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Guerreiro
No nosso dia a dia, os jovens têm grandes dificuldades em lidar com as emoções e com a pressão social que cada vez mais afeta cada um de nós. Segundo a 3.ª edição de Child Psychopathology, publicado por Guilford Press, os desvios comportamentais são mais frequentes nos jovens entre os 12 e os 16 anos, sendo que a percentagem de rapazes que apresenta desvios comportamentais é quatro vezes maior do que as raparigas.
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A nossa sociedade tem estado a transformar-se em conformidade com padrões rigorosos que acabam por "rotular" todas as pessoas, ou seja, aquilo que fazemos e não fazemos vai definir quem somos. Não só isso, mas também o que temos e não temos. Com isto, os jovens têm sentido grandes pressões sociais, como é o caso de um grupo de amigos em que, praticamente, já todos beberam ou fumaram, havendo, de facto, alguma exclusão para aqueles que ainda não experimentaram.
No entanto, muitas vezes, as causas geradoras de desvios comportamentais estão exatamente dentro de casa. Ter os pais divorciados, uma família muito grande, pais com problemas com álcool e tabaco ou até mesmo problemas financeiros são situações que podem provocar desvios comportamentais nos jovens. Estes, como não têm atenção dos pais e não se sentem bem em casa, decidem “refugiar-se” no grupo de amigos para se sentirem incluídos e terem uma relação que não conseguem ter com os pais. Por conseguinte, acabam por ter grande consideração pela opinião daqueles que os rodeiam.
A escola também é uma grande fonte de causas que provocam desvios comportamentais no ser humano, em particular devido à pressão para alcançar os melhores resultados possíveis, que nem sempre são alcançados e, em alguns casos, pode desorientar a vida dos jovens. Estes convencem-se que não têm qualquer capacidade e começam a tomar más decisões. Concluindo, as causas geradoras de desvios comportamentais no ser humano estão em todo o lado, na escola, em casa, na rua … mas um dos principais motivos é o facto de sermos “rotulados” pelos outros, devido àquilo que fazemos ou não fazemos, temos ou não temos, sendo que nós é que podemos definir quem somos e não os outros. Os rótulos servem para muitas coisas e têm, de facto, a sua importância a nível alimentar, mas não devem ser usados em pessoas, pois cada um de nós tem o direito de fazer e ser aquilo que bem entender.
Bruna Guerreiro, 11ºA3