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FIGURA 1 - “Alegorias dos quatro continentes” - África

que essas imagens e formas de pensar a história podem ter em diálogo com a historiografia da Dança no Brasil. Faz-se necessário, no entanto, destacar que não é do interesse desta pesquisa traçar uma historiografia da dança ou propor uma nova historiografia, mas sim refletir sobre a questão da ‘memória como um direito’ atentando para as implicações dessa reflexão na formação-criação em dança. Como primeiro exemplo marcante, Schwarcz cita a obra “Alegoria dos Quatro Continentes” (1758-1847) de José Teófilo de Jesus, uma pintura tardia em relação às demais obras alegóricas já realizadas sobre os continentes, mas feita pela primeira vez por um artista brasileiro como forma de personificar as imagens que os colonizadores europeus tinham da América e dos demais continentes até então descobertos. A pintura é notadamente baseada nos símbolos que a Europa já vinha atribuindo às suas pinturas iconográficas19 , com representações marcadas por figuras femininas e pela perspectiva europeia sobre cada continente. A obra do artista baiano é até hoje considerada uma pintura importante no acervo do Museu de Arte da Bahia, podendo também ser vista em algumas igrejas barrocas brasileiras. Abaixo ilustradas, estão em ordem, Continente Africano, Asiático, Europeu e Americano:

FIGURA 1 -

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“Alegorias dos quatro continentes” - África Fonte: https://www.nexojornal.com.br

19 A iconografia, como tal, pode definir-se como a disciplina que se focaliza no estudo da origem e na elaboração das imagens e das respectivas relações simbólicas e/ou alegóricas. Trata-se de um ramo que começou a ser cultivado no século XIX em Londres (Inglaterra) e que imediatamente se expandiu para outros países europeus. Fonte: <https://conceito.de/iconografia> . Acesso em Fev, 2020.

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