UMC UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES BIANCA DE OLIVEIRA CRESPIM RGM: 11151100619
USINA DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM
MOGI DAS CRUZES 2019
BIANCA DE OLIVEIRA CRESPIM RGM: 11151100619
USINA DE RECICLAGEM E COMPOSTAGM
Trabalho apresentado como requisito parcial da nota na disciplina de Trabalho de Conclusão
de
Curso
I,
do
curso
Arquitetura e Urbanismo apresentado.
Prof. Orientadora: Martha Lucia Cardoso Rosinha.
MOGI DAS CRUZES 2019
de
BIANCA DE OLIVEIRA CRESPIM
USINA DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM: Trabalho de conclusão de Curso I, apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para _______________.
Aprovado em........................
BANCA EXAMINADORA
_______________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence
_______________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence
_______________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Instituição a que pertence
“A arquitetura é a arte científica de fazerem estruturas expressarem ideias”. Frank Lloyd Wright
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me deu forças para enfrentar este desafio de coração aberto e poder aprender muito com ele. Dedico a minha família que me apoia e permitiu poder trilhar este longo percurso, aos meus colegas de trabalho que cooperaram agregando conhecimento técnico. À professora Orientadora Martha, pelo convívio, pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade.
Agradeço À Prof.ª Martha, que me orientou da melhor forma possível para chegar aos resultados deste trabalho.
RESUMO
O trabalho a seguir versa sobre o desenvolvimento de um projeto de arquitetura industrial de Usina de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Domiciliares, onde, para sua compreensão, foram realizadas diversas pesquisas em âmbito projetual e de legislações que direcionam e orientam seu desenvolvimento. Para isso, foi preciso definir o tema com a finalidade de distinguí-lo dos demais semelhantes e entender o objetivo desta tipologia arquitetônica e sua importância para o meio ambiente e para a sociedade, sendo relevante a elaboração de diversos estudos de caso, de insolação e ventilação; perfil dos clientes, entre outros que direcionam e limitam as ideias dando forma ao projeto e guiando a configuração dos espaços por meio de setorização, programa de necessidades, conceitos e partidos arquitetônicos.
Palavras chave: Usina de Reciclagem, Compostagem, Reciclagem Domiciliar.
ABSTRACT
The versa work is about the development of an industrial architecture project of the Recycling and Composting Plant of Household Waste. For the most part, we selected the project projects and legislation that guide their development. This is prefixing the theme of distinguishing it the too much such or precise the architectural typology and it’s important to the environment and environment, for relevant to a study, the insolation and vent; customer profile; Among others, they direct and limit the ideas giving form to the project and guiding a configuration of the spaces through sectorization, necessities program, concepts and architectural objects.
Keywords: Recycling Plant, Composting, Household Recycling.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Galpão de Biruruna ______________________________________ 30 Figura 2: Planta setorizada ________________________________________ 32 Figura 3: Administração __________________________________________ 33 Figura 4: Corte da administração ___________________________________ 34 Figura 5: Elevação adminstrativo ___________________________________ 34 Figura 6: Setor de vestiário de funcionários ___________________________ 35 Figura 7: Corte do vestiário ________________________________________ 35 Figura 8: Guarita e bazar _________________________________________ 36 Figura 9: Cortes _________________________________________________ 37 Figura 10: Galpão _______________________________________________ 38 Figura 11: Fachada centro de reciclagem Milieustraat ___________________ 41 Figura 12: Galpão preto __________________________________________ 42 Figura 13: Setorização da planta baixa_______________________________ 43 Figura 14: Planta segundo pavimento _______________________________ 44 Figura 15: Cortes ________________________________________________ 44 Figura 16: Corte setorizado ________________________________________ 45 Figura 17: Projeto CRIAR- Maquete eletrônica ________________________ 47 Figura 18: Planta Baixa ___________________________________________ 49 Figura 19: Reforma e pintura do local ________________________________ 50 Figura 20: Vista frontal ___________________________________________ 50 Figura 21: Reforma estrutural ______________________________________ 51 Tabela 4: Programa de necessidades _______________________________ 51 Tabela 5: Análise SWOT __________________________________________ 52 Figura 22: Usina de Shenzhen _____________________________________ 53 Figura 23: Perspectiva setorização __________________________________ 54 Figura 24: Setor de funcionários ____________________________________ 55 Figura: 25: Área de visitas_________________________________________ 55 Figura 26: Elevação _____________________________________________ 56 Tabela 6: Programa de necessidades _______________________________ 57 Figura 27: Entrada Loga Ambiental _________________________________ 61 Figura 28: Maquete eletrônica da unidade Ponte Pequena - LOGA ________ 62 Figura 29: Painel do procedimento de reciclagem ______________________ 63
Figura 30: Coleta subterrânea _____________________________________ 64 Figura 31: Fosso de transbordo e controle de máquinas _________________ 65 Figura 32: Fosso de transbordo/ Recebimento do lixo domiciliar ___________ 65 Figura 33: Central de controle de máquinas ___________________________ 66 Figura 34: Estoque de material a ser vendido _________________________ 67 Figura 35: Campanha Outubro Rosa ________________________________ 68 Figura 36: Macroáreas ___________________________________________ 69 Figura 37: Eixo Jacu Pêssego _____________________________________ 71 Figura 38: Mapa de São Paulo – Encontro de rios ______________________ 72 Figura 39: Arranha-céus São Paulo _________________________________ 73 Figura 40: Bairro de Itaquera ______________________________________ 74 Figura 41: Umidade Relativa do Ar __________________________________ 75 Figura 42: Rosa dos Ventos _______________________________________ 76 Figura 43: Gráfico de Temperatura __________________________________ 76 Figura 44: Gráfico de chuva _______________________________________ 77 Figura 45: Dados Demográficos ____________________________________ 78 Figura 46: Esgotamento Sanitário ___________________________________ 81 Figura 47: Arborização e Urbanização _______________________________ 81 Figura 48: Medidas do lote ________________________________________ 86 Figura 49: Árvore Eucalipto ________________________________________ 88 Figura 50: Jacarandá-paulista ______________________________________ 89 Figura 51: Árvore do brejo_________________________________________ 89 Figura 52: Insolação _____________________________________________ 90 Figura 53: Ventos _______________________________________________ 91 Figura 54: Mapa de fotos _________________________________________ 92 Figura 55: Foto Panorâmica do Terreno ______________________________ 92 Figura 56: Posto de abastecimento _________________________________ 93 Figura 57: Mobiliário Urbano _______________________________________ 93 Figura 58: Esquina ______________________________________________ 94 Figura 59: Área residencial e não residencial __________________________ 95 Figura 60: Vista dos fundos________________________________________ 96 Figura 88: Piso tátil _____________________________________________ 117 Figura 89: Escada ______________________________________________ 118 Figura 90: Escada ______________________________________________ 119 Figura 62: Arquitetura clean de forma orgânica _______________________ 121
Figura 63: Estádio de futebol com forma orgânica _____________________ 122 Figura 64: Garrafa estilizada ______________________________________ 122 Figura 65: Garrafa estilo desconstrutivista ___________________________ 123 Figura 66: Croqui de edifício tubarão _______________________________ 124 Figura 67: Croqui edifício camaleão ________________________________ 124 Figura 68: Croqui bicicleta guepardo _______________________________ 125 Figura 69: Permeabilidade visual __________________________________ 125 Figura 70: Contemplação visual de jardim ___________________________ 126 Figura 71 e 72: Garrafa pet como energia ___________________________ 126 Figura 73 e 74: Sistema de iluminação natural ________________________ 127 Figura 75: Ventilação ___________________________________________ 127 Figura 76: Sitema de resfriamento em garrafa pet _____________________ 128 Figura 77: Resfriamento simples __________________________________ 128 Figura 78: Sistema aplicado ______________________________________ 129 Figura 79: Heydar Aliyev estrutura _________________________________ 129 Figura 80: Heydar Aliyev fachada completa __________________________ 130 Figura 81: Estrutura de cobertura orgânica __________________________ 131 Figura 82: Tons claros coloridos ___________________________________ 131 Figura 83: Tons pastéis __________________________________________ 132 Figura 85: Porcelanato líquido ____________________________________ 133 Figura 86: Piso de revestimento ___________________________________ 133 Figura 87: Revestimento da Cobertura ______________________________ 134
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Programa de necessidades ............................................................. 39 Tabela 2: Análise SWOT ................................................................................. 40 Tabela 3: Programa de necessidades ............................................................. 45 Tabela 4: Análise SWOT ................................................................................. 46 Tabela 7: Análise SWOT ................................................................................. 58 Tabela 8: Subprefeituras e distritos atendidos................................................. 79 Tabela 9: Análise SWOT ................................................................................. 85 Tabela 10: EIV- Estudo de Impacto de Vizinhança ........................................107 Tabela 11: Usos para Infraestrutura ...............................................................108 Tabela 12: Usos permitido por zona ...............................................................109 Tabela 13: Parâmetros de ocupação .............................................................110 Tabela 14: Parâmetros de Incomodidade.......................................................111 Tabela 15: Dimensões de lote por zona .........................................................111 Tabela 16: Especificações de instalação por uso ...........................................112 Tabela 21: Espaço diferenciados de cadeira de rodas e pessoas obesas......116 Tabela 22: Dimensão da sinalização ..............................................................117 Tabela 23: Dimensão de rampas ...................................................................118 Tabela 24: Vagas de estacionamento ............................................................119 Figura 84: Tons coloridos fortes .....................................................................132 Tabela 17: Informações dos locais .................................................................136 Tabela 18: Composição do lixo domiciliar ......................................................136 Tabela 19: Destinação dos lixos.....................................................................136 Tabela 20: Programa de necessidades do projeto .........................................137
LISTA DE MAPAS
Mapa 1: Indicadores Sociais ........................................................................... 82 Mapa 2: Limites territoriais .............................................................................. 83 Mapa 3: Mapa 3ª do Plano Diretor Estratégico de São Paulo ......................... 84 Mapa 4: Terrenos de impantação do projeto ................................................... 87 Mapa 5: Zoneamento ...................................................................................... 97 Mapa 6: Cheios e Vazios ................................................................................ 98 Mapa 7: Gabarito ............................................................................................ 99 Mapa 8: Sistema viário ...................................................................................100 Mapa 9: Tipologia de uso ...............................................................................101 Mapa 10: Mapa de Transpote Público ............................................................102 Mapa 11: Infraestrutura ..................................................................................103 Mapa 12: Serviços semelhantes ....................................................................104 Mapa 13: Pontos de ônibus............................................................................105 Mapa 14: Estudo do Impacto de Vizinhança ..................................................106
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ______________________________________________ 17 OBJETIVO GERAL _______________________________________ 18 OBJETIVO ESPECÍFICO __________________________________ 19 JUSTIFICATIVA __________________________________________ 19 PROBLEMATIZAÇÃO _____________________________________ 21
2.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ____________________________________ 22 HISTÓRICO DO TEMA usina de reciclagem ___________________ 22 LOCAL DE IMPLANTAÇÃO ________________________________ 23 IMPORTÂNCIA DAS USINAS DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO URBANO_____________________________________________ 25 TIPOS DE USINAS DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO URBANO ____________________________________________________ 28
3.
ESTUDO DE CASO __________________________________________ 30 USINA DE RECICLAGEM DO PARANÁ - BITURUNA ____________ 30 Ficha técnica _________________________________________ 30 Descrição ____________________________________________ 32 Análise crítica ________________________________________ 40 CENTRO DE RECICLAGEM MILIEUSTRAAT / GROOSMAN ______ 41 Ficha técnica _________________________________________ 41 Descrição ____________________________________________ 42 Análise Crítica ________________________________________ 46 PROJETO CRIAR – CENTRO DE RECICLAGEM _______________ 47
3.3.2.
Descrição _______________________________________________ 48 Análise Crítica ________________________________________ 52 USINA DE COMPOSTAGEM DE SHENZHEN __________________ 53 Ficha Técnica ________________________________________ 53 Descrição ____________________________________________ 54 Análise Crítica ________________________________________ 58 ANÁLISE COMPARATIVA DOS ESTUDOS ____________________ 59
4.
VISITA TÉCNICA ____________________________________________ 60
5.
ÁREA DE INTERVENÇÃO _____________________________________ 69 CidaDe/Divisão Territorial __________________________________ 69 Histórico do Município _____________________________________ 71
Clima __________________________________________________ 75 Bairros e premissas _______________________________________ 83 Potencialidades e Fragilidades ______________________________ 85 Descrição do terreno ______________________________________ 86 Vegetação local __________________________________________ 88 Levantamento Fotográfico __________________________________ 92 Uso e ocupação do solo ___________________________________ 96 Cheios e Vazios __________________________________________ 98 Gabarito ________________________________________________ 99 Sistema viário ___________________________________________ 100 Tipologia _______________________________________________ 101 Transportes Públicos _____________________________________ 102 Equipamentos Urbanos ___________________________________ 103 Serviços Semelhantes ____________________________________ 104 Mobiliários Urbanos ______________________________________ 105 Estudo do Impacto de Vizinhança ___________________________ 106 6.
LEGISLAÇÃO ______________________________________________ 108 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÃO DE SP _________________ 113 NBR 9050 ______________________________________________ 116
7.
CONCEITO ________________________________________________ 120
8.
PARTIDO ARQUITETÔNICO __________________________________ 121 Aspecto da edificação e forma______________________________ 121 Croqui referência de forma ________________________________ 123 Permeabilidade visual ____________________________________ 125 Eficiência térmica e energética _____________________________ 126 Estrutura _______________________________________________ 129 Cores _________________________________________________ 131 Revestimento ___________________________________________ 132
9.
CONCEITO URBANÍSTICO ___________________________________ 135
10.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO _________________________ 136 Memorial de cálculo de resíduos coletados____________________ 136 Programa de necessidades ________________________________ 137 Perfil do usuário _________________________________________ 140
Setor visitação _______________________________________________ 140 Setor de operação ____________________________________________ 140
Setor de mão de obra _________________________________________ 141 Setor de limpeza _____________________________________________ 141 Setor administrativo ___________________________________________ 141 Agenciamento __________________________________________ 143 Fluxograma ____________________________________________ 145 Organograma ___________________________________________ 146 Setorização ____________________________________________ 147 11.
ANEXOS (ESTUDOS PRELIMINARES)___________________ (ANEXO) Prancha 01 - Implantação ______________________________ (ANEXO) Prancha 02 - Planta Térrea ____________________________ (ANEXO) PRANCHA 03 – Planta Primeiro Pavimento ________________ (ANEXO) PRANCHA 04 – Planta Segundo Pavimento _______________ (ANEXO) PRANCHA 05 – Planta Terceiro Pavimento ________________ (ANEXO) PRANCHA 06 – Cortes ________________________________ (ANEXO) PRANCHA 07 - Cortes ________________________________ (ANEXO) PRANCHA 08 - Elevações _____________________________ (ANEXO) PRANCHA 09 - Elevações _____________________________ (ANEXO) PRANCHA 10 - Croquis _______________________________ (ANEXO) PRANCHA 11 - Volumetria _____________________________ (ANEXO)
12.
REFERÊNCIAS ___________________________________________ 161
17
1. INTRODUÇÃO O trabalho a seguir tem por objetivo orientar a implantação de uma Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo Urbano - URCL no Município de São Paulo, e compreender os benefícios que este irá agregar à cidade. A pesquisa visa compreender a elaboração deste projeto para solucionar as questões ambientais e sociais de forma eficaz. Esta pesquisa irá fundamentar a produção do projeto com base em estudos que viabilizem o entendimento do mesmo a partir de diretrizes técnicas e conceitual. Este projeto pretende desempenhar duas importantes etapas da gestão dos resíduos: a triagem do material reciclado e a compostagem dos resíduos orgânicos produzindo energia para um empreendimento autosustentável. Seu intuito é beneficiar o meio ambiente, conscientizar a população, além de gerar empregos formais e não menos importante, tornar-se um projeto referência para facilitar a implantação desta tipologia diante do despreparo do Brasil na gestão do lixo produzido. A ideia de projetar uma usina de reciclagem e compostagem surgiu após observar que no Brasil é pouco comum se encontrar projetos do tipo. Além de sua ineficiente gestão, este é o país que mais gera lixo, por isso, não aproveitamos a oportunidade de transformar este material em algo produtivo que pode agregar de diversas formas. O lixo no Brasil ainda é visto como um problema, pois polui o ecossistema e a maior parte dele é jogada em aterros ocupando hectares de terrenos, sendo ambiente convidativo para animais e doenças. Uma usina de reciclagem e compostagem é capaz de renovar este material para ser utlizado novamente, dispensando a extração de novos recursos. Já a compostagem, é capaz de gerar energia limpa o que torna o projeto sustentável, uma vez que não será preciso utilizar energia das hidralétricas que é a principal fonte de energia no Brasil e ainda fornece um destino aos resíduos que mais poluem o lençol freático com o seu chorume.
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Os problemas encontrados para produzir este projeto estão relacionados à falta de informação, referências e até mesmo leis que conduzem sua aprovação, outro desafio encontrado para sua implantação é compreender se a frota de coleta existente é suficiente para contemplar o projeto , além disso é necessário elaborar pesquisas que possam mitigar os impactos poluidores que uma usina pode causar ao meio ambiente e seu entorno. No local onde será implantada a Usina está bem localizada entre eixos viários importantes que cortam a zona leste, o que contribuirá para a coleta seletiva dos materiais, além de ser de fácil acesso aos trabalhadores, estando em um importante eixo de incentivo previsto no Plano Diretor estratégico de São Paulo. A usina pode trazer diversos benefícios para São Paulo, sendo este, um dos maiores produtores de lixos domiciliares visto que é uma oportunidade de criar uma melhor gestão dos resíduos sólidos e aperfeiçoar as questões sociais e ambientais da população favorecida. Este projeto é importante como forma de conscientizar a população e reestabelecer o equilíbrio ecológico do meio. Em suma, é correto afirmar que um projeto de uma Usina de Reciclagem com biodigestor de resíduos sólidos tem uma complexidade que demanda diversos estudos para sua viabilidade e que estes estudos devem ser bem fundamentados, uma vez que, estão interligados em uma linha de raciocínio que orienta o processo de elaboração do projeto.
OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho é criar uma usina de reciclagem de lixo que em conjunto com um biodigestor de resíduos, tem função de coletar lixo e reciclá-lo e o biodigestor, usa o material orgânico para produzir energia e tornar a usina de reciclagem autosustentável. Desta forma, o projeto propõe acabar com o descarte de materiais em aterros sem um tratamento adequado diminuindo a extração de recursos naturais.
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OBJETIVO ESPECÍFICO
O objetivo que deve ser alcançado com esta proposta é a transformação do que antes era apenas lixo em energia limpa que abasteça a Usina de Reciclagem através do biodigestor. A separação dos resíduos domésticos será feita na usina, que tem a função de fazer a triagem dos materiais e sua preparação para voltar ao mercado, com parceria de empresas que utilizem os materiais recicláveis. Além de reciclar e beneficiar o meio ambiente, o projeto visa a geração de empregos na região carente e distante do eixo de estruturação urbana, eixo este onde está locado a maior oferta de trabalho. Portanto, o benefício proporcionado pela usina irá diminuir o longo deslocamento deste público ao seu local de trabalho, sendo este um dos maiores desafios de quem mora distante do centro de São Paulo. Implantar cultura da responsabilidade ambiental é missão importante deste projeto oferencendo incentivos para que as pessoas colaborem com a reciclagem. O projeto tem o intuito de se tornar um modelo, uma vez que, apenas 3% do lixo produzido no Brasil é reciclado, sendo este o país que mais gera lixo mesmo com o crescimento da conscientização ao longo do tempo, segundo PAIVA, Roberto em publicação no “Jornal Hoje” em 08 de Abril de 2015. E por fim, além de ser uma usina modelo de reciclagem, a finalidade de ser paradigma de autosustentabilidade e rentabilidade.
JUSTIFICATIVA
O projeto justifica-se pela necessecidade de haver um modelo que traga uma tecnologia que em outros países já é muito comum, e que, no Brasil, é pouco utilizada e conhecida.
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O Brasil e principalmente São Paulo, é um dos maiores produtores de lixo e com seu baixo índice de reciclagem deste material é que vemos o quão importante é comerçarmos a projetar pensando na reutilização dos materiais que são descartados. Além de que o Brasil possui uma extensa mata que está sendo devastada ao longo dos anos para a extração de seus recursos, prejudicando assim, o meio ambiente. Atualmente no nosso país, a maior fornecedora de energia são as hidrelétricas e éstas apesar de não poluirem o meio ambiente significativamente, modificam o meio natural o que de certa forma implica no desequilíbrio da natureza. O biodigestor tem como objetivo produzir uma energia limpa sem modificar o perfil natural do meio, que pelo contrário tem a intenção de recuperar áreas degradadas. A princípio a energia produzida irá abastecer a própria usina reduzindo os gastos, visto que, afirmação pode ser contemplada no discurso a seguir:
O retorno financeiro de uma usina é nulo. Não há nenhuma usina brasileira que seja, sequer, auto-sustentável. A receita da usina de Vitória, ES, por exemplo, cobre apenas 30 % de suas próprias despesas (BLAUTH E GRIMBERG, 1998, pg 16)
Diante deste relato, podemos notar que este é um dos motivos pelos quais não há incentivo público para a criação deste tipo de projeto, em virtude de que para o governo este tipo de empreendimento traz muitos gastos e poucos retornos em questão financeira, sendo que no Brasil, a maioria das usinas de reciclagem são de pequeno porte e atendem uma pequena parte da população, não sendo um investimento rentável. Outra justificativa para a implantação deste projeto é sua importância para servir de exemplo como projeto sustentável, já que há uma carência deste tipo de projeto, pois deve ser de iniciativa público/privada, segundo o Decreto 57328/16 da lei de Parcelamento de Solo 16.402/16 a usina e o biodigestor se encaixam em INFRA de Infraestrutura, que são projetos de infraestrutura urbana que devem estar previstos em leis municipais e regionais para sua implantação. Sendo assim, é um projeto de iniciativa pública de economia mista.
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PROBLEMATIZAÇÃO
As problemáticas encontradas para este projeto são diversas, incluindo sua complexidade de desenvolvimento, além dos impactos gerados durante o procedimento. Devido a liberação de gases, o projeto deverá mitigar e até mesmo reverter os gases gerados tornando-os beneficentes para melhorar a qualidade das matas no entorno. A coleta do material é outra questão a ser pensada, visto que, em São Paulo há duas empresas responsáveis pela coleta e destinação em aterros dos resíduos, sendo estas: LOGA (Logística Ambiental de São Paulo), que atende 13 subprefeituras em noroeste do Município e a empresa ECOURBIS que atende 19 subprefeituras na região sudeste, portanto, será preciso estudos para averiguar se a frota existente é suficiente para atender o perímetro ou se é melhor cogitar a viablização de uma nova frota de caminhões de coleta. Outra problemática para o desenvolvimento deste projeto será encontrar as leis que regem estas duas tipologias, já que no Brasil não é muito comum e tendo em vista que, este projeto é de iniciativa público/privada de infraestrutura urbana que depende da proposta estar prevista em planos regionais, planos municipais, plano municipal de saneamento básico e plano plurianual de orçamento. O local de impantação do projeto é um outro desafio, dito que, não há uma zona específica para sua implantação sendo essenciais estudos de viabilidade e necessidade que justificariam sua implantação, sendo preciso que estes passem por uma comissão de aprovação perante a prefeitura de São Paulo por órgão competente.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
HISTÓRICO DO TEMA USINA DE RECICLAGEM
Para melhor fundamentar a elaboração de um projeto de uma Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo Urbano, foram desnvolvidas pesquisas não apenas projetuais como também concepções de grandes ambientalistas e pesquisadores
a
cerca
do
assunto
que
inevitavelmente
voltam-se
predominantemente para as questões ambientais. Para compreendermos o surgimento das Usinas de Reciclagem e Compostagem de Lixo e como estas chegaram ao Brasil, precisamos entender um breve histórico da evolução da consciência da preservação dos recursos naturais. Desta forma, vamos conseguir entender o motivo pelo qual surgiu a necessidade da implementação deste tipo de projeto. Por isso, esta pesquisa irá descrever os movimentos ambientalistas até chegar aos dias de hoje. A consciência ambiental surgiu na Europa em meados de 1968 com um movimento de um grupo denominado Clube de Roma que tinha preocupação com o meio ambiente. Em 1972, o clube lançou um polêmico relatório chamado “Os limites do crescimento” que alertava sobre a questão. O Brasil foi pressionado por seus investidores internacionais a aderir ao movimento ambientalista na década de 70 pois era um dos países com maior degradação e exploração do meio ambiente. Em decorrência disto, a Constituição Federal do Brasil de 1988, foi a primeira do Brasil a incluir um capítulo para questões ambientais que garante que todo o cidadão tem o direito de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. A conferência internacional da Organização das Nações Unidas “ONU”, foi criada em 1972 e uniu 113 países desenvolvidos e em desenvolvimento, além de 250 organizações não-governamentais que, juntos, pressionaram todos os países à conscientização de que o homem estava degradando a natureza e obrigaram os países a criarem leis e diretrizes a nível Federal, Estadual e Municipal para preservar o meio.
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A partir deste breve histórico podemos pontuar o momento em que surgiu a preocupação com o meio ambiente e o momento em que o Brasil entrou para o movimento. Desde então foram criadas as leis e projetos para tal, dentre eles surgiram as usinas de reciclagem e compostagem dos resíduos gerados pelo homem.
A partir do final da década de 70, as primeiras ações de reciclagem de lixo associadas a programas de coleta seletiva começaram a surgir no país, sendo que a prefeitura de Pindamonhangaba, no Estado de São Paulo, foi pioneira com uma experiência implantada em 1978, e a coleta era realizada com apoio de charretes à tração animal. (JUNKES, 2002, p.35)
O sistema de usinas de reciclagem desde então tem sido importante para reduzir a poluição e por isso a repercursão internacional desta tipologia é muito grande e sua utilização é imprescindível para o bom desempenho do município como um todo.
LOCAL DE IMPLANTAÇÃO
Por ser o maior gerador de resíduos do Brasil devido sua grande população o local escolhido para a implantação do projeto em São Paulo, está em uma área onde estão previstos incentivos urbanísticos para geração de empregos e recuperação das Zonas Industriais. Segundo o PDE (Plano Diretor Estratégico) do Município de São Paulo, as ZPIs (Zonas Predominantemente Industriais) passaram por intensas transformações nas últimas décadas, no entanto, ainda são de extrema importância na estrutura produtiva paulista. Estas zonas foram reprogramadas prevendo a manutenção das atividades industriais gerando empregos. O local de implantação foi escolhido dentre outros motivos por estar situado em uma zona de eixo de estruturação o “Eixo Jacu Pêssego”, que está alocado ao
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longo da Avenida Jacu Pêssego, importante via que liga toda a zona leste de São Paulo no sentido norte e sul ligando a Av. Dr Luiz Aires sentido leste/oeste. Sua localização neste eixo é importante, pois para este tipo de Usina que visa fazer a coleta seletiva da região leste de São Paulo estar em vias importantes de acesso, facilitando na coleta. Este eixo Jacu Pêssego está no PDE e prevê incentivos urbanísticos diversos para esta região, incluindo a criação de vias, ciclovias e principalmente vias exclusivas de ônibus prevendo empreendimentos que gerem emprego nesta carente região que é a zona leste. Desta forma, a usina que é acessível não apenas para a coleta feita pelos caminhões, bem como, para os trabalhadores. Este é um importante ponto para se discutir, uma vez que, São Paulo tem um histórico de gentrificação que afastou a população de baixa renda do centro que por sua vez é a região com maior oferta de emprego e esta foi se afastando para as bordas do município e a maior concentração de pessoas se deslocou para a zona leste. Sendo assim, a infraestrutura é escassa e principalmente o acesso, onde a maioria passa horas em conduções para chegar ao trabalho. Como dito o projeto será implantado em uma Zona Predominantemente Industrial, visto que, não pode estar muito próximo às residências. Na região há apenas em uma pequena parte ao longo da Avenida Jacu Pêssego, com a ZPIs, sendo que as demais estão longe da zona leste de São Paulo. Um dos grandes problemas enfrentados na coleta seletiva, segundo Zelda Mello (2019), é que quase um terço do município de São Paulo não tem coleta seletiva, por diversos motivos dentre eles o mais comum é a inviabilidade de acesso dos caminhões de coletas em ruas estreitas ou regiões perigosas. Tendo isto, os moradores devem descartar os lixos em caçambas ou pontos de coleta seletiva. Na usina para a conscientização de alunos e interessados será proposta salas que conscientizem a população e instruam sobre a importância dos resíduos na vida humana como objeto de transformação, no entanto, há ainda problemas de certa falta de interesse da população em buscar essas informações.
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Mais grave, porém, que todos estes aspectos operacionais, é o fato de que a instalação de uma "usina de lixo" numa cidade não contribui para uma reflexão em torno do desperdício e da geração de resíduos. Pelo contrário, alivia a consciência da comunidade, que se sente no direito, graças à nova parafernália tecnológica, de consumir livremente e descartar tudo aquilo que não quer mais” (BLAUTH E GRIMBERG, 1998, pg 16)
Visto isto, o intuito do projeto é utilizar o catador de recicláveis como principal mediador da conscientização da população, tendo este um contato direto com as pessoas e dar a ele um papel importante e de reconhecimento na cidade, já que estes são desprezados por muitos pelo trabalho que exercem. O projeto em parceria com estes agentes, busca viabilizar o acesso a coleta seletiva nestes locais, oferecendo um transporte que possa acessar com maior conforto para ele e os moradores da região. Embora a conscientização na indústria seja importante para visitantes vemos que há a necessidade de levar a conscientização até a população por outros meios. Portanto, é preciso um projeto social com a famosa “boca a boca” e com as mídias que podem colaborar no processo.
IMPORTÂNCIA DAS USINAS DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO URBANO
O aumento na geração dos resíduos está ligado diretamente ao crescimento populacional com um consumismo desenfreado impulsionado por uma indústria que visa lucrar com produtos de pouca durabilidade para que sejam constantemente substituídos por novos produtos. Desta forma, o lixo tornou-se um grande problema, e é definido da seguinte maneira:
Pode-se definir uma URCL como sendo um centro de triagem e compostagem dos resíduos sólidos urbanos... O crescimento populacional, o excesso de consumo, o desperdício inconseqüente e o desenvolvimento
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industrial têm contribuído para o aumento da quantidade de resíduos sólidos gerados. Conseqüentemente os resíduos sólidos, sob forma de lixo urbano, vêm se tornando um problema de difícil solução para a maioria dos municípios brasileiros e um grave problema sanitário e ambiental para a população. Segundo BAPTISTA, p.119, (2001).
No Brasil, os resíduos gerados são pouco aproveitados e vemos ainda a falta de incentivos pelo governo em relação à construção de projetos que visem a reciclagem e renovação destes elementos. Esta tese é reforçada na citação a seguir evidenciando a importância desta tipologia arquitetôncia sendo considerada a melhor opção para o tratamento dos lixos.
Do ponto de vista social e ambiental, a instalação de Usina de reciclagem e compostagemde lixo, associadas a programas de coleta seletiva de lixo, é considerada a melhor aternativa em função da esgotabilidade das áreas físicas destinadas aos lixões dos pequenos centros urbanos. Infelizmente, o que muito nos entristece e preocupa, é o descompromisso político que permeia esta questão, comprometendo a continuidade do funcionamento dessas unidades de tratamento. (TAAMONI e SAMPAIO, 2003, p.64).
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, há no Brasil leis em âmbito Federal, Estadual e Municipal acerca de assuntos ambientais, vinte anos após a conferência com a ONU (Organização das Nacões Unidas) o país implementou o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, no qual são dadas diretrizes para a implantação de soluções para a gestão de resíduos como as Usinas e centros de reciclagem. Entretanto, há uma ausência de normativas que instruem a construção física de uma Usina deste tipo como há, por exemplo, no PDE, os quadros que determinam gabarito de altura, recuos entre outros que orientam a elaboração dos projetos. De acordo com o PDE, a apreciação deste tipo projeto quando não estiver previsto em Planos Regionais ou Municipais deve ser analisado pelo CTLU (Câmara Técnica de Legislação Urbanística) que determinam as diretrizes técnicas a serem seguidas como previsto no Decreto 56.258/16, Art 5° inciso I, diz que a CTLU deve analisar casos não previstos e dirimir dúvidas na aplicação do Plano Diretor Estratégico e da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
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Rildo Pereira e Francini Imene (2014), descreve que 50% dos lixos coletados tem destino inadequado, sendo este os aterros. Seu descarte incorreto causa poluição e contaminação do meio ambiente, de cursos d’água e lençóis freáticos que acabam sofrendo com o chorume tóxico resultante dos resíduos sólidos, este é o principal motivo pelo qual hoje vem sendo muito discutido a gestão dos resíduos sólidos no Brasil. É fato que a divulgação nos meios de comunicação é muito importante e tem grande influência sobre a população, os grandes feitos realizados na história da educação ambiental tiveram enorme repercursão na mídia, além da pressão para não ser visto como incoerente e irresponsável com o meio que nos fornece o material para a própria sobrevivência. Contudo podemos observar que as leis ambientais funcionam melhor em um sist/ema de imposição, onde as pessoas e empresas sintam a obrigação de cooperar ou seja, de modo concreto é basicamente quando são aplicadas multas ou sansões penais, muitas são levadas pela satisfação pessoal em colaborar com uma causa nobre que satisfaça seu ego, mas a maioria é tomada pela consciência de querer um mundo melhor para todos. Sendo assim, aquele que não respeita é criticado por aqueles que aprenderam a respeitar, criando um ciclo de conscientização compartilhada. Exemplo disto é a Alemanha, o país com melhores resultados de reciclagem e população consciente de que a poluição só gera malefícios a eles mesmos. O correto descarte do lixo foi uma medida adotada há muito tempo em todas as leis no país, onde aqueles que têm atitudes incoerentes ao sistema são punidos com multas, contudo, com o passar do tempo poluir não é uma prática comum e é até vista como de falta de educação por todos. O procedimento de reciclagem começa na casa de cada cidadão, onde os lixos são descartados em três diferentes lixeiras, desta forma, os caminhões de coleta seletiva podem ter uma melhor separação dos lixos para quando chegarem às usinas.
A reciclagem já é utilizada no Brasil e em várias partes do mundo pelas indústrias de transformação, aonde um programa bem conduzido tende a desenvolver na população uma nova mentalidade sobre questões que
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envolvem a economia e a preservação ambiental, o cidadão acondicionando corretamente o lixo de sua residência passa a se colocar como peça integrante de todo um sistema de preservação do meio ambiente bem maior. JUNKES, p.35, (2002).
Os autores descrevem a poluição como uma preocupação que existe há muito tempo e que a responsabilidade é do homem, e, com o crescimento populacional a geração de lixos só aumenta a cada ano e que a solução mais viável e eficaz para acabar com esta situação são as usinas de reciclagem e compostagem, além da conscientização humana através dos meios de comunicação e da responsabilidade ambiental.
TIPOS DE USINAS DE RECICLAGEM E COMPOSTAGEM DE LIXO URBANO
A usina de reciclagem é uma edificação cuja tipologia visa o tratamento dos resíduos domésticos produzidos por atividade humana, e objetiva sua reciclagem ou reutilização para diminuir a poluição do meio ambiente e urbano. Os resíduos não tratados causam imensa degradação do meio e, portanto, a reciclagem é necessária, sendo forma alternativa de reduzir a utilização dos recursos naturais que são explorados para satisfazer as necessidades de consumo desenfreadas de produtos que julgamos indispensáveis para a população. A reciclagem está sendo estimulada atualmente no Brasil, pois a falta de conscientização
induziu
a
uma
catástrofe
onde
sentimos
os
efeitos
do
desmatamento e poluição no nosso dia a dia, com as mudanças climáticas bruscas e degradação do ambiente. Ainda são necessários investimentos em novas tecnologias que visem a preservação dos recursos e sua reutilização uma vez que estes não são infinitos. A usina de reciclagem complementada com o biodigestor de resíduos orgânicos, é um sistema que tem como principal objetivo tratamento do lixo orgâncio
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e reciclável como consumo de produtos e embalagens diversas e os resíduos orgânicos de cozinha. O orgânico é geralmente descartado em aterros como rejeitos no Brasil, que são os lixos não tratáveis, mas isto ocorre pelo despreparo em lidar com as novas tecnologias que possibilitam a transformação deste material em energia ou gás de cozinha. Como citado acima os resíduos manejados serão resíduos domésticos que são classificados como:
Lixo orgânico é aquele que tem origem em seres vivos, sejam animais ou vegetais. Incluem-se restos de alimentos, folhas, sementes, papéis, etc. Lixo inorgânico é o material que não possui origem biológica e que foi produzida pelo trabalho humano, como vidro, metal, plástico, etc. A particularidade do lixo inorgânico, que o faz inconveniente em especial, é o fato de ele demorar para se decompor - às vezes centenas ou milhares de ano, caso não haja um tratamento prévio. Lixo domiciliar é o orgânico e inorgânico, produzido em todos os lares, em quantidade proporcional ao consumo de alimentos e produtos em geral. (KELLER e CARDOSO, 2014, pg 57)
Basicamente esta tipologia arquitetônica faz uma triagem dos diferentes tipos de materiais que serão processados separadamente e os destinam à trituração ou prensagem. Os materiais orgânicos são destinados ao pátio de compostagem onde é produzida a energia e seus rejeitos são comercializados como adubo fertilizante. O projeto será composto basicamente por três setores, sendo estes: setor adiministrativo, setor operacional e pátio de compostagem. Os principais ambientes da usina são: um galpão com grande espaço e vão livre, área de recepção dos resíduos, esteira para separação dos materiais recicláveis, estoque de materiais recicláveis, salas administrativas, área de manobra de caminhões, área de estoque de produtos, área de prensagem ou trituração dos materiais.
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Já o pátio de compostagem deve ser uma grande área com estoque de resíduos sólidos, com biodigestores anaeróbios, área de peneira rotativa, área de embaladora dos adubos produzidos derivados da compostagem. Em suma, o projeto de usina e biodigestor de resíduos tem o objetivo de reciclar os materiais e devolvê-los às indústrias substituindo a necessidade de extrair mais recursos naturais e, desta forma, diminuir a degradação do meio ambiente e tornar os recursos renováveis em um ciclo contínuo.
3. ESTUDO DE CASO
USINA DE RECICLAGEM DO PARANÁ - BITURUNA
Ficha técnica Figura 1: Galpão de Biruruna
(Fonte: : Adaptado/ Central de Traigem, 2018 – Quadros)
Localização: Curitiba, PR - Brasil Ano: 2013 Autor: Ministério Púlico do Paraná Área: Aprox. 72 m²
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O projeto é uma hipótese desevolvida em cima de um galpão existente na cidade em Bituruna que se tornou uma oportunidade pelo Ministério na criação um caderno técnico de especificações que orienta este tipo de construção. O caderno foi elaborado pelas equipes técnicas formadas pelos técnicos: Carlos Renato Garcez do Nascimento Ellery Regina Garbelini Luciane Maranhão Schlichting de Almeida Paula Broering Gomes Pinheiro Reginaldo Joaquim Souza Vinicio Costa Bruni Estagiários Amanda Manicka João Pedro Bazzo Vieira Lívia Helena de Lima e Silva. O projeto é setorizado contendo cinco módulos, sendo eles divididos em: administração, vestiários, guarita e bazar, refeitório e barracão. Todos os espaços fotam adaptado de um galpão com dimensões de 72 m². No projeto foi proposto um telhado verde observando o conforto térmico devido a variação climática do local, e foram dispostas caixas d’água para armazenar água por três dias visto a falta de abastecimento público que eventualmente ocorre na região. O conceito deste projeto é fornecer à Curitiba um sistema de coleta e destinação dos resíduos urbanos gerados e controle da poluição e contaminação visando diminuir os impactos que o lixo pode causar. Sua implantação foi pensada prevendo um menor custo com a obra, além da sustentabilidade, acessibiidade e manutenção de forma prática e com bom custo-benefício. Para tal o projeto foi feito com base em Leis vigentes do Plano Diretor do Município em conjunto com o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos que orientam o projeto a ser construído distante de nascentes, cursos d’água e fundos de vale ou mananciais e que esteja preferencialmente em locais industriais de fácil acesso, evitando bairros residenciais e centros e regiões muito populosas. As diretrizes para implantação desta usina foram as seguintes: observar o zoneamento vigente no Plano Diretor Municipal a fim de escolher o terreno onde será implantado o CTC. Em caso de ausência desse e inexistência de indicações na Lei Orgânica do Município, recomenda-se observar os seguintes critérios:
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•
O local deve ser longe de nascentes, cursos d’água, fundos de vale, mananciais e vegetação nativa;
•
Dar preferência a regiões industriais;
•
Evitar
bairros
residenciais
–
principalmente
de
grande
densidade
demográfica; •
O lote deve ser afastado do centro urbano, mas com infraestrutura viária para fácil acesso ao local;
Descrição Figura 2: Planta setorizada
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
O projeto consiste em um local com um grande barracão em roxo, e grande estacionamento
para
caminhões
com
pátio
de
manobra,
ao
lado
deste
estacionamento está um estacionamento para ônibus, visto que, o projeto contém um bazar em azul escuro e é espaço para visitações. Atrás do balcão há um pátio de manobras junto à área de compostagem de resíduos orgânicos e um estacionamento menor para os funcionários. As áreas
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próximas ao estacionamento de funcionários são os vestiários em azul claro, a adiministração em vermelho e refeitório em laranja, pois devem ser de fácil acesso e distantes do galpão. O bazar foi alocado próximo ao estacionamento de visitantes junto à cabine da guarita que controla o acesso aos veículos. O espaço é bem distribuído em setores que se interligam devido ao processamento dos materiais que basicamente chegam à estação de tratamento por caminhões de coleta e são levados ao galpão. Poteriormente são triados e levados para compostagem ou são destinados à prensa e logo após aos caminhões que o destinam às empresas que compram o produto. Figura 3: Administração
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
Na figura acima está a planta do setor adiministrativo com sala adiministrativa, secretaria e recepção, sanitário PNE, copa de funcionários e, em azul, está descrita a área de expansão onde será feita uma sala de reunião de funcionários.
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Figura 4: Corte da administração
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
No corte é possível identificar a sala adiministrativa, secretaria/espera e sala de reunião. Nota-se que há uma cobertura verde onde será feito o controle térmico da edificação, como citado anteriormente. Figura 5: Elevação adminstrativo
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
A elavação acima contém as vistas da edificação onde fica o setor administrativo onde podemos notar que uma rampa de adaptação à acessibilidade e o telhado verde. Todas as edificiações por motivos de acessibilidade e custo serão térreas.
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Figura 6: Setor de vestiário de funcionários
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
Neste setor a planta baixa especifica a divisão dos vestiários masculino e feminino que suportam até 24 funcionários e tem opção de sistema estrutural de pinus ou eucalipto roliços. Com uma área de lavagem, sanitários e área para troca de roupas. Figura 7: Corte do vestiário
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
No corte acima podmeos notar que estão alocadas as caixas d’água em cima da área com pias proporcionando um pé-direito mais baixo do que nas áreas de sanitários, este espaço também é coberto por telhado verde.
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Figura 8: Guarita e bazar
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
A planta baixa acima mostra a distribuição do bazar onde a guarita está posicionada para a entrada de veículos e acima há um depósito para abastecer o bazar que fica ao lado. Este bazar tem acesso pela rua e pelo estacionamento de ônibus de passeio.
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Figura 9: Cortes
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos HĂdricos)
No corte da guarita e bazar vemos um detalhe do telhado levemente inclinado e com cobertura verde, assim como todos os outros prĂŠdios.
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Figura 10: Galpão
(Fonte: Adaptado/ Meio Ambiente – Centro de Triagem, 2013 - Secretaria Estadual Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos)
O galpão como podemos ver na imagem acima tem uma área de recebimento dos resíduos feito por caminhões diretamente aos funis que levam o lixo às esteiras de separação. Há uma área destinada a pesagem dos materiais e prensas para os materiais como pet. As baias de compostagem ficam logo atrás sendo acessadas por rampas para o tratamento dos resíduos orgânicos.
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Tabela 1: Programa de necessidades PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTES Sala administrativas Secretaria/ Recepção
ADM Depósito/Copa Sala de reunião Vestiário feminino Vestiário Masculino VESTIÁRIOS Banheiro Feminino Banheiro Masculino Refeitório para refeições
REFEITÓRIO
Bazar Depósito
GUARITA/BAZAR
Guarita Área de triagem Área de prensagem Baia de Compostagem BARRACÃO Recebimento Balança Expedição Estacionamento funcionários ESTACIONAMENTO
Estacionamento de visitante Estacionamento caminhões de coleta
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
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Análise crítica
Tabela 2: Análise SWOT ANÁLISE SWOT FATORES INTERNOS
FATORES POSITIVOS
FATORES NEGATIVOS
Acessibilidade
Projeto adaptado
Incentivo de conscientização
Ruídos e odores Humanização
Pé direito duplo Projeto referência FATORES EXTERNOS
Gerar empregos
Vias de acesso
Orienta a implantação
Falta de incentivo do governo
Diminui a poluição
Diretrizes/Leis
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
É possível notar que mesmo um projeto desenvolvido por um órgão público encontra dificuldades em definir exatamente as legislações e diretrizes a se seguir para a construção de usinas de reciclagem e compostagem de resíduos urbanos. Portanto, para melhorar esta orientação na cidade, eles previram a reforma de um galpão já existente e vemos que é muito comum o despreparo dos órgãos em elaborar uma fórmula específica para criar um projeto que não seja adaptado, mas sim relamente coerente com as funções que o espaço irá exercer. A distribuição dos espaços foi bem planejada apesar de se tratar de um espaço adaptado, vemos que foi pensada a circulação entre os setores, ligando os mais restritos de acesso dos funcionários próximo ao estacionamento de funcionários, e o acesso de ônibus de visitante próximo ao bazar. Entretanto é possível identificar uma falha neste sistema uma vez que o lote só é acessado por uma via, e na mesma é feito acesso público e de funcionários, devendo este ser separado do acesso de veículos de coleta seletiva.
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O conceito de projeto criando rampas para melhorar a acessibilidade foi pensada devido as diferenças de nível do terreno, que podemos notar que não é totalmente plano. Portanto, foram feitos alguns estudos que ajudam na elaboração de um projeto mais adequado, no entanto, não tão específico como deveria.
CENTRO DE RECICLAGEM MILIEUSTRAAT / GROOSMAN
Ficha técnica Figura 11: Fachada centro de reciclagem Milieustraat
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
Localização: Dordrecht, Holanda Ano: 2012 Autor: Arquiteto Groosman Área: Aprox. 3.000 m²
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O projeto acima Milieustraat criado é um projeto assim como os demais analisados é proveniente de uma adaptação e reutilização de um espaço já existente de galpão. Seu principal onceito é ser um galpão sustentável e que sua utilização seja rentável, e que possa ser facilmente desmontada caso o projeto tenha que ser deslocado para outro local ou ganhe outra função. Esta ideia foi possível através de um sistema chamado IFD (Industria, flexível e desmonstável) este edifício logo demonstra que sua intenção é uma ser reutilizada futuramente e que sua adaptação se faz através da necessidade do uso da edificção naquele espaço.
Descrição Figura 12: Galpão preto
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
A estação de relatórios é este bloco (figura 12) em vermelho, que se destaca dos demais galpões em preto, porque nele se faz a entrada para os galpões pretos que são interligados entre si, com grandes portas para o abastecimento dos diferentes materiais coletados. Nesta usina são reciclados materiais de grande porte que são descartados pela população.
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Neste galpão as entradas de caminhões são feitas ligando o tipo de material ao número da porta, sendo que cada galpão tem sua área administrativa e área de funcionários.
Figura 13: Setorização da planta baixa
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
Na planta acima setorizada em roxo claro está a área de armazenamento dos resíduos, os quadros representam o volume dos materiais como banheiras de hidromassagem, equipamentos de varrição entre outros. Em vermelho estão as circulações verticais onde a do centro é uma escada e na ponta fica um elevador. Em azul, está o vestiário feminino e masculino e, em roxo escuro, fica o setor de acesso de funcionários, sendo este tanto administrativo, refeitórios e copa ao lado da escada, onde podemos ver a pia para acomodação dos funcionários.
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Figura 14: Planta segundo pavimento
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
Os galpões têm o pé direito duplo e, por isso, tem acabamento igual com relação a fachada, visto que há um segundo pavimento de setor administrativo e de acesso exclusivo de funcionários. Desta forma, os funcionários podem acompanhar as funções, tendo a vista por cima do galpão. Figura 15: Cortes
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
Nesta imagem acima podemos ver como funciona a estrutura dos galpões, sendo sua estrutura metálica e curva em certo ponto. Podemos ver um grupo de três galpões iguais e um maior que que se difere dos demais, sendo este o galpão de relatórios, por onde é feita a entrada principal como mostrado na (figura 15) em vermelho.
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Figura 16: Corte setorizado
(Fonte: ArchyDayli – Centrod e Reciclagem, 2016 - Dalaqua)
Neste corte setorizado vemos a distribuição dos setores corretamente, notamos a área de armazenamento dos materiais em roxo claro com pé direito duplo, as áreas de vestiário em azul claro, a circulação vertical de escadas em vermelho e as áreas de acesso de funcionários como administração e serviços em roxo escuro. Os eixos na imagem esclarecem a sessão de pilares que, como mostrado acima, tem um padrão de distanciamento, facilitando seu método de implantação por ser pré moldado. Tabela 3: Programa de necessidades PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTES Sala administrativas Secretaria
FUNCIONÁRIOS Copa de funcionários Sala de reunião Vestiário feminino Vestiário Masculino VESTIÁRIOS Banheiro Feminino Banheiro Masculino CIRCULAÇÃO
Elevador
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Escada Bazar Depósito
GUARITA/BAZAR
Guarita Área de triagem GALPÃO
Recebimento Balança Estacionamento funcionários
ESTACIONAMENTO Estacionamento caminhões de coleta (Fonte: Autoria Própria, 2019)
Análise Crítica
Tabela 4: Análise SWOT ANÁLISE SWOT FATORES INTERNOS
FATORES POSITIVOS
FATORES NEGATIVOS
Acessibilidade
Projeto adaptado
Circulação
Ruídos e odores Ruídos e odores
Pé direito duplo Estética FATORES EXTERNOS
Gerar empregos
Gerador de trânsito
Incentivo da população
Falta de incentivo do governo
Estrutura desmontável
Diretrizes/Leis
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
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Mais uma vez vemos que mesmo em nível internacional não há uma maneira certa com diretrizes específicas que orientam este tipo de projeto. O projeto como dito foi uma adaptação de um espaço que recebeu estrutura desmotável para sua fácil montagem e desmontagem, visando modificações futuras caso necessário, ou até mesmo um desmanche total da mesma. Mesmo adaptada, notamos um melhor preparo da estrutura montada que previu os espaços de galpão separados dos espaços de funcionários, no entanto, estes se encontram dentro de um mesmo local; provavelmente os ruídos gerados neste local é incomodo aos funcionários e por este motivo a área de descanso e convívio poderia ser pensada visando um melhor conforto dos usuários.
PROJETO CRIAR – CENTRO DE RECICLAGEM
3.3.1. Ficha Técnica Figura 17: Projeto CRIAR- Maquete eletrônica
(Fonte: Amunes – Projeto Criar, 2013 – Secretaria Municipal de Linhares)
Localização: Linhares, ES - Brasil Ano: 2013
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Autor: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Naturais. Projeto elaborado pela empresa KUBITZ. Área: 3.336m², sendo 2.700m²
O estudo de caso acima está localizado no Bairro Aviso em Linhares, Espírito Santo, no Brasil. onde foi desenvolvido com parcerias privadas como da Coca-cola, Leão Alimentos e Bebidas do Brasil e Vital Engenharia Ambiental. O projeto foi elaborado pela KUBITZ, soluções sociais e ambientais. O projeto recebeu este nome CRIAR sendo (Centro de Reciclagem, Inovação, Aprendizagem e Renovação), que tinha o objetivo de cadastrar os catadores que dependiam da renda dos materiais reciclados, reduzir o número de lixo levado aos aterros sanitários e servir de modelo para a região. Um dos principais objetivos era reduzir o uso de aterros, pois a região é carente de bons terrenos para implantação de outros projetos, já que, geralmente estes locais de despejo de lixo são grandes, podendo ocupar hectares. Este projeto foi feito com base nos dados do IBGE 2010, onde estima que aproximadamente 150 tonaladas de resíduos eram produzidos por 157.814 habitantes por dia na região que eram trasnportados a aterro em Cariacica, já que em Linhares não há aterros.
3.3.2.
Descrição
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Figura 18: Planta Baixa
(Fonte: Amunes – Projeto Criar, 2013 – Secretaria Municipal de Linhares)
Na planta acima vemos que onde estão os caminhões é a a área de recepção dos resíduos, em amarelo e que estes são colocados em uma sala e posteriormente conduzidos às esteiras de triagem em roxo. Após a triagem, os resíduos podem ser levados à área de prensagem em azul claro ou área secundária de triagem; e depois deste procedimento, são levados ao armazenamento em vermelho para serem despejados em caminhões novamente na área de carregamento. Os rejeitos dos resíduos são levados à saída de rejeito. Na planta apresentada vemos que o que a compõe são os maquinários pesados que dividam os setores do processo, e assim como este, a maioria dos projetos
de
reciclagem
são
adaptados
de
galpões
sem
ser
projetados
especificamente para a função que irá exercer. O intuito do projeto era criar um projeto piloto que conforme sua necessidade pudesse ser expandida ou até mesmo feita outros centros para atender outras regiões de forma gradativa, conforme sua viabilidade social e econômica.
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Figura 19: Reforma e pintura do local
(Fonte: Amunes – Projeto Criar, 2013 – Secretaria Municipal de Linhares)
O local passou por reforma, uma vez que, era apenas um antigo galpão adaptado para ser tornar um centro de triagem de reciclagem de materiais. Na imagem acima havia sido feita sua tintura em tons de azul, que delimitam os espaços conforme mostrado em planta baixa. O que impressionou os criadores do projeto foi que, apesar de ser uma proposta pública, eles sentiram muito interesse na participação da comunidade em fazer parte desta iniciativa, mostrando a conscientização que a população tem sobre a importância deste centro. Assim, foi mais fácil instruir as pessoas em como fazer a separação do lixo domiciliar. Figura 20: Vista frontal
(Fonte: Amunes – Projeto Criar, 2013 – Secretaria Municipal de Linhares)
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A vista frontal do projeto é simples e logo podemos identificar que não há uma arquitetura rebuscada para este projeto, nem mesmo foi pensada uma reforma para sua fachada, visto que, esta não é a preocupação neste projeto. O projeto visualmente consiste em um simples galpão reformado mais uma vez para servir a função da usina, sendo este um grande espaço com boa circulação para manobras de veículos grandes. Figura 21: Reforma estrutural
(Fonte: Amunes – Projeto Criar, 2013 – Secretaria Municipal de Linhares)
Podemos verificar nesta imagem a estrutura simples do galpão, que tem grandes espaços é demarcado a localização de cada equipamento e setor com a paginação de piso pintada em diferentes tons de azul, assim como na panta (figura 18). Vemos o padrão da estrutura com pilares separado com a mesma distância. O pé direito é alto, o que permite a boa circulação do ar, além de comportar os grandes equipamentos que serão dispostos. Tabela 4: Programa de necessidades PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTES Recepção Triagem
GALPÃO Triagem secundária Prensagem
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Carregamento Saída de rejeitos Estacionamento funcionários ESTACIONAMENTO Área de manobra para caminhões (Fonte: Autoria Própria, 2019)
Análise Crítica Tabela 5: Análise SWOT ANÁLISE SWOT FATORES INTERNOS
FATORES POSITIVOS
FATORES NEGATIVOS
Acessibilidade
Projeto adaptado
Distribuição
Falta de incentivo do governo Humanização
Pé direito alto Estética FATORES EXTERNOS
Gerar empregos
Gerador de trânsito
Incentivo da população
Falência por falta de retorno financeiro
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
Neste projeto também adaptado de um antigo galpão, é possível notar a despreocupação com a estética e apenas com a função de reciclar, esta prática pode fazer com que esta tipologia passe despercebida à população e não tenha o destaque necessário para chamar a atenção da população sobre o assunto. É comum identificarmos como apenas mais um galpão com pé direito alto em meio a tantos galpões, sem o devido tratamento estético e conforto dos funcionários, que ali trabalham. A falta de humanização é preocupante, visto que, dificilmente encontramos um espaço de conforto para os funcionários que traga incentivo para quem trabalha.
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USINA DE COMPOSTAGEM DE SHENZHEN
Ficha Técnica Figura 22: Usina de Shenzhen
(Fonte: ArchyDayi – Shenzhen, 2019 - Daldwin)
Localização: Shenzhen, China Ano: 2016 previsão de inauguração 2020 Autor: Eric Baldwin Área: Área coberta de 62.000 m²
A usina de geração de energia por meio de compostagem é um projeto contém uma área coberta de 62.000 m² com cabertura de painéis fotovoltáicos. O conceito deste projeto é ser a maior usina do mundo a produzir energia a partir de resíduos. O diferencial deste projeto está em sua volumetria circular para controle do impacto no solo devido a escavação para a implantação da mesma. O objetivo é quebrar os padrões da estética e layout dos tradicionais galpões industriais. A população da cidade é atualmente cerca de 20 milhões de pessoas e geram 15.000 toneladas de ixo por dia, e está constante está aumentando conforme a tecnologia e consumismo gradativamente. Visto isto, o projeto visa tratar um terço
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dos resíduos gerados, causando um grande impacto na economia e no ecossistema local.
Descrição Figura 23: Perspectiva setorização
(Fonte: ArchyDayi – Shenzhen, 2019 - Daldwin)
Na imagem, vemos uma parte do setor da usina pintado em laranja se destacam os depósitos de lixo ao fundo e os grandes maquinários são os geradores de energia elétrica. É importante destacar que estas áreas têm proteção acústica e de odores para um maior conforto dos funcionários.
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Figura 24: Setor de funcionários
(Fonte: ArchyDayi – Shenzhen, 2019 - Daldwin)
Estão salientados os ambientes direcionados para os funcionários, sendo estes, áreas administrativas para trabalho ou mesmo áreas de descanso e lazer. Nota-se que há uma preocupação com o conforto e bem-estar dos trabalhadores, desenvolvendo ambientes específicos que melhorem o bem estar coletivo, o que reflete na produção de todos. Figura: 25: Área de visitas
(Fonte: ArchyDayi – Shenzhen, 2019 - Daldwin)
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A volumetria do prédio proporciona que haja um espaço para visitantes que podem ter uma vista de cima de todos os espaços da usina, contendo áreas de observação em diversos pontos, salas de palestra, estudos dentre outros tendo uma entrada separada e exclusiva. Ao fim do eixo de passagem de visitantes há um espaço de lojas para compras dos visitantes.
Figura 26: Elevação
(Fonte: ArchyDayi – Shenzhen, 2019 - Daldwin)
A elevação da (figura 26) mostra um detalhe da fachada onde vemos que o telhado é inclinado na parte da frente com função não apenas estética como de posicionamento das placas fotovoltáicas instaladas na cobertura voltadas para o sol.
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Tabela 6: Programa de necessidades
PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTES Áreas de conforto Copa
FUNCIONÁRIOS refeitório Sala de reunião ADM
Salas administrativas Elevador
CIRCULAÇÃO Escada Geradores de energia GALPÃO
Salas anti odor e ruído Sistema operacional Espaço para compras Sanitários
VISITANTES
Área de conveniência Áreas de estudo Pontos de visualização Estacionamento funcionários
ESTACIONAMENTO
Estacionamento caminhões de coleta Estacionamento de visitantes (Fonte: Autoria Própria, 2019)
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Análise Crítica
Tabela 7: Análise SWOT ANÁLISE SWOT
FATORES INTERNOS
FATORES POSITIVOS
FATORES NEGATIVOS
Acessibilidade
Distribuição Incentivar visitante Humanização FATORES EXTERNOS
Gerar empregos
Distante da cidade
Incentivo da população
Recicla só lixo orgânico
Estética
Distante da cidade, menos poluição
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
A usina de compostagem de Shenzhen é uma proposta para o próximo ano que promete resolver inúmeros problemas da cidade com a geração de resíduos e fazer um intenso tratamento e despoluição do ecossistema. A usina tem um planejamento para suportar a ideia, é nítido que cada espaço projetado foi pensado para o maior conforto de todos, e para uma gestão eficiente do tratamento desejado. Esta usina promete ser um investimento grandioso que trará muitos benefícios à cidade de implantação, gerando novos empregos, conscientização de
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todos e referência de arquitetura e layout diferentes do tracional, quebrando os padrões e servindo de inspiração para projetos que fujam do padrão e instiguem a curiosidade da população.
ANÁLISE COMPARATIVA DOS ESTUDOS
Ainda há no Brasil poucos incentivos para projetos de usinas de reciclagem e compostagem de resíduos sólidos, a grande maioria das usinas mesmo fora do Brasil é proveniente de adaptações de antigos galpões que, por serem grandes e com o pé direito, alto ou duplo, podem servir para a função. Já é possível notar que aos poucos estão surgindo novas tecnologias de tratamentos de resíduos que incentivam as novas arquiteturas, como podemos ver a nova usina de Shezhen que traz uma proposta inovadora pensando na conscientização da população e conforto dos funcionários contra ruídos e odores que são provocados, inevitavelmente, por este tipo de indústria. No Brasil, a consciência de que uma usina além de reciclar e tratar também pode conscientizar, está sendo implantada, nota-se que os projetos já estão sendo elaborados pensando em visitas externas e na criação de bazares para venda dos produtos recicláveis, mostrando a utilidade que o material pode ter. Aos poucos, a tipologia está evoluindo, no entanto, ainda é necessário muito tempo para que um dia este tipo de usina receba o real valor que pode proporcionar à sociedade e ao meio ambiente.
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4. VISITA TÉCNICA
O local visitado que serviu como base para um melhor conhecimento de uma Usina de Reciclagem de Resíduos Urbanos foi a Central de Transbordo e Reciclagem da empresa LOGA (Logística Ambiental) unidade Ponte Pequena, que está localizada na Avenida do Estado, em São Paulo - Bom Retiro e fica próximo à famosa Ponte Estaiada. A empresa Loga foi inaugurada em 2004 por haver a necessidade de criar em parceria com o governo, uma gestão de resíduos mais eficientes que fizesse a coleta e destinação do lixo na região nordeste de São Paulo. Junto a ECOURBIS, que faz a coleta da região sudeste de São Paulo, elas são as únicas empresas em parcerias com o governo a fazerem este trabalho. Em 1959, havia no local atual da implantação da LOGA uma insineradora que nesta época já queimava cerca de 800 toneladas de lixo por dia. Em 1970, com a participação do Brasil na responsabilidade ambiental de tratar seu lixo produzido, foram criadas as usinas de compostagem. Em 2004, surgiu a coleta seletiva em São Paulo, com a coleta dos resíduos secos separadamente, de acordo com seu tipo de material. Em 1997, foram proibidos os insineradores de trabalharem, pois causavam grande poluição no entorno. Isto ocorreu em consequência do aumento populacional na região nesta época, onde o bairro foi se desenvolvendo e passando a ter um uso misto com inclusão de residências e comércios. Algum tempo depois, após muita discussão, em 2004 foi criada a Unidade de Transbordo em questão. Houve muita resistência por parte dos moradores que fizeram até mesmo abaixo-assinados para impedir o funcionamento deste empreendimento devido ao odor que este iria emitir, afetando a região. Por este motivo, para sua implantação, a empresa teve de se adequar aos parâmetros de incomodidade da vizinhança mitigando o odor e poluição sonora na região. Portanto, tiveram que adotar filtros de odor e tratamento acústico na edificação e em seu entorno, fazendo relatórios constantes de satisfação da vizinhança e controle destes incômodos.
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O governo tem participação de gestão compartilhada com esta unidade, que por sua vez deve atender as metas impostas para melhorar cada vez mais a gestão dos resíduos, por isso, está sendo inauguradas mais duas unidades de transbordo na região noroeste pela empresa LOGA.
Figura 27: Entrada Loga Ambiental
Fonte: Autoria Própria (2019)
O
empreendimento
está
localizado
em
uma
avenida
de
grande
movimentação, principalmente de veículos de grande porte, por isso há uma grande pista de desaceleração que permite que os caminhões de coleta possam chegar à unidade de transbordo e reciclagem sem interromper o fluxo de veículos no local. A unidade faz a coleta 6000 mil toneladas de lixo urbano por dia, atendendo uma população de 7.000.000.000 milhões de habitantes da região noroeste de São Paulo, totalizando 876 bairros. A Loga contém 90 colaboradores, os agentes das cooperativas, 7 pessoas na equipe técnica que faz manutenção e relatórios diários nos equipamentos, 13 operadores de máquinas que controlam as esteiras e maquinários.
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Esta é a quantidade de pessoas que trabalham por turno, sendo divididos turnos norturnos e matutinos, sem considerar a equipe que conduz os caminhões até a usina, pois a movimentação é constante e estes trabalhadores descarrregam a carga dos camihões no local com um média de 5 caminhões por horas, não permanecendo no local.
Figura 28: Maquete eletrônica da unidade Ponte Pequena - LOGA
(Fonte: Loga – Unidade de Transbordo Ponte Pequena, 2019 – LOGA)
A entrada dos caminhões é feita pela pista de desaceleração com entrada controlada, onde eles passam por cima de uma balança que faz a pesagem dos caminhões para o controle da quantidade de lixo que é coletado por dia. A entrada e saída dos funcionários e visitantes é feita pela lateral, por meio de catracas com acesso limitado por crachás. Já os visitantes, devem ser anunciados e entrar somente com a autorização de um funcionário que permite e controla este fluxo.
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Figura 29: Painel do procedimento de reciclagem
Fonte: Autoria Érica, Bióloga (2019)
A edificação que comporta os funcionários é provida de refeitório, banheiros femininos e masculinos, conveniência, cozinha, vestiários, administração e salas de reunião. No mesmo local há uma área para a administração dos cooperadores, visto que eles são apoiados pela unidade, no entanto, não trabalham em conjunto com a mesma. No mesmo prédio, há separadamente uma área de visitantes com auditório pequeno para 50 pessoas, sala de maquetes das unidades de transbordo e reciclagem da empresa com painéis explicativos do sistema de reciclagem. A destinação final de venda dos materiais não é feita pela Loga Ambiental, por isso, há uma administração separada para a cooperativa. Seu objetivo é vender os materiais e distribuir a renda à população de catadores registrados, ou seja, a empresa não produz lucro algum, muito pelo contrário, gera aos cofres públicos um investimento anual de 7.000.000.000 milhões de reais. A área percorrida é de 527 km² por dia passando por 1,7 milhões de domicílios. Em casos especiais de grandes eventos em São Paulo, como por exemplo o carnaval, as duas prestadoras de serviços dos governos se unem para fazer a coleta
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dos resíduos gerados, desta forma, não sobrecarregando nenhuma delas. Estas datas são previstas e há uma operação específica para isto, aumentando o número de funcionários e fluxo de veículos. Esta tipologia arquitetônica prevê uma quantidade de resíduos que são extremamente relativos, uma vez que, com o decorrer do tempo, são necessárias tranformações prevendo a mudança de comportamento da população em relação a geração dos tipos de resíduos e a quantidade. Citamos como exemplo as épocas do ano e as datas comemorativas, estes são fatores importantes que determinam os materiais com maior volume, como no natal as embalagens de presentes, no carnaval as latas de metal e garrafas de vidro que continham bebidas alcoólicas, entre outras.
Figura 30: Coleta subterrânea
(Fonte: Loga – Coleta Subterrânea, 2018 – LOGA)
A coleta em locais de difícil acesso é feita por lixeiras subterrâneas ou caminhões satélites que são os pequenos caminhões que passam em regiões de menor acessibilidade. Nas lixeiras subterrâneas são coletadas cerca de 10 tonelas de lixos.
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Figura 31: Fosso de transbordo e controle de máquinas
Fonte: Autoria Érica, Bióloga (2019)
A CMT (Central Mecanizada de Triagem) fica no mesmo galpão que o transbordo, o CMT é composto pelas esteiras onde os resíduos são direcionados mecanicamente até a separação e posteriormente o tratamento final, passando por uma equipe pequena que faz a extração dos grandes materiais que não estão de acordo com os componentes recicláveis. Já a unidade de transbordo é composta por um pátio de manobras para a chegada dos caminões de lixo que são colocados em um fosso com capacidade de 4.000 m³ de armazenamento de lixo.
Figura 32: Fosso de transbordo/ Recebimento do lixo domiciliar
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Fonte: Autoria Érica, Bióloga (2019)
Este lixo é proveniente de coleta domiciliar e é rasgado por escavadeiras que são colocados em caminhões que os destinam aos aterros, atualmente o aterro utilizado pela empresa está localizado em Caieiras, pois o antigo já estava superlotado. A previsão era de que o antigo aterro durasse por mais 40 anos, entretanto, com o aumento do consumo populacional e geração de lixo foi necessário encerrar sua vida útil e implantar uma área verde no local e dar vida. Já os resíduos que é tratado na unidade é proveniente da coleta seletiva que é feita apenas em algumas ruas e tem uma diferenciação de cor para que as pessoas possam identificar a coleta diferenciada. Estes são os únicos materiais que podem ser triados, visto que, já são separados pelos moradores em resíduos secos e lixos, onde os demais são misturados com diversos elementos sem procedência.
Figura 33: Central de controle de máquinas
Fonte: Autoria Érica, Bióloga (2019)
A central de controle de máquinas é feita em um ambiente que está inserido no galpão, podendo ter uma visão ampla de todo o procedimento e controlando coisas como velocidade, manutenção e desempenho das máquinas.
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Figura 34: Estoque de material a ser vendido
Fonte: Autoria Érica, Bióloga (2019)
O estoque do material tratado é feito em um galpão após a prensagem destes que são separados entre plástico, metal, longa vida, papel etc. Este galpão é externo e não possui cheiro, porque os materiais ali expostos são limpos e chegam a atrair pássaros por sua organização e limpeza. O abastecimento dos caminhões é feito no próprio local, apesar dos caminhões de reciclagem não ficarem na unidade, pois tem uma garagem separada para isso, assim como o aterro dos lixos destrinchados. Após a saída dos veículos, há uma outra pesagem para que seja calculado a quantidade de resíduos que entrou na unidade e os restos que permaneceram, permitindo um controle maior dos descartes, sendo estes dados fornecidos ao governo para controle da gestão dos resíduos produzidos. Nem todos os locais são atendidos pelo governo, como a obrigação contratual é fazer a coleta da população, apenas as empresas que produzem até uma certa quantidade de sacos de lixo podem ser atendidas por este sistema; passando de uma quantidade de 4 litros, a empresa é responsável pela destinação final, contratando uma empresa de coleta que faça a destinação final deste material. Ou seja, além de todo esse lixo gerado em quanidade exorbitante, há um significativo volume ao qual não temos dados.
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Podemos concluir que a geração inconsciente de lixo é ainda maior que o relatado pelo governo e, descontrolado, este lixo é cada vez maior. E a vontade de cooperar não acompanha o ritmo desacelerado do maior fato poluidor do Brasil.
Figura 35: Campanha Outubro Rosa
(Fonte: Loga – Campanhas, 2019 – LOGA)
Há algumas campanhas de conscientização da populaçao que é feita nas ruas por vans que atraem o público infantil para aprender sobre o meio ambiente e reciclagem. Há as campanhas de datas comemorativas como o caminhão rosa que passa pelo centro no outubro rosa, simbolizando o apoio à conscientização do câncer de mama e caminhões azuis no novembro azul, de câncer de próstata. Além destes meios, são feitas visitas às casas de algumas pessoas, levando enquete para incentivar a população a separar os lixos corretamente, para um melhor aproveitamento e tratamento dos materiais, no entanto, há uma rejeição de muitos, que acham que perdem tempo ao fazer uma separação prévia em suas residências. Alguns que fazem esta separação são levados pela prática, além da consciência, há bonificação que recebem de desconto no IPTU (Imposto Territorial Urbano) por esta prática. É possível ver o descontentamento dos trabalhadores na falta de rigidez do governo em trabalhar a consciência da população que não vê como uma obrigação e dever com o meio ambiente, colocando no governo e empresas a obrigação solo desta destinação.
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5. ÁREA DE INTERVENÇÃO
CidaDe/Divisão Territorial
O lote onde será implantada a proposta da Usina de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Urbanos está localizada em São Paulo, Sp – Brasil. Mais especificamente na Avenida Jacu Pêssego - Nova Trabalhador, que fica na divisa entre os bairros de Itaquera e José Bonifácio.
Figura 36: Macroáreas
(Fonte: Plano Diretor Estratégico – MacroÁreas, 2014 – Prefeitura de São Paulo)
No mapa acima da cidade de São Paulo, podemos ver sua divisão territorial, esta é dividida em duas macroáreas: Macroárea de Estruturação e Qualificação Urbana e a Macrozona de Proteção e Recuperação ambiental. Essas macro áreas são separadas por mancha urbana e vegetal.
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Estas macrozonas são subdvididas em quatro macroáreas, a de estruturação e qualificação urbana compreende as seguintes divisões: Estruturação metropolitana: que abrange área de planícies de rios que liga o centro da cidade ao eixo objeto de estudo “Eixo Jacu Pêssego”. Urbanização Consolidada: centro de São Paulo onde se encontra o padrão mais elevado de infraestrutura, empregabilidade, serviços, e com maior saturação viária. Tem predominância de usos residenciais, e residenciais que sofreram a transformação da urbanização, se tornando muito verticalizada. Qualificação da Urbanização: Padrão médio de urbanização, serviços, emprego e infraestrutura. Um pouco mais afastado do centro, com usos predominância de usos residenciais e não residenciais. Redução
da
Vulnerabilidade
Urbana:
Predominância
de
assentamentos
irregulares, favelas e população de baixa renda, vulnerabilidade social, tem baixos índices de empregabilidade, infraestrutura e serviços. Caracterizada por usos mistos residenciais e não residenciais, têm muitas incedências geológicas. Já a macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental são subdividadas em: Redução da Vulnerabilidade Urbana e Recuperação Ambiental: são áreas de assentamento precário localizadas no extremo do território com precaridade sanitária e risco geológico e de inundação. Qualificação Urbana e Controle Ambiental: Caracterizado por vazios intraurbanos com vegetação, algumas áreas com usos industriais, outras de exploração mineral ou reflorestamento.
Estes locais no novo Plano Diretor do Município estão
recebendo incentivos urbanísticos para melhoramento de infraestrutura e geração de empregos. Contenção Urbana e Uso Sustentável: Com pouca ocupação, sendo predominante de usos de lazer ou agropecuária, estes locais tem o objetivo de conter a expansão da malha urbana. Preservação dos Ecossistemas Naturais: Sem ocupação, tem o objetivo de conservar o escossistema e bioma da mata nativa brasileira.
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Figura 37: Eixo Jacu Pêssego
(Fonte: Plano Diretor Estratégico – Eixo Jacu pêssego, 2014 – Prefeitura de São Paulo)
Segundo o Plano Diretor Estratégico de São Paulo, o terreno está localizado na atual Macro Área de Estuturação Metropolitana que está inserida entre a Macroárea de Qualificação da Urbanização e Redução da Vulnerabilidade Urbana na zona leste com a proposta de expandir a infraestrutura entre estas zonas, oferecendo incentivos urbanísticos e fiscais para a região. Serão elaborados planos de melhoramentos viários de acordo com o projeto de Lei 374/2015, que prevê a melhoria do sistema viário da região, propondo corredores de ônibus, alguns incentivos para construção, como isenção de outorga onerosa para usos não residenciais. Todos estes planos têm o objetivo de aumentar a infraestrutura local e permitir maior permeabilidade e conexão entre os bairros.
Histórico do Município
Há 455 anos atrás a cidade nasceu, e muito diferente do que é hoje, era de difícil acesso. O município de São Paulo é marcado por sua história de miscigenação que ocorreu ao longo de seus anos, principalmente nos marcos que estão relacionados aos picos de crescimento econômico. Os primeiros jesuítas se instalaram onde hoje é o convento São Bento, ponto histórico do surgimento da cidade. A terra era considerada fértil e por sua rica bacia hidríca foi considerada uma boa opção de instalação em torno do Pátio do Colégio
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São Paulo de Piratinga, nome do rio onde foi fundada a cidade. Sua expansão se irradiou, formando um triângulo com a Praça da Sé e Lago Boa Vista. A partir deste período foram se desenvolvendo a economia do café, agricultura de subsistência e comércio, com maior foco no café que era exportado em Santos, local de principal desenvolvimento da cidade. Assim, foi se transformando
de
casas
de
pau-a-pique
para
alvenaria
com
arquitetura
predominante de casarões de fazendeiros.
Figura 38: Mapa de São Paulo – Encontro de rios
(Fonte: História de Sâo Paulo – Histórico de São Paulo, 2012 – Vinicius)
O Pátio do Colégio surgiu para que os padres pudessem catequizar os índios e batizá-los para se tornarem servidores da igreja católica. O índio era visto como atividade econômica, pois servia de mão de obra escrava. Além de sua exportação, São Paulo passou a importar muitos escravos negros, pois os índios eram mais resistentes à escravidão e por isso estes foram substituídos na década de 1570. No governo de Jucelino kubtschek, meados de 1956, para impulsionar a economia, foram criadas as indústrias automobilísticas, próximo as Estatais Metalúrgicas na região do ABC Paulista e no século XX no centro do Município de São Paulo, onde se desenvolveu a maior parte industrial do município. Este é o motivo pelo qual hoje os municípios são cortados por grandes avenidas.
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Posto isto, é correto afirmar que o processo de industrialização em relação ao acesso para essas zonas era feito por meio de avenidas e ferrovias que atravessavam o Município, uma das principais linhas de importação era a ainda existente MRS, empresa ferroviária de transporte de cargas que liga Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Com o tempo, a atividade industrial perdeu seu espaço para as atividades comerciais do centro. Em 1845, houve a interceptação de todos os navios negreiros, sendo estinguida a escravidão. Para substituir a mão-de-obra-escrava surgiu o trabalho imigrante. A imigração de Italianos surgiu em 1979 com a política do branqueamento se instalando no Brás, Bairro do Bexiga, Barra Funda e Bom Retiro para trabalharem como operários nas estradas de ferro. No fim do século XIX, no bairro da 25 de março, foi o período da Imagração Árabe, e, no começo do século seguinte, houve a chegada dos Japoneses nos bairros Liberdade, Aclimação e Glicério. Os Haitianos fazem parte de uma leva recente de imigrantes que se instalaram na região leste do município. A história de São Paulo tornou a cidade cosmopolita, multiética, multicultural e miscigenada como conhecemos hoje. Cheia de diversidade misturada pela cultura de vários povos, que é marcada em cada bairro.
Figura 39: Arranha-céus São Paulo
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(Fonte: ArcoWeb – Arranha céus São Paulo, 2010)
Hoje considerada uma das capitais mais modernas de arranha-céus e mistura da arquitetura antiga com a nova em um entrelaçamento de edificíos que por si só contam a história da cidade. Figura 40: Bairro de Itaquera
(Fonte: São Paulo Bairros – Itaquera, 2019 – Owner)
O bairro de Itaquera, que fica na zona leste, é afastado do centro urbano. Surgiu em 1837, havendo apenas duas fazendas no local, anos depois, estas glebas foram divididas, dando espaço aos loteamentos residenciais onde foi construída a capela Santa Ana, que deu início ao primeiro bairro. O local onde hoje é o famoso Parque do Carmo, era uma antiga fazenda que foi desmembrada e loteada. Parte da região não foi loteada, como a quadra do loteobjeto de estudo, que era a Gleba do Pêssego, onde havia plantações de pêssegos. Pouco a pouco, o bairro foi ocupado, no final do século XIX, a primeira estrada de ferro chega trazendo consigo tecnologia e avanços no seu desenvolvimento, transofrmando-a no que é hoje. Atualmente, é abastecida por shopping, estádio de futebol, clubes, comércios diversos e residências horizontais e verticais
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Clima
O município de São Paulo tem característica de predominância de clima Tropical de Altitude, onde, no verão, há temporadas de chuvas e secas, no inverno. A temperatura média é superior à 22° nos meses mais quentes e inferior a 22° nos dias mais frios, podendo obviamente ter suas exceções. Segundo alguns pesquisadores, em decorrência de sua arquitetura de altos arranha-céus, a cidade tornou o clima instável, criando microclimas que tornam algumas regiões ainda mais quentes.
Figura 41: Umidade Relativa do Ar
Fonte: (Protejee – Umidade Relativa do Ar, 2019 - Global Environment Facility)
Podemos observar que a umidade relativa média da cidade de São Paulo está em torno de 75% a 85%. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que a umidade fique entre 50% a 80%, sendo assim, é necessário controlar este fator para que esteja dentro dos índices ideais, visto que a variável está entre níveis ideais e um pouco acima.
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Figura 42: Rosa dos Ventos
Fonte: (Protejee – Rosa dos Ventos, 2019 - Global Environment Facility)
Na rosa dos ventos da cidade, nota-se que os ventos predominantes estão em direção à região sudeste. Em relação ao terreno e a implantação a ser feita, estes dados são de suma importância, devido a liberação de odores fortes que podem ser levados pelos ventos dominantes aos locais indesejados.
Figura 43: Gráfico de Temperatura
Fonte: (Protejee –temperatura 2019 - Global Environment Facility)
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Segundo o gráfico de temperatura, vemos que os índices de bulgo úmido, bulgo seco, estão abaixo dos níveis de conforto que propiciariam um local mais adequado para a vivência humana. Dito isso, é necessário mitigar estes fatores no projeto para oferecer maior conforto aos usuários. Justamente por estarem muito próximos, os níveis de bulgo seco e úmido, a umidade é mais alta o que dificulta o processo de resfriamento do corpo em dias quentes, diminuindo na produtividade do ser humano pelo desequilíbrio da temperatura.
Figura 44: Gráfico de chuva
Fonte: (Protejee – Chuva, 2019 - Global Environment Facility)
Podemos ver que os gráficos apontam a incidência de chuvas em São Paulo, é maior no começo e fim de ano, e no meio do ano é totalmente oposto. Este dado nos leva a compreender melhor sobre a adaptação destas variáveis climáticas do município, que devem ser consideradas para a elaboração do projeto, visando épocas quentes, frias, de seca, de chuvas etc.
4.1.4 Dados Demográficos
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Figura 45: Dados Demográficos
Fonte:( IBGE – Dados demográficos, 2010 – Governo de São Paulo)
O Município de São Paulo contém uma área de 1.521.110 km² e população estimada de em torno de 12.000.000 pessoas com um PIB percapta de 57.071,43 sendo que sua principal fonte de renda vem do setor terciário que representa 72,3% do total da economia gerada, que é caracterizada por comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, entre outros. O nível de escolaridade e Desenvolvimento Humano são considerados satisfatórios, embora se pretenda melhorá-los. Em São Paulo há atualmente 85 pontos de cultura, contendo diversas leis para conservação dos espaços definidos como: Zonas de Preservação Cultural, sendo compostas por áreas com grande valor histórico, arquitetônico e paisagístico; áreas que contenham uma característica singular, paisagens naturais, e imóveis que produzam cultura para manutenção da identidade e memória. Dentre eles há diversos museus, meios de comunicação, teatros, centros culturais, parques, bibliotecas, entre outros, que garantem o acesso à cultura.
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Tabela 8: Subprefeituras e distritos atendidos Tabela das Subprefeituras da Zona Leste a serem atendidas Subprefeituras
Distritos
Área (km²)
População (2010)
Densidade Demográfica (Hab/km²)
Cidade Tiradentes Ermelino
Cidade Tiradentes Ermelino
15,00
211.501
14.100
8,70
113.615
13.059
Matarazzo
Matarazzo Ponte Rasa
6,40
93.894
14.671
TOTAL
15,10
207.509
13.742
São Mateus
Guaianases
Aricanduva
Itaim Paulista
Itaquera
Iguatemi
19,60
127.662 6.513
São Rafael São Mateus
13,00 13,20
143.992 155.140
11.934 10.908
Lajeado
9,20
103.996
12.093
Guaianases
8,60
164.512
17.882
TOTAL
17,80
268.508
15.085
Aricanduva
6,60
89.622
13.579
Carrão
7,50
83.281
11.104
Vila Formosa
7,40
94.799
12.811
TOTAL
21,50
267.702
12.451
Itaim Paulista
12,00
224.074
18.673
Vila Curuçá
9,70
149.053
15.366
TOTAL
21,70
373.127
17.195
Cidade Líder
10,20
126.597
12.411
Itaquera
14,60
204.871
14.032
José Bonifácio
14,10
124.122
8.803
68.258
4.432
Parque Carmo
do 15,40
80
Mooca
Vila Prudente
TOTAL
54,30
523.848
9.647
Água Rasa
6,90
84.963
12.313
Belém
6,00
45.057
7.510
Brás
3,50
29.265
8.361
Mooca
7,70
75.724
9.834
Pari
2,90
17.299
5.965
Tatuapé
8,20
91.672
11.180
TOTAL
35,20
343.980
9.772
Vila Jacuí
7,70
142.372
18.490
TOTAL
24,30
369.496
15.206
São Lucas
9,90
142.347
14,378
Vila Prudente
9,90
104.242
10,529
19.80
246.589
12.454
TOTAL
Fonte:( IBGE – Dados demográficos, 2010 – Governo de São Paulo)
A tabela contém informações das Subprefeituras a serem atendidas pelo projeto de Usina de Reciclagem e compostagem, todas elas ficam na região leste de São Paulo. As informações fornecidas são importantes para rever os cálculos da quantidade de resíduos que serão coletados com base na quatidade de pessoas de cada região e a quilometragem a ser percorrida para a coleta. Estas informações são importantes, pois será a principal fonte de dados que irão pré-dimensionar os ambientes internos, visto que, cada ambiente será calculado não apenas com base na quantidade de funcionários que irão trabalhar no local, mas como, a quantidade de resíduos produzidos pelos habitantantes destes bairros da região leste e com base nesta quantidade será estabelecida os equipamentos necessários para fazer o tratamento destes materiais. Sendo assim, serão realizados cálculos que irão fundamentar o programa de necessidades para a usina de reciclagem e compostagem proposta.
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Figura 46: Esgotamento Sanitário
Fonte:( IBGE – Esgotamento Sanitário, 2010 – Governo de São Paulo)
No mapa do IBGE (2018), temos os dados do município em questão em comparação aos demais do estado de São Paulo. Apesar de sua porcentagem de esgotamento ser alta 92,6% como mostrado na figura, ainda há elevados índices que mostram a falta de saneamento básico e gestão de resíduos em regiões com baixos indicadores sociais. No estado é possível perceber que este é um dos poucos na parte de baixo do mapa com nível satisfatório deste esgotamento.
Figura 47: Arborização e Urbanização
Fonte: (IBGE – Arborização, 2010 – Governo de São Paulo)
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A indicação mostra que 74,8% das vias pública são arborizadas, no entanto, o dado não explica que estas arborizações estão concentradas nas regiões de classe de alto padrão financeiro. Já a urbanização de vias públicas é um dado preocupante, já que não caracteriza a metade do território e está localizada nestas regiões mais elevadas.
Mapa 1: Indicadores Sociais
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
A figura acima é muito interessante, pois permite observar que a região de implantação do projeto é carente de serviços e infraestrutura e por isso, apresentam níveis alarmantes de vulnerabilidade. São, em sua maioria, assentamentos provenientes de ZEIS (Zonas de Interesse Social) que são definidos como local de loteamentos irregulares, favelas, entre outros, que abrigam a população de baixa renda.
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Bairros e premissas
Mapa 2: Limites territoriais
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
O bairro de Itaquera é composto pelos distritos: Cidade Líder, Itaquera, Parque do Carmo e José Bonifácio. Os bairros que o circundam são: Cidade Tiradentes, Guaianases, São Mateus, Penha e Aricanduva. Sua localização é visivelmente um ponto de permeabilidade entre os bairros pois está situado no meio de todos os citados, este foi o principal motivo de ter sido escolhido para impulsionar a infraestrutura urbana da região leste de São Paulo com a proposta do Eixo Jacu Pêssego.
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Mapa 3: Mapa 3ª do Plano Diretor Estratégico de São Paulo
(Fonte: Plano Diretor Estratégico – Eixo Jacu pêssego, 2014 – Prefeitura de São Paulo)
Como podemos ver no mapa 3ª o PDE há diversas alterações acima neste eixo de estruturação que podem modificar a dinâmica do local. É
preciso
levar
em
consideração
estas
informações
para
que
o
empreendimento proposto possa se adequar a atender e incentivar os usos pretendidos de acordo com a prefeitura municipal. É possível notar que há um grande incentivo para a melhoria da estrutura viária utilizando os eixos já existentes, sendo estes a maioria de ônibus municipais e intermunicipais, já ao final do eixo de influência, está previsto a construção de um monotrilho. Apesar de suas datas serem previstas para o ano de 2016, apenas alguns corredores de ônibus foram concluídos. Entretando, o PDE é valido até 2029, por isso, a meta é que o plano seja inteiramente concluído até esta data.
85
Potencialidades e Fragilidades Tabela 9: Análise SWOT ANÁLISE SWOT
FATORES POSITIVOS
FATORES INTERNOS
Área compatível projeto
(LOTE)
FATORES NEGATIVOS
Industrial Ventos predominante com o
Vegetação
Local
de
mudanças
(Instabilidade
das
informações atuais) Consideravelmente
Declividade
distante de residências
Acesso de entrada ao lote
Lote grande FATORES EXTERNOS
Gerar empregos
Gerador de trânsito
(ENTORNO)
Fácil Acesso
Falência por falta de retorno financeiro
Entre vias principais de Poítica de incentivo ao acesso
uso
de
área
remanescente de Bioma Entre bairros vizinhos
Áreas de assentamento precário no entorno
Via principal de acesso Via de trânsito rápido bem estruturada (Fonte: Autoria Própria, 2019)
86
Descrição do terreno
Figura 48: Medidas do lote
Fonte: (Autoria própria, 2019)
O terreno escolhido possui dimensões respectivamente de 113,89 m em curva continuada por 100,94 m do lado diretio de quem da Avenida Jacu Pêssego olha com 97,55 m, nos fundos mede 110,27, 157,62 da frente aos fundos do lado esquerdo, totalizando uma área de 20.000 m².
87
Mapa 4: Terrenos de impantação do projeto
(Fonte: Adaptado/Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
O lote escolhido tem forma irregular com área total de 20.000,00 m², tem um aclive de 15 metros de diferença entre o ponto mais alto (fundo) e sua frente. Próximo ao lote em uma distância aproximada de 80 metros tem um córrego que é protegido por uma densa mata que o acompanha linearmente.
88
Vegetação local
No lote há vegetação nativa tanto em seu entorno como dentro dele. As espécies são remanescentes de bioma nativo de Mata Ciliar da Mata Atlântica dentre elas, as seguintes: Figura 49: Árvore Eucalipto
Fonte: (Estado RS – Eucalipto, 2016 - Maboni)
Nome popular: Eucalipto Nome científico: Eucalyptus ssp Família: Myrtaceae Porte: É uma planta de porte arbóreo, grande e que atinge até 70 metros de altura Floração: Tem ramos cilíndricos, pouco folhosos e com casca lisa, de coloração acinzentada ou castanha. Suas folhas são alternas, com pecíolo e superfície coriácea. Suas flores são axilares e de coloração branca ou amarelada
89
Figura 50: Jacarandá-paulista
Fonte: Fonte: (Estado RS – Jacarandá, 2016 - Maboni)
Nome popular: Jacarandá-paulista Nome científico: Machaerium villosum Família: Fabaceae Porte: É uma planta de porte arbóreo, grande e que atinge até 20 a 30 metros Floração: A árvore é frondosa e muito bonita, podendo ser usada com sucesso para o paisagismo em geral, época de Floração: outubro, Novembro, Dezembro.
Figura 51: Árvore do brejo
Fonte: (Estado RS – Brejo, 2016 - Maboni)
90
Nome popular: Araticum-do-brejo/ Araticum Nome científico: Annona glabra Família: Annonaceae Porte: Árvore com 4 a 12 metros de altura Floração: tem galhos esparramados que crescem desde o solo e ramos castanhoacinzentados com lenticelas (uma saliência de células que efetuam trocas gasosas). As folhas são rijas e glabras (sem pelos) com pecíolo (haste ou suporte) cilíndrico de 1 a 2,5 cm comprimento. A lâmina foliar tem forma elíptica na base e ápice acuminado (ponta é aguda e comprida), medindo 7 a 15 cm de comprimento por 4 a 6 cm de largura, com nervuras bem visíveis. As flores, tem pedicelo (haste ou cabinho) de 1,3 a 1,8 cm de comprimento que sustentam as sépalas de cor creme, concrescidas e valares (parte externa da flor que se abre), protegidas por brácteas carnosas amareladas. Os animais ainda presentes na mata são: Mergulhões, pica-paus, andorinhas e sabiás, esquilos podem ser avistados em sua área, além de mamíferos como gambás, preguiça-de-três-dedos, macacos.
Figura 52: Insolação
(Fonte: Adaptado/GoogleEarth, Av Jacu Pessego, 2019)
91
A insolação que incide no terreno no período de sol mais forte, no caso o sol da tarde terá grande influência no projeto. O sol da manhã que é benéfico e antigermicida estão bem posicionados podendo ser bem aproveitado. Já o sol do final da tarde receberá influência de sombras da mata ao fundo, desta forma, não prejudicando na forte incidência do mesmo.
Figura 53: Ventos
(Fonte: Adaptado/GoogleEarth, Av Jacu Pessego, 2019)
Na imagem modificada acima, a seta em azul representa os ventos predominantes de acordo com a rosa dos ventos (figura 53) que tem sentido de predominância sudeste. Vemos que a representação fica clara em relação a forma como os ventos irão atuar na edificaçao, pois parte dele será reduzido ao se deparar com a massa de vegetação arbórea do entorno do lote que é muito alta como visto nas especificações vegetais.
92
Levantamento Fotográfico
Figura 54: Mapa de fotos
Fonte: (Autoria própria, 2019)
Para melhor compreensão do local onde as fotos a serem apresentadas foram tiradas, foi elaborado um mapeamento fotográfico indicados no mapa. Figura 55: Foto Panorâmica do Terreno
Fonte: (Autoria própria, 2019)
Nesta imagem parorâmica tirada do terreno é possível notar sua declividade e a vegetação contida no terreno. Ao fundo da foto há uma densa mata que protege o córrego Tone que fica cerca de 80 metros de distância do terreno. A pastagem domina a paisagem devido a não utlização desta área.
93
Figura 56: Posto de abastecimento
Fonte: (Autoria própria, 2019)
O posto de abastecimento de combustível fica do outro lada da Avenida Jacu Pêssego Nova Trabalhadores e está em frente ao lote, sendo sua vista principal da fachada. O posto tem grande movimentação de veículos de pequeno e grande porte e não prejudica o trânsito, pois contém pista de desacelaração.
Figura 57: Mobiliário Urbano
Fonte: (Autoria própria, 2019)
94
A imagem mostra a faixa exclusiva de ônibus implantada pelo Plano Diretor Estratégico em 2016 que já funciona ativamente. O ponto de parada é bem sinalizado e coberto, o que proporciona um conforto aos usuários e está em boas condições. Como podemos observar a grande árvore ao fundo é o ponto de referência onde se inicia o terreno, que é bem perto deste mobiliário. Vemos também que o local é servido de rede elétrica, os postes e fiação garantem que a atividade será abastecida por esta infraestrutura. Ao observar as condições de largura de vias e passeio e suas condições, podemos afirmar que estes estão em bom estado de conservação.
Figura 58: Esquina
Fonte: (Autoria própria, 2019)
A esquina no final do lote nos concede uma percepção da extensão verde que se encontra no entorno da região. O canteiro central que separa as vias também é
95
servido de vegetação rasteira que permite uma permeabilidade maior. A sinalização de vias com placas, travessia de pedestres e infraestrutura são claras e satisfatórias.
Figura 59: Área residencial e não residencial
Fonte: (Autoria própria, 2019)
A imagem está muito próxima ao posto de abastecimento do lado esquerdo, podemos
observar os usos não
residenciais na quadra da frente com
estacionamentos, edificações de comércio e serviços e aos fundos as residências classificadas em ZEIS-1.
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Figura 60: Vista dos fundos
Fonte: (Autoria própria, 2019)
A foto foi tirada de uma rua que fica atrás do lote que mostra apenas uma pequena parte deste mais ao fundo, sendo sua vista obstruída pela vegetação e edificação a frente. É possível ver mata que forma um cinturão na região, proporcionando índices positivos de permeabilidade.
Uso e ocupação do solo
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Mapa 5: Zoneamento
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
Como podemos ver na imagem que mostra o zoneamento das proximidades do local de intervenção é correto afirmar que o lote em questão está localizado em uma ZPI-2 (Zona Predominantemente Industrial de porte grande ou médio com baixo potencial poluidor). Contornando esta zona está a ZPI-1 (Zona Predominantemente Industrial que favorece os usos não residenciais incômodos à vizinhança residencial) Ainda temos próximo ao terreno área de manancial de preservação e área de ZEIS-1 e 2 que caracterizam resídências de loteamentos com assentamento irregular, devido ao lote estar situado em uma área de eixo de desenvolvimento chamada “Eixo Jacu Pêssego”, que preve segundo o Plano Diretor Estratégico de São Paulo, incentivos urbanísticos para geração de empregos e incentivos industriais.
98
Embora o projeto esteja caracterizado como INFRA - 6 de acordo com o Decreto 57.378/16 segundo o próprio PDE o projeto pode ser implantado em qualquer área desde que justificada e aprovada após conselho da Comissão Técnica de Legislação Urbanística de São Paulo e PLANURBI. Segundo estes, o projeto deve seguir as orientações do zoneamento de acordo com área industrial com maior proximidade do tema escolhido e suas diretrizes.
Cheios e Vazios
Mapa 6: Cheios e Vazios
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
99
As edificações no local do perímetro analisado são poucas e o que descaracteriza uma alta densidade demográfica para a região. Nesta área de influência prevalece os usos não residenciais e as massas de vegetação arbóreas e pastagens e algumas áreas totalmente vazias. Por se tratar de área com incentivos industriais é correto afirmar que esta zona terá sua configuração alterada após a ocupação dos usos incentivados assim como a dinâmica local.
Gabarito Mapa 7: Gabarito
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
Como podemos ver o gabarito de altura é baixo não ultrapassando três pavimentos.
100
Sistema viário
Mapa 8: Sistema viário
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
As vias principais que ligam a Avenida Jacu Pêssego são: Av. Ragueb Chohfi, Avenida Aricanduva e principalmente a Avenida Doutor Luiz Aires que não aparece na figura, pois está bem acima, quase ao final da Avenida de Intervenção e faz a ligação dos bairros no sentido Leste/Oeste enquanto esta liga o sentido Norte/Sul. A boa localização do projeto permite um excelente fluxo de passagem dos veículos coletores de lixo que podem exercer um trabalho mais eficiente e de qualidade com menor tempo de deslocamento, visto que está dentre os principais eixos de circulação da região leste do Município de São Paulo.
101
Tipologia
Mapa 9: Tipologia de uso
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
O mapeamento dos usos nos mostra a predominância de uso industrial, a frente do lote há um posto de abastecimento, em um raio de influência um pouco mais distante do lote, há os usos residenciais de ZEIS com comércios compatíveis à vizinhança residencial, além de muitas delas configuradas como de baixo padrão.
102
Transportes Públicos
Mapa 10: Mapa de Transpote Público
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
A incidência de corredores com faixas exclusivas implantadas pelo PDE (2014) que estavam previstas para serem concluídas em 2016 tem grande influência na circulação do transporte que é fornecido na região. Na parte de cima do mapa vemos a linha Ferroviária de Trem e as estações ao longo deste eixo. Há também três terminais de ônibus urbanos que formam um triângulo que cerca o bairro de implantação. Nota-se um transporte consideravelmente com boa estrutura que emana da região central em direção à zona leste, mas que ainda não chega totalmente às bordas do município.
103
Equipamentos Urbanos
Mapa 11: Infraestrutura
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
No sistema de infraestrutura vemos que como há presença de represas, há alguns reservatórios de amortecimentos, que seriam piscinões que evitam os alagamentos da região. Um pouco abaixo da figura, vemos que há abastecimento de rede de gás, já, a rede de energia elétrica de alta tensão, passa por trás da quadra de execução do projeto.
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Serviços Semelhantes
Mapa 12: Serviços semelhantes
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
Os serviços mostrados são ecopontos, cooperativas de triagem, centrais mecanizadas de triagem e Sabesp. A importância destes elementos nesta região se faz na cooperação que há entre estes com a usina de reciclagem e compostagem, uma vez que alguns deles fazem uma triagem primária e destinam os materiais às usinas de grande porte.
105
Mobiliários Urbanos
Mapa 13: Pontos de ônibus
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
No decorrer da Avenida Jacu Pêssego Nova Trabalhador há diversos pontos de ônibus, sendo um destes muito próximo ao terreno, desta forma torna-se ponto importante para o deslocamento da população até o novo polo gerador de emprego em decorrência de já ter havido uma intervenção pelo Plano Diretor Estratégico, que alocou uma maior quanitdade de mobiliários de pontos de ônibus para atender a demanda da implantação dos polos geradores de emprego na região.
106
Estudo do Impacto de Vizinhança
O estudo de impacto de vizinhança irá prever os aspectos gerados e foram dispostos em impactos lineares com diferentes distâncias do ponto de geração e em raios com diferentes graus, desde o mais próximo ao mais distante e, posteriormente, foram registrados em uma tabela SWOT.
Mapa 14: Estudo do Impacto de Vizinhança
(Fonte: Geo Sampa – Mapas, 2094 – Prefeitura de São Paulo)
A figura apresentada aponta os principais pontos de influência dos impactos gerados pelo emprendimento/atividade a ser implantada no local. A avenida será o principal ponto de impacto devido ao aumento de população que irá se deslocar para este eixo de mobilidade. Os edifícios mais próximos também receberão os imparces imediatos desta implantação.
107
Tabela 10: EIV- Estudo de Impacto de Vizinhança ESTUDO DE IMPACTO DE FORMAS DE MITIGAR VIZINHANÇA Aumento de tráfego
Pista de desaceleração
Geração de empregos
-
Ocupação de lote que Baixo
índice
de
era área permeável do ocupação bairro MÉDIO
IMPACTO Incentivo ao aumento
URBANÍSTICO
de mobiliários urbanos -
(ENTORNO)
na região Materiais antirruídos na Ruídos emitidos construção Incentivo
de
adensamento
-
populacional no entorno Massa
de
vegetação
Odores emitidos complementar ALTO
IMPACTO Massa de vegetação de
URBANÍSTICO
Emissão de gases contenção
(LOTE) Melhor coleta seletiva
-
Diminuição da poluição
-
(Fonte: Autoria Própria, 2019)
108
6. LEGISLAÇÃO
O empreendimento proposto é classificado no Decreto 57.378/16 como: Edificação, equipamento ou instalação necessários aos serviços de infraestrutura de utilidade pública. Ou seja, é um tipo de empreendimento de interesse púbico que deve ser classificado em uma tabela diferenciada que a distingue das demais indústrias. Estas características de construções especiais de infraestrutura são classificadas com os seguintes usos descritos na tabela a seguir:
Tabela 11: Usos para Infraestrutura
(Fonte: Prefeitura.SP – Decreto Infra-6, 2016 – Prefeitura de Sâo Paulo)
Art. 6º Os pedidos que envolvam o licenciamento de empreendimentos enquadrados na subcategoria de uso INFRA dependerão da análise do Departamento de Urbanismo – DEURB, da SMDU, para manifestação quanto ao atendimento do disposto no inciso I do “caput” do artigo 107 da Lei nº 16.402, de 2016, quando for o caso. 1º A manifestação de que trata o “caput” deste artigo poderá ser obtida mediante solicitação do interessado ou dos órgãos municipais competentes.
109
2º Caso a localização do empreendimento não atenda ao disposto no “caput” deste artigo, DEURB encaminhará o processo ao DEUSO, que deverá submeter o pedido à análise do órgão competente e, posteriormente, encaminhá-lo para a deliberação da CTLU, nos termos do inciso II do “caput” do artigo 107 da Lei nº 16.402, de 2016, excetuados os casos previstos na Lei nº 13.756, de 16 de janeiro de 2004, e no Decreto nº 56.941, de 18 de abril de 2016, que seguirão procedimento específico nos termos da lei e do regulamento. 3º Nos casos em que couber à CTLU, nos termos dos incisos I e II do §1º do artigo 107 da Lei nº 16.402, de 2016, estabelecer ou excepcionar parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, DEUSO deverá formular parecer técnico para subsidiar a respectiva deliberação. Segundo o coordenador Thalles Morais de DEUSO, órgão responsável pela análise destes tipos de projetos não previstos nos planos Regionais, para a implantação deste projeto deverá ser observada as leis do zoneamento mais próximo ao tipo de empreendimento a uma Usina de Reciclagem e Compostagem seguindo as diretrizes da zona, neste caso a ZPI-2. Sendo assim, foram escolhidas com base na Lei 16.642/17 as seguintes tabelas:
Tabela 12: Usos permitido por zona
Fonte: (Prefeitura.Sp – Não Residêncial, 2016 – Prefeitura de São Paulo)
Uso de Industrial – 2 pode ser apenas construído em ZPI 1 e 2. O uso Ind-2 segundo a lei 16.402/16 é o mais próximo do projeto com as seguintes caracterísiticas: Art 106 - VII - Ind-2: atividade industrial geradora de
110
impactos urbanísticos e ambientais, que implica a fixação de padrões específicos referentes às características de ocupação dos lotes, de acesso, de localização, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental; Tabela 13: Parâmetros de ocupação Coeficiente de Aproveitamento
QUALIFICAÇÃO
TIPO DE ZONA
ZONA (a)
C.A. mínimo
ZPI-1
0,5
C.A. básico
Taxa de Ocupação Máxima
Recuos Mínimos (metros)
C.A. máximo (m)
T.O. para lotes até 500 metros²
T.O. para lotes igual ou superior a 500 metros²
Gabarito de altura máxima (metros)
1,5
0,70
0,70
28
5
1,5
0,50
0,30
28
5
Frente (i)
Fundos e Laterais Altura da Altura da edificação edificação menor ou superior a igual a 10 10 metros metros 3 3
Cota parte máxima de terreno por unidade (metros²) NA
1 ZPI
ZPI-2
NA
3
3
1
Fonte: (Prefeitura.Sp – Quadro 4, 2016 – Prefeitura de São Paulo)
Seguindo a tabela citada é possível chegar aos seguintes parâmetros de implantação da Usina: ZPI-2: Zona predominantemente industrial 2 Lote: 20.000 m² Taxa de ocupação: 6.000 m² Coeficiente de aproveitamento máximo: 30.000 m² Gabarito de altura máximo: 28 metros Recuos: frente: 5/ fundos: 3
NA
111
Tabela 14: Parâmetros de Incomodidade
Fonte: (Prefeitura.Sp – Quadro 4B , 2016 – Prefeitura de São Paulo)
Tabela 15: Dimensões de lote por zona
Fonte: (Prefeitura. Sp – Quadro 2A , 2016 – Prefeitura de São Paulo)
112
As dimensões do lote escolhido estão embasadas neste quadro da lei, perfazendo uma área total de 20.000 m².
Tabela 16: Especificações de instalação por uso
Fonte: (Prefeitura.Sp – Quadro 4A , 2016 – Prefeitura de São Paulo)
Os parâmetros acima são importantes para definir o dimensionamento de algumas áreas do projeto. Os estudos realizados informam as diretrizes que orientam a elaboração de um projeto de Usina de Reciclagem e Compostagem em zona de industrialização seguindo os parâmetros de uso de indústrias com potencial poluidor e gerador de impacto. As pesquisas possibilitam uma percepção dos fatores positivos e negativos com a implantação deste projeto que resultará em medidas que possam ajustar os riscos e prever soluções viáveis para tal.
113
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÃO DE SP Segundo o Código de Obras o art 14: afirma que toda e qualquer edificação independente de sua localização deve ter proteção contra enfermidades, prevenção de acidentes, fatores de estresse, preservação do entorno e meio ambiente e uso adequado de acordo com a sua finalidade. De acordo com a seção II de esgotamento sanitário, todo sistema de esgotamento sanitário seja público ou privado deve atender todos os aspectos de legislação de órgão competente que não afete a saúde. No art. 31 estão as relações de projetos que devem ser apresentados para a aprovação de um processo de edificação, sendo estes os seguintes incisos: I - Plantas de todos os pavimentos com a indicação do destino de cada compartimento. II - elevação das fachadas voltadas para as vias públicas; III - cortes, transversal e longitudinal; IV - Planta de locação na qual se indique a posição do edifício a construir, em relação às divisas do lote e às outras construções dele existentes e sua orientação; V - perfis, longitudinal e transversal do terreno, tomado como referência de nível, o nível ao eixo da rua; VI - Memoriais descritivos dos materiais, processos e equipamentos a serem empregados na construção e memorial industrial quando se tratar de indústria ou fábrica, ou memorial de atividade, nos demais casos. Com relação aos materiais os arts 52 ao 54, descreve que os materiais utilizados no edificío devem ser incombustíveis, impermeáveis e anti condutores de calor na cobertura, já as instalações de esgoto e água, instalações sanitárias, depósitos e armazéns devem ser revestidas até a altura de 2,00 metros no mínimo com material liso, resistente, impermeável e lavável.
114
As usinas e/ou instalações de equipamentos industriais devem conter os seguintes ambientes básicos: I - Sala de recebimento de matéria-prima; II - laboratório; III - depósito de matéria-prima; IV - câmaras frigoríficas; V - sala de manipulação; VI - sala de embalagem, envasamento ou enlatamento; VII - sala de acondicionamento; VIII - local de expedição. Segundo os arts 131 e 132 só são permitidas salas de espetáculos no pavimento térreo e no imediato superior ou inferior para escoamento imediato do público. As portas de saída das salas de espetáculos deverão obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a 1 cm por pessoa prevista para lotação total, sendo o mínimo de 2,00 m por vão. Os corredores das salas de espetáculo são definidos nos art 133 e escada no 134 como descrito a seguir: Artigo 133 - Os corredores de saída atenderão ao mesmo critério do artigo anterior. Parágrafo único - Quando houver rampas, sua declividade não poderá exceder a 12%; quando acima de 6%, serão revestidas de material não escorregadio. A largura das
rampas
será
a
mesma
exigida
para
escadas.
Artigo 134 - As escadas terão largura não inferiores a 1,50 m e deverão apresentar lances retos de 16 degraus, no máximo, entre os quais se intercalarão patamares de 1,50 m de extensão, no mínimo, não podendo apresentar trechos em leque. Na seção de fábricas e indústrias, todos os locais de trabalho industriais e ou grandes oficinas devem obedecer às normas técnicas especiais de instalação e deve ser vistoriada por autoridades sanitárias.
Artigo 166 - A autorização para instalação de estabelecimento de trabalho em
115
edificações já existentes é de competência do órgão encarregado da higiene e segurança do trabalho, sem prejuizo da competência da autoridade sanitária nos casos previstos neste Regulamento e em suas Normas Técnicas Especiais. Os locais de trabalho, segundo o art 170 não podem ter pé direito inferior a 4,00 metros de altura, As estruturas de sustentação e as paredes de vedação serão revestidas com material liso, resistente, lavável e impermeável, até 2,00 m, de altura, no mínimo. Já a largura de corredores não pode ser inferior a 1,20 metros. Segundo o art 180 desta lei, as escadas e rampas devem seguir os seguintes preceitos:
I - a largura mínima da escada será de 1,20 m, devendo ser de 16, no máximo, o número de degraus entre patamares; II - a altura máxima do degraus (espelho) deverá ser de 0,16 m, e a largura (piso) de 0,30 m; III - serão permitidas rampas com 1,20 m de largura, no mínimo, e declividade máxima de 15%. I - Piso revestido de material resistente, liso, lavável e impermeavel, inclinado para os ralos, os quais serão providos de sifões; II - paredes revestidas de material resistente, liso, impermeável e lavável, até a altura de 2,00 m, no mínimo; III - portas que impeçam o seu devassamento.
Os ambientes de instalação sanitária devem ter dimensionamento mínimo de 1,20 m² e largura de 1,00 metro e altura mínima de 2,00 metros, sendo obrigatório refeitório om área de 1,00 m² por pessoa por usuário quando houver mais de 300 empregados. As normas de refeitório são regidas da seguinte forma no art 194, deste código de obras: I - piso revestido com material resistente, liso e impermeável; II - forro de material adequado, podendo ser dispensado em casos de cobertura que ofereça proteção suficiente; III - paredes revestidas com material liso, lavável, resistente e impermeável, até a altura de 2,00 m, no mínimo; IV - ventilação e iluminação de acordo com as normas fixadas no presente
116
Regulamento; V - água potável; VI - lavatórios individuais ou coletivos; VII - cozinha, no caso de refeições preparadas no estabelecimento; ou local adequado com fogão, estufa ou similar, quando se tratar de simples aquecimento das refeições.
NBR 9050
Para os auditórios são reservados os assentos especiais de acordo com a tabela abaixo, no caso em questão serão utilizadas as cadeiras reservadas para auditório com capacidade de 50 pessoas:
Tabela 21: Espaço diferenciados de cadeira de rodas e pessoas obesas
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
As escadas e rampas segundo a NBR, 9050 devem conter piso tátil e direcional que alerte e direcione os deficientes visuais da seguinte maneira:
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Figura 88: Piso tátil
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
Os pisos táteis devem conter as seguintes medidas descritas na figura acima.
Tabela 22: Dimensão da sinalização
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
O dimensionamento das escadas deve conter patamares com largura de mínimo de 1,20 com área de circulação, porta corta-fogo, ante câmaras e área reservada para cadeira de rodas em caso de incêndios, para a segurança das pessoas com deficiência.
118
Figura 89: Escada
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
Já as rampas devem ter sua inclinação calculada da seguinte forma:
As seções das rampas devem ser estipuladas de acordo com sua inclinação e o tamanho linear das rampas da seguinte maneira:
Tabela 23: Dimensão de rampas
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
As vagas de estacionamento, reservadas para PCD devem ser distribuídas de acordo com a quantidade de vagas que será disposta no empreendimento, como
119
haverão mais de 100 vagas seguindo a NBR deveraõ ser destinadas 1% do total de vagas para PCD.
Tabela 24: Vagas de estacionamento
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
As instalações sanitárias para pessoas com deficiência devem conter barras de apoio e prever a circulação e área de manobra de cadeira de rodas como descrito na imagem e com as dimensões mínimas a seguir:
Figura 90: Escada
(Fonte: NBR 9050, 2015 - ABNT)
As áreas de sanitários para pessoas com deficiência devem conter os seguintes dimensionamentos mínimos para o conforto no uso. As pesquisas apresentadas irão fundamentar um projeto com base nas informações coletadas e por estes motivos são imprescindíveis para o mesmo.
120
7. CONCEITO
O principal conceito deste projeto é conscientizar a população, visando a integração do homem com o processo de reciclagem. O projeto como um todo visa tornar-se uma arquitetura referência quebrando os paradigmas de arquiteturas adaptadas, adotando um aspecto “clean” que remeta à limpeza e diminua a impressão de poluição visual que está associada ao processo que irá ser feito na usina. O edifício deve proporcionar a permeabilidade visual entre a arquitetura proposta e a paisagem para a contemplação do bioma presente. A fachada deve despertar a curiosidade e interesse das pessoas, incentivando-as a conhecê-la e a adotar práticas recicláveis. A eficiência térmica e energética do espaço é um dos conceitos utilizados para agregar ao conceito de uso sustentável de reciclar, renovar e reutilizar que proporciona o projeto. Com relação à circulação, esta deve dispor de adequada distribuição dos setores, pensando no fluxo do processo do tratamento dos materiais de forma eficaz e clara. Para as áreas de visitação, deve haver permeabilidade visual do processo que ocorre na usina de forma que possa ser contemplada sem contato direto. Estas áreas devem prever espaços tecnológicos de recreação que incentivem o pensamento crítico e de conscientização. Já os espaços de estacionamentos, devem transmitir segurança, organização e bom fluxo e distribuição. Para as áreas internas destinadas aos funcionários devem ser projetos visando a humanização e conforto destes espaços para torná-los mais produtivos e satisfeitos. Para os espaços de armazenamento e tratamento dos resíduos, será implantado o conceito de áreas salubres e organizadas. Os lugares devem proporcionar conforto aos funcionários com conforto anti-ruído e anti-odores nos locais de maior contado com os resíduos.
121
8. PARTIDO ARQUITETÔNICO
Aspecto da edificação e forma
Para tornar o projeto de arquitetura referência com aspecto “clean” serão utilizadas cores claras e poucos elementos arquitetônicos na edificação, permitindo uma melhor leitura do edifício.
Figura 62: Arquitetura clean de forma orgânica
Fonte: ArchyDayli – Centro de Cultura e Artes, 2013 – Zaha Hadid
O projeto acima com formas orgânicas sem muitos elementos arquitetônicos é uma clara representação da arquitetura clean moderna, que é muito presente nas obras de Zaha Hadid, arquiteta de grande prestígio e primeira mulher a ganhar o prêmio Pritzker de arquitetura.
122
Figura 63: Estádio de futebol com forma orgânica
Fonte: ArchyDaily – Estáfio Qatar, 2014 – Zaha Hadid
Já com o objetivo de remeter ao uso da edificação serão utlizadas formas desconstrutivistas de um dos objetos recicláveis, a garrafa pet como mostrado na imagem:
Figura 64: Garrafa estilizada
(Fonte: Pinterest – Garrafa Sketch, 2019)
123
Figura 65: Garrafa estilo desconstrutivista
(Fonte: Pinterest – Design de Garrafa, 2019 – Andrea Morgante)
O autor estilizou uma garrafa tornando–a descontrustivista, com um formato inovador e diferenciado sem que seja descaraterizado como uma garrafa, o interessante é que ainda que haja inúmeros vãos e forma retorcida e design clean ainda podemos observar o formato de uma garrafa nitidamente.
Croqui referência de forma
A ideia é utilizar este objeto referência para desconstruir sua imagem aplicando-a à arquitetura, fazendo com que fique implícito sua forma como nas imagens a seguir:
124
Figura 66: Croqui de edifício tubarão
(Fonte: Pinterest – Croqui arquitetônico, 2016)
Figura 67: Croqui edifício camaleão
(Fonte: Pinterest – Croqui arquitetônico, 2015)
125
Figura 68: Croqui bicicleta guepardo
(Fonte: Pinterest – Croqui arquitetônico, 2015)
O conceito de permeabilidade visual dos visitantes sem haver o contato direto com o processo de reciclagem se dará por meio de vidros.
Permeabilidade visual
Figura 69: Permeabilidade visual
(Fonte: Pinterest – Escola com vidro, 2012)
126
Figura 70: Contemplação visual de jardim
(Fonte: Pinterest – Vidro e arquitetura, 2017)
A eficiência térmica e energética deve prever a inspiração para os visitantes da possibilidade de obter mecanismos simples e por vezes até mesmo recicláveis que contribuem para um melhor controle destes aspectos que podem ser aplicados em qualquer edificação.
Eficiência térmica e energética
Figura 71 e 72: Garrafa pet como energia
(Fonte: Mulher Vestida de Sol – Ventilação Ecológica, 2019)
127
Este sistema de iluminação é utlizado em muitos locais como alternativa para diminuir o uso da energia elétrica nos horários em que ainda há sol. No entanto, o sistema será implantado com uma forma mais elegante e sofisticada.
Figura 73 e 74: Sistema de iluminação natural
(Fonte:Pinterest – Iluminação garrafa pet, 2019)
Já a eficiência térmica será feita com pé direitos altos para uma melhor dispersão dos odores e ventilação que permita que estes odores possam sair pela cobertura, como mostra a figura: Figura 75: Ventilação
(Fonte:Pinterest – Ventilação Natural pet, 2006)
128
Outro sistema simples e utilizando conceitos recicláveis feito de garrafas pet cortadas para uma melhor eficiência térmica de resfriamento das áreas será o mostrado na figura abaixo, que como mostra, se resume em comprimir o ar que se resfria ao adentrar no edifício.
Figura 76: Sitema de resfriamento em garrafa pet
(Fonte: ClimatizaçãoLumetz – Ventilação natural, 2017 – Nunes)
Figura 77: Resfriamento simples
(Fonte: ClimatizaçãoLumetz – Ventilação natural, 2017 – Nunes)
129
Estrutura
A estrutura será pensada como uma distribuição de pilares internos de maneira simples, sua forma diferenciada se dará através da cobertura que a envolve em forma orgância, como por exemplo o Heydar Aliyev, de Zaha Haddid. Figura 78: Sistema aplicado
(Fonte:Pinterest –Estrutura maquete, 2016)
Figura 79: Heydar Aliyev estrutura
(Fonte: Pinterest – Estrutura Heydar Alyiev, 2007 – Haidid)
130
É possível, na (figura 79), observarmos a estrutura interna desconectada da estrutura externa, possibilitando um formato diferenciado na edificação sem afetar seus ambientes internos.
Figura 80: Heydar Aliyev fachada completa
(Fonte: Pinterest – Estrutura Heydar Alyiev, 2007 – Haidid)
131
Figura 81: Estrutura de cobertura orgânica
(Fonte: Pinterest – Estrutura Heydar Alyiev, 2007 – Haidid)
Neste corte podemos ver melhor a desconexão da estrutura com a cobertura.
Cores
As cores internas devem seguir o pensamento clean, ou seja, de limpeza, e, para isso, serão utilizadas cores claras e tons pastéis coloridos que diminuam o estresse do trabalho feito. Figura 82: Tons claros coloridos
(Fonte: Cantinho do Photo Scape – Paleta de cores, 2014 – Marques)
132
Figura 83: Tons pastéis
(Fonte: Cantinho do Photo Scape – Paleta de cores, 2014 – Marques)
Figura 84: Tons coloridos fortes
(Fonte: Cantinho do Photo Scape – Paleta de cores, 2014 – Marques)
Alguns tons coloridos escuros serão utilizados para destacar algumas áreas e até mesmo contribuir para a sinalização dos setores.
Revestimento
Os revestimentos utilizados deverão transmitir salubridade, para isso não poderão ser porosos, mas sim revestimentos lisos que facilitem a limpeza e tenham bom desempenho com relação a manter a salubridade do local como:
133
Figura 85: Porcelanato líquido
(Fonte: MercadoLivre – Porcelanato Líquido, 2019)
Figura 86: Piso de revestimento
(Fonte: Quartzolit – Revestimento anti fungos, 2018)
134
Os revestimentos de parede também são fáceis de limpar e lavar que contribuem para a salubridade.
Figura 87: Revestimento da Cobertura
(Fonte: Duarte Luminosos – Revestimento e ACM, 2004)
A cobertura metálica será revestida por telhas sanduíches, com o lado externo liso, desta maneira, proporcionando uma plasticidade que combine com a forma orgância da cobertura, visto que a telha é moldável e tem excelente eficiência térmica e acústica. Esta telha pode ser pintada de branco melhorando ainda mais seu desempenho térmico refletindo os raios solares e contemplando um revestimento de qualidade e atendendo aos parâmetros estabelecidos para o conceito clean.
135
9. CONCEITO URBANÍSTICO
O partido urbanístico deste local não será muito grande, devido a este estar situado em uma área com intervenção já realizada pelo Plano Diretor Estratégico de São Paulo, onde
o principal objetivo desta área classificada como Zona
Predominantemente Industrial é a implantação de empresas de médio e grande porte com pequeno potencial poluidor, ou seja, a área em questão onde será implantada a usina de reciclagem e compostagem já previa que fossem implantadas usinas com o objetivo de impulsionar a indústria paulista e gerar mais empregos para a população do entorno. O local foi estrategicamente escolhido pelo plano, pois está situado em uma zona com baixos índices de geração de emprego e de desenvolvimento social, podendo proporcionar um local com melhor crescimento e expansão no entorno da zona, melhorando os aspectos sociais, ambientais e valorizando o mercado imobiliário, incentivando a infraestrutura. A escolha do local foi igualmente pensada de forma estratégica para a impantação deste projeto, uma vez que irá incentivar todas as questões pertinentes ao Plano Diretor, além de possibilitar impor suas próprias questões, relativas à conscientização desta população carente de informação e saneamento. Podendo desta maneira, propiciar o incentivo à cultura da correta destinação dos resíduos impondo em parceria com o governo leis mais rígidas quanto à questão da gestão dos resíduos gerados. A Avenida onde está localizado o projeto já foi alvo de mudanças, uma delas foi a faixa exclusiva de ônibus para atender aos novos trabalhadores da região, facilitando o acesso. Em decorrência do aumento do fluxo de veículos na avenida será proposta uma pista de desacelaração que possa ser integrada à faixa exclusiva de ônibus para não haver colisão entre os veículos. Para isto, será feito um desvio dos ônibus em uma pequena parte da pista. Em suma, a questão do aumento do tráfego na região pode ser justificada, visto que a empresa que faz coleta da região atualmente já utiliza esta pista.
136
10.
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Memorial de cálculo de resíduos coletados
Abaixo está descrita a empresa que faz a coleta dos lixos domiciliares que envolvem a região leste de São Paulo e como essa irá atuar após a proposta da Usina de reciclagem e Compostagem. Ecourbis (atende região sudeste de São Paulo); Proposta (somente região leste); Nova Ecourbis (após modificação da proposta). Tabela 17: Informações dos locais LOCAL ECOURBIS PROPOSTA NOVA ECOURBIS
SUBPREFEITURA 19 9 10
POPULAÇÃO 6.765.640 3.242.041 3.522.599
TONELADA/ANO 2.000.000 947.368 1.052.632
TONELADA/MÊS 165.000 78.157 86.843
* Todos os resultados de coleta da primeira linha da tabela 1 foram arredondados prevendo o aumento populacional devido os dados do IBGE serem do ano de 2010.
Tabela 18: Composição do lixo domiciliar COMPOSIÇÃO DO LIXO NO BRASIL ORGÂNICO PAPEL E PAPELÃO METAIS PLÁSTICO VIDRO OUTROS TOTAL
PORCENTAGEM 52% 26% 2% 3% 2% 15% 100%
A SER RECICLADO TONELADA/MÊS 40.641,64 20.320,82 1.563,14 2.344,71 1.563,14 11.723,55 78.157
A SER RECICLADO TONELADA/ANO 492.631,36 246.315,68 18.947,36 28.421,04 18.947,36 142.105,20 947.368
Tabela 19: Destinação dos lixos DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS NO BRASIL ATERROS SANITÁRIOS ATERROS CONTROLADOS LIXÕES COMPOSTAGEM E RECICLAGEM
PORCENTAGEM 53% 23% 20% 2%
PARÂMETROS *4 fases da compostagem (o processo aeróbio é dividido em 2 fases – bioestabiliozação – E a maturação – dura mais 30 dias e ocorre a humificação e a mineralização da matéria orgânica). Dura de 45 a 60 dias nessa fase.
137
Programa de necessidades Tabela 20: Programa de necessidades do projeto
SERVIÇOS
SETOR AMBIENTE
SOCIAL
SETOR
COLETA PRIMÁRIA
SETOR
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
DESCRIÇÃO SENSAÇÕES
DML
3
2
3m²
Copa
1
2
5m²
Estoque de produtos de limpeza Refeitções
Refeitório
1
15
30m²
Refeitções
Área de serviços
1
2
4m²
Sanitários Masculino Vestiários Femininos
6
6
15m²
3
3
5m²
Vestiários Masculino
3
3
5m²
Sanitários Femininos Sanitário PCD
6
6
15m²
2
1
3m²
AMBIENTE
1
10
16m²
Sala de descanso Sala de Área verde de desancanso
1
5
10m²
1
4
10m²
AMBIENTE
Descanso físico Higiene e satisfação Higiene e organização
Estoque de produtos de limpeza Necessidades Higiene e físicas privacidade Trocar de roupa e Privacidade banho Trocar de roupa e Privacidade banho Necessidades Higiene e físicas privacidade Necessidades Higiene e físicas privacidade
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
Sala de Jogos
Higiene e organização
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
Divertimento dos funcionários Cochilar e descansar Apreciar a vista e área de fumantes
Diversão
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
Recepção
1
50
25m²
Pré-seleção de volumes Expedição
2
-
10m²
1
-
20m²
Descanso físico Descanso e contato com a natureza
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
Receber escurssões Identificação dos volumes Despachar os lixos em caminhões
Receptividade Organização e distribuição Organização e despacho
SETOR
AMBIENTE
COLETA SECUND ÁRIA
138
Triagem secundária
COLETA SELETIVA
SETOR AMBIENTE
COMPOSTAGEM
SETOR
TRATAMENTO
SETOR
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES 1
4
N DE USUÁRIOS AMBIENTES
20m²
Organização e dinâmica
SENSAÇÕES
Armazenamento do lixo Separação dos materiais
Receptividae
-
3.000m³
Mesa de triagem
1
50
210m²
AMBIENTE
Eliminar lixos incompatíveis
DESCRIÇÃO
1
Área de fragmentação de compostagem Baia de compostagem
SENSAÇÕES
ÁREA
Transbordo
AMBIENTE
DESCRIÇÃO
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
Organização e praticidade e dinâmica
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
1
5
10m²
Fragmentar os materiais
Organização, praticidade e higiene
10
10
700m²
Transformar resíduos em energia
Organização e higiene
N DE USUÁRIOS AMBIENTES
ÁREA
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
Estoque de material tratado
Armazename nto
Estocagem de material fragmentado Peneiramento
1
-
5m²
1
-
10m²
Higiene
Aterro Sala de prensa
1 1
10
Higienização
1
3
5m²
Higiene Organização e praticidade Higiene
Galpão de armazenamento
1
3
150m²
Peneirar o material Convênio 80m² Prensar materiais Higiene dos funcionários Amarzenar material
Armazename nto
139
ADMINISTRATIVO
SETOR
ESTACIONAMENTO
SETOR
AMBIENTE
VISITAÇÃO
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
Sala administração Secretaria Recepção
2
4
15m²
Administração
Responsabilidade
1 1
4 4
15m² 15m²
Sala de reunião Sala de direção RH/ Financeiro
2 2 1
10 4 4
20m² 15m² 15m²
Administração Receber os funcionários Reuniões Administração Adminstração
Credibilidade Descontração e diversão Descontração Credibilidade Credibilidade
AMBIENTE
N DE USUÁRIOS AMBIENTES
ÁREA
DESCRIÇÃO
SENSAÇÕES
Recepção de veículos Manobrar
Segurança
Guarita
1
2
10m²
Pátio de manobras Estacionamento de visitantes
1
1.080
Estacionamento de funcionários
40 vagas
10 caminhões 2 ôninus e 4 carros Até 108 40
1.200m²
Estacionamento de ônibus de excursão
2 vagas
88
30m²
SETOR AMBIENTE
TOTAL
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
1
50m²
N DE USUÁRIOS ÁREA AMBIENTES
Oficinas de artesanato
1
6
Oficina de reciclagem
1
6
Auditório
1
100
Foyer Apoio
1 1
50 5
Loja
1
80
10m²
Veículos pequenos e grandes Veículos pequenos e grandes (1% para PCD – NBR 9050) Veículos grandes (1% para PCD – NBR 9050)
DESCRIÇÃO
Aprender a confeccionar produtos 10m² Aprender a confeccionar produtos 120m² Palestras e cursos 20m² Aguardar 10m² Equipamentos de áudio e video 100m² Vender produtos provenietes da reciclagem
Segurança e praticidade Segurança e praticidade Segurança e praticidade
Segurança e praticidade
SENSAÇÕES Diversão e aprendizado Diversão, dinâmica e aprendizado Credibilidade e descontração Aconchego Segurança Consumo
4.181m²
*Os espaços foram dimensionados com base nos estudos de caso e nos memoriais de cálculo de acordo com a quantidade de resíudos coletados e população atendida.
140
Perfil do usuário
Setor visitação
Estudantes: Alunos de 7 até 17 anos, sob responsabilidade de tutores e professores que são levados a excursões para aprenderem sobre conscientização com o intuito de aprender e se divertirem. Universitários: Estudantes a partir de 17 anos, cursando ensino técnico ou superior acompanhados de tutores, professores ou desacompanhados com o intuito de aprender sob as formas de reciclagem com uma visão mais técnica e detalhada do serviço prestado. Professores: Acompanhantes dos alunos e universitários que pretendem passar alguma informação aos seus alunos e buscam complemento no aprendizado de alguma disciplina ou assunto específico aplicados em ambiente escolar. Idade entre 30 e 45. Curiosos: Pessoas que querem aprender ou tem curiosidade de entender o que é feito no local e como funciona
o processo de reciclagem.
Geralmente
acompanhados de amigos que tem o mesmo interesse de conhecer e desbravar o local, idade mínima de 18 anos.
Setor de operação
Técnicos operadores de máquinas: Pessoas com conhecimento em maquinários, geralmente com formados em cursos técnicos ou superiores e idade entre 30 e 50 anos que operam as máquinas e controlam os equipamentos. Triadores: São os funcionários responsáveis por fazer a separação dos materiais que percorrem as esteiras colocando cada material em seu devido recicpiente.
141
Setor de mão de obra
Motoristas: Pessoas com idade entre 30 a 45 anos que dirigem os caminhões de coleta e que fazem o percurso nas casas até a usina para descarte dos materiais coletados e voltam às ruas. Coletor de lixo: São os funcionários, geralmente homens, que ficam coletando os resíduos domiciliares e jogando-os nos caminhões de lixo, andando o percurso todo pendurados aos caminhões. Idade entre 25 e 35 anos.
Setor de limpeza
Funcionário da limpeza: Está sob responsabilidade deste profissional conservar o local de trabalho limpo em todas as áreas desde os mínimos detalhes. Estas pessoas estão expostas à sujeira e, portanto, devem utilizar materiais adequadas para a limpeza dos ambientes, evitando que ele adoeça entrando em contato com estes dejetos. Os funcionários da limpeza têm acesso a todas as áreas, uma vez que, toda a edificação necessita ser frequentemente organizada para manter a limpeza dos espaços.
Setor administrativo
Gerente: O gerente deve manter a liderança, ter pulso firme e saber lidar com constante pressão e tomada de decisões que exigem dele uma resposta rápida para o problema. Este profissional sofre com a pressão interna e externa da empresa e suas prioridades são constantemente modificadas. Lidam com as pessoas diretamente, portanto, tem em sua maioria uma boa preparação psicológica para lidar com comportamentos imprevisíveis.
Diretor: É o profissional que planeja, organiza e orienta o uso dos recursos financeiros,
físicos,
humanos
e
tecnológicos
das
empresas.
Buscando
142
constantemente soluções para os problemas administrativos e tem a função de calcular as despesas e garantir que as informações cheguem aos demais funcionários. Este profissional também se encontra em estado de pressão, pois deve definir em momentos de crise onde e de que forma será investido o dinheiro da empresa pública ou privada.
Administrador: É o profissional que administra as rotinas dos funcionários, coordenam as equipes, materiais, patrimônios, finanças, fluxo de atividades etc. Garante a realização das atividades, do alcance das metas, elabora orçamentos, autoriza compras e distribuição de materiais. Vive sob a pressão de cobrar resultados dos demais funcionários para qualidade da gestão da empresa.
143
Agenciamento
SERVIÇOS Dml Copa Refeitório Área de serviços Sanit. Masculino Vestiário Masculino Sanit. Femininos Vestiário Feminino Sanitários PCD COLETA PRIMÁRIA Recepção Pré-Seleção de volumes Expedição SOCIAL Sala de jogos Sala de descanso Área verde de descanso COLETA SECUNDÁRIA Triagem secundária COLETA SELETIVA Transbordo Mesa de Triagem COMPOSTAGEM Estocagem de material Peneiramento Aterro Sala de prensa Higienização Galpão de armazenamento
144
ADMINISTRATIVO Sala de administração Secretaria Recepção Sala de reunião Sala de direção RH/Financeiro ESTACIONAMENTO Guarita Patio de manobras Estacionamento de visitantes Estacionamento de funcionários Estacionamento de ôibus de escurssão VISITAÇÃO Oficina de artesanato Oficina de reciclagem Auditório Foyer Apoio Loja Sanit. Femininos Vestiário Feminino Sanitários PCD
145
Fluxograma
146
Organograma
147
Setorização
Figura: Estudo de setorização 1
Figura: Estudo de setorização 2
148
Figura: Estudo de setorização 3
Figura: Estudo de setorização 4
149
Figura: Estudo de setorização 5
O último estudo foi escolhido, pois após algumas tentativas de conciliar o local com melhor insolação e ventilação, a área de funcionários ficará aos fundos com o objetivo de ser afastado e propiciar maior conforto aos usuários e ao mesmo tempo estar próximo ao local de chegada e recepção dos visitantes. Ao seu lado também está alocado o estacionamento para menor deslocamento dos funcionários, bem próximo ao estacionamento dos visitantes. A área de visitantes, acontece entorno das áreas de trigem e compostagem. Essas duas áreas citadas foram dispostas desta forma para que os caminhões de coleta possam abastece-los rápidamente e seguir seu percurso. Foi proposta uma massa arbórea na parte da frente do lote para mitigar o odor dos ventos que seram carregados no sentido sudeste.
161
11.
REFERÊNCIAS
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162
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164
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11. ANEXOS (ESTUDOS PRELIMIRARES)
Local: Trabalhadores - Sp Terreno:
C.A.: Basico: 1 T.P.: Min: UTILIZDO T.O.:0,27 C.A.:0,37 T.P.: Altura utilizada 25 metros
PLANTA DE
ESC.: 1/500
Universidade de Mogi das Cruzes Arquitetura e Urbanismo Bianca de Oliveira Crespim Orientadora: Martha Lucia
RECICLEAN Usina de Reciclagem e Compostagem
Folha:
1/11
Local: Nova Trabalhadores Sp Terreno: C.A.: Basico: 1 T.P.: Min: UTILIZDO T.O.:0,27 C.A.:0,37 T.P.: altura Altura utilizada 25 metros OBJETO MODELO
CROQUI DA FACHADA
CROQUIS FORMA PARA A FACHADA/FLUXO DE
CROQUIS DE FORMA
Universidade de Mogi das Cruzes Arquitetura e Urbanismo Bianca de Oliveira Crespim 11151100619 Orientadora: Martha Lucia
RECICLEAN Usina de Reciclagem e Compostagem
Folha:
10/11
Local: Nova Trabalhadores Sp Terreno: C.A.: Basico: 1 T.P.: Min: UTILIZDO T.O.:0,27 C.A.:0,37 T.P.: altura Altura utilizada 25 metros
VISTAS
PERSPECTIVAS ESTACIONAMENTO DE VISITANTES/ENTRADA
Universidade de Mogi das Cruzes Arquitetura e Urbanismo Bianca de Oliveira Crespim 11151100619 Orientadora: Martha Lucia
RECICLEAN Usina de Reciclagem e Compostagem
Folha:
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