma via irregular que tem dentro do terreno que vai até o supermercado, que na figura 110 dá para ver a entrada dessa via. Figura 107- Foto do edifício abandonado.

Figura 109- Foto do terreno em estudo.

Figura 108- Foto do terreno em estudo.

Figura 110- Foto da entrada da via irregular.

Fonte: Arquivo pessoal, 2021.


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4.8 ÍNDICES URBANOS Considerando o Zoneamento e Diretrizes citados anteriormente, e aplicandoos no terreno estudados temos a taxa de ocupação permitida, taxa permeável, quantidade de pavimentos, recuos e vagas de estacionamento mínimas, como mostra na Tabela 08 a seguir: Tabela 08 – Índices urbanos.

Zona Residencial- Z1 Área do

TO

TP

Pavimentos

Recuos

Vagas

90%

10%

4

1,5m

1 vaga para

terreno LOUS

-

cada 200 m². Terreno

18.235,42m²

16.411,88m²

1.823,55m²

65.647,52m²

Fonte: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos. Tabela elaborada pela autora, 2021.

1,5m

-


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5. ESQUEMA ESTRUTURANTE 5.1

PERFIL DO USUÁRIO O Complexo Esportivo consiste em obter um perfil de usuário voltado a

desportistas e entusiastas, principalmente voltado a população do munícipio sem distinção de classe social, o projeto tem como objetivo atrair turistas que tem interesse em assistir um jogo, por exemplo, e atletas da região para competirem alguma possível competição que venha ter no Complexo Esportivo.

5.1.1 Público alvo e Funcionários A intenção desse projeto é incentivar a população em geral a praticar esportes, sendo assim o público alvo é a população de Ferraz de Vasconcelos no geral divididos em faixa etária, além de turistas interessados em esportes e atletas da região. Na imagem abaixo (Figura 111) está separado em faixa etária o Público alvo. Os funcionários do Complexo estão classificados na faixa etária dos adultos, com um número máximo de 40 funcionários, sendo 25 para a segurança, manutenção, limpeza, entretenimento e administração e 15 para o comércio e serviços. Figura 111- Público Alvo.


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5.2 AGENCIAMENTO A partir do estudo de agenciamento é possível compreender quais os ambientes pertencem a qual setor e suas áreas de apoio, além dos esportes que integrarão o Complexo Esportivo.

Tabela 09 – Agenciamento- setor administrativo.

SETOR ADMINISTRATIVO Recepção

Área de apoio

Portaria

WC individual

Bilheteria

Sanitários (com acesso PNE)

Hall/ Recepção

Sala de espera

Área administrativo

Área de apoio aos

Área de apoio ao

funcionários

Complexo

Salas de administração

Sanitários

Almoxarifado geral

Salas de reunião

Vestiários

Sala de arquivos

Sala da segurança

Copa

DML

Tesouraria

Sala descanso

Diretoria Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.

Tabela 10 – Agenciamento- setor Parque aquático.

SETOR- PARQUE AQUÁTICO Esportes

Ambientes

Áreas de apoio

Natação

Piscina Semiolímpica

Vestiários

Hidroginástica

Piscina Aquecida

Sanitários

Hidroterapia

Piscina de Polo aquático

Arquibancadas

Polo aquático

Avaliação Médica

WC para o Exame médico Guarda de Equipamentos Lava-pés/ duchas

Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.


100

Tabela 11 – Agenciamento- setor de esportes.

SETOR DE ESPORTES- ÁREA EXTERNA Esportes

Ambientes

Áreas de apoio

Basquete

Pátio externo

Vestiários

Vôlei

Playground

Sanitários

Handebol

Quadras Poliesportivas

Arquibancadas

futebol de quadra

Pista de atletismo

Guarda de Equipamentos

Atletismo

Quadra de tênis

DML

Vôlei de praia

Cancha de areia

Futevôlei Tênis

Tabela 12 – Agenciamento- setor esportivo.

SETOR DE ESPORTES- ÁREA INTERNA Esportes

Ambientes

Áreas de apoio

Ginástica artística

Brinquedoteca

Vestiários

Ginástica rítmica

Espaço de Ginástica

Sanitários

artística/Rítmica Judô

Salas de Artes Marciais

Arquibancadas

Taekwondo

Espaço para tênis de mesa

Guarda de Equipamentos

Jiu Jitsu

Quadras Poliesportivas (Ginásio)

Karatê

Academia

Basquete

Salas multiuso- Danças

Vôlei

Sala de jogos

Handebol

Sala de jogos de mesa

futebol de quadra

Sala de jogos eletrônicos

Tênis de mesa Danças Xadrez/damas Jogos eletrônicos Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.

DML


101

Tabela 13 – Agenciamento- setor Comércio.

SETOR COMÉRCIO Ambientes

Lanchonete

Áreas de apoio

Praça de alimentação

Pré-higienização da

Doca de recebimento

Matéria-prima Lanchonetes

Estocagem da matéria-

Sanitários

prima Lojas esportivas

Área de cocção

Depósito de lixo

Copa suja

DML

Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.

Tabela 14 – Agenciamento- setor área médica.

ÁREA MÉDICA Salas/consultórios

Áreas de apoio

Recepção

Sala de espera

Salas dos nutricionistas

Sanitários

Enfermaria

Dispensário de medicamentos

Emergência

Área de Higienização pessoal

Sala de fisioterapia

Depósito de resíduos DML CME

Tabela 15 – Agenciamento- setor Serviços.

SETOR DE SERVIÇOS Externo

Interno

Reservatório

Casa de máquinas (elevadores)

Estacionamento

Casa de máquinas (Piscinas)

Carga e descarga

Medidores Abrigo de gás Depósito de lixo geral Manutenção

Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.


102

5.3 ORGANOGRAMA Através do organograma foi criado uma hierarquia dos setores que integram o Complexo Esportivo, e como esses setores se comunicam de forma direta ou indireta. Figura 112- Organograma.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


103

5.4 FLUXOGRAMA A partir do estudo do fluxograma é possível compreender como os ambientes e os setores se conectam entre si, ou seja, nesse estudo foi analisado como os fluxos dos usuários funcionam o que deve ser considerado na hora do projeto.

Figura 113- Fluxograma.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.


104

6. PROPOSTA PROJETUAL 6.1 CONCEITO Partindo do pressuposto de que o esporte é sinônimo de qualidade de vida para todas as idades, uma das propostas é oferecer ao usuário o bem-estar através da vegetação abundante no pátio externo, nas divisões de ambientes externos e nas alamedas que servirão como meio de conexão dos ambientes externos, além da utilização de métodos sustentáveis através de placas solares, captação da água da chuva e da aplicação da iluminação e ventilação natural de maneira eficiente. A palavra “Acolhimento” também define a proposta, pois o Complexo funcionará como uma segunda escola para os atletas, portanto, o ambiente deverá ser acolhedor, agradável e incentivar a integração social entre os atletas e competidores, também, buscar um tratamento acústico indicado para cada esporte. O conceito arquitetônico se baseia no mundo dos esportes, representar o “movimento” que é o fundamento dos esportes, sendo a característica mais notável e importante do esporte. E na arquitetura, o movimento é representado através de planos inclinados, formas pontiagudas ou linhas curvas que faz com que as pessoas que observem uma obra tendam a percorrê-la com os olhos, que no caso do Complexo Esportivo será abordado e explorado as linhas curvas que também estão presentes no símbolo das Olimpíadas, círculos unidos representando a união dos continentes. O conceito urbanístico se baseia na ideia de levar o esporte e a qualidade de vida para os usuários antes mesmo deles chegarem ao Complexo através de ciclovia e arborização na Avenida transformando, assim, um trecho da Avenida Brasil em um Boulevard. A figura 114 é um esquema do processo de elaboração dos conceitos que encorparão o Complexo Esportivo.


105

Figura 114- Diagrama do Conceito.

Fonte: Elaborada pela autora, 2021.

6.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO Para aumentar a qualidade de vida será adotado a vegetação em Muros Verdes que irão dividir os ambientes externos e ao redor do terreno junto às grades, nas alamedas com vegetação em ambos lados da via. Figura 116- Alameda. Figura 115- Cerca viva

Fonte: Google Imagens.


106

Uma das propostas de métodos Figura 117- Estacionamento sustentável. sustentáveis é a implantação de placas solares no estacionamento além de servir como cobertura, gera energia renovável para o Complexo e servirá também para aquecer as piscinas. Fonte: Google Imagens.

Para a acústica será utilizado a parede com isolação em lã de vidro em todos os ambientes esportivos para ser proporcionado o isolamento acústico. Para a absorção acústica, no Ginásio, na área de ginástica e no parque aquático, por exemplo, será utilizado as placas Sonex illtec. Figura 118- isolação em lã de vidro.

Figura 119- Sonex illtec.

Fonte: Google Imagens. Fonte: Google Imagens.

Para representar o movimento será utilizado linhas curvas em mobiliários, como os bancos (Figura 120), no paisagismo do pátio externo (Figura 121) e no edifício com forma circular (Figura 122) e linhas formando um “S” (Figura 123). Figura 120- Banco circular.

Figura 121- paisagismo circular.

Fonte: Google Imagens.


107

Figura 123- Copan.

Figura 122- Centro paraolímpico

Fonte: Google Imagens.

6.3 PARTIDO URBANÍSTICO Com a ideia de levar o esporte e a qualidade de vida para os usuários antes mesmo deles chegarem ao Complexo através de um Boulevard, a proposta consiste em implantar uma ciclofaixa e um canteiro estreito central como na famosa Rodeo Drive em Beverly Hills (Figura 125), em um trecho de aproximadamente 1 Km, ligando o Complexo Esportivo com o Centro de Convenções do município. Figura 124- Ciclofaixa.

Fonte: Google Imagens.

Figura 125- Rodeo Drive.


108

6.4

PROGRAMA DE NECESSIDADES Para a elaboração do programa de necessidades foi considerado os estudos

de caso e as Olimpíadas escolares realizadas no município, ou seja, foi escolhido esportes que atraem a população e são modalidades dessas olimpíadas feitas anualmente. Para as condicionantes ambientais foi consultado o código sanitário para conferir as áreas de iluminação e ventilação naturais mínimas, o SOMASUS para a área médica. A tabela está dividida por setores, mostrando cada ambiente e sua descrição, as condições ambientais que algumas leis instituem, a população estimada, a quantidade desses ambientes e sua área total mínima. Tabela 16 – Programa de necessidades.

Setor

Ambiente

Descrição

Cond. Ambientais

Pop. Est.

Qtd.

Área Total (mín)

2

1

4 m²

3

1

4,5m²

WC contendo bacia sanitária e lavatório: Portaria com WC

Controlar a entrada dos usuários.

1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m; área

ADMINISTRAÇÃO/ RECEPÇÃO

iluminante: 1/8 da área do piso. Bilheteria

Vender ingressos de competições à população.

celas, em compartimentos sanitários coletivos,

Sanitários

Destinado aos usuários e visitantes, próximo à recepção.

para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20

6m²= -

2

12m²

3

1

14,5m²

m², com dimensão mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

Hall/ recepção

Local de atendimento aos usuários e visitantes, com um lobby.

-


109

Salas administrativas

Salas de reuniões

Almoxarifado geral

ADMINISTRAÇÃO/ RECEPÇÃO

Sala de segurança

Tesouraria

Diretoria

Sala de arquivos

DML

Escritórios destinados ao gerenciamento do Complexo. Salas para possíveis reuniões internas, tanto administrativas como esportivas. Depósito que dá apoio ao Complexo no geral, podendo guardar equipamentos esportivos, de limpeza, manutenção, etc. Sala onde ficam os equipamentos de vigilância e os seguranças. Escritórios destinados ao controle financeiro do Complexo. Escritório destinado ao uso do Diretor e seus funcionários. Sala onde será guardado tanto os arquivos em papéis quanto os arquivos em computadores. Depósito de limpeza destinado a atender a área administrativa.

área iluminante: 1/5 da

2 em

área do piso.

cada

10m²= 3

30m²

3

15m²=

10 área iluminante: 1/5 da

em

área do piso.

cada

-

-

1

20m²

-

3

1

6 m²

área do piso.

2

1

10m²

área iluminante: 1/5 da

2

1

10m²

-

1

20m²

45m²

área iluminante: 1/5 da

área do piso.

-

1 em -

-

cada

5m²

Pav. Um armário, de preferência

Vestiários de funcionários

Vestiários para aqueles funcionários que necessitam tomar um banho ou trocar a roupa

impermeabilizado, para cada empregado; paredes revestidas até 1,5 m, com material liso e impermeável; piso de material liso, resistente e impermeável; área

20

2

30m²= 60m²


110

iluminante: 1/8 da área do piso. Copa dos funcionários Sala de descanso

Local de preparo e comedoria dos funcionários. Local de conforto, com móveis para a descontração e descanso.

área iluminante: 1/8 da

20

1

40 m²

20

1

30m²

-

1

500m²

10

1

32m²

-

1

600m²

50

-

50m²

20

2

30m²=

área do piso. área iluminante: 1/8 da área do piso. Profundidade: 2m Volume: mínimo 1.000

Piscina Semiolímpica

Piscina de 25m x 20m destinada ao treinamento de Natação

m3 (1 milhão de litros) Número de raias: 8 Largura das raias: 2m Temperatura da água: 25°C a 28°C Intensidade da luz:

PARQUE AQUÁTICO

>750 lux Piscina aquecida e acessível

Servirá para a prática da hidroginástica e hidroterapia com rampa de acesso.

Medidas de 8,00 X 4,00 X 1,40. Profundidade: 2m Volume: mínimo 1.000

Piscina de polo aquático

Piscina de 30m x 20m destina a prática de Polo Aquático.

m3 (1 milhão de litros) A temperatura da água não deve ser inferior a 26°; A intensidade de iluminação > 600 lux.

Arquibancadas

Local de assentos retráteis para quando tiver jogos aberto ao público.

Um armário, de preferência

Vestiários

Destinado para a troca de roupa e banhos dos usuários do Parque Aquático.

impermeabilizado; paredes revestidas até 1,5 m, com material liso e impermeável; piso de material liso, resistente e impermeável; área

60m²


111

iluminante: 1/8 da área do piso. celas, em compartimentos sanitários coletivos, Sanitários

Destinado para os usuários e visitantes do Parque Aquático.

para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20

-

2

m², com dimensão

6m²= 12m²

mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

PARQUE AQUÁTICO

Guarda de equipamentos

Lavapés/ duchas

Sala para o armazenamento de apoio ao Parque Aquático. Usando sempre antes de qualquer um entrar na área das piscinas.

-

-

1

20m²

-

4

1

4m²

2

1

15m²

-

-

1

300m²

-

-

1

30m²

Dimensão de 27m x

12

16m; deverá ser virada

em

2

432m²=

para o norte.

cada

Pé direito mínimo2,8m; área iluminante: Avaliação médica com WC

Sala para Exame médico aos interessado em utilizar as piscinas.

1/8 da área do piso; WC contendo bacia sanitária e lavatório: 1,50 m², com dimensão mínima de 1,00m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

ÁREA EXTERNA

Pátio externo

Playground

Quadras Poliesportivas

Como uma praça, servirá para descanso, contemplação e convivência. Destinado às crianças, um espaço de brincadeiras e passatempo. Quadras que atendem alguns esportes, como Basquete, Vôlei, futsal, handebol, etc.

864m²


112

Pista de atletismo-200m

Quadras de Tênis

Cancha de areia

Uma pista com metade das medidas oficiais para serem usadas para treinamento ou competição de corrida. Quadra de 23,77m x 10,97m, usadas para a prática do tênis. Cancha de 16m x 8m, para a prática de Vôlei de praia, Futevôlei, etc.

Dimensão de 50m x 36m, mais 1m por raio.

-

1

1.204m²

deverá ser virada para

2 em

o norte.

cada

2

522m²

4

1

128m²

24

2

36m²=

261m²=

deverá ser virada para o norte. Um armário, de preferência

Vestiários

Vestiários destinado aos usuários das quadras e da pista, para trocarem de roupa ou tomarem banho.

impermeabilizado; paredes revestidas até 1,5 m, com material liso e impermeável; piso de material liso,

72m²

resistente e impermeável; área iluminante: 1/8 da área do piso. celas, em compartimentos sanitários coletivos,

ÁREA EXTERNA

Sanitários

Destinado para os usuários e visitantes que estiverem na área externa.

para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20

-

2

6m²

-

50

-

50m²

-

-

1

20m²

m², com dimensão mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

Arquibancadas

Guarda de equipamentos

Local de assentos fixos para quando tiver jogos e corridas aberto ao público. Sala para o armazenamento de apoio às quadras e área externa no geral


113

DML

Brinquedoteca

Depósito de limpeza destinado a atender a área externa. Espaço para as crianças com brinquedos, onde os pais atletas podem deixar seus filhos.

-

-

1

5m²

15

1

30m²

20

1

560m²

6

4

12m²=

Área iluminante: 1/10 da área do piso. Piso de borracha ou carpete Dimensões de 43m x 13m. aparelhos oficiais solo com molas,

Ginástica artística/ Rítmica

Área para prática e competição de ginástica com os aparelhos e um tatame para ginástica rítmica

cavalos com alças, cama elástica, argolas, salto sobre mesa, paralelas assimétricas e traves, bem como vestiários próximos. Deverá ter tratamento acústico.

ÁREA INTERNA

Salas de Artes marciais

Tênis de mesa

Salas dedicadas a esportes de artes marciais, como o judô, Taekwondo, jiu jitsu, Karatê, etc. Uma sala com 5 mesas de ping pong para treinamento e competições.

Deverá ter tratamento acústico.

48m²

Cada mesa ocupa 9m² contando os

10

1

45m²

100

1

1.400m²

jogadores. Dimensões de 45m x

Quadras poliesportivas (Ginásio)

Um ginásio que seja multiuso usado para competições de esportes em quadras, esportes em tatames e esportes paralímpicos, com arquibancadas e sala de apoio para serem trocados os equipamentos.

27m x 7m. O piso deve apresentar um pequeno grau de elasticidade que absorva não mais do que 30% do esforço dinâmico. As paredes devem ser à prova de impactos de bola e de fácil manutenção até a altura de 2m acima do nível do piso. Os caixilhos devem facear


114

a parede a 2m acima do nível do piso. Deverá ter tratamento acústico. A disposição de aparelhos e equipamentos deve permitir uma

Academia

Espaço com aparelhos de musculação, de abdominal, de escada, etc. e ficará próximo à área medica.

circulação livre e segura. O piso de cada seção deve ser

30

1

60m²

adequado às atividades ali a serem desenvolvidas. Área iluminante: 1/10. Deverá ter tratamento acústico.

Sala multiusodanças

ÁREA INTERNA

Sala de jogos

Sala de jogos de mesa

Área de jogos eletrônicos

Vestiários

Salas destinadas a aulas de vários tipos de danças. Espaço para a descontração dos atletas. Sala para o uso exclusivo dos jogos de concentração, como o Xadrez e Damas Considerado um esporte, esse espaço é destinado ao jogos de computadores, vídeo games e possível para os usuários fazerem suas lives. Vestiários destinado aos usuários do Ginásio, academia e salas de aula, para trocarem de roupa ou tomarem banho.

área iluminante: 1/10

15

Deverá ter tratamento

em

acústico.

cada

50m²= 4

200m²

-

1

50m²

20

1

40m²

20

1

40m²

24

2 em

36m²=

paredes revestidas até

cada

72m²

1,5 m, com material

Pav.

área iluminante: 1/10 Deverá ter tratamento acústico. Deverá atender 10 mesas, mais espaço de circulação.

-

Um armário, de preferência impermeabilizado;

liso e impermeável;


115

piso de material liso, resistente e impermeável; área iluminante: 1/8 da área do piso. celas, em compartimentos

ÁREA INTERNA

Sanitários

Destinado para os usuários e visitantes que estiverem na área interna.

sanitários coletivos, para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20

2 em -

m², com dimensão

cada

6m²

Pav.

mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

Guarda de equipamentos

DML

Praça de alimentação

Sala de apoio à academia e salas de aula. Depósito de limpeza destinado atender a área interna. Área de alimentação para os atletas e visitantes.

1 em -

-

cada

20m²

Pav. 1 em -

-

5m²

cada Pav.

Área iluminante: 1/8 da área do piso.

100

1

200m²

4

4

6m²=

Ventilação natural:1/4 da área do piso.

COMÉRCIO

Lanchonetes

Lojas esportivas

Oferecer opção aos atletas e visitantes para se alimentarem. Oferecer a opção aos atletas e visitantes de consumirem roupas ou equipamentos esportivos.

-

24m² Deverá ter espaço para trocador e

4

2

estocagem.

12m²= 24m²

Deverá ser coberto e Doca de recebimento

Recepção/PréHigienização de matéria-prima.

Espaço para caminhões fazerem a descarga de matéria- prima ou de equipamentos. Recepcionar a matéria-prima.

as portas de recebimento deverão

-

1

24m²

-

1

6m²

ter no mínimo 1,1m de largura. -


116

Estocagem de matéria-prima

Área de Cocção

Área de armazenamento da matéria-prima. Área de preparo da comida que será servida em cada lanchonete.

6m²= -

-

4

24m²

4

4

8m²=

Área iluminante: 1/4 da área do piso. Ventilação natural:1/2

32m²

da área do piso. Copa suja

Onde será feita a lavagem de louças e utensílios.

4m²= -

2

4

16m²

-

2

6m²

-

-

1

5m²

-

-

1

5m²

2

2

7,5m²=

celas, em compartimentos

COMÉRCIO

sanitários coletivos, Sanitários

Destinado para os usuários da praça de alimentação

para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20 m², com dimensão mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

Depósito de lixo

DML

Salas nutricionista

Recepção

Um depósito de lixo de apoio às lanchonetes. Depósito de limpeza destinado atender a Praça de alimentação. Salas para os atletas terem acompanhamento com o nutricionista Recepcionar os pacientes que necessitam um acompanhamento médico ou emergências, com sala de espera.

Pé direito mínimo2,8m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

-

15 m²

2

1

10m²

4

1

9m²

ÁREA MÉDICA

Sala com dois leitos;

Enfermaria

Primeiros socorros em algum atleta que por ventura vir se machucar praticando esportes.

pé direito mínimo 2,7m; Temperatura ideal: 21 - 24°C.

Umidade ideal: 40 60%.


117

Sala fisioterapia

Emergência

Receber paciente que estejam passando por reabilitação ou deficientes físicos Caso tenha algum machucado que necessita de atendimento médico imediato e avaliado caso precise ir para um hospital.

-

2

1

12m²

4

1

26m²

-

2

6m²=

Sala com dois leitos; pé direito mínimo 2,7m; Temperatura ideal: 21 - 24°C.

Umidade ideal: 40 60%. celas, em compartimentos sanitários coletivos,

Sanitários

Destinado para os pacientes.

para chuveiros ou bacias sanitárias, 1,20 m², com dimensão

12m²

mínima de 1,00 m; área iluminante: 1/8 da área do piso.

ÁREA MÉDICA

Dispensário de medicamentos

Sala para a guarda de medicamentos básicos de apoio à enfermaria.

-

-

1

6m²

-

1

10m²

-

1

4m²

-

1

15m²

Necessita de iluminação artificial especial no campo de Trabalho. Área de higienização pessoal

Área restrita aos médicos e enfermeiros fazerem a higienização.

Piso: Liso (sem frestas), de fácil higienização e resistente aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção

Depósito de resíduos

CME simplificado

Área restrita usada para o despejo de resíduos medicinais. Processos básicos de um Centro de Materiais e Esterilização: Inspeção; Limpeza;

Iluminação natural= 1/5 da área do piso. Ventilação natural = ½


118

Estacionamento

Preparo; Embalagem; Esterilização; Armazenamento Dedicado para a guarda de veículos dos funcionários, atletas e visitantes.

do vão iluminante. Pé direito mínimo de 3m.

1 vaga a cada 200m²

-

1

-

-

1

8m²

-

1

-

-

-

1

5m²

-

-

1

5m²

-

-

1

7m²

-

-

5m²

-

-

4m² em

de construção. Seja instalada a uma distância máxima de 6

Casa de máquinas (Piscinas)

Espaço a baixo da área das piscinas, que tem o filtro, a bomba, controlador de temperatura, etc.

metros da piscina, podendo ser construída no mesmo nível ou no subsolo. O espaço requer um ralo para escoamento da água da chuva.

Reservatório

Reservar água para o uso de todo o Complexo, sendo 1 reservatório tubular.

200p x 50Lx2 dias sem água=20000 Litros. Com 4m de altura e 2,54m de diâmetro.

SERVIÇOS

Medidores

Abrigo de gás

Depósito de lixo geral

Área para os medidores de agua e energia, ficando próximo à rua. Área para a guarda do gás. Depósito dos resíduos do Complexo, ficando próximo à rua para ser feita a coleta.

Projetado para facilitar

Casa de máquinas (ar condicionado)

Caso precise de ar condicionado, área que fica o maquinário de climatização.

o acesso, pisos impermeabilizantes, ponto de água, dreno, tomada elétrica, iluminação mínima de 500 lux.

Casa de máquinas (elevador)

Em cima de cada elevador ficará a casa de máquinas que faz o elevador funcionar.

Pé direito mín. 2,35m

cada


119

Manutenção

Carga/ descarga

Sala destinada ao trabalho de manutenção dos aparelhos pertencentes ao Complexo. Local onde caminhões fazem a carga e descarga de matéria-prima, insumos ou equipamentos.

-

2

1

10m²

-

-

1

-

Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.

6.5 ESTUDO DE MASSA E VOLUMETRIA Para a proposta projetual foram feitas perspectivas dos estudos da forma e volumetria (Figuras 126 e 127) baseando nos estudos de agenciamento, fluxograma, organograma e o programa de necessidades, levando em consideração o Conceito e Partido arquitetônico do projeto. Figura 126- Perspectiva 01.

Figura 127- Perspectiva 02.

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

A partir do estudo de massa o projeto foi implantado no terreno para ser feito o estudo de insolação. No esquema da figura 128, aponta as principais soluções sustentáveis e de conforto, como brises verticais na face Leste, brises horizontais na face norte, o uso de piso drenante no exterior, sistema de captação de agua da chuva e espelho d’água na recepção. No esquema da figura 129, aponta outras soluções como os brises verticais na face oeste, faixas de abertura zenital no parque aquático e claraboias voltadas ao norte.


120

Figura 128 – Esquema da volumetria 01.

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

Figura 129- Esquema da volumetria 02.

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.


121

6.6 SETORIZAÇÃO No esquema da figura 130 foi feito um estudo da setorização, ou seja, onde cada setor ficará aproximadamente, sendo os setores com uma potencialidade de possuir uma maior população ficando no térreo, de fácil acesso. Alguns esportes que não possuirão público e a administração ficarão no primeiro e segundo pavimento respectivamente. O setor esportivo na área externa virado ao leste, onde pega o sol da manhã, o acesso da carga e descarga na rua que não tem muito movimento. Figura 130- setorização.

Fonte: Elaborado pela autora, 2021.

A tabela a seguir (Tabela 17) apresenta as áreas mínimas de cada setor, de acordo com o programa de necessidades.

44


122

Tabela 17 – Áreas por setor.

Setor administrativo

311 m²

Parque aquático

1.293 m²

Setor esportivo- área externa

3.165 m²

Setor esportivo- área interna

2.576 m²

Setor Comercial

366 m²

Área médica

119 m²

Setor serviços

40 m²

Fonte: Tabela elaborada pela autora, 2021.

6.7 IMPLANTAÇÃO A concepção da implantação é o primeiro estudo de como vai funcionar as posições e os acessos no terreno, com embasamento no programa de necessidades, conceito e as áreas mínimas. Figura 131- Concepção da implantação.


123

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Um complexo esportivo tem sua importância, onde não só incentiva a prática de esportes, mas também é considerado como uma ferramenta na inclusão social, ajudando no combate à violência e na marginalização cultural e com os estudos anteriores podemos perceber uma carência de equipamentos esportivos para a população do município. Com os estudos de caso podemos perceber que cada um foi projetado para fins específicos, proporcionando vários focos que ajudaram no processo de desenvolvimento desse projeto. A partir das análises foi possível obter o melhor resultado no momento de projetar a implantação, pois com o estudo da insolação e analise do entorno fica admissível a escolha de materiais e soluções sustentáveis para o projeto. Contudo, a proposta se resulta em um Complexo Esportivo em Ferraz de Vasconcelos com o intuito de proporcionar uma infraestrutura descente aos atletas da cidade e região com uma variedade de modalidades, que atualmente esse tema é um descaso no município, o projeto terá continuação e aprofundamento no TCC II.


124

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABESO. OMS faz alerta sobre o sedentarismo no Brasil. 2018. Disponível em: <abeso.org.br/oms-faz-alerta-sobre-o-sedentarismo-no-brasil/>. Acesso em : 23 de fevereiro de 2021. ARCHDAILY. Centro Esportivo BIT / Atelier Alter Architects. Disponível em: <www.archdaily.com.br/br/947317/centro-esportivo-bit-atelier-alter-architects>. Acessado em 28 de fevereiro de 2021. ARCHDAILY.

Richmond

Olympic

Oval

/

Cannon

Design.

Disponível

em:

<www.archdaily.com/49705/winter-olympics-2010-vancouver-skating-richmondolympic-oval-cannon-design>. Acessado em 15 de março de 2021. ARCHDAILY. Pavilhão de Esportes e Eventos / Horizontes Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <www.archdaily.com.br/br/906095/pavilhao-de-esportes-e-eventoshorizontes-arquitetura-e-urbanismo?ad_medium=gallery>. Acessado em 20 de março de 2021. ARCHDAILY.

Centro

Paraolímpico

Brasileiro

/

L+M.

Disponível

em:

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