UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS – UNuCET CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO – 7° PERÍODO TEORIAS DE PROJETO 2 ORIENTADOR: PEDRO HENRIQUE MÁXIMO ACADÊMICAS: BIANCA AMORA LOPES RENATA SILVA ALVES
MVRDV ANÁPOLIS, 04 DE DEZEMBRO DE 2014
INTRODUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 03 HISTORIOGRAFIA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 04 A Arquitetura No Novo Milênio – Leonardo Benevolo ------------------------------------------------------------------------04 AS Formas Do Século XX – Josep Maria Montaner ---------------------------------------------------------------------------- 06 Introdução À História Da Arquitetura – José Ramón Alonso Pereira -------------------------------------------------------08 Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos – Josep Maria Montaner -----------------------------------------------------10 Arquiteturas Contínuas E Topologia – David Moreno Sperling----------------------------------------------------------------13 Redefinindo Ferramentas Do Radicalismo - Moreno + Grinda----------------------------------------------------------------15
O Novo Paradigma Na Arquitetura – Ana Paula Baltazar --------------------------------------------------------------------- 17 Espaço De Otimismo- Alvarez + Mansilla ----------------------------------------------------------------------------------------- 19
sumário
A Arquitetura Contemporânea E O Uso Pragmático Do Tempo - Duarte ------------------------------------------------ 21 Cidade Evolutiva – Charles Bessard ------------------------------------------------------------------------------------------------ 23 QUADRO DE VINCULAÇÃO TEÓRICA --------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 CRONOLOGIAS ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27 Cronologia Arquiteto Em Análise MVRDV ------------------------------------------------------------------------------------- 27 Cronologia Arquiteto Da Mesma Corrente Big --------------------------------------------------------------------------------- 32 Cronologia Arquiteto Dissonante MMBB ---------------------------------------------------------------------------------------- 33 Cronologia Arquiteto Modernista Le Corbusier --------------------------------------------------------------------------------- 34 OBRAS PARA ANÁLISE ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 Markthal Rotterdam Mvrdv -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 Celeiro Em Balanço Mvrdv ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 36 Conjunto Habitacional Silodam ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 37 Conjunto Habitacional Mountain Dwellings Copenhagen – BIG ------------------------------------------------------------- 38 Conjunto Habitacional Vallecas ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 39 Conjunto Habitacional De Marselha – Le Corbusier ---------------------------------------------------------------------------- 40 CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41 REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42
Introdução
A importância deste trabalho está em retratar distintos pontos de vista de dez autores sobre o grupo MVRDV composto de arquitetos holandeses formado em 1991, por Winy Maas (1959), Jacob van Rijs (1964) e Nathalie de Vries (1965), que se tem demarcado não só em arquitetura, mas também nos campos do design e urbanismo, abrangência trazida por uma formação multifacetada.
Nesta análise, investiga a posição especial do estudo das formas dentro da Arquitetura, sistematizando aproximações contemporâneas por meio de conceitos e diagrama processual construindo um diálogo crítico com o uso e a referência dos respectivos autores. Será apresentado quatro cronologias de diferentes arquitetos para evidenciar a divergência e a semelhança dos métodos projetuais utilizados, indicando obras para serem objetos de análises posteriormente, sendo assim, o arquiteto co-relacionado da mesma corrente,
Escritório BIG, em seguida o arquiteto dissonante, MMBB e pra finalizar um arquiteto modernista Le Corbusier.
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HISTORIOGRAFIA A arquitetura no novo milênio – leonardo benevolo SOBRE O AUTOR Leonardo Benevolo nasceu em Orta, na Itália, em 1923; arquiteto e urbanista estudou arquitetura em Roma e doutorou-se em 1946. Um dos mais célebres estudiosos da história do ofício. Lecionou história da arquitetura nas universidades de Roma, Florença, Veneza, Palermo, e foi professor visitante em Yale, Columbia, Caracas, Teerã, Rio de Janeiro e Hosei (Tóquio). É doutor honoris causa pela Universidade de Zurique e pela Sorbonne. Atualmente possui escritório em Brescia. O LIVRO Primeira edição publicada: L'architettura nel nuovo millennio ANO: 1990 (italiano) nueva edizione (2008)
Traz neste livro um panorama do universo arquitetônico que nos cerca. Não um panorama exaustivo qualquer, mas uma visão ampla, selecionada e estruturada por Leonardo Benevolo, um dos mais renomados historiadores da arquitetura. Ao longo de quase quinhentas páginas e cerca de novecentas imagens, o autor, que é também arquiteto e urbanista, deixa de lado a “proteção” do distanciamento histórico para encarar o desafio de descrever, ilustrar e analisar criticamente aqueles que são, a seu ver, os protagonistas e as obras mais significativos da arquitetura nos últimos trinta anos. Nesta, que é sua obra mais recente, Benevolo exclui propositalmente do título os termos “história” e “moderna” — que figuram em sua já clássica História da arquitetura moderna —, como ele mesmo destaca na “Introdução”. O crítico italiano acredita que no centro da produção contemporânea estão a preocupação com a atualidade e a busca da inovação adaptada a lugares específicos, o que a distingue, portanto, do que acontecia na criação moderna e a aproxima dos ensinamentos dos mestres da década de 1920.
Edição utilizada neste trabalho: A Arquitetura no Novo Milênio ANO: 2007
BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. São Paulo, Estação Liberdade, 2007
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HISTORIOGRAFIA A arquitetura no novo milênio – leonardo benevolo VISÃO DO AUTOR O autor visa explicar a vinculação do grupo, desde a formação dos Mecanoo (grupo anterior a formação atual MVRDV). Com base na tradição moderna holandesa de 1920 até 1960, os Mecanoo tiveram uma base sólida e versátil, onde se adequaram a sociedade contemporânea sem perder o consenso adquirido. Afastaram-se das tendências das décadas seguintes por serem formalizadas demais (van Eyck, Bosh, Hertzberger), empenhados no distributivo e construtivos, para resultados inovadores. Benevolo também cita em sua obra seis palavras de ordem que define a maneira desconstrutivista de se projetar, que são encontradas no livro de Francine Houben. São elas: Primeira edição publicada: L'architettura nel nuovo millennio ANO: 1990 (italiano) nueva edizione (2008)
EFETIVIDADE: atenção aos efeitos concretos. DISJUNÇÃO E CONJUNÇÃO: desmontagem e remontagem das partes da edificação. HETEROTOPIA: busca de regras agregativas incomum. CONSISTÊNCIA: uso adequado dos materiais para obter solidez e durabilidade. EXPERIMENTALISMO: pesquisa múltipla e não prevenida das possíveis soluções. KOINÉ: fidelidade ao “racionalismo realizado”, próprio da tradição holandesa, sobre o qual se baseia o acordo entre projetistas, clientes e usuários. A qualidade holandesa perde importância nos trabalhos recentes, enquanto se torna fundamental a ancoragem histórica, a fidelidade de uma longa história e de importância mundial. Da Holanda só resta o toque leve e o gosto pela policromia festiva. Em 1991 fundou-se o MVRDV, empenhado em estudar novas relações entre arquitetura e água, e projetou várias edificações ligadas a esse tema. Outro ponto que vale destacar é o fascínio da
Edição utilizada neste trabalho: A Arquitetura no Novo Milênio ANO: 2007
comparação entre arquiteturas navais com as implantadas na terra, cultivado também por Le Corbusier.
BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. São Paulo, Estação Liberdade, 2007
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HISTORIOGRAFIA AS formas do século xx – josep maria montaner SOBRE O AUTOR Josep Maria Montaner Martorell (1954), é arquiteto, autor de cerca de 35 livros sobre arquitetura e professor pela Faculdade de Arquitetura de Barcelona. Foi professor
convidado em várias
universidades europeias e latino-americanas. ganhou o Prêmio Nacional de Urbanismo da Espanha do Ministério da Habitação para iniciativa jornalística em 2005, por seus artigos no jornal El País e La Vanguardia. Ele é co-diretor com Zaida Muxi Lab Mestre Habitação Século XXI da Universidade Politécnica da Catalunha. Primeira edição publicada: Las formas del siglo XX ANO: 2002 - Espanhol
O LIVRO O presente livro busca afrontar de maneira aberta a questão da forma na arquitetura do século XX, entendendo que os repertórios utilizáveis estão intimamente relacionados com a arte, a filosofia, a ciência e a contínua evolução da sociedade. Consciente ou inconscientemente, os autores analisados neste livro recorrem a diversos tipos de formas que, em cada caso, pertencem a posturas e lógicas muito diferentes, e possuem raízes, mecanismos combinatórios e implicações científicas, filosóficas e sociais variadas. Dentro desta grande diversidade é possível estabelecer diferentes grupos que permitem desvendar quais foram os conceitos formais decisivos e dominantes do século XX. Os doze grandes conceitos - mecanismos criativos e mundos formais - que estruturam o livro foram ordenados em cinco grandes itens: Organismos, incluindo o Organicismo e o Surrealismo; Máquinas, com a Abstração e o Racionalismo; Realismos, subdividido em Realismo humanista e existencial e em Cultura
Edição utilizada neste trabalho: As formas do século XX. ANO: 2002
Pop; Estruturas, distinguindo a Crítica radical,a Crítica tipológica e a Fenomenologia minimalistas; e Dispersões, com Fragmentos, Caos e Energia.
MONTANER, Josep Maria. As formas do século XX . Barcelona, Gustavo Gili, 2002.
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HISTORIOGRAFIA AS formas do século xx – josep maria montaner VISÃO DO AUTOR No capítulo Arte conceitual: abstração e processos o autor começa contextualizando que foi a partir dos anos 60, que uma parte da herança da abstração se manifestou, sendo um mecanismo processual e repetitivo desenvolvido pela arte conceitual, ou seja, uma nova interpretação do estruturalismo e da semiologia. A obra já não obedece apenas à estética, pelo contrário, sua intenção é refletir a essência do processo formativo e conceitual, como suas intenções e estruturas de linguagem. Portanto, o resultado Primeira edição publicada: Las formas del siglo XX ANO: 2002 - Espanhol
é fruto do processo de intervenção sobre a própria forma e respectivamente dos seus significados. A obra resulta da relevância do processo intelectual sobre o objeto físico. Um projeto que ilustra essa conceituação são os Três Pavilhões de acesso ao Parque Nacional Hoge Veluwe, cuja forma é resultante da mutação paulatina do arquétipo inicial de uma pequena casa do guarda, que se deforma conforme certas condições do edifício e à sua situação em relação ao acesso dos visitantes. No decorrer de seu texto esclarece que o objetivo dessa nova arquitetura é formular, com certa sistematização, formas complexas e indeterminadas, radicais e utópicas, instáveis, fluidas ou mutantes, prevendo na representação mental do diagrama aquilo que ainda vai existir. Em suma, a nova maneira de projetar consiste em formas dobradas, dinâmicas ou amagalmadas, e conclui que de qualquer forma, a maioria das experiências atuais que recriam formas do caos podem
Edição utilizada neste trabalho: As formas do século XX. ANO: 2002
ser consideradas excessivamente artificiosas, e estão distantes do verdadeiro caos e dos monstros urbanos do terceiro mundo.
MONTANER, Josep Maria. As formas do século XX . Barcelona, Gustavo Gili, 2002.
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HISTORIOGRAFIA Introdução à história DA arquitetura – josé ramón alonso pereira SOBRE O AUTOR Arquiteto graduado pela Escuela de Arquitectura de Madrid e catedrático de “História da Arquitetura e do Urbanismo” da Escuela de Arquitectura de La Coruña desde 1991. Autor dos livros Madrid 1898– 1931: de corte a metrópoli (1985), Historia general de la arquitectura de Asturias (1996), La Ciudad Lineal (1998), Ingleses y españoles: la arquitectura de la Edad de Plata (2000), La Gran Vía de Madrid (2002) e Roma Capital: invención y construcción de la ciudad moderna (2003).
Primeira edição publicada: Introducicón a La Historia de La Arquitectura ANO: 2005 (Espanha)
O LIVRO Este livro é uma introdução à história da arquitetura e do urbanismo ocidental, desde a pré-história até século XXI. Extremamente atual, o texto é ao mesmo tempo enxuto e profundo. Além de apresentar um panorama histórico, o autor critica e analisa a arquitetura e o seu desenvolvimento. A partir de uma eminentemente arquitetônica se aproxima de seu processo projetivo , formulando o conhecimento
histórico como um meio fundamental para a compreensão da composição e construção, com base nos problemas que cada sociedade e seus arquitetos foram levantadas , e as questões que explicam a por que a permanência de desenvolvimentos. VISÃO DO AUTOR Para entendermos a nova arquitetura produzida na atualidade, devemos nos atualizar sobre os
acontecimentos que vêm transformando a cidade e a maneira como tem sido vista desde a era Edição utilizada neste trabalho: Introdução à história da arquitetura – das origens ao séc XXI . ANO: 2010
Moderna. No capítulo O desafio da contemporaneidade – A globalização na aurora do séc. XXI, o autor explica que vivemos presos em uma espessa rede de termos em constante transformação.
PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura – das origens ao séc XXI. Porto Alegre, Bookman, 2010.
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HISTORIOGRAFIA Introdução à história DA arquitetura – josé ramón alonso pereira Na modernidade a estética era norteadora do projeto, e na modernidade essa posição se inverteu, e foram substituídos por ideais estéticos identificados como um jogo gramatical sem conteúdo. A era atual é considerada como sendo uma era de individualismo coletivo e frenético entre os séc. XX e XXI. Esse processo de “globalização” não avança sem críticas, pelo contrário, enfrentam as resistências locais que ainda são apegadas ao título de identidade própria. As cidades vem sendo mudadas a cada dia, e a metrópole atual encontra-se perdida, formada por fragmentos dispersos e agrupados em torno do emblema de cidade histórica. Em uma situação-limite de segregação, a urbe e o Primeira edição publicada: Introducicón a La Historia de La Arquitectura ANO: 2005 (Espanha)
território se separam, assimilando em seus conceitos a ideia da clareza labiríntica de Aldo Van Eyck. A desordem se incorpora na cidade atual edificada. Rem Koolhaas defende essa congestão caótica, buscando ao mesmo tempo fazer com que suas obras sejam retratadas como manifestação. Tal qual acontece com o MVRDV, com o projeto Conteiner City, que se conceitua a partir da complexidade tipológica e a variedade resultante da combinação aleatória de elementos simples. Esse projeto nada
mais é do que uma cidade de contêineres vazios empilhados, contrastando com as verdadeiras cidades de casebres ou favelas que se proliferam das aglomerações do terceiro mundo. Neste mesmo capítulo, o autor ainda cita que a atopia artística suíça dialoga polemicamente com a vanguarda pós-desconstrutivista representada pelos discípulos de Koolhaas. Pois, enquanto estes exacerbam o idioma moderno para criar um universo imaginário, arrogante e fascinante, o grupo holandês MVRDV pratica a subversão das formas através do pragmatismo paradoxal de distorções ou
divergências, cujas mutações se expõem em projetos provocativos. Edição utilizada neste trabalho: Introdução à história da arquitetura – das origens ao séc XXI . ANO: 2010
PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura – das origens ao séc XXI. Porto Alegre, Bookman, 2010.
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HISTORIOGRAFIA Sistemas arquitetônicos contemporâneos – josep maria montaner SOBRE O AUTOR Josep Maria Montaner Martorell (1954), é arquiteto, autor de cerca de 35 livros sobre arquitectura e professor pela Faculdade de Arquitetura de Barcelona. Foi professor
convidado em várias
universidades européias e latino-americanas. ganhou o Prêmio Nacional de Urbanismo da Espanha do Ministério da Habitação para iniciativa jornalística em 2005, por seus artigos no jornal El País e La Vanguardia . Ele é co- diretor com Zaida Muxi Lab Mestre Habitação Século XXI da Universidade Politécnica da Catalunha. Primeira edição publicada: Sistemas Arquitectonicos Contemporaneos ANO: 2008 – (Espanhol)
O LIVRO Neste livro Montaner apresenta-nos uma nova visão da arquitetura contemporânea – desde o início do século XX até o início do século XXI. Tomando como ponto de partida a crise do objeto arquitetônico isolado, enfatiza especialmente as relações entre os edifícios e os valores do espaço público por eles definido. Baseando-se no conceito de sistema, reescreve a história recente da arquitetura segundo a capacidade dessa de desenvolver formas que se adaptem melhor ao contexto. Os exemplos estudados neste livro situam-se na escala comum entre a arquitetura, o urbanismo e a paisagem, naquele âmbito em que a arquitetura configura a cidade, e as obras nele analisadas são de autoria de arquitetos reconhecidos por sua postura intelectual, humanista e contextualizada. Visão do autor O autor dedica várias páginas para esclarecer como o pensamento urbano vem se transformando
Edição utilizada neste trabalho: Sistemas arquitetônicos contemporâneos ANO: 2009
profundamente. Essa explicação começa n os anos 80, quando uma busca neomoderna de um mega
MONTANER, Josep Maria. Sistemas arquitectónicos contemporâneos.. Barcelona, Gustavo Gili, 2009.
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HISTORIOGRAFIA Sistemas arquitetônicos contemporâneos – josep maria montaner objeto complexo começa. Por um lado, Peter Eisenman caminhava em favor da fragmentação, renunciando qualquer relação com o entorno ou com o contexto a ser inserido. Quando ao mesmo tempo, os holandeses com suas complexidades urbanas seguia agrupando a diversidade, a fragmentação e a dispersão de megaobjetos. Os objetos do urbanismo moderno partiam de uma vontade de construir uma nova sociedade segunda uma ética do compromisso social; esta foi a contribuição da arquitetura do movimento moderno que deveríamos saber ver agora, reinterpretando as suas obras e relevando a sua Primeira edição publicada: Sistemas Arquitectonicos Contemporaneos ANO: 2008 – (Espanhol)
permanência na melhor arquitetura contemporânea. Estamos em um período crítico de ideia ultrapassadas e decadentes, onde o urbanismo é norteado por economistas e o setor imobiliário, e isso resulta em uma fragmentação urbana, formando portes isoladas e desconexas. Essa lógica é classificada como tardo-moderna baseada na fragmentação. Portanto, é imprescindível olhar a arquitetura e o urbanismo autenticamente modernos sob uma nova perspectiva, com um olhar que nos ajude a enfatizar os processos de incorporação da complexidade, o objetivo da diversidade, as relações entre os edifícios e o valor do espaço vazio entre eles, o cuidado com espaços comunitários. Em suma, adaptar o sistema novo urbanismo moderno à escala humana e do contexto. A intenção das megaestruturas é converter arquitetura em cidade. Essa ideia de cidade como megaestrutura nasce com os projetos de cápsulas e torres tecnológicas do grupo archigram (1960).O grupo é caracterizado por uma ousada pesquisa formal que leva ao extremo a fragmentação e a disjunção, e que explora todo tipo de mecanismo. A soma e a sobreposição de fragmentos é um dos
Edição utilizada neste trabalho: Sistemas arquitetônicos contemporâneos ANO: 2009
processos-chave que propõe em seus experimentos junto com a inscrição de programas complexos em
MONTANER, Josep Maria. Sistemas arquitectónicos contemporâneos.. Barcelona, Gustavo Gili, 2009.
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HISTORIOGRAFIA Sistemas arquitetônicos contemporâneos – josep maria montaner iconologias simples: dispor volumes sobre a malha do terreno, elevar formas no ar, desarticular planos horizontais e inclinados, e semienterrar edifícios em topografias artificiais. Tudo isso mediante diversas combinações verticais, em plataforma, torres, megaestruturas, cheios e vazios. Essas propostas são feitas em duas ou três dimensões, e muitas vezes são mais gráficas do que realmente complexas. Eles consolidaram paralelamente duas tipologias. De um lado a sobreposição de fragmentos em três dimensões, e do outro, a soma de fragmentos na vertical, resultando em duas condições: a de verticalidade e a de diversidade. Se os dois conceitos vêm sendo tradicionalmente considerados Primeira edição publicada: Sistemas Arquitectonicos Contemporaneos ANO: 2008 – (Espanhol)
excludentes, isto é, a verticalidade até agora tem sido obtida repetindo-se as mesmas plantas em altura, o MVRDV, ao contrário, projeta edifícios verticais caracterizados pela diversidade de cada planta. A versatilidade criativa provém da separação dos três elementos essenciais na arquitetura: a estrutura, a forma e a função. Tornou a forma independente da estrutura e liberou ainda mais a função, que muitas vezes é decidida depois da forma e estrutura definidas. Em síntese, o MVRDV conseguiu fundir duas tradições contemporâneas essenciais, que caminhavam por vias diferentes: de um lado, os estudos sistemáticos, quantitativos e diagramáticos que se efetuam em programas de computador, e, de outro, a experimentação como livre jogo formal. “A INFORMAÇÃO É A FORMA”, reduz esse método. De qualquer modo, trata-se sempre de provocações inquietantes. A arquitetura atual reinterpreta um dos mecanismos iconográficos usados pelas vanguardas mais racionalistas, atualizando seus quadros comparativos e organogramas em diagramas nos quais se pretende confrontar e sistematizar, caso a caso, as extremas individualidade e multiplicidade, dispersão e incerteza, dos projetos contemporâneos.
Edição utilizada neste trabalho: Sistemas arquitetônicos contemporâneos ANO: 2009
MONTANER, Josep Maria. Sistemas arquitectónicos contemporâneos.. Barcelona, Gustavo Gili, 2009.
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HISTORIOGRAFIA ARQUITETURAS CONTÍNUAS E TOPOLOGIA – David Moreno Sperling O autor David Moreno Sperling é professor-doutor 2 do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP e pesquisador do Núcleo de Estudos das Espacialidades Contemporâneas (NEC.USP). Graduado e mestre em Arquitetura e Urbanismo (Área de Tecnologia do Ambiente Construído) pela Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de São Paulo e doutor em Arquitetura e Urbanismo (Área de Projeto, Espaço e Cultura) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo. Membro do CEI da Sociedade Iberoamericana de Gráfica Digital (SIGraDi) e curador da meta-curadoria Abstração do Instituto de Estudos Avançados da USP. Atua principalmente com os seguintes temas: espaço, tecnologia e cultura, interfaces entre arquitetura e arte contemporâneas.
A dissertação Nesta análise, investiga a posição especial da Topologia (estudo das formas externas) dentro da Arquitetura, sistematizando aproximações contemporâneas por meio de conceitos e diagrama processual onde possui três variáveis: pensamento, espaço e tempo. E assim este conceito é levado ao campo do projeto e da representação da Arquitetura, construindo um diálogo crítico com o uso e a referência ao
diagrama que fazem arquitetos contemporâneos paradigmáticos – Bernard Tschumi, Peter Eisenman, Primeira edição publicada: Dissertação USP ANO: 2003 (Brasil)
Greg Lynn, Rem Koolhaas, MVRDV, Bem van Berkel, Lars Spuybroek, dentre outros. Alguns desses arquitetos citados compõem uma chamada vanguarda holandesa contemporânea.
SPERLING, David Moreno. Arquiteturas contínuas e topologia: similaridades em processo. 2003. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, 13 Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-28032006-155803/>. Acesso em: 25-11-2014.
HISTORIOGRAFIA ARQUITETURAS CONTÍNUAS E TOPOLOGIA – David Moreno Sperling Visão do autor O motivo de modelagens de superfícies à fim da continuidade espacial, se sobrepõem em grande parte em algumas das obras da equipe MVRDV, tendo um exemplo a Villa KBWW, que procuram apresentar os conceitos e meios que conformam seus processos projetuais.
O processo de projeto por diagramas se desenvolve sob o conceito de “datascape”, que corresponde a uma paisagem de dados, isto é, dados e eventos que formam elementos dinâmicos transformando a paisagem arquitetônica e uma paisagem de dados. Atualmente, a questão da associação entre os aspectos espaciais e formais da arquitetura encontra ampla base de representação nos procedimentos sob o tema da continuidade espacial e a unidade formal e material, normalmente revelada por panos de vidro. A forma e o arranjo espacial se apresentam
fortemente associada, mas não em relação hierarquizada como no Movimento Moderno. Em algumas exposições de projetos arquitetônicos, certos diagramas são mais do que responsáveis pela geração do projeto, compõem também a interpretação deste. Como a apresentação de obras do grupo MVRDV, que com frequência se faz por meio da utilização de diagramas composto por sequencia lineares de modelagens à projeções convencionais da representação de arquitetura – plantas, cortes e elevações. O Primeira edição publicada: Dissertação USP ANO: 2003 (Brasil)
diagrama como reconstrução do processo, como leitura de projeto, configura-se então como uma nova
construção do processo de projeto e de seus elementos formadores. Tano em construção quanto em reconstrução de um processo, as limitações ou horizontes de seu uso mostram-se co-dependentes das intenções que movem este mesmo uso.
SPERLING, David Moreno. Arquiteturas contínuas e topologia: similaridades em processo. 2003. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, 14 Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-28032006-155803/>. Acesso em: 25-11-2014.
HISTORIOGRAFIA Redefinindo ferramentas do radicalismo - moreno + Grinda SOBRE OS AUTORES Cristina Diaz Moreno e Efren Garcia Grinda são arquitetos espanhois. Em 1997, Cristina fundou com Efren em Madrid a estrutura aberta "cero9" , que forneceu uma conexão real entre a prática profissional, pesquisa e ensino. Em 1998, ele se formou em arquitetura do ETSAM. Cero9 foi dissolvido em 2003. Atualmente , participam na definição de uma nova área de trabalho, sem uma localização precisa que empurra os limites deste tipo de organização: Amid, fundada em 2003 por Efren Garcia Grinda. A revista El Croquis é uma revista de arquitetura trimestral. Fundada na cidade de Madrid, Espanha em 1982 e publicado em espanhol e Inglês, é de propriedade privada e tem uma linha editorial independente. Cada edição monográfica apresenta grandes obras e projetos de arquitetos mais interessantes do Primeira edição publicada: El croquis 111- MVRDV ANO: 2002 (Espanha)
mundo. Destinado a profissionais arquitetos e todos aqueles com preocupações culturais, EL CROQUIS se esforça para ser mais do que uma ferramenta de comunicação, oferecendo uma garantia de qualidade para todos os leitores que estão interessados em arquitetura. VISÃO DOS AUTORES O artigo traz explicações e definições de como trabalham e projetam o grupo holandês. Segundo os
autores, o exercício de traduzir uma diversidade ou mesmo de aceitar complexidades em muitas ocasiões não é possível as especificidades da arquitetura.
MORENO, Cristina Diaz. GRINDA, Efren Garcia. Redefiniendo las herramientas de la radicalidad. El croquis . Madrid, n° 111, p. 6-23. ANO 2002.
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HISTORIOGRAFIA Redefinindo ferramentas do radicalismo - moreno + Grinda Essa nova maneira de se projetar subtrações, composições e desfragmentações ao longo de todo o processo projetual. Para o MVRDV essas atividades são decorrentes, porém apresentam o oposto da minimização de aspectos da realidade, de maneira complexa, eles resolvem as circulações , recriam blocos, para enfim pensar na função. Algumas de suas experiências são nomeadas até mesmo como sendo radicais, outras até como um manifesto. Nomeações a parte, essas formas só são possíveis devido aos recursos tecnológicos utilizados pelo grupo. Os autores indicam que a nova era será crucial para o clássico papel da arquitetura. Originalidade e autenticidade serão desafiadas e o papel do arquiteto na atualidade será questionada. Como visto, a arquitetura pode influenciar mudanças sociais e técnicas, portanto, densidades são essenciais para o grupo, como por exemplo o edifício Silodan. Essa arquitetura que não quer representar, segue inserida como estrutura frente a diversos modos de Primeira edição publicada: El croquis 111- MVRDV ANO: 2002 (Espanha)
vida, que está presente como agente e representa um testemunho um mundo de dinâmicas sempre novas.
MORENO, Cristina Diaz. GRINDA, Efren Garcia. Redefiniendo las herramientas de la radicalidad . Madrid, n° 111, p. 6-23. ANO 2002.
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HISTORIOGRAFIA O NOVO PARADIGMA NA ARQUITETURA – Ana Paula Baltazar O autor Ana Paula Baltazar é arquiteta formada pela UFMG onde também completou seu mestrado em 1998. Atualmente é bolsista da CAPES fazendo doutorado na Bartlett School of Architecture na University College London. Desde 1993 vem desenvolvendo pesquisa no LAGEAR (Laboratório Gráfico para o Ensino de Arquitetura da EAUFMG). Em 1997 fundou juntamente com um grupo de arquitetos o IBPA (Instituto Brasileiro de Performance Arquitetura) e vem investigando o potencial da performance como estratégia no processo de design arquitetônico. Desde 1999 é membro do London Virtual Reality Group. Tem apresentado e publicado diversos artigos no Brasil e no Exterior. O artigo O novo paradigma na arquitetura é o título da sétima edição do bestseller de Charles Primeira edição publicada: Artigo - Vitruvius ANO: 2002 (Brasil)
Jencks escrito originalmente em meados dos anos 70, no começo do movimento pós-moderno na arquitetura. A linguagem do pós-modernismo passa a ser o subtítulo dessa edição recente, que além de ter passado por seis edições que contextualizavam a abordagem nos respectivos momentos, agora foi completamente reescrita e complementada com dois capítulos novos, sendo uma revisão da abordagem de Jencks nos anos 70.
BALTAZAR, Ana. O novo paradigma na arquitetura. Vitruvius. Brasil, 025.06 . ANO 2002.
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HISTORIOGRAFIA O NOVO PARADIGMA NA ARQUITETURA – Ana Paula Baltazar Visão do autor Baseada no livro de Jencks, a autora aponta o principal ponto da nova edição é a identificação de sete tendências ou sete arquiteturas atuais que se apropriam das ciências, cujos precursores são arquitetos como Frank Gehry, Daniel Libeskind e Peter Eisenman. As sete arquiteturas contemporâneas identificadas com uma nova complexidade são: 1. Fractal que são exemplos na maioria projetos de Libeskind e Eisenman usando fractais na geração de forma (planta, fachada, volumetria e padronização de revestimento); 2. Organitech, ecotech ou green architecture, cujo precursor é Ken Yeang com seus projetos de edifícios hightech com preocupação ambiental; 3. Computer science, que é o uso da computação para gerenciar dados no intuito de integrar maior diversidade de fatores, nesse aspecto Jencks aponta Rem Koolhaas e MVRDV como grande exemplo da consideração e manipulação de dados para integração da cultura no espaço; 4. Blob (dobra e blob), a tendência dos leitores de Deleuze, cujo maior expoente é Greg Lynn, e Primeira edição publicada: Artigo - Vitruvius ANO: 2002 (Brasil)
diversos escritórios tais como Will Alsop, Frank Gehry, Peter Eisenman e etc., vêm adotando; 5. Landforms, waves, cuja atenção é voltada para a complexidade de ondulação do piso, e aqui Jencks cita a estratégia adotada por Enric Miralles criando uma série de seções consecutivas em vez de trabalhar com curvas de nível; 6. New cosmogenic, que refere-se a aplicação dos modelos atuais de investigação do universo na arquitetura, diversos exemplos incluindo jardins do próprio Jencks e a obra de Neil Denari, cuja forma identifica-se com o modelo dobrável do universo (manyfold universe) proposto por Stephen Hawking; 7. New form monumental building, cujo exemplo mais popular é o Museu Guggenheim de Frank Gehry em Bilbao.
BALTAZAR, Ana. O novo paradigma na arquitetura. Vitruvius. Brasil, 025.06 . ANO 2002.
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HISTORIOGRAFIA ESPAÇO DE OTIMISMO- alvarez + mansilla SOBRE OS AUTORES Luis Moreno Mansilla (Madrid, 1959) e Emilio Tuñón Alvarez (Madrid, 1958) são arquitetos e professores assistente na Faculdade de Arquitectura de Madrid. Depois de colaborar com Rafael Moneo, entre 1983 e 1992, estabeleceram seu próprio estúdio. Durante o período 1990-1992, como parte do conselho editorial da revista Arquitetura. Em 1993, eles fundaram a CIRCUS pensamento cooperativo, editando uma publicação mensal com o mesmo nome. A revista El Croquis é uma revista de arquitetura trimestral. Fundada na cidade de Madrid, Espanha em 1982 e publicado em espanhol e Inglês, é de propriedade privada e tem uma linha editorial independente. Cada edição monográfica apresenta grandes obras e projetos de arquitetos mais interessantes do mundo. Destinado a profissionais arquitetos e todos aqueles com preocupações culturais, EL CROQUIS Primeira edição publicada: El croquis 86 + 111- MVRDV ANO: 2006 (Espanha)
se esforça para ser mais do que uma ferramenta de comunicação, oferecendo uma garantia de qualidade para todos os leitores que estão interessados em arquitetura. VISÃO DOS AUTORES Segundo os autores, o grupo engaja de maneira global o fornecimento de questões arquitetônicas e urbanas contemporânea.Um método de projeto de pesquisa com sede e altamente colaborativa
envolve especialistas de todas as áreas, clientes e partes interessadas no processo criativo. Os resultados são edifícios exemplares e sem rodeios, planos urbanos, estudos e objetos, que permitem que as nossas cidades e paisagens a evoluir para um futuro melhor. ALVAREZ, Emilio Tuñón. MANSILLA, Luis Moreno. El espacio del optimismo. El croquis . Madrid, n° 86_111, p. 10-30. ANO 2006.
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HISTORIOGRAFIA ESPAÇO DE OTIMISMO- alvarez + mansilla MVRDV desenvolve o seu trabalho de uma forma conceitual, a condição de mudar é visualizado e discutidos através de projetos, às vezes literalmente, através da concepção e construção de um diagrama. O escritório persegue continuamente o seu fascínio e pesquisa metódica sobre a densidade usando um método para traçar o espaço através de valores complexos de dados que acompanham os processos de construção e design contemporâneo. Em suma, eles conseguiram fundir duas maneiras de projetar. Ainda utilizam organogramas e diagramas para concepção da forma mas, ao mesmo tempo utilizam de ferramentas tecnológicas e computadorizadas.
Primeira edição publicada: El croquis 86 + 111- MVRDV ANO: 2006 (Espanha)
ALVAREZ, Emilio Tuñón. MANSILLA, Luis Moreno. El espacio del optimismo. El croquis . Madrid, n° 86_111, p. 10-30. ANO 2006.
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HISTORIOGRAFIA A ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E O USO PRAGMÁTICO DO TEMPO - Duarte O autor Rovenir Bertola Duarte é mestre pela FAU-USP (2000) e professor do curso de arquitetura da Universidade Estadual de Londrina desde 1996, foi coordenador do grupo de estudos Contemporar e diretor do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Engenharia e Arquitetura. Atualmente se encontra em licença cursando doutorado na Univesitat Politècnica de Catalunya (UPC-Barcelona).
O artigo O texto é baseado em dois diferentes a caminhos em direção ao futuro da arquitetura. O primeiro por Kenneth Frampton o outro por Bernard Tschumi, um retaguarda o outro vanguarda, um resistência o outro procurando a sedução, cada um através de seus 6 apontamentos, que justificou o título do meu texto. É possível dizer que estes dois grandes pensadores da arquitetura contemporânea, criticamente Primeira edição publicada: Artigo - Vitruvius ANO: 2013 (Brasil)
fundamentados e apoiados em referências sólidas advindas da sociologia e filosofia, colaboraram com o duelo travado entre a abordagem ‘regionalista crítica’ e a ‘desconstrutivista’ nos anos 80 e 90.
Novas gerações de arquitetos pouco pacientes com esta discussão querem experimentar e, mesmo antes de explorar suficientemente as duas ‘antigas’ trilhas, novas são esboçadas. Uma destas será tratada neste texto, o Novo Pragmatismo. Este ‘Novo Pragmatismo’ não se trata de um estilo ou escola, mais que um conjunto de ideias, parece ser uma postura diante da velocidade da transformação dos hábitos e crenças da época atual, visível em firmas de arquitetura como MVRDV, UNStudio, FOA e Greg Lynn. Desta forma, este texto continua a reflexão acerca da noção de ‘tempo’ na arquitetura contemporânea
apresentada no 6=6, entretanto, a pouca distância histórica deste caso explica uma ausência de uma cartografia mais precisa deste novo caminho, algo mais especulativo. DUARTE, Rovenir. A arquitetura contemporânea e o uso pragmático do tempo. Vitruvius. Brasil, 125.05 . ANO 2013.
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HISTORIOGRAFIA A ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA E O USO PRAGMÁTICO DO TEMPO - Duarte Visão do autor O termo reflexivo parte exatamente do inerente dinamismo, segundo Giddens, de um tipo de modernização que destrói e se modifica, uma destruição criativa da sociedade industrial , assim radicalizaria a ruptura com a tradição: as ‘descontinuidades da modernidade’. Reflexiva porque os termos introduzidos por determinado discurso acabam por transformar a realidade na qual o próprio discurso é formado, onde se vive cada vez mais os resultados das próprias ações, enfrenta-se aquilo que se cria. Assim a marca desta época seria exatamente a auto-reflexão, entendida nos termos da sociedade que se vê confrontada com seus limites, coordenada por um padrão de racionalidade reflexiva. Na visão de Giddens, o dinamismo social vivenciado hoje está fundamentalmente relacionado com o ‘desencaixe’ do tempo, diretamente associado da ruptura com a tradição, a antiga organizadora do tempoPrimeira edição publicada: Artigo - Vitruvius ANO: 2013 (Brasil)
espaço que relaciona as ações das pessoas a outras realizadas em tempos passados e em locais comuns. O Desconstrutivismo, está mais focado no presente. Porém, este ‘tempo presente’ é entendido através de mecanismos de narração e desconstrução, buscando revelar ou inventar indícios de algo escondido por detrás de alguma máscara ou de sua exterioridade. Porém, por mais que a narração ‘apresente’ um evento,
seu produto muitas vezes termina na armadilha formal de apenas ‘representar’ os rastros de sua desconstrução analítica. Assim, se por um lado evita as representações sociais tradicionais, acaba em um resultado através de elementos construtivos fora de sua posição convencional. Enfim, ao invés de tratar dos problemas da metrópole está representando seus efeitos por meio de um intelectualismo analítico.
DUARTE, Rovenir. A arquitetura contemporânea e o uso pragmático do tempo. Vitruvius. Brasil, 125.05 . ANO 2013.
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HISTORIOGRAFIA CIDADE EVOLUTIVA – Charles Bessard O autor Charles Bessard é co-proprietário e sócio da Powerhouse Company. Antes de fundar a Powerhouse Companhia em 2005, com pós-graduação companheiro Berlage Nanne de Ru, Bessard trabalhou com diversas práticas parisienses, incluindo Bodin e Associados; em Londres, no Sheppard Robson Architects Como designer de chumbo; e de 2002 a 2004, no Atelier Jean Nouvel. Bessard foi professor convidado em instituições, incluindo a Universidade de Aarhus, Delft University of Technology, Design Academy Eindhoven, e AHO Oslo School of Architecture e, em 2009, começou a trabalhar como um doutorado na Royal Academy of Art Copenhague, onde ele está pesquisando as consequências dos crescentes níveis de água do mar sobre a urbanização da Dinamarca. A revista El Croquis é uma revista de arquitetura trimestral. Fundada na cidade de Madri, Espanha em 1982 e publicado em espanhol e Inglês, é de propriedade privada e tem uma linha editorial independente. Cada edição monográfica apresenta grandes obras e projetos de arquitetos mais interessantes do mundo. Destinado a profissionais arquitetos e todos aqueles com preocupações culturais, EL CROQUIS se esforça para ser mais do que uma ferramenta de comunicação, oferecendo uma garantia de qualidade para todos os leitores que estão interessados em arquitetura. Primeira edição publicada: El croquis 173 - MVRDV ANO: 2014 (Espanha)
Visão do autor Nesta edição especial, famosos arquitetos holandeses Winy Maas, Jacob van Rijs e Nathalie de Vries, conhecidos coletivamente como MVRDV, é o principal objetivo da revista edição 173 que faz
reflexão sobre edifícios e projetos de MVRDV desde 2003 e uma investigação do contexto em que foram concebidas. BESSARD, Charles. Ciudad Evolutiva. El croquis . Madrid, n° 173, p. 9-19. ANO 2014.
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HISTORIOGRAFIA CIDADE EVOLUTIVA – Charles Bessard Com sede em Roterdã, o escritório teve seus dedos no pulso de soluções globais para questões contemporâneas em arquitetura e urbanismo de duas décadas e contando com perfis detalhados de mais de 20 principais projetos. Estúdio MVRDV ficou famoso por uma nova abordagem de mente aberta e atitudes rebeldes,
contudo hiper pragmático onde foi marcado a transição do valor da obra acumulada que substitui o imperativo do sempre novo. Eles guardam a relação com o fato de que o legado é essencial sendo uma ponte entre diferentes gerações em que sua existência ocorre no cruzamento de pelo menos dois pontos de vista e duas gerações, seu e nosso. A entrevista tornou-se um texto híbrido, em que parte do imediatismo do diálogo entrelaçado, com a distância oferecendo aos nossos pensamentos e reflexões.
Entre os múltiplos temas e ideias que temos lidado sobre o legado que encerra a obra de MVRDV, temos elegido deliberadamente três. Em primeiro lugar, o contexto devido a maior rótulo simplista de pragmatismo holandês muitas vezes é atribuído ao foco de MVRDV, onde existe uma evolução crítica e sistemática dos diferentes contextos envolvidos. Em segundo lugar a colaboração. Longe do tópico de arquiteto estrela que intima a cena arquitetônica e a representação imediata da arquitetura das últimas décadas. MVRDV se manteve persistente à críticas do conceito de colaboração a todos os Primeira edição publicada: El croquis 173 - MVRDV ANO: 2014 (Espanha)
aspectos do seu trabalho e sua prática. E em terceiro lugar, a questão do protótipo dando a importância em seus projetos e ideias de novidade e experimentação.
BESSARD, Charles. Ciudad Evolutiva. El croquis . Madrid, n° 173, p. 9-19. ANO 2014.
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Quadro de vinculação teórica
Disjunção Benevolo 1990
Diagramas Tecnológicos
Formas dobráveis
x x
Pereira 2005
Sperling 2003
Experimentalismo
Desconstrutivista
Estruturalista
x
Montaner 2002
Montaner 2008
Macroescultura
x x
x
x x
x
Moreno + Grinda 2002 Baltazar 2002
x
Alvarez + Mansilla 2006
x
Duarte 2013
x
Bessard 2014
x
x
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Quadro de vinculação teórica
Disjunção: Desmontagem e remontagem das partes da edificação, é a ação
Desconstrutivismo:
buscar
uma
pluralidade
de
discursos
e
de
e o efeito de desunir e separar, afastar, dividir coisas ou ideias;
interpretações possíveis que necessitam ser construídos de forma
Diagramas Tecnológicos: Representação visual estruturada e simplificada
diferenciada. , é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que
de um determinado conceito, ideia, objeto, por meio de linhas; desenho;
começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo
traçado; delineamento; esboço, utilizando um computador;
processo de desenho não linear, pelas formas não-retilíneas que servem
Formas dobráveis: Procedimento projetual que utiliza modelos físicos de
para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura,
papéis cortados e vincados, onde mostra em meio à riqueza conceitual a
como a estrutura e o envoltório do edifício. A aparência visual final dos
diversidade de obras que lhe são inerentes: um paradigma construtivo.
edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado
Macroescultura: Separação dos três elementos básicos que são: forma,
e por uma estimulante imprevisibilidade .
função e estrutura. Sendo assim, a obra resulta da relevância do processo
Estruturalismo: A visão estruturalista começa com a constatação de que o
intelectual sobre o objeto físico;
todo é mais do que a soma de suas partes. Dito em outros termos, um
Experimentalismo: É o compromisso de explorar novos conceitos e
conjunto individualizado, seja um grupo social, a mente humana, a língua
representações do mundo através de métodos que vão além das
falada etc. é uma estrutura com características próprias e que em muito
convenções estabelecidas na tradição;
excede as de suas partes consideradas em particular ou mesmo em conjunto.
26
Arquiteto em análise CRONOLOGIA MVRDV 1991
BERLIN VOIDS Germany 1991
1993
1993
CHURCH IN BARENDRECHT The Netherlands 1993
1994
1994
PORTERS´ LODGES IN THE HOGE VELUWE NATIONAL PARK The Netherlands 1994/1996
1996
TWO HOUSES IN BORNEOSPORENBURG Amsterdam, The Netherlands 1996-1999/2000
NET 3 CAMPUS Hilversum, The Netherlands 1993/2001
SLOTERPARK SWIMMING-POOL Amsterdam, The Netherlands 1994
1997
OFFICE BUILDING IN CALVEEN Amersfoort, The Netherlands 1997/2000
1993
VILLA IN HASSELT Begium 1995/1996
1997
DUTCH PAVILION FOR THE EXPO 2000 Hannover, Germany 1997/2000
RVU-BUILDING Hilversum, The Netherlands 1994/1997
VILLA VPRO Hilversum, The Netherlands 1993/1997
1995
1994
1995
1995
1994
WOZOCO´S APARTMENTS FOR ELDERLY PEOPLE Amsterdam, The Netherlands 1994/1997
1996
DOUBLE HOUSE UTRECHT HOUSING SILO IN AMSTERDAM TWO HOUSES IN BORNEO-SPORENBURG The Netherlands 1995/1997 [SILODAM] Amsterdam, The Netherlands 19961999/2000 The Netherlands 1995/2002
1997
1997
1997
BALCONY DWELLINGS IN ZOETERMEER COUNTRY ESTATES IN WADDINXVEEN LEIDSCHENVEEN TOWN CENTRE Leidschendam, The Netherlands 1997 The Netherlands 1997 The Netherlands 1997
27
Arquiteto em anรกlise CRONOLOGIA MVRDV 1997
1998
FLIGHT FORUM The Netherlands 1998/1999
BUGA 2001+PLANT CITY Postdam, Berlin, Germany 1997
FLYING VILLAGE Vienna, Austria 1999
CULTURAL CENTRE EFFENAAR Eindhoven, The Netherlands 2000
2000
QUATTRO VILLAS, YPENBURG The Hague, The Netherlands 2000
1999
2000
PIER HOUSING IN OEGSTGEEST The Netherlands 2000
CENTRAL LIBRARY BRABANT Brabant, The Netherlands 2000
MATSUDAI CULTURAL VILLAGE CENTRE Matsudai Niigata, Japan 2000- 2003
2000
PATIO HOUSES, YPENBURG The Hague, The Netherlands 1999
2000
2000
2000
1999
MUSEUM OF PRIMITIVE ARTS QUAI BRANLY Paris, France 1999
UNTERFร HRING PARK VILLAGE PATIO HOUSES, YPENBURG Munich, Germany 1999 The Hague, The Netherlands 1999
2000
1999
1999
1999
MATSUDAI CULTURAL VILLAGE MUSEUM Nigata, Japan 2000
2000
NATURE ACTIVITY CENTRE [NAC] LNV. NEW OFFICE OF THE Oostvaardesplasen, The Netherlands 2000 MINISTRY OF AGRICULTURE The Hague, The Netherlands 2000
2000
2000
SILICONE HILL Stockholm, Sweden
2001
Apartment building HOUSING IN SANCHINARRO Amsterdam, The Madrid, Spain 2001 Netherlands 2000-2007
28
Arquiteto em análise CRONOLOGIA MVRDV 2001
BMW EVENT AND DELIVERY CENTER Munich, Germany 2001
2002
BARCODE HOUSE Munich, Germany 2002-2005
2004
MEDIA GALAXY [EYEBEAM INSTITUTE] New York, USA 2001
2001
2001
2001
2002
2002
DONAU CITY [KISSING TOWERS] Vienna, Austria 2002
2005
BUSAN CINEMA COMPLEX MIXED-USE DEVELOPMENT Rotterdam, The Netherlands 2004-2014 South Korea 2005
BARCODE HOUSE Munich, Germany 2002
2007
CHENGDU CENTRE FOR THE ARTS China 2007
VILLA HUNTING The Netherlands 2002
2003
2002
ROOFTOP HOUSE EXTENSION, ROTTERDAM The Netherlands 2002-2007
2002
BUURT NE9EN Amsterdam, The Netherlands 2002
SOCIAL HOUSING APARTMENTS Madrid, Spain 2001-2009 Associado Blanca Lleó Arquitectos
NUAGE DÁRT [DOUZE TERRES] Paris, France 2001
2002
Book Mountain Public Library in Spijkenisse The Netherlands 2003-2012
2007
2003
GEMINI RESIDENCES Copenhagen, Denmark 2003-2005
2007
HOLIDAY HOUSE IN THORINGTON DNB HEADQUARTERS, CENTRAL Suffolk, United Kingdom 2007-2010 BUILDING Oslo, Norway 2007-2012
2008
MIXED-USE TOWER Rødovre, Copenhagen, Dennmark 2008
29
Arquiteto em análise CRONOLOGIA MVRDV 2009
2008
MIXED-USE CENTRE, SCHIJNDEL The Netherlands 2008-2013
2011
DANISH ROCK MUSEUM Roskilde, Denmark 2011- Associado com Cobe Arkitekter
2011
NETHERLANDS SUPREME The Haag, The Netherlands 2011
HONG KONG CAMPUS Hong Kong, China 2009
2011
MIXED-USE TOWERS IN SEOUL South Korea 2011
2011
FLOWERBED HOTEL Aalsmeer, The Netherlands 2011
2010
2010
PUSHED SLAB Paris, France 2010
GANGNAM HILLS Gangnam, Seoul, South Korea 2010
2011
CHINA COMIC AND ANIMATION MUSEUM Hangzhou, China 2011
BALTYK TOWER Poznan, Poland 2011
GUOSEN TOWER Shenzhen, China 2010
2011
2011
FREELAND - ALMERE OOSTERWOLD The Netherlands 2011
A CORUÑA STATION A Coruña, Spain 2011
2011
TELETECH CAMPUS Dijon, France 2010 - 2011
2011
2011
2011
TRANSITLAGER RELOADED Münchenstein, BaselLandschaft Canton, Switzerland 2011
2010
LILLE LYCÉE HÔTELIER Lille, France 2010 - 2011
2012
PERURI 88 Jakarta, Indonesia 2012
30
Arquiteto em análise CRONOLOGIA MVRDV 2012
2012
DIERENPARK THEATRE Emmen, The Netherlands 2012
YENIKAPI ARCHAEO-PARK Istanbul, Turkey 2012
2013
THE BEAM Villeneuve d'Ascq, France 2013
CHUNGHA BUILDING Seoul, South Korea 2013
2013
URBAN HYBRID, EMMEN Switzerland 2013
SHANGHAI POST-EXPO Shanghai, China 2012
2013
PUBLIC ART DEPOT MBVB Rotterdam, Netherlands 2013
HONGQIAO CBD Shanghai, China 2013
MATTILANNIE-MI CAMPUS Jyväskylä, Finland 2013
2013
2013
GLASS MUSEUM Seoul, South Korea 2013
2013
2013
2012
CHAISE URBAINE Strasbourg, France 2012
2013
2013
GANGNAM SHOPPING CENTRE Seoul, Korea 2013
2012
SR BANK STAVANGER Stavanger, Norway 2013
2014
CHEUNG FAI BUILDING Hong Kong, China 2014
2013
THE COUCH Amsterdam, The Netherlands 2013
2014
HAFENSPITZE Zollhafen, Mainz, Germany 2014
2014
VERTICAL VILLAG MONTPELLIER France 2014
31
GRUPO DA MESMA CORRENTE CRONOLOGIA BIG ARQUITETOS
2004
ResidĂŞncias VM / PLOT = BIG + JDS Copenhagen, Dinamarca 2004
2010
Expo 2010 Danish Pavilion Shangai China - 2010
2004
Maritime youth house, Dinamarca Copenhagen 2004
2010
8 Tallet Copenhagen Dinamarca - 2010
2006
Psychatric Hospital Helsingor Dinamarca- 2006
2008
M2 Typehouses Denmark - 2009
Mountain Dwellings Copenhagen, Dinamarca 2008
2011
Transitlager Dreispitz Basel, Munchester CH, 2011
2009
2013
West 57th Street Nova York, EUA 2013
2014
Honeycomb Bahamas, 2014
32
GRUPO DISSONANTE CRONOLOGIA MMBB 1997
1998
Oca, Parque do Ibirapuera São Paulo , SP 1998
Praças de pedágio viapar Paraná, 1997
1999
2002
Habitação popular Vallecas Residência Aldeia da Serra Associado com Paulo Mendes da Rocha São Paulo, SP 2001 Madrid, Espanha 2002
Escola Parque Arte e ciência Santo André SP , 1999
Poupatempo itaquera Associado Paulo Mendes da Rocha São Paulo, SP 1999
Clínica de Odontologia Orlândia – SP 1998
2001
1999
1998
2005
2005
Residência City Boaçava São Paulo , SP 2005
Residência Vila Romana São Paulo SP - 2005
2003
Escola fde f1 Campinas, SP 2003
33
ARQUITETO MODERNISTA CRONOLOGIA LE CORBUSIER
1928
1927
Maison Citrohan – Associado Pierre Jeanneret Stuttgart, Alemanha 1927
1953
Palácio da Assembleia Chandigarh, 1953
1932
Villa Savoye França, 1928
Edifício Le Corbusier Genebra, Suiça 1932
1955
Chapelle Notre Dame du Haut Rochamp França, 1955
1955
Casa Curutchet La Plata, Argentina 1955
19453
1947
Unidade Habitação de Marselha França, 1947
1958
Pavilhão Philips Expo 58 Associado com Lannis Xenakis La Plata, Argentina 1958
Maisons Jaoul Neuilly-sur-Seine França, 1953
1960
Convento de La Tourett França, 1960
34
Markthal rotterdam FICHA TÉCNICA
esquema
MVRDV Plantas
Arquiteto: MVRDV. Localização: Rotterdan, Holanda Data: 2014 Tipo de edifício: Multifuncional
corte
35
Celeiro em balanço
MVRDV
FICHA TÉCNICA Arquiteto: MVRDV.
Planta cobertura
Planta térreo
Localização: Suffolk, Inglaterra Data: 2010 Área: 210 m²
Tipo de edifício: Habitação unifamiliar. esquema fachadas
corte
36
Conjunto habitacional Silodam - amsterdã FICHA TÉCNICA Arquiteto: MVRDV.
MVRDV
ESQUEMAS
tipo corte
estrutura
Localização: Amsterdam, Holanda Data: 1995-2003 Área: 19.500 m²
Tipo de edifício: Habitação Multifamiliar. Acústica: Cauberg-Huygen Estrutura: Pieters Bouwtechniek
Implantação
fachada
37
Mountain Dwellings Copenhagen, Dinamarca
big
FICHA TÉCNICA Arquiteto: BIG Architects Local: Copenhagen, Dinamarca Ano do Projeto: 2008
Área Construída: 33.000 m² Cliente: Hopfner A/S Engenheiro: Moe & Brodsgaard
Corte Esquemas de conceito
Volumetria
Plantas
Fachadas
Implantação
38
Conjunto habitacional vallecas - madrid
mmbb
FICHA TÉCNICA Arquiteto : MMBB + Paulo Mendes da Rocha Local : Madri, Espanha
Ano : 2002 Habitação Multifamiliar Implantação
Número de blocos : 2 Número de andares : 8 Número de apartamentos: 60
Plantas
Cortes
Volumetria
Fachadas
39
conjunto habitacional de marselha - frança FICHA TÉCNICA
LE CORBUSIER
PLANTAS
Arquiteto: Le Corbusier. Localização: Marselha, França. Data: 1946-1952. Dimensões: 140m x 24m e 56m de altura.
Pavimentos: 18 pavimentos com 58 apartamentos duplex cada. Tipo de edifício: Habitação Multifamiliar. ISOMÉTRICA Implantação
ESQUEMA
tipo
ESTRUTURA
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A nova maneira de se pensar e projetar em arquitetura traz consigo
postura rígida, e concordam que a arquitetura atual está mais para
uma contextualidade das sucessivas mudanças que a sociedade vem
“experiências” artísticas e arquitetônicas, que recriam formas do caos e
sofrendo desde a era modernista, cuja a estética era norteadora do
são consideradas excessivamente artificiosas. E ainda, que essa
projeto, e na modernidade essa posição se inverte, como explica
recriação do caos permitido e estudado, acotado e celebrado, previsto
Pereira, que agora arquitetura é norteada por ideais estéticos
e lógico, que experimentam os artistas dos países ricos e ordenados,
identificados como jogo gramatical, considerados por muitos autores
estão muito distantes do verdadeiro caos que acontece por desastres
como sem conteúdo.
naturais, guerras e monstros urbanos do terceiro mundo.
O que acontece com
a cidade atualmente, é uma era de
Em suma, várias definições dos autores citados a cima, provocam
individualismo coletivo e frenético, que causa consequências nesse
um significado desconstrutivista para os arquitetos contemporâneos. E
processo de globalização.
lamentam que o que pode ser percebido de forma geral é que a escala
A era moderna teve como principal propósito, a desvinculação da
humana está desaparecendo no ambiente construído, a escala
arquitetura com a história e a negação ao contexto inserido.
monumental voltou com força total, e que nada mais são do que
Características essas que de certa forma tenta ser repetido na era
macroesculturas urbanas, ainda que sejam habitáveis ou não.
contemporânea por arquitetos que buscam serem idealizadores da “nova arquitetura”. Porém, a sociedade não permite que avancem sem críticas, muito pelo contrário, por todos os lugares a população ainda luta por uma identidade própria refletida nas obras arquitetônicas.
Enquanto Benevolo traduz essa nova maneira de projetação como sendo consisa, efetiva e fiel ao racionalismo realizado, próprio da tradição holandesa, e que tem como resultado uma arquitetura inovadora, outros autores como Montaner e Pereira adotam uma 41
referências ALVAREZ, Emilio Tuñón. MANSILLA, Luis Moreno. El espacio del optimismo. El croquis . Madrid, n° 86_111, p. 10-30. ANO 2006. BALTAZAR, Ana. O novo paradigma na arquitetura. Vitruvius. Brasil, 025.06 . ANO 2002. BENEVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. São Paulo, Estação Liberdade, 2007 BESSARD, Charles. Ciudad Evolutiva. El croquis . Madrid, n° 173, p. 9-19. ANO 2014. CORBUSIER, Le. Por uma arquitetura. São Paulo, Perspectiva, 2009 DUARTE, Rovenir. A arquitetura contemporânea e o uso pragmático do tempo. Vitruvius. Brasil, 125.05 . ANO 2013. MONTANER, Josep Maria. As formas do século XX . Barcelona, Gustavo Gili, 2002. MONTANER, Josep Maria. Sistemas arquitectónicos contemporâneos.. Barcelona, Gustavo Gili, 2009. MORENO, Cristina Diaz. GRINDA, Efren Garcia. Redefiniendo las herramientas de la radicalidad. El croquis . Madrid, n° 111, p. 6-23. ANO 2002.
PEREIRA, José Ramón Alonso. Introdução à história da arquitetura – das origens ao séc XXI. Porto Alegre, Bookman, 2010. SPERLING, David Moreno. Arquiteturas contínuas e topologia: similaridades em processo. 2003. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2003. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-28032006-155803/>. Acesso em: 25-11-2014. http://www.big.dk/#projects . Acesso em: 10-11-2014. http://www.mmbb.com.br/projects . Acesso em: 10-11-2014 http://www.mvrdv.nl/. Acesso em: 15-11-2014