ÍNDICE
• Nota de abertura
Nota de abertura
Cinco sugestões de leitura de natureza variada: investigação histórica, literatura portuguesa e ficção universal, entre as quais uma obra-prima da literatura brasileira.
Ler dá saber e prazer.
Há muitos outros títulos no nosso catálogo online, integrado na Rede de Bibliotecas de Tavira. Aguardamos a vossa visita!
• QUINAS E CASTELOS
• CAVALOS DO MAR
• DOM CASMURRO
• O RETORNO
• FALA-LHES DE BATALHAS, DE REIS E DE ELEFANTES
JANEIRO de 2023
A professora bibliotecária, Ana Cristina Matias
QUINAS E CASTELOS
Quinas e castelos: sinais de Portugal de Miguel Metelo de Seixas
Editora: Fundação Francisco Manuel dos Santos
Edição: 1.ª ed.
Ano de Edição: 2019
Páginas: 126 [3] p.
Coleção: Retratos da Fundação
ISBN: 978-989-8943-56-9
N.º de registo: 12087
Cota ESJAC: 84P SEI
A formação e independência do Reino de Portugal ocorreram em simultâneo com o despontar de um código emblemático no Ocidente medieval: a heráldica.
O escudo dos cavaleiros, pela posição de destaque que ocupava e pela simbologia que lhe era inerente, resumia as qualidades do cavaleiro cristão - a defesa da fé e o respeito por um código ético. Assim, o escudo tornou-se o suporte referencial para o emblema do guerreiro, daí derivando as primeiras características terminológicas da heráldica que utilizavaaexpressão“escudodearmas”,quandoaplicadaà representação heráldica figurada nessa peça de armamento.
A Heráldica surgiu ligada aos campos de batalha, mas depressa se tornou um fenómeno mais amplo. A necessidade de os indivíduos e instituições serem reconhecidos fora da sua comunidade de origem, apoiou-se em dois sistemas: a onomástica e a heráldica. Esta deve o seu sucesso ao facto de ser formada por imagens que dispensavam a escrita, o que resultou particularmente apropriado a uma sociedade maioritariamente analfabeta.
Outro objeto carregado com heráldica foi o selo régio, um instrumento de confirmação de documentos, de forma gráfica. Os selos desempenharam o papel que, mais tarde, veio a ser substituído pela assinatura.
A bandeira também teve, desde logo, uma função heráldica importante. Como se chegou até aqui? Como é que, desde os tempos medievais, se formaram os sinais visuais identificativos da comunidade política portuguesa, ainda hoje perpetuados? A leitura da obra dá-nos respostas a estas e a outras questões.
Livro recomendado PNL2027 - 2022 1.º Sem. - Cultura e Sociedade - dos 15-18 anos - maiores 18 anos - MedianaFluente.
Gabriela Calé (Professora do Grupo Disciplinar de História)
CAVALOS DO MAR
Cavalos do mar de Vítor Gil Cardeira
Ilustração: Kinga Subicka
Edição: 1.ª ed.
Ano de Edição: 2021
Editora: Armação do Artista, Associação Cultural
Páginas: [64] p.
ISBN: 978-989-784-215-3
N.º de registo: 12197
Cota ESJAC: 83J CAR
Sizígias, peixes que se parecem com cavalos, marés e luas e as luas nas marés e Tavira a ser invadida pelas águas. CM1, 2, 3 e 4 na bela cidade das platibandas e telhados de tesoura, com silhuetas e igrejas e ameias de castelos. A ponte, dita romana, o coreto, o jardim…
E há tatuagens, contrabandistas, sábios polvos e surfistas-macho que dão à luz.
Só lendo, de uma penada, que isto não é para crianças. Ecológica e etologicamente belo, põe os humanos em perspetiva.
DOM CASMURRO
Dom Casmurro de Machado de Assis
Editora: Dom Quixote
Edição: 1.ª ed.
Ano de Edição: 2009
Páginas: 309 p.
Coleção: Ficção Universal
ISBN: 978-972-20-3746-4
N.º de registo: 10720
Cota ESJAC: 83B ASS
Dom Casmurro, romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1899, é uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira.
Edite Azevedo (Professora do Grupo Disciplinar de Filosofia)O protagonista, Bento Santiago, é o narrador da história que, contada na primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde a sua mocidade até aos dias em que está a escrever o livro. Entre esses dois momentos, Bento Santiago escreve sobre as reminiscências da sua juventude, a sua vida no seminário, o seu caso com Capitu e o ciúme que advém dessa relação, que se torna o enredo central. No ambiente do Rio de Janeiro do Segundo Império, e logo no primeiro episódio, o narrador recebe a alcunha de "Dom Casmurro", daí o título do romance. Machado de Assis escreveu-o utilizando recursos literários como a ironia e a intertextualidade.
Foi traduzido em diversas línguas, continua a ser um dos seus livros mais famosos e é considerado uma das obras mais fundamentais de toda a literatura brasileira. Inclui-se na trilogia Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881); Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899), e deve ser lido por esta ordem.
Livro recomendado PNL2027 - 2019 1.º Sem. - Literaturados 15-18 anos - maiores 18 anos - Fluente.
O RETORNO
O retorno de Dulce Maria Cardoso
Editora: Tinta-da-China
Edição: 1.ª ed.
Ano de Edição: 2015
Páginas: 267 [5] p.
ISBN: 979-989-671-116-0
N.º de registo: 11499
Cota ESJAC: 83 CAR
O romance permite, a quem não viveu o 25 de Abril e as vicissitudes deste período conturbado, entender como era a vida quotidiana de uma família que até então vivia em Luanda, e como foram os tempos difíceis após a chegada a Lisboa. A família era constituída por um casal, oriundo de Portugal, e dois filhos, o Rui e a irmã, nascidos em Angola. Nos primeiros tempos viveram em grande aflição, sem saberem do paradeiro de um membro da família.
Luanda, 1975 – O processo de descolonização leva a que muitas pessoas debandem e, em poucos meses, chegam a Portugal mais de meio milhão. Em Portugal, o processo revolucionário está no seu auge, e estas pessoas, chamadas retornados, são recebidas com desconfiança e hostilidade. Muitas não têm para onde ir, nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles.
Lisboa, 1975 - Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados com todos os problemas que isso implica, onde parece não haver futuro. Tentam reaprender o amor, inventar a esperança, sempre com África presente, mas cada vez mais longe.
Luís Nunes (Professor do Grupo Disciplinar de Artes Visuais)Livro recomendado PNL2027 - Antes 2017 - Literaturamaiores 18 anos - Fluente.
(Professora
FALA-LHES DE BATALHAS, DE REIS E DE ELEFANTES
Fala-lhes de batalhas, de reis e de elefantes de Mathias Énard
Tradução: Pedro Tamen
Editora: Dom Quixote
Edição: 3.ª ed.
Ano de Edição: 2015
Páginas: 159 p.
ISBN: 978-972-20-5174-3
N.º de registo: 11463
Cota ESJAC: 85 ENA
Mathias Énard (1972), escritor
francês e um conhecedor do Médio Oriente e das línguas persa e árabe, situa o seu romance no Renascimento, em Constantinopla, quando, em 1506, Miguel Ângelo, notabilíssimo pintor, escultor e arquiteto florentino, aceita o convite do sultão Bayazid para projetar uma ponte sobre o Corno de Ouro.
Esta aliança entre dois homens de culturas tão distintas causa estranheza em todos, mas Miguel Ângelo tem grande curiosidade pela cultura oriental, onde irá encontrar pontos de inspiração para futuras obras.
Um romance curto, preciso nas alusões históricas e com tradução de Pedro Tamen, poeta e tradutor literário português.
Livro recomendado PNL2027 - Antes 2017 - Literaturados 15-18 anos - Fluente. Obra recomendada para o Projeto de Leitura, 10.º ano.
Ana Cristina Matias Conceição Pereira do Grupo Disciplinar de Economia) (Professora do Grupo Disciplinar de Português)